Jornal de dezembro de 2014

24
ctt correios TAXA PAGA PORTUGAL FERREIRA DO ALENTEJO DM Boletim Informativo da Câmara Municipal|Fundado em setembro de 1994 Director: Aníbal Reis Costa . Ano XX . Número 70 . dezembro 2014 . Distribuição Gratuita siga-nos em www.facebook.com/muncmfa jornal ferreira jornal ferreira de de MUSEU MUNICIPAL DE F ERREIRA N ÚCLEO DE A RTE S ACRA M AS IGREJA DA MISERICÓRDIA FERREIRA DO ALENTEJO No centro do que é importante No centro do que é importante FERREIRA DO ALENTEJO FERREIRA DO ALENTEJO GNR REGRESSOU A FERREIRA Cante Alentejano Património Cultural Imaterial da Humanidade - UNESCO Mais Turismo no Concelho >>>p.04 >>>p.06 I NAUGURADO M USEU DE A RTE S ACRA Orçamento da CMFA dos últimos +Baixo 10 anos Sesmarias Turismo Rural & SPA Sesmarias Turismo Rural & SPA Situado em Peroguarda, no concelho de Ferreira do Alentejo >>>p.11 >>>p.12

description

Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo

Transcript of Jornal de dezembro de 2014

Page 1: Jornal de dezembro de 2014

ctt correios

TAXA PAGAPORTUGAL

FERREIRA DO ALENTEJO

DM

Boletim Informativo da Câmara Municipal|Fundado em setembro de 1994Director: Aníbal Reis Costa . Ano XX . Número 70 . dezembro 2014 . Distribuição Gratuita

siga-nos emwww.facebook.com/muncmfa

jornal ferreirajornal ferreiradede

MUSEU MUNICIPAL DE FERREIRA

NÚCLEO DE ARTE SACRA

M AS

IGREJA DA MISERICÓRDIAFERREIRA DO ALENTEJO

No centro do que é importanteNo centro do que é importante

FERREIRADO ALENTEJOFERREIRADO ALENTEJO R

GNR REGRESSOUA FERREIRA

Cante Alentejano

Património Cultural Imaterialda Humanidade - UNESCO

Mais Turismo no Concelho

>>>p.04

>>>p.06

INAUGURADOMUSEU DE

ARTE SACRA

Orçamentoda CMFA

dos últimos +Baixo10 anos

SesmariasTurismo Rural & SPASesmariasTurismo Rural & SPA

Situado em Peroguarda, no concelho de Ferreira do Alentejo

>>>p.11 >>>p.12

Page 2: Jornal de dezembro de 2014

ditorial

dezembro 20142

jornal ferreirajornal ferreiradede

GNR finalmente regressou de onde nunca deveria ter saído, à Sede do Concelho de AFerreira do Alentejo!

Foi precisamente há seis anos atrás, no dia 7 de dezembro de 2008, que tomávamos conhecimento, de forma completamente surpreendente, que a GNR abandonava a Sede do Concelho e ia instalar-se no edifício de Figueira dos Cavaleiros.

Uma decisão que teve de inusitado, do ponto de vista institucional, o mesmo que teve de despropositado, do ponto de vista operacional.

Foi, porventura, um ato pouco refletido, com pouca partilha de informação entre os decisores, e pouca reflexão ao nível das implicações que, futuramente, marcariam a ação e intervenção da GNR, no Concelho.

Para além da dificuldade acrescida na prevenção e manutenção de segurança no território concelhio, a deslocação para fora de Ferreira do Alentejo, significou, palavras repetidas bastantes vezes em sessões do Conselho Municipal de Segurança, um “transtorno operacional” para a função da GNR, porquanto, como é do conhecimento geral, mais da metade da população se encontra na Sede de Concelho e em que quase 80% dos serviços aqui funcionam...

As decisões deverão ser sempre assumidas com intento da resolução de problemas, tendo por base o conhecimento da realidade e a partilha de informação...

Ora, isso...infelizmente para a população do Concelho e para o nobre serviço prestado pela GNR...não sucedeu!

Tivesse a CMFA sabido, em tempo útil desta pouco ponderada decisão e, com toda a certeza, ela não teria acontecido...

Não vamos, como popularmente se diz, “chorar sobre o leite derramado”...

Foram 6 (SEIS) longos anos de ausência da GNR, na sede de um Município de Portugal Continental, parte integrante da União Europeia e onde a aposta ao nível do investimento público e privado transformou completamente grande parte da nossa realidade sócio-económica...

Uma realidade onde a exigência de mão de obra, no setor agrícola, tem aportado ao nosso território muitas centenas de trabalhadores sazonais, vindos das mais variadas partes da Europa e do Mundo, com o necessário incremento da vigilância e prevenção que resdultaram.

Nesta altura de grandes transformações, tinha-se querido maior celeridade em todo o processo de instalação das forças de segurança onde elas eram exig idas e onde mais eram, reconhecidamente necessárias...

Como é possível que só 6 anos mais tarde se tenha resolvido a questão? Foi e é completamente impensável que uma Sede de Concelho não tenha tido forças de segurança residentes, durante todo este tempo...!!

Lamentamos isso, mas lamentamos ainda mais, que todo ónus do abandono da sede de Concelho pela GNR tenha, por diversas vezes, recaído no Município de Ferreira do Alentejo.

Não é aceitável que todo o processo só se tenha resolvido, pelo extraordinário empenho de eleitos e técnicos da CMFA...!

No nosso quadro de competências e atribuições ainda não cabe, nem tão cedo caberá, a organização e funcionamento das forças de segurança, mas foi a CMFA que, desde a primeira hora, REAGIU ao abandono de um serviço de grande importância para a população, tomando todas as diligências possíveis para que este momento tivesse sido antecipado.

Estabelecemos protocolos com o Governo, cedemos terrenos, alterámos estudos urbanísticos, realizámos candidaturas e manifestámos sempre a nossa vontade e determinação para antecipar o momento que celebrámos no passado dia 15 de dezembro.

A GNR REGRESSOU A CASA!Depois de, por várias vezes, não ter havido disponibilidade imediata, encontrámos no ex-ministro Miguel Macedo, a necessária abertura e empenho para a resolução de toda a situação.

Porém, voltamos a referi-lo, não é aceitável que tenhamos s ido nós a assumir uma responsabilidade que é EXCLUSIVA do Governo...a manutenção da Segurança de pessoas e de bens.

Não é também aceitável que, tendo a CMFA disponibilizado o edifício, tenha que ter assumido o papel de “dono da obra” que, por natureza e pelo caráter de especialização da função do imóvel, melhor se adequavam a serviços técnicos do Ministério ou da própria GNR...

Não estamos, naturalmente, aqui para julgar ninguém, nem tão pouco criar um clima institucional adverso, que seria, obviamente para todas as partes, contraproducente, negativo e sem qualquer razão de ser...

Mas entendemos que a situação que se verificou em Ferreira do Alentejo é algo que merece ser refletido por todos e que nunca mais deverá ser repetido em Portugal.

A GNR é um parceiro fundamental no

Desenvolvimento do nosso Concelho e na manutenção do Bem-Estar da nossa População. A sua nobre função, não pode, nem deve ser confundida, com a falta de visão territorial que, por vezes, assiste a nossa Administração Central, que continua demasiado concentracionista e pouco ciente da realidade concreta de cada um dos territórios.

Ultrapassámos este capítulo negativo e vamos estar, de certeza, todos em conjunto, melhor preparados, para lidar com os inúmeros desafios que se nos avizinham..

Conseguimos, com a reabilitação deste imóvel, como o já tínhamos referido aquando da Inauguração do Museu de Arte Sacra, na Igreja da Misericórdia, outro grande contributo para revitalizarmos o Centro da Sede de Concelho. Recuperar edifícios degradados dando-lhes uma função socialmente útil é algo que temos procurado e desenvolvido, de forma sustentável e com custos reduzidos para o orçamento municipal.

A GNR passa, de ora em diante, a poder usufruir de um espaço com todas as condições, moderno e apto para, de forma operacional mais adequada, dar um grande contributo ao nosso Concelho.

Não queremos, obviamente, deixar de referir algo que nos parece lógico e de fundamental bom senso. – a necessária utilização futura do edifício de Figueira dos Cavaleiros, como equipamento fundamental na estratégia de Segurança a nível regional.

Sabemos que o edifício em causa oferece melhores condições de instalação do que muitos outros existentes em todo o Distrito, pelo que nos parece que tal ativo não deve ser menosprezado ou mesmo “abandonado” ao nível operacional...

Numa altura de fortes restrições orçamentais, com dificuldades ao nível de execução/construção de novas instalações, parece-nos de elementar eficiência potenciar todos os recursos disponíveis possuindo o edifício que albergou durante seis anos a GNR de Ferreira do Alentejo, reconhecidamente, todas as condições necessárias para resolver qualquer situação menos adequada noutro local do comando territorial.

Referimos, a título de curiosidade, algo que se passou noutro Ministério, deste Governo, em que o Tribunal de Família e Menores, até então com Sede em Beja, passou desde julho passado a ter Sede no Tribunal de Ferreira do Alentejo, fruto das melhores condições logísticas e de acolhimento aqui verificadas.

Estamos, obviamente, como temos estado todo este tempo, completamente disponíveis para tentarmos colaborar com o Ministério da Administração Interna e com o Comando da GNR para encontramos a melhor solução para o funcionamento das forças de segurança.

Para terminar, quero dizer que o dia 15 de dezembro de 2014 foi um dia de grande satisfação e acrescida tranquilidade para a população do Concelho de Ferreira do Alentejo, porque a GNR voltou a casa...!

Quero desejar, em nome da CMFA, a todos BOAS FESTAS E FELIZ 2015!

Aníbal Reis [email protected]

www.facebook.com/anibalreiscosta

www.youtube.com/user/cmfatvferreiraVER VIDEO EM

Page 3: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

3dezembro 2014

cerimónia de inauguração do reabilitado Posto da GNR em Ferreira do Alentejo, contou com a presença Ade muito público, Presidente da Câmara Municipal,

Presidente da Assembleia Municipal, Vereadores, Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, Comandante Geral da GNR, bem como outras individualidades locais e distritais.Após o hastear da bandeira, houve lugar ao descerrar da placa de inauguração pelo Secretário de Estado - Fernando Alexandre. Posteriormente, no uso da palavra, o Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana – Tenente General Manuel Mateus Silva Pontes, começou por enaltecer a conjugação de esforços do Ministério da Administração Interna e do Município de Ferreira do Alentejo, que permitiram a edificação da moderna e funcional infraestrutura para os fins pretendidos. Adianta: “ A reabilitação deste quartel consubstancia uma significativa melhoria da qualidade de atendimento e acolhimento que a GNR tem o dever de proporcionar aos cidadãos e comunidades que diariamente serve. O Posto da Guarda, símbolo de autoridade do Estado constitui igualmente um fator imprescindível e necessário à coesão social e deve projetar-se nas comunidades e cidadãos como um património de todos e para todos, funcionando como um importante elo entre a Guarda e os cidadãos.” Entre outros aspetos relativos a segurança e bem-estar salientados pelo orador, a criação de um ambiente social propício à solução pacífica dos conflitos e emergência de um sentimento de segurança na comunidade é, em sua opinião, uma responsabilidade coletiva, acrescentando de que a guarda só poderá garantir a liberdade e segurança dos cidadãos se todos se empenharem em torno desse objetivo comum.Por sua vez, Aníbal Reis Costa, começou por referir que foi precisamente há seis anos (dia 7 de dezembro de 2008) que se tomou conhecimento, de forma completamente surpreendente, que a GNR iria abandonar a Sede de concelho para se instalar em Figueira dos Cavaleiros.Uma decisão que segundo o autarca, teve de inusitado, do ponto de vista institucional, o mesmo que teve de despropositado, do ponto de vista operacional, tratando-se por isso de um ato pouco refletido, com pouca partilha de informação entre os decisores, bem como pouca reflexão ao

nível das implicações que futuramente marcariam a ação e intervenção da GNR no concelho.Acrescenta: “Para além da dificuldade acrescida na prevenção e manutenção de segurança no território concelhio, a deslocação para fora de Ferreira do Alentejo, significou, palavras repetidas bastantes vezes em sessões do Conselho Municipal de Segurança, um “transtorno operacional” para a função da GNR, pois como é do conhecimento geral mais de metade da população encontra-se fixada na Sede de concelho, bem como cerca de 80 por cento dos Serviços.”Aníbal Reis Costa, realça ainda que as decisões deverão ser sempre assumidas em busca da resolução de problemas, tendo por base o conhecimento da realidade e a partilha de informação, "-porque se a Câmara Municipal tivesse tido conhecimento em tempo útil daquela decisão, com toda a certeza, ela não teria acontecido". Adianta: “Como foi possível que só seis anos mais tarde se tenha resolvido a questão? Foi e é completamente impensável que uma Sede de concelho não tenha tido forças de segurança residentes, durante todo esse tempo...!”.A terminar a intervenção Aníbal Reis Costa enalteceu o trabalho da dos militares da GNR, referindo que os mesmos são um parceiro fundamental no desenvolvimento do concelho e na manutenção do bem-estar da população, sendo que a sua nobre função, não pode, nem deve ser confundida com a falta de visão territorial que por vezes assiste a Administração Central, a qual “continua demasiado concentracionista e pouco ciente da realidade concreta de cada um dos territórios.”Seguidamente, o Secretário de Estado sublinhou a importância que representa para as populações as forças de segurança da GNR, dizendo que Portugal, na última década, tem vindo a alcançar resultados muito positivos ao nível de segurança de pessoas e bens e que os atuais dados estatísticos posicionam Portugal como um dos países mais seguros do mundo. O governante congratulou-se com a reabilitação do quartel referindo: “Estou aqui para inaugurar a reabilitação destas instalações e não posso deixar de referir que a GNR tem mais 600 instalações distribuídas pelo país. Infelizmente, nas últimas décadas, na área de referência interna, não houve nenhum investimento nas

instalações das forças de segurança, em particular porque estas instalações não são suscetíveis de ser beneficiárias de fundos comunitários. Mas o caminho não foi esse, como sabem e o senhor presidente da Câmara sabe isso melhor do que eu, o que o Estado central fez foi dirigir o investimento precisamente para a comparticipação deste projeto.”Fernando Alexandre referiu ainda que sempre que ocorrem situações de degradação nos edifícios da GNR, faz questão de se deslocar ao local afim de se inteirar convenientemente da gravidade e que ao longo do seu período como governante, infelizmente têm sido muitas as visitas que efetuou a unidades da GNR nessas circunstâncias. Locais, em sua opinião, que não dignificam militares, homens e mulheres, que prestam serviço em tais condições.A cerimónia terminou com uma visita pelas instalações seguida de algumas modas de Cante Alentejano, interpretadas pelo Grupo Coral “Os Reformados” de Ferreira do Alentejo.Entretanto, segundo a fonte do Comando Territorial de Beja da GNR, ainda “não se sabe quais vão ser as futuras funções das instalações” em Figueira dos Cavaleiros.

