Jornal Gazeta

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ANO X - NÚMERO 109 - MARICÁ 15 DE NOVEMBRO 2011 www.gazetarj.blogspot.com R$ 1 R$ 1 R$ 1 R$ 1 R$ 1 Inoã: A lenda O despertar do mundo digital Maricá desenvolve hoje o maior programa de inclusão digital do país, de- senvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, com recursos própri- os. A foto ao lado ilustra o despertar de quem acessa um computador pela primeira vez. “Não é só a criança que vai usar o netbook. A família inteira usará o equipamento, e será incluída no mundo virtual”, diz o prefeito Washington Quaquá, em entrevista ao Jornal Gazeta. PÁGINA 5 Mãe de aluno descobre os mistérios da Internet Paciente internada por 30 anos retorna ao convívio familiar CAPS RESGATA SAÚDE MENTAL EDIÇÃO ESPECIAL EDIÇÃO ESPECIAL EDIÇÃO ESPECIAL EDIÇÃO ESPECIAL EDIÇÃO ESPECIAL PÁGINAS 3 e 4 O domingo vai ser animado em Maricá. O sambista Dudu Nobre se apresenta às 16h, na Barra de Maricá, em um show gratuito promovido pela Prefei- tura, após a cerimônia de lan- çamento das obras da ponte sobre o canal da Barra, que vai ligar os bairros de Guaratiba, Cordeirinho e Ponta Negra à região central da cidade. Afilhado de samba do mes- tre Zeca Pagodinho, Dudu Nobre caiu nas graças do pú- blico ao gravar clássicos como, Tempo de Dom-Dom, Goia- bada Cascão e A Grande Fa- mília. No show deste domin- go, ele vai apresentar o novo álbum. O samba aqui já es- quentou, incluindo o sucesso Quer saber da minha vida, vai na macumba”, trilha sonora da novela Insensato Coração. Os músicos da cidade Jô Borges e Ronaldo Valentim com o melhor da MPB vão abrir o show do Dudu Nobre. Após a apresentação do sam- bista carioca, a banda Tempo- ral sobe no palco para agitar o público com o pop rock da atualidade. Além dos shows musicais, o domingo será de muita adrenalina na cidade. A partir das 9h, haverá apresen- tações de jet ski, cat surf, stand up surf e quadriciclos na lagoa de Maricá. Com 172 metros de exten- são, a ponte da Barra de Maricá vai ligar os bairros Guaratiba, Cordeirinho e Pon- ta Negra à região central da ci- dade. Os dois pilares que da- rão sustentação à nova estrutu- ra (cada peça têm 35 metros de extensão e pesa 16 tonela- das), chegaram a Maricá. As peças foram trazidas numa car- reta de Magé, local onde estão sendo feitas as lajes da ponte. O início das obras será na se- gunda-feira 05 de dezembro. A intervenção da Prefeitura, PONTE DA INTEGRAÇÃO prevista para durar seis meses, garantirá o acesso definitivo ao Centro, independente da aber- tura do canal. Atualmente, quando há rompimento da bar- reira natural entre o mar e a la- goa, os moradores dessas lo- calidades ficam isolados. A obra, que será executada nesta primeira fase com recursos pró- prios, foi orçada em R$ 10,4 milhões. A cerimônia de lançamento das obras será no domingo (04/ 10), às 15h, com a participa- ção do prefeito Washington Quaquá, dos secretários muni- cipais, vereadores, entre outras autoridades. O palco será mon- tado no cruzamento da Aveni- da Central com a Rua João Jo- aquim da Costa, onde terá ini- cio a ponte. Após a construção, a Prefei- tura vai urbanizar o entorno com calçamento, instalação de qui- osques, postes, lixeiras, bancos e plantio de árvores. Também está prevista a abertura do ca- nal para renovação da água e das espécies que vivem na la- goa e no mar. Transtornos psicóticos são hoje encarados não como doença, no sentido clássico do termo, mas sim como um transtorno mental, po- dendo atingir diversos tipos de pessoas, sem exclusão de grupos ou classes soci- ais. O empenho do prefeito Washington Quaquá tem sido fundamental para o tra- tamento e reintegração dos pacientes no convívio fami- liar, diz o coordenador de Saúde Mental do município, Alan Christi que destaca, entre outros, o caso da pa- ciente Nicéia. Quem vê Nicéia hoje, não tem idéia de como ela vivia antes de ser acompanhada pela equipe do CAPS no Hospital Colônia de Rio Bonito, onde permane- ceu internada desde os 30 anos de idade. Ela não fala- Centro de Atenção Psicossocial conta com equipe multiprofissional va, sequer interagia com as pessoas e era apenas me- dicada à base de fortes subs- tâncias que a mantinham dopada. PÁGINAS 10 e 11 No show, Dudu Nobre vai apresentar o novo álbum. “O samba aqui já es- quentou, incluindo o sucesso, Quer saber da minha vida, vai na macumba”. FOTOS: PAULO POLÔNIO FOTOS: DIVULGAÇÃO Imperdível: Show com Dudu Nobre na Barra de Maricá Gazeta 109.pmd 6/12/2011, 15:12 1

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Edição 109 do jornal Gazeta

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ANO X - NÚMERO 109 - MARICÁ 15 DE NOVEMBRO 2011 www.gazetarj.blogspot.com

R$ 1R$ 1R$ 1R$ 1R$ 1

Inoã: A lenda

O despertar do mundo digital

Maricá desenvolve hoje o maior programa de inclusão digital do país, de-senvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, com recursos própri-os. A foto ao lado ilustra o despertar de quem acessa um computadorpela primeira vez. “Não é só a criança que vai usar o netbook. A famíliainteira usará o equipamento, e será incluída no mundo virtual”, diz oprefeito Washington Quaquá, em entrevista ao Jornal Gazeta. PÁGINA 5

Mãe de aluno descobreos mistérios da Internet

Paciente internada por 30 anos retorna ao convívio familiar

CAPS RESGATA SAÚDE MENTAL

EDIÇÃO ESPECIALEDIÇÃO ESPECIALEDIÇÃO ESPECIALEDIÇÃO ESPECIALEDIÇÃO ESPECIAL

PÁGINAS 3 e 4

O domingo vai ser animadoem Maricá. O sambista DuduNobre se apresenta às 16h, naBarra de Maricá, em um showgratuito promovido pela Prefei-tura, após a cerimônia de lan-çamento das obras da pontesobre o canal da Barra, que vailigar os bairros de Guaratiba,Cordeirinho e Ponta Negra àregião central da cidade.

Afilhado de samba do mes-tre Zeca Pagodinho, Dudu

Nobre caiu nas graças do pú-blico ao gravar clássicos como,Tempo de Dom-Dom, Goia-bada Cascão e A Grande Fa-mília. No show deste domin-go, ele vai apresentar o novoálbum. O samba aqui já es-quentou, incluindo o sucessoQuer saber da minha vida, vaina macumba”, trilha sonora danovela Insensato Coração.

Os músicos da cidade JôBorges e Ronaldo Valentim

com o melhor da MPB vãoabrir o show do Dudu Nobre.Após a apresentação do sam-bista carioca, a banda Tempo-ral sobe no palco para agitar opúblico com o pop rock daatualidade. Além dos showsmusicais, o domingo será demuita adrenalina na cidade. Apartir das 9h, haverá apresen-tações de jet ski, cat surf, standup surf e quadriciclos na lagoade Maricá.

Com 172 metros de exten-são, a ponte da Barra deMaricá vai ligar os bairrosGuaratiba, Cordeirinho e Pon-ta Negra à região central da ci-dade. Os dois pilares que da-rão sustentação à nova estrutu-ra (cada peça têm 35 metrosde extensão e pesa 16 tonela-das), chegaram a Maricá. Aspeças foram trazidas numa car-reta de Magé, local onde estãosendo feitas as lajes da ponte.O início das obras será na se-gunda-feira 05 de dezembro.

A intervenção da Prefeitura,

PONTE DA INTEGRAÇÃO

prevista para durar seis meses,garantirá o acesso definitivo aoCentro, independente da aber-tura do canal. Atualmente,quando há rompimento da bar-reira natural entre o mar e a la-goa, os moradores dessas lo-calidades ficam isolados. Aobra, que será executada nestaprimeira fase com recursos pró-prios, foi orçada em R$ 10,4milhões.

A cerimônia de lançamentodas obras será no domingo (04/10), às 15h, com a participa-ção do prefeito Washington

Quaquá, dos secretários muni-cipais, vereadores, entre outrasautoridades. O palco será mon-tado no cruzamento da Aveni-da Central com a Rua João Jo-aquim da Costa, onde terá ini-cio a ponte.

Após a construção, a Prefei-tura vai urbanizar o entorno comcalçamento, instalação de qui-osques, postes, lixeiras, bancose plantio de árvores. Tambémestá prevista a abertura do ca-nal para renovação da água edas espécies que vivem na la-goa e no mar.

