Jornal Fraterno 36

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Distribuição gratuita | [email protected] “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 36 | Ano VII | Julho/Agosto de 2009 6 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita “Não há nada de errado com a imaginação, desde que ela seja criticamente controlada pelos fatos” Albert Einstein Rua Virgínia Aurora Rodrigues, 230 Centro Osasco/SP e-mail: www.haya.com.br - Fone: 3682-3190 30 ANOS COLÉGIO HAYA A garra do ensino Esse você conhece! LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ E-mail: [email protected] (atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal) Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386 “Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$15,00” HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040 O CÉREBRO HUMANO E A CONSCIÊNCIA O nosso cérebro é a estrutura mais complexa do universo. Pesa ao redor de um quilo e meio, mas contém tantos neurônios quanto as estrelas da via láctea Também nesta edição EDITORIAL Além do cérebro, a consciência ............ 2 MORAL CRISTÃ A meditação ...................................................... 3 O ESPÍRITO NA ESCOLA Onde estão os espíritos? ................... 4 e 5 ARTIGO Ser Integral.......................................................... 5 CULTURA ESPÍRITA O cérebro humano e a consciência ....................................... 6, 7 e 8 CURIOSIDADE Invasão microbiana ....................................... 9 PSICOGRAFIA amai-vos uns aos outros ......................... 10 MENSAGEM DO ALÉM Chico Xavier e Clara Nunes ................... 11 MENSAGEM DO SEARA Homenagem aos pais............................... 12 DOUTRINA Nossa consciência ....................................... 12

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Distribuição gratuita | [email protected]

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraternoJornal Bimestral | Edição 36 | Ano VII | Julho/Agosto de 20096 anos Divulgando a Doutrina Espírita

“Não há nada de errado com a imaginação, desde que ela seja criticamente controlada pelos fatos”

Albert Einstein

Rua Virgínia Aurora Rodrigues, 230 Centro Osasco/SPe-mail: www.haya.com.br - Fone: 3682-3190

30 ANOSCOLÉGIO HAYA

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HoRÁRIo DE aTEnDIMEnTosegunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José

Cianciarulo, 89 - Centro osasco - sP. - Cep: 06013-040

O cérebrO humanO e a cOnsciência

O nosso cérebro é a estrutura mais complexa do universo. Pesa

ao redor de um quilo e meio, mas contém tantos neurônios

quanto as estrelas da via láctea

Também nesta ediçãoEdiTorialAlém do cérebro, a consciência ............2moral crisTãA meditação ......................................................3o EspíriTo na EscolaOnde estão os espíritos? ................... 4 e 5arTigoSer Integral ..........................................................5culTura EspíriTaO cérebro humano e a consciência .......................................6, 7 e 8curiosidadEInvasão microbiana .......................................9psicografiaamai-vos uns aos outros .........................10mEnsagEm do alémChico Xavier e Clara Nunes ...................11mEnsagEm do sEaraHomenagem aos pais ...............................12douTrinaNossa consciência .......................................12

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[email protected]� | FRaTERno | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 36 | Julho/Agosto 2009

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distri-buição: Osasco e Grande São paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006

| editorial |

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Telefone 8342-2505

Nesta edição, veremos que nosso cérebro físico e nossa consciência espiritual são inter-relacionados e

representam o cerne de nossa existência, no comando físico e espiritual de nós mesmos! A Doutrina Espírita evidencia que pensar bem é viver bem, comportar-se bem, sentir-se bem e, sobretudo, desejar o bem, tal deve ser a disciplina de nossa mente sob o talhe da consciência. A vida exterior de cada criatura começa no domínio do pen-samento sobre si mesmo e é no pensar que se reflete a consciência de cada ser, como espírito imortal. E muito mais do que manter a vigilância do pensamento (que pode se tornar mecânico), a forma como se pensa é que faz a verdadeira diferença.

A repetição de idéias, mantras, fór-mulas, frases continuadas está longe do que se pode entender por domínio do pensamento. Esta postura coloca a pessoa, depois algum tempo, no piloto automático transferindo-a para um segundo nível de consciência, pois rapidamente ela estará repetindo o que automatizou e pensando em outra coisa ao mesmo tempo, bem como se faz nos rituais improfícuos e nas rezas ditadas, bem longe da mente.

A mente, como sede do pensamento é de vital importância para tornar os empre-endimentos desejados e ter como causa o bem que, através da moral, do raciocínio e da sabedoria, empreende-se relativamente à vontade singular. Pensar bem não é só não pensar o que não se deve, mas é ter consci-ência do que se pensa. Assim, é importante que se saiba o porquê tais pensamentos indesejados ou inadequados aparecem na mente, a despeito dos esforços que se faça para impedi-los. Analisá-los e ver se existe algum comportamento interior ou exterior que precisa ser mudado, isso é ter consciência, raciocínio, bom-senso e crivo de vigilância.

Contemporaneamente, assiste-se a buscas de integração entre mente e com-portamento humano. Mas, a mente ainda é vista como objeto da ciência e produto da seleção natural desde a evolução da espécie Homo sapiens até os cérebros mais desenvolvidos da atualidade.

A mente, aqui representa a realidade espiritual de cada um e o que é originaria-mente, não o que habitualmente cada um mostra ser para os outros. Portanto, se a pessoa repete mil idéias programadas tidas como boas, mas continua mesquinha, orgu-lhosa, egoísta, prepotente, dura de coração, maledicente, desonesta, entre outras coisas,

mesmo repetindo frases decoradas como orações e outras fórmulas, ela estará sempre sendo assediada por pensamentos ruins, inoportunos e de baixa moral.

Quando indagado pela mulher que viria ser apedrejada...“o Senhor não me condena?”, respondeu-lhe Jesus: “(...) vá e não peques mais”(...), denunciando que manter-se no comportamento equivo-cado é que condena a pessoa a uma vida mental, emocional e comportamental negativa, sendo o problema de inteira responsabilidade daquele que a possui e que deverá sair imediatamente do hábito maléfico que o encarcera para uma vida

Além do cérebro, a consciênciaO pensamento só reflete em que estágio cada ser se encontra em relação à vida e a si mesmo

melhor, que o promova na consciência do bem.

O conhecimento científico da mente, apesar de tudo, tem avançado desde o advento da Psicologia no mundo. Os aspec-tos biológicos e culturais, psicológicos e neurológicos, emocionais e racionais foram privilegiados separadamente em diferentes épocas e perspectivas, assim sendo, a visão espiritual da mente foi por vezes focalizada e por vezes relegada à caixa preta da ciência psicológica.

Ao longo da História desenvolveram-se diferentes visões míticas, religiosas, filosó-ficas e científicas em relação ao Homem como órgão de sua própria mente, cada uma com sua explicação sobre a origem e transcendência (no repatriar a evolução para mente).

A Alma se refere ao princípio que dá movimento ao que é vivo, o que é animado ou o que faz mover. Filosófica e religiosamente definida como um ser independente da matéria e que sobrevive à morte do corpo e que se julga continuar viva após a morte física, podendo seu des-tino ser as bem-aventuranças no domínio da espiritualidade ou os tormentos relativos aos umbrais da insanidade moral. Sobre este ponto, a morte é considerada como passagem para a vida imortal. A grande maioria das religiões, cristãs e não-cristãs, concorda em linhas gerais com esta defini-ção de continuidade da vida após a morte. Mas o conceito de uma alma eterna é por fim muito antiga e sobrepuja as raízes que remontam o princípio da história humana.

Mente é o termo mais comumente utilizado pelas Ciências Acadêmicas para descrever as funções superiores do cérebro humano, particularmente, sobre os quais os seres humanos são mais conscientes, tais como o pensamento, a razão, a memória e a inteligência que é encadeada pela emoção e distinguida pela personalidade que costuma ser utilizada para designar as capacidades relativas.

- O pensamento só reflete em que estágio cada ser se encontra em relação à vida e a si mesmo. E a Mente, é o estado da consciência relativo ao conjunto de pensamentos da alma.

Boa leitura.... O Editor.

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Julho/Agosto 2009 | Edição 36 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

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Memórias de Chico Xavier

Levantou-se Hannan e disse: “explicai-me o que é a medi-tação”.

Ele respondeu:“Buscai na meditação o êxtase de

vossa essência.Cavai profundamente vosso íntimo

e encontrareis a água pura de vossa satisfação.

