Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

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Defensoria Pública: após quatro anos de luta, Estado conquista esse direito PÁGINA 14 Florianópolis, Maio de 2013 Nº 189 - Ano XVII Comissão pro- move Festival da Família PÁGINA 05 Semana Missio- nária prepara para a JMJ no Rio PÁGINA 05 Igreja celebra Dia Mundial das Comu- nicações Sociais PÁGINA 16 Pe. Ney encerra participação em Comissão Bíblica PÁGINA 15 Florianópolis sedia encontro nacional dos diáconos Mais de 270 participantes recebe- ram formação sobre o documento 96 da CNBB, refletiram e aprova- ram mudanças no estatuto Diáconos, esposas e candidatos a diácono estiveram reunidos em Florianópolis, nos dias 19 a 21 de abril, em Florianópolis, para partici- par da sua Assembleia Nacional, não eletiva. Durante os três dias, eles refletiram sobre o documento 96 da CNBB: “Diretrizes para o Diaconato Permanente da Igreja no Brasil – for- mação, vida e ministério” O evento teve como objetivo in- formar os participantes quanto ao texto, aprovado pela CNBB em 2012. Além disso, durante o encontro foi aprovada a reformulação estatutária canônica e civil dos diáconos. Esta foi a primeira vez que o evento foi realizado no Estado. A Assembleia é realizada a cada quatro anos, mas normalmente tinha como sede ou- tros estados da região sudeste. PÁGINA 03 Dom Esmeraldo Barreto de Faria, bispo referencial dos diáconos no Brasil, foi um dos assessores do encontro Primeira redimida, Maria é imaculada desde sua concei- ção; assunta ao céu, ela já está ressuscitada na glória de Cris- to. Maria é modelo para todos os cristãos e, mesmo, para to- dos os seres humanos. Ela é posta na origem e no destino da humanidade. Concebida sem pecado original, ela sem- pre foi o que nós sempre deve- ríamos ter sido: santos, imacu- MARIA, MÃE DA FÉ Tema do Mês lados. Assunta ao céu, ela já é o que um dia nós seremos: res- suscitados, glorificados. Assim, em nossa origem e nosso futu- ro, mas sempre num plano su- bordinado à única mediação criadora, salvadora e recapi- tuladora de Cristo, temos al- guém de nossa raça humana que correspondeu fielmente aos desígnios divinos. PÁGINA 04 Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Canção Nova abre casa de missão na capital Cinco jovens dão estrutura a estúdio para transmissão de programas locais de TV Uma equipe de leigos consagra- dos da Comunidade Canção Nova está em Florianópolis para abrir uma nova casa de missão. Os qua- tro jovens realizaram um encontro de apresentação no dia 27 de abril. Eles tem a missão de estruturar estúdio para a transmissão de programas locais para o Canal 23 UHF, em TV aberta, que a emisso- ra mantém aqui. PÁGINA 16 Tríduo Bíblico reflete sobre o Evangelho de Lucas PÁGINAS 03

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 189, ano XVII, Maio/2013

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Defensoria Pública: após quatro anos de luta, Estado conquista esse direito PÁGINA 14

Florianópolis, Maio de 2013 Nº 189 - Ano XVII

Comissão pro-

move Festivalda Família

PÁGINA 05

Semana Missio-nária prepara para

a JMJ no Rio PÁGINA 05

Igreja celebra DiaMundial das Comu-nicações Sociais

PÁGINA 16

Pe. Ney encerra

participação em

Comissão Bíblica PÁGINA 15

Florianópolis sedia encontronacional dos diáconos

Mais de 270 participantes recebe-

ram formação sobre o documento

96 da CNBB, refletiram e aprova-

ram mudanças no estatutoDiáconos, esposas e candidatos

a diácono estiveram reunidos emFlorianópolis, nos dias 19 a 21 deabril, em Florianópolis, para partici-par da sua Assembleia Nacional, nãoeletiva. Durante os três dias, elesrefletiram sobre o documento 96 daCNBB: “Diretrizes para o DiaconatoPermanente da Igreja no Brasil – for-mação, vida e ministério”

O evento teve como objetivo in-

formar os participantes quanto aotexto, aprovado pela CNBB em 2012.Além disso, durante o encontro foiaprovada a reformulação estatutáriacanônica e civil dos diáconos. Estafoi a primeira vez que o evento foirealizado no Estado. A Assembleiaé realizada a cada quatro anos, masnormalmente tinha como sede ou-tros estados da região sudeste.

PÁGINA 03

Dom Esmeraldo Barreto de Faria, bispo referencial dos diáconos no Brasil, foi um dos assessores do encontro Primeira redimida, Maria éimaculada desde sua concei-ção; assunta ao céu, ela já estáressuscitada na glória de Cris-to. Maria é modelo para todosos cristãos e, mesmo, para to-dos os seres humanos. Ela éposta na origem e no destinoda humanidade. Concebidasem pecado original, ela sem-pre foi o que nós sempre deve-ríamos ter sido: santos, imacu-

MARIA, MÃE DA FÉTema do Mês

lados. Assunta ao céu, ela já é oque um dia nós seremos: res-suscitados, glorificados. Assim,em nossa origem e nosso futu-ro, mas sempre num plano su-bordinado à única mediaçãocriadora, salvadora e recapi-tuladora de Cristo, temos al-guém de nossa raça humanaque correspondeu fielmenteaos desígnios divinos.

PÁGINA 04

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

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[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Canção Nova abre casa de missão na capitalCinco jovens dão estrutura a estúdio para transmissão de programas locais de TV

Uma equipe de leigos consagra-dos da Comunidade Canção Novaestá em Florianópolis para abriruma nova casa de missão. Os qua-tro jovens realizaram um encontrode apresentação no dia 27 de abril.

Eles tem a missão de estruturarestúdio para a transmissão deprogramas locais para o Canal 23UHF, em TV aberta, que a emisso-ra mantém aqui.

PÁGINA 16

Tríduo Bíblicoreflete sobre o

Evangelho de Lucas PÁGINAS 03

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

“O Documentode Aparecida

propõe a renova-ção da paróquia,

retomando aexpressão de João

Paulo II: ‘paróquia,casa e escola

de comunhão’”.

Maio 2013 Jornal da ArquidioceseOpinião2

Paróquia, Comunidade de ComunidadesA paróquia foi o tema central

da última Assembleia dos Bispos,realizada em abril. Foi apresenta-do e estudado o documento pre-paratório sobre a paróquia, e nopróximo ano pretende-se aprovaro documento oficial.

A paróquia é o referencial maisimportante da Igreja Católica. Apre-senta o rosto da Igreja, nelapodendo ser verificado o seu dina-mismo. Na paróquia encontram-seas várias comunidades, os váriosmovimentos, os mais variados gru-pos. Tudo o que é organizado comoatividade de vida cristã acontecena paróquia.

A paróquia concretiza a

ideia de “comunidade”, pre-

sente na própria palavra “Igre-

ja”, a reunião dos batizados, da-

queles que seguem a Cristo. Quan-do a comunidade se reúne, estápresente a Igreja do mundo todo.Por outro lado, a Igreja do mundotodo é constituída por inúmerascomunidades.

Há um consenso generalizadode que esta instância tão funda-mental na vida cristã deva sofrer

uma renovação, alguns melho-ramentos, para continuar prestan-do o serviço de sempre, ou seja,acolher os fiéis e dinamizar a vidacristã. As modificações respeitarãoo que foi proposto pelo Vaticano II.O no. 64 do documento de estudosintetiza a posição do Concílio emtrês direções: “ a passagem doterritorial para o comunitário; doprincípio único do pároco para umacomunidade toda ministerial; e dadimensão cultual para a totalida-

de das dimensões de comunhão emissão da Igreja no mundo”.

Os documentos da Igreja na

América Latina apresentam algu-mas iluminações que podem aju-dar a renovar a paróquia. Pueblaretoma com muita força a ideiaconciliar de “comunhão e partici-pação”. Santo Domingo define aparóquia como “comunidade decomunidades e movimentos”. In-siste ainda em que a pastoral deveser “orgânica”, e para alcançaresse objetivo propõe o conceito de“pastoral de conjunto”.

O Documento de Aparecida

propõe a renovação da paróquia.Propõe a multiplicação de comuni-dades menores; chama a atençãopara a pastoral urbana; sugere acriação de comunidades suprapa-

roquiais. Recorda a expressão deJoão Paulo II: “paróquia, casa e es-cola de comunhão”. Convida a to-dos para uma “conversão pastoral”.É preciso superar a pastoral demera manutenção por uma pasto-ral decididamente missionária.

Os Bispos reunidos na últimaassembleia convidam todos osfieis a retomarem o documento detrabalho e apresentarem suges-tões que possam ajudar a renovara paróquia. Conclamo, portan-

to, a todos os padres, agentesde pastoral, os religiosos/as, osvários conselhos e movimentos,para que estudem o documento eapresentem as sugestões até oinício de outubro deste ano. Essassugestões serão enviadas ao gru-po que preparará o documentopara a assembleia do próximo ano.

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. Leandro Rech,

Pe. Revelino Seidler, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol

Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin -

Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor. de Publicidade:

Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil / Ir. Clea Fuck - Editoração e Fotos: Zulmar

Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

Que valores considera importantesno convívio familiar?

Carinho, respeito e amor. Cari-nho, porque é algo que não recebidos meus pais e quero passar issopara a minha filha. Respeito, por-que, se não há isso, não há convi-vência entre as pessoas. É impor-tante que cada um saiba o seu lu-gar e os seus limites. Também por-que devemos saber nos colocar noslugar dos outros. Não quero para osoutros o que não desejo para mim.Também o amor, afinal sem ele nãohá convivência, respeito e carinho.Para qualquer coisa que se faça,deve haver o amor fraterno.

Maristela Garcia, ex-moradora

de rua, atualmente na Casa de

Acolhida, em Florianópolis.

Creio que o principal é o diálo-go, porque na família há pessoasde todos os contextos: crianças,adolescentes, jovens, adultos eidosos. O diálogo faz com todosfiquem em sintonia e não distan-cia tanto as gerações. Podemcompartilhar experiências e en-tender o momento que cada umvive. Isso acontece quando se re-serva um momento para a con-versa e partilha. Creio que outrofator importante é a oração emfamília. Ela nos prepara para omundo e nos aproxima de Deus.

Anara Buriol Zanozo,

Paróquia Santíssima Trindade,

Florianópolis.

Ajuda mútua com cada um dafamília dar suporte para o outro.Há momentos em que uns preci-

sam mais e o outro tem a missãode dar força para continuar a ca-minhada. Compreensão, pois te-mos que nos colocar no lugar dooutro, estar sensíveis aos proble-mas. Deixar um pouco as nossasvontades e compreender o outro.Afetividade, porque muitas vezeso dia a dia nos torna mais duros. Éimportante manter o carinho, ali-mentar a chama da ternura.

Kristian da Silva Rauppcomunidade Nossa Senhora do

Monte Serrat, em Florianópolis.

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

Caso queira compartilhar conosco algo que deseje ser refletido nesse espaço, envie suasugestão para [email protected]. As sugestões serão analisadas pela equipe.

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Francisco

Jovens, arriscai a vida

Sim, jovens, ouvis-tes bem: ir contra acorrente. Isto forta-

lece o coração, jáque ir contra a cor-rente requer cora-gem, e Ele dá-nos

esta coragem”.

“ Papa Francisco, 28 de abril,

Homilia no 5º domingo da Páscoa

Gostaria de vos propor trêspensamentos, simples e breves,para a vossa reflexão.

O primeiro: Na segunda Leitu-ra, ouvimos a estupenda visão deSão João: um novo céu e umanova terra e, em seguida, a Cida-de Santa que desce de junto deDeus. Tudo é novo, transformadoem bondade, em beleza, em ver-dade; não há mais lamento, nemluto... Tal é a ação do Espírito San-to: Ele traz-nos a novidade deDeus; vem a nós e faz novas to-das as coisas [...].

O segundo: na primeira Leitu-ra, Paulo e Barnabé afirmam que«temos de sofrer muitas tribula-ções para entrarmos no Reino deDeus» (Act 14, 22). O caminho daIgreja e também o nosso caminhopessoal de cristãos não são sem-pre fáceis, encontramos dificulda-des, tribulações. Seguir o Senhor,deixar que o seu Espírito transfor-me as nossas zonas sombrias, osnossos comportamentos em de-sacordo com Deus, e lave os nos-sos pecados, é um caminho queencontra muitos obstáculos forade nós, no mundo, e dentro de nós,no coração [...].

E passo ao último ponto. É umconvite que dirijo a todos, mas es-pecialmente a vós, crisman-dose crismandas: permanecei fir-

mes no caminho da fé, com segu-ra esperança no Senhor. Ele dá-nos a coragem de ir contra a cor-rente. Sim, jovens, ouvistes bem:ir contra a corrente. Isto fortaleceo coração, já que ir contra a cor-rente requer coragem, e Ele dá-nos esta coragem. Não há dificul-dades, tribulações, incompreen-sões que possam meter-nos medo,se permanecermos unidos a Deuscomo os ramos estão unidos à vi-deira, se não perdermos a amiza-de com Ele, se lhe dermos cadavez mais espaço na nossa vida. [...].Apostai sobre os grandes ideais,sobre as coisas grandes. Nós, cris-tãos, não fomos escolhidos peloSenhor para coisinhas pequenas,ide sempre mais além, rumo àscoisas grandes. Jovens, arriscai avida por grandes ideais.

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Wilson Tadeu Jönck Arcebispo de Florianópolis

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

Jornal da Arquidiocese Maio 2013

3Geral

Encontros reúnem vocacionadosRealizados em duas regiões, encontros reuniram garotos(as) que sentem o despertar vocacionalA Pastoral Vocacional da Arqui-

diocese realizou no dia 07 de abrilos dois primeiros de um total deseis encontros previstos para esteano. Nesse dia, o encontro foi rea-lizado ao mesmo tempo na Paró-quia São Judas Tadeu e São JoãoBatista, na Ponte do Imaruim, emPalhoça, com a participação de 80garotos e garotas, e na ParóquiaSão Sebastião, em BalneárioCamboriú, com 52 participantes.

Os encontros foram realizadosdas 8h às 16h e promovidos pelaPastoral Vocacional e pelo Conse-lho Arquidiocesano de Formado-res, através do Grupo de Orienta-ção Vocacional (GOV) João PauloII, que acompanha os rapazes, epelo GOV Madre Teresa de Calcu-tá, recém implantado para acom-panhar as jovens vocacionadas.

