Jornal da SBD - Nº 4 Julho / Agosto 2010

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Jornal da SBD Ano XIV n. 4 1 Diretoria 2009-2010 Presidente - Omar Lupi - RJ Vice-presidente - Bogdana Victória Kadunc - SP Secretária-geral - Maria de Lourdes Viegas - RJ Tesoureira - Maria Fernanda Gavazzoni - RJ 1 a secretária - Célia Luiza P . Vitello Kalil - RS 2 o secretário - Emerson de Andrade Lima - PE Jornal da SBD Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, dirigida a seus associados e órgãos de imprensa. Publicação bimestral - Ano XIV - n. 4 - julho-agosto - 2010 Coordenador médico - Paulo R. Cunha Conselho editorial - Omar Lupi, Bogdana Victória Kadunc, Maria Fernanda Gavazzoni, Célia Kalil e Emerson de Andrade Lima Jornalista responsável - Erika Drumond - Reg. MT nº 31.383 Redação - Erika Drumond e Victor Gimenes Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza Estagiário de editoração eletrônica - Maurício Pacheco Versão Online - Samuel Peixoto Contato publicitário - Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/17 o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: [email protected] Assinatura anual: R$ 120,00 Número avulso: R$ 20,00 Tiragem: 7.000 exemplares Impressão: Sol Gráfica Perto de completar 100 anos, SBD lança seu primeiro livro oficial sobre conduta e tratamentos rotineiros das principais doenças dermatológicas Sociedade Brasileira de Dermatologia Afiliada à Associação Médica Brasileira www.sbd.org.br Editorial Sumário Nossa matéria de capa merecidamente se refere ao livro Rotinas de diagnóstico e tratamento da SBD. É com grande satisfação que anunciamos o lançamento dessa obra de inquestionável valor científico que será importante instru- mento para o aprimoramento profissional dos nossos espe- cialistas. Nos 98 anos de nossa entidade, a publicação vem coroar os inúmeros projetos relevantes concretizados pela atual diretoria, presidida por Omar Lupi. Escrita por cerca de 100 autores brasileiros, a obra contempla, de forma atua- lizada, as três principais vertentes da dermatologia: a clínica, a cirúrgica e a cosmiá- trica. Como um dos editores, ao lado de Omar Lupi e Josemir Belo, estou certo de que Rotinas ocupará a mesa dos consultórios dos dermatologistas, dos Serviços de Dermatologia Credenciados da SBD, assim como bancadas de várias bibliotecas médicas na busca de orientações e auxílio na prática cotidiana. Chamo atenção para os preparativos do 1 st Summer Meeting of Dermatology – Brazil 2010, que dará mais visibilidade aos estudos, aos conhecimentos e às pesqui- sas desenvolvidas no país, ampliando e fortalecendo nossas relações com as socie- dades estrangeiras e preenchendo os anseios de aprendizado de todos os partici- pantes. Nessa matéria, três dos convidados internacionais, sendo dois dos Estados Unidos e um da Europa, compartilham suas expectativas de participar desse even- to e de desfrutar a belíssima Salvador. Na coluna De Olho no Mundo, nosso jornal entrevista o Professor Uladzimir P . Adaskevich, da Bielorrússia, profissional com destaque mundial, palestrante do Summer Meeting com o tema “Clinical Forms of Erythroderma”. Esse professor apresentará sua experiência no assunto com casuística que ultrapassa duas centenas de doentes. Leia também a respeito da tradução e da revisão científica da segunda edição do livro Dermatologia (editado por Jean Bolognia e colaboradores), coordenada pela competente Célia Kalil. Mais de 50 profissionais estiveram envolvidos na verificação da tradução desse guia atual e de importante implicação médica. As 23 regionais da SBD receberão um exemplar da obra que dispensa comentários. Parabéns a Célia Kalil pelo magnífico trabalho. Conselhos de medicina de todo o país e associados da SBD manifestam seu contentamento pela certificação da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele como a maior do mundo pelo Guinness World Book. Parabenizamos os idea- lizadores do evento e todos que cooperaram para essa vitória. Aproveito para lhes desejar um proveitoso Congresso Brasileiro de Dermatologia. No próximo número faremos uma reportagem sobre esse encon- tro, que certamente será nosso maior de todos os tempos. Boa leitura e até a próxima edição! 18 02 Palavra do Presidente 03 Notas 05 Ombudsman 06 De Olho no Mundo 08 1 st Summer Meeting of Dermatology 12 Regionais ganham livros e impressoras 14 Projeto Residentes 16 Ética em Pauta 22 DermAção 25 Novo público 28 Fator de impacto dos ABD 30 Cosmiatria com ética 33 Ações da SBD no mês da psoríase 36 SBD 100 anos 38 Dermatoses Ocupacionais 41 Grandes Mulheres da Humanidade 42 Departamentos 43 Regionais 44 Serviços credenciados Matéria de capa Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD Prof. Dr. Paulo R. Cunha

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 1

Diretoria 2009-2010

Presidente - Omar Lupi - RJ

Vice-presidente - Bogdana Victória Kadunc - SP

Secretária-geral - Maria de Lourdes Viegas - RJ

Tesoureira - Maria Fernanda Gavazzoni - RJ

1a secretária - Célia Luiza P. Vitello Kalil - RS

2o secretário - Emerson de Andrade Lima - PE

Jornal da SBDEsta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia,

dirigida a seus associados e órgãos de imprensa.

Publicação bimestral - Ano XIV - n. 4 - julho-agosto - 2010

Coordenador médico - Paulo R. Cunha

Conselho editorial - Omar Lupi, Bogdana Victória Kadunc,

Maria Fernanda Gavazzoni, Célia Kalil e Emerson de

Andrade Lima

Jornalista responsável - Erika Drumond - Reg. MT nº 31.383

Redação - Erika Drumond e Victor Gimenes

Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza

Estagiário de editoração eletrônica - Maurício Pacheco

Versão Online - Samuel Peixoto

Contato publicitário - Priscila Rudge Simões

A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de

Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou

serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade

única e exclusiva dos anunciantes.

As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Correspondência para a redação do Jornal da SBD

Av. Rio Branco, 39/17o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ

CEP: 20090-003

E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 120,00Número avulso: R$ 20,00Tiragem: 7.000 exemplaresImpressão: Sol Gráfica

Perto de completar 100 anos, SBD lança seuprimeiro livro oficial sobre conduta e tratamentos

rotineiros das principais doenças dermatológicas

Sociedade Brasileira de DermatologiaAfiliada à Associação Médica Brasileirawww.sbd.org.br

Editorial

Sumário

Nossa matéria de capa merecidamente se refere ao livroRotinas de diagnóstico e tratamento da SBD. É com grandesatisfação que anunciamos o lançamento dessa obra deinquestionável valor científico que será importante instru-mento para o aprimoramento profissional dos nossos espe-cialistas. Nos 98 anos de nossa entidade, a publicação vemcoroar os inúmeros projetos relevantes concretizados pelaatual diretoria, presidida por Omar Lupi. Escrita por cercade 100 autores brasileiros, a obra contempla, de forma atua-lizada, as três principais vertentes da dermatologia: a clínica, a cirúrgica e a cosmiá-trica. Como um dos editores, ao lado de Omar Lupi e Josemir Belo, estou certo deque Rotinas ocupará a mesa dos consultórios dos dermatologistas, dos Serviços deDermatologia Credenciados da SBD, assim como bancadas de várias bibliotecasmédicas na busca de orientações e auxílio na prática cotidiana.

Chamo atenção para os preparativos do 1st Summer Meeting of Dermatology –Brazil 2010, que dará mais visibilidade aos estudos, aos conhecimentos e às pesqui-sas desenvolvidas no país, ampliando e fortalecendo nossas relações com as socie-dades estrangeiras e preenchendo os anseios de aprendizado de todos os partici-pantes. Nessa matéria, três dos convidados internacionais, sendo dois dos EstadosUnidos e um da Europa, compartilham suas expectativas de participar desse even-to e de desfrutar a belíssima Salvador.

Na coluna De Olho no Mundo, nosso jornal entrevista o Professor Uladzimir P.Adaskevich, da Bielorrússia, profissional com destaque mundial, palestrante do SummerMeeting com o tema “Clinical Forms of Erythroderma”. Esse professor apresentará suaexperiência no assunto com casuística que ultrapassa duas centenas de doentes.

Leia também a respeito da tradução e da revisão científica da segunda edição dolivro Dermatologia (editado por Jean Bolognia e colaboradores), coordenada pelacompetente Célia Kalil. Mais de 50 profissionais estiveram envolvidos na verificaçãoda tradução desse guia atual e de importante implicação médica. As 23 regionais daSBD receberão um exemplar da obra que dispensa comentários. Parabéns a CéliaKalil pelo magnífico trabalho.

Conselhos de medicina de todo o país e associados da SBD manifestam seucontentamento pela certificação da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncerda Pele como a maior do mundo pelo Guinness World Book. Parabenizamos os idea-lizadores do evento e todos que cooperaram para essa vitória.

Aproveito para lhes desejar um proveitoso Congresso Brasileiro deDermatologia. No próximo número faremos uma reportagem sobre esse encon-tro, que certamente será nosso maior de todos os tempos.

Boa leitura e até a próxima edição!

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02 � Palavra do Presidente03 � Notas05 � Ombudsman06 � De Olho no Mundo08 � 1st Summer Meeting of Dermatology12 � Regionais ganham livros e impressoras14 � Projeto Residentes16 � Ética em Pauta22 � DermAção25 � Novo público28 � Fator de impacto dos ABD30 � Cosmiatria com ética33 � Ações da SBD no mês da psoríase36 � SBD 100 anos38 � Dermatoses Ocupacionais41 � Grandes Mulheres da Humanidade42 � Departamentos43 � Regionais44 � Serviços credenciados

Matéria de capa

Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD

Prof. Dr. Paulo R. Cunha

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Dizem que os seres humanos têm um coração, doispulmões e dois rins. E quanto ao cérebro? Bem, nós somoso nosso cérebro! Da mesma forma, durante todas a nossavida nós escrevemos cartas, discursos e artigos, mas nada secompara a escrever um livro.Vejo meus filhos, ainda peque-nos, começando a ler os seus primeiros e percebo que, como formato que tenham, impressos ou e-books, os livros têmo poder de nos libertar e nos redimir. Com eles, aprende-mos com o passado e ajudamos a forjar o futuro. Se umlivro nos deu nosso salvador e redimiu a humanidade, outroajudou a gerar a nossa maior vergonha: Mein Kampf (Minhaluta), de Adolf Hitler ; um livro nos libertou de nossa origemhumilde, colocando o homem como centro pensante douniverso: Principia (Princípios matemáticos da filosofia natural),de Sir Isaac Newton, só para depois de 200 anos outro nosrelembrar quão humilde foi a situação de que viemos: Onthe origin of species (A origem das espécies), de CharlesDarwin. Um inspirou muitas das mudanças de uma geração:Das kapital (O capital), de Karl Marx, para depois outro

explicar que, afinal, a inspiração tinhaexplicação diversa: Guns, germs,

and steel (Armas, germes e aço),de Jared Diamond. Lançamos

agora o livro Rotinas dediagnóstico e tratamentoda Sociedade Brasileira deDermatologia que, den-tro do universo da der-

matologia brasileira e sema pretensão de nos com-pararmos com essas obras

atemporais, tem impactotambém significativo para

nossa especialidade.Em março de 2009, a obten-ção da indexação do nosso

periódico AnaisBrasileiros de

Dermatologia(ABD) e o

Caro dermatologista,

Palavra do Presidente

2 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

lançamento da nova revista da SBD, Surgical & CosmeticDermatology (SCD), representaram duas conquistas capi-tais. Na época, escrevi em editorial que acredito ser omomento que agora atravessamos na SBD um daquelesmomentos mirabilis que se vivem apenas algumas poucasvezes por geração no qual um círculo virtuoso se estrutu-ra e uma retroalimentação positiva pode gerar resultadosinimagináveis.

Creio que daqui a muitos anos esse momento científicosingular que atravessamos poderá ser relembrado como umperíodo especial de convergência. A publicação do livro-texto Rotinas de diagnóstico e tratamento da SBD vem com-plementar, de forma muito efetiva, o recente trabalho edito-rial efetuado com nossos dois periódicos científicos. O pla-nejamento editorial traçado desde o início desta gestão temprocurado sedimentar aquilo que já podemos, sem falsamodéstia, nomear Escola Brasileira de Dermatologia comouma realidade mundial. Se a Escola Francesa é rigorosa noreconhecimento da morfologia das lesões e nos legou umsem-número de preciosas descrições clínicas e se a EscolaAmericana se notabilizou pela aplicação efetiva das ciênciasbásicas na dermatologia nas últimas décadas, a nossa tam-bém tem características únicas e enorme potencial de con-tribuição para a dermatologia moderna. O dermatologistabrasileiro é habilidoso em transitar nos extremos do espec-tro, sendo produtivo na dermatologia tropical e na cosmia-tria, e criativo na cirurgia dermatológica e na abordagemterapêutica arrojada. Faltavam apenas os veículos apropria-dos para que toda essa capacidade de realização fosse ple-namente reconhecida em nível nacional e em todo o mundo– com a atestação internacional dos ABD e o lançamento daSCD e, hoje, do novo livro-texto, estamos prestando enor-me serviço ao futuro da dermatologia brasileira.

Acredito que acabamos de materializar uma grandeobra científica, contando com o melhor dessa nossa escoladermatológica, que contribuiu para esse livro que agorachega a suas mãos. Enfim, temos trabalhado muito paraobter aquilo que sonhamos um dia tornar realidade: umperíodo de desenvolvimento sustentado para a dermatolo-gia do país.

Omar Lupi Presidente da SBD

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 3

Notas

Dermatologistas da SBD participam deevento na Itália

Nos dias 17 e 19 de junho, ocorreu em Matera(Basilicata), cidade localizada no sul da Itália, o 4o EncontroIsplad-Adoi. O Congresso reúne as associações italianas dedermatologia plástica e de dermatologia hospitalar – duasdas grandes sociedades médicas do país – e teve comotemática "A Dermatologia na Infância, no Adulto e noAncião".

Representando o Brasil, participaram Osvaldo De Pretto(BA), que falou sobre preenchimento com PMMA empacientes HIV positivos e terapia de queloides, e Aldo Toschi(SP) ministrando aula sobre cirurgia dermatológica hospita-lar em pacientes idosos.

Segundo Congresso Mundial deGenodermatologia

Ocorrerá de 17 a 20 de novembro em Maastricht,Holanda, a segunda edição do Congresso Mundial deGenodermatologia, no qual especialistas de váriaspartes do mundo (Estados Unidos, Holanda, Israel,Alemanha, França, China e Suécia) mostrarão osavanços na genética dermatológica. O primeiro con-gresso ocorreu há três anos na mesma cidade.Outras informações podem ser obtidas no sitehttp://www.genodermatology2010.org/.

Ministro da Saúde é eleito imortalO Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tomou

posse, no dia 22 de junho, como membro titular daAcademia Nacional de Medicina (ANM), na cadeira 56, tor-nando-se o mais novo imortal da instituição.Temporão vaisuceder o ex-secretário de Saúde, Hildebrando Marinho,falecido em 2007.

Nota de falecimentoFaleceu no dia 8 de julho em São Paulo Marli de Jesus

Ferreira Calux. Formada em 1976 pela Faculdade deMedicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ali feztambém seu doutorado em dermatologia em 1989.Trabalhava como médica do Hospital do Servidor PúblicoEstadual (HSPE) de São Paulo.

SBD nas redes sociaisDepois de reunir mais de 300 seguidores em seu Twitter

oficial, o Departamento Comunicação da SBD acaba decriar um canal em outra poderosa ferramenta de comuni-cação online, o YouTube. No novo espaço, o internauta teráacesso a vídeos institucionais, campanhas educativas eepisódios do quadro televisivo "Questão de Pele". Osendereços são:www.twitter.com/sbdermatologia e www.youtube.com/user/SBDONLINE.

