Jornal da ADUFERPE N° 02 - julho a dezembro 2014

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N° 02 | Ano I | Julho a Dezembro de 2014 | www.aduferpe.org.br Docentes aprovam uma agenda de lutas por melhores condições de trabalho Confraternizações marcam o Dia do(a) Professor(a) e dos Servidores Públicos ADUFERPE realiza curso “A Ontologia Marxiano- Lukacsiana e a Educação” Entre os dias 08 e 10 de agosto, ocorreu no Rio de Janeiro o Encontro Nacional de Educação (ENE), que reuniu mais de 2 mil pessoas de todas as regiões do Brasil para discutir e reor- ganizar a luta em defesa da educação pública. A delegação da ADUFERPE, presente no ENE, apontou a importância do encon- tro e da construção de um plano alternativo ao Plano Nacional de Educação (PNE). A delegação da ADUFERPE também marcou presença no 59º CONAD - Conselho do ANDES-SN – Sindicato Nacional dos Do- centes das Instituições de Ensino Superior, sediado na capital de Sergipe, entre os dias 21 e 24 de agosto. O CONAD é o 2º fórum com maior importância deliberativa do ANDES Sindicato Nacional. Ambos os espaços fortalecem e organizam as lutas pela edu- cação pública, gratuita e de qualidade, aglutinando os setores combativos contra as políticas privatistas e a precarização das condições de trabalho e estudo. Enquanto o ENE aprovou uma agenda para todo o setor da edu- cação, o CONAD atualizou a pauta de luta dos(das) docentes. ENE e CONAD: ADUFERPE marca presença nos espaços que apontam o caminho das lutas Delegações da ADUFERPE - Encontros organizaram as lutas da categoria docente e a defesa da educação pública Páginas 8 e 9 Jornal da

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N° 02 | Ano I | Julho a Dezembro de 2014 | www.aduferpe.org.br

Docentes aprovam uma agenda de lutas por melhores

condições de trabalho

Confraternizações marcam o Dia do(a) Professor(a) e dos

Servidores Públicos

ADUFERPE realiza curso “A Ontologia Marxiano-

Lukacsiana e a Educação”

Entre os dias 08 e 10 de agosto, ocorreu no Rio de Janeiro o Encontro Nacional de Educação (ENE), que reuniu mais de 2 mil pessoas de todas as regiões do Brasil para discutir e reor-ganizar a luta em defesa da educação pública. A delegação da ADUFERPE, presente no ENE, apontou a importância do encon-tro e da construção de um plano alternativo ao Plano Nacional de Educação (PNE).

A delegação da ADUFERPE também marcou presença no 59º CONAD - Conselho do ANDES-SN – Sindicato Nacional dos Do-centes das Instituições de Ensino Superior, sediado na capital de Sergipe, entre os dias 21 e 24 de agosto. O CONAD é o 2º

fórum com maior importância deliberativa do ANDES Sindicato Nacional.

Ambos os espaços fortalecem e organizam as lutas pela edu-cação pública, gratuita e de qualidade, aglutinando os setores combativos contra as políticas privatistas e a precarização das condições de trabalho e estudo.

Enquanto o ENE aprovou uma agenda para todo o setor da edu-cação, o CONAD atualizou a pauta de luta dos(das) docentes.

ENE e CONAD: ADUFERPE marca presença nos espaços que apontam o caminho das lutas

Delegações da ADUFERPE - Encontros organizaram as lutas da categoria docente e a defesa da educação pública

Páginas 8 e 9

Jornal da

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Professoras e professores,A conjuntura nacional pós-eleitoral, tanto no contexto nacional, como na maioria dos estados da federação, não aponta alterna-tivas para a construção de projetos políticos que signifiquem melhorias salariais e de condições de vida, bem como garantia de direitos à classe trabalhadora. Pelo contrário, antes mesmo de 1º de janeiro, marco das posses por todo o país, o que se vê é o planejamento de cortes em investimentos destinados às políticas sociais, maior endividamento do Estado e, consequentemente, arrocho salarial.

Nesse contexto, cabe a pergunta: qual o papel de um sindicato combativo? Desde que a gestão Coletivo 2012 assumiu a diretoria da ADUFERPE-Seção Sindical do ANDES-SN (biênio 2013-2015), tivemos a clareza da importância da nossa inserção nas lutas, tanto no âmbito nacional, quanto local (PE e UFRPE). Para nós, tal estratégia de ação, garante o encaminhamento das reivindica-ções das questões específicas da categoria docente, articulada com os/as demais servidores/as públicos/as federais, bem como a inserção nas lutas mais gerais do conjunto da classe trabalhadora.

Como resultado dessa ação estratégica, nesta edição apresentamos nossa participação nas ações sindicais nacionais e locais, todas com o propósito de qualificar e intensificar nossas lutas, além de fortalecer o convívio entre nós a partir de diferentes con-fraternizações.

Abrindo esta edição, temos a matéria sobre a participação da ADUFERPE no Encontro Nacional de Educação, para organização da luta em defesa da Educação Pública, e no 59º Conselho Nacional do ANDES-SN, com objetivo de propor plano de combate à precarização do trabalho docente. Tais eventos buscam acumular discussões, amadurecendo propostas das diversas seções sin-dicais para a luta conjunta da categoria. Ainda no âmbito nacional, vale destacar a presença da ADUFERPE no Seminário Nacional sobre Estrutura Organizativa do ANDES-SN, que, entre outras questões, aprofundou a discussão sobre a multicampia, assunto de fundamental importância para a organização local da ADUFERPE. Mantendo o mote da luta e, agora, buscando a divulgação por meio de trabalhos de docentes, lançamos a chamada para publicação da terceira edição dos Cadernos da ADUFERPE, canal que objetiva incentivar a produção de reflexões políticas e divulgar o pensamento docente local e nacional. O/a leitor/a poderá, ainda, entender melhor o papel da nossa Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), no cenário das lutas locais e nacional; além da posição da ADUFERPE em relação ao trágico assassinato de estudantes em luta, pelo Estado mexicano, em Ayotzinapa/Guerrero.

Como parte da luta, também é preciso celebrar! Assim apresentamos as festas em comemoração ao dia do/a professor/a e do/a servidor/a realizadas pela ADUFERPE e APUFERPE (Associação de Professores/as da UFRPE).

Como destaque neste último período, apontamos as lutas pela melhoria nas condições de trabalho na Unidade de Recife da UFRPE. Pauta central da greve de 2012 e que vem se intensificando desde então, as precárias condições de trabalho e estudo são apre-sentadas, nesse jornal, através de uma agenda de luta, deflagrada em assembleia geral (Unidade Recife-UFRPE) que ratificou mais um documento solicitando imediata abertura de diálogo, através de audiência, entre Reitoria e a ADUFERPE, haja vista a entidade nunca ter sido convidada para discussão após protocolar dossiê em 06 de agosto do corrente ano.

