Jornal dos Bancários - ed. 418

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LEIA TAMBÉM Pernambuco sofre nove assaltos a banco em 20 dias Página 4 Abertas as inscrições para eleição de delegados sindicais Página 8 Sindicato visita cerca de 40 cidades do interior em janeiro Página 3 ANO XX Nº 418 01 A 15 DE FEVEREIRO DE 2012 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR NA PRESSÃO O Sindicato começou o ano a todo vapor para aumentar a pressão sobre os bancos. Desde o dia 20 de janeiro, a entidade tem realizado protestos semanais para exigir das instituições financeiras soluções para os proble- mas apresentados pelos bancários. Saiba mais sobre as manifestações da chamada “Mobilização Permanente” na página 5.

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de 01 a 15 de fevereiro de 2012

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LEIA TAMBÉMPernambuco sofre noveassaltos a banco em 20 diasPágina 4

Abertas as inscrições paraeleição de delegados sindicais

Página 8

Sindicato visita cerca de 40cidades do interior em janeiro

Página 3

ANO XX • Nº 418 • 01 A 15 DE FEVEREIRO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

nAprEssão

O Sindicato começou o ano a todo vapor para aumentar a pressão sobre os bancos. Desde o dia 20 de janeiro, a entidade tem realizado protestos semanais para exigir das instituições financeiras soluções para os proble-mas apresentados pelos bancários. Saiba mais sobre as manifestações da chamada “Mobilização Permanente” na página 5.

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Humor

editorial Tema livre

Tarifas abusivasO sistema financeiro brasileiro con-

tinua se superando quando o assunto é cobrança ao consumidor. Segundo dados do IBGE, as tarifas bancárias no país tiveram alta de 12,46% em 2011, ficando 5,96 pontos percentuais acima da infla-ção, que fechou o ano em 6,5%.

Juros escorchanTesJá os juros cobrados pelos bancos no

Brasil estão entre os maiores do mundo. Pesquisa recente da Associação Brasilei-ra de Defesa do Consumidor (Proteste) aponta que só os juros de financiamentos por meio de cartão de crédito superam em muito os cobrados por outros seis países da América Latina, chegando a 237,9% ao ano. A média de juros do cheque especial chegou a 162% ao ano e a de empréstimo pessoal a 64% a.a.

e péssimos serviçosEnquanto isso, os bancos oferecem um

péssimo serviço aos clientes. Segundo o boletim 2011 do Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumi-dor), que reúne dados de 346 unidades do Procon distribuídas por 212 municípios brasileiros, as reclamações dos consumi-dores concentraram-se no setor financeiro, com o Itaú na liderança das queixas.

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Impressão: NGE Tiragem: 10.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosAlan PatricioBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorJoão Rufino

Secretaria da MulherSandra Albuquerque

FormaçãoTereza Souza

Ramo FinanceiroElvis Alexandre

IntersindicalCleber Rocha

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Os bancários sempre estiveram na vanguarda do movimento sindical brasileiro. A categoria é pioneira na conquista de uma série de direitos que hoje são co-muns a todos os trabalhadores do país, como o vale--refeição e a PLR.

Até hoje, é a única a ter, no Bra-sil, uma Convenção Coletiva Nacio-nal, negociada conjuntamente com diferentes empresas. Significa que nenhum bancário ou bancária, do Oiapoque ao Chuí, pode ter menos benefícios do que aqueles estabeleci-dos no contrato coletivo de trabalho.

E tudo isso se deve à organização nacional dos bancários, que hoje se aglutinam em torno da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a Contraf-CUT, que no último dia 26 completou seis anos de fundação.

Mas a história da Contraf começou muito antes. As origens da confederação, que representa mais de 90% dos 480 mil bancários de todo país, se encontram na organização do Departamento Nacional de Bancários (DNB-CUT), a partir de 1985, quando aconteceu uma das maiores greves dos bancários no Brasil.

