Jornal Sabadão do Povo - Edição 161

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Billy Mao Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3 DO POVO JORNAL SABADAO °°° Distribuição gratuita °°° EDIÇÃO Nº 161 - A NO 5 - 16 DE ABRIL DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE Presidente da CEI, Tipó questio- nou diversas vezes o coordenador da Defesa Civil por orientações que teria dado aos moradores. “Eu respondo por aquilo que digo, o que outras pessoas disseram, elas responderão” Ligue e faça sua reserva. Você paga a entrega e a garantia de ter o jornal todos os sábados, em sua residência! Você paga, em média, R$ 2,00 por entrega do exemplar durante o ano todo. 33,00 R$ PARA RECEBER 1 ANO 3x Reserve seu exemplar: 3263.1740 3263.1740 ASSINE O SABADÃO Baixe o QR Code em seu celular ou acesse: https://www.facebook. com/billy.mao.50/vi- deos/10205790097061077/ Veja o vídeo www.climatempo.com.br PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA ATENÇÃO: CUIDADO COM AS PONTES SEM MANUTENÇÃO - RESPEITE SUA VIDA! Sem apresentar novidades importantes durante seu depoimento à CEI da Câma- ra, que apura responsabilidades na enchen- te de janeiro deste ano, o coordenador da Defesa Civil e vice-prefeito José Antônio Marise (PSDB) contrariou, na terça-feira, dia 12, as declarações anteriores de mora- dores e comerciantes, afirmando que cabia às vítimas a decisão de deixar os locais com risco de inundação. Também questionou documento enviado à CEI pelo Ministério Público para minimizar a participação do estouro das represas da região nos estragos causados em Lençóis e Borebi. A afirmação, de que o coordenador da Defesa Civil disse durante a noite do dia 12 que o nível da água não ultrapassaria a altura das enchentes anteriores e por isso não era necessário retirar móveis e pertences de dentro das casas, foi feita por praticamente todos os ouvidos pela CEI até agora, mas foi negada pelo coordenador. As audiências da CEI são trans- mitidas ao vivo pelo site da Câ- mara. Página 5 Marise insinua em depoimento que moradores mentiram para CEI Foto:Tania Morbi Fotos: Billy Mao Canil em chácara deverá ser mantido; cães causariam transtorno aos moradores Mesmo com a “Lei do Silêncio” estando em vigência no municí- pio, uma decisão em reunião entre a Promotoria Pública, Prefeitura Municipal, Associação Protetora dos Animais e Centro de Zoonoses (diretoria de Saúde), decidiu que o canil instalado nas chácaras Virgílio Rocha deverá ser adequado e receberá melhorias para continuar abrigando animais naquele mesmo local. Segundo informou o promotor Ricardo Kakuta, a opção em man- ter o canil nas chácaras se deve a falta de recursos da Prefeitura para a construção do abrigo em outro local mais apropriado. “A previsão orçamentária existe, mas a informação é que não há o dinheiro disponível, apenas a previsão de que caso o dinheiro entre nos cofres públicos, ele seja utilizado”. Página 6 Facilpa terá início com cavalgada de animais Desde a última quinta-feira, dia 14, o transporte entre Agudos e Borebi é feito por um ônibus inter- municipal, após regulamentação feita pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) junto à empresa que tem a concessão do serviço. O transporte coletivo entre muni- cípios próximos ou intermunicipal é comum em todo Estado. Já é disponi- bilizado há vários anos entre Agudos e Lençóis Paulista, apesar da distância maior entre os dois municípios. A regulamentação do trecho entre Agudos e Borebi possibilita uma redu- ção significativa no valor pago pelos passageiros, de R$ 6,30 cobrado pelo transporte convencional para R$ 4,35 pela passagem do intermunicipal, o que também contribui com a manu- tenção do projeto de transporte social, criado em 2013 pela Prefeitura, que garante o transporte do trabalhador de Borebi que trabalhe em Agudos. Desde ocomeço do ano, a Prefei- tura negociava uma redução no valor das passagens como forma de garantir o transporte gratuito aos trabalhado- res. Atualmente, cerca de 130 traba- lhadores de Borebi recebem o passe social para trabalharem em Bauru ou Agudos. Cerca de metade deles em uma única empresa em Agudos. Assim, em março a Prefeitura con- vocou um reunião entre a empresa de transporte, de Bauru, e a maior emprega- dora de Agudos, para negocia. Página 6 A Associação Rural de Lençóis Pau- lista anunciou que a cavalgada do dia 1º de maio e o show de esquenta no dia 5 marcam a pré-programação da Facilpa deste ano. Os portões se abrem na sexta-feira, dia 6, para uma progra- mação diária de exposições, montarias em touros e cavalos, atrações e shows que seguem até o domingo, dia15. A tradicional cavalgada (com ben- ção aos cavaleiros) percorre as ruas da cidade de Lençóis Paulista na manhã do domingo, dia 1º. Na confraterni- zação dos cavaleiros e amazonas já tem o primeiro show da agenda, por conta das duplas Nino & Fernando e Jean Carlos & Rafael. Página 2 VAZIO | Argumentos repetidos e evasivos deram o tom ao depoimento de Marise R$ PROMOÇÃO Confira - pag 2 2 , 22 NESTA EMBALAGEM O VALOR UNITÁRIO Escuridão em praça irrita moradores da São João Moradores do jardim São João procuraram a redação do jornal Sa- badão do Povo para relatar a falta de iluminação em parte da avenida José Antônio Lorenzetti e na praça Helco Carani. Os moradores informaram que já procuraram a Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista para que tomasse uma providência, no entanto, até a noite de quinta-feira, nenhuma melhoria havia sido feita tanto na avenida, quanto na praça. A Prefeitura Municipal disponibi- lizava em seu site oficial uma janela para pedidos de manutenção na rede de iluminação pública. Segundo os moradores, os pedidos já teriam sido feito inúmeras vezes para que a manutenção ocorresse, sem que houvesse sucesso no pedido. Página 6 Passageiro e trabalhador já pagam menos para ir de Borebi até Agudos Vereadores endurecem discurso contra prefeita O governo da prefeita Izabel Loren- zetti (PSDB) foi durante criticado por vereadores na sessão da Câmara de se- gunda-feira, dia 11. Além do não repasse de recursos à Associação Protetora dos Animais e para a construção do canil municipal, os vereadores criticaram informações divulgadas pelo governo municipal sobre a enchente de janeiro. Na elaboração do orçamento de 2016, no ano passado, os vereadores Júnior, Tipó e o presidente da Casa Anderson Prado (Rede), além de Nardeli da Silva (PMBD) e Jonadabe de Souza (PDT), indicaram R$ 235 mil para que um novo canil fosse construído e para que a Associação fizesse a castração dos animais, porém, segundo Júnior, o repasse não foi feito. “Ela não honrou com a palavra dela. Fica novamente o trabalho da Associação e todos os protetores complicado, ainda mais este ano, já que não tem o que fazer se a administração pública não ajuda em nada”, lamentou. Página 2

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Page 1: Jornal Sabadão do Povo - Edição 161

Billy Mao

Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3

DO POVOJORNAL SABADAO

°°° Distribuição gratuita °°°

EDIÇÃO Nº 161 - ANO 5 - 16 DE ABRIL DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

Presidente da CEI, Tipó questio-nou diversas vezes o coordenador da Defesa Civil por orientações que teria dado aos moradores. “Eu respondo por aquilo que digo, o que outras pessoas disseram, elas responderão”

Ligue e faça sua reserva. Você paga a entrega e a garantia de ter o jornal todos os sábados, em sua residência! Você paga, em média, R$ 2,00 por entrega do exemplar durante o ano todo.

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Baixe o QR Code em seu celular ou acesse:h t t p s : / / w w w . f a c e b o o k .c o m / b i l l y . m a o . 5 0 / v i -deos/10205790097061077/ Veja o vídeo

www.climatempo.com.br

PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA

ATENÇÃO: CUIDADO COM AS PONTES SEM MANUTENÇÃO - RESPEITE SUA VIDA!

Sem apresentar novidades importantes durante seu depoimento à CEI da Câma-ra, que apura responsabilidades na enchen-te de janeiro deste ano, o coordenador da Defesa Civil e vice-prefeito José Antônio Marise (PSDB) contrariou, na terça-feira, dia 12, as declarações anteriores de mora-dores e comerciantes, afirmando que cabia às vítimas a decisão de deixar os locais com risco de inundação. Também questionou documento enviado à CEI pelo Ministério Público para minimizar a participação do estouro das represas da região nos estragos causados em Lençóis e Borebi.

A afirmação, de que o coordenador da Defesa Civil disse durante a noite do dia 12 que o nível da água não ultrapassaria a altura das enchentes anteriores e por isso não era necessário retirar móveis e pertences de dentro das casas, foi feita por praticamente todos os ouvidos pela CEI até agora, mas foi negada pelo coordenador.

As audiências da CEI são trans-mitidas ao vivo pelo site da Câ-mara. Página 5

Marise insinua em depoimento quemoradores mentiram para CEI

Foto:Tania Morbi

Fotos: Billy Mao

Canil em chácara deverá ser mantido;cães causariam transtorno aos moradores

Mesmo com a “Lei do Silêncio” estando em vigência no municí-pio, uma decisão em reunião entre a Promotoria Pública, Prefeitura Municipal, Associação Protetora dos Animais e Centro de Zoonoses (diretoria de Saúde), decidiu que o canil instalado nas chácaras Virgílio Rocha deverá ser adequado e receberá melhorias para continuar abrigando animais naquele mesmo local.

Segundo informou o promotor Ricardo Kakuta, a opção em man-ter o canil nas chácaras se deve a falta de recursos da Prefeitura para a construção do abrigo em outro local mais apropriado.

“A previsão orçamentária existe, mas a informação é que não há o dinheiro disponível, apenas a previsão de que caso o dinheiro entre nos cofres públicos, ele seja utilizado”. Página 6

Facilpa terá início comcavalgada de animais Desde a última quinta-feira, dia

14, o transporte entre Agudos e Borebi é feito por um ônibus inter-municipal, após regulamentação feita pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) junto à empresa que tem a concessão do serviço.

O transporte coletivo entre muni-cípios próximos ou intermunicipal é comum em todo Estado. Já é disponi-bilizado há vários anos entre Agudos e Lençóis Paulista, apesar da distância maior entre os dois municípios.

