Jornal do Centro - Ed556

32
| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 16 pág. 17 pág. 20 pág. 22 pág. 25 pág. 27 pág. 29 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 9 a 15 de novembro 2012 Ano 11 N.º 556 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira Novo acordo ortográfico Marques Neves, Diretor exec. do Agrupº CS Marques Neves, Diretor exec. do Agrupº CS Dão-Lafões I, à conversa com o Jornal do Centro Dão-Lafões I, à conversa com o Jornal do Centro “A minha “A minha principal linha de principal linha de ação é o respeito ação é o respeito pela pessoa” pela pessoa” Publicidade | | págs. 8, 9 e 10 Publicidade Publicidade

description

Jornal do Centro - Ed556

Transcript of Jornal do Centro - Ed556

Page 1: Jornal do Centro - Ed556

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02

pág. 06

pág. 08

pág. 12

pág. 16

pág. 17

pág. 20

pág. 22

pág. 25

pág. 27

pág. 29

pág. 31

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário9 a 15 de novembro 2012

Ano 11N.º 556

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Novo acordo ortográfico

∑ Marques Neves, Diretor exec. do Agrupº CS Marques Neves, Diretor exec. do Agrupº CS

Dão-Lafões I, à conversa com o Jornal do CentroDão-Lafões I, à conversa com o Jornal do Centro

“A minha “A minha principal linha de principal linha de ação é o respeito ação é o respeito

pela pessoa”pela pessoa”

Pub

licid

ade

|| pá

gs. 8

, 9 e

10

Pub

licid

ade

Pub

licid

ade

Page 2: Jornal do Centro - Ed556

praçapública

palavrasdeles

rHá pouca gente a doar sangue, precisa-mos do dobro para cobrir as necessida-des”

Marina CostaMédica responsável pelo serviço de Sangue do CHTV, em

declarações ao Jornal do Centro

rDevemos ter pre-sente que a Saúde é um bem económico e por vezes esquecemos que este bem econó-mico é um direito das populações esquecen-do o dever dessas pró-prias populações em defender a sua própria saúde”

José Armando Marques NevesDiretor executivo do Agrupamento Dão-Lafões I,

em entrevista ao Jornal do Centro

r O Instituto Politécnico de Viseu tem, no ano letivo em curso, 1.851 novos alunos matriculados em todo o seu leque formativo, desde as licenciaturas aos mes-trados, passando pelos cursos de especializa-ção tecnológica”

Fernando SebastiãoPresidente do IPV, em entrevista ao Jornal do Centro

r É um momento em que os viseenses precisam que sejam aliviadas as suas res-ponsabilidades ficais”

Fernando RuasPresidente da Câmara de Viseu, durante a reunião descentrali-

zada na Junta de Freguesia de S. Salvador

O Movimento 12 de Março lan-çou um vídeo cujo nome empresta o título a este texto e resume bem o testemunho desta mulher de 58 anos que, não sendo nem o velho nem o novo busto da República, é uma de nós.

Ouvir a Idalina é ouvir a voz da consciência colectiva de um Por-tugal estrangulado pela escravi-dão. O Senhor aqui do feudo, mui nobre!, é o Regime Democrático. O Senhor Regime Democrático com-prou o seu título nobiliárquico à família das ditas Democracias Li-berais Ocidentais mas nunca mu-dou as suas maneiras de tirano do burgo. Habituado a um saneamen-to eficaz, o Senhor Regime Demo-crático, como apreciador de buxos, não permite que nenhuma árvo-re cresça neste seu grande jardim, pois aprecia a docilidade que os

arbustos devotam à sua tesoura da poda, engenhosamente manipula-da por máquinas como a Autorida-de Tributária e Aduaneira e a cha-mada Justiça.

Sobre a nudez crua da verdade e sob o manto diáfano da fanta-sia, parafraseando Eça, ergue-se a amante do Senhor Regime, Mila-dy Propaganda. Propaganda nunca conheceu limites à sua habilidosa utilização de todas as maravilhas que a cosmética democrática tem ao seu dispor, e bamboleia-se pelo meio do buxeiro onde faz crer os pobres buxos de que são, na rea-lidade, vigorosas sequóias. Heróis do mar, nobre povo, Milady recusa o empobrecimento, elogia o sacri-fício, incentiva à competitividade, à inovação e ao empreendedoris-mo e senta-se à mesa farta do Se-nhor Regime fechando as cortinas

da janela, para que a pobreza não incomode.

De tempos a tempos, organiza-se o grande circo feudal. Propaganda veste-se de forma digna de um fil-me épico e desce ao jardim anun-ciando as Eleições, promessa do Senhor Regime Democrático, fiel-mente cumprida desde que este se instalara por ali. As eleições são um festim. O Senhor Regime ga-nha sempre carne fresca que é a base de produção das máquinas podadoras, e fá-lo através de uma escolha criteriosa de quem conse-gue seduzir o maior número de bu-xos por ali presentes. Milady ajuda, pois claro, como (en)formadora da plebe-feita-regime. Como fan-toches, a plebe eleita é colocada numa montra gigante, para que os buxos lhes estendam a sua venera-ção, como aprendido com Milady.

O Senhor Regime não é invejoso e aprecia bem a veneração por estes fantoches que distraem o povo en-quanto as máquinas actuam.

Regra geral, o Senhor Regime não gosta de violências – instalou-se porque venceu pelo cansaço. Di-zer “não” é um processo muito can-sativo quando, à nossa volta, a tudo teríamos que dizer que não, por de-voção ao Regime Democrático, e temos que dizer que sim por ordem do Senhor que lhe tomou o nome.

Quando a Autoridade Tributá-ria viesse podar, deveríamos po-der invocar objecção de consciên-cia. Diríamos então: “Não há mais poda. Não financio mais BPNs e PPPs. Não financio eleições-fan-toche. Nem…”. No fim da enume-ração, que canseira ouvi-la!, seria a Idalina a vencer pelo cansaço e o país que é ela.

A Idalina é o país

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

Na Europa, as práticas seguidas pelos governos, pelo sistema finan-ceiro, pelas empresas e pelos particu-lares conduziram a um elevadíssimo endividamento e ao descontrolo da despesa pública de muitos Estados Europeus.

Portugal está a sofrer um ajusta-mento cego e muito violento. Hou-ve necessidade de tomar medidas que produzissem efeitos rápidos. Em muitas delas existiu impreparação, falta de estudo e desconhecimento da relação causa-efeito. A internacio-nalização, sem dúvida indispensável, é o dogma da moda. É a solução mila-grosa para todas as empresas.

As medidas tomadas provocaram a retração violenta da economia Por-tuguesa, falências em cadeia e um grande aumento do desemprego. Es-tamos numa espiral recessiva e o OE 2013 ameaça destruir grande parte da

economia nacional. A crise que atravessamos tem

raízes políticas económicas e finan-ceiras. Toda a Europa está em difi-culdades e sem crescimento econó-mico. A crise europeia e Portugue-sa resolve-se com soluções políticas europeias que permitam soluções políticas, económicas e financeiras para cada País.

A Europa e o FMI começam a dar sinais de mudança, pois cons-tatam que com austeridade cega há recessão, quebra da receita fiscal, quebra de confiança, pobreza gene-ralizada e rutura social. Portugal tem de aproveitar esta abertura para um novo modelo.

O modelo futuro tem de ser base-ado no rigor orçamental dos Países mas também na manutenção do mer-cado interno, na industrialização, no investimento qualificado, para criar

emprego e receita fiscal.Portugal, para poder cumprir, tem

de poder cumprir. Portugal tem de conseguir o alargamento do prazo da dívida, a redução dos seus juros e manter um fortíssimo controlo orçamental.

Os Portugueses, os partidos po-líticos e os parceiros sociais têm de mostrar aos nossos credores o seu forte compromisso no pagamento da dívida e nas reformas estruturais que são necessárias. De cabeça erguida já mostrámos que somos cumpridores e merecemos que confiem em nós.

A reforma profunda do Estado é indispensável. Exige competência, tempo, estudo, estabilidade políti-ca e compromissos de longo prazo. A redução dos 4 biliões de euros na despesa pública exige estratégia cla-ra, políticas de longo prazo e muita determinação.

Esta tarefa exige um governo de unidade nacional, de base parla-mentar alargada e alinhado com objetivos de longo prazo. Os seus membros têm de ser pessoas com provas dadas, reconhecida compe-tência, prestígio nacional e interna-cional, capacidade de estudo e mo-vidos por um forte sentido de mis-são nacional.

Este governo tem de criar confian-ça, mercado e financiamento para criar emprego.

Tudo isto é muito difícil. Mas são estes os momentos de afirmação dos indivíduos e dos povos. Precisamos de uma nova liderança que mobilize e crie um compromisso nacional.

Os Portugueses têm uma enorme capacidade de sofrimento mas os sa-crifícios têm de fazer sentido, trans-mitir confiança e mostrar um cami-nho para o futuro. Vamos a isso!

Mudança Opinião

João Cotta Presidente da AIRV

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

2

Page 3: Jornal do Centro - Ed556

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

O que signifi capara si o São Martinho?

Importa-se de

responder?

É uma tradição engraçada que conta a história em que São Martinho dividiu a sua capa pelos pobres. Para mim é, tam-bém, significado de sol!

Para mim é o magusto, é uma tradição antiga onde se cul-tiva a amizade e o convívio.

Para mim é o bom tempo, as castanhas e é Viseu!

O São Martinho é mais uma festa onde família e amigos se reúnem para comer castanhas.

Maria Luisa AmaralEmpregada de balcão

Ana TrindadeEducadora de Infância

Francisco PimentelEngenheiro civil

Elisabete RibeiroLojista

estrelas

Fernando SebastiãoPresidente do IPV

A Câmara Municipal de Sátão, ao levar a efeito a VI Feira do Míscaro, aposta forte num produto endóge-no para estimular a economia re-gional.

CEARCentro de Estudos

Aquilino Ribeiro

números

3200Foi o número de unidades

recolhidas pelo Serviço de Sangue e Medicina Transfu-sional do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, no período de janeiro até novembro.

Alexandre VazPresidente da Câmara

Municipal de Sátão

Incansável na promoção de Aqui-lino Ribeiro, desdobra-se em inicia-tivas difusoras da sua obra.

Por ter atingido o número de 1851 novos alunos inscritos, para um biénio particularmente difícil de 2012/2013.

Li hoje uma notícia que me deixou estarrecida… Que a Segurança Social teria perdido 1,5 mil milhões de euros na Bolsa!!!

Primeiro julguei estar com distorção visual; cerrei os olhos e voltei a ler… Inalterável, a notícia. Ainda por cima, surgida num meio de comunicação so-cial pouco dado às conjeturas. Noutro órgão anunciava que a mesma Institui-ção apenas teria dinheiro para pagar 8 a 9 meses de aposentações. Boquiaberta, pensei: Vão morrer de fome e de doen-ça ou de doença e fome – que aqui a or-dem dos fatores é arbitrária – todos os reformados de Portugal.

Os meus pais fazem descontos. Eu, quando tenho trabalho, faço descontos.

Milhões de portugueses fizeram e fa-zem descontos e vêm-nos dizer que um badameco qualquer arriscou na “roleta” do casino da bolsa o futuro de todos?

E um vigarista destes, ministro da tutela, secretário de estado, director geral, presidente de qualquer-coisa não é julgado pelos seus atos? É tão frágil o sistema que permite a qual-quer insensato megalómano fazer da coisa pública, foro seu? Então esta-mos todos à mercê de um qualquer jogador compulsivo que tem capaci-dade de manusear milhares de mi-lhões sem que um qualquer institu-to de gestão financeira, um qualquer regulador económico, um ministro da tutela, um tribunal de contas, fis-

calize e dê luz vermelha ou verde aos seus atos?

O que se começa a adivinhar é que nos últimos 30 anos estivemos nas mãos de uma corja insolente de incons-cientes burlões que fizeram da nação courela sua, do erário seu mealheiro e da credibilidade tábua rasa. No fundo, a sustentabilidade das finanças nacio-nais revelou-se um castelo de cartas ao sabor da brisa. No dia em que a ventana enrijou, tudo se desmoronou.

Mas a questão persiste e assiste-nos uma resposta: Se a Segurança Social entrar em bancarrota, o que sucederá a metade da 3ª idade portuguesa? Se-rão gazeados num qualquer Auschwitz feito de encomenda a qualquer empre-

sa-público-privada? Ou o Estado Social mandá-los-á ir receber, ao hospital mais próximo, a vacina letal contra o sofri-mento final?

É dramático ser portuguesa nos dias de hoje. Não pelo Portugal-país em que nasci, mas sim pelos famige-rados governantes que o destruíram e mais a esperança de mais novos e mais velhos, irmanados na total ausência dela. E a culminar, saber-mos que todos cometem as maiores e mais consequentes arbitrariedades impunemente, porque a Justiça reve-lou-se incapaz de julgar os podero-sos e deixou de ser encarada como garante de um Estado de Direito De-mocrático.

Kafka mora aqui!Opinião

Marta [email protected]

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

3

Page 4: Jornal do Centro - Ed556

PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. O Dia de Finados, esta 5ª feira que se seguiu à aprovação do OE, apresen-tou-se consentâneo com o tema domi-nante: cor de chumbo, triste, soturno, com chuva fina e fria.

Quando Camões escreveu “aque-les que por obras valerosas /se vão da lei da morte libertando”, referia-se a quantos, por mor de seus feitos herói-cos, ficavam para sempre na memória dos vindouros; e ao ficarem na memó-ria dos vindouros, libertavam-se do esquecimento, esse sim, lei da morte. Hoje ficam na história os vilões. Aque-les que, por tanto mal a um povo fa-zerem, nunca por ele deverão ser es-quecidos.

Alguém dizia que só morremos completamente quando ninguém nos recordar. Acontece com as gerações.

Um filho lembra seus pais partidos. Uma neta deles terá difusa imagem. A 4ª geração já deles não terá memória. A lei da morte. E quando pensamos que após uma cremação, o ser huma-no se reduz a mais ou menos 200 grs. de cinza, deveremos, com humildade, ponderar na efemeridade da existên-cia, na vacuidade das vaidades e ini-quidade do mal.

2. O ministro das Finanças tem a consciência pesada. A imagem que deixou na 4ª feira passada, na AR, foi a de um homem cabisbaixo, como se de um derrotado se tratasse, ou de al-guém vergado ao peso da culpa. Pode ser só “ronha”. Inúsita postura, teatral-mente fingindo uma sujeição esmaga-dora ao “peso do dever”. Mas em dura verdade, rosto no rosto, não terá cara

para olhar nos olhos os portugueses que vai conduzindo à ara da imolação. Ou fingirá, apenas, com esse gesto de humildade ou vergonha, uma contri-ção tão falsa quanto aos olhos que não tem sobejam mãos que nos saqueiam.