Por fim, e não menos importante, temos um artigo do professor Argus Almeida, diretor de Formação Política da ADUFERPE, objeti-vando compreender o trabalho docente numa perspectiva marxiana, na luta por uma universidade pública para todos/as; e o relato do professor Raimundo Silva, do GT de Seguridade Social e Aposentadoria da ADUFERPE, em atividade sindical na perspectiva de organização de luta dos aposentados de nossa seção sindical. O convite está feito: boas leituras!

Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | EDITORIAL/EXPEDIENTE

PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO | CON-SELHO EDITORIAL: LAURILEIDE BARBOSA, LEVY BARRETO, ARGUS ALMEIDA, JOSÉ NUNES E SANDRA DE MELO | TEXTOS: SÉRGIO GASPAR, LUCIANA BARBOSA, GISELE PERES E CRIS SOBRAL | FOTOS: LUCIANA BARBOSA | JORNALISTA RESPONSÁVEL: CRIS SOBRAL | DIAGRAMAÇÃO: LUCIANA BARBOSA | ORGANIZAÇÃO: PIQUETE COMUNICAÇÃO | TIRAGEM: 750 EXEMPLARES

EXPEDIENTE

EDITORIAL

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3Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | REALIZAÇÕES ADUFERPE

Agenda da ADUFERPE 2015A Diretoria (gestão 2013-2015) está preparando para este fim de ano as agendas da entidade, que estão com um projeto grá-fico que combina a identidade visual da ADUFERPE com traços arrojados e contemporâneos.

As agendas trarão também um balanço fotográfico resumido das atividades e lutas que a categoria travou nos últimos anos.

O lançamento das agendas acontecerá durante a festa de fim de ano da entidade. Os filiados e filiadas presentes no evento poderão receber lá mesmo sua agenda.

Os demais filiados e filiadas de Recife que estão na ativa po-derão receber a agenda na sede da entidade, em Dois Irmãos. Os docentes da UAG e UAST receberão as agendas na primeira assembleia realizada depois do lançamento, ou em contato com os diretores da entidade lotados nas respectivas unidades. Os aposentados e aposentadas que não retiraram a agenda na festa terão suas agendas enviadas via Correios.

Comissão Editorial dos Cadernos da ADUFERPE prorroga prazo para entrega de trabalhos

Na terceira edição, os Cadernos da ADUFERPE terão como foco trabalhos que discutam as relações entre a universidade e os movimentos sociais. A publicação objetiva cumprir um papel de divulgadora de trabalhos de docentes pela seção sindical, buscando uma interação entre política, universidade e cultura, podendo cada professor(a) encaminhar apenas um texto para ser submetido à revista. São artigos, resenhas, crônicas e po-esias para oferecer um leque de opções para a expressão de docentes, num espaço novo e dedicado aos(às) leitores(as) dos diversos gêneros. O (a) autor (a) deverá apresentar um minicur-rículo (cerca de 4 linhas) no final do texto e informar telefones e endereço eletrônico para contato. Todos os trabalhos devem ser encaminhados como anexos, com destino ao endereço [email protected] e devem tratar do tema Universidade Pública e os Movimentos Sociais (pôr em assunto PUBLICAÇÃO NOS CADERNOS DA ADUFERPE).

Inicialmente, a chamada para trabalhos estava aberta até 14 de outubro, sendo agora prorrogada até 15 de janeiro de 2015.

A ADUFERPE convida docentes de instituições de ensino superior de todo o país a participarem da terceira edição dos Cadernos da ADUFERPE com seus trabalhos

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4 Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | REALIZAÇÕES ADUFERPE

ADUFERPE realiza confraternização em homenagem ao Dia do(a) Professor(a)

Em 15 de outubro, Dia do(a) Professor(a), a ADUFERPE homenageou os professores e professoras com uma confraternização na sede da entidade. A diretoria da ADUFERPE enfatizou a importância dos docentes, parabenizando a todos e todas pelo seu dia e destacando que os professores e professoras são verdadeiros protagonistas na luta em defesa da educação pública e do caráter universalista do ensino público.

A ADUFERPE e a APUFERPE (Associação Universitária dos Pro-fessores da Universidade Federal Rural de Pernambuco) pro-moveram no dia 30/10, na sede da APUFERPE, a Festa do (a) Professor (a) em homenagem ao Dia do Servidor Público.

Além de comemorar a data festiva com muita alegria e home-nagear todos e todas que lutam por um Estado provedor de edu-cação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referencia-da, o evento, selado em mais uma parceria entre ADUFERPE e APUFERPE, lançou a campanha “A APUFERPE é de todos nós”.

A campanha, apoiada pela ADUFERPE, convoca os docentes a se filiar a APUFERPE, a fim de fortalecer esse espaço de lazer e convivência dos professores e professoras na UFRPE.

ADUFERPE e APUFERPE promovem festa em comemoração ao Dia do Servidor Público

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5Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | SINDICATO NACIONAL

ADUFERPE presente no Seminário Nacional sobre Estrutura Organizativado ANDES-SN

Do dia 31 de outubro a 02 de novembro de 2014, ocorreu em Brasília o Seminário Nacional sobre a Estrutura Organizativa do ANDES-SN, quando docentes de todo o Brasil se reuniram para debater sobre a estrutura organizativa do Sindicato Nacional frente aos desafios atuais.

O Seminário foi deliberado no 33º Congresso do ANDES-SN, re-alizado em fevereiro em São Luís (MA), para servir como parte do processo de reflexão que instrumentaliza o ANDES-SN na superação dos desafios colocados ao sindicalismo autônomo e democrático, aprofundando o debate sobre a experiência orga-nizativa do ANDES-SN, como Sindicato organizado pela base, frente aos desafios políticos atuais.

Mais de 120 docentes de diversas partes do país participaram dos trabalhos em grupo e das plenárias do encontro. Além dis-so, foram apresentados textos dos docentes, alocados em quatro eixos pautando os seguintes temas:

Tema 1- Composição e Forma de Eleição da Diretoria;Tema 2- Multicampia;Tema 3- Formas de Precarização do Trabalho Docente;Tema 4- Reorganização do ANDES-SN e Política Sindical.

Representando a ADUFERPE, estiveram presentes os professores Levy Paes Barreto (Recife), Marilene da Silva Lima (UAG) e Cícero Monteiro de Souza (Recife).

Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, afirmou que todas as pro-postas que foram apresentadas estão postas nessa perspectiva de fortalecer o ANDES-SN. “Essa é de fato a intenção de todas as propostas e vamos ver como elas podem fazer com que o ANDES--SN tenha possibilidade de fortalecer seu enraizamento”.

O Seminário Nacional não teve caráter deliberativo e será indicativo para os debates e deliberações do 34º Congresso do ANDES-SN, que acontecerá em fevereiro de 2015, também na capital federal.

