Jornal novo almourol ed dezembro 403

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DEZEMBRO 14 | N°403 | ANO XXXIII | PREçO 1,20 EUROS | MENSAL DIRECTOR LUIZ OOSTERBEEK Novo Almourol Jovens Empreendedores Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha anuncia Prémio Municipal de Empreendedorismo, dirigido à comunidade escolar do concelho p08 Cine-Teatro São João Durante as comemorações do 69.ª aniversário do concelho do Entroncamento, na sessão solene comemorativa, Jorge Faria lamentou não reabrir a sala de espectáculos em 2014. Entre os lamentos está a causa: a grave situação financeira que o município atravessa, fruto, alega o presidente da autarquia, de uma gestão do anterior executivo que lhe retirou autonomia. Faria promete que a reabertura do Cine- Teatro S. João é uma prioridade para 2015. Rui Sena no Teatro Virgínia Está encontrado o novo director do Teatro Vir- gínia. Rui Sena vem da Covilhã e na bagagem traz 40 anos a trabalhar nas artes performativas. Rui Sena substitui Tiago Guedes que esteve na posição durante pouco tempo até aceitar ser programador do Teatro Rivoli, do Porto. p05 p20 Revogado Alvará de exploração da suinicultura em Vila Nova da Barquinha foi revogada pela autarquia. Os maus cheiros no concelho levaram também à criação de uma petição que já ultrapassa as 400 assinaturas p04 Foto: Pérsio Basso

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DEZEMBRO 14 | n°403 | Ano XXXIII | Preço 1,20 euros | MensALDIRECTOR LuIZ oosTerBeeK

Novo Almourol

Jovens Empreendedores Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha anuncia Prémio Municipal de Empreendedorismo, dirigido à comunidade escolar do concelho p08

Cine-Teatro São João

Durante as comemorações do 69.ª aniversário do concelho do entroncamento, na sessão solene comemorativa, Jorge Faria lamentou não reabrir a sala de espectáculos em 2014. entre os lamentos está a causa: a grave situação financeira que o município atravessa, fruto, alega o presidente da autarquia, de uma gestão do anterior executivo que lhe retirou autonomia. Faria promete que a reabertura do Cine-Teatro s. João é uma prioridade para 2015.

Rui Sena no Teatro Virgínia Está encontrado o novo director do Teatro Vir-gínia. Rui Sena vem da Covilhã e na bagagem traz 40 anos a trabalhar nas artes performativas. Rui Sena substitui Tiago Guedes que esteve na posição durante pouco tempo até aceitar ser programador do Teatro Rivoli, do Porto.

p05

p20

Revogado Alvará de exploração da suinicultura em Vila Nova da Barquinha foi revogada pela autarquia. Os maus cheiros no concelho levaram também à criação de uma petição que já ultrapassa as 400 assinaturas p04

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02 CURTAS & GROSSASNovoAlmourol

DEZEMBRO 2014

Bons Sons:Festival Mais SustentávelO festival Bons Sons, organizado pelo Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS), no concelho de Tomar, foi distinguido como o “Festival Mais Sustentável” no Portugal Festival Awards 2014, no dia 11 de Novembro, um evento que visa premiar e distinguir os melhores festivais de música em Portugal. O Bons Sons estava inicialmente nomeado em sete categorias, duas de público e cinco de júri, nomeadamente para Melhor Festival de Média Dimensão e Melhor Festival Urbano. Luís Ferreira, director do Festival e presidente da direcção do SCOCS - e que é cronista do NA - recebeu o prémio no Cinema São Jorge, em Lisboa.

Quinta da Cardiga à venda Não tem preço, "sob consulta", lê-se na página de internet da imobiliária internacional Sothesby's. A Quinta da Cardiga, local de culto e de muitas visitas para os habitantes da região e do país, situada no concelho de Golegã junto ao Rio Tejo, está à venda e o conjunto de fotografias disponibilizado na página para consulta deixa antever a dificuldade em encontrar um valor. Há vários anos que circulam rumores de que a enorme propriedade - 30 Quartos, 22297 m2 de área bruta e 422400 m2 de Área Terreno - estaria à venda, vendida ou em negociação. Agora, a publicação por parte da imobiliária Sothesby's International Realty confirma a entrada no mercado.Certo é que será preciso um grande investimento por parte dos interessados, não só na aquisição da propriedade como também na requalificação e restauro. Se estiver interessado... pode conhecer o interior da quinta em www.sothebysrealtypt.com.

Protocolo para investigaçãoA Câmara Municipal de Constância (CMC) em colaboração com o Caima - Indústria de Celulose S.A. estabeleceu, no dia 1 de Dezembro, um protocolo de cooperação para desenvolvimento de trabalho de investigação histórica subordinado à génese e evolução da empresa. A assinatura do protocolo decorreu no Arquivo Municipal da vila, com a presidente da CMC, Júlia Amorim, e do Director Fabril do Caima, Gualter Nunes Vasco. Entre os objectivos da parceria estão o fomento da investigação no âmbito da História Local, a promoção da produção de conteúdos nas áreas das ciências sociais e humanas e do património histórico, cultural e documental e proporcionar uma melhor compreensão do quadro evolutivo da comunidade constanciense desde finais da década de 50 do século XX – momento da instalação do Caima em Constância. O resultado da investigação será editado e publicado.

↑ rio acima

↓ rio abaixo

Câmara de V.N. Barquinha

O executivo liderado por Fernando Freire foi sensível à preocupação e descontentamento da população e revogou o alvará de exploração da suinicultura. Os maus cheiros ainda não são tema do passado mas o primeiro passo está dado. (Pág.4)

Violência Doméstica

Em Portugal, mais de 30 mulheres morreram às mãos de companheiros ou ex-companheiros em 2014. Só no distrito de Bragança, há 182 novos casos de vítimas sinalizadas (aumento de 32%). As forças de segurança receberam 13.071 queixas de violência doméstica no primeiro semestre do ano, mais 291 do que no mesmo período de 2013.

Maria do Céu Albuquerque

Da autarca há muito se diz que o futuro lhe reserva outros voos. No final de Novembro foi escolhida pelo Secretário-geral do PS, António Costa, para integrar o novo Secretariado Nacional durante o XX Congresso Nacional do partido. (Pág.6)

Portugalsob suspeita

2014 ficará para a história como um dos anos mais repletos de julgamentos mediáticos, de governantes a ex-governantes, políticos, banqueiros, mega lavagens de dinheiro, corrupção e outros crimes de natureza financeira. Dizem que a justiça funciona. Pelo contrário, se funcionasse os crimes não existiriam nesta escala e os criminosos hesitariam muito mais.

A melhor água do país

Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha, são alguns dos concelhos abastecidos pela empresa Águas do Centro, distinguida como a distribuidora da melhor água do país. (Pág.7)

De costas voltadas

António Rodrigues e Pedro Ferreira, respectivamente ex e actual presidente da Câmara Municipal de Torres Novas (PS), envolveram-se numa troca de acusações que levou a que o primeiro renunciasse ao seu lugar na Comunidade Intermunicipal e renunciará também à presidência da assembleia municipal torrejana. A lua-de-mel acabou.

A Câmara de Sardoal vai implementar um Programa Municipal de Apoio à Natalidade a partir de Janeiro que prevê a atribuição de um subsídio mensal às famílias (máximo de 60 euros), durante os primeiros 12 meses de vida de cada bebé

100 As toneladas de alimentos que o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) recolheu no distrito de Santarém. O BACF de Abrantes, que cobre a maior parte dos concelhos do Médio Tejo, recolheu cerca de 37,3 toneladas de alimentos nos dias 29 e 30 de Novembro, a que se juntam as 70 toneladas recolhidas pelo BACF de Santarém.

Árvore de Natal gigante

A Câmara de Abrantes acendeu no dia 1 de Dezembro as 90 mil lâmpadas de uma árvore de Natal colocada na antena de telecomunicações da cidade. Mede 75 metros de altura, é composta por 1.800 metros de tubo luminoso de lâmpadas led e é visível a mais de 25 quilómetros de distância. As luzes só se apagam no dia 6 de Janeiro. Ao contrário de 2013, mais de uma dezena de ruas do centro histórico de Abrantes também vão ter iluminação de Natal.

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novoALMouroL.worDPress.CoMNA PRIMEIRA PESSOA 03 DEZEMBRO 2014

CVMaria Inês 3 anos,Profissional de brincadeiravila nova da Barquinha

2011nasci às 10h30 do dia 8 de setembro

2011Com quatro meses foi-me diagnosticado estrabismo convergente e fui encaminhada para oftalmologia Pediátrica em Lisboa

2012Comecei a frequentaro infantário

2014Fui operada no dia 1 de outubro e continuo a ser observada e acompanhada. estou a melhorar, graças à ajuda de muitos amigos e amigas!

O que mais gostas de fazer nos tempos livres?Embora esteja sempre ocupada, os meus tempos são todos livres para ser feliz e divertir-me…Gosto de pintar, de me mascarar e inventar

Descobri há pouco tempo que existem crianças que não têm casa, nem família. Se pudesse dava uma a todos, para poderem ser tão felizes como eu!

“ Maria tem três anos e é uma cara conhecida da região. Muitas centenas de pessoas apaixonaram-se pela sua história e, perante o apelo dos seus pais para que ajudassem a pequena Maria a ter o tratamento médico necessário à melhoria da sua visão, começaram a ajudar com donativos. “Agradeço a todos os que contribuíram e ajudaram a nossa "causa". Sem a ajuda de toda esta boa gente nada disto teria sido possível!”, diz a mãe de Maria, que “ajudou” nas respostas a este questionário…

2014no início deste anouma campanha de angariação de fundos chamada "vamos Ajudar a Maria" permitiu que eu cuidasse dos meus olhos

personagens. Adoro cantar e dançar a rodar a saia. Gosto de ouvir a Xana Toc Toc, os Caricas e o Quim Barreiros…

O que mais a irrita?Irrita-me não me deixarem fazer tudo o que me apetece... Irritam-me as regras em geral, mas tenho de as cumprir… :)

Até onde gostavas de ir?Nos últimos dias tem-me apetecido ir à praia e só falo nisso, mas os meus pais dizem que está frio...Quero também ir ver a neve.

Se eu pudesse...Se pudesse... descobri há pouco tempo (no dia do pijama) que existem crianças que não têm casa, nem família. Se pudesse dava uma a todos, para poderem ser tão felizes como eu!!Já agora, desejo umas boas festas para todos.

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04 AMBIENTENovoAlmourol

DEZEMBRO 2014

VN BARQUINHA

Câmara revoga alvará de exploração de suinicultura

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

A decisão tomada pelo exe-cutivo liderado por Fer-nando Freire deverá ser apenas o início de um processo que deixou os moradores satisfeitos. Nos últimos meses os intensos maus cheiros provindos da ex-ploração suinícola a norte da vila estavam a deixar a popula-ção revoltada.

Em comunicado, a autar-quia de Vila Nova da Barquinha (VNB) esclareceu que a revoga-ção do alvará de autorização da suinicultura em funcionamento na Herdade do Colmeiro se ba-seia na falta de “Licença Am-biental emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) em Janeiro de 2009 ao operador e que era válida até 27 de Janei-ro de 2014.”

“A criação intensiva de suí-nos tem originado maus cheiros e poluição ambiental, afectando as duas localidades mais pró-

ximas da exploração – VNB e Moita do Norte”, lê-se no co-municado, o mesmo que realça a aposta do concelho “no turismo

e na qualidade de vida”. Tal como o NA avançou na

edição de Novembro, uma fisca-lização dos serviços da Câmara Municipal, “acompanhados pelo Serviço de Protecção da Natu-reza e do Ambiente (SEPNA) detectaram irregularidades na

Decisão tomada em reunião de executivo da câmara de dia 26 de Novembro alicerçada na falta de licença ambiental, nas queixas de moradores e numa petição que já ultrapassa as 400 assinaturas

serviços Municipais e do sePnA fiscalizaram exploração após reportagem do nA

exploração, nomeadamente des-cargas para linhas de água sem qualquer tipo de tratamento, factos que poderão estar na ori-gem dos odores incómodos para a população.”

A fiscalização, de resto, re-forçou os “fortes indícios de vio-lação da lei e os danos causados quer à comunidade residente, quer aos visitantes dos múlti-plos equipamentos turísticos do concelho – Parque de Escultu-ra Contemporânea Almourol, Centro Integrado de Educação em Ciências, alojamentos turís-ticos e restaurantes”.