3. Uma sociedade não-afectiva é ge-radora de todas as violências. Hoje, é o espelho e o reflexo do Estado não so-cial. Há fome. E a fome só sobrevém quando já não temos nada. E quando não temos nada, que temos nós a per-der? As fábricas fecham umas a seguir às outras; os comércios igualmente. Até já as farmácias fecham por falta de dinheiro para comprar o “remé-dio”… Os desempregados afloram o milhão. Se em fila, de mãos dadas, te-riam mil quilómetros de comprimen-to, ou seja, um cordão humano, de so-

Editorial Os Profetas da Desgraça

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

1. Identidade Local: De acor-do com Kevin Linch (1960); em : A Imagem da Cidade, Edições 70: “A cada instante existe mais do que a vista alcança, mais do que o ouvido pode ouvir, uma composi-ção ou um cenário à espera de ser analisado. Nada se conhece em relação a si próprio, mas em re-lação ao seu meio ambiente à ca-deia precedente de acontecimen-tos, à recordação de experiencias passadas”. Esta ref lexão, fará todo o sentido, para uma men-te civilizada que, tal como Fer-nando Ruas, tenha sido agraciada com medalha de ouro da Société Académique des Arts, Sciences et Lettres, mas infelizmente não

faz escola entre os técnicos da nossa autarquia. Esta semana, as-sisti ao documentário ”O Bairro” da autoria de Raquel de Castro. Este documentário é um pequeno “fresco”, muito em breve históri-co, da vida no Bairro Municipal. Bairro que será terraplanado em nome de uma modernidade uni-formizadora da vida e paisagem urbana. Certamente, sem conhe-cimento do nosso autarca, foi ela-borado um plano de regeneração para este espaço no centro da ci-dade, prevendo-se a construção de um moderno edifício de habi-tação social composto por 60 fo-gos, obra estimada nuns simpáti-cos 2,3 milhões de euros. O que

os técnicos responsáveis por este projecto, ainda formatados na ló-gica de demolição-construção em voga nos anos 80 e 90, não perce-beram foi que no meio de tantos milhões perde-se mais um local característico da cidade, perde-se uma reminiscência de rurali-dade na selva de betão. Tudo isto numa época, e perante uma gera-ção, que valoriza a reabilitação e a preservação da nossa memória histórica. Mas o que é o bairro municipal? Construído em 1948, junto ao estabelecimento prisio-nal de Viseu, o Bairro Munici-pal, será o mais antigo dos bair-ros sociais da cidade. Constituído por 120 habitações unifamiliares,

Opinião Bairro Municipal, Carlos Marta e Literatura

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

[email protected]

Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

As redes sociais fazem parte do nosso dia-a-dia, por mais relutan-tes que sejamos na sua aceitação ou utilização. Há quem diga que por sua causa se dão divórcios, mas em contrapartida também surgem ca-samentos, relações, conhecimentos, amizades…como tudo, tem um lado bom e outro mau. Mas será que um desses lados se expressa mais que outro? Bem, eu acho que o lado que se revela mais é aquele que nós pró-prios permitimos. Da mesma forma que nos arrependemos de em cer-ta idade termos usado determinada roupa ou penteado, no futuro iremos

arrepender-nos de determinada pu-blicação ou desabafo, mas neste caso as provas não ficarão retidas apenas no nosso pensamento ou num ál-bum fotográfico empoeirado e es-quecido numa prateleira, mas sim numa cronologia, numa cronologia que continua em constante cons-trução e acaba por se parecer mais com um “scrapbook” (livro de re-cortes) do que com um “facebook”, ali mesmo à mão de todos, diário partilhado de vida alheia. A tendên-cia é a de publicar as coisas mais marcantes, mas no caminho, aca-bamos por ceder a revelações mo-

mentâneas que pelo calor do mo-mento serão meio caminho andado para o arrependimento. Por outro lado, e no meu ponto de vista, as redes sociais começam a ter den-tro de uma determinada franja da população, um papel vital na ma-nutenção e propagação de informa-ção, informação que de outra forma nunca chegaria ao nosso conheci-mento. As manifestações organiza-das e propagandeadas por esta via, verificaram-se um sucesso, e quan-do digo sucesso refiro-me ao facto de serem amplamente protagoniza-das por aqueles que realmente têm

Diário do PovoOpinião

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

4

Page 5: Jornal do Centro - Ed556

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

frimento, que chegaria de Faro a Bragança e de Bragança a Valença do Minho. Conse-guem visualizar?

Na maior desgraça, da maior desgraça,

surgem lojas de roupa usada, lojas de com-pra de ouro… Mas, mais e pior surge o cri-me, não a pequena criminalidade, mas a or-ganizada, que é temível, porque de alcance

e consequências inesperadas. E surge a re-volta. A revolta do tal povo de brandos cos-tumes, como diz o cliché. Também nós, que olhamos pacificados o mar sereno, chão, bonançoso, só depois de um devastador tsunami ou de um furioso Sandy percebe-mos que a tranquilidade visível tem dentro de si fúrias e forças tais que, em breves mi-nutos, arrasam tudo o que lhes faz frente. A ira, no caldeirão ebuliente da cegueira fundamentalista, da arrogância radical e da prepotência inumana… começa a escorrer a sua calda, lentamente, lava ardente…

4. Marques Mendes é a nova voz de Pas-sos Coelho. O primeiro-ministro arranja arautos para as desgraças, pensando assim preservar sua imagem. Tem feito de par-vos os portugueses. De burros e de bran-dos, que o mesmo é dizer, de frouxos. E de facto, ao que por aí vai, só mesmo um povo

frouxo e de cerviz vergada ao fado, conti-nua a aguentar tais arremetidas. Agora vem o tal Marques Mendes falar em “refunda-ção” da função pública. Estes tipos têm uns lexicólogos a estudar eufemismos para re-viravoltear a língua, amaciar, ou como há dias referi, o termo muito em voga, “miti-gar” a cruel realidade que as palavras enun-ciam. Se refundar é fundar de novo, se fun-dar é instituir, edificar desde os alicerces, pode também querer dizer, afundar. E afi-nal acabamos por perceber esta “refunda-ção”. Quando todos os organismos públi-cos, sem excepção, se queixam da falta de recursos humanos, Passos pretende lançar mais um ataque letal despedindo 50 mil funcionários públicos. E então, para se não desgastar, manda o Luisinho, em pontas de pés, (re)afundar… Quem dá mais uma es-molinha para o BPN?

tendo os seus moradores, famílias de escassos rendimentos económicos, migrado do centro histórico e aldeias próximas. Na actualidade, o bairro alberga uma população envelhecida com raízes rurais. As moradias, em granito, não dispõem hoje das mais básicas condições de habitabilidade, no entanto, este bairro possui uma qualidade visual rara, nas urbes mo-dernas, a clareza ou “legibilidade” da sua envolvente, todo ele é uma estru-tura planeada, coerente e única na paisagem urbana. A sua reabilitação, respeitando as características diferen-ciadoras, seria a melhor opção sendo vantajosa em termos económicos, o histórico-arquitectónicos e turísticos. Se a identidade da cidade é também o

fruto da percepção dos seus habitan-tes e visitantes, destruir este bairro é destruir parte da identidade desta cidade. Neste caso, a autarquia, terá de saber equilibrar a tensão contem-porânea entre o local e o global, dan-do primazia ao local, não como reac-ção à globalização, que é bem-vinda, mas como afirmação da nossa singu-laridade.

2. Marta e o exemplo Menezes: De Gaia, Luís Filipe Menezes deci-diu marchar sobre o Porto. Se por um lado o CDS-PP inviabilizou qualquer coligação encabeçada por Menezes, por outro lado a concelhia do PSD, através de voto secreto, aclamou por unanimidade o autarca de Gaia. Para

Viseu, ou melhor para Tondela, fica a porta entreaberta. Na matemática in-terna, se Marta quiser terá os mesmos 100% de Menezes? Tendo em conta os casos que envolvem os proto-candida-tos-laranja locais, é altamente prová-vel que sim.

3. Literatura: 17 de Novembro de 1925, um crime abalou a cidade. É so-bre este episódio dramático que nos fala Paulo Bruno Alves em O Crime da Poça das Feiticeiras. Uma leitura recomendada para os dias de chuva que se avizinham.

Miguel FernandesPolitólogo

[email protected]

algo a dizer: o Povo! Tornaram-se rostos, imagens familiares, espelho da verdade dentro de portas daqueles que sentem e vivem a realidade no duro curto prazo. Os manifestos de certos grupos mais violentos por norma organizados são repudiados, a partidarização é vista de lado quando as mãos vão dadas com o cônjuge e o filho, só se pretende falar e ser ouvido, juntos e apenas ao ser-viço da pátria. Foi pelo Facebook que me apercebi de um foco de irritação causado em várias pessoas e grupos, a CGTP tentava puxar para si os louros e a organização de uma destas iniciati-vas, e nesse momento apercebi-me que

esses indignados eram afinal um povo totalmente livre, que pensava pela sua própria cabeça, um povo que por re-gra não temos hipótese de conhecer nos meios de comunicação mais ba-nalizados mas que as redes sociais aju-daram a mostrar-nos. Afinal estes di-ários sociais de um povo, carregados de opinião e desenhados à imagem do presente, têm muito mais a dar ao ser-viço da informação e da verdade do que as suas desvantagens poderiam fazer pensar, trouxeram à luz do dia o pen-samento e voz de quem não costumava falar…pois não se identificava com as restantes opções.

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

5

Page 6: Jornal do Centro - Ed556

abertura textos ∑ Tiago Virgílio Pereirafotos ∑ Nuno André Ferreira

Publicidade

Urgente: dadores de sangue precisam-se

“Há pouca gente a doar sangue, precisamos do dobro para cobrir as ne-cessidades”, garantiu ao Jornal do Centro Marina Costa, médica responsá-vel pelo Serviço de San-gue e Medicina Transfu-sional do Centro Hospi-talar Tondela-Viseu.

O serviço, tradicional-mente conhecido como Banco de Sangue, exis-te no Hospital de Viseu, desde 1963. O número de dadores “manteve-se mais ou menos o mes-mo em relação ao ano passado” contudo, “é manifestamente insufi-ciente”, referiu a respon-

sável. Isto porque de ja-neiro até novembro, fo-ram recolhidas 3 mil e 200 unidades (cerca de 1 milhão e 440 mil ml/sangue) mas foram usa-das quase 7 mil unida-des em transfusões (cer-ca de 3 milhões e 150 mil ml/sangue). A percenta-gem de dadores é seme-lhante nos sexos femi-nino e masculino. Para Marina Costa, o núme-ro de dadores de sangue pode e deve aumentar, é tudo uma questão de pu-blicidade. “Acho que o Centro Hospitalar Ton-dela-Viseu devia apos-tar mais na divulgação

desta valência. Nós não fazemos publicidade por isso não nos podemos queixar”, alertou.

No Banco de Sangue laboram dois médicos e dois enfermeiros. A ní-vel distrital, para além do Hospital de Viseu, as recolhas de sangue são feitas através de inicia-tivas promovidas pelo Instituto Português do Sangue.

Marina Costa aplaude o espírito altruísta dos dadores de sangue que, mesmo com poucas re-galias, o fazem com gos-to e com espírito de mis-são.

∑ Foi o número de unidades recolhidas pelo Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, no período de janeiro até novembro.

3.200Números e informações úteisNúmeros e informações úteis

∑ É o volume de sangue recolhido em cada doação.

450 ml

∑ É a validade do sangue. As hemácias, glóbulos vermelhos do sangue, têm uma durabilidade de 35 a 42 dias, variando de acordo com a solução anticoagulante presente no interior da bolsa de sangue, pois algumas dessas soluções podem preservar o sangue por mais ou menos tempo.

42 dias∑ De segunda a sábado, das 08h30 às 12h00.

Horário

∑ Neste dia comemora-se o Dia Mundial do Dador de Sangue.

14 de junho

Jornal do Centro09 | novembro | 20126

Page 7: Jornal do Centro - Ed556

BANCO DE SANGUE DE VISEU | ABERTURA

Publicidade

Paulo Fernandes, 36 anos, é dador de sangue desde os 18 anos. Já perdeu a conta ao número de vezes que se deslocou ao Banco de Sangue do Hospital de Viseu. Trimestralmente é presença assídua e já criou uma forte relação de amiza-de com médicos e dadores. A sua dedicação já lhe valeu uma medalha de bronze.“Comecei a doar porque

sentia que estava a prestar um contributo à sociedade e a mim. No futuro, quem sabe, posso vir a precisar e fico grato a quem me aju-dar. Cada vez mais assis-timos à individualidade e

à falta de valores e ser-se solidário é um bem cada vez mais precioso”, referiu o consultor ao Jornal do Centro.

Por ser presença habitual, Paulo tem assistido, com al-guma tristeza, à redução do número de dadores. “Acho que a crise fez com que as pessoas se desloquem com menor frequência ao Hos-pital. Quem não tem trans-porte não vem de propósito doar sangue. Antes, o ser-viço disponibilizava briga-das que se deslocavam às aldeias mais longínquas e era mais fácil para as pes-soas doarem, e sobretudo

facilitava a vida aos mais velhos”, argumentou. “Até as escolas, que faziam uma recolha mais assídua, pare-ce que pararam”, comple-mentou.

Paulo Fernandes rejeita a ideia de que doar sangue é um processo doloroso.

“Isso é uma desculpa, é só uma picada de uma agulha, normal, sem dor adicional”, garantiu. A relação de ami-zade que cimentou ao lon-go dos anos faz com que diga que tem “uma gran-de cumplicidade com mé-dicos e enfermeiros e com os dadores mais antigos”, concluiu.

“É só uma picada de uma agulha sem dor adicional”

Quem pode doar sangue?∑ Maiores de 18 anos e menores de 65 (a primeira vez tem que ser antes dos 60 anos)

∑ Pesar mais de 50 quilogramas

∑ Pessoas saudáveis. Em caso de estar a ser medicado, o potencial dador deve informar o médico. Quem viveu fora do país deve igualmente informar o médico.

Quem não pode doar sangue?∑ Toxicodependentes ou consumidores de drogas (e seus parceiros sexuais)

∑ Mulheres que tenham tido parto ou aborto há menos de seis meses, que estejam grávidas, menstruadas ou em amamentação

∑ Operados há menos de seis meses

∑ Pessoas que receberam sangue ou componentes depois de 1980

∑ Pessoas com vários parceiros sexuais ou com comportamentos de risco

∑ Pessoas que fizeram tatuagens, piercings, acupuntura e endoscopias há menos de seis meses

x

�Jornal do Centro09 | novembro | 2012 7

Page 8: Jornal do Centro - Ed556

Enquanto profissional, a sua área de actuação tem-se centrado na Saúde Pública. Concretamente, em que consiste? Em termos sociais a Saú-

de Pública é tudo o que está relacionado com a saúde. Como área de espe-cialização médica é aquela área que se preocupa com a promoção da saúde e a prevenção das doenças po-tenciando todos os recur-sos dos serviços de saúde e da comunidade, pois a so-ciedade deve ter presente que a saúde é algo que esta em si. Tudo o que seja pro-mover uma mudança de comportamentos, de esti-los de vida, um modelo de toma de medicamentos, a gestão de recursos, a priori-zação de intervenções, etc., são preocupações da Saúde Pública.

Há quantos anos tem de-sempenhado essa função na Saúde Pública?Desde 1981.

Foi nomeado director-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde de Dão-

Lafões I. Quais as suas áreas geográficas e domínios de actuação?A área geográfica do Dão-

Lafões I corresponde uni-camente ao concelho de Viseu. Temos mais duas áreas geográficas que estão abrangidas pelo Dão-Lafões II e III. Vendo o distrito de Viseu, podemos dizer que há um centro que é o conce-lho de Viseu e todo um le-que de concelhos à sua vol-ta que se distribuem pelo II e III. Quanto aos domínios: promovermos ao máximo a saúde da nossa popula-ção, garantindo a maior acessibilidade possível ao nível dos cuidados de saú-de primários. Por isso, re-organizar os serviços, ten-do em conta o novo mode-

lo de prestação de cuidados que foi implementado há 4 anos no país, com a criação das Unidades de Saúde Fa-miliares (USF), as Unida-des de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), as Unidades de Saúde Públi-ca (USP), as Unidades de Cuidados à Comunidade (UCC), as Unidades de Re-cursos Existenciais Parti-lhados (URAP), … Uma re-organização dos anteriores técnicos que trabalhavam na Sub-Região de Saúde e nos centros de saúde, ten-do em vista garantir uma maior acessibilidade, com mais qualidade e mais hu-manidade e uma melhor gestão de recursos.

Fala num novo modelo

implementado há 4 anos. A perspectiva política é a de dar continuidade a esse modelo?Sim. Talvez haja neces-

sidade de se proceder a al-guns ajustamentos decor-rentes da experiência en-tretanto havida.

Há mais dois ACeS na região Dão-Lafões. Qual o seu fu-turo? Vão ser agregados ao Dão-Lafões I ou funcionarão autonomamente?Neste momento posso

falar-lhe pela atualidade. Funcionam autonomamen-te. Há uma vontade de pen-sar no redimensionamento geo-demográfica dos ACeS. Neste momento penso que é matéria em estudo a ní-vel regional e central e que deverá ser decidida a cur-

to prazo.

Mas de facto, este Governo já tem mais de um ano de gover-nação e, em matéria de Saúde, mantém o que foi feito pelo anterior…Penso que um dos ma-

les que nós temos é nun-ca deixarmos estabilizar uma reorganização, uma reestruturação, para ver os benefícios ou prejuízos consequentes. Uma cons-tante alteração de modos de estar nunca é benéfico para o desenvolvimento das pró-prias estruturas. Pela mi-nha parte, porque sou um dos pensadores desta nova reorganização, defendo-a. Defendo que o atendimen-to por uma pequena equipa de saúde é positivo para au-

mentar a acessibilidade e a satisfação das pessoas. Evi-dentemente que estamos numa fase, que quando foi pensado e implementado, ninguém imaginava o nú-mero exagerado de cons-trangimentos entretanto surgidos: reformas anteci-padas, não admissões de pessoal, limitações à mo-bilidade de profissionais, constrangimentos econó-micos, …

Os ACeS (Agrupº de Centros de Saúde) foram criados, de acordo com as NUTS (Nomª Unid. Territ.) visando uma maior proximidade do prestador ao utente. Tal política teve êxito? O que foi conseguido e o que falhou?O conseguido foi que

entrevista ∑ Paulo Netofotos ∑ Nuno André Ferreira à conversaJosé Armando Marques Neves,

médico de saúde público com

pós-graduação em adminis-

tração de saúde, iniciou em

outubro de 1975 a sua atividade

profissional em Seia. O conce-

lho de Mangualde foi a opção

em 1980 e o de Viseu a partir de

1981. Foi Autoridade de Saúde

do distrito de Viseu até 2009.