Carlos Viegas

Posto da GNRfoi Inaugurado

Page 4: Jornal de dezembro de 2014

4

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 2014

Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo regozija-se com a decisão Ada UNESCO em elevar o Cante

Alentejano a Património Imaterial da Humanidade. Este enorme reconhecimento, além de permitir a salvaguarda do Cante, irá s u s c i t a r u m a r e v i t a l i z a ç ã o e rejuvenescimento dos grupos corais, bem como o surgimento de outros.Um prémio que homenageia todos os Baixo-alentejanos e que vai, com toda a certeza, possibilitar de ora em diante, uma maior apetência turística pela nossa região, exigindo também, por outro lado, uma maior responsabilidade do Estado sobre o Alentejo que deveremos apresentar e promover. O Município de Ferreira do Alentejo associa-se a este momento com a divulgação no youtube de um documentário intitulado “O Cante Alentejano é Como Eu”, produzido em 2008. Foram pequenas/grandes iniciativas de todas as autarquias, conjuntamente com vários grupos corais que permitiram o reconhecimento mundial da nossa forma de cantar e de descrever o Alentejo, bem como pessoas como o Padre José de Alcobia que aqui fazemos questão de recordar com um dos seus textos sobre o Cante Alentejano que se encontra, conjuntamente com outros artigos expostos, numa das salas do Museu Municipal de Ferreira do Alentejo e que passamos a publicar.

Património Cultural Imaterial da Humanidade - UNESCO

cante alentejano

“Génese e Evolução do Cante"O Cante Alentejano e gregoriano têm a mesma génese, a mesma raiz. É meu entendimento sobre o folclore cantado no Baixo Alentejo – origens e evolução – como tendo em vários jornais o seguinte: O Alentejo, em virtude da sua situação geográfica foi das últimas regiões a ser conquistada aos mouros. Dadas as grandes extensões de terras e pouca população, a sua divisão foi atribuída em regime de latifúndio, primeiramente às ordens militares de Santiago de Espada e Avis e, posteriormente, às ordens monásticas. As primeiras tinham por finalidade a manutenção e defesa dos territórios conquistados, as segundas o arroteamento das terras e evangelização das populações que à volta dos conventos se iam aglomerando formando freguesias.Os conventos eram as únicas escolas que existiam.Ensinavam artes e ofícios, o cultivo das terras e também a ler e a escrever. O Canto ocupava lugar de relevo na liturgia dentro dos conventos, mosteiros e também nos diversos lugares de culto que nas freguesias iam aparecendo. O que se ensinava e cantava não era já o Cantochão,

mas sim o gregoriano saída da reforma feita pelo Papa Gregório VII e o Fá Bordão, que nos aparece nos primórdios do século XII, penetra lentamente nos conventos e mosteiros. Fá Bordão é uma e s p é c i e d e p o l i fo n i a s i m p l e s e rudimentar a duas e três vozes, introduzido por um recitativo gregoriano cantado por um só elemento do grupo, a que responde outro elemento num tom mais acima, dando entrada às segundas e terceiras vozes. É nesta polifonia simples e rudimentar que radica o nosso belo Cante Alentejano, velhinho, mas sempre belo e único em toda a Europa.Para a conservação deste Canto polifónico muito contribuíram a geografia física do Alentejo e a escola de música da claustra da Sé de Évora, onde aprenderam e foram grandes Mestres: Duarte Lobo, natural de Lisboa; Frei Manuel Cardoso, alentejano, natural de Fronteira; Padre Diogo Dias Melgaz, alentejano, natural de Cuba e que veio a ser grande Mestre da Sé de Évora. Alguns dos frades do Convento da Serra de Ossa frequentaram, com outros, a escola de música da claustra da Sé de

Évora, entre eles, Frei Manuel de Frois, que em 1440 funda em Serpa o Convento dos Paulistas. Os Mestres desta escola de música e de outras, que em muito dos conventos espalhados pelo Baixo-

Alentejo se iam formando, souberam aproveitar os antigos modos gregorianos, as estruturas do Fá Bordão, e influência da música daquele tempo dando origem a escolas de canto popular e litúrgico junto

Page 5: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

5dezembro 2014

Meu lírio roxo do campo...Eu ouvi o passarinho

Humanidade - UNESCO

dos conventos, mosteiros e igrejas. É de notar que, ainda hoje, os grupos corais que melhoram cantam o alentejano são os das terras onde existiam conventos: Cuba, Vidigueira, Serpa, Moura e Messejana, são exemplos bem demonstrativos. Escolas de música de cariz popular aparecem no século XIV, atingem um ponto mais elevado nos séculos XVI e XVII. Em 1834, as Ordens Religiosas são extintas. Os conventos e mosteiros fechados, e com eles as respectivas escolas, que eram ao tempo, grandes fontes de cultura. Por isso, se pode afirmar ser o povo alentejano o mais «musical» da gente portuguesa pela gravidade que põe no acto de cantar, para ele verdadeiro acto de identificação colectiva, de comunhão espiritual com os do seu sangue para onde quer que vão, onde quer que se encontrem.O Canto Alentejano, que é um canto de grupo, comunitário, e polifónico, foi decaindo lentamente ainda que mantendo as mesmas caracteríticas, nas mãos de «mestres» amadores, alguns sem os mínimos conhecimentos de Cantochão, do Canto Gregoriano e do Canto Fá Bordão. A sua queda foi tão grande, que se chegou ao

ponto de as pessoas, ao ouvirem anunciarem um grupo alentejano, fechavam as telefonias e a televisão para não ouvirem, ne verem, uma coisa enfadonha, porque não a percebiam. Foi necessário que alguém, formado numa escola onde o Gregoriano e o Fá Bordão se cantavam a rigor, para na década de sessenta, através dos grupos corais «Os Trabalhadores” e os «Rurais» do concelho de Ferreira do Alentejo que fundaria e dirigia, com programas devidamente bem organizados e seleccionados de modo a quebrar a monotonia do canto de natureza não só nostálgica, como lenta, enquadrando-os numa explicação que os esclarece e os l e v a a u m a m e l h o r a c e i t a ç ã o , transmitidos pela rádio e televisão, para que de novo, o belo canto alentejano, jóia preciosa do património cultural do povo alentejano, voltasse a ser apreciado e desejado de Norte a Sul de Portugal e, nas vezes que foi ao estrangeiro oficialmente participar em festivais internacionais, considerado sempre entre dezenas e dezenas de grupos, o de maior valor cultural.

“O Cante é como eu”No sentido de dignificar o seu Património Cultural, vertente imaterial, a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, fez em 2008 um documentário sobre o “Cante” intitulado “O Cante é como eu”.O protagonismo é dado aqui aos próprios praticantes do “cante” que falam sobre as

suas origens e da ligação ao trabalho no campo. A espontaneidade do cante alentejano é aqui revelada nas suas mais diversas facetas desde o cante coral, mais conhecido, ao cante a despique até ao cante ao ladrão, tradições que ainda hoje persistem no concelho de Ferreira do

Alentejo onde existem 10 grupos corais no ativo. O “cante” alentejano, os sons do Alentejo, sonoridade com alma que molda e define a identidade cultural do Alentejo, tornando-a algo de único e merecendo por isso o reconhecimento da Unesco.

Ceifeira de prata

Alentejano"

Page 6: Jornal de dezembro de 2014

6

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 2014

MUSEU MUNICIPAL DE FERREIRA - NÚCLEO DE ARTE SACRAM ASIGREJA DA MISERICÓRDIAFERREIRA DO ALENTEJO

Dez anos decorridos desde o surgimento do primeiro Museu Municipal, a 22 de outubro de 2005, muitas têm sido as atividades e projetos desenvolvidos, valorizando e salvaguardando valências patrimoniais e culturais do concelho e da região.É agora a vez de mais uma importante infraestrutura cultural ser inaugurada, o Museu de Arte Sacra, sediado na Igreja da Misericórdia, no largo José de Vilhena em Ferreira do Alentejo, o qual ocupa também parte das instalações do antigo hospital. O imóvel, considerado de Interesse Público, foi alvo de obras de

conservação e restauro que permitiram recuperar a totalidade do edifício, através de vários momentos de intervenção que p o s s i b i l i t a m a g o r a o engrandecimento da respetiva edificação e sua história. Uma obra financiada em 85 por cento por fundos comunitários, através do Programa Inalentejo.Este novo espaço é composto pela nave, altar-mor, antiga sacristia e sala paralela à nave da igreja. O primeiro piso é “dedicado à ação religioso-espiritual desenvolvida pela Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Alentejo desde o ano de 1516, altura em que recebeu o

seu "Compromisso" das mãos do rei D. Manuel I. O segundo piso ocupa parte das antigas instalações do hospital civil da Misericórdia e é dedicado à atividade assistencial e hospitalar exercida em Ferreira do Alentejo desde o século XV até aos nossos dias.A cerimónia de inauguração ocorreu no dia 1 de dezembro e contou com a presença de muito público, Presidente da Câmara Municipal,Vereadores, Presidentes de Freguesias, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Bispo da Diocese de Beja, Pároco de F e r r e i r a d o A l e n t e j o ,

Representante da Delegação Regional de Cultura do Alentejo, bem como outras individualidades do concelho e da igreja.No interior do edifício, seguiu-se o descerrar de uma placa alusiva ao momento por parte do Presidente da Câmara – Aníbal Reis Costa; Bispo – D. Vitalino Canas e Provedor da Santa Casa – José António Matos. O evento prolongou-se com uma visita guiada pelas instalações por parte da responsável do Museu – Maria João Pina, seguindo-se discurso do Presidente da Câmara que c o m e ç o u p o r r e a l ç a r a importância que o novo espaço

representa, não só para o Concelho mas, também, para a Região e para o País.Após encómios ao esforço desenvolvido pela responsável do museu e restantes funcionários do município, o autarca fez questão de sublinhar que o dia 1 de dezembro (data escolhida para esta inauguração) deveu-se ao facto de o mesmo continuar a representar o Dia da Independência de Portugal desde 1640, embora há bem pouco tempo, por vontade governamental, deixasse de ser considerado feriado nacional. Acrescenta: “Nesse sentido, é também esta a nossa homenagem a todos aqueles que

INAUGURAÇÃO DO

MUSEU DE ARTE SACRA(…) “o dia 1 de dezembro (data escolhida para esta inauguração) deveu-se ao facto de o mesmo continuar a representar o Dia da Independência de Portugal desde 1640, embora há bem pouco tempo, por vontade governamental, deixasse de ser considerado feriado nacional.”

Page 7: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

7dezembro 2014

No centro do que é importanteNo centro do que é importante

FERREIRADO ALENTEJOFERREIRADO ALENTEJO R

pugnam pela defesa do nosso País, pela sua independência e dos nossos valores, ao recordar que também no Dia da Restauração da Independência Nacional em 1640, segundo os nossos registos históricos, a extinta Confraria do Santíssimo Sacramento, que esteve na dependência da Santa Casa da Misericórdia e recebeu o seu “Compromisso” para poder desenvolver a sua obra religiosa...”Aníbal Reis Costa referiu ainda que a melhor maneira de homenagear o p a s s a d o é p ro m ove n d o o reconhecimento dos seus valores arquitetónicos e culturais, com o “retornar à vida” de um espaço que

se encontrava decrépito , abandonado e cuja estrutura principal ameaçava ruir, com prejuízo para mais uma “joia” do património ferreirense e da sua história enquanto comunidade.Neste sentido, fez questão também de sublinhar a importância que o mesmo representa para o turismo, referindo que durante o ano de 2014 a CMFA conferiu particular destaque a este sector tendo como o mote o seguinte slogan: “O Turismo no Centro do Que é Importante”. Uma forma de contributo para reforçar a atividade turística no concelho. Disse: “Com a criação deste espaço

expositivo, estamos certos que j u n t o d o s n o v o s empreendimentos turísticos que têm surgido nos últimos três ou quatro anos no nosso concelho, este novo espaço de cultura, constituirá mais um ponto de visita a todos os turistas que crescentemente procuram a nossa terra.”O autarca terminou fazendo referência que o ano de 2015 será para a Câmara Municipal o ano da promoção do património concelhio e que o mesmo nunca pode ser esquecido, pela significância cultural de que se reveste e também pelo esforço que

o Município desenvolveu nos últimos anos. Um esforço levado ao nível do investimento com a criação/recuperação de espaços culturais, nomeadamente o Museu Municipal (núcleo Sede) ele próprio recuperação de um imóvel de valor histórico e patrimonial, bem como a criação de um edifício para o Arquivo Municipal e, aquisição ao Estado português com total recuperação da ermida de S. Sebastião, com o futuro projeto de criação de um Centro Interpretativo nas ruínas romanas do Monte da Chaminé, cujas pesquisa arqueológica foi retomada em 2007, após 20 anos

(…) “todo um espólio existente, onde as barreiras físicas e de comunicação não existem, tornando-o no ÚNICO MUSEU DE ARTE SACRA, onde pessoas com problemas visuais ou de locomoção poderão de forma adequada e confortável, aceder aos conteúdos museológicos disponíveis.”

de abandono.A valorização deste imóvel inaugurado, pode agora ser reconhecida e apreciada por todo um espolio existente, onde as barreiras físicas e de comunicação não existem, tornando-o no ÚNICO MUSEU DE ARTE SACRA, onde pessoas com problemas visuais ou de locomoção poderão de forma adequada e confortável, aceder aos c o n t e ú d o s m u s e o l ó g i c o s disponíveis.A cerimónia encerrou com a atuação do Coro Gregoriano vindo da cidade do Porto, tendo atuado pela primeira vez a sul do Tejo.

Carlos Viegas

www.youtube.com/user/cmfatvferreiraVER VIDEO EM

Page 8: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 20148

No passado dia 14 de novembro várias entidades do Baixo Alentejo lançaram um plano para promover o empreendedorismo nas escolas da região, a fim de preparar os alunos para a prática de ideias e ações empreendedoras.A iniciativa, através de um Plano de Promoção do Empreendedorismo nas Escolas, pretende “impulsionar o desenvolvimento de ações

EMPREENDEDORISMONOS BANCOS DA ESCOLA

coletivas que contribuam para preparar os estudantes e os respetivos contextos escolares para a prática de ideias/ações empreendedoras”, referiu à comunicação social um dos responsáveis do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) uma das entidades promotoras.O plano envolve ainda a comunidade intermunicipal, os

municípios, as associações de desenvolvimento local e os agrupamentos de escolas do Baixo Alentejo, o Centro Educativo Alice N a b e i r o , a A g ê n c i a d e Desenvolvimento Regional do A l e n t e j o , a A s s o c i a ç ã o Empresarial do Baixo Alentejo e L i t o ra l e a E m p r e s a d e Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva. A implementação do plano, com a primeira sessão de uma formação de 60 participantes no projeto, entre docentes e técnicos de entidades promotoras, integra um total de quatro sessões até Março de 2015. Posteriormente irão ter lugar várias dinâmicas de terreno e um processo de monitorização do plano, que irão decorrer até Junho de 2015 entre as entidades promotoras, visando assim a prossecução do inscrito no Plano Estratégico de Desenvolvimento do Baixo Alentejo”.