Transtornos psicóticos sãohoje encarados não comodoença, no sentido clássicodo termo, mas sim comoum transtorno mental, po-dendo atingir diversos tiposde pessoas, sem exclusãode grupos ou classes soci-ais. O empenho do prefeitoWashington Quaquá temsido fundamental para o tra-tamento e reintegração dospacientes no convívio fami-liar, diz o coordenador deSaúde Mental do município,Alan Christi que destaca,entre outros, o caso da pa-ciente Nicéia. Quem vêNicéia hoje, não tem idéia decomo ela vivia antes de ser

acompanhada pela equipe doCAPS no Hospital Colônia deRio Bonito, onde permane-ceu internada desde os 30anos de idade. Ela não fala-

Centro de Atenção Psicossocial conta com equipe multiprofissional

va, sequer interagia com aspessoas e era apenas me-dicada à base de fortes subs-tâncias que a mantinhamdopada. PÁGINAS 10 e 11

No show, Dudu Nobre vai apresentar o novo álbum. “O samba aqui já es-quentou, incluindo o sucesso, Quer saber da minha vida, vai na macumba”.

FOTOS: PAULO POLÔNIO

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Imperdível: Show com DuduNobre na Barra de Maricá

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PONTO DE VISTA2 MARICÁ 15 NOVEMBRO DE 2011 - GAZETA

[email protected]

No mês de julho completouquatro anos da morte da jovemClaudia Rubio Bragança, filha dasecretária do PDT, VandaConsuelo Rubio, mãe guerreiraque transformou seu sofrimentoem luta e criou a Associação dosAcidentados do Trânsito deMaricá – A.T.T.M. Os primeirosanos sem a filha foram os maisdifíceis, enfrentou uma forte de-pressão, recebeu apoio dos ami-gos e hoje, em memória de sualinda princesa, deseja ajudar osque estão na mesma situação. SuaOng, além dos serviços jurídicos,tem cursos de estética, recepção,aulas de espanhol e em breve deinglês, japonês.

A Associação tem como pa-

O grande acontecimento, davirada do ano, é o lançamentoda Revista “Política & Poder”,na comemoração dos 10 anosda Editora Gazeta. Com distri-buição de 30 mil exemplares, arevista mostrará a biografia de“quem é quem” na política deMaricá. As páginas mostrarãoo perfil e fotos dos pré-candi-

Quatro anos de saudadesQuatro anos de saudadesQuatro anos de saudadesQuatro anos de saudadesQuatro anos de saudades

drinho o Dr Julio César Gomesdos Santos e a sede é noloteamento Dom Felipe, logo ali,perto não sei onde e se não en-contrar, ligue para o tel. (21)2634.9881 e cel. (21)7229.8801 e com certeza alguémlhe informará onde fica.

Walter Monteiro

Quando menino me ensinaram que os mais velhoseram sábios e hoje dizem que os jovens são mais inte-ligentes. Uma inversão de conceitos e de épocas. Cer-to dia fui com meu neto assistir à palestra de um judeu,cujo tema era “Como ficar rico com parcas economias”.

Durou apenas uma hora, o homenzinho resumiu o seuartigo como se fosse uma receita de bolo.

O tempo todo só falou em dinheiro e economia. Pri-meiro disse que se a gente tivesse parado de tomar umcafezinho por dia, nos últimos 40 anos, a economia se-ria de trinta mil reais.

Ouviu-se um burburinho e os olhares de admiração.Depois foi a vez da pizza e se fosse dispensada umapor mês, teria na conta mais doze mil reais, nessas últi-mas décadas.

Enquanto falava recostei na cadeira e viajei no tem-po. Lembrei das coisas que fiz, o que gastei e surpresodescobri que hoje poderia ter boa quantia no banco.Bastava não tomar os cafés que tomei, não viajar comoviajei, não ter comprado algumas roupas caras e nemas coisas supérfluas e descartáveis, esquecidas no tem-po.

Mentalmente fiz alguns cálculos e conclui que teriaquase quinhentos mil reais, na poupança. Claro quenão tenho essa quantia!

Mas enquanto ele falava, fantasiei o que faria comesse dinheiro.

Caraça! Iria tomar todos os cafezinhos, comer todasas pizzas e compraria um monte de roupas caras, viaja-ria várias vezes, me empanturrava de coisas supérflu-as e descartáveis.

De repente a ficha caiu e lembrei que na minha ida-de, não teria como fazer tantas viagens, tomar tantocafé e comer tanta pizzas e até as melhores roupas hojenão iriam melhorar meu visual.

E cheguei a seguinte conclusão: melhor esse judeuaconselhar os jovens a fazer a mesma coisa que fiz, doque ter muito dinheiro e não curtir a vida.

Quando a palestra terminou, ele pediu para cada umescrever uma frase sobre o tema e já tinha a minhapronta!

“Não eduque seu filho para ser rico e sim para serfeliz” Desta forma saberá o valor das coisas e não oseu preço!

VVVVViviviviviver a vidaer a vidaer a vidaer a vidaer a vida!

Vovô Uchôa está todo felizcom a vinda de seu netoBernardo Uchôa, nascido em05 de novembro, na materni-dade Casa de Saúde SãoJosé, São Gonçalo. Já os pais,Roberta e Bruno, nem se fala,

Nasce o neto de Fernando Uchôa

estão radiantes e não é paramenos, o menino nasceu cheiode saúde, bonito e se desen-volve na proteção de Deus.

Fernando Uchôa é jornalis-ta, escritor, pesquisador e edi-tor adjunto do Jornal Gazeta.

A Assembleia Legislativa doRio (Alerj) aprovou no dia 22,em primeira discussão, o proje-to de lei 466/11, que garante aosconsumidores de imóveis naplanta a possibilidade de visitarum modelo de apartamento quecorresponda ao que será entre-gue. Ele é assinado pelo presi-dente da Casa, deputado Pau-lo Melo (PMDB), e estabele-ce que os lançamentos que te-nham apartamento decoradoofereçam ainda um modelo “lim-po” para visitação. “Queremosevitar que seja feito um stand devenda que te induz ao erro, pro-metendo um apartamento fan-tástico e entregando um que fica

ALERJ APROVA PROPOSTA QUE PROTEGECOMPRADORES DE IMÓVEIS NA PLANTA

muito aquém disso”, explica.“Nos lançamentos imobiliários,apesar de constar expressamen-te nos stands de venda que oapartamento decorado foi mon-tado para mera demonstração,o consumidor pode ser levadoa ter ilusões sobre as reais di-mensões, acabamento e reves-timentos do imóvel que está ad-quirindo”, aponta.

O texto determina que os em-preendimentos mantenham apar-tamento com a mesmametragem descrita em contratode compra e venda e planta cor-respondentes, contendo “rigoro-samente as mesmas caracterís-ticas e detalhamentos utilizados

datos, tantos dos prefeitáveis, como da Câmara Legislativa, os vereadores, seus projetos, comotambém a nova geração política do município. Quem ficar de fora, perderá o “bonde da história”.

PRESIDENTE EXECUTIVO E EDITOR : Paulo de Almeida CelestinoEDITOR ADJUNTO: Fernando UchôaCONSELHO JURÍDICO: Dr. Antônio Cardozo, Dr.Carlos Afonso,Dr. Pedro Ricardo Queiroz, Dr. Rogerio Fontes e Dr. Manoel Ramos MouraDESIGNER GRÁFICO: Lucas Santos Celestino;REPÓRTER FOTOGRÁFICO: Emília Menezes e Cesar MunizDIRETORA COMERCIAL: Cleidilane Soares Santos CelestinoDIRETOR DE ARTE: Mauro Ribeiro / AGENTE PUBLICITÁRIO: CesarMuniz COLUNISTAS: Walter Monteiro / Wall Araujo

REDAÇÃO: Rua Alvares de Castro 460 sala 11 Centro - Maricá

Cep. 24900.000 [email protected]

ANUNCIO: TEL: (21) 2637-3837 9887-1245

Os artigos assinados são deexclusiva responsabilidadedos autores e não refletemobrigatoriamente o pensa-

mento do jornal, sendo todasas matérias, colunas, artigos,opiniões, etc, de colaboração

espontânea, sem vínculoempregatício, inclusive os

cargos de direção.

JORNAL GAZETA - MARICÁ 15 DE NOVEMBRO DE 2011 - ANO 10EDIÇÃO 109 CS. SANTOS EDITORA E GRÁFICA

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quando da entrega definitiva doimóvel, sem quaisquer decora-ções adicionais”. Em substitui-ção, a proposta permite réplicado apartamento em local próxi-mo e oferta de cd com repro-dução adequada do espaço esuas características

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Page 3: Jornal Gazeta

GERAL 3GAZETA - MARICÁ 15 DE NOVEMBRO 2011

Nesta seção, o Jornal Gazeta divulga as localidades maricaenses, sua história,

conquistas das comunidades e reivindicações: seja você o nosso repórter. Participe!

A Estrada de Ferro Maricáfoi extinta em 1964, vinte anosantes da Opep inflacionar o pre-ço do petróleo em todo o mun-do. Durante esse tempo, otransporte ferroviário foi esva-ziado no país, em uma estraté-gia financeira multinacional daqual foram partícipes os gover-nos militares que governaram oBrasil até 1989. Nos últimosdez anos, Inoã, assim comotoda Maricá, recebeu do Go-verno do Estado, a duplicaçãoda Rodovia Amaral Peixoto(RJ-106), principal artéria domunicípio, obra que intensificouo fluxo de veículos e o aumentopopulacional no bairro, porta deentrada da Região dos Lagos.A economia do Distrito gira emtorno do comércio local e deserviços. Com os empreendi-mentos que chegam à região,vindos principalmente atravésdas perspectivas de crescimen-

Inoã: A lenda

Segundo a lenda, Inoã era o nome de uma bela índia que morava com seu pai Itaipu, da tribo dos Assus. Inoã plantou uma paineira que existe até hoje (próximo aoPosto de Saúde de Inoã). Seu pai, Itaipu, temia um gigante chamado Imbassaí, que morava na cratera de um vulcão adormecido e que havia se apaixonado por Inoã.A índia e seu pai, pescando um dia, se afastaram muitos dias da aldeia e vieram a conhecer a alma do Cacique (esfinge de pedra). Imbassaí cansou de esperar e,enraivecido, pulou dentro do vulcão extinto, ativando-o. A lava petrificou e até hoje se vê a imagem do índio deitado no alto da montanha com uma pedra no queixo.