Segundo TeradermOnline

A partir de setembro, a ver-são digital do maior evento deterapia dermatológica do Brasilestará disponível para os associados que adquiriram o pacote com asaulas. Os dermatologistas que compareceram ao Segundo Teraderm,em São Paulo, tiveram acesso livre ao conteúdo autorizado por 20 dias.A SBD repetiu a iniciativa bem-sucedida realizada no ano passado porentender que essa é uma forma econômica e eficaz de EducaçãoMédica Continuada.

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Eventos da SBD - 2010

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Ombudsman

Prezados Colegas,

É com muita satisfação que tenho observado a interação entre oombusdman e os associados funcionar em fluxo constante. É compen-sador verificar que tem aumentado gradualmente o número de sóciosque enviam opiniões e questionamentos. Esta coluna agradece a parti-cipação de vocês.

O assunto “Medicina Estética” continua a dominar a pauta, fomen-tando dúvidas e o interesse dos sócios. Colegas têm continuamente nosconsultado sobre a posição da SBD no tocante à participação dossócios em eventos organizados por sociedades não reconhecidas pelaAssociação Médica Brasileira (AMB). A SBD é contra, e a orientação épara que os associados evitem participar desses eventos. Esse é assun-to a ser tratado pelo Departamento Jurídico, mas aqui nos permitimoscolocar sugestões e suscitar a polêmica que a questão levanta, sobretu-do neste momento, que antecede as reuniões de departamentos e doConselho.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) não proíbe ou desestimu-la a participação de sócios de quaisquer especialidades em eventos desociedades não reconhecidas pela AMB. No Capítulo 1, parágrafo 17, doCódigo de Ética Médica, o CFM estipula que “as relações com os demaisprofissionais devem basear-se no respeito mútuo, na liberdade e naindependência de cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estardo paciente”. Isso significa que devemos disseminar o conhecimento emprol daqueles que tratamos.

É política da SBD defender o espaço de atuação do dermatologista.Em suas ações sempre esteve incluída a desaprovação de sociedadesnão reconhecidas pela AMB. Devemos então lançar um olhar críticopara a situação de nossa Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica(SBCD). Não há dúvidas de que a SBCD foi um marco na dermatolo-gia brasileira. Sua criação proporcionou imenso avanço nas técnicascirúrgicas e em nosso domínio dos procedimentos estéticos. O trabalhode pioneiros como o prof. Sampaio, Bogdana, Ival, Machado, Izelda, LuizHenrique, Eugênio, entre tantos outros grandes nomes, consolidaramnossa especialidade como clínico-cirúrgica. Não seria a hora de legalizar-mos essa instituição?

Precisamos discutir uma forma de unir a SBD à SBCD para, juntos,atuarmos nos conselhos representativos da classe médica.Tenhamos emmente que o fortalecimento e o crescimento dessas especialidades siame-sas interessam a todos nós. Esse é assunto delicado; mas torço para queele provoque muitas reações e participações. Dessa forma enriquecemoso debate, e a solução, quando vier, será mais democrática e madura.

Ainda aproveitando a proximidade das reuniões já citadas, não seriaum bom momento para também pensarmos em algum mecanismo quediferenciasse os residentes de serviços credenciados dos demais postu-lantes quando da prova de Título? Sabemos que existem normas espe-cíficas sobre esse assunto na AMB, mas é nossa função discuti-las e ques-tioná-las. Igualar todos os concorrentes na ocasião da prova não funcio-naria como um estímulo aos cursos preparatórios? Qual seria a vanta-gem de publicar trabalhos nos Anais e de cumprir carga horária numaresidência?

Polemizar é uma das funções do ombudsman! Até a próxima.

Grande abraço

Gilvan Alves

SETEMBRO

4-7 � 65o Congresso da Sociedade Brasileira de SBD Nac.Dermatologia - Riocentro - Rio de Janeiro

11 � Fórum de Formulações Magistrais SBD-PE21 � Reunião mensal anatomoclínica SBD MS23 � 31st Annual Meeting of the International

Society for Dermatologic Surgery (ISDS) Bucharest/Romania

24 � Reunião mensal - Casos clínicos e SBD-AMpalestra (Fuam)

25 � Reunião científica - cabelos e unhas SBD-PB� Reunião mensal clínica - SDSCMV SBD-ES� Dermassábado - Doenças infecciosas SBD-PE

e parasitárias com a participação dos Serviços Credenciados

29 � Reunião mensal SBD-RJ� Reunião mensal SBD-MA

OUTUBRO

2 � Minijornada SBD-MG� 8a EMC-D/136a Jornada Dermatológica SBD-SP� Paulista - Santa Casa - Fecomércio

6 � 19th EADV Congress - Gothenburg-Sweden7 � ASDP 47th Annual Meeting - Atlanta Hilton

Atlanta-GA - EUA8 � Laser & Aesthetic Skin Therapy:What's

the Truth? - Massachusetts General Hospital/ Harvard Medical School Boston-Massachusetts - EUA

9 � Jornada Pernambucana de Dermatologia SBD-PE14 � Jornada Dermatológica SBD-MS15 � Jantar de confraternização pelo Dia do Médico SBD-AM16 � Reunião científica da UFPA SBD-PA19 � Reunião mensal anatomoclínica SBD-MS

Hospital Universitário 21 � Annual Meeting of the American Society

for Dermatologic Surgery (ASDS) Chicago - EUA

22 � Jornada de Terapêutica Dermatológica SBD-SPFecomércio

� 53a Jornada Paranaense de Dermatologia SBD-PR23 � Reunião clínica mensal - SDHUCAM SBD-ES27 � Reunião mensal SBD-MA

� Reunião mensal SBD-RJ28 � XXIX Jornada Norte-Nordeste de SBD-AL

Dermatologia 29 � II Simpósio de Oncologia Cutânea (FCECON) SBD-AM

� Campanha Nacional de Psoríase SBD Nac.30 � Reunião científica - Acidentes com animais SBD-PB

marinhos - Como manejar?

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Com capital em Minsk, aBielorrússia integra a Comunidadedos Estados Independentes (CEI),bloco formado pelas nações que compu-nham a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas(URSS). Localizado no continente europeu, o país faz frontei-ras com Rússia, Polônia, Lituânia, Ucrânia e Latívia, tendo umterço de seu território coberto por florestas. Na fronteiracom a Polônia,está a Reserva Natural Belovezhskaya Pushcha,a maior floresta nativa da Europa.A agricultura é dos setoresmais desenvolvidos de sua economia,com destaque na produ-ção de cereais, batata e beterraba. Nesta edição, o Jornal daSBD entrevistou Uladzimir P. Adaskevich, dermatologista bie-lorrusso de grande expoência e um dos convidados estrangei-ros do Summer Meeting of Dermatology Brazil 2010. Ele noscontou que na Bielorrússia atuam apenas 570 profissionais daespecialidade, o correspondente a seis dermatologistas paracada 100 mil pessoas.É autor de 360 publicações, incluindo 12monografias, três livros didáticos para alunos e estagiários eum manual para dermatovenereologistas.

Jornal da SBD: Conte-nos um pouco sobre sua carreira.Uladzimir P. Adaskevich: Sou presidente, palestrante,

professor titular do Departamento de Derma-tovenereologia da Universidade Estadual de Medicina deVitebsk, na Bielorrússia; vice-presidente da SociedadeBielorrussa de Dermatovenereologistas, representantenacional da Academia Europeia de Dermatologia eVenerealogia (EADV), e da União Internacional contra infec-

DE OLHO NO MUNDODE OLHO NO MUNDO

A dermatologia na

Bieolorrússia

ções sexualmente transmissíveis (Iusti). Sou formado emMedicina pela Universidade de Vitebsk,Academia Médica dePós-Graduação, em Minsk, e Instituto Central de Pesquisasda Pele e Doenças Venéreas em Moscou, na Rússia. Tenhocursos avançados em dermatovenereologia naUniversidade Ludwig Maximilian (LMU), em Munique. Meusinteresses científicos são dermatoses inflamatórias, morfolo-gia funcional da pele, atendimento dermatológico de emer-gência e infecções sexualmente transmissíveis.

JSBD: Como se forma um dermatologista na Bielorrússia?Quantas são as instituições para a formação do especialista?

UPA: Temos quatro universidades estaduais de Medicinasituadas em Minsk, Vitebsk, Grodno e Gomel, além daAcademia Médica de Pós-Graduação em Minsk. Esses cen-tros de ensino têm o direito e a responsabilidade de provereducação dermatológica a estudantes de medicina e especia-lização em dermatovenereologia a pós-graduandos. O ensino

População:10 milhões de habitantes

Moeda:Rublo bielorrusso

Idioma:Bielorrusso e russo

Dermatologistas:570

6 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

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de pós-graduação em dermatovenereologia inclui as seguin-tes fases: um ano de estágio obrigatório, dois de estágio clíni-co sob a orientação e controle de professores da universida-de médica, e três anos de bolsa de estudos para pesquisa emclínicas da Universidade de Medicina, de modo que, no finaldesse tempo, o estagiário pode defender sua tese para aobtenção do grau de doutor em ciências médicas.

JSBD: Como anda o mercado de trabalho nesta especiali-dade? Qual é a proporção de dermatologistas em relaçãoà população em seu país?

UPA: Atualmente, existem 570 dermatovenereologistasna Bielorrússia, o correspondente a seis dermatologistaspara cada 100 mil habitantes. A maioria deles trabalha nosetor público, que é representado por 20 ambulatórios dedermatovenereologia localizados nos grandes centros admi-nistrativos, 110 ambulatórios especializados situados emcidades menores, e 29 departamentos de pele e doençasvenéreas em multiprofile hospitais municipais. No total, aBielorrússia tem 1.692 leitos dermatológicos e 427 leitospara cuidados diários (1,7 para cada 10 mil habitantes). Oserviço público de saúde também inclui 55 laboratórios desorologia e 30 de bacteriologia.

JSBD:Quais são as principais características da especialidade?UPA: O maior problema para a dermatologista em nosso

país é a psoríase. O número de pacientes corresponde a1,5% da população do país. Além da psoríase, são comunsnos serviços de dermatologia pacientes com casos graves deeczema numular e dermatite atópica.A infecção fúngica maisfrequente é a tinea capitis causada por Microsporum canis.Raros são os casos de tuberculose cutânea, e não tivemosnenhum caso de hanseníase durante os últimos 50 anos. Dasinfecções sexualmente transmissíveis as mais comuns são aclamídia e a trichomonas vaginalis.A última epidemia de DSTsna Bielorrússia foi em 1996, com 209,7 casos registrados de

sífilis a cada 100 mil habitantes. Atualmente, a incidência deDSTs reportáveis (por 100 mil habitantes) está assim distri-buída: 18 casos de sífilis; 44 de gonorreia; 168,1 de tricomo-níase; 140,63 de chlamydia trachomatis; 20,6 de herpes geni-tal; 30,9 de HPV genital; e 10,34 de HIV.

JSBD: O que você espera para o futuro da dermatologiana Bielorrússia?

UPA: O desenvolvimento de dermatovenereologia naBielorrússia segue três eixos: venereologia (STD), dermato-logia e cosmetologia. O progresso mais evidente foi alcan-çado no sentido de ajudar os pacientes portadores dedoenças sexualmente transmissíveis. O aumento da epide-mia de DSTs teve fim em 2005. Os principais alvos navenereologia, atualmente, são a vigilância epidemiológica dedoenças sexualmente transmissíveis, a introdução de dire-trizes internacionais para o tratamento de DSTs e as orga-nizações de laboratórios de referência. Nossos objetivos nadermatologia são a introdução de novos métodos de tra-tamento de dermatoses crônicas (biológicos, fototerapia eexcimer laser) e a imunofluorescência para diagnóstico dedoenças potencialmente fatais.

JSBD: Qual é a sua relação com a dermatologia brasileirae o que espera do Summer of Dermatology Meeting2010?

UPA: Até hoje, o desenvolvimento da dermatologia noBrasil é uma incógnita para a maioria dos dermatologistasde nosso país. Espero que eu possa mudar a situação paramelhor depois desse Congresso. Meu contato pessoal coma dermatologia brasileira começou com a leitura de algunsartigos muito interessantes de dermatologistas brasileiros.Assim, na apresentação sobre eritrodermia que vou fazerno Summer of Dermatology Meeting 2010, em dezembro,em Salvador, tomei como referência o trabalho de colegasbrasileiros de São Paulo.

Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 7

Entrevista de Uladzimir P.Adaskevich a Paulo Cunha

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De 9 a 11 de dezembro, dermatologistas de todo o

país e do exterior estarão em Salvador (BA) para o 1st

Summer Meeting of Dermatology Brazil 2010. O even-

to diferenciado, plural, marcará a história da SBD e de

seus associados, que por meio de grade científica imper-

dível, terão chance de aprofundar os conhecimentos

sobre os principais assuntos e novidades da área e de

assistir aos grandes nomes da dermatologia mundial

sem sair do Brasil. Além da inscrição e da programação,

os participantes podem conferir as opções de passagem

e de hospedagem preparadas pela In Time, agência ofi-

cial de turismo do evento. Leia no box (abaixo) todas as

informações necessárias. O Jornal da SBD conversou

com alguns membros da comissão organizadora e com

três convidados internacionais para saber o que eles

pensam sobre esse encontro.

8 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

SBD amplia

estratégia de

internacionalização

Omar Lupi, por queSalvador?

A escolha da Bahia paraesse congresso deve-se, emmuito, ao fato de o estadoser o berço da primeiraEscola de Medicina do Brasil.Outro mérito que a cidadede Salvador tem diz respeitoà estrutura hoteleira paracomportar grandes públicos.Existem bons exemplos Brasilafora, mas são poucos os que apresentam belezas naturaistão ricas quanto as da Bahia. Além disso, a imagem do esta-do no exterior também contribuiu bastante para a realiza-ção do evento.

Presidente de honra

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 9

A In Time Turismo preparou diversospacotes com opções de hospedagemque se adequam aos vários perfis. Oshotéis disponibilizados aos turistas estãosituados em locais estratégicos para faci-litar o deslocamento dos congressistasaté o evento. O Pestana, de categoria‘muito conforto’, é uma das boas opçõespor ser sede do encontro. Além dele, oMercure e o Golden Tulip, ambos decategoria ‘conforto’, estão localizados a100 e 500 metros dele, respectivamente.O Ibis, categoria ‘médio conforto’, tembons preços e também ótima localização;fica a 100 metros do evento. Os quatrooferecem pacotes que incluem duas diá-rias com taxas e café da manhã. A agên-cia de turismo oferece desconto de 25%na aquisição de passagens aéreas TAM.Para obter outras informações ligue para0800 771 40 41 e (11) 2147-8177 ouacesse: www.www.intimeturismo.com.br.

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Rio Vermelho – Salvador – Brasilwww.sbd.org.br/summermeeting2010

Hotéis e pacotes

Paulo Barbosa, por quevocê ama Salvador?

Salvador, como já diziaNizan Guanaes, é “o coraçãodo Brasil”, lugar onde tudocomeçou. É a cidade queconta a história do Brasil. Sóaqui pode-se ver (e viver) osincretismo religioso, ocharme do Pelourinho, o pôrdo sol no Farol da Barra epassar uma tarde em Itapuã.Não dá para perder o banho de mar no Porto da Barranem deixar de experimentar os famosos acarajés, vatapás eas variadas moquecas da rica culinária baiana. É imperdívelum passeio de barco pela Baía de Todos os Santos, bemcomo conhecer as praias do Litoral Norte, principalmentea bucólica Praia do Forte, com seu castelo Garcia D’ávila, omais antigo do Brasil. Salvador é lindíssima, assim como todaa Bahia. É um privilégio ser baiano.

Paulo Cunha, em que pontosesse evento irá inovar?

