Jornal Folha do Produtor Rural – 03

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Amazonas estima produzir 60 mil toneladas de pescado ao ano Ano 1 Nº 03 Novembro 2014 R$ 0,50 O Amazonas produz, hoje, 22 mil toneladas de pescado provenientes da piscicultura empresarial e familiar. A expectativa é que em quatro anos essa produção cresça para 60 mil toneladas. Entre as espécies mais cultivadas estão: tambaqui, matrinxã, pirapitinga e pirarucu. As informações são do secretário executivo de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror/AM), Geraldo Bernardino. Em todo o Estado, cerca de 5 mil pescadores atuam neste segmento do setor primário. De acordo com ele, cerca de 85% da produção é de tambaqui. “Os peixes comercializados têm entre 1,8 quilo e 3,5 quilos e toda a produção é comercializada no Estado”. Bernardino explica que, no PLANO DO GOVERNADOR ELEITO JOSÉ MELO PARA A PISCICULTURA Realizar o ordenamento da pesca extrativista comercial e de subsistência para garantir a segurança alimentar das populações rurais e o abastecimento do mercado estadual. Destinar investimentos para a expansãoda produção de peixes em cativeiro. Estruturar e fortalecer a cadeia produtiva da pesca em áreas manejadas com ênfase ao Pirarucu. Incentivar e apoiar as organizações sociais e produtivas de pescadores e aquicultores. Fomentar os planos de manejo. PISCICULTORES NO AM 5 mil produtores 4,9 mil piscicultores familiares 100 piscicultores empresariais “Hoje, procuramos qualificar profissionais para trabalhar na área da piscicultura , junto com as fabricas de rações que existem em Manaus, nossa maior preocupação, nesse momento, é na qualificação de profissionais” Geraldo Bernardino – Secretário Executivo de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror/AM). AMAZONAS interior, a produção é consumida nos próprios municípios e imediações o mesmo acontece no entorno de Manaus, que comercializa na capital. O governo do Estado tem auxiliado os produtores rurais disponibilizando técnicos do Idam para auxiliar na adaptação. “Além disso, o Estado faz a distribuição de alevinos de boa qualidade e de ração complementar para o beneficiamento da produção”, afirmou. A piscicultura empresarial cresce no entorno de Manaus, em especial, em Rio Preto da Eva, Careiro Castanho, Iraduba, Manacapuru, Itacoatiara e no município de Autazes. “Temos um projeto em Balbina, região de Rio Preto, em que teremos uma produção expressiva. Porque o diferencial da modalidade empresarial ”A produção de peixes provenientes da piscicultura no Amazonas, ainda, é incipiente, devido a competitividade de Roraima. Como eles produzem em alta escala, o preço é mais em conta, se comparado aos praticados no Amazonas. Mas temos trabalhado na busca da nossa autossuficiência. O governo do Estado está disposto a fomentar o segmento da piscicultura. Para isso, há um estudo em andamento com atividades a serem realizadas, que será encaminhado ao governador como parte das ações a serem implementadas. Acredito que, em breve, teremos novidades sobre a piscicultura no Amazonas”, disse o engenheiro. Engenheiro-chefe do Departamento de Produtos de Pesca da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Rigoberto Pontes está na tecnologia aplicada”. Hoje, segundo Bernardino, há produtores que em um hectare cria até 6 toneladas do pescado ou mesmo até 18 toneladas. Já na agricultura familiar, os tanques tem cerca de dois hectares, quatro e até oito hectares. “Temos o recurso primordial para alcançarmos a autossuficiência na produção de pescado que é a água, então, podemos chegar a produção de 60 toneladas/ano”, disse Geraldo. Porém, ao longo dos anos, os piscicultores tem investindo no segmento para ter mais competitividade no mercado e expandir seus negócios. É o caso de municípios como Rio Preto da Eva, Careiro, Humaitá, Benjamin Constant e Parintins. Piscicultores em tanques em momento de manejo do tambaqui

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O Amazonas produz, hoje, 22 mil toneladas de pescado provenientes da piscicultura empresarial e familiar. A expectativa é que em quatro anos essa produção cresça para 60 mil toneladas. Entre as espécies mais cultivadas estão: tambaqui, matrinxã, pirapitinga e pirarucu. As informações são do secretário executivo de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror/AM), Geraldo Bernardino. Em todo o Estado, cerca de 5 mil pescadores atuam neste segmento do setor primário.

