Jornal Fraterno 47

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Distribuição gratuita | [email protected] “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 47 | Ano VIII | Maio/Junho de 2011 8 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita CRESCER SEM SOFRIMENTO LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ E-mail: [email protected] (atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal) Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386 “Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$18,00” HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040 “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço”. (Paulo de Tarso – Romanos,7:19) Tarefa moral inadiável de nossa existência é perceber a necessidade de mudar e melhorar, a tão proclamada reforma íntima. Porém, para mudar e melhorar pressupõe-se o conhecimento de todas as etapas deste processo, o que nem sempre é verdade já que ainda somos ilustres desconhecidos de nós mesmos Também nesta edição EDITORIAL Mudança de atitude na casa espírita .. 2 e 3 EVENTOS Aniversário da livraria .............................................. 3 ESPÍRITO NA ESCOLA Escola como espaço mental....................... 4 e 5 DISCUTINDO A BÍBLIA Tudo em demasia deve ser evitado .......... 5 CULTURA ESPÍRITA Crescimento sem sofrimento ...................... 6, 7 e 8 MORAL CRISTÃ O candidato apressado ........................................ 9 SEXO NOS ESPÍRITOS A mulher adúltera ................................................. 10 e 11 MEMÓRIA DE CHICO XAVIER .............. 11 MENSAGEM Regressão de memória ................................................. 11 MOMENTO FRATERNO.............................. 12

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Distribuição gratuita | [email protected]

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraternoJornal Bimestral | Edição 47 | Ano VIII | Maio/Junho de 20118 anos Divulgando a Doutrina Espírita

CresCer semsofrimento

LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ

E-mail: [email protected](atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal)

Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386

“Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$18,00”

HoRÁRIo DE aTEnDIMEnTosegunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José

Cianciarulo, 89 - Centro osasco - sP. - Cep: 06013-040

“Porque não faço o bem que quero, mas o mal

que não quero esse faço”.(Paulo de Tarso – Romanos,7:19)

Tarefa moral inadiável de nossa existência é perceber a necessidade de mudar e

melhorar, a tão proclamada reforma íntima. Porém, para mudar e

melhorar pressupõe-se o conhecimento de todas as

etapas deste processo, o que nem sempre é verdade já que ainda somos ilustres

desconhecidos de nós mesmos

Também nesta ediçãoEdiTorialMudança de atitude na casa espírita ..2 e 3EvEnTosAniversário da livraria .............................................. 3EspíriTo na EscolaEscola como espaço mental .......................4 e 5discuTindo a bíbliaTudo em demasia deve ser evitado .......... 5culTura EspíriTaCrescimento sem sofrimento ......................6, 7 e 8moral crisTãO candidato apressado ........................................ 9sExo nos EspíriTosA mulher adúltera .................................................10 e 11mEmória dE chico xaviEr ..............11mEnsagEmRegressão de memória .................................................11momEnTo fraTErno ..............................12

[email protected] | FRaTERno | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 47 | Maio/Junho

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Dire-ção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006

| editorial |

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Mudança de atitude e casa espírita“Um jovem foi ao médico

queixando-se de dores ab d o mina is . E s te ,

muito atencioso, realizou exames, fez entrevistas e, ao final, chegou ao diagnóstico: Cirrose hepática, doença do fígado (neste caso) por ingestão de bebida alcoólica. Prescrito um tratamento onde o paciente deveria tomar medica-ção, fazer caminhadas diárias e ginástica. O paciente saiu satis-feito, pois ver-se-ia livre de suas dores. Ao final de um mês, retor-nou ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.

- Ah doutor! O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores. O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.

- O senhor tomou o remédio que lhe receitei?

- Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!

- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação?

- Cinco quilômetros todos os dias doutor!

- O senhor fez a ginástica como recomendado?

- Uma hora diária após as caminhadas doutor!

- O senhor parou de beber? - Não doutor... doutor continua

doendo”...A medicina terrena trata das

enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermi-dades do espírito (estando ele encarnado ou não). O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento. A Casa Espírita nos escuta, analisa, consola e também nos reco-menda mudanças de atitudes; esta vai mais além a nosso bene-

fício, pois fornece-nos o passe magnético, a água fluidificada e, em alguns casos, tratamentos de desobsessão.

Mas, assim como no caso deste paciente, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando nossas tendências nega-tivas ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginástica, recebendo passes, tomando água fluidificada...

Nesta edição, falamos sobre Reforma Íntima, aqui tratada por profilaxia da alma, sem nos atermos somente ao quesito da religiosidade, ainda que saibamos ser a mais importante base moral. Entretanto, abordamos algo mais dentro de nossa própria natu-reza, sobre o dia-a-dia, costume e hábitos e, paralelamente, aos vícios. Reformular-se não é fazer pecha sobre os atos condenáveis dos maldosos ou dos ignoran-

tes do alto de nossa cátedra moral (daquilo que já se possui). Reformular-se significa dispor-se a conhecer o universo íntimo, propor-se a melhorar, a construir um império de atitudes benévolas sobre a própria vida, acendendo dentro das possibilidades indi-viduais as virtudes que poderão nos alcançar na consciência ligada aos entendimentos de relevância divina. Estes poderão ser, sem culpa, sem sofrimentos, sem ódios, trabalhados interiormente desde que estejamos mais atentos às causas mais primárias e viciosas do que “entra” e do que “sai” de nossa boca.

Nesta conceituação às causas dos maus costumes advindos dos caprichos, pedimos licença ao leitor para enfatizar a necessidade da melhora por qualquer tipo de sofrimento, como àqueles que nos levam a procura de um abrigo de paz, de um conforto e um

alívio de nossos próprios percal-ços. Porém essa melhora só se dá lentamente, conforme a elevação sustentada pela boa vontade e não por efeito de uma panacéia, sem o suor do esforço íntimo e do sacrifício dos interesses pessoais. E assim vemos, como na historinha acima, um imprudente quei-xar-se de dor, desempenhando caminhadas, fazendo exercícios, tomando remédio, mas sem exer-cer uma migalha de esforço no burilamento da verdadeira causa – o vício do alcoolismo.

E o que não dizer daque-les mais ignorantes, os quais se acham deserdados pela vida? Dos desencorajados, os quais chegam à “casa espírita” na condição de extrema piedade, às vezes na condição moral de estropiados e coxos, contaminados pelos vícios de todas as magnitudes e perver-sões? Mormente, chegam como se fosse a um hospital implorando

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Mudança de atitude e casa espíritasocorro, enquanto que outros, após receberem o medicamento desaparecem sem a assistência da própria renovação.

Libertar-se significa conhe-cer-se a si mesmo, conforme nos disse o Mestre Jesus: “A verdade vos libertará”. Com isso, a pro-posta é o progresso em si. E, à medida que iremos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos uma maior necessidade de se entregar as ações justas de sua reforma íntima, ingressando em leiras maiores de afloramento espiritual. Todo espírita estudioso, seja neófito ou mais experimen-tado na lide doutrinária, caminha neste sentido porque sabe e compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objetivo, que é a capacidade de formar o homem de bem na própria criatura.

Para finalizarmos, algumas sugestões para boa leitura de livros escritos por vias mediú-nicas que são ricos de ensina-mentos e verdadeiros tratados de saúde mental, como terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Espírita: “Auto Conhecimento”, “O Homem Inte-gral”, “O Ser Consciente”, “Espelho D’alma”, “Momentos de Reno-vação”, “Reforma Íntima sem Martírio” e outros não necessa-riamente espíritas, mas de cunho moral elevado, que nos indicam a importância desta “reforma” por mudança de atitudes, fator essen-cial para alcançar o bem estar e o progresso visando à felicidade relativa, a qual nos é possível neste mundo chamado Terra.

