Jornal Nacional da Umbanda Ed. 15

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Junho de 2011. [email protected] Pág. 1 COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA PAI BENEDITO DE ARUANDA. Rua Serra de Bocaina, 427 - Belenzinho – SP/Capital. CURSO DE DOUTRINA TEOLOGIA E SACERDÓCIO UMBANDISTA. O Colégio de Umbanda, atendendo a vários pedidos de pessoas que não têm como fazer o curso a noite, decidiu abrir excepcionalmente, um curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda às quartas-feiras na parte da manhã, no horário das 10h00 às 12h00. O curso é voltado somente para médiuns incorporantes. Duração: 18 meses. Mensalidade: R$ 40,00. Faça sua reserva através do telefone (11) 4221-4288 ou pelo e-mail: [email protected] Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 15 Índice de Matérias EDITORIAL Umbanda de Garagem (Alan Levasseur) pág. 02 DOUTRINA Um texto na parede (Nelson Junior) pág. 04 O banquinho do Preto Velho (Carlo Saad Florenzano) pág. 04 Ogan e Zelador da casa (Pai Edson de Oxossi) pág. 05 A vida de um Peregrino Preto Velho (Mauro Cavichiollo) pág. 06 O perdão, os erros, a culpa e a liberdade (Vânia Rodrigues Silva) pág. 09. Do direito de ser religioso (Pablo Araujo) pág. 10 Féducação - Porque educar é um ato de amor (Juliana de Paula) pág. 11 PSICOGRÁFIAS Súplica do Exu Tiriri (A. J. CASTRO) pág. 13. Maria Padilha Rainha do Cabaré (ANA LUCIA SANTANA) pág. 14 BALUARTES DA UMBANDA Pai Tomé de Angola (Enéas Cardoso) pág. 15 OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA. Um pouco sobre o uso das ervas (Internet) pág.17 AGENDA DE EVENTOS UMBANDISTAS Intolerância Religiosa (Edenir Santos) pág. 20 CID – Reconhece influencia de espíritos (Nenl Capc) pág. 20 CADERNO DO LEITOR Coincidência ou não? (Adroaldo E. R. Santos) pág. 22 Umbanda - Semente de vida e amor no Universo (Arley R. Lobo) pág. 24. LAZER E CULTURA Cantos e toques de Umbanda (Severino Sena) pág. 28 ÚLTIMA PÁGINA Do carbono ao Silicio (Andrei Vinicov Kallazans) pág. 31 Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 25 de Junho de 2011. Edição 15 e-mail: [email protected] Não deixem de ver em nosso site: www.jornalnacionaldaumbanda.com.br Os menus TEXTOS ESPECIAIS e BALUARTES DA UMBANDA, com textos e imagens. E agora também o menu Downloads, para baixarem arquivos diversos, além do novo menu MATÉRIAS PUBLICADAS, onde poderão baixar todas as matérias já publicadas. LIVRO DO MÊS:

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COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA PAI BENEDITO DE ARUANDA.

Rua Serra de Bocaina, 427 - Belenzinho – SP/Capital.

CURSO DE DOUTRINA TEOLOGIA E SACERDÓCIO UMBANDISTA.

O Colégio de Umbanda, atendendo a vários pedidos de pessoas que não têm como fazer o curso a noite, decidiu abrir excepcionalmente, um curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda às

quartas-feiras na parte da manhã, no horário das 10h00 às 12h00. O curso é voltado somente para médiuns incorporantes.

Duração: 18 meses. Mensalidade: R$ 40,00.

Faça sua reserva através do telefone (11) 4221-4288 ou pelo e-mail:

[email protected]

Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 15

Índice de Matérias

EDITORIAL

Umbanda de Garagem (Alan Levasseur) pág. 02 DOUTRINA

Um texto na parede (Nelson Junior) pág. 04 O banquinho do Preto Velho (Carlo Saad Florenzano) pág. 04

Ogan e Zelador da casa (Pai Edson de Oxossi) pág. 05 A vida de um Peregrino Preto Velho (Mauro Cavichiollo) pág. 06

O perdão, os erros, a culpa e a liberdade (Vânia Rodrigues

Silva) pág. 09. Do direito de ser religioso (Pablo Araujo) pág. 10

Féducação - Porque educar é um ato de amor (Juliana de Paula) pág. 11

PSICOGRÁFIAS Súplica do Exu Tiriri (A. J. CASTRO) pág. 13.

Maria Padilha Rainha do Cabaré (ANA LUCIA SANTANA) pág. 14 BALUARTES DA UMBANDA

Pai Tomé de Angola (Enéas Cardoso) pág. 15 OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA.

Um pouco sobre o uso das ervas (Internet) pág.17 AGENDA DE EVENTOS UMBANDISTAS

Intolerância Religiosa (Edenir Santos) pág. 20 CID – Reconhece influencia de espíritos (Nenl Capc) pág. 20

CADERNO DO LEITOR Coincidência ou não? (Adroaldo E. R. Santos) pág. 22

Umbanda - Semente de vida e amor no Universo (Arley R. Lobo) pág. 24.

LAZER E CULTURA Cantos e toques de Umbanda (Severino Sena) pág. 28

ÚLTIMA PÁGINA Do carbono ao Silicio (Andrei Vinicov Kallazans) pág. 31

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Não deixem de ver em nosso site:

www.jornalnacionaldaumbanda.com.br

Os menus TEXTOS ESPECIAIS e

BALUARTES DA UMBANDA, com

textos e imagens. E agora também o

menu Downloads, para baixarem

arquivos diversos, além do novo menu

MATÉRIAS PUBLICADAS, onde

poderão baixar todas as matérias já

publicadas.

LIVRO DO MÊS:

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Data prevista para inicio: 06 de Julho de 2011

UMBANDA DE GARAGEM

Não faltam adjetivos para comentar sobre a Umbanda. Referências, histórias, curas e graças

alcançadas estão na lista de comentários sobre a Umbanda. No entanto, com seus 100 de fundação ainda há quem diga que ela é uma religião milenar, negando sua anunciação, sua fundação. O fato é que a Umbanda começou em uma residência, em um espaço pequeno e particular. Mas atendendo desde seu inicio grande numero de pessoas, e quando teve um salão próprio para atendimento e trabalhos espirituais, continuou a fazer o atendimento. Neste século que se passou, a Umbanda saiu de uma sala, foi para um salão, esteve presente em garagens, porões, grandes galpões e agora parece seguir rumo ás garagens novamente. É incrível a notoriedade que a Umbanda teve entre as décadas de 30, 40, 50 e 60.

Teve uma explosão em nível de expansão nestas décadas. Praticadas por muitas pessoas, e procurada pelas mais diversas classes sociais para resolver os mais variados tipos de problemas e situações. Em meio a este crescimento, infelizmente abriu-se as portas para os oportunistas que nesta época encontraram um meio de sobreviver e de viver bem, os chamados charlatões.

Pessoas que usavam do nome “Umbanda” para ganhar dinheiro através de trabalhos, mandinga e falsas promessas. Foi nesta época que a Umbanda começou a ter em seu meio, pessoas que não eram religiosas e distorceram e muito sua imagem, sua essência. Atribuindo a ela os tabus que hoje ainda encontramos em algumas casas. A imagem dela sofreu modificações significativas nestas décadas em função destes aproveitadores. Hoje temos uma religião fundamentada, linda, magnifica, mas que depois de um crescimento enorme nestas décadas, esta sendo sufocada. Com o avanço da tecnologia, e a facilidade que temos em mostrar nossos trabalhos, nossa religião, tudo deveria ser mais fácil, e não é o que acontece.

A verdade é que com o avanço da tecnologia e as facilidades que a internet nos trás no dia a dia, esta sendo possível divulgar mais a Umbanda, porém em contra partida, ao passo que sua divulgação avança, os oportunistas aparecem em maior numero que antes. A facilidade esta para ambos. Lutar para ver a religião ter seu devido respeito e reconhecimento é um trabalho difícil, mas que com tenacidade e persistência é possível. Acontece que atualmente estamos encontrando barreiras não na mídia, não no dia a dia, e sim “dentro” de nossas casas, terreiros e tendas. O umbandista tem sua voz sufocada na sociedade porque ele mesmo (em termos gerais) cria a imagem de que, se algo for feito contra ele aqui em vida, em vida mesmo será retribuído, e que seu “poder” o livra de quase tudo e todos. Aviso: “Não mexa com um Umbandista” – Esta é a imagem que alguns dos frequentadores de nossa religião passam para as pessoas.

“Irmão”? Onde? Cadê? Mostra um “irmão” de fé que eu quero ver! É difícil, mais tem. Uma religião tão linda como a Umbanda, com bases sólidas, muito bem fundamentadas, vem sendo vitima de seus frequentadores. Acredite se quiser, mas para muitas pessoas fora da religião e mesmo para muitos frequentadores dela, a Umbanda é somente o ato de “incorporar” o guia e pronto!

Não conhecem os fundamentos e bases da Umbanda. Não sabem que a Umbanda esta além da incorporação, não conhecem os chamados “porquês” da Umbanda. Incorporar para dar o passe é o ato e sublime da religião – assim muitos pensam, tanto fora como dentro da religião - não conhecem a grandeza da Umbanda. Em função de fiscalização, leis protetoras de reservas ecológicas, poluição sonora (não bastando o lixo temos a poluição sonora também), e mais algumas novidades criadas pelas câmaras municipais e estaduais juntamente com leis federais, temos encontrado cada vez mais dificuldades para praticar nossos atos religiosos. Hora é problema com oferendas na natureza, hora são com o som dos atabaques, com multidões para atendimentos, dificuldade para locação de imóvel para terreiros e tendas, licenças para funcionamento... A lista só aumenta, não para. A cada ano que passa um novo item entra na lista para dificultar sua pratica, que deveria ser livre.

Ai para ajudar essa turma da fiscalização e das dificuldades impostas no dia a dia tem os “frequentadores”. Sim, verdadeiros gladiadores. Pessoas que deveriam divulgar, propagar e aumentar a religião, ficam arrumando picuinhas com os chamados irmãos de terreiro. Preocupados com destaques, com pessoas que estão fazendo o que elas não fazem, com o porquê daquele irmão novo estar conseguindo destaque e conquistas e ele com anos dentro da religião não sai daquilo.

Já vi muitas matérias sobre ética na religião, moralidade, caridade e doutrina. E confesso, são textos primorosos, muito bons mesmo. Mas em atos, quase nada se faz. Amo minha religião, e tenho uma curiosidade enorme quanto ao que ela tem a revelar para os próximos anos. Porque a Umbanda é muito mais que o ato da incorporação. Mas ao ver com atenção o que vem acontecendo, percebo que aquela frase: “do

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pó viemos e para o pó voltaremos...” é aplicada em quase tudo nesta vida. A Umbanda começou em uma residência, ganhou salão, galpão e agora corre o serio risco de voltar para a garagem. Os praticantes da Umbanda, em sua maioria, são a favor de seu crescimento, divulgação e propagação, mas os que de fato o fazem, são muito poucos.

Comparam outras crenças e religiões, o crescimento e o poder de outras religiões, as conquistas, mas quando perguntados o que fazem para aumentar sua religião, para divulgar a religião, eles respondem: dou passe, faço caridade! Hipócrita! Pra não usar de nomes chulos. Este é um dos muitos que frequentam a Umbanda que não conhecem sua religião, que não sabe seus fundamentos, não conhece suas bases, e que além de dar este tipo de resposta medíocre, ainda contribuem de forma significativa para deturpar a imagem e sufocar a religião.

Não é fazendo passeatas, dando consultas em praças publicas e nem anunciando terreiros em jornais e revistas que vamos ganhar força e notoriedade. É necessário antes de tudo a conscientização do umbandista e o comprometimento dele com a religião. Em seguida, precisamos que seja mantida seriedade e respeito ENTRE os umbandistas, para sim depois, com o resultado de um trabalho serio, ganharmos a notoriedade e respeito.

É tudo muito lindo, falar de ética, falar de doutrina, do que precisamos e queremos, porém seria mais bonito, FAZERMOS. Lembrando que ao criticar, comparar ou calcular o poder e força que outras vertentes religiosas alcançaram com o passar dos anos, é preciso ver em contrapartida o que fazemos de semelhante pela nossa! Temos grandes lideranças religiosas, um número grande de divulgadores, e apoio em todas as camadas da sociedade, não usamos isso a nosso favor tão bem quanto os charlatões usam.

Testemunho é um meio de divulgar a religião. Dentro de uma igreja evangélica, é um meio de fazer com que o culto daquele dia tenha um significado maior para as pessoas que se identificam com o problema daquela pessoa, trazendo-a para o seio da religião, trazendo para aquela pessoa uma identificação, um conforto para o problema dela, tendo em vista que o do testemunho teve solução, tão logo o dela também terá.

Na Umbanda, não temos e nem precisamos do testemunho. Em contrapartida temos os milagreiros. Aqueles em que os guias só não ressuscitam mortos porque o trabalho espiritual tinha sido encerrado, se tivesse mais uns minutinhos de trabalho e isso seria possível. Acredite. Este milagreiro tem aos baldes. Mas o mais incrível, é que quando ele comenta seus “milagres” em alto e bom som, ele na maioria das vezes termina dizendo algo do tipo: -“preciso tomar um passe com aquele caboclo ali, dizem que ele é muito bom, e tenho umas coisas para resolver...”.

Interessante, momentos atrás ele fazia até milagres, mas para ele, o remédio não funciona! É este tipo de “testemunho” que temos aos montes em casas e terreiros umbandistas, e ao contrario

do que citei acima sobre a religião evangélica, este “testemunho” afasta pessoas, coloca em duvida a nossa pratica religiosa. Por que não fazermos igual, de forma diferente?

“- Certa vez um consulente com um problema dessa natureza foi ajudado por um dos guias que recebo, quem sabe não seria com você a mesma coisa, talvez não pela minha entidade, mas pela de outro irmão, eles ajudam.” Isto seria mais humilde e correto.

Desta forma e com outras atitudes diferentes das adotadas por muitos irmãos e frequentadores de Umbanda, conseguiremos futuramente três coisas muito importantes para nós:

1- Respeito entre os frequentadores e por quem é de fora. 2- Reconhecimento como religião e não culto religioso (apesar de que extra oficialmente isto esta

acontecendo) 3- Não teremos de voltar para porões, e garagens! (esta é a mais importante)

Assim, fica a garagem sendo usada pelo carro, e não para o culto religioso.