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Amazonas estima produzir 60 mil toneladas de pescado ao ano

Ano 1 • Nº 03 • Novembro 2014 • R$ 0,50

O Amazonas produz, hoje, 22 mil toneladas de pescado provenientes da piscicultura empresarial e familiar. A expectativa é que em quatro anos essa produção cresça para 60 mil toneladas. Entre as espécies mais cultivadas estão: tambaqui, matrinxã, pirapitinga e pirarucu. As informações são do secretário executivo de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror/AM), Geraldo Bernardino. Em todo o Estado, cerca de 5 mil pescadores atuam neste segmento do setor primário.

De acordo com ele, cerca de 85% da produção é de tambaqui. “Os peixes comercializados têm entre 1,8 quilo e 3,5 quilos e toda a produção é comercializada no Estado”. Bernardino explica que, no

PlAno do goveRnAdoR eleito José Melo PARA A PiscicultuRARealizar o ordenamento da pesca extrativista comercial e de subsistência para garantir a segurança alimentar das populações rurais e o abastecimento do mercado estadual.

Destinar investimentos para a expansãoda produção de peixes em cativeiro.

Estruturar e fortalecer a cadeia produtiva da pesca em áreas manejadas com ênfase ao Pirarucu.

Incentivar e apoiar as organizações sociais e produtivas de pescadores e aquicultores.

Fomentar os planos de manejo.

PiscicultoRes no AM5 mil produtores4,9 mil piscicultores familiares 100 piscicultores empresariais

“Hoje, procuramos qualificar profissionais para trabalhar na área da piscicultura , junto com as fabricas de rações que existem em Manaus, nossa maior preocupação, nesse momento, é na qualificação de profissionais”Geraldo Bernardino – Secretário

Executivo de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror/AM).

AMAZONAS

interior, a produção é consumida nos próprios municípios e imediações o mesmo acontece no entorno de Manaus, que comercializa na capital.

O governo do Estado tem auxiliado os produtores rurais disponibilizando técnicos do Idam para auxiliar na adaptação. “Além disso, o Estado faz a distribuição de alevinos de boa qualidade e de ração complementar para o beneficiamento da produção”, afirmou.

A piscicultura empresarial cresce no entorno de Manaus, em especial, em Rio Preto da Eva, Careiro Castanho, Iraduba, Manacapuru, Itacoatiara e no município de Autazes. “Temos um projeto em Balbina, região de Rio Preto, em que teremos uma produção expressiva. Porque o diferencial da modalidade empresarial

”A produção de peixes provenientes da piscicultura no Amazonas, ainda, é incipiente, devido a competitividade de Roraima. Como eles produzem em alta escala, o preço é mais em conta, se comparado aos praticados no Amazonas. Mas temos trabalhado na busca da nossa autossuficiência. O governo do Estado está disposto a fomentar o segmento da piscicultura. Para isso, há um estudo em andamento com atividades a serem realizadas, que será encaminhado ao governador como parte das ações a serem implementadas. Acredito que, em breve, teremos novidades sobre a piscicultura no Amazonas”, disse o engenheiro.

Engenheiro-chefe do Departamento de Produtos de Pesca da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Rigoberto Pontes

está na tecnologia aplicada”. Hoje, segundo Bernardino, há produtores que em um hectare cria até 6 toneladas do pescado ou mesmo até 18 toneladas. Já na agricultura familiar, os tanques tem cerca de dois hectares, quatro e até oito hectares.

