Jornal Villa Cesari 001

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NÚMERO 0000 DIREÇÃO PAULO SILVA CHEFE DE REDAÇÃO DANIELA PINHO COLABORAÇÃO ANDREA PINHO | ANTÓNIO REBELO | ANDRÉ ALVES | CARLA OLIVEIRA CARLOS COSTA GOMES | JOSÉ AZEVEDO | PEDRO SILVA | RENATO CASTRO | TÂNIA SILVA DESIGN JOÃO ROCHA BIMESTRAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA TIRAGEM 500 EXEMPLARES IMPRESSÃO ESCOLA TIPOGRÁFICA DAS MISSÕES IIª. SÉRIE JANEIRO FEVEREIRO 2013 GOVERNADOR INVOCA “INICIATIVA EMPRESARIAL” PÁG.08 PÁG.03 PÁG.10 PÁG.11 PÁG.11 UM MILHAR DE ATLETAS PARTICIPARAM NA PROVA DE ATLETISMO EM CESAR APROVAÇÃO DAS CONTAS NA TOMADA DE POSSE DOS NOVOS ORGÃOS F. C. CESARENSE PREMEIA ATLETAS DA FORMAÇÃO CARNAVAL NO CENTRO INFANTIL E SOCIAL DE CESAR

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NÚMERO

0000DIREÇÃO PAULO SILVA CHEFE DE REDAÇÃO DANIELA PINHO

COLABORAÇÃO ANDREA PINHO | ANTÓNIO REBELO | ANDRÉ ALVES | CARLA OLIVEIRACARLOS COSTA GOMES | JOSÉ AZEVEDO | PEDRO SILVA | RENATO CASTRO | TÂNIA SILVA

DESIGN JOÃO ROCHA

BIMESTRAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA TIRAGEM 500 EXEMPLARES IMPRESSÃO ESCOLA TIPOGRÁFICA DAS MISSÕESIIª. SÉRIE

JANEIROFEVEREIRO

2013

GOVERNADOR INVOCA“INICIATIVA EMPRESARIAL”

PÁG.08 PÁG.03

PÁG.10

PÁG.11

PÁG.11

UM MILHAR DEATLETAS PARTICIPARAM

NA PROVA DEATLETISMO EM CESAR

APROVAÇÃO DASCONTAS NA TOMADA

DE POSSE DOSNOVOS ORGÃOS

F. C. CESARENSEPREMEIA ATLETASDA FORMAÇÃO

CARNAVAL NOCENTRO INFANTIL

E SOCIAL DE CESAR

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02 OPINIÃO

14 Anos depois:“O Jornal da Villa”

Volvidos cerca de 15 anos após a edição zero do Jornal da Villa Cesari, com a distribuição e apresentação ao público em 16 de Janeiro de 1999 surge, depois de um interregno de cerca de sete anos, a segunda série do jor-nal com grafismo diferente e novos atores ao seu leme. Fui, no passado, como agora, membro ativo desta e de outras iniciativas que julgo de maior interesse cívico, educa-cional, social e cultural para Cesar.Em 1999, quando foi editado o primeiro jor-nal, muitos louvaram o seu aparecimento, mas alguns outros auguraram o seu fim à nascença. Fim que esteve quase à vista, se o então presidente da direção não assumisse com determinação a sua continuidade. O “Jornal da Villa” foi um acontecimento ím-par na freguesia. Não porque fosse uma ini-ciativa inédita, mas sim pela sua dimensão e abrangência. A feitura dos primeiros jornais foi realizada e concretizada em condições permitidas pela época, hoje, completamen-te diferentes. Aliás, a evolução na imprensa escrita foi de tal ordem que em dez anos é quase incompreensível dizer que a pagina-ção do primeiro jornal da vila ainda se fez a partir de uma maquete em papel na qual se recortavam os textos e colocavam fotogra-fias. Certo de que nem sempre a paginação, o grafismo e o conteúdo foi do agrado dos seus assinantes e sócios, a verdade é que

Pontos de VistaEnquanto esperava o autocarro na para-gem, reparei num cão que surgiu na rua, caminhando na minha direção. Inicialmente fiquei apreensivo à medida que se ia apro-ximando. No entanto o animal sentou-se perto de mim mantendo-se quieto e sereno. Assim que chegou o autocarro, o cão saltou de imediato em direção ao motorista, este tirou-lhe o dinheiro da bolsa que mantinha ao pescoço, cobrando-se como se de um normal passageiro se tratasse. Alguns quarteirões à frente, levantou-se as-sim que o autocarro começou a diminuir a velocidade. Perplexo com esta criatura, de-cidi sair no mesmo ponto de paragem, ali-mentando a minha curiosidade. O cão, sain-do do autocarro caminhou alguns minutos, entrando na Padaria da Estação. De imedia-to o padeiro fez-lhe algumas festas, retirou o

dinheiro, embrulhou os pães, colocando-os na bolsa assim como o troco. Cada vez mais curioso, não pude deixar de acompanhar a viagem de regresso deste es-pantoso animal. Quando se aproximou de uma casa, com uma cerca a toda a volta, com a pata tocou a campainha, processo que repetiu por mais duas ou três vezes até que surgiu um homem muito mal-encarado, que lhe abriu o portão, dando-lhe várias palmadas e resmungando continuamente. Depois de tudo o que tinha assistido, não podia ficar indiferente, dirigi--me ao homem e perguntei-lhe o porquê de tal reação, o que ele me respondeu:- É a terceira vez que se esquece da chave este mês.A vida é assim mesmo, apesar do nosso valor muitas vezes não ser integralmente reconhecido por aqueles que nos são mais próximos, não quer dizer que não tenhámos valor.

