JORNAL ESPECIAL PARA 0 29 DE MAIO | 2015 VAMOS PARAR O...

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VAMOS PARAR O BRASIL! Vamos parar o Brasil contra a terceirização, as medidas provisórias e o ajuste fiscal de Dilma (PT) que retiram nossos direitos D ia 29 de maio é Dia Nacional de Paralisa- ção e Manifestações. Vamos unificar as nossas lutas para barrar os ataques do governo Dilma, dos governos estaduais e muni- cipais, assim como do Congresso Nacional e dos empresários. É possível barrar a terceirização, que está sendo imposta por meio do projeto de lei 4330; as medidas provisórias 664 e 665, que reduzem o seguro-desemprego, o auxílio-doença, a pen- são por morte e o seguro-defeso. Não fomos nós que causamos essa crise, nem fomos nós que roubamos a Petrobrás! Precisamos impedir essas medidas que são fruto do ajuste fiscal que Dilma implanta para beneficiar os banqueiros. Vamos às ruas defender nossos direitos! Este dia está sendo convocado pelas centrais sindicais CSP-Conlutas, CTB, CUT, Intersindi- cal, UGT, Nova Central, e outras organizações da classe como ANEL, Movimento Mulheres em Luta, Quilombo Raça e classe e Luta Popular. O objetivo é repetir e ampliar as paralisações, as manifestações e os atos que ocorreram no último dia 15 de abril, quando milhares de traba- lhadores pararam o Brasil. No dia 29 de maio, vamos parar os canteiros de obras, as escolas, o transporte, as fábricas, as universidades, os bancos, para derrotar o ajuste fiscal e a terceirização. O Brasil precisa de uma greve geral! JORNAL ESPECIAL PARA 0 29 DE MAIO | 2015

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VAMOS PARAR O bRASil!

Vamos parar o Brasil contra a terceirização, as medidas provisórias e o ajuste fiscal de Dilma (PT) que retiram nossos direitos

Dia 29 de maio é Dia Nacional de Paralisa-ção e Manifestações. Vamos unificar as nossas lutas para barrar os ataques do

governo Dilma, dos governos estaduais e muni-cipais, assim como do Congresso Nacional e dos empresários.

É possível barrar a terceirização, que está sendo imposta por meio do projeto de lei 4330; as medidas provisórias 664 e 665, que reduzem o seguro-desemprego, o auxílio-doença, a pen-são por morte e o seguro-defeso. Não fomos nós que causamos essa crise, nem fomos nós que roubamos a Petrobrás! Precisamos impedir essas medidas que são fruto do ajuste fiscal que Dilma implanta para beneficiar os banqueiros. Vamos às ruas defender nossos direitos!

Este dia está sendo convocado pelas centrais sindicais CSP-Conlutas, CTB, CUT, Intersindi-cal, UGT, Nova Central, e outras organizações da classe como ANEL, Movimento Mulheres em Luta, Quilombo Raça e classe e Luta Popular.

O objetivo é repetir e ampliar as paralisações, as manifestações e os atos que ocorreram no último dia 15 de abril, quando milhares de traba-lhadores pararam o Brasil.

No dia 29 de maio, vamos parar os canteiros de obras, as escolas, o transporte, as fábricas, as universidades, os bancos, para derrotar o ajuste fiscal e a terceirização.

O Brasil precisa de uma greve geral!

J O R N A L E S P E C I A L P A R A 0 2 9 D E M A I O | 2 0 1 5

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DilMA, PT, PC DO b e PMDb ATACAM DIREITOS DOS TRABALhADORES

DeMiSSõeS à ViSTAO primeiro trimestre deste ano registrou a

maior taxa de desemprego (7,9%) desde 2013, sendo que entre os jovens (18 a 24 anos de idade) a taxa é ainda maior: 17,6%. E, segundo pesquisa publicada em março pelo Instituto Datafolha, mais de 60% dos brasileiros acreditam que a tendência é a economia piorar. Além disso, 69% acreditam que o desemprego será ainda maior.

CHeGA!

Demissões, ataques aos direitos, precarização do trabalho e dos serviços públicos, inflação, juros altos. Não vamos deixar!

PSDb fAz AjuSTe fiSCAl e ATACA OS PROfeSSOReS nOS eSTADOS

Os governos do PSDB nos estados estão fazendo o ajuste fiscal cortando investimentos na educação, saúde e previdência. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin cortou 3 mil salas de aula e não negocia com os professo-res em greve. Beto Richa, no Paraná, atacou a previdência e reprimiu violentamente os professores.

PODeMOS VenCeR! O CAMinHO é A GReVe GeRAl!