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6 Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | PAUTA LOCAL

Pauta local da UFRPE - docentes aprovam uma agenda de lutas por melhores condições de trabalho

Dando continuidade à luta por melhores condições de trabalho e estudo na UFRPE, iremos abordar no Jornal da ADUFERPE a for-ma como a administração da universidade respondeu à entrega do Dossiê de Condições de Trabalho. Aprovado em assembleia dos docentes, este documento trata das condições de trabalho na UFRPE e objetiva nortear a negociação com a administração da universidade. Em sua primeira publicação, a ADUFERPE pro-duziu um encarte especial sobre os problemas estruturais da UAST e, posteriormente, a publicação dos Cadernos da ADU-FERPE Especial Condições de Trabalho no Campus Recife.

Entendendo que a Reitora Maria José de Sena é responsável pela administração do campus, mas que, em uma localização geral, ela é parte constituinte da realidade de sucateamento im-posta pelo Governo da Presidente Dilma (PT) às universidades públicas, a diretoria da ADUFERPE pediu no ofício Nº 035/2014 do dia 6 de agosto, protocolado junto ao Dossiê de Condições de Trabalho, que a administração da universidade agendasse reunião para tratar do assunto em pauta.

Em 18 de setembro a ADUFERPE protocola junto à reitoria o ofício nº043/2014, solicitando urgência na audiência com a reitoria para tratar do ofício N° 035 e também para tratar dos gabinetes de docentes lotados nos departamentos de Letras e Ciências Humanas, Economia, Ciências Sociais, História e Ad-ministração, fechados por problemas estruturais. No dia 2 de outubro, a diretoria da ADUFERPE, na necessidade de obter res-

posta às solicitações anteriores, foi à reitoria e acomodou-se na sala de espera até ser recebida pela reitora.

Em resposta à audiência e aos ofícios N° 035 e 043/2014, um ofício da reitoria, nº177/2014 de 7 de outubro, comunicou que as respostas às demandas serão entregues à ADUFERPE em 10 de dezembro. Com relação aos gabinetes, a reitoria informa que o prédio onde irá funcionar os gabinetes de História, Adminis-tração, Ciências Sociais e Letras será entregue à comunidade até o final de novembro. Até o momento da publicação deste jornal, as chaves dos gabinetes haviam sido entregues aos de-partamentos, mas ninguém pôde entrar no prédio, pois faltam instalações suficientes que permitam sua ocupação.

Diante do fato de que a maioria dos professores deseja voltar aos gabinetes de origem, em 9 de outubro, através do ofício Nº 044/2014, a ADUFERPE solicitou a reforma dos gabinetes e insistiu numa previsão de prazo para entrega e retorno dos do-centes. A ADUFERPE solicitou ainda audiência oficial para tra-tar do Dossiê, pois considera insuficiente apenas uma entrega de documentos, sendo necessária uma discussão sobre os pro-blemas e os encaminhamentos que a universidade vem dando a estes (ofício N° 045/2014). Após Assembleia Geral, realizada em 19 de novembro, seguindo deliberação aprovada por unani-midade, a diretoria ratificou esse pedido num novo documento.

Em 21 de outubro, através do ofício nº 049/2014, destinado ao

Assembleia aprova calendário de luta por melhores condições de trabalho

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7Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | PAUTA LOCAL

Assembleia aprova calendário de lutas

Núcleo de Engenharia e Meio Ambiente da UFRPE (NEMAM), a ADUFERPE solicitou informações oficiais imediatas sobre as condições estruturais em que se encontram os gabinetes e quais providências serão tomadas para resolver o problema, já que a maioria dos professores querem voltar aos seus gabine-tes. O NEMAN respondeu a essa solicitação informando que foi feita inspeção no local e de acordo com as diretrizes da norma de inspeção predial e da norma de inspeção em edificações foi constatado que há infiltração pelo telhado por telhas danifica-das, umidade nas paredes pelo desgaste da impermeabilização do embasamento e fachada sem revestimento, com apareci-mento de algumas fissuras em virtude de provável acomoda-ção do terreno ou estrutura. “Assim, a análise realizada não percebeu indício que indique comprometimento das condições estruturais da edificação. Muito embora, seja fundamental a in-tervenção de engenharia com o objetivo de recuperar a coberta e promover melhorias diversas, como promover o revestimento de fachada”, asseverou Moacy Silva Torres, diretor do NEMAM. O Núcleo solicitou levantamento e desenvolvimento de projetos para que se promova reforma na edificação. Assim, o NEMAM espera que em 2015 os projetos estejam concluídos e sejam levados a procedimento licitatório.

O conselho de representantes da ADUFERPE, reunido em 29 de outubro, convocou uma assembleia específica sobre o tema das condições de trabalho, protocolando convite para a participa-ção do NEMAM, através da pessoa de Moacy Silva Torres , além de protocolar convites a Luis Maia, Pró-reitor de Plane-jamento (PROPLAN), e a Marcelo Freitas, do departamento de Logística e Serviços (DELOGS), que declinou, afirmando já ter reunião marcada na data.

Ofício Nº 035/20146 de agosto protocola Dossiê

A assembleia dos docentes, que aconteceu no dia 19 de novembro, no tocante às precárias condições de trabalho do campus Recife, deliberou por reencaminhar solicitação de audiência com a Reitoria, além de confeccionar faixas para denunciar a falta de condições dignas de trabalho, a publicação desta matéria no Jornal da ADUFERPE e um indicativo de paralisação sem data.

Diretoria protocola Dossiê sobre a precarização das condições de trabalho

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8 Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | PÁGINAS CENTRAIS

ENE e CONAD: ADUFERPE marca presença nos espaços que apontam o caminho das lutas

Delegação da ADUFERPE marca presença no 59º CONAD

A delegação da ADUFERPE marcou presença no 59º CONAD - Conselho do ANDES-SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, sediado na capital de Sergipe, entre os dias 21 e 24 de agosto.

1º Dia

O CONAD começou com a apresentação de um grupo de mulheres quilombolas, que deram uma mostra da Dança do Quilombo, re-presentação típica da cultura sergipana, que encantou os mais de 200 docentes de todas as partes do Brasil que vieram a Aracaju. A mesa de abertura iniciou com a fala de Marinalva Oliveira, presi-dente da entidade no período 2012/2014, em uma de suas últimas atividades como presidente do ANDES-SN. Contou com saudações de diversas entidades sindicais e estudantis, como a FASUBRA, o DCE da Universidade Federal de Sergipe, SINASEFE, ANEL, CSP--Conlutas e ADUFS.