Os participantes contaram comacolhida, apresentação, oração ini-cial, palestra sobre as vocações,missa, almoço, apresentação davocação sacerdotal para os meni-nos, e da vocação religiosa para asmeninas, depois gincana vocacio-nal e teatro. O encontro contou coma presença de várias congregaçõesmasculinas e femininas. O encon-tro contou ainda com o apoio dosseminários da Arquidiocese.

Segundo Pe. Vânio da Sil-

va, coordenador arquidiocesanoda Pastoral Vocacional, no anopassado foram realizado quatroencontros só para garotos e jo-vens. Neste ano está sendo am-pliado para acolher também as

Divulgação/JA

Garotos e garotas realizam uma das atividades no encontro do GOV

vocações femininas e, além dosseminários, também serão reali-zados em paróquias.

“Um dado importante é quecontamos com a presença e o tra-balho dos agentes da Pastoral Vo-cacional. Em Palhoça tivemos acolaboração de 42 agentes, já em

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

A Faculdade Católica de San-ta Catarina- FACASC, realizará,dos dias 27 a 29/05, segunda aquarta, o Tríduo Bíblico sobre“Hermenêutica Bíblica a partir doEvangelho de Lucas”, com a as-sessoria do professor Dr. Fran-cisco Orofino. O evento será re-alizado na sede da Faculdade econtará com eventos pela manhã,das 8h30 às 11h30, e noite (ape-nas nos dias 27 e 28), das 19h30às 22h. O Tríduo tem um custo deR$ 20,00 para os não estudan-tes da instituição.

Ele inicia na manhã, e conti-nuidade a noite, do dia 27 de ju-nho, com a palestra “Herme-nêutica Bíblica: consideraçõesgerais”. No dia seguinte, pela ma-nhã, será refletido sobre “Visãogeral do Evangelho de Lucas”. Ànoite o tema será “A proposta deLucas como contribuição aos de-safios da Igreja e da sociedadede hoje”. O encerramento será

Tríduo refletirá sobreo Evangelho de Lucas

com a continuidade da palestrado dia anterior.

Para os cristãos, a Bíblia é olivro da Palavra de Deus. No en-tanto, constata-se uma grandediversidade de interpretações.Afinal, quais são os princípiosorientadores para uma corretainterpretação dos textos bíbli-cos? Podemos afirmar que exis-te uma “correta” interpretação?Quando podemos consideraruma mensagem bíblica como“Palavra de Deus”? Enfim: como,por que e para que ler a Bíblia?

Estas e outras questões se-rão tratadas por ocasião doTríduo Bíblico oferecido pelaFACASC. Ele destina-se a todasas lideranças das diversas Igre-jas cristãs e as pessoas interes-sadas em conhecer e exercitar ahermenêutica de textos bíblicos.

Inscrições: pelo fone (48)3234-0400, ou pelo [email protected].

As Irmãs da Divina Providên-cia comemorarão no dia 09/05,quinta, às 19h, no Provincialado,em Florianópolis, o bicentenáriode nascimento do fundador daCongregação, Pe. EduardoMichelis. Durante a solenidade,será lançado o livro “Diário deEduardo Michelis”, traduzido eeditado por Irmã Clea Fuck.

O livro traz escaneados ostextos escritos a mão, em ale-mão, pelo Pe. Eduardo e, ao lado,a tradução realizada pela Irmã.Esse trabalho tem um grandevalor, pela conservação dos tex-tos na própria caligrafia do autor,no tipo de letra então em uso naAlemanha e hoje não mais ensi-nado nas escolas, de modo quequem não o aprendeu tem mui-ta dificuldade de entender.

Este é o segundo livro de Ir.Clea que resgata a personalida-de e a história do fundador daCongregação. O primeiro foi“Eduardo Michelis Presbítero –

Noite celebrativa no Provincialado

Fundador da Congregação dasIrmãs da Divina Providência”,Editora Nova Letra, publicadoem novembro de 2005.

O convite é aberto a todasas pessoas que queiram hon-rar com sua presença essaNoite Celebrativa e Cultu-ral, bastando dar o nome até03 de maio pelo telefone (48)3212-4800 .

Balneário Camboriú, 20 agentesnos auxiliaram no trabalho”, disse.Ele avaliou que o encontro foi mui-to bom por três motivos: númerode participantes muito bom; pre-sença dos agentes da pastoral egenerosa acolhida das paróquiasque receberam os encontristas.

Veja a data de realização dos próximos encontros:

• 01 de junho (sábado) - das08h30 às 16h - Paróquia SãoSebastião (Tijucas) - Para garo-tos e garotas

• 01 de junho (sábado) - das08h30 às 16h - Paróquia SantoAntônio (Campinas) - Para garo-

tos e garotas• 31 de agosto e 01 de se-

tembro - Local: Seminário de Azam-buja - Somente para garotos

• 15, 16 e 17 de novembro- Local: Seminário de Azambuja- Somente para garotos

Os interessados em participar deste Grupo de Orienta-

ção Vocacional deverão fazer a sua inscrição, através do e-

mail: [email protected] ou pelo fone (48) 3234-4443.

O Conselho Nacional de IgrejasCristãs - CONIC, promove, dos dias12 a 19 de maio, a Semana de Ora-ção pela Unidade dos Cristãos -SOUC. Na Arquidiocese, o evento édinamizado pela Comissão Arquidio-cesana para o Diálogo Ecumênico eInterreligioso - CADEIR. A cada dia,haverá um culto ecumênico em umadas Igrejas Cristãs da região de Flo-rianópolis, às 20h.

Nos domingos da abertura (12)e do encerramento (19), durante ascelebrações do dia, cada Igreja faráa motivação, bem como oraçõespela unidade dos cristãos, refletin-

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

do sobre o tema para este ano: “Oque Deus exige de nós” (Miquéias6,6-7). Nos outros dias, haverá cultoecumênico em cada Igreja Cristã,com a presença das demais igrejas.

Um dos destaques para aSOUC será na noite do dia 14/05,terça. Nesse dia, nosso arcebispoDom Wilson Tadeu Jönck presidiráo culto ecumênico na Igreja Evan-gélica Luterana do Brasil – IELB,nos Ingleses, Florianópolis, próxi-mo à entrada do Rio Vermelho (in-formações pelo fone 3035-1089).

Celebrações ecumênicas tam-bém serão realizadas em outroslocais: em Garopaba, no dia 15/05, quarta, às 19h30min; emAnitápolis, no dia 16/05, quinta,também às 19h30; e em NovaTrento, dia 18/05, sábado, às 11h.

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

MARIA, MÃE DA FÉ

Nesse grande

caminho da fé de

Jesus, que fará

dele a meta de

nossa própria fé,

sempre esteve

presente sua

mãe, Maria ”

O Ano da Fé, que estamoscelebrando, é oportunidadepara refletirmos sobre o lugar deMaria em nossa caminhada defé. O Catecismo da Igreja Cató-lica a apresenta como a maisperfeita realização da fé.Abraão, o pai dos crentes, eMaria, a bem-aventurada porque acreditou nas promessasde Deus (Lc 1,45), viveram a“obediência da fé”, submissosà palavra ouvida (CIC 144).

O papa João Paulo II escreveuna encíclica Redemptoris Mater,em 1987: “A fé de Maria pode sercomparada com a de Abraão, aquem o Apóstolo chama ‘nossopai na fé’ (Rom 4,12). Na econo-mia salvífica da revelação divina,a fé de Abraão constitui o inícioda antiga aliança; a fé de Maria,na Anunciação, dá início à novaaliança. Assim como Abraão, ‘es-perando contra toda a esperan-ça, acreditou que haveria de setornar pai de muitos povos’ (Rm

4,18), também Maria, no mo-mento da Anunciação, depois deter declarado a sua condição devirgem (‘Como será isto, se eu nãoconheço homem?’), acreditouque pelo poder do Altíssimo, porobra do Espírito Santo, se torna-ria a mãe do Filho de Deus se-gundo a revelação do Anjo: ‘Porisso mesmo o Santo que vai nas-cer será chamado Filho de Deus’(Lc 1,35)” (RMa 14).

Abraão é o pai dos crentes noúnico Deus: judeus, cristãos e mu-çulmanos. Como mãe dos crentesdo Deus revelado em Cristo, Mariadá a essa fé abraâmica uma di-mensão feminina e maternal.

Maria,

mãe da fé de seu Filho

Maria foi a primeira respon-sável pela fé de seu filho Jesus.Como toda mãe judia, foi verda-deira catequista do filho, ensinan-do-lhe as primeiras letras na lei-tura da Torá, educando-o na prá-tica da lei e da fé dos judeus. Nósafirmamos nossa fé em JesusCristo como o Filho de Deus feitohomem para nos salvar. Mas nãopodemos nos esquecer que o pró-prio Jesus foi um homem de fé.Com sua mãe Maria, ele apren-deu a crer em Deus, permaneceusempre fiel a Deus, seu Pai, sem-pre disponível a cumprir suas exi-gências: o enfrentamento das ten-tações, incertezas, dúvidas, cri-ses, aflições, provações. No difí-cil caminho da humanidade, Je-

sus não fraquejou na fé. A grandeexigência de Deus para Jesus foia constância da fé mesmo emmeio a inúmeros obstáculos. ACarta aos Hebreus insiste em queJesus teve que aprender, entremuitos clamores e lágrimas, a terfé em Deus, a ser o pioneiro dafé, a pôr toda a confiança emDeus (Hb 5,7-9; 12,2).

Assim, de um lado, o Deus deJesus é bom e misericordioso, ter-no e compassivo, tanto para Je-sus, como para os pequenos epobres destinatários do Reino pre-gado por Jesus. Com esse Deusbondoso, Jesus encontra a luz dacaminhada. Mas, de outro lado, oDeus de Jesus é exigente, man-tém Jesus no caminho da prova-ção, da obscuridade, da crise e dacruz. Até o último instante, Jesusse relaciona com Deus na noiteescura da fé. Mesmo sentindo-seabandonado, lança-se no amor doPai, entrega-se a Deus. Na luz ena noite, na clareza e na obscuri-dade, na confiança e no abando-no, Jesus está sempre diante deDeus e com Deus. Se hoje confes-samos que Jesus é o Deus dos

Como mãe dos crentes do Deus revelado em Cristo,

Maria dá à fé abraâmica uma dimensão feminina e maternal.

4 Tema do Mês Maio 2013 Jornal da Arquidiocese

Divulgação/JA

Maria,

mãe da fé dos cristãos

Mãe da fé de Jesus, Maria étambém, por extensão, mãe da féde todos os cristãos, dos membrosdo Corpo de Cristo. É o que ensinaJoão Paulo II: “Se como ‘cheia degraça’ ela esteve eternamente pre-sente no mistério de Cristo, ago-ra, mediante a fé, torna-se deleparticipante em toda a extensãodo seu itinerário terreno: ‘avançouna peregrinação da fé’ e, ao mes-mo tempo, de maneira discreta,mas direta e eficazmente, torna-va presente aos homens o mes-mo mistério de Cristo. E ainda con-tinua a fazê-lo” (RMa 19).

Peregrina na fé no caminho deJesus, Maria é peregrina na fé doCorpo de Cristo, a Igreja. A fé é aum só tempo dom de Deus e res-posta do homem, posse antecipa-da da eternidade e assentimentoda vontade e da inteligência. Nãohá que se esquecer a belíssimanoção de fé da Carta aos Hebreus:“A fé é a certeza daquilo que aindase espera, a demonstração de rea-lidades que não se veem” (Hb

11,1). Portanto, a fé nos faz ver oinvisível, ver mais longe que osolhos e os pés. A fé cristã nos põena dialética do “já e ainda não”: jásomos salvos em Cristo e já vive-mos a vida eterna; ainda não, por-que estamos a caminho e em nos-sa liberdade devemos assumir eassimilar a salvação alcançada emCristo. Nesse caminho, os cristãossão acompanhados por Maria. OConcílio Vaticano II, na constituiçãodogmática Lumen Gentium assimse expressa sobre o lugar de Mariana caminhada da fé dos cristãos:ela é “membro eminente e inteira-mente singular da Igreja, seu tipo eexemplar perfeitíssimo na fé e nacaridade” (LG 53).

Primeira redimida, ela éimaculada desde sua conceição;assunta ao céu, ela já está ressusci-tada na glória de Cristo. Maria émodelo para todos os cristãos e,mesmo, para todos os seres huma-nos. Ela é posta na origem e no des-tino da humanidade. Concebidasem pecado original, ela sempre foio que nós sempre deveríamos tersido: santos, imaculados. Assuntaao céu, ela já é o que um dia nósseremos: ressuscitados, glorifica-dos. Assim, em nossa origem e nos-so futuro, mas sempre num planosubordinado à única mediação cri-adora, salvadora e recapituladorade Cristo, temos alguém de nossaraça humana que correspondeu fi-elmente aos desígnios divinos.

Maria, mãe da fé dos

peregrinos de Deus

Ela não é apenas mãe da fé doscristãos. Na peregrinação humana,entre o “já e ainda não” da históriasalvífica, a mãe de Jesus acompa-nha todos os seres humanos, mem-bros das grandes religiões e pesso-as de boa vontade, buscadores deDeus, ansiosos e necessitados desalvação. No caminho da humani-dade, ela está ao mesmo tempoem nosso meio e à nossa frente.Ela “foi enriquecida com a excelsamissão e dignidade de mãe de DeusFilho; é, por isso, filha predileta doPai e templo do Espírito Santo, e,por este insigne dom da graça, levavantagem a todas as demais criatu-ras do céu e da terra. Está, porém,associada, na descendência deAdão, a todos os homens necessi-tados de salvação” (LG 53).

Pe. Vitor Galdino FellerVigário Geral da Arq., Prof. de Teolo-

gia e Diretor da FACASC/ITESC

Email: [email protected]

homens e das mulheres de todosos tempos, é porque ele foi, emsua vida terrena, o homem deDeus. Se hoje temos fé em Jesuscomo nosso Senhor e Salvador, éporque ele, em sua vida terrena,teve fé em Deus. Nossa fé em Je-sus, Deus feito homem, se funda-menta na fé de Jesus, homem deDeus e para Deus.

Nesse grande caminho da féde Jesus, que fará dele a metade nossa própria fé, sempre es-teve presente sua mãe, Maria.

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

Jornal da Arquidiocese Maio 2013

5Geral

Encontro reúne coordenadores de CatequeseMais de 160 coordenadores paroquiais e de comunidades refletiram sobre a Iniciação à Vida Cristã

A Coordenação Arquidiocesanade Catequese promoveu no dia 14de abril um encontro com as suascoordenações paroquiais e de co-munidades. Realizado na ParóquiaSanto Antônio, em Campinas, SãoJosé, o evento contou com a parti-cipação de mais de 160 lideranças.

