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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA LogWeb 1 EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006 JORNAL Web J O R N A L Log Web Log REFERÊ NCIA EM LOGÍSTICA Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006 Informe Publicitário

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 1EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

WebJ O R N A L

LogWebLogR E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

E D I Ç Ã O N º 5 7 — N O V E M B R O — 2 0 0 6

Informe Publicitário

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R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

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Inclua o jornal LogWeb no seuplano de mídia 2007

Mult

imodal

LogWebFale conosco:

Fone: (11) 3081.2772Nextel: (11) 7714.5380 -ID: 15*7583

CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS MONTADORAS

CADA CASO É UM CASO(Página 28)

TRANSPORTE DE PRODUTOS QUÍMICOS E PERIGOSOS

TODOS OS ENVOLVIDOSSÃO RESPONSÁVEIS

EM CASO DE ACIDENTE(Página 24)

EMPILHADEIRAS

Em análise,o mercado de

vendas demáquinas

usadas

Interessante este setor. Alguns o consideram emcrescimento, enquanto outros avaliam que, com o dólarem patamares baixos, existe uma tendência muito fortede os clientes interessados na aquisição deempilhadeiras seminovas migrarem para a aquisição deequipamentos novos, devido à supervalorização dasusadas. (Página 12)

ANTFpremiaLogWeb

O jornal LogWeb ganhouo prêmio de jornalismo daANTF - Associação Nacio-nal dos Transportadores Fer-roviários na categoria mídiaespecializada em logística,com a matéria “TransporteFerroviário: setor cresce, masprecisa de atenção”, publi-cada na edição 53, de julhoúltimo.

O prêmio simboliza oreconhecimento da Associa-ção com respeito à importân-cia do trabalho da imprensae envolveu também as cate-gorias jornal impresso, revis-ta impressa, telejornalismo,radiojornalismo e website,somando 33 matérias ins-critas. (Página 2)

PortalLogWeb é

reformuladoO Portal LogWeb acaba

de ganhar nova roupagem enovo conteúdo. De acordocom Valéria Lima, idealiza-dora do portal e diretoraexecutiva da LogWeb Edi-tora, esta mudança veio paragerar mais agilidade nasinformações. (Página 3)

R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

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4REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Terminal daPonta do Félixcomeça aembarcaraçúcarDiversificando a lista de pro-dutos com que opera, o Ter-minal Portuário da Ponta doFélix (Fone: 41 420.1142),em Antonina, PR, realizou,em setembro último, o em-barque da primeira carga deaçúcar ensacado. De acordocom informações do Depar-tamento Comercial do Termi-nal, esta primeira carga se-guiu com destino a África. Aintenção é completar um na-vio com carga de açúcar pormês. Embora também operecom carga geral, o terminal éespecializado em cargas con-geladas e considerado o maismoderno terminal frigorifica-do da América Latina. A dire-toria do terminal também in-formou que está retomandoembarques de carnes conge-ladas da Perdigão.

Cartrom produzsistema híbridode embalagensA Cartrom Embalagens(Fone: 41 3322.4220), queatua no mercado de caixasde papelão ondulado há 17anos, produz a Linha SEC,um sistema híbrido de emba-lagens estruturadas. Segun-do Roberto L. Trombini, dire-tor executivo da empresa, aLinha SEC oferece soluçõeseconômicas e inteligentes,pelas quais o papelão ondu-lado é combinado com váriosoutros materiais, criando a em-balagem adequada às neces-sidades do projeto. “O sistemapermite racionalização douso de matéria-prima, redu-ção efetiva de custos, otimi-zação de espaços para esto-ques, facilidade de trans-porte, manuseio e logística,diminuição do peso finaltransportado, garantia per-ceptível da integridade doproduto, customização dasolução, maior visibilidade damarca, redução do impactoambiental e adequação àsnormas internacionais deexportação”, completa odiretor executivo.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 5EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

Editorial

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 234 - 2º andar - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

[email protected]

DiagramaçãoFátima Rosa Pereira

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Assistente Comercial (Estagiária)Maui Nogueira

[email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Os artigos assinadose os anúncios

não expressam,necessariamente,

a opinião do jornal.

LogWebJ O R N A L

D

RepresentantesComerciais:

SP: Nivaldo ManzanoCel.: (11) 9701.2077

[email protected]

BH: Eugenio RochaFone: (31) 3278.2828Cel.: (31) 9194.2691

[email protected]

RJ/Salvador: Jader PintoFones: (24) 3354.6290

(21) 8221.5258 [email protected]

INTERNET

PortalLogWeb éreformulado

dadas ao jornal impressoLogweb; o menu “colunistas”,com textos escritos por profis-sionais influentes no mercado;uma área de interatividade comum fórum para discussão; umaárea de enquete, disponível aosanunciantes para pesquisas; umchat para debate; e uma área de“informação” com classifica-dos, onde estarão à venda equi-pamentos e serviços ligados aosetor, entre outras surpresas.

A perspectiva, destaca Valé-ria, é principalmente aumentaro número de acessos e, comoconseqüência, levar mais in-formação ao setor. “Acessewww.logweb.com.br e confiraas novidades”, finaliza a dire-tora executiva. ●

OPortal LogWebacaba de ganharnova roupagem e

novo conteúdo. De acordocom Valéria Lima, idea-lizadora do portal e direto-ra executiva da LogWeb Edi-tora, esta mudança veio paragerar mais agilidade nasinformações.

Criado em março de1999, o Portal LogWeb temo objetivo de levar ao público,consumidor e fornecedor delogística, uma forma rápida eobjetiva de informação. ParaValéria, a aceitação foi totaldesde a sua criação. “A inter-net possibilita a interatividade, eessa forma de comunicação como mercado tem crescido a cadaano”, destaca.

Questionada sobre o motivoda mudança, Valéria anunciaque esta é apenas uma parte dasnovidades. “A concepção inicialdo site é um portal, com todasas suas características. Inicial-mente, trabalhamos apenas comnotícias, estratégia que nos per-mitiu conhecer o mercado, ajus-tar rotas, implantar cultura e,principalmente, ter a certeza queo caminho é este”, declara. Se-gundo ela, esta mudança é maisum passo, outros serviços estãodisponíveis e outros estão emprojetos.

A principal novidade donovo portal é a “busca inteligen-te”, ou seja, uma busca por con-teúdo, e não apenas por título,como ocorre na maioria dossites de notícias. Além disso, foicriado o menu “entrevistas”, umlink rápido para as entrevistas

DUAS MATÉRIASESPECIAIS

uas matérias especiais e bastante inte-ressantes integram o caderno “Multi-

modal” desta edição do jornal LogWeb.A primeira é relativa ao transporte de

produtos químicos e perigosos, enfocandotemas como as causas mais comuns de aci-dentes neste setor e como evitá-los, res-ponsabilidades pela ocorrência de aciden-tes e pelo atendimento emergencial nestescasos e, também, o que é exigido para queuma empresa possa transportar, comercia-lizar ou industrializar produtos perigosos.Representantes de várias entidades fazemum verdadeiro “relatório” sobre como agirneste área.

O outro destaque é a matéria sobre acadeia de abastecimento das montadorasde veículos e dos distribuidores, envolven-do peças e conjuntos para a montagem eP&A - Peças e Acessórios. Nela, monta-doras e fabricantes de autopeças descre-vem o seu processo logístico, revelandodetalhes que incluem quantidade e tiposde produtos, custos, itens importados eoutros.

À parte do caderno “Mutimodal”, tam-bém vale destacar a matéria sobre o mer-cado de vendas de empilhadeiras usadas.Nela, os especialistas avaliam itens comotendências, perspectivas, problemas, o queconsiderar na hora da compra e outros.

Junto a estas, outras matérias traçamum perfil, ainda que resumido, do setor delogística no Brasil, destacando os lança-mentos e os business das empresas do se-

tor. Tudo numa linguagemsucinta, mas objetiva, con-siderando que os nossosleitores são profissionaisocupados e com tempocurto, mas que precisamestar continuamente infor-mados sobre o que ocorreem sua área de atuação.

Wanderley Gonelli Gonçalves

[email protected] Valeria Lima

Diretoria Executiva

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6REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

M archiore Júnior écoordenador delogística da Saint-

Gobain Santa Marina e enge-nheiro industrial, formado pelaUniversidade Metodista dePiracicaba (Unimep), comMBA em Logística pela USP.

Ele está na Saint-Gobain hádez anos, onde exerceu fun-ções no departamento comer-cial, no projeto especial deLogística Reversa de Embala-gens. Atualmente, MarchioreJúnior é responsável pelotransporte e distribuição dosprodutos Santa Marina em to-dos os canais de venda da com-panhia.

LogWeb: Como é alogística da Santa Marina:número de Centros deDistribuição, localização,dimensões, etc.?

Marchiore: A Santa Marinadispõe, hoje, de dois grandes cen-tros, armazéns “in-house”, loca-lizados nas duas fábricas da em-presa, uma em São Paulo, SP, eoutra em Canoas, RS. Atualmen-te, a capacidade de armazena-mento está acima de 30.000paletes.

LogWeb: Qual é o diferen-cial no processo logísticode produtos frágeis?

Marchiore: Existe um proce-dimento em prática e um desen-volvimento constante em trêselos da cadeia: embalagem, me-lhoria do tipo de embalagem, tan-to em caixas de papelão apropri-adas como em paletes; armaze-nagem adequada, tanto na formade empilhamento quanto de mo-vimentação interna, com o obje-tivo de reduzir a possibilidade dequebra; seleção e monitoramentodas transportadoras, no intuito dezelar pelo produto e ter respon-sabilidade total por perdas oudanos, desde a expedição até aentrega no cliente final.

LogWeb: A Santa Marinaconta com operações in-house terceirizadas? Casoafirmativo, explicar oprocesso.

Marchiore: No momentonão, mas estamos com projetopara colocar em prática, no iní-cio de 2007, parceria com umgrande operador logístico domercado.

LogWeb: Os operadoreslogísticos são próprios outerceirizados? Contamcom quantos veículos?

Marchiore: No caso dotransporte, são terceirizados.Contamos hoje com a parceria de18 transportadoras que realizama distribuição por todo o Brasil.Elas são empresas especializadase divididas por região.

LogWeb: Qual a abrangên-cia de atuação desta frota?

Marchiore: Como disse, estesistema conta com 18 transpor-tadoras contratadas com origeme filial em cada região. Essascompanhias têm conhecimentoda cultura local, o que proporcio-na um baixo custo de distribui-ção. Em 90% dos casos, as distri-buidoras não operam com parce-ria, diminuindo os riscos de atra-sos de entrega ou falta de produ-

tos. Atualmente, contamos comuma transportadora na regiãoSul, no interior de São Paulo, Riode Janeiro, Minas Gerais e no Es-pírito Santo, duas na região Cen-tro-Oeste e três em São Paulo(Capital), nas regiões Norte eNordeste. Para exportação, temoso modal rodoviário até os portosdo Rio Grande e de Santos (3),cabotagem para distribuidores doNordeste (1) e ferroviário para ata-cados em Minas Gerais (1).

LogWeb: Quais os maioresproblemas em relação àlogística? Por quê?

Marchiore: Na área delogística da Santa Marina temosgrandes desafios em previsão devendas x PCP x produção, pro-curando realmente atender à ne-cessidade do mercado. Não des-prezamos a limitação técnica deset-up de produtos em uma in-dústria de vidro. Algumas vezesisso acontece com velocidades detrocas similares às de um proces-so metalúrgico ou siderúrgico,sem deixar de atender centenasde itens. Hoje são mais de 600SKUs ativos. Na parte de arma-zenagem, estamos investindo naparceria com operador logísticoa fim de proporcionar a introdu-ção de tecnologia e know-howpara administração de estoques,introdução de WMS e FIFO.Quanto à distribuição, o maiordesafio é poder atender à neces-sidade de customização para osclientes e introduzir novosmodais de transporte sem perdera qualidade no atendimento.Existe uma pressão forte com ointuito de adequar, da melhormaneira possível, o serviço pres-tado e os custos de transporteenvolvidos.

LogWeb: Como estesproblemas foram supera-dos pela empresa?

Marchiore: Na previsão dedemanda e PCP, existe uma me-lhor integração entre os setores

fabril e comercial com o objetivode afinar “semanalmente” a neces-sidade de produção. Estamosestudando, também, uma ferra-menta de programação mais vol-tada à área de seqüência de pro-dutos x recursos. Já no aspectode armazenagem, conforme ditoanteriormente, o investimento éuma parceria que tenha umknow-how em logística de mo-vimentação que possa melhorarnossos processos internos. Quan-to à distribuição, é intensificar autilização de mais alternativas demodais e customizar as entregas,visando a necessidade do clien-te. Periodicamente, são realiza-das visitas a grandes clientes paraacompanhamento do nível deserviço prestado. Com relação àTI, já contamos com uma ferra-menta de transporte. Trata-se deum módulo de TMS no SAP cominterface a um portal de transpor-tadoras que nos permite uma ges-tão financeira e de follow-up deentrega dos produtos. O próxi-mo passo é aperfeiçoar esta fer-ramenta para avaliar o desempe-nho de entrega por cliente e re-gião.

LogWeb: Como é dado ostart para distribuição dosprodutos aos supermer-cados?

Marchiore: Temos pedidosvia EDI com as grandes redesvarejistas que dão início aoprocesso de distribuição.

LogWeb: Quais são asestratégias logísticasdesenvolvidas em casosde maior demanda?

Marchiore: O negócio de uti-lidades domésticas tem dois pe-ríodos de maior demanda, que sãoabril/maio (Dia das Mães) e ou-tubro/novembro/dezembro (Na-tal). Nestes cinco meses já são co-nhecidas as necessidades do mer-cado, e tanto a expedição tem umaprogramação especial como astransportadoras são alertadas pre-viamente do aumento de volume.Toda essa logística é para evitar,por exemplo, falta de veículos oumão-de-obra no mercado nofinal do ano.

LogWeb: Como é realizadoo processo de logísticareversa em relação à trocade produtos?

Marchiore: Dentro da nos-sa estrutura atual, temos um co-laborador que faz todo o acom-panhamento dos produtos comdefeito ou que precisam ser tro-cados. A mesma transportadoraque realizou a entrega retornarácom o produto danificado. ●

ENTREVISTA

Antonio Marchiore Júniorrevela a logística daSaint-Gobain Santa MarinaDiferencial no processo logístico de produtos frágeis, estratégias logísticas desenvolvidasem casos de maior demanda, logística reversa e as próximas ações. Estes são alguns dosassuntos abordados nesta entrevista especial.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 7EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Vimarthi produzequipamentosparamovimentaçãoe automaçãoindustrialA Vimarthi Ferramentaria, Mo-vimentação e Automação In-dustrial (Fone: 11 4487.1219)atua no segmento de movi-mentação e automação indus-trial, produzindo transportado-res de roletes, correias, corren-tes e cavacos, além de sepa-radores, elevadores indus-triais, sistemas de transferên-cias e equipamentos especi-ais. De acordo com José VitalRomboli, representante daVimarthi, a empresa tambématua no segmento de manu-tenção industrial, voltado aequipamentos e linhas demontagem. “Produzimoscooling conveyor para resfria-mento de peças injetadas emalumínio (aplicação em pro-cessos de fundição e ou inje-ção), máquina de cortar fundoevaporador (refrigeração do-méstica), gancheiras especi-ais, linhas de taliscas paramontagem, transportador derolo motorizado e esteiras decarga”, destaca Romboli.

Zelosotambém locaequipamentosparamanutenção

A Zeloso Indús-tria e Comércio(Fone: 11 3694.6000) acaba deinaugurar o servi-ço de locação deequipamentospara manutençãoem geral. São pla-

taformas de trabalho com al-turas, capacidades e necessi-dades de aplicação diversas.“As locações têm foco em em-presas em geral, onde existaa necessidade do equipamen-to de forma temporária, men-sal ou anual. A Zeloso possuidiversos equipamentos, queestão disponíveis por meio deseus representantes em todoo território nacional”, diz LuisHumberto Ribeiro, diretor daempresa.

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8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Segurança & Confiabilidade

na Movimentação de Materiais

LEIS DA MOVIMENTAÇÃO

DE MATERIAIS POR IÇAMENTO O Planejamento da Movimentação de Materiais - Rigging Plain é fundamental para o controle, aeficiência, a confiabilidade e a segurança destas importantes operações que normalmenteapresentam grande potencial de risco.

Desta forma, as empresas que mo-vimentam materiais por içamento, atra-vés de pontes rolantes, pórticos, guin-dastes e gruas, devem desenvolver umplanejamento sistemático por operaçãode médio e alto risco, que contempletodos os seis elementos básicos envol-vidos nas mesmas, ou sejam;▲ O equipamento;▲ A operação;▲ O operador e o sinaleiro;▲ Os acessórios de amarração de

cargas;▲ As técnicas de amarração;▲ As cargas;▲ O ambiente (Arranjo físico/

layout). Portanto, para cada um destes seis

elementos do planejamento opera-cional deve-se estabelecer um conjun-to de normas e procedimentos que de-vem ser rigorosamente adotados, cum-pridos e fiscalizados, antes, durante eapós as operações, sempre priorizandoa segurança das mesmas.

O Rigging Plain deve ser desenvol-vido tendo em seu escopo técnico enormativo as Leis da Movimentação deMateriais por içamento, relacionadas aseguir e que visam normatizar a utili-zação e a operacionalização dos ele-mentos que compõem as operações demovimentação suspensa de materiais,tanto nas indústrias, como na constru-ção civil e na remoção e transporte decargas de grande volume e peso.

1) Os Equipamentos de Movimen-

tação de Materiais por Içamento -EMMI e os Acessórios de Amarraçãode Cargas - AAC devem ser utilizadosdentro dos princípios da compati-bilização e da conformidade técnica emrelação às necessidades das operações.

2) As operações de movimentaçãode materiais por içamento, principal-mente aquelas classificadas como derisco médio e alto, devem ser precedi-das de um planejamento operacionalque vise, prioritariamente, as condiçõesgerais de segurança.

3) Cada EMMI, bem como osAAC, devem possuir um prontuáriotécnico para o registro de informaçõesrelevantes para a segurança das opera-

ções e para a vida útil dos mesmos.4) Os AAC devem ser dimensio-

nados por profissional comprova-damente qualificado, de tal forma queseja garantida a segurança das opera-ções.