Parece um projeto ambicioso;qual é suaopinião? Desde que assumi o cargo de pre-sidente do Summer Meeting ofDermatology Brazil 2010 tenho consciênciado tamanho do desafio a enfrentar. Noentanto, com uma equipe capacitada e comapoio irrestrito da SBD, estamos preparan-do um grande evento. Esperamos que esseinédito congresso em parceria com a WorldHealth Academy (WHA) contribua para atroca de experiências entre especialistas de diferentes pontos domundo e do Brasil. Os dermatologistas de nosso país equipa-ram-se aos mais competentes colegas estrangeiros em relaçãoàs práticas utilizadas na área, e vamos mostrar isso em nossasapresentações. Pretendemos inovar de várias formas, como, porexemplo, promovendo debate de terapêutica sobre o mesmotema, incluindo as experiências americana, europeia, brasileira edo Oriente Médio. A inserção da World Health Academy(WHA) em um evento nacional proporcionará, entre outrosaspectos, a internacionalização da dermatologia brasileira e esti-mulará o interesse de médicos estrangeiros pela participação emeventos nacionais. A comissão científica preocupou-se emdesenvolver um programa que envolvesse médicos e professo-res de praticamente todos os estados brasileiros. O principalproblema em congressos dermatológicos é a simultaneidade dassessões; na Bahia, isso não acontecerá. Ninguém vai correr orisco de perder uma boa aula, uma vez que o evento será reali-zado em auditório único.

Membro da comissão local Presidente do Congresso

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Bogdana Kadunc, como oSummer Meeting contribuirá parao relacionamento com as socie-dades estrangeiras?

Vivemos em um mundo globalizado enos interessa estreitar nossas relações comtodas as sociedades internacionais da espe-cialidade, o que será continuamente estim-ulado. Assim nos tornamos mais conheci-dos, ampliamos e solidificamos nossasparcerias. É oportunidade para nossosassociados assistirem aos grandes nomesda dermatologia mundial sem sair do Brasil.

Stephen Stone, quaissão os temas que osenhor vai abordar emsuas aulas e a qual é asensação de participardo primeiro eventointernacional daSociedade Brasileira deDermatologia?

Estou muito ansioso paraparticipar do SummerMeeting da SociedadeBrasileira de Dermatologia.Fui um dos palestrantesinternacionais presentes noCongresso de 2006, em

Curitiba, e fiquei lisonjeado com a hospitalidade do Dr. Paulo Cunha e de outros dermatologistas brasileiros,incluindo as doutoras Márcia Ramos-e-Silva, Luna Azulay,Prof. Sinésio Talhari, bem como o falecido Prof. SebastiãoSampaio. Vou ministrar duas aulas, uma sobre “PérolasTerapêuticas”, em que farei uma revisão de terapias derma-tológicas relatadas na literatura recente; e outra cujo temaé “Psoríase Sem Biológicos”. Em virtude do custo dos medi-camentos para tratar a psoríase, é importante reconhecerque há uma série de tratamentos alternativos, seguros e efi-cazes para casos graves.Alguns deles têm abordagens muitovaliosas e por isso serão discutidos. Enfim, eu e minha espo-sa, Lisa, estamos ansiosos para nos reunir com nossos cole-gas brasileiros. Além de Curitiba, tive a oportunidade deconhecer as Cataratas do Iguaçu e o Rio de Janeiro. Porocasião do Congresso Mundial, em Buenos Aires, paramosno Rio de Janeiro e em Manaus para desfrutar novamenteas belezas do Brasil. Estamos muito animados para visitarSalvador.

Robert A. Schwartz, já tendo esta-do no Brasil, qual é sua principalmemória do país e o que esperado evento?

Parece-me que será valioso para adermatologia brasileira e internacional,podendo dar início a rotina anual dignade nota em todo o mundo. Para mim, éespecial por outra razão. Lembro deminha passagem pelo Brasil, em junho de1976, mais especificamente por SãoPaulo, visitando a Escola Paulista deMedicina então sob a tutela do prezadoDr. Raymundo Martins Castro, auxiliadopelos professores Mario Fonzari e Olga

Fischman Gompertz. Guardo boas recordações do país esinto prazer em estar de volta para ministrar palestra sobreMarcadores Cutâneos de Malignidade como parte doextraordinário programa elaborado pelo Prof. Cunha, unin-do ilustres colegas. Quando estudante de graduação emciência política na Universidade da Califórnia em Berkeley,aprendi português; então, posso dizer : obrigado.

muito elevada! Teremos palestrantes estrangeiros muitoexperientes e atuando em diversas áreas da derma-tologia. Creio que tudo isso contribuirá para o sucessodo Congresso.

Presidente do Congresso da EADV 2011.

Antonio Picoto, como o senhor vê a partici-pação dos dermatologistas estrangeiros?

A Sociedade Brasileira de Dermatologia já sehabituou a realizar congressos de alto nível científico ecom organização perfeita. Portanto, nossa expectativa é

Coordenadora científica

Professor e chefe do serviço dedermatologia da faculdade de medicina de Nova Jersey

Professor e diretor de pesquisa clínica da divisão de

Dermatologia da Southern Illinois University School of Medicine

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Desde sua fundação, em 1912, a SBD assumiu compro-misso com a valorização da especialidade e o desenvolvi-mento de seus associados. Ao longo de quase cem anos dehistória, seus objetivos tornaram-se mais fortes e consisten-tes, sempre visando à integração e ao trabalho conjuntocom as 23 regionais – que em muito influenciaram a traje-tória da instituição. Para reforçar o papel das autênticasdelegadas da entidade maior e oferecer-lhes melhores con-dições de trabalho, a diretoria da atual gestão doou um doslivros mais procurados da área: Dermatologia (editado porJean Bolognia e colaboradores), de Jean L. Bolognia, JosephL. Jorizzo e Ronald P. Rapini. A obra teve a revisão científicada tradução certificada por 58 dermatologistas da SBD. Osassociados também receberam impressora multifuncionalde última geração.

“Acreditamos que os dois itens serão de grande utilida-de à rotina de sua regional. A impressora é uma das maismodernas e funcionais disponíveis hoje no mercado, comopção de fotocópia e scanner, impressão rápida, alta durabi-lidade do tonner e baixíssimo consumo de energia. E o livro,que é um dos mais requisitados em nossa especialidade, deautoria de alguns dos mais conceituados dermatologistas domundo, sem dúvida, um exemplar de destaque em qualquerbiblioteca. Esperamos que você aproveite os dois itens omáximo possível e, mais do que isso, que possamos manter,nacional e regional, relacionamento sempre norteado pelocompanheirismo. Estamos, a qualquer momento, dispostos aouvi-lo e, sempre que possível, auxiliá-lo”, afirma Omar Lupi,presidente da SBD.

Regionais recebemversão traduzida delivro-texto eimpressoras multifuncionais

A segunda edição da obra, dividida em dois volumescom mais de mil páginas cada, aborda de forma abrangen-te e direta, a dermatologia clínica adulta e pediátrica, a tera-pêutica medicamentosa, os procedimentos e cirurgia der-matológicos e a dermatopatologia.

A tradução da obra foi feita pela editora Elsevier, e arevisão ficou a cargo da SBD. “A Elsevier convidou a SBDpara realizar a revisão técnica buscando como de praxea excelência de suas edições. A parceria é de grandeimportância para a classe médica na especialidade.Unimos conteúdo reconhecido internacionalmente comoobra de formação e consulta do dermatologista com arevisão científica da tradução por equipe da SBD com-posta por professores e destaques na dermatologia bra-sileira, o que garantiu a melhor compreensão desse textopelo ajuste aos termos científicos usuais no Brasil”, salien-ta Elke Kropotoff, supervisora de edição dos livros demedicina da Elsevier Brasil.

A coordenadora da revisão científica da SBD, CéliaKalil, ressaltou a par ticipação de residentes do Serviçode Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia dePor to Alegre na verificação dos capítulos sob supervi-são dos especialistas. Cerca de 300 dermatologistasestrangeiros também colaboraram. “Acrescento que aqualidade do conteúdo é muito boa, com capítulos etemas bastante úteis para médicos, acadêmicos e resi-dentes”, afirma.

O lançamento será realizado em setembro, noCongresso da SBD, no Rio de Janeiro. “O trabalho foi finali-zado antes da data planejada e agora estamos aguardandopara lançá-lo, com muito orgulho, no Congresso Brasileirode Dermatologia”, ressalta Célia Kalil, que informa ter a vali-dação da tradução dos 159 capítulos de Dermatologiademandado cerca de dez meses de trabalho. A obra eminglês teve sua primeira edição lançada em 2003, e a segun-da cinco anos depois, ambas pela Elsevier.

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 13

Regionais agradecem as doações

� Prezados Dr. Omar e Dra. Maria de Lourdes,Tenho enorme orgulho de pertencer a esta sociedade e de alguma forma contribuir para

o seu engrandecimento, administrando uma regional que cresce ao exemplo de sua mestre, aSBD Nacional. Temos observado enorme empenho da Nacional em democratizar o acesso àcomunicação e ao ensino, buscando a valorização da nossa especialidade e a credibilidade juntoà população e à imprensa.A aproximação entre as regionais e nacional é de extrema importân-cia para fortalecimento da sociedade e compreensão de suas particularidades.

Com certeza a impressora a laser veio em muito boa hora. Já que tivemos esta excelentesurpresa de presente, investirei em novo computador para a regional. Quanto ao livro, não tenhonem o que comentar, engrandecerá muito a nossa biblioteca pela excelência do seu conteúdo.

Sérgio Palma, presidente SBD-PE

� Ficamos altamente agradecidos pelo envio do material.Fedro Portugal, SBD-SE

� Caro Dr. Omar Lupi e diretoriaEm nome da Regional MS, agradecemos as doações, que serão de grande utilidade para

nossa regional.Aproveito a oportunidade não só para parabenizar por essa iniciativa, mas por todoo trabalho desenvolvido pela atual direção da SBD Nacional. A atual gestão realizou inúmerasações que contribuíram para o engrandecimento, ainda maior, da nossa especialidade, cuja relevân-cia se dá também por vivenciarmos um momento com inúmeros desafios que há muito poucotempo eram inimagináveis. O reconhecimento da importância e do fortalecimento da parceriacom as regionais aumenta a nossa responsabilidade na direção das regionais, mas, acima de tudo,traz uma grande motivação para desempenhar cada vez melhor o nosso trabalho.

Augusto Brasil, presidente da Regional SBD-MS

� Dr. Omar e demais membros da diretoria:Nossos agradecimentos, em meu nome e dos demais participantes da SBD-RS. Com

certeza será de grande valia o material enviado.Gustavo Pinto Corrêa, presidente SBD-RS

� Que bom!Carla Gayoso, presidente SBD-PB

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Pro

jeto

Res

iden

tes

Residentes noexteriorTrês jovens talentos do terceiro ano de residência em derma-

tologia já estão de malas prontas para estágio em universidades

renomadas dos Estados Unidos e da Europa graças ao Projeto

Residentes da SBD

São do Sul do país os vencedores do concurso "Trabalho de Investigação", ativida-

de que integra o Projeto Residentes, iniciado em 2009 pela SBD em parceria com a

RoC, e que visa estimular a investigação científica e promover estágios em grandes

centros de ensino do exterior. Carolina Ribas do Nascimento, Felipe Bochnia Cerci e

Fernanda Homem de Mello de Souza foram os jovens contemplados que vão passar

dois meses em aprimoramento na Universidade de Munique e na Universidade do

Texas. A divulgação dos resultados foi realizada no dia 5 de julho no site da SBD.

Houve grande participação de pesquisadores de todas as regiões do país.

Letícia Contin, uma das premiadas do Projeto Residentes

2009, foi agraciada com uma bolsa de 2 mil dólares e a

inscrição no maior evento da especialidade, o Congresso

Mundial de Dermatologia. Sua 22a edição será realizada em

maio de 2011, em Seul, Coreia do Sul.

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 15

Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,Carolina Ribas, de 28 anos, obteve o primeiro lugar no concurso como trabalho "Correlação clínico-histopatológica na paracoccidioidomi-cose crônica" na área de dermatologia tropical. Seu estímulo veio deLetícia Contrin, uma das premiadas na primeira edição do projeto, com

um artigo sobre hanseníase. “Quando Letícia voltou cheia de novidades do estágio em Munique, meentusiasmei a desenvolver um projeto e tentar a mesma oportunidade. Então solicitei ao Dr. Jaison Barreto, preceptor com formação em dermatopatologia, e que tinha orientado a colega, queme orientasse também em um trabalho sobre paracoccidioidomicose, doença que apresenta poucosestudos publicados, principalmente na área de histopatologia", relata. Os outros dois residentes do ser-viço do Instituto Lauro de Souza Lima, em Bauru, onde ela estuda, tiveram papel importante nas eta-pas do trabalho. “Com o apoio dos colegas residentes Paula Masuda e Hélcio Takashi, fizemos umaanálise retrospectiva dos prontuários dos pacientes com diagnóstico clínico e laboratorial confirmadoem nosso serviço nos últimos dez anos, e realizamos a correlação dos dados clínicos e laboratoriaiscom as características histopatológicas encontradas nas biópsias de pele, seguindo a metodologia damedicina baseada em evidências", explica ela, que está no terceiro ano de residência.

"Estudo comparativo de uso delaser de iodo (810nm) versus luz inten-sa pulsada (filtro 695nm) em epilaçãoaxilar" foi o assunto escolhido porFernanda Homem de Mello de Souza,residente do Hospital UniversitárioEvangélico de Curitiba (PR) desde2008. O tema na área de cosmiatria lhe rendeu osegundo lugar e a chance de adquirir conhecimentosnovos com a estada no exterior. "No começo de 2009a Dra. Deborah Ataíde, nossa preceptora de cosmia-tria, solicitou ideias para trabalhos científicos. Como oDiodo e a LIP eram os métodos usados na maioria dasvezes para epilação, pesquisei no Pubmed e descobrique trabalhos comparativos eram escassos. Além daDra. Deborah, tive o apoio do Dr. Juliano Villaverde ede minha colega de residência Camila Ferrari Ribeiro,aos quais agradeço muito", ressalta. Ela avalia ser degrande importância o investimento em investigação ena valorização da capacitação científica dos dermatolo-gistas mais jovens. "Além de incentivar os residentes arealizar trabalhos científicos, o Projeto Residentes pro-porciona um ótimo prêmio. O academicismo com odesenvolvimento de trabalhos científicos é essencial naformação de um dermatologista completo, e estágiosem outros serviços oferecem visão mais abrangente dadermatologia na prática. O fato de o estágio ser noexterior é ainda mais estimulante, por permitir o con-tato com locais de mais recursos e desenvolvimento",complementa Fernanda, que já teve alguns trabalhospublicados nos Anais Brasileiros de Dermatologia.

Felipe Bochnia Cerci,residente da Santa Casade Misericórdia deCuritiba (PUC-PR), par-ticipou do projeto comtrabalho na área defotoproteção cujo tema

era "Avaliação do padrão de utilização de protetorsolar em pacientes com vitiligo”. Ao receber a notíciade que tinha tido sido um dos aprovados, um emara-nhado de sentimentos veio à tona. “Talvez seja umasensação tão boa quanto a de ter sido aprovado naresidência. O fato de ter ganhado o prêmio gera umestímulo adicional para dar continuidade ao trabalho enos planos para o desenvolvimento de outros, contri-buindo com a produção científica.Vale lembrar que aPUC-PR tem um centro importante de pesquisas napós-graduação na área de genética do vitiligo e dahanseníase, com bons trabalhos publicados recente-mente”, realça o curitibano de 25 anos. Ele informaque a ideia do tema surgiu no ano passado, após algu-mas conversas com seu orientador, Caio Castro.“Queríamos fazer algum trabalho com pacientes comvitiligo e, de repente, surgiu a ideia de avaliarmos osque utilizam protetor solar, já que, teoricamente, sãoum grupo de risco para o desenvolvimento de neo-plasias de pele, apesar de na prática ser algo raro dese ver. Iniciamos a coleta de dados em julho do anopassado e terminamos em abril deste ano, com a cola-boração dos companheiros de residência. Nesse meiotempo iniciei a parte escrita do trabalho, a qual seestendeu até fim de maio. Uma das maiores dificulda-des na primeira etapa foi a de conciliar a coleta dedados do trabalho com a correria dos ambulatóriosde sexta-feira. Na parte escrita, houve o desafio ine-rente a qualquer trabalho, que foi escrever e reescre-ver, sempre achando que havia algo para corrigir epara melhorar”, explica.