Durante todo o dia, a partir das8h, os participantes refletiramsobre o tema “Desafios de um pro-jeto de Iniciação à Vida Cristã”,com a assessoria do Pe. VanildoPaiva, da Arquidiocese de PousoAlegre, MG. Ele é autor do subsí-dio elaborado pela Coordenaçãode Catequese com o mesmo títu-lo e que está disponível para sertrabalhado pelas lideranças.

Em sua explanação, Pe. Vanildofalou sobre o que é a Iniciação àVida Cristã (IVC); o desafio de sercristão; a unidade dos sacramen-tos da IVC (batismo, crisma e Euca-ristia); os ministérios da vida cristã(da comunidade, dos acompanhan-tes, dos catequistas, do bispo, dos

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

A Comissão Arquidiocesanapara a Vida e Família promove,no dia 26 de maio, domingo, oFestival da Família. Será um even-to celebrativo para reunir a famí-lia em um mesmo local, tendocomo objetivo celebrar o Dia In-ternacional da Família. O lo-cal é o Parque de Coqueiros, re-gião continental de Florianópolis.

O evento terá início às 9h,com a concentração dos partici-pantes. Depois, às 10h, será rea-lizada a Celebração Eucarística,presidida pelo nosso arcebispoDom Wilson Tadeu Jönck. Depois,haverá uma pausa para a refei-ção. À tarde, a partir das 13h, se-rão realizadas apresentaçõesculturais pelas famílias dos movi-mentos, apresentação da Bandada Polícia Militar, e o “Cine Famí-lia” – filme com formação, em umtelão de LED de três metros.

A motivação para o Festivalvem da última Assembleia Arqui-

Festival da Famíliadiocesana de Pastoral, na qual fi-cou definido que o eixo transver-sal de toda a pastoral da Arqui-diocese estaria centralizado naFamília. Assim, em vista de pro-mover uma ação em promoçãoda vida e da família que envolvatodas as pastorais e movimentos,foi criada a Comissão Arquidio-cesana para a Vida e a Fa-mília (CAVF).

A Comissão tem como objeti-vo envolver todas as pastorais emovimentos relacionados à pro-moção da vida e da família, res-peitando a espiritualidade e obje-tivos específicos de cada um, maspropondo um trabalho conjuntocom a Arquidiocese e, inclusive,algumas atividades em comum.

Esta é sua primeira ativida-de programada pela Comissão.O Festival será precedido deuma Sessão Solene na Câmarade Vereadores de Florianópolis,na noite do dia 15 de maio, quar-ta, Dia Internacional da Família.

- Pe. Antônio Luiz Schmitt, Pároco de São Vicente de Paulo- São Vicente, Itajaí - SC, assume a Paróquia São Bonifácio de SãoBonifácio - SC - posse dia 28/04;

- Pe. Gercino Atílio Piazza, Vigário Paroquial de São Sebas-tião de Tijucas - SC, assume a Paróquia Sant’Ana de Canelinha - SC- posse dia 1º/05;

- Pe. Tarcísio José Schuch, Pároco de São Bonifácio - SC,assume a Paróquia São Vicente de Paulo - São Vicente, Itajaí - SC -posse dia 04/05 e

- Pe. Joselito Schmitt, Vigário Paroquial de São JoãoEvangelista de Biguaçu - SC, assume como Vigário Paroquial deSão Sebastião de Tijucas - SC.

- Pe. Valmir Laudelino Silvano, Pároco de Santa Terezinha,Prainha, Florianópolis, assume como capelão da Aeronáutica.

- Padres Carlistas (Scalabrinianos) assumem a paróquiaSanta Terezinha, Prainha, Florianópolis.

padres e diáconos); a importânciada Palavra no itinerário catequético;os sinais no processo de iniciação;pistas e elementos para um planoarquidiocesano de ICV.

Para Irmã Marlene Bertol-di, coordenadora arquidiocesanade Catequese, o evento foi impor-

tante por três motivos: para tra-zer uma unidade do entendimen-to do que seja a iniciação à vidacristã na Arquidiocese; uma for-mação adequada a todas as co-ordenações; a compreensão doque seja um projeto integrado deIVC na pastoral orgânica.

A Catedral Metropolitana deFlorianópolis, juntamente com oCoral Santa Cecília, realizou dia

Hino antiquíssimo exalta Nossa SenhoraO Akáthistos celebra as glporias de Maria e é cantado pelo Coral Santa Cecília desde 1988

Alunos participaram da aula inaugural dos cursos de Teologia

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Arquidiocese de Florianópolis

Transferências dos padres

25 de abril, às 19h30, a tradicio-nal Celebração Mariana da Sole-nidade da Anunciação do Senhor,

com o hino “AKÁTHISTOS”, em hon-ra da Mãe de Deus. A celebraçãofoi presidida pelo nosso arcebis-po Dom Wilson Tadeu Jönck.

Akáthistos é uma palavra gre-ga que significa “não sentado”, in-dicando a forma como o Hino deveser cantado: de pé. A data normalda celebração é 25 de março, diada Anunciação. Como, este ano, adata coincidiu com a Semana San-ta, optou-se pelo dia 25 de abril.

O texto do Hino provém deConstantinopla, no século VI, e co-menta todas as passagens bíblicasligadas à participação de NossaSenhora na história da salvação.Traduzido, é apresentado com umamelodia belíssima, entremeandosolos, locuções e antífonas corais,com acompanhamento de órgão.

Pe. Vanildo Paiva, de Minas Gerais, assessorou a formação

Dom Wilson presidiu a tradicional celebração realizada na Catedral

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

6 Bíblia Maio 2013 Jornal da Arquidiocese

Salmo 80 (79): A videira transplantadado” o terreno, ou seja, expulsandonações. O povo cresceu e se expan-diu (vv. 11-12): para o Sul (monta-nhas), para o Norte (cedros), para oOeste (mar) e para o Leste (rioEufrates). São os limites idealizadosdo império de Davi, sinais da bên-ção e proteção divinas. No seu fer-vor, o salmista não hesita em dardimensões gigantescas à videira.

Por quê?13. Por que derrubaste sua

cerca, / de modo que todopassante a vindime,

14. e os javalis a devastem/ e as feras a devorem?

Tudo isso, porém, todo o esplen-dor dessa videira maravilhosa, de-sapareceu. Por isso, a perguntacrucial: “Por quê?” Por que Deus der-rubou a cerca protetora, entregandoa videira aos passantes, javalis e fe-ras (símbolos dos inimigos), causan-do a sua ruína? É notável como osalmista, ao contrário de Isaías 5,1-7, lança toda a “culpa” do ocorridoao próprio Deus, sem aludir, por en-quanto, aos pecados do povo.

Visita esta videira!15. Ó Deus dos exércitos,

volta-te para nós! / Olha do céue vê, visita esta videira!

16. Protege a cepa que atua direita plantou, / a cepaque tornaste vigorosa!

O v. 15 é uma variação econcretização do pedido expressotrês vezes no refrão (vv. 4, 8, e 20).Como no Sl 74,3, o orante pedeque Deus venha fazer uma “visita”de inspeção: que olhe de cima, “docéu”, para uma visão de conjunto,e depois desça para certificar-sedo estado, lastimável, em que seencontra a sua videira, a sua vi-nha. É sua, sua propriedade, por-tanto não pode desinteressar-sedela. Por isso, em vez de “restau-ra-nos”, o salmista pede que Deus“se volte para nós”; em vez de “fa-zer brilhar a face”, que dirija aten-tamente o olhar. E, embora já sejatarde, pede ainda que Deus “pro-teja a cepa que a sua direita plan-tou”. Quanto ao pedido da “visita”divina propiciadora, encontramosbela resposta, no Novo Testamen-to, no cântico de Zacarias: “Deusvisitou o seu povo” (cf Lc 1,68)

Os que a devastaram17. Os que a devastaram e

lhe atearam fogo / pereçam aosopro ameaçador de tua face.

Depois do pedido da “visita”misericordiosa à vinha devastada,o salmista pensa agora nos que“lhe atearam fogo”. E contra elesverbaliza uma imprecação radical:que “pereçam”, sem misericórdia,

1) Que sabe você da vinha,ou videira, como símbolodo povo de Deus?

2) Qual o fato histórico queinspirou este salmo? Leiao 2º livro dos Reis, capítu-lo17,1-23

3) Que significa o título divi-no “Deus dos exércitos”?e o detalhe: “sentado en-tre os querubins”?

4) Que significa a metáfora da“videira transplantada”, e oque com ela aconteceu?

5) Que significa o pedido paraque Deus “visite esta videi-ra”? Qual o compromissoassumido pelo salmista, epor nós mesmos, que re-zamos este salmo?

A vinha, ou videira, é um dosmais belos símbolos do povo deDeus no Antigo Testamento. Já es-boçado pelo profeta Oseias (Os10,1), esse símbolo é desenvolvi-do por Isaías, num dos primeirosoráculos do seu ministério: “Meuamado possui uma vinha, numaencosta fértil...” (Is 5,1). O profetacompara Deus a um viticultor, queprepara o terreno, seleciona asmelhores mudas, levanta a cercaprotetora, escava o lagar... e esperauma colheita de uvas saborosas,para um vinho de qualidade. A vi-nha, porém, não corresponde... e oviticultor, decepcionado, derruba acerca e a abandona (cf Is 5,1-7). Aimagem volta, várias vezes, no NovoTestamento, chegando ao seu pon-to máximo no evangelho de João,no qual o próprio Senhor Jesus seapresenta como a “Videira verda-deira” (Jo 15,1), que dá fruto abun-dante através de nós, seus ramos,desde que unidos a Ele. Este salmo80, inspirado talvez pela destrui-ção do reino do Norte aos golpesdos assírios, no final do século VIIIantes de Cristo, procura tocar o co-ração de Deus, pedindo-lhe que,apesar de tudo, volte a fazer “bri-lhar a sua face” (notar esse pedidopor três vezes, nos versículos 4, 8,e 20), em favor do seu povo.

Ó Pastor de Israel2. Ó Pastor de Israel, escuta,

/ tu, que guias José como a umrebanho. / Tu, que estás senta-do sobre os querubins, refulge

3. diante de Efraim,Benjamim e Manassés.

O salmista começa invocandoa Deus como “Pastor de Israel” (cfo “salmo do bom Pastor”, Sl 23),logo identificando o rebanho comoo povo do reino do Norte, personi-ficado por José. Este, o filho queri-do de Jacó, era o pai de Efraim eManassés, e irmão de Benjamim,os chefes das tribos mais impor-tantes do território em foco. Os“querubins” mencionados são osda Arca da Aliança, no meio dosquais se localizava a presença deDeus. Pedir que Ele “refulja”, é pe-dir que intervenha e salve, como aseguir o salmista insistirá.

Desperta e vem!Desperta tua valentia / e

vem em nosso auxílio.4. Restaura-nos, ó Deus! /

Faze brilhar a tua face e sere-mos salvos.

O pedido de que Deus “desper-te”, e não deixe dormindo a sua “va-lentia”, é uma forma ousada de re-clamar da sua aparente inatividade.Já encontramos esse pedido, de for-ma dramática, no Sl 44,24-25: “Des-perta! Por que dormes, Senhor? Le-

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vanta-te, não nos rejeites até o fim!Por que escondes tua face, esque-cendo nossa opressão e miséria?”Quanto ao pedido do refrão, “restau-ra-nos”, que retornará, com peque-nos acréscimos, nos versículos 8 e20, poderíamos traduzi-lo também:“Faze-nos voltar”, isto é, voltar à situ-ação de outrora. Ou, no caso do Exí-lio, “faze-nos voltar à nossa terra”.

Deus dos exércitos5. Senhor, Deus dos exérci-

tos,/ até quando continuarásirado, / apesar das preces doteu povo?

O título divino “Deus dos exérci-tos”, que vai ser novamente empre-gado nos versículos 8, 15 e 20, apa-rece pela primeira vez na Bíblia no1º livro de Samuel, ligado ao santu-ário de Silo (1Sm 1,3), no reino doNorte. No mesmo livro, encontra-mo-lo relacionado com a Arca daAliança, desdobrando-se em “Se-nhor dos exércitos sentado entre osquerubins” (1Sm 4,4), como vimostambém no v. 2 deste salmo. Deque “exércitos” se trata? Depen-dendo do contexto, trata-se dosbatalhões de guerra de Israel, oudos “exércitos celestes”: de anjos,astros, forças cósmicas. Na liturgia,o título, tirado de Is 6,3, está tradu-zido como “Senhor do universo”.Aqui, pelo contexto, expressa a ima-gem de um Deus guerreiro, que sedeseja empenhado na defesa daterra e na preservação da justiça.Entretanto, a situação de derrotaleva o salmista a se queixar: “Atéquando continuarás irado?” E isso,“apesar das preces do teu povo?”

O pão das lágrimas6. Tu nos nutres com o pão

das lágrimas; / são lágrimas in-cessantes que nos dás a beber!

O salmo começou com a invo-cação de Deus como “Pastor deIsrael”. Entretanto, ao contrário dobanquete oferecido pelo pastor noSl 23,5 (“preparas uma mesa paramim...”), aqui o rebanho tem decontentar-se com o “pão das lá-

grimas” e a bebida do pranto! Éuma situação semelhante à quesofre, em nível individual, o autordo Sl 42,4: “As lágrimas são meupão noite e dia, e todo dia me per-guntam: Onde está o teu Deus?”

Contenda e escárnio7. Fizeste de nós motivo de

contenda para nossos vizinhos/ e nossos inimigos riem de nós.

8. Restaura-nos, ó Deusdos exércitos! / Faze brilhar atua face e seremos salvos.

Com a retirada do exército inva-sor, são agora os povos vizinhos quedisputam entre si o que restou deIsrael derrotado. E não perdem aoportunidade para escarnecer, paradebochar da suposta escolha divi-na desse “rebanho”, que agora, se-gundo eles, está sem pastor. Porisso, novamente o pedido, já feitono v. 4, mas ampliando o vocativo:“Deus” é agora intitulado “Deus dosexércitos”, como no v. 5.

A videira transplantada9. Tiraste do Egito uma vi-

deira, / e expulsaste povos paratransplantá-la.