Por: Alan Levasseur E-mail: [email protected]

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DOUTRINA

UM TEXTO NA PAREDE

Quando cheguei ao colégio de Umbanda e comecei meus estudos com nosso Mestre Rubens Saraceni, notei um quadro na parede, escrito “Dogma”, ao lado de outro escrito “As Peneiras de Hiran”, e quando li o dogma senti uma sensação incrível de que ali estava realmente um local diferenciado, pois nele se condensava e sintetizava tudo, não só o que deveria ser aplicado na Magia, mas tudo que deveria ser aplicado na vida e em todas as áreas, pois o Mestre Seyman Hamisser Yê, um Ogum Megê sete Espadas, manifestou-se através da mediunidade iluminada do Pai Rubens e colocou em linhas escritas todos os melhores sentimentos e as mais nobres atitudes que deveriam ser vividas entre os Magos e os Umbandistas:

"Nenhum irmão de egrégora tem o direito de levantar suspeita, calúnia, vilipêndio contra outro irmão de egrégora, porque se assim fizer que seja expulso e que o nome dele seja colocado na mandala punitiva, porque o que destrói muitos dos grandes esforços humanos empreendidos em todos os cantos deste mundo bendito é a calúnia, o vilipêndio, a língua ferina daquele que não tem coragem de dizer na frente de suas vitimas o que pensa ou o que o seu interior sombrio gera no seu íntimo. Então diz por trás, diz às costas. Se tem algo a dizer, diga na frente, e se não tem o que dizer, cale-se.”

O texto continua de forma incrivelmente incisiva, mas o que todo o texto quer demonstrar é, sem dúvida, que quando a língua não constrói que não destrua; quando a língua não trás harmonia, que não desarmonize; quando a língua não traz solução, que não traga problemas; quando a língua não trás paciência, que não traga a

impaciência; falar do outro, contra o outro e colocar palavras na boca de outro, nada mais é do eu colocar pesos sobre seus próprios ombros, pois se nosso semelhante não vê nossa falta, Deus a Observa, e também nossos Divinos Pais Orixás!

Chame seu irmão de lado e corrija-o, sempre que necessário for, mas não o condene; quem julga pede julgamento e quem aponta supostos pecados, pede que os seus lhe sejam apontados, pois a Balança da justiça pede equilíbrio, e não punição. Porque quem se farta com as punições são os homens que reconhecem no cálice amargo da vingança o sabor que não é o da Justiça.

Como pode você, que aponta as falhas de seu irmão, olhá-lo nos olhos sem mentir o que esta a pensar e sem omitir o que esteve a fazer?

Com certeza este texto não esta na parede à toa. E, como não esta ali à toa, deve ser levado em consideração. E quem quiser ler ele por inteiro, acesse o site www.colegiodemagia.com.br. Lá esta na integra o grandioso documento psicografado de nosso amado Pai Ogum Megê sete Espadas, pelo Pai Rubens Saraceni, o Mago Mestre Iniciador do Sagrado Arco Iris Divino.

Mais do que um texto na parede, que o Dogma seja um documento de vida, porque quem atenta contra qualquer principio Divino, com o tempo aprenderá pelo amor ou pela dor o que esteve fazendo, e o que esteve quebrando em ética lhe reverterá em carma, pois desrespeitar um Orixá é quebrar a Lei e embora existam ocasiões em que o lado humano fale demais pela nossa língua, que pelo menos entre nós, que temos objetivos em comum na senda do bem, este possa se firmar como lema.

Enviado por: Nelson Junior E-mail: [email protected]

O BANQUINHO DO PRETO VELHO.

Temos como fundamento nas giras de Umbanda um "trono" material de suma importância e significado. O banquinho de preto velho é a mais bela hierarquia que nos estimula pensar.

Seu trono com três pés nos apresenta a trindade que devemos cultuar com respeito, fé, devoção. O significado do seu poder nos atinge a cada gira, a cada momento.

A permanência sólida de valores íntimos e conscienciais, a estabilidade e força, a casa íntima divina sendo construída dentro de cada médium ao incorporar os sábios e serenos pretos velhos.

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Construir nossa liberdade, nossa fé, descarregar o desapego, nos limpar a cada dia de nossas atitudes e emoções nocivas. O banquinho nos traz a cada gira a razão consciente de que esse trono não permite nossos disfarces e máscaras, soberba, e orgulho religioso pela falta de competência de realizarmos um trabalho interno santificado. Se ainda assim mantiverem esses sentidos mesquinhos serão julgados pelo próprio azar de ser quem são.

O banquinho tem que ser construído pelas vossas conquistas íntimas, que por vezes são penosas, doloridas, mas catárticas o quanto antes para que esse trono reluza nossa consciência espiritual divina.

O estado permanente do ser indica o começo dessa purificação e sua estabilidade vem com a vivência e sabedoria refletida por esse "trono" no momento que sentamos nele incorporados com a luz sapiente e serena nos conduzindo a todo instante aos jardins de alecrim e rosas.

Aqueles que são dignos, verdadeiros, trabalhadores, brilhantes em seus íntimos serão acolhidos e assim esse "trono" material se transformará na mais bela construção divina com estacas sólidas e fincadas nos sentidos mais verdadeiros e puros. Infelizmente teremos algum tempo para conquistá-los.

Que façam vossa parte hoje, não encarem as verdades como reveses, orgulhosos e mascarados, deixem entrar, se entender, se resolvam ou não serão dignos de nada, onde no nada, nada existe, pois a sombra reflete também nossa falta de evolução e mesquinhez. Amados filhos sejam as lágrimas de Olorum, pois elas lavarão e semearão a terra fria e sombria que se encontra no íntimo de quase todos os seres encarnados.

PAI JOÃO DA CARIDADE, pelo médium e sacerdote de Umbanda CARLO SAAD FLORENZANO.

E-mail: temploluzcristalina@hotmail

OGAN E ZELADOR DA CASA

Hoje em dia infelizmente dentro de nossa religião existem muitas pessoas que em vez de somar querem subtrair.

É isso mesmo o que você entendeu: nossa religião só não tem mais espaço pela mediocridade de muitos que vivem em nosso meio. Seria tudo muito mais fácil e melhor se cada um enxergasse seu irmão de fé como um irmão de verdade.

Existem, pessoas que nos fazem uma visita com outros fins e não com o de participar da festa e ser mais um entre nós procurando a paz e a confraternização entre todos, tentando somar suas energias com as nossas e derrama-las sobre todos os presentes para que estes possam pelo menos tentar solucionar seus mais profundos problemas e saírem da casa com pensamentos positivos, com vontade de viver, cheios de esperanças e alegrias.

Além disso, também sofremos muito com inveja e intrigas entre os médiuns dentro da própria casa. Portanto, não falamos a mesma língua em diversas nações e uns acreditam que são melhores outros, que têm mais poderes e que sabem mais. Enfim, tudo não passa de uma grande besteira do ser humano na matéria, pois, espiritualmente falando, não existe este ou aquele que faz mais ou menos. Existem os mais conscientes dentro dos preceitos e suas obrigações e aí esta a grande diferença de um templo de verdade e um templo desequilibrado.

Desculpe o desabafo, mas é a realidade que vivemos e o que eu quero dizer com tudo isso? Vejamos: - É exatamente ali em pé, atrás do couro que se observa tudo isso e vem a ser de onde temos uma visão de quem entra, de quem sai, de quem trabalha, quem só conversa, de pessoas que estão ali somente por estar ou aqueles que realmente vêm em busca de ajuda espiritual.

Esta vem a ser uma função extremamente importante do Ogã na casa: ser um observador, ter um olho clínico e saber exatamente o que esta se passando no decorrer da gira e desta forma quando notar algo de estranho e diferente, algo que não faz parte do ritual ou do cotidiano da casa, levar ao conhecimento do seu Zelador ou da Entidade que estiver em terra. Aí você me pergunta: - mas a entidade não deveria saber? Eu lhe respondo não.

Digamos que a mesma esta dando um passe ou esta em outra sala ou na Tronqueira conversando com alguém e a gira no salão esta tendo seu procedimento normal, mas, de repente, algo incomum aconteça. Imagina você ter que avisar o cambone para o mesmo se dirigir ate a

Entidade e só assim saber o que esta se passando. Seria meio complicado, não acha? Imagina que na hora você não encontrasse o cambone ou

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o mesmo também estaria ocupado, os demais médiuns incorporados atendendo seus consulentes, então teria que ir até a Tronqueira você mesmo. Teria que parar o couro e, dependendo do que estivesse acontecendo, seria uma catástrofe você parar. Então como resolveria isso de uma forma simples, tranquila e de imediato?

O Ogan tem que ter um entendimento com o Zelador e as Entidades do mesmo da seguinte forma: - Primeiro, tem que haver muito sigilo e atenção no que se faz e quando fizer sempre na certeza que realmente é por uma razão e um motivo justo, e de que forma isso seria feito? Simples! Entre ambos se combinaria uma cantiga que somente os dois estivessem na mesma sintonia e, quando cantada, seria o sinal de que algo diferente das normas da casa estaria acontecendo. E imediatamente a Entidade em terra ou seu Zelador estaria presente no ato que você tirasse a cantiga combinada e com certeza resolveria o problema surgido.

É simples, não? E assim existem muitas outras combinações que podem ser feitas e com certeza terá maior

segurança em seus trabalhos. Se você não sabe, depois que o Babalorixá dá sua incorporação, o responsável pelo bom

andamento dos trabalhos em geral é o Ogã da casa. Por estas e outras razões é que eu digo que ser um Ogã não é simplesmente saber bater e cantar pontos e ter conhecimento fundamento e malicias dentro da casa:- Ogã que vacila nos trabalhos põe tudo a perder em questão de segundos!

Associação Cacique Cobra Coral Avenida Sorocabana 6462 - Mongaguá – Jardim Praia Grande. S. P.

Fone - 11-9388-3134 / 13 – 3448-2837 / 13 – 9755-4202 / 13 – 8123-1213 /13-9200-1213

http://accobracoral.blogspot.com/ Pai Edson de Oxossi.

A VIDA DE UM PEREGRINO PRETO VELHO

Tomei a liberdade de transcrever de acordo com minha ótica, mais um dia de nossas vidas na Umbanda Sagrada Universal.

Era uma noite fria de outono em Curitiba, quinta feira dia 26 de maio de 2011, dedicado aos estudos e lições da Umbanda nas dependências da Associação Espiritualista, Cultural e Filantrópica São Francisco de Assis.

Osneri, sacerdote e palestrante da noite iniciou sua palestra sobre a corrente astral dos Pretos Velhos e discorreu sobre a simplicidade, humildade e verdadeira caridade destes abnegados irmãos da espiritualidade que passaram por diversas privações e sofrimentos, mas que, sobretudo, encontraram no verdadeiro amor os linimentos para curarem suas feridas e prosseguirem semeando verdades de perdão incondicional.

Todos os presentes escutavam as lições e sorviam em seu ser as mais belas palavras de sabedoria contida nos diversos escritos dos livros da Umbanda, tão bem resumidos pelo palestrante. Trocavam ideias, visualizavam um mundo mais harmônico e recebiam constantes fluxos de energia sutil, repleta de paz e muita ternura o que deixava o ambiente cada vez mais consagrado.

Os que conhecem um pouco dos grandes feitos do Pai Maior, sabem perfeitamente que nos momentos dedicados aos estudos e

trabalhos de elevação, a espiritualidade se faz sempre presente e nos brinda com linimentos sutis das mais belas energias de paz e amor e nos fazem entender e compreender que é muito necessário estar sempre se atualizando, estudando e vivendo em comunhão de pensamentos e ações afins.

Quando o professor da noite encerrou sua aula todos entoaram uma prece, escrita por um Pai Velho, em sinal de respeito e agradecimento. E enquanto as palavras adentravam nos corações dos presentes, Osneri sutilmente se amoldava nas energias de um Preto Velho.

Seu corpo suavemente se curvava, suas mãos ficavam trêmulas e pequenos sussurros saiam de sua boca, algo do tipo: Salve Meu Pai, Salve as bênçãos de Aruanda... Não tardou e logo todos puderam perceber um Pai Preto na casa a distribuir bênçãos e a pedir a Deus Pai proteção a todos os presentes.

Ninguém mais sentia frio ou qualquer outro sentimento desencontrado. Era um só sentimento de união e amor tocando a todos. Nestes momentos de pura magia, cânticos saíram da boca dos presentes, falando do fim do cativeiro, de Aruanda, de Preto sentado no toco fumando seu cachimbo. Ao todo foram três músicas desta portentosa raça cantada por todos e mais calor emanado no recinto. Ao fim das canções, Preto Velho sentou no toco,

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acendeu um cigarro de palha e começou a aspergir uma fumaça branca no recinto, limpando ainda mais a tudo e todos, pegou uma cabaça e colocou um pouco de cerveja preta, sorveu um gole e baixou sua cabeça.

Todos estavam ansiosos para ver e escutar palavras daquele Preto Velho e ele, com muita paciência e de uma calma indescritível, começou a falar para todos os presentes:

- Nego veio tá muito contente por estar com vocês, este nego num sabe falar bonito, mas ama muito cada um que aqui está e quer contar sua história de vida em carne e espírito.

Todos que já se encontravam maravilhados com tudo o que havia acontecido, ficaram extasiados ao escutar estas primeiras palavras de um ser muito humilde e que inspirava só com sua presença uma espécie de mágica sabedoria e amor incondicional. E “ele” continuou:

- Este nego veio está aqui para contar um pouco de sua história, para que me conheçam um pouco mais e para que os laços que nos unem fiquem ainda mais fortes.

- Nego já teve muitas vidas na carne, assim como todos vocês! Estamos sempre em caminho de algo muito maior chamado evolução e saibam que isso se dá no interior de cada um pela soma das boas coisas adquiridas. Só evoluímos quando começamos a compreender a imensidão de Zambi.

- Todos os seres vivos deste planeta pertencem ao grande continente africano da vida. Este continente foi o primeiro a tomar forma e saibam que a primeira raça humana tinha sua pele de cor escura, não era branquinha como a de vocês.

