Jornal Médico 6, USF descobertas
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www.newsfarma.pt
João Almeida Lopes,diretor-geral da Medinfar
“Estamos comprometidos com a saúde dos portugueses”
_P. 8 e 9
Diretora: Paula PereiraMensal • Setembro 2013Ano I • Número 6 • 3 euros
Edições
PUB
Associação Mundial
de Médicos de Família ‒ WONCA
_P. 2
Luís António Castanheira Nunes
“A reforma dos CSP está no bom caminho no Norte”
_P. 4 e 5
Em velocidade cruzeiro, com um objetivo estratégico:
a excelência dos serviços
Menos de quatro anos após a sua constituição, a USF Des-cobertas, em Lisboa, encontra-se numa fase de grande expansão, na sequência da recente ocupação das novas instalações. Coordenada por José Gomes (na foto), de-verá atingir uma cobertura assistencial de 16.000 utentes frequentadores até ao final do ano.
_P. 16/20
usF dEsCObErtAs Acelerar o diagnóstico e otimizar a terapêutica
_P. 24/31
“Com a ligação entre o MF e o neurologista, é possível acelerar o diagnóstico (evitando muitas vezes exames inúteis) e otimizar as te-rapêuticas, com a discussão das opções entre os dois especialistas”, afirma Vítor Oliveira, presidente da Sociedade Portuguesa de Neu-rologia, lamentando o facto de não existir uma “via de comunicação expedita” entre o médico do centro de saúde e o médico hospitalar.
EsPECIAL NEurOLOgIA
Unidade de diálise NephroCare Évora inaugura novas instalações
Intervir na disfunção sexual
para prevenir a doença
cardiovascular _
P. 14
Enfermagem
A prescrição de intervenções
terapêuticas_
P. 11
Fausto Pinto
O 1.º português presidente da SEC
_P. 6
dos cuidados de saúde primários
Fisioterapia e MgF
‒ que diálogo?_
P. 12
PUB
16 | Jornal Médico setembro 2013
A Unidade de Saúde Familiar Desco-bertas, criada em outubro de 2009, em espaço provisório, na Calçada da Tapada, em Lisboa, enquanto aguardava a constru-ção das atuais instalações, na Rua Fernão Mendes Pinto, registou, num curto espa-ço de tempo, uma rápida evolução para Modelo B. De acordo com o coordenador,
José Gomes, esta trajetória deve-se “ao entusiasmo e ao esforço de uma equipa muito motivada e dedicada, com o apoio da ERA (Equipa Regional de Apoio)”.
Em 2012, registou-se o alargamento da população inscrita a mais três mil uten-tes, com a entrada de um médico e a subs-tituição dos utentes não frequentadores.
Em 2013, a equipa foi reforçada com mais um médico e um secretário clínico.
A USF conta, atualmente, com oito médicos, sete enfermeiros e cinco se-cretários clínicos, prevendo englobar até final do ano mais um médico, dois enfermeiros e um secretário clínico. De acordo com José Gomes, “esperamos
concluir a nossa expansão até final do ano, com a mobilidade dos elementos necessários”.
A passagem, em fevereiro deste ano, para as novas instalações, “criou as condi-ções necessárias para esta expansão numa área carenciada, com mais de uma dezena de milhar de utentes frequentadores sem
médico de família, permitindo reduzir substancialmente essa carência”.
Unidade destacase nas áreas de formação e investigação
De acordo com José Gomes, 2012 foi um ano de excelentes resultados, re-sultante do investimento realizado em anos anteriores. Além da evolução para Modelo B, as novas instalações ficaram concluídas, com todos os requisitos para a prática clínica.
“Alcançámos 100% dos incentivos ins-titucionais e financeiros, em circunstân-cias muito adversas, devido ao acréscimo assistencial de 30,6%, e realizámos as I Jornadas da USF, que iremos repetir este ano, entre 24 e 25 de outubro próximo.”