É coordenador do Internato

Médico da Saúde Pública da

Zona Centro, Presidente da

Comissão Regional do Inter-

nato Médico da Zona Centro e

membro do Conselho Nacional

do Internato Médico. Coorde-

nou a Comissão Nacional Exe-

cutiva para a Reestruturação

dos Serviços de Saúde Pública

e integrou o grupo de Missão

para os Cuidados de Saúde

Primários. Desde 2009 no Con-

selho Clínico do Agrupamento

de Centros de Saúde de Dão

Lafões I – concelho de Viseu.

Desde 2012, diretor executivo

do Agrupamento de Centros

de Saúde Dão-Lafões I.

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

8

Page 9: Jornal do Centro - Ed556

todas as pessoas que são utentes de uma USF mani-festam um grau de satisfa-ção. O desempenho da equi-pa de saúde em termos de cuidados de saúde é melhor. No nosso caso de Viseu, te-mos duas USF que funcio-nam com os melhores pa-drões de qualidade ao nível do país. Evidentemente que é um padrão que gostaría-mos de ver implementado em todas as USF, mas não podemos esquecer o con-texto social em que elas foram desenvolvidas. Nas primeiras havia uma facili-dade de afetação de recur-sos humanos e técnicos que face aos constrangimentos orçamentais hoje existen-tes não é passível de ser re-plicado na actualidade. As

atuais e próximas USF apa-recem com maior dificulda-de de implementação: ne-nhum dirigente deixa sair um profissional porque o não pode substituir, todo o economista dificulta a aqui-sição de materiais ou obras de beneficiação de instala-ções porque há constrangi-mentos orçamentais. Uma realidade que piorou a di-nâmica das USF. Uma ba-talha que travaremos para garantir a melhor acessibi-lidade às pessoas, um me-lhor atendimento dos nos-sos utentes.

Pelo conhecimento que de-tém da área geográfica dos três ACeS, quais os problemas mais relevantes existentes?Se me permite não me

vou pronunciar sobre os outros dois ACeS, em vir-tude de os mesmos terem um director executivo próprio. Penso que, nes-te momento, o problema mais relevante que temos é a falta de recursos médi-cos e de assistentes técni-cos. A acessibilidade a uma consulta médica creio ser o problema que mais me preocupa, porque na ver-dade, a procura de uma consulta médica, em ter-mos populacionais é a for-ma mais importante de as populações se manifesta-rem. O problema mais re-levante é a falta de capaci-dade dos nossos serviços em dar resposta à esta ne-cessidade expressa pelas populações.

Uma das críticas reiteradas por autarquias e partidos po-líticos prende-se com a falta de médicos. Há razão nestas críticas? Por que razão há falta de médicos no interior? Como pensa resolver este assunto?Essa crítica é fundamen-

tada, mas nós temos que ver que um jovem que entre numa faculdade de Medici-na, tem 6 anos de faculdade e depois, no mínimo, mais 5 anos para poder ser médi-co especialista. A medicina geral e familiar é uma espe-cialidade médica. Por isso estamos a falar de 11 anos. O problema que temos ago-ra é consequência do que se passou há 11 e mais anos – falta de planeamento. Igual-mente não podemos esque-cer as reformas antecipadas dos médicos que connosco trabalhavam!

Por que razão há falta de mé-dicos no interior?As reformas antecipadas

foram em todas as zonas do país. Acontece que, en-quanto houver uma melhor qualidade de vida – se as-sim se possa dizer – e hou-ver maior disponibilidade de trabalho nas zonas so-cialmente mais agitadas e agradáveis, é humano os médicos escolherem es-sas zonas, pois são pessoas como as outras que o fazem na nossa sociedade.

Porém, hoje provavelmente encontramos mais qualidade de vida numa vila do interior do que no Rossio, em Lisboa. E a onda de revivalismo leva-nos a fazer opções de centri-petação para as origens…Completamente de acor-

do. Contudo é preciso fazer a análise em função da ida-de das pessoas de que esta-mos a falar. Enquanto que as pessoas de uma certa idade valorizam a calmaria socio-ambiental, é próprio da juventude, pois estamos a falar de profissionais que acabam a formação na sua época dos 30 anos, possuir a agitação toda que lhes é inerente, a agitação numa vida que eu com 60 anos já não procuro.

Depara-se com esta falta de médicos. Como pensa resol-ver este assunto?Sabemos que no próxi-

mo ano um número signi-ficativo de médicos vai aca-bar a sua especialização em Medicina Geral e Familiar.

Penso que nessa altura vi-remos a ter um maior nú-mero de médicos com pos-sibilidade de trabalharem connosco. Também deve-mos pensar que as zonas di-tas socialmente mais apete-cíveis para os jovens médi-cos, começam a ter os seus quadros esgotados. É a lei da vida, é a lei da procura e do encontro do local de trabalho. Desde há alguns anos é opção do Ministério da Saúde, aquando das es-colhas para especialização médica, afetar a esta área um número significativo de vagas. Os especialistas começam a ser mais. Qual-quer dia começamos a não ter necessidade de todos. É a falta de planeamento es-tratégico. As entradas na fa-culdade só são efetivas para o mercado de trabalho no mínimo, ao fim de 11 anos.

O Governo prevê mais cortes na Saúde. Existe margem para tal?Penso que se houver

maior racionalização de gastos é possível fazer um pequeno ajustamento. De-vemos ter presente que a Saúde é um bem económi-co e por vezes esquecemos que este bem económico é um direito das populações esquecendo o dever des-sas próprias populações em defender a sua própria saúde. É o dever, e vamos para a minha área de es-pecialização, é o dever da sua própria promoção de saúde. Porque na verdade nós temos gastos exacer-bados em saúde, pela falta de qualidade de auto-cui-dados das pessoas na pro-moção da sua própria saúde. Se eu levar uma vida sau-dável, praticando exercício físico, tendo cuidado com a minha ingestão alimentar, com a bebida, etc., vou di-minuir o número de casos de doenças cardio-cerebro-vasculares, de doenças on-cológicas, de diabetes, … e estes tipos de doenças exi-gem cuidados muito, mas muito caros.

Mas essa profilaxia carece de uma educação e de uma cultura que não dada nem implementada. Nas Escolas, só há muito pouco tempo co-meçou a haver preocupação com essa temática…A nossa sociedade vive

por ciclos políticos e se nós pensarmos que um ci-clo político é pensado em

termos de investimento e ganhos, em Saúde Pública, o ciclo de uma política de saúde é geracional. Para al-terar um comportamento tenho que o começar a in-tervir muito cedo, para ob-ter resultados passados 10, 15, 20 anos. Quando tivemos a ameaça de pandemia de gripe, tentámos educar as pessoas a tossir para a face interna do cotovelo, para aquando de um aperto da mão não transmitir os vírus ou as bactérias que são ex-pelidos normalmente pela nossa respiração e que pela nossa mão passam para a mão das outras pessoas. Se reparar, essa pequena mudança comportamen-tal teve um impacto signi-ficativo a nível dos Jardins Escolas e das primeiras es-colas, enquanto os nossos hábitos ainda não estão su-ficientemente formatados

– assim há mudanças. Este número de pessoas que ad-quiriu este saudável hábito aos 3-10 anos de idade, irá evidenciar benefícios so-ciais em termos de saúde, com a diminuição da trans-missão de doenças infecto-contagiosas, quando forem adultos ativos. Este peque-no hábito de tossir só pro-duzirá efeitos daqui a 20 anos. Logo, a Saúde devia constituir-se e programar-se com pactos de regime, não podendo ser serviços de gladiação, pois as atitu-des, os hábitos, os compor-tamentos são geracionais.

E porque não se constitui? Isso deverá ser pergun-

tado a quem faz orçamen-tos, a quem governa o país, a quem tem que definir po-líticas. Da parte dos profis-sionais de Saúde Pública era o que nós mais desejá-vamos.

Mas nós sabemos bem que os políticos não governam para o longo prazo mas sim para o imediatismo…Em termos de Saúde não

há nenhum ciclo político que permita obter ganhos a não ser em pseudo-ges-tão de listas de espera e al-gumas pseudo-gestões de alguns indicadores vulgar-mente utilizados. Em Saú-de, qualquer grande bene-fício é sempre a longo pra-zo. Não estou a falar em tratar de uma doença agu-da, de uma gripe, pela qual eu vou a um médico, rece-bo um determinado trata-

JOSÉ ARMANDO MARQUES NEVES | À CONVERSA

“o ACeSDão-Lafões I

tem falta de 18 médicos num

universo de 73”

9Jornal do Centro09 | novembro | 2012

Page 10: Jornal do Centro - Ed556

À CONVERSA | JOSÉ ARMANDO MARQUES NEVES

mento, passado 4 ou 5 dias não tenho febre e estou óti-mo. Estou a falar, por exem-plo, de um diabético, da am-putação de uma perna por uma ferida que se arrasta há anos. Neste momento estamos a investir muito numa melhoria de vigilân-cia dos diabéticos, através de um controle muito mais apertado para vir a ter be-nefícios daqui a 10/15 anos. Para a população que já tem insuficiências vasculares, que já tem problemas nos dedos dos pés consequen-tes da falta de sangue, para estes as atividades de vigi-lância e preventivas pode-rão atrasar ligeiramente a amputação; o grande custo do ato médico de fazer uma amputação e de requalificar a vida de uma pessoa ampu-tada, extremamente grande e difícil em termos de aju-das técnicas, em termos da pessoa aceitar que per-deu um membro … já não vamos a tempo de intervir eficazmente nessas pesso-as. Gastamos a tratar. É a grande dificuldade dos or-çamentos em Saúde – inves-tir agora para colher lucros daqui a 10/15 anos. Os gas-tos em tratamentos seriam melhores para a qualidade de vida se fossem investi-dos em promoção da saú-de e prevenção da doença. Durante anos tem de ser ao mesmo tempo, prevenir e tratar para depois diminuir o tratar e, então, ter ganhos efetivos em Saúde.

Em que medida esses cortes vão afectar o utente?São medidas políticas

que eu não lhe sei referir. Da minha parte e do meu Agrupamento iremos ten-tar fazer tudo para que a acessibilidade seja o mais facilitada possível, que den-tro das operações terapêu-ticas, com a mesma eficá-cia terapêutica, isto é, o medicamento produzindo o mesmo efeito, sejam usa-dos os de menor custo pos-sível. Com certeza que ire-mos ter que fazer alguma racionalização. Quero cha-mar a atenção para o con-ceito amplo de racionaliza-ção e para não o empolar. Dou um exemplo, na vigi-lância em saúde materna – a grávida, em princípio, deve fazer 6 ecografias. Nós, no nosso serviço, temos grávi-das que fazem 10 e 12 eco-grafias. Estamos a duplicar o custo de uma vigilância.

Eu como futuro pai, ou fu-tura mãe, fico satisfeitíssi-mo, de todas as vezes que vou à consulta médica fa-zer uma ecografia, mas se eu dimensionar isto para uma consciência cívica, de cidadania, qual é o custo que isto tem? Todo o ato de saúde é um bem económi-co. E se nós não pensarmos que devemos dar o máxi-mo dentro de determina-dos parâmetros, tudo o que for a mais do que é conside-rado essencial, para manter a qualidade social do Servi-ço Nacional de Saúde, pesa e alguém vai ter que pagar e tem de sair de um outro lado qualquer. Neste mo-mento, o meu problema é que não temos o suficien-te. Por isso vai ser uma op-ção, penso que muito difí-cil, de quem tiver de deci-dir, dizer onde é que se vai cortar. Mas nós temos que racionalizar mais um bo-cadinho aquilo que nós gas-tamos. Penso que essa ra-cionalização vai ser muito dentro de cada um de nós, do próprio prestador, dos serviços de saúde. Tem que haver uma simbiose, por isso o ideal das USF, com o agendamento atempado, com o médico e o utente a perderem um bocadinho mais de tempo a explicar a mudança do nome comer-cial de um medicamento, por que é que não se pede aquele exame complemen-tar de diagnóstico, para ha-ver uma satisfação de todos naquele relacionamento. Se houver possibilidade e mais tempo para se aumen-tar o diálogo médico-doen-te, haverá uma maior com-preensão de algumas medi-das que têm de ser tomadas para “esticar um bocadinho mais a corda”.

Esse conceito é interessante, de aumentar o diálogo entre médico e doente, mas hoje, aquilo que percebemos da realidade que temos é que o tempo já escasseia até para aquela prestação centrada…É verdade. Propomo-nos

a melhorar. Se eu lhe dis-ser que o ACeS Dão-La-fões I tem falta de 18 mé-dicos num universo de 73. Nós não queremos que as pessoas que nos procuram se vão embora sem atendi-mento. É com dor que dize-mos a uma pessoa “Já não tem lugar. Já não há vaga.” Temos consultas de inter-substituição, justamente

para quando falta o médi-co de um utente ou o utente não tem médico, haver ou-tro que o possa fazer. Com a nossa capacidade de mais 18 médicos por dia, se pu-séssemos 4 horas de aten-dimento polivalente por dia e cada médico visse 4 pes-soas em cada hora, seriam atendidos mais 288 doentes pessoas por dia …

É apologista do SNS tal como ele foi originariamente con-cebido?Como ele foi origina-

riamente concebido sou apologista a 100%. Deve-mos porém pensar que a

sociedade evoluiu e tem que haver uma adaptabili-dade à realidade social. O SNS apareceu quando a nossa sociedade não tinha recursos humanos e técni-cos a que recorrer. Neste momento nós temos os re-cursos. Quando apareceu o SNS não havia o poten-cial de meios terapêuticos e complementares de diag-nóstico que entretanto fo-ram surgindo e que aumen-tam o seu custo. Por isso lhe digo, a sustentabilidade do nosso SNS tem que es-tar adequada à capacidade que lhe for atribuída, tendo em vista garantir uma equi-

dade entre todos, o que é muito difícil neste momen-to, quando estamos a atin-gir um patamar social em termos de morbilidade que nos próximos tempos nos vai exigir muitos mais re-cursos – as chamadas do-ença da civilização e da ter-ceira idade.

Que ideia tem do eventual conceito de privatização da Saúde?Sou céptico. Voltando ao

SNS, todo o cidadão por-tuguês e dentro de pouco tempo, todo o cidadão eu-ropeu tem acesso ao nos-so SNS. É uma acessibilida-de ilimitada. Na privatiza-ção dos serviços de saúde o que me custa é que não haja obrigatoriedade de op-ção. Quem opta pelos ser-viços privados, é para tudo. Quem se mantém no SNS é para tudo. Porque o cidadão, constitucionalmente, tem direito ao acesso a todos os cuidados médicos presta-dos pelo Estado português. E como tem acesso, a priva-tização retira apenas alguns dos procedimentos menos significativos do SNS em termos de atos, mas não nos podemos esquecer que eles irão ser pagos à mesma pelo Estado, por nós.

Qual o estado de saúde da Região Dão-Lafões?Penso que é bom.

Não teria que o internar nem aplicar-lhe uma terapia espe-cífica…Não. Temos um bom

Centro Hospitalar Tonde-la-Viseu, que também luta com problemas de falta de recursos; temos uma pa-nóplia de especialidades médicas muito boa; temos um Centro Hospitalar que rivaliza com os melhores centros hospitalares de Lis-boa, Porto e Coimbra; a ní-vel dos cuidados de saúde primários temos ótimos médicos de família, cujos parâmetros de qualidade são referenciados aos mais altos níveis; temos empe-nho dos profissionais mas por vezes nós esquecemo-nos que os médicos, os en-fermeiros, os administrati-vos são homens e mulheres como qualquer pessoa que os procura… Temos exce-lentes recursos, penso que o nosso estado de saúde, pela morbilidade que nos procura é sobreponível a de qualquer ponto do país, as

taxas de mortalidade não estão referenciadas de uma forma que nos possa cons-tituir preocupação. Penso que estamos equilibrados no país.

