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Claudio Humberto Leia mais pág. 02 Poder do leite materno: a cura para as células cancerígenas? Auditoria de obras garante economia de R$3,7 milhões A Comissão da Saúde sugere investimento de R$ 50 milhões Pesquisadores suecos descobriram uma substância ca- paz de matar células canceríge- nas. O poder do leite materno vai além do que a ciência imagina. Pesquisadores da Universidade de Gothenburg e da Universida- de de Lund, ambas na Suécia, descobriram que uma substância específica presente no leite da mãe – chamada de Hamlet – é le- tal para células com tumor. Ago- ra, cientistas se enchem de espe- rança: será a descoberta da cura do câncer? A substância, que é um tipo de ácido, foi testada em hu- manos, com sucesso. Pacientes com câncer de bexiga tratados Hamlet conseguiram expelir as células cancerígenas do organis- mo através da urina. A substân- cia conseguiu matar 40 tipos de câncer em testes realizados em laboratório... Nos primeiros 4 meses deste ano, a auditoria de obras rodoviárias realizada pela Se- cretaria de Controle Externo de Obras e Serviços de Enge- nharia do Tribunal de Contas de Mato Grosso garantiu aos cofres públicos uma economia de R$ 3,7milhões. A partir de notificações sobre as irregu- laridades apontadas pela equi- pe do TCE, os técnicos envol- vidos, tanto da parte contra- tante (unidade gestora) como da contratada (construtora), assinaram o Termo de Inspe- ção, reconhecendo as falhas e os valores a serem devolvi- dos. Para o conselheiro pre- sidente, Valter Albano, a recep- tividade dos representantes le- gais das unidades gestoras contribui para a efetividade do controle concomitante. O presidente da Comis- são Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde na Assembleia Legislativa, deputado Sérgio Ri- cardo (PR), sugeriu que o setor em Mato Grosso receba R$ 50 milhões, a fim de contornar os problemas que atingem a saúde pública. “Todo o dinheiro que vier para ajudar a saúde, neste mo- mento, ainda é pouco”, disse Sérgio Ricardo, durante partici- Leia mais pág. 06 Leia mais pág. 08 Leia mais pág. 07 CE T L A AÚDE S SPONHOLZ pação na entrega de cobertores e filtros de água foi feitano dia 26, pelo governo, para famílias de baixa renda. Sérgio Ricardo agendou uma reunião em caráter de urgên- cia para os próximos dias, com toda a bancada federal mato-gros- sense, em Brasília, de onde pre- tende sair com a garantia de re- cursos suficientes para atender as demandas na área da saúde. RIDENDO CASTIGAT MORES CORREIO DA SEMANA [email protected] Capital - R$ 2,00 - Interior R$ 2,50 Cuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010 Fundador - J. Maia de Andrade Ano XVIII - Nº 564 Adeus Verdão!! Seja bem vindo “Arena Multiuso” N.R. Começou na se- gunda-feira a verdadeira despedida do estádio Go- vernador José Fragelli, o nosso saudoso Verdão, pal- co de muitas lembraças tan- to no cenário esportivo como de eventos que mar- caram épocas. Por mais que os pes- simistas insistem em não acreditar, que o Governo não será capaz de susten- tar a vinda de tal envento para Cuiabá; E por mais que as muitas das oposições tentem fazer algo para que o fracasso da nossa cidade venha a tona, cedendo as- sim a vaga, o atual governo seguindo os passos do go- vernante anterior, está mos- trando não somente compe- tência na execução das obras no prazo, como tam- bém manter o sonho da grande esmagadora maioria que é ter a Copa sendo re- alizada nossa Capital. O governador Silval Barbosa, ao contrário do que muitos estão dizendo e até mesmo duvidando, vem mostrando para o que veio e para onde quer conduzir Mato Grosso. Leia mais pág. 04 Danca do ventre sera atracao Nesta quinta e sexta-fei- ra (29 e 30.04), acontece no Salão Artístico do Cine Teatro Cuiabá duas oficinas gratui- tas, uma dança de salão e ou- tra de dança do ventre. As ofi- cinas fazem parte do segundo momento do evento ‘Vamos confraternizar com dança’, re- alizado pela representação lo- cal do Conselho Brasileiro de Dança juntamente com baila- rinos e professores. O even- to prevê a realização de seis oficinas de diferentes moda- lidades de dança em dois lo- cais, no Palácio da Instrução e no Cine Teatro Cuiabá. Acesse - www.jornalcorreiodasemana.com.br Leia mais pág. 05

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Claudio Humberto

Leia mais pág. 02

Poder do leite materno: a curapara as células cancerígenas?

Auditoria de obras garanteeconomia de R$3,7 milhões

A Comissão da Saúde sugereinvestimento de R$ 50 milhões

Pesquisadores suecosdescobriram uma substância ca-paz de matar células canceríge-nas. O poder do leite materno vaialém do que a ciência imagina.Pesquisadores da Universidadede Gothenburg e da Universida-de de Lund, ambas na Suécia,descobriram que uma substânciaespecífica presente no leite damãe – chamada de Hamlet – é le-tal para células com tumor. Ago-ra, cientistas se enchem de espe-

rança: será a descoberta da curado câncer?

A substância, que é umtipo de ácido, foi testada em hu-manos, com sucesso. Pacientescom câncer de bexiga tratadosHamlet conseguiram expelir ascélulas cancerígenas do organis-mo através da urina. A substân-cia conseguiu matar 40 tipos decâncer em testes realizados emlaboratório...

Nos primeiros 4 mesesdeste ano, a auditoria de obrasrodoviárias realizada pela Se-cretaria de Controle Externode Obras e Serviços de Enge-nharia do Tribunal de Contasde Mato Grosso garantiu aoscofres públicos uma economiade R$ 3,7milhões. A partir denotificações sobre as irregu-laridades apontadas pela equi-pe do TCE, os técnicos envol-vidos, tanto da parte contra-

tante (unidade gestora) comoda contratada (construtora),assinaram o Termo de Inspe-ção, reconhecendo as falhase os valores a serem devolvi-dos.

Para o conselheiro pre-sidente, Valter Albano, a recep-tividade dos representantes le-gais das unidades gestorascontribui para a efetividade docontrole concomitante.

O presidente da Comis-são Parlamentar de Inquérito(CPI) da Saúde na AssembleiaLegislativa, deputado Sérgio Ri-cardo (PR), sugeriu que o setorem Mato Grosso receba R$ 50milhões, a fim de contornar osproblemas que atingem a saúdepública.

“Todo o dinheiro que vierpara ajudar a saúde, neste mo-mento, ainda é pouco”, disseSérgio Ricardo, durante partici-Leia mais pág. 06 Leia mais pág. 08 Leia mais pág. 07

CET LAAÚDES

SPONHOLZ

pação na entrega de cobertorese filtros de água foi feitano dia26, pelo governo, para famílias debaixa renda.

Sérgio Ricardo agendouuma reunião em caráter de urgên-cia para os próximos dias, comtoda a bancada federal mato-gros-sense, em Brasília, de onde pre-tende sair com a garantia de re-cursos suficientes para atender asdemandas na área da saúde.

RIDENDO CASTIGAT MORES

CORREIO DA [email protected]

Capital - R$ 2,00 - Interior R$ 2,50Cuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010Fundador - J. Maia de AndradeAno XVIII - Nº 564

Adeus Verdão!! Seja bem vindo “Arena Multiuso”N.R. Começou na se-

gunda-feira a verdadeiradespedida do estádio Go-vernador José Fragelli, onosso saudoso Verdão, pal-co de muitas lembraças tan-to no cenário esportivocomo de eventos que mar-caram épocas.

Por mais que os pes-simistas insistem em nãoacreditar, que o Governonão será capaz de susten-tar a vinda de tal enventopara Cuiabá; E por mais queas muitas das oposiçõestentem fazer algo para queo fracasso da nossa cidadevenha a tona, cedendo as-sim a vaga, o atual governoseguindo os passos do go-vernante anterior, está mos-trando não somente compe-tência na execução dasobras no prazo, como tam-bém manter o sonho dagrande esmagadora maioriaque é ter a Copa sendo re-alizada nossa Capital.

O governador SilvalBarbosa, ao contrário doque muitos estão dizendo eaté mesmo duvidando, vemmostrando para o que veioe para onde quer conduzirMato Grosso.

Leia mais pág. 04

Danca do ventre sera atracaoNesta quinta e sexta-fei-

ra (29 e 30.04), acontece noSalão Artístico do Cine TeatroCuiabá duas oficinas gratui-tas, uma dança de salão e ou-tra de dança do ventre. As ofi-cinas fazem parte do segundomomento do evento ‘Vamosconfraternizar com dança’, re-alizado pela representação lo-

cal do Conselho Brasileiro deDança juntamente com baila-rinos e professores. O even-to prevê a realização de seisoficinas de diferentes moda-lidades de dança em dois lo-cais, no Palácio da Instruçãoe no Cine Teatro Cuiabá.

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A oposição noRio de Janeirodeve anunciarnos próximosdias a retoma-da da coligaçãoem torno dacandidatura deFernando Ga-beira (PV) aogoverno. Se-gundo Gabeira,a proposta é fa-zer aliança en-

tre PV, PSDB, DEM e PPS, em oposição ao governador SérgioCabral (PMDB). Segundo o Estado de S.Paulo, será retomadoo apoio ao ex-prefeito Cesar Maia que deverá ser candidato aoSenado pelo DEM.

Cuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010CORREIO DA SEMANA02

A RTIGOS Claudio HumbertoClaudio Humbertocom Teresa Barros e Donizete Arruda

�SAUDOSO E NOS TRINQUES

PODER SEM PUDOR

GABEIRA ANALISA ALIANÇA COM CESAR MAIA

PARA LULA, CIRO DESTRUIUSUAS PRÓPRIAS CHANCESO presidente Lula lamentou,mas não muito, o desfecho me-lancólico do projeto presidenci-al de Ciro Gomes (PSB). Elelembrou a um senador que Ciro“apostou em quatro cenários”e todos deram errado. Primei-ro, apostou que Dilma Rousseffnão se viabilizaria, até por ra-zões de saúde; depois, quis sero vice dela, tentando desqualifi-car o PMDB. Flertou com AécioNeves, para ser vice, e ainda ten-tou “voo solo”.

OUTRO FIASCOLula não menciona, mas ele fezCiro Gomes se lançar candidatoao governo de São Paulo. Maso deputado também sepultou oprojeto.

PERGUNTA NUM TAKESerá que Dilma Rousseff, quese passou por Norma Bengellem seu site de campanha, tam-bém trabalhou em “Os Cafajes-tes”?

HASTA LA VICTORIASuspeita-se que até o compa-nheiro Fidel Castro, o Mr. Gagade Cuba, ao citar “Sierra Maes-tra”, faz campanha subliminarpara o adversário.