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Revisão dos regimentos eregulamentos internos

Caros colegas,

A SBD é a única entidade oficial constituída por médicos der-matologistas avalizada pelo Conselho Federal de Medicina(CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Esse reco-nhecimento reflete o compromisso da SBD com a ética, o apri-moramento científico e o respeito ao paciente. Esta associaçãoé norteada pelo ensino da dermatologia em unidades de saúdecriteriosamente credenciadas, sempre levando em consideraçãoo tempo de formação mínimo, para oferecer à sociedade pro-fissionais capacitados, consolidando a credibilidade, lentamenteconquistada ao longo de quase 100 anos.

A evolução do arsenal terapêutico de nossa especialidade,contemplando os procedimentos cosméticos, a utilização detecnologia e os bons resultados com eles obtidos, permitiu aosmédicos dermatologistas reconhecimento financeiro em suaprática, atraindo cada vez mais interessados para exercê-la. Onúmero de cursos de curta duração que oferecem formaçãoduvidosa e não creditados pela AMB e CFM começa a aumen-tar no país com a proposta de disponibilizar via mais rápida,cômoda e banal de ensinar nosso ofício.

Nosso alerta é para os colegas que contribuem com essaprática. Quando oferecemos à comunidade profissionais quese intitulam especialistas em dermatologia sem a devida for-mação, colaboramos para nossa extinção, para a eliminação demédicos que de forma responsável se dedicam ao estudo dadermatologia integralmente e são incansáveis em participar decongressos e reciclagens para garantir seu aprimoramentocientífico.

Fazer do conhecimento dermatológico mero produto ven-dido por empresários da educação, desrespeitando carga horá-ria, conhecimento básico, condução de complicações e diag-nóstico diferencial, nos iguala àqueles cuja formação muito sedistancia do que nos esforçamos para conquistar.

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Ética em Pauta

Emerson de Andrade Lima

Membro da Comissão de Ética e Defesa Profissional (CEDP) Com a finalidade de agilizar suas decisões e ficar em diacom as novas disposições estatutárias aprovadas na AssembleiaGeral no Congresso Brasileiro em Belém, a SBD realizou arevisão de seus vários regimentos e regulamentos internos. Oprocesso contou com a participação de membros da maioriadas comissões, que opinaram e deram sugestões.

Essas mudanças permitem que a atual diretoria deixe os regi-mentos e os regulamentos plenamente organizados e moderni-zados ao final da gestão. "Foram dois anos de muito trabalho quecomeçou com a revisão do estatuto em 2009 e culminou comsua aprovação e com a revisão dos regimentos este ano. Deforma ampla, reorganizamos internamente a Sociedade em ter-mos de regimento e vamos entregá-la com todos os seus regu-lamentos revistos e regulamentados, algo que muito nos orgu-lha”, realça o presidente da SBD, Omar Lupi.

Os membros da Comissão de Revisão dos Regimentos daSBD, Célia Kalil, Josemir Belo, Abdiel Figueira e José RamonVarela, com o auxílio da gerente-geral, Priscila Rudge, ficaramresponsáveis por essa reformulação, que durou aproximada-mente oito meses.“Adaptamos os regimentos para adequá-losà nova realidade do estatuto e para tornar mais democrática aforma de conduzir nossas funções”, afirma Célia Kalil. Com areformulação do estatuto, foi necessária a adequação dasnovas nomenclaturas em todos eles. “Para nos alinharmos àsnormas definidas pela Comissão Nacional de ResidênciaMédica (CNRM) e pelo Ministério da Educação e Cultura(MEC), fizemos algumas alterações importantes no regimentoda Comissão de Ensino”, explica Abdiel Figueira, que presidiu aComissão de Revisão do Estatuto da SBD até setembro de2009. José Ramon Varela recorreu a uma frase de D. HélderCâmara para citar os benefícios que essas implementações tra-rão para a SBD:“É preciso que nos renovemos a cada dia parasermos sempre os mesmos.”

“Elaboramos alterações nos regimentos dasComissões Permanentes, do Congresso da SBD, de Éticae Defesa Profissional, de Título de Especialista, e foi cr ia-do o da Comissão Científica, que não existia”, completaJosemir Belo, que acredita ter havido consenso entre osmembros da comissão quanto às sugestões que serãoapresentadas aos membros do Conselho Deliberativo,em setembro de 2010.

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Capa

No dia 5 de setembro, durante o 65o Congresso daSociedade Brasileira de Dermatologia, no Rio de Janeiro, aSBD concretiza mais um episódio de sua história. O lança-mento de Rotinas de diagnóstico e tratamento da SBD torna-serealidade e revela o grau de amadurecimento da instituição,que em pouco mais de um ano alcançou significativas conquis-tas: a indexação dos Anais Brasileiros de Dermatologia noMedline e o lançamento da revista Surgical & CosmeticDermatology. Editado por Omar Lupi, Paulo Cunha e JosemirBelo, e com a participação efetiva de especialistas brasileirosdas principais áreas da dermatologia, a obra tem abordagemampla e contempla as três principais vertentes da dermatolo-gia, a clínica, a cirúrgica e a cosmiátrica, desenvolvidas comcompetência por especialistas brasileiros. No texto de apre-sentação, o presidente Omar Lupi ressalta que o Rotinas vempara solidificar a dermatologia do país, cuja principal caracte-rística é a mobilidade de seus formadores de opinião, capazesde transitar pelas mais diversas áreas dentro da especialidade.

"A publicação do livro-texto Rotinas de diagnóstico e trata-mento da Sociedade Brasileira de Dermatologia vem comple-mentar de forma efetiva o trabalho editorial recente efetuadoem nossos dois periódicos científicos, sedimentando comorealidade mundial aquilo que podemos denominar EscolaBrasileira de Dermatologia. O dermatologista brasileiro é habi-lidoso para trafegar nos extremos do espectro, produtivo nadermatologia tropical e na cosmiatria, criativo na cirurgia der-matológica e na abordagem terapêutica arrojada.Acredito queacabamos de materializar uma grande obra científica, contan-do com o melhor dessa nossa escola dermatológica contri-buindo para esse livro que agora está em suas mãos", endossa.

A edição de um livro com temas que abrangessem demaneira rápida e objetiva o diagnóstico e o tratamento dasprincipais doenças dermatológicas terá um lugar naliteratura médica.

"É um instrumento diferenciado para o aprimoramentoprofissional. Essa obra certamente ficará na mesa dos con-sultórios dos dermatologistas brasileiros e nos serviços dedermatologia credenciados da SBD para buscar informa-ções, aprimorar os estudos e, especialmente, para a práticacotidiana", ressalta Paulo Cunha, também coordenadormédico do JSBD. Os capítulos foram distribuídos entre 100especialistas brasileiros de diferentes regiões do país, queextraíram o melhor possível de cada tema abordado.“Organizado em 81 capítulos, o Rotinas é um livro de utili-dade prática para o dermatologista e não de curiosidadescientíficas", completa.

O prefácio, de autoria do nonagenário Rubem DavidAzulay, sócio mais antigo da SBD, focaliza a importância dotrabalho científico realizado pelos dermatologistas brasilei-ros e o desenvolvimento da Sociedade ao longo dos anos.“O lançamento desse belo livro, no Congresso Brasileiro deDermatologia, mostra parte de nossa riqueza e produçãonacional. Quanta diferença em diagnóstico, tratamento, pro-cedimentos e exames complementares ocorreu nos últi-mos anos! Nossa Sociedade, com esse livro, cumpre uma desuas principais funções, que é a divulgação de nosso conhe-cimento científico”, salienta o professor.

O coordenador dos departamentos da SBD, JosemirBelo, afirma que essa é uma tentativa de unificar as orienta-ções e condutas, para no futuro a SBD ter um banco dedados com todos os atendimentos e procedimentos der-matológicos. “E posteriormente para que a SBD estabeleçadiretrizes para todas as doenças dermatológicas”. Em suaopinião, a obra vai levar conhecimento atualizado paratodos os colegas do país. "Acreditamos e esperamos queRotinas de diagnóstico e tratamento da SBD, que tem comoum de seus alicerces a enorme demonstração de conheci-mento, originalidade e capacidade dos profissionais brasilei-

Comunidade dermatológica brasileira terá acesso a conhecimentos atualizados em obra que reúne os

maiores expoentes da especialidade de todo o país em cada área

Perto de completar 100 anos, SBD lançaseu primeiro livro oficial sobre conduta e tratamentos rotineiros dasprincipais doenças dermatológicas

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Editado pelo Grupo Editorial Nacional (GEN), oRotinas de diagnóstico e tratamento da SBD, será distribuídopara todas as Regionais e Serviços Credenciados da SBD.Além disso, a fim de democratizar o acesso ao conteúdo,os seis mil associados da SBD vão receber a sua versãoeletrônica para leitura em smartphones e e-readers.

Versão impressa e eletrônica

“Estamos acompanhando uma tendência mundial com olivro eletrônico. Optamos por essa abordagem porconsiderá-la mais versátil, moderna, e ambientalmentecorreta”, evidencia Omar Lupi. A SBD deu um passoimportante ao lançar o livro nesse formato. "O Rotinas éum dos primeiros livros eletrônicos de medicina editadosno Brasil", revela Silvio Araújo, diretor da ACFarmacêutica. Segundo ele, a obra deverá ser inscrita paraconcorrer ao Prêmio Jabuti 2011 na categoria Ciências daSaúde. Dois mil exemplares serão colocados à vendadurante o congresso dermatológico.

ros, possa não apenas ajudar os colegas envolvidos comdermatologia, mas principalmente estimular ainda mais oprogresso de nossa especialidade", realça.

Atualidade e tradiçãoO conteúdo de Rotinas de diagnóstico e tratamento da

SBD cumpre a função de levar para cada dermatologistainformações relevantes a respeito de sua profissão. Emalgum momento de suas carreiras, jovens e experientesprofissionais que participaram do livro devem ter-se inspira-do nos valiosos ensinamentos deixados por alguns dos mes-tres da dermatologia brasileira. Jarbas Anacleto Porto,

Rubem David Azulay, Sebastião de Almeida Prado Sampaio,Antar Padilha-Gonçalves, Sylvio Fraga, René Garrido Neves,Nelson Proença fazem a Sociedade Brasileira deDermatologia reconhecida e prestigiada internacionalmen-te. “Se hoje estamos no nível em que nos encontramos,devemos em grande parte ao trabalho desses profissionais”,atesta o presidente Omar Lupi. Com aproximadamente500 anos de história, os livros continuam sendo fonte uni-versal de conhecimento e de fruição intelectual. “É umainvenção tão perfeita, que, apesar da longa história e dosprogressos tecnológicos que presenciamos hoje, sua essên-cia permanece intacta, inalterada”, observa Paulo Cunha.

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No dia 28 de julho, ocolunista do site BBC BrasilIvan Lessa publicou textointitulado "Câncer não dácâncer", no qual afirma, combase em opiniões do professorde dermatologia da Univer-sidade de Newcastle, SamShuster, que os protetores solares denada valem:“Vou pegar muito sol e não usarloção bronzeadora ou creme protetor.Principalmente desses cremes branquinhos que as pessoasbotam no nariz sem a menor ideia de como ficam ridículas,expostas ao sol e à chacota popular, acreditando-se prote-gidas do – atenção! – câncer de pele. E vamos logo frisar,isso não existe. Pura ignorância, falta de beabá científico”.Observou também que a hanseníase, ou lepra, como fezquestão de frisar, não tem cura ou remédio. Ao tomarconhecimento da publicação, a Sociedade Brasileira deDermatologia encaminhou correspondência oficial ao site

de notícias para esclarecer essas informações, consideradasequivocadas pela entidade.

Em sua explicação, a SBD alegou que a hanseníase temo controle e a cura assegurados. Seu tratamento não ofe-rece riscos e apresenta ótimos resultados, principalmentequando é realizado sob supervisão médica regular. "Hoje,

SBD esclarece informações

publicadas em site

de notícias

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 21

a doença [hanseníase] é efetivamente controlada, e suacura é uma realidade, fruto de pesquisas e do trabalho deimportantes médicos brasileiros e estrangeiros, entre elesdermatologistas que pertencem a nossa sociedade. Essesavanços possibilitaram aos portadores da hanseníase tervida normal – mesmo antes de estarem curados –, umparadoxo em relação a tempos passados, em que essaspessoas eram isoladas da sociedade e sofriam tanto coma doença quanto com o abandono", afirmou o presidenteda SBD, Omar Lupi.

A coordenadora do Departamento de Hanseníase daSBD, Maria Leide de Oliveira, esclareceu que a proposta demudança da terminologia lepra para hanseníase foi apre-sentada ao Ministério da Saúde pela Sociedade deHansenologia e apoiada pela SBD nos anos 70. "Apesar damanutenção do termo 'lepra' mundialmente e mesmo nosdemais países latinos, alguns estudos mostram que para ospacientes, lidar com a nova terminologia é muito mais con-fortável e respeitoso. Estudos mostram que em que pese aassimilação de alguns sentidos pejorativos da 'lepra' para oneologismo hanseníase, o tratamento e a cura estão asso-ciados ao último e não ao primeiro".

Em relação ao câncer da pele, a SBD explicou que aluz do sol é importante para a saúde, mas sem a adoçãode atitudes preventivas, ela pode, sim, danificar a pele."Nossa luta é pela conscientização quanto à importânciade o cidadão tomar os devidos cuidados para se preve-nir do câncer da pele e, nesse ponto, lamentamos maisuma vez o tom assumido no texto. Usar o protetor solaré uma das atitudes preventivas. A importância da foto-proteção é tamanha, que tramitam projetos de lei obje-tivando o enquadramento dos protetores solares na listade remédios da Anvisa, e não de cosméticos, como acon-tece hoje em dia em nosso país, o que reduziria significa-tivamente seu valor final. Algumas vitórias pontuais foramconseguidas, e já existe, em alguns locais, a distribuiçãodo produto", salientou Lupi.

O chefe do Departamento de Oncologia Cutânea daSBD, Nilton Nasser, disse que o fato de os carcinomasnão melanomas serem menos agressivos do que o mela-noma não os impede de destruir a pele e até matar,estando, portanto, longe de ser benignos. “Nós, dermato-logistas, temos a obrigação de alertar a população sobreos riscos da radiação solar inadequada, não só para pre-venir os cânceres da pele, como também contra ofotoenvelhecimento. Continuaremos a fazê-lo, pois temosbase científica e somos amparados por estatísticas quemostram claramente que trabalhamos em benefício dasaúde da população, ao contrário de pessoas leigas namedicina, que acreditam estar prestando bom atendimen-to, mas que a coloca em risco com falsas e infundadasinformações”, enfatizou. Nas

Uma questão de equilíbrio

O dermatologista inglês Sam Shuster também écolunista do jornal britânico The Guardian. No dia 21de julho, ele publicou em sua coluna, texto cujo títuloem português é "Não deixe que o falso melanoma oafaste do sol". Sam inicia o texto assim: "A resposta ésimples: não estamos convencidos de que os prejuízosalegados superam os benefícios óbvios, e não gosta-mos do bullying, a campanha de medo contra a mer-cantilização da exposição ao sol." Em sua opinião, asestatísticas de câncer da pele são usadas para assustar,não para cuidar. "Os quase 84 mil casos de câncer dapele que aparecem a cada ano são, de fato, benignos.Eles não se espalham ou matam, seu nome é um equí-voco histórico. Naturalmente, a exposição solaraumenta as rugas faciais, assim como o tabagismo, maso vilão é o melanoma, porque é a única coisa real". Eleexplica ainda que os tumores benignos são causadospor UV, e que melanoma não predomina na peleexposta ao sol.Aborda também o poder da autoima-gem que aumenta em indivíduos de pele bronzeada edefende os benefícios que a luz solar traz aos ossos, àimunidade e ao bem-estar. Foi baseado nessas infor-mações que o colunista Ivan Lessa da BBC Brasilescreveu seu artigo. Para ler acesse o site:h t t p : / / w w w. b b c . c o . u k / p o r t u g u e s e / n o t i -cias/2010/07/100728_ivanlessa_ra.shtml.

