Jovem Empreendedor Interessantíssimo

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     jovemempreendedor 

    Dorothy Irigaray CoelhoLucia Kratz de Souza

    Régis Silva Cardoso

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     jovemempreendedor 

    Coordenação

    AGENOR CANÇADO

    Consultoria e SupervisãoWAGNER JOSÉ RODRIGUES

    Direção de TextoTATYANA BADIM

    Direção de Arte e Design GráficoALEXANDRE GUIMARÃES

    Revisão de textoRICARDO SENA

    IlustraçãoFRANCISCO VEIGA

    Diagramação e Arte FinalLEONARDO SABINO

    WELLINTON RODRIGUES

    PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL

    DIREITOS RESERVADOS

    Rua T 55, n. 594, Goiânia-GOCEP 74215-170

    fone: (62) 285.6522www.cath.org.br

    [email protected]

    Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

    (GPT/BC/UFG)

    Coelho, Dorothy

    C672j Jovem empreendedor / Dorothy Coelho, Lucia

    Kratz de Souza e Régis Silas Cardoso. – Goiânia :

    CATH (Centro de Aperfeiçoamento do Talento Hu -

    mano, 2003.

    123p. : il.

    1. Administração de Empresa – Jovens 2.

    Mercado de trabalho – Jovens 3. Jovens – Profis-

    sionalismo 4. Autoconhecimento – Jovens I. Sou-

    za, Lucia Kratz de II. Cardoso, Régis Silas III.

    Título.

    CDU: 658 -053.6

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    Sumário

    APRESENTAÇÃO  ---------------------------------------------------------------------------------------- 05

    01. Onde estou e para onde vamos? ----------------------------------------------------------------- 09

    02. Tudo começa por mim... autoconhecimento -------------------------------------------------- 11

    03. Desenvolvendo instrumentos: criatividade! --------------------------------------------------- 13

    04. O que move meus passos: introdução à motivação ------------------------------------------ 16

    05. Os outros possibilitam a continuidade... relacionamento interpessoal -------------------- 18

    06. Utilizando a comunicação ao meu favor, comunicação interpessoal ----------------------- 21

    07. Trabalhar em grupo — habilidades de convivência e gestão de grupos ------------------- 26

    08. Conhecendo outras histórias de vida... -------------------------------------------------------- 36

    09. Pensando estrategicamente em si, em suas circunstâncias e em seu futuro -------------- 45

    Módulo I

    Módulo II01. EU E O FUTURO PRESENTE

    Preparando para os próximos passos? ---------------------------------------------------------- 53

    02. O PLANEJAMENTOUma das habilidades que necessitamos para lidar com o ambiente------------------------ 63

    03. A ORGANIZAÇÃOMais uma das ferramentas para lidar com o ambiente --------------------------------------- 68

    04. A DIREÇÃOUma função essencial------------------------------------------------------------------------------ 71

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    01. FINALMENTEPreparando-se para começar! -------------------------------------------------------------------------- 91

    02. COMO POSSO ATUAR NO MERCADO DE TRABALHO?  --------------------------------------10003. MEU PROJETO DE VIDA -------------------------------------------------------------------------- 120

    Módulo III

    05. CONTROLANDO O AMBIENTEMais uma das ferramentas necessárias ---------------------------------------------------------- 75

    06. O MERCADOSetores empresariais ------------------------------------------------------------------------------ 77

    07. VOCÊ E O MUNDO DO TRABALHOEmpregabilidade ----------------------------------------------------------------------------------- 80

    08. EMPREGABILIDADEComo desenvolvé-la------------------------------------------------------------------------------- 81

    9. TRABALHO INDEPENDENTE E EMPREENDEDOR  ----------------------------------------------- 83

    10. DESENVOLVENDO AS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS ------------- 85

    12. A RELAÇÃO DAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS COM O MUNDO EMPRESARIAL ----- 86

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    Caro Aluno !

    Seja bem vindo aos encontros que pretendem propiciar-lhe reflexões sobre oscaminhos que você tem percorrido em sua vida e sobre as possibilidades deidentificar novos ou adequar antigos objetivos para seu futuro, estamos falandodos MÓDULOS PROVI.

     A esta altura você já deve saber que este programa de aceleração do ensino desegundo grau é bem diferente dos modelos tradicionais, pois aborda oconhecimento de forma bem peculiar, preocupando-se sempre com a utilidade eo sentido de cada informação que é transmitida ao aluno.

    Seguindo este mesmo caminho, o Projeto de Vida vem contribuir ainda maispara o alcance dos ambiciosos objetivos deste Programa: o desenvolvimentodas potencialidades de cada aluno, em toda a sua amplitude intelectual epsicológica, trabalhando o desenvolvimento do “ser integral” ! Mas o que issoquer dizer ?

    Todos sabemos que o mundo mudou; informações transmitidas de formasdiversas, de fontes variadas, simultaneamente, em alta velocidade, exigindo dosseres humanos uma capacidade de absorção e aplicação do conhecimento que,muitas vezes, foge à nossa capacidade ! Ao mesmo tempo as desigualdadessociais tornam-se cada vez mais evidentes, despertando-nos para a necessidadede pensarmos globalmente, ao invés de continuar no pensamento localizado,individual, que só nos tem isolado e dificultado o crescimento como pessoas etambém como profissionais.

    Para conseguir um “lugar ao sol” apenas o diploma escolar já não é maissuficiente, fundamentais também são a capacidade de utilizar de forma práticaas informações adquiridas, comunicar-se de modo adequado, desenvolvendo

    relacionamentos interpessoais sadios e produtivos, respeitando o outro e,principalmente, a si mesmo, que é onde tudo começa.

    E é esta a nossa proposta neste, e nos módulos do PROVI que se seguirão:possibilitar-lhe o desenvolvimento amplo de suas habilidades intelectuais erelacionais, por meio de uma metodologia prática e vivencial.

    Esperamos que aproveite ao máximo o que foi cuidadosa e carinhosamentepreparado para você !

    Dorothy, Lúcia e Regis.

    “O SEGREDO”

    “Há os que não sabem que podem – e jazem na escuridão.Há os que sabem que podem –mas nada fazem : renunciaram àvida.Há os que sabem que podem erealizam o poder do que sabem:estes são os únicos que vivem aplenitude da vida.”

    (autor desconhecido, citado por LauroTrevisan em Historietas do Baú do meuCoração. Santa Maria, RS : editora daMente, 2002.)

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    L i ce n ci a da e m A d mi n is t ra ç ão p e laUniversidade Católica de Goiás - UCG. Especialistaem Gestão Empresarial, pela UCG. Especialista emConsultoria e Coordenação de Grupos pelaSociedade Brasileira de Psicologia e pela UCG.Especializanda em Docência Universitária comfoco vivencial, pela Universidade Salgado deOliveira - UNIVERSO-GO. Mestre em Admin-istração pela Universidade São Francisco - USF-SP. Professora de Autoconhecimento e Liderança,Teorias Administrativas, Estrutura Organizacional,

     Adm. de Produção, Recursos Humanos e EstágioSupervisionado do curso de Administração daUNIVERSO-GO. Coordenadora do Curso de

     Administração da UNIVERSO-GO. Consultoraautônoma na área de Recursos Humanos e Gestão

     Administrativa.

    Lucia Kratz de Souza

    Dorothy Iragary Coelho

    Graduada em Psicologia pela UniversidadeCatólica de Goiás. Especialista em Educação comconcentração em Docência Universitária. Pós-graduada em Dinâmica de Grupo pela SociedadeBrasileira de Psicoterapia de Grupo e Psicodrama(SOBRAP). Professora de Psicologia Aplicada à

     Ad mi n is t r a ç ã o , Cr i a t i vi d a d e e I n o v a ç ã o , Autocon heci ment o e Lide ranç a e Recurso sHumanos do curso de Administração de Empresasda Universidade Salgado de Oliveira/Goiás( UNIVERSO) . Emp r esá r ia , d e se n vo lve n doatividades de assessoria em Desenvolvimento dePessoas para diversas empresas no Estado deGoiás.

    Régis Silas Cardoso

     Administrador graduado pela UniversidadeCatólica de Goiás. Especialista em AdministraçãoHospitalar pela Faculdades Integradas SãoCamilo/SP. Mestre em Engenharia de Produçãopela Universidade Federal de Santa Catarina.

    Professor doCentro Federal de Educação Tecnológica de Goiáse da Universidade Salgado de Oliveira. Facilitador de Cursos de desenvolvimento de habilidadesgerenciais e empreendedorismo

    Especializando em Docência Universitária pelaUniversidade Salgado de Oliveira.

    Autores

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    MÓDULO I

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    Mas até esse primeiro passopode se revelar inútil se voçê nãosouber para onde vai, pois,

     “Não há vento favorável para quemnão sabe a que porto se dirige.” 

    Sêneca  Autoconhecimento(O “Eu” e o “Outro”, Habili-

    dades e Competências) - Nessemódulo você terá a oportunidadede redescobrir suas potenci-alidades e desenvolver habili-dades fundamentais para suarealização plena na vida pessoale profissional.

    MÓDULO II

    O mercado de trabalho e

      suas relações Aqui nós focalizaremos mais

    as possibilidades do mercado ea identificação de oportunida-des em que seus talentos einteresses sejam melhor apli-cados e desenvolvidos.

    MÓDULO III

    Meu projeto de vidaFinalmente, você poderá

    analisar toda a informaçãorecebida até o momento paraconstruir seu projeto de vida,definindo ou revendo seusobjetivos pessoais e profis-sionais e identificando as me-lhores estratégias para alcançá-los.

    Onde estou e paraonde vamos?