CORTE NOS GASTOSO governo do Distrito Federal

tem quase 9 mil “cargos de con-fiança” que não foram preenchi-dos no governo Arruda. Serãoextintos.

PETROBRAS PUNE EMPREI-TEIRAS COM SUSPENSÃOExiste algo mais além dos arrebi-tes de carreira na relação da Pe-trobras com as empreiteiras, tra-dicionais doadoras de campa-nhas eleitorais: há dias, suspen-deu a Mendes Júnior e contra-tos pelos próximos seis meses.Um funcionário estaria desvian-do válvulas das plataformas dabacia de Campas, após ser ex-pulso das dependências da es-tatal. Medida mais séria atingiua Alusa, que foi suspensa por200 dias.

GELADEIRAAlém da suspensão, a Alusa estáimpedida de trabalhar com aTranspetro, subsidiária da Pe-trobras, e com a engenharia daestatal.

TREM-FANTASMAA Alusa também perdeu a pro-dução de gás, e se deu mal naárea de abastecimento. A Camar-go Corrêa deve ser suspensa por100 dias.

SEM COMENTÁRIOSA Petrobras informou que nãovai comentar o assunto, e que asquestões se referem a “relaçõescontratuais com as empresas”.

CINEMA PARADISOTem muita gente achando que

foi lapso freudiano da campa-nha petistacolocar a foto daatriz Norma Bengell como se foraDilma Rousseff, no site da can-didata. Ambas são conhecidaspelo popular “humor de cão”.

NÃO É ELADilma enviará declarações gra-vadas para rádios, a partir des-ta terça. O aviso que ela man-dou às emissoras é tão gentil esimpático, que outra vez ficouprovado: não é ela quem escre-ve o que a candidata assina.

‘MENAS GENTE’Após tascar “cituação” no pró-prio twitter, o assessor que es-creve por Dilma no twitter dacandidata chamou ontem me-trópoles de “metrópolis”. Onome dele é Marcelo Branco,mas até parece Lula.

DANÇA DAS CADEIRASO governador do DF, RogérioRosso, deve nomear David deMatos em lugar de Jaime Alar-cão, no cargo de secretário deObras. Outro que deve rodar éo secretário de Transportes,Gualter Tavares, acusado deameaçar empresários que de-nunciaram suposta maracutaiana área.

PF DEVE AOS CORREIOSMal das cartas, os Correios nãodivulgam a dívida dos clientes,

mas confirma que a Polícia Fe-deral do Amazonas e do Rio“descumprem contrato”. NoRio, até saldar o débito, a PF nãopode usar os serviços.

É DIFÍCILO governador do Distrito Fede-ral, Rogério Rosso (PMDB),confirmou pessoalmente ontemo que esta coluna revelou há ummês: R$ 10 milhões em equipa-mentos de saúde estão mofandoem um depósito. O secretáriode Saúde não conseguiu com-prar “plaquinhas de patrimô-nio”.

DINHEIRO É VENDAVALO DNIT informou ontem que osR$ 28,1 milhões destinados acasas para sem-terra que inva-diram uma faixa de domínio, naBR 448, “nada têm a ver” com oMST, mas com a prefeitura deCanoas (RS). Anrã.

RIGHI VIVEO ex-deputado Gastone Righi(PTB-SP) está vivinho da silva,ao contrário do que esta colunapublicou, e dedicado a suas em-presas, como a rádio EnseadaFM em Santos. Pedimos descul-pas pelo erro.

RELEVÂNCIA ZERONão é nada, não é nada, o en-contro Brasil-Caribe, realizadoontem em Brasília, não é nadamesmo.

Rumo aos 90 anos, mas com corpinho de 70, Miguel Arraesainda tinha dificuldades de entender por que o locutor que anima-va sua campanha para deputado federal, em 1989, sempre o anun-ciava assim:

- Atenção, o saudoso doutor Miguel Arraes acaba de che-gaaaar!...

Ele achava a maior graça, nunca se queixou do locutortrapalhão.

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José Eduardo Moura

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A inflação está voltando

Quando Itamar Franco assumiu a Presidência da República,logo após a deposição do Collor, a economia atravessava um esta-do crítico de desorganização. A inflação alcançava milhares porcento ao ano. Em apenas oito meses Itamar teve quatro Ministrosda Fazenda.

Fernando Henrique Cardoso foi precedidopor três técnicos (e políticos) altamente experien-tes e com larga folha de serviços prestados. Forameles: Gustavo Krause, advogado tributarista, quejá tinha sido Prefeito de Recife e Governador dePernambuco; professor-Doutor Paulo Haddad, eco-nomista especialista em planejamento econômicoque já tinha sido Ministro do Planejamento e o tam-bém professor-doutor Eliseu Resende, engenheirocivil que trazia em seu vasto currículo uma elogiadapassagem pelo Ministério dos Transportes. Nenhumdeles, a despeito de toda a experiência e credibili-dade pessoal, durou mais do que noventa dias nocargo.

Itamar Franco dava uma ordem direta aosseus ministros: “baixar as taxas de juro”. Como nãoera obedecido, trocava o ministro.

O que o engenheiro Itamar, com a sua formação cartesiana,não sabia, ou se recusava a aceitar, é que economia não é umaciência exata. Baixar ou subir taxas de juros não é expressão devontade, mas sim de possibilidade. A queda nas taxas de juros sófoi possível com a organização do sistema econômico levada a efei-to pelo plano real.

Hoje a ladainha continua. A inflação está fugindo do contro-le e a conversa predominante nos bastidores da política econômicanão é se, mas sim quando o Banco Central vai começar a elevarnovamente as taxas de juros. Na última reunião do COPOM, realiza-da em março, todos apostavam na majoração das taxas, o que nãose realizou, para surpresa de muitos. Mas podem apostar, da próxi-ma não passará: os juros voltarão a subir.

O governo injetou excessiva liquidez no sistema para conter

Por: Waldir Serafim

Waldir Serafim é economista em Mato Grosso

a crise mundial, que assolou o país desde 2008, o que esta provo-cando inflação de demanda (situação em que a capacidade de com-pra é maior do que a de oferta de produtos). Os recursos injetadosno sistema, via aumento dos créditos bancários, redução de tribu-tos e aumento da massa salarial, se por um lado evitou uma quedana atividade econômica, o que levaria o país a uma recessão, poroutro aumentou consideravelmente a demanda agregada. Hoje se

percebe claramente sinais de superaquecimento daeconomia.

Mas, por outro lado, precisamos encarar ofato de que, a despeito da propaganda oficial, opaís não está preparado para crescer. Pensar numcrescimento de cinco ou seis por cento ao ano éilusão passageira. Para ter um crescimento susten-tável de 6% ao ano o Brasil precisaria investir emtorno de 22% do PIB e, no entanto, mesmo estandoatravessando um momento considerado espetacu-lar nessa área, a taxa de investimentos prevista para2009, gira em torno de 16,7% do PIB. Muito abaixodo desejável.

Dos quatro países do bloco chamado BRIC(Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o que in-veste menor valor em máquinas, equipamentos econstrução. A China é a campeã, investe 43% do

PIB; a seguir a Índia, com 33% do PIB, depois a Rússia, com 20,2%do PIB e finalmente o Brasil com apenas 16,7% do PIB.

Parece que estamos fadados, pelo menos durante um bomtempo, a alçar vôos como as galinhas, curto e desengonçado. Sequisermos voar como as águias, deveremos fazer direitinho os ine-vitáveis deveres de casa, os investimentos necessários.

É preciso a coragem dos estadistas para apostar mais nofuturo, ainda que isso traga algum desgaste no presente. Populari-dade faz muito bem ao ego, mas o julgamento da história não temsido muito favorável aos governos populistas.

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A reinterpretação da lei de anistia

Tenho certeza de que os membros do Conselho Federal daOAB que ingressaram no STF com uma ADPF (Ação de Descumpri-mento de Preceito Fundamental) visando a reinterpetar a Lei de Anis-tia, bem como os magistrados da Associação dos Juízes do Rio Gran-de do Sul que decidiram apoiar publicamente a ação, deverão seperguntar com que credenciais este arquiteto se mete a dizer que “aanistia é irreversível”. Ora, faço a afirmação assim como está posta,entre aspas, porque se trata de uma citação. A frase é título de umartigo do ministro aposentado do STF, Dr. PauloBrossard, que, ademais, é eminente professor deDireito, ex-senador pelo Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça. É assim, também, que pensameminentes juristas, entre eles os doutores e pro-fessores Ives Gandra da Silva Martins e Cézar Sal-danha de Souza Júnior, e até o ex-militante petista,hoje ministro do STF, Dr. José Antônio Dias Toffo-li. Dou por bem escorada a minha convicção. Peladireita, pelo centro e pela esquerda.

O leitor talvez não saiba, mas constitui,nessa ADPF, um terceiro interessado, para dizercomo os advogados. Está fora, mas ela o afetaenormemente. Não por motivos jurídicos, mas pe-los mesmos que me levam a escrever este artigo,ou seja, por razões cívicas, razões de natureza política, no bom sen-tido dessa palavra. É importante à vida da polis que a anistia perma-neça como está: irreversível, intacta e não “reinterpretável”. Por quê?Porque ela foi produto de um enorme esforço do país na direção danormalidade institucional e da superação dos estragos produzidosem ambos os lados que se defrontaram naqueles anos loucos. Eraimpossível, à época, promover um entendimento entre o regime mili-tar e os participantes da luta armada. Havia mortos e feridos dos doislados. Nada diferente do que hoje ocorre em relação à história doperíodo. As opiniões se dividem e os fatos são lidos conforme “elcolor del cristal con que se los mira”. Os militares brasileiros, comapoio de parcela majoritária da opinião pública, lutavam contra ocomunismo num período de enorme expansão guerrilheira na Améri-ca Latina e na África, e de expansionismo imperial comunista na

Por: Percival Puggina

Percival Puggina é arquiteto, empresário, escritor,titular do site www.puggina.org, autor de Crônicas

contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia.

“É importante à vidada polis que a anistia

permaneça comoestá: irreversível,

intacta e não“reinterpretável”.

“Itamar Francodava uma ordemdireta aos seus

ministros: “baixaras taxas de juro”.

Como não eraobedecido, trocava

o ministro”.

SustentHABILIDADE

A onda agora é “sustentabilidade”, depois de “qualidade to-tal”, “foco no cliente”, “parceria”, “inovação”, “responsabilidade so-cial” e etc. Todo mundo fala em sustentabilidade, as propagandasinformam como as empresas estão interessadas no assunto e grandesdebates, como o da hidrelétrica de Belo Monte, tem otema em suas raízes. O conceito é muito bom e foi usa-do pela primeira vez em 1987 por uma política e médicanorueguesa chamada Gro Harlem Brundtland. Ela es-creveu num documento da ONU mais ou menos o se-guinte:

“Sustentabilidade é o desenvolvimento que aten-de as necessidades do presente sem comprometer ahabilidade das futuras gerações de atender a suas pró-prias necessidades.”