10. Preparaste-lhe o terreno;/ ela criou raízes e encheu a terra.

11. Sua sombra cobriu asmontanhas / e, seus ramos, oscedros de Deus.

12. Estendeu seus sarmen-tos até o mar, / e chegavamaté o Eufrates os seus brotos.

Insistindo na sua súplica, oorante, dirigindo-se a Deus, passada imagem do pastor para a doviticultor. Israel, antes comparadoa um rebanho, é agora assemelha-do à videira. E o salmista, em pri-meiro lugar, retoma o passado, quevai da libertação do Egito até antesda catástrofe nacional (versículos9 a 12). Nessa memória, são recor-dadas as maravilhas que Deus rea-lizou em favor do seu povo. No con-flito com o Faraó e o Egito, Ele “ar-rancou” Israel (videira) da escravi-dão, e transplantou-o na terra daPromessa, previamente “limpan-

atingidos pelo “sopro ameaçador”de Deus.

Teu escolhido18. A tua mão proteja teu

escolhido, / o homem que sus-citaste para ti.

De repente, sem que possa-mos identificar historicamente dequem se trate, o salmista pede porum líder, um “escolhido”, commissão especial, pois Deus mes-mo o “suscitou”. Em vez de dar-lhe o título de “rei”, designa-o sim-plesmente como “homem”, lite-ralmente, “filho de homem”. Paranós, cristãos, é espontânea a lei-tura cristológica desta passagem.

Dá-nos a vida!19. De ti nunca mais nos

afastaremos: / dá-nos a vida eexaltaremos o teu nome.

20. Restaura-nos, Senhor,Deus dos exércitos! / Faze bri-lhar a tua face e seremos salvos.

Antes de pedir, pela terceira vez(cf vv. 4 e 8), que Deus “restaure” e“faça brilhar” sobre Israel a sua face,o salmista assume o compromissode, falando no plural, prometer, deagora em diante, fidelidade. Por issoafirma, com emoção: “De ti nuncamais nos afastaremos”, o que su-põe, com a promessa, a confissãoda culpa. Então, é porque a videira,com tanto carinho transplantada,fora infiel, é por esse motivo que oSenhor a abandonou. Mas agora,com o propósito expresso de “nun-ca mais” sermos infiéis, ressurge aesperança: “Dá-nos a vida, e exal-taremos o teu nome!”

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica na

Faculdade Católica de Teologia de

SC - FACASC

email: [email protected]

Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:

Conhecendo o livro dos Salmos (59)Conhecendo o livro dos Salmos (59)Conhecendo o livro dos Salmos (59)Conhecendo o livro dos Salmos (59)Conhecendo o livro dos Salmos (59)

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

Segmentos da juventudeA Pastoral da Juventude da Ar-

quidiocese realizou, nos dias 26a 28 de abril, a primeira etapa daEscola da Juventude. Tendo comolocal a Paróquia Sagrados Cora-ções, em Barreiros, São José, reu-niu 19 jovens, representando seisparóquias e a Pastoral da Juven-tude Marista.

Durante os três dias, os jovensrefletiram sobre o tema “Quemsou eu e quem é Deus para mim”.Esta é a primeira parte do livro“Pastoral da Juventude, SomosIgreja Jovem: um jeito de ser e fa-zer”, que concentra a história,identidade, missão, metodologiae simbologia da Pastoral da Juven-tude. Nas próximas duas etapasda Escola, serão refletidas as ou-tras duas partes do livro.

O evento contou com a forma-ção de Hélio Rodak Júnior, AfonsoZimmermann e José RodrigoRangel, assessores da PJ na Arqui-diocese, que falaram sobre o Pro-jeto de Vida. Eles refletiram sobreo que significa ser jovem hoje, osestudos, a escolha da profissão,a preocupação em constituir fa-mília. Os participantes tambémcontaram com a assessoria deRodrigo Szymanski, assessor da

Jornal da Arquidiocese Maio 2013

7Geral

Escola forma lideranças juvenisEsta foi a primeira das três etapas a serem realizadas em paróquias da Arquidiocese

Pastoral da Juventude deCriciúma. Ele falou sobre a Identi-dade e História da PJ.

Na próxima etapa, nos dias28, 29 e 30 de junho, em local aser definido, será refletido sobrea “Mística e Espiritualidade”,tratando de como se reza atra-vés da bíblia, música, símbolos eda vivência na comunidade. Naúltima etapa, o tema será “Pro-jetos nacionais da PJ”, nosdias 30 e 31 de agosto, e 01 desetembro. Nesse encontro, os

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jovens conhecerão cada um dosseis projetos, para terem noçãode como trabalhá-los em suas co-munidades.

A Escola da Juventude é volta-da a jovens coordenadores de gru-pos de jovens e também que te-nham potencial de liderança. “Nes-te ano estamos adotando um sis-tema diferente dos últimos anos.Agora a Escola será realizada noespaço de uma paróquia e os jo-vens serão acolhidos nas casasdas comunidades”, disse Hélio.

Evangelizar jovens e formá-lospara que se tornem líderes cristãosonde quer que estejam: na Igreja, nafaculdade, no trabalho, entreamigos. Este é o carisma do Movi-mento de Emaús que tem comuni-dades missionárias presentes emseis estados brasileiros (Minas Geri-as, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,Santa Catarina e São Paulo) e noDistrito Federal. Em Florianópolis, omovimento realiza há 39 anos osCursos de Valores Humanos e Cris-tãos, uma oportunidade de profun-da reflexão sobre o valor da vida, dafamília e da Igreja. Jovens de 18 a30 anos são convidados a partici-par dos cursos. Após os cursos, osjovens têm a oportunidade deaprofundar sua vivência de fé e per-severar junto à comunidade, paraque assim possam ser instrumen-tos de evangelização da juventude.

Movimento EmaúsAlém desses cursos, o Movimentoproporciona diversas oportunidadesintegração e crescimento espiritual,como reuniões semanais de estudoe partilha, palestras, adorações, en-contros de integração e voluntariado.O Emaús também é responsávelpela celebração da missa realizadaaos sábados na Igreja ImaculadaConceição (localizada na Rua VitorKonder, no Centro de Florianópolis),às 19h. Há alguns anos, tambémrealiza a encenação da paixão emorte de Jesus Cristo na Quinta-fei-ra Santa, e as Serenatas da Natal,percorrendo hospitais, asilos e ca-sas de acolhida de menores. Inte-ressado em conhecer-nos? Entre emcontato conosco: www.emaus.

org.br/florianopolis | www.

facebook.com/EmausFloripa

| twitter.com/EmausFloripa |

[email protected]

O Movimento Pólen é um mo-vimento de espiritualidade cristãe de evangelização que nasceuem 1971. Sua sede é na CatedralMetropolitana, em Florianópolis,onde reside seu fundador e assis-tente, Pe. Pedro Martendal.

Seu objetivo é ajudar seusmembros e todos os que dele seaproximam: a descobrirem o sen-tido da vida; a descobrirem o Cris-to - Sua Pessoa, Seu Evangelho,Sua Igreja; a fazerem a experiên-cia do amor cristão: o amor do Pai,do Filho e do Espírito Santo, reve-lado aos homens em Jesus deNazaré; a assumirem o agir cris-tão em todos os ambientes e es-truturas sociais e eclesiais, desdea família, construindo, por toda

parte, a Civilização do Amor; aimpregnarem tudo com a unida-de querida por Jesus.

Cada membro do Pólen reali-za um retiro por ano, iniciandopelo Retiro Básico. Após seu Reti-ro, quem participa se reúne emgrupos de vivência chamados co-munidades. E também participamde outras atividades, assim comode equipes e de apostolado.

O Pólen tem atividades abertasa todos, mas para participar dasprincipais atividades tem que pas-sar pelo Retiro Básico. Os jovensestão convidados a conhecer oMovimento Pólen e, se desejarem,a fazer o Retiro Básico, que ocorreem setembro. Visitem o sitewww.movimentopolen.com.br.

Movimento Pólen

Na semana que antecede aJornada Mundial da Juventude,que será realizada de 23 a 28 dejulho no Rio de Janeiro, será reali-zada a Semana Missionária. Tra-ta-se de um evento de evangeli-zação que busca proporcionar aosjovens peregrinos de outros paí-ses a possibilidade de conhecernossa vivência cristã, nosso tra-balho social, nossa cultura.

Na Arquidiocese, o evento serárealizado dos dias 14 a 21 de ju-

lho. Uma programação intensa estásendo preparada pela comissãoorganizadora. Ela terá três eixos fun-

damentais: Espiritualidade, Solida-riedade Missionária e Cultura. As ati-vidades diárias serão oferecidas emcada paróquia e incluem Santa Mis-sa, momentos de oração, visitas

missionárias, ações sociais, confra-ternização, além de apresentaçõesartísticas e visitas a pontos históri-cos e turísticos.

Para acolher os participantes,estão sendo cadastradas as famíli-as colhedoras. As pessoas interes-sadas em receber os peregrinos emsuas residências podem fazê-locadastrando-se no site da Arquidio-cese www.arquifln.org.br. Alémdas famílias, podem ser cadastra-das as instituições interessadas eos voluntários. Mais informaçõespelo fone (48) 3224-4799 ou peloe-mail [email protected].

Semana Missionária prepara para a JMJ

Os 19 participantes refletiram sobre a identidade da Pastoral da Juventude

Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

8Maio 2013 Jornal da ArquidioceseGeral

A Renovação Carismática Cató-lica (RCC) da Arquidiocese realizounos dias 13 e 14 de abril, na igrejaN.Sra. dos Navegantes e São Pedro,Serraria, um encontro de formaçãopara coordenadores de grupos deoração. Reuniram-se cerca de 200participantes, entre os quais, osmembros do conselho arquidiocesa-no da RCC, o orientador espiritualPe. Leandro José Rech e o coor-denador do ministério de formaçãoDiác. Domingos Sávio Sena.

A motivação foi o Ano da Fé,proclamado através da Carta Apos-tólica Porta Fidei, do papa BentoXVI. O principal assunto da Carta éo convite ao redescobrimento docaminho da fé. Todos os cristãossão convidados a “uma autênticae renovada conversão ao Senhor,único Salvador do mundo”, atravésdo estudo dos documentos doConcílio Vaticano II e do Catecis-mo da Igreja Católica.

Movido por esse convite, o con-selho arquidiocesano da Renova-ção Carismática Católica junta-mente com o Ministério de Forma-ção decidiu preparar oficinas comtemas que ajudam a bem vivereste tempo: o próprio Ano da Fé, ahistória dos Concílios até o Concí-

RCC promove formação para liderançasEvento reuniu mais de 200 coordenadores e lideranças de grupos de oração de toda a Arquidiocese

lio Vaticano II e seus documentos,e o Catecismo da Igreja Católica.

Os três temas foram divididosem oito oficinas realizadas nos doisdias. Além do conteúdo rico, as ofici-nas contaram com a participaçãodos presentes com seus questiona-mentos. Outros meios de estudar oCatecismo também foram divulga-dos como, por exemplo, o Compên-dio e o YouCat (Catecismo Jovem).

As apresentações instigaramos participantes a procuraremmais subsídios sobre os temas,

para repassá-los aos membros dogrupo de oração na paróquia emque estão situados.

Esta ação da RCC visou aten-der ao apelo da Igreja para fortale-cer o grupo de oração, que é a célu-la base do Movimento. “A expecta-tiva é de que os coordenadores queali estiveram reunidos e receberama formação levem os ensinamentosaos demais através de grupos deestudo, reflexão e partilha”, disseLuiz Carlos Santana Filho, co-ordenador arquidiocesano da RCC.

Já está disponível para todasas lideranças da Arquidiocese oAnuário 2013. Como todos osanos, o anuário traz atualizados osnomes, telefones, endereços, e-mail e outros contatos das pasto-rais, organismos, serviços, movi-mentos, meios de comunicação,colégios, padres, diáconos, semi-nários, congregações, e outras en-tidades da Igreja na Arquidiocese.

Neste ano, o Anuário vem comalgumas novidades. Além donome dos padres, com a data denascimento e de ordenação, traza foto dos padres e diáconos, e o

Arquidiocese lança Anuário 2013ano, os movimentos, pastorais eserviços afins estão agrupadosquando seguem a mesma dinâmi-ca. É o caso da Comissão de Liturgia,por exemplo, em que os setores dePastoral Litúrgica, Música e CantoLitúrgico e Espaço Litúrgico, mastambém Pastoral Catequética ePastoral dos Coroinhas, ficaramunidos seqüencialmente.

Os interessados em adquirir oanuário, podem fazê-lo entrandoem contato pelo fone (48) 3224-4799, ou pelo e-mail [email protected]. O investimentoé de R$ 15,00.

Encontro, realizado em São José, teve como motivação o Ano da Fé

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A Pastoral Familiar da Arqui-diocese, através do Setor CasosEspeciais, promoveu nos dias 13e 14 de abril, na paróquia SãoVicente de Paulo, em Itajaí, o 12ºencontro “O Senhor é meu Pas-tor”, voltado à formação para ca-sais em segunda união. O eventoreuniu 40 casais e mais 160pessoas que colaboraram na or-ganização do evento, entre ca-sais, jovens e padres.

Durante os dois dias, eles re-ceberam a assessoria do Pe.

Roberto Aripe (Padre Chiru), dadiocese de São Leopoldo, RS, esua equipe. Ele é o criador dametodologia para orientar os ca-sais em segunda união.

O pároco anfitrião, Pe. Antô-

nio Luiz Schmitt, acolheu to-dos os casais no sábado pelamanhã, abrindo as portas da Igre-ja para eles se sentirem filhos eamados pela Igreja que acolhe eos recebe como família.

Encontro acolhe casaisem segunda uniãoRealizado pelo 12º ano, evento reuniu

40 casais e outras 160 pessoas na organização

Além das lideranças dos muni-cípios da Arquidiocese, o encontrocontou com a presença de lideran-ças de Joinville, Barra Velha, Jaraguádo Sul, Piçarras, Penha, Navegantes,Gaspar, Ilhota, Indaial e Curitiba, quevieram para auxiliar no trabalho.“Também tivemos a presença deuma equipe de Joaçaba, que veio apedido do Bispo para vivenciar o en-contro e, se possível, levar para lá”,disse Rogério Carlos Gonçalves, quecom sua esposa, Lieje, coordena-ram o evento.

Próximo encontroO próximo encontro para ca-

sais em segunda união será reali-zado em Palhoça nos dias 08 e 09de junho, na Paróquia Senhor BomJesus de Nazaré. Mais informa-ções com Vicente ou Neuzeli

Wisentainer pelos fones (48)3242-7629, 9962-4751 ou 9971-4927, ou ainda pelo [email protected].

histórico da vida ministerial dospadres incardinados na Arquidio-cese desde a sua ordenação.

“Antes as pessoas recebiam opadre em sua comunidade, semsaberem por onde havia passadoantes. Agora terão essa informaçãono Anuário”, disse o diácono JoséNeri de Souza, chanceler da Ar-quidiocese e responsável pela or-ganização do material. Essas infor-mações foram coletadas na fichacadastral dos padres. Por conta dis-so, o anuário ficou com 240 pági-nas, 44 a mais que a última edição.