- Este negro, em uma de suas vidas se encontrava como escravo no império de Roma. Esta fase era marcada pelo abuso de violência e pela saga de poder dos homens. Lembro que fui servir de comida de Leões, pois prevalecia o desejo de sangue dos homens brancos daquela época. Neste tempo, era diferente do que vocês vêm nos filmes ou revistas, eram os negros escravos que serviam de brinquedos para os jogos dos romanos na grande arena da morte. Enquanto famintos Leões avançavam e comiam escravos, brancos e ricos senhores davam suas gargalhadas e vibravam com o sangue que jorrava dos órgãos dilacerados. Um tempo que demonstrava muita crueldade e que muito pouco já foi retratado nos dias de hoje. Este negro que fala para vocês foi colocado nesta luta pela vida por três vezes. Em duas delas, Nego Véio ficou bastante ferido, mas conseguiu

sobreviver e voltar para a cela, onde as feridas eram tratadas com banha e sal e tão logo aqueles que conseguiam se salvar eram tratados, voltavam para a arena para continuar a sua saga. Na terceira vez, este nego não resistiu e veio a morrer e servir de alimento para os Leões.

Cada palavra que o Pai Preto sussurrava, todos os presentes tinham a nítida impressão de um filme passar em suas mentes, também era possível visualizar que o narrador lentamente enxugava seus olhos marejados com seu semblante transparecendo muito pesar.

- Nego nesta fase ainda não compreendia muito bem a questão do desencarne, mas quando o corpo morria, não sentia dor, sentia uma leveza, como uma suave brisa a tocar e a acariciar a face. Hoje sei que Deus, Zambi estava sempre cuidando de mim!

- Voltei a reencarnar na África e digo para vocês meus filhos que ainda era difícil viver na amada terra, pois havia tribos distintas e estas estavam sempre em guerra, umas com as outras, brigando por terras, comidas e supremacia. Lembro que este negro um dia entrou em luta com outra tribo para proteger e foi por ela aprisionado. Fui feito escravo. Por ser forte e já conhecer um pouco de ervas que curam, fatos adquiridos por viver em profunda sintonia com a natureza e dela retirar o sustento, fui trocado por meros adornos que os senhores brancos traziam. Não pensem que os brancos é que caçavam os Negros. Não, os próprios negros de outras tribos é que faziam isso para trocar por espelhos, joias sem valor, panos e outras porcarias que chamavam a atenção. Os brancos chegavam de navio cheio de coisas sem valor e saiam carregados de negros, negras e crianças negras para servirem como escravos em suas fazendas. Meses se passavam para atravessar o mar da África para outros continentes e era muito sofrimento, muita dor. Muitos morriam de doenças causadas pelo sofrimento das correntes, das chibatas, da podridão dos porões destes navios negreiros. Somente os fortes é que chegavam vivos para serem explorados como animais nas fazendas ou nas grandes obras de outrora.

Este Nego Véio soube novamente o que era a dor, mas algo fazia considerar isso tudo como aprendizado para suportar as dores da vida e o nego viveu sob a chibata dos senhores brancos. Como ainda possuía conhecimento de plantas e rezas tribais para curar os males dos negros do cativeiro, Zambi deixou este pobre

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vivente viver por muitos anos, até ficar bem velho e morrer naturalmente.

Então veio a última encarnação, o negro novamente se encontrava na África, nesta vida era o príncipe da aldeia, jovem alto e forte, conhecedor de todas as plantas da região e dos cultos aos Orixás, este negro novamente se viu numa guerra de tribos e foi feito escravo por eles que mataram de forma violenta nossas crianças, os jovens franzinos, mulheres velhas e os homens mais fracos. Fui vendido para um senhor feitor de escravos, ele era o dono do navio e tinha grande fazenda na Bahia. Ao me ver chefiando os demais escravos, curando as feridas dos doentes e me portando como um líder resolveu que eu ficaria ao seu serviço e sobre o seu domínio. Nesta fazenda já existiam outros escravos que trabalhavam dia e noite no plantio e na lida com os animais e aos poucos, me unindo a eles e com os que comigo vieram, fui ajudando todos a entenderem da melhor forma nossa fase de cativeiro e para poder pregar o amor aos nossos orixás, tive que igualar “eles” aos santos dos homens brancos. O senhor Joaquim, dono da estância sempre me observava e se aproximou muito de minha pessoa. Tinha um filho muito querido, que sempre que possível ficava ao meu lado enquanto trabalhava. Este menino foi acometido de uma doença muito grave e eu tratei de orar a Zambi por ele, mas não conseguiu sobreviver na carne e em tenra idade veio falecer. Seu Joaquim que percebia minha amizade por ele e principalmente pelo seu filho, deixou de ser um feitor e passou a ser um amigo. Ele ficou muito triste com a perda de seu sucessor e assim como sua esposa, ficou doente e quando já estava quase morto, em seu leito me chamou e pediu para que eu assumisse o seu nome – “Joaquim” e que toda a fazenda deveria ser cuidada pela minha pessoa, pois não tinha para quem deixar, e na falta de sucessor, ela voltaria para as mãos dos governantes de Portugal. Quando de sua morte, passei a cuidar da fazenda e libertei todos os escravos que lá trabalhavam, dando um pedaço de terra para cada um e vivendo em perfeita harmonia por alguns anos. Todavia, certo dia um fazendeiro vizinho veio saber, do que havia acontecido e com armas em punho e muitos soldados tomou posse das terras, matou alguns escravos e o inferno voltou para meus irmãos.

Nesta hora pude observar que todos os presentes estavam vidrados na conversa do Pai Preto e em minha mente passava um filme veloz que me dava à nítida noção do início do

Quilombo dos Palmares. Muitos negros que fugiram durante a tomada de posse do fazendeiro vizinho, tiveram a oportunidade de reaprender a viver em grupo, independente da origem de sua tribo primitiva. Mas voltando à narrativa:

Quando o novo senhor das terras conseguiu seu objetivo, fui levado ao tronco por ser um negro insurgente e líder de uma possível revolta, o que não era verdade, mas no pensamento maléfico do senhor branco, ele acreditava que eu havia assumido a fazenda matando o antigo dono e todos os seus familiares.

No primeiro dia de chibatadas preso ao pelourinho da fazenda, senti minha carne rasgar e o ardor de cada estralo, mas como tinha meus princípios de príncipe, líder e de símbolo de resignação, não dei um grito sequer. Revoltados pela minha postura diante do castigo, os senhores da chibata, ao final do dia, mergulhavam meu corpo em sal. Já no raiar do segundo dia, amarrado novamente ao tronco, as chibatas continuaram a estralar em minha carne e da mesma forma fui banhado ao final do dia em sal grosso. No terceiro dia, já exausto e completamente desfigurado pela chibata, ergui meus olhos aos céus e Zambi me brindou com a morte do corpo carnal.

Imediatamente, sem naquele momento saber, fui conduzido para uma nova morada, repleta de luz e de irmãos diversos e das mais variadas matizes. Chamavam esta morada de Aruanda e cantavam felizes a minha chegada. Passado algum tempo, quando recuperei totalmente meus sentidos, fui agraciado por Zambi por ter sido esta minha última encarnação e pelo novo ofício de Pai Preto Joaquim D’Angola, um professor voltado a ensinar o homem o que é resignação, simplicidade, humildade e amor universal, além de poder distribuir meus aprendizados aos que desejam de coração aprender.

Sabe aquele menininho, filho do senhor Joaquim, dono da fazenda e meu querido amigo e irmão? Ele é a criança que sempre está ao meu lado nos trabalhos.

Tão logo falou isso, a Pity recebeu as vibrações da criança que sempre está presente em nossa casa e imediatamente foi para o lado do Pai Preto demonstrando todo o seu amor e carinho e reluzindo ainda mais o amor de uma criança.

É..., meus queridos amigos, foi uma noite de muito aprendizado e que, infelizmente, poucos puderam vivenciar. Mas se vocês se

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desvincularem dos problemas da vida e imaginarem o que ontem tivemos a graça maior de presenciar, certamente conhecerão mais um grande obreiro do Pai Maior e poderão colher os

bons frutos da espiritualidade que procura sempre nos orientar na caminhada da vida.

Abraços! Mauro Cavichiollo – 27/05/2011

E-mail: [email protected]

O PERDÃO, OS ERROS, A CULPA E A LIBERDADE.

O Senhor Guardião, um Exu da Capa Preta já me mostrou certa vez que o perdão é uma chave que abre todas as portas.

Como seria isso, se eu perdoo o outro que me machuca, que me trai, que assalta, que me magoa, que me agride? Não seria o perdão a chave da prisão desse outro e não da minha? Se assim for, sou eu a dona da liberdade daquele que erra para comigo e ele depende de mim para libertar-se.

Pois examinando bem a minha consciência, percebo que o perdão que me dão pelos meus erros não é condição suficiente para me libertar das culpas que carrego. Exu, que chave é essa? De onde vem?

É uma chave quase mágica, de poderes ilimitados, diz ele. Então ele me faz ver ao longo de minha vida, a força e o poder de cada perdão sincero que concedi.

O perdão me liberta das lembranças de todo mal que me foi feito, me limpa a alma. Retira de mim todo ódio, todo rancor, todo desejo de vingança. Deixa-me leve como uma pluma que flutua. Olha, filha, ele diz.

E eu olho as manchas que carrego em decorrência de meus atos que atentaram contra as leis

supremas. A cada perdão concedido elas vão se enfraquecendo e já não me consome tanto a culpa que antes me açoitava o coração. Um peso vai sendo retirado das minhas costas a cada vez que decido deixar as cobranças com aquele que tem poder e autorização para isso.

Agora veja criança, observa ele mais uma vez. E vai me mostrando a fila de cobradores que

atordoada vai fazendo meia volta e retornando. A lei suprema não permitiu que eles me cobrassem daqueles erros que eu já fui capaz de perdoar. Respiro aliviada ao sentir que aquilo que me ligava a eles já não existe mais, meus últimos sentimentos de rancor vão se evaporando e no lugar deles sinto uma profunda compaixão até mesmo por estes que estavam a me cobrar e que um dia prejudiquei. Mas, estranho, não sinto mais culpa. Ela se foi...

Olho para esse guardião da longa capa preta e ele me diz; filha estenda os braços agora. Estendo os dois braços e vejo algemas aprisionando meus pulsos. Ele pega a chave do

perdão que me havia mostrado pouco antes e abre as algemas. Para sempre? Eu pergunto, já sem conter as lágrimas. E ele responde; enquanto você tiver merecimento para carregar essa chave do perdão que conquistou, não haverá algemas ou portas que possam lhe prender. Poderá transitar por todos os lugares sem medo de que alguém venha a lhe cobrar por dívidas que hoje você é capaz de perdoar. Entende agora, filha?

Entendi Senhor Guardião, naquele dia, que o perdão que eu penso que concedo ao outro é a

mim mesma que eu concedo. Perdoando o outro daquilo que me faz hoje eu perdoo a mim mesma pelo que fui capaz de fazer aos meus irmãos em tempos remotos, dos quais não me lembro de mais... Possa eu carregar essa chave por longos dias.

E possa eu contar essa história a outras pessoas, para que possam refletir sobre a sabedoria que encerram as palavras do Senhor Exu da Capa Preta.

Salve o Senhor e a sua banda! Laroyê Exu!

Enviado por: Vânia Rodrigues Silva E-mail: silvavr@uol,com.br

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DO DIREITO DE SER RELIGIOSO

Temos toda razão quando dizemos que

religião é propriedade de Deus e se há algo que podemos afirmar é isso. Quanto à forma de cultuar Deus, existem várias formas, todas envoltas de uma liturgia e pratica exclusiva de determinada religião. Porem todos nós religiosos concordamos que religião é propriedade de Deus, ou seja, religião é um bem divino que nos foi legado por Ele, o Divino Criador, sendo cada um de nós seus beneficiários. Colocamos dessa forma redundante que religião é propriedade de Deus, para iniciarmos uma reflexão.

Sabemos que existem centenas ou milhares de religiões ativas ou já recolhidas e que todas são unânimes em propagar que aquela religião ou aquele templo é a casa de Deus, onde Ele e sua corte Divina fazem morada e manifestam-se em beneficio dos seres sob sua regência. Todas são unânimes em dizer que Deus manifesta-se através de seus Arcontes Divinos ou Divindades, sejam elas, Santos Católicos (São Jorge, Santa Bárbara, Santo Expedito, Nossa Senhora Aparecida, etc) ou Divindades Judaicas Cristãs ou Islâmicas na personificação de anjos e arcanjos. No Budismo na pessoa de Buda que no Budismo representa a busca através da iluminação ou a santificação do espírito. Temos na vertente Evangélica, a manifestação de Deus na divindade de Jesus Cristo e a iluminação do espírito na presença do Espírito Santo que, se no Budismo é a busca pela iluminação, no Cristianismo o Divino Espírito Santo simboliza a busca pela santificação do ser.

Na Umbanda e no Candomblé, Deus também se manifesta através de suas Divindades denominadas Orixás. E se no Budismo existe a busca pela iluminação através de Buda, no Cristianismo a busca da santificação do espírito através de Cristo, na Umbanda e no Candomblé existe a busca da naturalização do espírito através dos Orixás.

Na religião Ameríndia ou Indígena, também existe a manifestação de Deus, nomeado nela por Tupã e sua Corte Divina nomeada de espíritos ou Forças da natureza, ou seja, (deus do trovão ou Anhanguera, deusa da chuva, das arvores, etc).

A forma de culto pouco importa, porém todos são unânimes em dizer que a religião é um dos meios (Fé) por onde Deus manifesta-se

através de sua corte de Seres Divinos e os nomes desses seres pouco importam, mas toda tem sua classe de seres divinos ou ao menos um ser que traz em si a manifestação do Pai Criador e que na religião é sua porta voz.

Estamos comentando isso para que reflitam se em religião existe algo realmente novo?

Caros irmãos comentem ao menos uma religião que foge desse parâmetro que acabei de descrever. Em toda religião encontra-se algo em comum, por exemplo; toda religião tem um ou vários representantes encarnados, seja ele um papa, pajé, pastor, rabino, pai no santo, profetas, etc, e que são pessoas respeitadas em seu meio religioso e tem a missão de fornecer conhecimento e fundamentação religiosa a respeito de seu culto.