“Temos o recurso primordial para alcançarmos a autossuficiência na produção de pescado que é a água, então, podemos chegar a produção de 60 toneladas/ano”, disse Geraldo.

Porém, ao longo dos anos, os piscicultores tem investindo no segmento para ter mais competitividade no mercado e expandir seus negócios. É o caso de municípios como Rio Preto da Eva, Careiro, Humaitá, Benjamin Constant e Parintins.

Piscicultores em tanques em momento de manejo do tambaqui

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Aquicultura é o setor de produção animal que mais cresce no mundo

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Ela é farmacêutica bioquímica, mestre em biologia de água doce e pesca interior e doutora em ecologia e recursos naturais. Elisabeth Gusmão é uma especialista em aquicultura no Amazonas. Hoje, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), é líder do grupo de pesquisa em Aquicultura, da Coordenação de Tecnologia e Inovação, responsável pelo laboratório de Fisiologia Aplicada à Aquicultura (Lafap) e das linhas de pesquisa: Fisiologia e bioquímica de peixes, com ênfase em nutrição, sanidade e produção de peixes de cultivo.

As pesquisas envolvem o conhecimento sobre as exigências nutricionais de cada espécies; sanidade e fisiologia, através da avaliação de novos fármacos, particularmente fitoterápicos; e estuda a qualidade da água e aumento da produtividade na piscicultura. Além disso, Elisabeth Gusmão, orienta universitários, e atua na capacitação de mestres e doutores na extensão em aquicultura. A especialista aponta suas expectativas e avaliações sobre o setor no Amazonas.

Folha do Produtor - Que avaliação você faz sobre a piscicultura no Amazonas?

ElizabEth Gusmão - Um diferencial de nossas pesquisas realizadas no Inpa é a preocupação com os problemas reais do produtor. Com isso, temos trabalhado para responder questões que possam melhorar a produção, assim como outras para aumentar a produtividade de nossas espécies. No caso do pirarucu, o

foco maior é na área de nutrição, visto que é uma espécie carnívora e precisa de uma ração com alto teor de proteína, o que torna sua produção muito cara e, muitas vezes, inviável para o produtor. Os primeiros resultados sobre suas exigências nutricionais já foram geradas e estão disponíveis para o produtor, assim como diversas outras questões sobre sua nutrição que vêm sendo estudadas.

Folha do Produtor - Na sua opinião, quais os gargalos do setor e como revolvê-los?

ElizabEth Gusmão - Numa visão mais acadêmica, um dos gargalos está relacionado ao número insuficiente de pesquisadores, nesta área, que possa gerar mais conhecimentos para o desenvolvimento produtivo das espécies de interesse no estado. Somos um grupo ainda muito pequeno (Inpa, Ufam e Embrapa) para as necessidades do setor. A contratação de novos pesquisadores, principalmente em áreas importantes como: sanidade, melhoramento genético e produção, poderiam incrementar nossos estudos e gerar grandes contribuições para o setor produtivo. Além das pesquisas, precisamos gerar

tecnologias e passar essas informações para a sociedade, o que envolveria aí a participação de profissionais com este perfil. Considero também a falta de capacitação, em todos os níveis (técnicos, graduados e pós-graduados).

Folha do Produtor - Como a universidade e os acadêmicos podem se relacionar com os piscicultores? Atualmente, essa troca de conhecimento acontece?

ElizabEth Gusmão - Essa relação já existe por meio da realização de pesquisas em parceria com os produtores, assim como parte das atividades acadêmicas (aulas práticas) que têm sido realizadas em pisciculturas da região. Além disso, os cursos de extensão, têm sido uma forma de integrar a participação das instituições de pesquisa/ensino com o setor produtivo, o que tem gerado excelentes resultados para ambos.

Folha do Produtor - Qual o sistema de cultivo (tanque rede, viveiros ou açudes) mais utilizado na nossa região?