Boa leitura,O Editor.

Tudo começou com o desejo de levar o conhecimento da Doutrina Espírita à população

de Osasco e região, de forma mais direta e aberta, através de uma Livra-ria focada na divulgação das obras espíritas. Isto ocorreu no começo de 2.001.

No início os três sócios, Antonio Carlos, Beraldo e Manoel encon-traram barreiras enormes, tanto financeiras, quanto por desconhe-cimento do mercado livreiro e prin-cipalmente de outros segmentos religiosos, que não aceitavam a existência de um ponto comercial destinado a divulgação de livros espíritas.

Foram momentos duros e que com persistência, ousadia e muito trabalho foram paulatinamente sendo superados.

A Livraria Espírita Mensageiros de Luz foi se consolidando e con-quistando clientes e amigos, tanto espíritas, simpatizantes e da socie-dade em geral.

Atualmente a Livraria Espírita é um ponto de encontro para os espíritas e simpatizantes da Dou-trina Espírita, bem como de apoio às Casas Espíritas, divulgando suas atividades Doutrinarias e Sociais.

A Livraria passou, na opinião do Beraldo, a se constituir numa fábrica de amizades, pois antes de clientes, seus freqüentadores passaram a ser amigos da loja, recebendo carinho e atenção de seus funcionários, o Toninho, Rosa, Cristina, Josefa e do Leozinho.

Dentro das principais realizações geradas pela Livraria Espírita, desta-camos: - Comercialização de mais de 300.000 livros espíritas em Osasco e Região; - Criação do Clube do Livro

10 anos de Divulgação da Doutrina Espírita

Espírita, atualmente com mais de 12.300 associados cadastrados; - Distribuição de mais de 2,7 milhões de mensagens espíritas; - Distribui-ção de mais de 150.000 prospectos Evangelho no Lar; - Doação de mais de 2.500 livros a Bibliotecas Públi-cas, de Casas Espíritas e Presídios; - Promoção de Eventos Espíritas em Osasco, tais como peças tea-trais espíritas, pintura mediúnica, tardes de autógrafos, feira de livros etc; - Divulgação de Eventos em Casas Espíritas e suas atividades doutrinárias; - Site com divulgação de Eventos Espíritas de Osasco e loja virtual.

Todas as realizações acima se devem ao apoio, amizade, compre-ensão e participação dos amigos da Livraria Espírita

Mensageiros de Luz.Agradecemos de coração a

todos os que participaram das conquistas acima.

Para comemorar os 10 anos de atividades, realizaremos Noite Musical Espírita, no Teatro Municipal de Osasco com a participação dos artistas e divul-gadores da Doutrina Espírita, Paula Zamp, Alan Vilches e Vansan.

O Evento será dia 14/agosto/11 – domingo, das 18:00 às 20:30h. e os interessados deverão trocar na Livraria Espírita Mensageiros de Luz, um livro espírita novo por um ingresso.

Todos os livros espíritas arreca-dados serão posteriormente doados biblioteca municipal de Osasco e bibliotecas de centros espíritas.

Venha participar deste Sensa-cional Evento e se emocionar com as vozes da Paula, do Alan e do Vansan.

Nota: serão comercializados CD’s dos artistas participantes.

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Por Dalmo Duque dos Santos

Voltando mais uma vez ao ponto inicial, não podemos esquecer que as escolas são o micro-

cosmo planetário e ao mesmo tempo partes essenciais do macrocosmo universal. Escola não é somente espaço físico, mas principalmente espaço mental. Elas possuem uma vida social própria, mas também a equivalência etérica, paralela à sua existência material, em que todas as nossas atividades sofrem as inter-ferências positivas ou negativas da espiritualidade. Estamos, todos, no planeta escola e nas escolas do pla-neta, flutuando no oceano cósmico do pensamento divino.

Nosso destino é sempre a Luz e a Evolução, leis naturais irresistí-veis, mesmo que nos rebelemos e desviemos em alguns trechos do percurso. Todos somos Espíritos, criados simples e ignorantes sabe-se lá há quantos milhões de anos. Já vencemos os obstáculos das formas minerais, vegetais e praticamente estamos nos últimos degraus da animalidade. Ingressamos no “Reino Humano”, adquirindo a ferramenta do livre arbítrio e a responsabilidade pelos nossos atos. O Reino Humano é o Reino da Mente, da Consciência.

No idioma sânscrito, prova-velmente a língua mais antiga do mundo, a palavra “mente” é “manas”, que significa campo complexo viven-cial, uso e aplicação simultânea da capacidade de pensar, sentir e agir. Daí surgiu à expressão “humanitas”, que diferencia psicologicamente a Humanidade e o Reino Animal. Esta-mos em pleno percurso ou currículo de evolução e aperfeiçoamento anímico. Não somos perfeitos, mas somos perfectíveis, ou seja, podemos almejar e atingir a perfeição relativa, progredindo passo a passo, fazendo escolhas, errando e acertando, adqui-rindo dia a dia habilidades mentais e competências espirituais defini-tivas, ora no mundo material, ora

no mundo etérico, respeitando a natureza e os nossos limites.

O conceito de “Sede perfeitos” recomendado por Jesus no Sermão do Monte é exatamente isso. Aliás, aquilo não foi um sermão no sentido vulgar do termo. Foi uma aula prática das Leis Universais e comentários sobre parâmetros morais superiores, feita por quem já passou por esses problemas e possui toda a autori-dade e experiência para fazê-la.

Na literatura e na tradição espiri-tualista encontramos um Jesus bem diferente desse que é pintado pelas antigas religiões míticas e dogmá-ticas, que confundem sua natureza individual com Deus e ao mesmo tempo atribui a ele os defeitos e pre-conceitos típicos dos seres humanos inexperientes.

Ao contrário dessa tradição sacer-dotal obscura, Jesus é um educador sideral, da estirpe dos Espíritos Ama-dores, Salvadores de humanidades em risco de abusos racionais. É uma das Setenta Entidades que governam o nosso sistema solar, inspiradas pelo Cristo de Deus ou Logos Solar, co-criador da Grande Nebulosa Via Láctea, cujo formato é um cordeiro - Agnus Dei - (Cordeiro de Deus). É um Espírito perfeito, liberto do carma individual e das reencarnações puni-tivas, evoluído há incontáveis milê-nios no Sistema Sírius, da Constelação Cão Maior. Essa estrela é também conhecida como “Stella Maris”, a mãe do Cristo, e que os egípcios chama-vam de “Isis”. Nesta impressionante citação de Mateus encontramos a síntese de todas essas características da sua ação educativa e da capa-cidade em despertar habilidades e competências “salvadoras”, ou seja, mudança de rota nos destinos humanos: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e

| o espírito na escola (parte 12) |

Escola como espaço mental

meu fardo é leve.” Jugo suave é a sua didática para mudar os sentimentos ruins, as mágoas, anulando tendên-cias viciosas; fardo leve é a sua larga experiência, a ausência do carma e a presença irresistível do compromisso de quem está na dianteira, de ilumi-nar o caminho dos que estão atrás e correm o risco de se perderem.

Nos mundos onde se manifes-tam, esses grandes Espíritos carre-gam sempre essa marca do Cordeiro, entre os braços ou sendo imolados, símbolos da sua mansuetude e da humildade. São Reis e Soberanos mandam de forma absoluta nos cora-ções, porém jamais nas consciências e nos atos humanos. Sua capacidade de realizar essas tarefas educativas heróicas, encarnando e sofrendo em mundos baixos e animalizados, são identificadas geralmente no sacrifício que fazem ao serem imolados em execuções politicamente humilhan-tes, porém de alto impacto social e da forte repercussão psíquica, para gravar nas mentes imaturas a verdade da imortalidade da alma. Segundo as tradições espiritualistas mais antigas,

são esses tipos de Espíritos que pro-jetam os corpos físicos e os currículos vivenciais das Humanidades, e que assumem a responsabilidade de educá-los ou reeducar.