Buscai e achareis...Batei e abrir-se-vos-á...Não penseis, portanto, que para

conhecerdes a glória da meditação necessitais de isolamento total, evi-tando vosso próximo.

Também nos vossos trabalhos conhecereis a meditação.

Que seja o vosso caminhar, a vossa convivência, o vosso cantar e o vosso sofrimento, momentos para a meditação. Mas não desprezeis vosso momento de abandono para vos entregardes a solidão.

Pensai muito naquilo que tem conduzido vossa meditação.

Que não haja outra finalidade senão o conhecimento de vós mesmos, para vos tornardes plenos em vossa solidão.

Sede solitário, mas não estejais em soledade (solidão) interior.

Porque a soledade não vos levará a solidariedade para com o vosso irmão.

Eu vos digo:Pensai em vosso Pai que está nos

Céus e o vazio não participará de vossa meditação. Mas será preciso sentirdes outro vazio. Porque o vosso coração se esvaziará para tomar parte das medita-ções do Pai.

Não é o Pai que entra em vossa meditação, mas sois vós mesmos que entrais na meditação do Pai.

Pudésseis aproveitar vossas noites para meditar sobre vosso objetivo nesse mundo... Mas o que fazeis? Transformais vossas noites em busca incessante de prazeres que apenas esvaziam vossos corações. Alguns buscam a realização de um trabalho, contudo, que também não fujam de si mesmos.

Tenho meditado em vós mesmos

para perceber vossas necessidades.Que vossa inquietação vos leve a

meditar.Que a vossa meditação vos leve

a sentir. Que a vossa paixão vos conduza

ao trabalho. E o vosso trabalho demonstre o

valor e o objetivo de vossa natureza instável.

Meditai sobre vós mesmos e os outros deixarão de ser mistério aos vossos olhos. Nada vos abalará. Nin-guém vos decepcionará. Nenhum medo de complexo de comporta-mento vos enganará. Sereis plenos! Sereis vós mesmos sem necessitardes de mimetizar (imitar) quem quer que seja.

Sede imitadores de meu Pai e cres-cereis em vossas meditações.

Estai atentos” ...

| moral cristã |

A meditação

Que não haja outra finalidade senão o conhecimento de vós mesmos, para vos tornardes plenos em vossa solidão

Um dia em Jerusalém, Emídio Silva Falcão Brasileiro, Edições Universo.

no sEara dE jEsus 15 de agosto, sábdo, Noite da Pizza - Rodízio a partir da 18h. Vários sabores, refrigerantes, sobremesas,.... eventos paralelos, data-show, música,... 18 de outubro, domingo, palestra com Richard Simonetti, às 10h. Após a palestra, almoço.

| eventos |

TardE musical EspíriTaA Livraria Espírita Mensageiros de Luz, estará comemorando em agosto, 8 anos de atividade e realizará uma Tarde Musical Espírita, com os cantores e divulgadores da Doutrina Espírita, Allan Vilches e Paula Zamp.Convidamos todos os amigos, clientes e simpatizantes da Doutrina Espírita a comparecerem a este Evento e se admirarem com as vozes do Allan e da Paula Zamp.Dia16 de agosto, das 18h às 20h30, no Teatro Municipal de Osasco, à Av. dos Autonomistas, 1.533, Osasco.O ingresso deve ser retirado antecipa-damente na Livraria Espírita Mensa-geiros de Luz – R. José Cianciarulo, 89 – Centro – Osasco – tel. 3682 6767/3448 7386, mediante a doação de 1 livro espírita (novo ou usado), quando da retirada do ingresso.Nota – Serão comercializados CD’s da Paula Zamp e do Allan Vilches após a apresentação do Evento.

pEÇa TEaTral EspíriTa “a forÇa da BondadE”A Livraria Espírita Mensageiros de Luz, dentro de sua programação de divulgação da Doutrina Espírita através do Teatro, está promo-vendo a apresentação da Peça Teatral Espírita “A Força da Bondade”, baseada no livro de mesmo nome, do espírito Lúcius e psicografado pelo Médium André Luiz Ruiz.D i a 3 d e J u l h o , s e x t a - f e i r a , às 20h30, no Teatro Municipal de Osasco à Av. Autonomistas, 1.533, Osasco. Tel. : 3685 9596 Ingressos à R$ 15,00 antecipado e 1/2 entrada - Dia do Evento, R$ 30 , 0 0 . Aquis iç ã o naL i v r a -ria Espírita Mensageiros de Luz - R. José Cianciarulo, 89 - Centro - Osasco. Tel. 3682 6767 - 3448 7386Nota - Para cada ingresso adiquirido na Livraria Espírita, R$ 2,00 serão destinados a Entidades Assistenciais de Osasco

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Dalmo Duque dos Santos – Professor

Para ir direto ao assunto: onde está a espiritualidade na escola? Como essa espiritualidade pode ser explorada

sem riscos e se reverter em auxílio às nossas atividades escolares?

A resposta é bem simples. Se os espíritas freqüentam os centros espíritas porque acreditam que ali existe uma escola na qual são alunos e nela existem mentores que pro-tegem, ensinam e educam, por que isso seria diferente nas escolas comuns? É só aplicar o método positivo de Allan Kardec:

• Nas escolas existem Espíritos desen-carnados?

• Nas escolas podem ocorrer fenômenos espíritas?

• Esses fenômenos são regulares, podem ser observados, explicados e divulgados?

• Nas escolas surgem especulações filosóficas acerca desses fenômenos?

• Nas escolas podem ocorrer transfor-mações morais e sociais decorrentes desses questionamentos filosóficos?

Concluindo: a mesma espiritualidade encontrada nos centros espíritas pode ser encontrada nas escolas ou em qualquer ambiente de trabalho. É só consultar os bons manuais de navegação espiritual e constatar que as circunstâncias são semelhantes, os problemas são iguais e as soluções podem ser idênticas.

Em O Livro dos Espíritos constam, entre tantas outras reflexões sobre espiritualidade e ética , algumas questões que versam diretamente sobre a relação entre matéria e espírito, estreitamente ligadas aos nossos propósitos educativos.

Mas foi num ensaio científico do Espírito

André Luiz - Evolução em Dois Mundos - psicografado por Chico Xavier, que encontra-mos uma informação bem ilustrativa desse nosso tema. Trata-se de um comentário sobre as nossas atividades mentais durante o sono e o desprendimento do corpo físico, através da mediunidade espontânea. Nesses casos certamente não ficariam de fora nós os professores, os alunos, os funcionários e os gestores das escolas.

“É assim que o lavrador, no repouso físico, retorna, em corpo espiritual, ao campo em que semeia, entrando em contacto com as entidades que amparam a Natureza; o caçador volta para a floresta; o escultor regressa, freqüentemente, no sono, ao bloco de mármore de que aspira a desentranhar a obra-prima; o seareiro do bem volve à leira de serviço em que se lhe desdobra a virtude, e o culpado torna ao local do crime, cada qual recebendo de Espíritos afins os estímulos elevados ou degradantes de que se fazem merecedores.”

Mas esse nosso retorno mental à escola pode e deve ser desvinculado das caracte-rísticas alienadas da mediunidade primitiva para práticas psíquicas mais arrojadas e conscientes. É possível nos prepararmos para encontros treinados e produtivos, nos moldes dos desdobramentos, na qual se pratica o exercício da memorização e maior aproveitamento das informações obtidas no plano espiritual.

É sempre bom lembrar que todos nós somos Espíritos e médiuns, em maior ou menor grau, encarnados ou desencarnados, crianças ou jovens, adultos ou idosos, somos os mesmos, com virtudes e defeitos, hábitos e gostos, jeitos e trejeitos. Estamos em toda parte, onde existir vida em sociedade, sim-ples e ignorantes ou complexos e cultos, em constante interação de pensamentos, ações e sentimentos. Às vezes mudamos de apa-rência, mas na essência continuamos sendo as mesmas criaturas; mudamos de ponto de vista sobre algumas coisas da vida, de opi-nião sobre alguns assuntos desse ou daquele contexto, mas continuamos os mesmos. Só mudamos de fato quando transformamos os nossos sentimentos e atitudes sobre as coisas e as pessoas. Isso realmente nos transforma em outras pessoas, a ponto de não sermos reconhecidos por quem nos conheceu antes.