A investigação é uma das caracterís-ticas marcantes da USF. No ano passa-do, a equipa realizou e publicou quatro estudos científicos nas áreas clínica, epi-
usF dEsCObErtAs, LIsbOA
Equipa entra em “velocidade cruzeiro”
Menos de quatro anos após a sua constituição, a USF Descobertas encontra-se numa fase de franca expansão, resultante da recente ocupação das novas instalações. O reforço em curso da equipa médica, de enfermagem e administrativa, vai permitir um alargamento assistencial a mais 3500 utentes, prevendo-se que atinja uma cobertura assistencial de 16.000 utentes frequentadores até ao final do ano. Este processo de crescimento foi planeado de forma faseada para não perturbar a estabilidade da equipa e o cumprimento dos indicadores contratualizados. Os objetivos estratégicos para 2013 estão focados na excelência dos serviços, com vista à acreditação, crescimento e desenvolvimento da equipa, formação dos estagiários de curta duração e internos da especialidade, investigação e cumprimento dos compromissos contratualizados.
Reportagem USF Descobertas
Jornal Médico | 17setembro 2013
demiológica e dos serviços. Externamen-te, “colaborámos em estudos de âmbito nacional, nomeadamente o estudo pa-trocinado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão, intitulado Prevalência da hipertensão e consumo de sal em Portu-gal, cujos resultados foram apresentados no 7.º Congresso de Hipertensão Arterial, e o Estudo CONTA, sobre a mesma temá-tica”.
Ainda no âmbito da colaboração ex-terna, a equipa participou no projeto Menos sal e mais sabor à vida, tendo colaborado num programa televisivo da SIC sobre esta problemática e efetuado rastreios de hipertensão nas escolas e na USF, com equipas mistas de enfermeiros e médicos, cujos resultados serão publica-dos em breve.
Além de numerosas ações de forma-ção teórico-práticas em grupo para uten-tes diabéticos, a USF posiciona-se como uma unidade de formação para alunos das
faculdades de Medicina de Lisboa, que ali realizam os seus estágios, e de alunos de Enfermagem. Simultaneamente, alargou a formação a um maior número de internos do Internato Complementar de Medicina Geral e Familiar.
Os melhores resultados do ACES
Em 2012, a unidade de saúde fami-liar obteve os melhores resultados, em termos de qualidade, eficácia, eficiência e desperdício, ao nível do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Central.
José Gomes sublinha que “a USF Des-cobertas não presta apenas uma atividade assistencial de excelência, investe tam-bém na formação contínua da equipa, dá formação a numerosos futuros médicos e enfermeiros e tem produção científica própria e com parcerias externas, que apresenta anualmente nas Jornadas de Saúde que organiza”.
Reportagem USF Descobertas
José Gomes começou a trabalhar com 16 anos, altura em que obteve a independência económica que lhe iria permitir prosseguir os estudos. Com 47 anos de atividade laboral, já po-deria estar reformado. Pensou mesmo fazê-lo, para se dedicar a uma atividade humanitária fora do país, mas as circunstâncias levaram-no a escolher continuar e só deseja “ter saúde para tra-balhar, pelo menos, até aos 70 anos”.
Depois de terminar o curso na Faculdade de Medicina de Lisboa, fez a especialidade de Medicina Geral e Familiar, tendo dedicado grande parte da sua atividade profissional à formação de outros colegas, no Instituto de Clínica Geral, através da de-nominada “via rápida”, ou formação em serviço.
Promoveu e coordena a USF Descobertas, que absorve qua-se todo o seu tempo.
Possui a carta de Patrão de Alto Mar e é mergulhador, ativi-dades que alia à arqueologia, cartografia, pintura e fotografia. Navega há mais de 30 anos, em família, pelas zonas fluviais e costeiras do continente, assim como pelas ilhas mais próximas, acumulando uma vasta experiência, transmitida em artigos e roteiros que publicou.
Grande entusiasta das regatas, com mais de centena e meia de prémios, foi também presidente da direção de clubes e asso-ciações de vela, onde desenvolveu intensa atividade na organi-zação de regatas e cruzeiros.
José Gomes
uma paixão pelo mar
As Jornadas da USF Descobertas têm um triplo objetivo: possibilitar a troca de experiências e boas práticas com ou-tras unidades de saúde familiar, debater questões importantes da prática clínica e proporcionar uma janela de oportu-nidade aos internos de Medicina Geral e Familiar para a apresentação de traba-lhos de investigação. De acordo com o presidente das Jornadas, Amílcar Lopes de Oliveira, as Boas Práticas, as interfaces nos cuidados de saúde e a prevenção e vigilância nos CSP são os temas domi-nantes desta segunda edição, que se irá realizar, entre 24 e 25 de outubro, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa.
