Jornal Brasil Atual - Jundiai 07

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Jornal Regional de Jundiaí www.redebrasilatual.com.br nº 7 Fevereiro de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA JUNDIAÍ Casal de escritores diz que mundo está grávido. E que isso é ótimo Pág. 7 LIVRO ERA DE OURO População não aguenta mais a onda de assaltos e clama por polícia Pág. 3 ELOY CHAVES MAIS SEGURANÇA Moradores criticam crescimento desenfreado e falta de infraestrutura Pág. 2 COLôNIA UM SUFOCO CARNAVAL Escola faz a festa para o Bloco Refogados do Sandi e para Erazê Martinho, o “arquiteto da folia” Pág. 6 UM ENREDO E DUAS BELAS HOMENAGENS Especulação imobiliária e malfeitos da Prefeitura ameaçam a nossa mata SERRA DO JAPI O VERDE AINDA RELUZ

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sErra do JaPi Era dE OurO mais sEgurança Colônia livro Escola faz a festa para o Bloco Refogados do Sandi e para Erazê Martinho, o “arquiteto da folia” Distribuiçã o nº 7 Fevereiro de 2012 Pág. 7 Pág. 6 Pág. 3 www.redebrasilatual.com.br Pág. 2 Jornal Regional de Jundiaí Moradores criticam crescimento desenfreado e falta de infraestrutura População não aguenta mais a onda de assaltos e clama por polícia Casal de escritores diz que mundo está grávido. E que isso é ótimo

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Jornal Regional de Jundiaí

www.redebrasilatual.com.br

nº 7 Fevereiro de 2012

DistribuiçãoGratuitajundiaí

Casal de escritores diz que mundo está grávido. E que isso é ótimo

Pág. 7

livro

Era dE OurO

População não aguenta mais a onda de assaltos e clama por polícia

Pág. 3

Eloy ChavEs

mais sEgurança

Moradores criticam crescimento desenfreado e falta de infraestrutura

Pág. 2

Colônia

um sufOcO

Carnaval

Escola faz a festa para o Bloco Refogados do Sandi e para Erazê Martinho, o “arquiteto da folia”

Pág. 6

um EnrEdo E duas bElas homEnagEns

Especulação imobiliária e malfeitos da Prefeitura ameaçam a nossa mata

sErra do JaPi

o vErdE ainda rEluz

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Expediente rede Brasil atual – JundiaíEditora gráfica atitude Ltda. – diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros redação Antonio Cortezani, Douglas Yamagata revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008Tiragem 15 mil exemplares distribuição gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

Jornal on-linE

Editorial

Dá gosto a gente ver um verde assim, denso, compacto, que se entrelaça noutro verde e é como uma estrada sem ca-minho, longa, ininterrupta, bela. E o que dizer quando nessa montanha verde escondem-se flores de todas as cores, roxas, lilases, rosa, azuis, e bichos que, entremeados a tudo, fazem de suas vozes – de pequenos trinados a grandes rugidos – o símbolo de uma grande convivência. É mais ou menos esse o sentimento de quem está acostumado a viver – e a convi-ver – na maravilhosa serra do Japi, nossa vizinha. Mas já faz muito tempo que ela vem sendo ameaçada pelas mãos insanas de quem destrói tudo em troca de uma riqueza vil, barata: é contra a especulação imobiliária e os malfeitos da Prefeitura (especialmente no que diz respeito à regulamentação da Lei 417), que são dedicadas as páginas centrais desta edição.

Há, também, a queixa contra esses mesmos malfeitores que atuam na área urbana, e não estão nem aí com os cidadãos. Veja-se o caso da região de Colônia, um exemplo aberrante. Quem sabe não esteja por chegar a Era de Aquário, ou a Era de Ouro, para restabelecer a ordem por aqui. Na opinião do casal de escritores jundiaienses Carlos e Sueli, ela está logo ali, chega mais cedo do que se imagina. Enquanto aguarda-mos a boa nova, nosso convite é para que você caia no samba. Afinal, o carnaval está às nossas portas. É isso. Boa leitura!