Muito bom, não é? Atuar no presente ciente denosso impacto e influência no futuro. Pois é. Entãolembro que escrevi anos atrás um texto chamado “Co-ração Empresarial” no qual eu dizia:

“Nas minhas andanças pelos EUA no começodos anos 90, em toda sala encontrei um quadrinho quefalava da importância da diversidade (que é a necessi-dade de integrar as minorias – negros, asiáticos, latinos etc ao mundodos brancos anglo-saxões). Fiquei encantado:

- Puxa, as empresas estão entendendo que todo mundo é igual,que as diferenças de sexo, raça ou credo não tornam as pessoas maisou menos dignas ou humanas.

Até que um alto executivo explicou:- No futuro, aqui nos EUA, vamos ter muito mais negros, lati-

nos e asiáticos. E essa gente só vai comprar produtos de empresas queempreguem gente igual a eles. E se não começarmos a integrar essa

“Novos malandrosvão aparecer. Velhosmalandros vão reapa-

recer. E desfilarãomentiras em horário

nobre. Tudo conveni-entemente “dudifica-

do”. “Dudificar”

Luciano Pires. Visite: www.lucianopires.com.br

�� Por: Luciano Piresgente, então no futuro não vamos conseguir vender para eles...

- Ué, mas não é uma questão de valores humanitários, de enten-der que todos os homens são iguais, de não ter preconceitos?

- Não. É uma questão de lucro.”Aquilo foi uma porrada! Eu era apenas um pobre jovem execu-

tivo idealista brasileiro, cheio de boa vontade, sendo exposto à durarealidade: na briga dos valores morais com o lucro, quem se ferra é amoral.

Pois então... Sabe o que mudou desde queescrevi aquele texto? Só os modismos. E sustenta-bilidade é o modismo da hora. Fazemos discursosmaravilhosos, especialmente quando envolvem va-lores morais, mas apenas somos capazes de adotarpequenas ações táticas focadas na eficiência e quetenham resultados mensuráveis no curto prazo. Co-leta seletiva, uso de papel reciclado, economia deágua, economia de energia... Essas ações são maisque boas, são necessárias. E é ótimo que cada vezmais gente adote esses procedimentos, mas... Sus-tentabilidade é muito mais que pequenas ações táti-cas. Sustentabilidade não pode ser comprada. Nãoé um modismo. Não é “invenção dos caras do meioambiente”. Sustentabilidade, assim como a liberda-de, não é uma “coisa”, é uma relação. E a maioria das

pessoas não está preparada para ela.É sobre isso que falarei no próximo dia 18 de Maio na palestra

“SustentHABILIDADE” que realizarei em São Paulo, gratuitamentepara convidados. Quero provocar uma reflexão sobre nossa capacida-de de fazer com que esse novo modismo não seja apenas mais ummodismo.

Apareça. Mais informações em: www.istoelider.com.br

Europa do Leste e na Ásia. Os militantes da luta armada, sem apoiopopular, com treinamento e recursos buscados em Havana, Moscoue Pequim (bem como em sequestros e assaltos), buscavam implantar,à bala, o regime de sua preferência. Estavam tão comprometidos cominstaurar a democracia quanto Hitler com o fim do preconceito racial.Se vencessem, iria faltar paredón no país.

Mas se não podemos nos entender sobre o passado, sejamais haverá consenso sobre a história, se não há como retificaresta nem aquele, ao menos foi possível, a partir de 1978, com a Lei deAnistia, entendermo-nos sobre o futuro, colocando uma pedra em

cima do passado. Diz-se que anistia, vocábulo deri-vado de amnésia, implica esquecimento. O esqueci-mento da anistia, contudo, não significa olvido nosentido usual da expressão (lapso de memória). Não,o esquecimento da anistia representa “deixar para lá”,não mexer mais com isso, ou, para usar a palavra maisadequada: perdoar. Não é um perdão amplo, geral eirrestrito do qual todos participem voluntariamente.Haverá que não perdoe e atravesse a vida reabrindocotidianamente as chagas do passado através do ódioe do desejo de vingança. O perdão da anistia é umperdão nacional, institucional, um perdão desde oqual se recompõe a ordem, o direito, a justiça e a po-lítica.

Durante mais de três décadas a anistia produ-ziu, perfeitamente, esse efeito. Agora, em nome de um

“direito à verdade” buscado por quem jamais teve compromisso comela e em torno da qual nunca haverá entendimento, querem “reinter-pretar” a lei e restaurar animosidades e conflitos sem os quais foipossível o retorno à normalidade nacional. Assusto-me quando osque buscam isso dizem agir pelo Direito e pela Justiça, desconhecen-do a importância da Política e o eminente valor moral, profundamentecristão, do perdão institucionalmente concedido. Há uma parcela daesquerda que foi perdoada por seus muitos crimes, mas não apren-deu a perdoar.

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CORREIO DA SEMANACuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010 03

Serys e a contradição

Política é a atividade humana mais con-traditória entre as contradições, reconheça-se. Mas, é preciso saber diferenciar a contra-dição inerente à atividade política da incoe-rência política pura e simples. Esta é a confu-são que precisa ser desfeita na crise instaura-da no PT de Mato Grosso, cujo ápice foi regis-trado com a realização das prévias do últimodomingo para que o partido decidisse qual se-ria seu candidato a senador.

As prévias são um instrumento tradicio-nal do Partido dos Trabalhadores. O próprioLula teve que disputar eleições internas paraser candidato às eleições de 2002. Caso ti-vesse perdido as prévias de 2002 para o se-nador Eduardo Suplicy, Lula não teria entradopara a história como o presidente mais popu-lar do Brasil de todos os tempos, pelo votopopular.

As prévias, aliás, foram a grande marcaa diferenciar o PT, nas décadas de 80 e 90,dos demais partidos da esquerda brasileira, deherança leninista-stalinista – que adotam ochamado “Centralismo Democrático” comométodo de democracia interna – porque deci-diam tudo em intermináveis e extenuantes as-sembléias, as prévias e as eleições diretas. Nasentidades e movimentos populares em que oPT atua, inclusive, como CUT, UNE e UBES,entre outras, o partido sempre defendeu elei-ções diretas. Portanto, a democracia partidá-ria petista tem por princípio formas bastanteliberais de resolver as divergências internas.

Talvez tenha sido exatamente por essarazão que a senadora Serys tenha proposto arealização de prévias para a definição do can-didato a senador pelo PT este ano. Até aí tudocaminhava o ritmo normal do processo petis-ta. O problema ficou sério quando, ao perderas prévias propostas por ela mesma (o que,aliás, já era esperado por todo o PT, uma vezque o grupo de Serys acabara de perder aseleições do Diretório Regional no final do anopassado), Serys anuncia que não apenas nãoapoiará o vencedor Carlos Abicalil, como tam-bém declarou apoio a um candidato a gover-nador que não está, na prática, no projetopetista em Mato Grosso, e acaba por colocar

em risco o próprio palanque petista para aseleições presidenciais no Estado. Aí, a apa-rente contradição virou incoerência e falta deespírito partidário, algo que não combina coma biografia de Serys no PT. Ou combina?! Alémdo mais, se persistir essa crise que divide o PTpela metade, quem pode garantir que o PMDB,pelo menos em MT, não retire também seuapoio a Dilma Roussef?!

Deve-se registrar que a figura da candi-datura nata caiu na legislação partidária brasi-leira. A rigor, os partidos ganharam autono-mia para tomar a decisão que quiserem quan-to ao lançamento ou não de candidaturas eformação de coligações. Se não há candida-tura nata, logo as decisões sobre candidaturae sobre coligações dependem de consenso in-terno ou dos fóruns deliberativos das agremi-ações. A prévia é um desses fóruns e tam-bém as convenções.

O que mais chamou a atenção na pos-tura da senadora após sua derrota – repito,esperada – nas prévias foi ela dizer que já ha-via tomado a decisão de não apoiar Abicalil etambém a de apoiar um candidato de fora dasarticulações que partido vinha fazendo desdeantes das prévias, e que, segundo suas pala-vras, só não havia declarado essa sua deci-são pessoal anteriormente para que isso nãoafetasse seu desempenho na consulta inter-na.

Destaque-se ainda que a crise do PT deMato Grosso não começou agora. Há muitotempo as correntes internas lideradas porSerys e Abicalil não vêm falando a mesma lín-gua. Tratam-se mais como inimigos do quecomo correligionários. Isso não é segredo. De-monstram mais solidariedade e fraternidadecom aliados de outros partidos do que comos adversários internos. Isso, por um lado,prova que a democracia interna petista podeter confundido outra coisa: democracia comliberalismo. Isso pode explicar tantas baixasimportantes que o PT vem sofrendo ao longodos últimos anos. Cristovam Buarque, MarinaSilva e Heloísa Helena são alguns exemplosfortes de que algo sério acontece nessa tãodecantada democracia interna. Esses trêsexemplos são de políticos honrados, decen-tes, combativos, que se mantiveram numa li-nha de atuação coerente com sua biografia,mesmo fora do PT. Não é meu papel tomarpartido por Serys ou Abicalil nesse imbróglio.Isso compete aos petistas. Mas, olhando aquide fora, a nós outros nos parece que seriainfinitamente mais honrado e respeitoso comsua própria biografia se Serys pedisse para sairdo PT, em vez de desrespeitar assim tão afron-tosamente um fórum da democracia internapetista que ela empunhou por tantos anos.

Por: KLEBER LIMA��

Ninguém é, nem poderia ser, contra a salvação do planeta, apreservação da floresta, a conservação da biodiversidade e o respeitoàs comunidades tradicionais que dependem da nature-za para sobreviver. Qualquer pessoa com um mínimo debom senso sabe que políticas ambientais desastrosasdo passado produzem efeitos nefastos hoje, e que so-mente uma sincera disposição em garantir a sustentabi-lidade pode evitar que, no futuro, problemas maioresacabem surgindo.

Por isso, quando vemos um cineasta americanoe vários ambientalistas brasileiros se empenharem nacontestação a uma obra de infraestrutura como o com-plexo hidrelétrico Belo Monte, no Rio Xingu, tendemosa concordar com eles. Ora, eles querem que deixemosas árvores em pé e os índios em paz! Estão certíssimos,não estão?

Infelizmente, a resposta é não. Um redondo etaxativo não. Pois o fato é que o mundo não para deevoluir, as necessidades humanas não deixam de cres-cer e é impossível conquistar níveis mínimos de bem-estar sem que haja energia elétrica para colocar em fun-cionamento as indústrias, os hospitais, os eletrodomés-ticos, os computadores. E ainda não surgiu uma opçãode energia limpa, renovável e segura como a hidrelétrica.