População unida. A petição “Por uma Barquinha livre do mau cheiro de suinicultura”, ini-ciada uma semana antes da de-cisão e dirigida à Câmara Mu-nicipal, ao titular da exploração, à APA e SEPNA, conta com mais de 400 assinaturas e estará disponível até dia 15 de Dezem-bro. Entretanto, foi já entregue nos serviços da autarquia e serão

na data final envidos às outras entidades visadas. Disponível na internet bem como em alguns estabelecimentos comerciais, a petição online conta mesmo com comentários de cidadãos incrédulos e revoltados pe-rante a poluição causada, com subscritores de Entroncamen-to, Constância, e obviamente e maioritariamente do concelho de VNB, mas também de visi-tantes que sentiram o cheiro na sua passagem pela vila.

Ao NA, o dono de uma pas-telaria no centro da vila, con-tou que em Outubro um casal de turistas teve de abandonar a esplanada onde iria almoçar devido à indisposição que o mau cheiro causou, relatos que se multiplicam e que o NA tem ouvido atentamente.

Os primeiros subscritores da petição alertam, no entanto,

que este é apenas o princípio de um processo que terá certa-mente novos desenvolvimentos, apelando a que os cidadãos con-tinuem a reforçar a petição e a pressionar as entidades respon-sáveis, apelando ao “bom senso de todos os intervenientes e que as populações sejam respeitadas nas suas pretensões de ter um ambiente de qualidade e que a violação do mesmo seja pronta-mente reparada”, como se lê no texto da petição.

Assunto levado à assembleia municipal. A questão da revo-gação do alvará de exploração foi um dos pontos da assembleia municipal que se realizou no dia 5 de Dezembro, em cima do fecho desta edição. Traremos a reportagem dessa assembleia na próxima edição do Jornal Novo Almourol.―

Petição conta com mais de 400 assinaturas e o número aumenta todos os dias

População aderiu em grande número à petição e mostrou o seu desagrado perante constantes maus cheiros

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novoALMouroL.worDPress.CoM

CAMINHANDO 05DEZEMBRO 2014

Câmara exige ressarcimentoEm 2009 a autarquia de Abrantes pagou 1.1 milhões de euros por um terreno e vendeu-o de seguida ao empresário Alexandre Alves, também conhecido por Barão Vermelho, por 100 mil euros. O objectivo era ajudar à instalação de uma mega fábrica de painéis solares na freguesia de Concavada. O projecto não arrancou e a autarquia tem a correr no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria um processo contra a empresa RPP Solar onde reclama o pagamento de 1.136.414 euros, verba que se refere ao investimento inicial no terreno.―

ABrAnTes

Valorizar as conheirasA autarquia de Vila de Rei assinou um protocolo com o Instituto Politécnico de Tomar que prevê suporte técnico especializado com o objectivo de obter o estatuto de Conjunto de Interesse Nacional ou Público das cerca de 50 conheiras existentes no concelho. As conheiras são conhecidas por minas de exploração de ouro a céu aberto e a autarquia está preocupada com a sua preservação e conservação. No concelho, onde se situa o centro geodésico de Portugal, existem vestígios da exploração de ouro num total de 194 quilómetros quadrados.―

vILA De reI

Escola assaltadaNa manhã de dia 20 de Novembro, educadoras e auxiliares do Jardim-de-infância de Atalaia depararam-se com material desaparecido do estabelecimento escolar da localidade do concelho de VN da Barquinha. O Quadro Interactivo foi levado pelo(s) assaltante(s) bem como outros materiais informáticos, durante a madrugada. O estabelecimento de ensino esteve encerrado nesse dia para limpezas e reabriu no dia seguinte. Foi o segundo assalto na área no espaço de duas semanas, sendo que o centro de saúde foi igualmente alvo de assalto.―

ATALAIA

ENTRONCAMENTOComemorações do 69.º aniversário do concelho com "fantasmas" do passado

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

O município do Entronca-mento celebrou no dia 24 de Novembro o 69.º aniversá-rio do Concelho com uma ses-são solene comemorativa que encheu por completo o Salão Nobre mas a manhã não foi só de sorrisos. Com uma profun-da problemática financeira em mãos, o presidente da Câmara Municipal (CME), Jorge Faria (PS), fez questão de alertar os presentes para questões do pas-sado que assombram a gestão do executivo actual.

Sem “capacidade financei-ra” para grandes obras, resta ao autarca a tentativa de emenda do que, alegou, foi mal feito du-rante a anterior gestão liderada por Jaime Ramos (PSD). Diga--se, de resto, que o ex-presidente não marcou presença na sessão, ao contrário José Pereira da Cunha, António Cardoso e Ma-nuel Fanha Vieira. E percebe-se

porquê.Sem mencionar nomes, Jor-

ge Faria aproveitou a data para criticar opções que põem em causa a autonomia do concelho. Em jeito de balanço ao primei-ro ano de mandato, o autarca repetiu os valores da “grave si-tuação financeira” que herdou, “uma dívida de 14,8 milhões de euros, que agora se situa nos 13,2 milhões e um prazo médio de pagamentos que era de 122 dias, muito superior aos 90 dias permitidos por lei, e que agora é de 71 dias”.

Concretamente, Jorge faria referiu-se ao acordo realizado na anterior gestão sobre a constru-ção da Escola Básica do Bonito. O negócio, referiu, implicava uma contrapartida pelo terreno em que foi construída a escola, a “demolição da antiga Escola Industrial com o terreno a ser entregue com todas as infraes-truturas”, a expensas da CME”. Faria anunciou ainda que o não cumprimento do contrato im-

plica uma indemnização de 800 mil euros. O autarca eleito pelo PS afirmou peremptoriamente que iria lutar contra a demolição da escola industrial.

Cine-Teatro S. João ainda em suspenso. Devido às dificul-dades financeiras do município, o Cine-Teatro da cidade não vai abrir até final do ano como Jorge Faria antecipara. O presi-dente da autarquia adiantou no entanto que espera que em 2015 se concretize esse desejo. Para a reabertura do espaço, anunciou Jorge Faria, o município terá de encontrar financiamento e asse-verou que a questão é prioritária.

Entre as nove cidades do distrito, o Entroncamento é a única que não tem uma sala de espectáculos aberta. O local onde se realizava grande parte da oferta cultural da cidade, o antigo mercado diário e centro cultural, foi reconvertido há cerca de dois anos e adjudicado para pastelaria e bar.―

É a proximidade de vila nova da Barquinha e do concelho com a suinicultura da herdade do Colmeiro que provoca a in-disposição comunitária perante o mau cheiro. A proximidade e a eventual – por apurar – má gestão das questões poten-cialmente nocivas para o meio ambiente por parte dos proprietários da suinicultura. A reportagem do jornal nA, na edição de setembro, em que metemos os pés à lama e fomos arriba acima em busca de respostas para o que pairava sob os narizes dos cidadãos, foi “apenas” um dos factores que espoletou todo o processo e que derradeiramente pros-seguiu na recente decisão da autarquia de revogar o óbvio.Mas os processos não são fáceis, e algo de que sempre me apercebi foi que a autarquia estava empenhada em resolver o problema dos seus cidadãos mas que as leis nem sempre protegem os muitos mas sim os poucos, os que têm proximida-de com os fazedores de leis. no entanto, uma petição desenca-deou um movimento popular de quem estava próximo do problema, permanentemente ou apenas de passagem. Houve coragem, mas tudo ainda está a começar.A verdade, que merece ser obviada é que o nA meteu-se ao caminho. sabe por quê? Porque está na rua e ouve os seus leitores, as suas queixas e preocupações, os seus anseios. está próximo. e isso, tal como já aqui escrevi, é um bem a não perder de vista. De outra forma, não faz sentido existir. e o nA vai continuar a dar voz à revol-ta e à insatisfação perante este atentado à qualidade de vida dos cidadãos, sabendo que os mesmos não podem baixar a guarda, nem mesmo quando e se os problemas estiverem definitivamente resolvidos. Tive um professor de jornalis-mo que me disse certo dia que o futuro passa pelos jornais regionais, de proximidade, de relações, de rua. num mundo altamente digitalizado em que há 365 dias de funeral do papel, em que os grandes jornais despedem os bons para contratar os baratos, em que os jornais regionais desaparecem porque os amadores não têm capacidade para enfrentar os

Algures a meio

Proximidade

Ricardo Alveseditor nA

poderes… Como? Medi-lhe as palavras nas inúmeras viagens de Coimbra até casa e quando as acabei de medir meti-me a caminho e quedaram-se em mim gigantes. Até hoje. nada muda mais uma região, um país, o mundo, que as relações de proximidade. Aqui, no nosso ribatejo, na Co-munidade Intermunicipal, nas autarquias, nas associações e empresas há proximidade, entre si e com o resto do mun-do. Afastar-se desta realidade

Nada muda mais uma região, um país, o mundo, que as relações de proximidade. Aqui, no nosso Ribatejo, na Comunidade Intermunici-pal, nas autarquias, nas associações e empresas há proximidade, entre si e com o resto do mundo.

é abdicar do futuro. Deve apostar-se na formação dos cidadãos, na sua informação, na sua proximidade com as to-madas de decisão, para que se possa chamar, atrair, envolver, contratar os(as) mais capazes, os(as) mais apostados(as), os(as) mais independentes. A todos os assinantes, leitores, colaboradores, empresas e entidades que estão próximas do nA desejo boas festas, sem “maus cheiros”. Aos e às que não estão, também, com um convite a aproximarem-se e em conjunto fazermos a diferença. A proximidade - seja com a excelência ou com a mediocri-dade - define-nos.―

Homenagem aos trabalhadores que completaram 25 anos de serviço e também aos que passaram à reforma

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06 POLÍTICANovoAlmourol

DEZEMBRO 2014

ABRANTESAntónio Costa chama Maria do Céu Albuquerque TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

O secretário Geral do Par-tido Socialista (PS), An-tónio Costa, escolheu o novo Secretariado Nacional do parti-do e anunciou-o durante o XX Congresso Nacional do PS que se realizou nos dias 29 e 30 de Novembro na FIL (Feira Indus-trial de Lisboa) no Parque das Nações em Lisboa. O nome da autarca abrantina foi um dos 15 escolhidos pelo líder socialis-ta para integrar o Secretariado Nacional, que é considerado o núcleo duro do PS.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Muni-cipal de Abrantes no segundo mandato e que é também presi-dente da Comunidade Intermu-nicipal do Médio Tejo, foi uma das mais acérrimas defensoras de António Costa na atribula-da disputa com António José Seguro pelo cargo de secretário geral do partido.

A abrantina foi a esco-lhida para enfrentar António Gameiro, apoiante de Seguro, nas eleições para a Federação Distrital do PS, embate que perdeu, como se esperava, mas cujo resultado ficou acima das expectativas. A derrota nas elei-ções distritais é, de resto, uma excepção num percurso político

que muitos prevêem auspicioso a nível nacional. A recente esco-lha para o secretariado nacional parece indicar isso mesmo.

Distrito de Santarém bem re-presentado. O presidente da Federação Distrital António Gameiro integra a Comissão Nacional e a Comissão Polí-

Maria do Céu Albuquerque à saída da cerimónia de aniversário do concelho do entroncamento

tica Nacional e nesta última encontram-se os nomes de João Sequeira, Jorge Lacão e Maria Salomé Rafael, com Miguel Pombeiro e Anabela Freitas nos suplentes.

O deputado eleito pelo dis-trito de Santarém, João Galam-ba, é o primeiro nome da lista do novo Secretariado Nacional.

ENTRONCAMENTOCarlos Matias na Direcção Nacional do Bloco para resistir à austeridade TEXTO RICARDO ALVES

O vereador do Bloco de Esquerda (BE) na Câmara do Entroncamento foi eleito para a Mesa Nacional do par-tido, durante a Convenção que se realizou nos dias 22 e 23 de Novembro, em Lisboa. Carlos Matias fazia parte da lista can-didata à direcção do BE enca-beçada por Catarina Martins e João Semedo. Na eleição da Mesa Nacional, à qual concor-reram quatro listas, aconteceu o insólito e houve um empate de 259 votos entre a lista enca-beçada por Catarina Martins e João Semedo e uma outra enca-beçada por Pedro Filipe Soares. A questão será resolvida pela direcção do partido que inclui Carlos Matias.