Então, quaisquer críticas que surjam, não terão razão de ser?Evidentemente que há

sempre críticas, porque quem critica é aquela pes-soa que julga que o seu pro-blema é o mais importante de todos. Agora o que me é dado saber é que… (está-me a mostrar no jornal a notícia acerca da falta de médicos em Tondela). O autarca de Tondela tem toda a razão. O quadro de Tondela teve alguns dissa-bores há pouco tempo, que na verdade são graves. Re-formas antecipadas, mor-te, doença em médicos. O problema é parcialmen-te minorado a curto pra-zo porque penso que ire-mos melhorar, em mea-dos de 2013. Não sendo no meu ACeS todos sabemos que Tondela sofreu, sofre e ainda vai sofrer durante al-gum tempo com isso.

Quais as linhas estruturais da acção que vai implementar no seu mandato?A minha principal linha

de ação e a de todos aqueles que abraçam os cuidados de saúde primários, é o respei-to pela pessoa. Quer como utente, quer como prestador de cuidados, sabendo que nós existimos porque exis-tem pessoas que atendem e que são atendidas. Por isso a minha principal linha de ação é garantir a maior acessibilidade, sabendo que tenho algumas dificulda-des, nomeadamente na falta de recursos, por isso a mi-nha grande preocupação, a minha grande luta com a ARS-Centro vai ser tentar convencê-los a darem-me o maior número possível de recursos médicos; depois gostaria muito de melho-rar algumas condições dos equipamentos que utiliza-mos, até e porque as pes-soas quando estão num lu-gar que lhes é agradável de-sempenham muito melhor a função e o utente quando é recebido num local apra-zível vai com muito maior satisfação – humanização. Neste momento de conten-ção orçamental vai ser difí-cil fazer render as migalhas que temos.

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

10

Page 11: Jornal do Centro - Ed556
Page 12: Jornal do Centro - Ed556

regiãoCONCLUÍDA A SEGUNDA FASE DO PARQUEINFANTIL DE VOUZELA

O novo equipamento, destinado a crianças dos 6 aos 12 anos, está dis-ponível desde o final da semana passada. A re-qualificação do parque infantil de Vouzela as-cendeu aos 46 mil e 500 euros e é co-financiada pelo programa Leader +, no âmbito de uma candi-datura apresentada pela autarquia à ADDLAP – Associação de Desen-volvimento Dão Lafões e Alto Paiva.

7ª JORNADAMICOLÓGICADE LAFÕES

A Associação de De-senvolvimento Rural de Lafões, com o apoio do Município de Vouzela, vai organizar, no dia 18 de no-vembro, a sétima edição da Jornada Micológica de Lafões.

A iniciativa visa a iden-tificação e a recolha de co-gumelos, valoriza a preser-vação da natureza através da caminhada e do contac-to com a fauna e a flora e promove a gastronomia.

Do programa consta a recolha, separação e clas-sificação do material mi-cológico recolhido, um al-moço de campo, a identifi-cação do material a partir dos caracteres macros-cópicos e organolépticos, uma exposição e um jan-tar micológico.

As inscrições têm um custo de 45 euros e podem ser efetuadas através do email [email protected] ou contacto te-lefónico: 965 486 082.

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), anunciou na quar-ta-feira que todas as taxas municipais vão sofrer re-duções em 2013, nomeada-mente o IRS, que será re-duzido em 20 por cento.

“Vamos reduzir o IRS em 20 por cento, já que nos cinco por cento a que a Câmara tem direito, pas-saremos a ter apenas qua-tro”, afirmou o autarca pe-rante os presidentes das 34 juntas de freguesia do concelho, numa reunião na freguesia de São Sal-vador.

Em declarações aos jor-nalistas, Fernando Ruas explicou que a autarquia vai abdicar de parte da sua receita porque, em ocasi-ões “em que foi necessário pedir a participação dos viseenses com taxas má-ximas, eles disponibiliza-ram-se”.

O autarca sublinhou que “as receitas do conce-lho continuam assegura-das” e que este é “um mo-mento em que os viseen-ses precisam que sejam aliviadas as suas respon-sabilidades ficais”.

Além da redução do IRS, foi ainda “feita uma revi-são de todas as taxas mu-

nicipais”, inclusivamen-te “aquelas que não são de pagamento corrente, mas cujas taxas passarão a ser bem inferiores”.

Fernando Ruas exem-plificou que, nos casos em que os cidadãos queiram construir casa, contarão

“com uma redução na li-cença camarária”.

Já em setembro, a autar-quia de Viseu anunciara a redução em 2013 das taxas do Imposto Municipal so-bre Imóveis (IMI) e Der-rama, que incide sobre o lucro das empresas com volume de negócios até 150 mil euros.

O IMI sofre, a partir de 2013, uma redução dos atu-ais 0,7 por cento para 0,6 por cento, num máximo possível de 0,8 por cento, para os prédios urbanos não avaliados, e uma des-cida dos atuais 0,4 para 0,35 por cento num má-ximo que pode ir aos 0,5 por cento, para os prédios urbanos avaliados. Quan-to à Derrama, a redução é de 20 por cento, quando a autarquia já aplica uma taxa de 1,35 por cento para empresas com volume de negócios inferior a 150 mil euros, sendo a taxa máxi-ma de 1,5 por cento. LUSA

Taxas municipais vão sofrer reduções em 20013

Com o aumento dos ata-ques de lobos aos reba-nhos comunitários nas serras de Montemuro e Gralheira em São Pedro do Sul, a Câmara Munici-pal pediu a intervenção do Ministério da Agricultura e até agora não obteve res-posta. Segundo António Carlos Figueiredo, presi-dente do município, “foi feita uma participação e enviado um dossier para o ministério, mas até ago-ra ainda não foi dada qual-quer ajuda nomeadamen-te numa ação de controlo das alcateias”.

Os ataque aos rebanhos têm sido uma constante de há quatro anos a esta parte no entanto, nos úl-timos meses, intensifica-ram-se. Muitas cabras e ovelhas já foram mortas e o prejuízo é cada vez maior, “segundo o que as populações têm dito, os prejuizos já vão em muitas centenas de gado perdido”, acrescentou o autarca. Covas do Rio, uma aldeia de São Pedro do Sul, é um dos locais mais prejudica-dos com estes ataques dos lobos. Nesta área concen-

tram-se alguns dos maio-res rebanhos de cabras e manadas de bovinos, com características comuni-tárias e que constituem uma das principais fontes de rendimento das pesso-as daquela aldeia. Um das soluções apresen-tadas para combater as investidas das alcateias é um plano de reintrodução do corço, para que passe a substituir gradualmen-te os animais domésticos na alimentação das alca-teias.

Micaela Costa

São Pedro do Sul pede intervenção do GovernoAutarquia ∑ Pedido de ajuda ainda não tem resposta

A Investidas das alcateias provocam prejuizos em muitas centenas de gado perdido

Publicidade

DR

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Jornal do Centro09 | novembro | 201212

Page 13: Jornal do Centro - Ed556
Page 14: Jornal do Centro - Ed556

REGIÃO | VISEU

Punir para equilibrar

Opinião

A promoção desenvol-vida pelo Pingo Doce teve o mérito de lançar para a ordem do dia a discussão sobre os lucros auferidos em bens alimentares pela distribuição.

O facto ocorrido no dia 1 de Maio de 2011 não se vol-tará a repetir nesses mol-des. No caso concreto do Pingo Doce, as promoções desenhadas em seguida circunscreveram-se a al-guns produtos, em alguns dias. Isto é, o efeito ioiô.

Este episódio teve o en-genho de induzir a criação de uma plataforma de tra-balho (PARCA) para estu-dar e escalpelizar o que to-dos nós já sabíamos: existe uma desproporção de ga-nhos entre os produtores e os distribuidores.

Até à data parece tam-bém notória que a robus-tez negocial imposta por parte da distribuição fala mais alto. Assim, o gover-no viu-se na incumbência de legislar, punindo de for-ma significativa estes epi-sódios. O Pinco Doce foi multado em 30 mil euros, após a detecção do chama-do dumping em 3 artigos. Nos dias de hoje, o valor da coima poderá atingir 2,5 milhões de euros. Igual episódio não se irá por cer-to repetir.

As promoções são mo-mentos ideias para a aqui-sição de bens mas, neste e noutros casos, fazer re-percutir a presumível dá-diva, impondo uma al-teração nas condições contratualizadas com os fornecedores, é que é de lastimar.

As cadeias de distribui-ção mantêm um pendor emproado, alegando que, por exemplo, nos produ-tos hortícolas a sua per-centagem de lucro não ul-trapassa os 7%. Honesta-mente, manifesto alguma dificuldade em compre-ender estas margens. As contas que conheço apon-tam para ganhos que atin-gem 250% nesses produ-tos. Na sua eloquente retó-rica, a distribuição alude a gastos muito elevados com a logística. Vamos tentar apenas dissecar alguns as-pectos desse obscuro en-cargo.

Os grandes armazéns frigoríficos onde perma-necem os alimentos no período pós-colheita não estão na posse de coope-rativas, agrupamentos de produtores ou produtores? Quantos entrepostos logís-ticos as grandes superfícies possuem? O acréscimo no custo unitário de cada pro-duto é dessa grandeza? A rede de distribuição móvel (camiões frigoríficos) não é pertença de empresas especializadas na área? O exercício de fazer as con-tas deixo-o a cada um.

Reporto, no entanto, um caso concreto de uma empresa de transportes, a Paulo Duarte, que tem vindo a apostar de forma determinante na fruticul-tura e horticultura, com uma facturação de 51,6 milhões de euros em 2010, a qual diversificou este ano a sua oferta com um novo projecto a edificar no Alentejo para a produção de Pera Rocha. Não será este um exemplo a repli-car?

O repto que muitos de nós eventualmente lança-ríamos às cadeias de distri-buição é a de se tornarem também produtores. Desta forma, facilmente cumpri-riam todas as exigências que muito bem impõem aos produtores, desde aná-lises, normas de seguran-ça e de rastreabilidade do produto, produções ami-gas do ambiente, apenas para citar algumas. Estes novos locais de produção poderiam funcionar como verdadeiros polos de disse-minação de boas práticas para todos. Tudo estaria controlado e neste caso a política “do prado ao prato” era um facto consumado.

Para muitas redes de dis-tribuição, a aposta já estava ganha. Nos dias de hoje, o difícil não é produzir bem, é vender a bom preço e em quantidade. Espaços já possuem. Certamente muitos de nós rejubilarí-amos com tão benévolas iniciativas.

Só falta concretizá-las.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

Montras pintadas, assal-tos, cadeiras e mesas par-tidas, insegurança e falta de patrulhamento são as grandes preocupações de vários comerciantes da Rua do Comércio, da zona da Sé e até do Ros-sio. Ao longo da sema-na passada foram vários os episódios que deixa-ram marcas nas ruas de Viseu, o vandalismo e a insegurança instalaram-se na cidade e há mesmo quem pense em fechar as portas. O caso mais recente ocor-reu na passada sexta-fei-ra, 2. Artur Rodrigues, proprietário do esta-belecimento comercial “GoodVibes”, na Rua do Comércio, deparou-se com atos de vandalismo nos dois vasos de grandes dimensões que tem à en-trada da loja. “Já é hábito que sujem montras, que mexam nas flores, mas que tirem toda a terra e virem os vasos nunca ti-nha acontecido”, adian-tou. Para o comerciante “estes atos de vandalis-mo afastam as pessoas da rua. Isto já está deser-to então com este van-dalismo e insegurança, pior”. O problema, dizem, é a falta de polícia e mes-mo quando solicitada não aparece. Pedro Lopes, morador na zona, contou ao jornal que “nessa noi-te um grupo de cerca de dez jovens estavam a par-tir cadeiras e mesas, cha-mei a polícia que nunca apareceu”. Também outros estabe-lecimentos sofreram com atos de vandalismo, com montras pintadas e, na zona da Sé, vários carros foram vandalizados. A pastelaria S. José, na Rua do Comércio, foi uma das afetadas, na noite de Halloween, de dia 31 para dia 1, “partiram a montra com um paralelo, entra-ram no estabelecimen-to e roubaram dez euros

em moedas que tinha deixado na caixa”, afir-mou Maria da Conceição, proprietária da pastela-ria. “A esplanada é raro não estar suja, cheia de garrafas, e essa noite não foi exceção, até ovos ha-via”, acrescentou. Paulo Rodrigues, filho da pro-prietária, disse ainda que “isto é inadmissível, não há patrulhamento, um dia destes tenho de ser

eu a arranjar meios para me defender desta selva-jaria, quando tal deveria estar a cargo das forças policiais.”O Rossio também não es-capou a esta onde de in-segurança e assaltos, de 28 para 29 de outubro, a Tabacaria do Rossio so-freu danos avultados. Em tabaco foram rouba-dos 2.500 euros e leva-ram 50 euros em moedas.

Desta vez os contornos foram mais rebuscados, Noémia Rodrigues Fon-seca, proprietária do es-tabelecimento que está no Rossio há mais de 25 anos, explicou: “após vá-rias tentativas falhadas, queimaram a porta com o auxílio de um maçarico e arrancaram a fechadu-ra com pé de cabra”. Os vizinhos não se aperce-beram de nada e a polícia que vigia o banco de Por-tugal também não. “Es-tamos rodeados de in-segurança e isto tende a piorar”, acrescentou No-émia Fonseca. Este assal-to é para a proprietária um momento de decisão “tenho medo de voltar a pôr tabaco, que é a úni-ca coisa que ainda me dá algum lucro, mesmo que seja pouco é o que nos faz estar abertos. Este assal-to fez-me pensar e assim não tenho condições para manter a tabacaria aber-ta e tenho pena, pois gos-to muito de estar aqui”. O caso está em segredo de justiça pelo que não pode ser adiantada qualquer informação, explicou Vítor Rodrigues, coman-dante da PSP de Viseu.Questionado sobre as várias queixas dos co-merciantes o intendente disse ao jornal que, “in-felizmente não há o poli-ciamento que queremos, não é possível ter um agente em cada rua”. “Há uma preocupação com a zona histórica e às sex-tas, sábados e domingos, dias de mais movimento e com maior afluência de gente na rua, temos equi-pas de intervenção rápi-da e o contrato local de segurança que também combate esta falta de se-gurança. Estamos a ten-tar resolver estes proble-mas aumentando e refor-çando o policiamento”, acrescentou.

Micaela Costa

Vandalismo e inseguraça nas ruas de ViseuComerciantes ∑ Falta de patrulhamento é uma das causas apontadas

Mic

aela

Cos

ta

Jornal do Centro09 | novembro | 201214

Page 15: Jornal do Centro - Ed556

TONDELA | NELAS | MORTÁGUA | REGIÃO

Fluente em alemão e inglês (escrito e falado) e com

conhecimentos de polaco, húngaro e francês.

Experiência de 3 anos, 1 dos quais no estrangeiro.

27 anos.

Mestre pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da

Universidade de Coimbra.

Contactos: 96 7175948 | [email protected]

Arquitecto Oferece-se

Os deputados do PS elei-tos por Viseu, José Jun-queiro e Acácio Pinto, deslocaram-se no dia 5 de novembro ao con-celho de Tondela onde, com a comissão política do PS local, presidida por Joaquim Santos, se intei-raram “do grave proble-ma com que se confron-tam os cuidados de saú-de primários de Tondela e consequentemente as populações do conce-lho”, lê-se em comuni-cado. Os deputados esti-veram nas unidades de

cuidados de saúde per-sonalizados de Tondela, Canas de Santa Maria e Campo de Besteiros/Ca-ramulo e ainda na exten-são de Molelos. Os deputados constata-ram que, em Campo de Besteiros, uma idosa de 85 anos esperava, sem comer, há mais de sete horas por uma consulta e que uma criança de 14 dias teve de ser assistida em gabinete improvisa-do, porque a unidade de saúde de Canas não tem dinheiro para o aqueci-

mento. No mesmo comunica-do pode ler-se ainda que “os profissionais de saú-de fazem o seu melhor, mas não chegam para as encomendas, como diz o povo, o mesmo que desespera pelos cuida-dos de saúde que lhes são dificultados ou ne-gados”.Para os deputados José Junqueiro e Acácio Pin-to, o Governo sofre de “insensibilidade moral”.

Tiago Virgílio Pereira

PS denuncia falhas graves na saúdeem TondelaJosé Junqueiro e Acácio Pinto ∑ Falam em “insensibilidade

moral” do Governo

Publicidade

Publicidade

CAPTURADONelas. Um homem de 35 anos em fuga da cadeia da Carregueira, Sintra, onde cumpre uma pena de 18 anos e meio por furto, sequestro e vio-lação, de que foi vítima uma irmã, foi capturado na madrugada de terça-feira, pela GNR de Ne-las, poucas horas depois de ter abordado a mesma familiar. Onze anos depois dos crimes que o atiraram para a cadeia, Paulo Luís gozou uma saída precá-ria e não regressou à re-clusão – devia ter volta-do à Carregueira no pas-sado dia 25 de Outubro.