O Ninho foi distinguido na área da inovação social e criação de emprego, ficando em 3º lugar do prémio AGIR da REN. De referir que concorreram a nível nacional 130 projetos, ao que o "Ferreira Empreende"

NINHO DE EMPRESAS RECEBE PRÉMIO

Comemorou-se, no passado dia 20 de novembro, o 2º aniversário do Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo.Para assinalar a data, a Câmara Municipal organizou uma semana aberta à comunidade no âmbito da qual organizou várias atividades. E s c o l a s , e m p r e s á r i o s , empreendedores e empresas participaram nos trabalhos desenvolvidos, onde se destacaram, além das terceiras jornadas do empreendedorismo, a visita de turmas das escolas profissionais de Ferreira, Vidigueira e Cuba e a realização de uma reunião do conselho municipal para o empreendedorismo.Ao longo dos seus dois anos de existência, o ninho integrou 15 empresas, das quais oito físicas e sete virtuais, tendo as mesmas criado 10 postos de trabalho diretos. Preparou 11 projetos individuais de criação de emprego, incluindo a elaboração do respetivo plano de negócios. Os seus parceiros realizaram 14 ações de

formação, nas áreas de higiene e segurança no local de trabalho, contratos internacionais, negócios e gestão . Alguns cursos , relacionados com a especialização em contabilidade pública e normas internacionais de comércio, constituíram ofertas únicas no Baixo-Alentejo.O Ninho realizou ainda vários workshops e seminários, com destaque para iniciativas de apoio à rotina das empresas nas áreas da fiscalidade e da faturação. Complementarmente promoveu ações de aconselhamento ao consumidor, nomeadamente nos a s p e t o s d e c r é d i t o e endividamento. Entre formação e ações de sensibilização, estiveram envolvidas mais de 1500 pessoas, a grande maioria do concelho de Ferreira.Em 2014 o trabalho desenvolvido pelo ninho foi reconhecido a nível nacional, tendo recebido duas distinções públicas de particular significado: o prémio REN, AGIR, da REN – Rede Elétrica Nacional,

onde conquistou o 3.º lugar depois de concorrer com 130 outras entidades de trabalho congénere; e a integração na lista final do prémio “município do ano”, atribuído pela universidade do Minho. Os prémios obtidos tiveram em conta, essencialmente, a atividade desenvolvida no âmbito do projeto “Ferreira Empreende”, uma ação inovadora criada pela Câmara Municipal em conjunto com o seu parceiro Esdime.Mais recentemente,

foram aprovadas três novas empresas para instalação no Ninho de empresas de Ferreira do Alentejo, duas empresas de incubação física e uma de incubação virtual. A empresa virtual pertence a Daniel Costa, natural de Ferreira do Alentejo e é denominada por Transportes Flor do Alentejo, Lda, direcionada ao transporte rodoviário de mercadorias e comércio de farinhas, cereais e derivados. Uma das oficinas irá albergar uma nova empresa física de instalação e manutenção de extintores, sendo o seu promotor Jorge Aniceto, natural da Figueira de Cavaleiros.Outra das empresas física é a Firstgreen – Green Energy and Computer Center Lda, uma empresa que desenvolve um projeto inovador de comércio sustentável, pertencente a Silvestre Aranha.

no dia 3 de dezembro,

Ninho de Empresas de Ferreira do AlentejoDois anos de existência

desenvolvido em parceria com a ESDIME no Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo, mereceu esta distinção e foi premiado com cinco mil euros no passado dia 23 de outubro.

Page 9: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

9dezembro 2014

Segundo o recente inquérito levado a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a utilização de tecnologias de informação e da comunicação, metade das famílias do Alentejo tem acesso à INTERNET em casa. Ou seja, 54% dos agregados familiares do Alentejo ligam-se à Internet e 53% fazem-no através de banda larga na sua residência. O Alentejo é pois a região do país onde menos famílias se ligam à rede em casa. O acesso pelas famílias residentes nesta nossa região é inferior em 10 por cento da média nacional, sendo que 61 por cento de pessoas com idades entre os 16 e os 74 anos utilizam computador, 60 por cento usam a Internet e 17% por cento fazem compras on-line.

No discurso da cerimónia do “Dia do IPBeja”, que assinalou o 35º aniversário da instituição, Vito Carioca – Presidente daquele estabelecimento de ensino, realçou que a captação de novos candidatos continua a ser um desafio que

GNR EM BUSCA DE TRÁFEGO HUMANO NO SECTOR AGRÍCOLAA Guarda Nacional Republicana intensificou a partir do inicio do mês de novembro e até Janeiro de 2015, o patrulhamento nas explorações agrícolas.Trata-se de uma operação intitulada “AGRISEGUR”, a qual p r e t e n d e “ p r e v e n i r a criminalidade em geral e, em particular, o furto de produtos agrícolas, cobre e outros metais não preciosos, bem como situações de tráfico de seres humanos”.

Aníbal Reis Costa – Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, eleito como membro efetivo do Conselho Regional da CCDR no Conselho Económico e Social.O autarca sublinhou a importância do cargo, referindo que encara o

Aníbal Reis Costano Conselho Económico e Social

desafio como uma honra e uma grande responsabi l idade . Acrescenta: “Ser o único representante de uma Região c o m o a n o s s a , é a l g o verdadeiramente relevante e estarei disponível para, dentro das m i n h a s c o m p e t ê n c i a s e

Instituto Politécnico de BEJAQUER MAIS ESTUDANTES

obriga a um trabalho redobrado, pois “o IPBeja, apesar da sua atual situação ser estável, continua a correr enormes riscos no plano financeiro.Segundo o responsável pela instituição, é preciso continuar a

existir “um idêntico rigor ao praticado nos últimos meses, em todas as dimensões”, garantindo assim que “os interesses institucionais da comunidade académica possam prevalecer sobre os de mais”.

ALENTEJO COM MENOS EM CASAINTERNET

Por outro lado, o grupo etário com proporções mais elevadas de utilizadores de Internet situa-se entre os 16 e os 24 anos, diminuindo com o aumento da idade. Os dados revelam ainda que entre os utilizadores de Internet, mais de metade (57por cento) acede em mobilidade, isto é, fora de casa e do local de trabalho em equipamentos portáteis e a faixa etária dos 25 aos 34 anos é a que regista mais utilizadores do comércio eletrónico.

Desta forma, a GNR quer que as diversas campanhas agrícolas sejam realizadas em segurança, sendo também garantida a proteção de pessoas e bens e promovido o contacto com as comunidades rurais.Sublinhe-se que esta é uma operação levada a cabo num período em que se verificam c a m p a n h a s d e a p a n h a , preparação, transporte e transformação para venda de produtos agrícolas.

O presente ano é dos mais fracos em termos de colheita de azeitona, uma situação que, segundo a Associação de Olivicultores do Sul, as condições climatéricas com temperaturas baixas no Verão seguidas de chuva, foram as principais causas, provocando assim o surgimento e desenvolvimento de ataques da

MOSCA DA AZEITONACAUSA ESTRAGOS NOS OLIVAIS

mosca da azeitona. Uma situação que provocou a queda prematura do fruto e o aumento da acidez que conduz a uma quebra na qualidade do azeite com elevados prejuízos para os olivicultores, que não conseguiram controlar a praga com os tratamentos homologados.

atribuições, poder contribuir para o fomento e promoção da concertação social”. O autarca fez questão de relembrar ainda que o “CES” é um órgão constitucional de consulta e c o n c e r t a ç ã o n o d o m í n i o económico e social, pelo que, acima de tudo, deverá privilegiar-se a defesa dos direitos sociais, tendo em conta a constante evolução no mundo laboral, fruto dos diversificados investimentos privados que se têm verificado na região.

TAXA DE DESEMPREGO NOALENTEJO É DE 12,6 POR CENTOSegundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a taxa de desemprego no Alentejo no 3º Trimestre deste ano era de 12,6 por cento, No país, a taxa de desemprego no mesmo período situava-se em 13,1%. Este valor é inferior em 0,8 por cento ao do trimestre anterior e em 2,4 por cento ao do trimestre homólogo de 2013.O INE sublinha que abaixo da média nacional, encontrava-se a taxa de desemprego das regiões Centro (10,5 por cento), Algarve (11,2 por cento), Alentejo (12,6 por cento) e

Região Autónoma da Madeira (13,0 por cento).Em relação ao tr imestre homólogo, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões.O s m a i o re s d e c ré s c i m o s ocorreram na Região Autónoma da Madeira (4 por cento), em Lisboa (3,9 por cento) e no Alentejo (3,5 por cento). Em comparação com o trimestre anterior o desemprego recuou no Alentejo 1,4 por cento. Recorde-se que no país a taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 59,2 por cento,

mais 0,2 por cento do que no trimestre anterior e menos 0,2 por cento do que no trimestre homólogo.

Page 10: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 201410

A direção central da Liga dos Combatentes do Núcleo de Beja, levou a efeito no passado dia 30 de outubro, no cemitério de Ferreira do Alentejo, uma cerimónia de evocação do centenário da I Grande Guerra.Estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, Presidente da Assembleia Municipal de Ferreira do Alentejo, Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho, Presidente e Comandante dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, Pároco da Igreja Matriz e Destacamento de Aljustrel da Guarda Nacional Republicana.A cerimónia contou também com algumas intervenções alusivas ao momento, terminando com o descerrar de uma placa e a colocação de várias coroas de flores junto da mesma.

EVOCAÇÃO DO CENTENÁRIODA I GUERRA MUNDIAL

Portugal recebeu em 2014Onze Milhões de TuristasEntre janeiro e setembro do corrente ano Portugal recebeu 7 ,5 mi lhões de t u r is t a s estrangeiros, faltando apurar ainda os últimos três meses. No entanto, tendo em conta o registo do quarto trimestre do ano transato, prevê-se que o corrente ano termine com um registo de

2015Ano Municipaldo Património

E porque vamos entrar no ano Municipal do Património, r e c o r d a m o s a q u i u m a autorização, concedida nos termos do Decreto-Lei n.º 97/70 de 13 de março, de cessão à Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, do Posto local de fiscalização de trânsito com vista a sua demolição.

O referido decreto acrescentava ainda que a autorização visava o «desafrontamento da igreja denomina da “Ca pela do Calvário” mediante a obrigação de construir um posto local a designar pela Guarda Nacional Republicana, quando tal fosse necessário.»

onze milhões de turistas.Refira-se que este elevado número representa a soma total dos anos de 2011 e 2012, verificando-se no último Verão, entre os meses de maio a setembro, mais de um milhão de turistas por mês.

Investimento estratégico para o País

AEROPORTO DE BEJAO presidente da ANA – Aeroportos, Ponce de Leão, considera que “não vale a pena” acelerar o projeto do aeroporto de Beja enquanto não houver tráfego que o justifique, apesar de representar um custo anual de 1,5 milhões de EBITDA negativos.Além disso a ANA vai tentando resolver alguns problemas estruturais, um deles, prestes a ser solucionado, é o do custo do combustível, através de um protocolo que a empresa vai assinar com a Galp."A Galp cobrava um valor por litro [ d e c o m b u s t í v e l ] substancialmente superior ao de L i s b o a . E ra d i f í c i l l eva r companhias a querem instalar-se lá com isso. Vamos investir num protocolo com a Galp onde, até se at ingir uma determinada dimensão, nós suportaremos o diferencial [...]", explicou Ponce de

Leão.Através deste protocolo com a Galp, a ANA está a criar condições para que “o aeroporto de Beja também fique competitivo nesta matéria”, adiantou.Já sobre o horizonte no qual o aeroporto se poderá tornar rentável, o presidente da ANA não arrisca previsões." T e m o s i n t e r r o g a ç õ e s suficientemente importantes", a d i a n t a o r e s p o n s á v e l , exemplificando com o impacto que o problema do Ébola pode vir a ter nos fluxos turísticos ou os efeitos da recessão na europa. "Não tenho uma bolinha de cristal", conclui."O que sei é que foi um risco assumido, que vamos procurar minimizar através de operações de natureza que chamo industrial, p a r a r e d u z i r r á p i d a e significativamente a contribuição negativa", assegurou.

E acrescentou: "A minha opinião pessoal é a de que não é um investimento deitado à rua, é um investimento estratégico para o país, que foi considerado na avaliação da ANA e que se considera com um enorme potencial a prazo. Esse prazo, há tantos fatores a condicioná-lo, que a obrigação da gestão é, no mais curto espaço possível, torná-lo neutro" para depois passar "a ter uma contribuição positiva."Beja começará por ser um aeroporto industrial. Quando eu chamo aeroporto industrial é porque o que está previsto a mais curto prazo é uma operação de desmantelamento de aviões em fim d e v i d a e t a m b é m o desenvolvimento de um projeto de manutenção. Esses serão os dois primeiros projetos", conclui.(...)In: notícias ao minuto

O Município de Ferreira do Alentejo aderiu ao Programa "Wine in Moderation"O Programa "Vinho com Moderação/Wine in Moderation" é uma iniciativa do sector do vinho Europeu, cujo objetivo passa pela promoção da responsabilidade no consumo de vinho e produtos vitivinícolas, apoiando assim a mensagem sobre um produto de excelência para ser saboreado de f o r m a c a l m a e moderada, educando o público sobre os riscos sociais e de saúde que o excessivo consumo provoca . Além disso, o projeto visa também encorajar uma mudança cultural na abordagem ao consumo do álcool, fazendo da moderação uma moda.A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo

como associada da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (entidade responsável pelo desenvolvimento do programa a nível nacional) fez questão de se associar a este importante programa para a sensibilização do consumo moderado de vinho.M a i s i n f o r m a ç õ e s e m : www.wineinmoderation.eu

WINE in MODERATION

Contratações de pessoalestão vedadas em 2015

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo não vai poder proceder a contratações de pessoal durante o ano de 2015. Uma exigência governamental imposta pelo Orçamento de Estado para o próximo ano. No entanto, abrem-se exceções para contratos de pessoal não docente para o funcionamento das escolas.