5) Os AAC devem ter a sua quali-dade comprovada através de laudos deconformidade técnica ou certificado dequalidade emitidos pelo fabricante ho-mologado ou fornecedor autorizado.

6) Tanto os EMMI, como os AAC,devem ser submetidos, periodicamen-te, a um Plano de Inspeção e Manuten-ção Preventiva, desenvolvido e realiza-do por profissional competente, apre-sentando sempre as condições perfei-tas de utilização para os fins aos quaisse destinam, garantindo a confiabi-lidade e a segurança das operações.

7) As empresas devem desenvolver,implantar e, efetivamente, cumprir efazer cumprir as diretrizes do Planeja-mento da Movimentação de Materiaispor Içamento.

8) As empresas também devemcumprir, e fazer cumprir, as normaspertinentes ao assunto, editadas peloMinistério do Trabalho e Emprego(NRs 11, 12 e 26), ABNT, DIN, ISO eCEN, entre outras.

9) O ambiente, palco das operaçõesde movimentação de materiais por iça-mento, deve apresentar as condiçõesmínimas para o deslocamento seguroe eficiente das cargas em todos os sen-tidos da sua movimentação.

10) O conceito da “Linha do Equi-líbrio” deve ser considerado e aplica-do por ocasião da amarração das car-gas a serem içadas, como fator essen-cial para a sua estabilidade, equilíbrio esegurança durante os deslocamentos.

11) O princípio operacional da ra-cionalização de tempos e movimentospode ser adotado, desde que não expo-nha o equipamento, as operações, acarga, as pessoas e as instalações a ris-cos iminentes de acidentes.

12) As cargas a serem içadas de-vem ter o seu equilíbrio testado antesde serem definitivamente içadas edeslocadas, através do pré-tensiona-mento da amarração, que deve ser rea-lizado lentamente e mediante a atentaobservação do operador do equipamen-

to de içamento e do sinaleiro das opera-ções.

13) Na amarração angular das car-gas para içamento, devem ser conside-radas as perdas de capacidade nominalde carga dos acessórios, que devem serreavaliadas em função dos respectivosfatores de correção, devido às forças re-sultantes originárias destas angulações.

14) Os EMMI devem possuir dispo-sitivos de limitação automática dos mo-vimentos de içamento e abaixamento dacarga e dos movimentos de translação,especificamente as pontes rolantes e ospórticos.

15) Os espaços de frenagem, tantodos movimentos de translação dosEMMI que operam sobre caminhos derolamento, como da descida das cargasiçadas por estes equipamentos, devemestar regulados rigorosamente dentro doslimites estabelecidos pelo fabricante.

16) As operações de movimentaçãode materiais por içamento devem serorientadas, quando necessário, por sina-lização gestual convencional, emitidaapenas por um sinaleiro devidamenteidentificado e habilitado para esta fun-ção.

17) Os EMMI devem possuir sinalde advertência sonora, que deve seracionado pelo operador sempre quenecessário, visando alertar as pessoassobre o deslocamento das cargas.

18) Os EMMI devem possuir inscri-ção legível e facilmente compre-ensível, referente a sua capacidade má-xima de carga, evitando interpretaçõesequivocadas por parte do operador.

19) Os AAC devem possuir identifi-cação relativa a sua capacidade nominalde carga, já com o fator de segurançaembutido.

20) Tanto os operadores dos EMMI,como os sinaleiros e os amarradores decargas, deve receber treinamento espe-cífico que os qualifiquem e habilitempara o exercício destas funções e serreciclados anualmente, bem como assuas condições de saúde física e psico-lógica.

Colaboração Técnica: Eugenio Celso R.Rocha, consultor e instrutor em logística, mo-vimentação de materiais e segurança do tra-balho. E-mail: [email protected]

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 9EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

MRS Logísticainveste em mais4 máquinas demanutenção davia permanenteA MRS Logística (Fone 0800993636), empresa que trans-porta mais de 100 milhõesde toneladas anuais de car-ga e lidera o transporte fer-roviário de contêineres noBrasil, adquiriu quatro novosequipamentos destinados àmanutenção da via perma-nente. A empresa fechou acompra de duas reguladorasde lastro e uma socadora,além de uma desguarne-cedora de ombro de lastro.As reguladoras e a soca-dora, fabricadas pela empre-sa norte-americana Plasser& Theurer, representam uminvestimento de mais de R$12 milhões. A previsão é deque elas estejam na MRSem meados de 2007. Já adesguarnecedora, compra-da da Loram Maintenanceos Way, representa um in-vestimento de R$ 13 milhõese já desembarca no Brasilem outubro.

Notíciasr á p i d a s

Transportadoresde correntes daBosch Rexrothoperam em até60º C

Os sistemas transportadoresVarioFlow, da Bosch Rexroth(Fone: 11 4414.5777), pos-suem correntes de POMcom larguras de 65, 80, 90,100, 160, 240 e 320 mm quepodem ser revestidas de açoou borracha e com arrasta-dores de placas ou roletes,sendo capazes de suportarcarga até 30 N por elo. Dis-poníveis em alumínio ou açoinox, atuam em temperatu-ras de até 60º C e velocida-de máxima de 1 m/s.

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10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

A Delegação OficialBrasileira que estásendo organizada

pelo Departamento Comercialdo Consulado dos EstadosUnidos em São Paulo, pelaABML – Associação Brasilei-ra de Movimentação e pelojornal e portal LogWeb, paravisitar a feira ProMat 2007, jáestá se preparando para aviagem – mas ainda há vagasdisponíveis.

A ser realizada em Chica-go, nos Estados Unidos, noperíodo de 8 a 11 de janeiropróximo, a ProMat 2007, com28.000 m2, objetiva apresen-tar soluções em movimenta-ção de materiais e logísticapara fazer a cadeia de supri-mentos trabalhar de formamais produtiva e lucrativa.

“Esta feira é a número umem movimentação e logísticana América do Norte”, dizCarol Miller, diretora sêniorde marketing da MHIA – Ma-terial Handling Industry ofAmerica, associação organi-zadora da feira, destacandoque a edição 2007 contarácom mais de 700 expositorese que são esperados cerca de30.000 visitantes, de mais de80 países.

Para os participantes daDelegação Oficial Brasileira,serão oferecidos os seguintesbenefícios: acompanhamentode um representante do

EVENTO

Delegaçãobrasileira vaipara a ProMat

TRANSPORTES

Liotécnicaimplanta TMSda Datasul

Cardoso, da

Datasul:

“Fizemos um

completo

mapeamento e

validação dos

processos

propostos”

P

TERCEIRIZAÇÃO

Parceria entre Columbiae Rockwell resulta embenefícios diretos

AColumbia (Fone: 113305.9999), que atua nosetor de logística, e a

Rockwell (Fone: 11 3618.8900),da área de automação, desenvol-veram um modelo de terceirizaçãode serviços de logística que resul-ta em benefícios diretos.

O projeto foi iniciado com arealização de uma análise das de-mandas da Rockwell em relação àlogística, procurando achar as me-lhores soluções para cada pontoque pudesse representar um poten-cial de melhoria. A primeira etapafoi a terceirização dos estoques deprodutos acabados. “A eficiênciae a agilidade geradas por essa

mudança impulsionarama busca por soluçõesmais complexas deterceirização. Por isso,após dois anos de parce-ria, passamos ao desen-volvimento de um entre-posto aduaneiro integrado a umcentro de distribuição, o que sig-nificou a terceirização de todos osserviços logísticos da Rockwell”,explica Marcelo Brandão, geren-te de Pesquisa, Processos e Desen-volvimento da Columbia.

Segundo ele, os resultados des-se modelo logístico superaram asexpectativas, tanto em relação àredução de custo, que pode ser

mensurada em 10%, comono ganho de produtivida-de. “Antes era possívelprocessar cerca de 200 li-nhas de pedido por dia, emmédia. Esse volume pas-sou a ser de 350 linhas por

dia”, afirma Maurício Kussaba, ge-rente de logística da Rockwell.

Outros benefícios destacadospor ele são: redução do tempo deatendimento a um pedido, que caiude quatro para duas horas; redu-ção de erro de expedição de 20 para3 casos mensais; e eliminação doscasos de divergência de estoque,que antes registrava média de 300itens por ano.●

ara agilizar alguns proces-sos operacionais de logís-tica, a fim de liberar seus

recursos humanos para atividadesmais estratégicas, a Liotécnica(Fone: 11 4785. 2300), empresaespecializada em desidratação afrio, adotou o software TMS (Sis-tema de Gerenciamento de Trans-porte) da Datasul (Fone: 08007043442).

De acordo com Daniel Pas-cale, supervisor de logística etransporte da Liotécnica, a empre-sa precisava de uma solução paraaprimorar a gestão de fretes quepermitisse alterar o modelo de ex-pedição. “Além disso, queríamosque a equipe pudesse estar maisfocada em nosso core business emenos ocupada com trabalhosoperacionais”, acrescenta.

Ele também destaca que oTMS mostrou-se a ferramenta

mais adequada à demanda daLiotécnica por ser uma soluçãode gerenciamento e controle dasoperações de transporte que pro-porciona sincronismo e velocida-de das informações de conheci-mento de fretes, agendamento decoletas, ocorrências de transpor-te e conciliação de faturas entreo embarcador e os operadoreslogísticos e transportadores, pos-sibilitando a automatização deprocessos com o uso de regras denegócios.

Segundo Pascale, o softwarepermitiu aumentar em 45% o nú-mero de pedidos faturados e em-barcados no mesmo dia e aumen-tou significativamente o grau deconfiabilidade das informaçõesrecebidas.

A Liotécnica, com seu parquetecnológico integrado pela novasolução, minimizou procedimen-tos operacionais e passou a con-trolar as principais funções rela-cionadas ao transporte de carga.

Pascale destaca que, atualmen-te, os carregamentos são definidospor faixa de horários acordadoscom os transportadores, reduzin-do significativamente o tempo deespera dos veículos do lado exter-no da empresa. “Desta forma, tam-bém diminuímos a quantidade dehoras-extras realizadas pelo nos-so pessoal de expedição e conquis-tamos maior disciplina na opera-ção como um todo”, diz.

Já para Moacir Cardoso, dire-tor executivo da Datasul Logística,o sucesso do projeto está relacio-nado não só ao fato de ofereceruma ferramenta completa, mastambém ao processo de implanta-ção que seguiu à risca o crono-grama de atividades. “Fizemos umcompleto mapeamento e validaçãodos processos propostos. Este pla-nejamento, aliado a um time mui-to comprometido com o prazo es-tipulado, só podia gerar um proje-to bem sucedido”, finaliza. ●

Departamento de Comércio dosEstados Unidos e da ABML,com o intuito de oferecer con-sultoria técnica e assessoria so-bre importação/exportação –para um grupo mínimo de 15pessoas; seminários gratuitossobre as mais recentes inova-ções tecnológicas em movimen-tação e logística; assistência paraa realização de reuniões exclu-sivas com expositores e visitastécnicas; acompanhamento deintérprete para reuniões previa-mente agendadas. ●

Mais informações com RodrigoMota, Material HandlingEquipment SpecialistFone: 11 5186.7335/7000E-mail: [email protected]

“A feira contará

com mais de

700 expositores

e são esperados

cerca de 30.000

visitantes,

de mais de

80 países.”

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 11EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Mudanças einaugurações naEichenberg &TranseichPara atender à demanda deseus clientes, a Eichenberg(Fone: 51 3023.1000) acabade realizar mudança de en-dereço de unidade opera-cional e inaugurar novas se-des. Em Novo Hamburgo, RS,a criação de uma filial temcomo objetivo incrementar amovimentação da carga aé-rea nacional. Em função dogrande movimento gerado noaeroporto de Viracopos, SP,o maior ponto de exportaçãodo país, também será inau-gurada uma unidade opera-cional em Campinas, SP. Já,em Caxias do Sul, RS, a em-presa mudou para um ende-reço com estrutura mais am-pla. O intuito da modificaçãoé oferecer mais operacio-nalidade e agilidade, propor-cionando, inclusive, opera-ções de cross docking e con-solidação de cargas para oMercosul. Outra novidade naempresa é a criação da Divi-são de Carga Nacional, umaárea que abrangia, anterior-mente, apenas um departa-mento na empresa. A novadivisão está presente na mo-dalidade convencional “doorto door”, através das princi-pais companhias aéreas, namodalidade de carga expres-sa emergencial, utilizando-sedo fretamento de aeronavesespecíficas para cada tipo deoperação, ou, ainda, operan-do o sistema “hand carrier”,onde a carga é acompanha-da por funcionários da em-presa, mesmo durante o vôo.

Masisa produzOSB paraconfecção deembalagensA Masisa (Fone: 41 3219.1850) fabrica o OSB -Oriented Strand Board, umpainel estrutural produzido apartir de tiras de madeira depinus e indicado para a con-fecção de embalagens paraexportação.

RASTREAMENTO

Além de parceria com aIridium, Omnilink anuncianovos produtos

Por sua vez, David Wiggles-worth, diretor de serviços de da-dos da Iridium, explica que o sis-tema é global, baseado em umponto de acesso, nos EstadosUnidos, e que não depende dainfra-estrutura do local. “A cons-telação de satélites da Iridiumcompõe-se de 66 satélites

operacionais que giram em tor-no da Terra a cada 100 minutos auma velocidade de 16.832 milhaspor hora”, explica.

Além disso, esse sistema decomunicação é uma das bases donovo rastreador inteligente que aOmniLink está lançando: o RI1480 MAX. Destinado ao mer-cado de transportes em geral, oproduto combina a tecnologiaGPS, utilizada na localização deveículos, com a comunicação dedados sem fio, via rede celular esatélite. Para isso, o RI 1480MAX incorpora dois modems:um para acesso à rede GSM/GPRS da TIM e outro para a co-municação com os satélites daIridium.

Sempre que o veículo estiverem uma área coberta pela redeGSM/GPRS, esse será o meiousado na transmissão de dados –

por ser mais rápido e barato.Quando sair da área de cobertu-ra da rede móvel, o sistema CLIC- Controle de Localização Inteli-gente de Cobertura, desenvolvi-do pela OmniLink, joga os sinaisde dados automaticamente parao satélite Iridium, sem necessi-dade de intervenção do motoris-ta nem do operador da central.

De acordo com Nunes, a par-ceria objetiva atender os clientesque usam aplicações com altainteratividade, nas quais o volu-me de dados trafegados é maiore os tempos de resposta são maiscríticos, principalmente nas áreasde segurança e de logística.

A OmniLink também estálançando o terceiro modelo desua linha de rastreadores inteli-gentes Max: o RI 1454 MAX.Voltado para o mercado de fro-tas urbanas, o produto combinao uso do GPS e de duas redes ce-lulares GSM/GPRS – se o veícu-lo sair da área de cobertura de umarede, ou se esta falhar, o sistemaautomaticamente busca a outrapara completar a transmissão.

Para o lançamento, a empre-sa fez um acordo operacionaltambém com a Claro, cuja redeserá utilizada em paralelo à daTIM. “Estamos usando o concei-to de resiliência para reduzir aomínimo a ocorrência de falhas nacomunicação entre o cliente e suafrota”, completa Nunes.●

AOmniLink (Fone: 0800702 0142) anuncia duasnovas parcerias e o lan-

çamento de dois produtos desen-volvidos no país.

A principal novidade é a par-ceria com a Iridium, empresa nor-te-americana que oferece servi-ços globais de comunicação devoz e dados baseados em seu pró-prio sistema de satélites, e que,em julho, conseguiu licença daAgência Nacional de Telecomu-nicações - Anatel para atuar noterritório brasileiro. Pelo acordo,a OmniLink será uma value-added reseller da Iridium no Bra-sil, autorizada a distribuir seusmodems e a prestar serviços decomunicação de dados via saté-lites Iridium. “A Omnilink operao serviço, e a Iridium, a rede desatélites”, resume CileneuNunes, presidente da OmniLink.

Da esquerda para a direita:

Nunes e Wigglesworth

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12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

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FREIGHT FORWARDER

Brazil Wind festejadois anos em novo prédioe ampliação de serviços

A Brazil Wind Logistics (Fone:11 5033.7700) comemora doisanos no novo prédio, localizado

na Vila Alexandria, São Paulo, SP, e aampliação do seu portifólio de serviços.

Sedimentada pelos pilares PeopleBusiness e Expertise & Network, a em-presa elabora soluções customizadas emfreight forwarder e logística, oferecen-do toda a logística para o agenciamentode carga internacional e desembaraçoaduaneiro na importação e exportação,aéreo e marítimo, embarques consoli-dados, LCL (Less Than ContainerLoad, ou Menos que uma Carga deContainer) e FCL (Full ContainerLoad, ou Carga Total do Container) eembarques especiais (cargas perigosase perecíveis) com informações em tem-po real para os clientes.

O presidente da empresa, KlausSteinhoff, conta que quando se abre umaempresa de freight forwarding, o primei-ro ou maior desafio é colocar o time decolaboradores certos nos lugares e posi-ções certas para atender ao cliente. Se-gundo ele, o grande desafio desse tipode empresa é não errar quando o clientepassa um primeiro embarque teste, pois,quando este transcorre bem, normal-mente os embarques seguintes vêm semproblemas. “E, automaticamente, o flu-xo desse trabalho ganha uma dinâmicabastante satisfatória para todas as partes”,acrescenta.

A Brazil Wind também oferecelogística integrada, disponibilizando fun-

A empresa elabora soluções em freight

forwarder e logística

cionário dentro da empresa do cliente ouexclusivo dentro dos escritórios da BrazilWind. Este funcionário tem a cultura daempresa, conhecimento das rotinas decomércio exterior e rápida adaptaçãopara constantes melhorias e necessida-des operacionais na cadeia de supplychain, conforme explica Steinhoff.

“Podemos oferecer completa verifi-cação dos mercados onde o cliente ope-ra, Incoterms, composição de custos,emissão de nota fiscal, planilha de todosos custos variáveis da logística, transpor-te, etc., que estejam adicionados aos va-lores acordados com os fornecedores”,diz o presidente. Para ele, muitas empre-sas perdem milhares de reais devido aonão conhecimento das normas interna-cionais, técnicas locais e procedimentos,diminuindo os lucros em razão do pla-nejamento inadequado do Supply Chain.

