Jornal Folha Sertaneja Ed n 107

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F U N D A D O R : A N T Ô N I O G A L D I N O Paulo Afonso – Bahia • Edição de Janeiro • 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • Número 107 O jornal da região do São Francisco • www.folhasertaneja.com.br R$ 3,00 Página 10 Editorial, Páginas 5, 6 e 8 Página 3 Foto: Divulgação Há 100 anos o empreendedoris- mo do cearense Delmiro Augus- to da Cruz Gouveia implantou um projeto de aproveitamento das águas do rio São Francisco, na Cachoeira de Paulo Afonso para gerar energia elétrica e dar uma nova vida ao Nordes- te. Políticos da época impedi- ram que seu sonho fosse mais longe e ele se limitou a levar energia elétrica e água encana- da para a localidade Pedra onde construiu um fábrica de linhas de cozer, da marca Estrela que cresceu tanto que incomodou sua concorrente inglesa. Mata- ram Delmiro quando ele estava em pleno vigor dos seus anos e pensando longe, porque já dei- xara várias marcas do seu pio- neirismo na região. Tão impor- tante foi sua iniciativa em 1913 que a Chesf foi criada em 1948 e aproveitou a sua idéia para dar uma nova vida à região Nordes- te que escreve a sua história em dois capítulos bem distintos: o de antes e o de depois da Chesf. E tudo começou com Delmiro Gouveia e a pequena Usina Hi- drelétrica de Angiquinho, que teve as comemorações do seu centenário no dia 26 de janeiro de 2013 com o relançamento de livros que contam a história do pioneiro Delmiro Gouveia. (Leia mais em www.folhaserta- neja.com.br, em Regional e na Seção Especiais) Luiz de Deus tomou posse na Câ- mara Federal onde concluirá os dois anos do mandato de ACM Neto. Prefeito de Paulo Afonso, Deputado Estadual quatro vezes, agora chega à Câmara Federal. Luiz de Deus na Câmara Federal O mês de Janeiro se apresentou trazendo alegrias e tristezas para os pauloafonsinos. Se, por outro lado, Ana Dulce re- apareceu por aqui, depois de 40 anos ausente e alegrou a muitos, quatro pessoas, três deles pio- neiros chesfianos, encerraram a sua caminhada por estas terras sertanejas. Valdemar Júlio, presbítero emérito da 1ª IPPA, nos deixou aos 79 anos. Turpim Nóbrega, músico a vida toda, a ponto de escrever um livro sobre suas vivências nessa área, deixou mudo o seu saxofone e se foi, aos 82 anos. E todos ficamos ainda mais tristes sem a ale- gria de Campelo, o faz tudo, que partiu aos 86 anos. Outro, que passou rapidamente por aqui mas deixou sua marca na defesa do rio São Francisco, foi o fotógrafo João Zinclar, mor- to em uma acidente no ônibus em que viajava. Janeiro: sorrisos e lágrimas Folha Sertaneja entrevista prefeito de Santa Brígida, Gordo de Raimundo Página 4 Valdemar Turpim João Zinclar Campelo

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Jornal Folha Sertaneja Ed n 107

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F U N D A D O R : A N T Ô N I O G A L D I N O

Paulo Afonso – Bahia • Edição de Janeiro • 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • Número 107O jornal da região do São Francisco • www.folhasertaneja.com.brR$ 3,00

Página 10

Editorial, Páginas 5, 6 e 8

Página 3

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Há 100 anos o empreendedoris-mo do cearense Delmiro Augus-to da Cruz Gouveia implantou um projeto de aproveitamento das águas do rio São Francisco, na Cachoeira de Paulo Afonso para gerar energia elétrica e dar uma nova vida ao Nordes-te. Políticos da época impedi-ram que seu sonho fosse mais longe e ele se limitou a levar energia elétrica e água encana-da para a localidade Pedra onde construiu um fábrica de linhas de cozer, da marca Estrela que cresceu tanto que incomodou sua concorrente inglesa. Mata-ram Delmiro quando ele estava em pleno vigor dos seus anos e pensando longe, porque já dei-xara várias marcas do seu pio-

neirismo na região. Tão impor-tante foi sua iniciativa em 1913 que a Chesf foi criada em 1948 e aproveitou a sua idéia para dar uma nova vida à região Nordes-te que escreve a sua história em dois capítulos bem distintos: o de antes e o de depois da Chesf. E tudo começou com Delmiro Gouveia e a pequena Usina Hi-drelétrica de Angiquinho, que teve as comemorações do seu centenário no dia 26 de janeiro de 2013 com o relançamento de livros que contam a história do pioneiro Delmiro Gouveia. (Leia mais em www.folhaserta-neja.com.br, em Regional e na Seção Especiais)

Luiz de Deus tomou posse na Câ-mara Federal onde concluirá os dois anos do mandato de ACM Neto. Prefeito de Paulo Afonso, Deputado Estadual quatro vezes, agora chega à Câmara Federal.

Luiz de Deus na Câmara Federal

O mês de Janeiro se apresentou trazendo alegrias e tristezas para os pauloafonsinos. Se, por outro lado, Ana Dulce re-apareceu por aqui, depois de 40 anos ausente e alegrou a muitos, quatro pessoas, três deles pio-neiros ches� anos, encerraram a sua caminhada por estas terras sertanejas.

Valdemar Júlio, presbítero emérito da 1ª IPPA, nos deixou aos 79 anos. Turpim Nóbrega, músico a vida toda, a ponto de escrever um livro sobre suas vivências nessa área, deixou mudo o seu saxofone e se foi, aos 82 anos. E todos ficamos ainda mais tristes sem a ale-gria de Campelo, o faz tudo,

que partiu aos 86 anos. Outro, que passou rapidamente por aqui mas deixou sua marca na defesa do rio São Francisco, foi o fotógrafo João Zinclar, mor-to em uma acidente no ônibus em que viajava.

Janeiro: sorrisos e lágrimas

Folha Sertaneja entrevista prefeito de Santa Brígida, Gordo de Raimundo

Página 4

Valdemar Turpim João ZinclarCampelo

22 Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

EDITORIALA história está morrendo... Desbancatológicas

As cidades, ao atingirem um determinado ápice de espalha-mento, com raríssimas exce-ções, sem ver nem que, se tor-nam lugares mórbidos, soturnos e lúgubres. Exagerei? Ler histó-ria tiraria do Leitor a impressão de que estou exagerando.

Onde é que existe a cidade ideal de siviver, aquela que não é mórbida (é positiva), não é so-turna (é alegre), não é lúgubre (é promissora)? Pode até existir, mas não pode crescer acima da categoria de cinqüenta / setenta mil habitantes. Assim mesmo, ouvimos e vemos que as maledi-cências e ausência de paz já in-vadiram os mais variados recan-tos outrora refúgios de lavagem do estresse. Por quê? O Leitor com a palavra.

Desde a antiguidade - bota antiguidade nisso! – passando pelos primórdios da cessação da ruralidade dos povos, viajando pela Idade Média, Era da Indus-trialização Século XIX e XX até nossos dias, cidades aumenta-das são zonas de produção de doenças físicas e de comporta-mento doentio do ser humano, além da deterioração dos espa-ços onde há vivente.

Um dado sobressai como provocador: o confi namento e o amontoado de proximidades des-gastantes nas relações. Criou-se um eufemismo sobre isso que também foi deteriorado: o ho-mem é um animal político (da po-lis: cidade em grego). Se assim é por que as cidades estão tão estranhamente problemáticas? Ou são os atos de seus habitan-tes que as tornaram estranhas e perturbadas?

O Leitor com a palavra e o pensamento refl exivo de lambu-ja. Desbanca o aconchego apra-zível, cata o grotesco e a defor-midade, ao tempo que enaltece a paz, a qualidade de vida.

Ache o denominador comum desta contradição tão dispare e surgirá algum discernimento, al-guma lógica, Leitor.

O problema não é só possuir beleza arquitetônica e infraes-trutura de soluções. Por entre tais ambivalências podemos vis-lumbrar que o comportamento derrotista e de azucrinação faz interface com a assombração do ter que assim mesmo viver num conformismo doentio.

Perfazer encantos e sosse-gos enlaçados no viver e não em morrer vitimado por atos aber-rantes, é quase impossível para um habitante de megalópoles.

Cidade hoje não é termo equi-valente ao vilarejo de ontem: amontada de casas, lugarzinho, povoado; pois o que vemos são metrópoles com megalomanias terrifi cantes e intratáveis, não mais conceituadas como cida-des. Monstros de sombras escu-sas: se árvores aterrorizam; se edifícios apunhalam; se ruas en-fartam; se praças tonteiam e em sons, cores, luzes e cheiros fan-tasmagóricos aniquilam os seres de ver e respirar. O que é isto?

A lógica de catar e desbancar o desejável do viver, não mais expressam o morar num espaço com nome conceitual para com-portamentos perceptíveis; é uma leitura que se pode fazer da mul-tidão que se move confi nada em ondas sem controle nas megaló-poles aterrorizantes.

Que saudade das fl orestas e dos medos que elas nos inspira-vam com sonhos de desbravado-res embasbacados!

As cidades quando crescem fi cam irreconhecíveis.

Gravatá-PE Outubro de 2009

Visão do Pátio da AABB

Folha Sertaneja errou:- O número da edição da Folha Sertaneja do mês de Dezem-bro de 2012 é 106 e não 105;- Na mesma edição, na matéria “CDL premia lojistas do Cen-tro e do BTN (pág 12), o nome do presidente da CDL foi digi-tado errado. O correto é Francisco Rodrigues Neto.

EXPEDIENTE

DiretorAntônio Galdino

Secretária de RedaçãoZenaide Salgado

Colaboradores desta ediçãoIvus Leal

DiagramaçãoAdmilson Gomes

FotosAntônio Galdino e Inho Ribeiro

ImpressãoEditora Fonte Viva

Rua da Concórdia, 555-B - Gal. Dutra - ChesfTel/fax: (75) 3282.0046 - CEP: 48607-240

Paulo Afonso - BahiaE-mail: [email protected]

Os textos assinados não representam necessariamentea opinião do jornal, sendo da responsabilidade dos seus autores.

Acesse nosso site: www.folhasertaneja.com.br

A história e a memória dos pionei-ros de Paulo Afonso estão morrendo a cada dia, mas ninguém parece se dar conta da importância disso.

Os que falam em dias melhores no futuro têm esquecido, ou isso não lhes foi ensinado nas universidades, que não se pode planejar o futuro sem ter um olhar no passado.

E o passado de Paulo Afonso tem pouca memória registrada.

A Chesf iniciou um projeto chama-do Chá da Memória e não deu a ele a continuidade anunciada na época.

Poucas ações de alguns abnega-dos, num verdadeiro esforço pessoal, resultaram em algumas publicações onde pioneiros e instituições são des-tacados para que as novas gerações conheçam um pouco destas raízes pauloafonsinas.

Foi o que fez Luiz Fernando Mot-ta Nascimento que escreveu o livro Paulo Afonso, Luz e Força Movendo o Nordeste. Euclides Batista escreveu Paulo Afonso, nós fi zemos essa histó-ria. Turpim Nóbrega registrou fatos pitorescos em relação à música e os músicos com quem conviveu durante décadas e, estimulado pela Galcom Comunicações e apoiado pela família publicou A Música e Eu.

Escrevi, em parceria com Sávio Mascarenhas, o livro Paulo Afonso – de pouso de boiadas a redenção do Nordeste, ainda em 1995. É a história

dos poderes Executivo e Legislativo deste município que mereceu indica-ção de livro paradidático do Ciepa, hoje Cetepi e, 18 anos depois, ainda grita por um patrocínio da segunda edição revista e atualizada.