Os familiares f icaram assustados com a fuga e tinham razões para isso: na segunda-feira fez-se passar por vendedor am-bulante e bateu à porta de casa da irmã a quem fez mal, em Canas de Se-nhorim. “Apavorada”, a vítima, de 30 anos, iden-tificou-o e alertou logo a GNR. O foragido “vigiou os passos da irmã”, uma vez que “a abordou no dia em que o marido partiu para o estrangeiro”. Em Nelas, Paulo Luís foi a casa da mãe, a quem pediu para passar uma noite, mas a progenitora também avi-sou a GNR.

Na madrugada de terça-feira, os militares cerca-ram o fugitivo e captura-ram-no à porta de um bar – não ofereceu resistência. “A GNR foi rápida a inter-vir”, testemunhou um po-pular que assistiu à cap-tura. Foi encaminhado de volta para a Carregueira.

MORTEM o r t á g u a . No d i a 6 de novem bro , p e l a s 02h30, na Estação Elé-trica da Refer – Breda - Mortágua, ocorreu fur-to de cobre efetuado por três indivíduos, de 26, 32 e 60 anos de idade, resi-dentes no concelho de Carregal do Sal.Os mesmos colocaram-se em fuga após chega-da dos militares do Posto Territorial de Mortágua, vindo a serem localiza-dos cerca de 1Km do lo-cal. O indivíduo de 26 anos viria a ser encon-trado inconsciente na viatura, acabando por fa-lecer no local, vítima de descarga elétrica.

Jornal do Centro09 | novembro | 2012 15

Page 16: Jornal do Centro - Ed556

PublicidadePublicidade

AQUECIMENTO CENTRAL

CANALIZAÇÕES

AR CONDICIONADO

ENERGIA SOLAR

ASPIRAÇÃO CENTRAL

PISO RADIANTE

REMODELAÇÃO DE INTERIORES

Tel / fax 232 084 232 - 964 007 698 e.mail: [email protected]

educação&formação

Perante a realidade atual do país e seus reflexos econó-micos no ES, quais eram as apreensões do IPV?Tendo em conta os resul-

tados das provas de ingres-so deste ano, as alterações verificadas no regime de ingresso nos cursos de en-genharia, os reflexos da re-dução da taxa de natalida-de e a grave crise que o país atravessa, as nossas expe-tativas não eram, de facto, muito elevadas em relação às candidaturas ao ensino superior de 2012/2013.

Neste momento, qual é a concreta situação?O Instituto Politécnico

de Viseu tem, no ano le-tivo em curso, 1.851 novos alunos matriculados em todo o seu leque formativo, desde as licenciaturas aos mestrados, passando pelos cursos de especialização tecnológica.

O IPV disponibilizou, este ano, 1.484 vagas para o concurso nacional de aces-so ao ensino superior. Na primeira fase do concurso foram colocados 674 estu-dantes, na segunda 310 e na terceira 53. Aos alunos pro-venientes do contingente nacional, juntaram-se mais 500 novos estudantes que ingressaram na instituição através dos concursos lo-cais.

Globalmente, descon-tando os alunos recoloca-

dos no concurso nacional de acesso, o IPV tem ma-triculados 1.338 novos estu-dantes nas 37 licenciaturas que disponibiliza.

Nas outras formações, verificou-se de igual modo uma muito significativa adesão de novos estudan-tes, mais concretamente 521, distribuídos pelos di-versos cursos de Mestrado (316) e de Especialização Tecnológica (205).

Se disponibilizou 1.484 va-gas e recebeu 1.851 alunos, podemos afirmar que as melhores expetativas foram superadas?Considero que, dadas as

atuais circunstâncias, tive-mos um bom resultado que garante a sustentabilidade do IPV.

Os concursos locais que contribuíram com 500 alunos, são exatamente o quê?Na sua esmagadora

maioria trata-se de alunos colocados através dos regi-mes de transferência e mu-dança de curso, alunos ma-triculados no ano anterior noutras instituições de en-sino superior que preten-deram transferir-se para o IPV.

Os restantes são alunos titulares de Cursos de Es-pecialização Tecnológica e do regime de maiores de 23 anos que têm normal-

mente à partida um núme-ro de vagas muito reduzido mas que pode ser alarga-do através da ocupação das vagas sobrantes do Con-curso Nacional. Conside-rando que as várias regiões do país possuem institui-ções de ensino superior, se tivéssemos em conta o nú-mero de candidatos àque-le concurso, provenientes da região de Viseu, as va-gas que disponibilizamos anualmente deveria ser inferior às 1484 definidas para este ano, o que permi-

tiria obter no concurso na-cional uma taxa de ocupa-ção mais elevada. Em con-trapartida essa opção iria inviabilizar a admissão de algumas centenas de alu-nos colocados através dos concursos locais cujo con-tingente pode ser alarga-do se existirem vagas so-brantes.

Também a adesão aos Mestrados e Especializa-ções Tecnológicas evidencia uma nova realidade. Porquê tanta procura?

Com a adesão ao Proces-so de Bolonha, as licencia-turas passaram de quatro ou cinco anos para três. Nessa medida os mestra-dos complementam a qua-lificação dos estudantes permitindo-lhes uma me-lhor integração no merca-do de trabalho. Nos cursos de formação de professo-res o mestrado é atualmen-te obrigatório para a ob-tenção da sua qualificação profissional.

Os cursos de especiali-zação tecnológica são ci-

clos de estudos de curta duração que preparam os estudantes para a sua in-serção no mercado de tra-balho numa determinada área de especialização. Aos detentores destes cursos são disponibilizadas vagas próprias que permitem o acesso ao cursos de licen-ciatura, em alternativa ao concurso nacional. A ade-são a estes cursos confir-ma a atratividade do IPV e a sua importância para a região.

O cenário final confirma a relevância do IPV e acresce-lhe as responsabilidades. Como manter a “fasquia” alta?Apesar do feedback mui-

to favorável que temos dos empregadores, devemos ter a preocupação perma-nente de melhoria da qua-lidade. Nesse sentido o programa de formação do corpo docente que temos em curso é bastante am-bicioso, sendo nosso obje-tivo possuir em 2015 cerca de 70% do corpo docente doutorado. Este enorme re-forço da nossa capacidade científica irá permitir uma ainda maior ligação e apoio às empresas e instituições da região reforçando o pa-pel do IPV como impulsio-nador do desenvolvimento regional.

Paulo Neto

IPV otimista para o ano letivo de 2012/2013

A Fernando Sebastião, presidente do Instituto Politécnico de Viseu

Jornal do Centro09 | novembro | 201216

Page 17: Jornal do Centro - Ed556

A Finiclasse Viseu dá a conhecer, hoje e amanhã, o mais recente modelo deveículos comerciais da mar-ca Mercedes-Benz, o novo Citan. Ao longo dos dois dias pode conduzir esta “estrela económica” com portas la-terais deslizantes, que faci-litam o acesso ao interior, de baixo consumo e com siste-ma BlueEfficiency.

O novo Citan apresen-ta também uma versão de cinco portas que articula a funcionalidade e o con-

forto. Um “herói” prepara-do para qualquer situação, seja em família ou em tra-balho. MC

economia

O Hotel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, promove “Conversas à vol-ta do vinho”, amanhã, dia 10. Nesta iniciativa vínica, será apresentada a colhei-ta Casa da Ínsua Branco Reserva 2011.

Para revelar o novo néc-tar do Dão em todo o seu esplendor, a unidade de charme da Visabeira Tu-rismo promove um jan-tar vínico com um menu personalizado de degus-tação, juntando os sabo-res únicos dos produtos da região aos aromas do portfólio de vinhos da Quinta da Casa da Ínsua. Comentado pelos enólo-gos José Matias, João Pau-lo Gouveia e Miguel Oli-veira, o jantar de degusta-ção inicia-se com tosta de

queijo com mel da Ínsua, acompanhado com Espu-mante da Casa da Ínsua. O filete de robalo com vol-au-vent de legumes, per-fumado com redução de Porto, é o prato eleito para acompanhar a revelação da noite: o Branco Reser-va 2011. Em época de caça, a perdiz, corada com cre-moso de míscaros e casta-nhas de S. Martinho, casa na perfeição com o Tinto Reserva 2008 da Casa da Ínsua. A noite de sabores intensos é ainda sublinha-da por uma trilogia doce e outonal: fofo de abóbo-ra, mousse de castanha e maçã assada, harmoniza-da com redução de fram-boesa, a que se juntam, após o café, castanhas as-sadas e jeropiga produzida

na adega da Quinta.Para quem pretender

aproveitar o fim-de-sema-na em Penalva do Caste-lo, a Casa da Ínsua, unida-de cinco estrelas, oferece uma tarifa especial de alo-jamento de 92 euros, em quarto duplo.

“Conversas à volta do vinho”, na Casa da Ínsua A Residência Sénior “Jar-

dim do Vouga” abre no pró-ximo mês em Almargem, Viseu. Com o grande obje-tivo de valorizar a qualida-de de vida dos seus utentes, dispõe de várias atividades lúdicas, como passeios e espetáculos. Disponibiliza ainda um acompanhamen-to personalizado com uma

vasta equipa multidiscipli-nar de profissionais das vá-rias áreas da saúde.

Quartos modernos, casas de banho privativas e adap-tadas, corredores com bar-ras de segurança, elevador e aquecimento central são alguns exemplos do con-forto que a residência “Jar-dim do Vouga” oferece aos

seus clientes.Para todas as inscrições

efetuadas até 30 de novem-bro, a residência oferece o va-lor da taxa de inscrição e uma redução na mensalidade nos três primeiros meses.

Para mais informa-ções contacte através do 968335904 ou 939079488. MC

Residência Sénior em Almargem

Publicidade

Finiclasse apresenta Citan

Nun

o A

ndré

Fer

reira

17Jornal do Centro09 | novembro | 2012

Page 18: Jornal do Centro - Ed556

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Chocolates Arcádia à prova em Viseu

Avelino Castro, sócio gerente da loja franchisada, João Bastos, administrador da Arcádia - Porto, Fernando Ruas, presidente da câmara municipal de Viseu e Carlos Araújo, sócio gerente da loja franchisada

Já abriu em Viseu, na rua Alexandre Lobo, uma das mais conheci-das confeitarias da cida-de do Porto, a Arcádia. Famosa pelas línguas-de-gato de chocolate e pe-los seus deliciosos bom-bons, o espaço comercial que conta com mais de 70 anos de história “pre-tende estar nos centros históricos das cidades de referência do país. Viseu, com a sua grande visibi-lidade é uma boa apos-ta”, afirmou Carlos Araú-jo, sócio-gerente da loja

franchisada.A Arcádia assume-

se como uma fábrica de confeitaria artesanal, que mantem a tradição nas suas receitas e pro-cessos de fabrico e nos quais são utilizados so-mente produtos naturais seleccionados.

Com uma vasta gama de produtos para todos os gostos, pode encon-trar na Arcádia o mí-tico chocolate de leite, negro e branco, choco-late de frutas como mo-rango e menta, chocola-

tes com uma simbiose de vinho do porto Calle e aguardente Adega Ve-lha e, atentos às preocu-pações dos seus clientes, disponibiliza também chocolate sem açúcar.

Com uma decoração fiel à casa mãe, a Arcádia de Viseu, ostenta carac-terísticas arquitetónicas antigas, com mobiliário em madeira, azulejaria portuguesa e grandes montras onde o chocola-te é o protagonista.

Micaela Costa

Confeitaria∑ Mais de 70 anos de história e de tradição nas

receitas e fabrico de chocolate

O regresso da dicotomia Interior – Litoral (conc.)

Clareza no Pensamento

O despovoamento do In-terior acelerou nesta última década. Em sentido contra-rio, o Litoral ganhou popu-lação. A acompanhar esta saída mais apressada de pessoas, o Interior assistiu a uma perda significativa de empresas tornando menos “densa” a sua economia, en-quanto o Litoral ganhou em concentração empresarial. Mais recentemente, pode-mos estar a assistir a uma nova rutura, com a acele-ração da quebra de alunos inscritos nas formações em engenharia nos institu-tos politécnicos do interior e aos consequentes ganhos por parte das universidades, particularmente do Litoral. Em suma, a macrocefalia crescente de uma cada vez mais estreita faixa do terri-tório nacional resulta, em simultâneo, no declínio do Interior.

Em termos práticos, isto significa que o Interior dei-xa de ter interesse enquanto território de consumo, o que inibe a iniciativa local, dei-xa de ser território com re-cursos humanos abundan-tes, o que afasta a instalação de empresas que procuram esse factor produtivo, deixa de ser um território com ca-pacidade para a formação de quadros técnicos superio-res nas áreas da produção e para I&DT, factores impor-tantes para o acompanha-mento das empresas insta-ladas, para a transmissão de novos conhecimentos a par-tir dos centros de investiga-ção até às economias locais – o Interior transformar-se-á num território cada vez menos atrativo para proje-tos empresariais mais exi-gentes em conhecimento e tecnologia. A persistir, esta tendência cristalizaria duas economias bem distintas e com cada vez menos pon-tos de contacto: o Interior e o Litoral.

Apesar desta evolução, importa assinalar que, nos territórios do Interior, mes-mo nos mais deprimidos, os sistemas urbanos orga-nizados em torno das maio-res cidades resistem ao des-povoamento rápido e neles subsistem os recursos fun-damentais para a aplicação bem sucedida de políticas de desenvolvimento territorial (os agentes económicos, os equipamentos e serviços de educação e saúde, a capaci-dade de organização das ini-ciativas da sociedade civil, etc.). São estas cidades e os respetivos sistemas urbanos que constituem os fulcros para uma atuação necessa-

riamente concertada entre o poder central e os pode-res locais para a definição e a aplicação de uma estra-tégia de desenvolvimento que trave esta fratura entre Interior e Litoral.

Do governo central espe-ra-se a formulação de uma estratégia nacional para o desenvolvimento harmo-nioso do território e a defi-nição e implementação de politicas geradoras do apro-veitamento dos recursos lo-cais existentes nos territó-rios. Não adianta o poder central distribuir dinheiro dos fundos estruturais pe-las regiões se não existir, por detrás, uma politica orien-tadora para objectivos na-cionais (Objectivos nacio-nais, digo bem, porque im-porta responder à questão: “- como pode a Região X contribuir para os objecti-vos do Pais?”).

Ao nível local definem-se objectivos próprios e politicas concretas, umas dirigidas à satisfação das ne-cessidades das populações e outras de apoio à aplicação, em concreto, da estratégia nacional em cada uma das parcelas do território. O ní-vel local necessitará, para o efeito, de mais competên-cias e de uma redefinição do seu âmbito geográfico. O papel atual parece estar a chegar ao fim e é neces-sário pensar e agir em ter-ritórios mais vastos, inte-grados e estruturados pelas principais cidades médias espalhadas pelo território nacional. Apoiando-se nas politicas centrais que visam ganhos de competitividade para o Pais (politicas fiscal, laboral, de investigação e dispersão do conhecimento, redução dos custos de con-texto, ...), o nível local (alar-gado em termos de compe-tências e geográficos) tem a obrigação de possuir uma nova visão que guie a acção politica para que o respetivo território ganhe competiti-vidade e, por isso, seja capaz de travar o despovoamen-to e de construir ambientes sociais e culturais atrativos para as pessoas e para o in-vestimento gerador de ele-vado valor acrescentado. Esta força, ao nível dos dife-rentes territórios, exige que os agentes locais, especial-mente os políticos e os eco-nómicos, ganhem dimen-são. Esta é uma mudança urgente.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Alfredo SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

II JORNADAS DEENOTURISMO – OCENTRO DE PORTUGAL COMO DESTINODE ENOTURISMO

Viseu é um dos destinos escolhidos para uma das duas sessões das “II Jor-nadas de Enoturismo – O Centro de Portugal como destino de Enoturismo”. No dia 15 de novembro, quinta-feira, a partir das 10h00, o Solar do Vinho do Dão será palco de debate com especialistas sobre o papel do Enoturismo no desenvolvimento dos des-tinos turísticos, da análise sobre as potencialidades deste produto no Centro de Portugal nas regiões vitivinícolas da Bairrada, Beira Interior e essencial-mente da região do Dão.

Conhecer as tendên-cias da procura nacional e internacional, promover a oferta regional assente em equipamentos de ele-vada qualidade, partilhar experiências e conheci-mento, assim como deba-ter as oportunidade e de-safios do mercado, são ou-tros dos objetivos destas jornadas.