A Privataria Colônia

Expansão imobiliária nocivaBairro sofre com transporte, posto de saúde e escola

mEio ambiEntE

arCa faz um ano. Que limpeza!Entidade recolhe, separa e dá destino correto ao lixo

Em janeiro, a ARCA – Ação de Reciclagem e Consciência Ambiental – completou um ano formando cidadãos conscientes da necessidade de separar o lixo que produzem. Até a lâmpada fluorescente, produto que pos-sui mercúrio e gases tóxicos na sua composição e de alto custo de reciclagem, ela dá destino correto. “Cada cidadão produz cerca de 1 kg de lixo por dia; Jundiaí, portanto, produz 370 toneladas diárias de lixo” – diz Alexandre Nicola, sociólogo e diretor-presidente da ARCA. “A reciclagem será mais eficien-te quando a população separar

melhor os restos de alimentos, o lixo de higiene pessoal, ajudan-do inclusive o catador.” Para saber mais sobre a ARCA, pro-

cure o Alexandre Nicola pelo telefone 8371-0110; no e-mail [email protected]; ou pelo facebook: arcajundiaí.

Trânsito pesado e cresci-mento imobiliário desenfrea-do, aliados à falta de infraes-trutura do bairro e à falta de diálogo com a população, transformam Colônia numa região estéril, numa terra de ninguém. Morador do bairro há 30 anos, Sebastião Peixo-to lembra com saudade do tempo em que caminhava com tranquilidade pelas ruas sem o excesso de veículos, buzinas e o estresse de um crescimento rápido.

“De uns anos para cá, empreendimentos sem pla-nejamento vêm sendo cons-

truídos na Colônia” – critica o morador. E dá o exemplo da Rua Atibaia, que recebeu cinco novos condomínios entre casas e prédios. “A rua, que é a prin-cipal entrada do bairro, está in-transitável porque sua capaci-

dade para fluxo de veículos é limitada. Isso ocorre porque os construtores não plane-jaram uma alternativa e os carros todos acabam saindo pela Rua Atibaia” – diz.

Sebastião cita também a construção de empreendi-mentos na Avenida dos Imi-grantes, Cidade Nova I e II e Ponte São João Caxambu e adjacências, que interfe-rem na vida dos moradores de Colônia. “Além disso, o bairro sofre com a falta de transporte público e com o posto de saúde, escolas e creches lotadas” – finaliza.

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moradores e comerciantes querem mais segurança

Pm culpa população

Eloy ChavEs

Onda de assaltos assusta a comunidade, que pede reforço policial para o bairroO bairro de Eloy Chaves

é um dos poucos de Jundiaí com autonomia. A população mora num bairro com inúme-ros serviços – supermercados, bancos, lotéricas, postos de saúde, etc. Mas a segurança é tema polêmico. Os moradores gostariam que o bairro tivesse maior reforço policial, princi-palmente à noite. Onda de as-saltos assusta a comunidade.

Na movimentada avenida Dante Belodi, o técnico em in-formática Michael Pícolo afir-ma que a presença de viaturas policiais ainda é insuficiente no bairro. “Às vezes, você vê uma viatura de polícia. Houve uma época em que passavam dois guardas todos os dias por aqui. Hoje não tem mais nada” – diz ele. O proprietário da loja Agropesca, José Roberto

Em nota, a Polícia Mi-litar afirma que faz o Poli-ciamento Ostensivo no Eloy Chaves por meio da Rádio Patrulha, da Ronda Esco-lar, da Força Tática e tem o apoio da Base Comunitária Móvel. “As ações da Polí-cia Militar são executadas com base no Plano de Poli-ciamento Inteligente (PPI), que utiliza bases de dados oficiais para a identificação

de Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP) e consequente emprego dos meios para a prevenção dos delitos.” Um problema crô-nico, segundo a Polícia Mi-litar, é a “falta da comuni-cação para o registro de um delito às autoridades. Sem o registro, os dados estatísti-cos usados no planejamento se tornam falhos e a realida-de, distorcida”.

Cavalaro, nunca foi assaltado, mas gostaria de sentir-se mais seguro no bairro. “Sempre sa-bemos de uma assalto aqui, outro ali, na farmácia, o furto de um carro. Seria necessário reforço policial, com mais via-turas. Há muito tempo a gente batalha para ter um posto po-

licial no bairro” – conta. Ele e o vizinho de frente fecham as lojas juntos. “É mais seguro”.