Esta é uma verdade contida na metáfora do Pastor que não vai perder nenhuma ovelha do grande rebanho. No caso da Humanidade terrestre, o nosso corpo físico assu-miu um formato biológico crucial, que nas situações de dor e aflição, de braços abertos e suplicantes, representa pela cruz a iluminação pelas provas e expiações.

Essa verdade simbólica e bioló-gica também está contida nas bem-aventuranças do Sermão do Monte. A pena de morte e a crucificação de Jesus não foi uma simples fatalidade histórica da lei romana, mas a reação brutal ao seu projeto educativo dia-metralmente oposto ao materialismo e ao escravismo humano.

Foi também a confirmação da profecia de que o Cordeiro seria imolado para romper a marca da dor e inaugurar a Era da Regene-ração Planetária. A pregação dos

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Por José Rei Chaves

Para a filosofia, tudo em excesso é ruim, acaba levando a erros, princi-

palmente nas áreas política e religiosa. E os políticos e os teó-logos apelam mais para o seu egoísmo e vaidade do que para a verdade.

No Brasil, entre os erros dos exageros políticos, estão os de verbas mal empregadas, que até beneficiam outros países e, estra-nhamente, os de regimes de força. As conseqüências disso são a pre-cariedade em que se encontram os setores da saúde pública e das rodovias no nosso País. O número de médicos é deficiente. As filas para consultas são longas. As datas de atendimentos para cirurgias, mesmo as urgentes, são marcadas para meses depois. As nossas estradas, em grande parte, estão abandonadas, com os desastres multiplicando-se dia a dia.

E lembramo-nos aqui do exagerado projeto de lei da proibição da palmada em crian-ças pelos pais. A proibição do espancamento é bem-vinda, mas a de palmada é uma medida exagerada! E será que essa lei funcionaria na prática? Ela faz-nos lembrar da proibição do jogo de bicho, à qual ninguém obedece! Exageros nem os da Bíblia. Mas vejamos o que ela diz: “Não retires da criança a disciplina, pois se a fustigares com a vara, não mor-rerá” (Provérbios 23,13).Que os nossos políticos meditem sobre o dito popular de que “palmada de mãe não dói”, e que é preferível uma criança tomar palmadas de seu pai ou de sua mãe, a tomar mais tarde, quando adulta, cace-tadas da polícia.

E os teólogos ensinaram e ensinam que Deus é apenas um e que as Pessoas da Santíssima

Trindade é que são três. Assim, quando alguém pergunta a um teólogo se Jesus é também Deus, ele deveria responder categoricamente que não, que Jesus é apenas uma das três Pessoas da Santíssima Trindade. Mas ele, com a cara mais limpa do mundo, responde que sim, que Jesus é também Deus, o que é uma incoerência e contra a Bíblia: “O Pai é maior do que eu”.(João 14,28). “Por que me chamas bom? Só Deus é bom” (Marcos 10,18). E os teólogos, geralmente, acrescentam que se trata de um mistério de Deus que não podemos compreender. Mas na verdade, é mistério deles mesmos, pois eles é que criaram essa doutrina, que respeito, mas que é contraditória e que, por isso mesmo se tornou dogma. E eles tentam contornar a coisa, dizendo que Jesus é gerado e não criado. Isso é uma verborragia ou jogo de palavras, pois criar e gerar são verbos sinônimos da ação de criar ou de dar origem a um ser. A diferença é que criar pode ter um sentido mais amplo, pois pode incluir também o ato de cuidar do ser criado, enquanto pequeno. Mas quanto à ação de criar ou procriar, gerar tem o mesmo sen-tido. Exemplo: o casal tal gerou dois filhos famosos. Segundo o ensino de são Tomás de Aquino, pode-se dizer que Jesus não é o ser incontingente (incriado), mas contingente (criado). Que os teólogos corrijam seus exageros doutrinários. Isso é o que seria a verdadeira inovação evangeliza-dora de que, hoje, se fala tanto!

É mesmo verdade que tudo de mais é ruim. Que, pois, os nossos políticos e teólogos se contenham nos seus erros de excessos, uma vez que já se foi à época do coronelismo, da fé cega e da lógica ilógica!

| discutindo a bíblia |

profetas anunciava esse evento gravando na mentalidade popular a idéia simples e figurativa do “arre-pendimento dos pecados”. João Batista, um desses profetas-educa-dores, precursores de revoluções morais, era primo carnal de Jesus. Conviveu com ele na infância e na adolescência, mas só foi descobrir sua verdadeira identidade cósmica quando, na histórica e emblemática cena do rio Jordão, teve pela sua mediunidade excepcional e pré-cognitiva, a revelação ou acesso mental à imensa dimensão espiritual daquele fato, na época e no futuro.

E disse estupefato: “Eis o Cordeiro que tira os pecados do mundo! Eu batizo com água, mas Ele vai batizar com fogo”. Na simbologia espiritual batismo significa compromisso da renovação de atitudes; e pecados são defeitos morais, falta de habilidade em lidar com dificuldades pessoais graves, causando prejuízos morais para si e para os outros. Tirar pecados significa “educar”, e não condenar, perdoar superficialmente os erros e ofensas, mostrando pelo exemplo como mudar os sentimentos e as atitudes diante desses obstáculos íntimos assusta-dores. Jesus era um grande aliciador espiritual, gerador de oportunidades existenciais revolucionárias. Sua tarefa pública de apenas três anos no eixo geográfico e cultural judaico-romano foi planejada para atingir casos indivi-duais marcantes e ao mesmo tempo possuía uma dimensão coletiva de grande repercussão planetária.

Quando o apóstolo Paulo e o Mahatma Gandhi se referiam à idéia de que “o amor cobre uma multidão de pecados” ou “neutraliza o ódio de milhões”, estavam se lembrando dessa didática cósmica do rabi da Galiléia. Esse era o seu batismo com “fogo”, isto é, modificador do que há de mais rígido e pesado na matéria, o ferro, e forjador de um novo caráter. Sua sala de aula era o mundo e seus alunos eram todas as pessoas em situação de

provas ou expiações. Tinha preferência pelos piores ele-

mentos da classe: o ladrão, a prostituta, o cobrador de impostos, o revoltado, o cético, enfim, os desacreditados pela discriminação e pelo preconceito. Lia a mente de pessoas com enfermida-des físicas aparentemente incuráveis pela medicina humana, percebia o amadurecimento causado pela dor e imediatamente empreendia energias curativas, regeneradoras, liberando o corpo e advertindo o Espírito: “Vá e não peques mais!”.

Quando não havia maturidade espiritual e identificava um endure-cimento no coração as curas não se realizavam, mesmo porque os doentes não tinham coragem de se apresen-tar diante da Verdade e revelar sua condição real e autêntica. Jesus não fazia milagres e sim coisas possíveis no conjunto de leis do universo e que as pessoas comuns ainda não poderiam compreender. Só não perdia tempo com os cínicos e com os hipócritas, pois falar de coisas sérias para esses era o mesmo que jogar pérolas aos porcos. Esses, só o tempo e a dor poderiam conscientizar. Cada aluno no seu ritmo, cada lição no seu devido momento.