Quem te viu, quem te vê, heim? Não nos identificamos mais com aquela pessoa do passado, pois adquirimos uma nova iden-tidade. Não são aparências ou máscaras, é mudança real mesmo. No corpo carnal acon-tecem as mudanças biológicas, transitórias, pelos regimes alimentares, exercícios físicos, rejuvenescimento ou envelhecimento. No corpo espiritual essa mudança é diferente e duradoura: ocorre uma iluminação natural, causada pela mudança nas estruturas do perispírito , através do brilho dos centros de força (chacras), que são uma espécie de glândulas etéricas de captação e distribuição de energias e que refletem em forma de luz e cores, formando também a nossa aura. Nesse caso o espanto de quem nos vê modificado é redobrado. O problema é que as mudan-ças reais só acontecem depois de grandes transtornos e perturbações, dores causadas por choques de provas e expiações. Todo Espírito encarnado sabe disso, pois traz essa informação guardada no inconsciente, entre a zona de conforto e a zona de perigo. Temos conosco, cada qual com a sua marca, uma equação existencial para ser solucionada em algum momento da vida. Todos nós sabemos que, mais cedo ou mais tarde, esse momento vai chegar, mesmo que não tenhamos uma lembrança consciente dos compromissos que assumimos antes de reencarnar. É para isso que servem as existências e é também por isso que nos matriculamos na Escola da Vida.

Quem vê ou percebe a presença de Espíritos têm dois tipos de sensação: medo e tristeza, quando estes estão estacionados em sofrimento; ou espanto e alegria, quando nos deparamos com entidades iluminadas, felizes, cuja superioridade natural nos causa emoção como o choro e entusiasmo. Poucas pessoas percebem, mas quando recebermos a visita de Espíritos apagados, em crise e sofrimento, também temos pre-disposição em apagar a nossa luz. Quando são Espíritos lucificados, inexplicavelmente ficamos imensamente alegres. Até mesmo os animais que estão por perto têm esse tipo de percepção. São situações que não dependem de fórmulas ou amuletos e muito mais do nosso estado emocional. O pensa-mento atrai e inicia a ligação e o sentimento consolida o contato. A espiritualidade está

em toda parte, seja como estado de espírito, seja como fenômeno natural. A primeira é muito útil para manter a paz de espírito, a serenidade, a calma. Enfim, é a meditação, a imagem e o imaginário da espiritualidade, a oração, a base da sintonia. A segunda, nessa perspectiva do conflito exterior, também é muito útil, pois é a vigilância, a realidade e o contato direto com os Espíritos. Muitos educadores são crentes naturais, mas uma grande maioria age como Tomé, precisando ver para crer. Daí a nossa idéia de buscar uma espiritualidade mais objetiva e inteligente, fugindo da superstição e do dogma. Essa possibilidade acontece nas experiências de algumas escolas espiritualistas, ainda de

| o espírito na escola |

Onde estão os espíritos? (1)É sempre bom lembrar que todos nós somos Espíritos e médiuns, em maior ou menor grau, encarnados ou desencarnados, crianças ou jovens, adultos ou idosos

forma subjetiva e nebulosa, mas no Espiri-tismo ela ocorre de forma clara, científica e sem o misticismo supersticioso e o véu do mistério. Ao contrário das outras correntes, não falamos com os mortos e sim com os vivos, mais vivos do que nós. Espíritos são seres inteligentes e devem ser tratados como tal, sem as marcas obscuras da superstição e da atitude passiva oracular ou advinhatória. O apóstolo João recomendava aos seus alunos que verificassem se os Espíritos eram de Deus, ou seja, se eram bem ou mal intencionados. Isso prova que o contato com a espiritualidade é mais antiga e comum do normalmente se pensa. Também alertava que a nossa relação com eles deve ser de igual para igual, em termos de racionalidade.

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Espíritos superiores não se ofendem quando são questiona-dos ou colocados em xeque. Pelo contrário, ficam contentes com a nossa espontaneidade e responsabilidade no trato com as coisas da vida. Já os pseudo-sábios ficam ofendidos e deslizam dos questionamentos utilizando expedientes que mexem com as nossas fraquezas: divagações poéticas de mau gosto, profecias absurdas, afirmações incoerentes e, principalmente, as posturas de incentivo ao medo e à superstição , aos rituais e fórmulas mágicas.

Essa comunicação dada na Sociedade Espírita de Paris, em 1860, ilustra a real preocupação dos bons Espíritos para com os encarnados, sobretudo as crianças:

“Chamo-me Micaèl ; sou um desses Espíritos prepostos para a guarda das crianças. Que doce missão! E que felicidade dá ela à alma! A guarda das crianças, direis? Mas não têm seus anjos prepostos para essa guarda? E por que é necessário ainda um Espírito encarregado de se ocupar delas? Mas não pensais naqueles que não têm mais essa boa mãe? Não os há, ah muitíssimos destes? E a mãe, ela mesma, algumas vezes não tem necessidade de ajuda?

Quem a desperta no meio do seu primeiro sono? Quem fala pressentir o perigo, inventar o alívio, quando o mal é grave? Nós, sempre nós; nós, que desviamos a criança da margem na qual se precipita estouvadamente, que afastamos dela os animais nocivos, que desviamos o fogo que se poderia misturar aos seus louros cabelos. Nossa missão é doce! Somos nós ainda que lhe inspiramos a compaixão pelo pobre, a doçura, a bondade. Nenhuma, mesmo das piores, poderia perturbar-nos; há sempre um instante em que seu pequeno coração nos está aberto.

Mais de um, entre vós, se espantará dessa missão; mas não dizeis freqüentemente: há um Deus para as crianças? Sobretudo para as crianças pobres? Não, não há um Deus, mas anjos, amigos. E como poderíeis explicar, de outro modo, os salvamentos miraculosos?

Há ainda muitas outras forças das quais não supondes mesmo a existência; há o Espírito das flores, o dos perfumes, os há aos milhares, cujas missões, mais ou menos elevadas, vos pareceriam deliciosas, invejáveis segundo a vossa dura vida de provas; eu os convidarei a vir ao vosso meio.

Eu estou neste momento recompensado de uma vida toda devotada às crianças. Casada jovem com um homem que as tinha muitas, não tive a felicidade de tê-las por mim mesmo; toda devotada a eles, Deus, o bom e soberano senhor, concedeu-me ser ainda o guardião das crianças. Doce e santa missão! Eu o repito, e cuja onipotência mães aqui presentes não poderiam negar.

Adeus, vou em apoio aos meus pequenos protegidos; a hora do sono é a minha hora, e é necessário que eu visite todas essas bonitas pálpebras fechadas. O bom anjo que vela sobre elas, sabei-o, não é uma alegoria, mas bem uma verdade”.

Por Orson Peter Carrara - Matão-SP

Imagina-se a criatura humana ser apenas o conjunto biológico do corpo humano. Em virtude desse grande equívoco, apega-se com demasia aos prazeres materiais

(de todas as ordens), em prejuízo da real natureza do pró-prio ser. Dos excessos cometidos, do apego exagerado à vida material e do desprestígio aos valores essenciais da existência surgem as enfermidades físicas, psicológicas e morais, com prejuízos evidentes para si mesmo e para a sociedade.

Os problemas da atualidade nada mais são do que conseqüência desse falso entendimento. Imaginando-se ser exclusivamente o corpo, há uma busca desenfreada para aproveitar o momento que passa, sem importar-se com os meios que utiliza para obtenção daquilo que imagina o prazer maior da vida. E aí surge o consumismo, a valorização das aparências e claro que o estremecimento da fraternidade nas relações humanas, justamente pela preponderância do orgulho e do egoísmo que ainda caracteriza a grande maioria dos habitantes do planeta. A própria educação familiar, falseada nesses princípios, acaba levando o indivíduo a valorizar o ter em detrimento do ser.

Na verdade, não somos o corpo. Estamos nele. Em outras palavras, somos um ser imortal destinado à per-feição – através de experiências evolutivas – que estagia periodicamente em corpos de carne através das existên-cias humanas. Este ser, queira chamá-lo de espírito ou alma, conforme a interpretação religiosa de cada crença, é o ser principal, o ser pensante, o comandante do corpo, e nele, o ser principal, estão as qualidades morais e intelectuais do ser integral. Porém, há ainda um detalhe importante: o ser principal é espiritual, incompatível com a matéria de que é formada o corpo. Entre eles, há um terceiro elemento, que liga ambos. Não se trata de outro ser, mas apenas de um elemento semi-material (e que, portanto, participa da natureza de ambos), que permite o intercâmbio entre as duas naturezas: espiritual e material. Kardec, o Codificador do Espiritismo, denominou-o de períspirito.