Em 1992, os trabalhadores transformaram o DNB numa confederação. O objetivo era ampliar ainda mais a organização da categoria, em torno da Con-federação Nacional dos Bancários (CNB-CUT). E a

mudança surtiu efeito imediato. Naquele ano, a enti-dade recém-criada assinou, junto com 120 sindicatos e sete federações, a primeira convenção coletiva na-cional de trabalho, que completa 20 anos em 2012.

De lá para cá, muita coisa mudou. Os bancos passaram a segmentar a profissão dos bancários, criando várias ca-tegorias, como financiários, promotores de vendas, secu-ritários. Para integrar todos os trabalhadores dos bancos, já que muitos ficaram à margem da convenção coletiva dos ban-cários, foi criada a Contraf. Ao

longo desses seis anos, a nova confederação fortaleceu a unidade nacional dos bancários, passou a representar outros segmentos que prestam serviços para os bancos e esteve à frente de todas as campanhas salariais.

Com a força da mobilização, os bancários concre-tizaram sonhos e ampliaram conquistas. Mas, apesar das vitórias, os desafios ainda são imensos, como o emprego decente, condições dignas de saúde, segu-rança e trabalho, igualdade de oportunidades e regu-lamentação do sistema financeiro. O caminho, embora ainda seja longo, é promissor, principalmente porque, quando olhamos para trás, vemos uma linda história de lutas e conquistas.

A Contraf acaba de comemorar seis anos de fundação. Mas a história da organização nacional dos bancários começou muito antes

Uma linda história

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Planejamento

sindicato traça objetivos para o primeiro semestre do ano

O Sindicato começa o ano de 2012 com um objetivo: am-pliar ainda mais a presença

nos bancos para solucionar os proble-mas que os bancários sofrem no dia

a dia. Esta foi a principal decisão do Seminário de Planejamento da dire-toria do Sindicato, realizado nos dias 13 e 14 de janeiro.

De acordo com a presidenta do Sin-

dicato, Jaqueline Mello, a presença do Sindicato nos bancos tem sido um dos pontos mais positivos desta diretoria. “Desde dezembro de 2009, quando assumimos o Sindicato, estamos vi-sitando os bancos diariamente. Mas queremos ampliar ainda mais a nos-sa presença, já que os problemas que os bancários enfrentam se renovam a cada dia. Nosso objetivo é realizar semanalmente algum ato ou manifes-tação para denunciar as mazelas dos bancos (leia mais na página 5) e am-pliar a nossa ação sindical, utilizando todos os canais que temos disponíveis, do protesto à negociação”, afirma.

Segundo Jaqueline, ao contrário dos anos anteriores, o Seminário de Plane-jamento 2012 só traçou as metas para

o primeiro semestre. “É que o nosso mandato termina em julho, pois redu-zimos o tempo desta gestão em cinco meses para cumprir um compromis-so que assumimos: mudar a data das eleições do Sindicato para que ela não coincidisse com o período da Campa-nha Nacional. Vamos nos empenhar para que este final de mandato seja tão bom quanto estes dois anos em que es-tivemos à frente do Sindicato, quando conseguimos colocar os nossos objeti-vos em prática. Hoje temos uma enti-dade mais transparente, democrática e com um funcionamento mais dinâmi-co, graças, inclusive, às mudanças que fizemos no estatuto do Sindicato, que melhoraram a organização dos bancá-rios de Pernambuco”, finalizou.

Caravana do SindiCato

dirigentes começam ano com visitas ao interior O Sindicato deu início, no último dia

23, ao cronograma de visitas de 2012 ao interior de Pernambuco. Ao longo de uma semana, os dirigentes sindicais visitaram agências bancárias na Mata Sul, Agreste e Sertão do estado.

Segundo Fábio Sales, diretor do Sindicato responsável pela organi-zação do cronograma de visitas, esse trabalho de assistência aos bancários do interior, que está sendo desenvol-vido pela direção do Sindicato desde o início desta gestão, tem rendido óti-

mos dividendos para a atuação políti-ca da entidade.

