Julho 2014

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Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. -Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26.) (1) Advento do Espírito de Verdade Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: "Vinde a mim, todos vós que sofreis." Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro. Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai. Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar de estender mão socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades. Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: "Irmãos! nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade." - O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.) (2) Venho instruir e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem a sua resignação ao nível de suas provas, que chorem, porquanto a dor foi sagrada no Jardim das Oliveiras; mas, que esperem, pois que também a eles os anjos consoladores lhes virão enxugar as lágrimas. Obreiros, traçai o vosso sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da véspera; o trabalho das vossas mãos vos fornece aos corpos o pão terrestre; vossas almas, porém, não estão esquecidas; e eu, o jardineiro divino, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, e a trama da vida se vos escapar das mãos e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis que surge em vós e germina a minha preciosa semente. Nada fica perdido no reino de nosso Pai e os vossos suores e misérias formam o tesouro que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas e onde o mais desnudo dentre todos vós será talvez o mais resplandecente. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1861.) Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana. Assim como o vento varre a poeira, que também o sopro dos Espíritos dissipe os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que são, não raro, muito miseráveis, porquanto se acham sujeitos a provas mais perigosas do que as vossas. Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio dAquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os artífices da vossa imortalidade. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1861.) (3) Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo Capitulo VI - itens 3 (1), 5 (2) e 6 (3)

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Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim

de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e

absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. -Porém, o

Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará

recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26.) (1) Advento do Espírito de Verdade Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O

Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável

verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como

um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: "Vinde a mim, todos vós que sofreis."

Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas

ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e

vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais

a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte é a

ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se

desenvolverão como o cedro.

Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos

coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.

Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar de estender

mão socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas

que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.

Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as

verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos

clamam: "Irmãos! nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade." - O Espírito de

Verdade. (Paris, 1860.) (2)

Venho instruir e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem a sua resignação ao nível de suas provas,

que chorem, porquanto a dor foi sagrada no Jardim das Oliveiras; mas, que esperem, pois que também a eles os anjos

consoladores lhes virão enxugar as lágrimas.

Obreiros, traçai o vosso sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da véspera; o trabalho das vossas mãos vos

fornece aos corpos o pão terrestre; vossas almas, porém, não estão esquecidas; e eu, o jardineiro divino, as cultivo no

silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, e a trama da vida se vos escapar das mãos e vossos olhos

se fecharem para a luz, sentireis que surge em vós e germina a minha preciosa semente. Nada fica perdido no reino de nosso

Pai e os vossos suores e misérias formam o tesouro que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as

trevas e onde o mais desnudo dentre todos vós será talvez o mais resplandecente. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1861.)

Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na

preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana. Assim como o vento

varre a poeira, que também o sopro dos Espíritos dissipe os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que são, não raro,

muito miseráveis, porquanto se acham sujeitos a provas mais perigosas do que as vossas. Estou convosco e meu apóstolo

vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio

d’Aquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim

de serdes os artífices da vossa imortalidade. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1861.) (3)

Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo – Capitulo VI - itens 3 (1), 5 (2) e 6 (3)

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O centro Espírita não surge arbitrariamente, nem por determinação de alguma instituição superior do movimento doutrinário. Ele é sempre o produto espontâneo de uma comunidade espírita que se formou num bairro, numa vila ou numa cidade. Essa comunidade é sempre extremamente heterogênea, formada por espíritas e simpatizantes da Doutrina, membros de correntes espiritualistas diversas e de religiosos indecisos ou insatisfeitos com as seitas que se filiaram ou que pertencem por tradição familial. Há, porém, um denominador comum para essa mistura: o interesse pelo Espiritismo. Esse interesse, por sua vez, decorre de vários motivos, entre os quais predominam as ocorrência de fatos mediúnicos nas famílias, geralmente em formas de perturbações psíquicas.

Dessa maneira, os fundadores do Centro e seus auxiliares enfrentam desde o início muitos problemas e dificuldades. Ë necessária a presença de uma pessoa que tenha conhecimento doutrinários e experiência da prática mediúnica, para que o Centro não fracasse nos seus primeiros meses de existência. Não havendo no grupo fundador uma pessoa nessas condições, é necessário recorrer-se a pessoas de Centro das proximidades, que sempre atendem de boa­vontade. O Espiritismo não é proselitista, não entra na disputa sectária de adeptos das religiões, mas devem os espíritas, necessariamente, interessar-se pelos que se interessam pela Doutrina. Esclarecer e orientar sempre é dever espírita. Fonte: O Centro Espírita, capítulo III ( J. Herculano Pires)

Atividade espiritual no centro espirita

As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a serviço da Terceira Revelação. Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão-de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do caráter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja. Dramas da Obsessão – Yvone do Amaral Pereira, espírito Adolfo Bezerra de Menezes / Terceira parte, conclusão, capitulo 3

“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista.

Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.”

– Bezerra de Menezes

Anotação de nosso irmão Walter Contreiras registrando a primeira reunião mediúnica realizada na casa de

nossa irmã Lúcia, seis meses antes da fundação do Centro Espírita “A Casa do Consolador Prometido”.

O local da mediúnica naquela data é o mesmo onde se encontra hoje a nossa mesa que serve de apoio

aos expositores nas exposições doutrinárias das quartas-feiras.

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Os pioneiros de nossa história

Abaixo , trecho da Ata nº 1 datada de 24 de julho de 1994, data de fundação do Centro Espírita “A Casa do Consolador Prometido”.

Na foto a esquerda, vemos o Sr. Claúdio Contreiras e o Sr. Walter Contreiras, ambos já desencarnados. No centro temos nosso irmão José Carlos. Todos membros da primeira diretoria.

O que é o centro espírita?

1 – O que é o Centro Espírita? É o local onde as pessoas se congregam para tratar de assuntos relacionados com a Doutrina Espírita.

2 – Por que “centro”? Como ocorre com frequência na língua portuguesa, esse termo tem vários significados. Em se tratando de Doutrina Espírita, podemos considerá-lo sinônimo de sociedade, expressão mais adequada, que vem sendo usada com frequência na denominação das instituições doutrinárias espíritas. Mais exatamente, seria associação, já que, de acordo com o novo código civil, a expressão sociedade deve ser reservada a empresas de caráter comercial.

3 – Como poderíamos definir as atividades do Centro Espírita? São várias, às quais as pessoas têm acesso à medida que se integram. Num primeiro momento o Centro Espírita tem sido para a maior parte dos que chegam um hospital para tratamento de males do corpo e da alma.

4 – Quais os recursos mobilizados nesse “hospital”? Envolvem passes magnéticos, entrevistas fraternas, trabalhos de vibração, reuniões de desobsessão… Considere-se, entretanto, que esses recursos são de superfície. Cuidam de efeitos, envolvendo a visão que as pessoas têm da vida e sua maneira de viver. Para que tenham efeito duradouro é preciso que os interessados busquem um segundo estágio.

5 – Qual seria? A escola, onde frequentarão cursos de Espiritismo para uma visão objetiva dos porquês da existência e, sobretudo, das origens de seus problemas de saúde. A doença é sempre um espelho da alma, mostrando-nos que algo não vai bem em nossas concepções de vida, em nossa maneira de viver. O aprendizado espírita faculta-nos esse entendimento.

6 – As pessoas buscam ajuda e aprendem que é preciso que ajudem a si mesmas? Isso é elementar em Espiritismo. Não existe um destino pontuado, em que as coisas acontecem porque está escrito. Vivemos num regime de causa e efeito em que, permanentemente, colhemos o que semeamos, envolvendo causas próximas ou remotas, de hoje, de ontem, do ano passado, de existências pretéritas… Se quisermos que nosso futuro seja diferente, devemos mudar nosso presente, buscando um comportamento compatível com a moral evangélica, que resume o que Deus espera de nós.

7 – Hospital e escola. Algo mais? Num terceiro estágio, o Centro Espírita é abençoada oficina de trabalho onde, pelo empenho de servir, neutralizamos o grande mal de nossa personalidade – o egoísmo. É a partir do comportamento voltado unicamente para os interesses pessoais, que resvalamos para a inconsequência, a desonestidade, o vício, a agressividade, e tudo o mais que nos compromete.

8 – E a comunhão com Deus? O Centro Espírita não funciona também como um templo divino? Templo é o Universo, a casa de Deus. Vivemos nela. O Centro Espírita é a escola/oficina, que nos permite, com as iniciativas que sugere, um padrão vibratório que nos faculte a comunhão com o Pai Celeste. Esse programa renovador está maravilhosamente definido por Léon Denis, ao proclamar: Tende por templo o Universo; por imagem, Deus; por lei, a Caridade; por altar, a Consciência.

Livro: Espiritismo, Tudo o que você precisa saber - Richard Simonetti

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Abençoa Senhor

Abençoa, Senhor, esta Casa singela,

Onde a luz do Evangelho esplende, soberana,

E onde encontra guarida a imensa caravana

Dos tristes corações que a prova desmantela.

Neste pouso de paz onde a fé nos irmana,

Em torno do Ideal que ao mundo se revela,

A Caridade é sempre atenta sentinela,

Estendendo os seus braços à penúria humana.

Neste recanto amigo, à margem do caminho,

Ninguém procura em vão o conforto e o

carinho,

Cansado de bater, chorando, porta em porta...

Porquanto a Tua voz na voz de quem ensina,

A mensagem de amor da Celeste Doutrina,

A renovar no bem a vida nos exorta!...

Pelo Espírito Auta de Souza

XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Confia

e Serve. Espíritos Diversos. IDE

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