Com relação ao trabalho personali-zado, Steinhoff explica que é feito porcolaboradores treinados que atendem aum certo número de clientes, tipo umacélula de atendimento personalizado, até

atingir seu objetivo e capacidade, passan-do para outros colaboradores os novosclientes que vão entrando. Estes colabo-radores têm plena capacidade para tomardecisões para que os embarques e followup sejam cumpridos a risca. O presiden-te diz que os problemas mais sérios sãodiscutidos rapidamente com a diretoriada empresa para se tomarem decisões queserão compartilhadas com o cliente finale a ação será imediata para a solução.

FEIRASA empresa também organiza e asses-

sora feiras internacionais. As importaçõesdos clientes/expositores são monitoradasaté a entrega nos respectivos estandes nasfeiras. Depois, a empresa devolve osmateriais importados para a sua origemou nacionaliza aqueles que forem, even-tualmente, vendidos durante o evento.

O departamento de feiras internacio-nais tanto atende a feiras no Brasil comono exterior. No Brasil, atende as feiras daFrancal, VNU Business Midai, HongKong Trade Center e outras feiras anu-ais. Quando as feiras são no exterior, aBrazil Wind Logistics envia o material aser exposto via marítima ou aérea para opaís da feira e o agente se encarrega deliberar e colocar as mercadorias a seremexpostas nos estandes.

“O trabalho de feiras é de grande res-ponsabilidade e normalmente começa-mos a trabalhar nos eventos uns três me-ses antes do seu início”, informa. ●

ROTEIRIZAÇÃO

Aliança entreBR express e Dollyvisa a otimização

para obter maior rentabilidade e eficácianas entregas. Com isto, a fabricante derefrigerantes passará a utilizar o BRinCity, sistema que automatiza o proces-so de roteirização e formação de cargas.

De acordo com Francisco Tinelli,diretor da Dolly, a empresa contava an-teriormente com a montagem de cargas

manualmente, o que, em função da gran-de quantidade, tornava-se um trabalhodificil e pouco eficiente. “Através daparceria, espera-se a otimização das ro-tas das entregas, com redução do con-sumo de combustíveis e de tempo.Consequentemente, a distribuição dosprodutos deverá contar com maior nú-mero de recargas – duas viagens nomesmo dia – e redução drástica dasreentregas – devoluções com reprogra-mação da entrega”, comemora Tinelli.

Ele também lembra que a BRexpress deverá gerar as rotas ideais paratodos os caminhões. “Posteriormente,faremos o acompanhamento dessas ro-tas através de outro software de rastrea-mento que vai informar as rotas realmen-te executadas, proporcionando, dessamaneira, alguns ajustes nas entregas.Isso possibilitará diminuir a quantidadede devoluções”, completa.●

Visando otimizar a distribuição deseus refrigerantes – o seu garanáé considerado o mais vendido na

Grande São Paulo – a RefrigerantesDolly (Fone: 11 4177.4203) acaba decontratar os serviços da BR express(Fone: 16 3307.7600), empresa que de-senvolve sistemas e consultoria logística

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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ARandon - Divisão Implementos(Fone: 0800 512158) está apre-sentando diversas novidades na

sua linha de equipamentos.Primeiramente, a empresa passa a

oferecer ao mercado transportador decarnes mais uma versão do semi-rebo-que frigorífico gancheiro/paleteiro fri-gorífico. Além do modelo de 26 paletes,a partir de agora também é oferecida aversão de 28 paletes. Trata-se de umimplemento que permite transportar acarne pendurada no teto em ganchos ouem paletes, segundo a empresa, sendoadequado, também, ao transporte de pei-xes congelados ou resfriados, frutas, ver-duras, lácteos, sorvetes e margarinas.

O semi-reboque frigorífico permi-te transportar, também, diferentes tiposde produtos a partir da utilização deuma divisória térmica e/ou aparelho derefrigeração multitemperatura. Assim,numa mesma carga podem ser trans-portados congelados a -25º C, resfriadosa 0º C ou, ainda, frutas e verduras a 5º C.

Segunda a empresa, uma das prin-cipais características do semi-reboquefrigorífico gancheiro Randon é a veda-ção da porta traseira, proporcionada porquatro camadas de borracha, especial-mente desenvolvida para suportar bai-xas temperaturas e raios ultravioletas.Isso garante alto nível de isolamento tér-mico, o que oferece maior economia decombustível e menor custo de manu-tenção do aparelho de refrigeração.

Além da frigorífica gancheira/paleteira, a Randon agregou uma sériede novidades à sua linha de produtos.

No caso do bitrem basculante emaço de alta resistência, o equipamentochega com o peso reduzido em 1.630kg no Modelo 20 + 20 m³, passando acontar com uma tara de 10.960 kg e car-ga líquida de 37.240 kg, respeitada alei da balança. Outro diferencial é oacionamento por controle remoto semfio para o sistema de direcionamentode óleo para a operação de bascula-mento, que foi incorporado ao semi-re-boque, dispensando adaptações no ca-valo mecânico.

Por sua vez, a linha de semi-rebo-ques e de carrocerias Furgão CargaGeral agregou, entre as principais no-vidades, a porta traseira com revesti-mento em chapa de aço lisa pré-pinta-da na cor branco e internamente em açogalvanizado com varões de travamentoexternos. Além de servir para melhoridentificação da frota, o novo modelopermitirá a exploração visual do espa-ço liso para propaganda. Igualmente, odegrau traseiro, nas duas linhas, passaa ser construído em chapa xadrez do-brado, sendo soldado à coluna do pára-choque traseiro, dispensando sistemasde travamento e destravamento. Outrainovação é a mesa de acoplamentointeiriça na região frontal do chassi dosemi-reboque que permite o acoplamentoao cavalo mecânico num raio de 180º.

O graneleiro Randon Brasilis, lan-çado em 2005, agrega agora laterais de0,80 + 1 m, apropriadas para o trans-porte de farelo de soja, entre outras apli-cações, já que oferece a possibilidadede otimizar o volume de carga nestasdimensões.

Outra novidade disponibilizada é oconceito do Balancim Lub-Free queelimina o único ponto da suspensão quenecessitava de lubrificação. Além daisenção de lubrificação, o conceito debucha Silent-Block oferece maior du-rabilidade, menor índice de ruídos emaior facilidade de manutenção.

Voltado ao transporte de toras re-florestadas, o bitrem intercambiável daempresa ganha facilmente a configura-ção de tritrem em rodovias onde estacomposição é permitida com a simplescolocação do semi-reboque interme-diário. Esta inovação chega com outrasmelhorias, como o barrote embutido nochassi e fueiros removíveis, além deberço que evita que a grua agarre o chas-si. Entre as vantagens desta nova versão

de equipamento rodoviário, o destaquefica com o aumento na capacidade decarga transportada que pode chegar a40 m³ por semi-reboque.

A Randon também informa que,desenvolvido para o transporte de cana-de-açúcar picada, o semi-reboque re-baixado é o primeiro da categoria com12,50 m. Com tara estimada em 10.700kgf, o equipamento tem chassi central,basculamento superior, descarga hilo e,como opcionais, patola mecânica comacionamento pneumático e instalaçãoelétrica LED. Tem capacidade para otransporte de 90 m³ de cana. É usadopara formação em rodotrem e com ca-valos mecânicos do tipo “cara chata”,alternativas enquadradas na legislação,pois fica dentro do comprimento de 30metros exigidos por lei.

O tanque cilíndrico de inox SafetyMultisetas, destinado, principalmente,ao transporte de químicos leves, comoxileno, tolueno, solventes e combustí-veis, entre outros, tem nova versão quecompreende semi-reboques, bitrens erodotrens (já adequados à nova resolu-ção 184/05), além de contar com com-ponentes de alta tecnologia e arrojadodesign.

A família sider 2007 também apre-senta inovações, como o lacre parapneus. Cada cubo de roda com rodadoraiado recebe agora dois parafusos paracolocação do lacre. A medida auxiliana prevenção de roubos e dispensa anecessidade de numeração para fins deidentificação de pneus. Outra novida-de é o degrau traseiro, construído emchapa xadrez dobrado, sendo soldadoà coluna do pára-choque traseiro, umasolução que dispensa sistemas de trava-mento e destravamento. Segundo a em-presa, a novidade melhora o acesso aointerior da caixa de carga e não requermanutenção. ●

IMPLEMENTOS

Randon apresenta novidadesem semi-reboques, bitrens ecarrocerias

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dependendo do equipamento quese adquire, principalmente osimportados europeus, devido asua tecnologia, ergonomia erobustez, em alguns casos valemais a pena do que equipamen-tos nacionais novos, depen-dendo do uso e desde que o re-presentante esteja no Brasil.

“O mercado de usadas é vol-tado principalmente para as pe-quenas empresas, onde o uso deequipamentos de movimentaçãoé pequeno. É comum que, na pri-meira compra de um equipamen-to, estas empresas optem por usa-dos devido ao diferencial de cus-to. O que vai determinar a com-pra seguinte será a experiênciaque esta primeira empilhadeiraoferecer”, alerta Baptista.

Ainda segundo ele, há casosem que, com o crescimento daempresa, um equipamento quefoi adquirido para uso de até 3horas diárias e atendia às neces-sidades da operação passe a 6 ou8 horas de uso. “Nestes casos, a

maioria tem problemas, pois oequipamento, devido ao aumen-to do uso, passa a onerar a em-presa com manutenção”, diz orepresentante da Empicamp.

Ele ainda ressalta que é mui-to importante, na aquisição, ve-rificar a procedência, pois com oaumento de casos de roubos des-tes equipamentos, o cliente, pen-sando em solucionar um proble-ma de movimentação, acaba en-

frentando um problema judicialna empresa.

“Ainda há casos que parecemexcelentes negócios: equipamen-tos seminovos a preços baixos.Mas, na verdade, são equipamen-tos que não têm representantes noBrasil e na primeira quebra ocliente descobre porque pagoutão barato. Recomenda-se, antesde adquirir, pesquisar no merca-do marcas e modelos, se existemrepresentantes locais, se há ga-rantia, qual a procedência doequipamento e se a empresa queestá vendendo é idônea”, apontaBaptista.

Ele também diz que o merca-do de empilhadeiras usadas, as-sim como o de novas, é vincula-do ao câmbio. Isso quer dizerque a facilidade de trazer equi-pamentos novos com preços me-lhores por causa do câmbio difi-culta a venda de equipamentosusados. “Ainda existe certa resis-tência em baixar os preços deequipamentos usados, mas, se osnovos continuarem com os pre-ços que estão, não haverá outraalternativa”, completa o repre-sentante da Empicamp.

CRESCIMENTOJá Maurício Amaral, diretor

da Brasif Rental (Fone: 08007098000), destaca que o merca-do de empilhadeiras usadas temcrescido – nos últimos anos - namesma proporção do mercado demáquinas novas. “Trata-se de ummercado composto por empresasonde a participação de empilha-deiras afeta diretamente a suaoperação, mas que, por questõeseconômicas, essas empresas aca-bam optando por equipamentoscom valores já depreciados,

diminuindo o valor do investi-mento”, explica Amaral.

Ele também ressalta que osbancos e demais instituições fi-nanceiras atualmente disponi-bilizam financiamentos com ta-xas muitas vezes iguais às apli-cadas a equipamentos novos, tor-nando esse produto ainda maisatrativo.

“As principais vantagens dese comprar uma empilhadeiraseminova é que o cliente escapada desvalorização inicial do equi-pamento novo, que é mais fortenos dois primeiros anos de uso”,completa o diretor da BrasifRental.

O gerente comercial deseminovos da Commat Comérciode Máquinas (Fone: 21 38671723), Guilherme Antunes, tam-bém fala em crescimento no setor.

“Houve um crescimento devendas de equipamentos semi-novos nos últimos dois anos im-pulsionado pela renovação defrota gradativa, realizada pelasindústrias e empresas do setorlogístico nesse mesmo períodoe aproveitando-se das taxas atra-tivas da moeda americana.”

Antunes mantém perspecti-vas de crescimento no setor, umavez que há uma demanda cres-cente por equipamentos que pos-suem uma condição comercialcompetitiva, para pronta entrega.Outra vantagem – ainda de acor-do com o gerente da Commat - éque o equipamento já sofreu boaparte de sua depreciação do va-lor de mercado, o que faz comque o investimento seja preser-vado. “Os problemas são mini-mizados desde que o pós-vendaseja eficiente, uma vez que oequipamento é entregue revisa-do e com garantia do distribui-dor autorizado. A maior dificul-dade é identificar corretamente operfil e a intensidade da opera-ção de cada cliente para podersugerir a melhor opção: novo ouseminovo”, completa.

EMPILHADEIRAS

Em análise, omercado de vendasde máquinas usadasInteressante este setor. Alguns o consideram em crescimento, enquanto outros avaliam que, com o dólar empatamares baixos, existe uma tendência muito forte de os clientes interessados na aquisição de empilhadeirasseminovas migrarem para a aquisição de equipamentos novos, devido à supervalorização das usadas.

Omercado brasileiro devendas de empilhadei-ras usadas é o destaque

neste número do jornal LogWeb.Os especialistas avaliam itenscomo tendências, perspectivas,problemas, o que considerar nahora da compra e outros.

MANUTENÇÃO“A ‘grande sacada’ para o

comércio de máquinas usadas éser o melhor em manutenção ereforma e vender somente empi-lhadeiras reformadas com garan-tia, contrato de manutenção e ga-rantia de recompra”, diz LeoResende, gerente de vendas daAesa Empilhadeiras (Fone: 113488.1475).

Ainda segundo ele, o clientesó compra quando tem a certezado procedimento e do pós-vendaeficiente. “Este mercado é muitobom, desde que se trabalhe comum produto confiável, conside-rando que há muitos equipamen-tos comercializados no mercadoparalelo por corretores e picare-tas!”, ensina.

Quanto aos grandes consumi-dores destes produtos, Resendeaponta que são as empresas quenunca utilizaram empilhadeiras eos pequenos empresários queestão no ramo de usinagem, bebi-das, materiais de construção, fá-bricas de lajes, tijolos e blocos, etc.

Jean Robson Baptista, do de-partamento comercial da Empi-camp (Fone: 19 3289.3712), tam-bém aborda, em sua análise, amanutenção.

De acordo com ele, em pri-meiro lugar, é importante ressal-tar que “quem compra equipa-mento usado, compra manuten-ção”. Mesmo assim – destaca -,

Da esquerda para a direita:

Stamford e Ness, da Motiva

“O mercado de

usadas é voltado

principalmente para

as pequenas

empresas, onde o uso

de equipamentos de

movimentação é

pequeno”

Retec: máquina antes e depois da reforma para venda

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 15EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

O engenheiro Sérgio GrossiCoura, diretor comercial daRetec (Fone: 31 3372.5955), re-presentante da Skam para MinasGerais, por seu lado, analisa que,com a tendência crescente de asempresas reverem e reestrutu-rarem seus procedimentos e pa-drões de movimentação e arma-zenagens de cargas, bem como alogística de distribuição, a pers-pectiva é de crescimento do par-que de máquinas novas - situa-ção que impulsiona, também, omercado de máquinas usadas.

“Os problemas que o consu-midor pode enfrentar, ao adqui-rir uma máquina usada, vão dasdificuldades na obtenção de pe-ças de reposição e alto custo deaquisição destas peças - no casode algumas marcas importadas,até a quebra constante destasmáquinas, quando não reforma-das ou revisadas por empresasidôneas e habilitadas para taisfins. O consumidor que pretendaadquirir uma máquina usada,deve, antes, verificar detalhescomo: estrutura de oficina daempresa vendedora; referênciasde empresas que já adquiriramanteriormente máquinas usadasda vendedora; estado geral damáquina, envolvendo chassi,mastro, motores, tração (trans-missão), painel eletrônico, etc.;garantia concedida pela empresavendedora; procedência do equi-pamento; número de horas traba-lhadas; ano de fabricação; facili-dade de obtenção de peças de re-posição e serviço especializado;rede de revenda; assistência téc-nica autorizada; e população demáquinas da marca escolhida,uma vez que este é um fator queinfluencia diretamente na dispo-nibilidade e no menor custo depeças de reposição no mercado,através das revendas de peças, eainda propicia ao adquirente ummaior valor de mercado de suamáquina, no caso de necessida-de de venda ou troca futura damesma”, completa Coura.

Nelson Magni Junior, geren-te comercial da Retrak (Fone: 116431.6464), também é outrootimista quanto ao mercado demáquinas usadas.

Segundo ele, ao reconhecer aimportância da logística e a lucra-tividade advinda de um processobem estruturado, as empresaspassaram a “paletizar” a distri-buição e a investir, também, emempilhadeiras. Desta forma, nas-ce uma cadeia compratória: coma baixa do dólar, as empresas demaior porte e volumosa operaçãooptam por equipamentos novose, contudo, substituem sua frotae aumentam a disponibilidade deequipamentos seminovos. A em-presa de menor porte adquire

equipamentos seminovos e, aoprocurar por mão-de-obra parareformas ou manutenções, con-tribui com o desenvolvimento domercado.

“Ao fazer esta opção, o com-prador entende que uma empilha-deira é um ativo de vida útil lon-ga e, no momento da compra,deve atentar para estado, funcio-namento do equipamento e anode fabricação. Quanto mais anti-ga for, maior será a dificuldadepara realizar a reposição de pe-ças”, completa Magni Junior.

Adolpho Troccoli Filho, ge-rente regional de vendas da Still(Fone: 11 4066.8117) tambémalega que sua empresa acreditaque este mercado ainda tem mui-to que crescer, e a cada ano quepassa cresce um pouco. “Todosos locadores, depois de algumtempo de prestação de serviço,têm a necessidade de substituiros equipamentos por modelosmais novos ou até mesmo pornovos (0 km) e, devido a estaoperação, precisam girar o esto-que de equipamentos semi-novos”, ressalta ele, como já ofizera seus colegas profissionais.

Outro motivo para o clienteoptar em comprar equipamentosseminovos do fabricante e/ou dis-tribuidores - continua TroccoliFilho - é a garantia da procedên-cia do equipamento, evitandosurpresas no futuro.

“Acreditamos não existir pro-blema neste tipo de operação,pois atendemos uma fatia domercado que não está disposta aadquirir equipamentos novos eparte para um produto seminovoque proporciona um melhor cus-to/benefício na sua operação”,completa.