José Azevedo

apesar de tudo, os cesarenses esperavam sempre pelas notícias do “Jornal da Villa”, o único órgão de comunicação local. Tudo passou, evoluiu e o jornal com alguns per-calços foi editado entre 1999 a 2005. Por decisão da direção e ratificada em As-sembleia-Geral foi decidido suspender a sua edição, interrupção que me criou alguma tristeza. Para colmatar esta ausência e, senti-da a necessidade de informar a comunidade sobre as atividades mais relevantes da Asso-ciação, a direção, em 2006, lança um boletim informativo – VillaCom - desafio que enfren-tei com entusiasmo e generosidade, mas agora muito facilitado pelas novas tecnolo-gias. O VillaCom tinha uma tiragem de cerca de 1500 exemplares e uma periodicidade bimestral, tendo sido publicadas 14 edições. Porém, sem esperar e sem perceber, porque nunca me foi dada uma explicação que não fosse a de distribuir os boletins, o VillaCom foi interrompido.Uma nova fase agora se inicia com a segun-da série do “Jornal da Villa”. Entusiasmei-me com a notícia da sua reedição. Fico feliz por ver recomeçar um trabalho em que sempre estive envolvido. Espero, com empenho, contribuir para o seu sucesso.

Que os destinos do jornal sejam longos e tenham longa vida. Que o seu recomeço marque um tempo de vida e um tempo de história …

Carlos Costa Gomes

EDITORIALA Villa Cesari – Associação de Cultu-ra e Desporto de Cesar, nasceu em 12 de outubro de 1998. Catorze anos e quatro meses depois, sete direções, quatro presidentes, e um grande nú-mero de colaboradores nas secções, trabalharam em regime de volunta-riado.O resultado deste trabalho é reco-nhecido e a nossa associação é con-siderada uma das mais dinâmicas do distrito de Aveiro.As razões do sucesso são: - A capacidade dos dirigentes em perceber, que a força e rebeldia dos jovens com menos de trinta anos, aliada à experiência e ponderação, dos jovens com mais de trinta anos, resulta em qualidade;- A aposta na diversidade das ativi-dades;- A realização de parcerias com muitas instituições: o Instituto Por-tuguês da Juventude e Desporto (IPDJ), a Câmara Municipal de Oli-veira de Azeméis (CMOA), a Junta de freguesia de Cesar, a Comissão da Fábrica da Igreja de Cesar, a Casa do Povo de Cesar, o Centro Infantil e So-cial de Cesar (CISC), o Futebol Clube Cesarense (FCC), o Agrupamento de Escolas de Fajões, os Bombeiros Vo-luntários de Fajões, a GNR de Cesar, a Associação Movimento Multiface-tado da Metrópole, as empresas e o comércio; - Os sócios e amigos, porque partici-pam nas nossas iniciativas.Desta forma, tivemos pessoas e meios para desenvolver a instituição Villa Cesari. A nova direção sabe do excelente trabalho realizado pelos antecessores.O “bolo” tem qualidade, os sócios e amigos gostam de o “comer”. Vamos adicionar novos ingredientes, como aulas de Tai chi e reeditar do Jornal da Villa. Temos uma equipa composta por 108 pessoas, preten-demos manter, e se possível melho-rar as parcerias com as instituições públicas e privadas.

Paulo Silva

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LOCAL 03

Em sessão magna da Associação de Cultura e Desporto de Cesar, os sócios aprovaram por unanimidade o exercício financeiro e as contas de gerência de 2012. Na mesma as-sembleia tomaram posse os novos órgãos sociais para o biénio 2013-2014, receberam o título de sócio honorário o Comendador Ângelo Azevedo e o Reverº. Padre Joaquim Cavadas.

Perante uma plateia repleta de sócios, a Villa Cesari distinguiu com o título de sócio honorário duas personalidades cesarenses, com percursos de vida diferentes, mas que dignificaram, pelo seu trabalho, a freguesia: o comendador Ângelo da Silva Azevedo e o reverendo Padre Joaquim Cavadas.O mesmo título, por proposta do presidente da assembleia, foi aprovado para o cesaren-se, Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, que em data ainda a definir, será atribuído.A mesma Assembleia incluiu na sua ordem de trabalhos a passagem de testemunho dos órgãos sociais da Villa Cesari. «A preocupação que tem norteado os seus dirigentes passa por encontrar soluções efi-cientes para que a Associação continue a ser uma referência concelhia e regional», afir-mou Pedro Rodrigues. Segundo Paulo Silva, atual presidente da Villa Cesari, «é fundamental manter o mode-lo de uma das associações mais dinâmicas do distrito e do concelho».Para este mandato a nova direção conta com duas vice-presidências: Patrícia Rodri-gues na área da cultura e Tânia Silva na área do desporto.

Nomeação do júri Prémio Carreira 2013Uma das novidades que a direção cessan-te incrementou foi a atribuição do «Prémio Carreira». Esta distinção pretende agraciar personalidades cesarenses que contribuí-ram para o desenvolvimento e crescimento de Cesar. Para este ano e ao abrigo do regu-

VILLA CESARI APROVA CONTAS NA TOMADA DE POSSE DOS NOVOS ORGÃOS

lamento do «Prémio Carreira», o júri é com-posto pelos presidentes dos órgãos sociais da Associação e por duas personalidades ce-sarenses. Os sócios aprovaram para integrar o júri, Abílio Guimarães, o médico pediatra, e Isabel Silva, administrativa da junta de fre-guesia.

Contas 2012 aprovadas por unanimidadeA clareza dos exercícios, quer do ano tran-sato, como de todos os anos anteriores, mostram a transparência e o rigor da gestão com que os dirigentes da Villa Cesari estão imbuídos. Depois da análise rúbrica a rú-brica, apresentada pelo tesoureiro, Orlando Oliveira, cuja receita foi de 63.057.46 euros e a despesa de 57.752.37 euros, os sócios não tiveram dúvidas em aprovar as contas de ge-rência de 2012, bem como, por proposta de Carlos Costa Gomes, presidente da mesa da Assembleia, aprovaram um voto de louvor e aclamação pelo trabalho desenvolvido, pela direção presidida por Pedro Rodrigues, du-rante os dois mandatos.

