Journal art form 3

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description

Revista independente de cultura e comportamento Skateboard

Transcript of Journal art form 3

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3

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toma!

Adelmo Júnior

Smith de frontRenato Custódio

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Adelmo Júnior

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EditorialA idéia de fazer essa revista surgiu vendo a

quantidade de gente que trabalha fazen-do o que gosta, sem reconhecimento, sem espaço, devido a carência em mídias

especializadas em skateboard no Brasil, mas prin-cipalmente no Rio de Janeiro. Então surgiu essa vontade de mudar e fazer acontecer. O projeto continua e é com muito prazer e orgulho que apresentamos mais uma edição, mais colaborado-res, novas idéias, mais sonhos.

Obrigado aos que acreditam no projeto, ele é feito pra todos, com o propósito de fazer crescer aquilo que acreditamos e tanto amamos.

A Journal art form é feita de sangue, de sentimen-tos, coração.

Seja bem vindo!

Esperamos que aprecie, caso tenho reclamações, dúvidas ou sugestões e críticas, envie-nos um e-mail:

[email protected]

O melhor esta por vír, acredite nos seus sonhos, faça com amor.

Fábio Tirado

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Capa: Leo RodriguesFoto: Cauã CsikCatedral de Petrópolis/RJ

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Ilustração Thiago Resende

Colaboradores:

Fábio Tirado

Renan Monteiro

Paulo Macedo

André Lisboa

Antonio Tebyriçá

René Jr

Cauã Csik

Dhani Borges

Felipe Távora

Dalmo Roger

Pirikito Sem Asa

Agradecimentos:

Adonis Perfeito Fernando Martins Ferreira Fernando Menezes Jr. Gerson Jr. João Marcelo Martin Renan Carvalho Maria Hennies

Julia Murad

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Robinho

NoseslideRenan Monteiro

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Mera - doido da vez

aleatórias

Sonia - artista

Petrópolis - crew

Goiás - trip

Alber Leandro - amador

Alex Carolino - entrevista

Prisma - vídeo

Índice10

20

28

34

46

64

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80

Luzes 88

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MATRIZCASA DA

robson “jason” - acid drop

casa da matriz - rua henrique de novaes, 107, Botafogofacebook.com/casadamatriz

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robson “jason” - acid drop

casa da matriz - rua henrique de novaes, 107, Botafogofacebook.com/casadamatriz

RobsonBomberFoto Daniel Koslinski

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doido da vez

Ionir Vital "Mera"Ionir Vital é respeitado, admirado e querido por

todos. Uma pessoa humilde e com uma perso-nalidade rara, sempre de bom humor e tornan-do a vibe sempre positiva, aonde o Mera chega

é sempre bem vindo. Indo de um pico pra outro ao lado dele, me contou a história dessas fotos que vocês estarão vendo nessa matéria.

Com muito orgulho e satisfação digo que ele re-presenta da melhor forma o skateboard carioca.

Texto Fabio TiradoFotos: Dhani Borges eFernando Matins Ferreira

Foto Fernando Martins Ferreira

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Blunt de frontFoto Dhani Borges

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-Só pra começar, porque ‘Mera’? Posso te chamar daqui em diante assim ou prefere Ionir?

Tenho esse apelido desde mulequinho, desde os 4 anos de idade. Só mais velho fui perguntar aos amigos porque do Mera, me falaram algo como mera coincidência, pelo meu nome ser o mesmo do pai, sendo eu o júnior. Mas na real eu acho que nem eles sabem o porque do Mera.

-Legal Mera. Nessas fotos, você ta com estilo bem diferente de hoje em dia, cabelo grande, roupa folgada... Já faz muito tempo que rolaram essas fotos?

Na verdade essas fotos foram em 2007, 2008. Na época eu tinha uns patrocínios e tava fazendo muitos vídeos e anúncios. O Dhani borges, que trabalhava numa revis-ta veio com a idéia de fazer uma matéria, e ai tava rendendo e numa das sessões eu torci o joelho. Fiquei uns 8 meses sem andar e acabou que não conseguimos terminar a entrevista.