O ser integral, é formado por espírito (ser pensante), corpo (instrumento daquele) e perispírito (elo de ligação entre ambos). É por causa desse elemento de ligação que ocorrem os fenômenos mediúnicos. Podemos, inclusive, afirmar que este elemento é o corpo espiritual ou aparên-cia do espírito. Sim, porque o espírito, propriamente dito, não tem forma ou aparência. A aparência humana está no perispírito, que inclusive molda o novo corpo numa gesta-ção. Quando o espírito está encarnado, ele está justaposto ao corpo. Quando está desencarnado ou vivendo no mundo dos espíritos, ele é a forma e aparência do espírito. Por força deste elemento de ligação, é que os atos de uma existência se refletem em outra, por exemplo.

Por este simples entendimento, verifica-se a solida-riedade entre as existências e a necessidade do aprimora-mento moral, que em última análise, está no espírito.

Extinta a vida física pelo fenômeno biológico da morte, continuamos a viver no mundo espiritual, utili-zando o perispírito ou corpo espiritual. Os danos causados neste corpo espiritual pelos excessos do corpo (inclusive da mente), estarão conosco, portanto, na vida espiritual e se refletirão nas existências futuras. Conseqüência lógica, não?

Daí a importância de se perceber a transitoriedade da vida física e priorizar os assuntos que digam respeito à alma imortal. É de nosso próprio interesse o contínuo aperfeiçoamento moral, o aprimoramento intelectual, porque esses jamais se perdem, ao invés da ilusão de acharmos que os valores materiais e os prazeres da vida física é que são os verdadeiros. Este equívoco é a causa de tantos transtornos enfrentados no mundo.

Onde estão os espíritos? (1)

Médium Senhora de Boyer. Ditados Espontâneos. Revista Espírita, abril de 1860

| artigo |

Ser IntegralNão somos o corpo. Estamos nele. Somos um ser imortal destinado à perfeição que estagia periodicamente em corpos de carne através das existências humanas

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Por Luciana Cristillo

A curiosidade pela fisiologia cere-bral é muito antiga. Existe farta documentação sobre esqueletos de 10 mil anos que exibem um

buraco regular no topo da cabeça, proce-dimento ainda hoje utilizado com o nome de trepanação. Pelas características da ossi-ficação local, é possível concluir que esses orifícios foram abertos em pessoas vivas e não como parte de um ritual após a morte. Há forte suspeita de que essas trepanações tenham sido realizadas por médicos para tratar cefaléias e doenças mentais, talvez com o propósito de abrir caminho para os maus espíritos abandonarem o cérebro.

Há 5 mil anos, os egípcios, que descre-veram diversos sinais de doenças neuroló-gicas, consideravam o coração o templo da alma e a biblioteca da memória. O coração permaneceu como sede da consciência até Hipócrates (460 – 379 AC), o pai da medicina ocidental.

Então, no ano de 200 AC, nasceu Galeno e a anatomia humana nunca mais foi a mesma. Galeno era médico dos gla-diadores que se batiam nas arenas roma-nas, dissecava animais e, possivelmente, cadáveres humanos também. Para ele, o cérebro era constituído pela parte da frente, o cerebrum, e pela parte de trás, o cerebelum.

Essa visão de Galeno, como tantas outras de sua autoria, permaneceu incon-testável por 1.500 anos. Na renascença, os franceses ainda defendiam a idéia de que o cérebro funcionaria como uma bomba capaz de impulsionar o líquido contido em seu interior para o interior dos nervos, a fim de contrair os músculos. O matemático e filó-sofo Descartes, há trezentos anos, imaginava que o cérebro controlaria apenas a parte do comportamento humano que se assemelha ao das feras. A mente seria uma entidade espiritual, extracorpórea, que receberia sensações e comandaria os movimentos comunicando-se com o resto do cérebro por intermédio da glândula pineal.

A partir do inicio do século XX, a ciência começou a suspeitar que os fenômenos mentais seriam elaborados como conse-qüência do tráfego de impulsos nervosos pelo tecido nervoso, em contramão ao fato já delineado de que a mente humana se expressa por sua base física: o cérebro.

Sem isso, é impossível falar de funções complexas como a visão, linguagem, aprendizado, memória ou consciência da inexorabilidade da própria morte, atributo aparentemente exclusivo da espécie humana.

Esses fenômenos, ainda que quantificá-veis em bases físicas já que dependentes da atividade neuronal através dos neurotrans-missores, são orquestrados pelo perispírito, corpo semi-material que faz o intermédio entre o corpo físico, denso, material e o corpo espiritual, intangível, etéreo que, em essência, é a consciência de nós mesmos.

Isso equivale a dizer que medimos e visualizamos em laboratório a atividade cerebral, através do eletroencefalograma, por exemplo, mas não podemos medir nem visualizar a instância superior que dá ensejo àquela qualidade de atividade cerebral: a

mente humana, entidade consciencial, de caráter espiritual. É saber da existência de Deus por através de Suas obras e não por Sua visão direta...e disso quase ninguém duvida!

As atividades cerebrais são extrema-mente rápidas, a informação trafega em velocidade assustadora: chega a atingir de dez a cem metros por segundo.

É lógico que tanta rapidez no proces-samento de dados não surgiu do dia para a noite. A seleção natural, processo de pres-são evolutiva ao longo de bilhões de anos, começou a favorecer a sobrevivência dos animais que conduziam impulsos nervosos com maior eficácia há mais de 600 milhões de anos, quando surgiram os primeiros seres multicelulares, já diferenciados de amebas, protozoários e bactérias que são unicelulares.

Na embriogênese humana, a multipli-cação dos neurônios é tão rápida que, ao chegar no terceiro trimestre de gestação, o número de neurônios no feto atinge o dobro dos 100 bilhões encontrados no adulto. Em poucas divisões celulares depois da fecundação do óvulo, já aparecem as primeiras células nervosas, primitivas, que se multiplicam sem parar. Surge entre elas um processo de competição pela dispo-nibilidade de fatores de crescimento de tal ordem que os neurônios incapazes de formar sinapses (ligações, contatos) estáveis são marcados para morrer.

A configuração básica das redes neuro-nais de cada indivíduo, adquiridas antes dos estímulos ambientais, pois dependentes da genética, vai constituir o arcabouço compu-tacional do cérebro por onde trafegarão as informações futuras.

E os neurônios continuam em intensa atividade na fase pós-natal até os 3 anos, onde fazem conexões fundamentais em quantidade e qualidade e que determinam a influência ambiental a que o individuo está exposto na primeira infância. Isso influencia grandemente na formação de sua perso-nalidade, pois é a educação e os estímulos recebidos que moldam a circuitaria neuro-nal acentuando ou atenuando a expressão de tendências que o espírito reencarnante traz de suas anteriores vivências. O caráter,

| cultura espírita |

O cérebro humano e a consciênciaO nosso cérebro é a estrutura mais complexa do universo. Pesa ao redor de um quilo e meio, mas contém tantos neurônios quanto as estrelas da via láctea: cerca de 100 bilhões.

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como o conteúdo histórico ou grau evolu-tivo do espírito, pode ser modificado em sua expressão, ou seja, suas características de personalidade podem ser pujantes ou não, conforme a carga ambiental e educa-tiva que receberão neste tão importante e, porém negligenciado período da vida humana, o período pré-escolar.

Em grosso modo, isso equivale a dizer que mediante um acesso de fúria, um espí-rito educado poderia optar por exercitar o esquecimento da ofensa ao invés de puxar o gatilho de uma arma contra seu ofensor. Ou aqueles que, ao invés de fugirem de seu lugar de origem tão logo ascendam social-mente, voltam e implementam programas sociais para que o grupo (e não somente ele) possa crescer em cidadania e evoluir espiritualmente.

Retomando o ponto da atividade neu-ronal, esta poderá ser iniciada espontanea-mente pelo embrião em fases ainda preco-ces de desenvolvimento. No entanto, para a circuitaria desenvolver sua potencialidade serão imprescindíveis os estímulos do meio. Então, cantar ou conversar com a barriga não são fantasias de mamães apaixonadas, mas sim uma poderosa ferramenta para auxiliar o filho a utilizar suas potencialidades desde muito cedo. A experiência exerce impacto decisivo na organização das redes neuronais; sem ela, o sistema nervoso não atinge a maturidade plena.