ElizabEth Gusmão - Atualmente, os sistemas utilizados, principalmente na região Norte, para o cultivo de peixes são açude e viveiros escavados. Embora, neste momento, os tanques-redes, praticamente, não venham sendo utilizados, futuramente, esse sistema deverá crescer, com o desenvolvimento tecnológico. Os primeiros resultados com a criação de pirarucu em tanque-rede, realizados pelo nosso grupo do Inpa, com nutrição dessa espécie, demonstram que este sistema é excelente para a criação desta espécie. Outros trabalhos com tambaqui também mostram o potencial deste sistema, que tem contribuído para o sensível aumento na produção nacional, com a criação de tilápia nas regiões Nordeste e Sudeste.

Folha do Produtor - Qual sua projeção para o futuro do setor no Estado?

ElizabEth Gusmão - A previsão para os próximos anos é que os investimentos pelos governos federal e estadual sejam intensificados no estado do Amazonas. Isso porque a aquicultura é o setor de produção animal que mais cresce no mundo e, pelo potencial da região, essa pode se tornar uma atividade mais rentável no Estado. Precisamos sim, melhorar nossos recursos humanos, em todos os níveis, oferecer ao mercado tecnologias inovadoras que possam aumentar a produtividade e, consequentemente, a competitividade com outros estados da região Norte.

“Nós (Inpa) trabalhamos pra solucionar problemas reais dos produtores”

Dra. Elizabeth Gusmão Affonso (INPA), orientadora de universitários, e atua na capacitação de mestres e doutores na extensão em aquicultura

AMAZONAS

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técnicas de tanque rede e escavado crescem no Amazonas

criando oportunidade

Em 2010, o Amazonas tinha 1.400 metros cúbicos de tanque rede instalados no Estado. Ano passado, o serviço saltou para 9.400 metros cúbicos instalados. O crescimento aconteceu, também, no segmento de tanque escavado que passou de 2 mil hectares, para 2.9 mil hectares, em 2013.

De acordo com o engenheiro de pesca da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) Radson dos Santos Alves, a técnica de tanque escavado é a mais utilizada pelos

“A técnica do tanque rede está em crescimento, vamos conseguir criar grandes quantidades de peixes em tanques adaptados”Afirmou José Pontes

piscicultores da região. Ela consiste em um tanque onde não há troca de água com uso de filtros biológicos.

O piscicultor e empresário José Pontes, utiliza esta técnica de tanque escavado. Ele iniciou sua criação há mais de 15 anos com o tambaqui e montou sua própria empresa, o restaurante Morada do Peixe, na Rua Goiânia, s/nº, sítio São José, zona leste de Manaus. “A expectativa com o empreendimento é criar mais tambaquis,

Um dos principais incentivos do Estado, segundo ele, será na piscicultura familiar e empresarial, onde os criadores terão ajuda com doações e licitações para inicio ou continuidade da sua produção de pescado. E, ainda, aumento da criação de tanques escavados de 10 a 15m³, onde o tambaqui ruelo e o curumim, que chegam a pesar

de 300 gramas a 1,2 quilo são os mais produzidos.

De acordo com ele, será financiado, ainda, o custeio da ração. “Hoje, o custo da ração para o Amazonas é muito alto. Sem avalista, os piscicultores terão o valor de R$ 30 mil em ajuda de custo”. Os

produtores poderão participar de cursos de capacitação no segmento

Em NÚmEro: 30 mil é o valor que os piscicultores terão de ajuda de custo para investir no setor.

crescer a oferta e, ainda, montar mais outro empreendimento”, conforme Pontes.

Já, a técnica do tanque rede, também em crescimento no Amazonas, consiste em criar grande quantidade de peixes dentro de tanques adaptados para o cultivo. O resultado final é uma alta produtividade e facilidade no manejo, sendo mais vantajoso do ponto de vista produtivo e econômico pela maior facilidade de renovação da água e vida saudável do peixe.

”Com incentivos do governo, o Amazonas irá se tornar o maior polo de criação de pescado do mundo”, Afirma o secretário de Estado da Produção

Rural do Amazonas (Sepror), Valdenor

Cardoso.