A parte brasileira de Belo Monte é maior que a de Itaipu, e suapotência instalada será de 11 mil megawatts. Trata-se de um potencialimenso, essencial para alimentar o crescimento do País nos próximosanos. Se renunciarmos à energia hidrelétrica, recorreremos a quê? Àstermoelétricas, que lançam quantidades absurdas de CO2 na atmosfera– justamente deste gás, que é o grande vilão das alterações climáticasque também mobilizam ecologistas do mundo inteiro? Ao enriquecimen-to de urânio para a geração de energia nuclear? Isso faria ativistas doGreenpeace se deitarem em frente às obras das usinas para protestaremcontra a construção! Ou dependeríamos das fontes eólicas, solares e debiomassa, que custam caro e ainda estão em fase de desenvolvimento?

Eduardo Pocetti é CEO da BDO Auditores Independentes.

“Se renunciarmos àenergia hidrelétrica,

recorreremos a quê?Às termoelétricas, quelançam quantidadesabsurdas de CO2 naatmosfera – justamen-te deste gás, que é o

grande vilão dasalterações climáticasque também mobili-zam ecologistas do

mundo inteiro?”

Por: Eduardo Pocetti

Belas intenções versus realidade No caso de Belo Monte, não se trata de subordinar o elemento

humano ou o equilíbrio natural a interesses econômicos. Trata-se, an-tes, de fazer uma opção pelo coletivo. Do ponto de vista ético, escolhe-se preservar o direito das gerações presentes e futuras a desfrutarem deum nível de desenvolvimento econômico e social como jamais tivemos

antes. E esse alto grau de desenvolvimento requerenergia. Simples assim!

É óbvio, porém, que há necessidade de ade-quar as obras às peculiaridades do ecossistema noqual ela será inserida. Impactos serão inevitáveis, masseu resultado não precisa ser devastador. Aliás, con-vém ressaltar que o documento de concessão de li-cença para a obra, emitido pelo IBAMA, estabelece40 condicionantes que terão de ser cumpridas.

Para mitigar os impactos ambientais e sociaisda obra – provocados não somente pela construçãoem si, mas também pela chegada do contingente detrabalhadores –, a licença prevê investimentos de R$1,5 bilhão, destinados a contrapartidas e compensa-ções ambientais. Entre as condições que terão de sercumpridas, incluem-se construção de escolas e pos-tos de saúde na região da usina e a execução de obrasde saneamento básico em municípios próximos à áreada barragem. Ou seja, serão oferecidas melhorias efe-tivas para as populações locais. O Ibama também de-terminou que a navegabilidade do Rio Xingu seja man-

tida durante todo o tempo de construção e operação da usina, e exigiu,dos futuros empreendedores, um plano de conservação dos ecossiste-mas aquáticos e terrestres do entorno.

Todos esses cuidados demonstram que há responsabilidade ecompromisso em assegurar que Belo Monte seja um empreendimentosustentável. A realização da obra pode não ser o final feliz que JamesCameron colocaria em um de seus filmes, mas certamente ela será essen-cial para que nós, brasileiros da vida real, tenhamos um futuro melhor.

KLEBER LIMA é jornalista e consultor de marketing em Mato Grosso.E-mail: [email protected].

“Talvez tenha sido exatamente poressa razão que a senadora Serystenha proposto a realização de

prévias para a definição docandidato a senador pelo

PT este ano”.

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Fera Ferida

Em prévias realizadas no domingo, dia 18,os filiados do Partido dos Trabalhadores emMato Grosso, cassaram o sagrado direito dasenadora Serys Marly de disputar a reeleição.

Não sou contra o deputado Carlos Abicalilter reivindicado e conquistado a vaga. É umaquestão que diz respeito às váriasfacções existentes dentro do PT.

O que incomoda é o desvirtu-amento de um processo natural. Eos fatores são vários. O tratamen-to “companheiro”, que tanto é usa-do pelos petistas, em relação a estefato perdeu o sentido.

A ganância pelo poder feriu demorte uma personagem, cuja tra-jetória, se mistura com a constru-ção do partido do Lula em nossoestado.

Serys fez soar e obter eco apregação dos ideais de um partido tido comode esquerda, em um território, cuja prática po-lítica era vista como ultra conservadora.

No Senado Federal, para continuar leal aoseu partido e ao governo que apóia, teve querever alguns conceitos e mudar de comporta-mento.

A mão que intentar escrever a história doPT Matogrossense encontrará na trajetória dasenadora farto material para um volume. Pode-se afirmar que o PT antes da Serys era um,com ela outro. Foi após a travessia acidentadae longa dessa corajosa professora, que o par-tido adquiriu respeito e conquistou uma fatiado eleitorado.

A soberba e sede de poder que os algo-

Por: José Arimatéia zes da senadora usaram para derrubá-la, podeser, já na próxima eleição, o veneno que irá li-quidá-los. Com a Serys fora da disputa do Se-nado e Abicalil fora da chapa de deputado fede-ral, a possibilidade do PT estadual perder as duasvagas no Congresso Nacional é muito grande.

Cito aqui o exemplo da ex-ministra sena-dora Marina Silva. Nada foi feito pelos “compa-nheiros” no sentido de segurá-la no PT. Ela sa-

indo é ela que vai se ferrar, diziam.A última pesquisa Data Folha mos-tra a senadora com mais de 10 porcento de intenções de votos, quepelo raciocínio lógico seria de Dil-ma Roussef. Quem perdeu?

Eu acredito que foi a emoçãoda revolta, mas, a senadora Serysafirmou que não disputará no pró-ximo pleito nenhum mandato. De-clarou ainda apoio ao pré-candida-to ao governo, Mauro Mendes, doPSB. Se de fato ela cumprir o quefalou, mesmo que tentem contem-

porizar, o estrago será muito grande. Atingiráas candidaturas petistas e com sobras de raiose trovões para a pretensão de Silval Barbosa.

O “andar da carruagem” mostra que a feraestá ferida. E sendo assim, é bom lembrar 2002,quando poucos acreditavam nela, conseguiu so-brepor a um dos maiores políticos da época con-temporânea, o sempre saudoso Dante de Oli-veira.

Com a fera ferida a selva está agitada. Va-mos esperar para ver quem os “coiotes” vãodevorar.

José Arimatéia – Ex-Deputado Estadual

“O tratamento“companheiro”,

que tanto éusado pelospetistas, em

relação a estefato perdeu o

sentido”.

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Fiz o meu curso de Medicina, na escola da Praia Vermelha daFaculdade Nacional de Medicina da Universidade doBrasil, no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil. Oprédio da escola era de uma arquitetura belíssima. Tem-plo da Medicina Brasileira (1918 -1978) foi demolidopelo desinteresse de uma geração. A Universidademudou-se com a capital federal para Brasília. Muitoschamavam a nossa escola de Matriz numa alusão irô-nica às outras designadas de Filiais.

A festa de conclusão do meu curso de gradua-ção foi no Theatro Municipal, há meio século. Naque-la época existiam no Brasil apenas vinte e três escolasmédicas, que formavam médicos. Muitos dos meuscolegas naquela noite histórica estavam no palco e assuas noivas nas galerias. Após este ato solene retor-naram às suas origens, aptos ao casamento e ao exercício da profis-são. Devido as minhas deficiências de aprendizagem, permaneci aindacinco anos me preparando para o retorno à Cuiabá.

Gostaria de ter sido contemporâneo e colega de Lucas, o médi-co evangelista. Lucas era chamado pelos seus clientes de “meu amadomédico”. Como faz falta para o exercício profissional da Medicina, a

Gabriel Novis Neves

“Olhai por todosesses homens de

branco que sepropõem a salvarvidas e a prevenirdoenças” – São

Lucas

Por: Gabriel Novis Neves

Médicos antigosconfiança do cliente em seu médico, e do médico em seu paciente. Semesta cumplicidade, acho impossível o atendimento médico de qualida-de.

Esta é uma realidade que todos nós vivenciamos, e nos senti-mos impotentes para revertermos essa situação tãoperniciosa à sociedade, e que permite o aparecimen-to do técnico em doença.

Aqueles médicos de mais de meio século, es-tão em extinção, pelo processo natural da vida ter-restre com o seu finito. A Medicina humanitária exer-cida por Lucas, nosso colega e padroeiro, com suadedicação piedosa e amor ao próximo, em especialaos mais pobres e humildes, deveria permanecer sem-pre viva nas mentes e corações de todos os médicos.Mas, os ensinamentos de Lucas parecem que a cadadia ficam mais esquecidos. O nosso padroeiro só élembrado nos mega eventos em outubro, quando ocalendário comercial reserva um dia para os médicos

comemorarem o seu dia.Como seria bom, se a ciência médica fosse colocada ao alcance

de todos e os seus médicos amados pela população!

Filme abre o olho para o horror da injustiça social

� �Por: Arnaldo Jabor

Arnaldo Jabor – www.g1.globo.com

O cinema novo abriu os olhos do país para ohorror da injustiça social. Só que não adianta maismostrar a pobreza apenas para dizermos: que horror,coitados.

O drama do povo já foi mostrado muitas vezese muita gente até já ganhou dinheiro com isso. A mi-séria já foi um luxo para os intelectuais. O filme “Cinco Vezes Favela”agora é um outro papo. Trata-se da vida das comunidades carentes

mostrada por quem vive dentro dela. Isso é novo e importante.Aliás, quem quiser analisar profundamente a

desigualdade social do Brasil tem de mostrar fazerfilmes sobre nossa secular classe dominante, a bur-guesia egoísta que a construiu durante séculos.

“ A miséria já foium luxo para os

intelectuais”.

CORREIO DCuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 201004 -

OPA 2014C

Adeus Verdão!!Seja bem vindo “Arena Multiuso”

Começaram as obras deconstrução da Arena Multiuso,o Novo Verdão, oito dias antes doprazo estabelecido pela Fifa, 3 demaio. Às sete horas da manhã, oconsórcio Santa Bárbara/MendesJúnior abriu os portões para a en-trada dos primeiros trabalhadoresque vão edificar, até dezembro de2012, uma arena moderna e sus-tentável.

Uma praça esportiva depadrão internacional, cujo projetovem sendo elogiado e premiadopor introduzir conceitos inovado-res de sustentabilidade ambiental,social e econômicaOs primeirosequipamentos retirados foram ascadeiras do Verdão, que serão reu-tilizadas em outros estádios. Equi-pes de topografia começaram oslevantamentos para a implantaçãodo canteiro de obras, enquantooutras equipes iniciavam a demar-

cação de pontos para a constru-ção da cerca (alambrado) de maisde mil metros que envolverá a obra.

Nos próximos dias come-ça a desmontagem da estruturametálica que sustenta a coberturada arquibancada e retirada das te-lhas, bem como do sistema elétri-co e de iluminação. Todo este ma-terial será guardado e posterior-mente transferido para outras pra-ças esportivas.