A regulamentação do trecho entre Agudos e Borebi possibilita uma redu-ção significativa no valor pago pelos passageiros, de R$ 6,30 cobrado pelo transporte convencional para R$ 4,35 pela passagem do intermunicipal, o que também contribui com a manu-tenção do projeto de transporte social, criado em 2013 pela Prefeitura, que garante o transporte do trabalhador de Borebi que trabalhe em Agudos.

Desde ocomeço do ano, a Prefei-tura negociava uma redução no valor das passagens como forma de garantir o transporte gratuito aos trabalhado-res. Atualmente, cerca de 130 traba-lhadores de Borebi recebem o passe social para trabalharem em Bauru ou Agudos. Cerca de metade deles em uma única empresa em Agudos.

Assim, em março a Prefeitura con-vocou um reunião entre a empresa de transporte, de Bauru, e a maior emprega-dora de Agudos, para negocia. Página 6

A Associação Rural de Lençóis Pau-lista anunciou que a cavalgada do dia 1º de maio e o show de esquenta no dia 5 marcam a pré-programação da Facilpa deste ano. Os portões se abrem na sexta-feira, dia 6, para uma progra-mação diária de exposições, montarias em touros e cavalos, atrações e shows que seguem até o domingo, dia15.

A tradicional cavalgada (com ben-ção aos cavaleiros) percorre as ruas da cidade de Lençóis Paulista na manhã do domingo, dia 1º. Na confraterni-zação dos cavaleiros e amazonas já tem o primeiro show da agenda, por conta das duplas Nino & Fernando e Jean Carlos & Rafael. Página 2

VAZIO | Argumentos repetidos e evasivos deram o tom ao depoimento de Marise

R$

PROMOÇÃO

Confira - pag 2

2,22NESTA EMBALAGEM

O VALOR UNITÁRIO

Escuridão em praça irritamoradores da São João

Moradores do jardim São João procuraram a redação do jornal Sa-badão do Povo para relatar a falta de iluminação em parte da avenida José Antônio Lorenzetti e na praça Helco Carani. Os moradores informaram que já procuraram a Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista para que tomasse uma providência, no entanto, até a noite de quinta-feira, nenhuma melhoria havia sido feita tanto na avenida, quanto na praça.

A Prefeitura Municipal disponibi-lizava em seu site oficial uma janela para pedidos de manutenção na rede de iluminação pública. Segundo os moradores, os pedidos já teriam sido feito inúmeras vezes para que a manutenção ocorresse, sem que houvesse sucesso no pedido. Página 6

Passageiro e trabalhadorjá pagam menos para irde Borebi até Agudos

Vereadores endurecem discurso contra prefeitaO governo da prefeita Izabel Loren-

zetti (PSDB) foi durante criticado por vereadores na sessão da Câmara de se-gunda-feira, dia 11. Além do não repasse de recursos à Associação Protetora dos Animais e para a construção do canil municipal, os vereadores criticaram informações divulgadas pelo governo

municipal sobre a enchente de janeiro.Na elaboração do orçamento de 2016,

no ano passado, os vereadores Júnior, Tipó e o presidente da Casa Anderson Prado (Rede), além de Nardeli da Silva (PMBD) e Jonadabe de Souza (PDT), indicaram R$ 235 mil para que um novo canil fosse construído e para que a

Associação fizesse a castração dos animais, porém, segundo Júnior, o repasse não foi feito. “Ela não honrou com a palavra dela. Fica novamente o trabalho da Associação e todos os protetores complicado, ainda mais este ano, já que não tem o que fazer se a administração pública não ajuda em nada”, lamentou. Página 2

Page 2: Jornal Sabadão do Povo - Edição 161

2LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE ABRIL DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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Vereadores endurecemdiscurso contra prefeita por não repasse de verbasDeclarações apontaram descumprimento por parte do Executivo de acordos que beneficiavam entidades e que possibilitariam construção de novo canil

Tânia MorbiO governo da prefeita Izabel

Lorenzetti (PSDB) foi durante criticado por vereadores na ses-são da Câmara de segunda-feira, dia 11. Além do não repasse de recursos à Associação Protetora dos Animais e para a construção do canil municipal, os vereadores criticaram informações divulga-das pelo governo municipal sobre a enchente de janeiro.

Na elaboração do orçamento de 2016, no ano passado, os vereadores Júnior, Tipó e o presidente da Casa Anderson Prado (Rede), além de Nardeli da Silva (PMBD) e Jonadabe de Souza (PDT), indicaram R$ 235 mil para que um novo canil fosse construído e para que a Associação fizesse a castração dos animais, porém, segundo Júnior, o repasse não foi feito. “Ela não honrou com a palavra dela. Fica novamente o trabalho da Associação e todos os prote-tores complicado, ainda mais este ano, já que não tem o que fazer se a administração pública não ajuda em nada”, lamentou.

A informação de que os recursos não foram destinados para o fim previsto constava, segundo Júnior, em resposta do Executivo a um requerimento seu sobre o assunto. “Disse aqui que não repassou o dinheiro porque tinha conta de água do SAAE atrasada. A culpa não é nossa, é dela pela má adminis-tração. Se vire. A senhora vai ficar como não cumpridora da palavra que tem”, protestou.

Tipó lembrou da verba eco-nomizada pela Câmara no ano passado, de R$ 800 mil, dos quais R$ 600 mil foram desti-nados pela Prefeitura ao hospi-

tal Nossa Senhora da Piedade e o restante deveria ser destinado a entidades. “A prefeita deu um calote na verba que nós econo-mizamos, inclusive a verba que ia para a castração de animais. Deixou as entidades” que deve-riam receber seu dinheiro, na mão”, relembrou.

O vereador do PMDB tam-bém lamentou a falta de apoio da Prefeitura à Associação Pro-tetora dos Animais. “Nós apre-sentados duas emendas de R$ 200 mil para construir o canil novo. A Associação e os volun-tários da cidade estão fazendo um grande favor à Prefeitura, que é cuidar de animais que não tem dono. A responsabilidade é da Prefeitura, mas ela não dá condição para quem quer fazer isso. Temos que unir para forçar a prefeita a fazer o que ela tem que fazer”, avaliou.

EnchentePara Júnior, o percentual de

2,7% de efeito que as represas tiveram sobre a enchente de janeiro, divulgado pela Defesa Civil não corresponde com a ver-dade. “É mentira, isso é a mesma coisa que dar um tapa na cara da população de Lençóis. Estão ten-tando esconder o que o diretor do SAAE omitiu”, declarou.

Júnior contou que na noite do dia 12 e madrugada do dia 13 de janeiro, esteve com co-merciantes que, devido a inter-rupção da chuva, deixaram seus estabelecimentos seguros de que a água baixaria. “Quando estoura represa demora cinco a seis horas para (a água) chegar aqui. Será que neste tempo não tinha ninguém lá para ver isso ou pelo menos comunicar a população. Inundou tudo e não tava chovendo. Como não foi

culpa das represas?”, indagou.

PrefeituraA Prefeitura informou qu

quando há devolução de re-cursos da Câmara, a decisão de como aplicar é da administra-ção, e alegou à não aprovação de um projeto de isenção de suas contas em atraso no SAAE, pela Câmara, como motivo de não repassar recursos para entidades.

O projeto previa isenção re-troativa ao ano de 2015, o que foi questionado.

Sobre as declarações de Jú-nior, sobre o presidente da Defesa Civil, José Antonio Marise, a assessoria da Prefei-tura informou: “O vereador Gumercindo Ticianelli fez um pronunciamento com objetivo meramente político e que não tem respaldo nos fatos”.

A Associação Rural de Len-çóis Paulista anunciou que a cavalgada do dia 1º de maio e o show de esquenta no dia 5 marcam a pré-programação da Facilpa deste ano. Os portões se abrem na sexta-feira, dia 6, para uma programação diária de exposições, montarias em touros e cavalos, atrações e shows que seguem até o domingo, dia15.

A tradicional cavalgada (com benção aos cavaleiros) percorre as ruas da cidade de Lençóis Paulista na manhã do domingo, dia 1º. Na confraternização dos cavaleiros e amazonas já tem o primeiro show da agenda, por conta das duplas Nino & Fer-nando e Jean Carlos & Rafael.

Com entrada franca na noite de 5 de maio, o esquenta

Facilpa abre com cavalgada e “esquenta”ganha ritmo com os shows de Pederneiras & Macatuba e Grupo Toke Novo, que se apresentam no palco 2. Além de boa música, o público já pode conferir praça de ali-

mentação, exposição de caná-rios e a chegada dos primeiros equinos da raça Mini Horse que entram na feira.

A sexta-feira, dia 6, os locuto-res Bufallo Bill e Vande Garcia

comandam o início do rodeio Selection Cup, com montarias em touros e que classifica os campeões para o Rodeio do Circuito Top Team Cup (do segundo final de semana da festa). A partir das 23h, o palco é de Henrique e Diego.

A partir daí o palco principal da Facilpa recebe Zezé Di Ca-margo e Luciano (dia 6), Fer-nando & Sorocaba (dia 7), Rosa de Saron e Padres Marcelinho e Silvano (dia 8), Irmão Lázaro (dia 9), bandas Alpharock e Os Quatro (dia 10), João Marcio e Gabriel e Bruna Viola (dia 11), Henrique e Diego (dia 12), Bruno e Marrone (dia 13), Gaby Moretto e Paulo e Alex (dia 14) e Teodoro e Sampaio, encerrando a festa no dia 15.

Na rede - O presidente da CEI, Ailton Tipó pediu apura-ção do presidente da Câmara, Anderson Prado, sobre supos-tas agressões que teria sofrido no Facebook, referentes ao trabalho desenvolvido à fren-te da Comissão Especial, que apura responsabilidades na enchente de janeiro deste ano

Fácil - A publicação, aponta-da a ele por uma advogada de São Paulo, o comparava a um criminoso famoso em todo país. Tipó disse que não ha-via tido tempo de detalhar a postagem, “por não ser servi-dor público, que ganha R$ 12 mil para ficar falando mal das pessoas”, mas que iria checar a informação. A postagem te-ria sido feita por um diretor da Prefeitura.