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A partir do dia 22 de novembro os produtores rurais da Feira do Cigs, na zona oeste de Manaus, passam a comercializar seus produtos regionais no clube da Associação dos Sargentos do Amazonas (ASA), na Avenida Coronel Teixeira, 2.131, Ponta Negra, também na zona oeste. A expectativa dos feirantes é a melhor possível e apostam no crescimento de clientes e na alta nas vendas.

”Iremos para um local mais amplo, que tem 900 metros, e tenho certeza que nossa clientela irá para o ASA. Além disso, novos consumidores passarão a visitar o local”, disse a produtor de verduras e

criador de galinhas Sebastiana Santos.

Há 15 anos na atividade, Sebastiana, tem clientes fiéis na feira do Cigs que encomendam seus produtos com regularidade. “Acabamos criando um vínculo, pois de 15 em 15 dias nos encontramos” disse ela. Depois que começou a trabalhar na feira, há pouco mais se seis anos, ela já conseguiu renda suficiente para comprar e quitar um carro modelo pick up e, no próximo ano, deseja comprar um veículo modelo 4X4.

ProdutoresDe um dos sítios instalados na AM-010, vêm as verduras e hortaliças vendidas por Maria Neuza dos Reis e a filha Helena Cristina Cardoso. “Estamos na feira há cinco aos, temos conseguido nos manter e fazer investimentos. Essa mudança deve contribuir para que tenhamos um crescimento”,disse Maria Neuza.

Para a família Sakomoto, que cria galinhas e há 30 anos produz ovos, na

Feira do cigs é transferida para a Associação dos sargentos do Amazonas

BR-319, a mudança deve alavancar as vendas.

“Da produção que trazemos 90% é comercializado na própria feira do Cigs e acreditamos neste mesmo resultado, agora, no ASA”, disse Márcia Sakomoto.

Na granja, a família possuí cerca de 70 mil galinhas, que produzem, em média, 150 ovos por dia.

O empresário no setor de pescado Jadson Prado, conhecido como Guti, acredita que a novo local da feira do Cigs é um marco para os produtores. “Seguiremos com nossas atividades e apostamos nesta nova etapa e crescimento dos negócios, além, da população ter acesso a um produto de qualidade”, ressaltou.

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”Eu trabalho na feira do Cigs há 11 meses. Consegui me integrar a convite de um amigo, embora, esteja no ramo há sete anos. Toda a carne que comercializo é da minha própria criação, no município de Autaz Mirim (distante de Manaus a 180 quilômetros), onde tenho 300 cabeças de gado. Hoje, meu maior desafio é a fazer o transporte dos produtos. Entretanto, com a mudança para o ASA acredito que teremos menos despesas e melhor acomodação e estrutura”.Antônio Batista, 40 anos, criador e vendedor de carne

Com a nova instalação no ASA, os produtores que vão investir em novos produtos. Maria José Buzaglo, por exemplo, que vende doces regionais, como cupuaçu com castanha, pensa em novos itens para comercializar na casa nova.

Com expectativa de crescimento nas vendas, o apicultur João Veimar, irá ofertar seus produtos na nova instalação. Com 20 anos no ramo de apicultura, ele faz parte de um grupo de cerca de quinze pessoas que trabalham em diversas comunidades do município de Iranduba na comercialização de mel de abelha africanizada.

O artesanato de Sebastião Godim Duarte, também irá para a feira no ASA. No Cigs, segundo ele, seus produtos começaram a ser expostos desde a fundação da feira, há sete anos. Entre os produtos estão brincos, chaveiros e enfeites decorativos para casa.

carne, doce e artesanato

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Haras oferece aulas de equoterapia a crianças

O amor que passa de pai para filho

O Haras e Centro Hípico Amazon Aquus inicia em 2015 suas atividades para oferecer à população de Manaus aulas de equoterapia, em especial, para crianças com algum tipo de deficiência motora. Hoje, a unidade prepara cavaleiros e amazonas para provas do três tambores, cavalgadas em trilha e para vaquejada.