Outra novidade é que, neste

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Encontro, que é promovido pelo 12º ano consecutivo na Paróquia, setornou referência e poderá ser realizado em outras dioceses do Estado

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Florianópolis sedia encontro nacional dos diáconosDurante encontro, refletiram sobre o documento 96 da CNBB e aprovaram mudanças estatutárias

Mais de 270 diáconos, esposase candidatos a diácono estiveramreunidos em Florianópolis, nos dias19 a 21 de abril, em Florianópolis,para participar da sua AssembleiaNacional, não eletiva. Hospedadosno Hotel Tropicanas, em Canas-vieiras, os participantes refletiramsobre o documento 96 da CNBB:“Diretrizes para o Diaconato Perma-nente da Igreja no Brasil – forma-ção, vida e ministério”.

O evento teve como objetivo in-formar os participantes quanto aotexto, aprovado pela CNBB em2012, e contou com a assessoriada Equipe Nacional Pedagógica -ENAP, que tem a missão de difundiro documento da CNBB pelo Brasil.Além disso, durante o encontro foiaprovada a reformulação estatu-tária canônica e civil dos diáconos.

Esta foi a primeira vez que oevento foi realizado no Estado.“Esperávamos em torno de 150participantes, mas recebemosquase o dobro”, disse o diácono

Antônio Camilo dos Santos,presidente da Comissão Regionaldos Diáconos – CRD, e um dosorganizadores do evento.

A Assembleia é realizada a cadaquatro anos, mas normalmente ti-nha como sede estados da regiãosudeste. “Nossa intenção é que oseventos nacionais sejam realizados

em diferentes regiões paradescentralizá-los”, disse o diácono

Zeno Konzen, presidente da Co-missão Nacional dos Diáconos.

Segundo ele, no Brasil há maisde três mil diáconos ordenados eoutros cerca de quatro mil em for-mação. “A Igreja tem dificuldadede evangelizar nos prédios, ondehá dificuldades de acesso. Osdiáconos podem e deve fazeressa ponte, afinal muitos já mo-ram nesses prédios. Eles devemser a presença da Igreja nessa re-alidade”, acrescentou.

Para Dom Esmeraldo Bar-

reto de Faria, bispo referencial

dos diáconos no Brasil, o grandenúmero de diáconos ordenados eem formação se deve a três as-pectos: maior consciência da fun-ção do diácono; as dioceses es-tão assumindo esse ministério; ea consciência de que as comuni-dades acolhem a missão própriado diácono.

“A Igreja se abriu para a plurali-dade de ministérios. Antes haviapraticamente apenas o padre, ago-ra há os vários ministérios, que sãoassumidos pelos leigos. O povo estáconsciente e aceita o diácono. Issosó não acontece quando não há pla-nejamento”, acrescentou.

Os quatro seminários da Arqui-diocese (Menor, Propedêutico, Fi-losofia e Teologia) realizaram, dosdias 26 a 28 de abril, um fim desemana de confraternização. Estafoi a segunda vez que o evento foirealizado e teve como objetivointegrar os nossos 41 seminaris-tas e seus formadores.

O encontro teve início com umjantar no Seminário Propedêutico,em São José. No dia seguinte, osjovens se encontraram no Semi-nário Teológico Convívio Emaús eseguiram para um passeio de es-cuna. Mais tarde houve um jantarfestivo. No domingo, foi realizadaa Celebração Eucarística e emseguida uma gincana preparadapelos formadores.

Segundo Pe. Pedro Schlich-

ting, reitor do Seminário de Azam-buja, o encontro é importante por-que promove a integração das ca-sas de formação. “Também porque

Confraternização reúneseminários da Arquidiocese

Evento realizado pela segunda vez promoveu

atividades recreativas para os 41 seminaristas

o contato com os jovens que estãomais avançados na formação ser-ve de estímulo para os jovens queestão ingressando”, informou.

Pietro Cristiano Damas-

ceno acaba de ingressar no Se-minário Menor e vê como bonsolhos a realização do encontro. “Éuma oportunidade de conhecer-mos todos os seminaristas e paratermos um convívio maior edescontraído com eles. É tambémum estímulo para a minha voca-ção”, disse.

“Além da integração, o encon-tro também foi importante paraos seminaristas exercitarem a or-ganização e o planejamento”,essa é a avaliação do seminaris-ta do 2º de Teologia Jonathan

Speck Thiesen Jacques. Se-gundo ele, o encontro foi organi-zado pelos alunos do terceiro anode cada seminário, mais os pro-pedeutas.

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Encontro promoveu a integração entre os quatro seminários e serviude estímulo para os mais novos

É a primeira vez que o evento é realizado em Florianópolis e no Regional

Jornal da Arquidiocese Maio 2013

9Geral

AESA elege nova diretoriaA Associação dos Ex-Alunos do

Seminário de Azambuja – AESA,realizou nos dias 19 e 20 de abril,a 17ª edição do encontro entreseus associados. A associação foifundada em 1975. O encontro con-tou com a presença de bispos, pa-dres, diáconos e outros ex-alunos,que estudaram na instituição nosseus 86 anos de história.

Nos dois dias, os participantestiveram coquetel de confraterniza-ção nas dependências da piscina,atividades recreativas, realizaram aasssembleia geral ordinária, com aprestação de contas e eleição dadiretoria de 2013 a 2015, Missa deAção de Graças e almoço festivo.

Cleto Damanini foi eleito onovo presidente da instituição. O

vice ficou com José Aldori Hammes.Os demais membros são: diretorexecutivo – Pe. Pedro Schlichting;diretor financeiro – Ernesto José deSouza; diretor secretário – GabrielDebatin; conselho fiscal – JuvenalPedro Cim, Leonardo JoaquimAlbano e Vilmar Moretão.

Mais informações pelo [email protected]

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Comarcas retomam organização da Dimensão Social

10 Ação Social Maio 2013 Jornal da Arquidiocese

O 13º Plano Arquidiocesano dePastoral apresenta diversos indi-cativos para o fortalecimento dadimensão social da Igreja, expres-so em suas pistas de ação domúnus da caridade e na urgênciaIgreja a serviço da vida plena paratodos. Buscando atender essesindicativos, a Rede de Ações Soci-ais da Arquidiocese e os Conse-lhos Comarcais de Pastorais pro-gramaram suas atividades visan-do maior aprofundamento e com-prometimento com a dimensãosocial da Igreja.

Em março deste ano a AçãoSocial Arquidiocesana (ASA) reali-zou cinco encontros com asações sociais paroquiais, inician-do um processo de organizaçãopor comarca. Nesses encontros,refletiu-se sobre o novo momen-to da caminhada pastoral da Ar-quidiocese a partir do 13º Planode Pastoral e sobre a necessida-de de uma organização da dimen-são social nas comarcas, sendoque até o momento existia umaorganização das ações sociais pa-roquiais por município.

Nas reuniões do Conselho

Encontros buscam fortalecer o múnus da Caridade nas comarcas da Arquidiocese

Comarcal de Pastoral do mês deabril estudou-se a temática da 5ªSemana Social Brasileira, que éuma atividade proposta pelaCNBB. Seu objetivo é articular asforças sociais para debater ques-tões sociopolíticas relevantes etraçar perspectivas para o país, ba-seadas no Ensino Social da Igreja.O tema da 5ª Semana Social

Brasileira é a participação da so-ciedade no processo de democra-tização do Estado – Estado paraquê e para quem? Na oportunida-de, também apresentou-se a rea-lidade social nas comarcas, comencaminhamentos práticos de

maior articulação dos trabalhosexistentes.

Para o mês de maio ocorrerãoreuniões comarcais ampliando aparticipação, envolvendo outraspastorais e organizações que atu-am na dimensão social da Igreja.Isso, com o objetivo de percebera riqueza do trabalho que é reali-zado em diversas comunidades equais são as realidades sociaisque necessitam de uma atuaçãosocial, mas não têm uma presen-ça organizada da Igreja. Abaixosegue o quadro das reuniões domês de maio, abertas para todosos interessados.

COMARCA DATA HORA LOCAL

Itajaí 10/05, sexta 19h Fazenda

I lha 18/05, sábado 09h Trindade

Biguaçu 23/05, quinta 14h30 Biguaçu

São José 24/05, sexta 14h Aririú

Estreito 25/05, sábado 8h30 Balneário Estreito

Tijucas 25/05, sábado 14h Nova Trento

Brusque 27/05, segunda 19h Santa Terezinha

Santo Amaro 13/06, quinta 08h30 Anitápolis

Tendo presente a missão daAção Social Arquidiocesana, ASA, deatuar e potencializar as Ações Soci-ais, por meio de assessoria e acom-panhamento, fortalecendo a pro-moção e defesa dos direitos e polí-ticas sociais, na construção de umasociedade justa, democrática, soli-dária, sustentável e plural, a Equi-pe Executiva da ASA estará realizan-do, no período de maio a setembrode 2013, reuniões de acompanha-mento com as diretorias de todasas Ações Sociais Paroquiais filiadas.

O objetivo principal das visitasé fortalecer a Rede ASA/Cáritas,

ASA realiza visita às Ações SociaisPara discutir o processo de acompanhamento,

Ações Sociais receberão visitas

que atualmente é constituída por48 Ações Sociais Paroquiais daArquidiocese.

Para Fernando Anísio Ba-tista, coordenador da ASA, “asvisitas possibilitarão a aproxima-ção institucional da ASA com cadaentidade filiada, refletindo sobrea realidade social de cada paró-quia, para fortalecer os trabalhossociais realizados a partir dosindicativos do 13º Plano Arquidio-cesano de Pastoral”.

A equipe executiva da ASA en-trará em contato previamente parao agendamento dessas reuniões.

Rede de Ações Sociais reunida para avaliação e indicativos de ação.

Na perspectiva de pensarjuntos na possibilidade de (re)

1° Encontro Arquidiocesano sobre

a Questão da População de Rua(re) inserção e (re) integração social é tema de encontro

inserção mais consistente dapopulação de rua, tanto na re-

Divulgação/JA

Entidades queatuam na abrangên-cia da Arquidiocesepodem enviar projetossociais e de geraçãode trabalho e rendapara o FAS.

O Conselho doFundo Arquidiocesa-no de Solidariedade –FAS informa que está aberto o pe-ríodo de envio de projetos para apróxima Reunião de Análise deProjetos. Os projetos deverão serprotocolados até o dia 24 demaio, na sede da Ação Social Ar-quidiocesana (Rua Esteves Júnior,447 Centro – Florianópolis).

O FAS tem por objetivos: apoi-ar iniciativas que apontem para a

FAS abre Edital para envio de projetos

Fundo Arquidiocesano de Solidariedade

superação das estru-turas de pobreza einjustiça; estimular efavorecer a constru-ção de relações soli-dárias e não discri-minatórias; favorecera criação de projetosalternativos de gera-ção de trabalho e ren-

da; incentivar projetos sociais re-ferentes ao tema da Campanhada Fraternidade.

No endereço eletrônico da Ar-quidiocese de Florianópolis(www.arquifln.org.br) estãodisponíveis maiores informações,tais como: prioridade de apoio; for-mulários dos projetos; valores deapoio, entre outros.

cuperação da autonomia, comona estruturação da identidadepositiva perdida diante da vida,o Movimento da População deRua e a Pastoral da Populaçãode Rua convidam para partici-par do primeiro encontro ampli-ado que irá abordar a questãoda População de Rua da Arqui-diocese de Florianópolis. O con-vite destina-se a todas as pes-soas que atuam diariamentecom essa realidade em nossasparóquias.

Data 11/05, sábado

Hora 08:30 às 11:30

Local Auditório da ParóquiaSanto Antônio – Cam-pinas - São José /SC.

Pe. Revelino coordena a reunião que objetivou criar a Pastoral daPopulação de Rua na Arquidiocese

Divulgação/JA

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Um testemunho de fé e vida

Jornal da Arquidiocese Maio 2013 GBF 11

Tenho algo para falar, com mui-tas novidades nesta nova etapa deminha vida e do meu trabalho. Eu eRegina, minha esposa, trabalhamosjuntos, o que me deixa muito feliz,porque, em contato com ela diaria-mente, tenho aprendido muito.Quero também compartilhar minhaalegria em ter conhecido um rapazchamado Cristiano; ele faz parte dogrupo de teatro das CEBs do pesso-al de rua, e ficamos muito amigos.Tenho pedido a Deus mais confortoem meu coração e vou lhes contaro porquê: hoje eu vou contar umpouco da minha vida, de antes edepois de conhecer a Cristo.

Meu nome é Carlos André,tenho 35 anos e sou natural de Re-cife/Pernambuco. Sempre acredi-tei em Deus, mas não o conhecia.Vivia uma vida errada e de ilusão,era um pai sem responsabilidade,tive quatro mulheres diferentes enove filhos. Eu trabalhava bemmenos do que agora e estava sem-pre desempregado. Tudo na minhavida era motivo para beber commeus supostos amigos, e não ti-nha noção do quanto eu iria sofrer

no futuro bem próximo. Minhamãe Lúcia veio morar em Floria-nópolis e eu fiquei em Recife, de-sempregado mais uma vez, semintenção de largar aquela vida deilusão e sofrimento. Aí, porconsequência de um câncer, perdiminha sogra Maria Aparecida, queera o alicerce da minha vida, umapessoa do meu profundo amor ecarinho. Ela tudo fez por mim, atétrabalhar no meu lugar, com mi-nhas filhas e esposa.

Com a perda da ‘Cida’, sentium vazio, uma tristeza, uma desi-lusão, e vim para Florianópolis em27 de novembro de 2006. Trouxejunto minhas filhas e minha espo-sa, porém eu não tinha largado amalvada da bebida. Comecei atrabalhar no Angeloni e lá conhecivárias pessoas, mas dona Sandra,esposa do sr. Sérgio, foi muito es-pecial. Eles me convidaram paraparticipar de uma oração na suacasa, era um encontro do GrupoBíblico em Família.

Nesse dia aconteceu o meuencontro com Jesus e, sem saber,eu estava nos braços de Deus: ele

me deu outra chance de viver comdignidade. No começo eu não esta-va disposto a largar a minha vidade ilusão e fantasia, mas pouco apouco deixei-me levar pelas “águasprofundas” do Evangelho de JesusCristo. Quando percebi, já estavaengajado nos trabalhos da igreja,da comunidade, e aos poucos fuideixando o vício da bebida; não foitudo maravilha, mas deu certo.