“Desde que iniciamos esse trabalho até agora é perceptível a mudança na forma pela qual os colegas do interior nos recebem. Nas primeiras visitas ha-via uma certa desconfiança e as críticas eram mais frequentes. Com o passar do tempo e a continuidade do trabalho, acredito que eles passaram a confiar mais na direção do Sindicato e também a participar de forma mais efetiva das ações desenvolvidas pela entidade. A

Campanha Nacional do ano passado é um grande exemplo dessa interação en-tre os bancários da capital e das outras regiões do estado”, esclarece.

Ainda segundo Fábio, além do tra-balho de assistência política, o Sindi-cato pretende realizar ações também em outra áreas, a exemplo do que ocorreu no São João e na preparação para Campanha Nacional 2011. “O São João dos Bancários realizado pelo Sindicato em Arcoverde, o seminá-rio que realizamos em Salgueiro e as

caravanas preparatórias para a cam-panha salarial no ano passado são a prova de que a política de integração implantada pelo Sindicato está no ca-minho certo”, conclui o dirigente.

Além de Fábio Sales, participaram da caravana para o interior a presi-denta do Sindicato, Jaqueline Mello, o secretário-geral, Fabiano Félix, e os diretores Adeílton Filho, Flávio Coe-lho, Francisco de Assis, Gilvan San-tana, Marcílio Rosalvo, Maria José Leódido e Ronaldo Batista.

sindicato está ampliando ainda mais a presença nos bancos

Fábio sales

AltinhoAfogados da Ingazeira

AfrânioAgrestina

Água PretaBetâniaBrejinhoCabrobóCarnaíbaCatende

CupiraCustódia

FloresIguaraciIngazeiraItapetim

Lagoa dos GatosLagoa Grande

MirandibaOrocó

PalmaresPanelasQuixadaSalgueiro

Sta. C. da Baixa VerdeSta. Maria da Boa Vista

Santa TerezinhaSão Joaquim do MonteSão José do Belmonte

São José do Egito

Serra TalhadaSertâniaSolidãoTabiraTriunfo

TuparetamaVerdejante

VEjA As 37 cIdAdEs VIsITAdAs pELo sIndIcATo EM jAnEIro

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conhEçA os BAncos qUE ForAM AssALTAdosDIA 7 DE JANEIRO - Banco Popular (correspondente bancário do Banco do Brasil) do bairro de São Miguel, em Arcoverde.

DIA 9 DE JANEIRO - Agência Derby do Banco do Brasil, localizada na Avenida Agame-non Magalhães, no Recife.

DIA 11 DE JANEIRO - Posto de atendimento do Bradesco que fica dentro da Universi-dade Federal Rural de Pernambuco, no Recife.

DIA 16 DE JANEIRO - Agência do Bradesco da Encruzilhada, na zona norte do Recife.

DIA 17 DE JANEIRO - Agência do Bradesco que funciona dentro do Hospital Universi-tário Oswaldo Cruz, no Recife.

DIA 20 DE JANEIRO - Agência do banco Itaú de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes.

DIA 22 DE JANEIRO - Agência do Bradesco localizada nas proximidades do Viaduto da Caxangá, no Recife.

DIA 24 DE JANEIRO - Agência do Santander da avenida Beberibe, Arruda, no Recife.

DIA 27 DE JANEIRO - Agência do Bradesco que fica na Companhia Pernambucana de Saneamento de Pernambuco (Compesa), na Avenida Cruz Cabugá, centro do Recife.