No 65o CongressoBrasileiro serão realizadas duascampanhas de sintomáticos depele, nas quais se espera gerarcomo benefício direto o diag-nóstico precoce de hanseníase.No dia 27 de agosto, na comu-nidade de Rio das Pedras, e nodia 28 de agosto, na Cidade deDeus.

“A atitude que temos adotado é de participação inten-sa junto a todos os canais de mídia, procurando esclarecera função do dermatologista, e também de corrigir erroscomo esse, que podem gerar interpretações equivocadasou mesmo preconceituosas sobre as doenças dermatológi-cas. Oferecemos ao site de notícias e ao colunista Ivan Lessaos dados da nossa homepage para que ele possa se infor-mar melhor ao divulgar informações dessa importância”,atestou Omar Lupi.ser.

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22 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

Conscientizar as crianças de escolas municipais, esta-duais e privadas do estado e suas famílias sobre os riscos daexposição solar prolongada e sem os cuidados devidos é ameta do projeto piloto Sol Consciente. Criado em 2006pela SBD-RS, o programa teve em sua fase inicial o apoioda Secretaria Estadual de Educação; atualmente vem sendoexecutado apenas pelos membros da diretoria sulista.“Verificamos a incidência crescente de casos de câncer dapele em nosso estado e que o conhecimento de que amudança de atitude e a incorporação de novos hábitos émais bem assimilada em crianças e em pré-adolescentes.Esperamos que com essas medidas, possamos evitar em

Sol Consciente: SBD-RS amplia responsabilidade social e educativa

Berenice Capra e MiriamPargendler distribuem

questionários para avaliarhábitos de exposição solar

e de fotoproteção dosestudantes

Conteúdo da cartilha foitodo desenvolvido pela

SBD-RS. A Regional acredita que de forma

lúdica é mais fácil introduzir hábitos de

fotoproteção nas crianças

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Alunos assistem à apresentação de Sergio Dornelles

médio e longo prazos o envelhecimento precoce, as lesõespré-malignas e o câncer da pele”, frisou a idealizadora doprojeto, Miriam Pargendler.

Alunos da quinta série do ensino fundamental são osprincipais alvos. Com visitas que ocorrem anualmente,eles recebem o estímulo necessário para mudar hábitossolares em suas comunidades. O primeiro passo é oagendamento com a direção da escola para a apresenta-ção do projeto. Nesse momento, é deixado um pedidode autorização e um questionário dirigido aos pais parasaber quais são os hábitos daquela criança. “O questioná-rio dos pais foi adaptado do projeto solidário de fotoe-ducação da Dra. Maria Isabel Caferri, de Baia Blanca,Argentina. No dia da apresentação, os alunos recebemoutro questionário para ser respondido antes da palestrasobre fotoeducação, material esse desenvolvido e adapta-do da tese de mestrado da Dra. Cristiane Benvenutto

Andrade”. Em seguida, eles assistem ao DVD daCampanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele daSBD e, por fim, respondem a um segundo questionário,mais sucinto, para saber se os hábitos mudarão a partirdas informações adquiridas. “A SBD-RS, inspirada na car-tilha Guigo e o Sol, de autoria do Prof. Cyro de Festa Neto,elaborou a sua, que é distribuída para os alunos no finalda apresentação”, afirmou.

O Sol Consciente teve continuidade nas diretorias sub-sequentes de Sergio Dornelles, Berenice Capra e GustavoCorrêa. “Nosso projeto tem sido de grande valor para acomunidade, pois existe o envolvimento de pais, alunos eescola. Além disso, a mídia o recebeu com atenção e muitonos auxiliou em sua divulgação por entender sua importân-cia. Com o Sol Consciente, reforçamos a valorização denossa especialidade, deixando claro o papel do dermatolo-gista na prevenção e no tratamento do câncer e de outraspatologias da pele”, enfatiza Miriam Pargendler, que comple-menta: “Pretendemos, aos poucos, estendê-lo a todos oscolegas interessados em colaborar”.

Desde 2006, aproximadamente 252 questionáriosforam respondidos. Em 2008, por conta da gripe H1N1, oprojeto teve que ser temporariamente interrompido retor-nando no ano seguinte. Segundo a dermatologista, os 250questionários relativos ao trabalho realizado em 2010deverão ser computados até o final do ano.

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 25

Está no ar o novo site público da Sociedade Brasileira deDermatologia. Desenvolvido durante seis meses peloDepartamento de Mídias Eletrônicas, o portal apresentahoje visual muito mais moderno e arejado. No atual forma-to, o internauta é levado diretamente ao site público, quelhe oferece vasto conteúdo para consulta sobre doenças ecampanhas em áudio e vídeo, notícias atualizadas, imagens eum link para os que desejarem seguir a SBD no Twitter. Hátambém um banner no centro da página, no qual o públicoleigo poderá procurar um dermatologista de sua região,além de participar de enquetes. Por sua vez, o dermatolo-gista que desejar acessar informações mais específicas deveclicar em “Profissional da saúde” no canto superior direitoda tela, que o direcionará ao site “Classe Médica”. Lá, o asso-ciado vai encontrar a organização anterior – mas com algu-mas alterações de conteúdo –, e os sites das revistas AnaisBrasileiros de Dermatologia, Surgical & Cosmetic Dermatologye Troias.

Segundo o coordenador do Departamento de MídiasEletrônicas da entidade, Aldo Toschi, as mudanças visuais doportal facilitam o acesso a informações confiáveis destinadasao público leigo, aumentando, assim, o número de visitantes.Além disso, a nova fase pretende inserir o site na realidadecomunicacional. “Em poucos anos passamos por enormesavanços tecnológicos que permitem acesso em maior velo-cidade de modo mais democrá-

tico em todo o território nacional. Em termos de mundo,nunca houve tanta troca de informações entre diferentesculturas. Com o baixo custo e a rapidez de comunicação, émuito óbvio que a troca de informações da área médicaentre profissionais de saúde e com a comunidade leiga seintensifique. A SBD participou desse processo histórico eagora, em posição de liderança, passa a colher os benefíciosque essa troca de informações trará no futuro”, destaca.

Desde o lançamento do novo portal, no início de julho,a equipe verificou maior envolvimento do internauta com osite. O design agradável e a facilidade de navegação sãomotivos para a boa aceitação do público leigo e da classemédica. “Em pouco mais de 15 dias com o novo portal noar, tivemos o contato via Fale conosco (destinado ao públi-co leigo) triplicado.As pessoas estão navegando, encontran-do informações sobre seu possível problema e buscandoorientação com a SBD”, confirma o responsável pela webda instituição, Samuel Peixoto.

A estratégia de inserir o acesso ao site médico dentro dosite público foi outra forma de facilitar o acesso por parte dopúblico leigo e conscientizar os médicos sobre o trabalhodesenvolvido nesse outro ambiente. A mudança, no entanto,trouxe situações inusitadas. “Na semana passada recebemoso elogio de um médico por termos criado um site destinado

às pessoas comuns, quando, na verdade, sempre tivemosum, mas ninguém sabia onde estava”, relata Samuel.

Sobre a quantidade de acessos diários, Aldo Toschiacredita que o site da SBD está em linha ascendente,

podendo alcançar números cada vez maiores de visitação.“Os resultados devem ser observados em período mais

longo, mas percebemos a tendência de alta em nossa visi-tação e nos índices que mostram aumento do tempogasto pelo internauta em nossas páginas”, pondera.

Novo públicoDesde julho, quando foi lançado, portal da SBD

tem recebido crescente número de acessos

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26 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

De 21 a 24 de julho a Fundação de Medicina Tropical doAmazonas (FMT-AM) promoveu o 5o Simpósio deDermatologia Infecciosa. O evento foi organizado pelo cursode pós-graduação da instituição e contou com o apoio da SBDNacional e a presença de seu presidente, Omar Lupi. "A par-ceria com a SBD é essencial para a continuidade do simpósioe soma esforços com o Ministério da Saúde e nossaFundação”, comenta o diretor-presidente da FMT-AM, SinésioTalhari. Durante quatro dias foram discutidos assuntos como oandamento de pesquisas sobre manifestações dermatológicasprovocadas por arboviroses e outras viroses; utilização corretados antibióticos e sistêmicos; diagnóstico precoce das doençasdermatológicas; genética molecular; imunologia de doençasinfecciosas; e dermatologia tropical infecciosa (hanseníase e leis-hmaniose). Cerca de 170 participantes, entre médicos, enfer-meiros, biólogos, farmacêuticos bioquímicos, técnicos e estu-dantes da área de saúde assistiram às aulas.

"Acredito que esse tipo de programação sempre despertaa atenção de especialistas e não especialistas na área de derma-tologia, em face do enfoque abrangente dos problemas básicosdo dia a dia dermatológico referentes a doenças cutâneas infec-ciosas, tais como síndromes febris relacionadas a viroses, gené-tica molecular e imunologia das doenças infecciosas", ressalta.

Além dos 12 professores nacionais da Universidade deSão Paulo (USP), da Universidade Federal do Estado do Riode Janeiro (UniRio), da Universidade Federal da Bahia (UFBA),da Santa Casa do Rio de Janeiro, da FMT-AM e da Fundação

de Vigilância em Saúde (FVS/AM),participaram do simpósio doisconvidados estrangeiros. O inglês Terence Ryan, militanteinternacional da dermatologia negligenciada, abordou osaspectos relacionados a doenças dermatológicas tropicais quedesencadeiam edema dos membros inferiores, suas complica-ções e dificuldades terapêuticas infecciosas negligenciadas emnosso meio. O dermatologista alemão Marcelus Fischer, dire-tor do Instituto de Medicina Tropical de Hamburgo, apresen-tou as novas formas de tratamento para a filariose no conti-nente africano e casos clínicos de dermatologia tropical diag-nosticados por ele no Afeganistão. "Esse tipo de palestra émuito atraente e agrega conhecimentos, pois apresenta pro-blemas parecidos com os nossos, ainda que com outros enfo-ques clínicos e terapêuticos", frisa Sinésio.

No final de cada dia, os palestrantes convidados e derma-tologistas de Manaus apresentaram relatos de casos clínicos.Foram debatidos de oito a dez casos relacionados à dermato-logia infecciosa, todos cuidadosamente selecionados.A colabo-ração do Ministério da Saúde também foi enfatizada:“Gostariade expressar aqui meus agradecimentos ao secretário deVigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Gerson Penna, aorepresentante do Programa Nacional de DST e Aids, GersonFernando Pereira, e à coordenadora do Programa Nacional deControle da Hanseníase, Maria Aparecida Grossi, pelo estímu-lo e pelo apoio financeiro constante, desde a primeira ediçãodo simpósio”, admite Sinésio Talhari.

A 12a edição da Reunião Anual dos Dermatologistas doCentro-Oeste (Radeco) reuniu 300 médicos no Centro deEventos e Convenções Brasil 21, em Brasília, entre 30 dejulho e 1o de agosto. Na oportunidade, o presidente daSBD-DF, Gilvan Alves, frisou a importância do papel daSBD e de seus associados na disseminação de atitudes pre-ventivas, bem como no diagnóstico precoce nos casos decâncer da pele. "Estamos profundamente compromissadoscom ações educativas implementadas em várias localida-des.” Foram realizados cursos práticos ao vivo com focoem tratamentos estéticos, como peelings e terapias de reju-venescimento facial. Além de especialistas do Centro-Oeste, profissionais de outras regionais conduziram cursospráticos, como, por exemplo, Dóris Hexsel (RS) e AndréVieira Braz (RJ).

SBD Nacional apoia 5o Simpósio deDermatologia Infecciosa

12ª Radeco

Andréia Mateus, Gilvan Alves, Omar Lupi

Foto

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Luna Azulay,Gilvan Alves e

Gladys Martins

Page 24: Jornal da SBD - Nº 4 Julho / Agosto 2010

Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 27

Esta seção está aberta para receber opiniões, sugestões, elogios e críticas dos leitores do Jornal daSBD. Mande seu e-mail para [email protected]

Painel do leitor

Conselhos regionais de medicina de todo o país e associados da SBD congratularam a Sociedade pela inclusão daCampanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele no livro dos recordes, o Guinness World Records:

A SBD recebeu em julho o certificado do Guinness Bookpelo recorde de mais de 30 mil atendimentos em todo oBrasil na última Campanha Nacional de Prevenção aoCâncer da Pele (CNPCP).A ação, realizada no dia 5 de dezembro de 2009, contoucom a participação maciça das regionais, serviços credencia-dos e voluntários. Segundo o presidente Omar Lupi, o feitoconsagra o trabalho essencialmente coletivo para difundiruma cultura de prevenção e com a consequente reduçãodos casos da doença. Desde que foi criada, em 1999, a cam-panha atendeu a 357 mil pessoas.

Parabenizamos a Sociedade Brasileira deDermatologia pelo mérito alcançado e dese-

jamos pleno êxito nas futuras campanhas que sempre visamcuidar da população, Arlan de Azevedo Ferreira, presiden-te do Conselho Regional de Medicina do Estado MatoGrosso

Parabenizamos a Sociedade Brasileira deDermatologia pela merecida certificação do

Guinness World Records e pelo grande feito realizado embenefício da população brasileira, Juberty Antonio deSouza, presidente do Conselho Regional de Medicina doEstado do Mato Grosso do Sul

Parabenizamos pela iniciativa louvável daCampanha Nacional de Prevenção ao

Câncer da Pele, como também da merecida certificação doGuinness World Records, Henrique Batista e Silva, presiden-te do Conselho Regional de Medicina do Estado deSergipe (Cremese)

Parabenizamos pela campanha de preven-ção ao câncer da pele, agora com reconheci-

mento mundial, Fernando de Araújo Pedrosa, presidentedo Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas(Cremal)

Cumprimentamos essa Sociedade pelorecebimento do Guinness World Records,

Manuel Maurício Gonçalves, presidente do ConselhoRegional de Medicina do Estado de Minas Gerais

Parabenizamos a Sociedade Brasileira deDermatologia pelo comprometimento com a

população e pela merecida certificação no Guinness WorldRecords, certamente contribuindo para o reconhecimentomundial da medicina brasileira, Luis Fernando SoaresMoraes, presidente do Conselho Regional de Medicina doEstado do Rio de Janeiro (Cremerj)

Fiquei emocionada ao receber o e-mail da confirmaçãode que fomos certificados pelo Guinness. Quero comparti-lhar meu agradecimento e meu desejo de que continuemostodos juntos trabalhando para o bem-estar e a saúde que semanifesta na pele!!! Abraços e parabéns a todos nós! SandraSueli Pessanha Ferreira, Florianópolis-SC

Parabéns para nossa Sociedade pela certificação. LetíciaEidt, Porto Alegre-RS

Gratíssima pelo Guinness! Rosane Nogueira, São Paulo

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28 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

Criado por Eugene Garfield em 1955, o fator deimpacto (FI), é o principal instrumento para avaliar a qua-lidade das publicações. Contudo, foi no começo da déca-da de 1960 que ele começou a ser utilizado como crité-rio de seleção das revistas mais importantes do mundo aser indexadas pelo Science Citation Index (SCI). Seu cál-culo é feito pelo Institute for Scientific Information (ISI) epublicado pelo Journal Citations Reports (JCR).A análise doFI permite medir a importância dos artigos – originais ede revisão – em algum momento ao longo dos dois anosseguintes a sua publicação.