Um projeto chamado Paulo Afonso – histórias e memórias de pioneiros, de minha autoria, que busca resgatar a memória de gente como Otaviano Le-andro de Morais, Abel Barbosa, Adau-to Pereira e outros prefeitos pioneiros de Paulo Afonso e outros pioneiros como D. Neide, diretora do Colepa, D. Etelinda, Enoch Pimentel Tourino e muitos outros que fi zeram a história da educação no município, vereadores como Diogo Andrade, Manoel Pe-reira Neto e tantos outros e institui-ções como o Ginásio e Colégio Pau-lo Afonso, dentre outras e empresas como a própria Chesf. Tem sido vã, até agora, essa luta. Tenho encontrado outras prioridades e outros interesses imediatos nas portas aonde bato. Não tem havido eco ao nosso grito.

E muitos daqueles que viveram a emoção de mudar a história do Nor-deste e ajudaram a transformar a For-quilha, a Vila Poty no município de Paulo Afonso, hoje com mais de 110 mil habitantes e até reconhecido pelo Ministério do Turismo como um dos 115 destinos turísticos do Brasil, já partiram e levaram consigo todo esse baú de memórias.

Só em janeiro de 2013 três des-ses pioneiros de Paulo Afonso nos deixaram. Turpim, que teve a mú-sica no sangue em sua caminhada, Valdemar Júlio, presbítero emérito da1ª Igreja Presbiteriana de Pau-lo Afonso, construtor de igrejas, que mereceu um espaço, ainda pequeno para a sua grandeza, no livro que publiquei em Agosto de 2011 sobre a história desta Igreja pioneira de Paulo Afonso e agora, Campelo, um homem de muitas ar-tes, cuja história mereceu páginas do livro de Luiz Fernando Motta (págs. 319 a 324) e uma página do jornal Folha Sertaneja, Nº 50, de 29/04/2008.

Com um esforço enorme e a per-sistência de uns poucos, entre os quais me incluo, e a tenacidade e determinação da Administradora da Chesf Diana Suassuna, construiu--se o Memorial Chesf que precisa de uma repaginação ignorada pela hidrelétrica.

O município de Paulo Afonso chega aos 55 anos sem um espaço onde se poderia contar a sua his-tória, dos seus pioneiros, através de imagens e paisagens históricas associando-se o passado histórico à tecnologia futurista.

Enquanto pouco se valoriza estas raízes, a história e a memória estão morrendo...

No dia 20 de dezembro, estreou em Paulo Afonso mais um projeto de uma TV online com o objetivo de produzir uma grade de programação do interesse de toda a região.

É a ITV Regional, que começou com o programa de entretenimento “Okimassa”, que tem como proposta divulgar a cultura e as belezas natu-rais da nossa região.

O programa já está na sua sétima edição e vem apresentando índices de audiência animadores, o que motivou a direção da TV a estrear o seu novo programa, chamado “Na Pauta”.

Este é um noticiário semanal, que abordará temas de interesse da nossa comunidade, além de trazer um resumo das notícias que mar-caram a semana, tudo com a par-ticipação de especialistas e convi-dados.

A produção da ITV Regional de-cidiu abrir o programa com uma série de reportagens focando a co-municação em Paulo Afonso, de suas várias formas, começando pela mídia impressa e escolheu o Profes-sor Antônio Galdino, diretor do jor-nal Folha Sertaneja para falar sobre esse tema.

A gravação dos depoimentos do prof. Galdino, que lembrou do JOPA, o pri-meiro jornal de Paulo Afonso e de ou-tras publicações, algumas de sua própria iniciativa, como o Jornal Paulo Afonso e o Jornal Evangélico, ambos de curta duração até as publicações mais recen-tes e das difi culdades para se manter um jornal impresso em Paulo Afonso, aconteceu no dia 30 de Janeiro, na Gal-com Comunicações/Folha Sertaneja e o programa está previsto para ir ao ar na segunda-feira de carnaval, dia 11 de Fe-vereiro, pelo site www.itvregional.com.

Todos da equipe da ITV Regional, Werlla e Inho Ribeiro e Zenek Kowalki e ainda os apresentadores de Na Pauta, Wallace Ribeiro, Cristiane Guimarães e Maria Luíza Farias estão empolgados com esse novo projeto de comunicação em Paulo Afonso.

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Depois do sucesso de Okimassa,ITV Regional lança “Na Pauta”.

(Da esq: Wallace, Luiza, Galdino, Cristiane e Zenek, na sede da Folha Sertaneja)

33Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

Luiz de Deus é o mais novo integrante da bancada baiana na Câmara Federal, ao tomar posse como suplente de ACM Neto, eleito prefeito de Salva-

dor no último pleito. Com ex-periência de mais de 20 anos na vida política, o deputado já pensa sobre os futuros proje-tos que pretende encaminhar, entre eles o que visa estender os efeitos da lei da “ficha lim-pa” aos parentes de primeiro grau do político condenado. A cerimônia de posse aconteceu hoje, dia 03, às 15hs, em Bra-sília, com a presença do pre-feito reeleito do município de Paulo Afonso, Anilton Bastos.

Apesar de recém-empos-sado, o deputado já defende alguns dos seus futuros proje-tos. Um deles propõe estender os efeitos da lei da “ficha lim-pa” aos parentes de primeiro

grau do político considerado “ficha suja”. Ele explica di-zendo que hoje “o sujeito que não pode mais se candidatar, elege o pai, a esposa ou um filho e vai ser, por exemplo, secretário de finanças”.

Outro projeto prevê reduzir o intervalo de três meses entre o resultado de uma eleição do executivo e a posse do candi-dato eleito. Para o deputado, esse tempo é prejudicial aos municípios, estados e federa-ção, por isso deve ser reduzi-do para 15 dias, como aconte-ce em outros países.

Natural de Serrão, interior de Sergipe, foi na Bahia que Luiz de Deus formou-se em

medicina e iniciou a sua car-reira política. Ele foi prefeito de Paulo Afonso de 1989 a 1992, dando prioridade às áre-as de saúde e educação. Como resultado de uma gestão com ampla aprovação popular, ele foi eleito deputado estadual quatro vezes consecutivas, representando Paulo Afonso e região na Assembleia Le-gislativa da Bahia, de 1995 a 2011. Em 2010, ele se lançou candidato a deputado federal e obteve 53.351 votos, sendo o sétimo mais votado do parti-do Democratas, ficando como suplente por apenas 269 votos.

(Fonte: Assessoria de Comunicação do deputado federal Luiz de Deus)

Luiz de Deus assume como deputado federal e propõe mais rigor na lei da “ficha limpa”

Mais rigor à Lei da Ficha Limpa e redução do tempo entre a eleição e posse,como disse à Folha Sertaneja em Outubro/2012, são projetos de Luiz de Deus na Câmara Federal

O recém empossado de-putado federal Luiz de Deus (DEM) prestou a sua home-nagem ao município baiano de Glória, que comemora 126 anos de emancipação política, comemorado no dia 07 deste mês. Através de um requeri-mento, ele irá registrar na Câ-mara Federal a passagem do aniversário da cidade, situada no Vale do São Francisco, a 446 quilômetros da capital.

Glória fica no norte do es-tado, na divisa com Pernam-buco e Alagoas, e tem como principal atividade econômi-ca a agricultura. Com pouco mais de 15 mil habitantes, o município reserva atrativos como praias fluviais com du-nas de areia branca, serras cobertas com a vegetação própria da caatinga, além de trilhas ecológicas e agrovilas,

onde é possível visitar proje-tos agrícolas irrigados com as águas do Rio São Francisco.

O município também é conhecido por seus festejos populares e religiosos, como a Via Sacra, que acontece na Serra do Retiro, no domingo de Ramos, uma semana an-tes da Páscoa, além das fes-tas de Santo Rei, São Pedro e Santo Antônio, o padroeiro da cidade.

“Glória é um município repleto de encantos naturais, habitado por pessoas traba-lhadoras e hospitaleiras, e com grande potencial de de-senvolvimento”, disse o de-putado Luiz de Deus, que co-nhece a fundo aquela região da Bahia, ao parabenizar a população e a cidade.

Deputado Luiz de Deushomenageia município de Glória

(Assessoria de Comunicação do deputado federal Luiz de Deus)

Prefeitos da Associação de Prefeitos do Sertão Baiano – APSB – estiveram reunidos no Auditório Edson Teixeira, em Paulo Afonso, na tarde desta segunda-feira, 21, para elegerem a nova diretora des-ta Associação para os próxi-mos dois anos - 2013/2014.

Estavam presentes os pre-feitos Vanderley Santana, de Antas, vice-prefeito Florisval Nunes que representou o pre-feito José Idelfonso Borges, do município de Fátima, Anilton Bastos, de Paulo Afonso, Ri-cardo Maia, de Ribeira de Pom-bal, Rita Campos, de Chorro-chó, Emanuel Rodrigues, de Rodelas, Patrícia Nascimento, de Banzaê, Humbento Gomes, ex-prefeito de Chorrochó, Ena Vilma, de Glória e Idelfonso Andrade, de Heliópolis, que formaram a mesa diretora dos trabalhos que foram coordena-dos pelo Secretário da APSB, Erivelto Benzota.

O ex-prefeito de Chorro-chó, Humberto Gomes, atual presidente desta associação de prefeitos dirigiu a reunião e anunciou que foi apresenta-da apenas uma chapa para a nova diretoria da APSB que foi eleita por unanimidade e ficou assim constituída:

Presidente – Emanuel Ro-drigues – prefeito de Rodelas;

Vice-presidente –Ena Vil-ma Negromonte, - prefeita de Glória;

1ª Secretária – Rita Cam-pos – prefeita de Chorrochó;

2º Secretário – Ricardo Maia – prefeito de Ribeira do Pombal;

Tesoureiro – José Idelfon-so B. dos Santos (Nego de Pe-drinho) – prefeito de Fátima.

Em seu pronunciamento o ex-presidente da APSB, Hum-berto Gomes, também ex-pre-feito de Chorrochó, falou de algumas conquistas desta As-sociação, “como a criação da Polícia da Caatinga que ocor-reu logo depois da criação da APSB, quando era seu presi-dente o ex-prefeito de Pau-lo Afonso, Paulo de Deus”. Humberto disse que “um dos projetos que devem unir todos os prefeitos da APSB é a con-clusão da BA-210, que está

deixando o município de Pau-lo Afonso isolado do restante da região norte do Estado”.

Esse também foi assunto abordado pela prefeita Rita Campos, sucessora de Hum-berto ao dizer “não é mais ad-missível que para se chegar a Paulo Afonso, vindo de Chor-rochó, tenhamos que trafegar grande trecho do Estado de Pernambuco, outro trecho do Estado de Alagoas , cruzar o rio São Francisco duas ve-zes, para chegar de novo na Bahia, na mesma margem do rio São Francisco, porque pelo nosso estado não se tem como viajar pela BA-210”.

Emanuel Rodrigues tam-bém falou das dificuldades de tráfego da BA-210 “cujo esta-do muito precário começou à cerca de 15 anos” Disse ainda Emanuel: “ontem o Fantásti-co, da Rede Globo, apresen-tou uma grande reportagem mostrando o atraso das obras

de transposição do rio São Francisco e a situação de pe-núria, a tristeza dos sertanejos perdendo tudo com a estiagem prolongada que continua mui-to forte nesse ano de 2013. Têm acontecido algumas chu-vas em uns lugares, em outros, nada e aquela paisagem, os animais morrendo por falta de alimentação e água, que certamente chocou o Brasil, é paisagem comum a nós prefei-tos do semiárido brasileiro”.