Houve também o lançamento da revista Universidade e Socieda-de, uma publicação do ANDES-SN, que estréia abordando os 50 anos do golpe militar. O lançamento foi realizado pelo novo pre-sidente da entidade, Paulo Rizzo, momentos antes de sua posse. Logo em seguida, ocorreu a posse da nova diretoria nacional e das diretorias regionais. Aderaldo Alexandrino de Freitas, da UFRPE, foi empossado como Tesoureiro da Secretaria Regional Nordeste 2; Rejane Dias, da UFPE, foi empossada como 1ª Presidente da mesma região.

O CONAD é o 2º fórum com maior importância como instância deliberativa do Sindicato Nacional, ficando atrás apenas do congresso da entidade. Nele se reúnem delegados/as das seções sindicais e observadores/as. O evento tem por objetivo principal atualizar a pauta de lutas geral e específicas do diferente setores do Sindicato.

Ainda durante a tarde do primeiro dia de evento, a plenária de aná-lise de conjuntura gerou muito debate entre os docentes. José Nunes, presidente da ADUFERPE, fez uma importante intervenção, afirmando que “grandes lutas da classe trabalhadora vêm aconte-cendo em 2014: são os professores do Rio de Janeiro, os garis, os rodoviários de Pernambuco. Tivemos também o Encontro Nacional de Educação, que reuniu diversos setores da educação em defesa de seu caráter público e de sua qualidade. Não podemos deixar isto se perder, temos que nos preparar para as lutas que vêm aí”.

2º Dia

No segundo dia do CONAD, foram organizados grupos de discus-são para aprofundar o debate e atualizar o plano de lutas do AN-DES, sempre dentro da perspectiva do tema central do Congresso: a luta em defesa da educação, a autonomia da universidade e os 10% do PIB exclusivamente para a educação pública.

Pela manhã, o tema discutido nos grupos foi “Avaliação e atuali-zação dos planos de lutas: Educação, direitos e organização dos trabalhadores”. Já pela tarde, a discussão foi realizada de acordo com os setores de atuação da entidade: as instituições de ensino superior municipais, estaduais, federais e privadas, sobre o tema “Avaliação e atualização do plano de lutas: setores”.

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9Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | PÁGINAS CENTRAIS

ENE e CONAD: ADUFERPE marca presença nos espaços que apontam o caminho das lutas

ADUFERPE no Encontro Nacional de Educação

Entre os dias 08 e 10 de agosto, foi realizado no Rio de Janeiro o Encontro Nacional de Educação (ENE), que reuniu mais de 2 mil pessoas de todas as regiões do Brasil para discutir e reor-ganizar as lutas em resposta ao processo de aprofundamento e mercantilização da educação. O ENE é um evento independente dos educadores brasileiros, comprometido exclusivamente com o princípio de que a educação deve ser pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada em todos os níveis e de acesso universal.

Após a mesa de abertura do Encontro Nacional da Educação, os participantes se dirigiram para o campus do Fundão, da UFRJ, para a realização dos debates em grupo. Foram compostos vin-te e um grupos dos quais cada três debateu um tema pertinente à educação. Os temas foram resultado de acúmulos dos encon-tros regionais preparatórios realizados nos estados durante o primeiro semestre.

A plenária de encerramento do ENE teve início com a leitura dos resultados dos grupos de discussão, realizados durante a tarde de sábado, e apresentados pelos relatores. Todas as propostas apre-sentadas foram incluídas nos anais do Encontro e servirão de base para as discussões dos próximos encontros e debates.

Paulo Rizzo, diretor do ANDES-SN, coordenou a mesa de encerra-mento do Encontro. Ele avaliou que o ENE foi, em todos os senti-dos, uma vitória, porque é resultado de um processo de discussão que envolveu milhares de pessoas pelo Brasil afora, debatendo as demandas da educação pública, buscando se contrapor às lógicas privatizantes da educação no país. As entidades organizadoras do Encontro divulgaram o Manifesto do ENE, documento que traz a sistematização dos sete eixos que nortearam os debates, tanto na etapa nacional quanto nas preparatórias, além dos encaminhamen-tos indicados pelos participantes do Encontro.

Durante três dias, mais de dois mil representantes de movimentos sociais, sindicais e populares de todo o país debateram os rumos da educação no Brasil

3º Dia

O debate continuou no 3º dia do CONAD. Pela manhã, foram dis-cutidas questões organizativas e financeiras. O acúmulo das dis-cussões de avaliação e atualização dos planos de lutas: educação, direitos e organização dos trabalhadores à tarde.

CONAD fortalece o ANDES-SN como entidade autônoma e democrática

Entre os temas que foram pautados no 59º CONAD, estão a luta pela aplicação imediata dos 10% do PIB exclusivamente para a educação pública, carreira docente, as lutas contra a privatiza-ção dos Hospitais Universitários por meio da Empresa Brasileira

de Serviços Hospitalares (EBSEHR) e contra o Fundo de Pensão para os servidores públicos (FUNPRESP), além do enfrentamento à privatização do sistema de aposentadoria e à criminalização dos movimentos sociais e sindicais.

O encontro atualizou os planos de lutas dos setores e homologou duas novas Seções Sindicais, além de indicar alterações na meto-dologia do Congresso do ANDES-SN. As deliberações tomadas no 59º CONAD fortaleceram o Sindicato Nacional como uma entidade autônoma e democrática, além de armar a categoria docente para a intensificação da mobilização até o próximo Congresso da enti-dade, que acontece no início de 2015. O encontro aprovou ainda as contas do Sindicato de 2013 e a previsão orçamentária para o próximo ano.

O documento indica a reafirmação da luta contra a mercantilização da educação, em defesa do financiamento pelo Estado, na ordem de 10% do PIB, Já! exclusivamente para a educação pública, que possibilite condições democráticas de acesso e permanência em todos os níveis de ensino; repudia todas as formas de precarização das condições de trabalho, bem como a lógica da avaliação merito-crática e produtivista do ensino e do trabalho docente. Além disso, posiciona-se contra todas as formas de desrespeito à autonomia universitária e a todas as tentativas de submeter a educação a parâmetros autoritários, impondo o individualismo e a competição no lugar da elaboração solidária, fundamento necessário para a construção de uma sociedade realmente democrática. O documen-to ainda repudia o Plano Nacional de Educação (PNE) sancionado pelo governo, “que atende aos interesses privativistas do empre-sariado da educação, aprofunda a precarização dos trabalhadores em educação e promove uma expansão sem adequadas condições que preservem a qualidade do ensino público, desde a educação básica até a educação superior, na perspectiva de se desobrigar do compromisso do financiamento da Educação Pública”.

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10 Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | CONJUNTURA INTERNACIONAL

México em Chamas

O dia 26 de setembro de 2014 será sempre lembrado com muita dor e indignação. Um grupo de estudantes da Escola Rural para Normalistas (como são conhecidos os universitários campesi-nos no México) de Ayotzinaga chega até a cidade de Iguala para arrecadar subsídios para desenvolver suas atividades acadêmi-cas. Ao saírem da empresa de ônibus que os levaria à capital do país, os jovens são alvejados pela polícia, seis pessoas morrem, vinte ficam feridas e quarenta e três estudantes são “desapare-cidos” pelas forças repressivas oficiais e paramilitares.