Luis Humberto Ribeiro, dire-tor da Zeloso (Fone: 11 3694.6000), por sua vez, acredita sereste um mercado alternativo paraquem não dispõe de recursos para

comprar uma máquina 0 km.“Deve ser um bom mercado paraempresas prestadoras de serviçode manutenção e conserto, masexiste falta de linhas de financia-mento, que ajudariam o setor”,completa, destoando da afirma-ção de Amaral, da Brasif Rental.

Sérgio Rocha, supervisor devendas de máquinas usadas daSomov (Fone: 11 3718.5077),fica mais no meio termo em suaanálise deste mercado. Segundoele, para determinadas marcas, omercado de empilhadeiras usadasestá aquecido; por outro lado, al-gumas encontram dificuldades decomercialização devido à falta depeças e estrutura para atendimen-to ao cliente.

“A principal tendência dosegmento de usadas é o aumentoda utilização em aplicações não

Empilhadeira Nissan seminova fornecida pela Starmaq

Amaral, da Brasif: Empilhadeira

seminova sem a desvalorização

inicial do equipamento novo

“A principaltendência do

segmento de usadasé o aumento dautilização em

aplicações não muitoseveras, como emdistribuidoras de

bebidas”

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16REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

muito severas, como em distri-buidoras de bebidas, transporta-doras e depósitos de materiais deconstrução, entre outros.” Rochadiz que o grande problema dosegmento é a existência de empre-sas pouco confiáveis, que não ofe-recem serviços especializados.

MOMENTO DELICADOPor outro lado, Fábio Ness,

gerente de vendas no Recife,Wilson Stamford, consultor devendas de empilhadeiras emPernambuco, e Valdir Barbosa,consultor de vendas de empilha-deiras na Bahia, todos da Motiva(Fone: 81 3281.8217), reven-dedora Yale, alegam que o mer-cado de empilhadeiras usadasvem atravessando uma fase ex-tremamente delicada.

Segundo eles, com o dólar empatamares mais baixos em rela-ção aos últimos 5 anos, os clien-tes tendem a se basear no valorde aquisição inicial de suasempilhadeiras para formar o pre-ço de venda do seu equipamentousado. Com isto, existe uma ten-dência muito forte de os clientesinteressados na aquisição deempilhadeiras seminovas migra-rem para a aquisição de equipa-mentos novos, devido à super-valorização das usadas.

“O maior problema é quando

“O mercado de máquinas usadas é uma boa fonte de renda”

o cliente necessita substituir suafrota de seminovas, principal-mente em função de certificações,como a ISO, exigidas por empre-sas de grande porte e multina-cionais, por equipamentos novos,através de trade-ins nas revendasde equipamentos. Como o merca-do não está comprador deste tipode equipamento, em função dosaltos preços praticados, muitasvezes a negociação acaba ficandoinviável para o distribuidor. O va-lor do mercado de usadas deve seadequar à nova realidade de pre-ços com a estabilização do dólar

nos patamares atuais, e os clien-tes deverão se basear novamenteno valor dos equipamentos no-vos. Com isso, as empilhadeirasusadas voltarão a ser atrativas,normalizando e voltando a aque-cer o mercado”, analisam.

O gerente de vendas no Re-cife ressalta que, neste contexto, aMotiva identifica a potencialidadenas pequenas e médias empresasque se modernizam a cada dia,com o objetivo de buscar a melhorsolução em movimentação de car-gas, com o intuito de atender à pa-dronização das grandes empresas

que geralmente realizam opera-ções de distribuição com cargasuniformes e controladas duran-te o transporte.

Pensamento parecido temAlexandre Vicalvi, gerente co-mercial da Starmaq Nissan(Fone: 11 3709.0911).

Segundo ele, o setor de empi-lhadeiras usadas sofreu uma con-siderável queda em virtude dasgrandes oscilações do dólar nomercado interno brasileiro, fatoesse que tornou ou forçou as di-ferenças de preços ficarem bempróximas, ou seja, pequena di-ferença entre equipamentos no-vos e usados.

Esta queda se deve tambémao número expressivo de equi-pamentos usados (seminovos)que faziam parte da frota degrandes empresas e de locado-res tradicionais que, por renova-ção periódica ou por troca deempilhadeiras por equipamentosmais modernos, disponibili-zaram os mesmos para o merca-do de usados.

“Mesmo assim, o mercadode máquinas usadas é uma boafonte de renda, principalmentepara as empresas que oferecemequipamentos com acesso fácil amanutenção e que proporcionemo desenvolvimento de peçasnacionais barateando o custo dasmesmas”, finaliza Vicalvi. ●

TECNOLOGIA

Spencerreúnetransmissãode voz ecoleta dedados

O novo Workabout ProSpeech, distribuído pelaSpencer (Fone: 11

3707.777), reúne, em um únicoaparelho, o coletor de dados daPsion Teklogix com a tecnologiade transmissão de voz Vocollect,sendo indicado para uso emdepósitos e centros de distribui-ção, para coleta de dados. Osusuários da linha Workabout Protambém podem fazer um up-grade em seu equipamento comuma pequena placa, além de umprograma que permita a trans-missão de voz.

Segundo explica Raul Co-lella, diretor comercial da Spen-cer, além de permitir que o usuá-rio tenha um leque maior de fun-ções dentro de um único apare-lho e escolha entre os sistemasWindows Mobile 2003 SE ouWindows CE.NET, o novo pro-duto, quando usado como trans-missor de voz, possibilita que ooperador fique com as mãos eolhos livres para ler códigos, semter de interpretar aquilo que ocomputador informa na tela,além de certificar-se de queaquele é realmente o produto quedeveria achar.

O diretor comercial tambémaponta que o lançamento propor-ciona uma acuracidade de até99% em relação a coletores dedados comuns. “Além disso, atransmissão de voz proporcionauma maior agilidade no trabalho.Se antes, uma empresa faziachecagem de um depósito emcinco horas, agora ela poderealizar o mesmo processo emapenas 3 horas.” ●

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 17EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

MSI-Forksoferece palestrassobre garfosCom o objetivo de prestar umaassessoria completa para areposição e utilização de gar-fos para movimentação demateriais, a MSI-Forks (Fone:11 5181.8620) oferece pales-tras para as equipes de ven-das e de operações dos seusclientes. Estas palestras con-sistem em um treinamentopara capacitar os vendedoresa orientarem seus clientes so-bre a correta utilização e ma-nutenção de seus garfos, alémde instruir os operadores, au-mentando o tempo de vida útildos garfos e evitando even-tuais acidentes causados pelafalta de inspeção.

Marko “cobre”supermercadosno Norte do paísDuas redes varejistas de su-permercado da Região Nor-te do Brasil, a Y. Yamada e aLíder, acabam de optar pelosistema de estrutura e cober-tura roll-on, desenvolvido pelaMarko Construções (Fone:0800 702 0304), para cobriras novas lojas e os centrosde distribuição. Este ano, a Y.Yamada escolheu o sistemapara duas novas lojas emBelém, a ampliação de sualoja em Barcarena, PA, e seucentro de entreposto emAraguaína, TO. Já a Líder op-tou pelo roll-on para seu novoCentro de Distribuição e anova loja no bairro Indepen-dência, ambos em Belém. Osistema é reconhecido comouma solução diferenciada porintegrar a estrutura ao telha-do. Entre outras vantagens,de acordo com a assessoriada empresa, proporcionaestanqueidade absoluta,montagem muito rápida, faci-lidade de cobertura de gran-des vãos, fabricação em linhaindustrial e manutenção deestoque permanente parapronta entrega, além de dis-pensar estruturas comple-mentares para instalaçõeselétricas, ar condicionado,sprinklers e forros.

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Informe Publicitário18

S obre as 120 Fortis, a compra foi

concretizada em agosto desse

ano e a entrega realizada nos

meses de setembro, outubro e novembro.

“A compra das Fortis foi motivada pela

constante atualização tecnológica que a

Brasif Rental emprega em seu modelo de

negócio. A alta produtividade desse

equipamento, aliada a um menor custo de

manutenção e ao baixo consumo de

combustível, também foi fator

determinante para a aquisição”,

justifica Maurício Amaral.

A Brasif Rental utiliza um modelo de

negócio que aponta para a substituição

dos seus equipamentos em,

aproximadamente, dois anos de utilização.

Dessa forma, consegue manter a idade

média da frota em torno de 12 meses.

Com equipamentos novos assim, o cliente

da Brasif Rental obtém maior

disponibilidade de utilização, garantindo

uma maior produtividade.

“Assim sendo, a Brasif consegue reduzir

seu custo de manutenção devido à idade

das máquinas, repassando esse benefício

ao preço final do aluguel”, diz o diretor.

Também, por força desse modelo, a

empresa acaba por disponibilizar

máquinas seminovas, com garantia de

origem e procedência para atender aos

clientes que optam pela utilização de

equipamentos próprios.

Brasif Rentalrenova sua frotacom a compra de 120empilhadeiras FortisNovidades não faltam na Brasif Rental (Fone: 0800 709 8000), segundoMaurício Amaral, diretor da empresa. Entre elas está a compra de120 empilhadeiras Fortis, da Hyster, para a renovação da sua frota.

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19

Maurício Amaral, diretor da Brasif

Rental: “A compra das Fortis foi

motivada pela constante atualização

tecnológica que a Brasif Rental

emprega em seu modelo de negócio”

As principais vantagens de se comprar

uma empilhadeira seminova é que o

cliente evita a desvalorização inicial do

equipamento novo, que é maior nos dois

primeiros anos de uso.

Maurício Amaral aproveita e revela um

detalhe curioso: a partir da

comercialização de seminovas, iniciada

com pioneirismo pela Brasif Rental,

verificou-se que a maioria dos clientes que

opta por esse equipamento — e que, na

verdade, está pensando na compra de

equipamento novo — percebe nas

seminovas uma vantagem econômica e

uma alternativa inteligente para se

adquirir uma empilhadeira.

Ao todo, a Brasif Rental já comercializou

mais de 500 máquinas seminovas desde

que a direção da empresa optou por esse

modelo de negócio, criando uma alternativa

para o mercado de empilhadeiras novas e usadas. Uma outra vantagem que vem de

carona é que a empresa, com a adoção

desse modelo de venda de seminovas de

sua frota, garante ao cliente locatário da

Brasif Rental a disponibilidade de equipa-

mentos sempre novos, oferecendo maior

disponibilidade e produtividade.

MERCADO DE LOCAÇÃO

E INVESTIMENTOS

Na opinião de Maurício Amaral, o

mercado de locação deve continuar em

crescimento, a exemplo do que ocorreu nos

últimos anos. No início de 2006 – explica –

percebeu-se uma ligeira retração devido,

principalmente, à grande demanda ocorrida

em 2005, o que provocou, de certa forma,

um acúmulo de equipamentos nos pátios

das locadoras no final do ano passado. “O

principal motivador desse crescimento de

mercado tem sido a utilização da locação

pelas empresas de grande porte”, diz.

Para Maurício Amaral, o aumento de

empresas de Operações Logísticas também

muito tem contribuído para o crescimento

da locação de empilhadeiras. Essas

empresas têm preferido locar as máquinas

necessárias aos seus serviços em vez de

comprá-las, garantindo recursos para

aplicação no desenvolvimento de TI,

especialização em processos de gestão e

em treinamento de pessoal.

“Na concepção da grande maioria

dessas empresas, a locação com locadores

profissionalizados no setor assegura

qualidade, disponibilidade, produtividade e

uma boa imagem perante seus clientes”,

acredita Maurício Amaral.

Como próximos investimentos, a Brasif

Rental está, a partir do final desse ano,

entrando no mercado de locação de

equipamentos para agronegócios, com foco

no segmento sucro-alcooleiro. São tratores

agrícolas, colheitadeiras, pás-carrega-

deiras, motoniveladoras e escavadeiras

hidráulicas, entre outros, para as diversas

aplicações utilizadas neste segmento.

PERSPECTIVAS

Para falar do foco do próximo ano, o

diretor da empresa conta que em 2006 a

Brasif Rental resolveu interromper o

crescimento de sua frota como vinha

ocorrendo em anos anteriores, na ordem

de 60% ao ano, com o intuito de adequar

as variáveis de seu modelo de negócio e

planejar uma retomada de crescimento a

partir de 2007.

“Devemos encerrar 2006 com um

parque de aproximadamente 1.200

máquinas. Nossas perspectivas para o

próximo ano são de crescimento da

frota amparado por um plano de mídia

intensivo, com foco nos mercados

industriais, logístico, de construção e

agrícola, como também incrementar as

vendas de máquinas seminovas”, anuncia.

Com esse incremento das vendas de

seminovas, a empresa estará dando

continuidade à renovação da frota,

substituindo grande parte dos

equipamentos que estão completando

24 meses de uso.

A utilização da internet também será

uma ferramenta forte da Brasif Rental, cujo

site disponibiliza informações atuais de

mercado, catálogo de venda de máquinas

seminovas e acesso à consulta de preços

de locação por meio da solicitação de

propostas.

“Os investimentos em treinamento de

pessoal e melhoria de processos serão

intensificados, visando dar ainda mais

qualidade ao atendimento aos clientes da

Brasif Rental”, finaliza Maurício Amaral.

A empresa dispõe, atualmente, de uma

frota de mais de mais de 1000 máquinas

alugadas e que podem ser disponibilizadas

para venda de acordo com a necessidade

do cliente. ●

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20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Indicadoresde Desempenho Empresarial

VINCULAÇÃO DE

INDICADORESOs indicadores não podem ser medidos de forma separada.É necessário fazer uma relação de causa e efeito, de tal ordem quepossam ser analisados e iniciativas sejam tomadas para corrigi-los.

Já falamos dos focos e dos pilares nasúltimas colunas. Nada melhor que umexemplo para que possamos mostrar todaa vinculação que deve existir entre osindicadores, de tal modo que tanto este-jam nos pilares ou vertentes, como tam-bém nos focos.

Vamos exemplificar. Uma empresaque tem como indicador principal a ge-ração de caixa, decorrente do objetivode aumentar o fluxo de caixa e ter maiorliquidez financeira. Para aumentar ageração de caixa podemos usar quatropilares, que são:▲ Aumento das receitas,▲ Redução do custo de produção ou

serviços,▲ Redução das despesas operacionais

e▲ Aumento de produtividade.

Mais ainda, os indicadores tambémdevem estar distribuídos pelos focos,para que estejam balanceados em todaorganização e não somente como focofinanceiro, como quase sempre ocorre.

Podem estar distribuídos em quatrofocos ou perspectivas, utilizando a for-ma do Balanced Scorecard:

▲ Financeiro▲ Clientes▲ Processos internos▲ Recursos humanos

Assim, podemos dizer que para au-mentar a geração de caixa é necessárioaumentar a receita líquida, reduzir o custode produção e aumentar a produtivida-de. Mas, temos que medir sua evoluçãoe, assim, precisamos dos indicadores vin-culados. No meu entender, um indicadorisolado pouco vale. É preciso que se façauma cadeia de causa e efeito, para quehaja uma lógica que permita não só medi-lo, como também melhorá-lo.

Para aumentar a receita líquida é ne-cessário aumentar o número de clientese, vinculado a este, reduzir o número dereclamações. Para reduzir o custo de pro-dução é necessário reduzir o custo deproduto vendido em relação à receita ereduzir o percentual de compras em re-lação ao custo do produto vendido. Te-mos um conjunto todo veiculado confor-me a figura.

Veja que é um exemplo. Para adotarna sua empresa, faça uma cadeia de indi-cadores que estejam vinculados aos re-sultados finais e vá melhorando cada umdeles com a implementação de iniciati-vas que estejam de acordo com metas deprogresso estabelecidas. ●

Colaboração Técnica: Mauro Martins,sócio da MMConsult.e-mail: [email protected]

RECEITAS CUSTOS DESPESAS PRODUTIVI-DADE

FINANCEIRO

CLIENTES

PROCESSOS

RECURSOSHUMANOS

nº de clientes

ciclo de produção

tempo de entrega

Ciclofinanceiro

Prazos contasa receber

nº dereclamações

satisfação dosfuncionários

horas treinamentoprodução

despesasoperacionais

etapasimplantação ERP

GERAÇÃO DE CAIXA

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 21EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

DM implantasistema deorientação demontagem decargasCom o objetivo de inovar e fa-cilitar o trabalho, a DM Trans-porte e Logística Internacio-nal (Fone: 51 3481.7100) im-plantou uma nova ferramen-ta: o Max Load - sistema deuso interno que orienta amontagem das cargas de for-ma que o espaço das carre-tas seja aproveitado em suacapacidade máxima. Os da-dos da carga (como quantida-de, peso e dimensões) sãoincluídos no sistema, que de-termina o melhor aproveita-mento de espaço e apresen-ta um desenho tridimensionalcom o demonstrativo da ocu-pação, o que possibilita atécolocar mais carga dentro dacarreta, dependendo do tipoda mercadoria transportada erespeitando os limites de pe-sos do Mercosul. “O sistema,além de otimizar o espaçonas carretas, diminuindo cus-tos de frete, também reduz otempo de carregamento, umavez que o cliente recebe odesenho da carga organiza-da em sua melhor disposi-ção”, explica o gerente decontas da DM, Márcio Dubal.

Coopercargaé a 3ª melhordo setor detransporteA Coopercarga (Fone: 499926.1303) conquistou a 3ªposição no ranking das me-lhores empresas do Brasil nosetor de transporte, de acor-do com a edição das Melho-res e Maiores da revista IstoÉDinheiro. Outra conquista foia 1º colocação na categoriaGestão Financeira. O fatura-mento da cooperativa no anode 2005 foi de R$ 258 milhõese, de setembro a janeiro de2006, a empresa registrou umcrescimento de 20% no fatura-mento bruto sobre o mesmoperíodo de 2005. Na catego-ria Gestão em InovaçãoTecnológica, a Coopercargatambém conquistou o 3º lugar.

Notíciasr á p i d a s

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22REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

EVOLUÇÃO DA CADEIA

DE ABASTECIMENTO

CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO

— PARTE 1 —

Como todos sabemos, as questões relacionadas aos custos de

distribuição são de enorme importância para as empresas.

Não menos importante é a questão relativa à responsabilidade das

atividades de distribuição: quem é o responsável?

Supply Chain Management

Através dos canais de distribuiçãofazia-se a gestão dos fluxos físicos demateriais, a qual era incluída, normal-mente, em funções empresariais, que asacumulavam com outras funções a ou-tros níveis, tais como a produção oumesmo o marketing/vendas.