-E porque a entrevista não rolou?

Porque não tinha fotos suficientes...

Half-cab flipFoto Dhani Borges

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Crooked de frontFoto Dhani Borges

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doido da vez

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-Então pra fazer essa tal entrevista, você teria que voltar nos picos e fazer tudo de novo, porque seu estilo mudou, é isso?

Na minha cabeça eu acredito que não teria necessidade, mas as pessoas acham que fotos tem prazo de validade, e eu acredito que elas são o registro eterno de coisas que eu não faria hoje em dia, as-sim como tem coisas que eu faço hoje que não fazia naquela época.

-Tu se considera local de que lugar?

“Ta sumido Mera”, cara não sou local de nenhum lugar, não importa aonde seja, largo do Bicão, Praça XV, Du ó, pista, rua, gosto de variar, apesar de que eu gosto muito da praça xv. Skate não tem barreiras, se tu gosta de andar de skate tem que andar em todos os lugares.

Nollie shovit

Foto Dhani Borges

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Porque você anda de skate? O que te motiva a andar?

O Skate me motiva de várias formas, me sinto feliz andando, me sinto bem, quando to stressado, quando to feliz, é a coisa que mais gosto. Sair pra dar uns impulsos, uns ollies, encontrar com os amigos e nem andar, ficar ali trocando uma idéia. Acho que skate é muito mais do que uma galera acha que é.

Me lembro de um dia, logo após meu pai falecer, meu irmão tava se casando e indo morar lá em casa. Dei todos os meus móveis pra ele e fiquei só com um colchonete e uma tv. Pelo fato do meu pai ter falecido, eu tava deixando o skate de lado, tava pra baixo, depri-mido, sem fazer nada, só vendo tv no quarto. Minha mãe bateu na porta do quarto um dia e disse que tinha uma galera me chamando. Era o Marcellinho e o Dente, “qual é mano, bora andar, ta ai fazendo nada mano.”

Ai foi a hora que eu peguei a mochila, botei as roupas dentro, e sai com os amigos, sem hora pra voltar pra casa. Andamos nos picos, filmamos, nos divertimos e vejo, como um pequeno detalhe mudou tudo, meus amigos. Isso abriu mais minha mente, me mostrou que meu mundo é o que eu faço há 15 anos, meus amigos de verdade fazem questão de estar junto contigo, não importa se tu é foda, se tu é ruim, importa que tu ta ali, tua presença é o que importa.

Foi ai que deu o boom, filmei pro vídeo DSAL(Dorme sujo acorda limpo), tirei várias fotos com o Renê Jr, rendeu, sai da depressão e voltei a vida, skateboard é minha vida.

Pole jumpFoto Fernando Martins Ferreira

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O Skatista/Fotografo/Motoqueiro/Neo-Hippie de plantão, Cauã Csik, em novembro do ano passado após uma série de trabalhos cansativos por assim dizer (pois aposto que não estava trabalhando na construção civil esse menino), percebeu que não havia mais nada o que fazer a não ser tirar uns dias de ferias (dez para sermos mais precisos), juntando a fome com a vontade de comer, se dirigiu sem mais e sem menos a Goiânia graças a um convite de uma amiga de lá e também deu um pulinho em Anápolis.

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Gustavo Dias fs bigspin

Fotos: Cauã Csik

Texto: Pirikito Sem Asa

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trip

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Segundo ele, em ambos municípios há muitos picos para se andar e uma moçada que a la Pontus Alv constroem obstáculos em quadras e praças, também fazem obras de manuten-

ção desses lugares para se poder andar ainda mais.

O Raphael Gibson vulgo Paraná, na época ao saber desta jornada e pelo fato de que Csik não conhecia ninguém ligado ao skateboard por aquelas bandas do Serrado, o colocou em contato com o Pedro Dezzen. Este que na maioria dos picos que saiu para andar com o Cauã, só mandava manobras de Switchstance, acabou se tornando um certo tipo de anfitrião/guia. Nas demais fotografias são três camaradas de sessão do Dezzen andando.