A discussão sobre acreditação, moni-torização da qualidade, contratualização
e avaliação, assim como a monitorização dos indicadores e a implementação de
medidas corretivas, irão preencher a ma-nhã do primeiro dia de trabalhos. Já no que diz respeito às “interfaces nos cuida-dos de saúde”, os debates centram-se no ciclo de referenciação e na interface com os cuidados de saúde hospitalares e cui-dados continuados integrados.
No dia 25, a prevenção e vigilância do idoso domina os trabalhos, seguin-do-se, da parte da tarde, uma mesa--redonda sobre investigação em MGF e Enfermagem e, por último, um painel de apresentação de comunicações livres. Paralelamente, decorrerá uma exposição de posters.
A inscrição nestas jornadas é gratuita e destina-se a médicos, enfermeiros e se-cretários clínicos.
segunda edição decorre entre 24 e 25 de outubro
O elevado grau de autonomia da USF ao nível da gestão permite organizar o serviço de acordo com as necessidades da população e os objetivos contratualizados.
Jornadas da USF Descobertas
Amílcar Lopes de Oliveira | A inscrição nas Jornadas da USF Descobertas é gratuita
18 | Jornal Médico setembro 2013
Reportagem USF Descobertas
As novas instalações “são, para nós, um motivo de orgulho e de estímulo para melhorar, além de possibilitarem alargar a cobertura da população numa área muito carenciada do ACES”.
Entre os objetivos estratégicos para 2013, José Gomes destaca “melhorar a formação da equipa e dos internos”, “mo-nitorizar a qualidade com vista à acredi-tação em 2015”, “aperfeiçoar a monitori-zação dos indicadores de desempenho”, “combater o desperdício” e realizar as II Jornadas da USF Descobertas.
A elevada qualidade das instalações é uma vantagem para a equipa, que se en-contra, neste momento, a receber algum do mobiliário em falta. De acordo com José Gomes, “no processo de transferên-cia para as atuais instalações, trouxemos o equipamento que já possuíamos, mas
acabou por se revelar insuficiente, na medida em que passámos de uma área de 200 para 800 m2. Neste momento, esta-mos a receber mobiliário e computadores e aguardamos a entrega de equipamento clínico para equipar mais salas. Os gabine-tes de Saúde Oral, da assistente social e da psicóloga, salas de reuniões e de trabalho, bem como um gabinete médico, ainda aguardam equipamento”.
Construção é inspirada num forte militar
A construção do edifício da USF – re-sultante de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa, que cedeu o terreno, e o Ministério da Saúde – foi inspirada no forte militar do Bom Sucesso, localizado na Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém.
“Nos fortes marítimos, as ameias são desencontradas para poderem resistir aos ataques dos navios inimigos. Por esse mo-tivo, também as janelas da nossa USF são desencontradas e nenhuma das paredes é direita, dando um aspeto invulgar e um apontamento que contradiz o aspeto só-brio de uma construção em betão.”
O espaço integra uma área pública de atendimento, uma zona de back office (onde se localizam os serviços adminis-trativos), uma área clínica, onde estão os gabinetes de enfermagem e salas de tratamento (constituindo uma espécie de antecâmara) e os gabinetes médicos, completados por uma zona reservada de trabalho e do pessoal, assim como um parque de estacionamento privativo.
“A estrutura simples da USF permite uma grande privacidade na passagem dos
dedicação | Uma equipa autónoma e eficaz
Atualmente, a USF Descobertas proporciona formação pós-graduada a quatro internos do Internato Comple-mentar de Medicina Geral e Familiar. Sara Rocha, interna do 2.º ano, destaca especialmente “o potencial de formação da USF, na medida em que o trabalho é mais organizado e estruturado”.
Todas as semanas existe uma reu-nião, denominada Journal Club, na qual os internos apresentam uma curiosidade, um avanço, uma revisão, ou uma discus-são de caso. A outra reunião semanal “é repartida entre o debate de problemas internos e a participação em sessões com formadores convidados pela USF”.
A participação na atividade de inves-tigação desenvolvida pela unidade de saúde familiar é mais um aliciante para a jovem médica.
De acordo com Maia Mendes, coor-denadora dos projetos de investigação da unidade de saúde familiar, os trabalhos atualmente em curso incidem sobre as infeções do trato urinário, rastreio on-cológico na USF, utilizadores frequentes, visitas domiciliárias e o desperdício nos serviços das unidades do ACES.