Peço mais uma vez caros irmãos, reflitam e perguntem se há alguma diferença em religião. Se não, vejamos mais outra coisa em comum, toda religião tem sua Gênese ou forma de interpretação de como Deus criou o mundo e os seres. Quando falamos em religião vale ressaltar que o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo são novos quando sabemos que a religião Egípcia, Grega ou Mesopotâmica, existe há mais tempo, sem falar nos cultos milenares chineses e japoneses, culto esses que se hoje representam festas folclóricas, porem sabemos que são restos imortais de religiões multi milenares como o culto aos dragões, culto esse que já foi recolhido no astral e ainda ressonam na mente atual da humanidade. É comum em toda religião a idolatria a algo que represente o Criador e toda religião tem ao menos um símbolo a regê-la, seja esse símbolo chamado de idolatria ou adoração de imagens ou a simbololatria que é a adoração a símbolos como altares com estrelas, Cruz (esse encontrado em muitas igrejas evangélicas), etc. Também temos a bibliolatria, que é o culto embasado em um livro santo, que é algo adorado como a manifestação do verbo divino ou palavra de Deus. Temos no Cristianismo a Bíblia, no Bramanismo o livro sagrado Mahabharata, no Hinduísmo o livro sagrado Rig-Veda, no Islamismo o Alcorão, no Zoroastrismo o livro sagrado Zend Avesta, etc. Sem falarmos no culto a lugares sagrados, tais como: Monte das Oliveiras (Cristianismo) Monte Olimpo (Religião Grega), Montanha sagrada onde Moises recebeu os mandamentos, as Cachoeiras de Oxum, etc.

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Irmãos onde esta a diferença entre as religiões? A diferença se existe, esta somente na

forma de culto a Deus, e como em Deus tudo é infinito, então infinita é sua criação e sua forma de manifestar-se, ou não é verdade que temos varias raças, vários trocos linguísticos, tem a fauna e a flora que são exuberantes e exemplos de diversidade e equilíbrio, têm diversas espécies de plantas, folhas, ervas, flores, arvores, etc, todas com uma finalidade e todas participantes no equilíbrio e manutenção do planeta. No reino animal a diversidade de criaturas é infinita e exuberante, uma mais incrível que a outra e todas com uma função especifica no equilíbrio da criação. Entre os seres humanos existem infinitas culturas cada uma com sua lógica e ordem para o equilíbrio e a harmonia do seu povo.

A palavra amor pode ser descrita de várias maneiras, falada em diversas línguas, porem seu sentido e sua essência permanece intocável, inviolável e eterno. Deus pode ser cultuado de diversas formas em todas as religiões, porém sua essência deve permanecer intacta e o Amor, sendo uma das sete virtudes divinas eternas e imutáveis, deve se fazer presente em todas as religiões, virtudes essas que são os sentimentos de tolerância, o amor, a fé, a fraternidade, a ética, a moral, a sabedoria, a humildade, a compaixão, o perdão etc, pois são infinito as formas virtuosas de Deus manifestar-se a partir do nosso intimo.

Agora, se existe alguma diferença em religião, essa diferença esta em nosso vicio em julgar algo que nos seja diferente ou estranho, esta em nosso preconceito, intolerância e fanatismo, esta em nossos sentimentos viciados e vazios que invertem a ordem virtuosa e positiva das coisas e, ai sim, desvirtuado, passamos a externar nossos desequilíbrios em nome de Deus e através de alguma religião, como cegos passamos a guiar outros cegos e desvirtuados, incitando-os a externarem seus desequilíbrios, tais como ódio, revolta,

fanatismo etc, imputando todos esses sentimentos viciados originados em nós a uma criação mental humana denominada de demônio, satanás, capeta, anjo caído etc, repassando para essa criação mental todos os motivos de nossos desequilíbrios, buscando assim uma fuga para nossos erros.

Caros irmãos, em pleno século XXI, não devemos nos deixar envolver por essa malha rota de ignorância, pois nós mesmos somos templos vivos de Deus e é através do nosso intimo, de nossas ações virtuosas que Ele manifesta-se. Vamos a outro exemplo:

Quando ajudamos alguém, essa pessoa ajudada geralmente diz: “Nossa você é um anjo de Deus que apareceu em minha vida”! Vamos refletir no que essa expressão de gratidão quer dizer-nos. Ora, a pessoa ajudada viu em você uma ação virtuosa e se Deus manifesta-se através de nossas ações virtuosas, então Deus manifestou-se através de você para ajudar aquele seu semelhante e através de sua ação ele sentiu a bondade de Deus, e você que ajudou, em contra partida sentiu o conforto divino que uma ação positiva proporciona. É claro, isso se você não se sentir “O cara” e seu ego não engoli-lo vivo.

É isso irmãos! Convido cada um de vocês que lê esse texto a seguinte reflexão: Há diferença em religião?

Peço a todos que reflitam e deixem cair sobre a terra os dogmas que paralisam e criam essa couraça em suas mentes e unam-se todos em um ecumenismo verdadeiro. Vamos reverenciar Deus através dos seus sentidos divinos e, de mãos dadas, vamos celebrar a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Razão, a Moral, a Sabedoria, a Vida e todas as virtudes que eleva o espírito, pois o direito de ser religioso é o dever de ser virtuoso. SARAVA UMBANDA

Enviado por Pablo Araújo. E-mail: [email protected]

FÉDUCAÇÃO – PORQUE EDUCAR É UM ATO DE AMOR

Espaço semanal dedicado a pais e educadores. Envie suas dúvidas ou sugestões para nosso correio eletrônico ([email protected]) e participe deste espaço criado especialmente para você.

A EDUCAÇÃO EM TODAS AS CORES

Em um bate papo dia desses, o também colunista deste jornal, Dauto Barros, sabiamente falou: “Se um dia você quiser melhorar o mundo, comece educando as crianças. Se um dia você

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quiser piorar o mundo, comece educando as crianças”. Esta é uma grande verdade: a educação é um dos mais poderosos instrumentos de transformação social: para o “bem” ou para o “mal”.

Embora possa nos parecer que promover a “educação” seja de responsabilidade única e exclusiva da instituição “escola”, o ato de educar está presente nos diversos segmentos da sociedade em que vivemos. Isso inclui desde a família até as diferentes mídias, passando pelas portas do comércio, da indústria e chegando até as instituições religiosas: cada um exercendo o papel que lhes cabe nestes processos sociais - de acordo com suas escolhas individuais ou coletivas – para o “bem” ou para o “mal”. E a perpetuação do preconceito, a meu ver, faz parte da segunda opção.

Esse momento de devaneio reflexivo recorda-me a lei N. 11.645/2008, que inclui no currículo oficial da rede nacional de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Esta magnifica iniciativa das autoridades nacionais, em vigor desde o ano de 2008, só não é mais bela devido à necessidade do uso da “obrigatoriedade”. É triste pensar que em pleno século XXI, ainda tenhamos que recorrer a esta palavra para falar de algo do qual deveríamos muito nos orgulhar: nossa identidade, que também é fruto de raízes africanas e indígenas.

Somos o resultado de uma “mistura” bem democrática: de todas as cores, de todas as etnias, de todas as culturas, de todos os credos, de todas as religiões. E como tal, devemos entender que as “conquistas” que tivemos, temos e teremos enquanto povo se deve a esta miscigenação, tão bela e tão importante. Valorizemos o que vem de todos: sejam brancos, negros, amarelos, vermelhos ou o nome que você quiser atribuir a cada uma das diferentes etnias da raça humana.

Mesmo com toda esta diversidade, a posição “pré-conceitual” de muitos membros de nossa sociedade, ainda existe. E para mudar a educação, temos que mudar a forma de pensar de muitas das pessoas que estão frente a ela – e isso inclui todos os segmentos sociais. Utópico demais para você, caro leitor? Então resta-nos a velha e boa “esperança” em acreditar que se nós, enquanto cidadãos, mudarmos nossa postura diante do mundo, a escola e as demais instituições sociais educativas (formais ou informais) também mudarão, devagar e sempre. Isso permitiria a introdução de novos conceitos, novas ações e novas perspectivas idealizadas através de uma nova educação de nossas crianças. Novas formas de educar resultarão em novos olhares, vindos de “novos” ou “velhos” membros que poderão formar uma sociedade mais justa, mais humana e igualitária. Para isso deixar de ser um sonho distante para se tornar o começo de uma possível realidade, o primeiro passo é quebrar nossos antigos e “preconceituosos” paradigmas internos e externos, iniciando-se pela forma nada amistosa com que muitos de nós vemos as raízes religiosas destes ou de quaisquer outros povos deste imenso mundo criado por Deus.

Souza e Souza (2008) afirmam que: “O preconceito relativo às práticas religiosas afro-brasileiras está profundamente arraigado na sociedade brasileira por estas estarem associadas a um grupo historicamente estigmatizado e excluído, os negros e os índios.” E você leitor, o que pensa sobre isso? Nós, da Féducação, acreditamos que todas as tradições místicas (religiões) que praticam a caridade, a bondade e buscam a Deus são sagradas e, portanto, merecem nosso respeito. E não há como falar das culturas afro-brasileira e indígena sem falar de suas crenças espirituais que, permitam um comentário à parte, são dignas de nossa admiração.

Mestre Rubens Saraceni, educador nato, Balorixá da Umbanda e médium com mais de 50 livros já publicados, em entrevista cedida ao nosso jornal, dá sua opinião sobre esta evolução no processo educacional de nosso país: “A cultura negra e a cultura indígena não faz muita separação no dia-a-dia entre o religioso e o profano. Eles entendem que a vida é o decorrer de um conjunto de coisas. A comida está associada à religiosidade, os hábitos familiares estão todos associados ao religioso na vida deste cidadão comum. Ele carrega o dia inteiro o seu colar no pescoço, seu amuleto de proteção. A vida dele é um todo, não é separado como nós fazemos hoje: à noite vou ao centro, durante o dia cuido do meu trabalho. Para eles continua sendo um todo (onde se preserva esta cultura) e as escolas brasileiras que adotarem este ensino. Espero que se aprofundem muito nestes aspectos. Isso é importantíssimo. Eu me lembro de que quando eu era criança, isso a 50 e poucos anos atrás porque estou com 60 anos, nós íamos à escola e logo no começo, terceiro ano, começávamos a estudar história. Tínhamos que saber quem era Napoleão Bonaparte, quem tinha sido Júlio Cesar, quem tinha sido Alexandre Magno e no ginásio a mesma coisa. Mas ninguém queria saber de onde vieram estes negros que hoje estão no Brasil, qual a raiz deles, o que aconteceu lá, suas histórias, porque eles são parte do povo. Tinha um grande estudo sobre a cultura grega. Claro que é necessário que se continuem esses estudos, eles são importantes, mas que se

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desenvolva um estudo profundo adaptado ao ginásio e ao colegial sobre a cultura africana e a cultura indígena brasileira e sul americana também. Eu acho muito positivo e parabéns a quem batalhou por essa iniciativa.”.

As palavras do Mestre Rubens Saraceni nos inspiram a “apreender” uma importante lição: todos somos iguais perante a lei de Deus e a lei dos homens (a constituição nacional e a declaração dos direitos humanos nos garante o cumprimento desta segunda). Valorizemos então todas as “sabedorias” – a educação é de todas as cores. Todos somos importantes, todos temos o que aprender e ensinar uns aos outros, sem distinção. E viva O RESPEITO à diversidade!

Enviado por: Juliana de Paula*

* Juliana de Paula é Pedagoga pela Universidade de São Paulo. Consultora pedagógica, educomunicadora, terapeuta naturista, conferencista e responsável pela divulgação no Brasil do Projeto Mundial “Féducação”, um novo conceito pedagógico criado por ULRICH HARLAN (B. A. Paramadvaiti Swami), baseado no amor, respeito próprio e liberdade. Acesse: http://feducacaobrasil.blogspot.com/ e http://centrodecuraplanetaria.blogspot.com/

SÚPLICA DE EXU - EXÚ TIRIRI

Súplica psicografada por A.J. Castro da Cabana de Lázaro Enviado por: Alexandre Cumino

Sou Exú, Senhor!

Pai, permita que assim Te chame, pois na realidade, Tu és como é, meu Criador. Formastes-me da poeira astral, mas... como tudo provém de Ti, sou real e eterno. Permite Senhor, que eu possa servir-Te nas mais humildes e desprezíveis tarefas criadas pelos teus humanos filhos. Os homens me tratam de Anjo Decaído, de Povo Traidor e Rei das Trevas, de Gênio do Mal e tudo mais em que encontram palavras para exprimir o seu desprezo por mim. No

entanto, nem suspeitam: QUE NADA MAIS SOU QUE O REFLEXO DE SI MESMOS.

Não reclamo. Não me queixo porque esta é a Tua vontade. Sou escorraçado, condenado a habitar as profundezas escuras da terra e a trafegar pelas sendas tortuosas da provação.

Sou invocado pela inconsciência dos homens a prejudicar o seu semelhante, sou usado como instrumento para aniquilar aqueles que são odiados, providos pela covardia e maldade humana,

sem, contudo poder negar-me ou recorrer.

Pelos pensamentos dos inconscientes sou arrastado a exercer a descrença, a confusão e a ignomínia, pois esta é a condição que Tu me impuseste.

Não reclamo Senhor! Mas fico triste por ver Teus filhos, que criaste à Tua imagem e semelhança, serem envolvidos pelos turbilhões de iniquidades que eles mesmos criam, e eu, por Tua lei inflexível, delas tenho que participar. No entanto Senhor, na minha infinita pequenez e miséria, como me sinto grande e feliz, quando encontro em algum coração, um oásis de amor e sou solicitado a ajudar na

prestação de uma caridade.

Aceito sem queixumes Senhor, a lei que na Tua infinita sabedoria e justiça, me impuseste: a do executor de consciências, mas lamento e sofro mais porque os homens até hoje não conseguiram

compreender-me. Peço-Te, ó Pai infinito, que lhes perdoe. Peço-Te não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da minha provação, mas por eles, os

Teus humanos filhos. Perdoa-os e torna-os bons porque somente através da bondade de seus corações poderei sentir a vibração de Teu amor e a graça do Teu perdão.