Tem uma moçada que a la

Pontus Alv, constroem obstáculos em quadras

e praças

Mayday grind

Pedro Dezzen

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Rodrigo Ribeiro

Blunt transfer

Mayday grind

Pedro Dezzen

Ss ollie

Pedro Dezzen

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Pedro Dezzen

Ss Rockslide

ss varial heel

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Pedro Dezzen

Ss Rockslide

Ss flip

ss varial heel

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Como o motivo que levou nosso aprendiz de “Easy Rider” para o Centro-Oeste era o descanso da rotina de cliques e mais cliques, as roles foram sem compromisso e mais naquela de conhecer as cidades ao acompanhar os novos amigos. Diga-se de passagem, que os quatro em questão andam muito e em um ritmo de vida monstro. Só vendo para entender, relatado a mim pelo descendente de húngaros (Cauã). Conversa vai, conversa vem, e por que não fazer uma matéria a res-peito? O registro já estava feito e o skate vem fluindo bem em Goiás, seja em picos, diferentes estilos, pessoas... Na sua grande maioria bem receptivas, ao ponto de te fazerem sentir em casa. Que aqui conste, que o Henrique Marques da Simple, mesmo não aparecendo nas fotos, é uma dessas pessoas que fazem acontecer e dão força a cenas locais, neste caso Goiânia, Brasília e regiões.

trip

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ss crooked

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SK

ATE IN RIOSKATE IN RIO

Madureira Shopping - 3º Piso

Conheça a Skate in Rioa maior variedade de produtos

e equipamentos para o seu rolé

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A jornalista da Journal, Julia Murad teve uma conversa com Sonia Khenfech, que faz parte do movimento do skate DIY de Montreal, no Canadá. O projeto se chama Projet 45, que controi picos de street na cidade. Além disso ela é artista, tira fotos de manobras projetadas , confira.

De qual pais você é? França mas eu moro em Montreal, Canadá

Com o que você trabalha?

Com arte e skate. Trabalho no museu de arte contemporânea de Montreal.

Sou assistente de arte e tenho alguns traba-lhos artísticos próprios e organizo uma vez por ano uma exposição de skate DIY.

Como é a cena de skate de Montreal,é grande?

Sim,aqui é bem grande

Você tem um site para mostrar seus trabalhos?

Sim! Claro! http://soniakhenfech.blogspot.ca/

Apesar do site ainda n estar muito bem atualizado,ainda precisamos colocar

Novos trabalhos online.

Quando você começou a fazer isso?

Eu comecei a andar de skate 15 anos atrás e co-mecei a fazer este tipo de trabalho na faculdade. Aqui tem mais um link do evento de skate e art que organizo em Montreal.

http://collectif45mtl.blogspot.ca/

artista

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Texto: Julia Murad

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Qual a diferença que o movimento DIY faz para você? Não tem muitos skateparks pela cidade?

Na verdade não,por isso que construímos o máxi-mo que podemos por conta própria. Cada pessoa se inspira pela vontade da outra de trabalhar junto em nome do amor que temos ao skate e a arte pra mim,também envolve tudo isso.

Você conhece alguma coisa da cena de skate no Brasil e do movimento aqui?

Só conheço através do que o Fabio tirado contri-bui e é uma grande inspiração para mim saber que este movimento acontece em outros lugares do mundo.

Existem muitas meninas participando do movi-mento de skate ai em Montreal?

Sim,tem bastante,inclusive,tem um grupo de meninas chamados skirtboarders . Eu não faço parte da galera delas mas sou uma grande fã e eventualmente andamos de skate juntas.

Como você faz para mover a cultura do skate para o publico?