InsEgUrAnçA

Bancários vivemjaneiro de terrorBancários vivemjaneiro de terrorEm vinte dias, pernambuco é alvo de 9 assaltos a banco, a metade das ocorrências registradas durante todo o ano passado. descaso das instituições financeiras com a segurança das agências é responsável pelos crimes

O ano de 2012 começou de forma as-sustadora para os bancários de Per-nambuco. Em menos de vinte dias, o

estado foi alvo de nove assaltos a banco, sendo oito deles no Recife. Os números são mais pre-ocupantes ainda se comparamos com os dados de 2011, quando foram registrados 18 roubos a banco durante o ano inteiro. Ou seja, só neste começo de ano já ocorreram metade de todos os crimes de 2011.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o aumento vertiginoso de assaltos a banco é resultado do descaso das instituições financeiras com a segurança de suas agências. “Infelizmente, os bancos estão mais preocupa-dos com o lucro do que com a vida das pessoas. O investimento em equipamentos de prevenção é pífio. Os bancos preferem pagar indenizações para as vítimas e seus familiares, porque sai mais barato do que instalar câmeras, porta gira-tória com detectores de metais e outros equipa-mentos que poderiam impedir os assaltos”, diz.

ForA dA LEIO secretário de

Saúde do Sindi-cato, João Rufino, lembra que diver-sas cidades de Per-nambuco, inclusive a capital, têm leis municipais que dis-ciplinam a segurança bancária. “Mas, apesar delas estarem em vigor há quase um ano, os bancos não respeitam a legislação”, comenta.

O Sindicato está intensificando as ações para que o Ministério Público, a Justiça e as prefeitu-ras tirem as leis de segurança bancária do papel e punam os bancos que estão fora da lei. “Esta-mos envolvendo até a sociedade civil nesta luta, que é de todos. No dia 10 de janeiro, por exem-plo, o Sindicato realizou um protesto contra a falta de segurança e ganhou o apoio massivo dos clientes, que também estão preocupados”, conta Rufino.

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joão rufino

protesto do sindicato, no dia 20 de janeiro, exigiu segurança dos bancos

* Além destes nove assaltos, houve uma tentativa de roubo no dia 18 de janeiro, na agência do Bradesco da Avenida Agamenon Magalhães, localizada nas proximidades da Praça do Derby, centro do Recife.

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Com o objetivo de esquentar a mobilização dos bancários e pressionar os bancos para

resolver os problemas dos seus fun-cionários, o Sindicato está realizando uma série de manifestações e protes-tos nas agências e departamentos. A ideia é realizar pelo menos um ato por semana, sempre às sextas-feiras, para exigir soluções para as reivindicações apresentadas.

A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, conta que estes protestos sema-nais foram definidos durante o Semi-nário de Planejamento, realizado no início do ano (veja matéria na página 3). “A atual diretoria do Sindicato é re-conhecida pela sua presença diária nos bancos. Mas percebemos que alguns problemas antigos permanecem sem solução. Então, resolvemos focar as nossas ações num protesto por semana, elegendo um tema que será o alvo das manifestações”, conta Jaqueline.

Os atos, chamados de mobilização permanente, começaram logo que o Seminário de Planejamento acabou. Os dois primeiros protestos foram realiza-dos no dia 20 de janeiro e chamaram a atenção até da grande imprensa, que noticiou amplamente os atos.

“A nova onda de assaltos a banco que está assustando Pernambuco foi o tema de um dos protestos. Escolhemos a agência do Bradesco da Encruzilha-da, que quatro dias antes foi assaltada, com direito a troca de tiros, dois bandi-dos mortos e um cliente ferido. Mas o problema não é só do Bradesco, como deixamos claro no protesto. A insegu-rança bancária é geral”, diz Jaqueline.