    “ Uma caminhada de mil quilômetroscomeça pelo primeiro passo.” 

    autor desconhecido

    itens para serem utilizados nasatividades propostas, quando for ocaso;

    c) em seguida, apresenta-se aseção “Pense Nisso...”, que propõereflexões sobre a(s) atividade(s)vivenciadas e o(s) texto(s) lido(s) nosencontros que abordarão o capítulo

    em questão;

    d) e, para finalizar, você encontraráo “Colocando a mão na massa...”que pretende possibilitar-lhe aidentificação de como você podelevar para a sua vida cotidiana o quedescobrir durante os encontros.

    O segredo

    “Há os que não sabem que

     podem – e jazem na escuridão.

    Há os que sabem que podem –

    mas nada fazem : renunciaram à

    vida.

    Há os que sabem que podem e

    realizam o poder dos que sabem:

    estes são os únicos que vivem a

     plenitude da vida.” 

     Autor desconhecido

    MÓDULO I

    Onde estou e para onde vamos?

     Agora, sobre o material que vocêestá recebendo: este livro servirá deapoio para as atividades propostas,contendo, basicamente, a seguinteseqüência:

    a) a primeira contém uma introdu-ção ao tema proposto no capítulo.É, por exemplo, o que estamosfazendo agora;

    b) a segunda, material de trabalhoque pode ser composto de um oumais textos para reflexão, bem como

    “Se qualquer tarefa é executada rigorosamente como há três anos, pode ter certeza de que há desperdício.”  Nemoto

    UNIDADE 1

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    9

    O objetivo destecapítulo é apresentar-lheonde queremos chegar eque caminhos percor-reremos para alcançá-lo,bem como possibilitar-lhemaior integração com osseus colegas.

    Módulo I

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    Durante a atividade pro-posta pelo professor:

    Como você se sentiu?

     A imagem produzida foi per-cebida pelo grupo conforme suasexpectativas?

    Qual a importância de co-nhecer e ser conhecido nestegrupo?

    Sobre o texto lido:

    Que riscos tem assumidoem sua vida?

    Que receios possui?

    Viver é arriscar...! Comovocê está vivendo?

    Com o que viveu, o queaprendeu?

    E com o que aprendeu, oque vai fazer?

    Riscos

    “Rir é correr o risco de parecer 

    tolo.

    Chorar é correr o risco de parecer 

    sentimental.

    Estender a mão é correr o risco

    de se envolver.

    Expor seus sentimentos é correr 

    o risco de mostrar seu verdadeiro

    eu.

    Defender seus sonhos e idéias

    diante da multidão é correr o risco

    de perder as pessoas.

     Amar é correr o risco de não ser 

    correspondido.

    Viver é correr o risco de morrer.

    Confiar é correr o risco de se

    decepcionar.

    Tentar é correr o risco de fracassar.

    Mas os riscos devem ser corridos,

     porque o maior perigo é não

    arriscar nada.

     A pessoa que não corre nenhum

    risco não faz nada, não tem nada

    e não é nada.

    Elas podem até evitar sofrimentos

    e desilusões, mas elas não

    conseguem nada, não sentem,

    não mudam, não crescem, não

    amam, não vivem.

     Acorrentadas por suas atitudes,

    elas vivem escravas, privam-se desua liberdade.

    Somente a pessoa que corre

    riscos é livre.” Leo Buscaglia

    Um dia, uma pequena aberturaapareceu num casulo; um homemsentou e observou a borboleta por 

    várias horas, conforme ela seesforçava para fazer com que seucorpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu queela havia parado de fazer qualquer  progresso. Parecia que ela tinha ido o

    mais longe que podia, e não conse-guia ir mais. Então o homem decidiuajudar a borboleta: ele pegou umatesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente.Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e t inha as asas amassadas.O homem continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem

     para serem capazes de suportar ocorpo que iria se afirmar a tempo.Nada aconteceu! Na verdade, aborboleta passou o resto de sua vidarastejando com um corpo murcho easas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.

    O que o homem, em sua gentilezae vontade de ajudar, não compre-endia era que o casulo apertado e oesforço necessário à borboleta para passar através da pequena aberturaera o modo pelo qual Deus fazia comque o fluido do corpo da borboleta

    fosse para as suas asas, de forma queela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

     Al gu ma s ve ze s, o es fo rç o é justamente o que prec isamos emnossa vida.

    Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quais-quer obstáculos, ele nos deixariaaleijados. Nós não iríamos ser tãofortes como poderíamos ter sido. Nós

    nunca poderíamos voar.Eu pedi forças... e Deus deu-me

    dificuldades para fazer-me forte.

    Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para resolver.

    Eu pedi prosperidade... e Deusdeu-me cérebro e músculos paratrabalhar.

    Eu pedi coragem... e Deus deu-meobstáculos para superar.

    Eu pedi amor... e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.

    Eu pedi favores... e Deus deu-meoportunidades.

    Eu não recebi nada do que pedi...mas eu recebi tudo que precisava.

     Autor desconhecido

    O casulo

    “Aprendizado contínuo é sinônimo de auto-renovação.”  Pascale

    Onde estou e para onde vamos?

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    1. TREVISAM, Lauro. Historietas doBaú do meu Coração, Santa Maria,RS: Editora da Mente, 2002.

    Referências Bibliográficas

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    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    Nathaniel Branden2, renomadoescritor e psicoterapeuta com inú-meros trabalhos na área do com-portamento, afirma que existem seisprocessos essenciais no desen-volvimento da auto-estima que elechamou de “Seis Pilares”:

     “(...)estar presente naquilo quevocê está fazendo e no momento emque está realizando”2. Ou seja,esforçar-se ao máximo para viver ummomento de cada vez, prestandoatenção ao que estiver vivendoagora. A vida consciente é um es-forço de vontade que requer exercíciocontínuo... comece agora!

    “(...)o desejo de ter, viver eassumir a responsabilidade pelosseus pensamentos, sentimentos eações, sem fugir, negar ou abrir mãodessa responsabilidade – e também,sem se auto censurar, dar a si mes-mo a chance de ter seus pensa-mentos, de viver suas emoções, deavaliar suas emoções sem ne-cessariamente apoiá-las ou con-dená- las(...)” 2

    Reconhecer a cada instante quenós, e somente nós, somos osresponsáveis por nossas ações eescolhas. Diante do problema, ao

    Por que ela é importante?

    Somos livres para escolher quecaminho tomar. Sendo assim, cor-remos o risco de fazer boas e ade-quadas escolhas ou optar por ca-minhos que nos impossibilitem cres-

    cer e desenvolver.Contudo, se não acreditarmos em

    nossa capacidade e em nosso valor,como tomar os melhores cami-nhos?

    E como desenvolver a auto-estima?

    Tudo começa por mim...

    autoconhecimento

    Auto-estima

    Possuir auto-estima elevada éestimar a si mesmo, gostar-se,acreditar que é “(...) merecedor derespeito e capaz de enfrentar osdesafios básicos da vida.” 1. Quempossui uma baixa auto-estima crêque o seu próprio valor está naaprovação do outro, nos bens quepossui, na roupa que veste, no lugar onde mora, ou seja, está do lado de

    fora de si mesmo, quando a verdadeé que o valor encontra-se dentro decada um. O valor de uma pessoaestá em sua individualidade, no fatode ser original, com capacidadespeculiares e potenciais que só ela,e ninguém mais, poderá realizar.

    Suas crenças dirigem seus passos,o conhecimento de si mesmodefine o grau de sua auto-estimae este, por sua vez, poderápossibilitar-lhe grandes rea-lizações ou grandes frustrações...Mas, o que queremos dizer comisto? Comecemos então...

    Como vimos na primeira parte dolivro, este módulo refere-se aospassos necessários para quequalquer pessoa possa aumentar suas chances de alcançar seusobjetivos, utilizando todo o potencial

    que possui, conquistando a feli-cidade de sentir-se capaz e rea-lizada. Afinal, é isso que buscamospor toda a nossa vida, não é mesmo?

    Mas por onde começamos?Bem, pelo primeiro passo de muitosque serão necessários para percorrer o longo caminho da conquista de simesmo: Saber do que é capaz,Acreditar  que é capaz, Ser  capaz

    de chegar aonde você quiser.

    Muitos acreditam que a vida estámais nas mãos do destino do quesob seu próprio controle e, crendonisso, desistem, deixam de buscar e trabalhar para lhe tomar as rédease direcioná-las conforme suasaspirações e necessidades. Sendoassim, primeiro precisamos rever nossas CRENÇAS a respeito de nós

    mesmos: será que tenhoconsciência de meu potencial? Acredito que sou capaz, ou atémesmo, que mereço alcançar afelicidade?

    1 A atitude de viverconscientemente

    2 A atitude de se auto-aceitar

    3 A atitude de ter

      responsabilidade pessoal

    “A qualidade é um bom negócio.”  Hunt

    UNIDADE 2

    11

    Módulo I

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

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    CAPÍTULO 1

    Vou andando pelo caminho.Há um grande buraco.Caio.Estou perdido...Não sei o que fazer.Não é culpa minha.Demoro séculos a sair.

    CAPÍTULO 2

    Vou pelo mesmo caminho.Há um grande buraco.Faço de conta que não o vejo.Volto a cair.Não posso crer que tenha caído nomesmo lugar.Mas não é culpa minha.Levo bastante tempo para sair.

    CAPÍTULO 3

     Ando pelo mesmo caminho.Há um grande buraco.Está ali.Caio...É uma rotina, mas tenho osolhos bem abertos.Sei onde estou.

    É culpa minha.Saio rapidamente.

    CAPÍTULO 4

    Sigo pelo mesmo caminho.Há um grande buraco.Me desvio.

    CAPÍTULO 5

    Vou por outro caminho.