Sede do 3º Distrito de Maricá,o mais populoso do município,com cerca de 55 mil habitantesdo total de 127.300, do municí-pio (IBGE). A extensão de seuterritório vai da Serra deCassorotiba até o lado esquer-do do Rio Buriche, em São Josédo Imbassaí, dividindo-se estebairro entre o 1º e o 3º Distritos.Até cem anos depois da nome-ação real à Vila de Santa Mariade Maricá, em 26 de maio de1814, pelo príncipe regente D.João VI, Inoã era sede das prin-cipais fazendas de antiga

HistóriaHistóriaHistóriaHistóriaHistória

sesmaria que incluía as freguesi-as de Praia Grande (Niterói),Cabo Frio e Santo Antonio deSá. As propriedades ruraisCassorotiba, Taquaral, Bos-que Fundo, Itaocaia e Inoã,entre outras, contribuíram emmuito com a produção de café,açúcar, aguardente, frutas e ce-reais para o mercado de ali-mentos e as praças comerci-ais do Rio e Niterói, antiga ca-pital da província. Por aqui tran-sitaram figuras ilustres como opróprio D. João VI e sua co-mitiva, o príncipe Maximiliano

da Áustria, os cientistas Selowe Darwin, entre outros. Em1887 foi implantada a Estradade Ferro de Maricá, sendo seuprimeiro presidente o Barão deInoã (José Antônio Soares Ri-beiro). Cerca de 25 anos de-pois, foi instalada a CompanhiaCerâmica de Inoã. Aos pou-cos, a antiga fazenda de 80alqueires geométricos (4,16milhões de metros quadrados)foi sendo recortada, dandoorigem ao centro comercial dobairro, sede do 3º Distrito e aseu entorno.

Inoã é o 3º Distrito de Maricá, porém o primeiro para quem vem da capital, distando dela cerca de60 Km. É a porta de entrada do município e também da Região dos Lagos. Em seu espaço territorialestão o Parque Estadual da Serra da Tiririca (PEST/RJ) tombado como Área de Preservação; a Serrado Calaboca e a Serra de Cassorotiba com as elevações: Pedra de Inoã, Pedra de Itaocaia, Pedra doMacaco, Pedra do Elefante (Recanto de Itaipuaçu), diversos rios, lagoas e canais. Tem clima amenopróximo às serras e quente e úmido junto ao litoral, com temperatura média de 26º C.

UUUUUm passado não muitm passado não muitm passado não muitm passado não muitm passado não muito diso diso diso diso distttttantantantantanteeeee

Da ferrovia aos royalties do petróleo

Ao contrário de vários governos municipais, que concentraram seu trabalho apenas na sededo município, o governo do prefeito Washington Quaquá tem investido em especial nos demaisdistritos. O município hoje recebe royalties da exploração petrolífera do Poço de Rupi e ICMSVerde, que são aplicados em projetos de infraestrutura, não se descuidando da preservaçãoambiental do território. O município detém o título de maior reserva verde do estado, comcerca de 13 mil hectares de Mata Atlântica preservada. Projetos de geração de renda sãoaplicados aos bairros menos assistidos. Em Inoã, cursos de artesanato, através do ProgramaEconomia Solidária (Associação de Moradores de Inoã), estão sendo implantados.

Das 47 escolas da rede muni-cipal de Maricá, 16 escolas jáforam reformadas, e mais 16estão em obras, algumas de-las em Inoã. De Cassorotiba aoRecanto, de Inoã ao Cajueiro,são diversas creches e escolasque passaram por obras de res-tauração, ampliação e reforma.A Casa da Criança de Inoã éuma das unidades que foireconstruída. O prédio da anti-ga creche foi demolida para darlugar a uma nova e completaunidade de Educação Infantil darede municipal, com instalaçõesde qualidade, espaços recreati-vos (quadra coberta, playground com brinquedos plásti-cos, recursos audiovisuais) aten-dimento pedagógico, refeitório elavanderia, em um padrão difi-cilmente encontrado em crechespúblicas.

A E.M. Mata Atlântica, noRecanto, é outro exemplo dereconstrução integral da unida-de escolar. A E.M. Darcy Ribei-

EducaçãoEducaçãoEducaçãoEducaçãoEducação

ro, com seus 1.300 alunos, ga-nhou salas novas para o progra-ma Mais Educação e SegundoTempo, além de reforma daquadra com cobertura metálica.Estes são alguns exemplos deinvestimento do governo muni-cipal, com recursos do Fundode Desenvolvimento para a Edu-cação (Fundeb), e a compra re-cente de 14 mil netbooks para

o alunado do 3º período da Edu-cação Infantil ao 9º ano do En-sino Fundamental, com recursospróprios. Segundo o prefeitoWashington Quaquá, a escola deCassorotiba será a próxima con-templadas com reforma do pré-dio, e a de Santa Paula, cominternet gratuita para alunos ecomunidade, através do progra-ma Cidade Inteligente.

Os Postos de Saúde de Inoã(inaugurado recentemente) edo Recanto (Itaipuaçu) foramreformados e ganharam novosequipamentos como o do Jar-dim Atlântico (UTI Móvel, sa-las de microcirurgia e atendi-mento). Outro projeto a serimplantado é a UPA de Inoã,do tipo três (o de maior capa-cidade), que descentralizará ademanda concentrada noHospital Municipal CondeModesto Leal e agilizará oatendimento para a populaçãodo 3º Distrito. O projetoaguarda recursos do Governo

do Estado, para ser realizado. Para atender com maior agilida-de as chamadas, foi implantada a unidade SAMU Itaipuaçu,cuja base funciona no Posto de Saúde Santa Rita. O pequenoBernardo já pode usufruir dos cuidados médicos no bairro (foto).

Obras

O Calçadão de Inoã,construído na sede do Distritohá menos de seis meses, é umcapítulo à parte. São 13 milmetros quadrados de blocossextavados, com bancos e abri-gos em madeira de lei, com baiasde ônibus, vans e táxis, passa-gens de acessibilidade, frades(gelo baiano) canteiros de plan-tas e iluminação pública deco-rativa. A obra se alinha nos doislados da RJ-106, em um per-curso de cerca de 800 metros.O projeto, idealizado pelo pre-feito e traçado pelo arquitetoFrancisco Lameira, deu maisuniformidade e fisionomia mo-derna ao bairro, antes desca-racterizado por algumas constru-ções fora de padrão e gabaritoe pela linha divisória traçada pelamureta da rodovia. Foi instala-da uma iluminação pública de-corativa. Bancos em estilo co-lonial promovem uma atmosfe-

ra romântica para um bairro queainda mantém o ar bucólico dascidades do interior do estado,mesmo estando a menos de umahora de carro da capital.

Em relação à pavimentação ecalçamento de ruas, o distritoestá sendo recuperado em algu-mas de suas principais vias,como a Estrada de Itaipuaçu, a

Rua 1 e suas transversais. Asobras estão sendo realizadascom recursos do Governo doEstado e contrapartida do mu-nicípio, que comprou recente-mente 16 máquinas, entre mo-toniveladoras, retroescavadeirase rolos compressores, para mai-or autonomia na realização deobras em Maricá.

Outra obra de vital importân-cia para a população, está sendoexecutada em convênio com oGoverno do Estado, através daCompanhia Estadual de Águas eEsgotos (CEDAE), é a implan-tação do sistema canalizado deágua para Inoã e Itaipuaçu, comtérmino previsto para 2013,quando cerca de 20 mil residên-cias receberão água tratada dosistema Imunana-Laranjal, tra-zendo comodidade e saúde paraas comunidades desses bairros.

ÁÁÁÁÁguaguaguaguagua

to vislumbradas pelas obras do Complexo Petroquímico do Riode Janeiro (Comperj), Arco Metropolitano, Pólo Naval (Portode Jaconé), shopping centers e condomínios de luxo – Alphavillee Fator Realty, entre outros -, Inoã, como toda Maricá, já come-ça a receber os reflexos do progresso e do desenvolvimento.