Page 11: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

11dezembro 2014

Teve lugar no Centro Cultural Manuel da Fonseca em Ferreira do Alentejo, o II Encontro Nacional do Sector do Azeite. O evento, promovido pela Autarquia Ferreirense e a Associação de Olivicultores do Sul, foi aberto com a intervenção do Presidente da Câmara Municipal – Aníbal Reis Costa, que realçou os mais de 40 mil hectares regados por Alqueva e que o seu expoente máximo se verifica no concelho de Ferreira do Alentejo, com a existência de 12 mil hectares de olival e várias unidades de transformação de matérias primas. Adianta: “ Por tudo isto, a Câmara Municipal fez questão de registar no Instituto Nacional de Propriedade Industrial a marca: Ferreira do Alentejo Capital do Azeite, como forma de estratégia promocional e de divulgação do sector, que continua bem patente na nossa atividade municipal”.Aníbal Reis Costa, congratulou-se ainda com a relevância que tem para o concelho e para a

II ENCONTRONACIONAL DO AZEITE

região a fixação de importantes empresas relacionadas com a produção de azeite, bem como de outras que têm contribuído para alguma empregabilidade e fixação demográfica.Seguiu-se a apresentação e discussão sobre Gestão integrada de doenças da oliveira como Antracnose e Tuberculose; Novas variedades e compassos do olival em sebe e, a anteceder encerramento, Balanço da campanha 2013/2014 e perspetivas para a próxima campanha.O Encontro terminou com um debate (questões colocadas aos oradores pelo público presente) que teve como moderador Armando Sevinate Pinto.Em entrevistas ao “JF” o Secretário de Estado da Agricultura - José Diogo Albuquerque, referiu que as primeiras medidas de apoio ao investimento do novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2014-2020 irão abrir a 15 de novembro do

No centro do que é importanteNo centro do que é importante

FERREIRADO ALENTEJOFERREIRADO ALENTEJO R

corrente ano, acrescentando: “Estamos na fase final de aprovação do PDR 2014-2020 p e l a C o m i s s ã o E u r o p e i a , m a s , independentemente dessa fase processual, as primeiras medidas vão abrir a 15 de novembro e o Governo espera ter o p r o g r a m a c o m p l e t a m e n t e e m funcionamento em meados de 2015”.José Diogo Albuquerque, realçou ainda que o Governo acordou com o comissário europeu avançar com as primeiras medidas na referida data, nomeadamente as emblemáticas medidas do investimento de jovens agricultores e da agro-indústria, mesmo que o PDR 2014-2020 não esteja aprovado pela Comissão Europeia.Relativamente à produção de azeite o governante salientou que este setor em Portugal é dinâmico e já permitiu ao país ser auto-suficiente em produção, sendo a chave para o futuro a integração vertical, através da criação da organização interprofissional do sector.

O Presidente da Câmara Municipal dirigiu-se recentemente a vários empresários do concelho através de carta que passamos a publicar:

“A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, desde há vários anos, estabeleceu como principal prioridade a captação de investimento privado, fundamental para o desenvolvimento económico do nosso território. Até aí, não era comum, na definição de estratégia de atuação das autarquias do Alentejo, esta visão de primordial importância conferida ao setor privado gerador de riqueza e emprego.Para isso, além de estruturas e serviços que foram criados, o pelouro municipal do Desenvolvimento Económico passou a estar na dependência direta do Presidente da Câmara, por forma a agilizar e tornar mais rápido o desenvolvimento de procedimentos facil itadores da instalação dos investimentos.Penso que, verdadeiramente, isso foi atingido, sendo o Município de Ferreira do Alentejo um exemplo, neste domínio, para muitos outras que seguiram por idêntico caminho.Nesses termos, dirijo-me a V. Exª no sentido de procurar que a vossa empresa se possa, de forma entendida c o n v e n i e n t e , e n v o l v e r , verdadeiramente em iniciativas de responsabilidade social.É importante e muito significativo trazer benefício financeiro às pessoas que trabalham na empresa, mas, em nosso entender, a vossa empresa também poderá e deverá contribuir socialmente para o seu meio envolvente beneficiando a nossa comunidade.Lanço-vos este repto, tendo em conta a profícua relação que tem existido entre as nossas duas entidades, na certeza de que continuaremos a dar um grande contributo para o Desenvolvimento do Concelho de Ferreira do Alentejo.Com os meus sinceros cumprimentos.”

Aníbal Reis Costa

Presidente da Câmara apela à Solidariedade de Empresários do Concelho

Orçamento daCMFA

dos últimos+Baixo

10 anosA Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo vai ter um orçamento de 12,1 milhões de euros em 2015.O documento foi aprovado pela Assembleia Municipal de 11 dezembro 2014 e representa uma diminuição de 1,5 milhões de euros relativamente a 2014.

O Conselho Municipal de Segurança dos cidadãos do Concelho de Ferreira do Alentejo, presidido pelo Presidente da Câmara e composto por presidentes das Freguesias, Comandante dos Bombeiros, Comandante da GNR e Proteção Civil, reuniu a 17 do corrente mês e abordou alguns aspetos negativos que vêm tendo lugar na zona rural de Abegoaria, nomeadamente assaltos a montes e tiros durante o período noturno par parte de alguns estrangeiros ali residentes.Depois de testemunhos relatados por moradores daquela zona e sugestões para solucioná-las, o Conselho decidiu convocar para uma próxima reunião a presença de entidades como Delegação de Saúde, Segurança Social, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Ministério Público. Outro dos assuntos abordados, passa pelo estado de conservação da estrada nacional n.º 2, a qual põe em risco o trânsito que ali

CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA REUNE PELA PRIMEIRA VEZ NO NOVO POSTO DA GNR

c i r c u l a , u m a v e z q u e c a r e c e , frequentemente, de melhoramentos. Uma situação provocada pelos inúmero veículos pesados oriundos das várias infraestruturas que compõem o Parque Industrial do Penique e empresa da pedreira também ali

existente, referiu o Presidente da Freguesia de Odivelas, solicitando que o Conselho Municipal de Segurança, interfira junto da “Estradas de Portugal”, uma vez que o contacto feito por parte daquela freguesia, não surtiu o devido efeito que esperava.

www.youtube.com/user/cmfatvferreiraVER VIDEO EM

Page 12: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 201412

Situado em Peroguarda, no concelho de Ferreira do Alentejo, o Sesmarias Turismo Rural & SPA, está integrado numa herdade com 300 hectares e é composto por 12 quartos luminosos (proporcionam u m a s e n s a ç ã o d e p a z e relaxamento) com ar condicionado; TV por cabo e WC privativo com opção de vista direta para o quarto.Num ambiente tranquilo e familiar, privilegiado por um património rural único, envolvido por um espaço moderno e eclético, os hospedes podem dispor de uma excelente piscina, Spa, sala de reuniões, amplo restaurante com um variado menu de gastronomia regional, bem como de um Kitsch Club para as crianças e diversas atividades ao ar livre como ciclismo, pesca, canoagem, caminhadas e observação de aves migratórias.O “JF” deslocou-se ao local e entrevistou Luís Manuel Lopes, engenheiro agrónomo e ex-bancário, um dos dois proprietários administrador desta unidade de turismo rural que começou por nos contar como surgiu este projeto. “Nós comprámos esta propriedade em 1998 e demos inicio apenas à atividade agrícola, fazendo gradualmente a recuperação do monte que se encontrava em ruínas. A minha disponibilidade durante vários anos foi repartida com a atividade de bancário, uma profissão que exerci ao longo de vinte anos. Depois, há cerca de quatro anos, por entendermos que seria uma forma de complemento à atividade agrícola, demos inicio a este projeto com recurso a apoios comunitários, levando-me assim a optar, a cem por cento, pela atividade agrícola e turística. Além disso, devo referir que o facto do m e u s ó c i o e s t a r l i g a d o

MAIS TURISMO NO CONCELHO

profissionalmente à área do turismo também pesou na decisão.”O Sesmarias Turismo Rural & SPA, com uma área coberta de dois mil e seiscentos metros quadrados, abriu portas em Agosto do corrente ano, no entanto, diz-nos o empresário que não foi feita ainda a inauguração oficial, o que espera poder vir a ocorrer durante a próxima estação primaveril.Questionado sobre a taxa de ocupação destes primeiros cinco meses, bem como preços praticados, o empresário referiu estar satisfeito com a afluência de clientes que se tem verificado, salientando que se trata de turistas em idêntica percentagem, quer de origem nacional como estrangeira. Quanto aos custos por estadia diária eles variam, situando-se no Inverno entre os 85 euros e os 130 euros para estadias apenas com pequeno almoço, sendo a estadia completa na ordem dos 110 euros e os 170 euros. Uma diferença baseada no tipo de quarto a utilizar. No Verão, a situação é diferente, os preços sobem significativamente e situam-se entre os 130 e os 170 euros para estadia com pequeno almoço, oscilando a estadia completa entre os 150 e os 230 euros. Acrescenta: “Nós temos esses dois tipos de clientes, mas os de estadia completa, felizmente, estão frequentemente em maioria e são clientes que preferem férias ou fins de semana r e p o u s a n t e s e v i t a n d o deslocarem-se para outros locais. Por isso, nós dispomos de uma excelente cozinha regional que é muito apreciada, levando os nossos clientes a optar pela estadia completa. É todo este

conjunto de grande qualidade que nós temos, que uma parte significativa de turistas procura. Veja, nós estamos em dezembro e já temos algumas marcações feitas do estrangeiro para o próximo Verão. Claro que entre estes hóspedes existem também os interessados em conhecer um pouco melhor a nossa cultura e a nossa região, para eles temos visitas guiadas ao lagar Oliveira da Serra na herdade do Marmelo, visitas ao museu na Sede de concelho e também fora dele, como é o caso de algumas adegas na Vila de Cuba. Depois, além deste diversificado conjunto de opções, temos também uma Capela própria para casamentos e batizados, bem como um excelente espaço com o respetivo serviço de copo d'água ou para realização de outros eventos.” Refira-se que esta excelente infraestrutura turística, dentro em breve, passará a contar também com passeios a cavalo, através de uma parceria que irá ser criada com a “Tramagueira”, herdade vizinha, permitindo assim ampliar o rol de atividades ao ar livre.

Carlos Viegas

Page 13: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

13dezembro 2014

Odivelas - Limpeza e conservação do Parque Desportivo Odivelas - Presépio construído no

Largo da Praça pelo Grupo Sénior

Ferreira do Alentejo - Mostra de Doces Tradicionais na sede da Freguesia de Ferreira do Alentejo e Canhestros

Ferreira do Alentejo - Obras de Reparação em diversas artérias

Alfundão - Reparação da Estrada do Azinhal

Ferreira do AlentejoIluminação de Natal

Alfundão - Pavimentação da Travessa Francisco Parreira Serra

>>> Obras e Acontecimentos no ConcelhoNo centro do que é importanteNo centro do que é importante

FERREIRADO ALENTEJOFERREIRADO ALENTEJO R

Ferreira do Alentejo - Presépio construído pelo Serviço Educativo do Museu Municipal

Page 14: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 201414

Conta 36 anos de idade, é natural da Póvoa do Varzim e reside na Aldeia do Rouquenho, no concelho de Ferreira do Alentejo desde 2010. Uma fixação que surgiu através atividade profissional exercida na empresa espanhola Isolux (empresa instaladora da rede de rega do Alqueva em Alfundão) assim como, mais tarde, laços emocionais que o levam ao verdadeiro motivo da fixação.A paixão pelas motos vem desde muito novo por influência de seu pai, no entanto, a primeira p a r t i c i p a ç ã o e m p r o v a s , curiosamente, só tem lugar a 28 de setembro de 2014, na cidade de Braga, onde conseguiu um p re s t i g i a n te 3 . º l u ga r n o campeonato nacional de velocidade de motos, Classe LC3. No mês seguinte, o piloto repetiu a proeza no pódio com um honroso 2.º lugar.Em entrevista ao “JF” Eduardo Cabreira, conta-nos um pouco mais sobre o seu recente percurso na modalidade e os seus principais objetivos.

J. F. - Como surgiu o gosto pelas motos?E.C. - Desde que me conheço que as motos fazem parte de mim. O meu pai sempre teve motos e era apologista de que quanto mais cedo começasse melhor seria a minha evolução. Por isso, ofereceu-me a minha primeira moto tinha eu quatro anos de idade. Depois, aos nove anos tive outra um pouco maior e, por ocasião da escola secundária, tive então uma scooter Daí em diante as motos que tive já foram adquiridas por mim.

J. F. - E quando começou a participar em competições ?E.C. - Por incrível que possa parecer a minha primeira competição aconteceu este ano, no passado mês de setembro, em Braga.

J. F. - Porquê só agora?E.C. - Bem, como sabe trata-se de um desporto caro. Não é como quem gosta de futebol ou voleibol, que desde que se tenha algum jeito facilmente pode praticar com baixo custo. Nesta modalidade as despesas são significativas. Repare, não integrando o valor da moto, uma época no campeonato nacional traduz-se aproximadamente em cinco mil euros.

J. F. - E com que patrocínios conta para fazer face a estas despesas?E.C. - As ajudas com que conto não são propriamente monetárias, pois s e m p r e a p e l e i a o s m e u s patrocinadores outro tipo de colaboração. Por exemplo, eu não tenho carrinha para transportar a moto, então, tenho um patrocinador (Bisquisdoce e Fábrica Italiana) que me empresta uma carrinha e me paga o combustível, bem como

Eduardo CabreiraUM PILOTO DE MOTOS A RESIDIR NO CONCELHO

portagens, o que se traduz numa enorme ajuda. Além disso conto também com outro colega Ivo Costa (Serviço Aprília) que me trata de tudo respeitante à manutenção da moto e, em termos de pneus, a marca Michelin faz-me 50 por cento de desconto. Depois, tenho o apoio de uma empresa de publicidade (Insígnia) que me oferece todos os autocolantes. Porém, ainda tenho outras despesas a meu cargo como alimentação, dormidas, inscrições para as provas (cada custa 110 euros, mais licença no valor de 120 euros) peças que por vezes tenho de substituir na moto... enfim, um rol de despesas bastante elevadas. J. F. - Ao nível de preparação o que é necessário para ser um bom piloto de motos?E.C. - Uma boa preparação física é fundamental. Porque não é só chegar lá e andar na moto. Para uma melhor noção do que é uma prova, posso dizer-lhe que um fim de semana de corridas é composto por treinos livres com duração de 30 minutos cada, duas sessões de treinos cronometrados com a duração de 20 minutos cada e, por fim, a corrida que ronda os 25 minutos. Tudo isso se passa em cima de motos com mais de 150 cv e com um peso de 180 quilos, o que exige muito do físico. Por isso, alguém que não pratique desporto ao ser sujeito a esse tipo de esforço, é muito cansativo e eu na minha primeira prova tive bem consciência disso.

J. F. - Que tipo de motos participam neste campeonato nacional de velocidade, Classe TLC3? E.C. - Trata-se de um campeonato destinado a motos dos anos de 1989 a 1999. Como o próprio nome sugere TLC são as iniciais de Troféu Luís Carrera, um dos melhores pilotos que tivemos em Portugal e que faleceu durante uma prova, decidindo a Federação homenageá-lo desta forma.