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MARIA PADILHA RAINHA DO CABARÉ

Esse relato que vou contar é um fato que envolve espiritismo, vidas passadas e o presente no qual eu vivo. Esse acontecimento me foi revelado há algum tempo e resolvi escrevê-lo.

Dedico esse livro as pessoas que acreditam em reencarnação, para as que não acreditam porem são sensíveis.

Narrado por: Maria Padilha Rainha do Cabaré.

CAPÍTULO I

Dona do Cabaré

Tudo aconteceu no século XVIII em uma época que as mulheres eram obrigadas a se casarem com quem os seus pais escolhessem e sempre alguma não aceitava, fugindo. Geralmente eram apaixonadas por outro que não eram do agrado de seus pais ou que eram casados.

Quando isso acontecia o fim delas era o Bordel (Prostíbulo). Elas eram atiradas na rua por seus pais e deserdadas, algumas eram mandadas

para algum convento. As que fugiam ou eram atiradas na rua se tornavam mulheres da vida ainda bem jovens, com 13, 14, 15,16 anos.

Uma delas faz parte influente na minha história e vida. Ela se tornou dona de um Cabaré de luxo, onde só frequentavam homens ricos e poderosos

da época; como todas elas, eu era apaixonada por um homem que era casado, mantinha um romance secreto com ele. Não muito secreto, pois havia alguns que sabiam.

Seu nome era Alice e o dele Matias. O Bordel dela era riquíssimo e possuía também uma fazenda e outras propriedades, tinha

empregados e escravos, era realmente rica, porém infeliz, pois o que ela mais queria era o seu amor ao seu lado e esse ela não tinha. Era generosa, boa para quem merecia e muito má para quem não lhe agradava , sendo inimigo dela. Ao mesmo tempo em que era muito boa, era capaz das piores maldades com quem lhe atravessasse o caminho.

Talvez fosse por tudo que ela já tinha passado na vida com tão pouca idade, se tornou má desse jeito.

Quanto sua aparência era alta, esbelta, loira de olhos azuis; muito bonita que encantava com sua beleza principalmente aos homens e desagradava muito às mulheres casadas e noivas.

Possuía um criado de confiança com quem falava sobre seu amado e lhe servia como pombo correio levando seus recados e ajudando nos encontros dos dois. Era mais que um empregado era um amigo, era o capataz da fazenda dela, tomava conta dos escravos e empregados.

Também sabia do seu romance com Matias e era como um amigo para ela. Levava seus recados e marcava os encontros. Possuía também uma escrava que era sua mucama, cuidava de seus pertences pessoais, a ouvia e a acompanhava para todos os lugares, era uma amiga para ela.

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NÚCLEO UMBANDISTA E MAGIA DIVINA PAI TOMÉ DE ANGOLA

E-mail: [email protected] Site: http://paitomedeangola.webnode.com.br

Quando nascemos neste plano material não temos a noção do que vamos viver ou enfrentar em nossa vida terrena, apenas temos de viver e caminhar por cada fase de nossa vida, pois sempre somos guiados por forças universais e cósmicas que estão interligadas em toda nossa existência do nosso ser imortal, porém sempre seguindo os desígnios do Senhor dos Destinos, que é nosso Divino Criador, pois cada forma existente tem seu próprio propósito. As fases que vivemos neste plano nos trazem experiências e o amadurecimento que nos ensina compreendermos um pouco melhor a nossa existência.

Abaixo descrevo um resumo de fatos importantes que me marcaram nas fases de meu nascimento, adolescência e maturidade. Nascimento.

Nasci no dia 11 de maio de1973, na cidade de Americana, interior de São Paulo, no horário da 00h00min (Meia Noite) do domingo. Para relatar o meu nascimento tenho que descrever um pouco a jornada de minha Mãe. Minha mãe desde criança e ao longo da sua vida adulta sempre teve muitos problemas espirituais como desmaios, fortes dores de cabeça, sintomas desconhecidos e ataques de hostilidades. Minha avó encontrou uma benzedeira que com suas rezas amenizaram esses eventos, aos 17 anos ela casou e engravidou, e esses eventos voltaram mais fortes durante toda a gravidez. Do 8º para o 9º mês se iniciou meu parto que começou às 19 horas e foi até as 00h00min em ponto, sendo um parto muito difícil, pois na hora do nascimento ocorreram várias complicações: problema com cordão umbilical, também mudei de posição e acabei ficando preso nas costelas onde tiveram de deslocar a mesma, numa certa altura do parto os médicos falaram entre si que não teriam sucesso e poderiam perder os dois, pois nós estávamos correndo sérios riscos. O fato mais estranho e sem explicação foi quando os médicos estavam prontos para desistirem de tirar-me com vida e minha mãe que estava adormecida acordou e pediu aos prantos para que eles não desistissem de mim que ela aguentaria. Sem explicação se manteve acordada até o meu nascimento que acabou ocorrendo a 00h00min, aquele dia coincidiu de ser o domingo do dia das mães, foi muito emocionante e a equipe médica vibrou com a vitória, tanto que, uma das enfermeiras que estava presente deu-me uma bíblia que contém a assinatura de todos os que estavam envolvidos no parto, onde guardo até hoje. Depois de um tempo minha mãe teve mais dois filhos sem problema algum e somos hoje em três irmãos. Adolescência:

A minha adolescência foi muito difícil, pois era uma criança que sofria de bronquite asmática e por isso passava a maior parte do tempo internado, porém o pior não era crise de bronquite e sim uma forte obsessão de espíritos trevosos que tomavam a minha mãe aonde ela chegava a quebrar várias coisas e muita vez batia em mim e nos meus irmãos, depois desmaiava e chegava há ficar dois dias desacorda, nessa época ela trabalhava em um terreiro e quando isso ocorria tínhamos de chamar a Mãe-de-santo dela para fazer uma prece que trazia a preta-velha dela Mãe Maria de Aruanda, onde as coisas melhoravam por algum tempo. Aos 13 anos eu fui ao terreiro que minha mãe trabalhava e fui assistido por um guia espiritual dela que se denominava Maria Padilha dos 7 Cruzeiros, e recebi dela a orientação de que eu tinha de pegar a minha bíblia que tinha ganhado em meu nascimento e ler ela toda em nome das santas almas do cemitério que assim as crises diminuiriam. Depois daquele trabalho eu e minha mãe começamos a ler, porém foi muito difícil, algumas vezes, quando minha mãe estava lendo comigo, espíritos trevosos tomavam ela, xingavam

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algum tempo, depois vinha o espírito que se denominava Maria Padilha e ficava até eu ler o trecho daquele dia. Quando terminava vinha outro espírito, uma Preta-Velha, onde me acalmava porque eu sempre estava chorando. Isso foi por algum tempo e quando terminamos de ler a bíblia toda, apareceu na vida de minha mãe uma mulher que benzia. Ela me curou da bronquite, afastou os espíritos trevosos e por um período de 7 anos minha mãe deixou de ter as crises. Que foi dos meus 15 aos 22 anos.

MATURIDADE

Terreiro de Umbanda/Candomblé Devido aos acontecimentos na infância e experiências que passei com

minha mãe eu nunca quis desenvolver a espiritualidade e em meados de 1996 conheci uma moça que entrava em minha vida com uma grande importância (onde namoramos durante sete anos e casamos em 2001). Neste mesmo ano minha mãe conheceu um Terreiro de Umbanda/Candomblé, onde comecei a

trabalhar. Porém começaram surgir vários problemas e em uma gira de esquerda de descarrego/desobsessão um médium que estava incorporado com um obsessor chegou a machucar o braço de minha namorada deixando fortes hematomas e luxações. O centro entrou em decadências com vários conflitos e confusões. Fora a falta de interesse em dar explicações, pois tudo não podia ou não era hora para saber e se teimássemos em querer saber tínhamos que deitar uma camarinha (deitar para o santo) para saber. Certo dia, em uma gira da esquerda, eu incorporei um espírito que se apresentou como Exu Guardião Marabô onde minha esposa estava cambonando e disse que tudo ali estava errado e que deveríamos sair e nunca mais voltar. Pediu que aguardássemos a orientação do Preto-velho que iria passar uma nova jornada para nós em nossa casa; seguimos a orientação e saímos do centro. Logo em seguida começaram a ocorrerem diversos problemas: falta de emprego, dificuldades financeiras, minha esposa engravidou algumas vezes e perdeu todas elas e nós não tínhamos ninguém para nos orientar. Num certo dia se manifestou o Preto-velho Pai Tomé de Angola onde pediu para trabalharmos a cada quinze dias em um dos cômodos de nossa casa. Dois protetores começaram a se manifestar: o Preto Velho Pai Tomé de Angola e a Baiana Maria Bonita. Eu e minha esposa revezávamos para cambonar e assim foi por um período. Como nós não íamos a lugar algum, um conhecido nosso tinha falado de um curso das velas que ele tinha feito e era muito bom e que ficava em São Paulo. Porém devido às grandes dificuldades financeiras não demos importância.

O encontro com a Magia Divina das 7 Chamas e a Umbanda Sagrada.

Depois de um tempo em uma determinada reunião, o Preto-velho Pai Tomé disse que nós deveríamos procurar o curso das velas que um dia tinha nos sido dito e disse também que não seria fácil, porém deveríamos ser perseverantes, pois passaríamos por novos problemas. Em final do ano de 2003 e inicio de 2004 conhecemos o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda e começamos a fazer o curso das Sete Chamas Sagradas. Neste mesmo período abriu o curso de Sacerdócio de Umbanda Sagrada, nós não tínhamos carro e conseguimos ingressar em uma van de uma cidade do interior que passava em Americana, porém nós vinhamos no sábado de manhã, entrávamos as 10h00min e saímos as 22h00min era uma verdadeira maratona, fizemos isso nos dois anos que durou o sacerdócio. Quando pensávamos que enfim encontraríamos a paz e tranquilidade para seguir a espiritualidade, surgiram outros fortes problemas que nos marcaram profundamente.

Abandono dos Familiares e amigos, por causa do estudo da Umbanda Sagrada.

Ao iniciarmos no estudo do sacerdócio, começaram surgir fortes problemas, pois alguns amigos e familiares que trabalhavam em centros em Americana começaram a nos perseguir devido nós estarmos estudando no Colégio. Essas pessoas falavam que a Umbanda não está nos livros e médium que é médium, não precisava fazer curso nenhum para trabalhar com os guias. Nós não discutíamos, simplesmente nos afastamos de todos e continuamos nossa jornada. Os familiares se

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revoltaram porque sempre que tinha uma comemoração dos sábados, nós não estávamos presentes, pois estávamos em São Paulo. Ai eles não aceitavam e não respeitavam nossa decisão. Porém não deixamos que esses problemas barrassem nossos objetivos.

As coisas começaram a melhorar gradativamente, porém as dificuldades financeiras ainda eram grandes, porque a viagem para São Paulo todos os sábado pesava em nosso orçamento. Neste tempo os protetores começaram trabalhar todas as sextas-feiras com todas as linhas de trabalho. Os primeiros livros que compramos a pedido do protetor foram Código da Umbanda Sagrada e Guardião da Meia Noite, onde falaram que tínhamos de estudar, para lá na frente abrirmos o Núcleo, nós não questionamos, porém achávamos impossível essa ideia se realizar, mas seguimos toda a orientação à risca.

No inicio de 2006 terminávamos o curso de Sacerdócio e fundamos em 27/07/2006 o Núcleo Umbandista e Magia Divina Pai Tomé de Angola. Neste inicio não tínhamos nenhum médium, era eu e a mãe Daiane, que tocava curimba. Devido a diversos problemas acabamos nos separando, porém mantivemos firme não deixamos que o fim do nosso casamento pudesse atrapalhar a trajetória e nem a nossa amizade, que é muito forte. O tempo foi passando e cinco anos depois de termos ingressado na egrégora da Umbanda Sagrada, em 2011, mudamos para um local maior e hoje temos 56 médiuns. Hoje minha ex-esposa está casada novamente com o seu marido Fábio Ferreira, e eu estou casado com a minha esposa Rosana N. B. Sousa e todos aqueles problemas foram superados e nós vivemos hoje em plena paz e harmonia. Continuamos trabalhando todos juntos. Já alcançamos 16 graus de magia e depois desses anos de prática, ministramos os cursos da Magia do Fogo, das Ervas e dos Raios e o curso de Teologia de Umbanda Sagrada. Nós somos gratos pelo grande esforço do Mestre e Pai Rubens de ter acreditado em suas forças divinas, que através do colégio fomos acolhidos e colocados num caminho que está nos trazendo paz, prosperidade, amor e solidez.

Enviado por: Enéas Cardoso

OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA.

UM POUCO SOBRE O USO DAS ERVAS

Na liturgia e nos rituais de Umbanda, vemos o uso de ervas seja na forma de amacis,

imantações, banhos de descarga, etc. Isso porque as ervas detêm grande quantidade de energia vital, no elemento vegetal, que através de suas combinações podem produzir determinado efeito positivo ou negativo, como tudo que é energia no Universo.

As ervas possuem forte poder para atuarem em nossa aura, em nosso campo energético, fato este já conhecido pelos indígenas e demais povos ancestrais que já as utilizavam para diversos fins.

Como já dito, através do uso de sua energia as ervas podem ser classificadas quanto aos seus efeitos, sejam positivos, negativos ou neutros. Diante desse conhecimento, a Umbanda utiliza-se desse elemento para desenvolver seus rituais, seus descarregos, curas ou fortalecimentos, tudo comandado pelas entidades espirituais que determinam o uso apropriado do elemento vegetal conforme o caso.

Uma das formas de utilização das ervas na Umbanda, são na forma de banho. Os banhos de descarrego são usados para eliminar vibrações negativas, limpando o períspirito de miasmas negativos, magia negativa ou mesmo da influência de obsessores. Os banhos de fixação, para adquirir vibrações positivas, vitalizando os chacras do médium de energia positiva para fortalecimento dos processos mediúnicos ou de ligação do espírito encarnado com seus guias e entidades atuantes.

Os usos destes banhos são de grande importância e dependem do conhecimento e uso de ervas e raízes, nas suas diferentes qualidades e afinidades, que devem entrar na composição dos mesmos, não se podendo facilitar quanto a isso.