SaúdeSaúdeSaúdeSaúdeSaúde

LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização

Em visita recente, o prefeito Quaquá prometeu transformara casa do agente da Estação em museu ferroviário

A Casa da Criança de Inoã foi totalmente reconstruída epossui ítens de excelência, com orientação pedagógica

O presidente Wagner Victer (Cedae) e o prefeito Quaquá fir-mam acordo para implantação do sistema de água em Inoã

As obras de urbanização de Inoã revitalizaram o bairro

FOTOS: ARQUIVO

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GAZETA - MARICÁ 15 DE NOVEMBRO DE 2011

Na área de esportes e cultura, Inoã não deve nada a ninguém. O 3º Distrito mantém uma tradiçãorural que se reflete nas cavalgadas, e a pesca esportiva em sua orla marítima (Itaipuaçu). Existemclubes e campos de futebol – Líbano F.C. (SPAR), o Onze Unidos (Bosque Fundo), a quadra deInoã, com sua escolinha de futebol do América F.C. e o Taquaral Futebol Clube (Verdão), ondeveteranos e iniciantes promovem o futebol amador aos fins de semana. Escolas públicas como aE.M. Darcy Ribeiro, desenvolvem o programa Segundo Tempo, onde os alunos praticam ativida-des esportivas nas quadras do bairro e recebem reforço escolar no contraturno das aulas. Outroprograma importante é o de Prevenção à Delinqüência Juvenil, coordenado pelo secretário munici-pal de Reestruturação Administrativa, Jorge Braga. Iniciado há poucos meses em Inoã, e do qualconstam atividades como futsal masculino e feminino, atletismo e outras modalidades. O programatem como objetivo a retirada de jovens das ruas, no contraturno das aulas.

EsportesEsportesEsportesEsportesEsportes

Artistas plásticos - pintores,escultores, ceramistas, músicose poetas, moram em bairros deInoã. Está para acontecer embreve, a I Gincana de Pinturade Inoã, parceria da Associa-ção de Moradores (AMI), como Ponto de Cultura PercursosCulturais, outro espaço impor-tante. Dirigido pelas escritorasMaria Regina Moura e PatríciaCustódio, o Ponto oferece ati-vidades culturais gratuitas, taiscomo: biblioteca, eventos deteatro e poesia e cineclube, en-tre outros. O Ponto de Culturafica à Rodovia Amaral Peixo-to, Km 16,5 (ao lado da

CulturCulturCulturCulturCulturaaaaa

Albermann Vidros, sentido Niterói), e publica mensalmente umboletim com informes sobre suas atividades. E-mail:[email protected]. Tels: 2636- 0012 / 9809-0121,

A Associação de Moradores de Inoã (AMI), atualmente presidida pela professora CelencinaOpilar, desenvolve projetos culturais como o Família Cidadã – com a coordenação do maestroPedro de Assis: Curso de Iniciação Musical (canto, flauta doce, violão e teclado); Serenata deInoã (1ª sexta-feira do mês), Concerto de Chorinho (2ª quarta-feira do mês), Biblioteca Comu-nitária, Colônia de Férias, onde os alunos participam nas férias escolares de passeios ecológicose eventos sócio-educativos. São desenvolvidos projetos de assistência social em parceria com aPrefeitura de Maricá, como projetos psicossociais (Dra. Sandra Ruivo e Edimara Costa), BolsaFamília (Josinete Rangel) através do CRAS Itinerante, e atividades para a 1ª e a 3ª Idade (aulasde Kung-Fu, Tai-Chi-Chuan e Yoga). A Associação de Moradores de Inoã – AMI – fica à RuaJoão Paulo da Costa, 16/17, Liz Maria, Inoã (antiga Agência dos Correios). Tel: 2629-6462.

PPPPParararararticipação Pticipação Pticipação Pticipação Pticipação Popularopularopularopularopular

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ENQUETE

O qO qO qO qO que melhorue melhorue melhorue melhorue melhorou e o qou e o qou e o qou e o qou e o que fue fue fue fue faltaltaltaltalta melhora melhora melhora melhora melhorar em Inoã?ar em Inoã?ar em Inoã?ar em Inoã?ar em Inoã?

O Jornal Gazeta entrevistou líderes comunitários, estudantes, populares ecomerciantes de Inoã, para saber quais os avanços acontecidos no bairro eque melhorias são prioridade nas reivindicações da comunidade. Uma das

mais requisitadas é a passarela para Inoã, devido ao crescimentodemográfico e aos constantes acidentes registrados na RJ-106. “Sou moradora de Inoã há 20 anos, e o bairro avan-

çou mais nos últimos três anos.O Calçadão de Inoã, oShopping Center Inoã, a Casa da Criança, a reforma doPosto de Saúde, são prova disso. Projetos sociais comoo de Prevenção à Delinqüência Juvenil, Bolsa Famíliae CRAS Itinerante, foram implantados pela Prefeituraem parceria com a Associação de Moradores, assimcomo entramos com o apoio à cultura através do Pro-grama Família Cidadã – Iniciação Musical, Serenata deInoã, Concerto de Chorinho, Clube Literário e outros.Ainda faltam a passarela e mais segurança para o lu-gar, além da água canalizada, prometida para 2012”,disse, Celencina que é advogada e professora

Celencina Opilar, Presidente da

Associação de Moradores de Inoã

“Agora tá começando a melhorar. Falta ainda pavimen-tação e iluminação pública nas ruas da periferia, alémde uma passarela no ponto do ônibus, para atender

toda a população, pois no túnel não se pode passar ànoite, por causa dos assaltos. Ao invés de um batalhão,

que tal uma cabine da PM no Centro de Inoã?”.

Antônio Luiz, 54 anos

jornaleiro de Inoã

“Comércio, escola, calçadão, posto de saúde novo,transporte, isso melhorou. Faltam saúde, pavimen-tação e iluminação em algumas ruas e professoresnas escolas estaduais. A passarela em frente à Casada Criança é o melhor lugar, pois ali diariamente

passam centenas de estudantes”.

Mônica dos Santos

34 anos, comerciante de Inoã

“Acho que Inoã deu uma avançada boa. O lugar écalmo, bom de se morar. O Centro está bom, mas preci-

sam investir mais em iluminação, segurança e numapassarela, pois existem muitos estudantes no bairro”.

Paula Petraglia, 19 anos,

estudante, moradora de Inoã

A segurança pública é otema central das reuniões doConselho Comunitário de Se-gurança – CCS, órgão queenvolve questões pertinentesao município. Presidido porVera Lúcia dos Santos e AnaMaria Quintanilha, assuntoscomo a violência urbana e amancha criminal (mapa datipologia de crimes e seu des-locamento em determinadoperíodo e local) são colocadosem pauta, e das quais partici-pam as principais autoridadesdo município e do estado.

SegurSegurSegurSegurSegurançaançaançaançaança

Outro item discutido no temaSegurança Pública é o de umapassarela para Inoã,reivindicada há anos e que setorna cada dia mais urgentepara atender às necessidadesde uma população que au-menta assustadoramente eque às margens da rodovia edas principais vias do distrito,a pé, de bicicleta e moto, emsuas atividades diárias: traba-lho, estudo, escola dos filhos,ida ao posto de saúde, entreoutros. Alguns políticos se dis-põem a ser o pai da idéia, queainda não foi concretizada.Enquanto isso, um túnel comiluminação apenas na entrada(sujeito a assaltos em seu inte-

rior) atende de forma precária pedestres - crianças, adultos eidosos – além de ciclistas, motociclistas e cavaleiros, que diaria-mente o atravessam evitando os riscos da RJ-106, que nem porisso deixa de registrar acidentes constantes com os que teimamatravessar a rodovia a qualquer hora e a qualquer preço.

PPPPPassarassarassarassarassarelaelaelaelaela

“Gosto daqui, o lugar está evoluindo. Tem bastan-te transporte, as escolas estão melhorando, tem oCalçadão e o shopping novo, em breve vamos ter

cinema. Falta pouco para completar o avanço”.

Patrick Mattos, 15 anos,

estudante, morador de Inoã

A Secretaria Municipal de Tra-balho e Geração de Renda(Semtrab) de Maricá, instalouem Inoã, um container escritó-rio-suíte revestido, que funciona-rá como uma agência de servi-ços da Secretaria, a partir do pró-ximo dia 8 de setembro.

A nova agência servirá paracaptação de vagas, interme-diação de mão de obra, atenden-do demandas de emprego, prin-cipalmente dos bairros vizinhosde Santa Paula, SPAR eItaipuaçu. O container adaptadoestá instalado no terreno em fren-te ao Shopping Center Inoã, naRodovia Amaral Peixoto, Km.15,5.

Gestão compartilhadaA agência Inoã funcionará de

segunda a sexta-feira, no horá-rio das 9hàs 17h. A Semtrab ope-ra com oferta padronizada deserviços, tanto em sua sede, na

Semtrab implantaagência em Inoã

Prefeitura de Maricá (Rua Álva-res de Castro, 346, Centro, tel.2637-2052 – R. 242) quanto noSINE (Sistema Nacional de Em-pregos), à Rua Domício da Gama,nº 391, tel. 3731-14-66), que ope-ra em gestão compartilhada como município.

ServiçosOs serviços oferecidos, são:

Carteira de Trabalho (1ª e 2ª via),Seguro Desemprego, orientaçãotrabalhista, cadastro de pessoafísica e jurídica, e captação devagas. Segundo o secretário mu-

nicipal de Trabalho e Geração deRenda, Clauder Peres, os servi-ços estão sendo estendidos eagilizados. “Muitas vezes, quan-do o empregador faz um cadas-tro de sua empresa no SINE-Maricá, encontra candidatos comperfil para concorrer à vaga queprecisa preencher. Esse é umdado qualitativo de crescimento,que aumentará à medida que hou-ver mais oferta de emprego e foroferecida mais qualificação pro-fissional, itens em que estamosinvestindo”, completou.

A Associação de Moradores (AMI) é um interlocutor importante nas demandas do bairro

Clube do Choro e a Serenata de Inoã são projetos da AMI

Presidente do DER, Henrique Ribeiro, e prefeito Quaquá,firmam acordo para construção de passarelas em Maricá

O DPO de Inoã tem desempenhado importante papel no bair-ro, realizando blitzen, prevenindo e reprimindo o crime

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GAZETA - MARICÁ 15 DE NOVEMBRO 2011

GAZETA: A prefeitura estáacompanhando o impactodas doações dos netbooksjunto às famílias?