Localizado no Tarumã, no Ramal do Baiano 1, n° 1.200, o haras tem com cerca 36 mil metros quadrados, o centro hípico pertence ao empresário Herivelto Souza. Segundo ele, o local é uma prova de que é possível investir neste segmento no Amazonas. “No centro temos cavalos de pura linhagem, especialmente, da raça Quarto de Milha, os mais empregados nas vaquejadas, prova dos três tambores, cavalgadas em trilha, lidas de rodeios e apartação de gado”, destacou.

O novo desafio do empresário é oferecer um serviço de qualidade de equoterapia. Ainda não há data efetiva de quando o serviço estará disponível, mas trará benefícios, a partir de 2015, a uma dezena de crianças. “Vamos criar uma escola, para ajudar crianças que apresentam alguma dificuldade. A equoterapia se insere em um contexto de aprendizagem, com fatores que estimulam a concentração e o aperfeiçoamento das atividades motoras”, disse Herivelto Souza.

Com profissionais qualificados para cuidar dos cavalos, o Amazon Aquus treina cavaleiros e amazonas para provas em que os equinos são peças fundamentais. Atualmente, estão ampliando suas atividades para oferecer um serviço, ainda melhor, nas cavalgadas em trilhas ecológicas e, também, visando a participação em campeonatos da prova três de tambores.

De acordo com Herivelto, o Amazon Aquus está de portas abertas para qualquer pessoa que desejar aprender a montar em um cavalo ou mesmo ser treinado para as provas específicas. O contato com o centro hípico é pelo telefone 9196-8755 e 8154-0039.

O amor pelos cavalos, realmente, está nas veias dos vaqueiros Maricostas. Os Irmãos Antônio Freitas, conhecido como Toinho Maricota, e Carlos Alberto Araújo, Carlinhos Maricota, e o pai de ambos, Antônio Oliveira de Araújo, o Antônio Vaqueiro, apreciam e montam desde muito novos. Toinnho, por exemplo, início suas atividades quando ainda era criança, na cidade de Quajáribe, no Ceará.

Mesmo com a mudança de toda a família para Rondônia, Toinho se manteve firme em sua paixão. E, os 13 anos, começou a desenvolver suas habilidades trabalhando com cavalos e treinando esportes montados, até chegar ao Haras Amazon Equus, em Manaus.

Em 2004, Toinho foi campeão amazonense de vaquejada e participou de campeonatos importantes, como, o antigo Torneio de Vaqueiros da Sovama.

Hoje, seus filhos seguem seus passos, é o caso de Antônio Carlos, que tem apenas 5 anos, e já participa de torneios mirins.

Haras e Centro Hípico Amazon Equus

“Nosso maior desafio será implantar a equoterapia, queremos beneficiar crianças que sofrem com algum tipo de deficiência motora” destacou Herivelto Souza

“Nossa relação com os cavalos é uma paixão que tem passado de pai para filho”, Afirma Toinho.

Ao centro da imagem o Proprietário do Haras Amazon Equus, Sr, Erivelto Souza e sua equipe de profissionais

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sorologia contra aftosa é dividida em duas fasesO Amazonas tem, hoje, o status de risco médio da febre aftosa e trabalha para conquistar a categoria livre a doença. A sorologia para efetivar essa posição será dividida em duas fases, com início no dia 1º de dezembro. Até o final deste ano, 19 municípios serão contemplados com a primeira etapa do processo. O último registro da aftosa no Estado foi registrado, em 2004, no município do Careiro da Várzea (distante de Manaus 25 quilômetros).

Segundo o presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do

No Amazonas, os rebanhos são vacinados duas vezes ao ano, segundo determinação nacional

Amazonas (Adaf), Sergio Muniz, no período de 6 a 12 meses de vida, os bovinos, bubalinos e animais de cascos fendidos, suínos, ovinos e caprinos devem receber a primeira dose da vacina contra a aftosa. Depois disso, estão aptos para que a coleta do sangue seja feita através da sorologia.