J. F. - Por quantas provas é composto o campeonato?E.C. - É composto por seis provas. Mas deixe-me dizer a este propósito que as minhas duas participações ocorreram nas duas últimas provas deste campeonato, ou seja, não participei nas anteriores provas por não ter ainda reunidas as condições necessárias. Por isso, em vez de esperar por 2015 para me iniciar na modalidade, decidi fazer estas duas últimas corridas afim de me b a l i z a r r e l a t i v a m e n t e à concorrência que irei encontrar no próximo ano. Fiquei assim a saber se a moto era competitiva e se eu era também competitivo. De facto,

tudo correu muito melhor do que eu pensava. Outro dos aspetos que considerei relevantes, foi o facto de ter não caído, pois se tal acontecesse, além das possíveis consequências f í s i c a s , f i c a r i a t a m b é m , possivelmente, com um trauma para o próximo ano.

J. F. - Que velocidades máximas são atingidas durante a prova? E.C. - As velocidades máximas diferem um pouco de moto para moto. Eu tenho uma Aprília RSV 1.000 que atinge os 260 km por hora, mas todas se aproximam mais ou menos desta velocidade. A propósito de velocidade, recordo que existe uma parte do percurso naquela pista, que nos mete respeito, ou seja, há uma travagem que temos de fazer no final da reta da meta para entrar numa curva. Nós aí temos de reduzir passando da velocidade máxima para os 100 quilómetros horários. É uma redução muito brusca com recurso a muito travão da frente e a caixa de velocidades, dando também um toque de travão traseiro.

J. F. - Qual o limite máximo de idade para poder participar nestas provas?E.C. - Eu penso que não está previsto um limite. Cabe ao piloto ter essa noção e abandonar a modalidade, reconhecendo que não tem já as condições necessárias para tal. Curiosamente, quando subi ao pódio no 3.º lugar na minha primeira corrida, constatei um facto engraçado, isto é, ao meu lado, em 2.º lugar estava um piloto com 63 anos de idade que me disse ser aquela a sua última participação em provas. Ao fim e a o c a b o , e s e m t e r m o s conhecimento prévio um do outro, foi como que uma passagem de testemunho. Um que terminou e outro que se iniciou.

J. F. - O que diria a uma criança que pretenda iniciar-se no desporto motorizado?

E.C. - Prefiro dirigir-me antes aos pais tentando mostrar-lhe que o desporto motorizado não deve ser visto com medo, nem aterrorizar as crianças dizendo-lhes que uma moto ou um carro podem ser muito perigosos. Porque o que é facto é que numa pista os perigos diminuem muito, relativamente à estrada. Em pista nós temos todas as condições de segurança, temos um fato com proteção dorsal que impede a coluna dobrar, calças e luvas com reforços, botas, etc..

J. F. - Quanto custa um equipamento assim? E.C. - Um bom equipamento custa aproximadamente os mil euros. Depois, temos o preço da moto que se for como a minha, pode ser adquirida entre os cinco e os seis mil euros, sendo necessário posteriormente ser adaptada para competição, o que acarreta mais uma significativa despesa na ordem dos três ou quatro mil euros.

J. F. - Depois desta experiência em que obteve um 3.º e um 2.º lugar em provas do campeonato nacional em Braga, quais os objetivos para 2015 ? E.C. - Como já tive ocasião de

referir estas duas primeiras provas serviram mais ou menos para me entrosar. Agora, que reconheço que a moto é competitiva e que eu até tenho algum jeito para a coisa (sei que tenho uma boa margem de evolução pela frente) queria para 2015 algum apoio para amortizar as despesas. Muito me agradaria poder contar com alguns apoios por parte de entidades e/ou empresas locais. Entretanto, já fiz alguns contactos nesse sentido e aguardo a respetiva resposta.

J. F.- Já pensou representar uma associação do concelho, por exemplo a Ferreira Activa ?E.C. - Sim, isso seria, entre outros aspetos, uma forma de reduzir o custo das inscrições nas provas. Por outro lado, expunha também a imagem da Ferreira Activa pelo país. Nós temos corridas em Braga, no Estoril e em Portimão, o que dá alguma visibilidade em órgãos de comunicação social como a RTP2 que faz sempre os resumos das corridas, bem como no canal de tv da Federação, destinado apenas à modalidade. Depois, também na Revista Moto-Jornal e Revista de Motociclismo. Penso que seria muito positivo para ambos.

Carlos Viegas

Page 15: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

15dezembro 2014

ARTE URBANA EM ODIVELASA iniciativa do grupo sénior que frequenta o Polo de Animação de Odivelas, deu cor às principais ruas e praças da aldeia com a aplicação de croché colorido nos troncos das árvores. O gosto pela arte do croché levou o grupo, composto por 20 senhoras e monitorizado pela animadora sociocultural Márcia Guerra, a desenvolver o projeto que, desde a exposição, tem chamado a atenção da população e visitantes. A iniciativa contou com o apoio da Junta de Freguesia e da população com a disponibilização de novelos de lã e peças de vestuário paradesmanchar. A ideia de personalizar os principais espaços públicos com o artesanato local presenteou todos os que por lá passam e deu vida à pacata aldeia de Odivelas.

No âmbito do projeto de animação de idosos da freguesia de Ferreira do Alentejo e Canhestros realizou-se, no dia 11 de dezembro, no salão nobre da Freguesia, uma mostra de doces tradicionais aberto à comunidade. Durante o evento, houve lugar a um momento de animação inserido no projeto “por os livros ao caminho…” da Biblioteca Municipal e, ainda, uma exposição de trabalhos efetuados pelos utentes dos cinco polos de a n i m a ç ã o d a U n i ã o d a s Freguesias.No encerramento da mostra gastronómica, em declarações ao “JF”, José João Cavaco - Presidente da referida União de Freguesias, realçou que promoção deste evento, a par do Cante Alentejano, e l e v a d o p e l a U N E S C O a Património Mundial e Imaterial da Humanidade, é também ele na componente de doçaria e licores, outro componente da cultura tradicional alentejana, baseada no saber dos menos jovens.

MOSTRA DE DOCES TRADICIONAIS

Em cerimónia do dia 15 do corrente mês a CIMBAL - Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, procede ao ato simbólico, nas suas instalações, da entrega de equipamentos de proteção individual de combate a incêndios em espaços naturais às 13 corporações da sua área de abrangência.Trata-se de 166 capacetes, 327 capuzes, 392 fatos de proteção individual, 368 luvas e 383 botas

EQUIPAMENTOS PARAOS BOMBEIROS

que têm por objetivo a melhoria do Sistema Nacional de Proteção Civil e o aumento da sua resiliência, através do reforço de equipamentos de proteção civil, contribuindo para uma maior segurança e maior eficácia no combate aos incêndios em espaços naturais.A aquisição destes equipamentos foi possível graças a uma candidatura submetida pela CIMBAL ao Programa Operacional Temático de Valorização do Território. Um valor na ordem dos 157.575 euros, financiado em 85 por cento pelo programa e os restantes 15 por cento repartidos pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e pelos 13 municípios abrangidos, dos quais faz parte o de Ferreira do Alentejo.A cerimónia oficial para entrega destes equipamentos aos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, terá lugar no próximo mês de Janeiro sem data ainda marcada.

À semelhança de anos anteriores a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, com a colaboração de outras entidades e instituições do concelho, promove durante o mês de dezembro, uma "Feirinha de Natal" na Praça Comendador Infante Passanha em Ferreira do

Alentejo. Nos dias 6, 13 e 20 de dezembro das 10 às 13hs e das 15 às 19hs,, encontram-se à venda diversos artigos de produção local, tais como doçaria tradicional, artesanato, vinho, azeite, mel, entre outros.

SEMANA DA IGUALDADEA Câmara Municipal volta a promover a Semana da Igualdade pelo Concelho de Ferreira do Alentejo de 9 a 16 de dezembro.Estão agendadas várias atividades de cariz social, destinadas a toda a população (Mercados Sociais, Jogos sobre a igualdade, e workshops de reciclagem de roupas), o evento teve inicio em Peroguarda no dia nove.

Ferreira Solidária

www.cm-ferreira-alentejo.pt

Page 16: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 201416

Recolher experiências de vida de alguém que se aproxima de um século de existência, guardando seletivamente na memória a maior parte da sua vida dedicada ao comércio, permite-nos aceder a dados que documentam factos q u e n ã o s e l i m i t a m exclusivamente à personalidade do nosso entrevistado.Jesuíno Martins Branco, conta 95 anos de idade, é casado, natural de Figueira dos Cavaleiros e foi c a r p i n t e i r o , m a r c e n e i r o , agricultor, e comerciante ao longo de quase quatro décadas na Sede d e c o n c e l h o , s e n d o simultaneamente, durante um período de 10 anos Presidente da Junta de Freguesia de Ferreira do Alentejo. Em sua casa, onde nos recebeu na companhia de sua esposa, tivemos oportunidade de apurar um pouco mais da sua história de vida pessoal e profissional.

J.F - Em que ano iniciou a atividade de comerciante?J.M.B. - Estávamos no ano de 1945 quando me estabeleci no comércio em Ferreira do Alentejo. Tinha então 26 anos de idade e trazia comigo uma experiência de vida no mundo do trabalho desde os 13 anos de idade, altura em que c o m e c e i a d e s l o c a r - m e diariamente de bicicleta para Ferreira.Durante três anos, fiz esse percurso Figueira – Ferreira e vice-versa, afim de aprender a profissão de carpinteiro e marceneiro na oficina do senhor A n t ó n i o J o s é H o n r a d o , e s t a b e l e c e n d o - m e posteriormente, por conta p ró p r i a , e m F i g u e i ra d o s Cavaleiros, até cerca dos vinte anos de idade, altura em que fui para o serviço militar. Mas voltando um pouco atrás e regressando à minha juventude. Deixe-me dizer que por força das circunstâncias, desde bem cedo comecei a “respirar” o comércio e a agricultura, ajudando na loja do meu pai em Figueira dos Cavaleiros. Uma loja que vendia de tudo e que se situava no Largo do Poço. Depois, e porque era o mais novo dos meus três irmãos (quatro com a minha irmã) acompanhava sempre o meu pai, quer nas suas tarefas agrícolas, quer noutros afazeres que ele t i n h a . U m c o n j u n t o d e experiências que adquiri e que muito contribuíram para meu futuro.

J.F - E após o serviço militar?J.M.B - Bem, depois da tropa regressei a Figueira dos Cavaleiros e estudei contabilidade e música, tocando também violino na orquestra do Hospital de Ferreira e as horas vagas eram ocupadas na loja com os meus irmãos. Uma

Entrevista

Histórias de vida – Jesuíno Martins Brancosituação que se verificou até aos meus 26 anos, altura em que p e n s e i a v a n ç a r c o m o arrendamento da loja do senhor Inácio Viegas, em Ferreira do Alentejo. Porem, as dimensões e a abrangência do negócio i m p l i c a v a m c o n d i ç õ e s e responsabilidades acima das que eu podia garantir. Por isso, decidi iniciar a atividade à medida das minhas possibilidades fazendo uma sociedade para o efeito com o senhor Caetano José Maceta, num edifício ali mesmo em frente na Rua Serpa Pinto. Um espaço que satisfazia a dimensão do negócio que pretendíamos criar.

J.F - Lembro-me que o senhor mais tarde passou para outro estabelecimento que antes pertencia do senhor Moreira.J.M.B - Sim, é verdade. De 1945 a 1969 tive o estabelecimento, na Rua Serpa Pinto, depois mudei-me para a Rua da República no edifício onde é hoje a Caixa Geral de Depósitos, edifício este que acabei por comprar dez anos depois de lá estar estabelecido, vindo mais tarde, em 1982, a vende-lo àquela instituição bancária.

J.F - Recordo-me também que nessa loja a sua esposa o acompanhava nos seus afazeres, tendo sempre um notado e particular prazer de oferecer alguns rebuçados e chocolates às crianças que por lá passavam.J.M.B - S im, é verdade, acompanhava, mas não era propriamente para trabalhar, era mais pela companhia. Depois, ela adorava ver a alegria das c r i a n ç a s e o f e r e c i a - l h e s rebuçados e chocolates.

J.F - Como era o comércio daqueles tempos?

J.M.B - Muito diferente de hoje. Era um comércio de carácter quase familiar, onde existia uma relação próxima com os clientes. Nós comercializávamos uma enorme diversidade de produtos que hoje não são permitidos no m e s m o e s t a b e l e c i m e n t o . Vendíamos bens alimentares avulso como manteiga, açúcar, café, grão, feijão, azeite e outros. Além disso, tínhamos também fazendas, botões, linhas, agulhas, sabão, petróleo, etc, etc.. . Lembro-me que além das compras habituais que faziam, e r a n o r m a l a s p e s s o a s adquirirem gradualmente o enxoval para o casamento das fi lhas, ou seja, num mês compravam uns panos para fazer u n s l e n ç o i s , n o u t ro m ê s compravam um cobertor e assim iam conseguindo juntar os artigos necessários.Depois, o comércio daqueles tempos também tinha um importante contributo social, permitindo às pessoas algum

desafogo para aquisição de produtos alimentares, aceitando à maioria delas o acerto de contas no fim do mês.

J.F - E como eram os dias de Feira para o comércio? Sei que em tempos se faziam duas Feiras, ou seja, a Feira Nova que se realizava em Junho e a Feira Velha também conhecida pela Feira de F e r r e i r a , n o m ê s d e Setembro.J.M.B - Oh!.. Eram dias de muito movimento! As Feiras nesse tempo eram benéficas para o comércio, hoje já não o são. Começávamos a trabalhar às nove horas e terminávamos perto da meia noite. Nessa altura o trabalho era tanto que contámos quase sempre com a ajuda de um ou dois viajantes (vendedores) que se ofereciam para nos ajudar. Era no tempo em que as pessoas juntavam dinheiro durante todo o ano para gastar por ocasião da Feira, ou melhor, para comprar bens

essenciais e de algum conforto para a casa. Ao longo dos anos tudo foi mudando, as Feiras deixaram de ser um local de transações, passando a ser locais de diversão, e o comércio tradicional de carácter familiar, sem meios para modernizar o seu serviço e sem poder de negociação para conseguir melhores preços dos fornecedores, tem vindo a desaparecer gradualmente. É uma pena, porque nem sempre os preços nas grandes superfícies comerciais são os melhores. Ainda recentemente constatei alguns preços mais baixos na Loja do António Ameixa que fica ali na Rua Longa, comparativamente com preços de um hipermercado.

J.F - Em sua opinião o que podia ser feito em defesa do comércio local e tradicional?J.M.B - Ta lve z c o m u m a ve rd a d e i ra a s s o c i a ç ã o d e comerciantes a funcionar de outra forma, ou seja, uma associação que fosse ela própria a principal negociadora junto das empresas fornecedoras (com dinheiro adiantado pelos comerciantes) onde os associados pudessem então adquirir os seus produtos a p r e ç o s i d ê n t i c o s a o s d a concorrência dos hipermercados. Imagine por exemplo a compra de açúcar para satisfazer 100 lojas. O preço conseguido seria diferente do que se for comprado apenas por um comerciante. Claro que tudo isso implica infraestruturas próprias para um curto prazo de armazenamento dos produtos adquiridos, bem como vontade e dinheiro para levar por diante um projeto desta natureza...