Os primeiros diretores ou gestoresda distribuição física surgiram entre adécada de 60 e o início da década de 70.Naquela altura, a gestão da distribuiçãofísica passou a ser vista como uma ati-vidade crítica para a criação e manuten-ção da lealdade à marca e da quota demercado. Para atingir estes objetivos, asempresas centravam a sua atenção emtrês aspectos principais:

▲ cumprimentos dos prazos deentrega;

▲ exatidão na preparação dasentregas;

▲ custos.

Eram definidos objetivos para osníveis de performance com os interme-diários e consumidores finais, definin-do-se, paralelamente, orçamentos paraa sua gestão e cumprimento.

Verificamos, desta forma, que a im-portância da gestão da distribuição fí-sica aumentou bastante, bem como apreocupação com os seus custos.

Nos anos 70 estimava-se que os cus-tos que lhe estavam associados variavamentre 10 e 40% das receitas; no entanto,por a função não estar otimizada, não sesabia quanto deviam ou poderiam ser.Embora o serviço a clientes que se pre-tendia em termos de prazos de entrega eexatidão da composição das entregasfosse cumprido, o mesmo tinha um cus-to muito elevado, ou então, para se cum-prir o orçamento estipulado, prejudica-va-se as expectativas dos consumidores.

A visão da componente da distribui-ção física como área funcional dentroda empresa continuou durante os anos

70, ganhando força quando se ultrapassa-ram os problemas relacionados com oscustos (os custos de posse de estoque e deprocessamento em armazém sofreram umagrande redução, que veio permitir umaredução dos custos globais da função dedistribuição).

A necessidade de uma alteração emtermos de estrutura de gestão era urgente.Este aspecto começou a ser observado jáem 1968. A distinção entre as funções degestão geral e de gestão da distribuiçãoacentuou-se. No início, apenas em rela-ção à distribuição de produtos perecíveisde elevada rotação, mas, em breve, por viade uma maior tomada de conhecimentodos benefícios derivados da coordenaçãoda atividade de distribuição, esta divisãopassou a ser aplicada, também, a produ-tos duráveis e industriais.

A gestão da distribuição passou a es-tabelecer níveis de desempenho para oserviço prestado e a cumpri-los dentro doscustos orçamentados.

Dado que as várias componentes daatividade de distribuição (transporte, ar-mazenagem, estoque, comunicação, etc.)passaram a ser coordenadas apenas poruma atividade de gestão, foi possível eli-minar os fracos desempenhos anteriores.

De uma visão limitada, a empresa in-dividual passou, naturalmente, a uma vi-são integrada da cadeia de abastecimento.Em 1973 avança para a necessidade de co-operação entre as empresas da cadeia deabastecimento no sentido de eliminar a du-plicação de atividades logísticas entre es-ses atores, podendo-se, inclusive, passarpela formalização desta cooperação atra-vés de joint-ventures, parcerias ou entida-des terceiras prestadoras de serviços.

Continua na próxima edição.

Colaboração técnica: Cristiano Cecatto,consultor sênior de supply chain da QualilogConsultoria. e-mail: [email protected]

Notíciasr á p i d a s

ExpressoAraçatubaexpandecapacidade doseu terminalde cargas emBlumenau, SC

O Expresso Araçatuba(Fone: 11 2108.2800) acabade inaugurar a expansão doseu terminal de cargas deBlumenau, SC. Em um imó-vel de R$ 1 milhão, com áreatotal de 4.500 m2, sendo1.350 m2 de plataforma ope-racional com nove docas, a fi-lial dobra sua capacidade ope-racional. Com a ampliação, aempresa pretende reforçar aatuação no mercado têxtil e decalçados. “Esses mercadosvêm crescendo muito nosúltimos anos e representamuma ótima oportunidadepara conquistarmos maisclientes”, afirma Oswaldo D.Castro Junior, diretor geraldo Expresso Araçatuba.

McLane prevêaumentar em 30%as operações parao Natal

A McLane do Brasil(Fone: 11 2109.9400) prevêaumentar em 30% o volumede operações neste Natal emrelação ao do ano passado.Segundo o diretor de Opera-ções da empresa, MarcosFerreira, o crescimento deve-se ao aumento da demandacom a conquista de novosclientes durante o ano. “Elesanteciparam o planejamentoe reservaram mais espaçospara atender ao aumento deestoque previsto para o pe-ríodo”, revela. Apenas em2006, a McLane acrescentouem seu portfólio de clientesas companhias Procter&Gamble (P&G), empresa deprodutos de consumo, éh Cos-méticos, nova marca da em-presária Cristiana Arcangeli,Johnson Diversey, fornece-dora de produtos e sistemaspara higiene e limpeza pro-fissional, e Cooperativa Cen-tral Oeste Catarinense (Au-rora Alimentos). As opera-ções vão do chamado full-service até o spot (armaze-nagem temporária).

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 23EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

A InfoGlobo, responsávelpela publicação de qua-tro jornais – O Globo,

Extra, Diário de S.Paulo e Ex-presso -, além do site GloboOnline e da Agência Globo, é omais novo cliente da TNTLogistics (Fone: 11 4072.6200)e o primeiro do operador logís-tico, no Brasil, no segmento demídia impressa.

Tanto que, segundo João Gui-lherme Araújo, diretor de opera-ções da TNT, para desenhar oprojeto, foi feito um bench-marking com as filiais da TNTda Inglaterra e Itália – divisõesda empresa que possuem impor-tante market share e grandesclientes do setor. Para o novocontrato, que é de 5 anos, foramgerados 40 novos postos de tra-balho – e o faturamento totalprevisto é de R$ 28 milhões.

Marcello Moraes, gerentegeral de distribuição da Info-Globo, explica que o serviço seráimplementado por etapas, e quenesta primeira fase a TNTLogistics ficou responsável pelagestão de transporte dos jornais,além do monitoramento e rastrea-mento das 43 rotas atendidas.

Para isso, utiliza duas tecno-logias. Uma é o Matrix, softwarede propriedade da TNT que inte-gra de forma inteligente as infor-mações sobre todas as operaçõesdo cliente, concentrando em umúnico portal todas as respostascom cruzamento de informações,fazendo o controle das entregasponto a ponto. A outra tecnologiaé o sistema Orion, desenvolvidopela área de tecnologia da TNT

Logistics do Brasil, responsávelpor toda a gestão do transporteda TNT, desde o momento daseleção do fornecedor, emissãode CTRCs e CRTs (transporteinternacional), passando pelagestão das entregas, até o contro-

le de pagamento dos fretes.Nessa etapa, a TNT Logistics

também está fazendo a entrega decerca de 20 mil jornais em 16 das43 rotas de distribuição - o par-que gráfico do Grupo está insta-lado na cidade de Duque de

Caxias, RJ. Essas rotas englobamcidades de estados como Espíri-to Santo, Rio de Janeiro, MinasGerais e São Paulo.

“Podemos dizer que se tratade uma cadeia de alta complexi-dade, lembrando que esse proje-to sequer abrange, nesta atual eta-pa, a cadeia completa da Info-Globo. Em termos de exigência,nosso foco deve ser em confia-bilidade, consistência e atendi-mento dos curtos prazos e jane-las. A competitividade em custose a flexibilidade em soluçõescompletam o alto grau de exigên-cia de um produto perecível, comoé o caso de jornais”, diz Moraes.

Para 2007, a expectativa éexpandir o escopo de atividades,incluindo operações na capitalfluminense e na Grande Rio,onde se concentra a maior partedos leitores. ●

Araújo, da TNT: para desenhar o

projeto, foi feito um

benchmarking com as filiais da

Inglaterra e Itália

E tem mais...

No dia 23 de agosto de2006, o Grupo TNT N.V.anunciou a venda da suadivisão de Logística para aApollo Management L.P.,uma empresa privada focadaem investimentos de longoprazo com escritórios emNova Iorque, Londres e LosAngeles.

A finalização do pro-cesso de venda está previs-ta para acontecer até o finalde 2006, quando será apre-sentado o nome e a marcada nova companhia.

O Grupo TNT N.V. tam-bém acaba de anunciar adecisão de colocar à vendasua unidade de negóciosTNT Freight Management,cujo negócio é suprir e com-binar serviços de frete inter-nacional aéreo e marítimo,gerenciar informações e adi-cionar valor em soluçõesintegradas. A decisão daTNT está em linha com suaestratégia de concentrar ofoco na prestação de servi-ços Express e Mail.

OPERADOR LOGÍSTICO

TNT Logistics fecha contratocom a InfoGlobo para gestãode transporte de jornais

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24REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Dezembro 2006

AgendaRASTREAMENTO

Repom e Consultfirmam parceria emsistema de rastreamento

em locais estratégicos,o Repom Tracking gerainformações como datae hora da passagem doveículo em cada pontode rastreamento, previ-sões para a entrega dacarga e correção auto-mática no caso de mu-danças, monitoramentopor exceção (apenasviagens fora do prazo)e do ciclo logístico,tempo de permanênciado veículo nos locaismonitorados e informação sobrerastreamentos não planejados.

De acordo com o diretor deTI da Repom, Rubens Naves, orastreamento se dá a partir da ela-boração de um plano de viagem,que consiste na determinação daorigem, do itinerário e do desti-no da carga. Nesse percurso, é

estabelecida a quantidade decheck points nos quais estão ins-taladas as antenas receptoras.“Dessa forma, as informações so-bre passagens previstas, efetivase ajustadas são disponibilizadasao usuário em tempo real viainternet, permitindo absolutocontrole. Além disso, eventuais

desvios de rota são captados”,ressalta.

As antenas receptoras estãodistribuídas em parte dos mais de330 postos de combustível queintegram a rede credenciada daRepom, espalhados por toda amalha rodoviária nacional e con-tinuamente em processo de ex-pansão.

Outro diferencial da ferra-menta é o módulo de controle deperformance, que permite acom-panhamento do nível de produti-vidade de cada motorista, calcu-lando os tempos de viagem e fa-zendo comparações, detectandoatrasos e outras medições de de-sempenho.

Naves destaca que o rádiotransmissor que faz o rastrea-mento é de fácil e rápida instala-ção, podendo ser vinculado aoveículo ou à viagem. O equipa-mento é acoplado no pára-brisas,com a utilização de ventosas, oufixado ao caminhão.

Por sua vez, Daniel Chioc-carello, gerente comercial daConsult, expõe: “a parceria entreRepom e Consult vem consolidarnosso objetivo mútuo de posicio-namento inovador, atuando comointegradores de soluções tecnoló-gicas para o segmento transporta-dor e disponibilizando infra-estru-tura tecnológica e operacional derastreabilidade com fins logísticose de gerenciamento de riscos”. ●

A Repom (Fone: 11 4166.7530), empresa brasilei-ra que desenvolve solu-

ções para gestão da contrataçãode fretes e vale-pedágio, acaba defirmar uma parceria com aConsult (Fone: 11 5087.5755),consultoria especializada emgerenciamento de riscos no setorde transporte rodoviário de car-gas. Unindo suas expertises, de-senvolveram o Repom Tracking,um sistema de rastreamento decarga de baixo custo.

Este sistema passa a integraros projetos de gerenciamento deriscos desenvolvidos pelaConsult, que consistem na ado-ção de medidas para reduzir osriscos a um nível adequado, numquadro em que há atrativosoperacionais ao crime.

Por meio de sinais de rádiocaptados por antenas instaladas

Gerenciamento deTransportes e Frotas

Período: 1 e 2 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Curso Básico de Importação:Procedimentos e Sistemática

Período: 4 e 5 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: CetealInformações:

[email protected]

Fone: (11) 5581.7326

Tendências para o Mercadode Logística e Transportes

2007-2012Período: 6 de dezembroLocal: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Gestão de Transportes eDistribuição

Período: 6 e 7 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: CetealInformações:

[email protected]

Fone: (11) 5581.7326

Custos, Formação de Preçose Análise de Investimentos

em Empresas Prestadoras deServiços Logísticos e

TransportesPeríodo: 6 e 7 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

O Motorista Autônomo e oVínculo Empregatício

Período: 6 a 8 de dezembroLocal: São Paulo – SPRealização: SETCESP

Informações:www.setcesp.org.br

[email protected]: (11) 5523.5401

Pesquisa de Mercado 2006:“Mapeamento de

Oportunidades no Mercadode Prestação de Serviços

Logísticos”Período: 7 de dezembroLocal: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Page 25: JORNAL LogWeb 1 LogWebWeb€¦ · 1 EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006 JORNAL LogJORNALWebWeb REFERÊ NCIA EM LOGÍSTICA Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 25EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

No portalwww.logweb.com.br,em “Agenda”, estão

informações completassobre os diversos eventos

do setor a serem realizadosdurante o ano de 2006.

Técnicas e Métodos deInventário de MateriaisPeríodo: 7 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

25º Encontro do ClubeSupply Chain

Período: 7 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: Ciclo Marketing &ComunicaçãoInformações:

[email protected]

Fone: (11) 6941.7072

Maximizando a Utilizaçãodo Espaço no ArmazémPeríodo: 8 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Logística Aplicada aoComércio Exterior

Período: 11 e 12 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: CetealInformações:

[email protected]

Fone: (11) 5581.7326

Logística Integrada: Uma VisãoOperacional e Gerencial

Período: 11 a 13 de dezembroLocal: São Paulo – SPRealização: SETCESP

Informações:www.setcesp.org.br

[email protected]: (11) 5523.5401

Prevenção deComportamentos Inseguros

nas EstradasPeríodo: 14 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: SETCESP

Informações:www.setcesp.org.br

[email protected]: (11) 5523.5401

Empresas promotoras deeventos: envie-nos as

programações de 2007 parapublicação, gratuita, na agendado jornal e do portal LogWeb.

MOBILIDADE CORPORATIVA

Prime Systems lança novaversão de ferramenta paragestão de equipes em campo

serviço, além de inovações téc-nicas, como o desenvolvimentona linguagem Java, que permiteque a operação seja executadamesmo quando não há sinal daoperadora.

“Embora o aspecto técnicoseja um ponto forte de nossa so-lução, procuramos desenvolveruma aplicação móvel de ordensde serviço que contempla diver-sos perfis de usuários, desde ogestor da operação ao motoristado caminhão”, diz o presidenteda Prime Systems, Roberto Aze-vedo. Segundo ele, a estimativaé de que o investimento na apli-cação se pague em até quatromeses de uso.

No segmento de logística, amobilidade agrega benefícioscomo o rastreamento para subsí-dio à antecipação de problemas,capacidades de integração e

melhoria da gestão dos agentesenvolvidos, além de organizarum histórico com as principaisinformações sobre o cliente.

O supervisor ou gestor daoperação ainda pode obter rela-tórios para comparação do ren-dimento de filiais, a performanceindividual de seus colaboradores,estabelecer metas e fazer umaaferição do grau de satisfação dosclientes para identificação dos

pontos fracos e melhoria dos pro-cessos. Todas as informaçõestambém ficam disponíveis paraconsulta na internet, graças àaplicação Web do OS Mobile.

APLICAÇÃOA plataforma OS Mobile per-

mite que uma equipe de retaguar-da, instalada em uma central,emita ordens de serviços para asequipes em campo, associandocada ordem de serviço a umaequipe/veículo que irá executá-la.

O responsável pela execuçãorecebe um aviso sonoro e, pelatela do celular, navega por umapágina semelhante à da internet,na qual visualiza informaçõessobre a seqüência das entregas eo percurso sugerido. Um proto-colo de internet sem fio, WapPush, faz o controle do acesso aosistema, permitindo que a centralacompanhe quem está conectado.

Ao sair do cliente, o motoris-ta informa se o serviço ou entre-ga foi efetuado ou se houvealgum problema na execução,mantendo a central a par do statusda operação. Em situações críticas,como o não cumprimento de umatarefa, ele informa a central paraque uma nova ação seja tomada.Caso seja necessária a intervençãode um supervisor, o sistema man-tém um histórico da O.S. paraauxiliá-lo na tomada de decisão.●

APrime Systems (Fone: 312125.6500), empresa doGrupo Seculus especia-

lizada no desenvolvimento desoluções de mobilidade corpora-tiva, reelaborou o OS Mobile, so-lução móvel para envio de ordensde serviço em campo, incorpo-rando novas funcionalidades paraampliar seu escopo de atuação nosegmento de operações logísticas.

A ferramenta tem como prin-cipal funcionalidade operacionalo acompanhamento de indicado-res da empresa para tomadas dedecisão, baseadas nos dadosagrupados por fatores que facili-tam a gestão e amplificam o con-trole do processo em campo.

A nova versão traz umainterface mais sofisticada, com oobjetivo de melhorar a interaçãoentre a equipe em campo, a cen-tral da empresa e os usuários do

Investimento na aplicação é pago

em até quatro meses de uso

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26REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

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TRANSPORTE DE PRODUTOS QUÍMICOS E PERIGOSOS

TODOS OS ENVOLVIDOSSÃO RESPONSÁVEISEM CASO DE ACIDENTETransporte de produtos químicos e perigosos lembra acidentes, e quando eles ocorrem vem a pergunta sobre quem arca com aresponsabilidade. A resposta está no princípio chamado responsabilidade solidária ou co-responsabilidade,explicado pelos entrevistados.

uais as causas mais comuns deacidentes envolvendo produtosquímicos e perigosos? Como

evitá-los? De quem é a responsabili-dade pela ocorrência de acidentes?Quem é o responsável pelo atendi-mento emergencial nestes casos? Res-postas a estas perguntas são dadas porprofissionais do setor nesta matériaespecial do jornal LogWeb.

AS CAUSAS E COMO EVITARSobre as causas mais comuns de

acidentes com o transporte de produ-tos químicos, Gloria Benazzi, diretorasecretária do ABNT/CB-16 - Trans-porte e Tráfego e coordenadora da CETransporte de Produtos Perigosos –Comissão de estudo autora de algu-mas normas da ABNT (Fone: 116632.1528), cita avaria do veículo e/ou equipamento, colisão, capotamen-to/tombamento e falha durante ope-ração de carga/descarga/transbordo,dentre outras. As conseqüências, se-gundo ela, podem ser vazamento, ig-nição e/ou explosão, evitadas pelocumprimento da legislação e peloaumento da fiscalização.

José Eduardo Sartor, coordenadorda Comissão de Transportes daABIQUIM – Associação Brasileira daIndústria Química e diretor delogística da M&G Fibras e Resinas(Fone: 11 2111.1482), por sua vez,aponta falta de um processo de qua-lificação de transportadoras e com-portamento do motorista.