Para Paulo Malerba, mora no local há 27 anos, “hoje há uma gama completa de servi-ços no Eloy, algo que gerou empregos e deu conforto aos moradores”. Entretanto, ele

lembra que há problemas de infraestrutura de segurança e transporte. “O Eloy é um bair-ro populoso, a 11 km do cen-tro. Por isso, há anos a gente pede um posto policial ou a própria Guarda Municipal no

bairro. Instalaram uma base da Polícia Militar no Medeiros, longe 6 km e insuficiente para as necessidades.” Segundo ele, o policiamento comuni-tário conheceria os problemas de perto.

i Encontro de blogueiros Progressistas de JundiaíEvEnto

Jornalistas de renome nacional vão discutir as novas formas de comunicação

Está sendo organizado o I Encontro de Blogueiros Progressistas do Aglomera-do Urbano de Jundiaí, que

visa colocar as cidades da re-gião no mapa de debates em torno das novas formas de co-municação dos últimos anos.

Para o jornalista André Lux, do blog Tudo Em Cima, o mo-mento é bom para o debate. “É importante os blogueiros da região mostrarem sua for-ça para a sociedade, uma vez que a blogosfera não apenas acaba com o monopólio da in-formação e da opinião, como também pauta a velha mídia” – opina. Segundo a comissão organizadora, o evento será em março e contará com jor-nalistas de renome nacional e acadêmicos que se debruçam na discussão da comunicação.

Um movimento de jornalistas, acadêmicos, estudantes, militantes de movimentos sociais e partidos políticos atua numa pauta conjunta: trata-se da blogosfera. Nela, um con-junto de blogueiros debate o monopólio da mídia no Brasil e no mundo e traz, via blogs, assuntos que a mídia grande evita discutir. É gente que se expressa nas redes sociais – Facebook ou Twitter – e dá dimensão às informações que os grandes veículos evitam. Jornalistas como Luís Nassif, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Luís Carlos Aze-nha discutem os dilemas atuais da comunicação. Houve até um encontro que reuniu gente do mundo todo. Entre muitas divergências, apareceram muitas convergências, pois o seg-mento respeita a multiplicidade de opiniões.

blogosfera

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sErra do JaPi

o verde a perder de vista e a ameaça da especulação imobiliáriaA luta para manter a vegetação entre a Serra do Mar e o Planalto Paulista, entre Cabreúva e Jundiaí Por Leonardo Brito

O local é um rico acervo da fauna e flora. No século 19, a região da Serra do Japi foi ocupada por três grandes fazendas – Conde, Rio das Pe-dras e Ermida, produtoras de café e cana de açúcar. Hoje, há muitos interessados em com-prar lotes na região, mas o uso do espaço tem de atender a Lei 417, de 2004, que criou o Sis-tema de Proteção das Áreas da Serra do Japi e especificou as atividades que podem ser im-plantadas na região.

Ativistas que lutam pela preservação da Serra do Japi acham que há quem queira explorá-la com fins comerciais, que causariam o desmatamento e a destruição do ecossistema. Segundo o advogado e ex-pre-sidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) de Jundiaí, Fábio Frederico Storari, 44 anos, a instalação de empreendimentos como hotéis e resorts pode causar danos ir-reversíveis. “O problema é sa-ber o que esses novos proprie-

Prefeitura suspende audiência pública e preocupa entidadespois a serra é importante re-serva biológica e precisa de cuidado especial.”

O advogado acha que “na tentativa de evitar um des-gaste num ano eleitoral” a Prefeitura adiou a Audiên-cia Pública. “A preocupação com a demora em aprovar a nova lei é que haja uma cor-rida para protocolar pedidos de novos empreendimentos na serra e, como a atual le-

A Prefeitura de Jundiaí, anunciou que não aceitará o texto elaborado pela so-ciedade para as alterações da Lei 417, que regula as ações na Serra do Japi. Mais: a Audiência Pública, que discutiria o assunto, foi suspensa até que a adminis-tração “ouça” os donos de terras para que eles propo-nham mudanças na legisla-ção. Para o ex-presidente do

tários querem com o espaço e como esse espaço será fiscali-zado” – diz Fábio.