Tribunal - “Se eu fui real-mente atacado como presi-dente da Comissão de Inqué-rito, vou pedir que o senhor tome as providências junto ao departamento jurídico, in-clusive providências criminais e civis contra este diretor”. O presidente assegurou que to-mará as providências cabíveis.

Dedo - Um desentendimen-to entre o vereador Jonadabe de Souza e um assessor de imprensa da Prefeitura dei-xou os frequentadores das sessões da Câmara em alerta. Jonas disse da tribuna que foi “peitado’ pelo assessor e que não admitia o fato. O assessor acompanhava a sessão.

Eu? - Eduardo Magalhães, assessor da Prefeitura que

frequenta todas as sessões, se sentiu incomodado quando o vereador disse da tribuna que um jornalista da Prefeitura te-ria “escrito” coisas a seu res-peito no Facebook.

Ah! - Magalhães pergun-tou ao vereador se seria de-le a quem referia-se. Disse de forma calma e em baixo tom. O vereador tomou co-mo um afrontamento e não perdeu tempo.

Telhado - Jonadabe é aponta-do na rede sociais por pessoas ligadas à administração por não temer dizer da tribuna tudo que aflige o servidor. Dessa forma acaba virando vitrine para o ata-que do exército executivo.

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acompanham semanalmen-te as sessões da Câmara, seja ao vivo, seja pela TV Prevê, a presidência de Anderson Prado de Lima tem sido uma das mais plurais dos últimos tempos.

Olho - Segundo os atentos ob-servadores da política lençoen-se, não há nada que prenda o jovem vereador nas amarras da velha política. Diante disso, um salto rumo a novas possibilida-des não seria algo difícil de pen-sar neste momento tão contur-bado da política nacional.

Limpo - Ainda segundo es-ses mesmos observadores, o caminho para o crescimento político estaria aberto e limpo para quem busca, com postu-ra elibada, melhorar a vida do cidadão e da comunidade.

Anderson Prado

Má administração | Gumercindo Ticianelli, durante se discurso

Page 3: Jornal Sabadão do Povo - Edição 161

A imagem de revolta estam-pada no rosto de vários atingi-dos pela enchente de janeiro, durante as sessões da CEI, que ouviu diretores da Prefeitura e o presidente da Defesa Ci-vil, o Marise, exemplificava a estratégia oficial de contar a mesma estória em todos os depoimentos, tentando com isso, como na estratégia ariana, transformá-la em verdade.

Foram quase 10 horas de depoimento, somando os três, aonde muito pouco se disse, ou quase nada. E o que foi falado, sobre as supostas atitudes toma-das antes da fatídica cheia, soava como se nada de grave tivesse ocorrido na cidade e ninguém tivesse sido atingido pelas águas.

A cada afirmação, a cada nega-tiva ou explicação sobre o ocor-rido, ficava ainda mais evidente

que todos sabiam que a cheia atingiria a cidade de forma con-tundente. A negligência deu lugar a afirmações do tipo “não sabíamos quanto de água poderia chegar e se atin-giria as casas”, disseram.

Contaram também, em coro, que toda a po-pulação foi avisada. Usa-ram de apostilas, docu-mentos e estudos para encobrir a ineficiência daquilo que era única prerrogativa da Defesa Civil: evitar uma tragédia. Evitar mortes. Não conseguiram evitar nem uma nem outra coisa. A tra-gédia se deu quando a enchente acertou o comércio e mora-dores. E as mortes, quatro até agora, ligadas diretamente com a enchente, não foram evitadas devido a ineficiência de uma suposta Comissão de Defesa

Civil. Cargo fictício no muni-cípio. Fictício porque não há registro de reuniões, de estudos,

de estratégias. A certeza da perpetuação no poder; a certeza da impunidade sobre qualquer negligên-cia cometida é corrente entre os detentores do poder lençoense.

A postura adotada pelo presidente da Defesa Civil diante da CEI, omitindo informações e se colocando como um boneco de ventríloquo repetindo as mesmas coisas que outrora fora falado por seu colegas diretores, expõe uma faceta pouco conhe-cido do presidente da Defesa. A faceta de que é capaz de fazer e dizer qualquer coisa para se exi-mir de responsabilidades: “Não sei; Não vi; não acompanhei; Não tenho certeza! Essas foram

as palavras mais ouvidas por aqueles que acompanharam a oi-tiva da CEI na terça-feira, dia 12. Exatos três meses da enchente.

Era de se esperar mais de um político que foi vereador, prefeito, agora vice-prefeito e responsável por tão importante posição. Era de se esperar uma postura mais próxima da população que o agraciou com os mandatos pú-blicos. Foi lamentável ouvir o que foi ouvido no depoimento. Foi decadente do ponto de vista hu-manitário. E foi triste ver comer-ciantes saindo indignados com uma postura tão vil e pusilânime.

A piada pronta que ouço em todos os lugares da cidade é que até o Pinóquio ficou envergo-nhado esta semana.

Billy Mao é jornalista - repórter fotográfico

OPINIÃO 3LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE ABRIL DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

número 008 - Folha 15 - Livro B1

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Tiragem: 3.000 exemplaresNa internet: http://issuu.com/billymao/docs

Lençóis Paulista - Borebi Macatuba

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Corrupção não é privilégio brasileiro e muito menos do ter-ceiro mundo. Mesmo nos países com legislação rígida, a corrupção existe, em menor escala, mas exis-te, decorrente da sede de poder, domínio, posse e vantagem. Em toda a história da humanidade ve-mos esse mal enraizado, indicando que o ser humano é portador de uma natureza corrompida. Para ilustrar essa versão, a Bíblia relata uma passagem na vida do profe-ta Balaão que tinha poder para abençoar ou amaldiçoar, o que nos leva a concluir que ele era profeta de todo e qualquer deus. Suas atividades “religiosas” sempre visando algum tipo de lucro até que, montado em sua mula, teve o seu encontro com o Deus ver-dadeiro que não conhecia e então o seu comportamento mudou to-talmente. Apesar de não pertencer à nação de Israel, sua experiência sobrenatural com o Deus de Israel lhe mostrou que não distingue ho-mens, ouvindo a todo aquele que o

teme e obra o que é justo.A corrupção é considerada uma

impiedade do coração contra o próprio corpo, segundo os impulsos naturais, sem a imposição da lei e o que ela ordena. Quando Deus criou o homem e a mulher, impri-miu neles sua semelhança. Isso implica que de nosso nível mais profundo de vida deveria brotar seus princípios e valores. Ao conversar com Adão e Eva na vira-ção de cada dia, provavelmente os estava instruindo na prática desses valores que estão ligados à natureza divina. Aqueles valores e ideais divi-nos inculcados no coração (sistema operacional central), permaneceram até que uma voz estranha os distor-ceu e o ser humano passou a viver distante da convivência com seu criador. Esse é o caminho natural da vida. Nascemos em pureza e livres de qualquer mazela. Crescemos in-fluenciados pela natureza humana, aprendendo ou criando coisas e atitudes que aumentam a ruptura

entre o ser humano e Deus. A teo-logia nos ensina que a semelhança com Deus ficou distorcida, por con-

ta dos desvios no sistema operacional central, assim como no sistema opera-cional de seu smartfhone ou computador. Em vez de bondade, convivência, partilhamento, honestida-

de, os valores no coração humano passaram a ser egoísmo, inveja, vio-lência, que o apóstolo Paulo chama de obras da carne (Gal. 5.19-21).

“Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do doce amargo e do amargo, doce. Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião” (Isaías 5.20-21).

Em resumo, depois da queda no Eden, a natureza humana (sistema operacional central), se corrompeu, ficou contaminado pelo egoísmo, esperteza, sede de domínio sobre o outro, pela vin-gança e a ação e a decisão passam

a serem orientadas por impulsos. É o mesmo que ocorre quando um vírus entra em nosso computador e corrompe todo o sistema. Se faz necessário tirar o vírus, reformatar o disco rígido e reinstalar um siste-ma operacional limpo. Em termos práticos, como cristão penso em mudança de mente de forma que promova o amadurecimento de vidas transformadas e transfor-madoras, agindo de forma que possamos influenciar o governo a promover mudanças no sistema educacional do país, onde desde cedo a criança tenha em seu cur-rículo formação ética e de valores, tanto em termos teóricos, quanto em termos práticos. Corrupção é coisa do coração (sistema opera-cional central). “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da vossa mente...” (Rom. 12.2).

Antônio C. Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teoló-gica Batista Grande ABC.

Corrupção: questão de coraçãopr. Antônio CArlos CAbrAl

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

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EDITORIAL

billY MAo

Estou morando em um país onde Chico Buarque tem sido en-carado como idiota por orientações ideológicas, enquanto Alexandre Frota exsurge no cenário político como exímio conhecedor do que é melhor para a nação.

Atores tradicionalmente conhe-cidos pela luta política estão sendo taxados como vendidos, enquanto novos críticos políticos do “show bu-siness” nacional são endeusados por dizer opiniões que caem nas graças da “torcida”. Exemplos? Danilo Gentili, Raquel Sheherazade, Márcio Garcia e, repito, Alexandre Frota.

Estou morando em um país onde as pessoas que se dizem de “de bem” estão inconformadas com a corrupção, e estão defen-dendo alianças e declarando apoio a corruptos históricos e notórios para “acabar com a corrupção”. Ou seja, vão tirar o país dos novos corruptos e entregar aos corruptos mais vividos, que sempre soube-ram esconder a sujeira.

Apoiar Michel Temer para substituir Dilma em virtude de pedaladas ficais é como a história

do marido que flagra a esposa com outro homem no sofá de casa, e, para se livrar do sentimento ruim de traição, vende o sofá e continua com a espo-sa! Ou seja, não resolve o problema, a esposa poderá continuar sendo infiel pelas costas, mas, ao menos, um culpado foi encontrado e “punido” pelo problema que constrangia, e o sofá nunca mais estará lá para lembrá-lo do que acontece.