ÓRGÃOS SOCIAIS – 2013-2014

Assembleia GeralPresidente: Carlos Costa Gomes1º Secretário: Elza Oliveira2º Secretário: Ângelo SilvaDireçãoPresidente: Paulo SilvaVice-presidente: Patrícia RodriguesVice-presidente: Tânia SilvaSecretário: Sílvia FerreiraTesoureiro: José AzevedoVogais: Alda Almeida; Ana Caetano; Ana Maga-lhães; Ana João Tavares; Ana Rita Gomes; André Pinho; Andreia Santos; Carlos Rodrigues; Cátia Sil-va; Celeste Rodrigues; Daniel Silva; Daniela Pinho; Eduardo Costa; Elisa Oliveira; Francisco Almeida; Igor Pinho; Joana Campos; João Filipe Oliveira; Liliana Moreira; Maria Celeste Santos; Maria do Céu Nogueira; Maria Isabel Lopes; Marta Gomes; Mauro Rocha; Nuno Azevedo; Pedro Silva; Pedro Barbosa; Roberto Duarte; Rute Resende; Tiago Al-meida; Tiago Vieira; Tiago Rodrigues.Conselho FiscalPresidente: Carlos Tavares; Vogais: André Azeve-do, Orlando OliveiraConselho DisciplinarCarlos Lopes, Carlos Costa Gomes; Carlos Tavares, Paulo Silva, Alda Almeida

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04 LOCAL

“Dê um pouco do seu sangue e salve uma vida” é o lema do Serviço de Sangue e Me-dicina Transfusional dos Hospitais da Uni-versidade de Coimbra, ao qual a freguesia de Cesar fez, uma vez mais, questão de se associar.No passado dia 20 de janeiro, o Centro Cívi-co Justino Portal recebeu uma centena de dadores, número que tem vindo a diminuir ao longo dos anos.Tiago Vieira, 19 anos, ouviu o apelo à dádiva de sangue e decidiu doar pela primeira vez. “Não custou nada”, afirmou no final da do-

CAMPANHAAPELA AOSALVAMENTODE VIDAS

TÉCNICOS REUNIDOS PARA DEBATER A IMPORTÂNCIA DO CULTIVOO salão nobre da junta de freguesia encheu para assistir à sessão de esclarecimento so-bre o cultivo de pequenos frutos, uma ini-ciativa dinamizada pela revista AGROTEC, consultora na área de projetos de investi-mento a CONTAMAIS e a ADRITEM Associa-ção de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria.“A agricultura tem uma grande importância no tecido económico da região e, em es-pecial, os pequenos frutos”, afirmou Teresa Pouzada, representante da ADRITEM.«A aposta da nossa associação passa por apoiar e abraçar a agricultura e as atividades rurais», acrescentou.Durante a sessão, Bernardo Madeira, dire-

tor da AGROTEC, apresentou o mais recente projeto editorial do grupo Publindústria, a revista Pequenos Frutos.«A aposta vem no sentido de satisfazer a ne-cessidade de informação de produtores des-ta emergente fileira», explicou, sublinhando que «o mercado nacional e internacional de pequenos frutos, onde se destaca, o merca-do do mirtilo, da framboesa e da groselha adequa-se, perfeitamente ao modelo de agricultura familiar, de minifúndio e poli ati-vidade».Os apoios financeiros e subsídios à disposi-ção de produtores, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDer), foi ou-tro dos assuntos em debate na reunião.

Ana Teresa Fonseca, engenheira Agrícola, falou da sua experiência como agricultora, ligada à produção de mirtilo, enumerando, passo a passo, o processo de candidatura aos apoios governamentais, bem como de instalação da cultura.A empresária, destacou a importância de trabalhar com qualidade e planeamento, numa área em que o sucesso é alcançável, se houver investimento em formação e pro-fissionalismo.

A cerimónia contou ainda com a presença de Lurdes Gonçalves, consultora da empre-sa CONTAMAIS – Projetos de Investimento.

ação. O jovem referiu ainda que foi através do ensinamento de um professor de Físico--química que tomou a decisão. Segundo o docente “os mais jovens têm uma grande capacidade de regeneração, pelo que de-

vem dar sangue”. Recorde-se que o serviço de sangue promove dádivas regulares pela região centro do país e a vila de Cesar está abrangida com duas dádivas anuais.

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LOCAL 05

ENTREVISTASDE RUA

O QUE PENSA DOGOVERNADOR DOBANCO DE PORTUGALSER CESARENSE?

Eugénia Pinho58 anos

Auxiliar de Educação

Cristina Oliveira44 anos

Auxiliar de Educação

Nuno Azevedo28 anos

Marceneiro

Aníbal Rodrigues43 anos

Metalúrgico

Para mim é um orgulho.Trata-se de uma pessoa humilde,filho de uma família humilde.

Ui, cinco estrelas!É um orgulho para a nossa vila.No fundo ele é cesarense.

É um orgulho para Cesar.É bom um cesarense ter umcargo tão importante.

Dá-nos um certo orgulho enotoriedade. É muito bom terum conterrâneo num cargo tão importante.

O grupo de cantares da Villa Cesari interpre-tou no final da missa vespertina, do dia 05 de janeiro, algumas cantigas de Reis.A iniciativa, que decorreu no adro da igreja,

GRUPO DE CANTARES ENTOACÂNTICOS DE REIS

Partilhar saberes no domínio dos trabalhos manuais é o objetivo do grupo “Troca de Sa-beres” que este mês aparece na revista “Ar-teIDEIAS – um mundo em lavores”.

Esta secção da Villa Cesari é composta por 40 elementos oriundos dos concelhos de Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira e Arouca.O grupo reúne ao sábado, nas instalações cedidas pela junta de freguesia.Anualmente participam na exposição «Os nossos artistas», no Centro Cívico Justino Portal. Os trabalhos realizados são de reco-nhecida qualidade e estão editados em três revistas da especialidade. Registam ainda uma participação no progra-ma Praça da Alegria transmitido na RTP.

cumpriu a tradição e não faltou com a distri-buição de jeropiga, broa de canela e reguei-fa a todos os presentes.