O mandante do crime é ninguém menos que o prefeito de Igua-la, José Luis Abarca. A partir de então uma onda de protestos toma conta do México e de suas embaixadas e consulados no exterior, exigindo respostas sobre o “desaparecimento” dos estudantes e punição aos responsáveis. O México renasce em chamas...

“Es necesario levantar la voz, gritar más fuerte que las balas”Embora para os 130 mil habitantes da cidade de Iguala, uma das mais pobres do México, a solidariedade para com os estudantes seja prática comum, para o poder político, a juventude norma-lista é tratada como “terroristas de esquerda”. Não são raros os confrontos entre estudantes e a polícia apoiada no paralimita-rismo narcotraficante.

A emboscada que culminou com o assassinato dos estudantes de Ayotzinapa envolveu desde a ordem de execução por parte do prefeito de Iguala, a relação promíscua entre a polícia e o grupo narcotraficante “Guerreros Unidos”, a cumplicidade do governo do Estado de Guerreiro e o silêncio do presidente da república, cujo partido – Partido Revolucionário Institucional (PRI) também é investigado por corrupção e envolvimento com o crime organizado.

“Se não há justiça para o povo, que não haja paz para o governo” Emiliano Zapata

Ou seja, o Massacre de Ayotzinapa desnuda todas as vísceras apodrecidas do Estado mexicano e seus aparatos políticos e burocráticos lacaios de uma burguesia imperialista e gângster.Frente ao espetáculo de horror, palavras de ordem como: “Por-que vivos se los llevaron, vivos los queremos” ou “Es necesario levantar la voz, gritar más fuerte que las balas” foram ecoadas por multidões no mundo todo.

A ADUFERPE se solidariza com as demandas de justiça e com-partilha a dor das famílias, amigos e companheiros dos estu-dantes de Ayotzinapa. Somamo-nos aos que, diante desses fatos, exigem:

1. Aparição e identificação dos corpos dos 43 normalistas.

2. O fim de represálias e hostilidades aos estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa, e de todos os estudantes em geral.

3. Que o Alcalde de Iguala, em licença, José Luis Abarca e sua esposa, María de los Ángeles Pineda Villa, já detidos, sejam imediatamente processados e punidos nos marcos legais.

4. A renúncia do Procurador Geral da República, Lic. Jesús Mu-rillo Karam, pela demonstração de que teve conhecimento das ações ilícitas do Alcalde Abarca e de ter sido omisso a respeito.

5. A imediata demissão de Ángel Aguirre Rivero, governador de Guerrero, e também da Lic. Iñaki Blanco Cabrera, Procurador do mesmo estado e de todos os membros do Exército que, saben-do dos fatos, os acobertaram ou deles participaram.

6. Uma investigação confiável, real e transparente, com a parti-cipação de peritos e observadores internacionais, como o Equi-po Argentino de Antropología Forense.

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11Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | CONJUNTURA NACIONAL

CSP-Conlutas e as lutas no BrasilA CSP-Conlutas Central Sindical e Popular foi fundada no Con-gresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT) ocorrido na cidade de Santos(SP), nos dias 5 e 6 de junho de 2010. Foram aproximadamente quatro mil delegados e delegadas de todas as regiões do país.

A Central nascida no CONCLAT uniu as experiências de várias organizações sindicais e populares agrupadas em movimentos bem distintos, como a até então Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) que se organizava desde 2004, de onde veio a maior parte da base sindical da nova entidade. A Conlutas surgiu a partir da unidade de vários setores do movimento sindical na luta contra as reformas neoliberais aplicadas pelo governo Lula, e iniciou uma primeira experiência de incorporação dos movi-mentos populares numa mesma entidade. Também estiveram na base da fundação o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MUST (Movimento Urbano dos Sem Teto) e o MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade)

A Central nasceu ainda agregando as organizações da juventu-de e de luta contra a opressão que se dispuseram a se unificar sob a bandeira de um programa comum, de defesa dos interes-ses da classe trabalhadora, contra a exploração e a opressão capitalistas. Da nova entidade fazem parte a Anel (Assembleia Nacional de Estudantes Livre), o Movimento Mulheres em Luta, o Movimento Quilombo Raça e Classe, dentre outros.

Essa é uma experiência inovadora na organização de nossa classe no Brasil: unir, numa mesma entidade nacional, os mo-vimentos sindicais, populares, da juventude e de luta contra a opressão das mulheres, negros, homossexuais e outros seg-mentos.

A necessidade da construção da CSP-Conlutas se deu quando a Central Única dos Trabalhadores (CUT) decidiu abandonar a luta

da classe trabalhadora para apoiar o governo do PT, primeiro o de Lula e agora o de Dilma. Esse apoio ao governo foi desastro-so pra classe trabalhadora, porque, na medida em que o gover-no do PT implantava as suas medidas neoliberais – assim como seu antecessor FHC, a CUT apoiava tais medidas, como a refor-ma da previdência, causando um retrocesso na consciência de classe. Daí a necessidade de construir uma nova ferramenta de luta para os trabalhadores. Desde então A CSP-Conlutas esteve nas principais lutas do país nas principais categorias.

As principais campanhas que a Central Sindical e Popular vem realizando são: contra a criminalização dos movimentos so-ciais, pelo fim do fator previdenciário, anulação da Reforma da Previdência, 10% do PIB, Já! para a educação, contra aprovação do Plano Nacional de Lutas (PNE) com o perfil mercantilista. No próximo ano, entre os dias 5 e 7 de junho, acontecerá o segun-do Congresso Nacional da CSP-Conlutas.

As lutas em Pernambuco

Já aqui em Pernambuco, no período recente, a CSP-Conlutas esteve à frente ou participando das lutas e greves dos operá-rios em Suape; na luta dos rodoviários que tirou o sindicato das mãos de Patrício Magalhães e arrancou dos donos de ônibus uma vitória histórica; com os professores do Recife no emba-te ao prefeito Geraldo Julio (PSB), que resultou com o cum-primento da lei que rege 1/3 de aula atividade; na luta com os professores e servidores das Universidades, como na greve de 2012, e com os trabalhadores dos Correios, que tiveram como principal eixo a não privatização da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos). A CSP-Conlutas também participou das greves dos ambulantes, Metroviários, da Polícia Civil, do OCUPE ESTELITA, das Jornadas de Junho, dos dias nacionais de luta de 11 de julho e 30 de agosto de 2013, entre tantos outros momentos de luta no estado.