Geralmente para banhos deve usar as ervas frescas, e este deve ser preparado dentro de um ritual, o qual consiste em:

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1. Nunca ferver as folhas junto com a água. 2. As folhas devem ser maceradas ou quinadas e colocadas em vasilhas de louça, ágata ou potes de barro. 3. Em alguns casos, quando não houver necessidade de água quente, as ervas devem ser quinadas diretamente sobre a água. 4. É conveniente usar sempre água de boa qualidade, como pôr exemplo: água de mina, de poço ou água mineral.

Ocorre uma diferenciação, também, na forma em que se deve tomar o banho. No de descarrego, deve-se molhar do pescoço para baixo, jamais a cabeça; já no banho de fixação, este deve ser tomado de corpo inteiro. Não se deve enxugar o corpo totalmente após os banhos indicados na Umbanda, para que haja maior captação ou eliminação da energia propiciada pelas ervas usadas no banho. Deve-se, após o banho, as ervas utilizadas serem jogadas, de preferência em lugares de água corrente, como rios ou mar.

Há banhos para todos os Orixás e Entidades e muitos banhos têm dia e hora certos para tomar. As ervas são também usadas no ritual do amaci.

Amaci é um banho de ervas que se faz no médium iniciante na Umbanda com as ervas específicas do Orixá de cabeça do médium, este banho é dado inclusive na cabeça do médium e tem a finalidade de limpar o campo astral e preparar o médium para entrar na corrente mediúnica, é uma preparação, uma espécie de primeira confirmação do médium na corrente mediúnica, é um vínculo energético do médium com o seu Orixá, com a casa e com o seu Pai no Santo porque somente o Pai no Santo pode dar este banho (entendam banho, como sendo a colocação do amaci na coroa do médium) e colocar a mão na cabeça do médium.

A partir deste ponto o médium é um médium de Umbanda e está energeticamente vinculado ao seu Orixá.

Também visa propiciar ao médium maior contato com seus Orixás de Coroa, devendo o dirigente do templo colher as ervas de todos os Orixás, uma de cada pelo menos, e colocá-las quinadas dentro do preparo que será feito com as quatro águas (mar, cachoeira, chuva e fonte/mineral), com três dias de antecedência do Ritual do Amaci.

Além do amaci conforme descrito anteriormente, ao qual o médium se submete ao entrar para um Templo de Umbanda, anualmente é feito este ritual com a finalidade de preparar o médium para receber as energias vibrantes do terreiro, além de oferecer ao filho de fé a limpeza de seu campo áurico, bem como, confirmar as entidades trabalhadoras da coroa daquele médium.

AS ERVAS DOS ORIXÁS

Abaixo estão relacionadas as ervas mais conhecidas e usadas na Umbanda para banhos e outras finalidades.

Oxalá - Boldo ou Tapete de Oxalá; Saião ou Folha da Costa; Manjericão ou Alfavaca Branca; Sândalo; Patchuli; Colônia; Alfazema; Algodoeiro; Capim Limão; Girassol; Maracujá; Jasmim; Erva Cidreira, entre outras. Xangô - Levante ou alevante; Quebra-Pedra; Fortuna; Erva Lírio; Pata de Vaca; Para Raio; Gervão Roxo; Manjericão Branco; Erva de Santa Maria; Malva Branca; Sucupira; Limoeiro; Café; Alecrim do Mato, entre outras. Ogum - Espada de São Jorge; Peregum Folhas Amarelas e Verdes; São Gonçalinho; Aroeira; Vence-Demanda; Comigo Ninguém Pode; Romã; Jurubeba; Mangueira; Pinheiro; Goiabeira; Abacateiro; Canela, entre outras. Obaluaiê (Omulu) - Hera; Canela de Velho; Assa-Peixe; Erva-de-Passarinho; Levante ou Alevante; Jurubeba; Manjericão Roxo; Camomila; Babosa; Mamona Branca; Aroeira; Jamelão; Carnaúba, entre outras. Yemanjá - Manjericão; Colônia; Saião; Levante; Jasmim; Malva Rosa; Lágrimas de Nossa Senhora; Pata de Vaca; Parreira; Camomila ou Macela; Poejo; Trevo; Violeta; Boldo; Alaga Marinha; Gerânio, entre outras. Oxóssi - Alecrim do Campo; Peregun Verde; Mangueira; Chapéu de Coro; Abre Caminho; Vence-Demandas; Jureminha; Erva Doce; Pitangueira; Romã; Sabugueiro; Malva Rosa; Levante; Capim Limão; Violeta, entre outras. Nanã - Erva Quaresma; Manjericão; Agoniada; Mostarda; Agrião; Bertalha; Espinafre; Hortênsia; Cedinho; Erva-Cidreira; Camomila; Berinjela; Erva-Mate; Avenca; Jaqueira; Cavalinha, entre outras.

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Oxum - Jasmim; Erva Cidreira; Colônia; Agoniada; Camomila; Lágrimas de Nossa Senhora; Erva Doce; Lírio Amarelo; Mamão; Boldo; Vitória Régia; Gengibre; Melancia; Agrião; Melão; Coentro; Celidônia, entre outras. Yansã – Para Raio; Dormideira; Erva Santa Bárbara; Cana do Brejo; Erva Prata; Gervão Roxo; Anil; Violeta; Losna; Arruda; Orquídea; Mal me quer; Alfazema; Anil; Cipó Azougue; Alfazema de Caboclo, entre outras. Ibeji - Amoreira; Anil; Alfazema; Abre-Caminhos; Parreira; Colônia; Erva-Cidreira; Pitangueira; Camomila; Erva Doce; Cajá; Morango; Capim Limão; Lírio; Benjoim; Tangerina; Fruta de Conde; Hortelão, entre outras. Exú - Vassourinha; Fumo; Babosa; Tiririca; Bananeira; Pinhão Roxo; Vence-Demandas; Comigo-Ninguém-

Pode; Jurubeba; Urtiga; Amendoeira; Bambu, entre outras. ERVAS PARA AFASTAR MAUS ESPÍRITOS São usadas para fazer Sacudimentos de Pessoas e Ambientes como: Losna; Cipó; Comigo-Ninguém-Pode; Fumo; Alho; Crisântemo; Bananeira; Abre-Caminhos; Espada de São Jorge; Pinhão Roxo; Guiné; Mamona, entre outras. ERVAS PARA AMULETO Usadas com a finalidade de Proteção e Segurança, são as seguintes: Alfavaca ou Manjericão; Guiné; Arruda; Indirí; Alecrim; Canela Preta; Espada de São Jorge, entre outras. ERVAS CONTRA FEITIÇOS Betônica; Briônia, entre outras. ERVAS PARA TRABALHO Tais como Imantação de Otás, Materiais de Culto, para o ORI, são elas: Obi; Orobô; Urucum; Dandá; Erva de Passarinho; Pimenta; Bejerecum; Bálsamo de Tolu; Choupo; Amansa-Besta; Canela; Aridam, entre outras.

O Guardião da Meia-Noite

Por Rubens Saraceni, inspirado por Pai Benedito de Aruanda

Guardião da Meia-Noite, seja bem-vindo! Leitores, é chegado o momento de conhecer este magnífico

romance de Luz, psicografado pelo grande Mestre Rubens Saraceni, inspirado por Pai Benedito de Aruanda.

Ao ler esta obra, você estará entrando num mundo que deve ser sentido, explorado e vivido e que tem a intenção de fazê-lo evoluir na sabedoria do conhecimento Divino.

A busca de um homem por sua alma perdida nas transgressões à Lei Divina.

Caminhos de Luz e Trevas rumo ao Criador.

Um nobre rico e poderoso, mas extremamente cruel, paga pelos seus atos.

Seu corpo na morte se converte em sua prisão, julgado pelos vivos e condenado pelos mortos... Mas das trevas nasce a luz!

O Guardião, sentinela da meia-noite, torna-se por seus méritos um servidor da Lei Divina. É este o enredo deste maravilhoso trabalho. Leia... você não vai se arrepender!

Site: www.lojadaradio.com.br

E-mail: [email protected]

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DELEGADOS DO RIO PARTICIPAM DE CURSO PARA APRENDER A

LIDAR COM CRIMES DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Delegados de Polícia Civil de todo o estado do Rio de Janeiro participaram, no dia 31 de maio, de um seminário de capacitação, com o objetivo de ensiná-los a lidar com a intolerância religiosa. O curso foi uma ideia da própria Polícia Civil e da organização não governamental Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio. Segundo a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, a instituição já conta com um núcleo de combate à intolerância religiosa, mas o objetivo do seminário é conscientizar todos os delegados fluminenses sobre a importância de se aplicar a Lei 7.716 de 1989 (Lei Caó), que prevê pena de até três anos de prisão para aqueles que cometam crimes contra a religião de outras pessoas.

“A verdade é que hoje estamos estendendo a toda a Polícia Civil, de todo o estado, essa qualificação, para que em todos os lugares do Rio um policial civil seja capaz de identificar um fato que tenha o viés da intolerância religiosa”, disse Martha Rocha. Segundo Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, os crimes contra a religião têm aumentado nos últimos anos no Brasil e também, especificamente, no Rio de Janeiro.

“Muitos delegados ainda não sabem como lidar com esse crime. Muitos o minimizam. Alguns, por sua própria convicção religiosa, acabam não aceitando o crime. Mas o Estado é laico e a polícia é a mantenedora do Estado Democrático de Direito. A polícia pode contribuir para que esse tipo de atitude não crie um desequilíbrio na sociedade”, disse Ivanir dos Santos.

Os policiais assistiram a vídeos e palestras e receberam uma cartilha que ensina como os delegados devem lidar com a intolerância religiosa. Fonte: Agência Brasil, em 31/05/2011.

Enviado por: EDENIR SANTOS

CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (OMS) INCLUI

INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS.

Enviado por: Nenl Capc E-mail: [email protected]

Medicina reconhece obsessão espiritual

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra: Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta

pelo resto da vida. Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também.

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade. Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico

psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP: A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores,

escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo

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e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: Mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (HOJE OBRIGATÓRIA) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo. Confira no site: http://cid10.cxpass.net/ E digite no campo “código CID”: f44.3

Adquira o seu CD através do site: www.sambadejorge.com.br pelo e-mail: produçã[email protected] ou pelo telefone: (11) 8105.4700

Produzido por DUDU DU BANJO, COELHO RESENDE E AUGUSTO ALBUQUERQUE

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COINCIDENCIAS OU NÃO?

Uma rodela de cenoura parece um olho humano. A pupila, a íris e as linhas raiadas são semelhantes ao do olho humano... E sim, a ciência agora mostra que a cenoura fortalece a circulação sanguínea e o funcionamento dos olhos.

Um tomate tem quatro câmaras e é vermelho. O coração é vermelho e têm quatro câmaras. Toda a investigação mostra que o tomate é de fato um puro alimento para o coração e para a circulação sanguínea.

As uvas crescem em cacho que tem a forma de coração. Cada uva assemelha-se a uma célula sanguínea e toda a investigação atual mostra que as uvas são também um alimento profundamente vitalizador para o coração e sangue.

Os feijões são exatamente idênticos aos rins humanos e realmente ajudam na cura e na manutenção da função renal.

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Abacates, berinjelas e peras são parecidos com o ventre e cervix feminino e realmente ajudam à saúde e funcionamento destes. Atualmente a investigação mostra que quando uma mulher come um abacate por semana, equilibra os hormônios, não acumula gordura indesejada na gravidez e previne cancros cervicais. E que profundo é isto?... Demora exatamente 9 meses para cultivar um abacate da flor a fruta.

Uma noz parece um pequeno cérebro com hemisférios esquerdo e direito, corpo caloso, giros, sulcos e cerebelo. Agora sabemos que as nozes ajudam na formação de vários neurotransmissores para o funcionamento do cérebro.

O aipo o ruibarbo e outros são semelhantes a ossos. Estes alimentos atingem especificamente a força dos ossos. Os ossos são compostos por aproximadamente 23% de cálcio e estes alimentos têm aproximadamente 23% de cálcio. Se não tiver cálcio suficiente na sua dieta o organismo retira cálcio dos ossos, deixando-os fracos. Estes alimentos reabastecem as necessidades do esqueleto.

Figos estão cheios de estames e pistilos semelhantes ao espermatozoide que estão pendurados aos pares quando crescem. Os figos aumentam os números de espermatozoides, aumentam sua mobilidade assim como ajudam a ultrapassar a esterilidade masculina.

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As batatas doces são idênticas ao pâncreas e de fato equilibram o índice glicémico de diabéticos, principalmente a batata doce yacom.

Azeitonas são semelhantes aos ovários e de fato ajudam na saúde e funcionamento dos ovários.

Laranjas, toranjas, limão e outros cítricos assemelham-se a glândulas mamárias femininas e realmente

ajudam à saúde das mamas e à circulação linfática, dentro e fora das mamas.

As cebolas parecem células do corpo. A investigação atual mostra que a cebola ajuda a limpar

materiais excedentes de todas as células corporais. Até produzem lágrimas que lavam as

camadas epiteliais dos olhos...

Enviado por: Adroaldo E. R. Santos E-mail: [email protected]

UMBANDA – SEMENTE DE VIDA E AMOR NO UNIVERSO

Somos eternos e privilegiados aprendizes das Leis Divinas. Foi-nos permitido aprender

sempre: na escola e em casa, com erros e acertos; com conhecidos e desconhecidos, na alegria e na dor; com quem menos imaginamos e conosco mesmos; com crianças, velhos e adultos; com animais e plantas; e, com a vivência em sociedade.

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Por merecimento, reencarnamos neste mundo de expiações e provas, com o objetivo de melhorarmos nossa índole, nossa essência e recebemos a oportunidade de nos conscientizarmos do prejuízo com o tempo perdido, com guerras, disputas e desentendimentos, para revermos nossas atitudes, vigiarmos nossos pensamentos, aprimorarmos nossos sentimentos, aprendermos a amar nossos semelhantes e, ainda, outorgados a dividir com outras pessoas essa maravilhosa experiência de amar, respeitar e honrar todas as formas de vida.

Nossa vida pode ser traduzida como capítulos de um livro, escrito sem ensaios nem borrachas, e deve ser conduzida sem pretensões de fartas colheitas no plano terreno.

Um livro com histórias bonitas e com finais felizes. Outras com novas histórias, feias e tristes, com batalhas desnecessárias, por motivos fúteis que, às vezes, até interrompem, momentaneamente, nossa evolução, nos desviando de pessoas queridas e do caminho escolhido.