Querer derrubar Dilma e aceitar Eduardo Cunha na Presidência da Câmara dos Deputados é assumir que o incomodo não é pela corrup-ção, mas pelo assunto ficar todos os dias na mídia. Se você é desses, talvez o país gerido por Temer, Aécio, ou ainda Geraldo Alckmin te deixaria mais aliviado e com a sensação de que as coisas se resolveram. Afinal, melhor deixar que governem os corruptos que pagam melhor a imprensa pelo silêncio, que são mais bem aceitos nas cortes judiciárias e contam com a solidariedade das gavetas de desembargadores e minis-

tros, que deixam mofar no armário qualquer ação contra os peixes grandes, sem cadeia, sem punição,

sem condenação.O governo Dilma é in-

defensável. A presidenta é péssima com as alianças, com a assessoria, e é de uma incompetência sem tamanho. Eu bem queria outro ou outra no lugar dela. Votei em outra can-

didata nas eleições, mas aceito a derrota nas urnas e sei que para edificarmos um país sólido preci-samos de dialética e não de pirraça. É notável que o Legislativo não dei-xou Dilma trabalhar desde o início de 2015. Quem mais trabalhou desde então foi a polícia federal, e isso eu acho ótimo. Talvez seja um dos poucos aspectos positivos do nosso momento político: A polícia federal tem liberdade para investi-gar e prender os próprios chefes. Quando isso aconteceu antes?

A não ser que você me diga que antes não existia corrupção no país, eu lhe digo que tange a punir corruptos, estamos passando pela

melhor fase de nossa história. E a evidência de tantos corruptos sendo investigados, presos, processados, e o fato disso estar na mídia todos os dias é o que mais parece incomodar. Eu também me incomodo, mas me animo, pois prefiro assim do que tudo embaixo do tapete.

E se você quer o impeachment da presidenta pelas pedaladas, eu respeito. Mas peça com a mesma cólera o impeachment do governa-dor Geraldo Alckmin, pelo mesmo motivo: As pedaladas.

A diferença? As pedaladas da Dilma tiraram dinheiro de bancos estatais. As pedaladas de Alckmin tiraram dinheiro de hospitais. Qual é mais grave? Você já dis-cursou pedindo impeachment do Alckmin? Já viu a mídia falando das pedaladas do Alckmin? O que os olhos não veem, o coração não sente, não é? Nesse caso, você pode deitar no sofá confortavelmente, sem precisar vendê-lo.

Railson Rodrigues é pós-graduan-do em Direito Municipal e Assessor Legislativo

rAilson roDriGUEs

O sofá que incomoda

Depois do terceiro depoimento oficial Pinóquio ficou envergonhado

Os depoimentos das vítimas da enchente de janeiro, em Lençóis Paulista, e dos diretores da Prefeitura são altamente contraditórios, fato que deve ajudar a apuração e a conclusão da Comissão Especial de Inquérito, que investiga responsabili-dades pelo ocorrido. Com a clara definição de que o poder público está de um lado e a população de atingidos de outro, o caminho para a apuração da CEI pode ficar mais largo, sem sombras ou inter-ferências que possam afetar seu resultado final.

A cada nova audição, fica claro que o poder público já tem sua posição muito definida em relação a tudo o que ocorreu – causa, atuação, efeitos e ações posteriores. As respostas dadas às perguntas dos integrantes da comissão mostram claramente que existe uma cartilha escrita para ser seguida entre os representantes do governo, ao menos do alto escalão.

Os três depoimentos dos diretores tomados pela comissão, em muitos momentos se repe-tiram, especialmente quando tentam repassar para os moradores e comerciantes parte da culpa por suas perdas e danos. A insistência em negar que foi dada por representantes da Prefeitura e Defesa Civil a orientação para que deixassem móveis e pertences em seus imóveis, por não haver risco de perdas, é uma demonstração da tentativa ultrajante de dividir responsabilidades, mas comprova a tática de atuação definida pelo Executivo em relação à CEI.

Desde dados técnicos, mesmo os que con-tradizem laudos independentes; passando por declarações generalizadas, mesmo quando o questionamento é específico; chegando a con-clusões extremadas, inclusive para apontar que o rompimento das represas praticamente não tiveram efeito sobre a enchente, tudo parece es-tar organizado para defender quaiquer erros que podem ter sido cometidos.

E neste sentido, responsáveis da Prefeitura e Defesa Civil parecem também já terem definido a quem pretendem poupar, como por exemplo, proprietários de represas. É difícil não avaliar que a afirmação de que a água represada pouco influenciou nos estragos ocorridos não tenha esta finalidade. Não é preciso um grande es-forço mental para identificar a manobra usada pelo governo para jogar a maior culpa pela enchente na quantidade de água que caiu das nuvens, que não possui donos ou responsáveis passíveis de punição.

Por outro lado, é praticamente unânime a afir-mação das vítimas de que, independentemente da quantidade de chuva, foi a orientação equivocada das autoridades municipais o maior agravante para o resultado final da inundação.

De acordo com estes depoimentos, é possível avaliar que, para a imensa maioria dos atingidos havia tempo e meios para que os danos materiais e emocionais ligados a eles fossem evitados, mas a confiança na orientação dos responsáveis pelo controle da situação levou à pior decisão.

Embora pareça controverso, com as posições bem definidas de todos os envolvidos – isso es-pecialmente pela segurança e conformidade dos depoimentos das vítimas – a comissão especial poderá avaliar de forma clara as informações que reunir, sem a interferência subjetiva ou velada de qualquer interesse escuso.

A autoridade e independência para a mais correta apuração são pressupostos da comissão, que também tem demonstrado coragem em sua atuação, fator tão importante quanto para que se chegue ao resultado justo e legal de seu trabalho.

Dois lados e uma verdade “A humanidade precisa se libertar do

conceito de Deus e Diabo e admitir que ela mesma faz o bem e o mal”.

George Orwell

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4LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE ABRIL DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

R Á P I D A S

Da reportagemMesmo com a “Lei do Si-

lêncio” estando em vigência no município, uma decisão em reunião entre a Promotoria Pública, Prefeitura Municipal, Associação Protetora dos Ani-mais e Centro de Zoonoses (diretoria de Saúde), determi-nou que o canil instalado nas chácaras Virgílio Rocha deverá ser adequado e receberá melho-rias para continuar abrigando animais naquele mesmo local.

Segundo informou o pro-motor Ricardo Kakuta, a opção em manter o canil nas chácaras se deve a falta de recursos da Prefeitura para a construção do abrigo em outro local mais apropriado.

“A previsão orçamentária existe, mas a informação é que não há o dinheiro disponível, apenas a previsão de que caso o dinheiro entre nos cofres pú-blicos, ele seja utilizado”.

O promotor reconheceu que a chácara de recreio não é o local apropriado para a finalidade à qual está sendo usada, no entanto, a previsão da construção foi acordada na reunião.

Ainda segundo o promotor, o Centro de Zoonoses e o Canil seriam construídos em uma área dentro do Centro de Serviços da Prefeitura, na Usina de Recicla-gem e Compostagem de Lixo, mas não teria sido fixado uma data para o início da construção.

O promotor disse que o assunto veio a tona depois de

Recepção - Cão abrigado na chácara, com as baias ao fundo, recebeu a reportagem do Sabadão do Povo, na tarde de quinta-feira

Canil deverá permanecer em chácaras atéa construção do Centro de ZoonosesIndefinição de data deverá aumentar reclamação de moradores do bairro; falta de dinheiro público seria a causa

uma denúncia anônima apon-tando o problema no bairro. A denúncia se transformou em inquérito e foi pedido uma averiguação no local.

“Uma equipe da Vigilância Sanitária esteve na chácara e constatou apenas uma irregu-laridade, que havia uma piscina descoberta aonde poderia coo-perar na proliferação de insetos e algumas pequenas irregulari-dades como falta de limpeza e conservação”. O proprietário da chácara e a Associação teriam sido notificados e os voluntários providenciaram a manutenção.

Moradores das chácaras te-riam feito registros na delegacia (B.O.) sobre a perturbação do sossego público. Segundo as pessoas ouvidas, que pediram anonimato, os latidos, brigas e uivos caninos são uma constan-te nas chácaras e teria ocasião que os cães latem continuamen-te durante horas a fio, sem que nada possa ser feito.

A reportagem do jornal Sa-badão do Povo esteve no Canil na tarde de quinta-feira, dia 14, e constatou que os animais ficam confinados em baias e em uma residência, dentro

da chácara. Outros animais ficam soltos.

Segundo a informação apu-rada pela reportagem, uma mulher faria o trabalho de alimentar os cães duas vezes por dia, de manhã e a tarde. No horário que a reportagem esteve no canil não havia ninguém no local.

TranquilidadeAs chácaras no bairro Vir-

gílio Rocha não são apenas de recreio, várias famílias moram e vivem já há muito tempo no local. A chácara que abriga o canil teria

sido dada em comodato para a As-sociação Protetora dos Animais.

As informações que chega-ram até a redação nesta semana, reclamando da permanência do Canil apontavam para o pro-blema do barulho promovido pelos animais. Uma moradora que ligou para a redação disse que o problema se agrava no pe-ríodo noturno e se estende pela madrugada. Praticamente todas

as chácaras do bairro tem cães no quintal. Para os moradores, a quantidade de animais na chácara em questão extrapola o bom senso e a lei.

“Quando chegamos aqui e construímos nossas casas, não havia esse problema, então a gente pensa que não temos que nos adequar a esta situação, é a situação que precisa ser muda-da”, disse a moradora.

Um homem foi preso na quarta-feira, dia 13, no Par-que Rondon , após ser flagra-do com drogas em sua resi-dência. No local, os policiais já tinham as informações de que se tratava de um ponto de venda de entorpecentes.

Os policiais militares, civis e o Canil de Bauru foram até o local em uma operação para combater o tráfico de drogas. No local, apreenderam um

Homem é preso em operação contra o tráfico em Lençóis

Associação diz que chácarafoi saída emergencial

Moradores fazem B.O. por perturbação do sossego

pedaço de tijolo de maconha, duas porções de maconha, cinco pedras de crack e R$ 1.777,00 em dinheiro.