Carlos Matias, à margem

das comemorações do aniver-sário do concelho do Entron-camento, comentou ao NA o empate na eleição. “A situação que o BE viveu é perfeitamen-te compreensível do ponto de vista democrático. Havia 617 delegados, foi das convenções mais participadas senão a mais participada de sempre, com um debate muito acalorado e até apaixonado, mas a democracia é assim mesmo”, disse, realçando que, apesar do empate, a “orien-tação política que venceu foi aprovada por maioria, da lista que eu integrava, digamos que foi aprovada uma moção políti-ca que clarificou a orientação do BE e na eleição da direcção que vai concretizar essa orientação é que houve esse empate”.

Sobre a sua eleição, Car-los Matias acredita que na sua base esteve o seu trabalho “quer

como vereador na câmara do Entroncamento, quer também no BE ao nível do apoio aos autarcas”. “Há muito tempo que sou coordenador de uma estru-tura do BE, que é a comissão nacional autárquica, que pro-move a formação de autarcas e a partilha de experiências”, afir-mou, acreditando que “ao nível da direcção nacional haveremos de encontrar uma solução – para o empate - e não tenho dúvi-das nenhumas que vai traduzir este equilíbrio”. Sobre a “nova” orientação do BE, Matias an-tevê a dinamização de “um polo de resistência à austeridade. É insustentável a situação que o povo está a ser sujeito com o corte dos serviços públicos, nos salários, nas pensões, na vida das pessoas comuns, que trabalham, uma situação insustentável e que tem de acabar.” ―

REGIÃOOrçamento da CIMT para 2015 estabelecido em 4,5 milhõesTEXTO RICARDO ALVES

As Opções do Plano e Orça-mento para 2015 foram apro-vados por maioria no dia 25 de Novembro na sede da Comuni-dade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) em Reunião Or-dinária da Assembleia Intermu-nicipal, em Tomar, com 30 votos a favor e 5 votos contra.

Os autarcas do Médio Tejo, 13 presidentes de câmara da re-gião, aprovaram o orçamento de 4,5 milhões de euros que segun-do Miguel Pombeiro, secretário executivo da CIMT, prossegue os objectivos estratégicos da região. O orçamento aprovado centra-se em cinco orientações estratégicas: a valorização dos recursos endógenos e do poten-cial turístico, a incorporação de valor na actividade empresarial, a promoção da coesão e da qua-lidade de vida, a consolidação da massa crítica e urbana e a

governação inteligente e multi-dimensional.

O orçamento destina-se à con-clusão de projectos do actual quadro comunitário e ao arran-que de outros no âmbito da es-tratégia 2014-2020. Neste últi-mo estão previstos projectos na área da mobilidade, educação, programação cultural, moderni-zação da administração local ou gestão integrada de protecção civil e florestas.

A nível cultural, por exem-plo, numa entidade que preten-de estabelecer-se como ponto de encontro de políticas munici-pais, estabelece-se o objectivo de criar uma programação cultural regional, de formação de novos públicos. Também na educação, segundo Miguel Pombeiro, a CIMT pretende envolver-se na promoção da cultura científica nas escolas e estuda a possibi-lidade de criação de uma carta educativa regional.―

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novoALMouroL.worDPress.CoMSOCIEDADE 07DEZEMBRO 2014

REGIÃOAumentam as palmeiras atacadas por escaravelhos

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

Chama-se Rhynchophorus ferrugineus, também conhe-cido como “escaravelho da pal-meira” ou “escaravelho verme-lho” que ataca diversas espécies de palmeiras, provocando es-tragos importantes que podem conduzir à morte das plantas. O escaravelho tem origem nas zonas tropicais da Ásia e Oceâ-nia, foi detectado na Europa em 1996 (Espanha) possivelmente introduzido através de palmei-ras importadas do Egipto.

O cenário causado tem sido bastante visível um pouco por toda a região e em Vila Nova da Barquinha são dezenas as palmeiras afectadas pela praga. O Município de Abrantes, por exemplo, publicou uma nota alertando para a ocorrência de vários casos, em Novembro

Em Portugal este insecto foi detectado pela primeira vez no ano de 2007 e actualmente está disperso por todo o território nacional.

Luta Obrigatória. A União Eu-ropeia, alertada para a nocivida-de e rápida dispersão da praga, considerou em 2007 ser de “luta obrigatória” e obrigou posterior-mente à produção de um plano de acção para a combater e cujos objectivos são “erradicar o orga-nismo nocivo nos focos localiza-dos em zonas isentas da praga” e “conter o organismo nocivo na zona infestada, evitando a sua dispersão para zonas livres.”

Em Portugal, a espécie mais atacada e sensível é a Phoenix canariensis (palmeira das Caná-rias), embora também já tenham sido registadas infestações em Phoenix dactylifera L. (palmeira tamareira), Trachycarpus fortunei e Washingtonia spp. (palmeira de leque).

Os números associados ao insecto são reveladores da ameaça: a fêmea põe 200 a 300 ovos em orifícios feitos com o rostro ou em feridas, na base das folhas ou no espique e as larvas

uma palmeira junto ao posto da Gnr de vn Barquinha que aparenta estar infestada

eclodem 2 a 5 dias depois e co-meçam a alimentar-se dos teci-dos mais tenros, penetrando em direcção ao interior do espique, formando galerias e cavidades e provocando grande destruição.

Ao fim de um a três meses e após várias mudas a larva deslo-ca-se para a superfície da planta para construir o casulo dentro do qual se transforma em pupa. Cerca de três semanas depois o adulto emerge e acasala, poden-do permanecer na palmeira em que se desenvolveram ou voar para colonizar novas plantas, sendo capaz de voar longas dis-tâncias.

Em Portugal o insecto foi assi-nalado pela primeira vez na re-gião do Algarve, no sítio de Vale de Parra – Guia – Albufeira, in-festando uma planta de Phoenix canariensis. Ainda no mesmo ano foram identificados novos focos de infestação, designada-mente nos concelhos de Albu-feira, Lagos, Portimão, Silves e Loulé, todos eles em palmeiras das Canárias. Nos anos seguin-tes a praga foi detectada nas regiões Centro (2008), Lisboa e Vale do Tejo (2009), Alentejo e mais recentemente na região Norte (2010), estando também presente na Região Autónoma da Madeira (2008).

Os sinais de que a palmeira está a ser atacada pelo insecto são coroa desguarnecida de fo-lhas jovens no topo ou com as-pecto achatado pelo decaimento das folhas centrais, folhas do topo caídas com sinal de desi-gual inserção, orifícios e galerias na base das folhas podendo con-ter larvas ou casulos com pupas e/ou adultos, folíolos roídos e desiguais, presença de orifícios na zona de corte das podas e restos de fibras.

O Plano de Ação para o con-trolo de Rhynchophorus fer-rugineus adverte que “todos os trabalhos de poda, recuperação (poda sanitária, tratamentos fitossanitários, etc.) ou abate e destruição de palmeiras, devem ser realizados por empresas ou outras entidades que cumpram com os procedimentos descritos no plano.―

Poda, recuperação, abate e destruição devem ser feitos por empresas ou entidades conhecedoras do plano de acçãodo Ministério da Agricultura e do Mar

VN BARQUINHA"Irmãos" cabo-verdianos sofrem com erupção de vulcão da ilha do FogoTEXTO RICARDO ALVES

A erupção vulcânica que as-sola a ilha cabo-verdiana do Fogo e que teve o seu come-ço na madrugada de dia 23 de Novembro, já levou à evacuação das cerca de 1500 pessoas que viviam nas duas localidades nas imediações do vulcão, Portela e Bangaeira. A localidade de Por-tela estava já praticamente des-truída e por altura do fecho de edição do NA também cerca de 70% de Bangaeira.

A lava cortou estradas, des-truiu o edifício do Parque Na-tural da ilha do Fogo, casas de apoio à agricultura, consumiu duas igrejas da Portela, uma parte da Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras e dizimou

parcialmente a povoação de Cova Tina.

As informações mais recen-tes, de 7 de Dezembro, davam conta da previsão da ministra da Administração Interna de Cabo Verde de que a situação estaria para durar.

Até agora não há registo de vítimas e a evacuação correu normalmente. As autoridades têm insistido na imprevisibi-lidade da actividade vulcânica, indicando desconhecer-se se o pico de actividade já foi atingi-do.

Na ilha do fogo existem três municípios - São Filipe, Mos-teiros e Santa Catarina – sendo que Vila Nova da Barquinha tem um acordo de geminação com Santa Catarina, assinado em 2008.―

ÁGUAÁguas do Centro distribui a melhor água do país

vulcão já destruiugrande parte de Bangaeira e Portela está praticamente destruída

TEXTO RICARDO ALVES

A Águas do Centro é a enti-dade gestora que distribui a melhor água do país, revelou a Entidade Reguladora dos Ser-viços de Águas e Resíduos (ER-SAR) no dia 19 de Novembro.

A empresa serve 17 municí-pios na zona Centro e recebeu o prémio ‘Qualidade exemplar da água para consumo humano’ da ERSAR, por, “fornecer água para consumo humano de quali-dade exemplar numa vasta área, que se estende desde a fronteira com Espanha até ao rio Nabão”,

explicou a entidade em comuni-cado.

A Águas do Centro abrange, na componente designada ‘em alta’ – ou seja, na captação, trata-mento, adução e reserva de água –, os municípios de Alvaiázere, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Entroncamento, Ferrei-ra do Zêzere, Figueiró dos Vi-nhos, Idanha-a-Nova, Mação, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Proença-a--Nova, Sardoal, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão, além de alguns aglomerados do Sul do concelho do Fundão.―

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DEZEMBRO 2014

VN BARQUINHA

De pequenino se aprende a ganhar o eurinho

TEXTO RICARDO ALVESFOTOS PéRSIO BASSO

A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha (CMVNB) abriu as suas portas para receber cerca de uma cen-tena de alunos do Agrupamento de Escolas de VNB para anun-ciar a criação do “Prémio Muni-cipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar”, uma medi-da inserida no Plano Estraté-gico de Desenvolvimento Eco-nómico "Barquinha 2020". No dia 26 de Novembro, os parti-cipantes no projecto “Empreen-dedorismo na Escola” ouviram o presidente da autarquia, Fer-nando Freire, anunciar o prémio mas também o Agrupamento de Escolas anunciar uma iniciativa inédita no âmbito do projec-to: a criação de um “Viveiro de Empresas” em ambiente esco-lar, onde haverá um espaço na escola destinado ao efeito, com meios e equipamentos próprios.

“Educação é trabalho, traba-lho é educação”, registou Fer-

nando Freire no início do seu discurso. Depois de visitarem as instalações de duas empresas a laborar no Centro de Negócios de VNB – Gonfersol e Espaço Mecânico - seguiu-se uma pas-sagem pela Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha, onde os jovens empreendedores fica-ram a conhecer o processo de constituição de uma empresa. “Os objectivos são despertar o gosto pela iniciativa empresarial, envolver os jovens e a comuni-dade empresarial num processo de aproximação e motivá-los a continuar os seus estudos em áreas profissionais e tecnológi-cas”, anunciou Freire.

O presidente da autarquia não perdeu a oportunidade de tentar transmitir alguns dos va-lores que crê serem essenciais para o futuro, “num tempo em que reinam lógicas de coisas simples, de economia, em que tudo roda no binómio custo/be-nefício, importa recordar que os jovens são o recurso mais valio-so desta instituição a que cha-mamos nação” e que “Portugal deve ser competitivo e solidário,

Alunos ouviram atentamente os representantes do projecto depois de visitarem empresas e a Loja do Cidadão

o futuro não é nada de vazio que nos é oferecido, o futuro é aquilo que cada um de vós quiser que seja e for capaz de construir”.

O projecto envolve 4 turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensi-no básico e tem como principal

promotor o Agrupamento de Escolas, com a parceria do Mu-nicípio, Nersant, Tagusvalley, Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e Associa-ções de Pais. Antónia Coelho, directora do Agrupamento de Escolas, realçou a importân-

vestido a preceito com a puberdade na face, a imagem do projecto

cia da iniciativa, “começamos a aprender fazendo, tudo isto vai proporcionar o espírito de em-preendedor, de criatividade, de iniciativa que mais tarde vão ser ferramentas extremamente úteis para que consigam ser cidadãos proactivos, e é disso que preci-samos, de gente capaz de inter-vir, lutar contra a diversidade e transformar o mundo. Os jovens são a nossa esperança de tornar o mundo melhor”, disse para a plateia de jovens.

Hugo Rodrigues, represen-tante da CIMT, recordou o tra-balho da entidade na área do empreendedorismo, “que é uma

área muito importante no actual contexto do nosso país, de sen-sibilizar toda a população para a questão do empreendedorismo e concretamente as camadas mais jovens”, acreditando que “isto vai marcar o vosso percurso académico”.