J.F - Se lhe perguntar qual a m e l h o r r e c o r d a ç ã o o u recordações que guarda ao longa da vida, o que me responde?J.M.B - Digo-lhe que a melhor recordação foi quando conheci a minha mulher. A maior amiga que tenho. Depois, o nascimento do nosso filho e netos. E, mais recentemente, dos bisnetos.E s s a s s ã o a s m e l h o r e s recordações, entre outras que naturalmente têm tido lugar ao longo das nossas vidas. Carlos Viegas

O “ J F ” d e s e j a a s m a i o re s felicidades ao casal nonagenário e lamenta a falta de espaço para referir outras interessantes histórias que integraram a entrevista.

Page 17: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

17dezembro 2014

A tarde estava quente, levantava-se a maré, e, à roda da mesa a que habitualmente se sentavam, os reformados falantes estavam silenciosos. Já não teriam nada que falar?Acercou-se deles um jornalista do Jornal de Ferreira.Jornalista: – Então amigos, hoje estão muito calados! Não nos querem dizer nada?Primeiro falante: – Eu estava a pensar no que sonhei esta noite! Gostava tanto que me explicassem como enleamos tudo isto quando dormimos!Jornalista: – Então, antes de d e s b o b i n a r o s e u s o n h o , apresentem-se lá.João Oliveira: – Esta noite sonhei que era miúdo e estava na Escola. A professora perguntou-me os afluentes da margem esquerda do Rio Minho. Disse-lhe os primeiros nomes que me vieram à cabeça: Tua, Zêzere e Sorraia; apanhei meia dúzia de reguadas. Acordei e doíam-me as mãos!Inácio Pereira: – Vá lá. Esse não foi um sonho esquisito. Quantas vezes não sabias a lição? Tu eras um pouco cábula! Preferias armar rastemengas aos pássaros e jogar, descalço, com uma bola de trapos! Eu também gostava de perceber como sonhamos e misturamos a ficção com a realidade. Uma noite destas sonhei que estava a ouvir, num roufenho rádio de pilhas, um relato de futebol na Emissora Nacional. Vejam só, o Sporting ganhou o jogo e era campeão Nacional!Joaquim Pinheiro: – Foi, de facto, um sonho lindo! E é pena que isso só suceda em sonhos! Se eu vos contasse o que sonhei há duas ou três semanas vocês diriam: “este já pirou”. … É melhor não vos contar!...João Oliveira: – Desembucha que prometemos não dizer nada a ninguém. É melhor o jornalista desligar o som!Inácio Pereira: – Claro! Queremos que sejas considerado uma pessoa com os cinco alqueires bem medidos.Joaquim Pinheiro: – Lembram-se dos contos em que os animais falavam! Há quem diga que fala com as almas do outro mundo! Pois eu sonhei que ouvia os átomos do meu corpo, sussurrando entre si e contando as histórias da sua vida. E bem interessantes eram!...Inácio Pereira: – Dizes sussurro!

José [email protected]

Sonhando…

Mas devia ser uma grande algazarra, com tantos átomos que temos no nosso corpo!João Oliveira: – Mas temos muitos átomos diferentes no nosso corpo?J o a q u i m P i n h e i r o : – Praticamente temos no nosso corpo quase todos os elementos existentes na Terra. Hidrogénio, oxigénio, carbono, azoto, cálcio, magnésio, ouro, urânio. Alguns deles em quantidades muito pequenas e que exigem métodos de análise sofisticados para os detectar, mas que são necessários para uma vida saudável. Aí uma pessoa como vocês com cerca de 70 kg tem cerca de 7×1027 átomos (isto é, 7 vezes 10 elevado a 27)!João Oliveira: – Espera aí! Estás-me a confundir. Que história é essa de 7 vezes 10 elevado a 27?Joaquim Pinheiro: – Desculpem. Isto é uma maneira abreviada de representar grandes números. Significa 7 seguido de 27 zeros: 7 000 000 000 000 000 000 000 000 000! Abrevia-se a escrita com aquela representação.João Oliveira: – Mas alguém se deu ao trabalho de contar esses átomos?Joaquim Pinheiro: – Isso era impossível. Se se contassem ao ritmo de um por segundo levaríamos 2×1020 anos e o universo tem só 13,5×109 anos, isto é 13,5 mil milhões de anos!Inácio Pereira: – Espera aí. Parece-me que continuas a sonhar, ou estás brincar connosco. O Universo tem 13,5 mil milhões de anos? E o Sol e a Terra têm a mesma idade?João Oliveira: – Na escola ensinaram-me que Deus criou o

mundo em seis dias há cerca de 6 mil anos!Joaquim Pinheiro: – Essa idade resultou de umas contas feitas pelo Arcebispo Irlandês Ussher em 1650, baseado na Bíblia. E durante muito tempo acreditou-se nisto. Frei Bernardo Brito, na Monarquia Lusitana, publicada em 1597 descreve a criação do mundo no ano 3962 antes de Cristo, mais precisamente no equinócio da Primavera! Mas os homens não se fiaram nesses cálculos, libertando-se das amarras da religião, procuraram na ciência a resposta a essa e outras questões. Com os conhecimentos termodinâmicos da época, o físico Kelvin, no século XIX, estimou a sua idade nalguns de milhões de anos. Foi um “envelhecimento” imenso, mas sofria, ainda, de um erro muito grosseiro. Kelvin não teve culpa, mas não considerou no seu modelo, uma fonte de calor importante no interior da Terra, desconhecida na altura, e que era a radioactividade. Esse valor foi posto em causa por Charles Darwin pois a sua teoria evolução da vida precisava de uma Terra muito mais velha. O Sol e a Terra formaram-se muito depois do nascimento do Universo. A investigação científica aponta, agora, para a sua formação há cerca de 4,5 mil milhões de anosJoão Oliveira: – E o mundo não foi criado em seis dias?Joaquim Pinheiro: – Os homens sempre se indagaram sobre a origem do Universo. Todas as civilizações antigas, não dispondo dos conhecimentos que hoje temos, foram criando mitos que i a m s a t i s f a z e n d o a s u a

curiosidade. Impotentes como se sentiam, criaram deuses à sua semelhança, mas mais poderosos, que formaram o universo. Encontram-se mitos semelhantes à descrição bíblica em civilizações mais antigas. Inácio Pereira: – Mas, afinal, ainda não nos contaste o teu sonho. E daqui a pouco são horas de jantar!Joaquim Pinheiro: – Este foi o meu sonho, ouvindo os átomos. Vocês podem interromper quando quiserem!Átomo de hidrogénio: – Cá estamos novamente reunidos num corpo humano! Em quantos corpos já andámos! Tem sido longa e penosa a nossa vida. Tivemos origem em estrelas que explodiram, vagueámos pelo espaço, reunimo-nos num pequeno planeta orbitando o Sol. Já formámos água, rochas, seres unicelulares, árvores, animais, homens e mulheres, novamente água, calcário, eu sei lá! Já estivemos em saborosos frutos e em fezes mal cheirosas. Esses s e r e s f o r a m m o r r e n d o , libertando-nos. Nós é que somos imortais! Em quantos corpos humanos já vivemos? Em heróis e traidores, pobres e ricos! Será que alguma vez podemos descansar? Apesar de ser o mais simples, não só sou o elemento mais abundante neste corpo humano, como também em todo o Universo! Além disso sou o mais velho e o progenitor de todos vocês. Devem, por isso, respeitar-me, como fazem todos os filhos bem formados.Inácio Pereira: – Não esperava ouvir uma coisa destas. O oxigénio, o carbono, o ferro, o ouro

são filhos do hidrogénio? Isto está a cheirar-me a alquimia!Joaquim Pinheiro: – Em certo sentido sim!Átomo de oxigénio: – Eu sei que és o mais velho! Mas enquanto nós sabemos explicar o nosso nascimento, a tua origem é ainda um mistério. Tu és o elemento mais simples. Tens um protão, com carga positiva no núcleo, e um electrão por companheiro. Vocês e o neutrão apareceram nos primeiros centésimos de segundo da vida do Universo, quando a temperatura era da ordem de 100 mil milhões de graus, mas como apareceu a vossa massa?Inácio Pereira: – Ele disse 100 mil milhões de graus? Isso deve ser pior que o inferno!Átomo de hidrogénio: – É verdade! Reconheço essa lacuna. Mas posso afirmar-vos que, tanto os protões como os neutrões tinham uma velocidade enorme e chocavam violentamente uns com os outros. Os neutrões foram desaparecendo e por volta dos 3 minutos de existência começámos a acasalar-nos com os neutrões re s t a n te s , e s g o t á m o - l o s e formámos núcleos de átomos de hélio cada um constituído por dois p r o t õ e s e d o i s n e u t r õ e s . Partilhámos assim o Universo, durante centenas de milhares de anos, na proporção de 75% de hidrogénio e 25% de hélio. Neta do Joaquim Pinheiro: – Avô! Já te esqueceste que hoje és tu que me tens de levar à natação? Já estou atrasada!Joaquim Pinheiro: – Desculpem, t e n h o d e m e i r e m b o r a . Continuamos a conversa amanhã!

Page 18: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 201418

A S o c i e d a d e F i l a r m ó n i c a Ferreirense, foi criada em 1925, e extinta em 1962, tendo, portanto, tido uma existência, relativamente curta, de 37 anos.Esta Associação distinguia-se e rivalizava com a Sociedade Filarmónica e Recreativa, fundada também em 1925 (8 de Maio de 1925), ainda hoje existente, e conhecida de todos sobretudo pela sua sede na Praça Infante Passanha e pela sua banda filarmónica em atividade, verdadeiro património cultural da Vila.Ambas estas instituições foram pois criadas durante a primeira República, num ambiente de liberdade política e participação democrática.Vamos falar agora, em especial, da extinta Sociedade Filarmónica Ferreirense.Os Estatutos da SFF foram adotados na data de 25 de Maio de 1925 e, seguidamente, aprovados pelo Governador Civil de Beja, em 3 de Junho de 1925.Era Governador Civil, Ezequiel do Soveral Rodrigues, um importante republicano do Baixo-Alentejo, ligado ao partido Democrático de, Afonso Costa.Os Estatutos constam de 34 a r t i g o s , e d i s p õ e m , nomeadamente, que se trata de “… uma sociedade de recreio…” (art. 1º), e que nela “… serão apenas permitidos dois grupos artísticos, um dramático e outro musical…” (art. 25.º).Estes Estatutos foram organizados por uma comissão própria e a p r o v a d o s p e l o s s ó c i o s fundadores, que são apresentados assim:Comissão Organizadora dos Estatutos:Júlio Sequeira FragosoSilvestre Gomes PeresJosé Joaquim CautelaAntónio José HonradoInácio Alfredo Fernandes.E, os Sócios:Luiz Afonso Libânio, João Sérgio Alberto, José Inácio Farelo, Raúl de Pinho Ravara, Inácio José Farelo, José Jacinto de Matos Esteves Pilha, Martinho José Agostinho, Eduardo Vaz Ferro, Manuel dos Santos Coelho, Teolindo Paes Coelho, António Manuel Ramos, Manuel Batista dos Santos, José Francisco Mirotes, António José Boga, José António Palma, José Lopes, João

Da Falida aos Bombeiros(sobre a Sociedade Filarmónica Ferreirense)

Luís A. Pita Ameixa

M a r t i n s Va l e n te , M a n u e l Francisco Gomes, Inácio Felício Montes, Filipe dos Santos Coelho, António Guerreiro Romano.E s t a a s s o c i a ç ã o ( S F F ) , normalmente chamada apenas “a Filarmónica”, teve, naturalmente, os seus momentos altos e baixos, sendo de destacar, por exemplo, a sua banda filarmónica que muito brilhantismo patenteou em certos momentos, constando também a ocorrência de épicos despiques musicais com a banda da outra Sociedade (SFR), esta normalmente chamada apenas “a Recreativa”.Há nota ainda de uma outra banda de música em Ferreira, com uma sede que funcionava um pouco também como “sociedade”, mas que era da iniciativa particular e alimentada pela família Passanha, da quinta de S. Vicente, a qual se situava na atual Rua António José de Almeida, n.º 59.

Quem terá sido um importante benemérito da Sociedade Filarmónica Ferreirense foi, João de Vilhena, pessoa que foi muito estimada na Vila, a quem chamaram ‘pai dos pobres’, e tem uma rua com o seu nome. Sobre esta personalidade veja-se o “Jornal de Ferreira”, ano I, n.º 5, de 5 de Junho de 1995, página 9.Por sua benemerência, a Sociedade, a partir de Março de 1930, vai passar a ter sede na rua Visconde de Ferreira, nº19. Ora, nessa casa funcionava o “Centro Republicano 1º de Dezembro”.

O Centro Republicano, fora fundado em 5 de Março de 1911, como entidade de propaganda dos ideais republicanos mas, entretanto, a República fora derrotada, pelo golpe de 28 de maio de 1926, e vivia-se agora um regime de ditadura. Portanto, por esta altura de 1930, o Centro Republicano já estaria a agonizar, e parece que só por lá aparecia o velho e inabalável republicano, Francisco Tristão, e p o u c o m a i s . P a r a m a i s informação sobre o Centro Republicano veja-se a “Revista de Ferreira”, n.º 2, Outubro de 2011, páginas 29 e 30.Ora o proprietário do edifício era João de Vilhena, também associado da Filarmónica.Como a Sociedade se viu na necessidade de sair da casa onde estava instalada, e, em face daquelas circunstâncias políticas, dirigiu-se ao Centro Republicano (carta de 20 de Março de 1930) e

a João de Vilhena (carta de 21 de Março de 1930), assinadas pelo então Presidente da Direção, José António Lampreia, a rogar autorização para instalar ali a sua sede. O que foi conseguido. E assim ficou por 32 anos. A sede, com rés-do-chão e primeiro andar, comportava vários compartimentos, entre os quais sala de leitura, sala de bilhar, e salão de festas.Em 30 de Março de 1936, viria mesmo a organizar-se na S o c i e d a d e u m a f e s t a d e homenagem a João de Vilhena,

conforme convite impresso para o efeito, expedido c o m a s assinaturas de: L u í s A n t ó n i o A m e i x a , Francisco Rosa, J o a q u i m A . C a m a c h o , F r a n c i s c o A . Bertão.Esta Sociedade, a F i l a r m ó n i c a ( S F F ) , f i c o u t a m b é m conhecida pela alcunha de “A Falida”.Independentemente do circunstancialismo em que tal alcunha tenha surgido, esta parece ter justamente que v e r c o m a s c o n s t a n t e s dificuldades em que estra i n s t i t u i ç ã o v ive u , o q u e efetivamente se confirma por alguns documentos consultados.Por exemplo, em 12 de Dezembro de 1935, o Presidente, João Freire, cuidando das receitas, escreve ao grupo musical ferreirense “O Jazz Lusitano” avisando que o uso das instalações da Sociedade implicaria uma contrapartida para a Sociedade de 30 por cento.Em 26 de Julho de 1961, a Direção envia aos associados uma circular (o que denotará um generalizado, ou muito elevado, número de envios) solicitando o pagamento das quotas e apelando que, para cada um, tal“… seria muito louvável, enfileirando assim, na categoria de bom associado.”. Em 15 de Março de 1962 surge uma notificação à Sociedade para pagar muitas rendas em atraso, mesmo com ameaça de ser proposta uma ação de despejo, já sendo então senhorio, António Manuel da Silva Arantes.As dificuldades desta Sociedade acabam por se cruzar com o surgimento de um novo objetivo a s s o c i a t ivo e m Fe r re i ra , mobilizador e atrativo – a criação dos Bombeiros.O que vai acontecer é que é criada a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, em 22 de Novembro de 1960, e a Sociedade Filarmónica Ferreirense vai ser extinta em consonância. Em Assembleia Geral de 25 de Setembro de 1961, a Sociedade Filarmónica decidiu que deveria passar aos Bombeiros todo o seu espólio, e dissolver-se.Compreende-se esta solução, sendo que os Bombeiros, além de constituírem um corpo de salvação pública, também desenvolviam uma atividade associativa e, igualmente, muitos dos ativistas da Sociedade eram agora ativistas dos Bombeiros.