Ao todo quatro pessoas foram encaminhadas à de-legacia, mas três são apenas testemunhas. O dono da casa, um homem de 23 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Ele já havia sido preso anteriormente pelo mesmo crime.

produtos fabricados/elaborados pela Volato.Como se vê, ao contrário do que foi veiculado pelo sr. Mao junto a este periódico, a realidade da empresa é bem outra, diversa e diametralmente oposta à matéria sensacionalista do sr. Mao que demonstrou apenas e tão somente um enorme desconhecimento da-quilo que tentou, com insucesso, abordar.Frise-se que em momento algum, o repórter buscou obter informa-ções junto à Volato, notadamente, ao próprio sr. Zizo Sola, diretor presidente da mesma. Todavia, mister fazer-se aqui um aparte. A reportagem que ora respondemos, foi extremamente prejudicial à imagem de nossa em-presa. Isto porque, a Volato vem, nos últimos meses, investindo em sua imagem em busca de investido-res para capitalizá-la e dessa forma enfrentar as barreiras impostas, das quais se destacam:- pela Anac ao seguimento de construtores de aeronaves experi-mentais desde dezembro de 2014;- as barreiras criadas para a nova categoria (ALE/LSA) que aguarda regularização há mais de 12 meses, criando grande incerteza quanto a sua utilização (voos de instrução, reboque, uso pessoal e até mesmo governamental);- a volatilidade de nosso câmbio e crise econômica em diversos setores no Brasil.Diante de tantas adversidades

nos orgulhamos de apresentar o andamento da montagem do nosso protótipo Volato 200, que em julho próximo completa cinco anos de desenvolvimento (prazo este havido como curto, quando falamos de aviação, mor-mente por se tratar de empresa de capital privado de criação, desenvolvimento e construção de aeronaves nacionais, feitas 100% em compósitos).A Volato se coloca mais uma vez à disposição para sanar quaisquer dúvidas e gostaria de agradecer a todos aqueles que acreditam em seus sonhos, em nós, e nos apoiam de forma verdadeira, pois somente com parcerias de tal magnitude, dos adminis-tradores do nosso município e outros colaboradores é possível uma empresa ter chances de se desenvolver ou sobreviver, que nesta oportunidade enfatizamos nossos agradecimentos.Na certeza de um dia tornar os céus de nossa cidade mais bonito com o voo de nossas aeronaves e a esperança de tornar o nome de nosso município difundido no setor, agradecemos.

Volato Aviões e Compósitos S.A.Eng. Zizo SolaDiretor presidente

Obs. Fotos enviadas pela empresa junto ao texto do Direito de Resposta em papel sulfite não ti-nham qualidade para impressão.

Em relação à matéria publicada em 5 de março de 2016 (matéria de capa) pelo repórter do Jornal Sabadão do Povo, sr. Billy Mao, com o título “Três anos depois, a Volato não decolou”, necessário se faz um breve esclarecimento:A Volato Aviões e Compósitos, hoje uma empresa S.A., cons-truiu sua fábrica e vem investin-do na cidade de Lençóis Paulista há mais de três anos e meio, en-contrando-se instalada no aero-porto de Lençóis Paulista. Neste período, mesmo diante de um cenário de crise, principalmente no setor aeronáutico, a Volato não deixou de desenvolver os projetos aeronáuticos veiculados na época de sua instalação.Na verdade, em função das con-dições politico financeiras do país, suas atividades vem se de-senrolando de forma muito mais morosa do que seria o esperado, mas jamais tiveram solução de continuidade.Desde que iniciou suas ativida-des no município de Lençóis Paulista, a Volato trabalha no desenvolvimento do projeto “Família Volato 2000”.O mencionado projeto detém uma parceria com a empresa norteamericana Aeromomentum e vem desenvolvendo motores aeronáuticos alternativos com e sem tecnologia flex (bicombustí-vel) para o seguimento.Tais motores já estão sendo ofertados por nossa empresa ao

setor, o que facilmente pode ser constatado, bastando que para isso o interessado faça uma busca junto à internet.No que se refere à parceria pro-priamente dita, essa foi fechada no município de Lençóis Paulista no mês de novembro de 2015, tendo o diretor executivo da Aeromo-mentum permanecido por cerca de 15 dias em nossa cidade, visitando nossa sede e acompanhando os ensaios das primeiras peças do protótipo Volato 200, ocasião em que confirmou intenção de ser representante Volato na América do Norte e Ásia.A Volato é uma empresa de pe-queno porte, que trabalha, como todas as demais, a portas fecha-das – sobretudo para resguardar seus projetos tecnológicos da tão famosa espionagem industrial – e não pode divulgar seus avanços pormenorizadamente, sob pena de ter suas ideias usurpadas por empresas de maior expressão no mercado aeronáutico. Por isso, desenvolve tudo em segredo.Por outro prisma, temos que todos os projetos do setor, são custosos e minuciosos, sendo elaborados em etapas muito minuciosas e, portanto, lentas. O que não sig-nifica dizer, improdutivas! Tanto que em fevereiro do corrente ano, a empresa em questão teve seu projeto Volato 200 publicado em renomada revista do seguimen-to aeronáutico (Aeromagazine, edição 261), cujo teor enaltece os

Esclarecimento ao Sabadão do Povo

Em virtude do feriado de 21 de abril, dia de Tiradentes, alguns serviços e atendimen-tos serão alterados.

Em Lençóis Paulista, no feriado serão suspensos todos os serviços. A coleta de lixo reali-zada neste dia será transferida para o sábado, dia 23. Creches e a coleta de lixo voltam ao normal na sexta-feira, dia 22, mas os demais setores internos e externos continuarão fechados, mantendo apenas equipes de plantão a partir do 22.

O expediente fica suspenso nas unidades de saúde de Len-çóis Paulista nos dias 21 e 22 de abril. Por causa do Feriado de Tiradentes, que cai na quinta-feira, na sexta as repartições pú-blicas terão ponto facultativo.

Quem tem consultas ou procedimentos em hospitais ou ambulatórios da região marcados entre os dias 21 e 25 de abril, deve procurar a Central de Agendamento até o dia 20, próxima quarta-feira. O atendimento é das 7h às 10h. O endereço é rua José Paulino

da Silva, nº 147, ao lado do Almoxarifado.

Em Borebi, todos os servi-ços públicos funcionam até a quarta-feira, ficando suspensos na quinta e sexta, voltando ao normal na segunda-feira, dia 25. O posto de Saúde, limpeza pública, cemitério e SAAE per-manecem em plantão.

Os bancos em todas as cidades fecham no dia de feriado, mas voltam a fun-cionar normalmente na sexta-feira, dia 22.

Serviços e atendimento mudamno feriado de Tiradentes

A presidente da Associa-ção Protetora dos Animais, Milena Mileski, informou por telefone que a chácara foi conseguida em regime de comodato por 20 anos e que foi uma medida emergencial para abrigar animais abando-nados e em risco.

“Estávamos em uma situação difícil, as voluntárias estavam com muitos animais em casa e não tínhamos para onde levar. A proprietária da chácara fez a doação para que conseguís-semos sanar aquele problema imediato”, contou Milena.

Ainda segundo a presidente,

a possibilidade de construção do novo canil e Centro de Zoo-noses é real depois que forças políticas e a própria Prefeitura, através do meio Ambiente e Saúde, estão em busca de re-cursos para a obra.

“Todos estão preocupa-dos com o problema. Hoje estamos com 18 animais na chácara e pretendemos que o canil seja construído o mais breve possível. Lá a Associa-ção ficará responsável pela a administração, com a ajuda dos voluntários e poderemos atender a demanda de ani-mais”, disse Milena.

O problema de vizinhança que mantém cães no quintal comete inúmeros cidadãos em todas as cidades. Para evitar esses e outros problemas de perturba-ção do sossego, foi criada uma lei que proíbe o abuso de sons e ruídos que, de alguma forma, prejudique o cidadão.

Usando do dispositivo da Lei Municipal n.º 4.635, de 2014,

vários moradores registraram Bo-letins de Ocorrência na Delegacia como forma de coibir a permanên-cia de cães nas chácaras.

Milena Mileski contou que está sendo feito um trabalho intenso para doação dos animais que estão lá e dos 18 animais alocados na chácara, pretendem reduzir para 10. Disse que os animais não cau-sam perturbação do sossego.

Wagner Gonçalves/ PM Municipal

Page 5: Jornal Sabadão do Povo - Edição 161

Marise responsabilizou vítimas por nãodeixarem imóveis durante enchente

Tânia MorbiSem apresentar novidades

importantes durante seu depoi-mento à CEI (Comissão Espe-cial de Inquérito) da Câmara, que apura responsabilidades na enchente de janeiro deste ano, o coordenador da Defesa Civil Municipal e vice-prefeito José Antônio Marise (PSDB) contrariou, na terça-feira, dia 12, as declarações anteriores de moradores e comerciantes, afir-mando que cabia às vítimas a decisão de deixar os locais com risco de inundação. Também questionou documento enviado à CEI pelo Ministério Público para minimizar a participação do estouro das represas da re-gião nos estragos causados em Lençóis e Borebi.

Assim como os diretores que o antecederam, Benedito Martins e Antônio Silveira, Marise alegou que, no dia 12 de janeiro, não orientou mora-dores e comerciantes para que apenas erguessem seus móveis e pertences e que não informou, naquela noite, a qualquer mo-rador, que o nível da água não passaria de 1,5 metro e, por isso, não seria necessário que deixassem suas casas.

A afirmação de que o coor-denador da Defesa Civil e fun-cionários da Prefeitura, sob sua orientação afirmaram durante toda a noite do dia 12 que o ní-vel da água não iria ultrapassar a altura das enchentes anteriores e por isso não era necessário retirar móveis e pertences de dentro das casas foi feita por praticamente todos os ouvidos pela CEI até agora, de todas as regiões atingidas.

Mas, de acordo com as decla-rações de Marise, os moradores foram orientados a deixar as áreas de risco, porém optaram em permanecer por decisão própria, devido ao que já ha-viam vivido em inundações an-teriores. Marise disse ainda não ter orientado nenhum morador

O coordenador da Defesa Civil afir-mou, em depoimento à CEI, que não orientou moradores e comerciantes de que nível da água não passaria de 1,5 metro, insinuando uma “mentira coletiva” e que “havia resistência das pessoas para retirar seus móveis”; Tipó anunciou possível acareação entre as partes

ou comerciante pessoalmente, pois coordenava as ações em toda a cidade.

O presidente da CEI Ailton Tipó Laurindo (PMDB) leu depoimento de um morador da Rua 15 de Novembro que, deixou de retirar seus imóveis e de vizinhos, mesmo contando com caminhões de seu filho para o transporte, porque teve a garantia dada pelo coordena-dor, segundo ele, de que apenas a título de precaução deveria erguer seus móveis, porque não haveria risco de inundação. “Eu não disse isso. Eu respondo por aquilo que eu digo, o que as outras pessoas disseram, eles responderão”, garantiu Marise.