Por exemplo, se taparmos o olho esquerdo de um gato recém-nascido durante 30 dias consecutivos, a visão desse

olho estará definitivamente comprometida; do ponto de vista anatômico, os neurônios que se dispõem na retina esquerda estão lá, os circuitos que se conectam aos centros cerebrais envolvidos na visão também, mas a falta do estímulo luminoso no momento adequado terá comprometido irreversivel-mente a função da rede encarregada de processá-lo.

Essa experiência clássica ilustra a característica mais importante das redes neuronais: a plasticidade. Viemos ao mundo com uma circuitaria montada na ordem imposta por nosso programa genético, mas o impacto da experiência, seja precocemente como estímulo ou mais maduramente como livre-arbítrio, modifica a estrutura molecular das redes, promove novas conexões e desliga outras

com a finalidade de aumentar a capacidade operacional do sistema diante dos desafios físicos, mentais, emocionais e psicológicos que a luta pela sobrevivência impõe.

O conceito de plasticidade dos circuitos cerebrais sepultou de vez o velho debate da psicologia sobre a preponderância dos genes ou do ambiente no comportamento e na formação da personalidade. Insistir nesta dicotomia é o mesmo que ouvir uma música ao longe e perder tempo discutindo se ela vem do piano ou do pianista.

o dITo da cIÊncIaA incomparável habilidade cognitiva

da espécie humana, que nos permite criar computadores e sinfonias, é resultado da atividade de 100 bilhões de neurônios conectados em circuitos de grande plastici-

dade através de trilhões de sinapses encar-regadas de modular o fluxo de informações que por elas trafega.

Atividades mentais como a memó-ria, percepção de estímulos e cognição encontram sentido quanto interpretadas à luz das propriedades das células nervosas, dos circuitos e das áreas anatômicas do cérebro; os trânsitos de íons e moléculas por circuitos neuronais é importante para a expressão do mais reles ao mais nobre sentimento humano.

Entender os fenômenos mentais como conseqüência direta de eventos físico-quí-micos é inaceitável para os que imaginam a mente uma entidade puramente espiritual, como o fez Descartes há trezentos anos. Para os cientistas empenhados na criação de modelos destinados a decifrar as bases

O cérebro humano e a consciência

australantropos arcantropos paleantropos neantropos

6 - 2,5 milhões 1 milhãoanos a.c.

período paleolítico inferior

200 mil 40 - 35.000

paleolítico médio paleolíticosuperior

Australopitecusafricanus

Homo habilis Homo erectus Homo sapiens Homo sapienssapiens

450 cm3500 cm3 800 cm3

1.600 cm31.300 cm3

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moleculares da consciência, esse é o maior desafio da ciência no século XXI.

Será que chegarão a uma conclusão definitiva, sem a visão humanista da vida?

e a culTura, onde enTra nISSo?É obvio que não podemos atribuir

somente à genética e à evolução biológica a nossa capacidade de solidariedade e de compaixão. A cultura a qual somos expos-tos numa determinada sociedade também nos influencia em diversos aspectos de nossa personalidade.

É fundamental não confundir a nossa capacidade inata de distinguir o certo do

riais sempre foi algo valorizado nas vitrines das sociedades. Mas já existiram tempos em que o status intelectual e a retidão de caráter também eram características bastante valorizadas entre os membros de nossa sociedade.

de onde veM noSSo SenSo Moral?A capacidade humana de distinguir

entre o certo e o errado é uma das mais nobres de todas as nossas qualidades. É esse senso moral que nos faz ajudar uma pessoa que leva um tombo na rua ou ainda uma criança que se perde de seus pais em meio à multidão.

tal e justiça dependem muito menos do aprendizado social do que os psicólogos supunham no início do século passado. As últimas pesquisas sobre o cérebro humano e as análises comparativas de outros com-portamentos animais revelam que a espécie humana adquiriu a capacidade de avalia-ção moral com a própria seleção natural. Tudo indica que as instruções necessárias na produção de um cérebro capacitado para distinguir o certo e o errado já vêm com um certificado de fábrica, ou seja, no DNA de cada um de nós, este por sua vez subordinado às condições do espírito reencarnante.

na melhor das hipóteses, ser dotado de consciência é ser capaz de amar, no vero sentido que Jesus nos ensinou. Amar, inclu-sive os inimigos, é ser consciente!

Todas as pessoas portadoras de cons-ciência se emocionam ao testemunhar ou tomar conhecimento de um ato altruísta, seja ele simples ou grandioso.

No decorrer da nossa história, muitas teorias se formaram em torno da consci-ência e das inevitáveis polêmicas sobre o Bem e o Mal. Com o passar dos séculos, a consciência foi, e ainda é, alvo de discussões entre teólogos, filósofos, sociólogos e mais recentemente cientistas e juristas. Mas

Até pouco tempo atrás existia a con-vicção de que a capacidade humana de dis-tinguir o certo do errado era algo aprendido nas relações interpessoais. Dessa forma, a única maneira de obtermos indivíduos morais seria educá-los e condicioná-los socialmente. Assim, caberia à sociedade e à cultura estabelecer, ao longo da vida, o que os indivíduos podem fazer ou não, num mecanicismo absoluto e irreal.

Os estudos mais recentes sobre o comportamento humano revelam que as noções básicas de retidão comportamen-

Estar consciente é fazer uso da razão ou da capacidade de raciocinar e processar os fatos que vivenciamos; estar consciente é ser capaz de pensar e ter ciência de nossas ações físicas e mentais. É aí que verdadei-ramente somos diferentes dos animais, não por sermos racionais ou termos um cérebro mais desenvolvido, mas sim por tê-lo desen-volvido através da função consciência.

E ser consciente refere-se à maneira de existir no mundo, correspondendo til por til à nossa condição espiritual, à nossa capacidade de escolha e responsabilidade;

errado com a capacidade de tomarmos as atitudes corretas ao invés de erradas. Uma coisa é saber o que deve ser feito, a outra é agir de acordo com esse preceito.

Somos dotados não só do senso inato de moralidade, mas também de inteligência para análise estratégica. Dessa forma podemos, infelizmente, usar nossa capacidade racional para tapear a moral inata e, com isso, tirar proveito de determinadas situações.

As guerras talvez sejam o exemplo mais cruel desta habi-lidade dos seres humanos em driblar o inato senso moral. Para que um grupo enfrente o outro é necessário uma causa que seja aparentemente justa ou moral-mente correta. Como não existe guerra moral, sempre haverá uma liderança habilidosa em manipu-lar mentalmente as diferenças culturais, de forma a colocar uns contra os outros. A manipulação moral acaba por despertar os instintos humanos relacionados à luta pela sobrevivência. Monta-se assim o cenário perfeito para uma guerra politicamente correta e moralmente maquiada. Todas as guerras são assim: injustificáveis. O que ocorre de fato é a sórdida manipulação moral por parte de uma pequena minoria humana.

A cultura influencia diretamente os valores morais de uma sociedade e cria também os parâmetros que estabelecem o status hierárquico de cada membro social. Sem dúvida alguma, a posse de bens mate-

consciência está acima de teorias religiosas ou mesmo psicológicas e cientificas.

Ter consciência ou ser cons-ciente trata-se de possuir o mais sofisticado e evoluído de todos os sentidos da vida humana: o “sexto sentido” ou intuição. A consci-ência é criadora do significado de nossa existência e, de forma subjetiva, também é criadora do significado da vida de cada um de nós. Ela influencia e determina o papel que cada um de nós terá na sociedade e no universo e representa o que é de divino em nós, nossa consciência é essa expressão e, quem sabe, uma fração incalculada do tão falado e pouco praticado amor universal ou incondicional, baseado em compaixão.

Uma vez que a consciência está alicerçada em nossa habili-dade de amar, em criar vínculos afetivos e nos abastecer dos mais nobres sentimentos, ela nos faz subjetivamente únicos, porém integrados e sincrônicos com

o todo maior e transcendente (tenha ele o nome que tiver, nos diversos povos ao redor do mundo).

A consciência nos impulsiona a ir ao encontro do outro, colocando-nos em seu lugar e entendendo a sua dor. Somos toma-dos por gestos simples como desejar “Bom dia” àqueles que não conhecemos ou ligar para um amigo só para dizer: “Olá, como vai? Estou aqui para o que der e vier”.

Inundados de consciência pedimos desculpas sinceras àqueles que magoamos ou ferimos num momento de equívoco.