O novo presidente da APSB falou das prioridades de sua gestão. “A BA-210, a convi-vência com a seca, a luta para melhorar a condição de vida dos moradores destes muni-cípios vão ser prioridades da nossa gestão, mas estaremos vendo também com os cole-gas prefeitos dos outros mu-nicípios quais são também as suas prioridades e vamos buscar a união de todos para que a nossa Associação seja

forte e encontre solução para os nossos problemas”.

O prefeito Emanuel comu-nicou que na quarta-feira, dia 23, estará acontecendo em Salvador a eleição da nova diretoria da UPB, União dos Prefeitos da Bahia e “ali es-tarei como representante da APSB concorrendo a um dos cargos na chapa encabeçada pela Prefeita Quitéria, assegu-rando um lugar para esta As-sociação neste importante fó-rum dos municípios baianos.

Também foram oradores o prefeito Anilton Bastos, de Paulo Afonso, Ena Vilma, de Glória. Ricardo Maia, de Ribei-ra do Pombal e Vanderley San-tana, de Antas todos solidários ao novo presidente na luta para o fortalecimento da APSB.

Ao final da reunião foi aprovada por todos a data de 1º de Março para a posse da nova diretoria, que acontecerá na cidade de Rodelas.

Emanuel Rodrigues, prefeito de Rodelas, é o novo presidente da APSB

A APSB – Associação dos Prefeitos do Sertão Baiano – foi criada em 22 de Março de 2001 e teve como primeiro presiden-te o então prefeito de Pau-lo Afonso, Paulo Barbosa de Deus. Em Fevereiro de 2004 a APSB era formada por 23 municípios, dentre eles o município de Uauá que não faz mais parte des-sa Associação. Atualmente são 22 municípios mas, com o retorno de Nova Triunfo e Sítio do Quinto e a chegada de Nova Soure e Itapicuru, o prefeito Emanuel Rodrigues vai administrar uma associa-ção com 24 municípios onde vivem 555.105 habitantes, segundo dados do IBGE (es-timativa de população para 2012), dos quais cerca de 340 mil são eleitores.

A área de abrangência da APSB é de cerca de 80 mil

quilômetros quadrados e cerca de 58% de sua popu-lação vive na zona rural dos municípios, devastada pela longa estiagem. A taxa de desenvolvimento humano – IDH-M – da região é de cer-ca de 0,600.

São estes os municípios membros da APSB: Abaré, Adustina, Antas, Banzaê,

Chorrochó, Cícero Dantas, Cipó, Coronel João Sá, Fá-tima, Glória, Heliópolis, Itapicuru, Jeremoabo, Ma-cururé, Nova Soure, Novo Triunfo, Paripiranga, Pau-lo Afonso, Pedro Alexan-dre, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Rode-las, Santa Brígida e Sítio do Quinto.

Emanuel Rodrigues Fer-reira, nasceu no dia 31 de agosto de 1966 em Paulo Afonso, Bahia. É filho de Altamirando Moura Ferrei-ra, natural de Rodelas e Ma-ria Estela Rodrigues Ferrei-ra, natural de Abaré. Morou em Glória, Rodelas, Abaré e em Salvador, onde concluiu o Ensino Médio. Trabalhou desde os 14 até os 21 anos como Contínuo em uma Rede Bancária em Salvador. Fez Curso de Agronomia na Universidade Federal da Bahia, em Cruz das Al-mas. Participou do Diretó-

rio Acadêmico na Escola de Agronomia, onde surgiu seu interesse pela Política. Trabalhou 14 anos fazendo Projetos de Irrigação para a CODEVASF. Foi um dos fundadores do PT em Abaré. Em 2008 foi eleito Prefeito de Rodelas pela coligação PC do B/PT.

Candidatou-se à reeleição, sendo reeleito Prefeito de Rodelas em outubro de 2012.

No dia 21 de janeiro de 2013 foi eleito Presidente da APSB – Associação dos Pre-feitos do Sertão Baiano, biê-nio 2013/14. E em 23 de ja-

neiro de 2013 foi eleito como um dos Membros Titulares da nova Diretoria da UPB – União dos Municípios da Bahia, biênio 2013/2014.

Nestes dois órgãos pro-mete lutar para reformar a BA-210, melhorar a segu-rança nas estradas, conseguir obras para convivência com a seca, através de parcerias com o Governo Estadual, o Governo Federal e empresas privadas e a construção de um Hospital Regional para melhor atender a população de nossa Região, são alguns dos seus objetivos.

A APSB e os seus municípios membros Pauloafonsino Emanuel Rodriguesé prefeito de Rodelas, presidente da APSB

e membro da diretoria da UPB

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Prefeitos e prefeitas do Sertão Baiano (APSB)

44 Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

Ser prefeito de Santa Brígi-da é um desejo antigo?

Gordo de Raimundo - Meu pai, Raimundo, foi prefeito na década de 70 e a minha casa era frequentada por muitos po-líticos que lutavam pela rede-mocratização do Brasil. Meu pai apoiou o PMDB liderado por Ulisses Guimarães e Val-dir Pires. Quando meu pai essa faleceu senti que precisava me preparar porque também que-ria ajudar no desenvolvimento de Santa Brígid. Fui estudar em Aracaju, onde me formei em Engenheiro Agrônomo e

Mestre em Desenvolvimen-to. Em 2001, retornei a Santa Brígida onde fui Secretário de Agricultura e depois fui Secretário de Administração na primeira Gestão de Padre Teles. Concursado pelo Esta-do, voltei para Aracaju, mas nunca perdi o interesse de ad-ministrar a minha cidade, pois sempre acreditei que tenho muito a contribuir para o seu desenvolvimento.

Como vê a administração de Santa Brígida nos últimos anos?

Gordo de Raimundo - Eu fiz parte da primeira gestão do Padre Teles e me afastei da prefeitura em julho de 2006, ou seja, acompanhei o primei-ro governo de Padre Teles mas não fiz parte da última admi-nistração municipal. Acredito que o Padre Teles deu a con-tribuição dele a Santa Brígi-da. Hoje, o município está diferente, a cidade cresceu, se desenvolveu, mas, claro que ninguém consegue resolver to-dos os problemas e essa tam-bém não será minha pretensão. Acho que teve falhas nas áreas de saúde e ação social e por

isso que eu entrei na política pois quando estamos de fora a visão é de tentar consertar. Não sei quais os motivos que levaram o prefeito Teles a sair da prefeitura de Santa Brígida e não tenho contato com ele para saber disso, mais acredito que a contribuição que ele deu, as pessoas não reconhecem e sabem mais apontar os erros.

Que projetos tem para me-lhorar a qualidade de vida dos cidadãos de Santa Brígi-da em sua gestão?

Gordo de Raimundo - Es-tou correndo atrás de recursos para o município, para fazer uma administração que possa alavancar o desenvolvimento, e sabendo disso fui atrás dos deputados que contribuíram para a minha vitória na cam-panha, em Salvador e Brasília. Já consegui com o deputado Josias Gomes R$ 1 milhão de reais em emendas, mas como a prefeitura está inadimplente, não poderemos receber todo esse recurso.

Vamos avaliar os números da atual gestão e, ao assumir em Janeiro, direcionar ações para que os moradores sejam

os beneficiários do nosso tra-balho em Santa Brígida.

O que pretende fazer para melhorar o abastecimento de água no município?

Gordo de Raimundo – Essa é uma questão muito séria que tem me preocupado bastante, o problema da seca, da prolon-gada estiagem porque os po-ços artesianos produzem uma água bastante salobra. A adu-tora que abastece Santa Brígi-da, hoje já não dá conta de le-var água para a cidade, então, esse é um problema grave que nós vamos ter que enfrentar. Em curto prazo precisamos reativar os poços que estão de-sativados, e vamos continuar o abastecimento com carro pipa, até porque a seca está ai e vai continuar e as previsões não são animadoras. Há ainda um grande projeto, que não é meu, e depende de recursos, que é uma nova adutora saindo de Paulo Afonso até o entronca-mento do povoado Riacho, se-guindo pela BR-110 até o Km 40 e de lá para Santa Brígida.

E na área da saúde?Gordo de Raimundo – Ali,

faltou gestão e recursos. San-ta Brígida possui 5 PSF. Que-remos manter o que já existe e ampliar para aumentar a nos-sa cobertura. Estamos traba-lhando para colocar médicos de plantão nos finais de sema-na, obviamente tudo isso vai depender da quantidade de recursos que nós iremos ter. Queremos aumentar a verba da saúde, de 16% para 17%, o que já assegura mais recur-sos e vamos atender melhor a população.

Estaremos investindo nas equipes dos PSF, para que es-tes postos não se transformem em ambulatórios, até porque a finalidade é outra. E estamos trabalhando também na possi-bilidade de reativar o laborató-rio que fica no Posto de Saúde para que os exames solicitados sejam feitos e os resultados se-jam imediatos. Eu quero aca-bar com essa história de tudo se resolver em Paulo Afonso.

Como fica sua equipe de governo? Mantém as mesmas secretarias?

Gordo de Raimundo – Hoje nós temos seis Secretarias em Santa Brígida Eu estou crian-

do mais duas, que são: de Pla-nejamento e outra de Cultura e Turismo. Essa Secretária de Turismo servirá para alavan-car o nosso potencial turístico da cidade, até porque eu vou investir no Turismo Religioso e na Cultura. Já a outra pasta, de Planejamento, servirá para acompanhar a gestão e planejar a cidade, além de acompanhar o orçamento. A minha equipe de governo está assim formada:Vice-prefeito: Cirineu Teixei-ra de Souza, Chefe de Gabinete: Marivônia Marques da Silva Alves, Procurador Jurídico: Thiago Morais Duarte Miranda,Controlador Geral: Maria do Carmo de Lima, Sec. de Administração e Finan-ças: Nilson Pereira da Silva, Sec. de Saúde: Nívia Fabiana da Silva, Sec. de Educação: Alcivandes Santos Santana, Sec. de Cultura e Turismo: Edson Manoel de Araújo, Sec. de Desenvolvimento So-cial: Sônia Maria de Sá, Sec. de Infraestrutura: Isaque Cordeiro Costa, Sec. de Agricultura: Eleuzina Oliveira Silva.

Novo prefeito de Santa Brígida, Gordo de Raimundo, fala à Folha SertanejaNo final de Dezembro, quando concluía o trabalho de transição e se preparava para assumir a prefeitura de Santa Brígida, o prefeito Carlos Clériston, conhecido como Gordo de Raimundo, esteve na Folha Sertaneja

onde concedeu entrevista ao diretor do jornal, Prof. Antônio Galdino. No início de Janeiro, o prefeito completou a entrevista com a informação dos nomes dos seus secretários que não estavam ainda definidos.

A primeira sessão da Câ-mara de Vereadores de Paulo Afonso só será realizada no dia 18 de Fevereiro e é uma sessão solene. Somente na sessão se-guinte serão votados os reque-rimentos e outros documentos produzidos pelos vereadores.

Mas o vereador Mano-el Messias, conhecido como Manoel Carreira decidiu levar a sério o apelido que ganhou pela sua agilidade quando era jogador de futebol e vem cor-rendo na frente para atender aos moradores dos bairros Centenário, Senhor do Bonfim I e II e Sal Torrado.

