Jornalismo 2.0

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Jornalismo 2.0

Por: Daniele Rodrigues

10/06/2009

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Sites 2.0

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Público 2.0

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Fonte: blog “Jornalismo de bolso”

WEB 1.0 significa... WEB 2.0 significa Ler Empresas Cliente-servidor Páginas “Dono” é quem escreve/publica Fios e discagem Netscape Ações na bolsa Formulários Publicidade resumida a pop-up e

banner Para os jornalistas, mera

transposição do texto impresso para o site do jornal

Escrever Comunidades Pessoa a pessoa Blogs Compartilhamento ilimitado Conexão sem fio e banda larga Google Vendas estratégicas Aplicativos / widget Propaganda “boca a boca” / viral Reportagens especiais para a

web, com links, recursos de vídeo/áudio e infográficos

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PALO ALTO WEEKLY (19/01/1994)Primeiro jornal a publicar seu conteúdo na web

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JORNAL DO BRASIL (08/02/1995)Primeiro jornal brasileiro a publicar seu conteúdo na web

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Será que nesses 15 anos algo mudou?

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Isso é o bastante?

1ª geração de sites: “transpositivo” 2ª geração: “perceptivo”

“Quero ter um site, não me pergunte o porquê”;

Transposição do impresso, sem preocupações com particularidades da web;

Conteúdo estático, atualização diária.

Produção de conteúdo original;

Seções com atualização em tempo real;

Links entre notícias, fale conosco, alguns elementos de interação (fóruns, chat, enquetes).

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3ª geração: “hipermidiático”

Veículos editoriais que nasceram do meio digital;

Aproveitamento pleno da tela (resolução 1024 x 768) e da barra de rolagem vertical;

Exploração de potencialidades da web (multimediação);

Customização de conteúdo (portais e leitores de feeds);

Segmentação e concentração de conteúdos (redes sociais, jornalismo hiperlocal);

Layout mais “clean”;

Usabilidade.

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Estamos preparados?“(...) Respondi que diante da crise de credibilidade do Congresso, em breve surgiria uma proposta de plebiscito para o povo decidir se deseja ou não um Parlamento aberto... Uma frase por telefone, de dentro de um carro no meio do engarrafamento, em poucas horas se espalha por todo o Brasil. Quando cheguei aonde ia, já havia jornalista me ligando para saber sobre o assunto... Anos atrás, a frase ficaria restrita a poucas pessoas, porque demoraria tanto a se espalhar, que se espalharia morta. Esta lição nos permite descobrir que os políticos, como eu, não estamos preparados para os novos tempos das comunicações universalizadas e instantâneas. O Parlamento também não.”

(Senador Cristovam Buarque)

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Estratégias e práticas do jornalismo 2.0

Escolha palavras precisas para apresentar a mensagem em poucas palavras;

Seja claro e evite expressões rebuscadas ou gírias; Cuidado com frases feitas e figuras de linguagem. Lembre-se

que bom humor é muito bem-vindo na Internet, mas requer originalidade e inteligência;

Qualquer um deve ser capaz de entender seu texto no primeiro parágrafo. Ele é definitivo para que o leitor vá até o final da matéria ou desista;

A leitura é mais lenta na tela do computador, por isso os textos não podem ser gigantes;

Mantenha parágrafos curtos e objetivos. Separe blocos de texto em uma mesma página com intertítulos (passa idéia de marcadores).

Utilize também elementos não convencionais de escrita (perguntas e respostas, listas, hiperlink) no meio do texto para quebrar a impressão de “tijolo”, mas desde que sejam elementos relevantes;

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Internet é atemporal: cuidado com “ontem", "hoje“, "amanhã" que podem confundir o usuário. Informe sempre a data exata (ao menos em destaque);

Internet é universal. Cuidado com expressões vagas como "na cidade", "na região", "este país";

Notícias que não são publicadas pelos jornais podem ser importantes na Web. Por exemplo: uma ameaça de bomba numa escola que depois se revelou um alarme falso. No jornal ela nem terá espaço de virar notícia, mas no meio online sim.

Hiperlink contextual: As melhores narrativas online permitem ao leitor segmentar a reportagem e clicar em outro conteúdo mais detalhado, dependendo do seu interesse. O jornalista faz referência a outras fontes e na web ele tem a possibilidade de conectar os leitores diretamente com a origem da informação. *Não existe quantidade de link máxima por matéria. Coloque o necessário!

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Assuntos de muita relevância merecem um “hotsite” (coberturas específicas);

Cuidado com títulos que não dizem nada (complica a indexação e são ignorados pelo usuário);

Não usar vídeo e podcast igual a reportagem de texto;

Texto na web dá a sensação de espaço infinito, sem limite de quantidade. Mas lembre-se: “o texto tem o tamanho que ele merece”;

Ao escrever para a web, o repórter deve preocupar-se mais em mandar informes parciais atualizados do que em transmitir a matéria completa. A primeira nota pode ser uma manchete dizendo, por exemplo: “Cinco crianças mortas em acidente de ônibus” – junto com os fatos fundamentais no lead. O suficiente para transmitir às pessoas o que está acontecendo. Tem mais a ver com o modelo de noticiário na televisão do que com o impresso. O primeiro informe pode ser apenas a manchete e um parágrafo, seguido por outro. Vinte minutos mais tarde, já serão três parágrafos e 45 minutos depois, mais cinco parágrafos. À medida que a cobertura for evoluindo, você detalhará os fatos e acabará escrevendo a reportagem completa.

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MULTIMEDIAÇÃO

- Convergência de diferentes linguagens (vídeo, áudio, imagem estática, texto etc.)