Sabendo de tudo isso, é preciso aprender a transpor essa dimensão planetária da espiritualidade dos gran-des Educadores de Salvação Existencial para o nosso pequeno mundo escolar, onde somos apenas humildes facilita-dores prestando pequenos socorros situacionais. Professores começam a carreira batizando com água e devem, com o passar do tempo, aprender a batizar com fogo. Para tanto, é preciso colocar em prática as ações simples e eficientes na tarefa educativa e auto-educativa no dia a dia das escolas. Para mandar nos corações dos alunos primeiro é preciso ter o coração obe-diente, a mente desarmada pela man-suetude e humildade. Dessa forma o jugo não incomoda, pois o nosso fardo fica sempre leve.

A filosofia nos ensina que tudo em demasia deve ser evitado

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ESCOLADEFUTEBOL

Por Luciana Cristillo Mendes

Tarefa moral inadiável de nossa existência é perceber a necessidade de mudar e melhorar, a tão procla-

mada reforma íntima. Porém, para mudar e melhorar pressupõe-se o conhecimento de todas as etapas deste processo, o que nem sempre é verdade já que ainda somos ilus-tres desconhecidos de nós mesmos. Nenhuma mudança começa sem que conheçamos por quê, o quê e como mudar.

O crescimento psicológico ou amadurecimento é então convidado ao nosso dia a dia através dos obs-táculos e das difíceis experiências que, gerando a dor, impulsionam essa necessidade tornando a tarefa urgente.

A melhoria pode ocorrer quando percebemos, com muito sofrimento, que somos a origem dos muitos desencontros e dificuldades de nossa vida e então nos rendemos, procurando mudar.

Desde que a mudança seja deter-minada por regras e posturas exter-nas para atender ao nosso interesse seja pessoal, coletivo ou até mesmo de caráter divino – ainda pensamos em agradar a Deus, barganhando facilidades que, cremos, tornariam nossa jornada mais amena – dificil-mente obteremos êxito.

Então, acicatados pela dor, neó-fitos ou experimentados nas lides doutrinárias do Espiritismo, imbuídos da necessidade de mudar e melhorar, procuramos formas de auto-ajuda que satisfaçam os nossos propósitos espirituais, comprometidos com a verdadeira finalidade da existência.

O crescimento psicológico ocorre quando deixamos de viver numa ati-tude auto centrada, marcadamente egoísta, e do objetivo de superio-ridade pessoal, caracterizada pelo orgulho, para uma atitude de domí-nio construtivo do meio ambiente

e de desenvolvimento socialmente útil. A luta construtiva pela supe-rioridade e o forte interesse social e cooperação são os traços básicos do indivíduo saudável.

AUTOCONHECIMENTOO Espiritismo, no item 292 do

Livro dos Médiuns, orienta: “não olvideis que o objetivo essencial, exclusivo, do Espiritismo é vosso adiantamento...” de forma a que nos instruamos nos ensinamentos filosóficos e científicos e amemos conforme os ensinamentos evangé-licos de Jesus.

O espírito, ao reencarnar, traz con-sigo valores éticos e morais, conhe-cimentos e experiências acumuladas através do tempo. Nasce equipado com um arcabouço psicológico – repertório de estruturas mentais em forma de vocações, tendências, sentimentos e idéias – que, em con-tato com o meio ambiente da atual encarnação, se manifesta espontane-amente. O espírito encarnado veste uma roupagem – sua personalidade atual – e vivencia diversas personali-dades ao longo das existências.

O esquecimento temporário das existências anteriores não nos impede o autoconhecimento, basta analisarmos nossas tendências, sen-timentos e pensamentos. Em con-junto com esses fatores, a educação recebida e a influência do ambiente em que vivemos só podem limitar ou aprimorar e não determinar inte-gralmente nosso jeito de ser, pensar e agir.

O caminho do autoconheci-mento nos leva a uma compreensão profunda do comportamento pes-soal de forma a pararmos de simular a criatura idealizada que pensamos ser, para que possamos descobrir dentro de nós os sentimentos e atitudes desagradáveis que causam tantos transtornos e desarmonia, assumindo integral responsabilidade por nós mesmos.

Crescimento sem sofrimento

Conhecer a si mesmo significa reconhecer e aceitar que há em nós os dois lados de todas as coisas. Somos capazes de ter medo e valen-tia, de sentir raiva e ternura, sermos generosos e egoístas, frágeis e fortes e nem por isso somos inexoravel-mente bom ou maus, sem remissão. O autoconhecimento dá a criatura sabedoria suficiente para que saiba julgar a si própria – pré-requisito para poder entender os outros, o que é condição indispensável para o exer-cício do verdadeiro perdão.

Por outro lado, nos relacionamen-tos familiares e sociais costumamos não expressar nossa realidade íntima, não vivendo o que somos, sim-plesmente seres humanos, por não termos humildade para assumir essa condição. Costumamos transferir nossa responsabilidade ao próximo,

imputando-o de características que não gostamos ou aceitamos, mas que na verdade pertencem a nós.

MUDAR PARA MELHORARA velha e boa ciência psicológica

denomina esse mecanismo de “proje-ção”, do qual podemos dar exemplo flagrante de sua gravidade. Em artigo publicado na revista Época, a jorna-lista Eliane Brum discorre sobre a psi-cologia social dos crimes hediondos, a exemplo do infeliz acontecimento na escola de Realengo, o que nos dá uma visão real da nossa realidade psicológica e do quanto precisamos mudar e melhorar.

“De tempos em tempos, somos assaltados por um barbarismo san-grento cometido por alguém contra um outro – ou outros. E depois, com o passar dos dias, vamos esquecendo.

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prio assassino ao cometer seu crime, porque estamos com muita raiva e somos melhores do que ele. Somos humanos, afinal.

Supostamente há uma linha eletrificada e de arame farpado entre o monstro e o resto de nós. Infelizmente essa linha é muito mais tênue – e no fundo de nós sabemos disso. Ou pelo menos desconfia-mos. Mesmo quando negamos isso – e especialmente quando negamos com veemência.

Nada mais difícil do que aceitar os próprios demônios – e lidar com eles. E nada mais fácil do que acre-ditar que só os outros os possuem. E aqui não estou me referindo ao conceito religioso de demônio, mas aos sentimentos bem humanos que convivem em nós – e mesmo nos mais santos entre nós – apesar de nossas melhores intenções.

Quem olha para dentro de si com alguma honestidade sabe que é menos limpinho do que gostaria. E lida com isso – em vez de repri-mir ou transferir ao outro. Demô-nios internos, infelizmente, não são transferíveis. Mesmo quando, diante de crimes bárbaros, temos a opor-tunidade de nos iludir por algum tempo que o autor pertence à outra espécie.

Enquanto isso, há muito que está ao nosso alcance. Há sempre muito para mudar na nossa relação dentro e fora de casa na vida miúda e nem por isso destituída de extraordinários do dia a dia.

Há sempre muito a fazer – e a maioria de nós pouco ou nada faz. Enquanto isso, as escolas públicas caem aos pedaços todos os dias; adolescentes pobres chegam a níveis avançados sem ler nem escrever ano após ano; há mais gente morrendo por falta de atendimento no SUS do que em qualquer chacina; há gente nem um pouco monstruosa per-dendo a vida a cada chuvarada por causa de obras públicas que deixa-

ram de ser feitas; há ainda gente pas-sando aquela fome persistente que não mata, mas aniquila; os impostos que nos custam seguem descendo pelo ralo da corrupção e do desper-dício; parte de nós nem lembra em que deputado e vereador votou para representá-lo, muito menos cobra uma atuação responsável; e às vezes os que clamam por linchamento são os mesmos que maltratam a companheira e humilham os filhos ou os que tratam seus empregados aos gritos, pagam salários indignos e descumprem as mais básicas leis trabalhistas.