Seus assessores Gilmar e Bergson estiveram na Fo-lha Sertaneja mostrando que Manoel Carreira já preparou 9 requerimentos ao Prefeito Anilton Bastos, que é do seu partido, o PDT e um ofício ao Secretário de Serviços Públicos Zorobabel Paiva, que já está sendo atendido, pedindo algumas ações no Bairro Centenário.

Entre os requerimentos que serão encaminhados para a aprovação do plená-rio da Câmara estão a Cons-trução de uma Praça, a volta do policiamento, a instalação de equipamentos para exer-cício (Academia ao ar livre), melhoria dos alambrados e colocação de refletores na quadra, a conclusão da obra de drenagem e pavimentação das ruas Da Paz, Manaus e Noé Pereira e uma extensão da Escola de Solda Elétrica, no Bairro Centenário. Nesse ritmo, Carreira vai longe...

Manoel Carreira saiu na frenteDrª. Socorro Rolim toma posse como

presidente da OAB/Paulo Afonso

O auditório do Memorial Chesf em Paulo Afonso rece-beu grande público, no dia 30 de Janeiro de 2013, na sole-nidade de posse da Dra. Maria do Socorro Leite Rolim e dos demais diretores da Ordem dos Advogados do Brasil, Subse-ção de Paulo Afonso, eleitos em 22 de Novembro de 2012 para o triênio 01/01/2013 a 31/12/2015

Foi numa solenidade leve, com muitas músicas e em um clima de bom humor e des-contração que ali estavam os juízes Gualtenberg Luna Bas-tos, Diretor do Fórum Adau-to Pereira de Souza, Rosalino Dantas Almeida, da Vara Cível e Cláudio dos Santos Pantoja, da Vara Crime da Comarca de Paulo Afonso, os promotores Leonardo Bitencourt e Milane Tavares.

De Salvador, veio Dra. Ilana Campos, Secretária Geral da Seccional da OAB da Bahia, representando o presidente estadual, Dr. Luiz Viana, para empossar a nova diretoria de Paulo Afonso.

Dezenas de advogados e advogadas de Paulo Afonso e de municípios da jurisdição da OAB/Paulo Afonso, além

de serventuários da justiça e familiares dos eleitos também comparecem.

O Hino Nacional Brasileiro foi cantado por Carmem Re-jane, acompanhada ao violão pelo músico, cantor e com-positor Ropiário Júnior que interpretaram várias músicas, de temática cristã ou popular brasileira, intercaladas entre os discursos.

Ainda na abertura, o Advo-gado e Pastor Numeriano Gil-son apresentou uma pequena reflexão.

Dra. Ilana Campos, ao dar posse aos novos diretores da OAB/Paulo Afonso agradeceu a expressiva votação que os advogados de Paulo Afonso deram ao Dr. Luiz Viana, na OAB Estadual “o que certa-mente contribuiu bastante para a sua eleição no Estado”.

Dra. Ilana deu posse a Dra. Socorro Rolim na presidência da OAB de Paulo Afonso as-sim como aos demais diretores: Dra. Eça Catherine, vice-pre-sidente, Dr. Jadson Oliveira, Secretário Geral, Dr. Aldemir Marinho, Secretário Adjunto e Dra. Ediane Araújo, Tesourei-ra e colocou a OAB da Bahia

à disposição desta instituição regional.

Dr. Gualtemberg pediu li-cença a todos para se dirigir à nova presidente da OAB/PA como “minha querida irmã na fé, Dra. Socorro Rolim, a quem formulo os mais amplos votos de pleno sucesso na sua gestão e nos colocamos à disposição da prezada colega, operadora do direito, nesta sua caminha-da”. Ambos são evangélicos atuantes em Paulo Afonso.

Tanto o Dr. Leonardo, como a Dra. Milena, promotores pú-blicos, ressaltaram as qualida-des da nova presidente e a sua experiência de muitos anos à frente do Juizado Especial, chamado antes de Pequenas Causas.

Dra. Eça Catherine, eleita vice-presidente com a Dra. Socorro, usou da palavra para dizer aos advogados “que esta diretoria não é da chapa da Dra. Socorro Rolim. É da OAB de Paulo Afonso, de to-dos nós e a disputa se encer-rou quando o pleito foi con-cluído. Sabemos que teremos muito o que fazer e vamos pre-cisar de cada um e de todos para que logremos êxitos nos nossos planos e projetos. Es-tamos felizes porque sabemos que poderemos contar com cada colega, membro desta Subseção da OAB sediada em Paulo Afonso”.

Quem também arrancou demorados aplausos foi o Dr. Antônio Martins, de oratória fluente e eloquente, lembrando muito o seu cunhado Adauto Pereira de Souza, ex-prefeito de Paulo Afonso que dá nome ao Fórum da cidade.

Antônio Martins também ressaltou as qualidades da nova presidente da OAB e dos seus diretores e pediu à representan-te do Dr. Luiz Viana “que leve a ele, por favor, o recado de todos os advogados desta OAB do sertão, que não só ficamos muito felizes com a sua eleição para esta instituição no Estado como estamos todos ansiosos por uma visita deste grande advogado e político da Bahia e são poucos os que a ele podem ser comparados”.

Dra. Socorro Rolim, em seu discurso disse que “o que tenho que dizer agora, são palavras de agradecimento, a cada um membro desta chapa vitoriosa, pelo empenho e dedicação e a tantos outros que, embora não concorressem como membros da chapa tomaram sob seus ombros o trabalho intenso que nos permitiu chegar até aqui.”

E continuou a nova presi-dente da OAB/Paulo Afonso. Não posso deixar de agradecer a cada um da minha família e das famílias dos meus colegas eleitos e aos muitos, gente qua-se anônima que me procurava com uma palavra de incentivo

e de confiança dizendo: “Dou-tora, estamos orando pela sua eleição”.

“Tenho uma palavra para cada colega advogado desta Subseção. Aos que votaram em nossa chapa e aos que fi-zeram oposição a ela. Agora, meus amigos, encerrou-se a disputa. Cumpriu-se tudo o que a legislação orienta e determina para o exercício democrático da escolha. E, como disse a Dra. Eça, so-mos agora um só corpo, uma só unidade e precisamos ter consciência de que é esta uni-dade que nos fará mais for-tes e prontos para vencer as muitas lutas que teremos pela frente. Deposito a minha fé no meu Deus e a confiança de que teremos, eu e cada um destes diretores, a compreensão, o apoio, de cada um, não para esta diretoria, mas para esta instituição, a Subseção da OAB de Paulo Afonso. É nessa confiança, nesta expectativa que agradeço a cada um pelo apoio todo o tempo e pela pre-sença maciça neste auditório o que aumenta ainda mais a nossa responsabilidade”.

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Drs. Jadson, Ediane, Socorro Rolim, Eça Catherine e Aldemir.Ao centro, de vermelho, Dra. Ilana Campos

55Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

Av. Landulfo Alves, 276 | Centro | Paulo Afonso-BA | Tel.: (75)3281.3030 E-mail: [email protected]

Deus levou para o seu aprisco o Presbítero Emérito Valdemar Júlio dos Santos, da 1ª Igreja Presbiteriana de Paulo Afonso, onde foi mestre de obras todo o tempo nesta Igreja, desde os eus tempos de Congregação, sendo um dos seus pilares.

Pernambucano de Buíque, ele chegou a Paulo Afonso no início das obras da Chesf onde trabalhou por uns anos mas decidiu ir para Minas Gerais. Ali, trabalhou em Ipatinga

até outubro de1964, quando retornou a Paulo Afonso e foi novamente trabalhar na hidrelétrica.

Mestre na área de hidráulica, entendia tudo de encanamen-tos e sempre foi mui-to respeitado pela qualidade profissio-nal dos seus serviços que sempre colocou à disposição das obras da igreja em todos os momentos em que se fez neces-sária uma constru-ção, uma ampliação, uma reforma.

Valdemar Júlio foi, lite-ralmente, um construtor de Igrejas e um pregador nato do Evangelho. No dia 9 de maio de 1965, foi batizado na Con-gregação Presbiteriana pelo Pastor Hercílio Araújo.

Em fevereiro de 1968, já na gestão do Pastor Marcelo Tito foi por este pastor indicado para fazer parte da Junta Ad-ministrativa da Congregação Presbiteriana de Paulo Afon-so, ao lado de Elias Florenti-

no, Severino Araújo e Athay-de José dos Santos.

Participou da construção do templo da 1ª IPPA, na Rua Duque de Caxias, desde a escavação dos seus alicer-ces, assim como os prédios anexos, as ampliações, a construção da Igreja de Ita-parica e mais recentemente, as construções no Acampa-mento Besteda. “Falou em construção, chama o irmão Valdemar!”

Na organização da Igreja Presbiteriana de Paulo Afon-so, em 13 de abril de 1974, Valdemar Júlio foi eleito e ordenado presbítero, ao lado dos também pioneiros Elias, Athayde e Severino Araújo, os primeiros da história da Igreja.

Quando a Chesf iniciou a Barragem e a Usina de Ita-parica, hoje Luiz Gonzaga, em Petrolândia Valdemar Júlio foi transferido para ali e à noite, nas folgas do tra-balho, domingos e feriados participou da construção da Igreja Presbiteriana de Ita-parica, inaugurada no dia 13 de setembro de 1986.

Terminada a obra de Itapa-rica, o Presbítero Valdemar retornou a Paulo Afonso e continuou muito atuante re-cebendo o título de Presbítero Emérito pelos muitos serviços prestados à Igreja.

Exerceu todos os cargos da Igreja. Foi presidente da União Presbiteriana de Homens – UPH, conselheiro de vários departamentos, atuou na Es-cola Bíblica Dominical, foi re-presente do Conselho da Igreja junto ao presbitério a quem a 1ª IPPA está ligada. Vida inten-sa a serviço do Evangelho.

Os pastores jovens, for-mados com o apoio da Igreja Presbiteriana de Paulo Afon-so como Antônio Lisboa, Fá-bio Bernardo, Edvam Gomes, sempre tiveram o presbítero Valdemar como um pai, tal o seu cuidado com estes jovens que saíram da União de Moci-dade da Igreja para os seminá-rios e hoje pastoreiam grandes igrejas no Nordeste.

Assim também o conside-rava o genro Silas Júnior que disse: “eu entrei para esta fa-mília maravilhosa como um enxerto em uma planta. Ali

encontrei a o alimento espiri-tual que me levou a fazer o se-minário para ser também um pastor presbiteriano. Para ele, eu não era um genro mas um verdadeiro filho”.

Sobre ele assim falou o também presbítero José Ba-tista: “trabalhamos juntos e ele sempre me evangelizava até que aceitei o Senhor Jesus como meu Senhor e Salvador e, após a minha conversão, ele ia duas, três vezes por semana, me visitar, adubar a semente”.

O pastor Cornélio Gon-zaga, que foi pastor da 1ª IPPA disse “na minha ges-tão à frente desta Igreja por

6 anos, de Janeiro de 1994 a Dezembro de 1999, encon-trei no irmão Valdemar todo o apoio de que precisei para administrar esta Igreja. Ele foi o exemplo de vida para os pastores e todos os membros desta Igreja Presbiteriana, assim como a 2ª IPPA, a IP de Itaparica, as congrega-ções e departamentos”.

Aos 79 anos, idade que não aparentava, no dia 16 de Janeiro de 2013, o coração decidiu interromper a cami-nhada do Presbítero Emérito Valdemar Júlio dos Santos e “ele foi descansar junto ao Senhor Jesus”.