Na cerimónia estiveram ainda presentes o presidente da assembleia Municipal de VNB, Rui Picciochi, o representante da Tagusvalley, Homero Cardo-so, e outros autarcas, empresá-rios e professores. Os resultados do “Prémio Municipal de Em-preendedorismo em Ambiente Escolar” serão anunciados no final do ano lectivo.―

Cem alunos foram recebidos na Câmara Municipal e incentivados a agarrar a oportunidade concedida pelo projecto

NERSANT Formação para desempregados em toda a regiãoTEXTO NA

A NERSANT celebrou no passado dia 25 de Novem-bro, um Acordo de Cooperação com o IEFP para desenvolver um conjunto de acções inte-gradas na Medida Vida Activa, em toda a região do Ribatejo. O desenvolvimento da primeira acção de formação está agenda-da para o dia 18 de Dezembro, na Chamusca, denominando-se o curso "Agente em Geriatria", e dirigido para desempregados

com o 4.º ano de escolaridade.Em Janeiro, a associação tem

já agendadas duas formações ao abrigo desta medida: dia 16, iniciará a formação "Técnico de Vendas", em Torres Novas, e "Técnico Auxiliar de Saúde", no Cartaxo, para desempregados com o 4.º e 9.º ano, respectiva-mente. Em Fevereiro, arranca o curso "Técnico Comercial", em Salvaterra de Magos, para de-sempregos inscritos nos centros de emprego com o 9.º ano de escolaridade, e ainda a forma-ção "Agente em Geriatria", em

Ourém, para activos desempre-gados com o 4.º ano. "Técnico Auxiliar de Saúde" e "Técnico de Comércio Internacional", são as formações a iniciar em Março e Abril, em Torres No-vas e Santarém, para desem-pregados com o 9.º ano de es-colaridade. Está ainda previsto o arranque de outras acções de formação até Junho, nas loca-lidades de Coruche, Entronca-mento, Alferrarede e Ourém, também nestas áreas.

Os desempregados inscritos

nos centros de emprego inte-ressados em consultar a calen-darização total destas acções e os conteúdos programáticos de cada curso, podem fazê-lo no portal da NERSANT, em www.nersant.pt, pesquisando pelo Vida Activa no menu cor-respondente à formação. Neste espaço, os candidatos podem ainda descarregar a ficha de inscrição relativa à medida Vida Activa.

De referir que os formandos que sejam admitidos aos cursos de formação poderão ter direito

a uma bolsa de formação (apoio não atribuído a desemprega-dos beneficiários de subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego e rendimento social de inserção), e encargos com alimentação e com trans-portes.

A realização de acções de formação no âmbito da Me-dida Vida Ativa, permitirá aos participantes a aquisição e/ou reforço das suas competências, contribuindo para uma mais rápida e efectiva integração so-cioprofissional.―

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DEZEMBRO 2014

EMPRESAO "professor" que não cabe nesta página

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

Inicialmente, a conver-sa com Manuel Lourenço, fundador da empresa Espa-ço Mecânico, sediada em Vila Nova da Barquinha (VNB) estaria reservada a este espa-ço, aproveitando o facto de ter sido uma das empresas visitadas pelos jovens empreendedores das escolas do concelho. Mas a conversa revelou, e por vezes (poucas) isso acontece, que este espaço é pequeno para a riqueza e franqueza das mensagens do empresário. Assim, volta às pá-ginas do NA no mês de Janeiro com a entrevista integral, um verdadeiro manual de boas prá-ticas empresariais, experiência e sabedoria. Este mês deixamos apenas alguns pormenores de uma longa conversa.

Manuel Lourenço enfren-tou já duas visitas do Fun-do Monetário Internacional (FMI). A aterragem do FMI num país nunca carrega boas notícias. O mesmo é escrever que Manuel Lourenço já viveu duas grandes crises nacionais enquanto empresário. Como é que as ultrapassou? “É nes-ses momentos que temos de ter algum discernimento, saber o que é possível fazer no meio

Manuel Lourenço nas oficinas da espaço Mecânico

VN BARQUINHAVolta a haver sapateiro no coração da vilaTEXTO RICARDO ALVES

Em Vila Nova da Barqui-nha (VNB) já houve sapateiros e houve-os bons, que ainda hoje são lembrados com saudade. A proximidade com a cidade do Entroncamento foi apagando os serviços e artes mais antigas, atraindo os consumidores para si. Mas a necessidade aguça o espírito.

Paulo Teodósio Costa, 47 anos, residente em VNB, tem na família um avô sapateiro e um pai sapateiro mas nunca pensou vir ele próprio a tornar-se um. Trabalhou “desde os 15 anos nas Oficinas Gerais de Equipa-mento e Fardamento”, produ-zia o calçado para os militares, no Entroncamento. As oficinas foram fechando, ”primeiro a do Porto, depois a nossa e concen-traram tudo em Lisboa, onde era a sede”, contou ao NA Paulo Costa. Hoje está tudo fechado.

Muito tempo passou entre-tanto, “a vida tomou outro rumo, até que há cerca de ano e meio fiquei desempregado”. Foi uma colega que lhe fez uma pergunta que o deixou a pensar. “Olha lá, tu andas aí a fazer uns biscates… tu não foste sapateiro? Fui. Não percebes disso? Percebo. Porque é que não metes um projecto no centro de emprego e crias o teu próprio emprego?”, conta Paulo Costa. Aquilo ficou “cá a bater” até que decidiu ir falar com o pai, sapateiro, 77 anos, “então mas em casa de ferreiro espeto de pau? Não pode ser!”

“O meu pai mostrou-se cau-teloso, por causa da crise, mas eu disse que nas crises é que se fazem bons negócios” e avançou com o projecto para o centro de Emprego que depois o remete-ram para a NERSANT a fim de lhe fazerem o projecto.

Algum tempo depois, a 1 de Novembro, Paulo Costa abriu loja no coração da vila, junto à Câmara Municipal, o “Sapateiro Costa”. O pai ajuda-o e guia-o durante as manhãs, passando a sabedoria ao filho, espécie de recordação dos tempos em que saía das oficinas e ia para casa do pai até, por vezes, à meia noite a arranjar e restaurar sapatos.

“Ainda estamos no início, está a andar e a rolar. A primeira reacção é de agrado por voltar a haver sapateiro em VNB”, conta Costa, e pelo que o NA viu, pela quantidade de encomendas no interior da loja, as pessoas agra-decem o serviço de qualidade numa vila que bem precisa sol-tar amarras da cidade vizinha.―

Paulo Costa em trabalho, de qualidade ,dizem os clientes

das adversidades e agarrar-se a esses pontos positivos, fazer de-les uma alavanca para o projecto e seguir em frente”, contou ao NA o empresário.

Nunca pensou em desistir mas viveu tempos difíceis, “não eram de desespero, mas em que não sabia se passados uns dias tinha condições de continuar com a empresa, e quando se cria um projecto assume-se respon-

sabilidades não só sociais mas também económico financeiras, junto das entidades bancárias”. É precisamente essa a mensa-gem que tentou passar aos pe-tizes, aos aprendizes do projecto “Empreendedorismo em Am-biente Escolar”, que na manhã do dia 26 de Novembro, dia da nossa entrevista, estiveram nas instalações da sua empresa.

“Quando eles cá estiveram houve um miúdo que me per-guntou por que era empresário. Isto não tem que ver com um momento avançado da nossa vida, tem de começar logo desde tenra idade, desde a escola, por-que cada um tem um objectivo e tem de conseguir resultados, tem de ser empreendedor, de-terminado, organizado e disci-plinado, lutar pelos objectivos. Ou seja, se o faz enquanto alu-no, na escola, tem de dar conti-nuidade a essa atitude também na vida profissional”, explica o empresário, “as pessoas reagem de maneira diversa perante as dificuldades e eu acho que o empreendedorismo tem muito que ver com a atitude que temos perante as adversidades da vida. Há pessoas que se deixam ven-cer facilmente e isso é o princí-pio do fim, não há nada a fazer”.

Tudo isto parecem palavras feitas mas não o são, e isso mes-mo poderá quem nos lê compro-var na próxima edição do NA, em que os pormenores da vida do empresario, do seu percurso e aprendizagem são explanados.

Até lá, a empresa Espaço Mecânico no Parque de Ne-gócios de VNB há-de florescer mais um pouco, bem como a outra Espaço Mecânico, a de Bengela, Angola.

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OS PASSOS DE SÍSIFO

Novos tempos OpInIãO LUIZ OOSTERBEEk

Pelas grandes antenas novas Já dos velhos tempos Se não conhece nada.Bertold Brecht

Uma das frases mais bonitas que já li pode ser encontrada no livro "A Dialética da Na-tureza", de F. Engels: "tudo o que nasce é digno de morrer". A dignidade na morte é uma ideia central na afirmação da identidade da pessoa humana, pois remete para um plano de solidez e tranquilidade o mo-mento de máxima fragilidade física de cada um de nós. Mais do que em qualquer outro, este livro de Engels mostra como a segunda metade do século XIX pensava de forma alinha-da com a memória (a valoração do colectivo não aniquilava, pelo contrário, o cuidado com o individual) e com uma visão de médio e longo prazo (viver hoje de forma plena, preparan-do a morte, com tranquilidade).

O marxismo, por um lado, e a doutrina social da Igreja,

por outro, exprimiam essa pos-tura dialéctica, que compreen-dia que as superações, histori-camente, nunca se afirmaram com rupturas superficiais de discurso e sim com o aprofun-damento radical de tendência pré-existentes. Mesmo em Bakunin ou em Kropotkin se encontra essa convergência do individual com o colectivo, através do território, um en-tendimento que reencontra-mos em Portugal nas Viagens de Almeida Garrett, no ro-mance histórico de Herculano ou, mesmo, na utopia angustia-da de Antero de Quental. Em algum momento se perdeu essa visão de médio e longo prazo, que por milénios assegurou de-terminação tranquila às diver-sas gerações, cuja esperança de vida era menos de metade da actual. Num tempo em que se morria cedo, era evidente a ne-cessidade de pensar para além desse ciclo curto, projectando as acções de cada dia numa visão intergeracional. Mas não foi a longevidade, bem vinda, que gerou as nossas sociedades actuais de vistas curtas. Brecht pressentiu-o bem, ao conviver

com a ascensão e queda dos fascismos, e ao verificar que o pós-guerra já era outro mundo, que rompera de vez com o pas-sado: o esquecimento do passa-do, remoto e sobretudo recente, passou a ser a regra.

É nesse mar de esquecimen-to, iludidos pela aparente du-ração quase eterna das nossas vidas individuais, que nos en-contramos hoje. Por isso tan-to resistimos a perceber que entrámos numa nova grande depressão económico-social, como as anteriores, marcada por níveis demasiado elevados de desemprego. Resistência que nos impede de consensua-lizar estratégias de combate ao desemprego e à guerra, como as que Bismarck ou Roosevelt desenvolveram.

Por isso, também, sentimos uma angústia tão grande face ao futuro, com uma geração in-teira, de novo, a sentir-se ven-cida pela vida. Por isso, ainda, cresce tanto a burocracia (que oferece uma ilusão de seguran-ça a quem perdeu a esperança e as perspectivas), a vertigem das métricas de resultados (que

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CULTO 015DEZEMBRO 2014

"(...) iludidos pela aparente duração quase eterna das nossas vidas individuais, (...) resistimos a perceber que entrámos numa nova grande depressão económico-social, como as anteriores, marcada por níveis demasiado elevados de desemprego.“

DOM RAMIRO

A dois passos do caosOpInIãO CARLOS VICENTE

Neste estranho momen-to do mundo em que, por dormência dos sentidos e das situações nos deixamos ultra-passar pelas palavras, gestos e actos dos insensatos, é justo um “acordar” a essa altura, ou seja, acordar do pesade-lo, nem que para isso hajam danos “colaterais”. É essa ne-cessidade do acordar que se impõe à sociedade “civil por-tuguesa”.

Vai sendo tempo de mos-trar ao monstro que deixámos criar, as ideias e os ideais que temos e não pactuarmos mais com estas indecências televi-sionadas de tantos corruptos num tão curto espaço de tem-po num tão pequeno quintal à beira mar “plantado”.

escondem a mediocridade dos conteúdos), a pequena ambi-ção sem escrúpulos (por títu-los desprovidos de poder para realmente mudar e melhorar alguma coisa), a rotina pregui-çosa do ensino repetitivo (que exprime a ausência de cora-gem), ou a submissão das pes-soas a presumidos e ocos inte-resses colectivos (os “jovens”, os “idosos”, as “mulheres”,…mas nunca uma Maria ou um João, que sacrificamos de bom grado a essas ideias de colecti-vo e de futuros nos quais não cremos).