Há desrespeitos e desamparos de todos os formatos ao nosso redor e ao alcance de nossa ação dia após dia. E isso parece não mover a indignação da maioria. E não me refiro à indig-nação palavrosa, fácil, mas àquela que leva à ação e à transformação, a começar pela transformação de si mesmo. Das suas relações com os seus e com o mundo em que atua. E por que não move?

Porque dá trabalho. E a maioria de nós não quer ter trabalho algum. Porque esse esforço na maioria das vezes é invisível – e o que todos querem é ser herói, ainda que por um dia. E se os heróis das histórias em quadrinhos tinham identidade secreta, na vida real em geral só vale a pena ser herói se tiver alguma câmera de TV por perto.

É muito mais fácil gastar toda essa indignação travando o maxilar diante da TV, batendo o punho na mesa do bar, discursando na parada de ônibus. E, infelizmente, também por causa de nossa inação, não faltarão crimes bárbaros para continuar nos assegurando de nossa normalidade e de que somos cidadãos de bem.

Construir sentido para a vida não é fácil. Com certeza é bem mais difícil do que vociferar contra os “monstros” que se alternam diante de nossa moral cada vez mais indefinida – em imagens com ótima definição”.

Crescimento sem sofrimento

Até sermos tomados mais uma vez por um crime hediondo diferente, mas pela mesma revolta e por uma vontade sanguinária de matar com requintes de crueldade (aqui o clichê é necessário) o monstro assassino – e, se já estiver morto, a vontade de matá-lo quantas vezes for necessária, de preferência com mais violência do que a usada por ele.

É natural – e mesmo desejável – que nos choquemos com a violên-cia. Seria preocupante se achássemos corriqueiros acontecimentos como o de Realengo – e se não nos como-vêssemos com as vítimas (e alguns, como eu, também com a solidão, o desamparo e a dor do assassino).

Crimes bárbaros e espetaculosos chocam, causam sofrimento – mas também dão algo a cada um de nós. Algo de que gostamos e que nos

é conveniente, mesmo que jamais admitido. A começar pela reafirma-ção da certeza de que a loucura está sempre no outro. A violência pertence ao outro. Como parte da mídia prefere simplificar e tachar o assassino de monstro, melhor ainda. O desejo de matar ou/e de violar, o desespero extremo ou a indiferença pelo destino alheio, tudo isso per-tence a alguém que não é como nós. É um monstro – e nós somos gente.

Se nós, como cidadãos do bem, temos ganas de arrancar os olhos e finalmente matar o tal do monstro, isso não nos aproxima dele – porque então nós temos outro nome plena-mente aceito pelo senso comum: “justiça”. É apenas uma questão de justiça, olho por olho, dente por dente. Talvez desejemos um pouco mais de olho e de dente que o pró-

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SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃOGastamos muita energia no

processo de dissimular e esconder nosso verdadeiro Eu. Mudamos e nos transformamos rapidamente em alguém agradável que, acreditamos, receber das pessoas com quem convivemos admiração e elogios. Vivemos na superfície e não busca-mos as profundezas, a realidade, a vivência espiritual.

Além disso, muitos de nós desen-volvemos a crença de que nos pri-vando das alegrias da vida, cultuando o sofrimento, não cuidando de nós mesmos, sendo austeros e mártires, rígidos e intolerantes, desempenha-ríamos bem nossa missão terrena. Não existe nenhuma recompensa em cultuar a dor e não devemos mostrar como temos sido padecen-tes, mas aprendermos como cessar as amarguras que nos afligem, como crescermos espiritualmente, como superarmos nossos pontos fracos, como repararmos as ofensas come-tidas e prosseguirmos no cultivo do progresso interior, com tranqüilidade e satisfação de viver.

Quem humildemente se lança no autoconhecimento e adota a resolução da reforma íntima tem um referencial para saber se está sendo autêntico: o prazer de viver.

Enquanto o ideal martirizante modela as pessoas para o sacrifício e uma abnegação exagerada para agradar a Deus, visando uma troca para adquirir a salvação eterna, o papel de vítima costuma ser usado para dissimular uma grandeza ine-xistente na alma. Oculta igualmente uma máscara de resignação para que o indivíduo não tenha consciência de quem realmente seja - mudar para quê se eu sei que sou bonzinho?

Sentir ciúme, raiva, fúria, insegu-rança, desejo, não faz de nós indi-víduos melhores ou piores e não é isso que deve ser combatido quando nos propomos a melhorar. O que moralmente nos afeta é o que vamos

fazer ou não com esses sentimentos e emoções. Admiti-los não significa que iremos nos tornar instintivos, brutos, libertinos ou malcriados, mas que nos reconhecemos e sabemos o que fazer com nosso mundo íntimo, usando o livre-arbítrio para redirecio-narmos nossas reações.

E tudo isso cooperará para que nos defendamos dos espíritos enganadores, sejam encarnados ou desencarnados, através da sintonia espiritual a que nos predispomos quando da vivência dos nossos sen-timentos, pensamentos e atitudes. Conhecendo nosso íntimo e refor-mulando nossas atitudes poderemos determinar a qualidade de sintonia e banir das nossas experiências os rela-cionamentos insalubres, os abusos de poder ou qualquer gênero de violência.

Relacionamentos obscuros e mal-definidos nos causam fadiga, medo e

diversas doenças pela dificuldade em impor nosso ponto de vista, desco-nhecido até de nós mesmos. Vivemos tão distanciados da nossa vida íntima que qualquer tratamento menos feliz a nós dispensado não desperta nosso senso de auto-cuidado – afinal, como cuidar de necessidades que não conhecemos?

Em contrapartida, quanto mais valorizamos nossa força interior, mais seremos eficientes e lúcidos em relação a tudo e a todos. Quando nos familiarizamos com a voz da consciência e nos acostumamos a agir conforme ela, passamos a sentir segurança e bom senso nos pensamentos e nas atitudes que tomamos.

O autoconhecimento e a reforma íntima nos pedem uma nova ética nas relações e na vida sem a qual a incursão no mundo íntimo pode estacionar em mera atitude de devas-

sar a subconsciência sem propósito de mudança para melhor.

Contudo, é muito importante ressaltar que existe um frágil padrão de validação da conduta espírita tomando conta dos costumes entre os idealistas. “Espírita faz isso e não faz aquilo”, o que tenta enquadrar o valor das ações em estereótipos. O autoconhecimento baseado no Espiritismo é um roteiro seguro e que não deve ser encarado como regras de absorção instantânea ou dogmas; essa visão imediatista pode gerar aflição, angústia, temores e culpa por não sermos como acreditamos que deveríamos ser, supervalorizando nossos defeitos numa neurotização de melhoria, levando ao desperdício das oportunidades de crescimento.

FINALO compromisso com Jesus é

sermos quem conseguirmos ser o mais honesta e retamente possí-vel para que a reforma íntima seja edificada em bases reais e está-veis, melhorando sempre e a cada dia. Exercendo educação ao invés de controle, além da disciplina, o desenvolvimento de qualidades inatas permitirá que casas espíritas promovam-se de postos de socorro e alívio a núcleos de renovação social e humana através do incentivo de valores éticos e morais.

Para finalizar essas despretensio-sas linhas, relembramos o ensino dos espíritos em questão apresentada por Kardec em “O Livro dos Espíritos”:

“Pode alguém, por um proceder impecável na vida atual, transpor todos os graus da escala do aper-feiçoamento e tornar-se espírito puro, sem passar por outros graus intermediários?”

RESPOSTA: “Não, pois o que o homem julga perfeito longe está da perfeição. Há qualidades que lhe são desconhecidas e incompreensíveis. Poderá ser tão perfeito quanto o comporte a sua natureza terrena, mas isso não é a perfeição absoluta”.

| cultura espírita (cont.) |

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Quando Tiago filho de Zebe-deu, seguia o Mestre, a pequena distância, junto

às margens do Jordão, eis que se aproxima jovem e piedoso senhor de terras, interessado em aderir ao Reino do Céu.