A paz e a harmonia passaram

Participação nos GBFs tira pai de família do vício do álcool e dá outra perspectiva à família

Caminhando com fé, esperança e amor

a estar presentes em minha casae na minha família. Agora eu te-nho mais uma família, o Grupo Bí-blico em Família. Também conse-gui trazer meus outros dois filhos,Jonathas e Wellington, para morarconosco. Deus é tão maravilhosoque tive a graça de ser pai de novo,de uma menina chamadaKauanny. Então tudo foi florescen-do, eu fui me evangelizando, fiz acatequese da Eucaristia e da Cris-

ma, minha esposa e filhos/as meacompanharam. Participamossempre das missas e do GBF. Sououtro homem. Agradeço a Deus ea todos que me ajudaram.

Mudei muito, e os amigos queeu tinha quando eu bebia, pratica-mente perdi o contato com todos.Tornei-me um discípulo e missio-nário de Jesus Cristo, hoje sou Mi-nistro da Palavra e da Comunhãona minha comunidade. Agradeçoesta oportunidade de dar este tes-temunho de amor e fé, e deixo osmeus sinceros agradecimentos aopároco Pe. Mauricio Serafim da

Costa, que muito me ajudou, à D.Sandra, Rita, Luzia, Zilá, Joana eaos membros do GBF, a toda aequipe do CPC da comunidadeonde eu moro e participo efetiva-mente. Esta história não tem fim:vivo com a graça de Nosso SenhorJesus Cristo, e que Ele esteja sem-pre com todos nós. Amém.

Carlos André – Membro dosGBFs - Comunidade Nossa Se-nhora de Fátima e São Lucas,Paróquia do Ribeirão da Ilha

Estando ainda no TempoPascal, lembramos a caminha-da da Via-Sacra realizada pe-los GBF no tempo quaresmal.Sabemos que em muitas pa-róquias da Arquidiocese osGBF organizaram e celebrarama Via-Sacra nas ruas, rezando,refletindo e revivendo a cami-nhada de Jesus ao Calvário.

Vamos destacar os GBF e asCEBs da comunidade do MonteSerrat e do Alto do Caeira.

Com muita fé e devoção, asduas comunidades reviveram acaminhada de Cristo, rezandoa Via-Sacra, a partir de dois pon-tos: a igreja Nossa Senhora doMonte Serrat e a comunidadedo Alto do Caeira, na subida do

morro, acesso ao bairro Itaco-rubi. As duas comunidades re-zaram as 15 estações ao longodos morros.

Em cada estação, refletiramsobre diversos aspectos do co-tidiano que afligem muitos mo-radores e as demais pessoasda comunidade. Assim, lem-brou-se a exclusão social e reli-giosa dos jovens e crianças quesofrem com a violência, os de-sempregados, a saúde das pes-soas; pediram-se melhorescondições de moradia e maisjustiça, tendo presentes tantossofrimentos e males que per-meiam a vida do povo.

Ao chegarem à frente da igre-ja Nossa Senhora Aparecida, noAlto do Caeira, as duas comuni-dades se encontraram e cele-braram a 14ª estação, entraramna igreja e concluíram com a 15ªestação. Na sua fala, Pe. VilsonGroh lembrou que ali estão qua-dros de alguns mártires da nos-sa Igreja, homens e mulheres de

Conversando na comunidade para escre-ver a história do nosso grupo, uma senhoraque participa disse que o grupo já existe háuns 50 anos. Era uma comunidade pequena,tinha bem poucas casas e rezavam o terçocom seis famílias que na época aí moravam.

No inicio, o grupo contribuía mensalmen-te na formação do querido falecido padre Ro-gério Groh, falecido, na época ainda semina-rista da filosofia. A comunidade cresceu e ogrupo também. O grupo, sempre que necessá-rio, se empenha na campanha de arrecada-ção, doando às famílias que precisam. Já pas-samos por algumas coordenadoras, todascom o entusiasmo de levar a mensagem deDeus às famílias e ajudar a comunidade a serviva e atuante. Hoje, desse grupo cinquente-nário formou-se mais um. Agora somos doisgrupos com 23 casas, que aceitam fazer osencontros dos GBF. Ainda temos os mesmosobjetivos: crescer na fé, ajudar a comunidade,ajudar as pessoas que precisam e levar a Pa-lavra de Deus a todos. Que Deus ilumine sem-pre os GBFs.

Maria Baloni, Animadora do grupo

As histórias dos GBF da Paró-quia de Azambuja continuam...

Grupo Rosa Místicafé que seguiram Jesus doandosuas vidas como Ele fez poramor a nós: “Prova de amormaior não há, que doar a vidapelo irmão”. Pe. Vilson enfatizoua importância do resgate da nos-sa fé, olhando para o outro, aju-dando uns aos outros, para con-tribuirmos na construção de ummundo mais justo e solidário eassim chegarmos à felicidadeplena. Encerramos com a alegriae a certeza de que Jesus Res-suscitou, e que trilhamos o seucaminho: “porque Ele vive, esem temor nós cremos no ama-nhã, porque sabemos que o pre-sente e o futuro estão em suasmãos, pois Jesus está vivo!” Vol-tamos para nossas casas chei-os de confiança e iluminados/as pela verdade da Palavra deDeus, que nos fortalece e nosensina a viver do jeito de Jesus.

Éden Silvana DemariMembro da Comunidade do

Mont Serrat

GBF da Comunidade Nossa Senhora de Fátima e São Lucas, em Florianópolis

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Comunidades do Monte Serrat e do Alto da Caieira realizarama Via Sacra recordando a caminhada de Jesus Cristo

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Paróquia São Sebastião,em Tijucas

165 anos da Igreja Matriz, centro da comunidade que

cresce e se desenvolve no berço da cerâmica do EstadoA cidade, com cerca de 35 mil

habitantes, está localizada a 60km ao norte de Florianópolis. A ren-da do município está dividida en-tre o trabalho com cerâmica e seusderivados, e a agricultura, peque-nas indústrias (doces do Timbé),confecções, e comércio. É uma ci-dade de pequeno porte, com umpovo pacato, ordeiro e muito tra-balhador. Com o crescimento dapopulação, surgem também áre-as de pobreza. Pessoas de outrascidades catarinenses ou de outrosEstados buscam no municípiomelhores condições de vida.

No centro do município, a paró-quia de São Sebastião. Á frente dostrabalhos está o Pe. Elizandro

Scarsi, pároco, que conta com oapoio do Pe. Joselito Schmitt e

do Mons. Affonso Emmen-

doerfer, além de quatro diáconos

Inaugurada em 1969, Igreja Matriz é o centro da comunidade

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Conselho Federal de Medi-

cina, Democracia e AbortoPara surpresa de muitos –

inclusive da área médica - oConselho Federal de Medicina(CFM) emitiu um documentodefendendo a prática do abor-to, por quaisquer razões, até a12ª semana de gestação.

O mais surpreendente é queo aborto é defendido a partir deuma postura racional, com ar-gumentos e dados científicos,enquanto a posição contrária aoaborto é colocada como umaposição meramente religiosa. Ofato é que a partir da concep-ção temos um organismo hu-mano, com DNA humano, dife-rente daquele dos seus pais,pertencente à espécie homosapiens, com capacidade dedesenvolver-se, sem nenhumasolução de continuidade, emmuitos casos por mais de cemanos. Atribuir um critério diferen-te ao da formação deste DNApara definir quando este novoser passará a ser humano, édesconhecer a embriologia hu-mana e perigoso, pois torna-sesempre aleatório.

O princípio da autonomia damulher – importantíssimo euma grande conquista das últi-mas décadas– foi o principalargumento apresentado para adefesa do aborto. O problema épassar de uma autonomia a umautonomismo. O que está emjogo aqui não é estar de acordocom a liberdade de ninguém –toda pessoa de bom senso con-corda com a liberdade dos de-mais. Porém, é necessário en-tender que a liberdade tem li-mites, e não respeitar esses li-mites não é liberdade, mas vio-lência contra outro ser. Além dis-so, a autonomia do ser humanopresente no ventre da mãe, ain-da que não possa ser exercidapor ele mesmo, deve ser defen-dida – o Direito nasce para de-fender o débil e não o forte. Osdois valores em jogo – liberda-de da mãe e vida do filho – de-vem ser colocados na balançae deve-se respeitar aquele commaior peso: se a liberdade é umvalor que depende da vida, pa-rece claro que o respeito à vidadeste ser humano indefesodeve ser anteposto ao respeito

à liberdade da mulher.O CFM afirmou ter feito uma

ampla consulta à sociedade –algo que não se realiza simples-mente porque falamos com pou-cas pessoas de outros segmen-tos sociais. O fato de terem colo-cado no documento de trabalhoum texto contrário ao aborto –sendo que todo o demais erafavorável – e terem chamadoum sacerdote para falar ao pú-blico, não implica uma amplaconsulta àqueles que são con-trários ao aborto. Por que não foichamado ninguém do movimen-to “Brasil sem aborto”, entidadesupraconfessional que represen-ta a maioria dos segmentos so-ciais contrários ao aborto? Seráporque sua argumentação pode-ria deslocar a decisão para umaposição contrária ao aborto?

Sendo assim, podemos di-zer que foi um erro grave – nãosó do ponto de vista moral-reli-

“Foi um erro

grave – não só doponto de vista

moral-religioso,mas também do

ponto de vistaético-racional – a

postura tomadapelo CFM”.

gioso, mas também do ponto devista ético-racional – a posturatomada pelo CFM, desrespei-tando o próprio ser humano.Esperamos que o CFM, na seri-edade e competência que sem-pre o caracterizaram, possa vol-tar atrás e abrir de fato o diálo-go amplo com a sociedade, comos médicos que representa, etambém com os setores favo-ráveis e contrários ao aborto.Deste diálogo poderemos todossair mais maduros e com umadecisão que de fato representeo respeito à vida. Por sinal, osmédicos foram chamados a cui-dar da vida e não a suprimi-la.

Pe. Hélio Tadeu L. Oliveira

Mestre em Moral e Bioética, edoutorando em Bioética

A evangelização em Tijucas ini-ciou em 1830, quando SebastiãoCozas mandou construir umOratório dedicado a São Sebasti-ão. O povoamento foi crescendocom a afluência de agricultores epescadores vindos de Ganchos,São Miguel e Armação da Pieda-de, assim como do Alto Vale do RioTijucas. A 04 de maio de 1848,através da Lei Provincial nº 271,criou-se a freguesia e a Paróquiacom a denominação de São Sebas-tião da Foz do Rio Tijucas. Foi no-meado primeiro Pároco o Pe. João

Antônio de Carvalho, que assu-miu em 1852. Em 04 de abril de1859, a então Freguesia deTijucas foi elevada à categoria deVila (Município), com territóriodesmem-brado dos municípios deSão Miguel e Porto Belo. Dom JoãoBecker, primeiro Bispo de Floria-nópolis, realizou Visita Pastoral àparóquia no dia 17 de maio de1910, quando Pe. Ludovico

Coccolo era o pároco. Em 18 defevereiro de 1918, chegaram trêsIrmãs da Divina Providência, vindasde Florianópolis. Com grande so-lenidade foi inaugurada a nova Ca-

pela, em junho de 1921. Na épo-ca era pároco o Padre Dr. Jacob

Hudleston Slater, holandês, dou-torado em teologia, filosofia e me-dicina, que lançou em Tijucas o“Pequeno Catecismo da DoutrinaCristã”, o qual se espalhou por todoo Brasil alcançando, em 1966, a48a edição. Em 19 de março de1942 o Hospital “São José” foi inau-gurado e entregue às Irmãs da Di-vina Providência. Em 1956 foiconstruída a Maternidade “DonaChiquinha Gallotti”, que funcionajunto ao Hospital.

Em 1942, o novo Vigário, o jo-vem e dinâmico Padre Augusto

Zucco, que permaneceu emTijucas durante 45 anos, depois decelebrar pela primeira e última vezas cerimônias da Semana Santana velha Igreja Matriz da “Praça”,recebeu do Sr. Arcebispo a ordemde fechá-la ao culto, porque já nãooferecia a necessária segurançaaos fiéis. E assim, por vinte e seteanos (1942 a 1969), a Capela doColégio serviu de Matriz. Em 16 demarço de 1958 foi lançada a pe-dra fundamental da nova IgrejaMatriz, em cerimônia presidida

pelo mesmo Arcebispo, Dom Jo-

aquim Domingues de Olivei-

ra. A 13 de junho de 1960, dia docentenário da cidade, foi batida so-lenemente a primeira estaca daconstrução. A 30 de março de1969, a nova Matriz foi inaugura-da em cerimônia presidida porDom Wilson Laus Schmidt, Bis-po Emérito de Chapecó, na épocaresidindo em Florianópolis. A 17de fevereiro de 1969 deu-se inícioà construção da atual Casa Paro-quial, inaugurada a 02 de feverei-ro de 1970. No dia 25 de maio de1987, às 17h45m, faleceu Mons.Augusto Zucco, o benemérito Pá-roco. Em tudo o que existe na Pa-róquia estão as marcas do seu tinode administrador e os frutos de seuzelo apostólico. Depois de Mons.Zucco, assumiram a Paróquia: Pe.Pedro Luiz Azevedo (1987-1994),Pe. Reinaldo Schmitz (1995-1996), Pe. Davi Antônio Coelho,que restaurou a Igreja Matriz(1997-2005) , Pe. Gervásio Fuck(2006-2012) e atualmente os Pa-dres Elizandro Scarsi e JoselitoSchmitt e, como residente, Mons.Affonso Emmendoerfer.

12 Geral Maio 2013 Jornal da Arquidiocese

e um grande número de liderançasleigas. São 14 as comunidades,além de outras três em que há ce-

lebrações periódicas. Algumas nomeio rural, distantes até 25 km damatriz e em estrada de chão.

Uma história vivida tendo a Igreja como centro

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Realizado encontro de formaçãosobre Música e Canto LitúrgicoEncontro reuniu mais de 200 lideranças que atuam na

Música e Canto Litúrgico na Arquidiocese de FlorianópolisA Comissão Arquidiocesana de

Liturgia realizou no dia 14 de abril,das 8h às 17h30min, o EncontroArquidiocesano do Setor de Músi-ca e Canto Litúrgico. O evento, naParóquia São João Evangelista, emBiguaçu, reuniu mais de 200 par-ticipantes de todas as Comarcasda Arquidiocese. Esse foi o primei-ro encontro após a AssembleiaArquidiocesana de Pastoral. O pró-ximo será no dia 15 de setembro,em local a ser definido.

Durante o dia, os participantescontaram com formação teológicae oficinas práticas. Toda a forma-ção foi realizada pela equipe arqui-diocesana do Setor: coordenação -Najla Elisângela dos Santos;assessor- Ricardo Marques; secre-tário - Miguel Philippi; membros: LuizEduardo Silva e Murilo Guesser.