Alguns capítulos que nos honram pela felicidade expressada por gestos simples, inesperados e delicados. Há alguns que nos envergonham pela estupidez dos nossos atos impensados e imaturos, mas, todos eles fazem parte do livro que escrevemos, nas páginas entregues a nós, por Pai Olorum, para darmos continuidade a nossa existência nesse plano terreno, utilizando a bagagem trazida durante nosso processo evolutivo.

Essa história tem alguns co autores, amigos espirituais que, quando permitimos, nos auxiliam a não repetirmos tanto os erros passados. São como gotas de luzes coloridas e cristalinas que aliviam nossas dores e guiam nossa jornada. São Prepostos do Divino Criador, que recebem a feliz missão de partilhar conosco a nossa caminhada Divina.

Encontramos pelo caminho muitas pessoas, que também são parte do Todo e representam, assim como nós, uma centelha Divina. Algumas com muitas perguntas e poucas respostas, muitas verdades e pouca humildade, muita soberbia e pouca sabedoria, muito sucesso e pouco conhecimento. Outras buscam o brilho das estrelas sem conhecer a noite, sonham com a luz, sem conhecer o sol, querendo alçar altos voos, sem saber caminhar.

São personalidades distintas: doentes ou saudáveis, delicadas ou cruéis, honestas ou cínicas, amáveis ou abomináveis, sinceras ou maquiavélicas, leais ou perversas, mas sempre as encontramos.

As personalidades que se farão presentes ao nosso lado, serão frutos do retorno daquilo que conseguimos construir em nossa própria existência, daqueles que atraímos e fidelizamos como nossa companhia.

A Lei da afinidade e a Lei do retorno são realidades. Verdadeiras dádivas do Pai Maior que, incentivam nossa evolução através do livre arbítrio, que nos permitem identificar, reconhecer e optar pelas personalidades com quem queremos aprender, conviver e compartilhar a caminhada.

A colheita nem sempre é estável, farta e com resultados abundantes e esperados. Às vezes não colhemos frutos saudáveis, saborosos e de fácil degustação, mas sempre são atribuídos a nós, pelas sementes que plantarmos, frutos semelhantes aos que doamos e alimentamos quem se aproxima, muitas vezes, sedento de luz, implorando uma gota de amor, buscando uma fagulha de conhecimento, faminto por um gesto de carinho.

Quando as sementes são entregues a nós por Pai Olorum para serem cultivadas, a colheita é certa. O fruto em desenvolvimento deve ser tratado com amor e cuidado. A opção é dele, mas, certamente, terá uma oportunidade real para amadurecer e se tornar salutar para alimentar outros semelhantes com o efeito grandioso dos seus humildes gestos de amor, sentimentos reais de fé e caridade, assimilados e vivenciados diariamente.

Mas, quando a semente é desprezada e o fruto é mal direcionado ou maltratado, pode não só se perder no meio da plantação, como contaminar outros imaturos, despreparados e sensíveis às ervas daninhas.

Aprendemos, com lições muitas vezes duras, a respeitar o limite de cada ser humano, sem exigir crescimento, desenvolvimento ou que aceitem as nossas verdades, sem exigir o que ele não consegue nos conceder. Afinal, o ser humano só consegue doar aquilo que tem e não aquilo que esperamos de cada um.

A reencarnação é isso: uma oportunidade de resgates, de reencontros, de crescimento, de culto ao amor ao próximo e nos faz acreditar que sempre é tempo de recomeçar e recuperar espíritos desequilibrados e equivocados, dentro da Lei Maior, da Justiça Divina e do merecimento de cada um, naturalmente, se esses irmãos, em processo de conscientização, se deixarem conduzir pelas luzes Divinas enviadas por Pai Olorum, caso contrário, a colheita para eles, também é certa!

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Por isso, meus irmãos, filhos amados da Seara de Pai Olorum, não precisamos conviver, mas, necessariamente, deixemo-nos contagiar pela arte de amar ao próximo, independente da condição apresentada por eles, sejam afins ou não aos nossos conceitos de vida, pois, somente assim, estaremos aprendendo e contribuindo verdadeiramente para a evolução do Todo, fortalecendo a corrente de amor, do bem, da caridade, da fraternidade, da justiça e da fé difundidos pela Umbanda Sagrada.

É fácil amar quem nos ama, abraçar quem nos abraça, concordar com quem concorda conosco; cuidar, zelar e proteger aqueles que estão sob nossos cuidados; e, ensinar quem silencia diante das nossas palavras.

O mérito está em conseguirmos fazer tudo isso com aqueles que estão desequilibrados, discordam, questionam, divergem, provocam e desafiam. Aí sim, estaremos participando ativamente e auxiliando em todo esse processo magnífico de reconstrução astral, de evolução pessoal, crescimento individual que refletirá diretamente na qualidade das relações humanas, permitindo que todos façam sua reforma íntima, se conheçam verdadeiramente, busquem melhoramento contínuo, resgatem seus débitos, não repitam suas falhas e conduzam de maneira equilibrada seus atos, sentimentos e pensamentos.

Dessa forma, poderemos nos denominar Umbandistas, mensageiros da fé e semeadores do amor de Pai Oxalá. Isso sim é Umbanda - Semente de Vida e Amor no Universo!

Que Pai Oxalá nos abençoe, guie nossa jornada e nos cubra com o Seu manto Sagrado.

Arley R. Lobo – 18/05/2011

Filha de Fé da Tenda de Caridade Umbandista Pai Oxalá/Mãe Domitilde [email protected]

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Pai Elcio de Oxala

Escola de Curimba - Fone: (11)2231-0520 (11)7255-7481

DODO MARTINS

E-MAIL: [email protected]

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LAZER E CULTURA

CANTOS E TOQUES NA UMBANDA

POR SEVERINO SENA.

RESUMO DA AULA DADA PELO OGÃ SEVERINO SENA AOS ALUNOS DO CURSO DE

DOUTRINA, TEOLOGIA E SACERDÓCIO DO COLÉGIO DE UMBANDA PAI BENEDITO DE ARUANDA NO DIA 8 DE JUNHO DE 2011.

Severino iniciou sua aula dizendo que é muito gostoso falar sobre os toques e os cantos e que ali estava para falar da função do Ogã e da curimba.

Ogã: dentro da casa ele é o segundo poder. O primeiro poder é o dirigente da casa de Umbanda e o Ogã sempre vai tocar o que é determinado pelo dirigente. Dependendo do dirigente os pontos são diferentes já que os mesmos são direcionados ao guia-chefe do mesmo. No caso daqui, por exemplo, onde temos Pai Rubens, Mãe Alzira e muitos pais pequenos que aqui trabalham, eu, Severino, como Ogã toco para todos eles, mas o primeiro canto sempre é direcionado ao comando da casa e depois ao comando daquele dia específico de trabalho.

Tenho que estar afinado com o Senhor Arranca-Toco, Senhor Pena Verde e outros guias espirituais que estão no comando.

Desde o início dos trabalhos, abertura, defumação, etc., o Ogã deve direcionar o canto para a linha que vai trabalhar naquele dia.

Existem várias formas de se trabalhar nas diferentes casas de Umbanda. O Ogã está lá para cantar e tocar o ponto certo para movimentar energias dentro daquele trabalho.

O conjunto são três atabaques e seus nomes foram herdados do culto de nação. São três atabaques de tamanhos e sons diferentes. O maior chama-se Rum e tem o som mais grave. O médio chama-se Rumpi e o menor deles, com o som agudo chama-se Lê (que é igual a mi). O número de atabaques pode variar de casa em casa, mas existe uma ordem porque cada um deles possui a sua afinação, mas o comando está no Rum. Então podemos afirmar que o Rum é o atabaque direcionado ao comando.

Saudação aos Atabaques: Também existe uma hierarquia ao se fazer a saudação aos atabaques.

Primeiro fazemos a saudação ao Rum, logo após o Rumpi e por último saúda-se o Lê. Todo Ogã é considerado um pai no Centro de Umbanda. Todos os cantos, todos os toques são importantes no trabalho, desde a abertura até o encerramento dos trabalhos. Para ilustrar a importância do Ogã a vocês, devo dizer que o mesmo está sempre observando tudo, do início ao encerramento dos trabalhos e isto é uma de suas funções para que tudo transcorra dentro da mais perfeita ordem, harmonia, de acordo com o dirigente da casa. Vou citar um exemplo: - No início de um trabalho desta casa notei um irmão que estava no meio dos médiuns presentes e me causou certo incômodo e, sem que eu dissesse nada, já na defumação a Mãe Alzira se dirigiu a ele e o retirou da gira porque estava alcoolizado.

O Ogã tem o poder de levantar ou de acabar com um trabalho. Palmas: podem ajudar “pra caramba” e atrapalhar “pra dedéu”. Se estiver somente cantando, as palmas ajudam, às vezes, porém com o atabaque as palmas atrapalham porque muitas pessoas juntas, sem educação musical possuem ritmos diferentes e podem comprometer o trabalho do Ogã.

O Ogã tem que estar ligado a tudo que acontece durante os trabalhos, por isso mesmo ele encontra-se num piso um pouco mais elevado e vai observando tudo que se passa.

Eu pessoalmente prefiro que cantem e dancem e eu mantenho o tempo musical. O Ogã deve ter noção, desde a abertura e defumação do tamanho do terreiro, pois, para se

defumar algumas pessoas ele necessita apenas de um canto, mas para se defumar duzentas, trezentas, quatrocentas pessoas como aqui, ele deve ter mais de um canto, porém todos eles devem seguir o mesmo toque. Pode-se mudar o toque na hora que a defumação sair da linha dos médiuns para os assistentes.

Tem dirigente que gosta de cantos lentos, outros de cantos mais rápidos e o Ogã deve sempre seguir essa preferência do dirigente porque quem manda é ele, o dono da casa.

O ritmo muda de dirigente para dirigente.

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O Ogã tem que estar alinhado com os guias do dirigente e isso tem que ter endereço certo para chegar onde se deseja chegar. Todos os pontos são direcionados em cima de acontecimentos e o Ogã movimenta energia do primeiro ao último trabalho, cantando para Senhor Arranca Toco, Senhor Ogum Beira Mar, etc.

Existe uma grande diferença entre tocar atabaque e bater atabaque. Vemos muitas pessoas que ficam feridas e mal após “bater atabaque”. Por ignorância não observam a altura do mesmo e batem, literalmente com as mãos nos ferros ou na madeira e se ferem. Outro ponto a observar é que pessoas muito altas têm que ficar tortas, curvas para tirarem som dos mesmos e dizem depois que o trabalho estava “pesado” quando na realidade estavam mal posicionadas. Tudo é questão de aprendizagem. Observem a distância e a altura dos atabaques em relação ao Ogã. Todo canto e toque são importantes porque têm poder de realização.

Para tocar atabaque observem: 1) Distância do atabaque

2) Altura do atabaque

3) Ogã: deve dosar as energias para chegar ao término dos trabalhos que duram por

vezes mais de 3 horas.

O Ogã, normalmente, não é médium de incorporação, porém, na Umbanda, muitos terreiros são na casa das pessoas e os médiuns de incorporação tocam e depois incorporam e vão dar passes.

Outro aspecto do Ogã na Umbanda deve-se ao fato de que mulheres podem tocar. Em trabalhos de nação isso não é permitido. Por quê? São lendas e lendas e não sabemos ao certo a razão disto.

Tocamos diferentes toques para o mesmo Orixá. Na Umbanda temos, por exemplo, vários toques para Oxum. Tem música que é Ijexá e tem Congo também.

Em cima de cada toque temos uma variação imensa. Temos congo de ouro, congo nagô. O fato de se usar três atabaques dá uma variação maior ainda e os contra tempos devem ser feitos no mais agudo deles. Temos ainda toques bem determinados para mamãe Oxum na África e na Bahia, onde usam afoxé, que deve usar dois atabaques para ser bem correto. Temos na Bahia, nos “Filhos de Gandhi” o ritmo bem marcado com agogô.

O correto é que o Ogã estude porque ele é um médium também, diferente do incorporante e deve buscar informações para um melhor desempenho na sua função, mesmo porque tocar e cantar ao mesmo tempo não é fácil. Em centros de Umbanda, além de tocar, cantar e observar tudo que se passa no terreiro, o Ogã muitas vezes dá informações rotineiras durante os trabalhos. Uma pergunta comum que recebo é a seguinte: - Como se descarrega um atabaque?

Não se descarrega um atabaque. De acordo com o guia chefe da casa o atabaque pode ter firmeza nele, pode ter fitas, ponto riscado etc. Curimba

Ao se montar uma curimba em um terreiro devemos distribuir muito bem as funções, inclusive

para que nenhum dos componentes dela cheguem a um cansaço extremo. Um poderá apenas cantar, outro tocar, mas tudo adequado às necessidades e funções, sempre obedecendo à hierarquia. Existe um comando a seguir, sempre de acordo com o guia chefe do terreiro, os toques para abertura, defumação, um específico para o guia chefe que aqui, no caso é o Senhor Ogum Beira-mar. Somente após a incorporação dele é que os outros Oguns deverão ser incorporados. O mesmo deve acontecer na desincorporação, onde os médiuns devem ser os primeiros a desincorporar e o guia chefe o último. Tem ponto para o guia chefe. Tem ponto para a falange daquele guia chefe. Tem ponto para se ajudar alguém necessitado, etc.

O dirigente deve saber como tocar um trabalho dentro de sua casa, então ele pode e deve fazer um curso de curimba.

Existe uma sequência padrão a ser seguida dentro dos terreiros, porém isso pode mudar de casa para casa. Temos por exemplo casas que não cantam ponto para se bater a cabeça, como aqui onde isso é feito no ponto de Oxalá. Existem outras que não tem um dia para se receber as

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crianças, algumas cantam sempre o Hino da Umbanda, outras, nem sempre. Enfim, existe uma gama imensa de variações dentro das tendas de Umbanda e devemos sempre respeitar as orientações do chefe do terreiro. Cada casa é um caso; preceitos, obrigações, bebidas (elementos). Se forem montar uma curimba nos seus terreiros procurem colocar a pessoa mais qualificada para isso e não simplesmente quem não incorpora. É uma função muito importante, pois movimenta energia dentro do trabalho, como já foi dito aqui.