REVISTA “ARTEIDEIAS”APRESENTA O GRUPOTROCA DE SABERES

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06 ENTREVISTA

ARMANDO FERREIRA GOMES Nasceu a 1 de novembro de 1921, tendo frequentado a escola primá-ria, na altura, conjuntamente com sete dezenas de colegas. “Não era como agora, cada professor tinha 70 alunos.” Porém, no último ano da escola primária, um imprevisto, impediu-o de concluir o ensino bá-sico. “Estávamos prontos para fazer a 4.ª classe, uma professora estava a preparar-nos, mas, entretanto, ela arranjou casamento rápido e foi para Angola, deixando-nos sem professor e sem fazer exame. Éramos cinco e já não fizemos exame. Todos eles anda-ram um ano mais, fizeram a 4.ª clas-se, menos eu, porque a minha mãe mandou-me para o trabalho.”

Diz a sabedoria popular que quando morre um velho, é uma biblioteca que arde. Fomos à procura de pessoas de Cesar, que, pela sua vetusta idade e experiência, nos falem da sua vida e do viver coletivo desta terra. Co-meçámos com um dos cidadãos mais velhos e mais conhecidos de Cesar: Armando Fer-reira Gomes

A aprendizagem da alfaiatariaNas Cavadas, em casa do Baganha, Armando Ferreira Gomes aprendeu a profissão de al-faiate, que seguiria até aos oitenta e muitos anos. “Fui para lá com 10 anos e meio. A mi-nha mãe teve de pagar 300$00 e dar um ano de trabalho de graça. A partir daí começou a pagar-me 10 tostões por dia. Ora eu não precisava de um ano para aprender a tirar alinhavos, bastava estar a chegar carvão ao ferro para merecer mais”, ironiza a propósito do primeiro salário que recebeu.O nosso entrevistado permaneceria por ali até aos 17 anos, altura em que foi para a Gui-né, trabalhar na arte de alfaiataria em casa do seu vizinho, António da Praia, estabeleci-do naquelas paragens africanas. Três anos e meio foi o tempo que permaneceu na antiga colónia portuguesa, regressando novamen-te a Cesar, tendo-se estabelecido por conta própria.Uma arte condenada a desaparecerNa sua profissão, conjuntamente com as suas empregadas, trabalhou para muita gente, para toda esta zona. Apesar de ter deixado a profissão, hoje ainda consegue enfiar uma agulha e fazer contas como quando tinha 30 ou 40 anos. Sobre o futuro da arte que abraçou ao longo da vida, vatici-na que “a alfaiataria vai acabar, a menos que

seja continuada por filhos de alfaiates, por-que ninguém paga o salário mínimo a uma pessoa que apenas está a tirar linhas.” Paralelamente ainda esteve à frente do Café Velho, durante muitos anos o único em Ce-sar, onde se reuniam muitos cesarenses ao final de almoço e de jantar. Ali se discutiram muitos assuntos importantes e se fizeram muitos negócios. Passou-o gratuitamente a uma cunhada, acabando por fechar portas alguns anos mais tarde.

O gosto pelo futebolAinda criança, nos inícios da década de 30, começou a dar os primeiros pontapés na bola. O pai, Anselmo Ferreira Gomes, regres-sado da América, onde esteve emigrado, foi dirigente do Cesarense, tendo levado para o clube os filhos, Manuel (Marçano), Justino, Armando e José. “Eu joguei futebol nos infantis do Cesarense, conjuntamente, entre outros, com o Zequi-ta, o Joaquim do Neca, mais velhos uns cin-co anos. Eles passaram para a primeira cate-goria e eu continuei nos infantis, porque não tinha idade.

Três anos e meio na GuinéDecorridas sete décadas, o nosso entrevista-do recorda com agrado os três anos e meio

ARMANDO FERREIRA GOMES

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ENTREVISTA 07

que passou na Guiné Um dia, fui para o cam-po da bola de calça vincada e sapato engra-xado, mas dei um jeitito num braço e pensei que não tinha ali a minha mãe para me sus-tentar e por isso não fui mais jogar futebol”. Entretanto formou-se lá um grupo, o ABC, só de cabo-verdianos mas um rapaz do Sul, que não percebia nada de futebol, queria formar um grupo de brancos, o Sporting, para bater o ABC. Convidou-me para integrar a equipa, fiz um joguito e engataram-me para alinhar nas primeiras. A partir daí joguei futebol sempre. Um dia, um senhor da CUF, que foi lá arbitrar um jogo em que eu participei, quis trazer-me para eu jogar futebol nesta equipa do Barreiro.No entanto, como eu, aos 19 anos tinha re-querido a inspeção militar, o comandante militar, Pinto Cardoso, disse-me, que eu não poderia vir embora.

As melhores recordaçõesArmando Ferreira Gomes guarda as me-lhores recordações da Guiné e do capitão militar, considerando-o como de família. “Quando fui à inspeção perguntou-me se eu queria ficar apurado ou livre; respondi-lhe que queria ficar apurado, para, se quisesse, mais tarde, arranjar um emprego na função pública.” Quando chegou a altura de assen-tar praça, o nosso entrevistado recorda que Pinto Cardoso lhe disse então que se qui-sesse vir embora para jogar na CUF, podia fazê-lo, desde que remisse a tropa mediante o pagamento da taxa anual de 30$00 para não cumprir a tropa cá.O seu modo de ser e de estar cativou quan-tos o conheciam. “O gerente da Casa Gou-veia, a maior casa comercial da Guiné, um dia muito mais tarde, veio visitar-me ao meu café. Eu também tinha um jeitinho, era um menino bonito, jogava futebol e tinha a al-faiataria onde iam todos os portugueses e até saarianos.

O regresso a CesarO regresso ao continente foi imediato, não para a CUF, mas a Cesar, onde continuou a jogar futebol. No dia da festa do Carvalho Santo, no primeiro domingo de Julho de 1944, Armando Ferreira Gomes regressou às origens, estabelecendo-se na arte que abra-çaria até 2006. Casou e mais tarde construiu

a moradia, com dinheiro emprestado.Ao longo da vida teve sempre a porta aberta para quantos lhe solicitavam os seus présti-mos. Emprestou dinheiro a gente que sem-pre cumpriu com as suas obrigações. Teve de esperar muitos anos para ser enganado e ver a outra face da moeda, a falta de palavra de quem pede.A título gratuito, foi avaliador, fez escrituras, partilhas, tratava de assuntos de emigrantes, mesmo construção de casas, foi represen-tante de seguradoras.