Dos 11.261 periódicos indexados na base de dadosWeb Of Science do ISI, 123 são publicados pelo Brasil,incluindo aqueles divulgados pelos Anais Brasileiros deDermatologia (ABD), publicação que em 2009 obteve aindexação no Medline/Pubmed. Os ABD internacionali-zaram-se e ganharam mais visibilidade; seu fator deimpacto, entretanto, ainda é baixo. Além de semprereforçar a importância da citação dos Anais nas referên-cias bibliográficas feita por autores brasileiros queescrevem para revistas internacionais indexadas, aoutra estratégia para aumentar o fator de impactoseria, segundo Izelda Costa, editora dos ABD, a auto-citação, ou seja, a citação, na revista, de ar tigos nelapublicados. “Nosso incentivo aos autores nacionaistem sido imenso nesse sentido. Considero a autocita-ção importante para alavancar o fator de impacto (FI)de uma publicação. O FI não discrimina esse tipo decitação, e na realidade a autocitação representa cercade um terço de todas as citações que são contabiliza-das”, revela.

Ela informa que em 2000, o fator de impacto da revis-ta científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz era de 0,5,tendo alcançado hoje 2,097 ultrapassando publicaçõesinternacionais relevantes. “Além da melhora da qualidadee da internacionalização da revista devido ao esforço daequipe editorial, a alta também pode ser creditada emparte ao crescimento de autocitações, que representaram21% do fator de impacto atual. Então acredito em suaforça, mas obviamente também não podemos deixar delado a qualidade científica da referência. Quando os arti-gos aparecem no Pubmed, em algum momento, podemdespertar interesse e ser citados”, explica, acrescentandoque o FI é muitas vezes repreendido pelos exageros daautocitação.

A qualidade dos ar tigos recebidos pelos AnaisBrasileiros de Dermatologia tem sido alta, e isso garanteo reconhecimento da comunidade científica. Com amodernização contínua, Izelda Costa acredita que em

Anais Brasileiros de Dermatologiabuscam maior fator de impacto

Avanços atestam o reconhecimento de sua qualidade editorial

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Para calcular o FI, leva-se em consideração o número decitações recebidas pelos artigos publicados em um periódico emdeterminado ano, dividido pelo número de artigos publicados nomesmo periódico nos dois anos anteriores.

A editora dos Anais explica que, para publicar no Brasil, oprimeiro critério que o pesquisador e o docente levam em conta éa indexação, seguido de sua qualificação Qualis, que é o marcadordireto da pesquisa científica atribuído pela Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O FI não éa melhor ferramenta para avaliar a qualidade científica de autores,mas ainda é considerado um bom recurso de avaliação científica,posto que tem grande influência na classificação da Capes.

A fim de aprimorar o processo de avaliação dos periódicos cien-tíficos brasileiros provenientes dos programas de pós-graduação, aCapes classificou-os em oito níveis de escala decrescente segundoprincipalmente o valor de impacto:A1 (mais qualidade),A2, B1, B2,B3, B4, B5 e C (peso mais baixo). Os Anais têm o conceito B3. Paracontinuar orientando seus pós-graduandos, a maioria depesquisadores/docentes brasileiros deve publicar seus artigos emperiódicos de nível B3 para cima.

breve a revista alcançará FI mais elevado. Atingir FIsuperior a 1,5 é a meta no cur to prazo. “É o que dese-jamos. Mantemos nosso padrão de impressão e deregularidade há 85 anos. A indexação em 2009 e comisso a internacionalização da revista, a implementaçãoda submissão online, a atuação de competentes pare-ceristas, a par ticipação crescente de pesquisadoresestrangeiros de grande relevância e a criação de novasseções, modernizando e melhorando o conteúdo, sãofatores que vão ajudar a alavancar o FI dos ABD.Estamos aumentando nosso fator de impacto de formabem gradativa e daqui a algum tempo vamos colherbons frutos”, pondera.

Questionada sobre a qualidade das revistas médicasbrasileiras, Izelda declarou que o momento atual é deinternacionalização: “Estamos vivendo uma fase de apri-moramento dos artigos brasileiros, tendendo para ainternacionalização. Em relação aos Anais, nossos esforçosestão sempre direcionados no sentido de melhorar aqualidade do material publicado.”

Em 2010, os ABD criaram duas novas seções: Imagense Dermatologia Tropical e Imagens em Dermatologia. Noano passado, a publicação abriu espaço para a colunaDermatopatologia.

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Cosmiatriacom ética

de conhecimento, procurassem atender à crescente deman-da da população nessa área. Tal fato apenas fazia crescerainda mais a aversão dos que enxergavam a cosmiatriacomo algo menor ou, ainda pior, desprezível dentro denossa especialidade", revela Sérgio Talarico, um dos coorde-nadores do Departamento de Dermatologia daUniversidade Federal de São Paulo (Unifesp). Sobre essarealidade, Absalom Filgueira, ex-presidente da SBD-RJ em1978 e 1989, comentou no capítulo “Magia dermatológica”do livro A história da dermatologia da SBD, que, há 20 anosexistia muito preconceito na área e, para muitos, o profissio-nal que tratava de rugas era considerado "menor" Hoje,contudo, tratar da parte cosmética é tendência natural, oque não significa que a dermatologia fique restrita a essesprocedimentos, já que a identidade clinicopatológica é aprincipal razão de sua existência.

O aprimoramento científico é a principal característicade um profissional afinado com seus princípios. A sólidaformação o habilita a atuar tanto na função estética quan-to na clínica, desde a realização de procedimentos cirúrgi-cos até a prevenção e o tratamento de danos que a pele

O especialista deve estar apto a resolver praticamentetodas as questões de sua especialidade e, se for de seu interes-se, também operacionalizar determinados procedimentos maissofisticados que poderiam compreender uma área de atuaçãoespecífica.A afirmação acima é de José Antônio Sanches Júniore faz parte de matéria sobre a criação de grupos de trabalhoe departamentos, publicada no Jornal da SBD há 13 anos. De lápara cá, muitas coisas mudaram. E para melhor.A grande evo-lução da área estimulou a criação do Departamento deCosmiatria da SBD que prima pela ética, pela seriedade e pelaresponsabilidade com seu associado. Com o aperfeiçoamentoda cirurgia dermatológica a partir de meados da década de1990, e o surgimento de novas técnicas não invasivas para pro-cedimentos estéticos, a procura da cosmiatria nos consultóriosdermatológicos aumentou significativamente.

"Já deveríamos dar por encerrado o tempo em que acosmiatria era encarada com reservas pelos colegas quedefendiam a ‘dermatologia pura e dura’. O comportamentode negar no passado a importância de a cosmiatria serexercida por nossa especialidade levou a que colegas nãoespecialistas, na maior parte das vezes sem nenhuma base

Fundamentos científicos demarcam tratamentos na área cosmiátrica da entidade

30 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

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sofre ao longo do tempo. "Quem conhece a pele tantosaudável quanto doente é o dermatologista, e ele deveconhecer as possibilidades de procedimentos para trata-mentos estéticos, mas também o que fazer em casos decomplicações; deve acompanhar o paciente do começoao fim. A importância da cosmiatria reside no fato de odermatologista poder responder às demandas de seuspacientes, como proteger a pele, responder sobre limpe-za, fotoproteção, saúde e beleza", considera a editora daárea de Cosmiatria da revista Surgical and CosmeticDermatology, Denise Steiner.

Sobre o crescimento progressivo do interesse de jovensdermatologistas pela área de cosmiatria em detrimento dadermatologia clínica, Talarico crê que para o especialista setornar um profissional completo ele tem que dominar, semexceção, todos os campos da especialidade, e ter profundoconhecimento anatômico, morfológico e fisiológico da pele."A dermatologia sempre se preocupou com os quadros quetraziam repercussão ‘inestética’. Parece até que não se davamconta desse fato! Como exemplo gostaria de perguntar qualo dermatologista que não atende paciente portador de acne?

A doença que comprovadamente por pesquisa realizada pelaSBD mais frequentemente leva o paciente a buscar consultadermatológica. Houve nos últimos anos inegáveis avanços nospossíveis tratamentos, a maioria deles minimamente invasiva,que podem levar à melhora estética e com resultados signifi-cativamente gratificantes. Dessa forma, estamos aprimorandoa qualidade de vida e induzindo importante elevação daautoestima. O que sempre enfatizo é que o que nos leva apoder praticar uma cosmiatria de alto nível é a excelência daformação clínica dermatológica. Só o bom dermatologista,completo, alcançará, destaque e terá sucesso na prática cos-miátrica. Não podem os jovens se afastar dessa premissaenxergando a cosmiatria como um falso brilhante", destaca.

Andréia Mateus, afirma que há um notório aumento dacosmiatria no país, muito embora ela ainda enfrente algumasresistências. "Penso que o preconceito é prejudicial para oprogresso da cosmiatria. O desenvolvimento da nossa espe-cialidade nessa área é inegável, mas ainda há muito o que seaperfeiçoar e se atualizar. Os dermatologistas que desejamampliar seus conhecimentos, dentro de um padrão profis-sional e ético, devem seguir em frente", declara.

Desde a criação dos departamentos especializa-

dos da SBD, incluindo o de cosmiatria, passou a

existir dentro da entidade o compromisso com a

educação médica continuada nessa área do conhe-

cimento efetuado por todos os dermatologistas da

SBD. "A preocupação com a inclusão dos temas da

cosmiatria na grade oficial da programação dos

especializandos dos serviços credenciados, o

número crescente de cursos teóricos e práticos, os

simpósios e fóruns não só nos congressos da

Sociedade Brasileira de Dermatologia, mas também

nos eventos regionais, tudo isso passou a ampliar

cada vez mais o ensino sério, ético e com funda-

mentação científica da cosmiatria. O enorme suces-

so dos eventos nessa área mostra claramente que,

sim, existe o interesse do dermatologista pelo

assunto e que também ele busca solidificar seu

conhecimento", assinala Sérgio Talarico.

Atualmente, dermatologistas que militavam em

outras sociedades médicas passaram a ganhar o

respaldo da SBD para exercer com responsabilida-

de sua função na área “Acho que houve a migração

porque não tinham espaço na dermatologia”, reco-

nhece Denise Steiner.

Jornadas de cosmiatria

Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 31

Pesquisa de Cosmiatria e LaserIdealizada por Andréia Mateus e

sua equipe, a enquete tem o objetivo

de conhecer o perfil do dermatolo-

gista brasileiro que faz cosmiatria e

laser. O resultado vai avaliar quais

são os procedimentos mais utiliza-

dos dando um panorama do trata-

mento da dermatologia clínica.

O preenchimento da pesquisa

será feito de duas formas: pelo site

da SBD até o dia 2 de setembro ou

no estande da Sociedade no 65o Congresso Brasileiro

de Dermatologia.Ao participar, o associado titular, con-

tribuinte ou honorário garantirá desconto de 30% na

inscrição para o III Simpósio de Cosmiatria e Laser, em

novembro, em Curitiba. Esse abatimento, porém, vai

valer apenas para inscrições realizadas no estande da

Sociedade, mesmo que o associado tenha respondido o

questionário pelo site. “É importante ouvir o que está

sendo realizado na área de cosmiatria e pelos colegas, a

troca de experiência é enriquecedora e nos ajudará a

traçar um perfil do associado que lida com cosmiatria e

laser", frisa a coordenadora do Departamento de

Cosmiatria da SBD,Andréia Mateus.

Page 29: Jornal da SBD - Nº 4 Julho / Agosto 2010

Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 33

Quem tem psoríase sabeque o olhar sem discriminação deoutras pessoas ajudaria muito aenfrentar o problema. E é no DiaMundial de conscientização dadoença, em outubro, que a SBDreforça seu papel de alertar apopulação contra o preconceito,mostrando que ela não é conta-giosa e não tem cura, mas podeser controlada com tratamento dermatológico. Para a cam-panha deste ano, mais de 40 postos de atendimento devárias regiões do país se cadastraram, incluindo as regionaise os serviços credenciados da SBD. Estima-se que aproxi-madamente 30 mil pessoas vão passar pelas tendas monta-das em locais de grande circulação e receber folhetos expli-cativos sobre esse mal comum que acomete duas em cada100 pessoas em todo o mundo. "Iniciativas como essa rea-lizada há alguns anos pela SBD resultam na melhora da qua-lidade de vida das pessoas, espalham informações relevan-tes e, especialmente, contribuem para a inclusão social emnosso país", explica a coordenadora geral da campanha,Cláudia Maia, que tem Ricardo Romiti e Maria DeniseTakahashi a seu lado nessa empreitada que ainda prevê asseguintes ações:

Segundo Simpósio Online estimula educaçãomédica continuada

Durante quatro semanas os associados poderão assistirgratuitamente a palestras online diretamente do site da SBD.Além de constituir oportunidade de aprimoramento paraquem vive distante dos grandes centros, as aulas contarão pon-tos para o CNA. Silvio Alencar Marques será o coordenador.

Curso de Atualização de Psoríase: informaçãocientífica e de qualidade aos associados

A SBD programou um Curso de Atualização em Psoríase,sob coordenação geral de Cláudia Maia, em cinco capitaisbrasileiras: Brasília, Recife, Salvador,Vitória e Curitiba. O pro-grama, dividido em módulos, teve início em agosto e termi-nará em outubro. O curso pretende levar informação e atua-lização de forma mais personalizada, discutindo as diversassituações e apresentando casos clínicos. "A intenção é levar oconhecimento ao associado local, com eventos pequenos,

nos dias de semana à noite ou na manhã do sábado", frisaCláudia Maia, acrescentando que as aulas são gratuitas, decurta duração e ministradas por grupo que reúne os princi-pais especialistas na doença selecionados pela SBD. Comocoordenadores locais, participaram dos módulos de agostoGladys Martins (DF) e Emerson de Andrade Lima (PE). Osde setembro e outubro serão comandados por AneteOlivieri (BA), Carlos Bastos (PR) e Paulo Sergio EmerichNogueira (ES).

Além dos fatores ambientais e comportamentais, estu-dos feitos nas últimas três décadas comprovam que a pso-ríase é uma doença que tem componentes genético eimunológico. “Graças à biologia molecular e à engenhariagenética estão sendo sintetizadas novas moléculas queagem de maneira seletiva em fases da cadeia imunológica– as terapias biológicas – e que estão modificando o prog-nóstico de muitos pacientes portadores de formas gravesda doença. Ao mesmo tempo, a psoríase está sendo reco-locada como doença grave, que causa grande impacto naqualidade de vida dos pacientes, que devem ser examina-dos de maneira mais cuidadosa, inclusive pesquisando asdiferentes comorbidades”, explica Gladys Martins, queministrou aula sobre epidemiologia e evolução dos conhe-cimentos. O segundo secretário da SBD, Emerson deAndrade Lima, disse que participaram do curso emPernambuco dermatologistas que desenvolvem linhas depesquisa e estudo em psoríase, além de convidados nacio-nais, resultando em ampla troca de experiência. “O even-to foi fundamental para aprimoramento mútuo do conhe-cimento em psoríase, uma das doenças dermatológicasmais estudadas na atualidade”.

Segundo Simpósio Nacional Acontecerá em São Paulo, no dia 20

de novembro, e deve abranger assuntosque vão desde os avanços em fisiopato-logia clínica até terapêutica de psoríase.São aguardados 400 dermatologistas."Especialistas em psoríase de várias par-tes do Brasil estão sendo convidados. Nosso objetivo élevar o que há de mais novo em tratamento da doença erepetir o sucesso da primeira edição que ocorreu na capi-tal federal", assinala Ricardo Romiti, que conta com ArturDuarte na coordenação do evento.