- Multimídia por justaposição: elementos independentes entre si (formato mais comum)

O dia de um desempregadohttp://noticias.uol.com.br/album/historias-fotograficas/ult7375u2.jhtm

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Que tal enriquecer?Na pressa de publicar o mais rápido possível, é comum esquecer elementos da reportagem que podem ajudar o leitor. Pergunte-se sempre:

É necessário acrescentar uma foto?Que tal um mapa localizador?Existem fatos passados para linkar?Que tal usar áudio e/ou vídeo?Um quadro de mensagens?Um debate ao vivo?Um slideshow ou galeria de fotos com áudio?

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Buscadores e perenidadeBuscadores: mecanismo projetado para

encontrar informações no menor tempo possível.

Motores de busca na web evoluíram: dos antigos diretórios (Yahoo, Cadê) aos atuais robôs/spiders (Google)

Google: tornou-se diferencial por conta da relevância dos resultados (conceito de PageRank). Nos EUA, 70% das buscas são feitas pelo Google.

Os títulos das matérias devem ser “isca” para os buscadores (Palava-chave)

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É melhor reforçar a função apelativa de um TÍTULO ou garantir sua função hipertextual?

Ao procurar pelo time, a matéria não aparece entre os resultados.

A maioria dos visitantes chega a qualquer site através de mecanismos de busca, por isso é importante que o título contenha as palavras-chave.

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Ansiedade pelas últimas notícias, como em 11/09/2001. Nesse dia, a home do UOL foi vista mais de 9 milhões de vezes e foi também a única data em que a logomarca do The New York Times sumiu para acelerar a abertura da página.

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Fim do modelo emissor-receptor: todos conversam entre si e os leitores são ativos no processo de produção e propagação das mensagens. Eles criam, compartilham e comentam, ou seja, “a notícia é uma conversa, não uma palestra”.

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Interatividade Jornalista perdeu exclusividade na divulgação de informações; Mobilidade: “blogando” de um telefone celular; Não é a plataforma que torna um veículo tradicional, mas seus

valores; Cidadãos opinam sobre assuntos desejados, comunicam suas

impressões e vivências e encontram outras pessoas para compartilhar suas experiências (comunidades e redes sociais);

Quanto maior a facilidade de publicação, maior o espaço público, mais rigorosa a fiscalização aos meios de comunicação e menor o poder de censura;

O duelo não ocorre entre imprensa tradicional e a mídia social (blog, por exemplo), mas entre fazer com que a audiência participe do meio e da mensagem;

Jornalismo colaborativo: Ainda não está claro quem participa, quem participa e consome, e finalmente quem apenas consome. “Quantos vão transmitir suas idéias quando estiverem conectados?

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Conteúdo gerado pelo usuário

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O que o internauta busca?70% buscam entretenimento20% buscam notícias10% buscam serviço

Sendo assim, é preciso explorar youtube, picasa e afins para atrair o usuário para os portais. O link do portal deve aparecer nesse ambiente de entretenimento. Além disso, oferecer o máximo de serviço no próprio portal.

Períodos de maior acesso: começo da manhã, ao meio dia e no final da tarde

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Carta de Itu (28/06/2009)Princípios & Conceitos do jornalismo 2.0

Autoria colaborativa: é feito por todos e para todos. Um parágrafo escrito por você pode ser linkado e relacionado a outras pessoas, conceitos e páginas e incorporando por dezenas ou centenas de autores.

Perenidade: a notícia não morre, os fatos nunca estão consumados, estão sempre vivos.

Não precisa de grandes corporações intermediárias: pode acontecer de cidadão para cidadão.

Exige uma mudança de atitude: menos poder e mais talento.

Está apoiado mais nos relacionamentos do que nos conteúdos: quem tem uma boa rede vai mais longe.

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Interação direta com o leitor: quem me lê não está lá, está aqui!

Interatividade: um jornalismo que interage 24 horas por dia com as mídias, pessoas e conteúdos relacionados.

Humanidade: em vez de “usar fontes”, interage com pessoas.

Conexão: um jornalista 2.0 não está mais sozinho; tem a rede junto com ele.

“One-to-one”: esqueça respostas padrões ou automáticas.

Velocidade: tempo real na rede.

Poder descentralizado: o detentor da informação se transforma em divulgador da informação.

Afinidade: não temos mais reféns, temos fãs!

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Ética: liberdade pede mais responsabilidade. O jornalista 2.0 tem o poder da escolha.

Profundidade: a informação é de domínio público. A qualidade da informação depende de cada um.

Aprendiz: o jornalismo 2.0 é aprendiz em sua essência.

Desapego: é mais saudável compartilhar do que dominar.

Pensamento hiperlinkado: diferenciando o essencial do periférico.

Descompressão: A informação não precisa mais ser comprimida. Ela se torna ampliada e ampliável.

Tags do Jornalismo 2.0: fórum – posts – depoimentos – comunidades – rede social – mídia social – mural – links – hipermídia – chat – twitter – coletivo – tag – feeds – RSS – indexação – Ajax – mente aberta - podcast – download – fórum - blogosfera – blog – sms

Esta carta foi produzida no evento Jornalismo 2.0 em Itu (novembro/2008), com a coordenação e edição de Deborah Dubner e participação de Alan Dubner, Anicleide Zequini, Armênio Guedes, Cadu Lemos, Camila Bertolazzi, Carlos Piazza, Deborah Dubner, Fabio Steinberg, José Mendonça, Manoel Fernandes, Marcelo Coutinho, Mylton Ottoni, Olga Sodré, Pollyana Ferrari, Roberto Mayer, Rodrigo Azevedo e Rodrigo Tomba.