“Esta primeira etapa, quemarca o início efetivo das obras, échamada tecnicamente de mobili-zação. Além de iniciar a retirada dosmateriais passíveis de reutilização,estamos implantando o canteiro deobras que receberá progressiva-mente máquinas, equipamentos,materiais de construção, almoxari-fado, vestiários, sanitários e ou-tras instalações”, explicou o Ge-rente de Contratos do consórcio,

NFRAESTRUTURAI

Chega de poeira Governador assina mais quatro ordens de serviçopara asfaltamento em bairros de Cuiabá

engenheiro Antonio Carlos de Oli-veira.

O escritório do consórciocomeça a funcionar, nos próximosdias, num imóvel nas proximida-des da obra, onde também será feitaa recepção de currículos e monta-gem do banco de dados sobre opotencial disponível de mão-de-obra. As contratações também se-rão feitas com base no cadastrodo Sine-MT, conforme acordo fir-mado com a Secretaria de Traba-lho, Emprego e Cidadania.

O consórcio vencedor dalicitação deve contratar ainda emmaio 75 trabalhadores, entre ser-ventes, pedreiros, armadores, sol-dadores e outros profissionais.Até o fim da obra, em dezembro de2012, o consórcio deve empregarcerca de 800 trabalhadores nas di-ferentes áreas, além dos milharesde empregos indiretos.

Para o diretor de Infraes-trutura da Agecopa, Carlos Brito,Cuiabá continua à frente das de-mais sedes da Copa 2014 cumprin-do todos os prazos estabelecidospela Fifa e Comitê OrganizadorLocal e os compromissos firmadosatravés da Matriz de Responsabi-lidades.

“Iniciamos as obras a oitodias do prazo final, 3 de maio, e já

temos R$ 99 milhões empenhadose assegurados para todas as me-dições deste ano. As obras demobilidade urbana já tiveram seusprojetos concluídos e encaminha-dos ao governo federal, que anun-ciou um aporte significativo de re-cursos através dos ministérios deTransportes, Cidades e do Turis-mo”, disse Brito.

Até 2014, o governo do

Estado deve integralizar um mon-tante superior a R$ 1 bilhão para aobra da Arena Multiuso, doisCentros de Treinamento, Fan Pa-rks, infraestrutura turística e osprojetos de mobilidade urbana, in-cluindo dois BRTs (Bus RapidTransit, ou corredores exclusivospara ônibus), e várias interven-ções no sistema de trânsito daGrande Cuiabá.

Na segunda-feira (26.04), o go-vernador Silval Barbosa deu início àsobras de pavimentação asfáltica demais quatro lotes de bairros de Cuia-bá. O governador visitou os bairrosJardim Florianópolis, Antonio Dias,Centro América e Residencial Coxipó.

No bairro Jardim Florianópo-lis, o descerramento da placa de lan-çamento da obra foi às 16h, na rua 21,esquina com a rua 03. Em seguida, seráa vez dos moradores do Antonio Diase vizinhança contemplarem o lança-mento da obra, às 17h, na rua Con-stantinopla, esquina com a Duque deCaxias. Uma hora depois, a comitivado Governo seguiu para o bairro Cen-tro América, na rua projetada esquinado mercado Irmão Everaldino. O últi-mo lançamento foi feito, às 19 horas,no bairro Residencial Coxipó, na Pra-ça Central.

Na última segunda-feira(19.04), Silval Barbosa assinou a or-dem de serviço para a pavimentaçãode dois lotes, que abrangem os bair-ros Altos da Serra, Centro América,Pascoal Ramos e São Francisco, e tam-bém as comunidades do Parque Ata-laia, Ouro Fino, Paiaguás, TancredoNeves, Três Lagoas, Três Poderes,Altos da Boa Vista, Antonio Dias,Consil, Despraiado, Distrito da Guia,Alto Coxipó e Jardim Leblon. Apenasnessas ordens, o Governo deu inícioaos asfaltamento de 20 km das ruas deCuiabá.

Esses lançamentos fazem par-te de uma série de investimentos queo Governo do Estado, em parceria como Governo Federal, por meio do Mi-nistério das Cidades e emendas parla-mentares, tem destinado à capital. In-vestimentos são na ordem de R$ 21,1milhões, sendo R$ 2.1 milhões oriun-dos do Governo do Estado e R$ 19milhões destinados pela União.

Agecopa nega atraso em obras e descarta exclusãoAMEAÇA

No dia 20 de abril, foi assi-nado contrato entre a Agecopa e oconsórcio e expedida a Ordem deServiço para o início da constru-ção da nova Arena. E, na segunda-feira, foram iniciadas as obras, con-forme estabelece o cronograma fí-sico-financeiro do contrato.

Na sexta-feira, o ministroOrlando Silva alertou para a exis-tência de um suposto “Plano B”do Governo Federal para o atrasodas obras de construção dos es-tádios para o Mundial do Brasil: aexclusão de cidades sedes do tor-neio.

“Posso assegurar que, sea cidade não cumprir o prazo deinício de obras de 3 de maio, pas-sa a ter o risco de exclusão daCopa. A decisão de fazer a Copaem 12 cidades foi do presidenteLula, para que todas as regiões do

Brasil pudessem receber jogos,mas a Fifa só precisa de oito cida-des, porque são oito os grupos deseleções. Então, nosso plano decontingência é eliminar cidadesque não consigam cumprir os pra-zos”, afirmou o ministro, em entre-vista ao portal de notícias R7.

GARANTIAS

No ofício enviado ao Mi-nistério do esporte, Adilton Sa-chetti destacou que Cuiabá vemcumprindo todos os requisitos daFifa e não haveria por que ser ex-cluída, já tendo assegurado, inclu-sive, recursos estimados em R$ 1bilhão para o novo estádio e paraas obras de mobilidade urbana einfraestrutura de transporte cole-tivo.

Durante a assinatura docontrato com a Agecopa, na terça-

feira (20), o diretor da ConstrutoraMendes Júnior, Fernando Linha-res, confirmou que a movimenta-ção começou na segunda-feira(26), com os trabalhos topográfi-cos, a montagem do canteiro deobras, com os primeiros equipa-mentos e início do processo deseleção de mão-de-obra. Segundoele, o canteiro da obra contará compelo menos 800 profissionais.

TEMOR DA CBF

Em entrevista ao site Ga-zeta Esportiva, o presidente daConfederação Brasileira de Fute-bol (CBF), Ricardo Teixeira, reve-lou temer que a Copa do Mundode 2014 sofra “sérios problemas”,se as obras para construção dosestádios e de infraestrutura nãocomeçarem nas próximas semanas.

“Se elas não começarem

até o começo de maio, passaremospor sérios problemas”, disse omandatário do futebol nacional, nasemana passada, durante cerimô-nia na Academia Brasileira de Le-tras (ABL), em que também esti-veram presente o técnico da Sele-ção Brasileira, Dunga, e João Ha-velange, ex-presidente da Fifa.

Quando questionado se osatrasos nas obras da Copa doMundo poderiam reduzir o núme-ro de cidades-sedes de doze paradez, Teixeira foi enfático e disse quenão tratará do assunto antes dodecisivo dia 3 de maio.

“Não falo sobre hipóteses.Vou aguardar o dia 3”, disse o pre-sidente da CBF, que também cul-pou a crise política vivida por Bra-sília pelo atraso nas obras do Dis-trito Federal. O governador JoséRoberto Arruda havia prometidoconstruir o estádio mais caro da

Copa, mas foi afastado do cargo.

O PLANO B

Na sexta-feira, o mMinistrodos Esportes, Orlando Silva, afir-mou que havia a possibilidade deatrasos e problemas nas obrascausarem a exclusão de pelo me-nos quatro das 12 sedes da Copado Mundo de 2014, no Brasil. Noentanto, horas mais tarde, o Mi-nistério desmentiu a informaçãoatravés de nota oficial emitida.

“Possibilidade de exclusão(de sedes) sempre existe. Insisto:o plano da Fifa era construir em 8cidades. Nós é que insistimos paraque fossem 12”, afirmou OrlandoSilva, segundo a Folha de S. Pau-lo, durante um fórum de empresá-rios na Bahia. Mais tarde, ele tiroudo Ministério a responsabilidadede tomar tal decisão.

“Não há Plano B do Gover-no Federal para reduzir o númerode cidades-sedes da Copa doMundo 2014. Estádios é assuntoentre as cidades, Estados e a Fifa”,disse nota enviada pelo Ministé-rio dos Esportes. De acordo comcontratos assinados pelo Brasil, adecisão de inclusão ou exclusãode qualquer cidade deve ser toma-da pela entidade máxima do espor-te.

Orlando Silva vem critican-do o atraso na programação de re-formas para a Copa do Mundo de2014. As obras devem ser inicia-das nas cidades sedes até 3 demaio, prazo máximo definido. Háproblemas com licitações, financi-amentos e projetos - entre eles, oque mais tem causado polêmica édo Morumbi, que não teria condi-ções de receber a abertura doMundial.

Festival de Inverno 2010Festival de Inverno 2010

A SEMANA Cuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010 - 05

URISMOTFESTIVALDE INVERNO

Muitas novidades serão apresentadas na edição deste ano

Um dos mais tradicionaiseventos de Mato Grosso reunin-do um público cativo e que espe-ra por aquele clima gostoso eaconchegante, bem característicoda cidade, o Festival de Invernode Chapada dos Guimarães, foilançado no sábado (24.04), emCuiabá, em uma noite que tevemuitas novidades para este even-to artístico-cultural bastanteaguardado pelos mato-grossen-ses.

O Festival de Inverno damística Chapada está na 26ª edi-ção e neste ano será realizadoentre 25 de junho e 18 de julho.Serão dias de muitas atrações cul-turais, artísticas, turísticas e edu-cacionais envolvendo o públicoda cidade e os turistas internos ede fora de Mato Grosso que pro-curam a cidade pelo seu climatranquilo, por suas riquezas na-turais e o calor humano de seupovo.

A secretária de Desenvol-

vimento do Turismo de MatoGrosso, Vanice Marques, comen-ta que o evento além de ser umdos maiores em Mato Grosso, in-tegra o calendário turístico doEstado e estimula a visitação aquem ainda não teve a chance deapreciar as belezas de Chapadados Guimarães e conhecer umpouca da história e do turismodeste município tão visitado e pro-curado nacionalmente e interna-cionalmente.

O evento é organizadopela Prefeitura Municipal comapoio do Governo do Estado deMato Grosso, da UniversidadeFederal e Ministério da Cultura,parceria com as empresas Arte emMarketing e F&F Consultoria emMarketing e produção de MarioZeferino Produções.

O lançamento acontece no

Centro de Eventos do Pantanal, apartir das 21 horas, com apresen-tação da programação e novida-des para este ano. Logo após,convidados e imprensa assistirãoao show do cantor EmmersonNogueira.