Quaquá: Maricá hoje desen-volve o maior programa de in-clusão digital do Brasil. Nenhu-ma prefeitura do Brasil, com di-nheiro próprio, pois não há umcentavo nem do governo esta-dual nem do federal neste pro-grama, desenvolve o que Maricáestá desenvolvendo. Não é só acriança que vai usar os netbooksna escola. Ela está levando paracasa, proporcionando à famíliainteira esta inclusão. É uma feli-cidade imensa ver isto, é o quecompensa o nosso trabalho.

GAZETA: O fato de o Sr. Serprofessor influenciou esta de-cisão?Quaquá: Foram três os princi-pais fatos que me levaram a estadecisão. O primeiro foi que, aos3 anos, meu filho ganhou umcomputador e aprendeu a ler ea escrever neste computador.Então se meu filho teve essaoportunidade eu também querodar isto para as crianças deMaricá. Isso, muito antes de euser prefeito. Eu sempre sonheidar computadores para as cri-anças de Maricá, porque eusempre achei que este era uminstrumento de educação. A se-gunda é que o Lula, quando as-sumiu a Presidência da Repúbli-ca, propôs este projeto de umcomputador por aluno, e elepossibilitou isto através da dimi-nuição dos impostos e baratea-mento dos computadores, en-tão nós conseguimos comprar14 mil computadores, e, tercei-ro, eu, como professor, não sócomo pai ou político, mas comoprofessor, sempre achei que istogarantiria que as crianças deMaricá estivessem um passo àfrente das crianças de todo oBrasil e da região. Então quan-do um menino de Maricá forcompetir pelos empregos queestão vindo aí com o Comperj,

A visão de um professor coloca Maricá em igualdade tecnológica no ensino

O despertar do mundo digital

O Jornal Gazeta entrevista o prefeito de Maricá, professor Washington Quaquá, sobre o projeto deinclusão digital para a rede municipal de ensino, que abrange a Cidade Inteligente (internet gratuita)

“Discutindo uma Educação para Todos”

Encontro de professores iniciou processo de qualificação e debateu uso dos netbooks

Terminou no dia 11 de novem-bro o 3º Encontro de Educadoresde Maricá, realizado no CentroEducacional Infantil MunicipalOndina de Oliveira Coelho como tema “Discutindo uma Educa-ção para Todos”. Os professo-res da rede municipal de ensinoparticiparam de oficinas e pales-tras que abordaram, principal-mente, a nova realidadetecnológica do setor na cidade,com o advento dos novosnetbooks distribuídos aos alunos14 mil alunos da rede municipalde ensino.

Para as professoras Alexandra

Sandes e Melissa Sili, das esco-las municipais Rita SampaioCartaxo, em Itaocaia, e MataAtlântica, em Itaipuaçu, o even-to foi extremamente proveitosoe marcante por uma série demotivos. A primeira destacou aimportância do investimento fei-to pelo governo municipal.

– É uma coisa muito positivaver que a Prefeitura está inves-tindo numa verdadeira capaci-tação, como esta realizada nestasemana. Foi excepcional porquehoje vejo com clareza qual é opropósito do uso dos novos com-putadores – afirmou Alexandra.

Melissa também aprovou a ini-ciativa da Secretaria de Educa-ção e disse que estas qualifica-ções devem ter continuidade nacidade.

– Acho que isso deveria tercom mais freqüência dentro daescola, com os alunos. Descobri-mos inúmeras possibilidades deutilizar essa nova ferramenta deensino. Para mim, que tenho alu-nos com deficiência, foi um gran-de aprendizado – avaliou a do-cente.

Para a assessora de EducaçãoBásica, Carolina Farias, o gran-de debate foi sobre esse novo

Professoras municipais participaram do 3º Encontro de Educadores de Maricá

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FOTO: FERNANDO SILVA

Alunos de Maricá estão utilizando o netbook para tarefas em aula e deveres de casa

Secretário de Educação Marcos Ribeiro entrega netbook ecertificado de curso a aluno da E.M Darcy Ribeiro, em Inoã

“Maricá saiu na frente em Tecnologia Educacional.Estamos promovendo o maior programa de inclusão di-gital do país” - Prefeito de Maricá, Washington Quaquá

As famílias se integraram ao programa e utilizam ocomputador para aprender informática

com outro de Itaboraí, de SãoGonçalo e de Niterói, ele vai ga-nhar, pois vai estar mais bem pre-parado.

GAZETA: Estes alunos rece-berão aulas para aprender autilizar os netbooks?Quaquá: As crianças já apren-dem mesmo sem aulas, mas vãoter cursos nas escolas, sim. Vin-te escolas do município já têmlaboratórios com aulas de inici-ação à informática. Nós disse-minamos o instrumento, agora aspessoas vão aprender a usá-locom criatividade, uns ajudandoos outros e com a ajuda da es-cola também. Os computado-res pertencem à Secretaria deEducação e funcionam tambémcomo um incentivo ao estudodos alunos, pois quem passar deano terá direito a continuar como computador para estudar. Istosó está valendo a partir do anoque vem. Eu poderia então terdado os computadores apenasem fevereiro de 2012, comomuitos sugeriram, mas decidifazê-lo ainda este ano por causado Dia das Crianças. Eu seicomo é difícil uma criança po-bre passar o Dia das Crianças eo Natal sem presente. O pior pe-ríodo para uma criança pobre éo final do ano, porque ela sabeque os amiguinhos vão ganharpresentes e ela, não. Então este

ano todas terão o seu presente.E vão passar todo o período deférias com o computador,aprendendo a manusear onetbook.

GAZETA: Em caso de per-da, como a família deve pro-ceder?Quaquá: O responsável deve-rá ir até a Secretaria de Educa-ção, se for roubo, faremos umboletim de ocorrência, se forperda também faremos umaocorrência e vamos tomar asprovidências, para que haja umuso responsável. Não temosmedo que o computador sejavendido ou quebrado, pois omaior fiscal será a própria crian-ça. E em caso de quebra, o fa-

bricante nos deu um ano de ga-rantia. Este é um projeto quenão volta mais atrás. Maricá édefinitivamente a cidade maismoderna do Brasil em termosde educação.

GAZETA: Segundo aFirjan, o Estado do Rio vaireceber um dos maiores in-vestimentos do mundo, e cadamunicípio terá sua fatia.Qual será a vantagem paraMaricá?Quaquá: Maricá está rece-bendo o maior investimento daindústria naval da região, que éo Porto de Jaconé, que será im-plantado mesmo sem diminuiro valor cobrado de ICMS,como fazem outras cidades

para atrair investidores. Estamostrazendo um estaleiro para cá.Estaleiro, porto, tancagem depetróleo, tancagem de gás,estamos trazendo tudo paraMaricá e até meados de 2012começarão as obras. O estalei-

ro de Jaconé já é uma realidadepara Maricá. Ação nossa. Nin-guém veio bater à nossa portapara oferecer, eu é que fui lábuscá-los, e estamos batalhan-do pela inclusão de Maricá noArco Metropolitano.

desafio. – O pensamento agoraé: ‘Temos os netbooks, e agora?’O que fizemos aqui esta semanafoi colocar realmente a mão namassa e passar o conteúdo atra-

vés da prática – ressaltou Caro-lina. A subsecretária de gabine-te da Secretaria de Educação,Mariane Neri, também elogiou arealização do encontro, que con-

siderou de extrema importância.– É um momento necessário parao professor, onde um colaborapara o crescimento do outro –concluiu.

FOTOS: PAULO POLÔNIO / PAULO CELESTINO

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MARICÁ 15 DE NOVEMBRO 2011 - GAZETA 6GERAL

A Viação Nossa Senhora doAmparo realizou, no dia 10 denovembro, a festa de encerra-mento da quarta edição do“Amparo Vai à Sua Escola” e apremiação dos vencedores doconcurso de redação, que tam-bém faz parte do Projetosociocultural. Os alunos Ana Vi-tória Fernandes da Silva, da Es-cola Municipal ReginaldoDomingues dos Santos, PedroFaria da Costa Silva, do colégioCAIC Elomir Silva e Yasmin Vi-tória Costa Castelões, da EscolaMunicipal Prof.º Darcy Ribeiro

“““““AmAmAmAmAmparparparparparo Vo Vo Vo Vo Vai à Sua Escola”ai à Sua Escola”ai à Sua Escola”ai à Sua Escola”ai à Sua Escola”

dissertaram sobre o tema “Oque eu posso fazer para preser-var o meio ambiente no meu diaa dia?” e ficaram com o primei-ro, segundo e terceiro lugar, res-pectivamente. Os textos, querenderam aos jovens escritorescomputador portátil, televisão ecâmera fotográfica, tiveram con-teúdos variados e abordaram li-ções simples, porém importan-tes, de boas práticas, como nãogastar água desnecessariamen-te ou jogar lixo nas ruas, comosoluções para o bem-estar do“coração do planeta”.