Para atingir o efeito pretendido, a Sociedade Filarmónica, em Assembleia Geral Extraordinária, em 10 de Abril de 1962, aprova, por unanimidade, uma alteração aos Estatutos (art. 33º), no sentido de que a dissolução da Sociedade continuaria a implicar a reversão de todos os bens para a Fazenda Nacional, nos termos do Código Civil, acrescentando-se agora:“… salvo se a dissolução resultar de fusão com outra Sociedade ou Associação de Utilidade Pública, ou de utilidade pública e particular.”. Ora, a passagem de património foi registada em ata conjunta, em que do lado da Sociedade Filarmónica assinaram: Luís António Ameixa, Joaquim Higino Piedade, João Eugénio do Rosário, José Francisco Sabino, e, António Joaquim Cotovia.E do lado dos Bombeiros: José Nunes de Oliveira, e, Luís Gabriel.Foi assim que passaram para os Bombeiros Voluntários todos os bens, direitos e obrigações, os instrumentos da banda, e a sede, da S o c i e d a d e F i l a r m ó n i c a Ferreirense.E, assim, em prol dos Bombeiros, acabou, “A Falida”!E, por isso, a sede dos nossos Bombeiros vai então instalar-se nesse edifício do n.º 19 da Rua Visconde de Ferreira, onde ficará até 1976.No entretanto, os Bombeiros ainda iniciaram obras para construírem sede própria no edifício, que era diferente da sede social, onde tinham os carros e equipamentos, na Rua Fialho de Almeida n.º13, mas a possibilidade, melhor, de uma construção de raiz, veio a sobrepor-se e foi possível construir o atual quartel-sede no Largo dos Bombeiros Voluntários, o qual foi inaugurado em 11 de Janeiro de 1976.

Page 19: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

19dezembro 2014

A expressão “tensão arterial” diz respeito à tensão das paredes das artérias, distendidas pela pressão do sangue que nelas circula: tensão e pressão tornam-se assim equiparáveis.Fala-se em pressão arterial “máxima e mínima” (ou “sistólica e diastólica”) referindo-nos ao valor máximo alcançado com a contracção do coração (sístole) e ao valor mínimo quando o músculo cardíaco a seguir se distende e relaxa (diástole).Os valores normais para a pressão sistólica (em centímetros de mercúrio) vão, nos adultos, de 10 até 13,9 cm Hg, e para a diastólica de 6 a 8,9 cm Hg. Os valores nas crianças são um pouco mais baixos.Falamos pois em hipertensão arterial quando os valores da máxima e da mínima forem iguais ou superiores a 14/9 ou mais. Aproximadamente uma em cada 3 pessoas adultas, em Portugal, tem hipertensão.Em 2003, o Joint National Commitee (USA) – estabeleceu novos limites e classificação para a tensão arterial.

O conceito de pré–hipertensão vem-nos recordar que é por esse caminho que se chega à hipertensão. Serve de aviso para quem não leva uma vida saudável: não precisa de tomar medicamentos, mas… se fuma pare de fumar, se tem excesso de peso tente baixar para o normal, reduza o sal e o álcool da alimentação, e faça exercício físico todos os dias, aprendendo a gerir o stress da vida diária. Pode assim evitar a subida para 14/9 ou mais, isto é, hipertensãoA hipertensão arterial não se sente, mede-se! Quer isto dizer que a pressão pode estar alta e não se sentir nada, e por outro lado, pode estar nervoso, “sob tensão”, e ter a tensão arterial normal. Meça pois a sua tensão arterial: se estiver normal (menor que 12/8) óptimo, mas volte a verificar a medição uma vez em cada ano (por exemplo, para não se esquecer, no mês em que faz anos – chame-lhe o seu Mês do Coração e faça um check-up completo). É importante verificar a tensão arterial com mais frequência se for pré-hipertenso, ou se porventura tem na família pessoas com hipertensão, ou com diabetes, ou que sofrem ou sofreram precocemente de doença vascular cerebral, ou de doença das artérias coronárias (angina de peito, enfarte do miocárdio, ou morte súbita).

Tirando casos especiais e raros, com tratamento específico (coartação da aorta, doença renal ou tumor das supra-renais, sensibilidade aos anticoncepcionais), o

Conselhos sobre Hipertensão Arterial

Professor Fernando de Pá[email protected]

aparecimento de hipertensão arterial (nos adultos, mas também nos adolescentes: os Sub-20) surge na sequência de uma constelação m u l t i f a c t o r i a l d e a t i t u d e s , comportamentos e estilos de vida errados (actuando possivelmente sobre um fundo genético), os quais, se corrigidos, poderão prevenir não só o aparecimento de hipertensão como também de algumas das suas complicações.

- Excesso de peso: procure manter o seu peso, em quilogramas, abaixo do número de centímetros de altura que tem, para cima de um metro – por exemplo menos de 65 Kg se mede 1,65 m (mais científico é manter o índice de massa corporal1 entre 18,5 e 25 Kg/m2). Para reduzir o peso, reduza as gorduras, as calorias e as doçuras, aumente as verduras, e passeie a pé, pelo menos meia hora todos os dias.

Vem-se dando também importância à maior

gordura abdominal (em forma de maçã) que será pior que a gordura ginecológica (em forma de pêra- nádegas e coxas). O perímetro abdominal deverá ser menor que 94 cm para os homens e que 80 cm para as mulheres (pelo menos consiga menos de 100 e de 90, respectivamente). - Excesso de sal (em média ingerimos 15 a 20g por dia quando não deveríamos exceder 5 gramas). Use ervas aromáticas como tempero: coentros, hortelã, segurelha, estragão, poejos, orégãos, cominhos, cebolinho, etc. E evite o sal! (baixe gradualmente, ao longo de 1 ou 2 meses para se habituar, e suprima o saleiro à mesa). O pão, os molhos comercializados e as refeições enlatadas também têm sódio a mais. Pode calcular a ingestão pelo doseamento na urina de 24 horas (e procure ter menos de 100 miliequivalentes/dia)

- Abuso de álcool: procure não ingerir mais de 2 ou 3 dl/dia de vinho, ou duas cervejas por dia.

- Sedentarismo: faça pelo menos 30 minutos de actividade física diariamente, por exemplo marcha a pé (faça 60 minutos se precisar de emagrecer!) e escolha para a família toda um desporto de lazer (bicicleta, natação, badmington, etc.).

- Excesso de trabalho sob stress (ou outra causa de stress bio-psico-social).

- Fumo do tabaco (pare de fumar, já, pois com ele toda a hipertensão se torna muito mais perigosa (e isso inclui o fumo passivo!). Seja solidário e procure conseguir que todos os jovens à sua volta tenham conhecimento dos malefícios do tabaco e dos benefícios de não começar a fumar!

- A h i p e r c o l e s t e r o l é m i a ( o u predislipidémia valores limite para o colesterol, colesterol mau e triglicéridos) ou a hiperglicémia (pré-diabetes ou diabetes) agravam também o prognóstico de qualquer hipertensão.

Se medir a tensão arterial e ela estiver acima do normal (confirme com nova medição, noutro dia) deve procurar o seu médico para ser observado e aconselhado.

Entretanto inicie desde já os cuidados recomendados para a hipertensão: pare de fumar, reduza o sal e o álcool, não abuse do

trabalho, aprenda a relaxar-se, e comece a controlar o peso e a fazer exercício todos os dias (pelo menos 30 min. de marcha a pé).

O seu médico vai pedir-lhe o estudo das gorduras do sangue (colesterol e triglicéridos) e do açúcar (glicémia em jejum e/ou pós refeição), e iniciará um tratamento medicamentoso, se porventura as medidas não farmacológicas não tiverem entretanto trazido a tensão arterial ao normal, ao longo de algumas semanas (isto é, a correcção da dieta, do tabaco, do álcool, do stress se possível, e o controlo do peso e aumento da actividade física). Aliás adoptar um estilo de vida mais saudável também melhora o colesterol elevado e a hiperglicémia. Será óptimo fazer um RAPA2 ou MAPA3, isto é estudar a pressão arterial ambulatória (ao longo de 24 horas), para excluir o fenómeno da “hipertensão da bata branca” (isto é, a subida da tensão arterial em situações emocionais, como p. ex. a consulta médica), e também para medir as tensões durante a noite (por hipertensão non dipper ou por apneia do sono).

(Continua)

Xi-Coração

Decorreu do dia 12 de novembro no auditório da Bilblioteca Municipal, a apresentação do livro da autora Ana Paula Figueira, intitulado Será que manhã ainda me amas?. Um livro sobre o relacionamento de pais que vivem separados.A autora é docente do Instituto Politécnico de Beja, Pós-doutorada em Gestão de Empresas na área específica do Marketing e Investigadora no Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.Paralelamente à atividade académica tem estado ligada a projetos externos e de intervenção social e comunitária. Nos últimos anos tem editado, para além de livros técnicos, algum trabalho na área da ficção.

Será queamanhã ainda

me amas?

Apresentaçãode Livro

Page 20: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 201420

a Vila de Ferreira do Alentejo as ruas nem sempre tiveram os nomes que Npresentemente têm. No decurso da

sua história elas sofreram os tratos de polé das mudanças mais ou menos políticas operadas no país. Na maioria dos casos, os novos servidores dos regimes então no poder, usaram de critérios perfeitamente atrabiliários e nada consentâneo com as tradições locais e a memória do povo. À parte do mérito ou o desmérito das personalidades ou feitos homenageados, o certo é que os topónimos antigos «vingam-se» da sua aparente destruição perdurando no dia-a-dia das pessoas vivas.É o caso, um exemplo entre outros da Rua do Castelo. Hoje tem outro nome, o do Dr. Acácio Monteiro Leitão, figura de mérito muito ilustre que à Vila de Ferreira e às suas gentes deu todo o seu saber (que era muito) e a sua incomensurável dedicação. Mas quem verdadeiramente conhece a velha rua do Castelo pela sua designação atual?! Bem mais preferível teria sido conservar o nome de antigamente e homenagear o sábio com um busto num jardim público ou até, dando-lhe o nome a uma outra rua nova construída ou que se viesse a construir.Em qualquer caso, nunca exatamente aquela tão carregada do significado histórico que tem para nós, o peso das idades. Sabe-se que a Vila possuiu um Castelo com muitas centenas de anos, edificado no sitio do cemitério actual. Hoje, nada resta desse monumento ou antes, resta muito pouco. (Uma pedra com o brasão de armas da Ordem de Santiago, em excelente estado de conservação, incrustada na fronteira do cemitério, é o único testemunho visível desse passado remoto). Porém, se é verdade que o

EM DEFESA DO PATRIMÓNIO CULTURAL Ruas com história

Castelo desapareceu pelas intempéries do tempo ou pelas vicissitudes dos homens, lá figurava o nome da rua a assinalar como marco imorredouro, a presença dos primórdios, a bússola para um desvendar das origens da Vila de Ferreira do Alentejo, ou, pelo menos, de parte importante do seu passado. No entanto, como nada disto aconteceu (prevalecem outros critérios ou a ausência deles...) Há que tentar remediar, até onde for possível e com o menor dano uma situação de erro ou de ignorância. É nesse sentido que aponta uma ideia há muito generalizada entre os responsáveis autárquicos e que consiste muito simplesmente em mandar colocar placas com os topónimos antigos por debaixo dos seus nomes actuais, mas é claro, só naquelas ruas que os justifiquem pela sua antiguidade. Assim, a rua Dr. Acácio Monteiro Leitão ficaria, como é óbvio, com o mesmo nome, mas lá figuraria a placa indicativa desse passado histórico: «Antiga Rua do Castelo». Seria uma maneira de preservar, sem grandes riscos ou despesas, o que resta do nosso património cultural.A título de curiosidade, publicamos os nomes mais antigos que se conhecem de algumas ruas da Vila (pelos quais as pessoas mais idosas ainda as designam) e a sua correspondência actual.Rua da Atalaia– Hoje: Rua Alexandre HerculanoRua do Centurião– Hoje: Rua Florbela EspancaRua da Oliveirinha– Hoje: Rua Mário BeirãoRua das Formosas– Hoje: Rua Manuel RibeiroRua da Fontainha

– Hoje: Dr. António SardinhaRua da Olaria– Hoje; Rua Machado dos SantosTerreiro da Fonte– Hoje: Rua da RepublicanaRua da Estalagem– Hoje: Rua Mestre de AvizFerro de Engomar– Hoje: Largo Luís Maldonado Vivião PassanhaRua de Beja– Hoje: Rua Cândido dos ReisLargo do Prior– Hoje: Rua Dr. Jacinto M. de OliveiraRua de Alvalade– Hoje: Rua D. Afonso HenriquesRua dos Frades– Hoje: Rua Miguel BombardaRua do Ministro– Hoje: Rua Guerra Junqueiro

Rua da Cruz– Hoje: Rua António Feliciano CastilhoRua do Cardim– Hoje: Rua Dr. Brito Camacho Gomes da CostaRua do Calvário – Hoje: Rua Luís de CamõesTravessa da Morgada – Hoje: Rua Alves RedolRua Fonte das Bicas– Hoje: Rua do M.F.ARua Longa – Hoje: Rua Capitão MouzinhoRua do Castelo– Hoje: Rua Dr. Acácio Monteiro LeitãoRua do Troviscal– Hoje: Rua Marchal Gomes da Costa

Ainda a este propósito refira-se que a Vila de Ferreira, cerca do ano de 1849, possuía apenas vinte ruas e todas elas com topónimos que se perdem na noite dos tempos.