O Ogã dentro da Umbanda não tem iniciação. Eu, pessoalmente, tenho. A primeira pessoa que ensinou a mim, Severino, não teve curso.

Outra coisa importante que foi respondida: no caso de se ter visita no terreiro e a mesma pedir para tocar o atabaque, o Ogã deve ser responsável e saber que não pode passar o seu comando a alguém de fora, como já explicado, mas, eventualmente pode deixar que essa pessoa cante ou toque o Lê, nunca o Rum que é o atabaque principal, o comando da curimba. Encerramento

Pai Rubens encerrou a aula dizendo que é necessário ter todas as informações possíveis sobre a nossa religião. Quem quiser conhecer mais a respeito de toques e canto na Umbanda pode comprar o livro de Severino Sena ou frequentar seu curso. Todas as religiões têm seu lado de “Magia do Som” como sua personalidade; temos então que ter um entendimento do conjunto todo; quem toca, quem canta e para que serve o toque.

No início da Umbanda não havia toda essa parte musical muito desenvolvida, mesmo porque Pai Zélio seguia uma orientação espírita, de acordo com sua formação.

Nós umbandistas devemos saber o que estamos fazendo e por que as coisas acontecem. Devemos saber conversar e sustentar qualquer diálogo a respeito de nossa religião. A religiosidade deve ser construída, pois ninguém nasce pronto. Tem que aprender, se

aperfeiçoar, porque isso faz parte de nossa evolução.

Texto enviado por: Vera Bueno. E-mail: [email protected]

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ULTIMA PÁGINA

EXTRAORDINÁRIA NOTÍCIA: DO CARBONO AO SILÍCIO

Irmãos, Irmãs, agora, não é um passo de um estado evolutivo para outro, mas, é um salto de uma Dimensão para outra, por isso se denomina salto Quântico, porque nas anteriores mudanças evolutivas do Ser Humano, este sempre permaneceu com o seu ADN na base do elemento carbono, e agora nesta terceira Dimensão, vem a alteração do ADN para o elemento silício, a Base do Cristal de Quartzo, o ADN cristal, numa tabela periódica dos elementos químicos, verão que do elemento carbono ao elemento silício, existem oito passos, uma oitava mais alta, quer dizer um salto Quântico, isto acontece quando o átomo sofre uma modificação, devido a forças “externas”, que o “obrigam” a mudar

internamente, e que por fim, transformam-no estruturalmente, alterando a sua morfologia para outros elementos. As partículas de luz, denominadas fotões, serão as causadoras desta Alteração no átomo da matéria.

A ASCENSÃO VIBRACIONAL. A Ascensão é a resposta exata aos acontecimentos, situações, alterações, flutuações e

estados, que a Terra, o Ser Humano e tudo o que a habita, estão sentindo e percebendo hoje em dia.

A Ascensão não é misticismo, nem esoterismo, nem xamanismo, nem bruxaria, nem algo religioso (qualquer que seja a vossa religião), nem algo complexo, nem científico, nem histórico, e muito menos, profético, tampouco é castigo divino ou não divino, nem sequer é algo fortuito, tampouco milagroso, nem caótico, nem experimental, e por último, não é algo que se possa deter, não é algo que se deva temer e não é algo que seja obrigatório, quando tendes o Livre Arbítrio.

A Ascensão é um ciclo cósmico, que se Sucede e se representa sempre, em cada região, lugar, espaço, tempo e parte determinada do Universo…

Nada escapa à Ascensão, nem seres, nem criaturas, nem objetos, nem energias diversas, é um movimento cíclico em espiral ascendente, baseado em oitavas harmónicas e em sequências luminosas de energia Luz e Amor.

A Ascensão é um caminho de mudança ascendente, que passo a passo vos aproxima mais da FONTE ETERNA DE AMOR, seja qual for o nome que lhe dê, pois a Ascensão não distingue cores, raças, credos, religiões, status, tamanhos, nem idades.

A Ascensão não se iniciará no ano 2012, nem no Solstício de 22 de Dezembro desse ano, dado que a Ascensão está presente, aqui e agora, na Terra, pois se iniciou há éons no tempo atrás quando se gerou a vida no Universo.

A Ascensão é Composta de infinitos movimentos em espiral ascendente, e cada movimento, culmina o seu ciclo na sua anterior espiral, que termina o seu percurso a cada 26.000 anos aproximadamente, pelo menos a Ascensão que nos corresponde, nesta pequeníssima parte da nossa Galáxia, onde o nosso sistema solar, quase termina o seu presente movimento em espiral, através das doze constelações zodiacais, e é então quando se configura uma nova espiral evolutiva, que é a sequência da anterior, só que numa oitava superior (como as escalas musicais: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) de frequência vibratória mais alta, ou seja, de mais Consciência desperta nos seres e criaturas que experimentamos atualmente a vida aqui. Não é a mesma Ascensão do que a de uma nova espiral ascendente, pois a Ascensão é a soma do total das espirais ascendentes, sendo que esta Ascensão dos quase 7.000 milhões de seres humanos que vivemos atualmente na Terra se iniciou há milhares de milhões de anos, e a cada 26.000 anos, formou-se uma nova espiral ascendente.

A nova espiral ascendente, pertencente à nossa Ascensão, iniciar-se-á no ano 2012, quando todo o sistema solar no seu conjunto, chegue ao fim do seu percurso anterior de 26.000 anos, e

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inicie um novo percurso, começando na constelação de Aquário, pois estamos saindo da constelação de Peixes (de fato, estamos viajando já entre as duas constelações) e aqui, por favor, não pensemos que estamos falando de astrologia nem em nada de ciências esotéricas, nem exotéricas, nem de misticismo ou xamanismo, estamos somente falando de ciclos cósmicos, e um ciclo é uma volta através de algo, e se lhe somarmos a palavra Ascensão, converte-se então num ciclo ascendente, que formará uma nova espiral, “para cima”, só isso, e se o seu movimento é “para cima”, então por isso adapta-se uma espiral, pois é um círculo que regressa à sua origem, mas mais “acima” do que onde começou, e isso é o que se denomina Oitava Superior.

Há 200.000 anos mais ou menos, existiam aqui Neandertais, noutra espiral evolutiva, evoluíram para a raça dos Cro Magnon, posteriormente, há poucos milhares de anos, o Homo Sapiens, e depois, muito rapidamente, evoluiremos para Homo Sapiens cósmico. Então, porque tanto interesse por esta nova espiral evolutiva que se aproxima? Simplesmente porque cada vez, são mais curtos os tempos em que o Ser Humano evolui de um Estágio para outro, e sempre melhoram em grande escala todos os aspectos Físicos, Emocionais, Mentais e Espirituais, cada vez que este salto quântico se realiza. As partículas de Luz, denominadas fótons, afetam o átomo da matéria de terceira Dimensão, “movendo-a” para uma Dimensão mais sutil e de frequências maiores, onde encontram a sua ressonância. Por isso, a morfologia do ser humano, mutará para o elemento silício, base do cristal, que é um elemento altamente inteligente, com a certeza que estamos dando um salto quântico de elevação de frequência, numa Espiral Fibonacci, que é a base da genética do Ser Humano composta por estruturas cristalinas.

Salto, onde a mutação do ADN, passa da 3ª Dimensão à 4ª, senão, à quinta, sendo então um salto da terceira à quinta Dimensão.

Por último, na filosofia mística, a palavra Cristo, significa um altíssimo nível espiritual, um Ser Crístico, é um nível que se encontra mais para lá do nível fraternal, e chama a atenção que o ADN mutará para o silício, deixando de ser carbono, e se o silício é a base do cristal, então o nível de cada átomo que adotará o novo Ser Humano, será de cristal (não confundir com o cristal comum que conhecemos), será o início para um Ser Crístico, ou seja: que alcançará o nível Cristo que nos espera na escadaria da Ascensão para perfeição.

Já ninguém duvida de que nos estamos aproximando de um momento inexorável da nossa história como espécie. Nem os céticos podem negar que algo está acontecendo a nível planetário, algo que vai mais para além dos conflitos sociais e ecológicos, ou da transformação do paradigma científico.

Para os que vivemos esta realidade como uma experiência energética de expansão e conexão, os tempos têm-se acelerado. Crescimentos abruptos, ruptura de vínculos, desaparição de doenças sem existir tratamento, percepções acrescentadas, sincronicidades sem limite. Parece que estamos vivendo num parque de diversões monumental, onde de repente se ativaram todos os efeitos especiais, enquanto nós testamos todos os jogos de uma vez.

Por vezes é divertido, às vezes é chocante, mas continuamos, encontrando-lhe um propósito a cada experiência, sentindo cada momento como se fosse o último.

Alguns encontraram a sua própria bússola para se manterem no eixo. Outros, recentemente, estão percebendo de que necessitam de uma, antes que a realidade termine desmoronando-se sobre as suas cabeças. Hoje, quero sugerir-lhes doze passos para não sucumbirem ao advento de 2012:

MEDITAÇÃO DIÁRIA. Ontem era recomendável, hoje é imprescindível. A meditação diária é o combustível do nosso corpo e da nossa alma para percorrer este tempo. Façam-no de maneira simples: três fases, respiração consciente, relaxamento corporal, chegada de Luz. Quanto mais simples, mais fácil será incorporá-la como hábito.

INTENÇÃO CLARA. Não podemos continuar vivendo cada dia como quem sobe para um avião e diz ao piloto: leva-me para onde quiseres. Necessitamos de um mapa, UM GUIA e um propósito continuado sem interrupção.

REGISTO DE SONHOS. Os nossos sonhos estão-nos guiando na direção da nossa evolução. Sempre o fizeram, mas agora é necessário que prestemos muito mais atenção ao que significam. Pratiquem a memória do sonho, tratem de recordar ainda que não o entendam, dividam-no com outros interessados no mesmo.

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DESAPEGO RADICAL. Alguns Seres passaram por experiências duras no plano sentimental, mas tudo isso foi para um propósito, para centrar e equilibrar energias e com isso discernir se a pessoa que os acompanhava tinha o mesmo propósito de evoluir. Avaliar que acontecimento do passado afetou a nossa maneira de sentir e de vibrar. Não ficar estancado nesse acontecimento, transformá-lo. O propósito é simples... Concluir para fechar todas as pontas soltas dessa situação, portanto, tirar disso todas as experiências que tiveram para nos separarmos e terminar de uma vez por todas com o que nos impede o nosso crescimento, avaliar o que realmente nos enche completamente. Despeçam-se verdadeiramente do que não é útil. Descubram que recebem em troca uma energia extraordinária, se mantenham unidos com os seres que vibram na mesma frequência para expandir essa Luz de cura da mente de todos os outros seres. Não importa a experiência que se teve, o importante é o reconhecimento no Agora do que é realmente valioso para o nosso crescimento interior e tomar a decisão se o nosso parceiro (a) é um obstáculo a isso, se é de simplesmente deixar ir "Terá a sua própria experiência”, se pelo contrário é um Ser que deseja mudar/continuar crescendo, será uma grande ajuda para a evolução como um casal.

REDES SOCIAIS. Reúnam-se, somente, com aqueles que dividem esta filosofia de vida. A mudança vos encontrará reunidos. Participem em práticas de ativação da consciência, se mantenham bem informados através de sites na internet ou de pessoas que vibrem na mesma ressonância e que tenham os mesmos objetivos. Não percam tempo com ilusões inúteis e fúteis. Dispensem a vaidade. Despertem a consciência o quanto antes. Assistam a seminários e conferências e troquem informações. Façam a gestão das vossas próprias redes de grupos reais ou virtuais.

COMUNHÃO COM A TERRA. A Mãe Terra está evoluindo juntamente conosco. De fato, ela é a iniciadora deste movimento e a razão principal de estarmos girando para um destino superior. É a nave que nos leva através do cosmos. A reverenciamos de maneira mais simples e universal: dando Amor, a ela e às suas criaturas.

TEMPO NA NATUREZA. Apanhem sol, ainda que seja na varanda uns minutos durante a manhã, tomem contato com a energia natural em todas as oportunidades que tenham. Caminhem, observem os sinais do vento, as nuvens. Carreguem-se vitalidade e pureza.

ARTE. Expressem-se criativamente, mesmo quando sintam que não têm capacidade artística. A arte é uma qualidade inerente à espécie, só que nos condicionaram a aceitarmos somente certas formas criativas. Permitam que a alma fale no seu próprio código, que é o da arte.

SEGUREM-SE AOS VOSSOS SONHOS. Cada alma tem um sonho, é esse o seu Norte. Encontrem o que vos torna felizes e sigam o seu rasto. Abandonem definitivamente todos aqueles preconceitos e crenças limitantes que vos dizem o que “é possível” e o que não é. Quando chegarmos ao momento que nos espera como espécie, não nos servirá de nada ter feito as coisas segundo o que “se esperava de nós”. Encontrem o vosso propósito existencial.

LIMPEZA CÁRMICA. Os nossos campos de energia estão cheios de resíduos que já não são funcionais para o nosso crescimento. Noutras épocas, talvez nos tivesse levado anos a compreender e a transmutar esses restos de experiências kármicas. Hoje, a aceleração e as alterações no nosso ADN fazem rebentar as cristalizações antigas. Limpem o que fica delas com o trabalho dos chakras, cura com sons, desintoxicação do organismo com jejum ou dieta sã, trabalho com a energia.

DESCANSO. Toda esta evolução produz em nós um desacostumado cansaço. A matéria está mais lenta na hora de ajustar a sua dinâmica à da consciência. Protejam-se descansando o suficiente, e mais. Se puderem, façam uma sesta, ou sempre que possam, não importa o momento do dia. Se não podem, substituam qualquer “compromisso” por tempo para vós, relaxamento e silêncio reparador. CUIDAR DO CÉREBRO.

PEDIR ASSISTÊNCIA SUPERIOR. Estamos sendo acompanhados por entidades espirituais de diferentes cores e frequências, mas com o mesmo grande projeto: ser testemunhas do maravilhoso momento em que uma espécie transita de uma para outra Dimensão. Até certo ponto, podem ajudar-nos com conexões amorosas, estímulo e inspiração. “Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo” Gandhi

Enviado por Andrei Vinicov Kallazans [email protected]