O encontro teve início às 8h30com a Oração das Laudes. Em se-guida, Pe. Tarcísio Pedro Vieira,Coordenador Geral da ComissãoArquidiocesana de Liturgia, proferiua conferência “Ordinário da Missa -Teologia, Liturgia e Espiritualidade”.Depois, houve ensaio de músicasdo repertório litúrgico referente aoOrdinário da missa.

À tarde, depois de uma pausapara o almoço, os participantes fo-ram divididos em quatro oficinastemáticas: Técnica Vocal, Ministériodo Salmista, Critérios para escolhado Repertório Litúrgico, e Uso dosInstrumentos Musicais na Liturgia.Todas as oficinas foram ministradaspelos membros da equipe do SetorMúsica e Canto Litúrgico. Cada par-ticipante recebeu textos com subsí-dios sobre cada tema.

O evento foi encerrado com acelebração Eucarística, às 16h. Ela

foi presidida pelo Pe. Tarcísio PedroVieira. Concluindo, ele falou daimportância da Música e do Cantona Liturgia e da missão dos minis-tros da música e do canto em nos-sas celebrações. “Cultivando amúsica e o canto litúrgico estamosanunciando o Evangelho e cumprin-do nossa missão de discípulos mis-sionários de Jesus Cristo”, disse.

Insistiu na distinção necessá-ria entre missa e show, entre artis-ta e ministro, entre cantar na mis-sa e cantar a missa, entre apresen-tar-se na missa e servir à liturgia,entre apenas executar uma funçãoe rezar com a música...

Para o Pe. Tarcísio, o encontroalcançou seus objetivos, desper-tando os ministros da Música edo Canto Litúrgico para o signifi-cado do seu ministério e para oquanto é importante para o músi-co o estudo sistemático e progres-sivo da liturgia, cultivando uma

13GeralJornal da Arquidiocese Maio 2013

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Comissão Arquidiocesana para o DiálogoEcumênico e Inter-Religioso - CADEIR

A CADEIR é uma Comissão daIgreja Católica para desenvolvera dimensão diocesana doEcumenismo e do Diálogo Inter-Religioso. Entre seus objetivosestá motivar a organização deComissões Ecumênicas nas Pa-róquias e incentivar os encontrospara estudos, celebrações, parti-lha de experiências e outras ini-ciativas que expressem a unida-de e a busca comum de um mun-do justo e fraterno.

Para que este sonho de Comis-sões Ecumênicas Paroquiais pas-se a existir, precisamos contar compessoas abertas de mente e co-ração. E é assim que entendemosquando a música nos diz “Demãos dadas, a caminho, porquejuntos somos mais, pra cantar onovo hino de unidade, amor epaz!”. Realmente, precisamos jun-tar nossas forças como seguido-res de Jesus Cristo, em prol de ummundo melhor. Se nós, Esta Co-missão não é composta de Irmãosde outras Igrejas ou Religiões. Noentanto, ela tem como missãoprincipal lembrar, a todo Católico,que o outro é nosso irmão. E comoirmão deve ser amado, acolhido,mesmo que diferente.

Nesse sentido, temos muitoque crescer ainda. Tanto nós,Católicos, como os participantesde outras Igrejas e Religiões, pre-cisamos aprender a convivercomo irmãos e irmãs.

A CADEIR se reúne de dois emdois meses numa quarta feira às19h30 em Florianópolis, quasesempre na casa de um dos mem-bros da Comissão. A Comissãotem como coordenador o PadreAlceoni Berkenbrock, párocoda Paróquia dos Sagrados Cora-

ções de Barreiros. Como o nomediz, é uma Comissão de pessoas.O Coordenador colabora com aComissão na condução dos tra-balhos, mas é auxiliado e asses-sorado por pessoas de boa vonta-de, que se dispõem a ajudar nacaminhada ecumênica.

Formação nas ComarcasNeste ano de 2013, a Comis-

são está se dispondo a ir às oitocomarcas de pastoral da Arquidio-cese, para promover conversas eestudos sobre a CADEIR, incluin-do toda a caminhada Ecumênica.Seguem as datas que a Comissãosugere como formação: Comarcada Ilha - 04/05, 14h, Igreja daSantíssima Trindade; Comarca deBiguaçu - 04/06, 19h30, Sagra-dos Corações, Barreiros, São José;Comarca de Santo Amaro - 15/06, 08h30, Santo Amaro; Comar-ca de São José - 15/06, 14h,Palhoça; Comarca de Tijucas -20/06, 19h30, Tijucas; Comarcade Itajaí - 21/06, 19h30, SãoJoão; Comarca de Brusque: 02/07, 19h30, Santa Teresinha; Co-marca do Estreito - 22/07,19h30, Santuário de Fátima.

Semana de OraçãoEntre os dias 12 e 19 de maio

acontecerá a Semana de Oraçãopela Unidade dos Cristãos. Nes-te ano tem como tema “O queDeus exige de nós?” Este tema éinspirado em Miquéias 6,6-8.

A CADEIR está aberta parasugestões, colaborações e novosmembros, para esta Comissãotão importante na Igreja. Maisinformações com Padre

Alceoni pelo fone 48 32461249ou 8828-7608 ou ainda pelo e-mail [email protected].

Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Líderes das Igrejas Cristãs que fomentam o Ecumenismo participamdas celebrações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

sólida espiritualidade eucarística.Segundo Najla, Coordenadora

do Setor de Música e Canto Litúrgico,é a primeira vez que realizam umencontro nesses moldes. “A nossaintenção é manter a estrutura ado-tada - conferência, ensaio de reper-tório litúrgico e oficinas - pelo menosduas vezes por ano. Já está disponí-vel o endereço eletrônico do setor([email protected])para facilitar a comunicação dos mi-nistros/grupos de música e cantolitúrgico com a Comissão Arquidio-cesana de Liturgia”, afirmou.

Regina da Conceição, queparticipa de equipes de animaçãolitúrgica há mais de 20 anos e épresença marcante nos encontrosde formação nessa área, disse queo encontro foi muito rico e proveito-so: “Pudemos aprender muita coi-sa. Recebemos ótimas indicaçõespara melhor atuar na animaçãolitúrgica da celebração eucarística”.

Celebração Eucarística concluiu a formação, que feito atendendo aoque foi aprovado na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral

Arquivo/JA

A Pastoral Vocacional promo-veu no dia 13 de abril um encon-tro de formação para liderançasda região sul da Arquidiocese.Realizado na Paróquia Bom Jesusde Nazaré, em Palhoça, o eventoreuniu 40 agentes das equipesvocacionais das paróquias.

Durante o encontro, realizadodas 13h às 17h, os participantesreceberam formação sobre o Dia

Pastoral Vocacional forma agentesMundial das Vocações (21/04):seus 50 anos de história, a men-sagem do papa para esse dia esugestões de atividades a seremrealizadas nas paróquias.

Também foi falado sobre o tra-balho das equipes vocacionaisparoquiais e sobre os Grupos deOrientação Vocacionais João Pau-lo II e Madre Teresa de Calcutá.Também sobre como organizar as

equipes paroquiais vocacionais, oque são, finalidade, e motivaçãopara participar.

Esse foi o primeiro encontro doano. No dia 14 de setembro serárealizado um novo encontro. Des-sa vez, voltado à região norte daArquidiocese. O encontro será re-alizado em São João Batista, nomesmo horário e com programa-ção semelhante.

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14 Geral Maio 2013 Jornal da Arquidiocese

CompletudeEu não sou completo; então,

quanto tu me completas, nós nostornamos um.

ConhecimentoO mais difícil não é conhecer o

outro; talvez o mais difícil seja eume conhecer e me deixar conhe-cer. Quando, no casamento, umcônjuge diz ao outro: “Eu me co-nheço e tu me conheces, entãoeu sou tu”, este casamento uniunão só dois numa só carne, mastambém num só espírito!

Céu“Pai nosso que estais no céu”:

o céu é a morada do Pai. E onde éo céu? Em mim, em ti! Sou, por-tanto, templo, casa de Deus. Elenão se contenta em viver na va-randa, mas em mim, em meu co-ração. E eu, vivo nEle?

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EstabilizadoresOs grandes navios têm poten-

tes estabilizadores. Atravessan-do mares tempestuosos, poucose percebe do balanço forte dasondas. Para nós nos estabilizar-mos, é sempre a mesma coisa:é sempre o Senhor que tudo tran-quiliza!

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Tu, que passas por tantas do-res na gestação e no parto; tu, quetens a força de alma; tu, que teentregas tão amorosa e tão total-mente aos filhos vindos de tuasentranhas; tu, que dás a vida e da

Mãetua vida fazes uma perfeitaoferenda, sê bendita! Que Deus teabençoe e a gratidão dos homenste acompanhe, boa pastora dasovelhas que o Pai confiou aos teuscuidados!

Da forma como está, a Defensoria Pú-

blica trará poucos resultados à socie-

dade. São muito poucos defensores”.

No mês de abril foramempossados 45 dos 60 defenso-res públicos aprovados em con-curso públicos. Isso significa a ins-tituição da Defensoria Pública emSanta Catarina, o último Estadodo Brasil a ter esse serviço. É oresultado de uma luta que duradesde 2006 e que teve a Igrejacomo maior incentivadora.

A Constituição de 1988 já con-siderava a Defensoria Pública“como essencial à função jurisdi-cional do Estado”, mas não obriga-va a sua existência. Como a Cam-panha da Fraternidade de 2009refletia sobre Fraternidade e Segu-rança Pública, a Igreja na CNBB –Regional Sul IV (SC) se engajou noprocesso encampado pelaUNOCHAPECÓ. A vitória veio há umano, quando o STF julgou incons-titucional o sistema de defensoriadativa utilizado no Estado.

Dom Manoel João Francisco,bispo de Chapecó, participou detodo o processo e foi um dos gran-des incentivadores. Em entrevis-ta, ele fala sobre como se inicioua luta, sobre a participação da Igre-ja, os benefícios da DefensoriaPública e os avanços que ela sig-nificará no direito à justiça.

Jornal da Arquidiocese - Oprocesso de criação daDefensoria Pública em SantaCatarina teve início há seteanos. Como começou?

Dom Manoel - O Movimentopela criação da Defensoria Públicaorganizou-se a partir de 2006, poriniciativa do Centro de Ciências So-ciais e Jurídicas da UNOCHAPECÓ,integrado pelos cursos de Direito,

Defensoria PúblicaDepois de sete anos de luta,

serviço é implantado no EstadoEconomia e Serviço Social. Logo emseguida as discussões foramaprofundadas em nível estadual.No curso de Direito havia um Proje-to de Extensão Comunitária Jurídi-ca que permitiu a mobilização einteração dos estudantes (comuni-dade acadêmica) com a sociedadee demais instituições de ensino.

JA - Qual a participação daIgreja nesta conquista?

Dom Manoel - Por oportuni-dade da Campanha da Fraternida-de de 2009, sobre Fraternidade eSegurança Pública, a professoraMaria Aparecida Caovilla, coorde-nadora do Curso de Direito daUNOCHAPECÓ, me procurou, soli-citando o engajamento da Igreja noMovimento. Levei a proposta parao Conselho Regional de Pastoral.Assumimos, a partir de então, en-quanto Igreja Católica, a luta pelaimplantação da Defensoria Públi-ca em nosso Estado, liderando umabaixo assinado. Além disso, mo-bilizamos nossos fiéis para a parti-cipação em diversas audiênciaspúblicas. Em vários encontros comas lideranças das pastorais o temafoi refletido. Diante da negativa porparte do Governo de acolher a pro-posta de um Projeto de Lei de inici-ativa popular, foi encaminhadauma medida judicial (ADIN) que re-sultou no julgamento positivo peloSTF, declarando inconstitucional aDefensoria Dativa e obrigando acriação da Defensoria Pública nosmoldes previstos na ConstituiçãoFederal de 1988.

JA - No início de abril foramempossados 45 defensores

públicos para todo o Estado.Esse número é suficiente?

Dom Manoel - A intenção doMovimento pela Criação daDefensoria Pública era de, no mí-nimo, 300 defensores públicos,para atender as necessidades so-ciais. Assim como está sendo en-caminhada, não atenderá às de-mandas e tudo indica que o Esta-do, com esta medida, pretendedesacreditar toda a luta que se fez.

JA - Santa Catarina foi oúnico Estado que não possuíaDefensoria Pública. Que bene-fício este novo sistema trará?

Dom Manoel - Da formacomo foi implantada trará poucosbenefícios. Se fosse nos moldesprevistos pela Constituição de1988 e de acordo com a propostado Movimento, com certeza, have-ria de proporcionar muitos benefí-cios, entre eles, a defesa dos direi-tos e também o conhecimento dos

deveres de todos os cidadãos denosso Estado, especialmente dosmenos favorecidos. Mesmo assim,algo poderá ser feito. O Movimen-to pretende não baixar a guarda.Vamos continuar lutando pela ple-na efetivação deste direito con-quistado em parte.

JA - Antes tínhamos ape-nas a Defensoria Dativa. Oque muda agora?

Dom Manoel - A DefensoriaDativa fazia a defesa apenas judi-cial e de pessoas físicas. A Defen-soria Pública não se limita ao judi-ciário. É, portanto, preventiva.Além disso, pode defender causascoletivas. A Defensoria Dativadava acesso ao judiciário, enquan-to a Defensoria Pública dá acessoà justiça.

JA - Como o Senhor vê aquestão do sistema judiciá-rio no Estado?

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Dom Manoel luta pela criação da Defensoria Pública no Estado desde 2009.Apesar das deficiências, considera a criação um avanço no direito à justiça

Dom Manoel - O sistema judi-ciário está com muitas dificuldades,iniciando pela questão carcerária.São muitos os processos judiciaispara serem analisados, principal-mente após os ataques das facçõescriminosas. Para Santa Catarina teruma Defensoria Pública que aten-da com dignidade às pessoas, te-mos necessidade de 509 Defenso-res Públicos. Estamos longe disso:iniciamos com menos de 10%. Pas-samos quase 25 anos semDefensoria Pública no Estado. Ago-ra precisamos avançar, para darcondições de eficiência para aDefensoria Pública que acaba denascer com enormes dificuldades.É evidente que são insuficientes 45Defensores para o Estado inteiro.Se os 157 que foram aprovados noconcurso publico assumissem nospróximos meses, talvez pudésse-mos dizer que teríamos iniciadomais ou menos bem. No entanto,não é o que está previsto.

JA - A criação da Defen-soria Pública significa umavanço no direito à justiça?