    Nelson Portia(tradução/adaptação inicial de João NicolauCarvalho, readaptado pelos autores. Daobra: “Introdución al Pensamiento Sis-témico” de Joseph O´Connor e Ian McDer-

    mott.)

    invés de procurar culpados, devemosnos perguntar: “o que é preciso fazer para resolvê-lo?”.

     4 A atitude de ter autoconfiança

    Reconhecer o próprio valor, ser autêntico consigo e com o outro, nãoviolentar-se procurando ser o quenão é só para agradar a outros. “(...)estar disposto a defender a simesmo e suas idéias da maneiraadequada e nas circunstânciasoportunas.” 2

      5 A atitude de ter um propósito  na vida

    Identificar seus objetivos, definir um projeto de vida e esforçar-se pararealizá-lo. Observar as própriasações e escolher os comporta-mentos mais adequados para levá-lo até lá.

      6 A atitude de ter integridade

    Ser íntegro, verdadeiro. “Viver deacordo com o que você sabe, pro-fessa e faz: falar a verdade, honrar compromissos, dar exemplos emsuas ações dos valores que vocêdefende e admira, lidar com osoutros com delicadeza e genero-sidade. Quando você trai os seusvalores, trai também seu espírito,e quem sofre inevitavelmente é

    a auto-estima.” 2

    Autobiografia em cincocapítulos

    Durante a atividade pro-posta pelo professor:Como você se sentiu?Como você se sentiu no grupo

    ao apresentar seu trabalho?Como você se sentiu ouvindo osdemais? O que pôde perceber?

    Sobre os textos lidos:O que te fez pensar?O que o “buraco” significa pra vo-cê?O que o caminho significa pravocê?Que caminhos tem escolhido?

    Como anda a sua auto-estima?O que tem feito para cuidar devocê?

    1.MOYSES, Lúcia.  A Auto-Estimase Constrói Passo a Passo.  2.ed.

    SP: Papirus, 2002.

    2.BRANDEN, Nathaniel.  Au to -Estima no Trabalho. RJ: Campus,1999.

    Com o que viveu, o queaprendeu?

    E com o que aprendeu, oque vai fazer?

     Apesar de parecer simples, aconstrução de uma auto-estimaelevada requer muito esforço epersistência, mas existem algumashabilidades que podem auxiliá-lonessa empreitada: capacidade parasuperar os obstáculos com criati-vidade para se relacionar com ooutro, para utilizar a percepção e acomunica- ção de forma apropriadae ampla em prol dos relaciona-

    mentos, favorecendo o crescimentopessoal. Esses pontos serãoabordados logo em seguida, mas oprimeiro passo é seu, então, mãosà obra!

      pessoal

    “Nas relações, as pequenas coisas são as grandes.”  Tagori

    Tudo começa por mim... autoconhecimento

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    Referências Bibliográficas

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

     Ao contrário do que se pensa,todas as pessoas são criativas, al-gumas mais, outras menos, masserá que isto deve-se a uma heran-ça genética? Estudiosos das áreasde educação e psicologia acreditamque não, pois, observando o desen-volvimento da criança, verificaram

    que todas apresentam significativograu de inventividade e imagina-ção,ou seja, criatividade, e, ao quetudo indica, a diversidade no uso dopotencial criativo deve-se, principal-mente, aos diferentes processos deaprendizagem a que as pessoas sãosubmetidas.

    Lembra-se que, no capítulo an-terior do livro, dissemos que as cren-ças moldam nossas ações? Poissão elas também os principais blo-queios do processo criativo. Adqui-rimos uma série de informações so-bre a vida e sobre nós mesmos queadotamos como verdades e que aca-bam dificultando nosso desenvolvi-mento.

    Desenvolvendo instrumentos:

    criatividade!

    Criatividade

      “(...)Capacidade criadora,engenho, inventividade.(...)” 1. Acriatividade possibilita ao ser hu-mano lidar com as mudanças deforma adequada, mantendo a

    mente flexível e alimentando aautoconfiança.

    4 Seja prático

     3  Siga as normas

    “A ignorância é inimiga da liderança.”  Bogue

    Roger Von Oech, em seu livro“Um Toc na Cuca”, aponta dez blo-queios que podem impedir o desen-volvimento da criatividade:

     1  A resposta certa

    Aprendemos que para todapergunta e todo problema exis-te apenas uma resposta certa, oque sabemos que nem sempre éverdade. Mas mesmo assim, ten-demos a buscar “a” resposta enão “as” respostas possíveis aosproblemas e explicações para si-tuação vividas.

     2 Isso não tem lógica

    Tendemos a desconsiderar oque foge à nossa lógica, ao pen-samento linear, ou seja, ao quesegue um caminho claro e bem

    direcionado. Não levamos emconta que muitas descobertasforam feitas exatamente quandooutras possibilidade “ilógicas”eram consideradas... o avião, por exemplo.

    Habituados às regras e nor-mas, colocamos nossa flexi-bilidade mental e nosso “múscu-lo criativo” num estado de para-lisação, sem exercitá-lo. Lembre-se que músculo que não é utili-zado atrofia! E isso acontece tam-bém com as habilidades que pre-cisamos desenvolver, como nos-sa criatividade.

    Divagações e idéias ima-ginativas não têm lugar em nos-so dia a dia de rotina, em quesomos estimulados a agir de for-ma prática e objetiva.

    UNIDADE 3

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    Módulo I

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

      5 Evite ambigüidades

    Situações que dão margem amais de uma interpretação por 

    não serem claras, ou seja, apre-sentarem ambigüidades, são,muitas vezes, fontes de proble-mas e conflitos, por isso apren-demos muito cedo a evitá-las. Sóque nos esquecemos de que elastambém são fontes de grandesdescobertas.

      6 É proibido errar

    Em nossa sociedade o erro éencarado como uma represen-tação de fracasso e fonte de puni-ção, e não como uma oportuni-dade de aprendizado. Por isso oevitamos a todo custo. Deixamosde perceber como ele é, princi-palmente, fonte de aprendizado.Thomas Alva Edison, o inventor da lâmpada incandescente, fezmais de mil tentativas até conse-

    guir chegar ao resultado que atéhoje utilizamos em nossas casas.Quando questionado como con-seguiu persistir depois de tantosfracassos, ele respondeu: “Quefracassos? Apenas aprendi mais

      9  Não seja bobo

    Adotar normas é um com-portamento necessário para avida em sociedade, no entanto,questioná-las é também umpasso fundamental para a evo-lução dessa mesma sociedade.“Qualquer pessoa que decida epense criativamente (e nós per-tencemos a esta espécie) tem deenfrentar os problemas do con-formismo e do pensamento gru-pal.” 2

     10 Eu não sou criativo

    Se você não acreditar que ée pode, provavelmente, não seráe não poderá. Quem se acha cri-ativo sente-se livre para testar,criar sem muita autocrítica, aopasso que quem se diz não cria-tivo tende a adotar uma posturaexcessivamente prática ou roti-

    neira, dificultando o treino e aexpressão da criatividade. “Osmundos do pensamento e daação se interpenetram. Aquiloque pensamos encontra um ca-minho para se tornar real.” 2

      8  Isso não é minha área

    Somos orientados a escolher uma profissão e isso é ótimo, mas junto com essas orientação vema idéia de que tudo o que fugir àespecificidade de nossa área é

    desperdício. Isso faz com quedeixemos de observar outras áre-as e façamos novas descobertas,tornando nossa mente rígida einacessível a informações di-versificadas.

      7  Brincar é falta de seriedade

    Aprendemos isto e praticamosem nossa vida adulta. Contudo,o brincar também faz parte doaprender e é uma das grandesfontes de motivação para o tra-balho. Quando obtemos prazer no que fazemos, nos cansamosmenos e, conseqüentemente, re-alizamos muito mais!

    de mil maneiras de como nãoinventar a lâmpada!”

    “Aquilo que temos de aprender a fazer, aprendemos fazendo.”  Aristóteles

    Desenvolvendo instrumentos: criatividade!

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    Certa vez um grupo de ami-gos se reuniu para uma caminha-da de 20 quilômetros na mata.Começaram a jornada logo aoamanhecer. No meio da manhã,o grupo deparou com um trechoabandonado de uma estrada deferro. Era preciso andar pelos tri-

    Com base nas atividades propos-tas pelo professor, identifique quebloqueios mentais (se é que tem al-gum) o impedem de utilizar ampla-mente sua criatividade :

    “A resposta certa”

    “Isso não tem lógica”

    “Seja prático”

    “Obedeça às normas”

    “Evite ambigüidades”

    “É proibido errar”

    “Brincar é falta de seriedade”

    “Isso não é da minha área”

    “Não seja bobo”

    “Eu não sou criativo”

     Agora, para cada bloqueio iden-tificado, defina ações para exercitar seu desbloqueio:

    Bloqueio:

     Ações:

    Cooperação e criatividadeem equipe

    Referências Bibliográficas

    1. FERREIRA, Aurélio Buarque deHolanda. Novo Aurélio. O Dicioná-rio da Língua Portuguesa Século XXI. 3.ed. RJ : Nova Fronteira, 1999.

    2. OECH, Roger Von. Um Toc naCuca – técnicas para quem quer ter mais criatividade na vida. 10.ed. SP:Livraria Cultura Editora Ltda, 1995.

    3. RANGEL, Alexandre. O que po-demos aprender com os gansos. SP:Editora Original, 2002.

    Bloqueio:

    Bloqueio:

    Bloqueio:

     Ações:

     Ações:

     Ações:

    “A vida começa todos os dias.”  Érico Veríssimo

    Sobre os textos lidos:

    Durante as atividadespropostas pelo professor 

    Conseguiu executar todosos exercícios? E identificar seusprincipais bloqueios?