No mesmo dia, os diretores do Sin-dicato realizaram outro protesto, que percorreu cinco agências do Itaú, em Boa Viagem, no Recife. O motivo foi

a enxurrada de demissões promovida pelo banco no último ano. “Apesar do tema triste, a manifestação foi bem--humorada e contou com a participação de um casal de atores. Só no ano passa-do, o Itaú dispensou 92 bancários em Pernambuco, mais que qualquer outro banco. No Brasil, o último balanço apresentado pela empresa, em setem-bro do ano passado, aponta para o fe-chamento de 2.496 postos de trabalho nos primeiros nove meses de 2011, pe-ríodo em que o Itaú lucrou R$ 10,949 bilhões, batendo mais um recorde de lucratividade no sistema financeiro na-cional”, explica o diretor do Sindicato, Flávio Coelho, funcionário do Itaú.

Uma semana depois, em 27 de ja-neiro, o alvo do protesto do Sindicato foi a Caixa. “Exigimos mais contrata-ções, durante o ato realizado na agên-cia de Jaboatão. Uma das principais conquistas dos empregados da Caixa na Campanha Nacional do ano passa-do foi a garantia de abertura de mais 5 mil postos de trabalho para aliviar o sufoco dos bancários e oferecer um melhor atendimento para a população. Depois de 21 dias de greve, a Caixa se comprometeu a elevar o seu quadro de 87 mil para 92 mil funcionários até dezembro deste ano. Passados mais três meses do fim da Campanha, a em-presa tem contratado muito pouco em Pernambuco”, explica a secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva, empregada da Caixa.

MAIs proTEsTosO Sindicato está organizando no-

vos protestos, que agitarão os bancos em todas as sextas-feiras. Acompa-nhe as últimas notícias e veja onde será a próxima manifestação em www.bancariospe.org.br.

organização

sindicato amplia mobilização com protestos semanaisObjetivo das manifestações é aumentar a pressão sobre as instituições financeiras e exigir soluções imediatas para os problemas apresentados pelos bancários

o diretor do sindicato, Flávio coelho, durante o ato contra as demissões no Itaú

A presidenta do sindicato, jaqueline Mello, durante protesto pela contratação de mais empregados na caixa

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CaiXa

sindicato exige o fim das fraudes no ponto eletrônicoNa 1ª negociação do ano, banco se compromete a investigar denúncias do Sindicato

O Sindicato e a Caixa abri-ram no último dia 17 as negociações de 2012 para

discutir os problemas que os bancá-rios enfrentam em Pernambuco. Na primeira reunião do ano, o Sindi-cato levou para a Superintendência do banco uma série de questões que foram relatadas pelos empregados da Caixa nas últimas semanas. Entre elas, a extrapolação da jornada de trabalho e as denúncias de fraude no ponto eletrônico.

Segundo a presidenta do Sindi-cato, Jaqueline Mello, o Sindicato tem recebido inúmeras denúncias de

empregados da Caixa que estariam sendo obrigados pelos gestores a fa-zer hora extra sem registrar o ponto.

Durante a reunião, o gerente re-gional da Caixa, João Carlos Leitão, garantiu que a orientação do banco

é para que as horas extras só sejam realizadas em caso de necessidade e que todo trabalho além da jornada deve ser devidamente registrado.

“A Superintendência do banco ficou de analisar as reclamações

para nos dar um retorno, além de reafirmar para todas as agências as orientações do banco. Enquanto isso, o Sindicato vai continuar aten-to e observar se há novos casos de fraude no ponto eletrônico. Mas é fundamental que o próprio empre-gado não aceite pressão para traba-lhar sem o devido registro. Se isso ocorrer, o bancário deve procurar o Sindicato para tomarmos as medidas cabíveis”, ressalta Jaqueline.

A próxima rodada de negociação entre o Sindicato e a Superintendên-cia da Caixa está marcada para o dia 6 de fevereiro.

O Sindicato e a Contraf-CUT retomaram as negociações especí-ficas com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para discutir a pauta específica dos funcionários, em Recife. Entre outros pontos de des-taque do encontro está a criação de três mesas temáticas com o banco

para discutir Saúde, Previdência Complementar e Terceirização.