O presidente da CEI tam-bém leu também depoimento de uma moradora da Rua 15, que confirmou o relato anterior, contando que o coordenador da CEI, José Antônio Marise, por volta das 23h do dia 12, garantiu que a situação estava “sob controle”, que nenhuma represa iria romper, pois esta-vam monitorando o problema.

Os moradores citados, assim como outros, que em depoi-mentos à CEI afirmaram ter re-cebido a mesma orientação do coordenador da Defesa Civil, perderam móveis e pertences pessoais levados pela enchente.

Marise defendeu ainda que, em relação aos comerciantes, agiu da mesma maneira que com os moradores. “Eu não dei nenhuma orientação para que as pessoas simplesmente erguessem os seus pertences. Eu não dei pessoalmente nenhu-ma orientação neste sentido. A orientação foi para que as pessoas se preparassem para, no momento adequado, se fosse o caso, desocupassem seus imóveis e retirassem seus pertences”, reafirmou.

Momento certoSobre os alertas da Defesa

Civil, de forma geral, de acordo

com o depoimento de Marise, foram feitos “no momento correto”, através das rádios da cidade e de funcionários do SAAE. O Corpo de Bombei-ros, que atuou durante todo o ocorrido, não foi acionado pela Defesa Civil, segundo Marise.

O presidente da Defesa Ci-vil afirmou ainda que desde o início da noite, cerca de 12 ca-minhões do SAAE e Prefeitura foram aos pontos tradicionais de inundação para alertar a população e retirar os pertences. Em um levantamento fotográ-fico, enviado à CEI pelo jornal Sabadão do Povo, a pedido da

presidência da Comissão, que foi exibido durante a audiência do dia 12, não é possível identi-ficar nem um caminhão citado pelo coordenador.

Ainda sobre os alertas, o presidente da CEI questionou porque os avisos que teriam sido feitos pela Defesa Civil não puderam evitar que tan-tos moradores e comerciantes tivessem tantos prejuízos e traumas. “A decisão da pessoa sair de sua casa e retirar os seus pertences cabe a ela. A Prefeitu-ra, a Defesa Civil e as empresas disponibilizaram veículos, mas havia resistência das pessoas

para retirar seus móveis e isso é compreensível, porque nas en-chentes de 2006 e 2011 o nível do rio chegou a três metros, e as pessoas tomaram sua decisão com este número”, avaliou.

DefesaDurante a audição, o pre-

sidente da CEI, questionou detalhes da organização e fun-cionamento da Defesa Civil no município. De acordo com Marise, o órgão não possuiu uma comissão fixa, tendo fixas apenas a sua função e do secre-tário; faz reuniões esporádicas em outras diretorias da admi-nistração ou no SAAE, sem registro oficial dos assuntos discutidos; não possui equipa-mentos ou estrutura próprios, e baseia suas ações em um manual de conduta, elaborado há 10 anos, que é atualizado periodicamente e serviu de base para a atuação nas enchentes de 2011 e neste ano, segundo ele.

De acordo com Marise, as ações do dia 12 e 13 de janeiro refletiram a preparação da Defe-sa Civil para o período de chuvas e, segundo ele, a Defesa Civil do município está “planejada para atuar e solicitar e receber colaboração da comunidade”.

Sobre ações preventivas es-

pecíficas da Defesa Civil em janeiro deste ano, o presidente da DC afirmou que foram feitas limpezas nos córrego e rio, mas que o assunto prevenção junto a moradores e comerciantes não foi tratado.

Apenas enchenteIndagado sobre quais outros

eventos poderiam mobilizar a ação da Defesa Civil de Lençóis Paulista, Marise confirmou que o ocorrido em janeiro foi a pior catástrofe já registrada na cida-de e que, embora as inundações sejam um problema histórico do município, a comissão tem outras tarefas como laudos de desmoronamento de constru-ções, vistoria em incêndio, etc.

A audiência da CEI com o coordenador da Defesa Civil durou cerca de três horas, mas o presidente Tipó afirmou que, devido às contradições entre os depoimentos das vítimas e dos diretores da Prefeitura e Defesa Civil, pretende fazer uma aca-reação entre as partes.

Os trabalhos da CEI pros-seguem na próxima semana, com novos depoimentos, mas até o fechamento desta edi-ção, os nomes dos próximos ouvidos ainda não haviam sido divulgados.

ANÁLISEFicou no ar a insinuação de quê

moradores mentemAs declarações do presidente

da Defesa Civil de Lençóis Paulista, José Antônio Marise, deixaram no ar, durante a ses-são da CEI, uma insinuação de que os moradores, sua maioria, mentiram em seus depoimentos durante as audiências anteriores.

As insinuações ocorreram quando durante os questiona-mentos o presidente afirmou que não havia instruído ne-nhum morador a apenas elevar seus pertences a uma altura de 1,5 metro. Também, quando afirmou que a Prefeitura e todo o corpo público disponibilizou caminhões desde o início da noite do dia 12, quando co-meçou a inundação na cidade, contradizendo os moradores que relataram não terem cami-nhões à disposição e nenhum

tipo de alerta eficaz.A falta de uma informação

precisa para que os morado-res retirassem seus móveis ou o que pudessem antes que a inundação chegasse até as casas foi outro ponto que revoltou os presentes na audiência.

No final da oitiva, Marise saiu do plenário sob palavras de “mentiroso”, proferida por moradores que resistiram às quatro horas de depoimento e se sentiram ofendidos pelo depoimento que colocou em dúvida a veracidade dos depoi-mentos emocionados e detalha-dos dos moradores.

Assim como ocorreu com os depoimentos dos diretores muni-cipais da Prefeitura, Marise com-pareceu a audiência -atendendo a um pedido da CEI- espontanea-

mente e munido de documentos e levantamentos feitos pela Defe-sa Civil e Prefeitura.

Em seu depoimento o presi-dente informou a Comissão Es-pecial de Inquérito que apenas duas pessoas são responsáveis pela Defesa Civil do município, porém, quando há a necessida-de, voluntários são convocados para qualquer tipo de ação.

Marise deixou uma lacuna sobre o que a Defesa Civil po-deria fazer e o que fez de efetivo na prevenção da “catástrofe”, como chamou todo tempo. Uma lacuna sobre a eficiência da DC e uma suposta negligên-cia sobre a atuação no dias da enchente. A dúvida sobre se po-deria ter sido feito mais, ainda continua. O que não sabemos é se isso muda alguma coisa.

Tania Morbi

GERAL 5LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE ABRIL DE 2016 - SABADÃO DO POVO

Enchente - Presidente da Defesa Civil depõe na CEI da Enchente, na Câmara Municipal, observa-do por moradores e comerciantes atingidos: “desastre natural”, disse

Laudo do CAEx (Centro de Apoio Técnico à Execução), órgão de apoio do Ministério Público de São Paulo, emitido a pedido da Promotora Débora Orsi Dutra, após a enchente de janeiro deste ano, reforça a importância do estouro das represas da região no agrava-mento da enchente. O efeito do estouro, segundo o laudo, contribuiu inclusive com as perdas de bens materiais. Na semana passada, a Prefeitura de Lençóis Paulista divulgou que o conteúdo das represas contribuiu em apenas 2,7% do volume total da enchente.

O laudo do Centro é assi-nado por dois geólogos e uma engenheira civil, que prestam assistência técnica ao MP. O índice apresentado pela Prefei-tura, segundo o coordenador da Defes Civil, José Antônio Mari-se, foi definido por técnicos da própria Prefeitura.

Desde 2006 Prefeitura minimizacontribuição de represas em enchentes

De acordo com o CAEx, o volume adicional de água na região atingida da cidade, que totalizou 320 mil metros qua-drados, foi de 635 mil metros cúbicos. A análise evidencia que, “as rupturas das represas em Bo-rebi tiveram um efeito potencial de agravamento significativo da enchente de 2016 em Lençóis Paulista”. O estudo também cita que, “além de aumentar a área de inundação e o nível das águas, a velocidade de subida também foi ampliada, dificul-tando ou impedindo as ações de salvamento de bens materiais”.

Imagens de satélite que cons-tam do laudo comprovam rom-pimento de represas também na inundações de 2006 e 2011. Em 2006, também estudos da Prefeitura teriam indicado que a grande quantidade de chuva foi a responsável pelas cheias e alagamentos, minimizando os efeitos do transbordo das

represas. Em 2011, a Defesa Civil do município chegou a confirmar o rompimento de uma represa, em Borebi, mas depois a Prefeitura desmentiu o comunicado, alegando que a inundação havia sido causada apenas pela chuva.

De acordo com o laudo, considerando três grandes en-chentes em 10 anos, os índices pluviométricos “não foram tão excepcionais”. Para a Defesa Ci-vil, em depoimento à CEI foram os índices pluviométricos ou a quantidade de chuva o principal agravante da enchente.

Os técnicos sugerem no laudo, entre diversos tópicos, que sejam ouvidos os integrantes da Comis-são Especial para a Prevenção e Enfrentamento de Enchente do município, criada em 2011 e que seja averiguado o Plano de Con-tingência da Defesa Civil, para verificar “sua eficácia e eventual adequação”, após o ocorrido.

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Mourão deixa de fazer linha Lençóis Macatuba e Prata assume serviço

Moradores da São João reclamam da falta de iluminação

Informação é da Artesp, órgão regulamentador do Estado para o transporte; linha atinge usuários

Moradores do Jardim São João procuraram a redação do jornal Sabadão do Povo para relatar a falta de iluminação em parte da Avenida José António Lorenzetti e na praça Helco Carani. Os moradores informaram que já procuraram a Prefeitura Municipal de Len-çóis Paulista para que tomasse uma providência, no entanto, até a noite de quinta-feira,dia 14, nenhuma melhoria havia sido feita tanto na avenida, quanto na praça.

A Prefeitura Municipal dis-ponibilizava em seu site oficial uma janela para pedidos de ma-nutenção na rede de iluminação pública. Segundo os moradores, os pedidos já teriam sido feito inúmeras vezes para que a ma-nutenção ocorresse, sem que houvesse sucesso a resposta.