USF recebe cerca de 20 alunos por ano
Além de internos de MGF, a USF rece-beu, só em 2012, 16 alunos de Medicina e de Enfermagem. De acordo com a médica de família Joana Campina, responsável pela área da formação, ao nível pré-gra-duado, a equipa dá formação a alunos do primeiro e segundo anos da Faculdade de Medicina de Lisboa, alunos do sexto ano da Faculdade de Ciências Médicas e ainda da Escola de Enfermagem.
Em termos da formação da equipa, a USF privilegia a frequência de cursos acreditados e ainda a realização de for-mações breves na própria unidade de saúde familiar, com o apoio de especia-listas de outras áreas.
Joana Campina | Em 2012, além de inter-nos de MGF, a USF recebeu 16 alunos de Medicina e de Enfermagem
Maia Mendes | A equipa está sempre envolvida em trabalhos de investigação
sara rocha | O trabalho é mais organizado e estruturado
Internos reconhecem potencial de formação da usF
Jornal Médico | 19setembro 2013
doentes para as áreas de enfermagem e clínica e também para área administrativa, no back office.”
Construído na zona histórica des-tinada à construção naval na época dos Descobrimentos, adjacente à Torre de Be-lém e à praia de Pedrouços, na antiga Rua dos Cordoeiros, está a uma cota de três metros acima do nível do mar. Por esse motivo, o edifício assenta sobre 96 pilares enterrados na areia subjacente a oito me-tros de profundidade, “assemelhando-se a uma construção palafita”.
Trata-se de um edifício de “grande eficiência energética”, incluindo painéis solares que promovem o aquecimento interno. O isolamento da estrutura é con-siderado “de eficiência máxima”.
Uma equipa que não discute horários
As USF trouxeram para o primeiro ní-vel de cuidados de saúde uma dinâmica muito própria do caráter inovador e pio-neiro da reforma dos CSP. “Os governos têm investido bastante nas requalificações necessárias ao desenvolvimento das USF porque as reconhecem como uma ex-celente solução nos cuidados de saúde primários. São eficientes, eficazes e os di-versos elementos das equipas colaboram ativamente uns com os outros”, afirma José Gomes.
“Os profissionais são muito empenha-dos; ninguém fala de horários quando é preciso trabalhar 12 ou 14 horas. Possuí-mos um elevado grau de autonomia ao nível da gestão e isso permite organizar
Reportagem USF Descobertas
No dia da reportagem do Jornal Médico, o sistema informático da USF tinha colapsado. Aliás, as ano-malias registaram-se em todo o país, em consequência da atualização de programas a nível nacional. Contu-do, a equipa ativou um sistema alter-nativo na sala de espera, que permite aos utentes visionar, nos ecrãs loca-lizados naquele espaço, as informa-ções relativas à gestão das consultas.
O atendimento processou-se com mais lentidão devido ao sistema informático, mas dentro da normali-dade, e sem que os utentes que esta-vam informados se impacientassem. A equipa administrativa foi reforçada no front office e também a equipa médica e de enfermagem alargou o horário assistencial. De acordo com José Gomes, “é esta flexibilidade em ajustar permanentemente a oferta à procura e a outras condições im-previstas que faz com que o grau de satisfação dos utentes seja muito elevado”.
O trabalho domiciliário da USF Descobertas é especialmente
intenso. Diariamente, os enfermeiros realizam entre 12 e
14 visitas, frequentemente acompanhados pelos médicos
de família. De acordo com Cecília Vicente, o trabalho
encontra-se estruturado de acordo com o conceito de
enfermeiro de família. Para a jovem enfermeira, trabalhar
por objetivos é especialmente aliciante.
“O que se pretende é atingir a excelência e isso implica
um grande entrosamento entre todos os elementos da
equipa.”
Atingir a excelência é o objetivo do setor de enfermagem
usF dispõe de uma alternativa, em caso de necessidade
Sistemas informáticos
Cecília Vicente | Pretendemos atingir a excelência
20 | Jornal Médico setembro 2013
o serviço de acordo com as necessidades da população e os objetivos contratuali-zados.”
O coordenador destaca especial-mente o sistema de intersubstituição e alargamento do horário de atendi-mento, através do qual é possível dar resposta adequada a uma procura não planificada. Por outro lado, “a atuação clínica é pró-ativa, propondo ao utente todos os cuidados de saúde em falta no próprio dia da consulta e convocando os utentes faltosos para a prestação des-ses cuidados”.