Dom Manoel - Apesar da lon-ga demora para que acontecesse,não resta dúvida que a criação daDefensoria Pública foi uma grandeconquista da sociedade catari-nense. Estamos atrasados em 25anos. A Constituição Federal foipromulgada em 1988 e previu acriação da Defensoria Pública“como essencial à função juris-dicional do Estado”. Agora precisa-remos continuar lutando para exi-gir do poder público que dê condi-ções de eficiência para a institui-ção. As pessoas que mais precisamdo acesso à justiça não podemcontinuar à margem, precisam deuma instituição forte, atuante eque cumpra com o seu papel deatender aos cidadãos e às cidadãsem suas necessidades no que serefere à justiça e ao direito.

O pequeno saco plástico na calçada, molhado pelachuva da noite, ficou colado ao piso e permanece imó-vel. O amanhecer trouxe o sol; ele logo estará seco. E ovento o levará pra lá e pra cá, como barata tonta.

Assim acontece comigo quando per-co a graça. De Deus!Graça 2

Sê tu, Senhor, a água viva queme inunda; sê tu, Senhor, o sol queme abrasa - tu nunca me secas! -

Graça

Graça 3sê teu Espírito Santo o vento queme leva para onde queres. Souteu, Senhor!

VisitaO amor nunca invade, sempre

visita!

LembrançaLembremo-nos de esquecer as

coisas ruins, mas não nos esque-çamos de lembrar as coisas boas.

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Jornal da Arquidiocese Maio 2013

15Geral

No dia 12-04, com a audiênciaconcedida pelo Santo Padre Fran-cisco aos 20 membros da PontifíciaComissão Bíblica, encerrou-se aparticipação do Pe. Ney Brasil Pe-reira nesse organismo da Santa Sé,para o qual ele foi nomeado em2001, pelo papa João Paulo II. Anomeação vale por um período de5 anos, durante o qual a Comissãose reúne uma vez por ano e debateum tema, proposto pela Congrega-ção da Doutrina da Fé.

A nomeação pode ser confir-mada para um segundo períodode 5 anos, o que aconteceu comPe. Ney, confirmado na Comissãopor Bento XVI, em 2008. O temado primeiro turno, 2002-2007,foi “Bíblia e Moral”, que resul-tou num documento com essetítulo, publicado em 2008 (aquino Brasil, por Ed. Paulinas, 2009,em tradução do original italianopelo Pe. Ney).

Para este segundo turno(2009-2013), o tema foi “Inspi-

ração e Verdade da Bíblia”,tema pedido pelo Sínodo dos Bis-pos sobre a Palavra de Deus, em2008, e mencionado na Exorta-ção Apostólica Verbum Domini, deBento XVI em 2010. Os trabalhosda Comissão resultaram numnovo documento com esse título,o qual, porém, deve ainda seraprovado pela Congregação daDoutrina da Fé, para, então, sertraduzido e publicado.

HISTÓRIAA Pontifícia Comissão Bíblica é

um organismo criado em 1903pelo Papa Leão XIII, como umaComissão de Cardeais, natural-mente assessorados por peritosem exegese bíblica. Após oVaticano II, a Comissão foireformulada por Paulo VI, em1971, transformando-se em órgãoconsultivo da Congregação da Dou-

Pe. Ney conclui participação na Comissão Bíblica

trina da Fé, e sendo constituída nãomais por Cardeais, mas por 20exegetas de vários países, nome-ados diretamente pelo Papa.

Da Comissão agora cessantefaziam parte 3 italianos, 2 france-ses, 2 alemães, 2 americanos, 2espanhois, 1 mexicano, 1 argen-tino, 1 brasileiro (Pe. Ney), 1nigeriano, 1 indiano, 1 coreano, 1polaco, 1 irlandês, e 1 maltês.

A audiência, concedida na“Sala dos Papas”, no Palácio Apos-tólico do Vaticano, começou comuma saudação ao Santo Padrepelo Arcebispo Gerhard Müller,atual Prefeito da Congregaçãopara a Doutrina da Fé. Ele referiu-se à maneira como a Comissãoabordou o tema proposto, “Inspi-ração e Verdade da Bíblia”, semdeixar de enfrentar alguns dosmais prementes desafios que en-contra a leitura bíblica. Assim, aquestão da verdade histórica e,também, a da violência de certostextos.

ESCRITURA E TRADIÇÃOO discurso do Papa Francis-

co, breve, como aliás têm sidoassim as suas alocuções, insistiu

na unidade entre a Escritura e aTradição. Disse, textualmente:“Exatamente porque o horizonteda Palavra Divina se estende paraalém da Escritura, é necessária,para compreendê-la adequada-mente, a constante presença doEspírito Santo, que guia à “plenaVerdade” (cf Jo 16,13).

É preciso colocar-se na corren-te da grande Tradição que, sob aassistência do Espírito Santo e aorientação do Magistério, reco-nheceu os escritos canônicoscomo Palavra dirigida por Deus aoseu povo, e jamais cessou demeditá-los e de neles descobrirsuas inexauríveis riquezas”.

Sua palavra final, diretamenteaos membros da Comissão, refe-riu-se a Nossa Senhora: Ela, “mo-delo de docilidade e obediência àPalavra de Deus, vos ensine a aco-lher plenamente a riqueza inexau-rível da Sagrada Escritura, não sóatravés da pesquisa intelectual,mas na oração e em toda a vossavida de crentes, sobretudo nesteAno da Fé. Assim, o vosso trabalhoverdadeiramente contribuirá a fa-zer brilhar a luz da Sagrada Escritu-ra no coração dos fiéis”.

Na semana posterior ao Dia doÍndio, a comunidade Guarani doMorro dos Cavalos celebrou a Se-mana da Cultura Indígena. Foi umperíodo especial em que toda a co-munidade se preparou para receberos visitantes. Uma semana para ce-lebrar, mas o que daria maior moti-vo para comemorações ainda nãofoi alcançado: a homologação dademarcação da terra indígena.

A luta pelo reconhecimento daárea como sendo indígena é longa.Em 1972 a FUNAI constitui um Gru-po de Trabalho para identificação edelimitação da Terra Indígena doMorro dos Cavalos. O relatório sófoi concluído em 2000. Depois demuitas idas e vindas, o estudo foiconcluído, aprovado pela FUNAI epublicado no Diário Oficial da União.Aí começou parte do problema.

A demilimitação da terra indíge-na foi feita de forma a impactar omenos possível a comunidade lo-cal. Os próprios índios guarani qui-seram assim. “Definimos uma áreamenor para evitar conflitos com acomunidade local e porquemuitas dessas áreas não maispermitiam o uso, segundo osnossos costumes e tradições”,disse Eunice Antunes,cacica de Morro dos Cavalos.

Segundo ela, no total, 82casas serão indenizadas. Elasestão localizadas em Maci-ambu Pequeno, Araçatuba epróximas à BR-101. A grandemaioria está consciente eaceita a indenização. Muitasdessas casas já são irregula-res, pois foram construídasdentro da área do Parque Flo-restal da Serra do Tabuleiro.Ainda assim, o governo vai in-denizar as benfeitorias reali-zadas na terra.

A área demarcada compõe1988 hectares. Parece muito,mas para manter a cultura indíge-na guarani é o mínimo. É dessaterra que eles tirarão o seu sus-tento, impactando o menos pos-sível a natureza.

A Igreja acompanha a situaçãoatravés do Conselho IndigenistaMissionário – CIMI, órgão ligado àCNBB. A entidade tem a função deser presença solidária, conhecen-do, convivendo e percebendo a re-alidade. Também ajudando no co-nhecimento do direito e se mani-festando na defesa do direito. “Mastudo isso apenas quando deman-dado por eles”, disse ClovisBrighenti, que com sua esposa,Marina, acompanham a questãoindígena guarani na Arquidiocese.

Em 2002, quando a Campanhada Fraternidade teve como tema“Fraternidade e Povos Indígenas”, elema “Por uma terra sem males”, aquestão ganhou maior repercussão.Mas o resultado final continuou coma mesma morosidade da justiça.

Em 12 anos de estudos, foram elaborados dois documentos, um já publicado em livro e outro em revisão

Guaranis ainda lutam por de-marcação de terra indígena

Pe. Ney, como membro da Pontifícia Comissão Bíblica, teve a oportunidadede saudar pessoalmente o Papa Francisco, na audiência por ele concedida

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Eunice é a líder indígena Guarani.“Tudo está sendo feito para impactaro menos possível a população local”

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2013

Dom Tito: vida dedicada genero-samente à diocese de Rio do Sul

16 Geral Maio 2013 Jornal da Arquidiocese

Canção Nova inicia missão em Florianópolis

Uma tarde de apresentação,realizada no dia 27 de abril, naParóquia Santa Teresinha do Me-nino Jesus, Prainha, marcou o iní-cio da missão da ComunidadeCanção Nova em Florianópolis. Oevento contou com a participaçãodos quatros membros da comuni-dade, que apresentaram o propó-sito da missão.

O objetivo da equipe é montaruma transmissora local da CançãoNova e fazer a criação de progra-mas locais para a o Canal 23 UHF,em TV aberta, que a emissora man-tém aqui. A legislação determinaque toda emissora aberta tenhaum mínimo de uma hora e dozeminutos de programação local, sobpena de perder esse espaço.

A intenção é desenvolver pro-gramas de notícias, entrevistas eentretenimento ao vivo e gravado.São programas que serão reprisa-dos em outros horários. Para a rea-lização desses serviços, serão con-tratados profissionais locais: cine-grafistas, iluminadores e repórteres.

Por enquanto há apenas umespaço locado onde funcionará asede da TV, na rua Lauro Linhares,1080, Trindade, em Florianópolis.Como são necessários equipa-mentos especiais para a transmis-são e eles são importados, a ex-pectativa é que estejam aqui em

quatro meses. Daí será necessá-rio a estruturação. “Espera-se es-tar operando em novembro desteano”, disse Deivid Augusto

Cara, responsável pela missão.Ele, sua esposa, Marinélia Vieira

Cara, e o filho de três anos, já estãoaqui desde o dia 25 de fevereiro.Dias depois mais duas jovens sejuntaram ao trabalho, MarianaLazarin e Vânia Regina Oliveira, emais uma está prevista para os pró-ximos dias, Viviane Elói. Todos comexperiência em comunicação.

Não faz parte da missão, masa equipe também está disponívelpara assessorar equipes de ora-

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Equipe vem para criar programação local em retransmissora e atender o que determina a Legislação

ção e eventos da Arquidiocese.“Estamos disponíveis para podersomar e evangelizar juntos com aIgreja local o que for dentro donosso carisma”, acrescentou.

Ainda não está no ar, mas embreve estará operando a missãolocal nas mídias sociais: www.

facebook/floripacn; Twitter -@floripacn, e o blog http://blog.

cancaonova.com/florianopolis.Por enquanto os espaços foramapenas reservados. Quando estive-rem equipados, essas mídias soci-ais passarão a ser utilizadas.

Mais informações pelo e-mail:[email protected].

Os quatro jovens apresentam para um seleto público os objetivos daabertura da 20ª casa de missão da Canção Nova

A cada ano, no domingo da As-censão do Senhor, se celebra o DiaMundial das Comunicações Sociais.Neste ano, a data será celebradano dia 12 de maio. A Pastoral daComunicação realizará uma cele-bração especial na manhã dessedia, às 9h, na Catedral, em que to-dos os comunicadores são convi-dados a participar.

Neste ano, o tema escolhido é“Redes sociais: portais de ver-

dade e de fé; novos espaçosde evangelização”. O documen-to, redigido pelo Papa Bento XVI edivulgado em 29 de setembro de2012, destaca que um dos desafi-os mais significativos da evangeli-zação nos tempos atuais é aqueleque emerge dos meios digitais.

Ele também enfatiza que, naverdade, não se trata mais decomo utilizar a internet como um“meio” de evangelização, “mas de

evangelizar considerando que avida do homem de hoje se expri-me também no ambiente digital”.

“Os elementos de reflexão sãonumerosos e importantes: em umtempo no qual a tecnologia tendea tornar-se o tecido que conectamuitas experiências humanas -como as relações e o conhecimen-to - é necessário questionar-se: -ela pode ajudar os homens a en-contrar Cristo pela fé?”.

Dia Mundial das Comunicações Sociais

É com pesar que comunica-mos o falecimento do BispoEmérito de Rio do Sul, Dom TitoBuss, acontecido às 22h do dia30 de abril de 2013, no HospitalRegional de Rio do Sul, após fa-lência múltipla dos órgãos, com87 anos de idade. O corpo foi ve-lado na Catedral São João Batistaem Rio do Sul e a Missa de Corpopresente realizada no mesmo dia.Em seguida, houve o sepultamen-to na Cripta da Catedral.

Natural de São Ludgero/SC,Dom Tito nasceu em 01 de se-tembro de 1925, foi ordenadopadre em 08 de dezembro de1951. Eleito bispo de Rio do Sulem 12 de março de 1969, foi oprimeiro bispo da nova diocese.Recebeu a ordenação episcopalno dia 3 de agosto de 1969, dasmãos de Dom Afonso Niehues,sendo concelebrantes DomGregório Warmeling e Dom Wil-son Laus Schmidt.

Renunciou em 30 de agosto

Falece Dom Tito Buss

Pastoral da Pessoa Idosa no

Conselho Municipal da SaúdeNo dia 12 de abril, a Pastoral

da Pessoa Idosa (PPI) da Arquidio-cese foi eleita para ocupar uma dassete vagas para representantes deEntidades Populares no Conse-

lho Municipal de Saúde de

Florianópolis. Essa fazia parte deuma das metas da PPI.

A entidade foi inscrita, comoconcorrente, pela Coordenado-ra Arquidiocesana, Carmen

Souto, e recebeu apoio de ou-tros voluntários da PPI, e de enti-

dades populares. A Pastoral serárepresentada no Conselho Mu-nicipal de Saúde por Leonilda

Delurdes Gonçalves, dedi-cada voluntária dessa Pastoralhá muitos anos.

“Com esta conquista, a Pas-toral se instrumentaliza para me-lhor alcançar seus objetivos:acompanhar idosos fragilizados,aproximando-os das políticaspúblicas a que têm direito”, dis-se Carmen.

Bispo emérito de Rio do Sul falece aos 87 anos

de 2000, depois de completar 75anos de idade. Permaneceu tra-balhando na diocese como bis-po emérito, atendendo pessoal-mente a todas as pessoas que oprocuravam para atendimentopsicológico. Mais que condolên-cias, nossas congratulações àDiocese de Rio do Sul a quem nosunimos na ação de graças a Deuspor tão bela vida!

Divulgação/JA