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Julho/Agosto 2009 | Edição 36 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

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Por um Espírito Amigo.

Excetuados os quadros infecciosos pelos quais se responsabiliza a ausên-cia da higiene comum, as depressões

criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais do cosmo orgâ-nico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsi-cossomáticos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular.

Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida, porque as sen-tinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação regeneradora que lhes compete, permanecendo, muitas vezes, em derredor do ponto lesado, buscando delimitar-lhe a presença ou jugular-lhe a expansão.

Desar t iculado, pois , o t rabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido, aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença, imprimem acelerado ritmo de crescimento a cer tos agrupamentos celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalem, causando tumora-ções invasoras e metastáticas. Compre-endendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em aplicações impróprias. Emerge, então, a molés-tia por estado secundário em largos processos de desgaste ou devastação, pela desarmonia a que compele a usina orgânica, a esgotar-se, debalde, na tarefa ingente da própria reabilitação no plano carnal, quando o enfermo, sem atitude de renovação moral, sem humildade e paciência, espírito de serviço e devota-mento ao bem, não consegue assimilar as correntes benéficas do Amor Divino que circulam, incessantes, em torno de todas as criaturas, por intermédio de agentes distintos e inumeráveis, a todas

| curiosidade |

Invasão microbiana

estimulando, para o máximo aproveita-mento da existência na Terra.

Sob o mesmo princípio de relatividade, a funcionar, inequívoco, entre doença e doente, temos a incursão da tuberculose e da lepra, da brucelose e da amebíase, da endocardite bacteriana e da cardiopatia chagásica e de muitas outras enfermidades, sem nos determos na discriminação de todos os processos morbosos, cuja relação nos levaria a longo estudo técnico.

É que, geralmente, quase todos eles surgem como fenômenos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem rupturas ou soluções de continui-dade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que sejamos mais particularmente inclinados pela natu-reza de nossas contas cármicas.

Consolidado o ataque, pela brecha de nossa vulnerabilidade, aparecem as molés-tias sintomáticas ou assintomáticas, estabi-lizando-se ou irradiando-se, conforme as disposições da própria mente, que trabalha ou não para refazer a defensiva orgânica em supremo esforço de reajuste, ou que, por automatismo, admite ou recusa, segundo a posição em que se encontra no princípio de causa e efeito, a intromissão desse ou

daquele fator patogênico, destinado a expungir dela, em forma de sofrimento, os resíduos do mal, correspondentes ao sofrimento por ela implantado na vida ou no corpo dos semelhantes.

Não será licito, porém, esquecer que o bem constante gera o bem constante e que, mantida a nossa movimentação infatigável no bem, todo o mal por nós amontoado se atenua, gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxílio, nascidas, a nosso favor, em todos aqueles aos quais dirijamos a mensagem de entendimento e amor puro, sem necessidade expressa de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar os resquícios de treva que, eventualmente, se nos incorporem, ainda, ao fundo mental.

Amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo por que os princípios de Jesus, desterrando de nós a animalidade e orgulho, a vaidade e cobiça, a crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando observados, a imunologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos o poder da mente na autodefensiva contra todos os elementos destruidores e degra-dantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus.

Agradecemos aos nossos pais pela opor-tunidade da vida e pelos ensinamentos de retidão. Vibramos e nos emocionamos frente à superação de um atleta, que derrama lágrimas ao subir no degrau mais alto do pódio.

Esse “sexto sentido”, intuição de que somos bem mais do que um corpo de carne regido por um metabolismo físico-químico, é que nos comove com as situações trágicas e também com a felicidade do encontro de irmãos separados desde a infância. Ele nos traz indignação frente ao preconceito, ao desrespeito às regras sociais, à intole-rância ao próximo, à falta de educação, à corrupção e à impunidade, enfim, a todas as formas de violência.

A consciência nos inspira a zelar pelo nosso animal de estimação e nos desespe-rar pelo seu desaparecimento. Inspira-nos a chorar copiosamente com o nascimento de um filho e acompanhá-lo rumo às des-cobertas do mundo ao seu redor e sentir com extrema sensibilidade e devoção tudo o que o toca ou diz respeito a ele. Permite-nos sentir a profundidade de uma bela melodia, apreciar a exuberância de uma flor e exclamar: “nossa, que linda!”

A consciência gera movimentos de extrema grandeza pela paz e leva milhares de pessoas às ruas para protestar contra a violência; impulsiona o sacrifício voluntário e incondicional de pessoas que lutam em prol da humanidade. Ela alegra nossos corações com os primeiros raios de sol, anunciando que o dia será mais colorido, e também com a chuva que faz brotar a plantação garantindo nosso “pão de cada dia”.

É a consciência que nos entende a doar órgãos em momentos de extrema dor e a torcer por um final feliz. Impulsiona indivíduos a salvar muitas vidas, mesmo sabendo que pode ser o seu próprio fim. Leva-nos às preces, às orações, vibrações e às correntes do bem na esperança de dias melhores.

Movimenta-nos contra a seca, a fome, o desmatamento das florestas e destruição da camada de ozônio, que colocam em risco o rumo do planeta e o futuro das novas gerações. Enfim, nos pequenos ou grandes gestos, a consciência – e somente ela – é capaz de mudar o mundo para melhor.

Fontes: “Borboletas da Alma” Dr. Dráuzio Varellla e

“Mentes Perigosas” Dra Ana B. B. Silva

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Por - Pe Aldo - Espírito

Há mais de 30 anos, atuo numa região de recomposição e resgate muito conhecida pelos espíritas

como “umbral”. Seria como o simbólico “purgatório” dos católicos.

Na última passagem fui padre, numa região do triângulo mineiro, onde tive, no início do Século recém findo contato direto com o professor Eurípedes Barsanulfo, já que a cidade de Sacramento também pertencia à paróquia onde eu exercia o sacerdócio.

Por designação desse Apóstolo do Bem, sem méritos para isso, desde 1977 coordeno o trabalho de apoio e recupera-ção de irmãos que, encarnados, possuíam talentos artísticos, sobretudo musicais. Meu relato agora se refere a outro tipo.

Tenho observado, aqui no umbral, um significativo aumento da população espírita,

com pessoas de significativo conhecimento doutrinário, principalmente nas regiões mais inferiores, onde os humores são muito pesados, com insuportável calor, alternado por frios inclementes, lama e substâncias gelatinosas, caldos de cheiro repelente e aparência repugnante.

É o que chamamos aqui simplesmente de “poço”. Importante observar que a revolta do ser simples tem uma aparência e efeitos ruins a seu redor, mas a do culto, ilustrado, ornado com títulos e saberes é um espetáculo tenebroso, na acepção mais perversa do termo.

O espectro semelhante a lavas vulcâ-nicas, que se forma em torno e sobre esses pobres irmãos, é arrepiante, tremendo, auto-gerados, com formações próprias, na insubordinação. Uma barrela de tons lúgubres, malcheirosos.

E nos informam os obreiros que tra-balham no socorro a estes infelizes seres, da dificuldade em fazer com que eles se recomponham. Porque aquele que não conhece a Verdade, ou dela pouco sabe, quando a descobre, dissolve suas culpas no arrependimento, e se transforma, em pouco tempo.

Mas, o que dizer ao que detém conhe-cimentos e informações que costumam estar até acima dos que os abordam? Com isso, geram uma forte energia negativa, sulfurosa, que remonta às visões de Alighieri sobre o inferno.

A revolta provém das dores intensas produzidas nas quedas morais e mentais, que carregaram consigo. As reações ânimo-energéticas afetam as estruturas do perispírito retido, causando dor profunda, contínua.

E os irmãos, evoluídos em teoria, mas falhos em algumas atitudes definidas como muito graves, não aceitam a prova, rebelando-se na maior parte das vezes. E clamam por Jesus, por Deus, pelos amigos que estejam em posição superior.

A maioria passou na existência carnal grande tempo a pregar, sem vivenciar. Mas, devido à gravidade dos erros acumulados, precisam atravessar períodos de expia-ções, que agravados pela contumácia, são ampliados, elastecidos.

É importante observar que, o maior

sofrimento e a dose de mais intensa prova geralmente são conferidos aos religiosos de todos os segmentos e, sobretudo, ulti-mamente, aos espíritas. Isso nos faz lembrar Jesus, na advertência de que ao que muito foi dado, muito será pedido.