Resoluto avançou para o Após-tolo e indagou:

- Em verdade, o Messias é porta-dor de uma Boa Nova?

O seguidor do Nazareno, mos-trando imensa alegria no olhar cân-dido e lúcido, informou feliz:

- Sim, é o mensageiro da Vida Eterna. Teremos, com Ele, o mundo renovado: nem opressores e nem víti-mas, e sim irmãos, filhos do mesmo Pai...

A que lema obedece? – Inquiriu o rapaz, dono de extensa proprie-dade.

- O amor a Deus, acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos – respondeu Tiago sem titubear.

- E a norma de trabalho?- Bondade para com os seres,

inclusive os próprios inimigos.- O programa?- Cooperação com o Pai Supremo,

sob todos os aspectos, em favor do mundo regenerado.

- O objetivo?- Felicidade para toda criaturas.- Que diretrizes estatui para os

momentos difíceis?- Perdão extenso e sincero,

esquecimento do mal, auxílio mútuo, fraternidade legítima, oração pelos adversários e perseguidores, serviço desinteressado e ação altruística sem recompensa, com absoluta perseve-rança no bem, até o fim da luta.

- Espera vencer sem exercício e sem armas?

- O Mestre confia no concurso dos homens de boa vontade, na Salvação da Terra.

- E mesmo assim admite a vitória final?

- Sem dúvida. Nossa batalha é a da luz contra a sombra; dispensa a competição sangrenta.

- Que pede o condutor do movi-

mento, além das qualidades nobres mais comuns?

- Extrema fidelidade a Deus, num coração valoroso e fraterno, disposto a servir na Terra em nome do Céu.

O moço rico exibiu estranho fulgor nos olhos móveis e perguntou, após ligeira pausa:

- Acredita possível meu ingresso no círculo do Profeta?

- Como não? – Exclamou Tiago, doce e ingênuo.

E o rapaz passou a monologar, evidenciando sublime idealismo:

Desde muitos anos, sonho com a renovação. Nossos costumes sofrem decadência. As vozes da lei morta nos escritos sagrados. Fenece o povo escolhido, como a erva improdutiva que a Natureza amaldiçoa. O romano orgulhoso domina em toda parte. O mundo é uma fornalha ardente, em que os legionários consomem os escravos. Enquanto isto, Israel dorme, imprevidente, olvidando a missão que Jeová lhe confiou...

Tiago assinalava-lhe os argu-mentos, deslumbrado. Nunca vira entusiasmo tão vibrante em homem tão jovem.

- O Messias nazareno – prosse-guiu o rapaz, em tom beatífico – é o embaixador da verdade. É indis-pensável segui-lo na santificação. O Templo de Jerusalém é a casa bendita de nossa fé; entretanto o luxo desbordante do culto externo, regado a sangue de touros e cabri-tos, obriga-nos a pensar em castigo próximo. Cerremos fileira com o restaurador. Nossos antepassados aguardavam-no. Aproximemo-nos Dele, a fim de executar-lhe os planos celestiais.

Demorando agora o olhar na radiante fisionomia do filho de Zebe-deu, acrescentou:

- Não posso viver noutro clima... Procurarei o Messias e trabalharei na edificação da nova Terra!...

Desvencilhou-se do cabaz de uvas amadurecidas que sustinha na mão direita e gritou:

- Não perderei mais tempo!... Afastou-se, lépido, sem que

o discípulo do Cristo lhe pudesse acompanhar as passadas largas.

Marcos, o evangelista, descreve-nos o episódio, no capítulo dez, encontrando-se a narrativa nos ver-sículos dezessete a vinte e dois.

Pôs-se o rapaz a caminho e chegou, correndo, ao lado de Jesus. Arfava, cansado. Pretendia imediata admissão no reino do céu e, ajoe-lhando-se, exclamou para o Cristo:

- Bom Mestre que farei para herdar a vida eterna?

O Divino amigo contemplou-o, sem surpresa, e interrogou:

- Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus.

Diante da insistência do candi-dato, indagou o Senhor quanto aos propósitos que o moviam, esclare-cendo o rapaz que, desde a meninice, guardava os mandamentos da lei.

Jamais adulterara, nunca matara, nunca furtara, e honrava pai e mãe em todos os dias da vida.

Terminando o ligeiro relatório, o jovem inquiriu aflito:

- Posso incorporar-me, Senhor, ao Reino de Deus?

O Mestre, porém, sorriu, e expli-cou:

- Uma coisa te falta. Vai, dispõe de tudo o que te prende aos interesses da vida material, dando o que te per-tence aos necessitados e aos pobres. Terás, assim, um tesouro no Céu. Feito isto, vem e segue-me.

Foi, então, que o admirável ide-alista exibiu intraduzível mudança. Num momento, esqueceu o domínio romano, a impenitência dos israelitas, o sonho de redenção do Templo, a Boa Nova e o mundo renovado... Extrema palidez cobriu-lhe o rosto, e ele, que chegara correndo, retirou-se em defini-tivo, passo a passo, muito triste...

(Mensagem extraída do livro “Luz Acima”, cap 15)

| moral cristã |

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Os casos de mudança radical de conduta não são muito comuns, no entanto, há his-

tórias memoráveis, que despertam os que transitam pela penumbra da indecisão. Mencionamos, abaixo, três desses grandes exemplos, emocionantes, que fazem acreditar na Bondade Divina, que não quer que nenhum dos filhos de Deus se perca. Começamos com a história da “mulher adúltera”, narrada par-cialmente pelo evangelista João, passamos pela biografia resumida de Maria Madalena e terminamos com o exemplo importante de Santo Agostinho. Lembramos aos prezados Leitores e Leitoras que AMÁLIA RODRIGUES ditou, através da psicografia de DIVALDO PEREIRA FRANCO, quatro livros narrando his-tórias bíblicas, dentre as quais as das duas mulheres extraordinárias acima referidas. Transcrevemos os textos abaixo sem nenhuma alteração, em consideração, principalmente nos dois primeiros, à sua beleza literária e suave encantamento.

A mulher equivocada(matéria publicada no Jornal Mundo

Espírita - fevereiro/2004)

Seu nome não é citado nos Evan-gelhos, nem as tradições apostólicas o registraram de alguma forma que alcançasse os nossos dias. O evan-gelista João é o único a narrar seu encontro com Jesus, no capítulo 8 do seu Evangelho, nos versículos 2 a 11, portanto, deve ter sido testemunha ocular. As folhas do outono juncavam o chão.

Terminadas estavam as festivida-des dos Tabernáculos, ou Festa das Tendas, considerada pelo povo de Israel a mais espetacular de todas as festas. Para a celebrar, cada família devia construir nos arredores de Jeru-salém uma cabana de folhagens, na qual residiria por uma semana.

As cabanas deviam relembrar aos filhos de Israel que Iavé os fizera

morar nelas, quando saíram do Egito e peregrinavam pelo deserto. Dos rituais, fazia parte toda manhã, uma procissão de sacerdotes que descia o monte Moriá até a fonte de Siloé, acompanhada pelo povo, que levava palmas, ao som do shofar (longo chifre de carneiro que serve de trombeta).

Colhida a água em vaso de ouro, tornava a multidão a subir a colina do templo, onde os sacerdotes derramavam o líquido, misturado com vinho, no altar dos holocaustos. Jesus viera a Jerusalém para partici-par da Festa e permanecera, con-cluídas as festividades, pregando. Naquele dia, “Ele estava próximo à porta Nicanor, do lado leste do Templo, chegando pelo caminho do Monte das Oliveiras, acompanhado dos discípulos.” (1)

Então, um grupo de fariseus, em meio a um grande alvoroço, lhe trouxe uma jovem mulher, apa-rentemente apanhada em flagrante adultério.Diga-se que, entre o povo de Israel, a definição de adultério não era a mesma para o homem e a mulher.