Em janeiro de 2015, Dilma baixou um pacote de ataques sobre a cabeça dos trabalhadores e da população mais pobre do país. O governo federal anun-ciou um ajuste fiscal com a intenção de cortar investimentos em saúde, educa-ção, moradia e direitos dos trabalha-dores. Tudo isso para garantir o envio de R$ 66,3 bilhões para pagamento de juros e serviços da dívida pública.

Pátria Educadora? Somente da edu-cação foram cortados R$ 7 bilhões de investimento.

MP’s 664 e 665 – Essas medidas provisórias afetam diretamente o segu-ro-desemprego, o PIS, auxílio-saúde, seguro-defeso e pensões por morte. Um verdadeiro ataque aos direitos dos trabalhadores, principalmente os mais jovens, as mulheres, os negros e ne-gras e LGBT’s, que convivem com alta rotatividade no mundo do trabalho.

Não à terceirização - Se aprovado, o projeto das terceirizações vai atingir todos os trabalhadores, inclusive nas

atividades-fim. Hoje, os terceirizados são os que ganham menos, trabalham mais e sofrem mais acidentes de tra-balho. A maioria destes trabalhadores são mulheres negras, e negros. A ter-ceirização favorece os patrões, que vão lucrar mais, e ataca os trabalhadores, que perdem salários e direitos.

Fator Previdenciário x 85/95 – A Câmara também aprovou o Fator 85/95 como alternativa ao Fator Pre-videnciário. Ou seja, caso sancionado, será uma nova opção de cálculo para o valor da aposentadoria. Entretanto, não representa uma vitória para os trabalhadores. Para se aposentar com salário integral, deve-se somar idade e tempo de contribuição, superior a 95 no caso dos homens, e 85 no caso das mulheres. Com isso, grande parte dos trabalhadores terá que trabalhar mais que o necessário para se aposentar pelo novo sistema.

Inflação - O aumento das tarifas – água, energia, gasolina – está insus-

tentável. Quem vai ao supermercado lida com alta dos preços dos alimentos e gêneros de primeira necessidade. É inaceitável!

Corrupção - Enquanto isso, vem à tona a corrupção feita com o dinheiro público, como é o caso do escândalo da Petrobras. Não se salva nenhum dos partidos: PT, PSDB, PMDB, DEM e os outros, todos levaram milhões da maior empresa estatal brasileira. To-dos eles têm acordo com o ajuste fiscal que piora a vida de nossa classe!

Traição do PT e PCdoB - No caso da votação das Medidas Provisórias 664 e 665, os trabalhadores sofreram uma traição histórica: a aprovação da medida só foi concretizada graças ao vergonhoso apoio dos deputados do PT e PCdoB em bloco com PMDB - principal partido de base de apoio do governo.

cspconlutas.org.brSAibA MAiS

DilMA Rousseff (PT)

eDuARDO Cunha (PMDB)

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PODeMOS VenCeR! O CAMinHO é A GReVe GeRAl!

O ajuste fiscal anunciado pelo go-verno Dilma no início do ano já implicou em graves consequên-

cias para os trabalhadores. Uma delas foi o efeito cascata. Governos estadu-ais e municipais aplicam os mesmos ataques aos direitos trabalhistas e não cumprem leis como é o caso do paga-mento do Piso Nacional de Educação para os professores.

Mobilizações - Essa política tem provocado inúmeras greves pelo país. Um dos maiores exemplos são as dos profissionais da educação em pelo menos oito estados: São Paulo, Santa Catarina, Paraíba, Pernambuco, Pará, Macapá (AP), Piauí, além do Paraná que foi tratada criminosamente pelo governo Beto Richa (PSDB) com mais de 200 trabalhadores feridos, uma re-pressão digna da época da ditadura mi-litar. Por isso, reforçamos o coro: Fora

Beto Richa!Os empresários fazem o mesmo.

Sentem-se livres para demitir e retirar direitos sob o argumento de crise eco-nômica. Os trabalhadores das monta-doras realizam greves.General Motors, Volkswagen, Chery, Mercedes, Audi, Renault, Nissan e Ford. Todas para-ram. A principal luta é contra as amea-ças de demissão. Enquanto isso, essas empresas transnacionais continuam recebendo benefícios do governo e en-viando dinheiro para suas matrizes fora do país.

Temos ainda a brilhante resistên-cia dos trabalhadores da Alumini, no Comperj, que demitidos sem receber direitos, chegaram o ocupar a Ponte Rio-Niteroi e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Rio de Janeiro para garantir o pagamento de parte da res-cisão trabalhista.