    Que prováveis bloqueios adupla de amigos conseguiu supe-rar e que impediram que os de-mais tivessem a mesma idéia?

    Sobre os textos lidos

    lhos estreitos, mas todos, após al-guns passos inseguros, acabavam perdendo o equilíbrio e caindo. De- pois de observar um após outrocair, dois deles garantiram aos de-mais que poderiam andar o trecho

    inteiro sem cair uma vez sequer.Os amigos riram e disseram:

    Impossível , vocês não vão conse-guir...

    Desafiados a cumprir a promes-sa, os dois subiram nos trilhos, cadaum em um dos trilhos paralelos,estenderam o braço um para o ou-tro, deram-se as mãos para se equi-librar e, assim unidos, andaram comtoda a estabilidade pelo trecho in-teiro, sem dificuldades.(...)

     Alexandre Rangel 

    Não se limite a este espaço. Casotenha mais bloqueios e idéias deações utilize seu caderno e MÃOS À OBRA !

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

     Ausência de conflitos nos re-lacionamentos;

    Segurança/estabilidade navida;

    Condições básicas de sobre-vivência e realização de trabalho;

    Ganho financeiro compatívelcom o trabalho realizado;

    Confiança em quem tem aresponsabilidade de coordenar suas atividades.

    O que move meus passos:

    introdução à motivação

    Já falamos sobre a importânciada auto-estima e trabalhamos ashabilidades de autopercepção ecriatividade para possibilitar-lhe me-lhor lidar com suas relações e assituações vividas no dia a dia.

     Agora é hora de tratarmos da-

    quela energia que nos invade (ounão) quando resolvemos empreender algo, realizar alguma coisa: a moti-vação.

    O que é motivação?

    É a energia que nos move na bus-ca de algo, mas que não apresenta-se em qualquer situação, apenas emalgumas bem específicas: aquelasque nos possibilitam a satisfação denossas necessidades.

    Contudo, como já estudado noscapítulos anteriores,

    as pessoassão diferentes, conseqüente-mente, possuirão necessidadesdiferentes, por isso dizemos que amotivação é individual e interna, ouseja, o que é motivador para você

    pode não ser para seu amigo oucolega de trabalho e vice-versa. Di-zemos também que é interna pois aenergia característica da motivaçãoparte de dentro para fora e não defora para dentro como muitos acre-ditam, pois ela é resultante do seuimpulso para buscar a satisfação de

    suas necessidades, ou seja, nin-guém pode motivar você... apenascriar condições motivadoras paraque você se sinta estimulado e par-ta em busca de seus objetivos.

    Por que é importantesaber disto?

    Para que você assuma defini-tivamente o controle de sua dispo-sição para sua realização na vida !

    Se você conseguir identificar quaisas suas principais necessidades,poderá buscar situações que pos-sibilitem sua satisfação.

    Que necessidadessão estas?

    Um psicólogo chamado Fre-derick Herzberg também se fez estamesma pergunta e foi buscar a res-posta pesquisando pessoas no am-biente de trabalho e identificou oseguinte:

    Existem necessidades extre-mamente motivadoras que, quandosatisfeitas, geram grande satisfa-ção e motivação, tais como:

    Possibilidade de realizar-seprofissionalmente, de desenvol-ver seu potencial;

     Assumir responsabilidadesque percebe ser capaz de aten-der;

    Sentir-se valorizado e reco-

    nhecido pelo outro;Perceber a possibilidade decrescer e desenvolver-se;

    Estar em posição que de-monstre poder e, em virtude dis-to, estimular respeito e conside-ração por parte dos demais;

    Estabelecer relacionamentospositivos, com confiança, coope-ração e companheirismo.

     Além destas, ele identificou ou-tras necessidades que, quando sa-

    tisfeitas, não geram um aumento sig-nificativo de satisfação e motivação,mas se estiverem insatisfeitas pro-duzem frustração e, conseqüente-mente, desânimo e desestímulo:

    “O caminho do inferno é revestido de boas intenções.”  Provérbio alemão

    UNIDADE 4

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    Módulo I

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    Liste abaixo as necessidadesidentificadas e que ações irá em-preender para se colocar em situa-ções que possibilitem sua satisfa-ção:

    Necessidade:

     Ações:

    Mais uma vez, não se limite aeste espaço. Caso tenha outras ne-cessidades e idéias de ações, utili-ze seu caderno e MÃOS À OBRA!

    Necessidade:

     Ações:

    Autoconhecimento

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    E só há uma maneira de ser en-tusiasmado. É agir entusiastica-mente! Se formos esperar ter ascondições ideais primeiro, para de-pois nos entusiasmarmos, jamaisnos entusiasmaremos com coisa

    alguma, pois sempre teremos ra-zões para não nos entusias-marmos. Não é o sucesso que trazo entusiasmo, é o entusiasmo quetraz o sucesso. Conheço pessoasque ficam esperando as condiçõesmelhorarem, a vida melhorar, o su-cesso chegar, para depois se entu-siasmarem. A verdade é que jamaisse entusiasmarão com coisa algu-ma. O entusiasmo é que traz anova visão da vida. ”

    Luis A. Marins Filho

    O próximo passo será você iden-tificar quais destas são as necessi-dades que você possui de formamais marcante, pois, provavelmen-te, serão os fatores geradores de mo-tivação em VOCÊ!

    A importância doentusiasmo

    “A palavra entusiasmo vem dogrego e significa ter um deus dentrode si. Os gregos eram politeístas,isto é, acreditavam em vários deu-ses. A pessoa entusiasmada eraaquela que era possuída por um dosdeuses e por causa disso poderiatransformar a natureza e fazer ascoisas acontecerem. Assim, se vocêfosse entusiasmado por Ceres (Deu-sa da Agricultura) você seria capazde fazer acontecer a melhor colhei-ta, e assim por diante. Segundo osgregos, só pessoas entusiasmadaseram capazes de vencer os desafi-

    os do cotidiano. Era preciso, portan-to, entusiasmar-se.

     Assim, o entusiasmo é diferen-te do otimismo. Otimismo significaacreditar que uma coisa vai dar cer-to. Talvez até torcer para que ela dêcerto. Muita gente confunde oti-mismo com entusiasmo. No mundode hoje, (...) é preciso ser entusias-mado.  A pessoa entusiasmada éaquela que acredita na sua capaci-

    dade de transformar as coisas, defazer dar certo. Entusiasmada é apessoa que acredita em si. Acreditanos outros. Acredita na força que aspessoas têm de transformar o mun-do e a própria realidade.

    Necessidade:

     Ações:

    “Não existe fracasso. Existem apenas resultados.”  Robbins   17

    Sobre os textos lidos

    Qual a relação entre ostextos?

    Quando é dito que o entu-siasmo parte de você, o que issorepresenta?

    Quais são os passos fun-damentais para ser uma pes-soa motivada?

    Durante as atividadespropostas pelo professor 

    Como se sentiu no mapea-mento de suas necessidades?

    Conseguiu identificá-las?1. MARINS, Luis A. Filho. Socorro! Preciso de Motivação.  3.ed. SP:Harbra, 1995.

    Referências Bibliográficas

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

    Que somos diferentes uns dosoutros isso não é novidade paravocê, mas já percebeu como, nor-malmente, temos pouco respeitopelo direito do outro ser diferente denós e vice-versa? Relacionamo-nosesperando que ele corresponda às

    nossas expectativas ou o contrário,esforçamo-nos sobremaneira paranos encaixarmos nos padrões dooutro buscando nos sentirmos acei-tos e valorizados.

    É necessário que cada umconscientize-se da necessidade dedesenvolver habilidades para o rela-cionamento com o outro de modo arespeitá-lo em sua individualidade,percebendo-lhe as necessidadespeculiares, conseguindo comunicar-

    se de modo claro e eficaz !

    Vários psicólogos foram buscar respostas a esta e outras questõessobre o ser humano, mas não con-seguiram chegar a uma conclusãodefinitiva, pois a quantidade de vari-áveis que compõem a personalida-de de uma pessoa é tão grande, queficou difícil mapear todas elas. No

    entanto, todos chegaram ao seguinteconsenso: o modo de ser de umapessoa deve-se, basicamente, àcombinação de três fatores:

    tar a alguém? Ou ficou observandoo comportamento de outras pesso-as para ver qual a maneira corretade fazê-lo? Mesmo o autodidata, ouseja aquele que “ensina a si mes-mo”, depende de outras pessoaspara que isso seja possível: o escri-

    tor do livro no qual se baseia, ou doprograma de computador que estu-dou etc. Se continuarmos iremosidentificar milhares de outros exem-plos que nos farão chegar à seguin-te conclusão: o ser humano é, des-de seu nascimento, um ser depen-dente.

    O conhecimento de si mesmo,bem como o crescimento pessoal eprofissional, só tem condições de seefetivar a partir do relacionamentocom o outro.

    Você já vem trabalhando suaauto-estima, desenvolvendo suacriatividade e identificando suas ne-cessidades, mas estes não são osúnicos fatores que compõem o de-senvolvimento humano.

     A aprendizagem contínua só épossível a partir dos relacionamen-tos entre as pessoas. Faça um tes-te e tente identificar qualquer coisaque tenha aprendido sozinho, sema intervenção ou a participação, mes-mo que indireta, de outra pessoa...Talvez você comece a citar exem-plos, tais como: aprendi a dirigir oupegar ônibus sozinho(a)! Será mes-mo? Você não teve que pergun-

    Os outros possibilitam a continuidade...

    relacionamento interpessoal

    Mas, por que as pessoassão diferentes?