Fábio explica que a solu-

ção é ampliar de 20 mil m² para 40 mil m² o parcelamen-to mínimo da região para a construção de sítios, moradias

e edificações. “A região deve se manter como zona agríco-la; para outros usos, a pessoa tem de preservar 80% da ter-

ra” – afirma. Há sete anos, a Fundação Cintra Gordinho adquiriu 150 lotes da Fazen-da Ermida, e por R$ 400 mil

Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA –, Fábio Storari, a Lei 417, de 2004, dá margem à especu-lação imobiliária, o que não acontecia quando foi criada, há oito anos. “Na época, a lei era ideal, mas hoje ela precisa ser revisada” – defende Fábio. “Há um tempo atrás, não era vantagem ter 40 mil metros e construir oito casas. Hoje, essa demanda existe” – observa.

Fábio explica que o texto feito em conjunto com a so-ciedade objetiva a preserva-ção da serra. “É uma lei mais restritiva e que tem o aval da população, por meio das entidades como o Conselho Gestor da APA, o Comdema, arquitetos, ambientalistas e técnicos” – salienta. Para ele, Jundiaí não precisa explorar o ecoturismo na serra. “Po-demos deixá-la como está,

o interior da serra do Japi e suas belezas esfuziantes: mata, riachos, cachoeiras e muitos bichos

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o verde a perder de vista e a ameaça da especulação imobiliáriaA luta para manter a vegetação entre a Serra do Mar e o Planalto Paulista, entre Cabreúva e Jundiaí Por Leonardo Brito

o que dificulta a revisão do Plano diretor

“a Prefeitura está sem ideias”

“A confusão e a falta de planejamento só interessam a quem faz negócio imobili-ário em Jundiaí.” A opinião é do deputado estadual Pe-dro Bigardi (PC do B), so-bre a revisão do Plano Dire-tor de Jundiaí, que preocupa a sociedade, as entidades e as autoridades ambientais. Para ele, a situação indefini-da deixa o cenário propício à especulação. “O que leva a Prefeitura a adiar a discus-são na Câmara Municipal para 2016 de um assunto de relevante interesse social?” – pergunta o deputado.

A cidade tem pressa na revisão do Plano Diretor para desenvolver-se de for-ma sustentável. O Plano é um conjunto de leis e dire-trizes gerais que trata das ações a serem executadas no crescimento urbano da cidade para o uso, a ocupa-ção do solo, o zoneamento e a conservação de áreas de preservação. “É um assunto que deve ser resolvido pelo governo. O pior é que ele retarda a revisão; é preciso que a gente saiba quais são as reais intenções dos gover-nantes” – enfatiza Bigardi.

O deputado participou da elaboração do Plano Diretor de Zoneamento, em 1979. O Plano Diretor foi aprovado

A Prefeitura anunciou a construção dos Centros Inte-grados de Atividades Múlti-plas (CIAMs), para a realiza-ção de atividades de cultura, lazer, saúde e de prestação de serviços à população. “Se

ficou com a concessão de construção de um hotel. Para Fábio, isso dá margem a des-confiança. “Ninguém compra lotes num local desativado e paga R$ 400 mil reais na concessão do hotel se não pretende fazer nada” – avalia. O advogado suspeita que isso fomente o desejo dos mora-dores de explorarem seus ter-renos, elevando as atividades de alto impacto.

A Frente de Defesa da Área de Proteção Ambiental (APA) de Jundiaí, um grupo que luta pela preservação da serra, alerta a população para que fique atenta aos pedidos encaminhados à Prefeitura. E diz que quem tem informa-ções sobre esses processos é o atual presidente do Com-dema, Domênico Tremaroli, que informa não haver novos pedidos para implantação de atividades imobiliárias – todo pedido ligado à Serra do Japi passa por aprovação do Com-dema de Jundiaí.

Prefeitura suspende audiência pública e preocupa entidadesgislação permite ocupa-ções, a nova lei, quando aprovada, seja ineficiente para brecar a especulação imobiliária.” Entretanto, a Frente de Proteção da APA Jundiaí pressionará a administração municipal a mostrar para a sociedade os reais motivos de o texto aprovado pelas entidades não ir para a Audiência Pública.

em 1981. “Em 1992, no gover-no Walmor, coordenei a elabo-ração de um Plano Diretor mais abrangente, aprovado parcial-mente, na mesma época em que foi criada a reserva biológica da Serra do Japi e a Lei da Asso-ciação de Proteção Ambiental (APA) de Jundiaí para viabilizar o macrozoneamento das áreas rurais e urbana” – conta Bigar-di. Segundo ele, “fala-se muito da intenção de ter uma cidade do futuro, dinâmica, sustentá-

so instituir a preservação máxima da área tombada da Serra do Japi e controlar o seu entorno, para evitar o avanço da urbanização e preservar as áreas rurais e de mananciais” – diz Bigar-di. O inchaço urbano tam-bém traz problemas de in-fraestrutura, como a falta de água, energia elétrica, trans-porte. Basta ver o trânsito caótico da cidade, que causa transtornos à população.

o projeto é bom, por que não fizeram antes?” – indaga o deputado Pedro Bigardi. “A impressão que dá é que o pre-feito Miguel Haddad (PSDB) atravessa seu governo sem nenhum plano estratégico.