Segundo Alan Patrício, diretor do Sindicato e representante de Per-nambuco na Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, a reto-mada das negociações foi muito boa. O banco nos deu retorno sobre

várias reivindicações, além de acei-tar algumas questões que o movi-mento sindical colocou. Os debates andaram muito bem e isso é fruto da mobilização dos bancários do BNB”, comenta Alan.

Leia mais em www.bancariospe.org.br

BnB

Funcionários e banco retomam negociações para discutir as reivindicações específicas

AgêncIA dE BArrEIros AIndA soFrE As consEqUêncIAs dAs EnchEnTEs dE 2010

A agência da Caixa de Barreiros continua sofrendo com as graves con-sequências das enchentes que assolaram a região em 2010 e 2011. Em-bora a última inundação tenha ocorrido há quase um ano, o banco pouco fez para recuperar a estrutura da unidade.

Segundo o diretor do Sindicato Onésimo Reinaux, a agência só é um retrato do descaso da Caixa com as pessoas. “É inadmissível que depois de dois anos o banco ainda não tenha reformado a agência”, diz Reinaux.

O diretor regional do Sindicato, Edson Pereira, que trabalha na unidade, conta que desde a primeira inundação, em junho de 2010, a estrutura física da agência ficou bastante precarizada. “Estamos convivendo com risco iminente de acidentes”, conta.

“Esperamos que a Caixa execute os ajustes necessários para que os empregados da unidade possam trabalhar em um ambiente adequado. Caso contrário, tomaremos outras medidas para garantir a integridade e a saúde dos trabalhadores e clientes”, afirma Reinaux.

Alan patrício

A próxima negociação será no dia 6 de fevereiro

o sindicato cobra solução desde 2010, quando a agência foi transferidaprovisoriamente para um contêiner

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) promoveu dois eventos du-rante o Fórum Social Temá-tico, realizado no final de janeiro, em Porto Alegre. Um tratou da crise internacional e da regulamentação do sis-tema financeiro e o outro da privataria tucana no governo do presidente Fernando Hen-rique Cardoso.

“Com essas duas atividades, contribuímos com as discus-sões sobre a crise capitalista, mostrando os efeitos nefastos da falta de regulação do sistema financeiro. Também resgatamos o processo de privatizações no go-verno tucano, que saciou o apetite dos banqueiros com a entrega de vários bancos públicos, como o

Bandepe, Banespa, Banerj, Bem-ge, Banestado e Meridional, den-tre outros”, afirma Carlos Cordei-ro, presidente da Contraf-CUT.

“Ao mesmo tempo, apontamos a necessidade de regulamentar o sistema financeiro, de modo que

atenda aos interesses da socieda-de, e reforçamos a luta pela ins-talação da CPI da Privataria na Câmara dos Deputados, cujo re-querimento já foi protocolado e deverá ser analisado após o reces-so, no início de fevereiro”, salien-

ta o dirigente sindical.

o qUE É o FórUMsocIAL TEMáTIco?O Fórum Social Temático

2012 é um evento altermundis-ta organizado por um grupo de ativistas e movimentos sociais ligados ao processo do Fórum Social Mundial. O tema de 2012 é Crise Capitalista, Justi-ça Social e Ambiental. O FST 2012 se propõe ser um espaço de debates preparatórios para a Cúpula dos Povos, reunião al-ternativa à cúpula das Nações

Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que aconte-ce em junho, no Rio de Janeiro.

HSBC

pressão do sindicato reintegrabancário demitido ilegalmenteFuncionário do HSBC há nove anos, Pedro adquiriu LER por causa da falta de condições de trabalho e foi dispensado mesmo tendo estabilidade

O Sindicato acaba de ga-rantir mais uma reinte-gração de bancário de-

mitido ilegalmente pelo banco.

O funcionário Pedro Francisco Pereira Filho, dispensado pelo HSBC no início de janeiro, voltou ao trabalho no último dia 24. Pe-

dro trabalha na instituição finan-ceira há nove anos e desde 2007 sofre com problemas de LER (Lesão por Esforço Repetitivo), adquirida no próprio banco. O HSBC ignorou a doença e a esta-bilidade do bancário e o demitiu de forma irregular.