Atualmente, um aviso para que o cidadão entre em contato di-retamente com a CPFL aparece quando o link é acessado. Os novos chamados para reparos podem ser realizados através do site da CPFL Paulista: (www.cpfl.com.br) ou através do 0800 010 10 10.

A Praça Helco Carani foi uma das primeiras do muni-cípio a receber quadras e uma pequena infraestrutura ainda na década de 2000. Desde lá, segundo os moradores, pouca coisa foi feita para manter a manutenção do lugar. Depois de muita insistência, contam, o parquinho para as crianças foi recuperado, mas o restante da praça continua abandonado.

Para os moradores, a si-tuação de abandono do lugar coloca em risco a integridade

dos usuários. Apontam que os alambrados da quadra estão de-teriorados e a falta de poda nas árvores e a escuridão cooperam com o afastamento das pessoas.

A falta de iluminação eficaz na avenida é um ponto à parte. Em vários trechos a escuridão é quase total devido a falta de troca de lâmpadas. A reporta-gem contou pelo menos quatro pontos sem o dispositivo de iluminação em toda a extensão da avenida.

A falta de poda das árvores, tanto da praça, quando da pró-pria avenida, também colabora com a escuridão. “Temos filhos que vão e vem para a escola e são obrigados a trafegar por essas vias escuras e sem segu-rança. Até quando teremos que ficar implorando atenção”, disse uma moradora.

Incêndio destrói casa na Vila São João em menos de meia hora de chamas

Casa no Ibaté tem inservíveis retirados

Um incêndio que teria começado de pois de um curto-circuito na rede elétrica destruiu uma residencia na vila São João em menos de meia hora. Segundo o morador, conhecido no bairro como “seo Luiz”, a energia teria acabado em sua casa sem nenhum motivo aparente e cerca de minutos depois o incêndio começou.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas, mas devido a força do fogo e a rapidez com que se espalhou, a destruição foi inevitável e o telhado desabou.

No interior da residência, pouca coisa sobrou depois das chamas e móveis e utensílios domésticos foram perdidos.

Pela rede social Facebook, ami-gos e vizinhos da residência se

mobilizam para conseguir doações para a família atingida.

“Seo Luiz” está desempregado e não tem nenhuma fonte de renda. Ele tem duas filhas, uma

de 9 e outra de 15 anos, um me-nino de 10 anos e um bebê de 1 ano. O contato para quem puder cooperar com alguma doação é 99714-9860 ou 99760-4442.

Desde a última quinta-fei-ra, dia 14, o transporte entre Agudos e Borebi é feito por um ônibus intermunicipal, após regulamentação feita pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) junto à empresa que tem a concessão do serviço.

O transporte coletivo entre municípios próximos ou inter-municipal é comum em todo Estado. Já é disponibilizado há vários anos entre Agudos e Lençóis Paulista, apesar da distância maior entre os dois municípios.

A regulamentação do trecho entre Agudos e Borebi possibi-lita uma redução significativa no valor pago pelos passagei-ros, de R$ 6,30 cobrado pelo transporte convencional para R$ 4,35 pela passagem do intermunicipal, o que também contribui com a manutenção do projeto de transporte social, criado em 2013 pela Prefeitu-ra, que garante o transporte do trabalhador de Borebi que

Passageiro e trabalhadorjá pagam menos para ir de Borebi até Agudos

trabalhe em Agudos.Desde ocomeço do ano,

a Prefeitura negociava uma redução no valor das passa-gens como forma de garan-tir o transporte gratuito aos trabalhadores. Atualmente, cerca de 130 trabalhadores de Borebi recebem o passe social para trabalharem em Bauru ou Agudos. Cerca de metade deles em uma única empresa em Agudos.

Assim, em março a Prefei-tura convocou um reunião entre a empresa de transporte, de Bauru, e a maior emprega-dora de Agudos, para nego-ciar ajustes em horários dos trabalhadores, o que evitou o aumento no valor pago pelo transporte social. Na mesma reunião, a empresa de trans-porte anunciou que pleitearia a regulamentação do trecho para que fosse feito o transporte in-termunicipal, o que baratearia o valor das passagens, medida que foi aprovada esta semana.

Para ter direito ao transpor-

te social é preciso comprovar o vínculo empregatício em outro município, através de carteira assinada; estar com o exercício efetivo de atividade laboral, em caso de trabalhador doméstico, autônomo ou sem vínculo formal; possuir comprovada-mente renda mensal de até dois salários mínimos e residência em Borebi.

Apesar da redução atual, de acordo com a Prefeitura de Bo-rebi, o valor da passagem entre os dois municípios deve cair ainda mais, após a liberação do tráfego entre Agudos e Borebi, pela Rodovia da Amizade. Atualmente, devido a interdi-ção da rodovia, a ligação entre as cidades é feita pela Rodovia Marechal Rondon (SP 300), com uma distância maior.

Segundo a Prefeitura, a estimativa da empresa que faz o transporte é que a passagem fique com valor de cerca de R$ 3,50, após a liberaçã do uso da Rodovia da Amizade, que tem distância menor.

6LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE ABRIL DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Depois de muita insistência das Agentes Comunitárias de Saúde, a proprietária de uma casa no jardim Ibaté concor-dou em fazer uma limpeza no quintal e retirar os inservíveis.

Os vizinhos reclamavam com medo de proliferação de insetos peçonhentos e da den-gue. Um caminhão da Prefei-tura foi disponibilizado e uma força tarefa realizou a limpeza na tarde de quinta-feira.

Foto/arquivo pessoal: Roberval José Grandi

Fotos: Billy Mao

Foto/arquivo pessoal

Escuridão - Praça Helco Carani e Avenida José António Lorenzetti

Garagem - Mourão atuou por vários anos em Macatuba

Da redação A Artesp, órgão que regu-

lamenta o transporte viário no Estado de São Paulo informou através de sua assessoria que a empresa Viação Mourão paralisou os serviços na linha que liga Lençóis Paulista a Macatuba durante esta semana. Por isso, a partir de segunda-feira, dia 18, a empresa Expresso de Prata assume o transporte das linhas antes operadas pela Mourão

Na nota enviada para a redação, a Artesp informa que a decisão de paralisação da Mourão foi tomada pela própria empresa.

Uma informação de Ma-catuba aponta que uma equipe da Artesp esteve na cidade na quarta-feira, dia 13, para realizar vistoria nos ônibus da empresa. Poste-

riormente à visita, a empresa decidiu encerrar o serviço.

Segundo a assessoria, ao tomar conhecimento do encerramento do serviço, a Artesp passou a estudar uma nova possibilidade de concessão para que usuários não ficassem desamparados. Informou também que a Ar-tesp acionaria outra empresa para que opere de forma emergencial até que a situa-ção seja normalizada e uma nova licitação para explorar a linha seja realizada.

A confirmação de que a empresa Expresso de Prata assumiria o serviço foi feita na tarde de sexta-feira, dia 15, através de e-mail da assessoria da Agência.

A Artesp informou ainda que a preparação do edital da licitação já está em curso. “Paralelamente, está em cur-

so preparação do edital para licitação de novas linhas intermunicipais. No mo-mento, a Artesp está anali-sando as sugestões e críticas feitas durante o processo de consulta pública”, disseram.

Na manhã de ontem, a prefeita de Lençóis Izabel Lorenzetti se reuniu com o prefeito de Macatuba Tarcí-sio Abel para assinatura de ofícios pedindo a retomada urgente do serviço e para que a empresa Expresso de Prata, disponibilizasse ônibus para atender à po-pulação emergencialmente.

A linha que liga as duas cidades transporta trabalha-dores e estudantes.

Na nota do órgão estadual é apontado a falta de passa-geiros como motivo para a desistência do serviço pela empresa Mourão.

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SAÚDE 7LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE ABRIL DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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PEnnE cOM ATuM, AlcAPArrAs E PiMEnTAingredientes:

500 g de massa curta tipo penne1 cebola roxa cortada em gomos finos2 dentes de alho picados4 colheres (sopa) de azeite2 latas de atum( 240 g) em conserva de água e sal, escorridoSuco de 1 limão3 colheres (sopa) de alcaparras em conserva, lavadas e escorridas1 de xícara (chá) de salsinha picadaSal e pimenta calabresa quanto baste.

Modo de preparo:

Em uma panela com bastante água fervente com sal, cozinhe a massa até ficar “al dente”. Enquanto isso, refogue rapidamente a cebola e o alho na metade do azeite até murchar. Junte o atum, o suco de limão e a alcaparra. Escorra a massa e misture ao atum. Verifique o tempero,cuidado porque a alcaparra é salgada, junte a pimenta, o azeite restante e a salsinha. Sirva quente ou morno. Bom apetite!!

Vacinação contra H1N1 será no dia 30 de abril em Lençóis

A implantação de estradas, rodovias e ferrovias, sejam em meio urbano ou rural, causam alterações importantes nas paisagens, afetan-do negativamente a biodiversidade. As estradas são de grande importân-cia para o desen-volvimento de um país, pois permitem o transporte de ali-mentos e pessoas, e melhoram a distribuição de renda e o desenvolvimento social.

No entanto, os efeitos eco-lógicos decorrentes de sua implantação alteram e re-duzem significativamente as paisagens, fragmentando tanto em áreas de importância para a conservação da biodiversidade (Unidades de Conservação) – impedindo com que as espécies migrem e se dispersem entre mosaicos de vegetações nati-vas, prejudicando a dinâmica de populações entre animais e plantas – como áreas sob in-fluência da agropecuária – que por si só, já está perturbada.

A conectividade entre mo-saicos de vegetação nativa numa paisagem é essencial para que haja o fluxo gênico (gené-tico) entre as espécies – função extremamente relevante de cruzamento entre indivíduos de populações diferentes, para a sobrevivência de animais e plantas em determinadas regiões, evitando até mesmo, a extinção local delas. Mas daí vocês me perguntam: “e como especificamente as estradas entram maleficamente nesta história?”