    Quando nasce precisa ser ali-mentado, cuidado e protegido, poissenão não sobrevive. Quanto torna-se mais autônomo, capaz de cuidar 

    da própria alimentação e higiene,depende dos outros para amadure-cer emocional e psicologicamente.O fato de vivermos em sociedade,num mundo civilizado, nos torna ain-da mais dependentes: dos fornece-dores de água, energia elétrica, ali-mentos e muitos outros.

    Contudo, o indivíduo só será ca-paz de obter e utilizar essa contri-buição por parte do outro, se conse-guir estabelecer um relacionamentode forma saudável e produtiva. Eisso, só é possível com uma auto-estima íntegra e uma flexibilidadesignificativa para possibilitar-lhe lidar com as diferenças individuais.

     1  Hereditariedade

    Ou seja, a herança genética, oque herdou dos pais e antepassados,

    “O verdadeiro criador é a necessidade, que é a mãe de nossas intenções.”  Platão

    UNIDADE 5

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    Módulo I

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    E se o conflito aparecer?

    É importante saber que a formacomo lidamos com o conflito estáintimamente ligada ao grau de nos-sa auto-estima. Se ela estiver frá-gil, sua busca incessante será por fortalecê-la em qualquer circunstân-

    cia, tentando auto-afirmar-se. E, nocaso de uma auto-estima vulnerável,o conflito representará um abalo nes-te esforço contínuo de auto-afirma-ção. Como conseqüência, as açõespara resolver o conflito serão esco-lhidas com base no critério “sobrevi-vência a qualquer custo”, perdendoo foco da real causa do problema,tendendo a fugir ou impor soluçõespara o mesmo.

    Isso pode até resultar em umasensação de que a situação foi ad-ministrada adequadamente. No en-tanto, se as causas genuínas nãoforam identificadas, conseqüente-mente, não foram tratadas ou traba-lhadas. O que houve, então, foi ape-nas um adiamento do problema, que,com certeza, surgirá novamente.

    Por outro lado, se a auto-estimaestiver forte e íntegra, os envolvidosem situações conflituosas terãomais tranqüilidade e maturidade parabuscar as verdadeiras causas dodesacordo, dialogar tentando iden-tificar as opções de solução e esco-lher a mais adequada, daí, segundoMichel Fustier, chegaremos à “solu-ção verdadeira”1, que é aquela dire-tamente relacionada às reais cau-sas do conflito.

    “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”  Albert Einstein

    neira de enxergar o outro e a si mes-mo. Esse conhecimento se dá atra-vés dos nossos sentidos: visão, au-dição, olfação, gustação e tato, quesão nossas “janelas” para o mundo.

    No entanto, embora expostas àmesma realidade, vivenciando osmesmos acontecimentos, o queduas ou mais pessoas percebempode diferir significativamente... por quê?

    Porque nossa percepção sofreinfluência de nossa personalidade,nossas necessidades, desejos einteresses. Sendo assim, enxerga-mos uma realidade parcial, pois nos-sa atenção é focada para os pontosque estarão mais ligados aos nos-sos conhecimentos, interesses e ca-racterísticas pessoais. Desta forma,para adquirir uma visão ampla da re-alidade precisamos das visões deoutras pessoas, outras percepçõespara completá-la !

    Mas o que é fonte de crescimen-to pode ser também grande fonte deproblemas, pois se cada um se com-

    porta com base em sua percepçãode mundo, conseqüentemente, po-dem surgir conflitos de visão, inte-resses e ações.

    Vamos encará-lo como um acon-tecimento natural, partindo do prin-cípio que, quando existe convivên-cia, estamos sujeitos a ele. O con-flito é normalmente encarado comoproblema, mas pode, se administra-do adequadamente, ser uma ótimaoportunidade de crescimento e for-talecimento das relações.

    como: estatura, beleza dos traços,sexo, temperamento, força e flexibi-lidade muscular, o nível de energiaetc. Contudo, se as característicasde personalidade fossem completa-mente ditadas pela hereditariedade

    nenhuma experiência poderia alterá-las, o que sabemos, pela pratica,não ser verdade.

     2  Ambiente

    O ambiente ao qual estamosexpostos tem um papel importantena formação de nossa persona-lidade, pois é onde adquirimos infor-mações que nortearão nossa con-duta vida afora: cultura, condiçõesna infância, normas vigentes entrenossa família, amigos e grupos so-ciais.

     3  Situação

    O tipo de resposta de uma pes-soa pode mudar em diferentes situ-ações. Depende dos limites que

    estas nos impõem. As diferenças individuais pos-

    sibilitaram ao mundo a evolução ci-entífica, humana e tecnológica, poiscom milhares de pessoas diferentesteremos também processos percep-tivos particularizados que possibili-tarão descobertas completamentediversas, igualmente grandiosas esimultâneas.

    O que são processosperceptivos?

    Processo perceptivo, ou per-cepção, é a forma como cada umpercebe a realidade vivida, é a ma-

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

     Com o que viveu, o que apren-deu?

     E com o que aprendeu, o quevai fazer?

    Você e o outro

    “A todo momento apregoamosidéias, filosofias de vida em que pen-samos acreditar ou em que quere-

    mos acreditar; ou, quem sabe ain-da, que tentamos fazer alguém acre-ditar que acreditamos. Mas até queponto vivemos as nossas teorias?

    Quem é você? Não, não... nãoquero que preencha nenhum formu-

    lário. Quero que se coloque diantede um espelho. Será que você équem gostaria de ser? Ou será quenunca se preocupou com isso ? Seráque é importante, para você, ser quem gostaria de ser, para gostar da pessoa que é? Talvez, até mes-mo, seja indiferente para você, sa-ber se é alguém, ALGUÉM DE VER-DADE, IMPORTANTE, para você epara os outros. Se assim for, esque-ça. Rasgue esta folha ou use o ver-

    so como rascunho. Caso contrário,pense um pouco mais e tente des-cobrir se você vem sendo coerenteconsigo mesmo.

     Às vezes, perdemos longas ho-ras condenando as atitudes das pes-soas, mas dificilmente dispen-samos alguns minutos para analisar de forma crítica as nossas própriasatitudes. Exigimos respeito, confian-ça, tolerância, calma, educação...Mas será que damos tudo isso, para

    estarmos em condições de cobrar?Ou você é do tipo “faça o que eu

    digo, mas não faça o que eu faço”?

    Você desempenha papéis diver-sos na sociedade em que vive:

    1. FUSTIER, Michel. O Conflito naEmpresa. SP: Martins Fontes, 1982.

    Referências Bibliográficas

    Até que ponto somosquem pensamos

    que somos?

    “O melhor é o inimigo do bom.”  Voltaire

    você é amigo(a), primo(a), na-morado(a), f i lho(a), pai, mãe,aluno(a), trabalhador(a), marido,mulher etc. A cada momento nos en-contramos em um lado do cenário,mas, em qualquer parte em que es-

    tejamos, é importante que não dei-xemos de ser gente; que não deixe-mos de perceber que somos quemsomos a partir da existência do ou-tro, que também é gente.

    Você é capaz de ser feliz sozi-nho? Ou é daqueles que gostam deestender aos outros tudo o que con-quistam? Você acredita naquela fra-se que diz “a felicidade está ao al-cance de todos”? Será que não gos-taria de unir as suas alegrias às mi-

    nhas e fazer delas a nossa fe-licidade e, quem sabe, de muitos ou-tros?

    Talvez se você pensar um poucomais saberá ser mais feliz, gostar um pouco mais de você, gostar umpouco mais do outro. Fazer com queo outro seja uma extensão de vocêe que todos nós sejamos o mundo.E se cada um de nós se mostrar,assim, mais bonito diante do espe-lho, o mundo certamente será maisbonito.”

     Anônimo

    Os outros possibilitam a continuidade... relacionamento interpessoal

    20

    O que pôde identificar arespeito de si mesmo nas ati-vidades propostas?

    Como se sentiu e que ati-tude tomou diante de opiniões epercepções diferentes das suas?

    Que primeiros pesamentosvêm a sua mente diante de umproblema?

    Durante as atividades pro-postas pelo professor 

    Que atitude você adota emsuas relações interpessoais?

    Consegue reconhecer a re-lação de interdependência entreas pessoas?

    Como usa sua percepção ecomo lida com a dos demais?

    O que o conflito represen-ta para você, como o administra?

    Sobre os textos lidos

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    Utilizando a comunicação a meu

    favor... comunicação interpessoal

    sua mensagem. Os códigos utiliza-dos podem ser: a fala, a escrita, ogesto etc.

      2 Receptor

     É a pessoa que recebe a infor-mação. O receptor decodifica a in-

    formação, ou seja, ele interpreta oque foi dito através de seus co-nhecimentos acumulados e de suasexperiências.

      3  Canal de Comunicação

     É composto pelo meio em quea comunicação se dá. Um bomexemplo de canal de comunicaçãoé o ar, quando falamos pes-soalmente com outra pessoa, ou alinha telefônica, quando falamospelo telefone com alguém.

      4  Ruídos

    São os elementos externos àcomunicação que tiram a atençãodo receptor e/ou do emissor. Umruído não é necessariamente umbarulho, mas pode ser. Um ruídopode ser a distração do receptor por uma lembrança da pessoa amada,ou até mesmo o pensamento sobre

    os problemas financeiros porquepode estar passando naquele mo-mento.

      5 Feedback

    Também conhecido como retro-alimentação, pode ser entendidocomo uma informação que é dadapelo receptor sobre o entendimentoou não da informação transmitidapelo emissor. Quando o receptor fala,por exemplo, “eu não entendi o que

    você quis dizer!”, ele está dando aoemissor um feedback. Podemosentender como feedback, também,uma careta feita pelo receptor por não aceitar a informação dada pelo

    “Prefiro os sonhos do futuro à história do passado.”  Thomas Jefferson

    emissor.