Já se viram constelações de decadência assim no passa-do, como na Europa dos anos 30 do século passado, com Heinrich Brüning primeiro e, depois, com Chamberlain e Daladier, sobre cujos ombros se ergueu eixo Hitler-Mussolini.

Mas também foi em mo-mentos de grande pobreza de vistas que se construíram ca-minhos inovadores. Essa é a nossa oportunidade. Escolher entre assumir a oportunidade ou chorar o destino é, mais que nunca, a nossa obrigação.―

Bom… não somos tolos, realmente já nos apercebe-

mos, que toda a nossa per-missividade e passividade

nos colocaram neste colete--de-forças, que é necessário

romper, para bem de todos nós e das gerações futuras, de “futuros” incertos.

O espectáculo televisivo é deprimente e desvia-nos olhares para a distracção… a “não notícia”, é mais impor-tante que a notícia, os valores atrofiam-se entre quem deve e quem pode… e essa é a di-ferença entre as boas e as más pessoas nas suas capacidades ou na falta delas, que poluem este ar de mar e de floresta, ainda com tanto para dar.

Sejamos portugueses dos velhos costados, é a altura de pormos os pontos nos Is.

Não é por nada um trecho de Orwell, nem uma visão de Aldous Huxley, mas sim a realidade da mediocridade de quem dirige (ironicamente) esta jangada de pedra…―

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DEZEMBRO 2014

VN BARQUINHA

Sob o signo das artes, crescer

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

Com que sentimento celebra este aniversá-rio e como é que gostaria de ver o CUR daqui a um ano?O associativismo aqui no clube tem sido forte a nível de pessoas. Em Fevereiro terão passado 18 anos que aqui estou e tenho notado ao longo dos anos uma for-ça de pessoas que estas casas merecem, porque se não forem as pessoas isto não vale a pena e mais vale fechar a porta. Então o que espera é que haja continuidade?Para os próximos anos esperamos que sim, agradecia era que aparecessem mais sócios, para que viessem para os corpos directivos, porque serem sempre os mesmos começa a cansar. Mas aqui o clube não tem razão de queixas a nível de pessoas. Tem surgido muita gente, colaboradores, existe uma direcção com onze elemen-tos, os restantes corpos gerentes, concelho fiscal, mesa da assembleia, têm sido fantásticos a colaborarem, existe um grupo de fora de associados que quando nós precisamos estão cá… Portanto, há margem para crescer……ainda hoje à tarde (ndr: dia de fado humorístico, 30 Novembro)... Sabe, isto são 4 dias seguidos de aniver-sário, o trabalho tem sido complicado e se não for bem coordenado há sempre falhas, e eu preocupo-me com as falhas e às vezes tento antecipar. Como dizia, hoje à tarde, estavámos aqui seis ou sete pessoas a organizar

e apareceram aqui outros tantos para ajudar, o que é muito salutar e positivo. Não estava à espera.As obras que estão na parte inferior da sede – Casa do Povo - consistem em quê?Foi lançada uma candidatura em 2011 e andámos num processo para a tentarmos ganhar, durante cerca de dois, três anos, e lá conseguimos. A burocracia foi mui-ta, a ajuda da câmara foi imprescindível, o presidente da autarquia, Fernando Freire, na altura vereador, deu--nos uma ajuda imprescindível e a Marina Honório (ndr: Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento e Em-preendedorismo Local, GADEL) é incansável a cola-borar connosco na documentção. Quando se espera a conclusão das obras?

A obra começou, adjudicámos a um empreiteiro mas temos tido algumas dores de cabeça Esta obra já era para estar finalizada. O empreiteiro tem dificuldades financeiras e ele é que devia suportar primeiro as des-pesas e depois o clube pagar. Devia pagar conforme a obra vai sendo feita e tem andado a arrastar. Já era para ter acabado no fim de Junho, temos tido ajuda na porrogação do tempo e temos que terminar até ao dia 15 de Dezembro porque senão o apoio acaba, mas só falta a parte eléctrica e as loiças da casa de banho e a obra consiste na zona do ex ringue: a parte do pátio é para ser um bar, que actualmente é na zona adjacente à cozinha que será ampliada. A zona agarrada ao salão é a casa de banho para deficientes e a casa de banho para homens. E temos um espaço bastante agradável para arrumos, para termos mesas e cadeiras lá dentro.Qual é o orçamento da obra?140 mil euros.Comparticipado em quanto?Comparticipado em 80%, muito bom, e a ajuda da Câ-mara foi fundamental também. A Câmara ainda aju-dou com 40 mil euros. E por cima desta parte das casas de banho é um primeiro andar ligado ao que já existe, portanto ficamos com melhores instalações para que toda gente se sirva. O nosso objectivo, a nossa missão dentro deste clube, a missão dos corpos directivos é criar as melhores condições possíveis não só para as actividades que existem que são as danças de salão e o teatro, como também a academia de artes que abran-ge cursos de bordados que está no activo e a Tuna do clube.―

O Clube União de Recreios (CUR) de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, celebrou entre os dias 28 de Novembro e 1 de Dezembro, o seu 85.º aniversário em clima artístico com a III Feira das Artes. Pela sede do clube, durante os dias de festa, passaram artesãos e artesãs, escritores(as), músicos, humoristas e muitos visitantes. O clube, com cerca de 220 sócios pagantes, respira saúde, como nos contou o presidente Francisco Ferreira

um cenário habitual no Cur: casa cheia

uma perspectiva do palco

Duas voluntárias na cozinha: os associados são a grande riqueza do Cur

CONCERTO Grupo Coral de Tancos na Igreja Matriz de AtalaiaTEXTO NA

Depois do sucesso de 2013, o Grupo Coral de Tancos volta à Igreja Matriz de Atalaia para mais um concerto de natal. Pelas 21h00 do dia 20 de De-zembro, numa sala privilegiada como é a Igreja monumento, o Grupo dará um concerto com músicas do seu repertório

habitual mas vai incluir outras músicas dedicadas à época na-talícia.

Em 2013 a sala esteve prati-camente cheia e espera-se que para este ano a igreja Matriz encha. O concerto terá a parti-cularidade de incluir uma parte com três tenores que vão inter-pretar temas de um mundial-mente famoso tenor. A entrada é livre.―

TEATRO DE FANTOCHES

CIEC apresenta “A cigarra e a Formiga"TEXTO NA

O Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC) de Vila Nova da Bar-quinha está a organizar um tea-tro de fantoches sobre o conto “A cigarra e a formiga” que será apresentado no dia 13 de De-zembro na Biblioteca da Escola de Ciência Viva e no CIEC.

Com início marcado para as 15h30 o teatro tem como

público-alvo as crianças entre os 4 e 10 anos e terá a duração de 60 minutos.

A inscrição para o teatro de fantoches “A cigarra e a formiga” é obrigatória, existindo limite de inscrições, e poderá ser feita a partir dos números 249720358, 926642703, 927410436 ou do e-mail [email protected]. Para mais informações poderá contactar o CIEC a partir do e-mail [email protected].―

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ASSOCIATIVISMO 017DEZEMBRO 2014

VN BARQUINHA

93 anos de trabalho e boa vontade, de olhos postos no centenário

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

O NA entrevistou o presidente do clube fun-dado em 1921, Luís Esperança, que apesar das difi-culdades mantém o clube activo com desporto, teatro, dança e outras artes. Há dois anos como presidente da direcção depois de já fazer parte da mesma, Esperança diz que a boa vontade faz o clube ultrapassar todas as dificuldades.

93 anos, uma marca histórica, a sete anos de completar um século, como é que está o CIR?O CIR tem dificuldades, mas nós com a nossa boa vontade vamos tentando ultrapassar todas as dificul-dades. Não é fácil, o clube financeiramente não está bem, estruturalmente também não está bem, precisa de muitas obras e os meios não são os ideiais, os apoios também não são os melhores , temos de ser nós pró-prios com o nosso suor a levar as coisas para a frente. Mas a força do CIR apesar de todas as dificul-dades, vem dos Associados?A força vem dos associados sim, mas é preciso nós pu-xarmos pelos associados também. Podíamos ter mais apoio dos associados. Embora tenhamos aqueles asso-ciados ferrenhos que acompanham sempre a casa, são esses que estão aqui presentes (ndr na festa de aniver-sário), mas a maioria dos associados desligou-se um bocado da associação. Se eles dessem mais apoio se calhar as coisas corriam muito melhor. Mas mesmo assim vamos sobrevivendo. Hipoteticamente, se o CIR vivesse maior pu-jança financeira o que faria, ou qual seria o primeiro fogo que apagaria?A primeira coisa que fazia era obras de recuperação que temos aí muito importantes. Temos um camarim que é bastante necessáro para dar assistência ao palco, temos aqui muitas infiltrações, estruturalmente tinha-mos aqui muitas coisas para fazer. Era a primeira coisa a fazer para prolongar a vida disto tudo. São as activi-dades que trazem as pessoas à casa, mas se o edifício em si não tiver condições, não podemos fazer nada.

O CIR tem alguma actividade durante a se-mana? Está aberto? Tem, temos aulas de ZUMBA, temos aulas de guitarra, bateria, temos um grupo de teatro e estamos agora a tentar arranjar mais actividades.E ao nível da renovação etária dos associa-dos?Pois, aí é que é muito complicado, posso dizer que cer-ca de 80% a 90% são pessoas com bastante idade, estão sempre pessoas a morrer e os associados vão diminuin-do e é difícil trazer as pessoas novas para associados. Mas este clube tem 93 nos e há pessoas, como hoje se viu, que estão a fazer cinquenta anos de associados. Já são muitos anos.Mas gostaria de apelar aos associados para que contribuíssem um pouco mais para o clube?Pelo menos que frequentassem mais o clube… Quan-do realizamos um evento, que eles participassem mais. Por exemplo, tivemos um evento no Verão no terraço, que é um sítio explendido, com uma paisagem espeta-cular, e o número de pessoas não é o desejado. Voltando atrás, às obras, tem um orçamento

por alto da verba que seria necessária?A verba que seria necessária aqui, para pormos isto tudo nas condições devidas, poderá rondar os 80 mil euros. E há alguma mensagem que queira deixar aos associados neste dia feliz, apesar das tormentas? Gostava de apelar, já passaram 93 anos, faltam 7 anos para o centenário, e gostaríamos de chegar lá e que o clube estivesse com vida e que estivesse aí com a pujan-ça toda, e só com a ajuda deles é que alcançamos isso. Atingir a marca do centenário, com toda a nossa força, é o que mais desejamos.―

O Clube de Instrução e Recreio (CIR Ex-Tuna) de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, celebrou o seu 93.º aniversário no dia 15 de Novembro e assinalou a data com uma actuação do Grupo coral de Tancos na sede do clube, entrega de medalhas aos sócios que completaram 50 anos de associado e um bolo de aniversário que juntou várias dezenas de pessoas.

Luís esperança deseja um clube "pujante" para o centenário

Actuação do Grupo Coral de Tancos numa das salas de espectáculo do clube

93 velas apagadas com com a presença do presidente da autarquia, Fernando Freire

CONSTÂNCIA Câmara de Constância e Fajudis criam Fórum Associativo e de JuventudeTEXTO NA

No dia 22 de Novembro, a Câmara Municipal de Cons-tância (CMC) e a FAJUDIS - Federação das Associações Ju-venis do Distrito de Santarém, assinaram um protocolo com vista à criação de um Fórum Associativo e de Juventude e à

instalação da sede desta última na vila. A assinatura decorreu em Fátima durante o “Encon-tro Nacional – Percursos para a Mudança – DAR O SALTO!”, organizado pela FAJUDIS.

Com a assinatura do pro-tocolo a FAJUDIS e o Fórum Associativo de Juventude pas-sarão a funcionar na rua Luís de Camões, no antigo Centro

de Empresas de Constância. A autarquia informa em comuni-cado que os principais objecti-

vos desta acção, “integrada na política de juventude preconi-zada pela CMC”, proporcionar aos/às jovens e à comunidade em geral a oportunidade de desfrutarem de um espaço de encontro, convívio, troca de conhecimentos e experiências, disponibilizar equipamentos do centro de recursos às asso-ciações e ao próprio município,

apoiar com serviços técnicos as associações e grupos de jo-vens bem como as actividades e eventos das associações, apoiar tecnicamente projectos de em-preendedorismo e empregabili-dade jovem apresentados pelos/as jovens e pelas associações e contribuir para a dinamização do Centro Histórico da Vila de Constância, entre outros.―

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018 PALAVRANovoAlmourol

DEZEMBRO 2014

OPINIÃO

Contributo para a História da investigação arqueológica no concelho de Vila Nova da Barquinha IITEXTO JúLIO MANUEL PEREIRA*

II- UM ACHADO FORTUITO QUE REVOLUCIONOU O PA-NORAMA ARQUEOLÓGICO DO CONCELHO

A interrogação que eu fa-zia a mim mesmo acerca da inexistência de vestígios arqueológicos conhecidos no concelho de Vila Nova da Bar-quinha, haveria de ter uma res-posta em breve.