Bom,eu inclusive fiz um recentemente na franca. Organizei um concurso para uma loja de skate e como eu disse,arte e skate andam juntos para mim. ´E importante mostrar estas atividades para outras pessoas,de repente elas descobrem que é realmente isso que gostam de fazer.

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Quais suas maiores inspirações para criar sua arte?

Tudo que está ao meu redor,pessoas,sentimentos,não sei,acho que sensibilidade, cada um interpreta as situ-ações de forma diferente... acho que tenho uma visão totalmente voltada pro DIY .

A gente não pede autorização nem pergunta para ninguém se podemos organizar um evento,nós simplesmente fazemos acontecer,damos um jeito de encontrar um patrocinador. É muito difícil achar uma galeria disposta a trabalhar com nossos objetivos.

Porque você acha muito difícil as galerias topa-rem o trabalho de vocês?

Eu não to dizendo que é impossível mas é ne-cessário encontrar uma boa pessoa pra fazer parte mesmo. Nada é impossível mas também não tem

Milagres para conseguir isso.

Quais seus próximos projetos e idéias?

Acabei de fazer uma instalação de arte no palá-cio do congresso de Montreal e também comecei a trabalhar numa próxima instalação. O nome de uma das instalações é Narcisse e a outra que tam-bém estou trabalhando se chama ‘’crazy you,crazy me’’

Muito obrigada,Sonia! Prazer!

Obrigada vocês!

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Q:Why Vans is involve with Project 45?

R: The association with Vans and Project 45 started 3 years ago when we notice a bunch of skaters working

together to built a skatepark in Montreal. We saw how the skaters/workers involved in Project 45 where passionate

on building a real skatepark built by skaters for skaters and also bringing the Montreal skateboard community

together. When Yan Tremblay came to us to support Project 45, it was an easy decision to give them money to

build more obstacles but we taught it wasn’t enough so we decided last year to do a shoe collaboration with them and Leeside (another D.I.Y. spot in Vancouver) to raised

more money. We end up raising $16 392,97 Canadian dollar for both Project 45 & Leeside and donated the pro-

ceeds for the maintenance and the construction of new obstacles. This year Vans is partnering with Project 45

again for the second edition of their collective exhibition at the OTH Gallery next September.

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CAROLINO

ALEX

ROLÉ PESADOFotos: Renê Jr.

Texto: Dalmo Roger

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entrevista

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Qual a importância da teoria da relativida-de no dia a dia de alguém que tem um

pop fora do comum? Sim!!! Isso foi um elogio.

Muito importante, uma vez que a técnica e a força aplicadas na hora de bater a manobra influenciam diretamente na altura da mesma. Obrigado pelo elogio (risos).

Sua opinião sobre a teoria de que a água de Curitiba tem uns problemas e isso faz um grupo grande de pessoas, numa cida-de nem tão grande se destacar é a mesma dos pesquisadores? Será que eu estou falando bes-teira na minha interpretação de puxa saco ou estou simples-mente repetindo o que outros dizem?

Sim a agua de Curitiba é muito boa, a Sanepar presta servi-ços de fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto sanitário e gerencia-mento de resíduos sólidos. Isso faz diferença, mas acima de tudo a garra do povo brasileiro em superar dificuldades e se destacar, seja na área do espor-te, artes e ciências, n’os brasilei-ros somos foda!

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Já imaginou na fórmula Pop=Gene.c2 se não tivesse a velocidade da luz para compor? ahhhhh... Esquece essa bestei-ra e me fala um pouco sobre como é enfrentar um mo-mento ruim, até um momento muito bom nessa carreira de skateboard profissional? Pode usar referências fora e dentro do Brasil, que sei que você tem muito para falar!

Acho que tudo na vida vem com um aprendizado, a gen-te só deve estar atento para perceber a oportunidade de crescimento que vem junto com situações, sejam boas ou aparentemente ruins. Nada no

mundo é ruim apenas, nossa percepção dos fatos as tornam boas ou ruins. O importante e manter a mente aberta para a resposta e evoluir. Não existe problema sem solução! Nem evolução sem dificuldades. A chave esta em você.