E quais são essas faltas de tamanha gravidade? Muitas vezes as cometemos sem nos darmos conta de sua profundi-dade. Este é o fundamental objetivo dessa mensagem.

Exemplifico - Certo dirigente espí-rita das Minas Gerais, de grande vulto e conhecido pela erudição e liderança, ao se encaminhar, após o desencarne consciente para o setor de triagem, se surpreendeu por ser designado às regiões umbralinas.

Sob a acusação de discriminação, racismo e orgulho aviltado foi-lhe mostrado, na tela da vida, os atos e os efeitos, que produziram feridas morais enormes nos atin-gidos e precipitaram discípulos e seguidores em erros também de grande monta.

E tudo estava sintetizado em um pequeno folheto, um impresso, de dimen-sões pequenas, que trazia um trecho da chamada “Pureza Doutrinária”. Nesse informe alertava ao mundo sobre a Ver-dade da Doutrina Espírita, da necessidade em seguir Kardec (O Codificador sempre reagiu a isso, pedindo, ao revés, que siga-mos Jesus), e condenava veementemente aos cultos místicos, a que chamou de supersticiosos e inferiores, citando de modo condenatório, pessoas que usavam o termo “espírita” para trabalhos em terreiros, e em outros locais, numa inclemente censura aos praticantes dos atos de magia, esoterismo e de origem africana.

Cerca de 800 mil desses folhetos já foram distribuídos, em diversas impressões, espalhados em muitos lugares, o que, infe-lizmente continua até hoje. Nessa miscelâ-nea, e baseado na “bula”, muitos julgaram poder agredir, ou mesmo desprezar os que, por razões diversas, decidem por práticas diferentes do culto a Deus.

Aí, o “não julgueis para não serdes julga-dos” era mera teoria. E o “amai-vos uns aos outros” se esquadrinhava apenas nos limites dos festivos salões de palestras. Acolher, ensi-nar, orientar, compreender não servia.

Os méritos conseguidos em vida pelo

esforçado dirigente eram grandes, mas a quota de dívidas auferidas pelos efeitos de tão desastrosa empreitada era muito maior.

Sofre muito ainda o nosso irmão. E isso prosseguirá até que compreenda e se arrependa, de verdade. O radicalismo de uma ortodoxia discriminatória é um grave e deletério descaminho.

Temos rogado em nossas orações para que a consciência venha rápida. Não tem vindo, pois ele insiste em ser socorrido por altas patentes celestes.

Jesus, e todas as doutrinas e religiões que Dele se derivam não precisam de defensores, menos de fiscais. O punho cer-rado tem que ser trocado pela mão esten-dida. Acreditamos que o Mestre espere menos marimbondos e mais abelhas!

Propagar, difundir, espalhar, ensinar os preceitos firmados pelo Divino Mestre é indispensável. Porém, jamais devemos nos descuidar das frestas por onde entra o mal, ou por onde sai o ódio, que podem, como temos assistido intoxicar e comprometer todo o bem que é feito às vezes uma vida inteira.

Por “Amai-vos e instruí-vos”, na exorta-ção do ínclito codificador aos espíritas não cria privilégios nem superioridade formal, mas aumenta responsabilidade em servir, em praticar, indiscriminadamente, o amor de Cristo!

Muitos destes deteriorados irmãos vigiaram os outros, o mundo e se esque-ceram de vigiar a si próprios.

Assim, assistimos a subida a planos lumi-nosos de caridosos seres, que passaram pela vida sem grandes conhecimentos, mas auxi-liaram na elevação e no Bem ao semelhante, mesmo porfiando em humildes e despojados terreiros, tendas, barracos e cafuas.

Enquanto isso, laureados e amealha-dos “doutores de Deus” são conduzidos a regiões pantanosas e de sofrimento, para o acerto de contas, inevitável, com as próprias consciências. Enquanto descem, imploram o apoio de amigos e exigem, sem eco, a ajuda e intercessão do Papa Lutero, Kardec, Chico Xavier e outros. Em vão.

| psicografia |

“Amai-vos uns aos outros”E os irmãos, evoluídos em teoria, mas falhos em algumas atitudes definidas como muito graves, não aceitam a prova, rebelando-se na maior parte das vezes

Mensagem recebida pelo médium arael Magnus em sessão pública no

Celest - Centro Espírita Luz na Estrada, em 17 de Janeiro de 2009. Fundoamor - Fundação

Operatta de Amparo e Orientação- Sabará MG

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Julho/Agosto 2009 | Edição 36 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

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Estava presente na reunião do “Grupo Espírita da Prece”, em Uberaba, quando Chico recebeu a mensagem

de Clara Nunes, uma das maiores intérpre-tes da nossa música popular. Foi no dia 15 de setembro de 1984 e, desde então, permanecemos na expectativa de que a referida página nos viesse ter às mãos, o que somente agora aconteceu, por uma deferência do Dr. Francisco Borges de Oliveira, diretor do Grupo Espírita “Paulo de Tarso”, de Caetanópolis – MG, que mantém a creche “Clara Nunes”.

Destacamos que, em suas palavras, conforme poderá ser verificado, Clara, após o desenlace, foi assistida por entidades vinculadas aos cultos afro-brasileiros que confiaram o Espírito liberto aos seus pais igualmente desencarnados.

A mensagem foi dirigida por ela à sua irmã Maria, presente na reunião à qual nos reportamos.

Querida Maria: Eu pressentia que o encontro através

das notícias seria primeiramente com você. Somente você teria disposição de viajar de Caetanópolis até aqui, no objetivo de atingir o nosso intercâmbio.

Descrever-lhe o que se passou comigo é impossível agora. Aquela anestesia suave que me fazia sorrir se transformou numa outra espécie de repouso que me fazia dormir.

Sonhava com vocês todos e me via de regresso à infância.

Era uma alegria que me situava num mundo fantástico.

Melodias e cores, lembranças e vozes se

mesclavam e eu me perdia naquele estado desconhecido.

Não cuidava de mim. Lembrava-me dos que ficavam, mas ainda não sabia se a mudança seria definitiva.

Acordei num barco engalanado de flores, seguido de outras embarcações, nas quais muitos irmãos entoavam hinos que me eram estranhos. Hinos em que o amor por Iemanjá era a tônica de todas as palavras.

Os amigos que me seguiam falavam de libertação e vitória.

Muito pouco a pouco me conscientizei e passei da euforia ao pranto da saudade, porque a memória despertava para a vida na retaguarda e o nosso Paulo se fazia o centro das minhas recordações.

Queria-o ali naquela abordagem maravilhosa, pois os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfei-tada de verde nas plantas bravas que as guarneciam.

Quando o barco que me conduzia ancorou suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim com paternal bondade e me convidou a pisar na terra firme. Ali estavam o meu pai Manuel e nossa Mãezinha Amélia.

Os abraços que nos assinalavam as lágrimas de alegria pareciam sem fim.

Era muita saudade acumulada no coração.

Ali passei ao convívio de meus pais e os meus guardiões retornavam ao mar alto.

Retomei a nossa vida natural e, em companhia de meu pai, pude rever você e os irmãos todos me comovendo ao abraçar a nossa Waldemira, que me pareceu um anjo preso ao corpo.

Querida irmã, não disponho das palavras exatas que me correspondam às emoções. Peço a você reconfortar o nosso Paulo e dizer-lhe que não perdi o sonho de meu filhinho que nascesse na Terra de nossa união e de nosso amor.

O futuro é luz de Deus. Quem sabe, virá para nós uma vida renovada e diferente para as mais lindas realizações?

Você diga ao meu poeta e letrista querido que estou contente por vê-lo fortalecido e resistente, exceção feita dos “copinhos” que ele conhece e que

estou vendo agora um tanto aumen-tados...

Desejo que ele saiba que o meu amor pelo esposo e noivo permanente que ele continua sendo para mim, está brilhando em meu coração, que continua cantando fora do outro coração que me prendia.

A cigarra, por vezes, canta com tanta persistência em louvor a Deus e a Natureza, que se perde das cordas que coordenam a cantiga, caindo ao chão, desencantada. O meu coração da vida física não suportou a extensão das melodias que me faziam viver, e uma simples renovação para tratamento justo me fez repousar nas maravilhas dife-rentes a que fui conduzida.

Espero que o nosso Paulo consiga

ouvir-me nestas letras. Agradeço a ele as atitudes dignas com

que me acompanhou até o fim do corpo, tanto que agradeço a você e as nossas irmãs e irmãos o respeito com que me honraram a memória, abstendo-se de reclamações indébitas junto aos médicos humanitários que se dispuseram a servir-nos.