(G1) “Morreu na madru-gada deste sábado (19), após acidente entre um ônibus e caminhão na BR-101, em Campos dos Goytacazes (RJ), o fotógrafo João Zinclar Lima Silva. Segundo a Polícia Mi-litar, o acidente ocorreu por volta das 3h30 e o coletivo transportava 20 passageiros do Espírito Santo para o Rio de Janeiro”.

A notícia da morte de João Zinclar, trouxe à memória de muitos da região como Valda, da Agendha, professor Juracy Marques, da Uneb, Alzeni Tomaz do LAPEC/NECTAS e muitos outros que convive-ram com ele, o seu trabalho documentando e defendendo o rio São Francisco.

Como repórter fotográfico, contou histórias de gente e de paisagens com riqueza de detalhes digna de grandes ar-tistas mas com a coerência da crítica, da chamada à reflexão, de uma forma de luta diferen-te, sob a ótica de suas lentes fotográficas, denunciando os desmandos que o homem tem feito na agressão ao rio que tudo dá para o desenvol-

vimento de toda a região do Vale do São Francisco - ener-gia elétrica, culturas irrigadas, turismo-. Sempre com a fir-meza e a humildade dos sim-ples, na sua genialidade.

Não bastasse a força das suas fotos, retrato vivo de uma nação ribeirinha do São Francisco, o livro O Rio São Francisco e as Águas do Sertão, ainda con-tou com textos vigorosos de mais de vinte defensores instransigentes deste rio, o único totalmente brasileiro, como Alder Júlio, João Ab-ner Guimarães, Frei D. Luiz Cáppio, Luciana Khoury.

A agressão ao rio São Fran-cisco e a sua transposição à força, tema da dissertação de mestrado da minha equipe na ADESG, não saem da mídia nacional, como registrou o Fantástico, da Rede Globo, no domingo, dia 20 de Janeiro.

Zinclar registra, em seu li-vro documentário, vários pro-testos e atos religiosos con-tra a transposição do rio São Francisco.

Lançado em Paulo Afon-so, no dia 15 de Dezembro de 2010, na Praça das Manguei-ras, em frente à Sala dos Vi-sitantes da Chesf onde acon-tecia um evento - A Bodega - promovido pela Agendha. ali estavam o prefeito de Pau-lo Afonso, Anilton Bastos, o Secretario de Turismo e Cul-tura da época, Jânio Soares, Valda Aroucha, Maurício, mulheres e homens catinguei-ros do projeto Bodega – Pro-dutos da Sociobiodiversidade, Alzeni Tomaz, coordenado-ra da LAPEC/NECTAS, um programa da UNEB e jovens que fizeram encenação com fotos do livro e nele baseados. Ali também estavam os escri-

tores Antônio Galdino, João de Souza Lima, Roberto Ri-cardo, da Academia de Letras de Paulo Afonso. Teve músi-ca com a Banda Musical da Prefeitura e a cantora Lorena Lima. Foi uma noite cultural, e um convite à reflexão, a do lançamento do livro de João Zinclar.

O livro é um documento riquíssimo que impressiona desde a sua apresentação grá-fica. São mais de 320 páginas no formato álbum, com 31cm X 21cm. Em papel couchê 240, tem mais de 300 fotos e excelentes textos de vários autores. A tiragem foi de ape-nas 1.000 exemplares, o que a torna uma obra rara, certa-mente já esgotada.

E, se impressiona pela apresentação gráfica, maior ainda é o impacto das men-sagens e das centenas de fo-tos internas. Realmente, uma preciosidade, uma obra de arte, enriquecida pelo con-teúdo e mensagem temática que aborda, que é a de amor intenso ao rio São Francisco.

Para compor esta obra ele percorreu “mais de 10

mil quilômetros em oito estados (MG, BA, PE, AL, SE, PB, RN e CE) de 2005 a 2010, sozinho ou acompanhado de profissionais jor-nalistas”.

Veja o rela-to do fotógrafo ao clicar cenários de Pau-lo Afonso, no Nordeste da Bahia: “Em Paulo Afonso a tentativa de controlar a for-ça da natureza fez erguer um complexo hidrelétrico que provocou intensas mudanças no ecossistema, o ambiente foi profundamente afetado. As antigas e belas quedas d`águas foram alteradas e vertem apenas de modo con-trolado. Mesmo assim, os paredões do Cânion do Ve-lho Chico, que se estendem até Piranhas – AL e Canin-dé do São Francisco – SE, constituem um cenário de rara beleza.”

Na sua dedicatória ao Prof. Galdino, a simplicidade que só se encontra nos gênios e nos humildes: “Ao compa-

nheiro de comunicação e de imagem, receba esse ensaio fotográfico em defesa do Ve-lho Chico. Galdino, um gran-de abraço. 15-12/2010 - João Zinclar”.

O rio São Francisco perdeu um guerreiro. Os que amam o rio estão chorando.

Morre o Presbítero Emérito da Igreja Presbiteriana, Valdemar Júlio dos Santos

Acidente mata João Zinclar, o fotógrafo defensor do São Francisco

66 Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

Turpim Nóbrega, paraibano de Livramento, onde nasceu em 6 de abril e 1930, corria, na hiperatividade que movia sua vida, para comemorar 83 anos neste 2013. Faltando tão pouco, o coração impediu o restante da caminhada...

Em 1953 ele começou a trabalhar na Chesf. Desde a sua infância, na sua pequena Livramento e durante toda a sua vida algumas paixões lhe deram alento para avançar nos anos, ganhar a vida, conquis-tar amigos e viver feliz: músi-ca, que o encantou primeiro, a família muito presente e muito amada e o Vasco da Gama, o time do coração.

Turpim descobriu o cami-

nho da Galcom Comunicações e falou que, ao longo da vida, tinha juntado anotações, causos, curiosidades sobre a música e sobre músicos que tocaram com ele por dezenas de anos.

Na época, 2007, eu começa-va a alimentar o sonho de res-gatar a história e a memória de Paulo Afonso, seus pioneiros, suas instituições, projeto que continua vivo, buscando apoio para levar ao conhecimento desta e de futuras gerações a história daqueles que marcam o começo de tudo, desde 1948, e até bem antes, ainda em ter-ras de Glória, ou de Forquilha para que todos entendam que não se pode planejar o futuro sem conhecer o passado.

A provocação de Turpim foi o que faltava para começar esse projeto. Levantamos cus-tos e nos propusemos, com o apoio da família, de produzir o primeiro livro desse projeto, chamado A Música e Eu, assi-nado por Turpim Nóbrega. A produção do livro foi feita na Galcom Comunicações, assim como a produção das muitas fotos para a escolha da capa, pelo fotógrafo Fernando Fei-tosa, Toitinho, levou um bom tempo clicando Turpim e seu inseparável saxofone.

No livro, Euclides Batista,

outro pioneiro de Paulo Afon-so, num resumido e precioso prefácio sugere esse título para o livro e diz:

“Turpim, meu velho ami-go, aprendi a gostar de você em 1959, quando eu, ainda menino, cheguei no Almoxari-fado da Chesf e você lá esta-va deslizando sua cadeira de rodinhas sobre o assoalho de madeira, controlando aque-les materiais tão importantes para a construção da nossa Paulo Afonso e do Nordeste”.

Ao apresentar o livro de Tur-pim eu começava dizendo que ali o leitor iria encontrar “ale-gres e musicais memórias de um pioneiro”. Porque não en-

contrei melhores palavras que representassem Turpim como “alegre” e “musical”. Ele foi movido a música e alegria toda a vida. Não perdia o bom hu-mor nunca. Nem quando o seu Vasco perdia. Estava sempre esperança a revanche, uma go-leada no próximo jogo.

O seu sax, companheiro dos conjuntos musicais como Turpim e Seus Elétricos, da orquestras de carnaval, em-balava os casais apaixonados ou animados foliões nos car-navais do COPA, do CPA e da região por dezenas de anos, da Banda da Chesf, sempre esperada na abertura dos des-files cívicos, nas aberturas dos campeonatos de futebol e em solenidades do munícipio...

Mas ele também se recolhia num som mais intimista, ele e seu sax, executando músicas sacras em mis-sas, encontros religio-sos, igrejas evangélicas e encontros outros onde o som do seu sax levava à reflexão sobre as bên-çãos e maravilhas de Deus na nossa vida.

Por isso que o Bispo Dom Guido Zendron, da Diocese de Paulo Afonso, o Padre Cel-so da Anunciação, da

Paróquia de São Francisco, o Pastor Daniel, da Igreja Evan-gélica Assembléia de Deus (da Praça Libaneza), e muitos mú-sicos, desde pioneiros como Periperi a outros mais novos estiveram abraçando seus fa-miliares, trazendo uma pala-vra de conforto, deixando suas lágrimas.

Quando completei 60 anos, realizamos um culto em ação de graças em minha casa. Ali estavam os meus irmãos da 1ª Igreja Presbiteriana de Paulo Afonso e muitos outros ami-gos, dentre eles Turpim Nó-brega. Coube a ele tocar o “Parabéns pra você” mas foi quando executou no seu sax o hino “Grandioso és Tu” que se sentiu a emoção fluir abundan-temente, em lágrimas e demo-rados aplausos. E esta é apenas

uma das muitas lembranças do convívio com Turpim.

Daí o grande impacto que trouxe a notícia de sua morte, no dia 25 de janeiro de 2013, às 11 e meia da noite.

Inevitável mas sempre im-pactante porque nunca que-remos perder aqueles a quem amamos, a morte levou Tur-pim Nóbrega deixando um in-tenso silêncio no ar onde antes as notas musicais extraídas do seu sax bailavam nos mais va-riados ritmos. A música parou. O sax emudeceu. Ficamos sem a convivência alegre de Tur-pim Nóbrega.

Nesse dia 27 de janeiro, familiares, alguns amigos, músicos de longa data esti-veram no Cemitério Pe. Lo-renço Tori, em Paulo Afonso, para dizer adeus a este pio-

neiro de Paulo Afonso, mais um, que nos deixa entristecidos.

A minha homenagem a este homem especial e a minha palavra pessoal de oração pelo conforto da família, nesse senti-mento de perda. Todos da Galcom Comunicações, da Galvídeo, da Folha Sertaneja, nos associa-mos à dor dos familiares e dos muitos amigos.

A Música parou. O sax emudeceu. Morreu Turpim.

Da esq.: Pinto, Sávio Mascarenhas, Turpim, Antônio Galdino e Toinho dos Dissonantes

José Ivaldo com Campelo e familiares

Campelo recebe Título de Cidadão Pauloafonsino de Dernival Oliveira

Campelo nasceu em Belo Jardim (PE), em 30 de outubro de 1926, mas foi criado em Pesqueira (PE). Logo após a segunda Guerra Mundial, foi servir nas Forças Armadas,

na base aérea do Recife onde estavam sediadas tropas dos Estados Unidos da América. Com eles Campelo aprendeu muita coisa na área médica. Assim, aprendeu a trabalhar em laboratório clínico, apa-relhos de raio-X, banco de sangue, aparelhos de imobili-zação, embalsamento e outras atividades da área. Era tam-bém um bom taquígrafo e ex-celente caricaturista. Quando ia dar baixa no serviço militar, foi levado por um oficial para um teste no jornal do Comér-cio do Recife. Tirou de letra

no teste para repórter, pela sua habilidade em taquigrafia.

Antes de assumir a nova função de repórter onde ga-nharia o dobro do que ganhava na base aérea, Campelo pediu um tempo, uns dez dias, para ir a Pesqueira, rever familia-res. Dali, resolveu dar uma esticadinha para conhecer a Cachoeira de Paulo Afonso e as obras da Chesf que começa-vam. E Campelo acabou assu-mindo a vaga de um apontador que não tinha escapado da ma-lária. O taquigrafo fez o servi-ço andar ligeiro e recebeu logo o convite para ficar na Chesf. Aceitou na hora. (E, diríamos nós, o JC perdeu um repórter).