Espaços entre a luz e a falta de luz não tem energia! Claro que tem e sei que você acabou de provar...

Sim.

Branco e preto se mesclam? Saúde e Educação? Longboard e skateboard são skateboar-ds? Hum? Acho que pensei na bandeira do Brasil e essa frase militar ridícula de ordem e pro-gresso. Esquece vai!

Ordem e progresso, hum. Seu sentido é a realização dos ideais republicanos, a busca de condições sociais básicas (respeito aos seres humanos, salários dignos etc.) e o melho-ramento do país (em termos materiais, intelectuais e, princi-palmente, morais), mas no ska-te é a ordem das manobras na linha e o progresso dos skaters.

Nada no mundo é ruim apenas, nossa percepção dos fatos as tornam boas ou ruins. O importante é manter a mente aberta para a resposta e evoluir.

Nollie Shifty

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HZC

Fs Nollie Heelflip Ss Manual Ss Shove it Out

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Carolino é pesado! Eu fico muito puto, porque tu é massudo porra! A massa é uma medida da inércia de um corpo, uma grandeza es-calar que mede a posição que um corpo apresenta a mudanças em sua velocidade quando observado a partir de um referencial inerte. Pesado sou eu! Você acha que a idade pode te tirar algo que sua mente não poderá repor com a sua experiência de carreira? Falei essa merda toda para perguntar apenas isso!

Felicidade. Com esta palavra defino que amor ao skate é eterno, Com certeza terei limitações físicas para praticar o skate no futuro, mas hoje procuro me cuidar para ter um rendimento bom e evoluir no que faço. Tudo na vida é transitório, vou ficar velhinho e ai deu né...sou filho, hoje pai e amanha serei avô. Entendeu?

As teorias da conspiração do mercado do skateboard são perfeitas no seu entendimento?

Cada um vê com seus olhos e faz julgamentos baseados em sua própria experiência, eu defino tudo isso assim “Jogo de influência e interesses”.

Você desejou ser skateboarder desde menino ou pensou em ser médico e/ou engenheiro? Pode reclamar vai... Que pergunta é essa?

Quando eu era criança queria ser caminhoneiro, pegava uma tampa de panela da minha mãe (volante) e uma escova de cabelo (o câm-bio) e saia viajando na imaginação. Fico feliz que comecei a andar de skate, hoje vivo do skate e viajo o mundo. Qualquer credo comprovaria o fato de que para você ser skateboarder profissional, você precisa ser realmente maluco? Não, só precisa ir atrás do seu sonho.

Pode se considerar “milagre” na formação, desenvolvimento ou simples troca da consciência da realidade o fato de alguém ter sucesso financeiro com o ska-teboard no Brasil ou está tudo ainda funcionando nos âmbitos do imaginário? Me senti inteli-gente agora!

Tá rolando, tem muita gente vivendo do skateboard profis-sionalmente como atleta.

Você acredita em extraterres-tres? ... eu sim, senão não esta-ria escrevendo essas perguntas e falando mais de mim do que de você.

Sim, mas não da maneira que o cinema retrata os seres que querem nos dominar ou des-truir. A lua, o sol e as estrelas são provas extraterrestres por estarem fora da terra. e você no que acredita?

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Ss Varial Heelflip

Ss Bs Ollie

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entrevista

42Ss Fs Crooked

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arte: Marcelo Mentmarceloment.com.br

homegrown.com.br

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arte: Marcelo Mentmarceloment.com.br

homegrown.com.br

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aleatóriasaleatórias

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SKATEBOARD

Filipe Furtado

FlipCauã Csik

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PORRA!Gabriel “Bila” Fernando Menezes Jr.

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Raphael Buarque

Fs ollie fakie wallride reverseFelipe Tavora

Akira Shiroma

Renato Custodio

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skateoverall

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Pedro “Minidead”

Blunt de backPedro Macedo

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skate é isso

Renato Riguetti

WallrideFernado Menezes Jr.