O bancário procurou, então, o Sindicato, que iniciou uma acirra-da negociação com o HSBC, que acabou revendo a demissão do funcionário sem a intervenção da Justiça. Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Alan Patrício, a entidade provou que o bancário tinha estabilidade

e o banco recuou e acabou cance-lando a demissão.

“Estávamos com o processo pronto para ingressar na Justiça, mas conseguimos resolver o im-passe com o diálogo. As negocia-ções com o HSBC solucionaram o problema pontual, mas o banco tem demitido muitos bancários que estão na mesma situação. Além de ilegal, é uma vergonha, pois, em geral, o funcionário ado-ece por conta da falta de condi-ções de trabalho originada pelo descaso da própria empresa com seus empregados”, diz Alan, que é bancário do HSBC.

Fórum SoCial temátiCo

Contraf debate sistema financeiro e privataria

Marcha de abertura do Fórum foi marcada pela diversidade

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Ouça as últimas notícias do Sindicato na RÁDIO

DOS BANCÁRIOS. Diariamente em

O Sindicato continua com a sua campanha de recadastramento de sócios. Até agora, mais de 2.200 as-sociados já atualizaram seus dados, o que representa quase 40% do total de sindicalizados da ativa.

Segundo o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, o objetivo é alcançar os 100% de atualização. “O recadastramento visa, principal-mente, os bancários que são sócios

há mais de três anos e estão com da-dos incompletos ou desatualizados no sistema”, explica.

Para a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, o

recadastramento é de fundamental importância para a comunicação en-tre a entidade e os bancários. “Tem muita gente com os dados desatuali-zados, isso dificulta o envio de ma-

teriais informativos e o contato com os bancários”, comenta Suzi.

A atualização dos dados é sim-ples e rápida. Basta clicar no ban-ner que fica no canto superior direi-to do site e preencher o formulário. Quem quiser, também pode preen-cher os dados e entregar ao diretor da área. Ou vir pessoalmente até a secretaria-geral do Sindicato e fazer o recadastramento.

organização

começam as inscrições para eleição de delegados sindicaisOs interessados em representar os bancários do Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, BNDES e Banrisul podem se inscrever até o dia 16 de março

Começam no próximo dia 6 as inscrições para a eleição que vai escolher os novos dele-

gados sindicais do Banco do Brasil, Caixa, BNB, BNDES e Banrisul. Os

interessados podem se inscrever até o dia 16 de março. O pleito será reali-zado entre os dias 20 e 22 de março e a posse dos eleitos ocorre em abril.

A secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva,

que é funcionária da Caixa, conta que o delegado sindi-

cal é o elo de ligação entre o Sindicato e os funcionários da agência ou departamento do ban-

co. “O delegado deve manter os colegas de trabalho informados sobre todas as ações do Sindicato. Ele tam-bém é responsável por trazer as recla-mações e problemas dos bancários ao Sindicato para que a gente possa lutar para resolver as demandas”, explica.

A secretária de Assuntos da Mu-lher, Sandra Trajano, que é bancária do BB, lembra que a eleição de dele-gados sindicais nos bancos públicos foi uma importante conquista dos bancários, após muita luta e pressão. “Agora, o Sindicato continua lutan-do para estender esta conquista aos bancos privados”, diz.

Nas eleições deste ano, os bancá-rios da Caixa elegem 1 delegado para cada 100 empregados. No BNB, a eleição será de 1 para cada 50 fun-cionários. Nos dois bancos está ga-rantida a eleição de, no mínimo, um representante por unidade. No BB a proporção é de 1 para 80 e a eleição será por grupo de agências.

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Anabele silva

sandraTrajano

Fabiano Félix

suzineide rodrigues

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