ADUFERPE entrevista Paulo Barela, da CSP-ConlutasDurante o CONAD, que ocorreu entre os dias 21 e 24 de agosto, em Sergipe, o Jornal da ADUFERPE entrevistou Paulo Barela, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas e quis saber sobre as perspectivas e lutas que a classe trabalha-dora deverá enfrentar no período.

Jornal da ADUFERPE: Que desafios estão colocados para os trabalhadores no período?

Paulo Barela: Principalmente as lutas contra a criminalização dos movimentos sociais. Enfrentar as políticas que, a partir do governo, com uso do judiciário e da repressão policial, vem cri-minalizando os movimentos sociais e as lutas dos trabalhadores no país. Isso se dá em todos os terrenos, seja no movimento sindical ou no popular, com ações violentas da polícia na perife-ria das grandes cidades, sobretudo contra a população negra. A CSP-Conlutas, nesse período, vem encampando uma luta muito forte contra essa criminalização. Nesse sentido, continuamos

na luta pela readmissão dos funcioná-rios do metrô de São Paulo, demitidos por conta de uma luta forte que teve como consequencia uma política dura do governo de São Paulo, demitindo 42 companheiros e companhei-ras grevistas. As lutas que estão se desenvolvendo nesse segundo semestre buscam também, com as campanhas salariais, o que é uma política da CSP-Conlutas, unificar as lutas entre bancários, metalúrgicos, petroleiros, trabalhadores dos Correios e todos os que estão em campanha por melhores salários e condições de trabalho. Apoiamos também a luta dos docentes e demais traba-lhadores da USP, que enfrentaram forte repressão policial. Segui-mos também com a organização das ocupações urbanas e rurais, através do Luta Popular, mas também em apoio a todas as lutas nesse terreno. Para o ano que vem, temos a tarefa importante da contrução do Congresso da CSP-Conlutas, que pode chegar a mais de 3 mil participantes. Em reunião da central, faremos o debate político e de organização do Congresso.

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Breves considerações sobre o trabalho docente na perspectiva marxiana

Por Argus Vasconcelos de AlmeidaDiretor de Formação Sindical da ADUFERPE

É objetivo do presente artigo com-preender a natureza do trabalho

docente numa perspectiva mar-xiana, tendo como princípio

norteador que o trabalho é a atividade humana que transforma a natureza

nos bens necessários à re-produção social. Por isso, se

constitui na categoria fundante do mundo dos homens e mulheres.

A importância do trabalho produtivo para o capital consiste em agregar valor ao capital empregado, extraído do trabalho não pago. Portanto, para uma sociedade sob a regência do capital, só é trabalho produtivo aquele que gera mais-valia . Para Marx, o que determina o caráter de ser trabalho produtivo ou improdutivo são as relações sociais aí envolvidas.

Marx explica assim o trabalho produtivo e improdutivo no siste-ma de produção capitalista:

Trabalho produtivo, portanto, é o que – no sistema de produ-ção capitalista – produz mais-valia¹ para o empregador ou que transforma as condições materiais de trabalho em capital e o dono delas em capitalista, por conseguinte, trabalho que produz o próprio produto como capital (MARX, 1980, p.391).

De outra forma, o trabalho improdutivo não produz mais-valia diretamente; nesse processo não há incorporação de trabalho excedente pelo capital, como sucede na compra, por exemplo, de serviços para consumo direto, mas apenas a circulação do dinheiro como valor de uso e não como capital. Explica Marx:

Se compro o serviço de um professor, não para desenvolver mi-nhas capacidades, mas para adquirir aptidões que me possibili-tem ganhar dinheiro – ou se outros compram para mim esse pro-fessor – e se de fato aprendo alguma coisa (e isso, em si, em nada depende do pagamento do serviço), esses custos de educação, como os do meu sustento, pertencem aos custos de produção da minha força de trabalho. Mas, a utilidade particular desse servi-ço em nada altera a relação econômica; não se trata aí de rela-ção em que transformo dinheiro em capital ou por meio da qual o supridor do serviço, o professor, me converta em seu capitalista (MARX, 1980, p.399).

Das categorias desenvolvidas por Marx para a compreensão dos antagonismos entre capital e trabalho, próprios das rela-ções capitalistas de produção, destacamos a produção material e imaterial para explicar o trabalho didático no âmbito da educa-ção, sendo esta um dos complexos da totalidade social.Se considerarmos as relações que se estabelecem na socieda-de capitalista, veremos que, como acessória do trabalho produ-tivo, a produção material, aquela que produz riqueza material, se submete ao modo de produção capitalista, uma vez que to-dos os trabalhadores produtores de mercadoria se defrontam com os meios de produção como capital. Da mesma forma, a produção imaterial encontra-se sob o domínio do capital que, para Marx, pode ser de duas espécies: uma, em que o produto se separa do produtor, adquirindo autonomia em relação a pro-dutor e consumidor; outra, em que o ato de produzir e o produto são inseparáveis (PANIAGO, 2013, pp.20-21).

Nas palavras de Marx, a produção imaterial:

1 - Resulta em mercadorias, valores de uso, que possuem uma forma autônoma, distinta dos produtores e consumidores, quer dizer, podem existir e circular no intervalo entre produção e consumo como mercadorias vendáveis, tais como livros, qua-dros, em suma, todos os produtos artísticos que se distinguem do desempenho do artista executante. [...] 2 - A produção é inse-parável do ato de produzir, como sucede com todos os artistas executantes, oradores, atores, professores, médicos, padres etc. Também aí o modo de produção capitalista só se verifica em extensão reduzida e, em virtude da natureza dessa atividade, só pode estender-se a algumas esferas. Nos estabelecimentos de ensino, por exemplo, os professores, para os empresários do es-tabelecimento, podem ser meros assalariados; há um grande nú-mero de tais fábricas de ensino na Inglaterra. Embora não sejam trabalhadores produtivos em relação aos alunos, assumem esta qualidade perante o empresário. Este permuta seu capital pela força de trabalho deles e se enriquece por meio desse processo (MARX, 1980, pp.403-404, grifos nossos).

Tomando o pressuposto de que para o capital só é produto o que produz diretamente mais-valia, o trabalho do professor em relação ao aluno passa a ser trabalho imaterial. Por outro lado, o dono da escola compra a força de trabalho do professor, que se materializa na aula como mercadoria vendida aos pais por um valor maior do que o que nela investiu (salários e custos da escola). A aula é uma mercadoria que não produz quantum,

¹ Mais-valia é a disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido. Desse modo, o salário pago ao trabalhador representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho (mercadoria ou produto), então a disparidade configura concretamente a chamada mais-valia, dando origem a uma lucratividade maior para o capitalista.

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que não produz riqueza material social. Ao ser produzida e con-sumida, não valoriza o capital (LESSA, 2007), diferentemente do trabalho que produz riqueza material social, ou seja, aquele que “produz e valoriza o capital” (MARX, 1985, p.188, nota 70). Nesse caso há apenas a “valorização” do capital, portanto, tra-balho imaterial.