    Como ocorre a comunicação?

    Segundo Stephen Robbins1,quando queremos nos comunicar com uma outra pessoa podemosfazê-lo de diversas formas. Entre

    elas temos:

    A comunicação oral  – quepode ser entendida como o ato deutilizar a fala como instrumento decomunicação. Sua principal vanta-gem é a possibilidade de uma res-posta imediata à comunicação rea-lizada.

    A comunicação escrita  – queutiliza a codificação através de sím-bolos. Esta comunicação pode ser percebida nas cartas, comunicados,memorandos, relatórios etc.

    “Se uma árvore cai numa flores-ta e ninguém ouve, será que ela fezalgum barulho?”

      (Stephen Robbins & Mary Coulter)

    A comunicação é um processode transmissão de uma determina-da informação entre o emissor e oreceptor, que visa uma integração

    entre suas idéias e necessidades.Este processo sofre, no entanto, di-versas interferências que são conhe-cidas como “ruídos da comunica-ção”. Este processo pode ser des-crito na figura abaixo apresentada:

    O processo de comunicação

    Para entendermos a figura aci-ma vamos dar alguns conceitos:

      1  Emissor

    É quem inicia o processo de co-

    municação repassando uma infor-mação à outra pessoa. O emissor codifica a mensagem, ou seja, eleinterpreta e cria os mecanismospara que o outro possa entender 

    UNIDADE 6

    21

    Módulo I

    Emissor 

    (Codifica aMensagem)

    Canal deComunicação

    Receptor (Decodifica a

    Mensagem)

    R u í   d  o s  

    Feedback

    R  u  í   d  o s 

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

    “Tudo que é humano regride se não progride.”  Edward Gibbon

      A comunicação não-verbal –que se dá através das expressõescorporais, tais como gestos, fisiono-mias, sons específicos. São comu-nicações que não precisam de pa-lavras para expressar alguma infor-

    mação. Um exemplo é o olhar deum pai quando repreende seu filho.Este sabe, pelo olhar, se o pai estáou não contente com seu feito.

     A utilização da mídia eletrô-nica  – é um tipo de comunicaçãoque vem crescendo muito nos tem-pos atuais. Esta forma de comu-nicação pode ser percebida quandoutilizamos meios eletrônicos as-sociados à comunicação oral, es-crita ou simbólica. Um exemplo é oe-mail que pode ser transmitido atra-vés das intranetes ou das internetes.

    Quais os problemas que podemdificultar a comunicação?

    Tudo que dificulta o processo decomunicação pode ser consideradouma barreira da comunicação. A bar-reira da comunicação pode ser conhecida, também, pelo nome deruídos. Apesar deste nome, os ruí-dos não são, necessariamente, um

    barulho. Ruído é tudo que tira a con-centração do receptor no processode comunicação. As principais bar-reiras que podem dificultar a comu-nicação são:

    Utilizando comunicação ao meu favor... comunicação interpessoal

    22

    O processo de filtragem das in-formações  – quando filtramos umainformação estamos percebendoesta de acordo com nossas cren-ças, valores e necessidades. A for-ma como percebemos um mesmo

    fato é diferenciada, pois cada pes-soa possui um jeito de entender einterpretar as coisas.

     A percepção seletiva – quandoutilizamos a percepção seletiva re-cebemos somente as informaçõesque queremos. Só processamos algose as informações forem percebidaspelo receptor como importantes.Este fato, porém, distorce a infor-mação, pois o que o receptor acha

    importante na comunicação pode ser diferente para o transmissor, poden-do prejudicar a informação e gerar enganos.

     Asemoções noprocesso de co-municação – estabarreira pode ser percebida nas em-presas familiaresonde as ordenssão confundidascom problemasemocionais entre os par-ticipantes da comunicaçãoora em questão. Um outroexemplo se dá quando vamosdar um retorno negativo a alguém.Este alguém ficará chateado, fazen-do com que interprete a fala do ou-tro aumentando e potencializandopontos específicos, e não a inten-ção da fala como um todo.

    O tipo de linguagem  utilizadapelo comunicador – o comunicador deve utilizar o tipo de linguagem queo receptor entenda. O que isso quer dizer? Quando falamos de Brasilpodemos perceber diversos enten-dimentos para uma única palavra.Um exemplo que pode facilitar o en-tendimento é a lapiseira. Em algu-mas regiões do país esta é conhe-

    cida como “ponta”. Quando alguémlhe pede uma ponta o que você en-

    trega para ela???

     A cultura nacional – é um fator que influencia, e muito, na inter-pretação de uma determinada comu-

    nicação. A cultura irá direcionar apercepção do receptor e do emis-sor sobre as informações que serãoprocessadas ou decodificadas. Acultura determina o ângulo que ire-mos dar para a interpretação da in-

    formação. Se estivermos dando amesma informação para um ociden-tal e para um oriental, provavelmen-te esta será percebida de forma di-ferente por estes. Isto se dá pelascrenças, pela religião e pela formade lidar com a realidade apresenta-da. Um exemplo é a visão de trai-ção e de família, que são bem dife-rentes para um brasileiro e um mu-çulmano.

    O sinal não-verbal é um outrofator – a nossa comunicação é umaassociação entre os vários tipos decomunicação. Algumas vezes

    estamos falando algomas nosso corpo, nos-so comportamento ou

    nossas expressõesfaciais contradizemo que está sendo

    comunicado.Quando con-v e r s a m o scom umapessoa e elad e m o n s t r acansaço, bo-

    cejo etc., ela pode falar verbalmen-te que está adorando a conversa,porém ninguém vai acreditar no queela está falando. Você acreditaria se,com cara de desdém, alguém lhedissesse que o adora??? Portanto,a comunicação conhecida como não-verbal é, na maioria das vezes, mais

    eficiente que a comunicação verbal.

    Ajudar falando  – ou seja, nãosaber ouvir. Muitas pessoas nãoparam para escutar o outro, simples-mente querem ser ouvidas e nãoquerem ouvir. Quando ajudamos ooutro a completar seu pensamentoestamos interrompendo sua linha depensamento e interpretando, ante-cipadamente, sua fala. Isso podegerar muitos problemas, você não

    acha? Saber ouvir é uma arte e ofe-rece ao ouvinte uma percepção to-tal sobre o pensamento do outro.Não é por acaso que temos DOISouvidos e UMA boca. Pense nisso!!!

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    Esta é uma pergunta que deve-mos fazer com freqüência. Existemalgumas formas de fazê-la e vamos juntos nesta jornada procurar des-cobrir como podemos melhorar nos-sa comunicação em casa, no traba-lho, ou seja, em qualquer lugar.

    Dar feedback. Na comunica-ção podemos entendê-lo como umretorno do ouvinte ao emissor. Estaé uma das formas mais eficientesde melhoria do processo de comu-nicação, pois o ouvinte dá ao locu-tor a oportunidade de saber o seuentendimento sobre o que foi dito.Porém, são poucas as pessoas queentendem isso. A grande maioriaacredita que o outro quer lhe pre- judicar e só está falando porque nãogosta de você ou quer que você não

    se dê bem. Isso, no entanto, nãopode ser visto como verdade. Estaé uma das poucas oportunidadesque você tem para melhorar, paracrescer. Você sabia disso ? Ver ofeedback como uma oportunidade derever sua forma de explicar é o pri-meiro passo para ser entendido. Oobjetivo da comunicação, afinal, étornar comum um determinado co-nhecimento ou informação.

    Simplificar a linguagem é umoutro recurso que facilita a comuni-cação. Quando alguém começa afalar com você e você não entendenada, o que você sente?

    Como melhorar a comunicação? Uma grande vontade de ir embora esair da conversa, ou ficar batendopapo sobre o que você não está en-tendendo? A linguagem simples ecomum facilita o entendimento e,conseqüentemente, a comunicação.

    Uma comunicação erudita só é po-sitiva para pessoas eruditas. Vocêdeve adaptar sua linguagem ao pú-blico que irá ouvi-la. Se fizer issoirá reduzir as possibilidades de pro-blemas de comunicação.

    Escute com atenção quando al-guém fala com você. Somente quan-do escutamos atentamente, pode-mos realmente entender o que asoutras pessoas querem dizer. Caso

    não tenhamos entendido a mensa-gem passada, devemos devolver ainformação pedindo uma confirma-ção ou uma nova explicação. Isso éfeedback. Não olhe para outros ob- jetos ou coisas, olhe para quem es-tiver falando e não faça duas ou maiscoisas enquanto escuta. Além dedistraí-lo irá demonstrar que você nãoestá interessado no que o outro estálhe falando.

    Controle suas emoções quandoestiver conversando com alguém. Aemoção faz com que entendamosos fatos de outra forma ou au-mentando pontos, que, em muitoscasos, não são o eixo central daconversa. Uma conversa emocio-nada dificilmente irá terminar de for-ma objetiva e trazendo soluçõespara um problema ou impasse. Acre-dite, é só lembrar de sua última con-versa, mais emocionada, com seuchefe ou seu pai.

    Observe os sinais que o outroestá passando, pois essa tambémé uma forma de feedback. Nestecaso devemos observar a comuni-cação não-verbal. Quando conversa-mos devemos estar atentos aos ges-tos, caras, posturas corporais, en-tre outros. Estas podem ser pistaspara que possamos rever nossas es-tratégias de comunicação. Afinal,dificilmente o receptor consegue

    fingir o que está sentindo.

    Leia o texto que segue e enten-da um pouco mais sobre a comuni-cação.

    Dona Comunicação

    Otávio, o caixa, por certo nun-ca ligara para problemas de co-municação. Falava... e dizia.