Ao tempo, eu vivia na Ur-banização da Barreira Verme-lha, nas proximidades da Moita do Norte, e o meu jovem filho – Rui Pereira –, que nos acom-panhava mas nossas expedições arqueológicas, passou a prestar mais atenção a todas as pedras que via, de tal forma que, num certo dia de Junho/Julho de 1990, quando andava de bici-cleta na zona, reparou que tinha havido uma intervenção na ca-bine do posto de transforma-ção ali existente, que originara a formação de uns pequenos montes de terra. Ao inspecionar os mesmos, com grande surpre-sa sua, detectou a presença de algumas lascas de sílex. Imedia-tamente me chamou a atenção para o achado o que nos levou a prospectar o local, recolhendo diversos artefactos talhados so-bre seixos quartzíticos.

Claro que o Zé Gomes e o Joaquim Murcela foram tam-bém postos ao corrente da des-coberta, tendo participado em acções de prospecção ulteriores.

Importava então classificar os artefactos recolhidos e, mais importante do que isso, tentar perceber a que época da Pré--História pertenceriam. Tínha-mos a nossa opinião, mas, como, nesse tempo, éramos amadores, era preciso que a mesma fosse confirmada ou infirmada por

alguém mais sabedor.Então, num belo dia, lá fo-

mos os dois – eu e o Zé Gomes – para Lisboa, carregados com “calhaus” para, no intervalo do almoço, nos dirigirmos ao Mu-seu dos Serviços Geológicos, onde ele conhecia um notável investigador – o Dr. George Zbyszevski.

Lembro-me perfeitamen-te de entrarmos naquele espa-ço e de vermos a figura distinta daquele cientista, de bata branca, junto a uma janela, a analisar al-guns artefactos. Registe-se que, nessa ocasião, aquele investigador já estava aposentado, mas passava quase diariamente pelo Museu onde trabalhara muitos anos, aju-

dando estudantes e outros inves-tigadores.

Classificados os materiais do ponto de vista tipológico e crono--cultural, estávamos em condições de divulgar o achado. Preparei um texto para os jornais locais que, embora escrito por mim, foi subs-crito pelo Zé Gomes e pelo Joa-quim Murcela – prática que have-ríamos de seguir em publicações posteriores, visto que o Zé Gomes era avesso à escrita e o J. Murce-la, embora muito interessado, não tinha formação ou experiência ar-queológica.

Nesse texto, naturalmente, dava-se um realce especial ao pa-pel que o meu filho tinha tido na descoberta.

Ali se afirmava o seguinte; “Registe-se o facto de os pri-

meiros indícios (lascas e núcleos de sílex e alguns objectos) terem sido detectados por um jovem estudante da Escola Secundária da Barquinha – Rui Pereira – de apenas 13 anos. Isto mostra como certas qualidades dos jovens (o seu entusiasmo, o poder de ob-servação, e o espírito de aventura), quando devidamente aprovei-

tadas, podem ser extremamente importantes para a detecção, re-colha e preservação do património arqueológico local. Por isso, esse grupo de apaixonados da Arqueo-logia, gostaria de se abrir à parti-cipação de um maior número de jovens e, simultaneamente, de se institucionalizar, a fim de poder vir a ter uma intervenção mais alargada e qualificada”

Na minha mente estava já a futura criação do Núcleo de Ar-

queologia e a sua abertura às ca-madas jovens, o que não levaria muito tempo a materializar-se.

Importa, porém registar, uma vez que não tem sido suficiente-mente realçado, que aquele acha-do fortuito do jovem Rui Pereira, na sua simplicidade, haveria de iniciar a revolução do panorama arqueológico do concelho.

Vide Jornal Novo Almourol de Ju-lho/1990 e Jornal “Notícias do Entronca-mento” de 10/8/1990.―

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novoALMouroL.worDPress.CoM

CULTURA 19DEZEMBRO 2014

o Fórum ribatejo reuniu no passado dia 29 de novembro no entroncamento, sob o tema “História da Ferrovia”. Aspetos que vão desde as questões sociais e técnicas até às de natureza da investigação his-tórica e perspetivas de futuro se cruzam. nas comunicações presentes foi possível perce-ber (por razões de trabalho só estive da parte da manhã) entusiasmo e trabalho realiza-do. os participantes do painel foram, de facto, contagiantes e deixaram pistas bem relevantes que importa considerar como componentes da imagem e do futuro da cidade. As cidades fazem-se também da sua His-tória, não apenas de economia e urbanismo, de Política e Planeamento mas devem saber atrair Talentos, usar de Tecno-logia, e serem Tolerantes. Há muitos e bons investigadores locais, com as origens profis-sionais mais diversas que se motivam e estudam coisas da sua envolvente geográfica mais próxima e tematicamente tão relevantes quanto a questão ferroviária nacional. oferecem à cidade do entroncamento um excelente serviço Público prestado também por outros investigadores nomeadamente a nível Individual ou integrados no Fórum ribatejo, porque os aspectos históricos, o pre-sente e as visões de futuro, entendem-se mais do que em discursos sobre cidadania, no seu exercício. Por isso, há que registar para futuro, aspectos referenciados que não pode-remos deixar de considerar nesta oportunidade. Cotinelli Telmo mereceria muito mais respeito do que aquele que lhe é prestado pelo actual proprie-tário do Bairro Camões e de toda a envolvente edificada e em risco de desaparecimento total maculando a história de uma cidade tão importante no contexto da história nacional, não apenas ferroviária. Dói sen-tir o desprezo que os actuais proprietários dispensam a tão significativa “página” da histó-ria entrocamentense, recheada de outras “páginas” igualmente devedoras de atenção. Há 5 anos (que se cumprirão em 7 de dezembro, p., f.) o Autor do blogue http://ruinarte.blogs-

Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações

37. Serviço público e desenvolvimento.

Luís Mota FigueiraProfessor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar

pot.pt/2009/12/bairro-e-escola--camoes-entroncamento.html, o Fotógrafo, Gastão de Brito e silva, alertava para a tragédia que a obra de Cottinelli Telmo sofria no entroncamento. o levantamento fotográfico de então significou uma inter-venção de verdadeiro serviço Público que infelizmente a refer pareceu e parece ignorar. A classificação da escola e do Bairro Camões como Patrimó-

As cidades fazem-se também da sua História, não apenas de Economia e Urbanismo, de Política e Planeamento mas devem saber atrair Talentos, usar de Tecnologia, e serem Tolerantes.

“Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a”Johann Goethe

nio de Interesse Municipal é ló-gica, porque impulsionada pela espessura histórica do legado de Cottinelli. Contudo, deverá ser ampliada e marcada por intervenção material urgente. A classificação como património de interesse mais amplo, quer nacional, quer internacional é a melhor forma de devolvermos à sua obra o nosso “Dever de Memória”. Claro que o Fórum ribatejo e o distinto Fotógrafo como muitos mais cidadãos es-tarão, certamente, disponíveis para uma jornada colaborativa que dê sentido, tanto ao encon-tro do passado sábado, quanto aos seus clamores e de outros sobre esta situação. será que alguém da refer ouvirá esta disponibilidade de tanta gente para mais este serviço Público? Incluo-me nessa disponibili-dade e sei que outras gentes estarão disponíveis para este desafio. Haverá sensibilidade dos responsáveis da refer para o desafio que significa respeitar a memória ferroviária?Tomar, 30 de novembro de 2014―

Luís Mota Figueira escreve segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico

Espadaque SangraO escritor Nuno Ferreira, de Moita do Norte, concelho de Vila Nova da Barquinha, lançou recentemente o livro de literatura fantástica “Espada que Sangra” e está desde então a apresentar a sua obra. No dia 14 de Dezembro, pelas 17h00, vai fazê-lo na sua “casa”, em Moita do Norte, no Clube União de Recreios. O evento terá ainda a actuação da Escola de Dança Desportiva do CUR e pela TCUR, a tuna do Clube União de Recreios. O livro é é o primeiro volume de Histórias Vermelhas de Zallar e é editado pela "Chiado Editora". O evento é de entrada livre.―

XV Natal da CriançaO Clube União de Recreios de Moita do Norte organiza no dia 21 de Dezembro, pelas 16h00, o XV Natal da Criança, festa dedicada aos mais pequenos e com a presença de palhaços e do tão ansiado Pai Natal. Haverá lanche para todos e uma prenda para cada um dos inscritos. Mas não são só os inscritos a receber prenda, os filhos de sócios do CUR, bem como crianças residentes na freguesia (até ao 10 anos) vão igualmente receber um presente se estiverem presentes na festa. A inscrição é até 12 de Dezembro para os contactos 913813870 ou 965659104 e nas instalações do CUR.―

MoITA Do norTe LITerATurA

Jogo dos CampeõesEm Tancos vão ser homeageados os jogadores da equipa Campeã Distrital na época 88/89.No fim-de-semana de 13 e 14 de Dezembro constam do programa no Sábado, pelas 17h00, uma missa por alma de todos os jogadores, treinadores e dirigentes já falecidos e no dia 14, Domingo, pelas 11h00, um jogo de futebol, no Parque Desportivo Municipal de Atalaia seguido de almoço convívio no Pavilhão do Grupo Folclórico “Os pescadores de Tancos”.―

TAnCos

EDUCAÇÃO"Gastar" tempo com as crianças, com afectos, a pensar no futuroTEXTO&FOTO RICARDO ALVES

Casa cheia e um pouco mais. O espaço foi pequeno para ver e ouvir Quintino Aires no I Encontro de Educação Inclusi-va, intitulado de “Sem Livro de Instruções”, que se realizou no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha (VNB) no dia 26 de Novembro. Maioritariamen-te composto por espectadores da área educativa, o evento aberto ao público esgotou para ouvir o eloquente professor licenciado em Psicologia e doutorado em Psicolinguística.

No encontro, organizado pelas associações de pais de VNB, Escola Ciência Viva e Praia do Ribatejo e também pela Câmara Municipal de VNB e PESES, Quintino Aires esteve acompanhado em palco pelo presidente da autarquia, Fernando Freire, e Ana Santos, subdirectora do Agrupamento de Escolas de VNB.

“Deus não conseguia rea-lizar tudo, e por isso criou as mães”, foi com este provérbio judeu que Quintino Aires ini-ciou a sua intervenção, para de seguida distinguir a informação genética da criação da perso-nalidade, “aquilo que nos torna únicos”.

Tornarmo-nos pessoa “não é olhar para o comportamen-to como “o que eu faço hoje depende do que me aconteceu

ontem, é ao contrário, o que eu faço hoje depende do que me vai acontecer amanhã”. “Quan-do alguém leva o filho à minha consulta porque teve sete ne-gativas no último período, não é por isso que vai à consulta, ele vai para que não tenha sete negativas no próximo período”, defendeu Quintino Aires, re-forçando a necessidade de fun-cionarmos em termos de futuro, desvendando uma frase de um ex-toxicodependente que acom-panhou.

“Quando comecei a traba-lhar consigo eu consumia para me lembrar como era boa a sen-sação e o alívio do dia anterior, quando ainda tinha consumido, então eu voltava a consumir. Hoje, eu não consumo porque me lembro como amanhã vai ser desconfortável a sensação que vou ter.

“A ideia de hoje faço ou não faço determinada coisa em função de como vou sentir e

como vou ou não realizar ama-nha é o grande desafio para as ciências do comportamento e humanas”, sentenciou o psicó-logo.