Muitos ritmos e estilosAs atrações para este ano

ficam por conta de artistas dosmais variados ritmos e estiloscomo Ivete Sangalo, que fará oshow de abertura no dia 26 de ju-nho e no dia 3 de julho é a vez deZé Ramalho voltar mais uma vezaos palcos do Festival de Inver-no. No dia 10 de julho, duas dasmaiores bandas de rock do País

cantam juntas no festival – Para-lamas do Sucesso e Titãs. No dia17 de julho, encerrando o Festi-val, sobe ao palco o cantor Ar-mandinho que irá se apresentarcom bandas locais.

O Festival terá ainda atra-ções culturais com oficinas dearte, exposições, exibição de fil-mes e peças teatrais, além de feirade artesanato. De acordo com aassessoria do evento, países daAmérica Latina foram convidadosa participar do festival com apre-

sentações artístico-culturais.O primeiro Festival de In-

verno de Chapada dos Guimarãesfoi realizado em 1984, dentro deuma arena de circo. Depois, pelopequeno espaço não ser maispossível abrigar o público cres-cente, passou a ser realizado napraça do festival, sempre comshows gratuitos para a popula-ção.

Dia Internacional da dança é comemorado com oficinas no Cine Teatro CuiabáNesta quinta e sexta-feira

(29 e 30.04), acontece no SalãoArtístico do Cine Teatro Cuiabáduas oficinas gratuitas, uma dan-ça de salão e outra de dança doventre. As oficinas fazem parte dosegundo momento do evento ‘Va-mos confraternizar com dança’,realizado pela representação localdo Conselho Brasileiro de Dançajuntamente com bailarinos e pro-fessores. O evento prevê a realiza-ção de seis oficinas de diferentesmodalidades de dança em dois lo-cais, no Palácio da Instrução e noCine Teatro Cuiabá.

Segundo a representantedo Conselho Brasileiro de Dança(CBDD) em Mato Grosso , Ales-sandra Bassit, o objetivo do even-to é fortalecer a arte no Estado éfazer alusão ao Dia Internacionalda Dança, comemorado em 29 deabril.

As oficinas gratuitas dedança acontecem de 29 de abril a02 de maio e compreendem as mo-dalidades de Dança de Rua, Jazz,Balé Clássico, Balé Moderno, Dan-ça de Salão e Dança do Ventre. NoPalácio da Instrução acontecem asoficinas de Balé Clássico com a

professora Elka Victorino, Jazz coma professora Alessandra Bassit,Balé Moderno com o professorPaulo Medina e Dança de Rua como professor Jamilton Mello. Cadaum dos cursos tem capacidadepara 10 alunos e as vagas, segun-do Alessandra Bassit, já estão qua-se esgotadas. Mais informaçõesno tele: 3322-8069 ou 3321-4695.

Já no Cine Teatro Cuiabáacontecem as oficinas de Dançade Salão com o professor J. Juniore a de Dança do Ventre com a pro-fessora Najmah. As inscrições de-vem ser feitas no Cine Teatro Cui-

abá, nesta terça e quarta-feira, das14h às 18h.

SERVIÇO:

O que: Oficina de Dança do Ven-tre e Oficina de Dança de SalãoOnde: Salão Artístico do Cine Te-atro Cuiabá.Quando: Dança do Ventre: 29 e 30de abril, às 16h.Dança de Salão: 29 e 30 de abril, às17h30.Quanto: Gratuito.Inscrições: Cine Teatro Cuiabá,terça e quarta-feira, das 14h às 18h

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Células com tumor

Pesquisadores suecosdescobriram uma substância ca-paz de matar células canceríge-nas. O poder do leite materno vaialém do que a ciência imagina.Pesquisadores da Universidadede Gothenburg e da Universida-de de Lund, ambas na Suécia,descobriram que uma substânciaespecífica presente no leite damãe – chamada de Hamlet – é le-tal para células com tumor. Ago-ra, cientistas se enchem de espe-rança: será a descoberta da cura

Poder do leite materno: a cura para o câncer?

Veja 24 sintomas da dislexia,doença da novela das 19h

Leal, interpretado pelo ator Antônio Fagundesna novela global Tempos Modernos, mal sabe assinar onome e não assume isso para as filhas e netas. Nosúltimos capítulos, descobriu que pode sofrer de disle-xia. O problema também já foi vivido pela personagemde Bárbara Borges, Clarissa, em Duas Caras (2007 a2008), que o superou até o final da história.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia(ABD), a dislexia é o distúrbio ou transtorno de apren-dizado na área da leitura, escrita e soletração de maiorincidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas emvários países mostram que entre 5% a 17% da popula-ção mundial é disléxica.

Engana-se quem pensa que resulta de má alfa-betização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. A ABD afirma que éuma condição hereditária com alterações genéticas,apresentando ainda modificações no padrão neuroló-gico. Deve ser diagnosticada por uma equipe multidis-ciplinar (psicóloga, fonoaudióloga, psicopedagoga clí-nica e outros profissionais, se necessário).

Se a criança em idade escolar não for acompa-nhada adequadamente, os sintomas vão persistir aolongo da fase adulta, com possíveis prejuízos emocio-nais e, consequentemente, sociais e profissionais. Porisso, é importante ficar atento aos possíveis indícios dodistúrbio. Ao detectá-los, busque pela ajuda de profis-sionais que poderão fazer o diagnóstico correto. Confi-ra os sinais listados pela ABD:Antes de ingressar no Ensino Fundamental1) Dispersão;2) Fraco desenvolvimento da atenção;3) Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;4) Dificuldade em aprender rimas e canções;5) Fraco desenvolvimento da coordenação motora;6) Dificuldade com quebra-cabeças;7) Falta de interesse por livros impressos;Idade Escolar8) Dificuldade na leitura e escrita;9) Pobre conhecimento de rima (sons iguais no finaldas palavras) e aliteração (sons iguais no início daspalavras);10) Desatenção e dispersão;11) Dificuldade em copiar de livros e da lousa;12) Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos,pintura) e/ou grossa (ginástica, dança);13) Desorganização geral, com constantes atrasos naentrega de trabalhos escolares e perda de materiais;14) Confusão entre esquerda e direita;15) Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listastelefônicas;16) Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imatu-ras ou longas e vagas; 17) Dificuldade na memória decurto prazo (instruções, recados);18) Dificuldades em decorar sequências (meses do ano,alfabeto, tabuada);19) Dificuldade em matemática e desenho geométrico;20) Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disno-mias);21) Troca de letras na escrita;22) Dificuldade para aprender uma segunda língua;23) Problemas de conduta como depressão, timidezexcessiva ou o palhaço da turma;24) Bom desempenho em provas orais.

PAS da Saúde retoma servi-ços de transplantes em MT

O secretário de Estado de Saúde, Kamil Fa-res, colocou em prática uma das ações previstas noPlano de Ação de Saúde (PAS), que é a retomada dosserviços de Transplantes, serviços esses que esta-vam paralisados e são prioridade para o Governo.

Kamil Fares disse que “o empenho da gestãoe a retomada do diálogo com os parceiros e com oMinistério da Saúde é o que possibilitou a reestrutu-ração e a retomada do funcionamento dos serviçosde Transplantes no Estado”.

O transplante de córnea voltou a funcionarpelo fato da atual gestão ter se empenhado em bus-car junto ao Ministério da Saúde a publicação docredenciamento dos estabelecimentos de saúde eequipes.

O Hospital de Olhos já está apto para realizaresses serviços, com publicação no Diário Oficial daUnião do seu recredenciamento e já tem programadaa realização dos dois primeiros transplantes do ano.

Foram encaminhados para o Sistema Nacio-nal de Transplantes o recredenciamento do HospitalGeral Universitário (HGU) para a retomada dos trans-plantes de enxertos ósseos e de córneas. Esse recre-denciamento permitirá que, em breve, sejam retoma-dos também os transplantes renais no Estado, sen-do que já está em negociação o inÍcio dos serviçosde transplantes de medula óssea.

Também estão sendo selecionados outrosestabelecimentos hospitalares e outras equipes mé-dicas visando implementar novos transplantes.

Segundo o secretário Kamil Fares “a questãodos transplantes é prioridade para o Estado e nãoserão medidos esforços para reorganizar o setor. Asequipes existentes e os estabelecimentos de saúdeestão sendo convocados a concentrar esforços nosentido de alcançar esse objetivo”.

No Plano de Ação da Saúde (PAS) que foilançado na segunda-feira (19/04) pelo Governo doEstado Silval Barbosa e que consiste num conjuntode ações de aplicação imediata para 2010, o objetivoé facilitar o acesso da população a uma saúde públi-ca de melhor qualidade. O Programa ‘Fila Zero’ prevêa reorganização e a ativação do Sistema Estadual deTransplantes cujas ações já estão adiantadas e osserviços já estão sendo colocados à disposição daspessoas que necessitam desses serviços.

Fast food leva à impaciência e à pressaUma pesquisa realizada

pela Universidade de Toronto, noCanadá, aponta que os prejuízosdo consumo de fast food vão alémdas questões relacionadas à saú-de ou aumento de peso.

O consumo desse tipo dealimento estaria relacionado aoaumento do nervosismo, pressa,impaciência e até mesmo à perdade vontade de guardar dinheiro.

O estudo, que será publi-cado no jornal “PsychologicalScience”, monitorou o compor-tamento de 57 voluntários queforam expostos a logotipos dediversas redes de faz food, comoMcDonald´s. As imagens forammostradas rapidamente, de ma-neira que eles não pudessem iden-tificar as marcas, mas sentir os

efeitos subliminares.Segundo os pesquisado-

res, os participantes demonstrarampressa mesmo sem ter prazos aper-tados a cumprir, e a conclusão é ade passar diante de tantos estabe-lecimentos do gênero diariamentepode ter efeito cumulativo. “Fastfood representa a cultura da efici-ência de tempo e gratificação ins-tantânea. O problema é que o ob-jetivo de economizar tempo é ati-vado sob a exposição a fast foodmesmo quando o tempo não é fa-tor relevante no contexto. Desco-brimos que a mera exposição estápromovendo um senso generaliza-do de pressa e impaciência”, disseum dos pesquisadores Chen-BoZhong ao jornal inglês Times.

Para comprovar o resulta-

do câncer?A substância, que é um

tipo de ácido, foi testada em hu-manos, com sucesso. Pacientescom câncer de bexiga tratadosHamlet conseguiram expelir ascélulas cancerígenas do organis-mo através da urina. A substân-cia conseguiu matar 40 tipos decâncer em testes realizados emlaboratório, com uma vantagemimportante: ela mata as célulascancerígenas, mas mantém saudá-vel as células normais do corpo.