Sua experiência na área da medicina o levaram para tra-balhar no pequeno hospital construído pela Chesf. E logo comandou o laboratório, de-

pois fundou o banco de san-gue, operou os aparelhos de raios-X.

Campelo, conhecido como Doquinha, sempre foi uma pes-soa que se dedicava de corpo e alma a tudo que fazia. Uma pessoa com a alma e a sensibi-lidade dos grandes artistas. Foi secretário do engenheiro Her-mínio Kerr, responsável pela operação em Paulo Afonso. Foi gerente do Clube Paulo Afon-so e depois do Clube Operário. Ali, pôde mostrar suas aptidões artísticas.

Há muitos casos de pe-ças que Campelo pregou em muitos chesfianos e casos em que ele próprio é o maior personagem.

Quando estavam filmando “Os três cabras de Lampião” na região de Paulo Afonso, Campelo, que tinha experiên-

cia pelas suas atuações em tea-tro, foi convidado para fazer o papel de marido da atriz prin-cipal Gracinda Freire. Nunca recebeu o dinheiro prometido para esse trabalho.

No teatro, em Paulo Afon-so, foi ator e diretor e uma das peças que dirigiu e atuou foi “A cigana me enganou” que teve uma turnê histórica por cidades do Nordeste, chegan-do até Recife.

Foi decorador dos salões do CPA e do COPA para os gran-des carnavais que ali se reali-zavam todos os anos. Com a encenação de peças de teatro arrecadou dinheiro para termi-nar a construção da Igreja de São Francisco.

Foi ele o criador do primei-ro bloco de travestidos a sair nas ruas de Paulo Afonso nos carnavais dos anos 50. O nome do bloco era “Verdureiras de bigode”.

Outra criação impagável de Campelo era o jornalzinho mimeografado chamado “A Tocha” que tinha a seguinte chamada: “o que outro jornal

não traz, A Tocha traz. Este é o único jornal mensal que circula diariamente uma vez por ano”. Coisas de Campelo que, como um “faz tudo”, fez história.

Para Campelo, que sem-pre estava bem humorado por onde andava e que nos deixa órfãos da sua alegria e criatividade, depois de completar 86 anos, esta ho-menagem, a partir dos tex-tos de Luiz Fernando e com informações fornecidas pelo próprio Campelo quando na realização do Chá de Memó-ria, promovido pela Chesf em dezembro de 2007 e que tivemos a felicidade de pro-duzir, pela Galvídeo.

A Câmara Municipal de Paulo Afonso, por iniciativa do vereador Dernival Olivei-ra, concedeu muito mereci-damente a Horácio Gouveia Campelo o título de Cidadão de Paulo Afonso.

Pena que o espaço seja pequeno para quem merece todo um livro de histórias e memórias.

Na edição Nº 50 do jornal Folha Sertaneja, de 28 de Abril de 2008, em um espaço chamado Histórias e Memórias de Pioneiros, uma me-recida homenagem a Horácio Gouveia Campelo, um dos pioneiros chesfianos, igualmente homenageado pelo ex-diretor de Suprimento da Chesf, Luiz Fernando Motta Nascimento em seis paginas (319 a 324) do seu livro Paulo Afonso – Luz e Força Movendo o Nordeste, publicado em 1998.Ali ele diz que “os suíços certa vez inventaram um canivete que fazia tudo. Uma empresa de limpeza lançou um produto que diziam tinha mil utilidades. Paulo Afonso tem um personagem, pioneiro da Chesf que era mesmo um faz tudo e, diferente do que se espera de gente assim, tudo que ele fazia era de excelente qualidade. O seu nome é Horácio Gouveia Campelo”.Na quinta-feira, quando muitos se preparavam para assistir a Missa do 7º dia de Turpim Nóbrega, estava sendo sepultado no Cemitério Padre Lourenço Tori, o corpo deste outro pioneiro, Horácio Campelo que morreu aos 86 anos.Em sua homenagem, decidi reproduzir aquele texto da Folha Sertane-ja, ao tempo em que abraçamos a todos os familiares e amigos.

(Antônio Galdino)

Morreu Campelo, o “faz tudo”

77Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

COMPLETO SORTIMENTO DEMEDICAMENTOS EM GERAL

QUALIDADE EPONTUALIDADE

Av. Getúlio Vargas, 498 | Centro | Paulo Afonso-BA | Fone: (75) 3281.3390

Quem esteve em festa em Janeiro foi a radialista Vânia Freire da Rádio Delmiro AM-760 comemorando os 22 anos do programa Domingo Alegre que valoriza a música nordes-tina, todos os domingos a par-tir do meio-dia.

Segundo Vânia “o pro-grama Domingo Alegre tem como objetivo principal o fomento e a difusão da

nossa cultura musical nor-destina, dando sempre um especial destaque ao ines-quecível Luiz Gonzaga, o Rei do Baião”.

No programa do dia 20 de Janeiro, “o programa contou com a presença do cantor, compositor e o idealizador desse programa, Deca do Acordeon, o primeiro sanfo-neiro que se apresentou no

programa há 22 anos, no an-tigo Cine Coliseu, em Paulo Afonso, no programa de audi-tório Coliseu Show, apresen-tado por Antônio Galdino e Nilson Brandão e, nesse dia, com transmissão ao vivo pela RBN”, disse Vânia.

“No programa dos 22 anos do Domingo Alegre também participaram do programa, no Estúdio da Del

AM-760 os músicos Zé do Leite, Fernandinho da Serra de Água Branca, o compo-sitor, cantor e apresentador do Programa Coração do Nordeste, da Delmiro AM, Cícero Livino, além de Luiz Mendes, sanfoneiro de Del-miro Gouveia, dentre outros músicos e grande participa-ção de ouvintes”, conclui a radialista Vânia Freire.

Nas ondas da Del

O Programa ‘Balaio’ da Delmiro FM estreou no sábado, 12 de Janeiro, tem grande participação de artistas paulo-afonsinos e, pelo eu formato, bem va-riado em suas atrações e pelo alto nível de sua equipe de apresentadores como Jorge Papapá. Juliano Ribeiro e Luiz Anhanguera.

Por ali já passaram, dentre outros, Amilton Leonardo, Johnny Sutac, Jota-lunas já tem cadeira cativa, o bom repór-ter Antônio Carlos Zuca também e a inte-ração de Papapá com os artistas e bandas de Salvador tem elevado muito a audiên-cia do programa. O trio de apresentado-res, claro, contribui muito para a aceita-ção do programa nesse formato onde se

tem a conversa informal, a brincadeira, sorteio de brindes, essa participação de artistas renomados e bem conhecidos do público e, claro, a música preferida dos ouvintes e dos apresentadores.

Ainda no primeiro programa houve a participação de Tuca Fernandes e Ni-nha, grandes nomes da música baiana, além da entrada ao vivo, por telefone, do cantor Magary Lord, que deu voz à música de abertura do Balaio, compos-ta por Jorge Papapá e Edu Casanova.

A participação do público é intensa e, nem sempre se consegue uma linha livre. A equipe da Galvídeo tentou por mais de uma hora, no sábado, 26, sem sucesso.

Balaio é um sucesso nas tardesde Sábado na Rádio Delmiro

Vânia Freire comemora 22 anos de Domingo Alegre na Rádio Delmiro AM

A tradição dos antigos carnavais, das marchinhas, do frevo e do maracatu foi revivida nesta quarta-feira, 30, no Chá Dançante dos Idosos, promovido pela Se-cretaria Municipal de De-senvolvimento Social (SE-DES) com a participação dos grupos apoiados pelos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) II, III, Barroca, Centenário, Centro Social Urbano, Prai-nha, Bairro Rodoviário e Malhada Grande.

O animadíssimo bloco carnavalesco puxado pela Orquestra do maestro Geni-val, saiu da Praça da Matriz, na Avenida Getúlio Vargas em direção ao Parque das Mangueiras, onde os foli-ões foram recebidos pela equipe da SEDES, recar-regaram as energias com refrigerante, salada de fru-tas, água mineral e depois de um pequeno descanso voltaram a cair na folia, desta vez ao som de Jorge Brandão, que conduziu a festa até as 21h.

Para a Dona Inaura Ca-lheiros, 71 anos, partici-

pante do Grupo Reviver, a convivência com os novos amigos lhe proporcionou a oportunidade de viver a in-fância que ela nunca tinha vivido, se divertindo de ver-dade e se sentindo uma pes-soa realmente feliz.

“Sou alagoana, mas moro em Paulo Afonso des-de 1958 e me sinto muito feliz porque foi aqui que eu realizei meus sonhos, en-contrei muitos amigos, amo a todos e sou amada por eles, estou no Grupo Revi-ver onde participo de várias atividades e posso dizer que essa é a família que eu não tive antes; são os amigos certos das horas incertas”, declarou Dona Inaura.

(ASCOM/PMPA)

Grupos da melhor idade revivem antigos carnavais

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Vânia Freire Fernandinho da Serra Água Branca e Deca do Acordeon Deca do Acordeon e Zé do Leite

Jorge Papapá, Luiz Anhanguera e Giuliano Ribeiro

88 Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

Durante todo o mês de Ja-neiro, todas as quintas-feiras, a Praça das Mangueiras recebeu grande público prestigiando o evento musical promovido pela TV São Francisco, com o apoio da Prefeitura de Paulo Afonso, o que já acontece há três anos.

Equipes da TV São Fran-cisco vieram de Juazeiro para coordenar cada uma das se-manas e aqui contaram com o apoio do cinegrafi sta José Carlos Ferreira.

O evento já é esperado to-dos os alunos e é uma grande vitrine para cantores, bandas e humoristas de Paulo Afonso que têm o seu trabalho divul-gado em toda a região.

Na quinta-feira, 10, muita gente foi curtir o samba gosto-so de Daise Novaes, que abriu a programação. “Abrir Quin-ta na Praça, essa programa-ção da TV São Francisco na Praça das Mangueiras, em Paulo Afonso, para mim foi o reconhecimento do meu tra-balho e da minha banda. Eu me senti lisonjeada. Foi muito bom”, disse Daise Novaes.

Quem também brilhou foi Igor Gnomo e os Eternos Amigos, que sequenciaram a programação noite a dentro.

No dia 17 o show na Pra-ça das Mangueiras fi cou por conta de Gean Ramos, índio Pankararu, vindo do municí-

pio de Jatobá, que apresentou ainda que apresentou as mú-sicas do seu primeiro DVD. Geam Ramos vem se fi rmando como grande cantor e compo-sitor e já leva grande público que interage com ele cantando suas músicas em grande coral. O jovens do grupo de comédia Stand UP de Paulo Afonso, Chuck e João Victor confi r-maram a grande interação com o público que se esbaldou em largos sorrisos e permaneceu na Praça para ver e cantar jun-to com Ferreirinha e Rosana que encerraram a programação daquela noite.

No dia 24, a TV São Fran-cisco investiu na criatividade

do projeto Percussiclando com sua percussão em tubos, que foi a grande atração da noite, merecendo comentários elo-giosos da jornalista Denise e de Jorge Papapá que também apresentava a programação da Quina na Praça nessa noi-te. “Meu irmão, fi quei aqui arrepiado. Carlinhos Brown precisa conhecer vocês e esse trabalho maravilhoso”, disse o compositor baiano que agora mora em Paulo Afonso e tem agitado programa Balaio, nos sábados à tarde na Rádio Del-miro FM. A noite teve ainda o humor de João Bosco, e a gran-de promessa da música regio-nal que é Fábbio Emanuel um

sanfoneiro que está integrado a grande projeto na Espanha sem perder as raízes sertanejas e que também agitou o grande público com sua apresentação na Praça das Mangueiras. A Banda Nathy Blue fechou a programação da noite.