Realmente, segundo o 1º tenenteCláudio Rogério Ceoloni, do Setor deAssuntos Civis, e o 1º sargentoMárcio Antonio Vaz de Oliveira, au-xiliar da Subseção Técnica do Gabi-nete de Treinamento, ambos do Co-mando de Policiamento Rodoviárioda Polícia Militar do Estado de SãoPaulo (Fone: 11 3327.2625), as cau-sas mais comuns estão ligadas à con-dução do veículo (falha humana). Em2005 foram atendidos 372 acidentes

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com veículos transportando produtosperigosos nas rodovias estaduais sobcircunscrição do DER – Departamen-to de Estradas de Rodagem, e 213 apre-sentavam como causas prováveis falhasdo condutor: um percentual de 57%.

A respeito das estatísticas da Po-lícia Rodoviária Federal, órgãosambientais e das empresas particula-res dedicadas ao atendimento deemergenciais químicas, Carlos Eduar-do Strauch, analista ambiental, bió-logo e coordenador de emergência doServiço de Controle da Poluiçãoacidental (SCPA) da FEEMA - Fun-dação Estadual de Engenharia doMeio Ambiente (Fone: 21 2270.6433), que exerce as atividades decontrole Ambiental, (Licenciamento,Fiscalização, Monitoramento) emtodo Estado do Rio de Janeiro, acres-centa que a falha humana é prove-niente da falta de treinamento espe-cífico, ausência do Curso de Movi-mentação de Produtos Perigosos –MOPP, hábitos alimentares errados,ingestão de grandes quantidades dealimentos de difícil digestão, ingestãode bebidas alcoólicas e jornada de tra-

balho fora do especificado pelo Mi-nistério do Trabalho.

Strauch também aponta o mal es-tado de conservação das pistas derolagem (qualidade da capa asfáltica,inexistência de sinalização, falta deacostamento) e falha mecânica.

“As estatísticas ainda informamque os picos de ocorrência de acidenteacontecem no período diurno (parteda tarde, após almoço), com a pistaseca (ausência de chuvas) e em diasúteis, com as maiores incidências en-tre terça e sexta-feira”, acrescenta.

O coordenador da FEEMA con-sidera vários itens importantes paraevitar estes problemas: implemen-tação de programas educativos, in-cluindo Cursos de Educação Am-biental, direção responsável defensi-va, MOPP e conceitos básicos de quí-mica dos produtos.

“Além dos cursos acima, pode-ríamos citar também um programa in-terno de re-educação alimentar (apli-cado por nutricionistas), um controlerígido no que diz respeito à jornada detrabalho (evitando-se a realização deviagens em períodos noturnos – geral-

mente após as 22 horas até as 06 horasda manhã) e controle com paradas obri-gatórias a cada duas horas durante operíodo diurno”, complementa.

A respeito dos equipamentos e daatividade de transporte propriamentedita, Strauch declara que deveria ha-ver um controle rígido no que diz res-peito à manutenção dos equipamen-tos - cavalos-tratores e carretas-tan-ques -, e realização de check-lists -condições da viatura, estado de con-servação dos pneus, parte elétrica, sis-tema de sinalização, estivagem cor-reta da carga, em casos de carretas-tanques existência de sistema quebra-ondas no interior dos tanques.

Já quanto à atividade de transpor-te/movimentação rodoviário de pro-dutos químicos e perigosos, segundoele, alguns OEMAS - Órgãos Esta-duais de Meio Ambiente adotam eexigem o Licenciamento Ambientalda atividade com a obrigatoriedade deobtenção de Licença de Operação.“Cabe ressaltar que tal procedimento

Especialistas apontam várias causas para os acidentes

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 27EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

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Procedimentos a serem adotados em caso deemergência, acidente ou avaria, segundo o RTPP

➥ Art. 24. Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização deveículo transportando produto perigoso, o condutor adotará as medidas indicadasna Ficha de Emergência e no Envelope para o Transporte correspondente acada produto transportado, dando ciência à autoridade de trânsito mais próxi-ma, pelo meio disponível mais rápido, detalhando a ocorrência, o local, as clas-ses e quantidades dos materiais transportados.

➥ Art. 25. Em razão da natureza, extensão e características da emergência, aautoridade que atender ao caso determinará ao expedidor ou ao fabricante doproduto a presença de técnicos ou pessoal especializado.

➥ Art. 26. O contrato de transporte deverá designar quem suportará as despesasdecorrentes da assistência de que trata o artigo anterior.

➥ Parágrafo único. No silêncio do contrato o ônus será suportado pelo transportador.

➥ Art. 27. Em caso de emergência, acidente ou avaria, o fabricante, o transporta-dor, o expedidor e o destinatário do produto perigoso darão apoio e prestarão osesclarecimentos que lhes forem solicitados pelas autoridades públicas.

➥ Art. 28. As operações de transbordo em condições de emergência deverão serexecutadas em conformidade com a orientação do expedidor ou fabricante doproduto e, se possível, com a presença de autoridade pública.

➥ Parágrafo 1º. Quando o transbordo for executado em via pública deverão seradotadas as medidas de resguardo ao trânsito.

➥ Parágrafo 2º. Quem atuar nessas operações deverá utilizar os equipamentos demanuseio e de proteção individual recomendados pelo expedidor ou fabricantedo produto.

➥ Parágrafo 3º. No caso de transbordo de produtos a granel o responsável pelaoperação deverá ter recebido treinamento específico.

de Licenciamento adotado pelosOEMAS pode exigir a comprovação deexistências de equipes de emergência,que podem ser próprias ou terceiri-zadas”, enfatiza.

José Guilherme Berardo, diretor-presidente, e Paulo Henrique Tirado,gerente de desenvolvimento de proje-tos e qualidade, ambos da S.O.S.COTEC Consultoria e Tecnologia Eco-lógica, prestadora de serviços de pre-

venção, gerenciamento e atendimentoa emergências que envolvam produtosperigosos ou agressivos ao meio am-biente (Fone: 19 3467.9700), tambémse baseiam em estatísticas.

“De acordo com dados levantadospela própria S.O.S. COTEC, 24% dosacidentes ocorrem devido a falha me-cânica dos equipamentos. Ou seja, arealização do check-list na saída dosveículos dos expedidores de produtosperigosos tem de ser mais rigorosa,bem como a fiscalização dos veículosdeve ser intensificada, principalmentepara os casos do transporte a granel,em que o veículo somente pode circu-lar por vias públicas se for inspeciona-do e receber o Certificado de Inspeçãopara o Transporte de Produtos Perigo-sos - CIPP, emitido pelo Inmetro”, re-velam.

Para eles não existem especificamen-te conselhos para evitar os acidentes, poistodos os profissionais que conduzemveículos com produtos perigosos rece-bem treinamento específico, o CVTPP -Curso para Condutores de Veículos deTransporte de Produtos Perigosos, comcarga horária de 50 horas/aula, contem-plando legislação de trânsito e específi-ca de transporte de produtos perigosos,noções de primeiros socorros, respeitoao meio ambiente e prevenção de incên-dio, além de movimentação de produ-tos perigosos, conforme explicam.

Giuliano Borlenghi, diretor comer-cial, e Rodrigo Augusto Falato, analis-ta ambiental, ambos da Suatrans (Fone:0800 172020) – empresa de atendimen-to a emergências químicas e ambientais–, por sua vez, acrescentam outros itensaos já citados como causa de aciden-tes: excesso de velocidade e imprudên-cia dos motoristas.

“Outros fatores que também con-tribuem para o acidente são: velocida-de inadequada para o trecho; velocida-de menor que a mínima aceitável; nãorespeitar a sinalização; dirigir sem cintode segurança; não deixar distância se-gura do veículo da frente; dirigir agres-sivamente/imprudentemente; ultrapas-sagens inseguras ou em locais inade-quados; e amarração inadequada dacarga”, adicionam.

RESPONSABILIDADESA responsabilidade pela ocorrência

do acidente envolvendo produtos quí-micos e perigosos, conforme dizem osentrevistados, é do transportador, dofabricante do produto, do destinatárioda carga, do expedidor e do importa-dor, que responderão solidariamentepela adoção de medidas para controleda situação emergencial e para o sanea-mento das áreas impactadas, de acordocom as exigências formuladas pelo ór-gão ambiental.

Este princípio é o chamado de res-ponsabilidade solidária ou co-respon-sabilidade e as penalidades administra-tivas estão previstas no Regulamentopara o Transporte Rodoviário de Pro-dutos Perigosos - RTPP (artº 45 e 46),que foi aprovado pelo Decreto 96.044,de 18 de maio de 1988. É importanteverificar que, através deste RTPP, é pre-visto que o contrato de transporte de-signe quem suportará as despesas de-correntes do atendimento emergencial,sendo que, no silêncio do contrato, oônus será suportado pelo transportador.

Além disso, também há às penali-dades penais e administrativas previs-tas na Lei 9605/98, que dispõe sobreas sanções derivadas de condutas e ati-vidades lesivas ao meio ambiente.

Incorre nas penas previstas na cita-da lei quem produzir, processar, em-balar, importar, exportar, comercializar,fornecer, transportar, armazenar, guar-dar, ter em depósito ou usar produtoou substância tóxica, perigosa ou no-civa à saúde humana ou ao meio am-biente em desacordo com as exigênciasestabelecidas em leis ou nos seus regu-lamentos, e também quem abandona osprodutos ou substâncias citados, ou osutiliza em desacordo com as normas desegurança. Há, ainda, os crimes previs-tos no Código Penal e Leis das Con-travenções, explicam o 1º tenenteCeoloni e o 1º sargento Oliveira.

Conforme dizem Berardo e Tirado,da S.O.S. COTEC, o responsável dire-to pelo transporte de produtos perigo-

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28REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

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CONSELHOS PARA EVITAR ACIDENTES

▲ o condutor deve possuir a qualifica-ção para transportar produtosperigosos;

▲ uso de veículo e equipamento emboas condições operacionais eadequados para a carga a sertransportada, cabendo aoexpedidor, antes de cada viagem,avaliar as condições de segurança efuncionamento do veículo eequipamento, de acordo com anatureza da carga a ser transporta-da, na periodicidade regulamentar,adotando as cautelas necessáriaspara prevenir riscos à saúde eintegridade física de seus prepostose ao meio ambiente;

▲ transportar produtos a granel deacordo com o especificado noCertificado de Capacitação para oTransporte de Produtos Perigosos aGranel, devendo este estar dentrodo prazo de validade;

▲ exigir do expedidor os documentosobrigatórios (nota fiscal, ficha deemergência e envelope para otransporte, entre outros exigidosespecíficos ao produto transportado);

▲ providenciar para que o veículoporte o conjunto de equipamentosnecessários às situações deemergência, acidente ou avaria,assegurando-se do seu bomfuncionamento, sem apresentardefeitos e que seja eficiente;

▲ instruir o pessoal envolvido naoperação de transporte quanto àcorreta utilização dos equipamentosnecessários às situações deemergência, acidente ou avaria;

▲ zelar pela adequada qualificaçãoprofissional do pessoal envolvido naoperação de transporte, proporcio-nando-lhe treinamento específico,exames de saúde periódicos econdições de trabalho conformepreceitos de higiene, medicina esegurança do trabalho;

▲ fornecer aos seus prepostos ostrajes e equipamentos de segurançano trabalho, de acordo com asnormas expedidas pelo Ministériodo Trabalho, zelando para quesejam utilizados nas operações detransporte, carga, descarga etransbordo;

▲ providenciar a correta utilização,nos veículos e equipamentos, dosrótulos de risco e painéis desegurança adequados aos produtostransportados;

▲ dar orientação quanto à corretaestivagem da carga no veículo;

▲ o fabricante do produto perigosodeverá fornecer as informaçõesrelativas aos cuidados a seremtomados no transporte e manuseiodo produto.

▲ os produtos perigosos fracionadosdeverão estar devidamenterotulados, etiquetados e marcados,devendo o condutor estar informadodas características dos produtostransportados.

▲ checar se há compatibilidadequímica e genérica entre osprodutos transportados.

Fonte: Comando de PoliciamentoRodoviário da Polícia Militar do Estado

de São Paulo

sos é o proprietário do veículo e o in-direto é a indústria que fabrica ou odestinatário que recebe o produto. Apromotoria de justiça geralmentemove a ação contra quem tem maisrecursos para arcar com o ônus dareparação (comparando ao direito ci-vil, em que o fiador tem patrimônio).“O responsável mais direto é a trans-portadora, mas fabricante e destinatá-rio podem ser acionados. A lei permi-te que se faça isso, pois é consideradopoluidor quem direta ou indiretamen-te causa o dano”, detalham.

Borlenghi e Falato, da Suatrans,utilizando informações da mono-grafia do curso de Direito de MariaCafasso, adicionam que poderá haversituação em que o expedidor será tam-bém o transportador. É o que aconte-ce quando o expedidor possui frotaprópria para realizar o transporte deseu produto, ou seja, os veículos es-tão licenciados em seu nome. Nessecaso, o expedidor terá sua responsa-bilidade ampliada, ora como trans-portador e ora como expedidor. Emcaso de fiscalização de trânsito, ha-vendo infrações de transporte seráautuado duas vezes, conforme precei-tua o RTPP.

Um outro fato importante, citadopor Berardo e Tirado, da S.O.S.COTEC, é fabricante e destinatárioconhecerem e auditarem o transpor-tador que presta serviço a eles, poiscontratar uma empresa sem autoriza-ção ou licença para transportar produ-tos perigosos é um risco inadmissívelpara fabricantes e destinatários.

Como conseqüência, além daação civil, as empresas podem sermultadas na esfera administrativapelos órgãos de controle ambiental.“Na área criminal é diferente, isto é,a apuração do elemento subjetivo‘culpa’ passa a ser fundamental. Aresponsabilidade criminal é baseadana culpa. A responsabilidade penal dapessoa jurídica já era citada no art.225, parágrafo 1º da ConstituiçãoFederal, e foi complementada pelaLei Federal n.º 9.605/88, em seu art.2º”, informam.

Strauch, da FEEMA, acrescentaque dependendo do Estado, pode ha-ver a existência de Diploma Legal queestabelece as sanções a serem aplica-das em tais eventos. E, caso este di-ploma não exista, podem ser aplica-das as estabelecidas na Lei n° 9.605/98, além de no Decreto n° 96.044.

“No que diz respeito às LeisAmbientais, como, por exemplo, asLeis n° 9605 e 6938 (Federais) e, nocaso do Rio de Janeiro (FEEMA), aLei n° 3.467/00, existem sanções es-pecíficas (artigos) a serem aplicadasem danos/impactos ambientais à fauna,flora, recursos hídricos, poluição aci-

dental de modo geral”, descreve.Já Gloria, do ABNT/CB-16, diz

que está prevista na Lei de CrimesAmbientais a pena de reclusão de um aquatro anos e multa que pode variar deR$ 50,00 a R$ 50.000.000,00.

ATENDIMENTO EMERGENCIALE quanto ao responsável pelo

atendimento emergencial em caso deacidentes? Geralmente são os órgãospúblicos - bombeiros, órgãos am-bientais, polícia rodoviária -, mas aresponsabilidade para recuperar omeio ambiente é dos envolvidos noacidente - expedidor e transportador-, diz Gloria, do ABNT/CB-16.

O 1º tenente Ceoloni e o 1º sar-gento Oliveira detalham que o aten-dimento emergencial é feito com aintegração de diversos órgãos, in-cluindo, além do Policiamento Rodo-viário, o Corpo de Bombeiros, as De-fesas Civis Estadual e Municipal, oórgão ambiental, que no caso do Es-tado de São Paulo é a CETESB, DERou Concessionárias de Rodovias, po-dendo ser apoiados pelos órgãos res-ponsáveis pelo abastecimento de águana área da emergência. Em caso es-pecífico de materiais radioativos, ge-ralmente há o apoio da ComissãoNacional de Energia Nuclear – CNEN.Também dependendo dos produtosenvolvidos, outros órgãos poderão ser

acionados, como Vigilância Sanitária,Policiamento Ambiental, FiscalizaçãoFazendária, GATE, Exército Brasilei-ro (EB), etc.

Berardo e Tirado, da S.O.S.COTEC dizem que, com a aprovaçãoda Lei de Crimes Ambientais tornou-se imprescindível que o causador di-reto da poluição (transportador) atuena recuperação do dano causado, po-rém fabricante e destinatário tambémdevem prestar auxílio, pois são co-responsáveis pela poluição causada.

Em caso de emergência, acidenteou avaria, os procedimentos a seremadotados pelas pessoas envolvidas notransporte estão disciplinados no ca-pítulo III do RTPP, do artigo 24 ao28, conforme indicam Borlenghi eFalato, da Suatrans (Ver tabela dapágina 25).

TRANSPORTADORASPara que uma empresa possa

transportar, comercializar ou indus-trializar produtos perigosos deve pos-suir as devidas licenças e atender àresolução 420.

Caso o transporte de produtos quí-micos seja feito por uma empresa quenão seja especializada, as chances deacidentes são maiores e com certezao atendimento ao acidente será pre-cário, podendo provocar danos

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A Polícia Militar Rodoviária também cuida para que haja o transporte seguro

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 29EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

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ambientais irreparáveis, acreditaSartor, da M&G. As empresas espe-cializadas oferecem melhor qualidade,menor custo, redução de acidentes epreservação do meio ambiente, segun-do ele.

Já para Berardo e Tirado, da S.O.S.COTEC, o serviço prestado por em-presas que não são especializadas naárea de transporte de produtos perigo-sos sujeita o expedidor a riscos desne-cessários, como não conhecimento detoda legislação pertinente ao tema, po-dendo acarretar penalidades aos envol-vidos; falta de licenciamentos obriga-tórios, que pode sujeitar o expedidor ainconvenientes, uma vez que ele é co-responsável com o transportador.

Quanto às empresas especia-lizadas, elas reduzem a possibilidadede ocorrências envolvendo o transpor-te, tanto do ponto de vista de aciden-tes como de penalizações possíveis, de-vido ao fato de o transporte ser reali-zado de forma incorreta, dizem osrepresentantes da S.O.S. COTEC.