Há muitas lutas em curso. Os do-centes universitários, por exemplo, fazem dia de paralisação nacional nes-te mês de maio e entraram em greve na Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Os servidores públicos fede-rais tem indicativo de uma semana de mobilização ao final de maio, os moto-ristas de ônibus pararam neste último dia 12 em São Paulo.

Todas essas lutas e a força da mo-bilização nacional do último dia 15 de abril comprovam que é possível e ne-cessária a preparação de uma Greve Geral no país.

Para derrotar o ajuste fiscal de to-dos os governos e dos patrões, é ne-cessário unificar todas as lutas em uma só luta. Por isso, ganha ainda mais importância o dia 29 de maio. Va-mos fazer um forte dia de paralisação nacional rumo à Greve Geral!

Trabalhadores respondem com lutaseM TODO PAÍS

De norte a sul há resistência em defesa dos direitos

os protestos e

paralisações

que sacodem o

país comprovam

que é possível

e necessária a

preparação de

uma greve geral.

vamos dizer para

o Brasil e para o

mundo que a classe

traBalhadora se

levanta contra o

pacote fiscal. esse

é o nosso desafio!

“Repressão no Paraná contra os professores em greve; luta vitoriosa na Chery, em Jacareí (SP); ato na Avenida Paulista, no dia 15 de abril88

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A CSP-Conlutas defende a inde-pendência das organizações do movimento frente aos patrões e

aos governos, pois eles estão de mãos dadas contra os direitos da nossa clas-se. O lado dos trabalhadores é o lado da independência, da mobilização.

Defendemos a unidade de ação en-tre as centrais, movimento popular, es-tudantil e de luta contra as opressões para que possamos derrotar a tercei-rização, as medidas provisórias de Dil-ma, que retira direitos dos trabalhado-res e impedir as demissões, exigindo estabilidade no emprego.

À luTa - Saudamos a movimen-tação das centrais, como CUT e CTB, que conosco e demais organizações convocam o dia 29 de maio. Não po-demos, porém, deixar de dizer que es-tas dão sustentação ao governo Dilma e que precisam romper definitivamen-te essa relação, sob pena de que suas entidades de base o façam na defesa

O 2º Congresso Nacional da CSP--Conlutas acontece de 4 a 7 de junho, em Sumaré, São Paulo.

Este será um momento privilegia-do para o encontro de todas as lutas. Os trabalhadores, jovens operários e estudantes, o povo da periferia, os ativistas das lutas contra o machis-mo, racismo e LGBTfobia, os cam-poneses, piqueteiros, grevistas, ser-vidores públicos, todos empenhados

na construção de uma alternativa de direção para nossas lutas.

Vamos debater sobre nossa orga-nização e a luta dos trabalhadores. A organização que queremos é autô-noma frente aos partidos políticos, independente de patrões e de gover-nos.

Uma organização com democracia operária e que lute pela construção de uma sociedade socialista.

GARAnTiR A luTA INDEPENDENTE DOS gOVERNOS E DOS PATRõES

TODOS AO COnGReSSO DA CSP-COnluTAS

ACeSSe O SiTecspconlutas.

org.br/congresso

da luta independente em defesa dos nossos direitos.

Criticamos a direção nacional da Força Sindical que ao invés de estar na trincheira da luta em defesa dos traba-lhadores, apoiou a votação do projeto da terceirização dos patrões. Chama-mos a direção dessa central a romper com o PSDB, e construir também o Dia

Nacional de Paralisação e Manifesta-ções, rumo à Greve Geral!

Vamos lutar juntos contra os gover-nos e os patrões contra o ajuste fiscal. Precisamos fortalecer uma alternativa de direção para o movimento de mas-sas em nosso país. É isso que estamos tentando afirmar ao construirmos a CSP-Conlutas.

ORGAnizAçãO

inTeRnACiOnAl

bRASil SeRá PAlCO De ReuniãO SinDiCAl COM CeRCA De 30 PAÍSeS

Entidades e organizações de aproximadamente 30 países, das Américas, Europa, África e Ásia, vêm ao Brasil nos dias 8 e 9 de junho para participar da segunda reunião da Rede Sindical Interna-cional de Solidariedade e Lutas.

A atividade acontece logo após 2º Congresso Nacional da CSP--Conlutas, entidade que compõe a Rede Internacional e é uma das organizadoras desta reunião.

O principal objetivo é fortalecer a luta internacional dos trabalhado-res, buscando consolidação dessa iniciativa como um espaço de or-ganização, de solidariedade e de di-fusão das lutas dos trabalhadores pelo mundo.

Convocam essa reunião as enti-dades Solidaires, da França; CGT, da Espanha; e CSP-Conlutas, do Brasil.