Expresso Julho 2014

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E continua a campanha salarial da companheirada em Pomerode e Gaspar, cuja data-base é em Maio. Apresentamos a Pauta de Reivindicações ainda em Março, mas patrãozada, como sempre e em todo lugar, tenta enrolar e empurrar com barriga. Vamos acompanhar os últimos acontecimentos: facebook.com/sindetranscol Galera mobilizada em Gaspar e Pomerode Pomerode - Os patrões demoraram para dar sinais de início das negociações. Quando fizeram sua primeira proposta, já de- monstraram que NÃO TÊM PALAVRA. Em 2013 haviam se compro- metido em aceitar, chegando em 2014, nao aceitaram representantes da base como observadores das negociações e nem implantar um Plano de Saúde igual ao de Blumenau. Já na primeira rodada vieram com a velha choradeira de problemas financeiros e agora, inventaram dificuldades com a licitação que a Prefeitura de Pomerode vai fazer. Todo mundo sabe que patrão só chora na hora de pagar suas contas e que as licitações são uma farsa. Em TODOS OS MUNICÍPIOS foi a mesma coisa: teve a licitação e permaneceram as MESMAS EM- PRESAS. Inclusive nem ocorre concorrência, ficando tudo exatamente como está. Portanto, estão INVENTANDO um problema para colocar medo na galera. Em todos os lugares foi assim e não será diferente em Pomerode. CONCLUSÃO/ÚLTIMA PROPOSTA – Após várias reuniões de negociação e duas assembléias, a empresa apresentou o que chamou de sua ÚLTIMA PROPOSTA: 1 – Um aumento salarial de 6% (já está sendo pago desde Maio), mais 2% em Novembro, totalizando 8%; 2 – No tíquete alimentação, a proposta é 6% (já está sendo pago desde Maio o valor de R$ 265,00); mais 6% em Novembro, passando a R$ 280,00; em Fevereiro/15 este valor passa a ser de R$ 300,00; 3 – Manter todas as de- mais cláusulas. PROPOSTA REJEITADA – Em assembléia, a galera NÃO ACEITOU a proposta da empresa e esse papo furado de última proposta por causa das “dificuldades”. A decisão é de retomar as negociações com a administração da empresa e aumentar a mobilização da categoria, por- que todos sabemos que PODEM MELHORAR A PROPOSTA. Gaspar - Na empresa Do Vale, em Gaspar, a galera está mais mobilizada e já fala em paralisar as atividades, porque o patrão não toma jeito. O papo furado de dificuldades financeiras e problemas com a prefeitura É IGUAL. O patronato COMBINA BEM o mesmo discurso e a mesma choradeira. Ainda bem que é mentira, porque se fosse verdade teríamos novas enchentes na região, de tanta lágrima derramada. ÚLTIMA PROPOSTA – 1 - Nos salários apresentaram 6% em Maio e nada mais; 2 – Tíquete alimentação de R$ 300,00; 3 – Re- novar todas as demais cláusulas. PROPOSTA REJEITADA E FRAUDE – A galera sabe que a empresa pode pagar mais e não aceita essa proposta. A “coisa” fi- cou muito pior quando ficamos sabendo que a empresa apresentou na prefeitura e a tarifa é calculada com um valor de salário BEM MAIOR do que realmente a empresa paga. Significa que mesmo com o aumento proposto para esse ano, ainda assim o salário dos moto- ristas ficaria ABAIXO DO QUE A EMPRESA JÁ RECEBE na tarifa. O salário declarado na prefeitura é de R$ 1.933,00 e o que a categoria receberia com a proposta da empresa é de R$ 1.876,00. Isso comprovado caracteriza uma grande fraude, onde o POVO PAGA um custo que não existe, aumentando a exploração sobre a gente e sobre toda a população. Desse jeito, certamente o bicho vai pegar. VOLKMANN DO VALE >>> Pagina Central Os descaminhos da Glória

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Uma publicação do Sindicato dos Empregados nas empresas permissionárias no Transporte Coletivo Urbano de Blumenau, Gaspar e Pomerode (Sindetranscol).

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E continua a campanha salarial da companheirada em Pomerode e Gaspar, cuja data-base é em Maio. Apresentamos a Pauta de Reivindicações ainda em Março, mas patrãozada, como sempre e em todo lugar, tenta enrolar e empurrar com barriga. Vamos acompanhar os últimos acontecimentos:

facebook.com/sindetranscol

Galera mobilizada em Gaspar e Pomerode

Pomerode - Os patrões demoraram para dar sinais de início das negociações. Quando fizeram sua primeira proposta, já de-monstraram que NÃO TÊM PALAVRA. Em 2013 haviam se compro-metido em aceitar, chegando em 2014, nao aceitaram representantes da base como observadores das negociações e nem implantar um Plano de Saúde igual ao de Blumenau. Já na primeira rodada vieram com a velha choradeira de problemas financeiros e agora, inventaram dificuldades com a licitação que a Prefeitura de Pomerode vai fazer. Todo mundo sabe que patrão só chora na hora de pagar suas contas e que as licitações são uma farsa. Em TODOS OS MUNICÍPIOS foi a mesma coisa: teve a licitação e permaneceram as MESMAS EM-PRESAS. Inclusive nem ocorre concorrência, ficando tudo exatamente como está. Portanto, estão INVENTANDO um problema para colocar medo na galera. Em todos os lugares foi assim e não será diferente em Pomerode. CONCLUSÃO/ÚLTIMA PROPOSTA – Após várias reuniões de negociação e duas assembléias, a empresa apresentou o que chamou de sua ÚLTIMA PROPOSTA: 1 – Um aumento salarial de 6% (já está sendo pago desde Maio), mais 2% em Novembro, totalizando 8%; 2 – No tíquete alimentação, a proposta é 6% (já está sendo pago desde Maio o valor de R$ 265,00); mais 6% em Novembro, passando a R$ 280,00; em Fevereiro/15 este valor passa a ser de R$ 300,00; 3 – Manter todas as de-mais cláusulas. PROPOSTA REJEITADA – Em assembléia, a galera NÃO ACEITOU a proposta da empresa e esse papo furado de última proposta por causa das “dificuldades”. A decisão é de retomar as negociações com a administração da empresa e aumentar a mobilização da categoria, por-que todos sabemos que PODEM MELHORAR A PROPOSTA.

Gaspar - Na empresa Do Vale, em Gaspar, a galera está mais mobilizada e já fala em paralisar as atividades, porque o patrão não toma jeito. O papo furado de dificuldades financeiras e problemas com a prefeitura É IGUAL. O patronato COMBINA BEM o mesmo discurso e a mesma choradeira. Ainda bem que é mentira, porque se fosse verdade teríamos novas enchentes na região, de tanta lágrima derramada. ÚLTIMA PROPOSTA – 1 - Nos salários apresentaram 6% em Maio e nada mais; 2 – Tíquete alimentação de R$ 300,00; 3 – Re-novar todas as demais cláusulas. PROPOSTA REJEITADA E FRAUDE – A galera sabe que a empresa pode pagar mais e não aceita essa proposta. A “coisa” fi-cou muito pior quando ficamos sabendo que a empresa apresentou na prefeitura e a tarifa é calculada com um valor de salário BEM MAIOR do que realmente a empresa paga. Significa que mesmo com o aumento proposto para esse ano, ainda assim o salário dos moto-ristas ficaria ABAIXO DO QUE A EMPRESA JÁ RECEBE na tarifa. O salário declarado na prefeitura é de R$ 1.933,00 e o que a categoria receberia com a proposta da empresa é de R$ 1.876,00. Isso comprovado caracteriza uma grande fraude, onde o POVO PAGA um custo que não existe, aumentando a exploração sobre a gente e sobre toda a população. Desse jeito, certamente o bicho vai pegar.

VOLKMANN DO VALE

>>> Pagina Central Os descaminhos da Glória

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2 Julho/2014EXPRESSO

é uma publicação do Sindicato dos Empregados nas empresas permissionárias no Transporte Coletivo Urbano de Blumenau,Gaspar e Pomerode (Sindetranscol).

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAMFPG - 11.826.202/0001-03

ENDEREÇO: Rua Érico Hoff mann, 70. Bairro Garcia. Blumenau/SC Fone/Fax: (47) [email protected] www.sindetranscol.com.brTIRAGEM: 1.200 exemplares

EXPRESSO

De repente foi anun-ciada a venda da empresa e pareceram “novos” adminis-tradores, mas “com mesma conversinha mole de patrão”: tudo ia melhorar, a categoria passaria a ser respeitada, os acordos seriam respeitados e blá blá blá. Mas nada mudou! Continuaram descumprin-do o Acordo Coletivo, atra-sando nossos pagamentos, se apropriando de dinhei-ro do sindicato, demitindo trabalhadores(as) e não pa-gando seus direitos, não de-positando o FGTS, entre ou-tras sacanagens. Deles nunca obtivemos a verdade dos fa-tos.

Empresa Glória: Chega, basta, deu prá ti patrão sacana!

Estamos acom-panhando a situação da empresa Glória desde os primeiros boatos. Quan-do começaram a falar em dívidas e da possibilida-de da empresa falir, ou ser vendida, passamos a questionar sua adminis-tração e o SETERB sobre a verdade dos fatos. Isso tem mais de 3 anos, pelo menos. A empresa tro-cava de Gerente Geral a toda hora e cada vez

Estamos até brin-cando com a palavra “desven-der” a empresa, porque é tão absurda a situação atual que nem parece que o transporte é algo tão importante para a cidade. Nem parece que a ad-ministração pública deveria defender o interesse público. Com nossos questio-namentos e duas paralisações por causa de atrasos no pa-gamento de salários e tíquete alimentação, reapareceu a fi-gura do antigo administrador, dizendo que a “sua” empresa não tinha sido vendida. Mas quem estava na mesa de ne-gociação com a gente, falan-do em nome da empresa, era

Ninguém fala a ver-dade e a cidade não sabe quem é o dono da empresa que atende 70% do transporte da cidade. A imprensa mani-puladora, que se apressa em nos jogar contra a população a cada vez que lutamos por nossos direitos, NÃO APU-RA NADA, nem sequer di-vulga nossas denúncias sobre toda essa situação. Onde estão a ACIB (associação comercial e in-dustrial de Blumenau), a CDL (clube dos diretores lojistas) e outras associações empresa-riais que tanto nos criticam e tanto dizem defender Blume-nau? Onde está a xenofobia usada contra nós?