O encerramento do Quin-ta na Praça aconteceu no dia 31 de janeiro com a presença de Duda Rodrigues, Gecildo Queiroz e Jhonny Sutac.

Esta última noite foi mesmo a apoteose do evento. Muita gente foi aplaudir Duda Rodri-gues, e sua performance bla-ck que esteve, como sempre, muito bem. Gecildo Queiroz na Comédia Stand Up arran-

cou boas gargalhadas e Jhonny Sutac agitou o público com o Largadinho e o embalos do carnaval 2013. A banda não tem parado. Tocou há dias na inauguração do Balneário de Glória, e já tem agenda para Piranhas e Delmiro Gouveia nos próximos dias.

O sucesso do Quinta na Pra-ça empolgou toda a equipe da TV São Francisco, desde o seu primeiro dia, Márlio, Jermi-son, Felipe, Adna, Elba, Rosi, Zé Carlos e Hilquias fi zeram do evento um marco no calen-dário do município. O evento tem o apoio da Prefeitura Mu-nicipal de Paulo Afonso e de empresários da cidade.

Quinta na Praça agitou Paulo Afonso em Janeiro

Todas as sextas-feiras o Clube Paulo Afonso realiza um noite de seresta, quase sempre com bandas locais, reunindo grande número de associados do clube, espe-cialmente aqueles mais ido-sos que se deleitam ao som de antigos boleros, marchas--rancho e outros gêneros mu-sicais que os remetem aos anos 60, 70, 80.

Na sexta-feira, 18 de ja-neiro, a tradicional Seresta do CPA, ganhou ares de en-contro especial, de reencon-tros de velhos amigos pau-loafonsinos, a começar pela atração da noite, a cantora Ana Dulce ou Anna Dulcy, filha do Sr. Menezes, hoje morando e cantando em São Paulo. Foi uma noite realmente especial!

Ana Dulce começou can-tando em Paulo Afonso no Conjunto Turpim e seus elé-tricos, no Clube Operário de Paulo Afonso, COPA, nos idos de 1960. Depois, cantou no Conjunto Galáxia (naquele tempo não se chamava Banda, era Conjunto), dirigido pelo músico Gilberto Andrade.

Nesses conjuntos, cantou ao lado de Carlos Daniel, de José Gomes e de Elói e imortalizou canções que embalaram namorados pelas gera-ções seguintes.

Nesse reencontro no CPA, ali estavam Car-los Daniel e Elói, pura emoção, dividindo o palco com Anna Dulcy e levando o grande pú-

blico a explodir em demora-dos aplausos.

Mais que uma seresta nor-mal das sextas-feiras, o CPA, através de seu diretor Social, Sávio Mascarenhas e do seu presidente Ubirany, Cristovam e outros diretores, promoveu um grande reencontro de ami-gos e acolheu gente que veio desde Salvador para esse en-contro especial, como Miriam e Ivone que estavam com a irmã Gedalva, como do Ceará, como Tânia Quental que mora em Barbalha-CE mas declarou ani-madíssima “não ia perder um momento desses por nada. Amo Paulo Afonso e sempre dou um jeitinho de manter contato com as pessoas e aparecer por aqui de vez em quando”.

Tânia encontrou-se com o Professor Gal-dino, que prepara um livro sobre a história do COLEPA e com Dr. José Fernandes e ali se estabeleceu um começo de conversa para a realização do II grande encontro de ex--do GPA e COLEPA,

para o que estará se formando uma comissão organizadora, com a possibilidade desse en-contro acontecer até o mês de Julho, no CPA. As conversas vão envolver outras pessoas e tomarão corpo a partir do fi -nal de Janeiro quando muitos retornam de férias.

Feliz com a empolgação e a boa presença de público e pela excelente qualidade da banda Feitiço Tropical, Sávio não descarta a possibilidade de trazer outras vezes esse mes-mo grupo musical para outras noites animadas do CPA. “A Banda é muito boa, o cantor Beto Narchi, irmão mais novo de Ana Dulce é também muito bom, versátil, muda de um gê-nero musical para outro com enorme facilidade e agradou em cheio. Este é um bom mo-mento do CPA”.

Carlos Daniel viveu um momento de grande alegria nesse reencontro. Cantou va-rias músicas com Ana Dulce e circulava entre as mesas na maior alegria, lembrando da-queles momentos marcantes em que cantava com ela no conjunto de Turpim.

E não escondia a satisfação de ter contribuído para a vinda de Ana Dulce ao CPA. “Ana Dulce iniciou sua carreira ar-tística no COPA, na época eu cantava no conjunto Turpim e seus Elétricos e eu necessita-va de uma pessoa que fi zesse dupla comigo, que me aju-dasse, e Ana foi a escolhida e passamos uma boa temporada cantando juntos. Tempos de-pois, ela partiu para S. Paulo, e nunca mais apareceu”.

Daniel também fala do re-encontro com Ana Dulce em São Paulo. “Casualmente fui fazer um curso em S. Paulo e lá encontrei uma turma de amigos que lá trabalhavam, e me falaram que a Ana es-tava cantando em uma boate e lá fomos para assisti-la. Havia um belo cartaz com foto e anúncio mas, como a boate era reservada, não foi possível entrar de primeira. Aí, falamos com o portei-ro para chamá-la. Quando ela nos viu , foi muita emo-ção! Entramos com ela e foi aquele auê. Ela me convidou prá cantar e foi um verda-deiro sucesso.”

Diz ainda Carlos Da-niel: “No ano passado o Ari me passou o telefo-ne dela e nós conversa-mos bastante. Vendo a possibilidade dela apa-recer em Paulo Afonso para um show, conver-sei com Sávio, diretor Social do CPA e eles entraram em acordo quanto ao contrato.”

Outro que fez questão de falar foi Turpim e, mais que isso, documentar em um livro cha-mado A Música e Eu, onde re-gistra a sua his-tória musical.

“Em 1964, mais ou me-nos, o presidente do Clube Operário, Sr. Nicolson Cha-ves, adquiriu equipamentos elétricos para o conjunto do Clube. Na época, foi a maior novidade. Houve até festa de inauguração dos equipamen-tos e também a entrada de novos músicos para o grupo como Fernando do Trombo-ne, Enaldo Rocha, guitarris-ta, Ana Dulce, cantora, Paulo Souza, cantor e guitarrista, Rizomar Almeida, cantor. O nosso conjunto fi cou muito forte e fi camos conhecidos em toda a região”(página 61).

Como havia prometido, Turpim beirando os 83 anos (ele nasceu em Livramento, na Paraíba em 06/04/1930), também se disse muito alegre em poder rever Ana Dulce “e já preparei uma lembrancinha para dar para ela”, disse o ve-lho maestro, vascaíno doente, como Iratan e ainda tão jovem de espírito, também apareceu no CPA para dar um abraço em Ana Dulce “que começou a cantar no meu conjunto, no COPA, no início dos anos de 1960. Vim aqui lhe dar um abraço e deixar com ela esse

livro, Eu e a Música que você ajudou a fazer, Galdino e mais umas fotos e o vídeo do lan-çamento desse livro, onde eu falo de Ana Dulce cantando no meu conjunto musical, no COPA”, dizia empolgado o grande saxofonista.

Elói, mais discreto, também encantou a todos, cantando junto com parceira de décadas passadas. A própria Ana Dulce, circulava entre as mesas, rece-bendo o carinho de todos, os abraços, posando para fotos.

O presidente do CPA, Ubi-rany concorda com o seu dire-tor social Sávio Mascarenhas que “este foi um dos encon-tros mais marcantes do CPA, nas serestas das sextas-feiras e o clube deve promover ou-tros momentos como este”.

Foi um bom momento desta dinâmica diretoria do Clube Paulo Afonso que “no dia 08 de Fevereiro, abrindo o carnaval, o CPA vai reali-zar o Baile de Fantasia, com a orquestra Nostalgia, outro evento que deverá trazer um bom público a este Clube”, diz o diretor social Sávio Mascarenhas.

Seresta com Ana Dulce no CPA promove reencontro de amigosEquipe da TV São Francisco (com Duda Rodrigues) e algumas atrações: Gean Ramos, Gecildo Queiroz, Humor Ereto e Johnny Sutac.

Beto Narchi e Ana Dulce Carlos Daniel, Elói e Ana Dulce

Da. esq: Diniz, José Fernandes, Edênia, Carlos Daniel,Ana Dulce e Sávio Mascarenhas

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99Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

O Balneário Canto das Águas, em Glória-BA, sem-pre recebeu grande número de visitantes, principalmente nos finais de semana e nos feria-dos prolongados.

Além da área de banho nas margens da Barragem de Mo-xotó, todos apreciam o peixe assado e outras iguarias dos quisques como o do Edézio e do Restaurante da Eliomar, dentre outros que também re-cebem um bom público.

A primeira etapa da revita-lização deste balneário contou com investimentos recebidos de emendas parlamentares do Depu-tado Federal Mário Negromonte e recursos do Ministério do Tu-rismo num montante superior a um milhão e duzentos mil reais (R$ 1.231.695,03), sendo aloca-dos inicialmente R$989.637,14 e, depois, para “complementa-ção da revitalização do Balne-ário Canto das Águas realiza-da entre 26/06 e 22/12/2012”, mais R$241.957,89.

A revitalização de toda a orla incluiu a reconstrução de boa parte dos boxes ali exis-tentes, a melhoria em outros, criação de calçadão, fossas, rampas de acesso à praia e toda o recapeamento da área de banho que foi aumentada com a colocação de centenas de carradas de areia.

Um grande calçadão com bancos, canteiros e um moder-no terminal de ônibus foram também disponibilizados para os visitantes, num trabalho da arquiteta Késsia Matos, muito elogiado por todos que viram o empreendimento concluído.

A inauguração dessa pri-meira etapa do projeto foi feita pela prefeita reeleita Ena Vilma Negromonte, na tarde do domingo, 6 de janeiro, es-tando presentes o Deputado Federal Mário Negromonte, seu esposo e o filho Mário Júnior, Deputado Estadual, todos do PP da Bahia.

Também presente o presi-dente da Câmara Municipal de Glória, Nido de Doutor, outros vereadores daquele município e de Paulo Afonso, o superintendente da CAR, Dernival Oliveira, secretá-rios municipais, dentre eles

Francisco Araújo, o engenheiro che-fe da Secretaria de Obras de Glória, responsável pelo acompanhamento do projeto e gran-de número de po-pulares que, desde as primeiras horas da tarde entraram

no clima da festa com as bandas que se apresentaram na orla. A festa se estendeu pela noite com a presença de outras bandas no palco prin-cipal, no estacionamento do balneário.

O município de Glória é um dos que fazem a Região Turísticas dos Lagos e Câ-nions do São Francisco, cria-da pela Bahiatursa em 2009 e do qual fazem parte tam-bém os municípios de Pau-lo Afonso, Rodelas, Abaré e Santa Brígida. A sede do Conselho Regional de Turis-mo desta Zona Turística fica em Paulo Afonso e sua di-retoria, eleita em Dezembro de 2010 é pelo Coordenador Geral, Antônio Galdino da Silva, representante da pre-feitura de Paulo Afonso, Co-ordenadora Adjunta, Rosân-gela Menezes, representante da Chesf Paulo Afonso e Se-cretário Executivo, Mardo David da ONG AGENDHA. A eleição da sua nova direto-ria do CRTUR vai acontecer no dia 19 de Fevereiro, com a Assembleia Geral marca-da para ser realizada às 14 horas, no auditório da Asso-ciação Comercial de Paulo Afonso.