Nesse sentido, o trabalho do professor é produtivo ao produzir mais-valia e improdutivo por não produzir capital, isto é, não produzir meios de produção ou de subsistência como produ-to final, os quais servem de meios de acumulação do capital. Portanto, o seu trabalho não aumenta o capital social global na reprodução do capital. A aula é consumida ao tempo que é produzida, dela nada mais restando. Dela não permanece ne-nhum novo quantum que poderia ser acumulado em mercadoria, meios de trabalho e meios de subsistência.

O professor ao produzir mais-valia não produz capital, mas gera mais-valia, a partir de riquezas produzidas anteriormente, que se apresenta como a mensalidade paga pelos pais que vai para o capitalista dono da escola. Ressalta-se que desse pressupos-to existem dois tipos de professores: os que vendem a sua força de trabalho ao Estado (escolas públicas), portanto, não produ-zem mais-valia (trabalho improdutivo), e os de escola privada (trabalho improdutivo/produtivo), que produzem mais-valia sem, contudo, produzir “conteúdo material” da riqueza social (PANIAGO, 2013, pp.22-23).

Para além de uma auto-ilusão pequeno-burguesa de que faría-mos parte de um estamento especial acima da classe trabalha-dora, numa leitura classista, como docentes da universidade pública, somos assalariados (vivemos do nosso salário), resul-tante da venda da força de nosso trabalho ao Estado e, conse-quentemente, fazemos parte sim da classe trabalhadora.

Ora, o Estado não é uma instância neutra acima das classes sociais e não está “em disputa”, surgiu como consequência das contradições em que estava envolvida a sociedade e com a cla-ra finalidade principal de defender os interesses das classes dominantes. Essa é a verdadeira gênese do Estado contempo-râneo. Ele é a propriedade privada burguesa elevada à política; é a expressão na esfera da política da reprodução do capital (LESSA, 2014, p.61). Como escrevem Marx e Engels: “O Estado não é senão um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa” (MARX; ENGELS, 1982, p.65).

Como escreve Tonet (s/d), a essência do Estado é: forças so-ciais apropriadas privadamente, vale dizer, separadas da comu-nidade, objetivadas e postas a serviço das classes dominantes. O Estado é o instrumento fundamental para a manutenção da exploração do homem pelo homem, para a existência da pro-priedade privada. Deste modo, a função essencial do Estado concentra-se na defesa da propriedade privada.

Um dos grandes instrumentos de que se serve o Estado para garantir a reprodução do capital é, exatamente, a educação es-colar. É, especialmente, através dela que se prepara, por um lado, a força de trabalho que servirá de insumo para o processo de produção e, por outro, o indivíduo, através da assimilação de ideias, valores e comportamentos, para integrar à sociedade

burguesa. Este instrumento, sem dúvida, não é o único, mas é um dos mais importantes. Por isso, a organização e o con-trole da educação escolar são tarefas das quais o Estado não pode se desfazer. É uma ilusão pretender organizar um processo educativo que não atenda, mesmo que em formas diversas, os interesses do capital (TONET, 2012, p.90).

Por isso mesmo, a classe trabalhadora tem necessidade de uma educação que lhe forneça uma concepção de mundo ra-dicalmente diferente e superior àquela que é oferecida pela educação burguesa tradicional. Para a classe trabalhadora não basta ter acesso à educação tradicional, por mais elevado que seja o seu nível. Ela precisa de uma educação revolucionária (TONET, 2012, p.90).

O conceito de educação pública precisa ser diferenciado de seu sentido liberal e burguês. Distintamente dos liberais e de gran-de parte da esquerda de sua época, em especial na formulação de Ferdinand Lassalle, Marx compreende que os trabalhadores não devem confiar ao Estado a educação das suas crianças e jovens. Na “Crítica ao programa de Gotha”, criticando Lassalle, Marx afirma que conceber o Estado como educador é o mesmo que atribuir aos setores dominantes a educação dos trabalhado-res. Marx trabalha aqui uma tensão fundamental: a escola deve ser pública, mantida às expensas do Estado, mas a educação deve ser confiada aos educadores e aos conselhos populares, como ocorrera na Comuna de Paris (certamente, a experiência que influenciou o texto de Marx), assegurando a autonomia dos educadores frente ao Estado particularista (LEHER, 2009, p.3).

De modo deliberado e consciente, a burguesia construiu uma hegemonia sobre o conjunto da educação pública, objetivando, com isso, a conformação de um “certo tipo” de educação para a massa da classe trabalhadora mundial: a educação unilateral que forma recursos humanos para o capital. Paulatinamente, a educação pragmática e utilitarista da classe trabalhadora pas-sou a ser internalizada como a única educação possível, sendo assimilada até mesmo por sindicatos e movimentos que, nos períodos de maior densidade de lutas no século XX, comba-teram esse modelo educacional referenciado na dita teoria do capital humano. O exame da pauta dos maiores sindicatos no Brasil (metalúrgicos, bancários etc.) confirma a crescente ade-são dos mesmos ao ideário educacional burguês conformando um vasto processo transformista (LEHER, 2009, p.4).

Entre nós, serve como exemplo emblemático do ideário educa-cional burguês, os cursos oferecidos pela UACSA/UFRPE. Se-gundo versão de notícias da apresentação da nova unidade na página da UFRPE:

A UFRPE apresenta oficialmente o projeto da Unidade Acadê-mica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA/UFRPE) – conhecida como Campus das Engenharias – a empresários e industriais pernambucanos no próximo dia 22 de maio, na Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). O evento surgiu a partir do interesse do empresariado em firmar convênios de cooperação com a UFRPE na nova unidade, que terá formato inovador na integração entre sala de aula e mundo do trabalho. que teve a participação de consultores, docentes e empresários de outros estados, que trouxeram experiências de parcerias

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público-privadas na área de engenharia. A intenção é: “colo-car o aluno diretamente em contato com o chão da fábrica, de aprender fazendo” (página da UFRPE, 19/5/2014, grifos nossos).

Ao contrário dessa perspectiva, lutar por uma universidade pú-blica e gratuita, pela sua ampliação, pela sua melhoria e pelo acesso cada vez mais amplo da população a ela é lutar pelos interesses daqueles que realmente produzem a riqueza (os tra-

Referências LEHER, Roberto. Organização, estratégia política e o plano nacional de educação. Coletivo CANDEEIRO e o Centro de Estudo, Pesquisa e Ação em Educação Popular – CEPAEP, Faculdade de Educação da USP, 2009, pp.1-24.

LESSA, Sérgio. Trabalho e proletariado no capitalismo contemporâneo. São Paulo: Cortez, 2007.