As 200 redações válidas fo-ram analisadas e julgadas poruma bancada composta pelaPresidente e pela Vice-Presiden-te da Academia de Ciências eLetras de Maricá, Maria Regi-na Moura e Patrícia Custódio,pela Doutora em Letras pelaUniversidade Federal do Rio deJaneiro, Eloisa Porto, este anorepresentada por sua aluna Mar-ta Mesquita, e pela professoraformada pelo Instituto de Edu-cação do Rio de Janeiro, SôniaAiroza.

No mês de outubro cerca de

700 estudantes de 15 escolasdas redes pública e privada deMaricá visitaram a empresa e

assistiram à apresentação tea-tral “Ser Sustentável”, encena-da pela Cia. Vida de Teatro eDança. Os atores Isabella Car-valho, Lucas Danny, Ulli Cas-tro, Victor David, ManuelaFreire, Taiane Oliveira e Fabri-cio Barros contaram a históriade dois médicos e uma investi-gadora que desvendam asações socioambientais realiza-das pela empresa. “Este é umassunto que está sempre atual.Por isso, resolvemos, através denossas experiências, mostrarpara essas crianças a importân-cia da colaboração de pessoas

e instituições na preservação doplaneta”, conta Bárbara Cae-tano, Supervisora Administra-tiva da empresa e Coordena-dora do Projeto. A Festa deencerramento aconteceu na ga-ragem da empresa, em Maricá,e contou com a apresentaçãodo Mágico Carvalho e do Bo-neco Valentino. A apresentaçãoficou a cargo do parceiro da Vi-ação Delfim Moreira.

Com viés educativo, o “Am-paro vai à Sua Escola” já con-tou com a participação de maisde sete mil e quinhentas crian-ças em suas quatro edições.

Os alunos Ana Vitória Fernandes da Silva, Pedro Faria da Costa Silva e Yasmin VitóriaCosta Castelões, ficaram com o primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente

15% DE DESCONTO A VISTA E 10% PARA PROFESSOR NO CREDIÁRIO

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Primore: a mais nova loja de móveis de Maricá

A maior loja da rede Inoã atenderá a região com preços de inauguraçãoPrimore, a mais nova unida-

de das lojas Inoã, foi inaugura-da na quinta-feira 27 de outu-bro, com a presença de forne-cedores, convidados e impren-sa. A loja fica situada à AvenidaRoberto Silveira, 2.500,Flamengo, Maricá.

A Primore é uma loja degrande porte que oferece mó-veis de qualidade a preçospopulares, na linha do grupoInoã Móveis, com o acrésci-mo da linha de móveis infantis.

Todas as marcas comerciali-zadas pela rede, estiveram re-presentadas no evento por seusfornecedores. Radiante, o dire-tor da Primore, Fábio Brasil,comemorou junto à sua mãe,Dª Helena Brasil, os irmãosMarcel e Maria das Neves, olançamento de mais uma unida-de do grupo Inoã Móveis. Umfarto coquetel com mesa de fri-os, salgados, refrigerantes e umshopp super gelado foi servidoaos convidados.

Emoção: Fábio Brasil estavavisivelmente emocionado comas manifestações de apreço evotos de sucesso dos fornece-dores e amigos, todos elogian-do as instalações da loja. Oamigo e empresário RenatoBarroco desejou toda sorte aonovo empreendimento, “atéporque o Fábio merece, porser amigo e guerreiro. Estou emMaricá desde 1978, e, com oapoio do meu tio José Carlos,me estabeleci em Itaipuaçu.Sabemos da luta que é se fir-mar comercialmente em

Coquetel: A recepção teve início às 20h, quando foram aber-tas as portas para os visitantes e servido um coquetel especialaos convidados. Marcaram presença Ozias Rodrigues(Gte.Santander), Nilson Bottino (Gte. Itaú), os empresários JoséCarlos e Renato Barroco, Reginaldo e Lecy dos Santos (OQueijão), Luiz Fernando, Patrícia, Aline e Luiz Fernando Jr.(TopEletromóveis), entre outros, além dos representantes CristianoSoares (Ortobom), Ari Jr. (Bom Pastor), Tiago Vieira (Plumatex),Dílson (Lopas), Marcelo Ferreira (JCM), Mário Sardella(Mueller), Rodrigo Rocha e Virgílio Costa.

Maricá. Esse é mais um sonhoque se torna realidade”, afir-mou.O depoimento maiscarismático veio da mãe deFábio, Helena Brasil: “Fábio éum rapaz destemido, que temtalento e visão de negócios. Eutenho experiência, mas ele en-xerga longe. Sabe até ondedeve ir. Há 28 anos, desde quechegamos em Maricá, estamosno ramo de móveis e col-chões. Fábio inovou nossas

O salão da Primore chama atenção pelo tamanho e pela variedade, beleza e qualidade dos móveis em exposição

Dr. Igor e Dr. Fábio Brasil

FOTOS: PAULO CELESTINO

Reginaldo e Lecy, casal de empresários e amigos (O Queijão)

Celencina entre as funcionárias Chêrles e Sandra; Barroco

A nova loja fica localizada na Avenida Roberto Silveira, 2.500, Flamengo, Maricá - RJ. Tel: (21) 3731-9283

Jogo de sofá em couríssimo: conforto e elegânciaLinha branca da Mueller: qualidade e praticidade

Fábio Brasil comemora com Marcelo(D’Oro) e MárioSardella (Mueller), a inauguração da nova loja em Maricá

A inauguração contou com a presença da família Brasil: Marcel, Ivânia, Sérgio, Maria das Neves,Helena e Fábio Brasil

MARICÁ 15 DE NOVEMBRO 2011 - GAZETAGERAL 7

lojas com linhas que antes nãovendíamos, como salas de jan-tar, cozinhas planejadas, dor-mitórios modernos, colchões

ortopédicos, aparelhos digitaisde tv, celulares, computadores.Ele está mais antenado com osnovos tempos”, concluiu.

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JORNAL GAZETA MARICÁ 8INSTITUCIONAL

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JORNAL GAZETA MARICÁ 9INSTITUCIONAL

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SAÚDE - JORNAL GAZETA MARICÁ

GAZETA: O CAPS (Centrode Atenção Psicossocial) éuma novidade. Como se deua implantação deste projeto nomunicípio?ALAN CHRISTI: Na ver-dade, o modelo CAPS se ini-ciou no Brasil de uma formamais efetiva através do projetode lei do deputado Paulo Del-gado, apresentado pelo depu-tado de mesmo nome, que pro-pôs uma alteração na assistên-cia psiquiátrica no Brasil. Esseprojeto de lei foi efetivado coma aprovação da lei 10.216, queé conhecida como Lei da Re-forma Psiquiátrica, aprovada em2001 pelo Congresso Nacional.Nesses dez anos, todo o siste-ma da saúde mental do Brasilteve que fazer uma reformulação,visando principalmente à redu-ção e, possivelmente, a extinçãodos manicômios, que se trans-formaram em verdadeiros de-pósitos humanos onde o paci-ente, em vez de se reabilitar, dese ressocializar, se tornou cadavez mais crônico, com patolo-gias cada vez piores, o que agra-vava seu quadro. O CAPS veiocomo um dispositivo substitutopara os manicômios, porque tra-balha com uma equipemultidisciplinar, que trabalha deportas abertas, interagindo coma sociedade. O paciente pas-sou a ter recursos internos, comooficinas terapêuticas, atendimen-tos em grupo, e atividades forado CAPS, como passeios e ati-vidades esportivas. O CAPS étotalmente articulado com os re-cursos da comunidade. A aten-ção básica, a estratégia de saú-de da família, os postos de saú-

UM NOVO OLHAR SOBRE A SAÚDE MENTALEm entrevista ao Jornal Gazeta, o coordenador da Saúde Mental de Maricá, psicólogo AlanChristi, fala dos desafios enfrentados pela equipe e do progresso da luta antimanicomial

Pouco se fala nas realiza-ções da Saúde em Maricá.Mas, verdade seja dita, o tra-balho do coordenador deSaúde Mental do município,Alan Christi, merece elogi-os. Atendendo às novas dire-trizes do Ministério da Saú-de e da Reforma Psiquiátri-ca, que sugerem um novoolhar para o atendimento aopaciente portador de trans-tornos psíquicos, AlanChristi, Coordenador deSaúde Mental de Maricá, nãotem medido esforços paraque os pacientes da redepública do município te-nham tratamento adequadoonde os mesmos são aten-didos e reintegrados à soci-edade. Com o iminente fimdos manicômios, este traba-lho é fundamental para de-volver estas pessoas ao con-vívio familiar. “Manicômiosapagam o sujeito e isso não

é bom para ele e nem para asociedade”, diz Camilla Sil-va, coordenadora técnica doCAPS e integrante da equi-pe do Dr. Alan Christi, e quefalou à nossa reportagem.