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Jessica Mozart

FiftyRenan Carvalho

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ROLÉFEMININO

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aleatórias

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Fábio Castilho

Grind de frontRenato Custódio

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Dinheiro eh PapelFernando Martins Ferreira

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Lucas XaparralOllieGerson Jr

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Caleb RodriguesWall rideGerson Jr

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Jorge Cupim

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Ment, Mateu, Motta SwkFelipe Diniz

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Vinicius MesquitaFelipe Diniz

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TarmFelipe Diniz

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amador

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Fotos e texto: Paulo Macedo

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A L B E R

L E A N D R O

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Alber Leandro, 23 anos, nascido em Brasília, skatista amador que vem representando a cidade de Brasília e o Brasil a fora. Ganhador do carro da promoção da marca Qix, ele também participou recentemente do campeonato mais conhecido entre os skatistas

de todo o mundo, o Tampa amador. Alber vai falar um pouco de sua história como skatista e de suas experiências em suas viagens.

1. Como o skate entrou em sua vida?

Eu frequentava uma praça diariamente, de uma quadra que eu morava aonde sempre ia jogar futebol. Com o passar do tempo uns amigos fizeram um corrimão no solo dessa praça e eu sempre jogava futebol e eles ficavam ali andando de skate, fiquei curioso em saber como era andar de skate e foi ali onde tudo se começou.

2. Como é andar de skate em Brasília e qual é o seu pico favorito?

Brasília é uma cidade planejada e por isso ela é toda plana, e isso me ajudou muito a andar de skate. Acredito que seja o melhor lugar do Brasil para se andar, pois existem muitos picos com chão liso. Temos o Setor Bancário Sul e Norte onde parece que foi construído para se andar de skate. O local que mais gosto de andar e o Setor Bancário Sul por ter uma sequências de picos naturais para andar .–

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Croocket

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3. Qual foi as melhores viagens que o skate privilegiou para você?

A melhor viagem que o skate ja me proporcionou foi para a Califórnia, aonde eu conheci a nata do skate mundial, os picos , varias plazas. Isso me rendeu muito conhecimento e aprendizado.

4: Qual seu maior sonho além do skate?

Sendo verdadeiro eu não tenho sonho fora do skate, tudo que eu sonho o skate esta envolvido. Se não for com o skate vai ser para o skate !Ss blunt

Feeble

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Tail de back

5. Você morou nos Estados Unidos por um tempo, conte como foi sua experiência de morar lá e qual a diferença entre o Brasil e os Estados Unidos no skate?

O tempo que fiquei nos USA me dediquei a andar, filmar e fazer fotos. Comecei a entender mais o skate e ter uma visão mais ampla de como é andar de skate. Através de plazas, material de melhor qualidade e sempre andando com pessoas que tem bons conhecimentos, com isso tive uma evolução muito grande. O Brasil é um país que ainda esta se descobrindo não só no skate, Os Estados Unidos é um país muito desenvolvido, tecnologia avançada e com os melhores conhecimentos, essa ‘e a diferen’ca.

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6. Como foi participar do Tampa?

Tampa era um sonho de muitos anos, só de poder estar em um evento mundial onde os melhores amadores e profissionais do mundo se encontram pra andar de skate no local onde a vibe ‘e só skate e nada mais. Foi inesquecível!! Best moment!

7. Conta um fato marcante no skate para você?

Tenho vários momentos e fatos marcantes, os que eu nunca vou esquecer: quando eu andava de skate com meu amigo Mikael Antunes, já falecido,; quando eu ganhei uma Moto Zero km numa competição de pista; quando eu ganhei um carro Zero Km como melhor vídeo parte de rua do Brasil e minhas viagens com meus amigos .

8. Quais são suas influencias no skate?

Felipe Gustavo, Paulo Macedo, Paul Rodriguez, Nyjah Huston, Torey Pudwill, Pj Ladd, Mato Romeu e meus outros amigos .