LESSA, Sérgio. Cadê os operários? São Paulo: Instituto Lukács, 2014.

MARX, Karl. Teoria da mais-valia: história crítica do pensamento econômico. Livro 4, v. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. In: Textos, vol. III. São Paulo: Edições Sociais/Editora Alfa-Omega, 1982.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro primeiro, tomo 2. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

TONET, Ivo. Educação contra o capital. São Paulo: Instituto Lukács, 2012, 2. ed. rev.

TONET, Ivo. Trabalho associado e extinção do Estado. disponível em www.ivotonet.xpg.com.br, acesso em 11/2013.

PANIAGO, Maria Lúcia. “Livro” didático: a simplificação e a vulgarização do conhecimento. São Pulo: Instituto Lukács, 2013.

balhadores), mas não têm acesso a ela, é lutar por uma vida efetivamente digna para a imensa maioria da população brasi-leira. Deveremos levar adiante a luta, conferindo-lhe um caráter cada vez mais claramente anticapitalistas, é a única alternativa para aqueles que pretendem contribuir para a construção de uma forma de sociabilidade autenticamente humana (TONET, 2012, p.93).

Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | ARTIGO

Encontro de Docentes Aposentados e Aposentáveis na ADUFEPE

Os benefícios de aposentados e pensionistas vêm sendo preju¬dicados ano após ano. Com a Reforma da Previdência, em 2003, os requisitos para a aposentadoria e seus benefícios foram al¬terados, com perdas de direitos e prejuízos financei-ros para os trabalhadores. Dando continuidade à Reforma da Previdência, iniciada por FHC, e aprofundada por Lula da Silva e Dilma Rous¬seff, está o Funpresp, que retira direitos e avança na privatiza¬ção de serviços essenciais e de responsabilidade do Estado. Diante deste quadro alarmante, o GT de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria da ADUFEPE idealizou o Encontro de Docentes Aposentados e Aposentáveis, que acon-teceu nos dias 27 e 28 de novembro, na sede da entidade.

Explorando os temas Impactos negativos da reestruturação da

carreira docente sobre os proventos dos docentes aposentados das universidades federais, Aposentadorias no serviço público Federal: Avaliações e considerações sobre o Funpresp e Assé-dio Moral nas Universidades Públicas, o evento uniu questões de interesse dos professores ativos e aposentados.

O Encontro contou com a participação de Marcos Antonio Dias de Albuquerque da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS), Liliane da Fonseca Lima Rocha, do Ministério Público (MPPE) e Diego Gomes Braz da Silva, da Associação de Defe¬sa da Cidadania e do Consumidor (Adecon). Também fizeram explanações no evento os professores André Rodrigues Guima-rães (ANDES – SN), Salatiel Menezes (ADUFRJ), José Meneses Gomes (UFAL) e Maria Lúcia do Carmo Robazzi (USP).

ADUFERPE organiza Encontro semelhante

O professor Raimundo Luiz da Silva, que compõe o GTSSA/ADUFERPE - Seguridade Social / Assuntos de Aposentadoria da ADUFERPE, esteve presente no Encontro na UFPE. Ele explicou que o GTSSA acaba de indicar a construção do Encontro de Docentes Aposentados e Aposentáveis na UFRPE. A ADUFERPE prepara o evento para o próximo período, com nomes de pales-trantes e datas ainda a confirmar.

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15Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | FORMAÇÃO

ADUFERPE realiza curso “Ontologia Marxiano-Lukacsiana e a Educação”

Durante os dias 23 e 24 de outubro, a ADUFERPE ofereceu para docentes, discentes, técnico-administrativos da UFRPE e inte-grantes de movimentos sociais a segunda parte do curso “A Ontologia Marxiano-Lukacsiana e a Educação”, que integra o primeiro módulo do curso.

Sediado no auditório da ADUFERPE, o curso teve como primeira fase uma “Introdução à Ontologia de Lukács”, realizada nos dias 29 e 30 de setembro e apresentada por Mariana Alves de An-drade, do Instituto Lucácks, que, numa abordagem materialista, apresentou uma visão abrangente da evolução do universo e do homem, identificando os saltos ontológicos na natureza e o

momento predominante do salto ontológico da natureza para a sociabilidade humana, identificando o momento fundante da so-ciabilidade humana no trabalho e relacionando-o às categorias da causalidade e teleologia.

A segunda parte do primeiro módulo do curso foi apresentada pelo professor Ivo Tonet, do Departamento de Filosofia da Uni-versidade Federal de Alagoas, um dos mais destacados pensa-dores marxistas brasileiros da atualidade. No primeiro dia do curso, Ivo Tonet fez uma abordagem geral da Ontologia Mar-xiana; já no segundo dia, ele explorou a relação entre esta e educação.

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16 Jornal da ADUFERPE | N° 02 | Ano I | Semestre: Julho a Dezembro de 2014 | PRESTAÇÃO DE CONTAS

RESUMO DA MOVIM FINANCEIRA - CONTA CORRENTE OUTUBRO/14 HISTÓRICO

Entradas CRÉDITOSSaldo mês anterior 9.560,78Contribuição Filiados Ativos e Aposentados 74.771,82Contribuição Pensionistas 1.922,42

Saídas DÉBITOSContribuições SindicaisANDES - Repasse Mensal (setembro/2014) 14.926,18ANDES - Fundo único (setembro/14) 1.194,09Repasse CSP-Conlutas (setembro/2014) 2.925,53Rateio 59º CONAD parcela 02/02 2.477,03SINTESPE 50,91Pessoal Folha de Pagam(Salário, férias, V.transp.e V.Alim) 14.874,90Plano Saúde 1.579,00Encargos Sociais (FGTS, INSS, PIS, ISS, e IRPF) 7.898,58Prestação de ServiçosAssessoria Jurídica 5.705,12Assessoria de Comunicação 2.225,00Assessoria Contábil 1.086,00Consultoria de informática - Bisa 856,69outros 1.500,60InfraestruturaSuprim fundos (Sede e UAG) 2.400,00Contas Telefônicas 1.549,30Material Permanente (aquis. de livros,equip.e móveis) 716,20Material de Expediente 479,50Aluguel Casa - Sede Garanhuns 1.900,00Energia (CELPE) 60,31outros 750,00Comunicação e ImprensaSky 143,80Renovação Assinatura de Jornais 988,00Atividade Politico-Sindical *Diárias, translados e hospedagens 4.810,49Curso de Formação Sindical 3.376,91Festa comemoração dia do Professor na APUFRPE 5.110,00Atividade SocialDoações 150,00Tarifas bancárias/transferênciasTarifas Bancárias 152,06 TOTAL 86.255,02 79.886,20

RESUMO GERALTotal de Entradas 86.255,02Total de Saídas 79.886,20Saldo Conta Corrente 6.368,82Poupança 35.241,61