Rua Capitão Mouzinho

Rua António Feliciano Castilho

Page 21: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

21dezembro 2014

A segunda Activa Jam teve lugar no passado dia 12 de Novembro. Mais uma vez o público que gosta de manobras e abusos radicais de BMX Freestyle afluiu ao Parque de Desportos da vila. O dia estava nublado e a previsão de chuva ameaçava o evento e a sua realização era incerta. Apesar de tudo e após boas abertas no céu alentejano, os riders começaram a chegar e a inscrever-se para mais uma “jam” na capital do azeite. Maioritariamente da região Sul, os atletas apresentaram um elevado n í v e l d e m a n o b r a s e proporcionaram a todos os presentes um espetáculo que durou cerca de duas horas com riders de duas categorias. Os rookies, destinados a atletas pouco experientes e mais jovens, entraram em ação disputando batalhas de manobras com três minutos. O atleta da casa, Ricardo Rocha, arrecadou o 2º lugar, revelando já uma enorme

Ferreira do Alentejo, recebeu mais um torneio de kayak polo nas fantásticas piscinas municipais. Organizado pela Ferreira Activa, o torneio realizado no dia 22 de Novembro, de caráter recreativo, teve a participação de sete equipas, uma delas espanhola. O clima e s t ava a m e n o e o s j o g o s decorreram durante todo o dia de Sábado sem paragens e com elevada qualidade de jogo. As entradas eram livres e o público foi aparecendo durante todo o dia para acompanhar algumas das melhores equipas portuguesas. A Ferreira Activa participou com duas equipas reforçadas por atletas bejenses, com o objetivo de desenvolver a m o d a l i d a d e n a r e g i ã o , aproveitando para reunir os atletas que tanto promovem este desporto um pouco desconhecido da maioria dos leitores.No final a equipa vencedora foi o Grupo Deportivo de Piraguismo de

Arcos, equipa espanhola com um elevado nível de jogo, mas que precisou de vencer a jovem equipa d e P a ç o d e A r c o s , n o prolongamento através do golo de ouro. Após os jogos, teve lugar o tão apreciado convívio de São Martinho, onde todos puderam p r o v a r o v i n h o n o v o acompanhado das castanhas assadas, o que mais uma vez comprova a capacidade destes eventos em promoverem o nosso território a nível ibérico.Para o ano a Ferreira Activa irá promover em Fevereiro a liga ibérica com a organização de um torneio competitivo entre as melhores equipas portuguesas e esp a n hola s e , t a m b ém a organização da Taça de Portugal de Kayak Polo em parceria com a Federação Portuguesa de Canoagem, prova esta incluída no calendário nacional da federação.

TORNEIO DEKAYAK POLOSÃO MARTINHO

ACTIVA BMX JAM eGINCANA DE BICICLETA

maturidade nas manobras realizadas. Já os Masters, categoria destinada aos mais experientes e com maior nível de manobras, apareceram em massa pelo que houve lugar a uma eliminatória para a apurar os melhores 8 atletas para a fase final. Nessa fase foram incluídos os atletas da casa, Luís Madeira e João Soares. É nesta fase que os riders apresentam as suas melhores manobras, e o ponto alto do dia foi quando Luís Madeira apresentou uma manobra arriscada e de elevada dificuldade. Após três tentativas incompletas conseguiu fazer o backflip recebendo uma ovação de todos os presentes. Pouco depois a ameaça de chuva regressou e a fase final ficou anulada pelo que a classificação ficou de acordo com a pontuação da primeira eliminatória, onde João Soares obteve o terceiro lugar, ficando na segunda posição Pedro Brás, de Portimão e o primeiro lugar foi para Pedro

Serra, de Lisboa.Paralelamente a este evento, teve lugar junto às lojas do Salão de Festas, uma gincana de bicicleta durante a manhã de Sábado com a supervisão de Victor Caço e Helena Morais.Destinada a jovens dos sete aos 14 anos, o objetivo foi promover a aprendizagem do ciclismo através da realização de um circuito de obstáculos onde foi possível avaliar a prestação dos participantes com vista à futura criação de uma escola de BTT. A iniciativa promete regressar em breve para continuar a promover a utilização desportiva da bicicleta.A Ferreira Activa agradece a todos os patrocinadores que apoiaram esta iniciativa e que contribuíram para o sucesso da Activa BMX Jam e da gincana de bicicleta. To d a s a s i n f o r m a ç õ e s , classificações, fotografias e vídeos estão na página oficial da o r g a n i z a ç ã o e m www.bmx.ferreiraactiva.org.

O Concelho de Ferreira recebeu a 19ª Edição das 48 Horas de Automóveis Antigos – Alentejo 2014.O Clube Português de Automóveis Antigos e o Turismo do Alentejo, realizou nos dias 14, 15 e 16 do passado mês de novembro mais uma Edição das 48 Horas de Automóveis Antigos do Alentejo. No dia 15 do referido mês, os clássicos passaram pelas

localidades de Alfundão, Canhestros e Ferreira do Alentejo, reunindo muito público durante o desfile pelas ruas.Uma prova que contou com o apoio da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo.

Page 22: Jornal de dezembro de 2014

Óbitos

*Caso pretenda ver divulgado o falecimento de algum familiar contacte o JF [email protected]

Sabia que...- O Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo, entre 130 projetos, foi distinguido na área da inovação social e criação de emprego, ficando em 3º lugar do prémio AGIR da REN, sendo contemplado com cinco mil euros?

- Dez anos depois do surgimento do primeiro Museu Municipal em Ferreira do Alentejo, foi inaugurado no passado dia 1 do corrente um segundo museu dedicado à Arte Sacra?

- Conjuntamente com a ESDIME, a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, está a trabalhar novas parcerias em mercados no Brasil, França, Holanda e Polónia ?

- No que respeita ao crescimento económico, o município de Ferreira tem tido uma intervenção fundamental para a implementação de empresas nas áreas de Serviços e Agro-indústrias?

- O Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, foi eleito no dia 28 de setembro passado, como membro efetivo do Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR) no Conselho

Óbitos de 1 de setembro até 9 de dezembro de 2014

Silvéria Domingas Roldão84 anosNatural: Viana do AlentejoResidente em Ferreira do AlentejoFaleceu em 5 de outubro de 2014

José Luis de Jesus Claro77 anosNatural: LisboaResidente em Ferreira do AlentejoFaleceu em 10 de outubro de 2014

João Francisco Filhó94 anosNatural: Ferreira do AlentejoFaleceu em 25 de outubro de 2014

Maria José Maximino Barrocoso90 anosNatural: Ferreira do AlentejoFaleceu em 26 de outubro de 2014

Rui Manuel Mendes da Silva50 anosNatural: Figueira dos CavaleirosFaleceu em 27 de outubro de 2014

Mariana Rosa Santinhos77 anosNatural: Ferreira do AlentejoFaleceu em 12 de novembro de 2014

Joaquim Gonçalves Cardoso 93 anos (conhecido por Chefe Cardoso - polícia da antiga PVT)Natural: Castelo BrancoResidente em Ferreira do AlentejoFaleceu em 12 de novembro de 2014

Lídia Maria Termentina77 anosNatural: Ferreira do AlentejoFaleceu em 22 de novembro de 2014

Maria Catarina Salgado da Mata Fortunas76 anosNatural: GrândolaResidente em Ferreira do AlentejoFaleceu em 5 de dezembro de 2014

ETERNA SAUDADE

Cidália Luísa da Cruz GonçalvesFoi funcionária da Câmara Municipal de Ferreira do AlentejoFaleceu no dia 2 Fevereiro de 2014No dia 19 de Setembro passado contaria 54 anos de idade.Seus pais, restante família e amigos recordam-na com grande saudade.

José Francisco Pereira Godinho70 anos de idadeFaleceu no dia 15 de outubro de 2014Residente em CacémNatural de Ferreira do AlentejoÉ com eterna saudade e grande pesar que os seus familiares participam o seu falecimento.

Mariana Fialho Gomes84 anos de idadeFaleceu em 12 de setembro de 2014Natural de Santo Aleixo da Restauração/ MouraResidente em Figueira dos CavaleirosSeus Filhos e netos cumprem o doloroso dever de participar o seu falecimento e agradecem a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

1 - Conhecido doce de Ferreira do Alentejo; 2 - Espaço térreo para limpar e secar cereais (menos uma); mordisca; 3 - Emissões electromagnéticas semelhanteluz visível; orgão de comunicação social; vogal e consoante. 4 - Feito para tapar; acção. 5- Oferecer; molusco comestível (menos uma). 6 - Projeteis;Segunda letra do alfabeto grego. 7 - Forte, Valente; interior, interno (inglês).8 - Elemento químico do alumínio; inicio, começo (locução latina). 9 - Há papel que o é; nome de mulher. 10 - Tubérculo (menos uma). 11 - Relaçãode nomes.

HORIZONTAIS

VERTICAIS1 - Metal maleável; conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina utilizados como armamento militar (menos uma). 2 - Linha longitudinal que divide uma faixa de rodagem em dois sentidos de circulação; ideal da beleza. 3 - Duas consoantes; contempla-se à noite; Batráquios. 4 - Carregamento, andamento ( l inguagem informática). 5 - Transviado;Usa-se duas no inverno. 6 - Nome de homem (invert.); o maior dos continente (menos uma). 7 - Fazer cópia de conteúdo digital, geralmente ilegal; marca de pistola usada pelo exército imperial japonês na I e II guerra mundial. 8 - Banda desenhada; duas vogais. 9 - Despido; insolúvel na água; três consoantes. 10 - Ideal, porém imaginário, não se sabe ao certo se é possível alcançar ou realizar. 11 - Riscar; amarra.

Por: Carlos ViegasPalavras cruzadas

SOLIDARIEDADECaro leitor(a),Foi aberta uma conta para apoiar a reconstrução da povoação de Chã das Caldeiras. Esta povoação tem mil habitantes e situa-se na base da cratera vulcânica da Ilha do Fogo em Cabo Verde. A recente erupção de Novembro de 2014 deslocou as suas populações e destruiu a frágil estrutura económica e patrimonial em que assentava, incluindo importantes solos agrícolas que eram a base de uma agricultura de subsistência local.As situações de emergência humanitária estão a ser tratadas pelas Câmaras Municipais locais e pelo governo caboverdiano, incluindo aqui a prestação de auxílio em bens alimentares, roupas, alojamento e cuidados médicos.Os fundos recolhidos por esta conta irão ser entregues à Associação de Municípios do Fogo e Brava e irão ser aplicados em obras de reabilitação do património destruído e no apoio à retoma da economia.Contribua para esta causa com um valor entre 1 e 5 Euros através de uma transferência bancária efetuada em Portugal (usando o NIB) ou no estrangeiro (usando o IBAN) identificados em baixo.Com pouco, iremos fazer MUITO!Mais informação: https://www.facebook.com/Cretcheu.2014Para transferências em Portugal: NIB: 0010 0000 52079960001 67Para transferências no estrangeiro: IBAN: PT50 0010 0000 52079960 0016 7

jornal ferreirajornal ferreiradede

setembro 201422

Compre no comércio local

Defenda o que é nosso!

Page 23: Jornal de dezembro de 2014

jornal ferreirajornal ferreiradede

23dezembro 2014

EMPRESÁRIOSNO CENTRO DO QUE É IMPORTANTE

MARCAFERREIRA

MARCAFERREIRA

jornal ferreirajornal ferreiradede

NOVOSASSINANTES

NOVOSASSINANTES

Caso pretenda receber o JF em sua casa, basta fazer-nos chegar a morada através do [email protected]

Rosalina Martins-Alcabideche

João Miguel Patrício-Almada

Paulino Nunes- Dornes

Francisco José Rocha dos Santos- Odivelas

José de Jesus Soares- Setúbal

António Manuel Rodrigues- Vendas Novas

José Francisco Rodrigues- Lisboa

A AMBILITAL – Investimentos Ambientais no Alentejo EIM e o Município de Ferreira do Alentejo vão promover uma ação de sensibilização e incentivo à utilização de sacos reutilizáveis. Esta ação que decorre no âmbito do projeto Ferreira Sustentável tem como objetivo reduzir a utilização de sacos de plástico nas compras do dia a dia. Durante esta ação será entregue gratuitamente um saco reutilizável por cada agregado familiar do concelho, para tal é necessário a apresentação da fatura da água do mês de outubro.

Ação de sensibilizaçãoe de distribuiçãode sacos reutilizáveis

Em Ferreira do Alentejo a ação vai decorrer no dia 16 de dezembro, das 14H30 às 18H, na Praça Comendador Infante Passanha (Praça da Câmara Municipal).

Esta ação decorre nesta época natalícia propicia a compras no comércio local e numa lógica de respeito pela estratégia de gestão de resíduos urbanos, que visa em primeiro lugar a prevenção e redução de resíduos.

Contamos com a sua visita, para um concelho mais sustentável.

O Município de Ferreira do Alentejo e a AMBILITAL em parceria com a Ecopilhas vão promover o 6º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias Usadas a favor do Instituto Português de Oncologia (IPO).

Todas as pilhas e baterias usadas recolhidas pela Ecopilhas ate 31

Ação de sensibilizaçãode Recolha de Pilhas

de dezembro irão reverter a favor do IPO através da oferta de uma aparelho de tratamento para doentes oncológicos. Num momento em que os recursos são mais limitados e o setor social sente maiores necessidades, é gratificante contar com o empenho dos cidadãos no apoio a esta causa

social e ambiental. Para participar basta entregar as pilhas e baterias usadas de relógios, rádios, lanternas, b r i n q u e d o s m á q u i n a s fotográficas, entre outras, na Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo ou na Junta de Freguesia.

MARCAFERREIRA

MARCAFERREIRA

MARCAFERREIRA

MARCAFERREIRA

Café Abelha - Odivelas

De: Gertrudes RomãoBom ambiente de convívio, situado na Rua da Igreja, 3 em OdivelasTel. 284 763 050

JP Rações - Ferreira do Alentejo

De: José Manuel da Costa PaulinoComércio de rações, sementes hortícolas e utensílios para animaisRua Dr. Brito Camacho, 62 em Ferreira do AlentejoTel. 284 739 494

Page 24: Jornal de dezembro de 2014

dezembro 2014www.cm-ferreira-alentejo.pt

No centro do que é importanteNo centro do que é importante

FERREIRADO ALENTEJOFERREIRADO ALENTEJO

R

Ficha TécnicaDiretor: Aníbal Reis Costa, Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo Coordenador: Carlos Viegas Paginação: Carlos Jordão Redação e Colaboradores: António Espadinha, Helder Guia, José Salgado, Luis Miguel Ricardo, Marcela Candeias, Orlando Fernandes, Fernando de Pádua Fotografia: SIPE – Serviço de Informação e Promoção Externa da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo Propriedade: Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo Redação Administração e Sede do Jornal de Ferreira: Praça Comendador Infante Passanha, 5 7900-571 Ferreira do Alentejo Telf. 284738700 | Fax: 284739250 [email protected] Depósito Legal: 81278/94 Tiragem: 8000 exemplares Impressão: Mx3 – Artes Gráficas, Lda

jornal ferreirajornal ferreiradede

Município de

Ferreira doAlentejodeseja a todos um

Feliz 2015