9. Melhor vídeo de skate que você já viu e melhor parte?

Pretty Sweet - Guy Mariano

10. Alber agora estamos finalizando sua entrevista deixo esse espaço aberto para você fazer seus agradecimentos e muito obrigado por colaborar para nossa entrevista.

Gostaria de agradecer à oportunidade por essa entrevista, também para o Paulo Macedo, Bless Them All, minha família, meus amigos, minha namorada Taínara Martins e a todas as pessoas que me admiram e que me apoiam , muito obrigado !

Switch tail de back

amador

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Fotográfo Pedro Macedo

Bruno Pires Loves XV

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21 3416-0717 Av. do arquiteto 360 -Recreio

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Fotos: Renan Carvalho e Maria Hennies

crew

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2 do mesmoPetrópolis View“Imperial, cara de pau Aposenta essa coroa, já foi a hora de sucumbir. O sangue azul se foi, mas a covardia de seus antepassados sobrevoa Larga o cetro, larga o trono, desce do cavalo Tira o ouro do pescoço e flutua! Se entregue a seus súditos, esses que tanto te oferecem A arte, todo dia, pede pra entrar, mas o peso do orgulho a esmaga Imperial... deixe de ser tão literal”

Texto: Maria Hennies

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A maneira como a gente interage silenciosamente com as ruas. Como o skate é algo tão orgânico, algo que se funde com o meio em que você anda. Madeira com cimento, metal com granito, poliuretano com diversas superfícies. A fluidez que o deslize das rodas proporcio-na e o balanço sinuoso que faz você criar suas próprias composições...

Não importa onde você more, o que você goste de fazer, ou qual é a sua posição política, você está desenvolvendo algo, está evoluin-do uma habilidade sensorial de maneira única e sente ao mesmo tempo um sentido incrível de individualidade e de coletividade. Está lidando com a vida real, com o tempo real. Está vivendo o agora. Desconectado de minúcias, de convenções sociais.

Não tem muita explicação. É simplesmente algo que só quem faz o que ama sente de verdade.

Texto: Edu Pessanha

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vídeo

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PRISMA

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Fazer vídeo de skate por sí só já é algo complicado. Cada manobra dura

alguns mínimos segundos e montar um vídeo que tenha 5 minutos de manobra

se torna algo muito trabalhoso e nada rentável, ainda mais quando esse vídeo é independente.

O Brasil está cheio desses guerreiros, que com uma camera e várias idéias conseguem

jogar para trás todas as dificuldades que o nosso mercado de skate proporciona.

Ronaldo Land e Marcelo Arteiro são dois desses guerreiros, que vem desde de 2011

desenvolvendo o Vídeo Prisma, com a participação de 3 skatistas de peso

tendo partes individuais. Conversamos com eles para saber mais do vídeo e quando

teremos o prazer de assistir essa produção que tem muita expectativa envolvida.

Texto: Adonis PerfeitoFotos: Rene Jr.

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Quando e como começou a idéia de fazer o vídeo?

MA: Bem a idéia começou com o Jesus (Ronaldo Land), eu meio que me convidei pra fazer o video com ele.

No meu caso, desde quando eu comecei a andar de skate, acho que grande parte das informações que nós skatistas re-cebemos vem através dos vídeos de skate, eu chegava a ver o mesmo vídeo dez vezes no mesmo dia rsrsrsr e qual ska-tista nunca fez isso? e sempre fiquei muito atento a edição a escolha das músicas, em como o vídeo era dividido, abertura, montagens, essas coisas acho que quando comecei a andar eu já pensava em fazer um vídeo, ai conheci o Arteiro, as idéias bateram e decidimos fazer o vídeo.

O vídeo está sendo produzido por duas pessoas, existe algu-ma divisão no trabalho? Como funciona essa parceria?