De infantil a sénior no CesarenseParalelamente continuou a jogar futebol no Cesarense. ”Um dia o Salgueiros veio cá jogar e queria levar-me, tal como o Olivei-rense”, mas Armando permaneceu em Cesar, numa altura em que se jogava apenas pelo amor à camisola.Do Cesarense recorda-se de um jogo com a Sanjoanense, realizado ainda no largo da feira. Era o Hernâni do Vendeiro, o Justino da Praia, o meu tio Justino, o tio Elísio. Quando começou a jogar futebol já foi no Mergu-lhão. Recorda a construção do campo, em terreno oferecido por António Correia, por pessoas da terra à força de pá e pica. “O se-nhor Gonçalo do Travasso era o mandatário de alisar e nivelar o campo, trabalho que fa-zia com grande mestria.”.Dos seus primeiros tempos de futebol nos infantis do Cesarense evoca os duelos com o Oliveirense a título particular, pois não havia prova federada nesta categoria. Lembra, no Oliveirense, equipa que tinha um conjunto melhor do que o nosso, o Eurico, os irmãos João e José Tavares, os Tunas, o Mapril, o Ca-chana.

FIGURAS DE CESAR

O nosso entrevistado conheceu alguns conterrâneos, apontando-os como gente que enobreceu esta freguesia. Entre outros refere Manuel Correia, “homem de muito respeito em Cesar”, a quem, após regressar do Brasil, foi confiado o Registo Civil, não só para os cesarenses, mas também para as fre-guesias vizinhas.

Recorda ainda Francisco Reis, presiden-te da Junta de Freguesia, que trouxe e distribuiu a energia elétrica por todos os lugares da freguesia, bem como pela abertura de algumas ruas. José Francisco Ferreira, do Camum, é outro cesarense a merecer elogios do nosso entrevistado. “Cesar deve-lhe muito. Foi ele quem se comprometeu com os Correios, construindo a casa com habi-tação para o funcionário. Vendeu ainda um terreno, canalizando todo o dinhei-ro para as obras da igreja. A bomba de gasolina, no largo da feira, também se deve a ele, no tempo em que esteve na Junta.”

O Dr. Francisco Portal e Silva “era um médico ímpar, em partos não havia ninguém como ele, por estas bandas, deslocando-se a cavalo a todas as fre-guesias onde o chamavam. Um dia, de regresso de Escariz, no Côto, em Fajões, um homem saiu-lhe de roçadoura em punho para o agredir. Ele puxou da pistola e deu um tiro, tendo o homem caído no chão. Chegado a casa, disse ao caseiro que fosse àquele local, por-que tinha dado um tiro num homem. Chegado ao local, o caseiro não só não encontrou ninguém, como o Dr. Portal nunca foi chamado a tribunal.”

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Na apresentação do livro de Carlos Costa Gomes «A Indústria Cesarense – 120 anos de história», o governador do Banco de Portu-gal e autor do prefácio, considerou que «este é o cartão de identificação de Cesar».

De acordo com Carlos Costa, «a obra retrata o nascimento e desenvolvimento da ativida-de transformadora na freguesia».«Uma ilha de industrialização que resulta da iniciativa de muitos cesarenses, ações que têm de ser retomadas pelos mais novos», re-alçou o dirigente, sublinhando que «no mo-mento em que o desemprego é um flagelo, seria bom debater o exemplo de Cesar, para que os jovens percebam que o futuro está nas suas mãos».Carlos Costa fez notar, ao apontar o exem-plo de Abílio Campos e Joaquim Silva, que «o que comanda a criação de emprego é a convergência do conhecimento formal com o conhecimento tácito».Por outro lado, o governador destacou a im-

OBRA APRESENTA 120 ANOS DE HISTÓRIA

portância da produção de bens transacioná-veis e a grande lição a tirar deste livro.«Não há desenvolvimento sustentável se não tivermos mais gente a vender produtos para o exterior, se não deslocarmos mais gente para a produção, se não dermos qua-lificações, se não dermos formação empre-sarial, se não ajustarmos o quadro mental e valorizarmos, o trabalho na indústria».Para Joaquim Vieira Cavadas, pároco da fre-guesia, «é fundamental que o dinamismo que tem pautado a freguesia continue, no futuro, nos domínios laboral, cristão e hu-mano». Diante de uma plateia repleta de empresários, reformados e jovens, Aníbal Campos, presidente da Assembleia de fre-guesia, afirmou que «Cesar foi e é uma re-ferência do empreendedorismo industrial».«É crucial incentivar as novas gerações a aplicarem os seus esforços, a fim de prosse-guirem a saga das anteriores, continuando o desenvolvimento de Cesar e do país», col-matou.

«Em Cesar estão dos melhores empresários e das melhores empresas», realçou o presi-dente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, para quem «o sucesso de Portugal vai passar por uma forte indústria com capa-cidade exportadora». Segundo Hermínio Loureiro «se houvessem muitas vilas de Cesar o nosso país estaria bem melhor».O autarca aproveitou para felicitar Carlos Costa Gomes, autor do livro, «pela coragem de investigar, estudar e partilhar esse traba-lho com todos nós», e a Villa Cesari «pelas inúmeras atividades de grande intensidade que desenvolve», considerando o seu presi-dente, Pedro Rodrigues, «um dos melhores dirigentes associativos do município».

A cerimónia contou ainda com a presença de Rodrigo Silva, presidente da junta de fre-guesia.

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DESTAQUES 09

UM MILHAR DE ATLETASPARTICIPARAM NA 14ª PROVADE ATLETISMO EM CESAR

Cerca de um milhar de atletas participaram na 14ª prova de atletismo que decorreu na freguesia de Cesar, sob a organização da As-sociação Villa Cesari, e o apoio da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Casa do Povo de Cesar, Bombei-ros Voluntários de Fajões, Comércio e Indús-tria.