SBD apressa preparativos paraCampanha Nacional de PsoríaseDermatologistas vão promover ações de esclarecimento da doença queprovoca lesões na pele, mas não é contagiosa

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34 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará porum dia. Ensine-o a pescar e você o estará alimentando pelo restoda vida. Esse provérbio chinês pode ser aplicado à Foundation forInternational Dermatological Education (Fide), órgão vinculado àSociedade Internacional de Dermatologia, que tem como missãoo estímulo à produção intelectual de jovens dermatologistas depaíses em desenvolvimento, por meio de bolsas de estudos e departicipação em eventos científicos internacionais. São muitos ospaíses assistidos, e o Brasil é um deles. Ciente da importância dointercâmbio de ideias e do valor da produção do conhecimento

científico no início da carreira de umjovem dermatologista, a SBD firmouparceria com a instituição oferecen-do a dois associados a possibilidade de participar do Meeting daAcademia Americana de Dermatologia (AAD) de 2011. "A BolsaFide já acontece há muito tempo em outros países da AméricaLatina e tem grande participação de dermatologistas jovens de paí-ses como Chile,Argentina e do Leste Europeu. Considero vital ojovem dermatologista agregar conhecimento científico no come-ço da vida profissional",salienta Regina Casz Schechtman,represen-tante do programa no Brasil.

Bruna Koche (RS) e Rafael de Negreiros Ribeiro Moraes(SP) terão direito a bolsa de 2.500 dólares e à inscrição emalgum dos cursos do congresso. Os candidatos foram sele-cionados com base na juventude, nas habilidades clínicas, deinvestigação, e na capacidade de pesquisa. "O requisito prin-cipal é a análise curricular, dando atenção a trabalhos publi-cados em dermatologia tropical e ao fato de terem até 40anos de idade", informa Regina Schechtman. Em sua opinião,a aposta para o futuro da dermatologia é a integração."Acredito na união de todos os conhecimentos científicosaplicados à prática diária para a maior globalização dessasinformações".

CFM alerta – cursos de pós-graduação lato sensunão substituem a residência médica

medicina estética negado pelo CRM/ES e por todos os inte-grantes da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça(STJ). O ato do CRM foi fundamentado na resolução n. 1.634 do CFM, de 2002, que não prevê a existência daespecialidade medicina estética. A ministra Eliana Calmon,relatora do processo, disse que o órgão da classe médica temcompetência para criar e reconhecer especialidades. Em suadecisão, afirmou ser "inquestionável que o Conselho deMedicina funciona como órgão delegado do Poder Públicopara tratar das questões envolvendo saúde pública e as ativi-dades dos profissionais médicos. Entendo não ser possível aoPoder Judiciário invadir a competência – tanto constitucionalcomo legal – dos Conselhos de Medicina, para obrigá-los aconferir o título de especialista, em ramo científico ainda nãoreconhecido como especialidade médica".

Mesmo com o aval do Ministério da Educação (MEC), oscursos de pós-graduação lato sensu (programas de especiali-zação que contam com a duração de 360 horas curricularese não oferecem o título de mestre ou de doutor) em medi-cina não podem ser reconhecidos como especialização médi-ca. De acordo com o Jornal Medicina n. 25, o assunto foi dis-cutido mais uma vez durante a plenária do Conselho Federalde Medicina (CFM), realizada em junho. Na oportunidade,conselheiros federais avaliaram decisões da justiça relativas aotema, fortalecendo o entendimento de que esses cursos nãosubstituem a residência médica nem os exames aplicados porsociedades de especialidades reconhecidas pelo CFM. Ocoordenador da Comissão Mista de Especialidades do CFM,Antonio Pinheiro, afirmou que esses são os dois caminhos quedão acesso ao reconhecimento de especialização. Já o tercei-ro vice-presidente do Conselho, Emmanuel Fortes, observouque as pós-graduações lato sensu "servem para que profissio-nais ampliem seus conhecimentos, renovem suas práticas, apri-morem suas técnicas, mas não têm outra finalidade".

Caso similar ocorreu no começo do ano, quando ummédico do Espírito Santo teve o registro de especialista em

Por uma dermatologia global

Fundada em 1972 por um grupo de dermatologistas de diferentespaíses, a Fide estimula a produção intelectual de jovens dermatologis-tas de países em desenvolvimento com bolsas de estudos no exteriore em congressos internacionais.A instituição defende a ideia de quetodos os dermatologistas do planeta devem ser responsáveis pelaprofissão e contribuir, por meio de trabalho conjunto, para a garantiade um futuro melhor para as nações que têm pouco ou nenhum aces-so a tratamentos dermatológicos. É ainda grande defensora da educa-ção em dermatologia e de assistência dermatológica para todos,atuando no Centro de Treinamento Regional de Dermatologia, naTanzânia, e na clínica da pele do Hospital Central Kamuzu no Malawi,criado por Gunnar Lumholt, um dos fundadores da Fide.

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36 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

“Este espaço foi criado para que todos possam compartilhar informações históricas de momentos especiais

vivenciados na Sociedade.Notícias e fotografias são bem-vindas. Contamos com a

participação de nossos associados para que, ao longo deste ano,possamos reavivar e conservar a memória de uma das mais

antigas sociedades médicas do Brasil.”

Paulo Cunha

Coordenador médico do JSBD

Fluminensemantém até os dias atuais.Nascia ali, aquela que,posteriormen-te, após a fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Riode Janeiro, viria a se chamar Regional Fluminense da SBD.Foram seus sócios fundadores Adilson Guilherme, AntarPadilha Gonçalves,Antonio Pedro de Andrade Gaspar, CalixtoNami Kalil, Carlos Alonso, Elias Azulay, Everardo Marques dosSantos, Francisco Rodrigues Parente, Francisco XenócratesTardin, Helio Pinto de Moraes, José Trindade Filho, LaertRodrigues Goulart, Lourival de Oliveira Nogueira, Luiz PeresQuevedo, Neide Kalil Gaspar, Nelson Lamy, Osmar Mattos,René Garrido Neves, Rubem David Azulay e Sadino da CostaAbelha. Em seus anos iniciais, até a fusão dos dois estados, suce-deram-se na presidência da seccional Antar Padilha Gonçalves(1970), René Garrido Neves (1971), Nelson Lamy (1972), LuizAugusto Nunes Teixeira (1973) e Antônio Pedro de AndradeGaspar (1974).

Tendo como característica marcante a apresentação ea discussão de vários casos clínicos “ao vivo” em cadauma de suas reuniões, a SBD Fluminense tem sua históriadiretamente ligada ao Serviço de Dermatologia doHospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), daFaculdade de Medicina da Universidade FederalFluminense (UFF), e aos grandes mestres e ilustres nomesda dermatologia que lá imprimiram sua marca ao longo

Desenvolvimento científico contínuo de seus associados e

programas de educação preventiva em dermatologia para

o público leigo são missões da regional que tem como uma

de suas marcas as sessões clínicas com casos “ao vivo”

Em 13 de abril de 1968, 20 dermatologistas, membros daSBD, encontraram-se na Associação Médica Fluminense, nomunicípio de Niterói, para o que seria a primeira reunião deuma nova seccional, a Secção do Estado do Rio de Janeiro daSociedade Brasileira de Dermatologia. Na ocasião, foram indi-cados e eleitos por unanimidade os nomes de Rubem DavidAzulay e Nelson Lamy para ocupar a presidência e vice-presi-dência, respectivamente. Completavam a diretoria, RenéGarrido Neves, como secretário-geral; Neide Kalil Gaspar,como primeira secretária; e José Trindade Filho, como tesourei-ro.Ainda foi escolhido o segundo sábado de cada mês para arealização das reuniões ordinárias mensais, tradição que se

Os mais de 40 anos da SBD

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 37

Antar Padilha

Nelson Lamy René G. Neves José Trindade FilhoRubem David Azulay

Luiz Peres QuevedoLaert Rodrigues Goulart

dos anos, tendo o Prof. Rubem David Azulay, sucessor dePaulo Parreiras Horta, e chefe do Serviço Credenciadoaté 1978, como grande exemplo inspirador. Nesse servi-ço, instituiu-se o primeiro curso de mestrado em derma-tologia do Brasil, formando como primeiro mestre,Sinésio Talhari. Muitos outros dermatologistas, mestres edoutores, hoje atuantes em diversas regiões do país, for-maram-se sob a influência de seus professores, especial-mente René Garrido Neves e Neide Kalil Gaspar. Dr.René foi professor titular da UFF de 1984 a 1992 e, pos-teriormente, da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), além de presidente da Regional em 1971 e 1993,sendo o responsável pela aquisição da primeira sede daSBD Fluminense. Dra. Neide foi professora titular da UFFde 1995 a 2008 e professora emérita desde então, sendopresidente da SBD FL nas gestões de 1977, 1985 e1998/1999. Vários outros colegas e professores têm suatrajetória de vida intimamente ligada à história da SBDFluminense, seja por influência direta na formação e atua-lização profissional dos dermatologistas do estado ou porsua dedicação ao fortalecimento da regional, cuidando deseus aspectos administrativos – nomes como os deAntônio Pedro Gaspar, Luiz Peres Quevedo, Laer tRodrigues Goulart, José Trindade Filho, Rogério RibeiroEstrella, Marcio Santos Rutowitsch, Jane Marcy NeffáPinto, Ada Lobato Quattrino, Lucia Helena Ribeiro,Adolpho Araripe Junior, Antônio Sérgio Diniz, todos pro-fessores com passagem por sua diretoria, além dos mais

recentes presidentes que precederam a atual gestão:Maria Del Pillar, Ademilson Teixeira Caldas e Eloisa LeisAyres, estes últimos responsáveis pela compra e estrutu-ração da nova sede, respectivamente em 2006 e 2007.

A Regional Fluminense tem como área de atuação oEstado do Rio de Janeiro, com exceção do município doRio, e conta atualmente com 214 associados, que exercema especialidade em diversos municípios fluminenses, pos-suindo ainda duas distritais: a Norte Fluminense, que englo-ba Campos dos Goytacazes e Macaé, e a recém-criada dis-trital Serrana, formada por Petrópolis, Teresópolis e NovaFriburgo. Nesses 42 anos de história, as reuniões mensaistêm sido fielmente realizadas pela Regional, que tambémtem participado ativamente com seus dermatologistas asso-ciados e colegas colaboradores das Campanhas dePrevenção do Câncer da Pele e, no último ano, da novaCampanha Nacional de Psoríase

Atenta à modernidade dos avanços em nossa especia-lidade e realizando com frequência cursos de atualizaçãoteóricos e práticos, a SBD Fluminense tem procuradocumprir sua missão, delineada por seus fundadores: levara educação médica de forma atualizada e contínua a seusassociados, aliando novos desafios, como o de ampliar seupapel social, desenvolvendo programas de educação pre-ventiva em dermatologia voltados para o público leigo,contribuindo, assim, para uma dermatologia cada vez maisforte, respeitada e atuante em todo o estado.

LLeeoonnaarrddoo ddee GGoouuvvêêaa CCeerrqquueeiirraaPresidente da SBD Regional Fluminense – 2009/2010

Neide Kalil Gaspar

Antonio Pedro Gaspar

Dermatologistas se encontram para reunião em Petrópolis

Primeira diretoria da Regional Fluminense

Alguns de seussócios

fundadores

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São inúmeras as profissões potencialmente expostas ainfecções. Nem sempre é possível estabelecer o nexo ocupa-cional, uma vez que os indivíduos infectados podem ter sofri-do exposição fora do ambiente de trabalho, como, porexemplo, nas atividades do cotidiano e/ou lazer. Para estabe-lecer a relação entre a ocupação e a dermatose profissionalpor agentes infecciosos são necessários: dados epidemiológi-cos, história com informação sobre a ocupação e exposiçãodo paciente, e o isolamento do microrganismo no meioambiente do trabalhador ou em animais manipulados na pro-fissão. A importância do assunto se faz pela prevalência dasinfecções, algumas potencialmente contagiosas e/ou graves.

AGENTES INFECCIOSOSOs agentes podem ser : bacterianos, fúngicos, virais e

parasitários.

BactériasEstreptococcia e Estafilococcia - Etiologia: Streptococcus sp.

Betahemolíticos do grupo A deLancefield e Staphylococcus

aureusGrupos de risco: pro-

fissionais que manipu-lam carnes (bois, por-cos, aves), metalúrgicos

que utilizam fluidos decorte, profissionais da área

de saúde.Antrax ou carbúnculo ou

pústula maligna - Etiologia: Bacillusanthracis. Penetra o hospedeiro huma-

no por inalação, causando infecção respi-ratória, ou através de ferimento.

Grupos de risco: agricultores, traba-lhadores que lidam com pelos de

cabra, lã e pele, estivadores, trabalhadores de armazéns, pas-tores de rebanhos bovinos, de cabras e carneiros e abate-dores de animais.Brucelose - Etiologia: Brucella suis (porcos), B. abortus (gado bovi-no), B. melitensis (cabras). Infecção através do manuseio de animaisou de leite.

Grupos de risco: veterinários, trabalhadores de abate-douros, empacotadores de carnes e técnicos de laboratório.Erisipeloide - Etiologia: Erysipelothrix insidiosa. Infecta peixese aves. Penetra através de ferimentos.

Grupos de risco: peixeiros e retalhadores de aves e peixes.

MicobacteriosesTuberculose cutânea - Etiologia: Mycobacterium tuberculo-sis hominis ou bovis. Penetra através de soluções de conti-nuidade.

Grupos de risco: cirurgiões, patologistas, cuidadores deanimais, veterinários e magarefes.Micobacteriose atípica - Etiologia: Mycobacterium marinum.Infecta peixes.

Grupos de risco: pescadores, nadadores de piscinas, pro-fessores de natação, limpadores de piscinas, tanques e aquá-rios, lavadeiras em açudes e salva-vidas.Tularemia - Etiologia: Francisella tularensis. Mais frequente naAmérica do Norte. Infecta roedores, como coelhos, e osvetores são carrapatos e insetos.

Grupos de risco: veterinários, agricultores, magarefes,guardas florestais e trabalhadores de laboratórios.Doença por arranhadura de gato - Etiologia: Rochalimaeahensellae e Afipia felis.

Grupos de risco: veterinários e tratadores de pequenosanimais.Febre maculosa brasileira - Etiologia: Ricketsia ricketsii. Penetraatravés da picada do carrapato Amblyoma cajennense.

Grupos de risco: agricultores, cuidadores de animais eveterinários.

Alice O. A. AlchorneProfissões e Dermatoses Ocupacionais

Dermatoses profissionais causadas por agentes infecciosos

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 39

FungosCandidose - Etiologia: Candida albicans. Acomete indivíduosque trabalham com umidade.

Grupos de risco: garçons, copeiros, cozinheiros, lavadores depratos, enfermeiros, atendentes de casas de banhos e lavadeiras.Dermatofitoses - Etiologia: Dermatófitos.

Grupos de risco: barbeiros, agricultores, veterinários, tra-balhadores de curtumes e cuidadores de animais.Pitiríase versicolor - Etiologia: Malassezia furfur. Acometeindivíduos que trabalham em ambientes com muito calor.

Grupos de risco: metalúrgicos, cozinheiros, salva-vidas eprofessores de natação.Esporotricose - Etiologia: Sporothrix schenkii. Por inoculaçãodireta em ferimentos por vegetais ou animais.

Grupos de risco: agricultores, floristas, jardineiros e vete-rinários de gatos.Paracoccidioidomicose - Etiologia: Paracoccidioides brasilien-sis. Por inalação de esporos do solo ou plantas e raramen-te por inoculação direta em ferimentos.

Grupos de risco: agricultores e laboratoristas.Blastomicose queloidiana ou Lobomicose - Etiologia:Paracoccidiodes loboi. Encontrada na Amazônia. Provavel-mente penetra através de ferimentos.

Grupos de risco: seringueiros, agricultores, colhedoresde castanhas.Cromomicose - Etiologia: Phialophora sp e Cladosporium

carrionii. Por inoculação direta através de ferimento.Grupos de risco: agricultores.

MicetomasNocardiose - Etiologia: Nocardia brasiliensis. Por inoculaçãodireta através de ferimento.

Grupos de risco: agricultores.Maduromicose - Etiologia: Madurella sp., Monosporium sp.Por inoculação direta através de ferimento.

Grupos de risco: agricultores.

Vírus Ectima contagioso ou ORF - Etiologia: Poxvírus.