de da família. A saúde mentalhoje tem essa perspectiva de serintersetorial, multidisciplinar earticulada com a saúde da famí-lia e com a comunidade.Como as famílias dessas pes-soas reagiram à implantaçãodo CAPS?ALAN: A princípio houve umaresistência da família, o que jáera esperado. Não porque nãoquisessem seus entes queridospróximos, mas porque eram pa-cientes que muitas vezes estavaminternados em hospitais psiquiá-tricos há 30, 40 anos. Areadaptação é um processomuito difícil. Por isso aprovamosno ano passado a supervisão clí-nico-institucional para os proces-sos de desinstitu-cionalizaçãodos pacientes internados. Etrouxemos recursos do Minis-tério da Saúde para implantareste projeto aqui no município.Hoje a gente tem uma equipetrabalhando especificamente noshospitais psiquiátricos junto àsfamílias, justamente para facili-tar este processo, orientar as fa-mílias, dar suporte, fazer os pro-jetos terapêuticos. É um traba-lho árduo, mas que está tendoum resultado muito positivo, tan-to que as famílias já estão aco-lhendo aqueles pacientes quetambém já estão sendo atendi-dos pelo CAPS. A família temparticipado efetivamente. Noseventos e festas (vide o Fórumde Saúde Mental que aconte-ceu em outubro), tivemos umaparticipação tanto de pacientesquanto de seus familiares.Houve uma resistência inicial sim,mas agora as famílias estão par-ticipando e até colaborando

com as atividades.Quais são os tipos de CAPS?Todos os portadores de distúr-bios mentais podem ser aten-didos pelo mesmo CAPS?ALAN: A portaria do Ministé-rio da Saúde especifica os tiposde CAPS. No caso do municí-pio de Maricá, como nós temosuma média de 130 mil habitan-tes, segundo as últimas informa-ções do IBGE, a gente entra nafaixa do CAPS 2, que é de 70mil a 200 mil habitantes. OCAPS 2 tem uma equipe umpouco maior que a do CAPS 1,recebe um pouco mais de re-cursos. O CAPS AD já é um

outro tipo. Quando você já temum CAPS na sua cidade, vocêpode implantar um CAPS AD,que é específico para dependen-tes químicos, ou seja, pacientesque fazem uso abusivo de álco-ol e outras drogas. Conseguimosa aprovação, na Conferênciamunicipal de Saúde, da implan-tação do nosso CAPS AD nomunicípio, o que deverá se efe-tivar agora no ano de 2012. Masde qualquer forma, já temos umnúcleo AD, para pacientes deálcool e drogas funcionando aquino nosso CAPS, onde a genteconta com uma médica clínicageral, um psiquiatra, um psicó-logo especialista em dependên-cia química e toda a equipe doCAPS, que dá suporte também.O CAPS 2 funciona de segun-da a sexta, das 8h às 18h, narua Clímaco Pereira, 241, aolado do posto de Saúde Centralde Maricá, antiga sede da Se-cretaria de Saúde do município.Há outra questão emblemá-tica. E os pacientes que nãotêm família?ALAN: Alguns destes pacien-tes não tem mais referência fa-miliar. Se o problema deles fos-se apenas a questão social, nósos encaminharíamos para umabrigo comum, mas este paci-entes necessitam tanto deste su-porte social quanto do suporteterapêutico, porque são pacien-

tes portadores de transtornosmentais. Por isso, o Ministérioda Saúde também criou um dis-positivo chamado residência te-rapêutica, que é como se fosseum abrigo para esses casos desaúde mental. Onde além deabrigo, o paciente tem suportesocial e também suporteterapêutico, porque tem técni-cos que acompanham estes ca-sos. Já fizemos o projeto da re-sidência terapêutica de Maricá,que já foi aprovado no Conse-lho Municipal de Saúde, e o se-cretário de Saúde, CarlosAlberto Malta Carpi, já deu oaval para que eu implante esteserviço no município. Enviamoso pedido ao Ministério da Saú-de e a avaliação foi muito positi-va. A boa notícia é que a casaonde funcionará a residência te-rapêutica já está em vias de seralugada. O processo está cor-rendo, o contrato já foi feito eagora só restam os trâmites fi-nais para poder implantar a re-sidência terapêutica.Quantos pacientes podem fi-car nestas residências?ALAN: Cada residência tera-pêutica comporta até oito paci-entes. Nós aprovamos na Con-ferência Municipal de Saúde aproposta de uma residênciamasculina e outra feminina, ouuma residência que tenha estasduas alas, mas preferimos duas

residências, onde teríamos lugarpara 16 pacientes. Claro quetudo isso é um processo. Temosque primeiro implantar uma casapara depois implantar outra.Há um projeto para implan-tar enfermaria exclusiva paradoenças mentais no Hospitalde Maricá. De quem foi essainiciativa?ALAN: A iniciativa foi da co-ordenação da Saúde Mental. Eufiz essa proposta ao hospital, elesavaliaram, viram que a deman-da aqui realmente é grande, eque havia a necessidade de umestudo para esta implantação. Eaí nos deram o OK e nósestamos trabalhando em cimado projeto. Na verdade eu já ti-nha o projeto pronto, que foiconfeccionado quando eu esta-va a frente do setor de Psicolo-gia Hospitalar do Hospital, e agente está adequando à novagestão do hospital. A gente temque adequar o projeto à nossarealidade atual. Por isso, a gen-te pensou numa articulação emconjunto com a O.S.MEDVIDA que faz a gestão doHospital . A coordenação deSaúde mental entraria com o su-porte técnico, oferecendo partedos recursos humanos, a super-visão, o acompanhamento doscasos, e o Hospital Conde Mo-desto Leal com a estrutura e amanutenção dos recursos e os

Duas boas notícias foram anunciadas no Fórum. A primeiraé a de que, em breve, os moradores de Maricá poderãocontar com residência terapêutica para pacientes sem vín-culos familiares ou que não são aceitos pela família. A se-gunda, é o projeto para implantar enfermaria exclusiva paradoenças mentais no Hospital Conde Modesto Leal

O I Fórum de Saúde Mental de Maricá aconteceu no Centro de Atenção Pisicossocial (CAPS), e foi aberto pelo secretário municipal de Saúde, Carlos AlbertoMalta Carpi, com a presença de Jorge Castor, secretário municipal de Assistência Social, da subsecretária de Atenção à Dependência Química, Laura MariaVieira, e do coordenador do CAPS em Maricá, Alan Christi, Denise Jalles e Camilla Silva compuseram a mesa juntamente com outros profissionais da área

“Eu fiquei bastante surpreso. Mais de cem pessoas compareceram e participaram, dando sugestões e elogiando ainiciativa do I Fórum de Saúde Mental. As pessoas vieram porque realmente acreditam no nosso trabalho”. Dr. Alan Christi

José da Costa Santos, 53 anos, é compositor de “Bola de Cristal”: Meu espelho já partiu... Agora sótenho você em sonhos! José, é marceneiro profissional e frequenta o CAPS uma vez por semana

FOTOS: PAULO CELESTINO

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equipamentos. Hoje, eu e a mé-dica Cristiane, diretora do Hos-pital, estamos trabalhando pratirar o projeto do papel.

Como é a participação da so-ciedade civil e das diversasáreas de governo?ALAN: Bem, o Programa deSaúde Mental tem trabalhadocom a lógica intersetorial, queinclui a participação de toda asociedade civil e todas as áreasdo governo. A saúde mental hojenão pode se restringir apenas àSecretaria de Saúde. É precisoestar falando de saúde mental emvárias esferas. Agora é queestamos implantando realmenteuma Rede de Saúde Mental.Antes havia aqueles serviços quefuncionavam de uma forma atéum pouco isolada. A oferta deserviços era muito menor do quea demanda. Hoje existe umaRede de Saúde Mental no mu-nicípio, o que é uma grande di-ferença. Isso dá credibilidade aoserviço junto às famílias. Elas es-tão acreditando no serviço e porisso estão participando mais.Há quanto tempo o CAPSestá em Maricá?ALAN: O CAPS está desdefevereiro de 2011. Eu estive naCoordenação de Saúde Men-tal do ano passado, onde fiqueide julho a dezembro de 2010.Reassumi o cargo e estou fa-zendo todas as reorganizaçõesnecessárias para que a Rede deSaúde Mental funcione plena-mente, conforme a gente quer.

Ainda existe preconceito dasociedade em relação aos por-tadores de distúrbios mentais?ALAN: Sim. A loucura e a saú-de mental ainda são temas queas pessoas temem abordar. Nãosó a sociedade, mas tambémmuitos governantes. O que ha-via era um modelo de exclusãosocial que a psiquiatria e as ci-ências davam à saúde mental eque foi vivenciado durante sé-culos. Nós ainda estamos ten-tando mudar isso,pois,infelizmente algunsgovernantes e até alguns profis-sionais ainda fazem esta exclu-são. Tendem a querer a saúdemental num canto, deslocada dadinâmica social como um todo.Não é o caso de Maricá. Nósestamos tendo total apoio dagestão, e quando eu digo ges-tão, falo em especial do prefei-to Washington Quaquá que temdado todo o apoio e ele é extre-mamente simpático à nossa cau-sa. Tanto o Quaquá quanto aprimeira-dama RosângelaZeidan e o secretário de SaúdeMalta Carpi são extremamentesimpáticos e engajados às cau-sas da saúde mental,. É essa mu-dança, esse caráter de dignidadeque a gente quer dar ao atendi-mento ao portador de transtor-nos mentais. Também recebemosapoio de outras secretarias comoa de Educação, Assistência So-cial, Cultura, Direitos Humanose outras.A pessoa com problemasmentais pode ser induzida aingerir algum tipo de drogaespecífica?ALAN: Não é regra, mas mui-tas vezes, até por causa do trans-torno mental, a pessoa fica maissuscetível ao uso de drogas. Àsvezes a pessoa nem conseguemedir ou ser muito crítico sobreo poder da droga em suas vi-das, por conta do transtornomental. E a pessoa pode ficarvulnerável. Um paciente psicó-tico não tem a exata noção dolimite. Então ele se comporta deacordo com os seus instintos, eàs vezes no grupo ele pode serinfluenciado e ser induzido aouso de drogas e não hesitar, pro-curando obter alguma satisfaçãopulsional. Nesse caso ele podeficar mais vulnerável. Quanto aesse tema da dependência quí-mica eu e Laura (subsecretária