Claro que o trabalho em equipa não é isento de tensões, mas “há empenho nos objetivos a cumprir e os problemas vão sendo resolvidos à medida que surgem”. Aliás, “é para isso que servem as reuniões de serviço, realizadas todas as semanas. Encaramos a conflitualidade como um es-tímulo para o desenvolvimento, que não deve ser combatido, mas sim regulado”. A primeira reunião do mês destina-se a monitorizar os indicadores, a fazer proje-ções e a estabelecer as medidas corretivas para os próximos 30 dias.
Na opinião do coordenador, “hoje, já ninguém tem dúvidas, nem a troika, nem os políticos de todos os quadrantes, que as USF constituem o melhor mode-lo de organização dos cuidados de saúde primários. Este modelo alcançou altos padrões de qualidade, eficácia, eficiência
e sustentabilidade nos cuidados de saúde primários”. A dificuldade, neste momen-to, “é convencer os colegas das UCSP a aderir. Esse esforço compete não só à Administração como a nós próprios, daí o espaço que as Jornadas da USF Descober-tas dedicam a essa questão”.
No site da USF Descobertas, os utentes têm a possibili-dade de dar a sua opinião sobre a unidade de saúde familiar e exprimir o seu grau de satisfação. Os resultados são muito bons. Na sala de espera, o Jornal Médico fez também uma pequena sondagem. Os resultados são igualmente positivos.
Zulmira Silva ainda não teve necessidade de ir à consulta do seu MF. Mas acompanha frequentemente os membros da família. ”Somos bem atendidos e a nossa
médica de família é impecável”, afirma. Quanto ao fun-cionamento da USF, destaca o facto de as consultas se-rem efetuadas com hora marcada, evitando tempos de espera desnecessários, o que é “uma maravilha”.
Mário Pereira Fernandes considera que o atendimen-to “é razoável”. Está à espera da mãe e, entretanto, apro-veitou para marcar uma consulta. “Tenho médico sempre que necessito e, nesse aspeto, é positivo.”
Patrícia Teixeira destaca que “as instalações são fan-tásticas, assim como os acessos”, e o atendimento é “re-lativamente rápido”.
Maria Emília Barros está igualmente satisfeita com a mudança, “não só pela qualidade dos serviços pres-tados como pela qualidade do edifício”. Para Ana Pau-la Cordovil, a mais-valia da USF incide na rapidez com que é atendida em caso de doença aguda.
utentes reconhecem o esforço da equipa
Ficha técnica População frequentadora
A USF Descobertas trabalha com o sistema informático VitaCare. De acordo com a responsável administra-tiva Isabel César, esta ferramenta, que inclui um quiosque eletrónico, consti-tui uma ajuda fundamental na gestão da unidade, nomeadamente na moni-torização dos objetivos e das metas a atingir.
A possibilidade dos utentes mar-carem consultas pela Internet é outra mais-valia no que se refere à acessibili-dade. “Na nossa USF não existem listas de espera. As consultas da iniciativa do utente são marcadas com um intervalo máximo de cinco dias e a doença aguda é resolvida no dia, ou seja, quando ne-cessário, adaptamos a oferta à procura.
Claro que isso exige uma dedicação enorme da equipa, mas também cons-titui uma grande satisfação para todos nós.”
Isabel César | Na USF Descobertas não há listas de espera
“Ajustamos a oferta à procura”
Secretariado clínico
zulmira silva | A nossa médica de família é impecável
Mário Pereira Fernandes | Tenho médico sempre que necessito
Patrícia teixeira | As instalações são fantásticas
Maria Emília barros | Destaque à qualidade do serviço
Ana Paula Cordovil | Muita rapidez no atendimento em caso de doença aguda
Reportagem USF Descobertas
N.º de utentes inscritos em 31.12.2012
N.º de utentes frequentadores
N.º de idosos
N.º de crianças e jovens
N.º de mulheres em idade fértil
Total de nascimentos
Total de consultas médicas efetuadas
Total de visitas domiciliárias médicas
Total de contactos de enfermagem
Total de visitas domiciliárias de enfermagem
13.652
12.309
3.229
2.420
3.071
84
26.698
1.329
11.960
2.266