    Pronto. O interlocutor que ouvis-se... e escutasse.

    Ignorava, talvez, que a cadauniverso de ouvintes, corres-ponde um linguajar específico,um repertório. Palavras como“isótopos” e “fissão” só costu-mam ser inteligíveis entre os ini-ciados em Física Nuclear.

    Expressão como “Malaguetadiz que vai apagar o macaco”

    pode ser corriqueira entre os po-liciais e malandros, mas paraoutros mortais carece de tra-dução (Malagueta diz que vaimatar o policial ).

    Otávio não atentava para isso.E se julgava, decerto, possuidor de comunicação universal, aces-sível a qualquer repertório. Fala-va e dizia. Quem ouvisse, queescutasse.

     Assim, quando Terezinha lheapresentou o cheque, ele nemimaginou que a cliente talvez nãoentendesse o idioma bancário.Falou:

    - Por favor, moça. Seu che-que é nominal à TerezinhaGomide. Precisa de endosso.

    Terezinha escutou, mas não

    ouviu. Nominal? Endosso? En-dosso tinha sabor de açúcar.Mas não, não era possível, nãotinha nada a ver.

    “Nenhuma grande descoberta jamais foi feita sem um palpite ousado.”  Isaac Newton   23

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

    -Desculpe, seu Otávio. Nãoentendi.

    De novo o caixa falou. E dis-se:

    - Simples. Coloque sua firmaaqui no verso.

     Ainda sem ouvir, a clienteespichou-lhe o olhar interrogante.Verso? Firma?

    Que diabos. Antes “nominal”. Agora “verso”, “endosso” e tam-bém “firma”. Ora, eu não sousócia de nada! Nem poeta!Terezinha, atônita, achou de per-guntar:

    - Perdão, seu Otávio. Conti-nuo não entendendo.

    Deu-se, por fim, o estalo. Ocaixa sentiu os cifrões na próprialíngua, pensou no repertório deTerezinha e tratou de adivinhá-lo.Fácil, pensou. Com sorriso depsicologice, foi virando o cheque. Apontou, feito cúmplice:

    - Coloque aqui seu nome... Assim como você faz no final de

    carta para seu namorado.Terezinha iluminou-se. Deci-

    dida, pegou firme na caneta e las-cou no verso do cheque:

    “Com todo amor, um grandebeijo. Terezinha”.

    Diante daquela Terezinha sor-ridente, Otávio, o caixa, foi apre-sentado à Dona Comunicação.Sentiu naqueles olhos brilhantes,que há repertórios e repertório.

    E que falar nem sempre é di-zer.

       Autor desconhecido

    Sobre os textos lidos

    Quais fatores prejudicarama comunicação?

    Como poderíamos melhorar 

    a comunicação de Otávio eTerezinha?

    Qual o significado da fraseapresentada no texto: “E quefalar nem sempre é dizer”?

    Como você se sentiu du-rante a atividade?

    Quais os principais proble-mas você pôde perceber?

    O que ajudou a comu-nicação deste grupo?

    Durante as atividades pro-postas pelo professor 

    Com o que viu e viveu, oque aprendeu?

    E com o que aprendeu, oque pôde fazer para aplicar emsua vida?

    Como desenvolverinstrumentos para melhorar

    a comunicação?

     Se quisermos buscar uma co-municação efetiva, ou seja, em queentendemos e somos entendidospelos outros, devemos trabalhar e de-senvolver algumas habilidadesinterpessoais. Estas habilidadespodem ser:

     1 Buscar uma escuta ativa e nãopassiva. O que isso quer dizer?

    Fazer contato com os olhos;

    Dar feedback não-verbal com acabeça e através de suas expres-

    sões;

    Não ficar distraído;

    Perguntar coisas;

    Repetir o que é dito para confir-mar;

    Não interromper quem está fa-lando;

    Não falar demais;

    Falar e escutar com calma ebom senso.

    2 Dar feedback positivo ou nega-tivo, mas que gere um sentimentode crescimento e não de críticadestrutiva. Para isso é preciso:

    Ser específico e não generali-zar a crítica, ou seja, ser claro noproblema que precisa ser resolvido;

    Ser descritivo e não julgar ouavaliar a pessoa, apenas descrever o que está acontecendo. Deixe quea própria pessoa avalie seu ato;

    Dar feedback focando no obje-to e não na pessoa;

    Escolher a hora de dar ofeedback, não falar na frente de ou-tras pessoas para não constranger quem está recebendo. Não falar emmomentos de emoção, você podeser mal interpretado;

    “Longa é a estrada que não tem curvas.”  Provérbio inglês

    Utilizando comunicação ao meu favor... comunicação interpessoal

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    Como estes conflitos foramtrabalhados?

    Como eu lido com os pro-blemas de comunicação que

    vivencio?

    Responder individualmente

    Como estou escutando aspessoas?

    Escolher o local para dar ofeedback;

    Ser completo e conciso, nãofalar o que não tem importância enão ficar repetindo, repetindo,

    repetindo. Afinal, ninguém gostadisso;

     Assegurar-se de que a pessoapode melhorar seu comportamentocom o feedback, ou seja, busque dar feedback de coisas que podem ser melhoradas. Afinal, “o que não temremédio, remediado está”, como dizo dito popular.

    3  A delegação é uma forma efici-ente de melhorar a comunicação,pois repassamos a fonte da informa-

    ção ao local mais adequado e quetem disponibilidade para dar e rece-ber informações. Delegar é o ato derepassar a outro a responsabilidadede realizar algo em nosso nome.Para podermos delegar precisamos:

    Tornar claro o que deve ser fei-to;

     Aceitar as idéias das outraspessoas.

    Para delegar precisamos respon-der algumas questões importantes,como:

    Qual a importância do que estásendo delegado?

    Qual a complexidade da tarefaou da informação a ser delegada?

    Qual a cultura das pessoas?

    Elas vão aceitar as ordens deoutras pessoas que não você?

    Quantas pessoas você estácoordenando?

     4  Estar pronto e disponível pararesolver conflitos é outra habilidadeque precisamos aprimorar. É maisfácil falar para o outro que entende-mos a informação do que discordar ou afirmar que não entendemos oque foi dito. O processo de comuni-cação está sujeito a divergências.Se a comunicação depende da in-terpretação dos elementos partici-pantes do processo de comunica-ção, então as divergências certa-mente ocorrerão. Para lidar comisso, como já foi apresentado ante-riormente, devemos:

     Avaliar as várias versões parao problema;

    Conhecermo-nos, pois assimsaberemos os nossos vícios e pre-conceitos;

    Conhecer as opções de solu-ções para resolver o problema;

    Localizar a origem do conflito,para que este não ocorra novamen-te.

    Como devemos vera comunicação?

     A comunicação pode ser enten-dida como uma arte, pois requer daspartes flexibilidade, compreensão,em todos os sentidos, abertura paraescutar e ouvir. Isso implica em ou-vir até o que não se quer ouvir. Sa-ber interpretar e perceber o ambien-te e as emoções envolvidas no mo-mento. E tentar melhorar, a cadainstante, a nossa capacidade de re-

    verter e dar soluções a problemasbásicos de nosso cotidiano.

    Sobre a atividade

    Que conflitos puderam ser percebidos?

    Como estou dando feed-back às pessoas?

    Eu delego tarefas a outraspessoas?

    Como me sinto quando es-tou em conflito com outras pes-soas? Como resolvo meus pro-blemas?

    E com o que aprendeu, oque vai fazer ?

    Referências Bibliográficas1.ROBBINS, Stephen & COULTER,Mary. Administração. 5ª edição. Riode Janeiro: Prentice-Hall do BrasilLtda, 1998.

    1ª Meta:

    2ª Meta:

    3ª Meta:

    “Um amigo é um presente que você dá a si mesmo.”  Robert Louis Stevenson   25

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

    Trabalhar em grupo - habilidades

    de convivência e gestão de grupos

    Grupo

    Pode ser entendido como “doisou mais indivíduos que interagem e

    são interdependentes e que procu-ram atingir objetivos específicos” 1.

    Tipos de Grupo

    Temos os grupos formais e osgrupos informais. Os grupos formaissão aqueles que são legitimamenteinstituídos. Ex: a família, a empre-sa, a escola. Os grupos informaissão aqueles que estão unidos nãopor uma formalidade ou uma ordem.Eles estão agrupados por motivosoutros, como sentimentos, emo-ções etc. Ex: grupo de amigos den-tro de uma sala de aula, a famosa“panelinha”.

    Os estágios de um Grupo

    O grupo se desenvolve cons-tantemente, ou seja, os grupos sãodinâmicos. Segundo Stephen

    Robbins, “os estágios do grupo in-cluem: formação, turbulência, nor-malização, desempenho e dissolu-ção”. Para melhor entendermos es-tes estágios vamos aprofundar umpouco:

      1  O estágio da formação

    Este estágio passa por dois mo-mentos. O primeiro é o de reunir osintegrantes do grupo; o segundo sedá na estruturação deste grupo. Asegunda etapa é mais demorada e

    envolve negociação e uma percep-ção inicial dos integrantes do gru-po. Neste momento todos estão seconhecendo e analisando seus com-portamentos e atitudes.

      2  O estágio da turbulência

    Pode ser entendido como o con-flito grupal, ou seja, os membrosaceitam o grupo, porém, resistem àimposição da autoridade e o mando

    feito por um membro para com osindivíduos do grupo. Ao término desteestágio, a hierarquia e a liderançaestarão formadas e instituídas.

      3 O estágio da normatização

    É a fase de se criar regras deconvivência. O grupo estipula o queé ou não aceito. Portanto, será de-finido o que pode ou não ser dito oufeito.