Grupos de risco: pastores e tosqueadores de cabras ecarneiros, veterinários, agricultores.Nódulo dos ordenhadores - Etiologia: Vírus Paravaccínia doúbere de vacas.

Grupos de risco: ordenhadores novos (dá imunidadedefinitiva) e veterinários.Herpes simples I e II - Etiologia: Herpesvirus hominis.

Grupos de risco: Profissionais da área de saúde (enfer-meiros, dentistas e médicos).Verrugas - Etiologia: Vírus do papiloma humano (HPV), prin-cipalmente HPV 7.

Grupos de risco: manuseadores de carnes (bois, aves epeixes).

Parasitas Protozoários - Leishamniose tegumentar - Etiologia:Leishmania sp.

Grupos de risco: agricultores, trabalhadores em derrubadade matas e construção de estradas, caçadores e pescadores.Helmintos - Prurido dos nadadores - Etiologia: Schistosomamansoni (cercárias).

Grupos de risco: mergulhadores, salva-vidas, trabalhado-res das docas, limpadores de piscinas, lagos e tanquesrecreacionais e lavadeiras em açudes.Ácaros - Escabiose - Etiologia: Sarcoptes scabiei.

Grupos de risco: médicos, enfermeiros, atendentes hos-pitalares, cuidadores em asilos e creches, e professores.

TRATAMENTOPode ser sintomático e/ou específico confor-

me o agente infeccioso.

PREVENÇÃOVaria conforme o agente infeccioso, sendo

recomendado o uso de equipamento de prote-ção individual, como luvas e botas, evitar o contá-gio inter-humano, descontaminação de pelos epeles, além de vacinação, tratamento ou mesmosacrifício de animais quando necessário.

Paracoccidioidomicose

Leishmaniose tegumentaramericana

Esporotricose

Candidose

Herpes simples

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Grandes Mulheres da Humanidade

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Uma das pioneiras da arte modernas, a paulistana AnitaCatarina Malfatti (1889-1964), era filha de um italiano cató-lico e de uma americana, de ascendência alemã, protestan-te. Um defeito congênito na mão e no braço direitos tor-nou-a uma “falsa” canhota. Essa limitação marcou sua perso-nalidade, sempre muito emocional.Teve instrução artística ecultural iniciada por sua mãe, Elisabete, que lecionava pintu-ra e línguas. Em 1912, fixou-se em Berlim, Alemanha, ondedeu continuidade aos estudos na Academia Real de BelasArtes.Três anos depois, em Nova York, Anita teve aulas degravura com diversos artistas da Arts Students League, naIndependent School of Art. Nesse período, suas obras rece-beram grande influência expressionista. Lá, ela pôde absor-ver as características de cada pintor para montar sua pró-pria linguagem.

Em 1917 vive clima de ruptura. Sua primeira exposição,organizada por Di Cavalcanti, após voltar da Europa, arran-cou críticas arrasadoras. O escritor Monteiro Lobato, seumais ferrenho crítico, publicou artigo no jornal O Estado deSão Paulo que quase lhe interrompeu a carreira. Em funçãodisso, a artista passou dois anos em retiro artístico e mudoucompletamente o estilo, decidindo tomar aulas de natureza-morta com Pedro Alexandrino Borges.

Com Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald deAndrade e Menotti Del Picchia fundou o Grupo dos Cinco,em 1922, de participação ativa na Semana de ArteModerna de 1922. Conquistou medalha de prata do Salãode Belas-Artes em São Paulo, em 1933. Em 1942, foi presi-

dente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Suaprimeira retrospectiva ocorreu no Museu de Arte de SãoPaulo, em 1949. Expôs na Bienal Paulista em 1951, e na I Bienal Internacional de São Paulo. Dos anos 50 até suamorte, distanciou-se das polêmicas artísticas, recolhendo-seem seu sítio. “Tomei a liberdade de pintar a meu modo”,argumentava. Seu novo tema era exclusivamente a artepopular brasileira, opção que considerava, bem como diver-sos artistas, sua melhor e mais pura fase.

Anita Malfattirenovou a arte moderna brasileira

Anita Malfatti – 120 anos

Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB)

Rua Primeiro de Março, 66, Centro

Terça a domingo, das 10h às 21h. Grátis

Até 26 de setembro

Depois de vista por 50 mil pessoas em

Brasília, a exposição chega ao Rio mais com-

pleta, com 120 obras de 70 museus e coleções

particulares. Todas as fases estão lá, do

primeiro quadro, Burrinho correndo, de 1909, à

última tela, Cristo nas ondas, de 1964.

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42 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

Quatro anos depois de ter sediado com êxito o 61o

Congresso Brasileiro de Dermatologia, Curitiba será nova-mente anfitriã em evento dermatológico de ponta: a tercei-ra edição do Simpósio Nacional de Cosmiatria e Laser daSBD. Com o apoio da SBD-PR, a jornada será realizada em5 e 6 de novembro, no Centro de Convenções Embratel,um dos espaços mais modernos do Brasil, com capacidadepara receber 5.000 pessoas em eventos simultâneos e inte-grado ao Shopping Estação, centro de compras que reúnediversas atrações gastronômicas e culturais. Esse será o pri-meiro evento desse porte na área de cosmiatria promovi-do pela SBD Nacional no Sul do país.

Dividido em palestras e cursos práticos, o simpósio quersolidificar a formação do dermatologista, estimular a práticacorreta e fortalecer a cosmiatria como um dos campos dadermatologia. "No primeiro dia, teremos as aulas práticas,com transmissão ao vivo para o auditório abordando pro-cedimentos tradicionais e as novidades que presenciamosna prática diária. No dia seguinte, os inscritos poderão assis-tir a ampla discussão teórica de temas de atualização e con-troversos, com a participação de nomes de grande expe-riência nas duas áreas que vão interagir com a plateia duran-te as apresentações", anuncia o coordenador de Laser daSBD, Alexandre Filippo. Alguns dos temas desse dia são:novos ativos e seu real valor na prescrição dermatológica;desafios rotineiros: onde precisamos de atualizações; avalia-ção global pré-tratamento em dermatoses inestéticas; trata-mentos estéticos no verão e pérolas terapêuticas.

Nomes importantes nas duas áreas estarão presentes noevento. "Dermatologistas experts, que trabalham nas áreas de

será a próxima capitala sediar o Simpósiode Cosmiatria e Laser

Curitiba

cosmiatria e de laser há anos e que vão ter a oportunidade depassar ou trocar suas experiências com dermatologistas deoutras regiões. “O evento terá altíssimo nível, a programaçãocientífica e os palestrantes foram escolhidos com muito crité-rio técnico, e, com isso, todos vão ter oportunidade única deatualização. Um dos pontos altos será a presença de um der-matologista norte-americano que vai ministrar uma aula sobrebioeletricidade”, revela a coordenadora do Departamento deCosmiatria da SBD,Andréia Mateus.

Apoio da SBD-PRO Departamento de Cosmiatria e Laser da SBD tem

trabalhado em conjunto com a comissão local para trazerexcelentes palestrantes nacionais e estrangeiros que farãoparte de programação preparada com esmero para atuali-zação e confraternização. “A comissão local está cooperan-do com o departamento na sugestão de temas e palestran-tes, além de oferecer a experiência dos serviços universitá-rios na seleção dos melhores casos para o painel de proce-dimentos ao vivo. Além da grande oportunidade de reafir-marmos nossa competência científica nas atividades de cos-miatria e laser, esperamos também que o ambiente sejapropício para excelente congraçamento social”, declara opresidente da SBD-PR, Carlos Augusto Silva Bastos.

CuritibaCom quase dois milhões de habitantes, a capital para-

naense ocupa o terceiro lugar entre as cidades brasileirasmais visitadas por turistas de negócios, só ficando atrás deSão Paulo e Rio de Janeiro. Dispõe do moderno aeroportointernacional Afonso Pena, situado a apenas 18 quilômetrosdo Centro, o equivalente a cerca de 20 minutos de carro.Acidade tem aproximadamente 150 hotéis com preços com-petitivos, variadas opções gastronômicas, além de 17 shopping centers, feiras livres e de artesanato.A 97 quilôme-tros encontra-se o litoral paranaense, com cidades históri-cas, ilhas e praias.“Curitiba tem confirmado sua vocação emsediar com sucesso os principais eventos da dermatologianacional. Tivemos recentemente a Radla 2008 e, em 2006,o Congresso da SBD, que primou pela grande participaçãodos associados e pela exemplar organização científica esocial”, ressalta Carlos Augusto Silva Bastos.

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Alagoas Santa Catarina Amazonas

Regionais

Paraná

Maceió se prepara para receber mais uma vez a JornadaNorte e Nordeste de Dermatologia que chega a sua 29a edição. Segundo o presidente da SBD-AL, Everson Leite,a Regional está organizando um grande encontro, comexcelente programação científica que promete agradar aoscolegas de todo o Brasil. “Além do objetivo de trazerconhecimento das diversas áreas da dermatologia, nossaintenção é tornar o encontro dinâmico, objetivo e integra-tivo, com palestras curtas e de conteúdo prático favorecen-do o debate e a troca de experiências”, detalhou.

A SBD Nacional apoia o evento, que terá palestrantesnão só das regiões Norte e Nordeste, mas “mestres depujante brilho do cenário nacional”. “Entre coqueirais queverdejam uma das orlas mais bonitas do litoral brasileiro,Maceió será a guarida para um evento de tamanha impor-tância para a nossa especialidade. E, por isso, sente-se bas-tante honrada. Contudo, não seria possível sem o apoioirrestrito das regionais-irmãs do Norte e Nordeste e daSBD Nacional, a grande promotora do conhecimento cien-tífico. O reconhecimento dos nossos esforços é sua presen-ça. Aguardamos todos vocês, para que juntos possamosfazer desse um evento de grande sucesso. Até lá!”, convidao presidente da Regional, Everson Leite.

Informações sobre programação e inscrições estão dis-poníveis no site www.sbdalagoas.com.br.

Jornal da SBD � Ano XIV n. 4 � 43

� AmazonasA SBD-AM dá continuidade ao processo de aperfeiçoa-

mento científico de seus sócios e residentes em reuniãomensal, tendo a última sido realizada no dia 30 de julho. Osprofessores Joaquim Mesquita (Santa Casa de Misericórdia-RJ) e Hamilton Stolf (Unesp-SP) foram convidados e minis-traram palestra e curso prático de cirurgia dermatológicapara consultório. "O grande sucesso do encontro se devenão só ao alto nível técnico dos palestrantes, mas tambémà grande participação dos dermatologistas de nossa regio-nal", afirmou a presidente da SBD-AM,Valeska Francesconi.

A presidente da Regional Amazonas, Valeska Francesconi, entre o dermatologista Joaquim Mesquita, da Santa Casa de Misericórdia do

Rio de Janeiro, e o chefe do Departamento de Dermatologia da Unesp,Hamilton Stolf

� ParanáA SBD Paraná vai promover o curso de cirurgia micro-

gráfica no Bristol Ambassador Hotel no dia 25 de setembro.Coordenado por Car los Augusto Silva Bastos e LuizFernando Figueiredo Kopke e com a par ticipação de espe-cialistas no tema, o evento vai abordar, entre outros assun-tos, indicações, técnicas e casos interessantes das limitaçõesda cirurgia micrográfica. Serão três os palestrantes doParaná: Maurício Shigueru Sato, Rober to Gomes Tarlé eLysmary de Forville Mesquita. Os dermatologistas inscritosacumularão pontos no programa de educação médica con-tinuada.

� Santa CatarinaA SBD-SC elaborou programação científica variada para a III Jornada

Catarinense de Dermatologia, que será realizada nos dias 22 e 23 deoutubro no município litorâneo de Bombinhas, na Costa Esmeralda.Temas ligados às ocorrências dermatológicas em banhistas no mar deSanta Catarina ganharão destaque nas palestras dos professores VidalHaddad Júnior (SP) e André Luiz Rossetto (SC).Também abrilhantarãoo evento com palestras e workshops os professores Andréa Serra (RJ),Carlos Roberto Antonio (SP), Abdo Salomão Junior (MG) e RicardoLimongi Fernandes (SP).

Novos representantesA eleição da diretoria e dos delegados para a gestão 2011/2012

transcorreu por correspondência durante os meses julho e agosto.Sílvia Maria Schmidt será a nova presidente da SBD-SC e André LuizRossetto, o vice.Também foram eleitos Roberto Moreira Amorim Filho(1º Delegado), Holthausen Nunes (2º Delegado) e Maurício AmboniConti (3º Delegado). Um clima de tranquilidade marcou a apuraçãorealizada no dia 16 de agosto, na sede da regional, em Florianópolis.

� Alagoas

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44 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 4

Serviços Credenciados

�� Unicinco

�� Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos

O Serviço de Dermatologia do Complexo Hospitalar Padre Bento deGuarulhos recebeu em junho novo equipamento para fototerapia, a cabine PuvaProLumina. O aparelho é utilizado para tratamento de várias dermatoses, comopsoríase, vitiligo, dermatite atópica, linfomas e outras. A responsável pelo ambu-latório de dermatologia é Glaucia Simione (foto), e a chefia geral é de Maria doRosário Vidigal.

O grupo Unicinco, formado pelos serviçosComplexo Hospitalar Heliópolis, Complexo HospitalarPadre Bento de Guarulhos, Faculdade de Medicina deJundiaí, Instituto Lauro Souza Lima de Bauru e PontifíciaUniversidade Católica de Campinas, realizou, no dia 25de junho, a segunda reunião conjunta anual, na sede daAssociação Paulista de Medicina de São Paulo. Quatroaulas de alto nível foram ministradas pelos dermatologis-tas Domingos Jordão Neto (tratamento da síndromelipodistrófica do HIV), José Roberto Pegas (novas opçõesno controle do prurido), Paulo Cunha (dermatosesbolhosas autoimunes da infância) e Sadamitsu Nakan-dacari (cirurgia nas onicopatias).Após as palestras, médi-cos e residentes de todos os serviços participaram derica discussão, aproveitando a atividade para se atualizar.

A Universidade de Salamanca, Espanha, e aUniversidade Estadual Paulista (Unesp) promoveram pro-grama de intercâmbio para três residentes de dermatolo-gia. Elena Godoy, residente do quarto ano de dermatolo-gia da Universidade de Salamanca, ficará dois meses noBrasil aperfeiçoando-se em dermatologia tropical. FláviaAndré Jorge e Tatiana Minura Cortes, residentes do tercei-ro ano de dermatologia da Unesp, por sua vez, partem emsetembro para a cidade espanhola, onde cumprirão está-gio por um mês, supervisionadas pelo chefe do Serviço deSalamanca, Pablo Unamuno.

�� Ceder

O Centro de Estudos Dermatológicos do Recife(Ceder) comemorará 25 anos no dia 20 de novembro. Paramarcar a data, o Ceder vai realizar a segunda edição doencontro de ex-alunos. De acordo com a chefe do Serviço,Sílvia Costa Carvalho, a programação científica está sendoelaborada com enfoque em atualidades. Haverá apresen-tação de casos clínicos seguida de discussão. “Convido oscolegas dermatologistas, em especial os ex-alunos, algunsdos quais atuam em estados vizinhos, para participar dessegrande encontro”. Outras informações podem ser obtidaspelo telefone (81) 3421-4874 ou pelo [email protected].

�� Universidade Estadual Paulista (Unesp)

As residentes Elena Godoy, Flávia André Jorge e Tatiana Minura Cortes eo chefe do Departamento de Dermatologia da Unesp, Hamilton Stolf

�� Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ)

O Serviço de Dermatologia da Policlínica Geral doRio de Janeiro (PGRJ) realizou no último dia 21 de agos-to a 12a edição da tradicional Jornada de DermatologiaCosmiátrica. A coordenadora do Departamento deCosmiatria da SBD e organizadora do evento, AndréiaMateus, destacou que a jornada tem sido importantepara a consolidação da cosmiatria ética no Rio de Janeiroe que seu formato passará a contar com módulo práticoa partir de 2011.