O caos urbano é o retrato da administração. É um gover-no cansado, sem criatividade, sem ideias novas para o mu-nicípio. A cidade precisa de gás novo para se oxigenar” – conclui.

vel, mas não se viabiliza esse futuro. Exemplo é a Prefeitura ter adiado a discussão sobre a Lei 417, cuja audiência pública discutiria novas medidas para ocupação da Serra do Japi.”

O Plano Diretor colocaria em prática o estatuto da ci-dade, exigindo da iniciativa privada contrapartidas para alavancar o desenvolvimento econômico e social. “Hoje, as empresas retribuem com pou-ca coisa. Além disso, é preci-

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Pedro bigardi, o deputado que quer preservar a serra para os nossos descendentes

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Carnaval

Escola união da vila rio branco homenageia bloco

samba enredo O enredo traz duas justas homenagens: a Refogados do Sandi e a Erazê Martinho

A Escola de Samba União da Vila Rio Branco escolheu para 2012, como tema de seu samba enredo, o Bloco Refo-gados do Sandi, que comple-ta 19 anos. Fundado pelo ex- -vereador Erazê Martinho, o bloco tem como diferencial a espontaneidade de quem par-ticipa todos os anos da abertu-ra extra-oficial do carnaval de Jundiaí. Foi isso o que levou a Escola a definir o seu tema, o Refogados, e lembrar seu fun-dador, Erazê.

Segundo o diretor de bateria da escola, Edson Luiz Pereira, o Zé Prego, o Bloco Refoga-dos do Sandi marca o início do carnaval de rua e já é mais que uma tradição. É um patrimônio cultural da cidade. E a home-nagem ao grande mestre, Era-zê Martinho, que apesar de sua partida é a alma e o orgulho do Refogados, é mais do que justa.

Ou, como ele dizia, o Bloco Re-fogados do Sandi é um Blong, um bloco não governamental” – destaca Zé Prego.

O carnavalesco Ednei Pe-dro Mariano conta como de-senvolveu o enredo. “Recebi material da presidente Gisela e do colunista social Picoco Bárbaro e confirmei que a his-tória do bloco estava ligada ao Erazê, um apaixonado pelo

Autores – Renan do Cavaco e Deda da Vila. Intérprete – Wagão

Letra Abrem-se os portais, a festa vai começarCai no samba minha gente, que a Vila vai homenagearEntre confetes e serpentinas Estou feliz da vida, explode coraçãoE o Refogados do Sandi vem na ginga e no temperoNo toque brasileiro, arrastando a multidão

refrão 1 ‘Ah! Que saudade. Grande amigo ErazêEstá em nossos corações, hoje a festa é pra você’É Carnaval. Na sexta-feira visto a fantasiaTem Pierrô, tem Colombina. A estrela brilhou, vou festejarO Bloco sai na rua, que alegriaÉ o grande dia, vou extravasarAo som da banda eu vou com a grande massa que encanta JundiaíA cidade a espera se manifesta e a nossa festa não tem fim

refrão 2A Vila é o meu amor verdadeiroMeu São Jorge é guerreiroHoje vou me divertir é dia de alegriaDia de folia, lá vem o Bloco Refogados do Sandi

O Governo Federal pos-sui uma série de programas sociais para a população de menor renda, que só são eficientes quando vêm acompanhados de ações dos governos locais que, com dinheiro federal, viabilizam esses projetos. Por meio do Cadastro Único de Pro-gramas Sociais, o governo federal criou um meio de identificar as famílias com renda mensal de até meio

Jundiaí esconde governo Federal no seu desenvolvimentoPolitiCagEm

Prefeitura recebe verba para a população de baixa renda, mas esconde isso da população salário mínimo por pessoa ou de três salários mínimos no total. Assim, ele implementa políticas que contribuem para reduzir as vulnerabilidades sociais, como Bolsa Família, Pro-Uni, Minha Casa Minha Vida, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Urba-nização de Favelas e Pronasci, entre outros.