      4  O estágio do desempenho

     Nesta fase o grupo direciona suaenergia para o realizar, para o fazer e executar. O grupo já se conhece econhece suas regras, portanto, seufoco agora é alcançar seus ob- jetivos. Ou seja, fazer, fazer, fazer ...

      5  O estágio da dissolução

    É a separação dos membros dogrupo. Cada membro irá reagir de for-mas diversas, porém, este não émais um momento do realizar , massim, do finalizar .

    Por que as pessoasquerem estar em grupo ?

    O objetivo de estar em grupo ébuscar segurança, status, aumen-tar a auto-estima, buscar afeto, ter 

    poder ou realizar algo, atingir objeti-vos. Porém, independente dos “por-quês”, o homem é, naturalmente, umser social. Por isso ele necessitatrocar com outros seus entimentos,experiências e sonhos, e o grupoproporciona essa possibilidade.

    Para trabalharmos em grupo,segundo Robbins e Coulter 1, faz-senecessário entendermos alguns con-ceitos básicos. Que são:

      1  Papéis

    Os papéis podem ser entendidoscomo um conjunto de comportamen-tos esperados pelo grupo em ques-tão. Um bom exemplo é o do pró-prio aluno. Qual é o comportamento

    “Nada é mais perigoso que um bom conselho acompanhado de um mau exemplo.”Autor Desconhecido

    UNIDADE 7

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    Módulo I

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      E  s  t  e  m  a  t  e  r  i  a  l  é  d  e  m  o  n  s  t  r  a  t  i  v  o  p  o  r  t  a  n  t  o  s  u  j  e  i  t  o

      a  a  l  t  e  r  a  ç  õ  e  s  d  e  t  e  x  t  o  e  i  m  a  g  e  n  s

    CATH

    JOVEM EMPREENDEDOR

    esperado de você, aluno ? A respos-ta seria estudar, dedicar-se, sair-sebem nas provas. Algumas questõespodem variar, mas a maioria das res-postas é padrão para um determi-nado papel. Nós temos vários papéis

    que desempenhamos em nossavida. O papel de pai, filho, amigo,irmão, aluno, profissional, funcioná-rio etc. O seu sucesso vai depen-der de como você irá desempenhar o seu papel em determinados gru-pos em que atua.

    ção clara sobre o que os outros es-peram com relação ao seu compor-tamento. Uma outra função é a debuscar uma harmonia entre os ele-mentos do grupo. Um grupo semregras é um grupo selvagem que não

    tem limites.

     4 Tamanho de grupos

    O tamanho é um fator importan-te quando lidamos com grupos. Seráque um grupo grande conseguemudar rapidamente? A experiêncianos afirma que não. Um grupo pe-queno é mais ágil e flexível. Umgrande grupo tem a tendência derelaxar, ou seja, de jogar as respon-sabilidades para outros membros do

    grupo, tirando de sua responsabili-dade o futuro do mesmo. Fique aten-to! Se você faz parte de um grandegrupo, questione-se: você está real-mente contribuindo para um futuromelhor ou está apenas esperandoque os outros o façam? Como diz acanção de Geraldo Vandré, “quemsabe faz a hora, não espera aconte-cer”.

     5  União do grupo

    Um grupo deve, apesar dos con-flitos e discordâncias, ter um senti-mento de integração, de coopera-ção, de solidariedade e, sobretudo,

    de comprometimento entre seusmembros. Cada indivíduo pode e deveter uma percepção divergente deoutro membro, porém, o grupo deveter um objetivo comum. Deve ser associada a isto, para se ter resul-

    tados positivos e saudáveis, uma ati-tude também positiva e saudável.Um grupo coeso é um grupo forte eque busca seus ideais. Porém, umgrupo coeso que não quer “nada comnada” , também é forte. O que vocêpensa sobre isso? Para melhor en-tendermos este fenômeno observeo quadro abaixo apresentado por Robbins e Coulter 1:

    Relação entre coesão e

    objetivos dos grupos

     A figura acima nos indica que umaunião alta associada a um baixo foco

    nos objetivos do grupo gera um de-sempenho nulo. O que isso podesignificar? Certamente não é o queo mercado deseja e espera de você.E o que ele deseja ? A resposta éóbvia: uma alta coesão e um altofoco nos objetivos e metas do seugrupo.

    Como se dá o

    comportamento quando

    trabalhamos em grupo?

    O resultado do grupo se dará atra-vés da integração entre as habilida-des individuais de cada membro dogrupo associado à estrutura deste(quem é o líder, quem manda etc.).O processo do grupo é uma resul-tante dessas interações. Porém, ogrupo deverá ter os objetivos clarosda tarefa a ser realizada para queseu desempenho ocorra de forma

    satisfatória. Um fator que irá influen-ciar os resultados são as condiçõesexternas impostas ao grupo. Umexemplo pode ser o tempo para arealização da tarefa, ou as regrassócioculturais. Uma coisa é certa:

          O      b      j      e      t      i    v    o     s     e 

         M    e      t     a     s 

          G     r    u     p      a      i    s    Forte aumento

    dodesempenho

    Aumentomoderado dodesempenho

    Nenhumdesempenho

    Queda dodesempenho

    União / coesão

    Alta Baixa

    Alta

    Baixa

    “A tristeza pode sempre sobrevoar a sua cabeça, mas nunca a deixe fazer um ninho.”Autor Desconhecido

     2  Status

    O status é uma forma de prestí-gio, aprovação ou colocação que aspessoas buscam em um determina-do grupo. Um “CDF” na escola pos-sui o status de uma pessoa quedomina determinados conteúdos.

      3  Normas e padrões

    São regras criadas e estipuladaspelo grupo para que este tenha no-

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       E  s   t  e  m  a   t  e  r   i  a   l   é   d  e  m  o  n  s   t  r  a   t   i  v  o  p  o  r   t  a  n   t  o  s  u   j  e   i   t  o

      a  a   l   t  e  r  a  ç   õ  e  s   d  e   t  e  x   t  o  e   i  m  a  g  e  n  s

    Dona Comunicaçãoo grupo sofrerá várias interferênciasdo ambiente em que está inserido.

    Por que devemos trabalharem grupo ?

    “Tudo seria perfeito se não fos-sem as pessoas”. Esta é uma afir-mação que escutamos com muitafreqüência. Se é tão difícil lidar comas pessoas, por que estamos cons-tantemente querendo e necessitan-do trabalhar em grupo ? Aconteceque, em grupo, temos um resultadomuito maior e melhor do que quan-do trabalhamos individualmente.

    Normalmente, o mercado de traba-lho quer transformar os grupos emequipes.

    O que é uma equipe? Comotransformar meu grupo em

    equipe?

     Esta pergunta reflete uma bus-ca constante das organizações queestão atuando no mercado compe-titivo. Para respondê-la devemosdefinir alguns conceitos, para melhor entendermos esta realidade.

    Equipe é um grupo de pesso-as que possuem um propósito emcomum, claro e bem definido. Estegrupo de pessoas busca, acima detudo, o resultado esperado por to-dos, colocando este resultado emprimeiro lugar. Um time de futebolpode ser considerado um grupo ouuma equipe. Se os integrantes acha-

    rem mais importante o resultadocoletivo do que o resultado individu-al, podemos considerar este grupouma equipe. No entanto, o time quepossui muitos jogadores tidos como

    “fominhas”, não poderá ser conside-rado uma verdadeira equipe. Segun-do Margerison & McCann2, “o traba-lho em equipe é a chave da admi-nistração moderna”. Afirmão, ainda,que “uma equipe é um grupo de pes-

    soas que entendem umas as outras,que conhecem suas forças e fraque-zas individuais e cooperam umascom as outras”.

    Mas, como ter umaequipe de sucesso ?

    Ter os objetivos claros para to-dos os componentes do grupo. Ter um objetivo claro que apenas os lí-deres conhecem não irá garantir osucesso.

    Buscar pessoas que possuamhabilidades relevantes ao resulta-do do grupo. A diversidade irá tornar o grupo mais forte, versátil e flexí-vel.

    Existir confiança  entre os

    membros do grupo. Isso é funda-mental para o sucesso deste. Umgrupo que não tem confiança entreseus membros, provavelmente nãoirá se dedicar e se comprometer como resultado esperado.

    Buscar lealdade entre os mem-bros do grupo. Os componentesdeste devem ter certeza que serãoapoiados pelos demais membros,quando for o caso.

    Trabalhar por uma comunica-ção clara, evitando os ruídos. A mai-oria dos problemas de um grupo sedá com relação a distorções na co-municação. Portanto, fique atento!

    Ter apoio interno e apoio ex-terno. Um grupo sem apoio dificil-mente terá ao seu alcance recursospara realizar sua tarefa.

    Saber negociar. O conflito é

    positivo e faz o grupo crescer, po-rém, deve chegar a um consenso.O grupo deverá negociar suas posi-ções e cada participante deverá ser flexível, sabendo tomar decisões queatendam ao objetivo maior do gru-po.

    Possuir líderes eficazes, queutilizem a liderança como incentivoà realização e à ação dos demaismembros do grupo.

    Uma equipe de sucesso devesempre buscar se desenvolver. Umgrupo nunca estará pronto e acaba-do, e a busca da ampliação das ha-bilidades acima relacionadas deveser uma constante. Afinal, as pes-soas mudam, assim como o ambi-ente, a sociedade, a cultura, as ne-cessidades etc. Estar em constan-

    te mudança é a única chance parapermanecermos no mercado em queestamos atuando.

    O que uma equipe devetrabalhar para alcançar

    seus objetivos?

    Segundo Margerison & McCann2,equipes possuem momentos-chavede trabalho que são:

      1  Aconselhamento