O homem somente era acusado de adultério se tivesse relações com uma mulher casada ou noiva, porque, entendia-se, agredia outro homem.

A mulher, adulterando, agredia o matrimônio. Suspeita de adulté-rio, era submetida à prova da água amarga. Devia beber uma monstru-osa bebida à base de pó apanhado no Templo. Se vomitasse ou ficasse doente, era considerada culpada. Sur-preendida em flagrante, a pena era a morte, que igualmente era aplicada à mulher que fosse violada dentro dos muros da cidade, pois supunha a Lei que, dentro da cidade, se ela tivesse gritado por socorro, teria sido ouvida e socorrida. Os fariseus submetem a adúltera ao julgamento de Jesus. Em verdade, embora tivessem olhos de lince para todas as faltas do pró-

A mulher adúltera| sexo nos espíritos |

ximo, a questão daquela hora visava muito mais aproveitar o incidente para armar uma cilada ao Profeta de Nazaré do que zelar pela pureza do matrimônio.

Eles a jogaram no chão e ela ali ficou, sem coragem sequer de erguer os olhos. Sabia que delinqüira e conhecia a penalidade. Sabia, igualmente, que ninguém dela se apiedaria. Ninguém, senão Ele.

Enquanto a indagação dos fari-seus aguarda uma resposta do Rabi, sobre a pecadora, Ele se inclinou e traçou na areia do pavimento carac-teres misteriosos. Que escreveria Ele? O nome do cúmplice que se evadira? O nome do marido que, ferido no orgulho, permitia fosse sua esposa tão vilmente tratada? Narram diver-sos intérpretes do texto evangélico, que Ele grafava a marca moral do erro de cada um.

Curiosos, os que ali esperavam a sentença de morte, para se exta-siarem no espetáculo de sangue e

impiedade, podiam ler: ladrão, adúl-tero, caluniador...

Em síntese, as suas próprias maze-las morais.

Crescia a expectativa. Jesus se ergueu, percorreu o olhar

perscrutador pela turbamulta dos acusadores, que sentiu atingir-lhes a intimidade, e disse tranqüilamente: “Aquele dentre vós que estiver sem erro, atire-lhe a primeira pedra”. Em silêncio, os circunstantes se afasta-ram, um a um, a começar pelos mais velhos. “Sim, os mais velhos trazem maior soma de empeços e proble-mas, remorsos e azedumes...” (1)

No meio da indecisão geral, Jesus tornou a traçar na areia sinais enigmá-ticos. Quando o silêncio se fez, Ele se levantou. Ali estava a mulher à espera do seu castigo. Se todos os demais haviam partido, ela devia esperar da parte dEle a sentença e a execução. O Divino Pastor considerou a fragilidade do ser humano e, compadecido com

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suas misérias morais, lhe disse: “Mulher, onde estão aqueles que te acusavam? Ninguém te conde-nou?” “Ninguém, Senhor” - ousou responder à meia-voz. Então, em vez do sibilar mortífero das pedras, ela ouviu as palavras do perdão e da vida: “Nem eu tão pouco te con-deno: vai e não tornes a pecar!”

As anotações evangélicas se resumem ao episódio. Contudo, o espírito Amélia Rodrigues nos conta que, naquela noite, a equi-vocada procurou o Mestre, na residência que O acolhia. Falou da fraqueza que a dominara, nos dias da mocidade, sentindo-se sozinha. O esposo, poucos dias após o matrimônio, retomara as noitadas alegres e despreocupadas junto dos amigos. Ela se sentira carente e cedera ao cerco do sedutor, que a brindava com atenção e pequenos mimos. Nada que a desculpasse, reconhecia. E agora, consumada a tragédia, para onde iria? O esposo não a receberia, após o espetáculo público. Também não poderia contar com a proteção paterna, porque fora levada à execração pública, não simplesmente rece-bendo uma carta de repúdio, o que poderia servir até como inde-nização ao seu pai, pois o marido que assim procedesse deveria devolver uma parte do dote da noiva ao sogro. Não havia lugar para ela em Jerusalém. Que seria dela, só e desprotegida? O Mestre lhe acenou com horizontes de renovação, discorrendo sobre a memória do povo que é dura-doura para com as faltas alheias. Ela sentiu, nas entrelinhas, que deveria buscar outras paragens, lugares onde não a conhecessem, nem o drama que acabara de viver. Na despedida, Jesus a confortou: “...Há sempre um lugar no reba-nho do amor para as ovelhas que retornam e desejam avançar. Onde quer que vás, eu estarei contigo e

a luz da verdade, no archote do bem brilhará à frente, clareando o teu caminho.”

Dez anos passados e ei-la, em Tiro, em casa humilde, onde recebe peregrinos cansados e enfermos sem ninguém. Um pouso de amor ela erguera ali. Não esquecera jamais daquele entardecer e da entrevista noturna. Tornara-se uma divulgadora da Boa Nova. De seus lábios brota-vam espontâneas as referências ao Doce Rabi, alentando as almas, enquanto limpava as chagas dos corpos doentes.

Foi em um cair de tarde que lhe trouxeram um homem quase morto. Ela o lavou e pensou-lhe as chagas. Deu-lhe caldo recon-fortante e, tão logo o percebeu aliviado das dores, lhe ofereceu a mensagem de encorajamento, em nome de Jesus. Emocionado, confessa ele que conhecera o Galileu, num infausto dia, em Jeru-salém. Odiara-O, então, porque Ele salvara a mulher que adulterara, a sua esposa, mas não tivera para com ele, o ofendido, nenhuma palavra. O tempo lhe faria meditar em como se equivocara em seu julgamento. Confessa que, desde algum tempo, vinha buscando a companheira, procurando-a em muitos lugares, sem êxito. Até que a doença lhe visitara o corpo, consumindo-lhe as energias.

“Embargada pelas emoções em desenfreio, naquele momento, a mulher recordou-se da praça e do diálogo, à noite, com o Mestre, um decênio antes, reconheceu o companheiro do passado e sem dizer-lhe nada, segurou-lhe a mão suavemente e o consolou: “...Deus é amor, e, Jesus, por isso mesmo, nunca está longe daqueles que O querem e buscam. Agora durma em paz enquanto eu velo, por-quanto, nós ambos já O encon-tramos...”

Memórias de Chico Xavier

Por Emmanuel

Se fomos trazidos a Terra para esquecermos o nosso passado, valorizar o presente e preparar

em nosso benefício o futuro melhor, porque provocar a regressão da memória do que fomos ou fizemos, simplesmente por questões de curio-sidade vazia, ou buscar aqueles que foram nossos companheiros, a fim de regressar aos desequilíbrios que hoje resgatamos?

A nossa própria existência atual nos apresentará as tarefas e provas que, em si, são a recapitulação de nosso passado em nossas diversas vidas, ou mesmo, somente de nossa passagem última na Terra fixada no mundo físico, curso de regeneração em que estamos integrados nas cha-

madas provações de cada dia.Por que efetuar a regressão de

memória, unicamente para chorar a lembrança dos pretéritos episódios infelizes, ou exibirmos grandeza ilu-sória em situações que, por simples desejo de leviana retomada de acon-tecimentos, fomos protagonistas, se já sabemos, especialmente com Allan Kardec, que estamos eliminando gra-dativamente as nossas imperfeições naturais ou apagando o brilho falso de tantos descaminhos que apenas nos induzirão a erros que não mais desejamos repetir?