Estão ainda previstas visitas técnicas ao Ho-tel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo e Paço dos Cunhas de Santar, em Nelas. A segunda sessão irá acontecer no dia 16, na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra em Coimbra, e abordará os se-guintes temas: As políticas públicas de incentivo ao turismo/Enoturismo e Ex-periências e boas práticas de Enoturismo. TVP

Ideia original em tempos de

imaginação como sinónimo de

atração

A reputada L oja Tavares gratifica os seus clientes, apro-fundando a relação existente, com uma degustação de vi-nhos, em parceria com produtor da re-gião. Esta iniciativa coroou-se de êxito pelo número de pre-senças e agrado com que foi acolhida.

foto legenda

18 Jornal do Centro09 | novembro | 2012

Page 19: Jornal do Centro - Ed556

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

Decorre amanhã e domin-go a 16ª edição da Festa da Castanha e do Mel, em Macieira do Sul , concelho de S. Pedro do Sul. No sábado, o programa conta com a atuação do Grupo de Cantares ao Desafio e Concertinas de Castro Daire. Vai realizar-se um atelier intitulado “A castanha e o mel na culinária e na Doçaria”, da Esco-la Profissional de Car-valhais, uma mostra de maquetes/multimédia com ideias do curso de arquitetura da Universi-dade Católica de Viseu para Macieira. O pri-meiro dia de festa en-

cerra com um magusto e um jantar tradicional. No domingo, o progra-ma irá iniciar com um percurso pedestre da castanha e uma oficina de extração de mel na Casa do Santo. Segue-se um desfile temático da castanha, do mel e da cultura tradicional, com a participação do Rancho Folclórico dos Pesos do Sul. Será apre-sentado um projeto em-presarial de exploração de mel “Aldeias de Ma-gaio”, o Grupo de Can-tares da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Olivei-ra e Aveloso vai animar o magusto de encerra-

mento.O certame é organi-zado pela Câma-ra Municipal de S. Pedro do Sul, Casa Recreati-va Macieirense (Macieira de Sul), Asso-ciação das A l d e i a s d e M a -gaio, Jun-ta de Fre-g u e s i a d e Sul , CLDS e com a colabo-ração das juntas de freguesia de São Martinho das Moitas e Covas do Rio.

Micaela Costa

Festa da Castanhae do Mel em S. Pedro do SulFim de semana∑ Música, atelier, desfile temático e magusto são algumas das atividades propostas

EXPO-PROTECEM SERNANCELHE

Os Bombeiros Volun-tários de Sernancelhe, em parceria com a au-tarquia, organizam até domingo, dia 11, a Expo-Protec: Feira de Ativida-des, Segurança e Prote-ção Civil.

A iniciativa vai de-correr no Expo Salão, e conta com apoios da Liga dos Bombeiros Portugueses, Federa-ção de Bombeiros do Distrito de Viseu, Au-toridade Nacional de Proteção Civil, Guarda Nacional Republicana e Cruz Vermelha Por-tuguesa.

Os visitantes terão contato, através dos 25 expositores, com os equipamentos de Pro-teção Civil, fundamen-tais para o trabalho di-ário dos bombeiros, das equipas de emergência, das forças de seguran-ça e de todos os orga-nismos que trabalham no socorro a pessoas e bens. TVP

Publicidade

é organi-Câma-

pal de Sul,ati-

nsede -

ee

bo-untas de São

as MoitasRio.

Mi l C

19Jornal do Centro09 | novembro | 2012

Page 20: Jornal do Centro - Ed556

Publicidade

desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay O jovem Tobias, é o

novo craque do Distri-to de Viseu. Atleta do Sporting desde 2005, para onde se transferiu do Penalva, tem sido líder na equipa de Al-valade que está em 1.º lugar na 2.ª liga do fu-tebol profissional por-tuguês. Tem ainda ida-de de junior.

Cartão FairPlay O Futsal distrital está

em alta com as vitórias alcançadas no passado fim de semana. Viseu 2001, ABC de Nelas e AJAB Tabuaço conti-nuam a acalentar o so-nho de ir longe na Taça e receberem um dos chamados “grandes”.

Cartão Vermelho As equipas da região

(Viseu e Guarda) que disputam a 3.ª Divisão Nacional, com exceção do Penalva de Castelo, estão nos últimos luga-res das classificações.

Visto

TobiasJogador do Sporting

Futsal em Viseu

FUTEBOLIII Divisão

Gil

Pere

s

A Viseu 2001 eliminou, no prolongamento (3-2) o Covões Cantanhede

Futsal - Taça de Portugal

Agora venham “os grandes”Apurados ∑ Viseu 2001, AJAB Tabuaço e ABC de Nelas

Foi total o aproveita-mento das equipas de Viseu em competição na segunda eliminató-ria da Taça de Portugal em futsal.

Viseu 2001, AJAB de Tabuaço e ABC de Ne-las jogaram, venceram e carimbaram o pas-saporte para a terceira ronda da competição.

A jogar em casa , o Viseu 2001 eliminou o Prodeco Covões, forma-ção da III Divisão. Vi-tória por 3 a 2, mas teve que ser no prolonga-mento, depois de uma

igualdade a dois no tem-po regulamentar con-sentida mesmo sobre o apito final.

No prolongamento o Viseu 2001 marcou um terceiro golo e assegu-rou o apuramento.

A AJAB de Tabua-ço recebeu e eliminou o Covão Lobo com um triunfo por 10 a 7, en-quanto o ABC de Ne-las garantiu a presença na próxima eliminató-ria ao vencer por 3 a 2 na deslocação ao Ver-moin.

Na próxima elimina-

tória entram já em pro-va as equipas da I Divi-são Nacional.

Campeonatos regres-sam no fim-de-semana. Passadas as emoções da Taça de Portugal, as atenções viram-se agora para mais uma jornada nos nacionais.

Na II Divisão, o Viseu 2001 mantém as aspira-ções de lutar pela subida à I Nacional.

Este domingo recebe no Pavilhão da Via Sacra a formação do Vale de Cambra. Os viseenses

estão no segundo lugar da classificação com 7 pontos, menos dois que o Lameirinhas que lide-ra. Quanto à AJAB de Tabuaço, joga este sába-do no Pavilhão do Bessa, frente ao Boavista.

Na III Divisão, na série B, o Rio de Moinhos re-cebe o Lamas Futsal en-quanto o São Martinho de Mouros joga em casa com o Gondomar. Na série C, o ABC de Nelas vai receber este sábado o Mirando do Corvo.

Gil Peres

BASQUETEBOL GUMIRÃES DERROTADO NO GINÁSIO FIGUEIRENSE O Gumirães perdeu por 81 – 40 na deslocação à Fi-gueira da Foz onde defron-tou o Ginásio Figueirense. Frente a uma equipa que já foi campeã nacional em 2009 no escalão sub-14, em 2001 em sub-16, e que quer esta ano conquistar o título nos sub-18, o Gumirães já sabia que ia ter missão difícil… mais complicada se tornou depois de uma má entrada em jogo onde consentiu um parcial de 15 a 0. Os viseense ainda reagiram e deram mais algum equilíbrio ao jogo, mas o Ginásio impôs o seu potencial e venceu por um esclarecedor 81 – 40. Ape-sar desta derrota, o Gumi-rães mantém a 3ª posição no campeonato Regional de Coimbra de Sub-18.

FUTSAL TORNEIO JOVEMEM LAMEGOA nova direcção da Asso-ciação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu vai tomar posse no próximo dia 10 de Novembro. A ce-rimónia está marcada para as 15h00 no Salão Nobre da Câmara de Lamego. Aquilino Pinto, fundador da associação vai ser em-possado para mais um mandato… vão ser mais quatro anos à frente dos destinos do ténis de mesa em Viseu. A Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu está sedeada em São Martinho de Mouros, no concelho de Resende.

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

20

Page 21: Jornal do Centro - Ed556

MODALIDADES | DESPORTO

Publicidade

II Liga

Tondela vencido, mas pouco convencidoArrasador. Vítor Pa-

neira não poupou Bru-no Esteves na confe-rência de imprensa que se seguiu à derrota do Tondela frente ao Por-timonense (0 – 1).

Paneira saiu vencido, mas muito pouco con-vencido, e o seu olhar a inda no relvado não deixava dúvidas que es-tava tudo menos satis-feito com a actuação do árbitro lisboeta.

Em causa dois lances na área dos algarvios (nas fotos), e que os ton-delenses reclamaram grande penalidade, mas que Bruno Esteves man-

dou seguir por conside-rar lances normais.

No f inal , na sala de imprensa, Vítor Panei-ra quebrou um hábi-to que mantinha desde o início da temporada que era “não falar de ar-bitragem”, como disse, mas “perante o que se passou tenho que dizer que não gostei da arbi-tragem ao longo de 94 minutos. Foi um jogo em que fomos prejudicados em duas grandes pena-lidades”. E continuou o desabafo de Paneira: “ Estávamos a aproximar-nos dos lugares cimei-ros e acabámos mais

uma vez por ser penali-zados. Foi gritante a for-ma como esta partida foi controlada, dominada e apitada”.

Os dois lances acon-teceram já na segunda parte. Um sobre Piojo, derrubado na queda por um adversário, depois do argentino o ter dri-blado já dentro da área, e um outro, no minu-to 93, num derrube do guarda-redes do Porti-monense a Luís Aurélio. Dois lances nos quais o árbitro da partida esta-va bem posicionado e estranhamente não api-tou. GP

A Bruno Esteves muito contestado pelo Tondela

A Casa do Benfica de Castro Daire lidera o dis-trital de futsal da Associa-ção de Futebol de Viseu, mas o Sporting de Lamego, que ocupa a segunda po-sição, tem apenas menos um ponto que os vizinhos de Castro Daire e menos um jogo disputado.

Na quinta jornada da

prova, os líderes do cam-peonato venceram em casa o Sever com um triunfo por 7 a 5, enquan-to o Sporting de Lamego sentiu dificuldades para bater o Pedreles, tendo ga-nho pela vantagem míni-ma de 6 a 5.

O Armamar segue na terceira posição da Geral

tendo ganho nesta jorna-da por 3 a 1 no pavilhão da Casa do Benf ica de Moimenta da Beira.

Na classificação lidera a Casa do Benfica de Cas-tro Daire com 13 pontos, mais um que o Sporting de Lamego que tem em atra-so um jogo com o Viseu 2001 B. GP

Futsal - AF Viseu

Castro Daire na frenteViseu 2001 - Futebol Feminino

Duplamente vitoriosasJornada duplamente vi-

toriosa para o futebol fe-minino do Viseu 2001.

As viseenses venceram no Estoril por 1 a 0 em jogo a contar para a segunda eliminatória da Taça de

Portugal, garantindo o apuramento para a próxi-ma ronda da prova.

Três dias depois novo triunfo, desta vez bem mais folgado. O Viseu 2001 ganhou em Seia por 7 a 0

em jogo da terceira jorna-da da série C do Campeo-nato Nacional de Promo-ção. Com 7 pontos em três jogos disputados.

As viseenses lideram isoladas a série. GP

A Vítor Paneira saíu furioso com o árbitro da partida A O lance sobre Piojo A O lance sobre Luís Aurélio

Gil

Pere

s

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

21

Page 22: Jornal do Centro - Ed556

culturasD Apresentação do livro de Fernando Bonito

Fernando Bonito apresenta, no Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva, a obra “Os sem direito a nome de rua”, no dia 18 de novembro, a partir das 15h00.

expos Arcas da memória

Doces castanhas da minha memória

(Homenagem às castanhas de Sernancelhe)

Descendo aos limbos da infância, como Aquilino di-ria, vejo a funda lareira da casa de meus pais e, senta-do no meu banco de menino enquanto minha mãe pre-para a ceia, enquanto a ma-drinha fia estrigas de linho, enquanto o pai cavaqueia com o tio Chico, enquanto a Mulata ronrona no quen-te agasalho daquele eterno chão de lareira ou talvez nos meus joelhos feitos colo, en-quanto o Fiel ladra, na quintã, à aproximação de dois rafei-ros, remexo, descuidado, o brasido que arde de fronte da pilheira no amparo do gran-de pote de ferro onde coze a vianda do porco e das pane-las de três ou de seis malgas, se dizia assim, por medida, onde ferve um caldo que há-de ser gostoso, de feijão, onde cozem as batatas, onde chei-ra a louro um coelho posto a guisar. E eis já posta a mesa franca, pão alvo de centeio sobre a toalha que sempre era de linho, um pobre que às vezes batia à porta e a mal-ga de caldo partilhada e as castanhas cozidas na púca-ra de barro que as tornava mais gostosas e o sabor des-sas que ficavam, mais tempo, a torrar, mil anos que eu viva que nunca um sabor desses vou esquecer. Há muito se apagou o lume de pinho, de castanho ou carvalho, na lareira. Há muito que não aquece minhas mãos um tal calor. Mas Novembro chega.

Como Maio. Como o Verão. Cores de Outono pintalgan-do os castanheiros. Verão de S. Martinho que o traz sem-pre o calendário. As casta-nhas, nos soutos, estão no auge de cair, e é então que eu volto à minha terra e rein-vento, de memória, o reman-so da antiga refeição familiar. Acendo o lampião, bailam as sombras no jornal que forra a cantareira, ouve-se o fuso como se fosse de avó ainda a fiar, ouve-se o correr do fio de uma história ou o mur-múrio de umas contas de re-zar e o cão que agora se ca-lou e o silêncio dos passos abafados na caruma fresca da quintã de alguém que há-de vir, será por bem, e as cas-tanhas cozidas na panela de barro quentes do borralho a apetecer, pucarinho de bar-ro com vinho a amornecer, e os rituais antigos, a castanha descascada, o cheiro a lume do bilhó, o doce sabor da in-fância. E as velhas histórias que percorrem o serão, Os Dez Pares de França, Carlos Magno a comandar, e Flori-pes que andou comigo na Es-cola e a quem deram o nome desses contos de encantar. E o anoitecer demorado e a ge-ada que a gente sentia pou-sar sobre o telhado. E os len-çóis de linho. E o brasido que se agasalhava, como o vivo, como a gente, na cozinha.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

MANGUALDE∑ Biblioteca MunicipalAté dia 20 de novembro Exposição de fotografia “Vislumbres”, de Nuno Abrantes.

SANTA COMBA DÃO∑ Junta de Freguesia de TreixedoAté dia 30 de novembroExposição de fotografia “Santa Comba Dão no Feminino”, uma organi-zação conjunta da Câ-mara Municipal, através da Biblioteca Munici-pal Alves Mateus e da Universidade Sénior de Santa Comba Dão.

VISEU∑ Instituto Português do Desporto e Juven-tudeAté dia 26 de novembro Exposição de cartoon “Participação Cívica”, de Miguel Rebelo.

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 30 de novembro Exposição de escultura “Bairro Preto da Olaria Moderna”, de António Manuel Marques.

Até dia 30 de novembro Exposição de pintura “Recreio dos Ícones”, de Cláudia Costa.

Até dia 30 de novembro Exposição mista “Cole-ção Camiliana”, de Pau-lo Sá Machado.

roteiro cinemas Estreia da semana

Aristides de Sousa Mendes - o cônsul de Bordéus – O fil-me revisita a extraordinária histó-ria do herói português que salvou mais de 30.000 vidas durante a Segunda Guerra Mundial e des-venda a consciência e coragem de um homem que ousou desafiar Salazar inscrevendo o seu nome na história da humanidade. Um filme obrigatório!

VISEUFORUM VISEU

Sessões diárias às 14h00Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 16h30, 19h05, 21h40, 00h20* Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VO(M6) (Digital)

Sessões diárias às 15h00,

17h40, 21h00, 23h50*Aristides de Sousa Mendes - o cônsul de Bordéus(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h20, 21h20, 00h00*Força Ralph VP(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h45, 19h20, 21h50, 00h30*Para Roma, com amor(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h25, 21h10, 00h15* 007 Skyfall(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10*Dos homens sem lei(M16) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 11h00* (dom.), 13h30, 16h15, 19h00, 21h40, ooh25*Força Ralph VP(CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10*007 - Skyfall(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h15* (dom.), 14h00, 16h35, 19h20Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h50, 00h30*Balas e Bolinhos 3(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h10, 22h00, 00h20*Taken - a vingança(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 16h50, 19h05, 21h40, 23h50*Atividade paranormal 4(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 16h05, 18h50, 21h30, 00h15*Argo(CB) (Digital)Legenda: * sexta e sábado

Destaque

O Cine Clube de Viseu apresenta anualmente o programa que destaca a produção de cinema por-tuguês: “Nós Por Cá 2012”. Este ciclo oferece a possi-bilidade de divulgação de filmes, normalmente afas-tados do circuito comer-cial, e a sua exibição de-vidamente enquadrada e, por isso, possibilitadora de espaços de discussão par-ticulares.