MA: As filmagens, em sua maioria, foram com duas câmeras, acho que 80% das manobras que filmamos tem dois ângu-los. A ûnica divisão que fazíamos era revezar nas filmagens de linhas, mas sempre no final viamos as imagens pra ver o que o outro achava, sempre procurando fazer a melhor imagem, captar bem a manobra sem nunca esquecer o lado artístico da captação. Não havia você é responsável por isso e eu por aquilo, em quase 3 anos de filmagens não houve sequer uma discussão.

RL; Cara isso é engraçado, hoje tanto eu quanto o Arteiro trabalhamos com audiovisual e ambos começamos filmando skate, onde não existe muita divisão de trabalho, o cara não é Diretor, Produtor ou Diretor de fotografia em um vídeo de skate, apesar de que isso vem mudando, mas no início o cara é videomaker, ele tem que ter o mínimo de conhecimento de todas a funções dentro da produção de um vídeo, acho que isso foi uma grande escola tanto pra mim quanto pro Arteiro, apesar de que hoje profissionalmente agente tra-balhe em funções mais específicas, o mercado acaba de-terminando isso. Mas quando envolve um projeto pessoal e de skate isso é impossível, o apego é muito grande e agente acaba fazendo tudo rsrsrrs. Na parte da captação das ima-gens, nós filmamos juntos com duas câmeras, cada um fa-zendo um ângulo e revesando entre a teleobjetiva e a grande angular, na parte da edição agente dividiu as tarefas, mas o Arteiro está segurando mais a onda, a arte e a correção de cor nós vamos fazer juntos.

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Vocês tiveram alguma experiência em fazer vídeo de skate antes do Prisma?

MA: Eu comecei a fazer video de skate porque sempre gostei de filmar, e editar foi consequencia. Eu usava a câmera da tia da minha esposa emprestada com uma lente grande ângular fixada com fita isolante, e editava em um PC que travava a cada 5 minutos.

Quando entrei no video trabalha-va já no Canal Woohoo, filmando eventos e campeonatos de skate e na maioria das vezes editando esse material.

O vídeo teve seu lançamento adia-do, que fatores fizeram com que o vídeo não fosse lançado em 2011?

MA: Eu trabalhava no canal diaria-mente, ai consegui ficar trabalhan-do em casa, o que me proporcio-nava a opção de poder fazer o meu horário e com isso conseguia con-ciliar as filmagens pro video, mas depois de 2 anos filmando a grana começou a ficar curta e precisei vol-tar a trabalhar na produtora e isso influênciou na edição do video. O Jesus também começou a trabalhar nesse mesma época e não tínha-mos mais o tempo necessário parar nos reunirmos e editar o video.

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Qual equipamento está sendo usado na captação de imagem?

MA: Fizemos toda a captação com uma PD170 e uma VX2100, ambas da Sony. Mas também temos ima-gens de outros makers em HD, mas fizemos a conver-são para ficar todos no formato SD e manter o padrão.

Quando é o lançamento?

MA: Já tivemos tantos lançamentos marcados e não rolou que já tenho até medo de dizer um!!! rsrsrs

Mas dessa vez vai, marcamos para julho deste ano.

Tem alguma manobra(s) que marcou(caram) a produ-ção do vídeo?

MA: Tem, mas se eu contar estrago a surpresa.

Quem tem parte individual no vídeo?

MA: O video terá 3 partes individuais e uma montagem. Willians Dias(Dentinho), Emanuel Ribas(Enxaqueca) e Ademar Lucas(Luquinhas) fazem as partes individuais.

Além das partes de individuais, quais outros skatistas veremos no prisma?

MA: Na montagem tem gente de peso como Carlos Ique, Pedro Orelha, Maizena, Marcelo Gouvea, Nilo Peçanha entre outros.

Como o vídeo será divulgado e distribuido?

MA: Estamos em negociação pra fazer 3 premieres aqui no Rio e depois desponibilizaremos o video na internet pra download gratuito.

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Gabriela Michelini

Renan Monteiro

Luzes

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Luzes

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Thaiis Souza

Cauã Csik

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