Sejamos sinceros e lancemos um olhar para nossas tendências.

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Xavier, em sua casa – Uberaba – MG , no dia 30 de julho de 1991)

“...No futuro, os homens cogitaram de se prepararem, em base de educação raciocinada, sobre o que lhes acontecerá depois da morte no plano físico, porque, efetivamente, ninguém vai morrer, no sentido de desaparecer, de vez que nos achamos todos, quei-ramos ou não, diante de nossa própria imortalidade, além do corpo que usamos atualmente”.

Regressão de memória

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| momento fraterno |

Por Jussara Ferreira da Silva

Amigos leitores,Nesse número estamos

discorrendo sobre o tema Reforma Íntima e por meio

desse assunto busquei nas minhas lembranças a referência de um livro que li, com o mesmo título. Trata-se da 3ª edição do livro “Reforma Íntima, Sem Martírio”, de Wanderley Soares de Oliveira pelo espírito Ermance Dufaux, cujo exemplar estava ali, cuidadosamente colocado junto a outros tantos.

Mas antes de perguntarem por que guardo meus livros, vou me explicar: é, sem dúvida nenhuma, um hábito ruim. Os livros não devem ser guardados e sim divididos. Após a sua leitura não devemos retê-los conosco. Eu sei disso. Mas confesso que eles fazem parte da minha vida e gosto de buscá-los para algu-mas consultas e também quando desperta aquela vontade de lê-los novamente. E assim aconteceu... fui consultá-lo.

Como em todos os livros, e até por esse motivo não tenho o costume de tomá-los emprestado, percebi que havia nas suas páginas varias anotações minhas, nesse caso a lápis. São partes do livro que assi-nalei, pois certamente me tocaram de alguma forma e é sobre elas que gostaria de falar-lhes.

Logo no Prefácio, este escrito por Cícero Pereira, me deparei com a parte de um texto assinalado ante-riormente por mim que dizia assim: “ A única postura que nos assegurará a mínima certeza de que algo esta-mos realizando em favor de nossa ascensão espiritual, na carne ou fora dela, é a continuidade que damos aos projetos de renovação que idealiza-mos. Os obstáculos serão incessantes até o fim da existência, não nos competindo nutrir expectativas com facilidades mas sim a coragem e o otimismo indispensáveis para vencer um desafio após o outro.”

Já nesse início da minha consulta

me recordei do quanto poderia ser difícil o processo de reforma íntima, e continuei a folhear o livro quando outro texto me chamou a atenção: - “Assim como o corpo não extirpa partes adoecidas, mas procura har-monizá-las ao todo, a alma procede seu crescimento dentro do princípio de “reaproveitamento” de todas as experiências infelizes.” - E também: - “Quem busca o aprimoramento de si mesmo tem como primeiro desafio o encontro consigo.”

Parei para pensar em como seria proveitosa essa leitura, pois, mesmo sendo partes de um contexto, ainda assim seria gratificante relembrar o que aquelas linhas expressavam! E continuei.

“Maturidade pode ser definida pela capacidade individual de ouvir a consciência em detrimento dos apelos do ego.” - (...) “Reformar-se é tomar consciência do si mesmo, da perfeição latente à qual nos destinamos.” – Pensei: Como nos reformarmos? Ouvir a nossa cons-ciência deixando de lado o orgulho de uma personalidade antiga, acos-tumada a produzir críticas ao invés de elogios, falsamente desprovida de defeitos e, da mesma forma, fal-samente submersa em sentimentos de justiça e que analisa o próximo esquecendo-se da tarefa a que se comprometeu?

Continuei a minha leitura. “Muitos corações transformam o erro e a insatisfação com suas experiências em quedas lamentáveis e irrecupe-ráveis, quando a escola da vida é um gesto de sabedoria e complacência convidando-nos sempre a reer-guer e recomeçar, perante todos os insucessos do caminho.” - Seria um convite ao perdão e à benevolência por nós mesmos? À aceitação dos nossos erros e a continuar a nossa caminhada? Acho que sim. - “Não é a intensidade da dor que educa, e sim o esforço de aprender amenizá-las.” - Tive certeza: era um convite ao perdão pelos nossos erros e à cora-gem de nos aperfeiçoarmos!

Perseverando na minha pesquisa, e me aprofundando no assunto em questão, encontrei uma passagem que já nos é conhecida, graças aos ensinamentos que a Doutrina Espírita nos proporciona: “Com a presença das recordações claras sobre os acontecimentos pretéritos, a mente estacionaria na vergonha e no remorso, no rancor e na mágoa, sem um campo propício para o recomeço (...)” - A presença de nós no tempo presente da experiência terrena, sem querer imputar ao passado as nossas dores, nos possibilita assumir a necessidade de nos reformarmos olhando para frente e seguindo a maturidade que atingimos da consci-ência, pois - “Imperfeições são nosso patrimônio. Serão transformadas, jamais exterminadas.”

Folheando mais e mais as páginas do meu livro, encontrei no capítulo “Fé nas Vitórias”, vários trechos que me entusiasmaram a continuar esse meu relato:

“A reforma íntima, assim como qualquer projeto de vida, exige oti-mismo e fé para alcançar seus obje-tivos. Só será concretizada através de uma relação de confiança conosco mesmo. É a crença de que somos capazes de livrarmos dos males que nos acompanham nas milenares experiências.”

“Valorizamos aquilo que gosta-ríamos de ser, contudo, valorizemos também o que já conseguimos deixar de ser, aquilo que não nos con-vinha. Valorizemos a luz que há em nós; é com ela que resgataremos a condição de criaturas em comunhão com as Sábias Leis do Pai.”

“Nunca esqueça que mais impor-tante que a severidade da disciplina com nossas imperfeições é alegria que devemos cultivar com nossos peque-nos triunfos e nossas tenras qualida-des. Alegria é fonte de motivação e bem-estar para todos os dias.”

“Nos momentos de decepção contigo busque o trabalho, a oração e prossiga confiante na tua luta pessoal, acreditando nas tuas peque-

nas vitórias. Logo mais perceberás, espontaneamente, o valor que elas possuem para a tua felicidade e o quanto significam para os que te rodeiam.”

Mas foi no capítulo “Dialogo sobre ilusão” que encontrei um texto não assinalado por mim, mas que certamente eu não poderia deixar de reproduzi-lo aqui. Para entender, leiam as passagens abaixo:

- “Fazer as pazes com as imper-feições”

- “Abandonar os estereótipos e aprender a se valorizar com res-peito”

- “Descobrir a sua singularidade e vivê-la com gratidão”

- “Coragem para descobrir seus desejos, tendências e sentimentos”

- “Exercitar a auto-aceitação atra-vés do perdão”

- “Munir-se de informações sobre a natureza de suas provas”

- “Aprender a ouvir com atenção o que se passa a sua volta”

- “Dominar o perfeccionismo nutrindo a certeza de que ser falível não nos torna mais inferiores”

- “Valorizar afetivamente as suas vitórias”

- “Descobrir qualidades, acreditar nela e colocá-las a serviço das metas de crescimento”

Amigos leitores, nesse momento final da minha pesquisa, digo final por obediência ao limite de texto que me é atribuído, ao deparar-me com esses “exercícios de desapego (...) da imagem irreal que criamos de nós mesmos” me senti gratificada por receber expressões que carregam em si o mais puro dos sentimentos que é o amor por nós mesmos, livre de egoísmo, rancor e orgulho, acei-tando simplesmente as dádivas que a evolução espiritual certamente nos proporcionará.

Finalizando, queria que soubes-sem que folhear o (meu) livro assim tão rapidamente não era a minha vontade. Muito ainda eu tenho para ler e reler. E aprender!

Um abraço a todos!

Reforma íntima sem martírio