A administração de Jundiaí, porém, ignora a existência desses programas sociais e não

divulga as verbas que recebe. “Nem no projeto de urbani-zação do Jardim São Camilo, para o qual o governo Dilma disponibilizou R$ 16 milhões,

a Prefeitura enaltece o papel do Programa de Erradicação das Favelas, e até o dinheiro para obras de infraestrutura, como prevenção de enchen-tes do PAC, tem sua origem escondida” – diz a vereadora Marilena Perdiz Negro, do PT.

Em 2011, a União destinou R$ 7 milhões para o Bolsa Fa-mília, em Jundiaí. “Em 2010, havia sete mil famílias cadas-tradas; em 2011, o número caiu para 6605, por falta de divulga-

ção dos critérios para utiliza-ção do benefício” – aponta Marilena Negro. Outra fon-te de recursos é o Pronasci, destinado a segurança públi-ca. “Desde 2007, o governo federal enviou mais de R$ 3 milhões para a compra de viaturas da Guarda Municipal e outros equipamentos. Mes-mo assim, a administração re-luta em colocar os logotipos e identificação da fonte dos recursos.

carnaval, conhecido como o arquiteto da folia” – conta Ed-nei. O enredo vai contar a tra-jetória de vários carnavais do bloco, cujo objetivo sempre foi fazer do carnaval um mo-vimento popular espontâneo, um arrastão de alegria, trazen-do o povão para a festa de rua, atitude eternizada em cada um de seus membros, todos aman-tes da folia.

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Escritores da cidade falam sobre a Era de ourolivro

sobre os autores Projetos

O assunto movimenta a opinião pública: em 2012, o mundo vai acabar?Crises financeiras mun-

diais, fome, novas doenças e uma guerra envolvendo o Irã são sinais de um cataclismo, que causará a destruição da humanidade. Para muitos, o assunto virou piada, a exem-plo do fim do mundo em 2000, do “bug do milênio” e outras profecias que anunciavam o “fim de uma era”.

Para os escritores jun-diaienses Carlos Torres e Sue-li Zanquim, 2012 será o início de um novo mundo. “O mundo está grávido de outro mundo e as pessoas têm de compreen-der que um grande ciclo cós-mico, o de Peixes, está no fim. A vez é da Era de Aquário,

Casados desde 1998, os autores são empresários e trabalham na divulgação de mensagens com foco no positivismo e na elevação espiritual e motivacional. Lançado em fevereiro de 2009, pela Editora Madras,

o livro 2012 – A Era de Ouro é um best-seller: vendeu 35.000 exemplares e ficou mais de 20 semanas entre os mais vendi-dos no Brasil. “Escrever, para nós, é algo muito simples. Nossa intenção é despertar a consciência dos leitores. Mos-

Carlos e Sueli montaram a própria editora, a Era de Ouro. Em breve, eles lançam cinco livros de bolso com o tema motivacional. Para saber mais sobre Carlos Torres e Sueli Zanquim, autores dos livros A Lei da Atração, 2012 A Era de Ouro, Mensa-gens do Novo Mundo, Mensagens do Povo Azul, O Poder do Amor e O Oráculo veja o site <www.leidatracao.com.br> ou blog oficial: <http://leidatracao.blogspot.com>.

trar que o desconhecido é infinitamente superior ao conhecido; que há leis uni-versais e espirituais que re-gem a vida das pessoas e, se essas leis forem compreen-didas, nossas vidas podem mudar radicalmente.

zeres materiais, e coloca o espíri-to em segundo ou terceiro plano. Mas em breve o espírito deverá sobrepor-se à matéria e aliviar a culpa das pessoas” – preveem. Segundo os autores, “as novas gerações instituirão novas ideias, ideais, artes, formas de fazer po-lítica, de viver em sociedade e com o meio ambiente”.

A obra fala numa fabulosa Transformação Cósmica, que trará mudanças nos assun-tos ligados à consciência, ao inter-relacionamento huma-no, à sociedade, à política e à economia. “O importante é as pessoas esquecerem as pro-fecias catastróficas, que o dia 21 de dezembro de 2012 será

o último dia da humanidade. Apocalipse não significa ca-tástrofe, mas revelação” – ex-plica Sueli.