Educar é isso mesmo, pre-parar as crianças para o futuro. E transformar implica relação, “gastar tempo com as crianças”, estimular o seu cérebro e activá--las socialmente, com afectos. Para os professores, Quintino Aires reservou a última fase da palestra, “se quisermos combater a desigualdade, o primeiro pas-so é perceber que cada criança não pode apenas estar sujeita à aprendizagem dentro de casa, porque apenas saberá repro-duzir aquilo que já teve e não poderá expandir. Por isso o "P" de professores é tão importante quanto o "P" de Pais”, reconhe-cendo as dificuldades na educa-ção das crianças e alunos, “isto não há livro de instruções, nem GPS”, mas a presença de Quin-tino Aires ajudou a clarificar o caminho.―

Ana santos, Fernando Freire e Quintino Aires

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020 CULTURANovoAlmourol

DEZEMBRO 2014

ARQUEOLOGIAApresentação da Carta-galeria arqueológico-histórica de Vila Nova da BarquinhaTEXTO NA

Dia 13 de Dezembro, pe-las 17h00, vai realizar-se a apresentação e lançamento da Carta-Galeria Arqueológico--Histórica do concelho de Vila Nova da Barquinha, no Au-ditório do Centro Cultura da vila. O evento vai contar com o colectivo que contribuiu para a realização do projecto.

No evento estarão presentes Fernando Freire – Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Ana Cruz - Directora do Centro de pré-

-História do Instituto Politéc-nico de Tomar (IPT), Pierluigi

Rosina - docente de Arqueolo-gia e Património do IPT, Sara Cura - Técnica Superior do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, Luiz Oosterbeek - Professor Coordenador do IPT, António Luís Roldão – Inves-tigador da história local, José Manuel da Silva – antigo do-cente no IPT, na área da Con-servação e Restauro, Ana Graça - Técnica Superior do Centro de Pré-História do IPT, Cidá-lia Delgado – Técnica Superior do Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo e Rita Anastácio - Docente no IPT.―

TORRES NOVAS

Rui Sena é o novo director do Teatro VirgíniaChega da Covilhã a uma cidade de média dimensão, o que “sempre” o atraiu, pelo trabalho muito mais directo com as pessoas e proximidade com as associações. Rui Sena, de 62 anos, substitui Tiago Guedes que em Junho deixou a direcção do Virgínia para assumir a direcção artística do Teatro Rivoli, no Porto

rui sena (esq.) com Pedro Ferreira, presidente da autarquia

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

O novo director artístico do Teatro Virgínia (TV), foi apresentado no dia 14 de No-vembro após um processo de escolha ponderado e no qual, contou o presidente da Câma-ra Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, os ex-directores João Aidos e Tiago Guedes foram consultados sobre o per-fil mais adequado para o novo director. Esta consulta visou garantir a continuidade do pro-jecto do TV.

O presidente da autarquia contou ainda que a primeira es-colha recaiu sobre João Aidos, um regresso, portanto, mas o antigo director do TV recusou. Foi nessa altura que surgiu o nome Rui Sena.

Sena fez uma breve viagem pelo seu percurso, contextuali-

zando os objectivos que haveria de delinear nesta nova etapa da sua carreira. Licenciado em estudos teatrais, é director da associação Quarta Parede da Covilhã, e programa anualmen-te o festival de artes performa-tivas da associação, o Festival Y que conta já com dez edições, a última das quais em Outubro passado.

É precisamente da asso-ciação que Sena diz beber o conhecimento para o cargo que agora ocupa, “a Quarta Parede é a estrutura que me tem dado o know how em termos de pro-gramação cultural”, admitindo também a atracção por cidades de média dimensão onde, expli-cou, “se faz um trabalho muito mais directo com as pessoas e conhece-se de perto as associa-ções”, desiderato que considera “fundamental para o projecto” que o levou ao TV.

O que não ficou fora da ceri-mónia de apresentação foram as dificuldades por que passa a área cultural, “quando a cultura não existe, isso é sempre visto como um mal menor”, criticou Rui Sena, lamentando a visão política sobre a cultura em Por-tugal. Pedro Ferreira acenou ti-midamente e acabou por refor-çar a importância do TV para o concelho e para a região, “com o desejo de que o TV possa galgar fronteiras”.

Sobre a programação para o primeiro trimestre de 2015, Rui Sena assumiu que fechá-la é a primeira prioridade. Depois, contou o novo director, quer sentir o pulso à cidade através da sua nova equipa, a do TV, que passou da extinta empresa Turriespaços para a Câmara Municipal. Foi para a equipa, de resto, que guardou grande parte das suas intervenções,

considerando-a “fundamen-tal” para alcançar os objectivos para o Teatro, que vai manter “programação equilibrada, com teatro, dança e música” e que vai tentar chamar a si “as novas ge-rações de espectadores e criado-res para manter viva esta casa”.

Sobre orçamentos para o tra-balho agora iniciado, o presi-dente da autarquia afirmou que só se poderão conhecer “lá para 2015”, altura em que já se co-

nhecerão as linhas mais concre-tas do novo quadro comunitá-rio, no qual vai assentar grande parte da sustentabilidade dos projectos.

Ladeado por Pedro Fer-reira, pela vereadora da cultura Elvira Sequeira e pelo vice--presidente da autarquia, Luís Silva, Rui Sena garantiu que o TV vai continuar a abrir as portas à comunidade e que vai estar muito atento aos projectos da comunidade.

TOMARSinagoga de Tomar vai ganhar nova vida com apoio norueguêsTEXTO RICARDO ALVES

O monumento nacional, classificado desde 1921, vai ser alvo de obras de requalifica-ção com vista à sua revitalização já em 2015. O templo hebraico, construído no séc. XV e um dos monumentos mais visitados da cidade de Tomar, foi a razão da presença da embaixadora de Israel em Portugal, o primei-ro secretário da embaixada da Noruega e o secretário-geral da Rede de Judiarias de Portugal, no dia 17 de Novembro, no sa-lão nobre do município.

A primeira fase da obra

incidirá na recuperação física do edifício e conta com o apoio do reino Norueguês, através do fundo EE Grants, no valor de 150 mil euros. A zona de ba-nhos rituais, que está preser-vada tal como ficou aquando das escavações arqueológicas, vai posteriormente ser recupe-rada para que possa ser visitá-vel e acolher todo o espólio do Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto, actualmente disperso entre os arquivos municipais, o Instituto Politécnico de Tomar e a Sinagoga.

O projecto de recuperação deverá ficar concluído até final do ano.―

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novoALMouroL.worDPress.CoM

CULTURA 021DEZEMBRO 2014

TORRES NOVASConcerto da Orquesta Jazz de Matosinhos com Carlos Bica e Azul

Depois de um funeral de cai-xão vazio, numa noite qual-quer de dezembro de 2013, no palco maior da cidade de Abrantes – o cineteatro são Pedro - os Kaviar fizeram o último concerto. notou--se a ausência deste nome nos cartazes. Muitos nem se aperceberam. Tenho noção que a maioria das pessoas ficou um pouco surpreendida. Foi interessante observar a sequência dos acontecimentos sem poder mexer uma palha.Custou a passar este ano. não ter concertos, ensaios, sessões de estúdio, horas extraordiná-rias, carrinhas para carregar,

Crónica Musical

Experiências com Humanos

Humberto FelícioMúsico e Produtor

quilómetros para fazer é pro-fundamente enfadonho. o que safou o vício ainda foi o colectivo “experiências com Humanos”. uma brincadeira que, entretanto, está a dar muito gozo fazer. É ver para crer. Acho que ainda não provocámos ataques cardía-cos nem cegueira. estamos a evoluir no repertório. Dia 26 vamos fazer mais uma sessão em Alvega, no Café da Bela. vai chamar-se “natal experimen-tal”. Teremos um Presépio, dj set, bancada de fardos de palha, Jesus, Maria e José. não vai faltar um segundo da verdadeira identidade popular portuguesa. Cada tesourinho é servido com a reverbação cer-

TEXTO RICARDO ALVES

O Teatro Virgínia rece-be no dia 20 de Dezembro dois símbolos maiores do jazz nacional. A Orquestra Jazz de Matosinhos, uma das forma-ções mais dinâmicas do jazz português actual, desafia a so-noridade esparsa e marcante do trio Azul, liderado por Carlos Bica, propondo novos arranjos sobre uma selecção de temas do trio, especialmente concebidos para o concerto.

O projecto Azul nasceu em 1996 com um disco em trio, que

para além de Carlos Bica no contrabaixo, conta com o gui-tarrista alemão Frank Möbus e o baterista norte-americano Jim Black. A intensa comuni-cação entre os três músicos e a originalidade do repertório, com constantes referências a géneros variados (do rock e da pop à música tradicional), trou-xe-lhes um reconhecimento da crítica e do público que se tem mantido ao longo dos já cinco discos em trio.

A Orquestra Jazz de Mato-sinhos foi criada em 1999 com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos e iniciou a sua

actividade como uma orquestra de autores, divulgando as com-posições e arranjos dos seus di-rectores Pedro Guedes e Carlos Azevedo. Com quatro discos editados, para além das pre-senças regulares nas principais salas do país, tem actuado em Bruxelas, Milão e Nova Iorque.

O concerto de dia 20 de Dezembro tem início marcado para as 21h30 e a sala deve es-gotar.

Os bilhetes têm o preço de 12,50€ e podem ser comprados na bilheteira do Teatro Virgínia ou através da Bilheteira Online (bilheteiraonline.pt).―

Custou a passar este ano. Não ter concertos, ensaios, sessões de estúdio, horas extraordinári-as, carrinhas para carregar, quilómetros para fazer é profundamen-te enfadonho.“

ta para aconchegar possíveis alucinações. É especialmente interessante compreender as diferentes reacções das pessoas em relação a cada música. não escondemos a barrigada de gargalhadas involuntá-rias, mas acreditamos que a experiência é provavelmente maravilhosa e que ninguém se vai arrepender de se ter exposto a esta aparelhagem em segunda mão.está aí o ano de 2015 e a pro-meter. eu também me estou a preparar para voltar à estrada, desta vez com o meu primeirís-

simo projecto a solo, FeL. não tive muito tempo mas acho que consigo oferecer uma prenda este natal. Tirei três dias de férias para acampar em são Miguel do rio Torto na casa do meu amigo Paulo Catroga, ele adoeceu a meio mas acho que, mesmo assim, mesmo com pouco tempo gravámos pelo menos meia música. Logo se ouve.―

ABRANTESFilme de Animação produzido pela Espalhafitas com Menção Honrosa no Cinanima14TEXTO NA

O filme de animação Or-chis Mirabilis - “Maravi-lhosas Orquídeas” -, produzido pela secção de cinema da As-sociação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes – Espalhafitas, foi seleccionado para a Competição Nacional do CINANIMA 14, na categoria Jovem Cineasta Português (me-nores de 18 anos), de entre os 1328 filmes a concurso. A 38.ª edição do Festival Internacional de cinema de Animação decor-reu entre 10 e 16 de Novembro em Espinho.

Após a projecção dos diver-sos filmes, foram anunciados os vencedores nas várias categorias e Orchis Mirabilis, na sua es-

treia mundial, recebeu a Men-ção Honrosa atribuída pelo CI-NANIMA’14 na competição e na categoria a concurso. Trata--se de mais uma distinção a juntar aos vários prémios e lou-vores nacionais e internacionais feitos à produção cinematográ-fica realizada na Associação Pa-lha de Abrantes com crianças e jovens da região, desde 2006, no âmbito do ANIMAIO, o festi-

val de cinema de animação que trabalha junto da comunidade escolar de Abrantes.

O filme foi realizado por jovens do concelho de Abran-tes, sob orientação pedagógica de Lurdes Martins e Sérgio Vieira, com música de Carlos Zíngaro, Carlos Bechegas e Ulrich Mitzlaff, e argumento de Ana Sofia Nunes e Leonor Carvalho.―

Fotograma do filme "Maravilhosas orquídeas"

um concerto de luxo em Torres novas

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022 GASTRONOMIANovoAlmourol

DEZEMBRO 2014

Crónica de Enologia

Vinhos para a ConsoadaEng. Teresa NicolauEnóloga

estamos em época natalícia, época de reunião familiar e degustação de grandes iguarias. no natal, na noite de consoada, a mesa é o sinónimo do sentimento de frater-nidade familiar que é selada a degustar pratos característicos da nossa gastronomia envoltos de vinhos cui-dadosamente selecio-nados pelo patriarca da família. Do leque vasto dos grandes vinhos portugueses, para esta celebração, aconselho vinhos tintos de 2013 ou de anos anterio-res, de acordo com o gosto de cada um por vinhos mais velhos. e porquê do ano 2013 e não de anos ante-riores? É pertinente a pergunta! Tratam-se de vinhos que já têm de estágio em garra-fa um ou mais anos, tiveram a sua evolução e acompanham bem pratos gastronómicos muito elaborados,

RECEITA DO MÊSArroz de Tamboril, Malandrinho

TEXTO RICARDO ALVES

"Faz sucesso", conta Albertina, dona do Café-Restaurante Stop, em Atalaia, Vila Nova da Barquinha. Faz suces-so junto dos clientes mas também da sua família e amigos.