Bom, a grande maioria dos animais, para não dizer todos, sentem-se pressionados frente a essas construções; quando estão caminhando ou se mo-vimentando numa paisagem e encontram uma estrada, rodo-via ou ferrovia em sua frente,

eles “paralisam”, ficam com medo de atravessar, pois todos os componentes presentes na-

quele ambiente são diferentes do que ele está acostuma-do. É um solo duro, quente, todo asfal-tado, e digo mais, com alto influência da poluição sonora! Já tinham ouvido falar deste termo? A poluição sonora

é causada pelo barulho dos veículos nas estradas, o que afeta diretamente os animais, principalmente mamíferos, devido a sua alta capacidade auditiva. A soma de todos esses fatores citados, fazem com que uma estrada se torne uma bar-reira “física” no caminho deles, que na maioria das vezes, dão meia volta e retornam de onde vieram, impedindo assim, com que ocorra o fluxo gênico que citei acima.

E advinha o que acontece quando esses animais decidem se arriscar e atravessar essas estradas? Isto mesmo, morrem atropelados! Atualmente no Brasil, morrem mais de 475 milhões de animais vertebra-dos (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) por ano, isto dá mais de 1 milhão por dia. É impressionante não é mesmo? Imagina se este número fosse para seres humanos? Por fim, vamos nos conscientizar sobre os riscos à fauna em nossas es-tradas, principalmente durante a noite e respeitar os limites de velocidade, pois, até mesmo para a pessoa mais fria senti-mentalmente, ter a sensação de ter matado um animal – por mais insignificante que ele pareça – por atropelamento, sabendo que poderia ter evita-do, é algo muito ruim.

Leonardo Silva, graduando em Ciências Biológicas e Pesqui-sador Ambiental

lEonArDo HEnriqUE DA silvA

Ecologia de estradas: o impacto das estradas e rodovias sobre a fauna

Onça-parda (Puma concolor) – Reserva Biológica de Sooretama, ES.

30 de abril é o de vacinação contra a H1N1. A dose estará disponível somente para crian-ças entre seis meses e cinco anos de idade, gestantes e mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, idosos (mais de 60 anos), indígenas, profissionais da saúde e pessoas que sofrem de doenças crônicas, como diabe-tes e pressão alta. É aconselhável às pessoas levarem a caderneta de vacinação. Todas as unidades de saúde de Lençóis Paulista estarão abertas das 8h às 17h para a imunização.

A vacina, que começa a ser disponibilizada em todo o Brasil a partir do dia 30, protege contra a Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, e a Influenza B. Ela costuma fazer efeito entre 2 a 3 semanas após a imunização.

Como o Estado de São Paulo vive um surto da doença, nas unidades de saúde da rede municipal, os agentes comu-nitários estão orientando os pacientes sobre os cuidados com a higiene pessoal e tam-bém que não levem crianças sem necessidade – a não ser para consulta. Quem está doente, não deve ir à escola

ou trabalho.Para prevenir a gripe H1N1

é fundamental que as mãos sejam lavadas com frequência; usar lenço descartável para a limpeza no nariz; cobrir a boca quando tossir ou espir-rar, evitar tocar os olhos, nariz ou boca; não compartilhar talheres, pratos, copos ou garrafas; deixar os ambientes ventilados; evitar contato com pessoas que apresentem os sintomas; adotar hábitos alimentares saudáveis.

Os sintomas da H1N1 são bem semelhantes aos sinto-mas de uma gripe comum: tosse seca, febre alta, dor de cabeça, cansaço, dores no corpo e dificuldades respira-tórias. Uma vez transmitido o vírus os sintomas levam de três a sete dias para se manifestar.

AtualizaçãoAté o momento, existem

quatro pacientes com suspeita de H1N1. Por ordem crono-

lógica foram notificados uma mulher, 67 anos, que esteve in-ternada mas já recebeu alta. Um homem, 59 anos, deu entrada na UPA e foi transferido para Bauru. Uma segunda mulher, de 69 anos, deu entrada na UPA e foi internada no Hospi-tal Nossa Senhora da Piedade e uma criança de oito meses, cujo raio X acusou pneumonia.

Para os pacientes que pro-curam a rede com dificuldade respiratória e pneumonia está sendo prescrito o Tamiflu.

Em Macatuba, o mosquito Aedes aegypti (transmissor da den-gue, chikungunya, zika e outras doenças) encontrou uma legião de adversários. Incentivados pela Secretaria de Saúde da Prefeitura e pela direção das escolas locais, os estudantes se mobilizam em diversas ações para não deixar chance de o mosquito se reprodu-zir, afastando os riscos da doença.

As escolas municipais Padre José Corsini e Desidério Minetto desenvolveram o projeto Dengue Não, Vida Sim. Os alunos se engajaram nas ações, estimulados por atividades como a apresentação de vídeos educativos, produção de poesia, acesso e discussão das informações sobre o mosquito e as formas de prevenção às doenças por ele transmitidas, entre outros. De modo prático, os alunos pro-moveram a caça aos criadouros, localizando e eliminando po-tenciais focos de proliferação do Aedes nas imediações das escolas e nas residências. Outra ação foi de atividade física, com a chamada Corrida Contra a Dengue.

A mobilização contra o Aedes

Em Macatuba, escolas se mobilizam contra o Aedes

também envolveu o Caic Cristo Rei. Os professores trataram do assunto nos horários de trabalho pedagógico e levaram as atividades para as salas de aulas. Materiais como vídeos, panfletos e orien-tações foram trabalhados com os alunos, despertando neles o compromisso de que a prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito não tem limite de idade.

A escola estadual Dr. Osmar

Francisco da Conceição colocou o assunto Aedes aegypti e suas doen-ças em destaque na programação curricular. Dengue, chikungunya, zika, sintomas, prevenção e atitude preventiva estavam presentes nas aulas de ciências e biologia, de geografia e história, de português, inglês e artes. Até as aulas de mate-mática foram incluídas, utilizando pesquisas e estatísticas relacionadas aos casos da doença no País. Os

materiais produzidos pelos alunos decoraram o ambiente escolar, es-timulando a atitude positiva da po-pulação estudantil contra a doença.

Outra escola municipal que chamou o Aedes aegytpi para o campo de batalha foi a Waldomiro Fantini, que organizou sua Semana de Combate ao Mosquito da Den-gue. Depois de participar das di-versas ações preparadas pela escola – assistir aos vídeos educacionais, realizar trabalhos sobre o assunto pelos alunos, produzir e ler textos alusivos -, os alunos organizaram uma passeata pelas ruas da cidade contra o mosquito e para cons-cientizar também a comunidade (foto). A passeata contra o Aedes contou com a presença de 180 alunos, professores e inspetores, percorrendo as ruas do bairro onde fica a escola.

Essas ações complementares se somam às outras atividades perma-nentes da Secretaria de Saúde de Macatuba têm apresentado resulta-dos positivos para a população. O município chega ao quarto mês do ano com um único caso de dengue importado e zero autóctone.

Divulgação

Prefeitura Municipal de Macatuba/Divulgação

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Clara Albuquerque é candidata a Rainha da Facilpa. “É um sonho de criança. Sentia orgulho de ver as Rainhas representando nosso município durante a feira. Estudei muito e sinto-me preparada.”

8LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE ABRIL DE 2016 - SABADÃO DO POVOSUA IMAGEM

Escritório Contábil Lençóis Av. Brasil , 872 - CentroLençóis Paulista - SP - TEL: ( 14 ) 3269-4400

A gente olha o mundo de forma diferente.

Nós somos a energia para o futuro.

Honramos as conquistas do passado,trabalhamos para criar o presentee inovamos para o futuro.

2design

“Inspirados pelos Desafios, Preparados para o Futuro”. É com esse conceito que a Lwarcel Celulose, uma das empresas do Grupo Lwart, produtora de celulose de eucalipto branquea-da, comemora seus 30 anos em 2016. Localizada em Lençóis Paulista (SP), a empresa atua no Brasil e no exterior comerciali-zando matéria-prima para a fa-bricação de papéis de imprimir e escrever, embalagens, papéis especiais e sanitários.

Para o diretor geral da Lwar-cel, Luis Antonio Künzel, o crescimento da empresa sem-pre esteve baseado em ações e princípios que visam o desen-volvimento sustentável. “Este é um momento de celebração. Nesses 30 anos enfrentamos grandes desafios, atingimos diversos dos nossos objetivos e procuramos gerar oportuni-dades de desenvolvimento para nossa indústria, colaboradores e na comunidade na qual atua-mos”, destaca.

Para o diretor presidente do Grupo Lwart, Carlos Re-nato Trecenti, completar três décadas de existência é um marco significativo para uma empresa que nasceu e cresce em um ambiente econômico bastante desafiador, como é o brasileiro. “Ver a evolução da Lwarcel ao longo de todos estes anos nos incentiva a prosseguir trabalhando fortemente para gerar mais oportunidades de

Lwarcel 30 anos: busca contínua pela eficiência e excelência operacional

desenvolvimento aos nossos negócios e a nossa região”, diz.

Atualmente, a Lwarcel fabri-ca 250 mil toneladas de celulose de fibra curta de eucalipto ao ano e conta com 1.100 cola-boradores próprios e terceiros. A empresa planeja seu cresci-mento para os próximos anos tendo como base um projeto de expansão, com a construção de uma nova linha de produção na mesma planta existente em Lençóis Paulista. A capacidade adicional será de 750 mil t/ano de celulose branqueada, o que representará uma produção to-tal de 1 milhão de t/ano após a conclusão do projeto, previsto para 2019.

Para celebrar a data, a empresa planejou ações com seus públicos de relaciona-mento na região de Lençóis Paulista. Estão previstas ativi-dades gratuitas durante todo o ano, envolvendo esporte e cultura, com uma oficina de fotografia e exposição aberta aos jovens estudantes.

Um hotsite bilíngue (www.lwarcel30anos.com.br) estará disponível em meados de abril, tornando-se um dos princi-pais veículos de divulgação da campanha. Nele, será contada a história da empresa, além de agendas com as atividades programadas. O hotsite ficará no ar até dezembro.

Cíntia FotografiaFotos: Tania Morbi

A empresa SOS Sistemas de Garantias promoveu, com apoio do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, de Lençóis Paulista seminário de dois dias que debateu os desafios e os caminhos que devem seguir os operadores dos sistemas de garantias de crianças e adolescentes. O seminário foi ministrado por Edson Seda, um dos relatores/autores do Estatuto da Criança e do Adolescente. Participaram conselheiros tutelares e representantes de outros órgãos públicos de várias cidades da região.