As empresas especializadas tam-bém atuam com base em sistemas degestão de qualidade específicos, taiscomo o SASSMAQ – Sistema de Ava-liação de Segurança, Saúde, Meio Am-biente e Qualidade, desenvolvido pelaABIQUIM, ou o TRANSQUALIT daNTC & Logística, um programa de ges-tão e certificação para empresas detransporte totalmente aderente àsnormas mundialmente consagradas,como a ISO 9001 e a ISO 14000.

Outras empresas também estão vin-culadas ao PRODIR® - Processo deDistribuição Responsável, elaboradopela ASSOCIQUIM – Associação Bra-sileira do Comércio de Produtos Quí-micos e Petroquímicos, que exige umaabordagem de forma sistemática e como mesmo nível de importância para asquestões de qualidade, saúde, seguran-ça e meio ambiente, pois são elas quedeterminam o aumento da produtivida-de para os empresários, diminuição docusto social para o governo e a melhoriada qualidade de vida para os trabalha-dores e a sociedade de uma forma geral.

“Desta forma, existe uma padroni-zação dos processos administrativos eoperacionais, contribuindo para o aper-feiçoamento da atividade logística edesenvolvimento de sistemas de ges-tão de qualidade, buscando garantir aqualidade da atividade”, finalizam osrepresentantes da S.O.S COTEC. ●

INTRALOGÍSTICA

FANTINATI CRIARICHES LOG

A Transportadora Fantinati(Fone: 11 4353. 3333) acaba decriar uma nova empresa es-

pecializada em intralogística/in-house: a Riches Log Brasil Recur-sos Humanos.

Segundo Isabel Cristina Domi-ciano da Silva, gerente comercial daFantinati, foi realizada uma pesqui-sa sobre a necessidade dos clientesativos e dos potenciais para a com-pra de serviços in-house. Esta infor-mação, somada à crescente deman-da pela integração do transporte coma movimentação interna de cargas,levou a esta iniciativa.

A Riches Log é uma empresa derecursos humanos que terceiriza ati-vidades absorvendo todas as respon-sabilidades referentes à contrataçãode serviços temporários, recrutamen-to e seleção, folha de pagamento, trei-namento e terceirização de serviçoslogísticos.

Com isso, segundo Isabel, a em-presa contratante tem a oportunida-de de concentrar suas forças no seucore business, deixando que a RichesLog gerencie, dentro da estrutura docliente, todas as atividades dalogística interna de distribuição (re-cebimento de produtos, embalagem,picking e packing, inventário, cha-mada de materiais na linha de pro-dução, seqüenciamento de materiaise abastecimento das linhas) e o for-necimento de equipamentos para mo-vimentação. “A empresa também ad-ministra todos os processos burocrá-ticos relacionados à mão-de-obra,como substituição, encargos, fériase benefícios”, adiciona.

O trabalho da Riches Log come-ça da seguinte forma: a empresa con-ta com um banco de dados paradisponibilizar mão-de-obra o maisrápido possível; em seguida, são efe-tuados os treinamentos de acordocom a demanda de cada operação; e,após iniciadas as operações, elas sãomonitoradas por meio dos KPI (KeyPerformance Indicators) que mos-tram a produtividade de cada funci-onário e da operação como um todo.

Além do salário fixo, também háremuneração para os colaboradorespela produtividade de cada um, “oque motiva as equipes e beneficia ocliente, pois já existem casos de au-mento de até 30% na produtividadeda operação”, informa Isabel.

Como maior diferencial da empre-sa, a gerente comercial destaca o pre-ço das operações, pois é incluída amão-de-obra quando há demanda demovimentação, já quando esta deman-da diminui, também diminui o contin-gente de pessoas alocadas.

MERCADOSobre a insegurança no contrato de

logística in-house, que ainda existe,Isabel acredita que o mercado brasi-leiro resiste à terceirização como umtodo porque, em grande parte das em-presas, esse processo ainda não fazparte de sua cultura organizacional.

Em relação à intralogística, a ge-rente comercial expõe que existe umatendência entre os clientes de retroce-der o processo de terceirização logís-tica. Desta forma, diz Isabel, é inte-ressante para eles que a operação demovimentação de materiais ou de pro-dutos acabados aconteça dentro se suaprópria estrutura para que mantenhamaior controle sobre o fluxo de mer-cadorias e para que haja uma maiorintegração de processos e sistemas.

Como case de sucesso, Isabel citadois exemplos: “em logística in housein bound, a Multibrás, e, em logísticain house out bound, a ChocolatesGaroto, onde obtivemos ganhos deprodutividade de aproximadamente30%”.

A Riches Log estima operar commil profissionais terceirizados e, diantedesta expectativa de expansão, a estru-tura administrativa também sofrerá al-terações. Segundo Isabel, hoje a em-presa utiliza as instalações do GrupoFantinati em São Bernardo do Cam-po, SP, mas deve migrar para uma es-trutura própria entre o final de 2006 einício de 2007. ●

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Para atuar no setor, empresa deve

possuir licenças especiais

Isabel, da Fantinati: Para atuar no

setor, empresa deve possuir licenças

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30REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

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CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS MONTADORAS

CADA CASOÉ UM CASO

ENa Randon, operador logístico também realiza o handling

sta é uma matéria um tanto diferen-te das realizadas pela redação doLogWeb. Convidamos as montado-

ras e as empresas fornecedoras de auto-peças e relatarem os seus processos lo-gísticos. Os dados das que responderamestão citados a seguir, individualmente.

MONTADORASA Ford (Fone: 0800 703.3673), na

área de P&A – Peças e Acessórios, contacom mais de 30.000 itens em estoque,sendo que, de acordo com o volume devendas, são distribuídos da seguinte for-ma: 2.000 itens de alto giro (principal-mente peças de manutenção, como fil-tros, velas, pastilhas, kits e peças de ba-tidas, como portas, tampa traseira e pára-choques); 24.000 itens de médio giro(principalmente peças de acabamento);10.000 itens de baixo giro (peças fora delinha); e menos de 100 itens, classifica-dos como perigosos (air-bag, rádios,etc.).

A Ford trabalha com dois Centros deDistribuição, um em Salvador, BA, quedistribui para o Nordeste e Espírito San-to, e outro em Barueri, SP, que distribuipara todas as demais regiões. O CD deSão Paulo trabalha com 100% dos itense o de Salvador somente com as peçasde alto e médio giro do Nordeste e ES.

tribuidores podem pedir as peças até as17 horas e o pedido é separado e fatura-do até as 23 horas, e carregado e trans-portado durante a madrugada. Logo namanhã seguinte o distribuidor já tem aspeças para atender aos seus clientes”, dizKubo.

Este processo também reduz a neces-sidade de investimentos dos distribuido-res em estoque de peças, melhorando autilização do seu capital de giro e aumen-tando a competitividade das peças Fordna ponta final da cadeia de distribuição.

Para medir o grau de satisfação dosdistribuidores, a Ford realiza uma pesqui-sa semestral, denominada “Pesquisa deSatisfação dos Distribuidores (PSD)”. “Elamede praticamente todas as áreas da Fordque têm impacto para os distribuidores,inclusive a logística de peças, nos quesi-tos disponibilidade de peças, Centros deDistribuição, transporte e seguro”, expli-ca o gerente de operações de peças eacessórios da montadora.

A Mitsubishi (Fone: 64 3411.8535)opera com 20.000 itens, dos quais apro-ximadamente 5.500 são ativos na monta-gem de veículos. Destes, aproximadamen-te 60% são importados em forma de kitsda Tailândia e do Japão e os outros, sãoitens nacionais.

A montadora também conta com itensque necessitam de manuseio especial,como gasolina, tintas, vernizes, solventese produtos químicos em geral, que sãotransportados sob responsabilidade dosfornecedores.

Muitos dos itens são considerados dealta rotação - bancos, pneus espumas, etc.- e têm política de compra e abastecimen-to diferenciada dos demais.

Sobre o processo logístico, SergioGebara Ramos, gerente de logística daMitsubishi, conta que os itens nacionais sãoentregues num entreposto de cargas emSão Paulo, SP, e seguem via rodoviáriapara a planta de Catalão, GO, diariamente.“São, aproximadamente, seis carretas”.

De acordo com Edison Kubo, gerentede operações de peças da montadora, ocusto logístico da Ford é extremamentecompetitivo, o que faz com que os pre-ços finais das peças sejam até mesmomenores do que em postos de gasolina elojas de autopeças.

Mais de 97% dos pedidos recebidosna Ford são atendidos na primeira vez noconceito do pedido perfeito, ou seja, aslinhas dos pedidos precisam ser atendi-das na sua totalidade e na hora da entra-da do pedido. “Por exemplo, quando odistribuidor pede 100 velas e a Ford aten-de 99, consideramos zero por cento deatendimento. Da mesma forma, se o pe-dido entra na Ford às 14 horas e as peçasnão estão disponíveis, mas entram noestoque às 15 horas, também considera-mos zero por cento de atendimento. Comrelação ao transporte, mais de 98% dospedidos são atendidos no prazo. Em al-gumas regiões, como a cidade de SãoPaulo, temos a entrega noturna. Os dis-

O destaque desta matéria é acadeia de abastecimento dasmontadoras de veículos e dosdistribuidores, envolvendopeças e conjuntos para amontagem e P&A - Peças eAcessórios. Montadoras efabricantes de autopeçasdescrevem o seu processologístico, revelando detalhesque incluem quantidade etipos de produtos, custos,itens importados e outros.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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J O R N A L

Lead-Time da Mitsubishi por RegiõesCentro-oeste .............. mínimo 12 horas/máximo 114 horas

Norte .............. mínimo 138 horas/máximo 426 horas

Sul .............. mínimo 36 horas/máximo 114 horas

Nordeste .............. mínimo 66 horas/máximo 162 horas

Sudeste .............. mínimo 18 horas/máximo 66 horas

Fonte: Mitsubishi

Na Randon (Fone: 0800 512158),29.000 é o número de itens manusea-dos. No serviço de pós-venda são12.000 e, em estoque pra abastecerdistribuidores, são 7.400.

Destes, 500 itens são de alta rota-ção, como chapas de aço, pneus, aros,rodas e autopeças; 250 são perigosos,como tintas e solventes; 250 itens sãode baixa rotação, como chapas de inoxe alumínio e fibras importadas; e 120itens são kits, como itens de instala-ção a ar hidráulico.

A montadora conta com uma redede distribuidores e o processo de pro-dução acontece com o pedido da peçae a análise crítica do processo. Depoisé realizado o faturamento e gerada aetiqueta de separação do pedido. A se-guir, os produtos seguem para oalmoxarifado, são separados e as em-balagens, montadas.

“O transporte é feito por váriastransportadoras e operadores logísticosque abrangem todo o país. O maior par-ceiro é a Irapuru”, informa Jaime JoséVergani, diretor de suprimentos, admi-nistrativo e finanças da Randon.

Há também itens importados quechegam de São Paulo e seguem paraa planta da montadora em Caxias doSul, RS.

A Irapuru faz todo o todo o inbound,que é o processo do fornecedor à plan-ta industrial, e o outbound, que é asaída até os distribuidores ou para oporto, quando há exportação. A ope-radora logística também realiza ohandling, que é a movimentação inter-na dos materiais, ou seja, distribuimercadorias internamente na planta.

“O custo logístico disto tudo – dizVergani -, em relação a frete que veme frete que vai, abrange de 5% a 6%do faturamento.”

Para alcançar esse número, o di-retor diz que há uns 2 a 3 anos foi rea-lizado um trabalho com as empresasdo grupo Randon na região de Caxiasdo Sul (7 grupos). A área de logísticaera independente, mas o comitê dis-cutiu o assunto e foi realizado um tra-balho de levantamento do custologístico. Para resolver a questão decomo este poderia ser melhorado eobter oportunidades de melhoria, re-solveu-se contar com algumas empre-sas de fora do grupo, e foi aberta con-corrência para operador logístico. Aescolhida foi Irapuru, parceira de todoo grupo.

“O indicador do nível de serviço –continua Vergani - é a pontualidade deentrega e o nível de atendimento de pe-didos, que chega a 95% de pedidosatendidos no tempo acertado com ocliente. Realizamos pesquisas de sa-tisfação anual com clientes e distribui-dores. Os indicadores mostram 85%no nível de satisfação, com base no aten-dimento, pontualidade e estoque sem-pre na hora pedida pelo cliente.”

A Volkswagen (Fone: 24 3381.1103),representada por Mauro Hideo Nagaoka,gerente de logística, tem mais de 15.000diferentes itens produtivos, referindo-sea peças compradas.

Os itens classificados como A (heavyitens: motor, eixo, caixa de transmissão,etc.) possuem média de 2 a 3 dias de es-toque; os de classe B, de maior rotati-vidade, por volta de 5 dias. Itens comoóleo diesel, tintas e fluidos estão na pautados de periculosidade. “Temos outros tan-tos itens de baixa rotatividade que com-preendem aquelas peças de uso especifi-co para algumas opções (sem volume devendas)”, explica Nagaoka.

Referindo-se ao processo logístico,ele informa que as peças são recebidas,acondicionadas, estocadas e sortidas porum operador logístico, e as entregas sãofeitas por quatro transportadoras contra-tadas, dividas por regiões de entrega.

“O custo logístico é calculado em se-parado pela operação de transporte e dehandling, sendo hoje em torno de 4%.Quanto ao custo logístico da planta, elegira em torno de 3,2 %”, destaca o geren-te de logística.

O nível de serviço com que os distri-buidores são atendidos é delimitado pordois índices de medidas, sendo oprocessamento interno (98% do total depedidos normais em até 48 horas e 100%dos pedidos de Unidade Parada em até24 horas), e o transit-time, que varia de 8horas até 14 dias, dependendo da região,do tipo de pedido e do tipo de transporte.Nagaoka lembra que a logística de distri-buição dos produtos acabados (cami-nhões e ônibus) pertence à área de Cen-tral Sales.

O grau de satisfação dos distribuido-res é medido por meio de relatórios deacompanhamento e reuniões semestrais,chamadas de conselho consultivo, com arede e a associação dos distribuidoresVolkswagen.

A empresa também opera com itensprovenientes de vários locais do país queseguem por via rodoviária, também sobresponsabilidade do fornecedor. “Os kitssão recebidos nos portos e depois de de-sembaraçados junto à alfândega, seguemem contêineres para a planta por via ro-doviária”, explica Ramos, ressaltando queo produto pronto – veículo - é distribuídopelas concessionárias do país por meiode caminhões cegonheiros.

O gerente também destaca que o cus-to logístico da Mitsubishi é aproximada-mente 1% do custo da matéria-prima eque o lead-time por regiões do Brasil va-ria conforme a tabela.

Estes prazos são para o modal rodo-viário. Para o aéreo, variam de 1 a 3 dias.

Quanto à satisfação dos distribuido-res, a montadora possui um relatório dereclamação quanto a prazos não atendi-dos. “Também há reuniões regionais, du-rante as quais são discutidos assuntospertinentes à operação de peças e aces-sórios, tais como vendas e distribuição”,informa Ramos.

A Iveco (Fone: 0800 702 3443) tem

mais de 25.000 itens para reposição. Des-tes, 35% são de alta venda e o restante dedemanda variada. A empresa não usa itensconsiderados perigosos na base. Com re-lação aos dead itens, 1,7% do total de itenssão sucateados ao ano. No caso dos kits,são criadas ações promocionais de dura-ção programada, ou seja, os kits são for-mados e descontinuados conforme aspromoções, explica Neimar Moreira daSilva, supervisor de logística de peças daempresa.

Ainda de acordo com ele, “a partir dospedidos efetuados pela rede de concessio-nárias Iveco, a nossa operação de logísticasituada em Diadema, SP, procede a distri-buição para todo o território nacional utili-zando-se de transportadoras contratadas”.

Os pedidos de unidade parada sãoentregues em até 24 horas, salvo em si-tuações não imputáveis para a Iveco. Paraos pedidos de estoque, a empresa traba-lha com uma média de 3,4 dias para aentrega nas concessionárias, sendo quena região norte a média é de 9,8 dias e,para a região sudeste, de 1,7 dia. Na Ca-pital e Grande São Paulo, os pedidos sãoentregues em até 24 horas.

O grau de satisfação dos distribuido-res é medido por pesquisas freqüentes. Eas reuniões acontecem por meio dos re-presentantes de campo. O pós-venda or-ganiza cinco reuniões regionais ao ano.

Na Volkswagen,

“o custo logístico é

calculado em separado

pela operação de

transporte e de

handling, sendo hoje em

torno de 4%”

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32REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

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AUTOPEÇASA Cummins (Fone: 0800 123300)

fornece motores completos de quatro eseis cilindros, tanto mecânicos quantoeletrônicos, como também motores de11 e 14 litros, todos para aplicação auto-motiva. Além disso, oferece motoreseletrônicos industriais para uso agríco-la e em construção.

A empresa também importa da ma-triz motores de 15 litros e acima até 78litros, e fabrica grupos geradores,turbocompressores e filtros de combus-tível. Também oferece peças de pós-ven-da e motores remanufaturados na pró-pria fábrica (com garantia).

Com relação a peças, segundo LuisChain Faraj, gerente de marketing, aCummins usa para pós-venda a CurvaABC para cada território, e com esta cur-va administra os itens de alto giro (comoalgumas peças de motores).

No caso dos itens de alto giro, nor-malmente a rede de distribuidores é obri-gada a tê-los em estoque. No caso dositens de baixo giro, são mantidos me-nores estoque nos distribuidores, como respaldo da Cummins.

Algumas peças de motor sãofornecidas juntas com os mesmos, jáque estão relacionadas com as possí-veis falhas de garantia no primeiro anodo equipamento.

Sobre os componentes importados,Faraj diz que a origem depende da famí-lia de motores. “No geral, 60% dos com-ponentes são adquiridos no mercadolocal, enquanto que 40% são importa-dos, dependendo do produto. Mas háuma variação nestes percentuais, emfunção da variação do dólar. Ou seja, oque era bom ser nacionalizado deixoude ser, e existem várias fontes de forne-cedores, o que nos permite escolher amelhor opção entre nacional e importa-do”, explica.

Para as montadoras são enviadosmotores e alguns kits que vão junto como motor, dependendo de sua aplicação.Para o pós-venda, seguem peças emotores remanufaturados.

As vendas são feitas por sistemas

Para as montadoras, a Acumulado-res Moura (Fone: 11 5531 2800) for-nece baterias automotivas destinadas àlinha de montagem e, em alguns casos,para o P&A - Peças & Acessórios.