Ao NA e seus leito-res deixa-nos uma receita simples e fácil de fazer. É apenas uma das especiali-dades da casa. Entre elas há a Fritada de camarão com açorda de gambas, Chocos fritos à Stop ou Polvo à Lagareiro, e de-pois ainda há os petiscos que levam muitos visitan-

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assados, gordos. o contraste de um vinho evoluído, com notas de frutos vermelhos bem presentes envolve-se com a comida sendo o resultado bem influen-te. os apreciadores

de vinhos brancos devem escolher vinhos brancos que apresen-tem um perfil aromá-tico tropical, dando nuances quentes com frescura de boca. Como o ambiente é de festa, a mesa das sobremesas

e dos doçes é algo de requintado. nada como um bom espumante português para acom-panhar estas iguarias. nos espumantes temos vários tipos, dos quais destaco Bruto, Meio--seco e Doce. Cada uma destas designações tem relacionada a quantidade de doçura que o espumante tem, começando no bruto e subindo até ao doce. Aconselho a ter sempre na mesa dois tipos de espumante, para que cada um relacione e escolha consoante a sobremesa. Muita aten-ção à temperatura do espumante, este deve ser servido bem fresco (6ºC), e sempre manti-do na mesa num frapé com bastante gelo. É muito importante a temperatura de servir o espumante pois só as-sim podemos degustar e brindar. Para todos os caríssimos leitores um Feliz natal e um Feliz e Próspero Ano novo!―

"O contraste de um vinho evoluído, com notas de frutos vermelhos bem presentes envolve-se com a comida sendo o resultado bem influente”

o arroz de tamboril é apenas um dos pratos que faz o grande sucesso do stop, em Atalaia

A escolha do vinho para a ceia de natal deve ter em conta o prato principal bem como os doces

O restaurante Stop existe desde 1978 e o percurso da casa tornou-a referência na região, seja para petiscos, seja nas especialidades da casa. A Sra. Albertina, deixa-nos a receita de uma das suas receitas preferidas

Ingredientes- Tamboril- Camarão- Cebola- Alho- Tomate

tes, todo o ano, ao STOP.A escolha dos vinhos

é cuidadosa e no res-

taurante encontra-se o melhor dos produtos re-gionais. ―

- Azeite- Arroz - Água - Coentros- Sal

Faz-se um refogado com o azeite, a cebola, o alho e o tomate. Junta-se a água suficiente para a cozedura. Deixa-se ferver e junta-se o arroz. Quando estiver meio cozido junta-se o tamboril e o camarão e, por fim, os coentros. Deve servir-se malandrinho.

Page 23: Jornal novo almourol ed dezembro 403

Dezembro Passagem d'Ano - Abrantes31 de Dezembro | 22h00 - 05h00Praça Barão da Batalha, Abrantes Entrada livre. Largada de balões com LED’s.Dj’s Mossy|Kamy|Pokol|Dried Flower Power

MúsICA TeATro/DAnçA sABer CIneMA PATrIMónIo eTnoGrAFIA Ar LIvre GAsTronoMIA LITerATurA eXPosIção

novoALMouroL.worDPress.CoM

NADA PARA FAZER 023DEZEMBRO 2014

“Confidencial/Desclassificado: MISSA CAMPAL”

Fotografia de Manuel Botelho

Até 31 de Janeiro Galeria do Parque,

Vila Nova da Barquinha -

Cinema 17 e 20 de Dezembro

Cineteatro São PedroAbrantes 21h30

17 de Dezembro "O Dia Mais Curto", seleção

de curtas-metragens 20 de Dezembro

“A Terra dos Carecas” de Bernie Rao

-

Concerto de Natal pelo

Orfeão de Abrantes e

Coral Samouco21 de Dezembro Igreja de São Vicente,

Abrantes 17h

“Zoo” de Victor Hugo

Pontes13 de Dezembro

Teatro VirgíniaTorres Novas

21h30 7,50€

-

Encontro com o escritor Pedro Chagas Freitas

12 de Dezembro Espaço Cá da Terra

Centro Cultural Gil Vicente, Sardoal 21h30

-

“José Alberto Marques

50 anos de vida literária”

Até 3 de Janeiro Biblioteca Municipal

António BottoAbrantes

-

Concerto de Natal com

a fadista Teresa Tapadas

e a soprano Filipa Lopes 13 de Dezembro

Igreja da Sagrada Família, Entroncamento

21h30–

Venda de Natal Até 30 de Dezembro

Loja Social de Vila Nova da Barquinha

-

Presépios Até 8 de Janeiro

Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes

Abrantes 17h às 21h12

-

Cinema Selecção de

curtas-metragens do Festival de Curtas

de Vila do Conde 21 de Dezembro

Centro Cultural Gil VicenteSardoal

16h–

Orquestra Jazz de Matosinhos

com Carlos Bica e Trio Azul

20 de Dezembro Teatro VirgíniaTorres Novas

21h30 12,50€

-

1 mês, 1 escritor:

Rosa Lobato Faria - Mostra Bibliográfica

Até 31 de Dezembro Biblioteca Municipal

de Vila Nova da Barquinha -

“Notícias sobre o Entroncamento” Até 13 de DezembroMercado Diário Municipal

do Entroncamentode terça a sábado

das 9h às 13h-

“A Assembleia da República,

Breve História do Parlamenta-

rismo Português”

Até 31 de Dezembro Galeria do Centro Cultural

Elvino PereiraMação

-

“José CaneloO Melhor

do Mundo”Até 18 de Dezembro

Galeria Municipal do Entroncamento

-

Festival do Azeite novo,

Migas, Almeirão e Enchidos

Até 31 de Dezembro Restaurantes aderentes do concelho de Mação

Concerto fadista

Ricardo Ribeiro 13 de Dezembro Cineteatro Municipal

de Ourém 21h30

10€–

Músicas de Natal13 de Dezembro

Centro Histórico de Abrantes

15h -

Reinoexposição de Pedro Valdez

Cardoso Até 18 de Janeiro

Convento de CristoTomar

-

Page 24: Jornal novo almourol ed dezembro 403

"(...) é importante assinalar que a CIMT, de forma sóbria mas determinada, vai promovendo a integração da região"

024 POR AGORA É TUDO DEZEMBRO 2014

o papel de um jornal é informar e estimular o debate, separando claramente a opinião, assinada, da informação objectiva. o nA tem essa dupla preocupação, quer quando noticiamos um problema ambiental que afectava a população de vila nova da Barquinha e que agora se supe-rou, quer quando ajudamos à visibilidade da dinâmica cultural do Médio Tejo, ou ainda quando somos abertamente defensores da actual dinâmica integradora da CIMT, esperando que a gestão dos fundos comunitários permita não desperdiçar uma oportunida-de única para que o Médio Tejo se torne mais coeso.

Editorial

Ambição

Luiz Oosterbeek Director

Isenção de taxas À semelhança de 2014, a Câmara Municipal decidiu, em reunião de 2 de Dezembro, a isenção de 100% do pagamento de taxas relativas a publicidade e à ocupação do es-paço público com suportes publi-citários e de 50% do pagamento de taxas relativas à ocupação do espaço público com mobiliário urbano, a empresas e empresários que tenham tido em 2014 um volume de negócios inferior a 250 mil euros. A decisão tem em con-ta as dificuldades que os comer-ciantes e as empresas atravessam.

Venda de Natal da Loja Social A Loja Social de VN Barquinha está a realizar uma Venda de Natal até dia 30 no Largo Ma-nuel Henriques Pirão e o seuobjectivo é angariar fundos para a Loja Social que apoia a popula-ção mais carenciada. Conta com a comercialização de produtos da própria Loja bem como de produtos da marca Princess Pea.A venda de Natal da Loja Social estará disponível de terça a do-mingo, entre as 14 e as 19 horas e conta com o apoio do Município da Tecnorém e da Princess Pea.

enTronCAMenTovn BArQuInHA

Apoio Militar de EmergênciaA base operacional do Aquar-telamento de Apoio Militar de Emergência (RAME) vai ser instalado em Abrantes e Tancos com a implementação das diversas estruturas a começar em Janeiro de 2015. O Quartel Militar de Abrantes, onde funcionou a Es-cola Prática de Cavalaria, deverá receber perto de 400 efectivos da RAME, uma força militar de apoio civil que terá a missão de prestar apoio às populações em caso de catástrofes, ou à Protecção Civil, sempre que seja accionado.

ABrAnTes

Título Jornal Novo Almourol propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Director Luiz Oosterbeek Editor Ricardo Alves Sub-Directora Cidália Delgado Chefe de Redacção André Lopes Redacção Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA, Margarida Serôdio Opinião António Luís Roldão, Alves Jana, Augusto Mateus, António Carraço, Teresa Nicolau, João Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio Edição Gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Ricardo Alves paginação Ricardo Alves publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - [email protected] Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e Administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email [email protected] / [email protected]

Novo Almourol

Tajo/Tejo VivoA parceria Tajo/Tejo Vivo - Rede para a Revalorização dos Territórios Vinculados ao Tejo, lançou publi-camente os Centros de Interpreta-ção Tejo/Tajo Vivo, em Vila Nova da Barquinha. Os módulos expo-sitivos são constituídos por equipa-mentos multimédia com as funcio-nalidades de quiosque de produtos locais e um sistema de informação turística. Estes equipamentos serão distribuídos pelas regiões parcei-ras nacionais do projecto, sendo que em Vila Nova da Barquinha o Centro de Interpretação ficará instalado no Posto de Turismo.

TurIsMo

MAÇÃO

Festival do Azeite Novo, Migas e Almeirão

TEXTO NOVO ALMOUROL

Está a decorrer em Mação o 4.º Festival gastronómi-co do ano, dedicado ao Azeite Novo, às Migas, ao Almeirão e aos Enchidos. Desde 29 de No-vembro e até dia 31 de Dezem-bro o concelho de Mação abre portas aos pratos típicos regados com o azeite das suas dezenas de lagares do Concelho.

O festival é inspirado nas

muitas receitas que a Carta Gas-tronómica apresenta e são nove os restaurantes que aderiram à iniciativa e apresentarão, duran-te um mês, pratos que incluam Azeite, Almeirão, Migas e En-chidos.

Os restaurantes aderentes são: Avenida (Pica-Fino), Ma-ção - Telf: 966 225 784/241 572 585 (Encerra à 2.ª feira); Café Restaurante da Recta, Mação - Telf: 969 459 660 (Todos os dias por encomenda); Casa Car-doso, Envendos - Telf: 965 047

832/241 555 134; Casa Velha, Mação - Telf: 918 536 199/241 572 632; Dona Flor, Penhasco-so - Telf: 964 841 69, Almoços e Jantares por Encomenda; O Cantinho, Mação - Telf: 964 677 705/241 573 367 (Diariamente); O Godinho, Mação -Telf: 962 536 310/241 572 874, (encerra ao domingo); O Pescador, Ma-ção - Telf: 934 244 472/241 573 180 (Encerra à 2.ª feira) Diaria-mente, almoço e jantar; Solar do Moinho, Cardigos - Telf: 910 308 055/274 866 505 (Todos

Ligar economia e cultura não será um dos caminhos abertos ao Mé-dio Tejo mas, nos próximos anos, o único caminho que pode trazer crescimento económico, empre-go e crescimento demográfico. se essa ligação se limitar ao turismo, será pouco. Precisamos de ver os nossos melhores produtos regio-nais com a marca do património e das tradições da região. Preci-samos de ter a ambição de fazer do Médio Tejo, e do seu quarto de milhão de habitantes, um pólo de inovação territorial, capaz de exportar conhecimento. Da rede de escolas coordenada pelo IPT à gestão civil do aeroporto de Tancos ou à coordenação do Ano Internacional do entendimento Global que será feita na região, esta é a ambição que a região demonstra estar a ter.

dias, almoço e jantar). As Migas da zona de Mação

são confeccionadas tradicional-mente com sopa de couve com feijão e broa e nos restaurantes pode ainda degustar Bacalhau Grelhado c/Feijão-frade e Sala-da de Almeirão, Achigã Frito c/ Açorda de Ovas e Salada de Al-meirão Migas de Ovas e Salada de Almeirão c/ Lúcio-Perca. Ba-calhau com Grão ou Lombinhos à Lagareiro, entre muitos outros. Ligue e fique a saber o que cada restaurante oferece.―