Muniz explica que este processo será dividido em duas fases, até o mês de dezembro será coletada a sorologia em 19 municípios. São eles: Apuí, Barcelos, Canutama, Carauari, Eirunepé, Envira, Humaita, Ipixuna, Itamarati, Juruá,

A vacinação no Amazonas acontece entre março e abril e, a segunda etapa, entre junho e agosto. Municípios que têm gado em terra firme, obedecem ao calendário nacional da campanha, que acontece em maio e novembro

A vacina contra a aftosa tem um custo de R$ 0,60 e cada animal recebe uma dosagem de 5ml do antídoto. A multa por não vacinar o rebanho é de R$ 40, por animal

Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauni, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira e Tapauá. Os demais, serão realizado até o mês de março.

O controle e o combate à febre aftosa é coordenado pelo Ministério Público e a Agencia de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf). Os sintomas da doença são caracterizados por febre e o aparecimento de vesículas entre as fendas dos cascos, no úbere e na boca. As vacinações são realizadas duas vezes por ano.

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governo investe em fábrica de ração para peixes e cães

Atualmente, o Amazonas tem cinco fábricas de ração para peixes. Destas, apenas três estão em funcionamento e as outras estão com as portas fechadas. O resultado disso é que os piscicultores

Jaraqui deixa lista de defeso de 2014

O conselho Estadual de meio Ambiente do Amazonas (Cemaam) adiou para 2015 o período de defeso do jaraqui. Essa decisão foi tomada em reunião extraordinária, realizada do Auditório da superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) no ultimo dia 06 de novembro, com a participação de 42 conselhos e mais de 200 pescadores e representantes do setor pesqueiro.

“Os pescadores defendem que o defeso deveria iniciar no dia 1° de outubro do próximo ano, que é quando o peixe começa a reproduzir, vamos entrar em comum acordo e decidir uma data para o defeso do jaraqui. Por enquanto, nós vamos manter à medida que agradou os pescadores”, destacou A secretária de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável (SDS) Kamila Amaral, que também preside o Cemaam.

O Conselho altera a Resolução/Cemaam n° 18, de 16 de setembro de 2014, que previa o período do defeso da espécie entre 15 de novembro deste ano e 15 de março do ano seguinte. Continua no defeso as espécies caparari e surubim, que começam o período de defeso no próximo dia 15 de novembro.

tëm que importar o produto. As informações são do secretario executivo de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Geraldo Bernardino. Atualmente, o Estado tem fomentado em ações para incentivar que empresários invistam neste segmento.

”Por ter maior demanda de insumos, como milho e soja, Rondônia acaba tendo um produto mais competitivo no mercado, em relação a ração no Amazonas”, afirmou. O grande problema, de acordo ele, é que o Amazonas produz poucos ingredientes para rações.

Por conta dessa escassez de insumos, temos que procurar, e estudar os ingredientes disponíveis localmente. A Sepror vem auxiliando piscicultores e fabricas de rações no Estado.

iNvEstimENtoA empresa Ração Confiança, em Rio Preto da Eva (distante de Manaus), no KM-88, da AM-010, tem investido neste segmento, desde 2011, na fabricação de ração para as espécies Tambaqui e Matrinxã.

Atualmente, produz rações para criação de peixes em sistemas convencionais,

sistemas intensivos, bem como rações para criação em tanques-rede. Além de rações para aves (corte e postura) e cães (filhotes e adultos). Pertencente ao empresário e piscicultor Paulo Renato Lopes, a empresa vem se destacando no mercado de rações, fabricando e vendendo para piscicultores da região Norte.

”Tudo começou quando vi a dificuldade em comprar ração para peixes pelo fato de ser muito caras, e de virem de outros Estados. Então, resolvi investir em uma fabrica, já existente, para facilitar e ajudar outros piscicultores da região”, disse Paulo Renato.