De acordo com Walter Bezerra, ge-rente comercial da Moura que atendeas montadoras, 90% das baterias des-tinadas às linhas de montagem pos-suem alta rotação. Para o P&A da monta-dora há uma rotação muito baixa.

Do total de baterias produzidas pelaMoura, cerca de 25% são destinadasàs montadoras, o restante é para o mer-cado de reposição e exportação. “Im-portamos apenas matérias-primas paraconfecção de nossos produtos, comochumbo, separadores e conjuntos plás-ticos”, informa Bezerra.

No caso dos processos de separa-ção, transporte e entrega de peças, ogerente comercial informa que existemmontadoras que ainda utilizam o siste-ma de receber as baterias em seus CD´se, em seguida, as embalam e enviam parasuas concessionárias. “Porém, como ba-teria é considerada item perecível e dearmazenagem complexa, a maioria dasmontadoras para as quais a Moura for-nece tem optado pelo sistema DirectShipment, isto é, os centros de distri-buição da própria Moura abastecem asconcessionárias, prestam assistênciatécnica e recolhem as baterias usadaspara a devida reciclagem, atendendo àsleis ambientais, em todo o território na-cional”, diz Bezerra.

Quando as entregas são realizadaspela Moura, é utilizada a Transportado-ra Bitury, que pertence ao Grupo. Po-rém, grande parte das montadoras temoptado pelo sistema Milk-run, pelo quala própria montadora faz a coleta, atra-vés de seus operadores logísticos.

A Magneti Marelli Cofap AutomotiveSuspension é uma das cinco unidades(divisões) do Grupo Magneti Marelli, quepertence ao Grupo Fiat. Esta divisão é res-ponsável pela fabricação de amortecedo-res e pelos business camisas de cilindro esinterizados.

Conforme explica Alexandre Califani,gerente de logística desta divisão, as car-gas são separadas e carregadas no trans-porte pelo operador logístico.

“Algumas montadoras trabalhamcom o processo Milk-run (enviam o trans-porte até a fábrica) e em outras entrega-mos por meio de uma transportadora. Namaioria das montadoras que entregamos,temos janelas programadas para des-carga do produto acabado e carga dasembalagens vazias. Quanto aos outrosclientes com menores volumes, consoli-damos várias entregas em um mesmo ca-minhão”, explica Califani.

A TRW (Fone: 0800 111100) fornece,entre peças e acessórios, 320 itens paramontadoras, 75 para exportação, 700 paraP&A montadoras e 3.800 para mercadode reposição.

Os itens de alta rotação são cilindrosde roda, cilindros mestre, discos de freio,fluido e itens de suspensões; os perigo-sos são os fluidos de freio; e os de baixarotação são calipers (freios que usam pas-tilhas e discos), freio tambor e kits paraveículos fora-de-estrada. Os dead anddying chegam à cerca de 25% e os kits a,aproximadamente, 30% do total.

“Os números dos importados são:242 Brakes, 178 Steering e 68 Seat Belts,que somam 488 itens”, diz Rui Hotta, ge-rente de logística e suprimentos da em-presa.

Segundo ele, todas as atividades dearmazenagem, picking e carregamentosão realizadas pelo operador logístico. Nocaso das montadoras, as entregas sãoefetuadas por conta da TRW, utilizando ve-ículos tipo Sider para entrega direta nosclientes. As retiradas, por Milk-run, sãofeitas pelos clientes. E também são usadosveículos locados com rotas diárias fixas. Nareposição, a distribuição em todo o territó-rio nacional é realizada na forma de cargasfracionadas ou cargas completas.

com rede OEM, que passam informaçõespara o pessoal de peças que, por sua vez,entende a necessidade e provê estaspeças – o atendimento é feito por região.Os produtos seguem da Cummins paradistribuidor e deste para o cliente (monta-dora).

No caso dos motores, o pedido éenviado por via eletrônica e é criado um“pedido firme”, para que seja gerada todaa logística interna de peças. A retirada doproduto na Cummins pode ser feita pelocliente, ou a fabricante efetua a entregadeste nas instalações da montadora.Ainda na entrega, há casos em que o fre-te é bancado pela Cummins, outros emque é por conta do cliente.

A Resil Minas (Fone: 31 2105.5263)fornece diretamente aproximadamente 40itens entre suportes, extintores de incên-dio, estruturas metálicas de bancos ecomponentes estampados. Indiretamen-te, via sistemista, fornece em torno de 300itens (os mesmos citados).

Os itens de baixo giro são os mes-mos itens fornecidos eventualmente paraP&A, e os kits que distribui são de estru-turas de bancos (dianteiros e traseiros).

Apenas alguns componentes dosbancos Marea (estampados) e Palio 3Portas Funcional (mecanismo reclinável)são importados e fornecidos em consig-nação pela própria montadora para indus-trialização, informa Paulo Cesar OliveiraBorges, coordenador de logística da em-presa.

A porcentagem do fornecimento é de99,99% para montadoras/sistemistas e0,01% para o P&A.

Todo o seqüenciamento de distribui-ção de peças e acessórios é feito direta-mente na planta da empresa, com entre-ga direta realizada por cooperativa detransportes e uma transportadora.

Planta Montadora Reposição Total

Mauá 178 197 375

Lavras 618 736 1.354

Sinterizados 476 41 517

Componentes 30 150 180

Camisas 135 136 271

Suspensão 12 - 12

TOTAL 1.449 1.260 2.709

3.299 12.174 15.473 12 nenhum nenhum

2.133 11.121 13.254 60 nenhum nenhum

2.615 4.267 6.882 103 nenhum nenhum

1.080 25 1.105 6 nenhum nenhum

94 7.990 8.084 15 nenhum nenhum

44 - 44 40 nenhum 40

9.265 35.577 44.842 236 0 40

nº de itens

Mat. Produtivo

(Imp e nac) Total

Apenas itens

Importados

produtivos/improdut.

Qtos importados

vão direto para

Montadora

Qtos importados

vão direto para

Reposição

nº de itens

Mat. improdutivo

(Imp e nac)

Produto Acabado Estoque

A Logística na Magneti Marelli Cofap

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 33EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

A Faurecia Automotive (Fone: 112165.1655) atua como tier 1 ou tier2 nos segmentos de sistemas de inte-riores de veículos, bancos e escapa-mentos. Fornece cerca de 500 itens:painéis de instrumentos dos veículosVW Golf, VW Audi, VW Fox, RenaultClio, Renault Scenic, Renault Megane,Renault Master, GM Meriva e GM Corsa,além de cobertura espumada para oPeugeot 307; painéis e revestimentosde porta dos veículos VW Golf, VWAudi, Renault Scenic, Ford Fiesta, FordEco Sport, VW Pólo e Peugeot 206;bancos completos dos veículos RenaultClio, Renault Scenic, Renault Megane,Renault Master, Peugeot 206, CitroenPicasso e Citroen C3; estrutura de ban-cos para os veículos VW Golf, VW Audi,GM Corsa, GM Meriva, Peugeot 206 ePeugeot 307; trilhos de banco para oveículo Palio; e escapamentos para osveículos Renault Clio, Renault Scenic eRenault Megane.

Entre diversos, Fernando Cavic-chiolli, gerente de logística para a Divi-são América do Sul de Sistemas de In-terior da Faurecia, destaca consoles depainel de instrumentos, coberturas decoluna de direção e duto de sistema dear. Todos estes e os citados acima sãoconsiderados high runners.

Como perigosos, Cavicchiolli infor-ma que não há nenhum, mas que exis-tem itens que são de segurança, comopainéis de instrumentos com air-bag.Como low runners, cita as pequenaspartes injetadas plásticas para painéisde instrumentos e acessórios.

Os componentes importados re-presentam cerca de 35% do total deitens.

Sobre a distribuição para as monta-doras e para o mercado paralelo, Cavic-chiolli diz que “todos os itens citadossão enviados para montadoras e tam-bém para o mercado de reposição - nãoparalelo, mas sim formal - para Cen-tros de Distribuição que enviam às con-cessionárias de automóveis”. Segun-do ele, não há venda no mercado para-lelo e direta ao consumidor final. ●

A MWM International Motores (Fone:11 3882.3200) fornece mais de 5.000 itens,cerca de 20% deles importados.

A operação dos CD’s (hoje são dois) éprópria, e a distribuição é feita por duastransportadoras com cobertura nacional,informa Carlos Eduardo Panitz, gerente delogística da empresa.

“As peças que são fornecidas pelaMWM são garantidas e têm a marca daempresa inclusive na embalagem”, desta-ca ele, desvinculando o nome da empresado “mercado paralelo” de peças.

Vergani, da Randon: “O custo

logístico, em relação a frete que vem

e frete que vai, abrange de 5% a 6%

do faturamento”

Faraj, da Cummins: “No geral, 60%

dos componentes são adquiridos no

mercado local, enquanto que 40% são

importados”

Notíciasr á p i d a s

Luper adquireGKO Fretes ereduz frota

Gerenciar as contas e as entregasdas transportadoras. Segundo Ricardode Medeiros Souza, gerente delogística da fabricante e distribuidora demedicamentos Luper (Fone: 114035.7700), foi esta necessidade quefez com que a empresa buscasse umasolução no mercado e escolhesse osoftware de fretes da GKO Informática(Fone: 21 2533.3503) para suas ope-rações.

De acordo com ele, a implantaçãofoi rápida e simples, além de o sistemater gerado uma economia de 20% logonos primeiros três meses de implanta-ção. “É como um controle dos nossoscontroles, dá confiança aos númeroscom precisão, além de trazer númerosreais para a Luper”, declara, por suavez, Everson Tavares, controller da em-presa.

Junto com a aquisição destesoftware, e ainda com a idéia de me-lhorar a sua logística, a Luper reduziuo número das transportadoras que dis-tribuem os medicamentos. “Com isso,aumentamos o lucro e alcançamos umadistribuição dedicada, além da vanta-gem de termos maior controle das en-tregas”, expõe Souza.

Um outro ponto relevante nalogística da Luper é a entrega dos pro-dutos diretamente nas lojas, o chama-do serviço porta-a-porta. SegundoTavares, a maior parte das empresastenta realizar o serviço desta forma,mas ainda efetua entregas somentenas distribuidoras.

FOT

O: M

AG

O S

CA

LCO

21 78 99

11 77 88

3 6 9

2 5 7

22 20 42

3 - 3

62 186 248

Nº de Colaboradores

Total

Magneti

Marelli

Cofap Terceiros

Aço plano, perfilado e peças sinterizadas

Aço plano, perfilado e peças sinterizadas

Matéria-prima

Metil-etil-cetona

Sucata de aço

Componentes

Principais Itens de Consumo

Principais Itens de Consumo

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34REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Algumas vantagens e desvantagens comuns no VMI

Fonte: Livro “Gestão da cadeia de suprimentos” – Silvio Pires pg. 171

EMPRESA FORNECEDORA

Melhor atendimento e maiorfidelização do cliente;

Melhor gestãoda demanda;

Melhor conhecimentodo mercado.

Custo do estoque mantidono cliente;

Custo da gestão do sistema.

EMPRESA CLIENTE

Melhor custo dos estoques e decapital de giro;

Melhor atendimento por parte dofornecedor;

Simplificação da gestão dosestoques e das compras.

Maior dependência do fornecedor;

Perda do controle sobre seuabastecimento.

VA

NTA

GE

NS

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SV

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TAG

EN

S

ARTIGO

VMI como forma eficientede redução do estoque

Com a modernização e oaprimoramento cada vezmaior das condições

tecnológicas que temos nos diasde hoje, podemos ter redução doestoque sem que o mesmo com-prometa nosso atendimento.

O VMI é uma ferramenta quepossibilita ter em estoque umaquantidade menor de produtos,que serão reabastecidos confor-me a política de estocagem daorganização, sem comprometer oatendimento.

Conforme (Silvio Pires, 2004p.173) por definição de Blather-wick (1998), o termo VMI(Vendor Managed Inventory –Estoque Gerenciado pelo Forne-cedor) foi cunhado no começodos anos 1990 nos EUA em pro-jetos implementados por grandesvarejistas, como Wal Mart. Ape-sar dessa sua origem, a práticalogo se popularizou e passou a

ser vista por muitas empresas demanufatura como forma de dimi-nuir ou frear o crescente poderdos varejistas.

A principal característica des-ta ferramenta é que o fornecedor,

em um sistema de parceria, ficaresponsável por abastecer o es-toque de seu cliente, sempre queexistir a necessidade de reposi-ção de um determinado produto.Cabe ao fornecedor abastecer seu

cliente no momento certo.Esta forma de reposição pode

ser informatizada utilizando oEDI (Eletronic Data Interchange– Intercambio Eletrônico de Da-dos), por e-mail enviando plani-lhas ou de forma visual, onde ofornecedor passa em dias prede-terminados para verificar se pre-cisa abastecer. Este abastecimen-to, independente da forma de so-licitação ou visualização do mes-mo, deve ter como base o histó-rico de CMM (Consumo MédioMensal) para que o fornecedorpossa se programar para atenderà necessidade do cliente. Estaferramenta possibilita a reposi-ção automática de estoques porparte do fornecedor ao seu res-pectivo cliente, com base na de-manda real diariamente atualiza-da e em parâmetros de coberturapreviamente definidos.

Com isso, processos de pro-

dução, logística e planejamentopodem ser sincronizados, obten-do-se a racionalização de esto-ques e conseqüente redução decustos na cadeia produtiva. Comoresultado temos uma maiorcompetitividade, além do aumen-to da disponibilidade de produtono cliente.

No VMI é importante que ofornecedor e o cliente tenhamuma aliança estratégica, traba-lhando em parceria, para que oprocesso seja realizado da melhorforma possível. O fornecedor tema responsabilidade de abastecero estoque de seu cliente, mas paraque isto ocorra sem muitos pro-blemas é necessário que existamparâmetros acordados entreambas as partes. (Silvio Pires,2004) sugere quatro elementosnecessários para que se possaimplementar um VMI em umaCadeia de Suprimentos, especi-almente em um país com dimen-sões continentais como o Brasil:

▲ conhecer a demanda docliente final (no ponto-de-venda).Porque ela será a base para o pro-cesso de gestão;

▲ receber as informações comfreqüência e a capilaridade ne-cessária, via uma estrutura TICágil e confiável instalada ao lon-go da Cadeia de Suprimentos;

▲ existir uma biblioteca de mo-delos gerenciais de gestão de es-toque, de previsões de vendas ede processos logísticos, tal quepossam utilizar modelos adequa-dos para se gerenciar as diferen-tes situações, clientes, produtos,demandas etc.;

▲ existir uma “inteligênciagerencial” suficiente para quecada alocação e a parametrizaçãodos diversos modelos gerenciaisdisponíveis para as diversas situa-ções sejam feitas de forma ade-quada e continuada, sempre res-pondendo às eventuais alteraçõesnas condições de contorno im-postas ao sistema.

É importante ressaltar que oVMI deve ser implementadoquando conhecemos a realidadedos nossos produtos e os forne-cedores que são responsáveispelo seu reabastecimento contí-nuo. Se não existir uma inte-gração entre cliente e fornecedor,esta ferramenta não deverá seraplicada. ●

Amarildo Nogueira - Bacharel emSistema de Informação pela FundaçãoSanto André – FSA; MBA em LogísticaEmpresarial pela FGV; Business andManagement for InternacionalProfessional pela Universidade daCalifórnia e pela FGV – Management;professor no curso de Logística naFaculdade [email protected]

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 35EDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

J O R N A L

Livro

Logística e Distribuição

Física Internacional -

Teoria e Pesquisas

Organizador: GuilhermeBergmann Borges VieiraEditora: AduaneirasN° de páginas: 230Informações: 11 3120.3030

A partir das contribuições deprofessores do grupo de pes-quisa em “Gestão Estratégicade Operações e Logística” daUniversidade de Caxias doSul, RS, e de outros colabo-radores, este livro aborda di-ferentes aspectos teóricos epráticos da matéria, trazendoum significativo aporte paraestudiosos e profissionais daárea. Os temas abordadossão: O futuro da atividadelogística; Fatores determi-nantes na contratação doprestador de serviços logís-ticos de carga aérea interna-cional e tendências para o se-tor; Diferenciação por servi-ços e posicionamento compe-titivo; O nível de serviço de umconsolidador de cargas marí-timas pela ótica dos usuários;Relacionamentos em cadeiasde suprimento; Terceirizaçãodas operações logísticas naIpiranga Petroquímica; Ele-mentos e mecanismos do su-primento e do atendimento JITde duas empresas líderes dosegmento de autopeças deCaxias do Sul.

Moura lançabateria paraveículos a dieselA Baterias Moura (Fone: 115531.2800) acaba de lançarno mercado de reposição abateria Log Diesel, produzidaespecialmente para veículosde transporte de cargas e pas-sageiros. Segundo informa-ções da empresa, testada eaprovada para fornecimentomundial pelas maiores monta-doras de caminhões, a LogDiesel é totalmente livre demanutenção, eliminando a ne-cessidade de reposição deágua.

Notíciasr á p i d a s

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36REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº57—NOVEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

ExataLogística éparceira daC&C emprojetopremiadoA Exata Logística (Fone:11 2133.8700) foi parceirada C&C nas operações decross docking, criando umprojeto pioneiro responsá-vel pela escolha da redevarejista de materiais paraconstrução C&C comovencedora do prêmio TopAnamaco 2006. A C&C ti-nha a necessidade de me-lhorar o processo de rece-bimento de mercadorias deauto-serviço entreguespelos fornecedores direta-mente em todas as 35 lo-jas da rede, eliminando asfilas de caminhões, redu-zindo custos e garantindoos níveis de qualidade.Para suprir estas carên-cias, foi firmada uma par-ceria com a Exata, com oobjetivo de centralizar to-das as entregas dos forne-cedores em suas instala-ções e depois distribuirpara as lojas da rede, atra-vés do uso de tecnologiade ponta. Para garantir osucesso da parceria, aExata desenvolveu um sitena internet, permitindo aC&C e os fornecedores omonitoramento de todas asetapas do processo, des-de o faturamento até a efe-tiva entrega das mercado-rias nas lojas, otimizandotoda etapa de recebimen-to em cada unidade. A Exa-ta também customizou oseu WMS (WarehouseManagement System),atendendo a todas as pe-culiaridades dos processosda C&C e utilizando 100%de radiofreqüência. Estaoperação conta com maisde 230 fornecedores inte-grados.

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