Segundo a escritora, já vivemos a transformação. A decadência do sistema econô-mico trará mudanças drásticas nos costumes das pessoas ao redor do mundo. “Já vemos os presságios desse grande colapso. O sistema atual é ca-ótico, gera desigualdades e fa-cilita a corrupção e a mentira” – avalia. Para eles, em 2012 é preciso focar a paz no mundo. Podemos estar à beira de uma guerra mundial. Por isso, cada um deve se declarar a favor da paz e do amor Universal.

biométriCo

42,4% dos eleitores ainda não se recadastraramTribunal Regional Eleitoral prorroga prazo para os eleitores até o próximo dia 31 de março

Os eleitores tinham de reali-zar o recadastramento biométri-co até dezembro. Com a chegada do fim do ano, que culminou em grandes filas e, paradoxalmen-te, um comparecimento pífio de eleitores, o Tribunal Regional Eleitoral prorrogou o prazo até o dia 31 de março. Com isso, a média de duas mil pessoas por

dia caiu para menos de mil e vol-ta a preocupar a Central de Car-tórios. A cidade tinha, até julho de 2011, 268.267 eleitores, dos quais 154.531 já se recadastra-ram – restam, portanto, 113.736, ou seja, 42,4% dos eleitores. A Central dos Cartórios já regis-trou 14.170 novos eleitores entre transferências e novos títulos.

Para ser atendido, o eleitor tem de fazer um agendamento prévio, via internet, no site do TRE – acesse o site <www.tre.sp.gov.br> e entre no link Recadastramento Biométrico Jundiaí, Agendamento. Depois, ele deve comparecer à Central dos Car-tórios, na Rua dos Bandeirantes, 103, entre 8 h e 17 h, com o título de eleitor, documento de identidade com foto e compro-vante de residência de julho de 2010 a abril de 2011.

agendamento

de uns 2.160 anos, segundo o Zodíaco de Dendera, do Egi-to. Ela será a Era da Luz, da Prosperidade, do Amor e do Compartilhamento” – dizem.

Conforme os escritos ocul-

tos, em 2012 a humanidade en-trará no salão dos espelhos para que compreenda seus erros. “A humanidade é egoísta e medrosa, interessada em si mesma, enlou-quecida e apaixonada pelos pra-

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Foto síntEsE – Jardim botâniCo Palavras CruzadasPalavras Cruzadas

respostas

Palavras Cruzadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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Palavras cruzadas

REndERizARARAPOngASREilnAAiMPliCARPdiEOuRudOATAPARiRdAlvAAlTEPAlAluA

ARnuiRATRASARdPOuSiOCOR

horizontal – 1. Ato pelo qual se pode obter o produto final de um processamento digital, especialmente em programas de modelagem 2d e 3d 2. Cidade do Paraná 3. Monarca; A primeira vogal duplicada 4. Provocar, amolar 5. O, em alemão; rico, endinheirado 6. Antigo Testamento; dar à luz em parto 7. nome de uma estrela; Forma abreviada de altitude 8. viseira de boné, quepe ou chapéu; Satélite da Terra 9. Pelado; Partir 10. Provocar a demora 11. Terreno cuja cultura se interrompeu para repouso; impressão variável que a luz refletida pelos corpos produz no órgão da vista.

vertical – 1. Qualidade de raro; Sigla do Amapá 2. Pessoa que, como penitência ou por índole, vive solitária em lugar deserto; Ação 3. Sinal gráfico pelo qual se distingue cada um dos quatro grupos de cartas de um baralho; long-play (Abrev.); (Quím.) Símb. de rutênio 4. distrito Policial (Abrev.); Mulheres que têm avareza 5. Relativo ou pertencente à Eólia; Sigla de Alagoas; Sétima nota musical 6. Sigla do Rio grande do norte; Copa, em inglês; Homem pequeno 7. (Fem.) Que é falto de instrução, ignorante; Cidade da Mesopotâmia localizada na grande Babilônia, junto ao rio Eufrates, habitada na Antiguidade pelos caldeus 8. A última e a primeira letra do nosso alfabeto; Próprio do campo 9. dá sustentação ao voo; dissolvido, desfeito 10. Chegar ao porto.

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7 6 8

1 8 5

9 1 2

4 6 5 7

8 3 6

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5 4 3

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sudoku

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