O ciclo surge num mo-mento crítico: a atividade do Instituto do Cinema e Audiovisual mantém-se suspensa, a RTP 2 enfrenta

uma reestruturação, e nas salas de cinema, apenas 0,7 por cento dos espec-tadores assistiu, em 2011, a filmes nacionais. As várias ameaças colocam, segun-do responsáveis do setor, o cinema português no li-miar da sobrevivência.

Assim, de 13 de novem-bro a 18 de dezembro, se-rão exibidos seis filmes com Joaquim Sapinho e Manuel de Oliveira em destaque. O programa contempla a presença do realizador Nuno Tudela, que apresentará o filme “Livro de Ponto”. A ses-

são começa no dia 13, ter-ça-feira, no Instituto Por-tuguês da Juventude (IPJ), em Viseu, com “Tabu”, em que uma idosa tempera-mental, a sua empregada cabo-verdiana e uma vi-zinha dedicada a causas sociais partilham o andar num prédio em Lisboa. Quando a primeira mor-re, as outras duas passam a conhecer um episódio do seu passado: uma história de amor e crime passada numa África de filme de aventuras.

Tiago Virgílio Pereira

Cine Clube de Viseu aposta no cinema nacional“Nós Por Cá 2012”∑ De 13 de novembro a 18 de dezembro, no IPJ

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

22

A Estreado no Festival de Cinema de Berlim, “Tabu” tem distribuição prevista em mais de 45 países.

Page 23: Jornal do Centro - Ed556
Page 24: Jornal do Centro - Ed556

culturas

O Centro de Estu-dos Aquilino Ribeiro (CEAR), em colabora-ção com a Comissão Vitivinícola Regional (CVR) Dão, promove hoje, dia 9, um serão aquiliniano no evoca-tivo espaço do Solar do Vinho do Dão, em

Viseu, na ambiência propícia das Festas de S. Martinho, dos ma-gustos e da amizade.

No programa, está prevista uma ter tú-lia, a partir das 21h30, sob o tema “Alemanha - convenção sobre os afetos/sob o signo de

Aquilino”, orientada por Paulo Neto, dire-tor do Jornal do Cen-tro.

A p ó s a s e s s ã o , é tempo de comer cas-tanhas de Sernancelhe e beber vinho do Dão, num magusto conví-vio. TVP

Tertúlia Aquiliniana no Solar do Vinho do Dão

D Terceira exposição ibérica de avesHoje, dia 9, a partir das 18h00, o pavilhão desportivo no Estádio João Cardoso, em Tondela, será o local da cerimó-nia de abertura da terceira exposição ibérica de aves.

Manuel MariaCarrilho apresentalivro em Lamego

M a n u e l M a r i a Carrilho, antigo minis-tro da Cultura e ex-em-baixador de Portugal na UNESCO, vai apresen-tar a sua mais recente obra literária “Pensar o Mundo (1982-2012)”, no Salão Nobre do Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, na quarta-feira, dia 15, pelas 18h30.

PhaZerao vivona FNAC

Depois de um EP pro-missor, “Revelations”, e de um álbum verdadeira-mente assombroso, “Kis-met”, os PhaZer estão de regresso com mais um EP de 6 temas. Neste traba-lho, a principal referência a retirar é a continuidade da excelência do trabalho desenvolvido em “Kis-met”. “Rockslinger” é um disco de rock, que não co-nhece fronteiras nem li-mites. Um disco que tan-to pode ser verdadeiro metal pesado, agressivo, demolidor, como se des-pe e se apresenta frágil, nu e intimista. A banda atua ao vivo amanhã, dia 10, na FNAC Viseu, a par-tir das 16h00.

“Mãos dos 7 Ofícios” em Tondela

Hoje, dia 9, é inaugu-rada a exposição “Mãos dos 7 Ofícios”, no Mer-cado Velho, em Tondela, a partir das 18h00. Este é um projeto da marksear-ch team.

Variedades

Jornal do Centro09 | novembro | 2012

24

O som e a fúria

Levi’s“Go Forth”

A c o n h e c id a m a r -ca Levi’s introduziu um novo reclame na sua cam-panha “Go Forth”. Devo confessar, é genial. A ideia transversal a todo o anúncio é “aquela” ideia de que as camadas mais jovens dos nossos dias acreditam piamente que serão eles a deixar uma impressão digital revolu-cionária no mundo. Bem, pensando duas vezes, não sei se são os jovens dos nossos dias ou os de sempre (certamente que os de hoje têm mais poder tecnológico), mas é exata-mente aí que está a genia-lidade do anúncio - conse-guiu de forma única cap-tar aquilo que parece ser a essência da juventude, uma força para construir o futuro.

Creio que há duas for-mas de interpretar a men-sagem que a Levis quer transmitir: uma, perfeita-mente encaixilhada neste annus horribilis de crises económicas, financeiras e sociais, é para um jovem desempregado, encurra-lado num beco sem saí-da e desencantado com a vida. “Não te preocupes! Veste um par de Levi’s e sentir-te-ás capaz de mandar no Mundo”; mas, segundo a outra perspec-tiva (com a qual eu me identifico), esta campa-nha não é sobre os jeans. Os jeans não são mágicos. Não têm capacidade para

transformar quem quer que seja num change-maker pelo simples facto de os usar. Que dispara-te. Ao invés, este reclame é sobre quem veste os je-ans: jovens urbanos, hips-ters (perdão, mas tinha de usar esta palavra que está tão na moda agora), so-nhadores e empreendedo-res. No fundo, o anúncio posiciona a Levi’s como parte do ADN central do que é hip e cool num so-ciedade multicultural e urbana (o pano de fundo deste ad é, discretamente, Nova Iorque).

O porquê é importante aqui, o facto de eu con-trolar o meu destino. E, o que quer que seja que eu faça dele, a Levi’s não fa-lha e tem uns jeans para eu usar. Os jeans não são a cura para os meus pro-blemas, eu sou. A Levi’s diz-me isso: “do it your-self”, é esse o “Go Forth”. Enfim, este anúncio foi a linguagem visual que a Levi’s encontrou para ex-plicar a alma daquilo que faz, o seu manifesto.

Maria da Graça Canto Moniz

Destaque

Academia de Dança de Viseu – Escola de Bailado Giselle Brites quer afirmar-se em Viseu

A Academia de Dança e Teatro de Viseu nasceu em 1995, fundada pela bai-larina e professora Giselle Brites. Hoje, 17 anos pas-sados, a diretora sente que ainda há muitos viseen-ses que não conhecem a escola e por isso decidiu alterar o nome para Aca-demia de Dança de Viseu – Escola de Bailado Gisel-le Brites.“Sei e sinto que os viseenses têm vonta-de de dançar mas não co-nhecem a escola e acabam por desistir”, referiu Gi-selle Brites, 35 anos.

A Academia aposta “na qualidade e na exce-lência, e vai de encontro

às caraterísticas e am-bições de cada aluno”, disse a bailarina, “única professora do distrito de Viseu registada e diplo-mada pela Royal Acade-my of Dance”.

Na Academia de Dan-ça de Viseu – Escola de Bailado Giselle Brites le-ciona-se ballet clássico, dança Jazz/moderno/contemporâneo, sapa-teado, dança do ventre, dança de salão, orientais, africanas, indianas/bolly wood, hip hop, yoga, tai-chi, reiki e, em breve, kung-Fu. O ballet e a dan-ça moderna são as áre-as com mais alunos. Há

também aulas de teatro e expressão dramática.

A Academia é repre-sentante da Dance Art In-ternacional, de África do Sul na Europa, tem liga-ção à UNESCO, através do Conselho Internacio-nal da Dança, e parceira de “American Ballet Thea-tre”. “Com os exames rea-lizados através destas ins-tituições, as crianças e os jovens adquirem, de tenra idade, um bom currículo enquanto bailarinos, po-dendo continuar com uma carreira profissional”, con-cluiu Giselle Brites.

Tiago Virgílio Pereira

Literatura

Page 25: Jornal do Centro - Ed556

em focoJornal do Centro09 | novembro | 2012 25

Ana

Pau

la D

uart

e

3ª edição do Mercado MagriçoDecorreu entre os dias 2 e 4 a terceira

edição do Mercado Magriço em Penedo-no. Uma iniciativa na qual “o executivo se empenhou e que é mais uma aposta no empreendedorismo, na mostra das potencialidades do concelho e do dina-mismo industrial”, afirmou Carlos Este-ves, presidente da câmara municipal de Penedono.

O certame, que ao longos de três dias deu destaque ao artesanato, produtos agrícolas, industriais e gastronómicos locais, contou com mais de três mil visi-tantes por dia.

Para Cristina Ferreira, vice-presidente da autarquia, “as expetativas foram su-peradas e o objetivo de dar a conhecer as empresas e a economia local foi cumpri-do”. Destacou ainda que “o grande inte-resse era que os produtores escoassem os produtos e isso foi conseguido”.

Publicidade

A redescoberta da LampantanaMortágua e o III Fim de Semana da Lampantana Bastava o número de 1402 doses servidas; bastava a afluência de

gente de fora, que foi muita; bastava a adesão de treze restaurantes a esta ideia gastronómica de trazer do passado este delicioso pitéu, quase ao acaso inventado, no decurso das Invasões Francesas… para que a iniciativa se tornasse um sucesso apreciado por todos.

“Cada vez temos mais pessoas a apreciar a Lampantana, sobre-tudo pessoas de fora do Concelho e que já não dispensam uma visi-ta a Mortágua durante este fim de semana gastronómico”, afirma o autarca Afonso Abrantes.

O vinho produzido localmente e com rótulo especial alusivo ao evento, para acompanhar este regalo da boca, foi uma oferta do Município.

Esta iniciativa visou também perdurar a tradição local, deixando às gerações vindouras não uma memória ténue do passado, mas sim um produto atrativo, em termos económicos, orgulho da região.

Page 26: Jornal do Centro - Ed556

em focoJornal do Centro

09 | novembro | 201226

Publicidade

A Feira dos Santos – Tradição que Mangualde não dispensaEste ano ainda foi maior a afluência de público e a

oferta proporcionada, tornando este evento gastronó-mico num marco nacional e consolidando uma inicia-tiva com mais de três séculos de existência, muito do agrado de todos quantos procuram as Terras de Azu-rara para nele participarem.

“Da Tradição à Modernidade”, foi o lema. O local foi o centro da cidade. A organização coube à autarquia mangualdense. Se as febras foram o prato forte, o arte-sanato e os produtos agrícolas marcaram também pre-sença, acompanhados por variedades diversas e muita animação. Fórmula acertada, esta, de difundir a nível nacional uma realidade local, promovendo a Terra, os seus produtos e fomentando a economia regional.

XVIII Congresso Nacional da JS alerta para a proteção social

Realizou-se no fim de semana, no pavilhão do INATEL, em Viseu, o XVIII congresso nacional da JS. João Torres sucedeu a Pedro Delgado Alves na liderança dos jovens socialistas.

Na sua intervenção, João Torres referiu que “se este Governo não inverter rapidamente o rumo das suas políticas e não adotar rapidamente estratégias conducentes à criação de postos de trabalho e ao crescimento da economia, não devemos hesitar em pedir a sua demissão”. António José Seguro, secretário geral do PS, marcou presença e, no encerramento do congresso, defendeu que “a proteção social não é um capricho dos socialistas”, mas “uma necessidade de toda a sociedade portuguesa para manter a coesão social e combater as desigualdades sociais.”

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Page 27: Jornal do Centro - Ed556

saúde

Até dezembro∑ Serviço gratuito de exame mamográfico digital

Rastreio de cancroda mama em Mortágua

Uma unidade móvel de mamografia do Núcleo Regional do Centro, da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), vai estar junto aos Bom-beiros Voluntários de Mortágua.

O serviço gratuito de exame mamográf ico

digital estará disponí-vel até meados de de-zembro, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

As mulheres inscritas no Centro de Saúde são convocadas por carta para efetuar o rastreio.

O programa está aber-to à população femi-nina entre os 45 e os 69 anos, residente no concelho e interessada em fazer o exame. Para marcações ou informa-ções adicionais, as in-teressadas devem con-tatar o Centro de Co-

ordenação do Rastreio, através do telefone 239 487 495/6 ou do e-mail [email protected].

O exame mamográfi-co deve ser repetido de dois em dois anos, de forma a garantir uma prevenção eficaz.

saúde e bem-estarJornal do Centro09 | novembro | 2012 27

Page 28: Jornal do Centro - Ed556

UNIVERSIDADECATÓLICAPROMOVE DEBATE “ABORDAGEM DAPATOLOGIA QUÍSTICA E TUMORALDA CAVIDADE ORAL”

No domingo, dia 12 de novembro, a partir das 21h30, vai decorrer uma palestra, seguida de debate, intitulada “Abordagem da Patolo-gia quística e tumoral da cavidade oral”, pro-ferida por Rui Amaral Mendes. O evento vai ter lugar no Auditório Eng. Engrácia Carrilho, na Universidade Cató-lica de Viseu. O ora-dor convidado é coor-denador do Mestrado Integrado em Medici-na Dentária e diretor clínico da Clínica Den-tária Universitária, da UCP Viseu.

Esta palestra é uma iniciativa do Depar-tamento Científico da Associação Académica da Católica. TVP

SAÚDE & BEM-ESTAR

Decorre hoje e amanhã , na Escola Superior de Saú-de Jean Piaget, do Campus Universitário de Viseu, o Congresso Internacional, com o tema “Envelheci-mento Ativo: Atravessan-do Gerações”.

Esta iniciativa insere-se no âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações e conta com um programa vasto centrado em temas como o envelhe-cimento na sociedade con-temporânea, o suporte so-cial e revitalização da po-pulação idosa, a prevenção do isolamento, estímulos à integração do idoso, de-pendência e imobilidade, controlo da dor crónica, exercício físico adaptado, terapias alternativas e do-enças degenerativas. En-tre os oradores convida-

dos, destacam-se docen-tes e investigadores de instituições como a Uni-versidade do Porto (Insti-tuto de Ciências Biomédi-cas Abel Salazar), Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Universida-de de Aveiro, Universida-de de Valência, University of Burapha (Tailândia) e Vlaams Huisartsen Insti-tuut (Bélgica).

“O envelhecimento da população é uma ten-dência com uma dimen-são mundial e as formas de viver o envelhecimen-to são múltiplas e exigem políticas e outras iniciati-vas diferenciadas, adap-tadas e atentas às necessi-dades e às capacidades de cada pessoa nessa etapa da vida”, destacou em comu-nicado a organização do evento. MC

Envelhecimentoativo debate-seem Viseu

Nefropatia diabética é a principal causa de insuficiência renal

No âmbito das comemo-rações do Dia Mundial da Diabetes, 14 de novembro, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta para a prevalência da diabetes nos doentes renais, sendo que quase 50% dos diabé-ticos de tipo 1 e entre 10% a 20% dos diabéticos de tipo 2 desenvolvem nefropatia diabética.

De acordo com o presi-dente da Sociedade Portu-guesa de Nefrologia, Fer-nando Nolasco, “a nefro-patia diabética é uma das complicações mais temi-das pelos doentes com dia-

betes tipo 1 e diabetes tipo 2. Esta doença renal, que resulta das lesões que a diabetes provoca nos rins, evolui em muitos casos para a insuficiência renal crónica”. E acrescenta que “nos últimos anos houve um incremento do núme-ro de casos de nefropatia diabética, fruto de melho-res cuidados de saúde que resultam numa maior es-perança de vida dos do-entes e num aumento do número de doentes em es-tadio terminal, onde o tra-tamento passa por diálise ou transplantação renal”.

Para tentar prevenir a ne-fropatia diabética, e dado que a doença não revela sintomas, os doentes de-vem ter um controlo mui-to rigoroso da glicemia e da tensão arterial.

Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas so-fram de doença renal cró-nica. A progressão da do-ença é muitas vezes silen-ciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tar-diamente, já sem qualquer possibilidade de recupe-ração.

Tiago Virgílio Pereira

14 de novembro∑ Dia Mundial da Diabetes

Jornal do Centro09 | novembro | 201228

Page 29: Jornal do Centro - Ed556

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

Clareza nas portagens

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 504 | 11 DE NOVEMBRO DE 2011

∑ Reorganização da Rede de Atendimento dos CTT.

∑ Paulo de Carvalho em Sernancelhe.

∑ As portagens vistas pelo lado do empresário.

∑ Novo presidente da Tecnologia assume tempos

difíceis.