Querida irmã, continue com o nosso grupo em Caetanópolis. O irmão José Viana e o Dr. Borges estão conquistando valiosas experiências. Muitas saudades e lembranças a todos os nossos e para você um beijo fraternal com muitas saudades de sua, Clara.

| mensagem do além |

Chico Xavier e Clara Nunes

Fonte: “O Mensageiro - Revista Espirita Cristã do Terceiro Milênio - Editoriais - Setembro de 2008.

Clara, após o desenlace, foi assistida por entidades vinculadas aos cultos afro-brasileiros que confiaram o Espírito liberto aos seus pais igualmente desencarnados

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Por Jussara Ferreira da Silva

Amigos leitores,Não faz muito tempo que

comemoramos o dia das mães...e aqui no Fraterno registramos a nossa homenagem a elas!

E foi pensando na homenagem do número anterior do Fraterno que me depa-rei com este tema: os Pais! O complemento de uma vida em família!

Companheiros queridos! Uns mais sérios e compenetrados na tarefa de suprir a família de suas necessidades e outros mais risonhos e brincalhões que, também responsáveis pelos seus lares, se misturam às crianças da casa alegrando a todos.

Porém, hoje cabem aos pais atribuições tão importantes quanto às das mães!

Atualmente, podemos perceber o quanto o papel do pai mudou se com-parado há tempos atrás. Antigamente, ao retornarem a seus lares, os pais encontra-vam seus filhos já cuidados, alimentados, com as tarefas de casa realizadas e prontos para dormir!

Hoje, observando o vai e vem frenético nas ruas, o relógio que insiste em apressar os nossos passos e a rotina que adotamos, podemos verificar que nas mãos dos pais está uma grande parte das responsabilida-des domésticas. São muitos que encontram, ao retornar a seus lares, uma rotina diária que inclui desde buscar o filho na escola, preparar a sua alimentação, acompanhá-lo nas tarefas escolares, acompanhá-lo no seu banho, até colocá-lo para dormir...tudo isso enquanto aguardam o retorno da mãe que, também, auxilia no orçamento doméstico.

Foi escrevendo sobre este tema que tive a opor tunidade de relem-brar algumas passagens com meu pai!

Alegrei-me ao pensar que, da mesma forma, quem ler esta mensagem poderia voltar no tempo e recordar os sentimentos daquela criança envolvida nos braços do seu pai!

Era, mais ou menos, assim:À noite, quando os relâmpagos e os

trovões batiam na janela do nosso quarto, era nos braços do pai que procurávamos refúgio e quando caíamos da bicicleta, ele corria para nos acudir e, então, como num passe de mágica, lá estávamos amparado por um de seus braços, pois no outro ele trazia o brinquedo para que tentássemos novamente!

Era uma sensação de segurança e proteção! Com ele qualquer desconforto passava!

E os passeios no parque? Quem não tem uma história para contar?

Certa vez, num destes passeios, brin-cávamos com uma bola enquanto meu pai lia um jornal em baixo da sombra de uma árvore. Ele não percebia quantas vezes a bola ia em sua direção na tentativa de fazê-lo desistir da leitura para se tornar criança novamente! Pensávamos que seria uma tarefa difícil, mas ele logo percebeu o nosso intento e aderiu à brincadeira!

E crescemos. . .e com o tempo a nos perseguir nos deparamos com um dos momentos mais esperados por um jovem!

Aprender a dirigir!Acho que todos nós trazemos na

memória a lembrança do nosso pai nos explicando em como conduzir aquela máquina...tarefa difícil, pois estávamos acostumados a sentir a sua mão forte a nos guiar e não imaginávamos tamanha responsabilidade!

E com os dezoito anos, novas pers-pectivas e experiências se somaram a nossa vida!

E, assim como as filhas se tornaram mães, os filhos se tornaram pais e uma nova geração se iniciou. Uma geração de pais mais companheiros, amorosos, dedicados e tão chorões quanto às mães! Não sentem mais vergonha em deixar as lágrimas caírem diante das vitórias de seus filhos! Não se envergonham em abraçá-los e beijá-los quando, agora, são os filhos que saem para trabalhar!

Dividem a sua experiência de vida com os filhos da mesma forma que dividem o computador, o joguinho do computador, a quadra de futebol, o aparelho de som e, pasmem, até a novela!

Passaram a ser cúmplices de seus filhos, a entenderem os seus limites, a lutarem pelos seus sonhos e também a não dormirem enquanto eles não retornam do passeio!

Aprenderam a trocar fraldas e a fazer mamadeiras tão bem que estão prontos para receber os filhos dos filhos e, assim como as mulheres, dizerem: Ai que sauda-des que dá!

Grandes homens! Grandes exemplos de vida!

Um abraço a todos!

| mensagem do seara |

Por Paulo Nunes

Quando os noticiários tratam de aci-dentes com aeronaves, é comum ouvirmos falar da “caixa preta”, que

apesar da destruição do avião, é preservada, porque é estruturada com o fim de registrar as causas do desastre.

Fazendo um paralelo, podemos dizer que nossa consciência é a “caixa preta” na qual ficam registrados nossos pensamentos e atos, sem que a morte logre apagar, uma vírgula sequer, de tudo quanto fizemos.

Assim, aqueles que não conseguem conceber o mecanismo pelo qual se servem as leis divinas para contabilizar os equívocos e acertos cometidos, podem imaginar, por analogia, de que forma isso acontece.

Ora, se os homens, criados por Deus, têm meios de construir um comparti-mento numa aeronave, capaz de registrar as ocorrências para posterior análise, por que é que Deus, a inteligência suprema do universo, não teria melhores condições de preservar, em nossa consciência, os registros necessários?

Aqueles que pensam que a morte do corpo físico apagará nossos feitos, estão deveras equivocados.

Se assim não fosse, como entender o dizer de Jesus, que “a cada um será dado segundo suas obras”?

Mas como é que nós responderemos perante as leis, se não as conhecemos?

Os espíritos superiores dizem que as leis divinas estão inscritas na nossa consci-ência, dessa forma, não poderemos alegar ignorância.

A afirmativa evangélica de que todos os pecados serão perdoados, exceto os que forem cometidos contra o espírito, fala dessa realidade.

Os pecados contra o espírito são as infrações cometidas contra a consciência, isto é, os equívocos conscientes.

Podemos afirmar, sem medo de errar, que muitas das atitudes equivocadas não têm o aval da nossa consciência, pois sabe-mos que estamos agindo mal.

Essa voz interior, que nos acode à mente quando planejamos uma ação má, é a voz da consciência a nos advertir para que não a concretizemos. O que ocorre, na maioria das vezes, é que não lhe damos ouvidos.

Se mesmo na justiça humana há dis-tinção entre o crime doloso e o culposo, não poderia ser diferente quanto à justiça divina, que julga sempre pela intenção e nunca pelas aparências.

Não é outro o motivo pelo qual Jesus assevera que mais será cobrado de quem mais tiver. Quem mais sabe, mais responsá-vel é pelos atos.

É dessa forma que cada um respon-derá, perante as leis divinas, diante do tribunal implacável da própria consciência, por todos os atos praticados.

Assim, é importante que consultemos periodicamente os registros da nossa “caixa preta”, para que na hora da averiguação não nos decepcionemos conosco mesmos.

E não tenhamos dúvidas! Todos teremos nosso momento de prestação de contas à divindade através da nossa consciência.

E tenhamos certeza de que somente responderemos pelos nossos atos, jamais pelos atos dos outros, porque “a cada um segundo suas obras”.

Você sabia que as leis divinas são de justiça e amor?

E que essas leis não querem a morte do equivocado, mas a eliminação do equívoco?

São também leis de misericórdia, pois nos permitem oportunidades sempre renovadas para o aprendizado das lições da vida, embora as circunstâncias não sejam as mesmas, principalmente para os recalcitrantes, que não querem aproveitá-las devidamente.

Por essa razão, não devemos adiar a hora de fazer o bem na medida das nossas forças, para que nos libertemos de vez por todas dos grilhões que nos mantêm presos ao sofrimento, e alcemos vôos mais altos, na direção da felicidade que nos acena.

Nossa ConsciênciaResponderemos pelos nossos atos, jamais pelos atos dos outros, porque “a cada um segundo suas obras”.

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