A descoberta aconteceusem querer: os integrantes daequipe da Universidade estavaminvestigando as propriedadesbacteriológicas do leite. Na se-mana passada, cientistas britâni-cos descobriram que o ácido láu-rico, também presente no leite ma-terno, tem poder de tratar acnes,podendo ser a base de novos tra-tamentos dermatológicos queevitam efeitos colaterais fortes,como os dos medicamentos dis-poníveis hoje no mercado.

do, os pesquisados levam um tex-to composto por 320 palavras an-tes e depois de serem expostos àsimagens, e a leitura saiu muito maisrápida da segunda vez. Em outroexperimento, os voluntários prefe-riram cosméticos do tipo três-em-um em vez de usar os produtosseparadamente.

Quando o assunto em dis-cussão foi dinheiro, os pesquisa-dores perguntaram se eles preferi-riam ganhar uma pequena quantiade uma vez ou receber um valormaior, semanalmente, e novamen-te eles optaram pela gratificaçãoinstantânea depois de visualizaremos logos. Segundo o pesquisador,a constante exposição a essasmarcas levam a efeitos e longo pra-zo.

E DUCAÇÃO

Governo estuda implantação de campus da UFMT em Várzea Grande

implantação de um campus da UFMT

O governador Si lvalBarbosa se reuniu na terça-feira(20.04) com a reitora da Univer-sidade Federal de Mato Gros-so (UFMT), Maria Lúcia Ca-valli Neder, e a secretária deEducação, Rosa Neide Sandesde Almeida, para estudar a im-plantação de um campus daUFMT em Várzea Grande.

Além disso, foi debati-

do também no encontro a im-plantação do curso a distânciapara professores por meio daUniversidade Aberta do Brasil(UAB), um sistema integradopor universidades públicas queoferece cursos de nível superi-or para camadas da populaçãoque têm dificuldade de acessoà formação universitária, pormeio do uso da metodologia da

educação a distância.“A UFMT já possui um

espaço em Várzea Grande paraa realização destes cursos, elespodem ser realizados Núcleode Educação Aberta e a Dis-tância no município”, comen-tou a reitora. Segundo a secre-tária de Educação, Neide San-des, a proposta é que estescursos tenham início ainda em

agosto. “Vamos fazer um estu-dos para dar início a essas ca-pacitações o mais rápido pos-sível”, disse.

Sobre a implantação docampus, a reitora Maria Lúciaressalta que o projeto é algoque deve ser pensado a médioprazo. “Acredito que até o anoque vem o projeto deve tomarforma”, concluiu.

Programa de alfabetização deadulto recebe adesão até junho

O prazo de adesão deestados e municípios ao pro-grama Brasil Alfabetizado, cri-ado em 2003 para alfabetizarjovens com mais de 15 anos eadultos, está aberto e vai atédia 18 de junho. De acordo como Ministério da Educação, ameta deste ano é iniciar a alfa-betização de 2,2 milhões depessoas.

Serão investidos R$588,6 milhões no pagamento debolsas a alfabetizadores, intér-pretes da Língua Brasileira deSinais (Libras) e de coordena-dores de turmas, segundo oMEC. Para as prefeituras e go-vernos estaduais, que são par-ceiros do programa, o governofederal vai transferir R$ 162,8milhões.

A adesão de estados emunicípios é o primeiro passopara participar do Brasil Alfa-betizado e receber recursos fe-derais. O segundo passo é a

apresentação do Plano Pluria-nual de Alfabetização (PPAlfa).É no PPAlfa que os governos eas prefeituras vão informar aoMEC as matrículas de jovens eadultos nas áreas rural e urba-na, o número de alfabetizado-res, intérpretes de Libras e co-ordenadores que vão trabalhare o período de formação, alémda duração da alfabetização,que pode variar de seis (240 ho-ras) a oito meses (320 horas).

A transferência de recur-sos federais a estados e muni-cípios será feita em duas parce-las, em contas específicas aber-tas pelo FNDE em agências doBanco do Brasil. A primeira, de70% do valor, será depositadaaté 30 dias após a Secad apro-var o PPAlfa; a segunda, até 30dias após o início das aulas daúltima turma.

Outras informações po-dem ser obtidas no site http://portal.mec.gov.br.

Ensino à DistânciaPrograma pode ser avaliado pelosprofissionais da Segurança Pública

Os alunos da Rede Nacio-nal de Educação à Distância (EAD)puderam participar, até o dia 25 deabril, da avaliação do programa,ofertado pelo M. da Justiça.

Pela pesquisa, o Ministé-rio da Justiça saberá a avaliaçãodos usuários - Policiais Civis eMilitares, Bombeiros, Peritos eAgentes do Sistema Prisional –sobre a qualidade do programa.Estão sendo avaliados itens comoo Ambiente Virtual de Aprendiza-gem (AVA) e os cursos ofertados.

Segundo o coordenadorEstadual do EAD, Zuilton Marce-lino, é importante a participaçãodos alunos na avaliação, pois apartir do resultado obtido o Mi-nistério da Justiça realizará modi-ficações e ajustes no sistema. “Acontribuição dos usuários é fun-damental para melhoria da plata-forma de ensino. Desta forma po-deremos atender melhor os usuá-rios”, disse.

Para participar os alunosdevem acessar o portal de apren-dizagem da Rede Nacional de Edu-cação à Distância (EAD).

Se inscreveram para o últi-

mo ciclo dois mil servidores da áreade Segurança Pública de todo País.Em Mato Grosso, 4.600 profissio-nais se matricularam em pelo me-nos um dos mais de 35 cursos ofe-recidos gratuitamente.

EADA Rede Nacional de Edu-

cação à Distância (EAD), do Pro-grama Nacional de Segurança Pú-blica com Cidadania (Pronasci), foilançada em 2005 visando possibi-litar aos profissionais de seguran-ça pública como policiais civis, mi-litares, federais e rodoviários fede-rais, bombeiros e guardas munici-pais, independentemente da sualocalização geográfica, a educaçãocontinuada, integrada e qualifica-da, de forma gratuita.

A participação em um doscursos à distância é requisito paraque os profissionais de segurançapública possam ser beneficiadoscom o Programa Bolsa Formação,do Ministério da Justiça. Pelo pro-grama, são beneficiados com R$400 os servidores da segurançapública cujo salário é até R$ 1,7 milbruto.

MEC poderá rebaixaruniversidades federais

As universidades fede-rais poderão ser rebaixadas acentros universitários caso nãocumpram as metas de qualida-de. As mudanças constam de re-solução que será votada emmaio pelo Conselho Nacional deEducação. As informações sãodo jornal Folha de S. Paulo.

Existe acordo em relaçãoa inclusão das instituições fe-derais no sistema de credencia-

mento e a exigência de continu-arem com ao menos três progra-mas de mestrado e um de dou-torado. Muitas universidadesprivadas adotam esse título semcumprir as requisições, comopor exemplo, ter 1/3 dos docen-tes atuando em dedicação exclu-siva. Segundo o Ministério daEducação, essa cobrança estásendo feita e pode haver umapunição.

CORREIO DA SEMANACuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010 07

A SSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Caráter de urgênciaCPI da Saúde sugere investimento de R$ 50 milhões para o setor

O presidente da ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) daSaúde na Assembleia Legislativa,deputado Sérgio Ricardo (PR), su-geriu que o setor em Mato Grossoreceba R$ 50 milhões, a fim de con-tornar os problemas que atingema saúde pública.

“Todo o dinheiro que vierpara ajudar a saúde, neste momen-to, ainda é pouco”, disse SérgioRicardo, durante participação naentrega de cobertores e filtros deágua foi feita no dia 26, pelo go-verno, para famílias de baixa ren-da.

Sérgio Ricardo agendouuma reunião em caráter de urgên-cia para os próximos dias, com todaa bancada federal mato-grossen-se, em Brasília, de onde pretendesair com a garantia de recursossuficientes para atender as deman-das na área da saúde.

Segundo o deputado, par-te do montante já está asseguradapelo senador Jaime Campos(DEM), com quem o deputado con-versou na abertura do 30º FestivalInternacional de Pesca de Cáceres,no último final de semana.

O senador se comprome-teu a destinar, por meio de emen-da, o valor de R$ 8 milhões. O ra-teio das emendas mato-grossen-ses inclui lideranças de partidoscomo o PT, PSDB, PMDB, PSB eDEM. “Vou pedir que todos osdeputados e senadores que com-

põem a nossa bancada priorizemrecursos para a saúde”, afirmouSérgio Ricardo.

Ao fazer um cálculo super-ficial, o deputado concluiu quecada um dos senadores e deputa-dos federais deverá fazer emendasno valor de R$ 8 mil para obter R$

24 milhões. Os outros 26 milhõeschegarão por meio de outras fon-tes do Estado e da própria União.

Sérgio Ricardo avaliou ain-da, que a soma dos recursos aju-dará na reabertura de alguns hos-pitais públicos fechados no interi-or do estado e na aquisição de

novos equipamentos para as uni-dades de saúde, que não foramatendidas dentro dos programasdo governo.

“Temos que descentralizara saúde e promover qualidade devida para todos os mato-grossen-ses”, afirmou o parlamentar.

190 quilômetrosLideranças querem recuperação da MT-320

O presidente da Assem-bleia Legislativa, deputado JoséRiva (PP), participou na noite daúltima sexta-feira (24), de umaaudiência pública no municípiode Colíder que discutiu a recu-peração da MT- 320, que ligaNova Santa Helena a Alta Flo-resta. Com uma extensão de 190quilômetros, a rodovia está empéssimas condições de trafega-bilidade e nos últimos 25 anosnão recebeu nenhuma reforma.

Segundo o deputado, aslideranças políticas que partici-param do evento vão reivindi-car ao governador Silval Barbo-sa (PMDB) a recuperação darodovia. “Foi unânime o enten-dimento de que uma rodovia comburacos é mais perigosa queuma estrada de terra. Por isso,vamos pedir ao Governo priori-dade para realizar uma reformacompleta nesse trecho”, afirmouo parlamentar.

A audiência foi uma rea-lização da Câmara Municipal deColíder e, conforme o vereadorAdemar Manica, o trecho deNova Santa Helena até NovaCanaã do Norte já foi licitado.Agora, a partir do dia 27 seráaberta a licitação para outros tre-chos. No entanto, tratam-se ape-nas de operações tapa-buraco.“Mas o que essa rodovia neces-sita é uma recuperação total eisso nunca aconteceu”, salien-tou o vereador.

Também participaram doevento os prefeitos de Colíder,

Celso Banazeski, e de Carlinda,Orodovaldo Miranda, além dodeputado federal Eliene Lima, odeputado estadual Nilson San-tos e o suplente de senador Os-valdo Sobrinho.

Modernização tecnológica nas escolas entra em pauta na ALA Comissão de Educa-

ção, Ciência, Tecnologia, Cultu-ra e Desporto da AssembleiaLegislativa começou a analisarprojeto de lei que transformatodas as escolas mato-grossen-ses em salas de aprendizagemvirtuais, com acesso a banda lar-ga e laptops para alunos e pro-fessores.