∑ Enfermeiros contra novas medidas da ARS Centro.

∑ Magustos de bairro nas ruas de Viseu.

∑ PSP de Viseu arrisca responder em tribunal.

∑ “Amarelinha” vence concurso nacional sobre

prevenção da Sida.

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 16pág. 17pág. 19pág. 24pág. 28pág. 31pág. 32pág. 35pág. 38pág. 39

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> SUPLEMENTO

> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário11 a 17 de Novembrode 2011

Ano 10

N.º 504

1,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Paul

o N

eto

Pub

licid

ade

Pub

licid

ade

“As pessoas vão ter que voltar à terra e para

voltarem à terra vão ter

que vir para o interior”∑ Paulo de Carvalho, 50 anos de carreira, em entrevista exclusiva

ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9

Publicidade

CARTA DO LEITOR

Após ter visual iza-do na SIC, a notícia da facturação errada na A25 para 4 docentes de Penalva do Castelo, infor-mo que o mesmo aconte-ce na A24.

Quem utiliza a via ver-de na A24 e passa por dois pórticos não consecuti-vos, paga a totalidade do percurso entre o primeiro pórtico e o último, mesmo que não tenha passado por lá. Por exemplo, quem en-tra no nó de Arcas (ou no nó de Carvalhal) passan-do pelo pórtico do nó de Carvalhal (Castro Daire Sul), pelo túnel e aban-donando a A24 na saída junto ao santuário da Se-nhora da Ouvida (Castro Daire Norte), percorra de seguida a N2 entre a zona industrial de Castro Daire e o nó de Bigorne e que

venha a entrar novamen-te na A24 em direcção a Lamego nesse nó, cobra-ram 2,75 euros , mas se fi-zermos as contas estão a cobrar 1 euro a mais, uma vez que os pórticos que efectivamente devem ser contabilizados, totalizam 1,75 euros com o desconto de 15%.

Acontece o mesmo com a viagem efetuada ao con-trário, de norte para sul.

Quantas pessoas não estarão a ser penalizadas por este “assalto”?

Reclamei ontem para a Via Verde e ainda não obtive resposta, man-tendo-se no site da VV a facturação errada.

José Paulo Ferreira LousadoDocente da Escola Superior de Tecnologia

e Gestão de Lamego

Instituto Politécnico de Viseu

Homenagem a António Bento de Almeida, secretário de justiça na Comarca de Viseu, agora aposentado

Caro amigo Bento:Não podia deixar de

prestar uma pequena mas justa homenagem ao teu profissionalismo e ao exemplo que sempre fos-te, agora que acabas de te aposentar das tuas fun-ções na Justiça.

Porém, Amigo Bento não te aposentaste dos amigos e dos colegas a quem deixaste o símbolo máximo e o exemplo do servidor da Justiça.

Não foras tu aquela pe-quena peça da grande máquina chamada Justi-ça. Sim, aquela máquina composta por Magistra-dos, Advogados, Solicita-

dores e Funcionários da Justiça.

As peças que tanto pro-curaste juntar e lubrificar, com múltiplas dificulda-des e obstáculos, para o seu melhor funcionamen-to… Não penses Amigo Bento que vais deixar de o fazer. Está-te no sangue.

Parafraseando o grande escritor Wilhelm Reich “ O grande homem é aque-le que reconhece quando e em que é pequeno. O ho-mem pequeno não reco-nhece a sua pequenez e teme reconhecê-la”.

Mas meu bom Ami-go, o bom senso, bonda-de, humanismo e carác-

ter que sempre te norte-aram tornaram-te exímio na superação dos obstá-culos e atropelos que se te opuseram sem peias ou discórdias, pois sempre com muita competência e modéstia estiveste no lu-gar certo e venceste-os, porque na vida só vence quem como tu sempre soube ser.

Obrigado Amigo Ben-to e o desejo de uma con-tinuada vida feliz, com o dobro dos anos daqueles que deste à Justiça Portu-guesa.

Leonel SoutinhoSecretário de Justiça - Aposentado

Nun

o A

ndré

Fer

reira

A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR APOIO ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA

Rua Dr. Ricardo Mota, s/n3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt

(17) ��novembro : concerto

Filipe Melo trioFilipe Melo, André Carvalho (contrabaixo) e João Rijo (bateria)

Jornal do Centro09 | novembro | 2012 31

Page 30: Jornal do Centro - Ed556

JORNAL DO CENTRO09 | NOVEMBRO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 9 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 8ºC. Amanhã, 10 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 4ºC. Domingo, 11 de novembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 3ºC. Segunda, 12 de novembro, céu limpo. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 3ºC.

tempo

Sexta, 9 novembroCelorico da Bira∑ O Departamento do Docente Jubilado, do Sindicatodos Professores da Zona Centro, vai festejar o S. Martinho. O evento vai juntar, durante todo o dia, cerca de duzentos educadores e professores aposentados dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu.

Sábado, 10 novembroTarouca∑ No intuito de preservar e manter viva a tradição da celebração do S.Martinho nos Esporões, a Associação Cultural e Recreativa de S.Martinho promove a “Cegada de S.Martinho”.

agenda∑

Publicidade

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

A década do pântano adivinhada por Guter-res quando se foi embora foi uma desgraça para o país e foi-o também para o jornalismo e os jornalistas. Proletarizados e precarizados, eles estão a perder a batalha com o mundo das agências de comunicação e de relações públi-cas, mundo que consegue plantar cada vez mais o seu produto nos media. Isso tem sido fatal. O público percebeu este gato por lebre, perdeu a confiança e fugiu, com a consequente queda de receitas, definhamento e desemprego.

Ora, como se sabe, a natureza tem horror ao vazio e todo o vazio tende a ser preenchido com coisas novas. A vida é impossível sem es-perança e a esperança cria oportunidades. As-sim como o país está a precisar de partidos no-vos que refresquem a mesmice da terceira re-pública, também o nosso panorama mediático está a precisar de projectos novos capazes de assumirem o papel de “cão-de-guarda”, capa-zes de contar o que os poderes não querem que se saiba, capazes de usar as fontes e não serem usados por elas.

Eis dois exemplos recentes de jornalismo eu-ropeu que cortou com principal fonte de des-crédito da comunicação social — a imbricação mafiosa entre os proprietários dos media e o poder político:

(i) em 2008, o ex-director do “Le Monde”, Edwy Plenel, liderou a fundação do site “Me-diapart”, que em três anos se converteu num modelo de independência e credibilidade, re-velando casos de corrupção em França, casos que são censurados nos media convencionais. Quase sessenta mil pessoas pagam 90 euros por ano para terem acesso ao trabalho do “Me-diapart” que, em 2011, já deu um lucro de meio milhão de euros;

(ii) esta semana saiu para as bancas gregas o “Jornal dos Jornalistas”; cem jornalistas en-traram com mil euros cada um para uma coo-perativa e contam sobreviver se conseguirem vender entre 15 a 20 mil jornais por dia.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Jornalismo

A “capital do míscaro” recebe, no domingo, dia 11, a sexta edição da Feira do Míscaro. A partir das 10h00, Sátão será o pon-to de encontro de turistas, especialistas, artesãos, vendedores e comprado-res de um dos produtos endógenos mais aprecia-dos na região.

O programa é variado e direcionado para todas as faixas etárias. No des-porto, está prevista uma prova de BTT. O artesa-nato típico do concelho vai estar exposto nas bar-raquinhas. Aqui, os inte-ressados podem provar os míscaros, o pão artesanal cozido no forno de lenha e beber vinho do Dão. As crianças têm à sua dispo-sição pinturas faciais e modelagem de balões. Às 14h30, os ranchos folcló-

ricos das freguesias de S. Miguel de Vila Boa e de Ferreira de Aves, os Gru-pos Rapotacho e Zaatam (Grupo de Recolha e Di-vulgação de Música Po-pular de Sátão) iniciam a animação da tarde, que terminará às 16h00, com chave de ouro, com a atu-ação da artista de renome nacional Ruth Marlene.

Domingo é também o último dia da semana gas-tronómica. Alguns restau-

rantes do concelho opta-ram por confecionar espe-cialidades gastronómicas em que míscaro é o pro-duto de eleição. Na vila de Sátão, os restaurantes ade-rentes são: “Reis”, “Sabo-res da Quinta” e “Encon-tro dos Amigos”. E em La-mas, freguesia de Ferreira de Aves, os restaurantes “A Parreira” e “O Campo-nês”.

Tiago Virgílio Pereira

Sátão acolheFeira do MíscaroDomingo ∑ Dia dedicado a um dos produtos endógenos mais

apreciados na região

Publicidade

A Ruth Marlene é a grande atração musical

Page 31: Jornal do Centro - Ed556

CLASSIFICADOS

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Condutor de máquina de escava-ção. Lamego - Ref. 587858819

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SULRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referên-cia (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Padeiro, em GeralRef. 587823363 – tempo completo – São Pedro do SulPedreiroRef. 587866642 – tempo completo – Oliveira de Frades

Serralheiro CivilRef. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco ElectricoRef. 587872707 – tempo completo

– Oliveira de Frades

Serralheiro CivilRef. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco ElectricoRef. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades

MarceneiroRef. 587800256 - Carregal do SalA tempo completo. Candidato com boa experiencia na área de carpintaria/marcenaria, nome-adamente operar com máquinas do ramo.

Outras costureirasRef. 587839124 - Carregal do SalA tempo completo. Empresa tem necessidade de um(a) prensador(a) de casacos (fabrico em série), com experiência a che-fiar essa secção.

Outros estucadoresRef. 587872760 - Carregal do SalA tempo completo. Prática em aplicação de gesso cartonado em perfis metálicos, “pladur”.

Carpinteiro de limposRef. 587883429 - Carregal do SalA tempo completo. Preferencialmente candidato com alguma experiência/conheci-mentos de para o assentamento em obra.

Empregado de balcãoRef. 587874179 - MortáguaA tempo completo. Pretende profissional de preferência com experiência.

CozinheiroRef. 587876555 - MortáguaA tempo completo. Pretende pes-soa com experiência e motivação.

TratoristaRef. 587877491 - Mortágua

A tempo completo. A função consiste na utilização de trator para limpeza florestal e de vias públicas, com habilitação e expe-riência na condução de trator agrícola/florestal.

EstucadorRef. 587883929 - MortáguaA tempo completo. Pretende profissional com experiência em aplicar gesso projetado.

Engenheiro (silvicultor)Ref. 587886541 - MortáguaA tempo completo. Para elabora-ção de projetos na área florestal, implementação e acompanha-mento.

Bate-chapas de veículos

Ref. 587822404 - TondelaA tempo completo. Pretende-se candidato c/experiência na área.

Trabalhador não Qualificado - IndústriaRef. 587862125 - TondelaA tempo completo. Pretende-se candidato para trabalhos em ser-ração de madeiras com ou sem experiência.

Técnico em higieneRef. 587874628 - TondelaA tempo completo. Pretende técnico(a) com certificação da aptidão profissional na área da segurança e higiene do trabalho como técnico/a de segurança e higiene do trabalho ou técnico/a superior.

EsteticistaRef. 587870029 - Tempo Completo - Viseu

CabeleiriraRef. 587868125 – Tempo Completo - Viseu

Cozinheiro

Ref. 587862301 - Tempo Completo - Viseu

EstucadorRef. 587872917- Tempo Completo - Viseu

Soldador a metal ou solda forteRef. 587878046- Tempo Completo

– Viseu

Carpinteiro de limposRef. 587873509 - Tempo Completo - Viseu

PasteleiroRef. 587873118- Tempo Completo – Viseu

Pintor superfícies metalicasRef. 587884692 - Tempo Completo - Mangualde

Cortador Carnes VerdesRef. 587885012- Tempo Completo - Nelas

PROCURO• Entre norte e sul de Portugal, CASA

USADA habitável (mesmo penhorada ou em leilão), dentro de pequeno terreno para gado e agricultura; perto de povoação para abrir café e alugar quartos; diretamente com o proprietário; para crédito ao banco ou a outras entidades que desejam apresentar-se. Até 150 mil euros.

Envie fotos com número de telefone privado para:

Case 301176 Ft Livres

Suisse

• Compro GADO ovino e bovino.Envie número de telefone de casa

com preços para a mesma morada.

TRESPASSA-SETRESPASSA-SELoja num dos shoppings da cidade

(por motivos profissionais)

T: 91 814 28 49

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 556 de 09.11.2012)

INSTITUCIONAIS

Empresa em Viseu procura Administrativa/o com

- Licenciatura em Direito preferencialmente- Bons Conhecimentos de informática nomeadamente em (Word, Excel, Outlook)- Boa capacidade oral e escrita em português e inglês- Boa apresentação- Excelente capacidade de organização e trabalho em equipa

Enviar Currículo Vitae com foto para [email protected]

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 556 de 09.11.2012)

ANGARIADOR DE ASSINATURAS

Faça parte da equipa do Jornal do Centro.Ligue 232 437 461 ou envie CV para:

[email protected]

Jornal do Centro09 | novembro | 2012 33

Page 32: Jornal do Centro - Ed556

CLASSIFICADOS

Publicidade

Publicidade PublicidadePublicidade

Publicidade

NECROLOGIAJoaquim Pereira da Poça, 68 anos, solteiro. Natural e re-sidente em Carvalhosa, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 26 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Carvalhosa.

Joaquim Filipe da Costa Gaspar, 56 anos, viúvo. Natural e residente em Vala Abrigoso, Mezio, Castro Daire. O fu-neral realizou-se no dia 28 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mezio.

Maria Idalina da Silva Ferreira Duarte, 58 anos, casa-da. Natural de Cujó, Castro Daire e residente em Amora, Seixal. O funeral realizou-se no dia 29 de outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Cujó.

José Doloroso Duarte, 76 anos, casado. Natural e residen-te em Gralheira, Cinfães. O funeral realizou-se no dia 30 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Gra-lheira.

Maria Hália de Almeida Leitão, 97 anos, solteira. Natural de Tabuaço e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 4 de novembro, pelas 11.45 horas, para o cemitério de Castro Daire.

João da Costa, 81 anos, viúvo. Natural de Castro Daire e residente em Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 7 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemité-rio de Reriz.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Madalena da Costa, 83 anos, viúva. Natural e residente em Cubos, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de ou-tubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

António Marques Abrantes, 85 anos, casado. Natural e residente em Abrunhosa do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 8 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Maria Hermínia, 86 anos, viúva. Natural de Silgueiros e residente em Pedra Cavaleira, Silgueiros. O funeral rea-lizou-se no dia 2 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Ana Cristina Marques dos Santos Pereira, 41 anos, casada. Natural de Silgueiros e residente em Alemanha. O funeral realizou-se no dia 3 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Lageosa, Tondela.

Armando Soares, 81 anos, viúvo. Natural e residente em Moreira, Nelas. O funeral realizou-se no dia 9 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Moreira.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Armando da Silva Tavares, 77 anos, casado. Natural e residente em Campia, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 1 de novembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Campia.

José Dias Correia, 65 anos, casado. Natural e residente em Reigoso, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 2 de novembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Reigoso.

Emília Rosa, 90 anos, viúva. Natural e residente em Reigo-so, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 2 de no-vembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Reigoso.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Otília Correia Teixeira Milheiriço, 94 anos, viúva. Natural e residente Freixo, Serrazes, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 1 de novembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Serrazes.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Américo do Carmo Maurício, 58 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Argueira, Tarouca. O funeral re-alizou-se no dia 30 de outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Maria Noémia Lopes Pereira, 73 anos, casada. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 7 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Espo-rões, Tarouca.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Maria de Fátima Freire Correia Araújo Pereira, 81 anos, viúva. Natural de Bonfim, Porto e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de novembro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério de Orgens.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Maria Cecília dos Prazeres, 79 anos, viúva. Natural de Viseu e residente em Orgens. O funeral realizou-se no dia 2 de no-vembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Orgens.

Maria de Lurdes Almeida Miguel, 47 anos, casada. Natu-ral de São Salvador e residente em Ranhados. O funeral realizou-se no dia 2 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Salvador.

Maria do Nascimento Correia de Carvalho, 70 anos, viú-va. Residente em Moure de Madalena, Campo. O funeral realizou-se no dia 5 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Farminhão.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Cidália Marina da Silva Ferreira, 27 anos, solteira. Natu-ral de Abraveses e residente em Póvoa de Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Eduardo da Silva Ferreira, 81 anos, casado. Natural de Abrave-ses e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de no-vembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Mateus da Cunha, 86 anos, casado. Natural de São Pedro de France e residente em Carvalhal, São Pedro de France. O funeral realizou-se no dia 8 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro09 | novembro | 201234