A prova, que incluiu a participação de todos os escalões, desde os benjamins aos vete-ranos, foi realizada numa extensão de 7500 metros. O sénior masculino Hugo Almei-da do Clube de Campismo de São João da Madeira foi o primeiro a cortar a meta com 26.45 minutos, seguido de Pedro Cruz, do GDJ Cruz & Irmãos. Alguns segundos depois, com 26.58, chegou Vítor Barbosa do G. D. e Recreativo da Retorta, classificando-se em terceiro lugar.

Na prova feminina, Carla Martinho foi a atle-ta mais rápida terminando a prova em 30.35 minutos. A atleta da Adercus foi seguida da sua companheira de equipa, Sara Carvalho.O último lugar do pódio foi ocupado por Sara Pinho, que terminou com 31.05 minu-tos. De acordo com Pedro Rodrigues, presi-dente da Associação Villa Cesari, «a organi-zação da prova é demonstrativa do papel que a associação tem desenvolvido para promover a modalidade».«Estou muito contente com o sucesso da prova», afirmou, adiantando que «continua-remos a apostar na modalidade de atletismo e no desporto em geral».

O fecho da prova ficou marcado pela home-nagem a Rosa Mota, atleta portuguesa ven-cedora da Medalha Olímpica Nobre Guedes, em 1981.

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10 EDUCAÇÃO

No passado mês de janeiro, as crianças e idosos do Centro Infantil e Social de Cesar percorreram as ruas da freguesia para cantar as Janeiras.A iniciativa decorreu durante um dia devido às contingentes condições atmosféricas.O percurso incluiu uma visita à zona indus-trial da freguesia, onde os pequenos e graú-dos foram recebidos de forma entusiasta.

JANEIRAS CANTADAS PORPEQUENOS E GRAÚDOS

Os utentes do Centro Infantil e Social de Cesar (CISC) receberam no dia 26 de janei-ro o Grupo Cultural e Recreativo de Rossas (GCRR) com a peça “D’aqui fala o Morto”.

O espetáculo de comédia, da autoria de Car-los Llopis, decorreu no auditório da casa do cruzeiro, e esteve dividido em dois atos.Durante, aproximadamente, duas horas, a plateia foi invadida por um espírito de diver-são e alegria. A trama envolveu o ator de cinema Artur Valdez, assassinado na sua casa. Para tentar atrair o assassino, a polícia omite a morte do ator e coloca na sua residência o duplo que habitualmente o substituía em cenas mais arriscadas.“D’aqui fala o morto” confrontou o público com alguns comportamentos sociais des-viantes, de forma tão satírica que se torna numa risada contagiante, onde todos po-dem não ser aquilo que parecem.

COMPORTAMENTOS DA SOCIEDADE SUBIRAM AO PALCO PARA DIVERTIR

O zorro, a enfermeira, o super-homem, o ti-gre, o palhaço e muitas outras figuras estive-ram este mês no Centro Infantil e Social de Cesar (CISC) para comemorar o Carnaval em clima de alegria. Crianças e seniores partici-param no baile onde não faltaram as tradi-cionais músicas carnavalescas.A festa, que incluiu um conjunto de surpre-sas sob o tema «A troika», foi orientada por Diana Monteiro, professora de dança.

CARNAVAL NO CENTRO INFANTIL E SOCIAL

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F.C.C PREMEIA ATLETAS DA FORMAÇÃOO departamento de formação do Futebol Clube Cesarense procedeu à entrega dos prémios e lembranças referentes ao Quadro de Mérito do 1º período, no passado dia 15 de fevereiro.O galardão, que se pretende regular, tem como objetivo “incentivar os atletas a não descurarem os estudos, uma ferramenta essencial para o seu futuro como jovens e adultos”, afirmou Francisco Murcela, coorde-nador técnico.A atribuição da distinção pretendeu ainda dar alguma importância às competências adquiridas nos treinos, na competição e na assiduidade por parte dos atletas.

A iniciativa visa ainda ser “fonte de motiva-ção para os outros atletas para que, a curto e médio prazo se empenhem mais e melhor, quer na escola, quer nos treinos”, acrescen-tou. “A escola e os estudos devem assumir especial relevo no quotidiano destes miú-dos que não se devem deixar iludir pelo me-diatismo do futebol”, disse o coordenador técnico da formação.

Realizada na sala de reuniões do estádio do Mergulhão, a cerimónia contou com a pre-sença de Augusto Silva, vice-presidente.

PREMIADOS

Petizes: Rui Pinho / Traquinas B: Francisco Pinto /

Traquinas A: Tiago Francisco / Benjamins B: Miguel

Silva e Gonçalo Pinho / Infantis A: Afonso Correia /

Infantis B: Kevin Bastos / Iniciados: Sérgio Silva

DESPORTO 11

ENTREVISTA FRANCISCO MURCELA

Aproveitando a entrega dos Prémios do Quadro de Mérito, referentes ao 1º período, qual o objetivo associado a esta iniciativa e quais as expetativas?Enquadrado por um princípio básico e cí-vico, pretende-se que os atletas, com esta iniciativa criem vínculos pró-ativos com a instituição que representam, servindo de exemplo aos colegas na forma como con-seguem conciliar, com êxito, a parte escolar com a paixão do futebol.A par de outra iniciativa, na atribuição do Atleta do Mês, pretende-se formar homens que sejam bons futebolistas.

Qual o papel que o futebol de formação na evolução destes jovens?A dimensão da atividade física desportiva, assume particular importância, ajudando ao desenvolvimento de práticas e estilos de vida mais saudáveis nos nossos jovens. Paralelamente, permite ao jovem atleta, au-tonomia, disciplina, educação e fundamen-talmente satisfação por aquilo que pratica.