O modelo oferecido pelo

Projeto de Lei nº 116/10 cria mate-riais didáticos intercambiáveis,cujos módulos podem ser aloca-dos e realocados à vontade pelosprofessores de acordo com o per-fil de seus alunos e a necessida-de de seus projetos.

A proposta do deputadoWagner Ramos (PR) pretende apri-morar o atual formato de organi-zação e funcionamento da escola

que é, segundo ele, pensada ain-da no Século XIX. “O modelo emuso leva o aluno a adotar umapostura passiva, colidindo com oseu cotidiano – de rápida e cons-tante transformação. Além disso,a grande e permanente evasãoescolar no Brasil é refletida pelataxa de conclusão do ensino mé-dio, estabilizada nos 55%”, obser-vou o parlamentar.

De acordo com o projeto,os novos equipamentos serãoinstalados progressivamente nasescolas. Entre eles estão: compu-tadores com acesso à Internetbanda larga e interligados à lousaeletrônica (a versão moderna doatual “quadro de giz”), e ilha deprodução para edição de conteú-dos educacionais.

O governo brasileiro co-

nheceu modelo semelhante aoproposto por Wagner Ramos emDavos (Suíça), em janeiro de 2005,por ocasião do Fórum Econômi-co Mundial. Em março do ano se-guinte, o governo afirmou conti-nuar “comprometido” com o pro-jeto.

No dia 25 de janeiro de2007, foi lançado oficialmente oprojeto piloto “Um Computador

por Aluno (UCA)”, no Institutode Psicologia da UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul(UFRGS).

Ao todo, estão envolvi-das no projeto a Universidade deBrasília (UnB) e a de São Paulo(USP), além das UniversidadesFederais Fluminense (UFF-RJ),do Amazonas (Ufam), da Paraíba(UFPB) e a própria UFRGS.

CORREIO DA SEMANA08 Cuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010

CET

Economia de R$ 3,7 mihõesA economia foi garantida a partir de notificações sobre as irregularidades apontadas pela equipe do TCE

Nos primeiros 4 mesesdeste ano, a auditoria de obrasrodoviárias realizada pela Secre-taria de Controle Externo deObras e Serviços de Engenhariado Tribunal de Contas de MatoGrosso garantiu aos cofres pú-blicos uma economia de R$3,7milhões. A partir de notifica-ções sobre as irregularidadesapontadas pela equipe do TCE,os técnicos envolvidos, tantoda parte contratante (unidadegestora) como da contratada(construtora), assinaram o Ter-mo de Inspeção, reconhecendo

as falhas e os valores a seremdevolvidos.

Para o conselheiro presi-dente, Valter Albano, a recepti-vidade dos representantes le-gais das unidades gestoras con-tribui para a efetividade do con-trole concomitante. Ao ser noti-ficada pelo TCE sobre o paga-mento indevido no valor de R$346.715,28 à empresa contrata-da, a Prefeitura de Rondonópo-lis está exigindo a devolução dovalor na medição posterior.

Já a Prefeitura de Barra doGarças, cancelou um contrato

no valor de R$ 1.495.485,48 deimediato, ao ser notificada peloTCE sobre a constatação deque o montante contratado es-tava acima do praticado no mer-cado. A ação preventiva do TCEevitou o pagamento indevido.

A metodologia de audi-toria das obras de pavimentaçãotambém foi utilizada na fiscali-zação de contratos da Secreta-ria de Estado de Infraestruturaem execução. De acordo com asecretária da Secex-Obras doTCE, Narda Consuelo, as obrasrodoviárias executadas pelo

Governo do Estado representam67% dos recursos estaduaisaplicados em obras públicas.

De 5 a 9 de abril, a equipeda Secex-Obras esteve no Mu-nicípio de Juína inspecionandoa obra de pavimentação asfálti-ca da MT 170/319 - trecho Juí-na/Castanheira. A auditoria con-comitante resultou na assinatu-ra do Termo de Inspeção em queas partes envolvidas reconhece-ram o montante de medições pa-gas – pouco mais de R$ 1,2 mi-lhão - estava acima do executa-do.

De acordo com o audi-tor André Luiz Souza Ramos, amaioria das irregularidadesconstatadas tem sido sanadapelos gestores. “Em média, acada dois meses a equipe retor-na à obra para nova auditoria.Esse trabalho é realizado até aconclusão da pavimentação es-pecificada no contrato”, infor-mou. Outros contratos de obrasrodoviárias serão analisadospelo TCE no período de maio adezembro.

A atuação do Tribunal deContas não se restringe mais aos

aspectos da legalidade contábil-processual dos processos lici-tatórios e técnicos durante aexecução da obra.

“Além da legitimidadeconstitucional de fiscalizar os re-cursos públicos aplicados, asações de controle de obras ro-doviárias se respaldam no arti-go 618 no Código Civil”, desta-cou Valter Albano. De acordocom a Lei, nos contratos deconstruções, o empreiteiro res-ponde, durante o prazo irredutí-vel de cinco anos, pela solidez esegurança da obra.

Procurador do MPC divulgaresultado de seleção pública

O procurador do Minis-tério Público de Contas, GetúlioVelasco Moreira Filho, divulgouna terça-feira (20/4) o resultadodo exame seletivo realizado parapreenchimento de vagas de as-sessores de seu gabinete. Fo-ram selecionadas as candidatasKaren Regina Okubara, AnaPaula de Carvalho Scolari e AnaCarolina Oliveira de Andrade,que vão ocupar, respectivamen-te, os cargos de Assessor Jurí-dico, Assessor Técnico e As-sistente Técnico.

A seleção pública reali-zada no dia 20 de março peloprocurador Getúlio Velasco vi-sava inicialmente o preenchi-mento da vaga de Assessor Ju-rídico. Porém, segundo o pro-curador de contas, devido aoalto nível técnico dos candida-tos aprovados, “também forampreenchidas as vagas de Asses-sor e Assistente Técnico dogabinete”.

Embora os cargos sejamde livre nomeação e, portanto,não existe a obrigação legal deseleção pública, o procuradoroptou pelo critério da qualifica-ção e experiência profissional

para a escolha dos profissionais.“Tenho certeza que fo-

ram aprovados os profissionaismais qualificados e com conhe-cimento técnico mais atual pos-sível. Será uma grande contri-buição para os trabalhos do ga-binete, com reflexos positivospara o TCE e toda a sociedade”,concluiu o procurador Getúlio.Todos os candidatos terão anomeação publicada no DiárioOficial do Estado.

Mais de 500 pessoas en-caminharam seus currículos aogabinete do procurador. Dessas,50 foram selecionadas para par-ticipar do certame, cujas ques-tões subjetivas exigiam conhe-cimento em Controle Externo eDireito Constitucional, Adminis-trativo, Financeiro, Civil e Pro-cessual Civil.

RESULTADO FINAL –O candidato que desejar conhe-cer os resultados das provasdeve entrar em contato com ogabinete do procurador do MPde Contas Getúlio Velasco pelotelefone 3613-7621 ou pessoal-mente. Para ter acesso à nota daprova, deverá ser informado onome completo e número de RG.

Prefeito de Nova Canaã do Norte é multadopor adquirir veículo com verba da educação

Os conselheiros do Tri-bunal de Contas de MT votaramparcialmente procedente denún-cia contra o prefeito de Nova Ca-naã do Norte, Antônio Luiz Cezarde Castro, referente à aquisiçãode veículo com recursos da Se-cretaria Municipal de Educaçãopara uso do gestor municipal. Adenúncia, formulada junto a Ou-vidoria Geral do TCE, foi julgadana sessão do dia 20/4.

Nesse caso, de acordocom o voto do auditor substitu-to de conselheiro Isaias Lopesda Cunha e o parecer do Minis-tério Público de Contas, foi com-provada a denúncia de desviode finalidade/poder por parte doprefeito municipal. Isso porque,o veiculo adquirido com recur-sos da Educação estava sendoutilizado pelo prefeito.

Diante dos fatos, o pre-

feito de Nova Canaã do Norte,Antônio Luiz Cezar de Castro,foi penalizado com multa pecu-niária regimental de 100 Unida-des Padrão Fiscal, aproximada-mente R$ 3,2 mil, que deverá serrecolhida no prazo de 15 dias.Também foi determinado à ad-ministração municipal que apli-que fielmente as receitas vincu-ladas de acordo com suas fina-lidades.

Pleno determina que presidente de Câmara domunicípio de Alto Araguaia devolva R$ 164 mil

O presidente da Câmara deAlto Araguaia, vereador Gustavode Melo Anicézio, foi punido comrestituição e multa pelo Pleno doTribunal de Contas de Mato Gros-so devido à concessão irregular dediárias e ao descumprimento dedecisões do TCE. A conta anualde 2009 da unidade gestora, vota-da na sessão ordinária da terça-feira (20/4), foi julgada irregular.

Conforme voto do relator,conselheiro José Carlos Novelli, ogestor terá que devolver R$ 164

mil aos cofres públicos, o equiva-lente a 5.132,69 Unidades PadrãoFiscal, e pagar multa no valor de 100UPF-MT, aproximadamente R$ 3,2mil. A multa será recolhida ao Fun-decontas.

Novelli ressalta em seu votoque a Câmara de Alto Araguaia vem“reiteradamente, refutando-se ematender as recomendações desteTribunal de Contas no que concer-ne à revisão dos valores das diáriasestipulados pela Lei Municipal 2.023/2006”. Por essa razão, o relator de-

terminou ao atual gestor da Câmarao cumprimento das decisões já pro-feridas pelo Tribunal Pleno.

Na opinião do relator, ficaevidente a utilização de diárias porparte do Poder Legislativo comocomplementação salarial. Isso por-que, segundo Novelli, é visível “ouso excessivo de diárias, sua utili-zação de forma constante e siste-mática, bem como a desproporcio-nalidade dos valores estipulados emlei, ferindo o princípio da razoabili-dade”.

Prefeito é multadopor atrasar salários

O Pleno do Tribunal deContas de Mato Grosso multouem 50 Unidades Padrão Fiscal,o equivalente a R$ 1,5 mil, oprefeito de Pedra Preta, Augus-tinho Freitas Martins, por prá-tica de atos de gestão ilegal. Adecisão consta do julgamentoprocedente de denúncia formu-lada pelo Sindicato dos Servi-dores Públicos Municipais dePedra Preta, devido ao paga-mento em atraso de salários ede décimo terceiro no exercí-cio de 2007.

Durante análise da de-núncia, a equipe de auditoria da3ª Relatoria constatou que ossalários dos servidores da Pre-feitura de Pedra Preta relati-vos aos meses de janeiro a ju-lho de 2007 foram pagos comatraso de até 22 dias, bem comoo décimo terceiro salário, pagosomente em 11/01/2008. Essasinformações estão comprova-das nos relatórios de movimen-to bancário do período de 01/01/2007 a 31/12/2007.

A denúncia foi relatadapelo auditor substituto de con-selheiro Isaias Lopes da Cunhana sessão ordinária do dia 20/4.