Glória inaugura primeira etapa darevitalização do Balneário Canto das Águas

Dia 24 de janeiro, o Secre-tário de Turismo, Jacques Fer-nandes reuniu grande parte dos representantes do Trade Paulo Afonso para lançar a proposta do novo Núcleo de Atendimen-to ao Turista (NAT).

Foi explicado sobre a busca regulamentação da ação dos Guias no atendimento ao Turis-ta. “Recebemos denúncias dos participantes do Trade que os Guias estavam agenciando den-tro do ambiente do NAT, e isso não é permitido, pois caracte-riza concorrência ilegal com as agências de Turismo. Cada um tem que cumprir seu papel cor-retamente. A circular foi uma medida sanativa para estancar o eixo de irregularidades nesta prática. Com isso, lançaremos o Plano de Normatização do Trade que irá contemplar o pa-pel de cada um: agências, guias, aparelhos, empresários e poder público. Estamos aqui para or-ganizar e atuar, e não para per-mitir que continue a bagunça” afirmou Jacques, que obteve o apoio de todos do Trade.

Agora, o novo Núcleo de Atendimento, passa a ser ge-renciado pela Secretaria de Turismo, que encaminhará os Turistas para roteirização junto aos guias. O secretário ressalta: “sabemos que toda mudança gera impacto, por isso tanta repercussão, porém, mudança para legalizar e nor-matizar, não é mudança ruim e Paulo Afonso anseia a tempos por isso”.

Com a nova proposta, todos os empresários do Trade po-derão participar do Núcleo de Atendimento, mostrando seus serviços e obedecendo a carac-terização de cada um.

Um dos pontos destacado pelo secretário Jaques Fernan-des foi o apoio e a interação da Secretaria de Turismo com os Conselhos e instituições que atuam com o turismo em Paulo Afonso.

Desde o final do ano de 2010 que Paulo Afonso re-cebeu um diagnóstico feito pela Fundação Getúlio Var-gas, a serviço do Ministério do Turismo, que pontuou a situação do turismo no município. Por conta desse diagnóstico o Conselho Mu-nicipal de Turismo foi forta-lecido, a nível de Ministério do Turismo com a criação de programa de treinamento

para o Grupo Gestor de Turismo, grupo formado por profissionais do trade e técnicos do turismo da Prefeitura e que funciona como uma câmara técnica de apoio ao Conselho Municipal de Turismo. Vários módulos desse treinamen-to já foram realizados em Paulo Afonso por técnico pagos pelo MTur.

Também por conta desse diagnóstico, o Ministério do Turismo colocou o município de Paulo Afonso entre os 115 destinos turísticos do Brasil.

O município de Paulo Afon-so é um dos poucos do interior do Brasil que sedia um Conselho Regional de Turismo, um Con-selho Municipal de Turismo e um Grupo Gestor de Turismo.

Nos últimos anos, especial-mente em 2011 e 2012, foram treinadas mais de 1.100 pessoas através de convênios firmados entre a Prefeitura e o Senac, na área da gastronomia e cursos vol-tados para a rede hoteleira, como recepcionista de meios de hospe-dagem e camareira. Outros cur-sos, consolidados em parcerias com a Uneb e Sebrae, treinaram muitos nas áreas de turismo de aventura e turismo náutico.

Muito oportuna assim a ini-ciativa do novo secretário de turismo de apoiar a retomada imediata dos projetos para tu-rismo de aventura em Paulo Afonso, valorizando a experi-ência da equipe da Rota Vertical que apresentou sua estrutura e projetos para aplicação do tu-rismo de aventura em escala co-mercial, ao turista.

Ao encontro compareceram os guias da Agturb, agentes de viagem da Trilha Turismo, Cabral-tur, Paulo Afonso Turismo, hotéis San Marino, Porthal da Ilha, Exe-cutive, Restaurante da Carioca e Spartacus, Conselho Regional e Conselho Municipal de Turismo, Sebrae, equipe da Rota Vertical, dentre outros segmentos do turis-mo em Paulo Afonso.

Secretário de Turismo de Paulo Afonso reúne-se com o trade. Turismo de Aventura na pauta

A Prefeitura Municipal de Paulo Afonso, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, dá início à construção de 24 Unidades Habitacionais na Zona Rural do Município por meio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). As obras estão em andamento em ritmo acelerado.

Em visita local para acompanhamen-to, a Assistente Social Fabricia Lidiane observou o contentamento das famí-lias. “Os beneficiários fazem questão de acompanhar sol a sol cada material que chega e que dá forma a casa, isso demonstra que a função social do Pro-grama esta sendo cumprida”.

Os cadastramentos para adquirir a casa, começaram a ser realizados no mês de julho de 2012 pela Secretaria de Desenvolvimento Social. O projeto

estrutural da habitação conta com: sala, três quartos, cozinha, banheiro com teto forrado e cerâmica nas paredes e no piso, com área coberta de 58,89 me-tros quadrados. O valor de cada unida-de será de 25 mil reais financiados pela Caixa Econômica Federal através do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). A contrapartida simbólica dos beneficiários será de quatro parcelas anuais de 250 reais, pagas diretamente na Caixa, sendo que a primeira parcela só será paga um ano depois da assinatu-ra do contrato.

O PNHR tem como objetivo incenti-var a permanência dos agricultores em suas terras, dando-lhes condição de mo-radia digna. A gestão municipal segue com o compromisso de proporcionar qualidade de vida a todos os habitantes.

Começam obras do Programa Nacional de Habitação Rural em Paulo Afonso

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Ao centro: Nido de Dotor, Pres. Câmara de Glória e à dir. Francisco Araújo Sec. de Obras

Unidade Habitacional Povoado Baixa Verde

Marcação da UH no Povoado Macambira

Jacques Fernandes

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1010 Paulo Afonso, 31 de Janeiro de 2013 • Ano IX • FS 107

No dia 26 de janeiro, a Usi-na Hidrelétrica de Angiquinho, a primeira do Nordeste, come-mora o seu centenário. O local, situado no município de Del-miro Gouveia, é um dos prin-cipais cartões postais da cida-de e representa o pioneirismo e a ousadia do industrial Delmi-ro Augusto da Cruz Gouveia. Cravada nos paredões rocho-sos, a usina fornecia energia elétrica para a Vila da Pedra, lugarejo que originou a cidade de Delmiro Gouveia.

Para celebrar a data, a Fun-dação Delmiro Gouveia (Fun-deg), que é responsável pela preservação do local, preparou uma programação especial iniciada no dia 21 de Janeiro com a antropóloga alagoana Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros e o professor Elcio de Gusmão Verçosa participan-

do da aula inaugural na Uni-versidade Federal de Alagoas (UFAL) Campus Sertão que tem como tema “Desenvolvi-mento do sertão do Nordeste: Industrialização e Educa-ção”. A antropóloga ministra a aula também no campus de Santana do Ipanema.

No dia 26 aconteceu a sole-nidade oficial, às 10h, no sítio histórico, com o lançamento da Coleção Pensar Alagoas, organizada pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, contendo os livros “O Pio-neiro de Paulo Afonso”, de Tadeu Rocha, e “O Ninho da Águia”, de Adalberon Caval-cante Lins.

O evento reuniu chesfianos como Carlos Aguiar represen-tante da diretoria da Chesf, que assegurou que “mesmo a Chesf tendo um ano atípico

em 2013, o apoio da empresa para o tombamento nacional de Angiquinho vai continuar, talvez num ritmo mais len-to”. Augusto Cézar, Admi-nistrador da Chesf em Paulo Afonso e assessores da APA e João Paulo Aguiar, aposentado chesfiano, pioneiro da região de Xingó, ali estavam, assim como a antropóloga Luitgarde Oliveira, que, na autoridade de Pós doutorado sobre a cultu-ra regional, fez esclarecedora palestra sobre esta riqueza do sertão nordestino. Outros que trouxeram suas contribuições ao eventos foram Luis Está-quio Toledo é Conselheiro do Tribunal de Contas de Alago-as e neto do Engenheiro Lui-gi Borella,o representante do IPHAN de Alagoas e do Rei-tor da UNEAL, Jairo Campos. Também presentes os filhos dos escritores Tadeu Rocha, e de Adalberon Cavalcante Lins, que autorizaram a reedição das suas obras de seus pais pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, de Alagoas, cujo pre-sidente, Moisés Aguiar, falou da importância desse momen-to para o Estado de Alagoas e para o Brasil, ao apresentar as duas obras que falam da vida e da obra de Delmiro Gouveia. Do município de Paulo Afonso estava o vice-prefeito Jugurta Nepomuceno e assessores.

O encontro reuniu tam-bém muitos pesquisadores e escritores sobre a região como Davi Bandeira, Luiz Rubem, Antônio Galdino, Voldi Ribeiro.

O evento foi conduzido pelo presidente da Fundação Delmiro Gouveia, Presiden-te da FUNDEG José Ferreira dos Santos.

Para o historiador Edvaldo Nascimento, um dos pesqui-sadores do legado de Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, “o centenário da Usina de An-giquinho é um marco para a história e a cultura não só de Alagoas, mas do país. A Usi-na de Angiquinho representa a concretização do legado de Delmiro Gouveia, um homem a frente do seu tempo que conseguiu proporcionar uma revolução ao gerar energia elétrica nesta região. Angi-quinho representou uma nova

fase da história econômica e social da região do semi-ári-do nordestino, bem como é a expressão da capacidade do povo sertanejo”, ressalta.

A trajetória de sucesso conferiu ao sítio uma carga cultural e histórica que lhe rendeu o tombamento pelo Governo do Estado de Ala-goas no ano de 2006. Agora o local está em processo de tombamento nacional. Edval-do ressalta que encontra-se em andamento na Superin-tendência do Iphan Alagoas o processo solicitando o tom-bamento nacional do local. “Queremos este reconheci-mento pelo seu valor histó-rico, ambiental e por repre-sentar um imenso potencial turístico para a região”, fa-lou o pesquisador.

Edvaldo explica que o re-conhecimento nacional será um grande marco na histó-ria de Delmiro Gouveia. “O tombamento nacional será

um grande marco porque An-giquinho passará a ser pa-trimônio turístico e cultural não só de Alagoas, nem da Bahia, mas do Brasil, o que nos causa imensa satisfação e orgulho”, frisa. O centená-rio de Angiquinho está sendo realizado numa parceria en-tre a Fundeg, Chesf, Iphan, UFAL, Prefeitura de Delmiro Gouveia, Prefeitura de Paulo Afonso e Governo do Estado de Alagoas.

O evento, no qual todos os oradores ressaltaram a impor-tância de Delmiro Gouveia para a região, de cuja ideia nasceu a Chesf, 35 anos de-pois de Angiquinho, o que fez com a história da região Nor-deste seja contada em duas partes bem distintas: a de an-tes e depois da Chesf.

O evento foi encerrado com o descerramento da placa que marca o início das comemo-rações dos 100 anos da Usina Angiquinho.

Angiquinho, primeira usina do Nordeste, comemora centenário

Da esq. Voldi, Augusto Cézar, José Ferreira, Jugurta, Carlos Aguiar e Cacau

Moisés Aguiar

Prof. Edvaldo, Moisés Aguiar e José Ferreira