Estando já há algum tempo no Cesarense, o que julga estar menos bem e que pode ser melhorado? A época de 2011-2012 foi bastante ingrata a vários níveis. Primeiro porque existiram demasiadas oposições na forma como o Fu-tebol de Formação poderia e deveria cami-nhar. A inexistência de uma organização e gestão própria permitiu que na sua forma e conteúdo a articulação das atividades volta-das para o rendimento desportivo não fun-cionasse. Por outro lado, o desempenho e a produtividade de algumas pessoas envolvi-das no processo logístico, também falharam.A instituição Futebol Clube Cesarense, com 80 anos de história, com condições de treino para a sua formação de excelente qualida-de, tem, obrigatoriamente que fazer parte do roteiro de grandes clubes. Para que isso aconteça é necessário o empenho dos vá-rios agentes desportivos em torno de um só objetivo: servir o melhor possível o Futebol Clube Cesarense. Por outro lado preparar atletas para o futebol sénior será determi-nante para um futuro risonho. Esta época já está em marcha esse desiderato. Criou-se uma estrutura autónoma, e uma linha de gestão, onde cada agente desportivo, neste processo, tem na busca constante da melho-ria das ações a sua produtividade. Cimenta-da esta autonomia, é tempo de se partir para uma ideia de jogo, onde todas as equipas da formação trabalhem com exigência, através de um modelo de jogo implementado e onde os métodos e estratégias sejam segui-dos por todos os treinadores, para que, além de sermos uma das melhores formações do concelho de Oliveira de Azeméis, possamos, a curto prazo, ser uma referência cada vez maior no distrito de Aveiro.

Qual o futuro que preconiza para a forma-ção do FC Cesarense, quer ao nível do fute-bol de 7, quer ao nível do futebol de 11?Na minha opinião a formação do FC Cesa-rense, pode a breve trecho, ombrear com as melhores formações distritais. A meta traça-da, já para este ano, fundamentalmente no que respeita ao futebol de 11, que apesar de formação consideramos de competição, não correu com inicialmente se perspetivava. A equipa Júnior está na luta pela subida de di-visão, e vai em 1º., a equipa Juvenil, iniciou de forma não satisfatória as quatro primeiras jornadas, conseguindo, após troca de treina-dor nove vitórias seguidas, não tendo, mes-mo assim, conseguido a almejada luta pela subida de divisão. Muito ironicamente era a equipa em que mais acreditava que atingis-se o objetivo inicial. Nos iniciados, também o que perspetivamos no início da época (ir-mos à série dos primeiros) não foi consegui-do. Existiram convulsões internas da equipa e mudança de treinador, conseguimos o 6º. lugar. Temos, agora, excelente oportunida-de para mantermos a equipa na I Divisão. Em relação ao Futebol de 7, as expetativas são risonhas: das seis equipas a competir, neste momento cinco delas ocupam os pri-meiros lugares, o que nos deixa satisfeitos. Temos treinadores muito competentes e que já interiorizaram a ideia de jogo preten-dida. Por isso, há que continuar a facilitar e fazer funcionar cada aspeto do trabalho téc-nico desportivo de modo integrado, com di-retrizes e princípios uniformes, instigando o desempenho e a produtividade de todos os envolvidos no processo da formação.

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12 AGENDA DE EVENTOS

XXII CAMINHADA VILLA CESARI “CAMINHOS DESANTIAGO”

10 DE MARÇO . 08.30HSEVER DO VOUGA E VALE DE CAMBRA

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

A secção VillaMov promove, no dia 10 de março, uma caminhada marcada por uma paisagem natural. O percur-so, com 10 km, é considerado de nível médio. O ponto de encontro acontece na sede da Associação Villa Cesari, às 08h30. Para participar é fundamental a realização de uma inscrição até ao dia 08 de março.

MARÇO

ABRIL

AUDIÇÃO DE PÁSCOA

22 DE MARÇO . 21.00HCENTRO CÍVICO JUSTINO PORTAL - CESAR

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

A Escola de Música Villa Cesari, apre-senta o resultado do trabalho realizado nas aulas dos 30 alunos, que a frequen-tam.

CESAR TERRA DOCE

24 DE MARÇOPRAÇA DA LIBERDADE - CESAR

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

Um punhado de Cesarenses, organi-zam uma iniciativa, onde a farinha os ovos e açúcar são reis.

CONCURSO “É PRECISO TER LATA”

22 E 28 DE MARÇOAGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE FAJÕES

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

Trata-se de uma causa contra a fome e um desafio à criatividade e à capacida-de de mobilização das comunidades educativas. A exposição, estará patente ao público na escola básica e secun-dária de Fajões, que será convidado a contribuir com uma lata e a votar na sua favorita.

EXPOSIÇÃO DEFOTOGRAFIA

22 A 24 DE MARÇO . 21.00H (DIA 22)CASA DA LEITURA - CESAR

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

A mostra, realizada no âmbito do 4º concurso de fotografia Villa Cesari, está patente entre os dias 22 e 24 de março. A entrega de prémios aos participantes realiza-se no dia 24, pelas 15h00.

CAFÉ COM ARTE

TODAS AS SEXTAS-FEIRAS . 21.30HVÁRIOS PONTOS DA FREGUESIA

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

Pretende-se que estas noites sejam encontros informais de pessoas que se juntam para tomar um café e apurar os sentidos para a arte. Serão momentos para ver, ouvir e fazer arte.

EXPOSIÇÃO DE FOTOS E ILUSTRAÇÕES “ABRIL ARTE E CULTURA”

6 A 28 DE ABRIL . 14.00H (DIA 6)CASA DA LEITURA - CESAR

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

A mostra vai reunir na Casa da leitura o fotógrafo amador, Aníbal Silva Ro-drigues, natural de Angola e residente em Cesar, e a estudante de artes visuais Inês Brás, natural do concelho de São João da Madeira.

ENSAIO COM NOTAS SOLTAS “TROVAS À TÔA” E GRUPO CANTARES V.C.

6 DE ABRIL . 21.30HCENTRO CÍVICO JUSTINO PORTAL - CESAR

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

A iniciativa conta com a interpretação vários temas musicais, a apresentação de um filme e uma queimada.

WORKSHOP “DECORA-ÇÕES EM FRUTAS E LEGU-MES”

20 DE ABRIL . 9.00H - 13.00HCASA DE PROVAS - CESAR

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

A secção VillaCul promove, no dia 20 de abril, uma iniciativa marcada pela arte de apresentar saladas e sobreme-sas saudáveis. Para participar é funda-mental a realização de uma inscrição na sede da Villa Cesari.