de Prevenção à DependênciaQuímica), temos dado especialatenção através de ações con-juntas.Quantos profissionais fazemparte do programa?ALAN: Hoje, em todo o Pro-grama de Saúde Mental eu te-nho mais de 40 profissionais par-ticipando. Só no CAPS são maisde 20 profissionais. Nós temosum núcleo de Saúde Mental noPosto de Saúde do Barroco, emItaipuaçu, onde um psicólogo faza recepção dos pacientes desaúde mental da região, lá noposto. Nós temos uma psicólo-ga também, que compõe o nú-cleo de São José do Imbassaí,e estamos tentando abrir um nú-cleo no Posto de Saúde de Inoã.Precisamos abrir mais um nú-cleo, e talvez um ambulatório emPonta Negra, mas hoje nós te-mos um ambulatório de SaúdeMental que funciona no CentroAmbulatorial , antigo Centro deDiagnóstico, onde nós temosquatro psiquiatras na equipe,cinco psicólogos e dois funcio-nários administrativos. O Cen-tro Ambulatorial e a equipe deSaúde Mental funcionam de se-gunda a sexta. Além disso, tema equipe de Desinstitu-cionalização que, como eu jáexpliquei, trabalha junto a essespacientes que estão recebendoalta dos hospitais psiquiátricos.E tem também a equipe de as-sessoria da coordenação deSaúde Mental. É um programaamplo.Quanto às colônias deinternação, os antigos mani-cômios, eles ainda existem oujá foram fechados?ALAN: Estão em processo defechamento. Muitos já estão sen-do descredenciados pelo Minis-tério da Saúde. Quando come-çou o processo de reavaliaçãoe de descredenciamento haviamais de 800 pacientes na colô-nia de Rio Bonito. Hoje tem me-nos da metade. Nós ainda te-mos 14 pacientes lá, a quem da-mos suporte, onde semanalmen-te levamos as famílias, tratamosestes pacientes, tiramos sua do-cumentação, fazemos este tras-lado para Maricá, para que elessejam atendidos aqui. Algunsnós já conseguimos conduzirpara morar com a família, e umdeles já retornou para Maricáem moradia assistida (acompa-nhado por nossa equipe). Nósestamos conseguindo avançarmuito com estes pacientes queestavam internados há décadas.

Essa verba vem do Ministé-rio de Saúde?ALAN: Vem. A verba doCAPS, da residência terapêuti-ca, e outras, vêm do Ministérioda Saúde. Mas o município as-sume boa parte do custeio des-sas ações.Qual foi a sua impressão dofórum?

ALAN: Eu fiquei bastante sur-preso, porque eu esperava queestivessem ali umas 60 pessoase nós tivemos mais de cem pes-soas. Foi uma participação bemgrande. As pessoas vieram por-que realmente acreditam no tra-balho. Nós trocamos e-mails,conversamos muito após aabertura formal do fórum. To-dos querem colaborar com a im-plantação da Rede de SaúdeMental no município. Eu fiqueimuito feliz, muito satisfeito porme sentir amparado tanto no go-verno quanto na sociedade civilnessa empreitada, que é fazeruma rede ampla, legítima, deSaúde Mental no município deMaricá. O fórum vai funcionaruma vez por mês, com a pre-sença de representantes tanto dasociedade civil quanto das diver-sas áreas do governo, e nós va-mos discutir os casos, vamos dis-cutir a implantação dessa redede Saúde Mental, de uma for-ma democrática.Como identificar um trans-torno mental em alguém danossa família? Como procu-rar ajuda?ALAN: As doenças mentais seapresentam de muitas formas.Cada uma traz um quadro sin-tomático, uma etimologia, um as-pecto nosológico, que é, diga-mos assim, a fotografia da do-ença, de uma forma muito es-pecífica. Mas de uma forma ge-ral, nós podemos dizer que gran-de parte das doenças mentais defundo psicótico surgem na ado-lescência ou no final desta e iní-cio da idade adulta. Os indíciospodem ser: alterações graves decomportamento e nas atividadesda vida diária. Alterações de hu-mor, alterações de sono,agressividade. Os distúrbioscognitivos como as alterações namemória e na percepção, naconcentração, na atenção, pen-samentos que não corres-pondem à realidade, desorien-tação, a pessoa não saber in-formar sobre si mesma e sobreo mundo ao seu redor,

JORNAL GAZETA MARICÁ 11SAÚDE

O novo Centro Ambulatorial deMaricá começou a funcionar nodia 7 de novembro com diversasespecialidades clínicas reunidasnum só prédio. Para tornar o aten-dimento mais rápido e confortá-vel, os agendamentos já podemser feitos pelo telefone 3731-1523ou no local, à Rua Luiz Fernandodos Santos Caetano, Centro, (pró-ximo a Viação Nossa Senhora doAmparo). O horário de atendi-mento é das 9h às 17h, de se-gunda a sexta-feira.

São oferecidas consultas comcardiologistas, neurologistas, gine-cologistas, ortopedistas, endocri-nologistas, oftalmologistas,otorrinolaringologistas, angiolo-gistas e cirurgiões. Só nas áreasde cardiologia, endocri-nologia e

UM NOVO OLHAR SOBRE A SAÚDE MENTAL

ortopedia - as especialidades commaior demanda - são 14 médi-cos. O ambulatório possui insta-lações modernas e rampas deacesso para pessoas com neces-sidades especiais. A expectativaé atender nove mil pessoas pormês. Cerca de 70 funcio-nários trabalham na unidade, en-tre médicos, técnicos de enfer-magem, enfermeiros e recepcio-nistas.

A unidade substituirá o antigoambulatório, num prédio anexoao Hospital Municipal CondeModesto Leal, também no Cen-tro. O secretário municipal deSaúde, Carlos Alberto Carpi, in-formou que os casos mais urgen-tes já estão sendo direcionadospara o novo centro ambulatorial,

que também fará a distribuiçãogratuita de medicamentos paradoenças crônicas. Já os examesde Raios-X, ecocardiograma,

ultrassonografia, eletrocar-diograma e eletroencefalogramaserão realizados no prédio ao ladodo hospital. O novo ambulatório

se soma à rede de 22 postos desaúde - que estão passando poramplas reformas. Até o fim des-te ano, todos os postos estarão

reformados, pintados e recebe-rão rampas, facilitando o aces-so de idosos e deficientes aoserviço padronizado da Saúde.

CENTRO AMBULATORIAL OFERECE DIVERSAS ESPECIALIDADES CLINICAS

AGENDAMENTOS PARA CONSULTAS JÁ PODEM SER FEITOS PELO TEL: 3731-1523

FOTOS: PAULO POLÔNIO

Pacientes do CAPS: a primeira da foto é Nicéia dos SantosAzeredo, 60 anos, reintegrada à família após 30 anos

“A saúde mental hoje não pode se restringir apenas à secretaria de Saúde.É preciso estar falando do tema em várias esferas”. Dr. Alan Christi

“ A loucura, a saúde mentalainda são temas que as pes-soas temem abordar”.“O que havia era um modelo

de exclusão social que a psi-quiatria e as ciências davamà saúde mental e que foivivenciado durante séculos”

entes graves que são crianças eadolescentes. É mais raro apa-recerem transtornos mentais emcrianças e adolescentes, masexiste sim e aqui em Maricá háuma demanda razoável dessescasos.Qual a sua orientação nes-ses casos?ALAN: Eu quero falar para osmunícipes de Maricá que a redede Saúde Mental está de portasabertas não só para aqueles quepossuam transtornos mentais,como também para aqueles quequeiram conhecer os serviços,que queiram colaborar, quequeiram nos visitar, que queiramtrazer idéias. O serviço de Saú-de Mental está sempre de por-tas abertas, este é o nosso lema.

introspecção, afastamento doconvívio social, todos esses sãoindícios de que a pessoa podeestar apresentando algum trans-torno mental. E também existemaquelas doenças que estão mui-to relacionadas a alteraçõesafetivas, quando a pessoa temalterações nas emoções, nas re-ações, se isolando ou tendo im-pulsos agressivos, repudiando ocontato com outras pessoas. Afamília deve procurar ajudasempre na Rede de Saúde Men-tal. Hoje as diretrizes do Minis-tério da Saúde indicam que todomunicípio deve ter uma redeampla e bem distribuída, com-posta por ambulatórios de Saú-de Mental, CAPS e outros ser-viços. Se for um caso muito gra-ve, em que a pessoa apresenteuma crise, a família deve procu-rar o hospital geral do municí-pio. Todas as equipes do Hos-pital Geral têm que estar prepa-radas para receber estes paci-entes. Enfim, os serviços de Saú-de de uma forma geral estãosempre de portas abertas paraorientar, encaminhar, atender eacolher os pacientes e familiaresde portadores de transtornosmentais.Os distúrbios mentais podemacometer crianças? Quais asfaixas etárias mais atingidas?ALAN: Existem também ostranstornos que aparecem noperíodo infantil, tanto que existea psicose infantil. Nós damos su-porte aqui no CAPS para paci-

Diversos serviços são oferecidos aos pacientes do CAPS,como cabeleireiro e oficinas de artesanato e música

FOTOS: PAULO CELESTINO

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