LIBERDADE COM ARTE

25 DE ABRILVÁRIOS PONTOS DA FREGUESIA

DESTINATÁRIOS: TODA A POPULAÇÃO

A comemoração do dia da liberdade acontece na freguesia com vários con-cursos: tapetes floridos, poesia, música, Karaoke e decoração de bolos

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CURIOSIDADES 13

O estilo de vida cada vez mais sedentário, aliado ao uso crescente de tecnologia no dia-a-dia, estão a causar altos níveis de inati-vidade entre pessoas de todas as idades, em todo o mundo. O sedentarismo é um fator de risco causador de doenças, com a mesma importância que o fumo e a alimentação.A atividade física pode ajudar a atingir o peso corporal apropriado e contribui positi-vamente para a mudança de outros fatores de risco de doenças do coração. O exercício físico realizado na maioria dos dias da semana reduz o risco de morte pre-matura; reduz o risco de morte por doença cardíaca; reduz o risco do desenvolvimento de diabetes; reduz o risco do desenvolvi-

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDEmento de hipertensão arterial; auxilia na re-dução do nível de hipertensão nas pessoas que já a possuem; reduz o risco do desen-volvimento do cancro de cólon; reduz senti-mentos de depressão e ansiedade; auxilia o controlo de peso; ajuda a construir e manter saudáveis ossos, músculos e articulações; ajuda os idosos a tornarem-se mais fortes e mais aptos, andarem sem cair e promove bem-estar psicológico. Deve-se ter sempre em mente que o corpo humano foi projeta-do para a ação, e não para a inatividade.

“Os que não encontram tempo para o exer-cício terão de encontrar tempo para as do-enças.” - Edward Derby

O Tai Chi é uma arte marcial interna chine-sa, conhecida no ocidente como “a arte da longa vida” e a “arte da meditação em movi-mento”, uma vez que alia o movimento físico à atenção e concentração mental.O Tai Chi surgiu há mais de 400 anos e a sua origem é atribuída a um grande mestre ta-oista que percebeu a supremacia da leveza e da flexibilidade sobre a força bruta e a ri-gidez, ao observar um combate entre uma garças e uma serpente.A modalidade é praticada e difundida por todo o mundo como uma forma de medi-cina preventiva e um programa de manu-

TAI CHI - EQUILÍBRIO PERFEITO ENTRECORPO E MENTE

tenção da saúde. Consiste numa série de movimentos flexíveis, lentos e contínuos, combinados com uma respiração profunda, com o intuito de estimular o chi (energia vi-tal, energia da vida). O Tai Chi é um desporto de baixo risco, sem contra indicações, podendo ser praticado por todas as pessoas, independentemente da sua idade ou condição física. Os movi-mentos são lentos, mas à medida que a con-dição física vai melhorando, os movimentos podem ser executados com posturas mais baixas e de uma forma mais vigorosa e dinâ-mica, enfatizando o seu aspeto mais marcial.

A prática regular do Tai Chi, promove um melhor funcionamento dos órgãos inter-nos, como o coração, o fígado e o sistema digestivo; aumenta a flexibilidade, fortale-ce os músculos e ajuda a corrigir a postura. Esta modalidade mostrou-se também eficaz no combate à depressão, ansiedade, stress, nervosismo e estimula a memória e a con-centração. A vida atual é demasiado exigen-te, por isso, é necessário que realize uma atividade que concilie corpo e mente, para o ajudar a combater os efeitos negativos deste estilo de vida.

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14 VILLA À NOITEM

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PASSATEMPOS 15

O casal Maria (Naomi Watts) e Henry (Ewan McGregor) estão a aproveitar as férias de in-verno na Tailândia juntamente com os três filhos pequenos. Mas na manhã de 26 de dezembro de 2004, enquanto usufruiam da-quele paraíso, após uma linda noite de Na-tal, um tsunami de proporções devastadoras atinge o local, arrastando tudo o que encon-tra pela frente. Separados em dois grupos, a mãe e o filho mais velho vão enfrentar situ-ações desesperadoras para se manterem vi-vos, enquanto em algum outro lugar, o pai e as duas crianças menores não têm a menor ideia se os outros dois estão vivos. É quando eles começam a viver uma trágica lição de vida, movida pela esperança do reencontro e misturando os mais diversos sentimentos.

SUGESTÃO CULTURAL

SUDOKU

ESTATUTO EDITORIAL

“O JORNAL VILLA” assume-se como publi-cação periódica regional e local, consagrada à defesa e promoção dos valores culturais, sociais, éticos, religiosos, económicos e dos legítimos interesses da comunidade local onde se insere.

“O JORNAL VILLA” é um órgão de comunicação social independente do poder político, de grupos económicos, sociais e religiosos, e rege-se por cri-térios de pluralismo e isenção, cujo primeiro ob-jetivo é a informação rigorosa no tratamento das notícias que dizem respeito à vila de Cesar e à sua população, principalmente, as suas associações e coletividades, nas quais se insere a Associação Villa Cesari.

“O JORNAL VILLA” compromete-se a respei-tar a legislação aplicável à atividade jornalísti-ca, a Lei da imprensa e assume o compromis-so de respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação.

ANO 2013DATA EDIÇÃO 28 FEVEREIRO 2013BIMESTRAL VILLA CESARI - CESAR

João morava no deserto, e tinha alguns costumes diferentes.Siga o labirinto e descubra como se vestia e o que comia.

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JORNAL DA VILLA14 ANOS DEPOIS...

AULAS TAI CHI

SEXTAS-FEIRASDas 20 às 21 horas

Grátis durante o mês de março,para sócios da Villa Cesari

PELA SUA SAÚDE...INFORME-SE!

28 de Abril 20139.00h > 13.00hCentro Cívico Justino Portal

Organização da Junta deFreguesia de Cesar

CAMINHADA ASANTIAGO DECOMPOSTELA

SECÇÃO VILLAMOVDe 7 a 17 Agosto 2013

Inscreve-te na sede daAssociação Villa Cesari