Não esqueceremos do povo, de milhares de trabalhadores(as) explorados como nós, mas VAMOS FA-ZER UMA AMPLA CAM-PANHA e lutas para defender nossos direitos. Ou alguém vai querer acordar em algum dia e saber que anos e anos de trabalho podem ter sido per-didos em boa parte? Se a em-presa realmente está em gran-des dificuldades financeiras, não temos direito de saber?

Uma das denúncias que temos feito é com relação à re-novação da frota. De repente co-meçaram a aparecer ônibus usa-dos para serem “pintados como novos”. Mas o maior engodo à população e perigo para nossa ca-tegoria é o fato de que os ônibus NÃO PERTENCEM à empresa Glória. Aliás, sequer SÃO EM-PLACADOS EM BLUMENAU. Mais uma vergonha para a cida-de, mais uma sacanagem com os(as) trabalhadores(as). As placas são de varia-das cidades, de diferentes regiões do país. E o SETERB diz o quê? Nós vamos a luta para exigir garantias dos créditos tra-balhistas. O volume de dívidas já é bastante grande e NÃO PODE-MOS PERMITIR que cresça ain-da mais, podendo ficar FORA DE CONTROLE. Aí será tarde para reclamar.

“outra família”. Na imprensa as ver-sões de um e de outro muda-vam todos os dias. E nunca obtivemos a verdade dos fatos. Nem antigos(?) e nem novos(?) proprietários falam a verdade. O inepto Presidente do SE-TERB, pelo jeito, sabe menos e manda menos no transpor-te que a “rainha manda na Inglaterra”. O prefeito Napo-leão já pode ser chamado de “desgoverno”, como se vê pelo abandono da cidade, pelas re-correntes mentiras e por nun-ca ter respondido as nossas perguntas. Deles todos, nunca obtivemos a verdade dos fatos.

Anunciada a venda da empresa

Por incrível que pa-reça, o SETERB nos respon-deu que de NADA SABIA. Um verdadeiro absurdo, pois quem deveria CONTROLAR E FISCALIZAR o sistema disse que nem tinha conheci-mento da venda da empresa. Que auditoria fize-ram, se nem sabiam que a empresa estava sendo vendi-da? É mentira a auditoria, ou que nada sabiam? Então, fomos nova-mente questionar o prefeito Napoleão, que também se “mostrou surpreso” com al-gumas de nossas cobranças. Pediu 30 dias para se informar e nos dar uma resposta. Faz UM ANO e o prefeito nada mais falou..

Aí “desvenderam” a empresa ...

Enorme dívida trabalhista e destruição das garantias/

patrimônio Aventureiros vem prá cá e se apoderam de um patrimônio construído com a exploração de cada blu-menauense. Os(as) que en-riqueceram com a empresa se desfazem(?) sem a menor explicação. E o prefeito NÃO SABE DE NADA. Qual é o patrimônio da empresa? Responde por suas dívidas? De quem são os ônibus que circulam com pla-cas de outras cidades brasilei-ras? Se a empresa que-brar, o que parece bem pos-sível, QUEM RESPONDERÁ PELAS DÍVIDAS TRABA-LHISTAS?

Sindetranscol defende os interesses dos(as)

trabalhadores(as)Quem responderá por nos-sos direitos? Temos vários exem-plos disso na cidade. Na SULFABRIL, onde milhares de trabalhadores(as) espe-ram há mais de 10 anos para receberem seus direitos tra-balhistas e FGTS. A Direto-ria do SINDETRANSCOL aprende com as lições da história e jamais permitirá se repetir aqui o que o sindicato dos têxteis permitiu e permi-te acontecer

De quem são os ônibus ???

se afundava mais na in-competência da família Sackel. Deles nunca ob-tivemos a verdade. A ad-ministração anterior do SETERB estava de saída e era tão incompetente quanto o prefeito que a indicou. Governinho ruim o “povo mandou embora”. Deles, também, nunca obtivemos a verda-de dos fatos. E veio um “novo” Governo Munici-pal e com ele, uma “nova”

administração do SE-TERB. Tivemos reunião com o Prefeito Napoleão e o Senhor Chisté, bem no início de sua admi-nistração. Disseram que estavam chegando e não conheciam a situação. Solicitaram um tempo para auditoria nas 3 em-presas. E nunca mais to-caram no assunto, nunca anunciaram o resultado da “auditoria”.

Vamos à luta!

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3 Julho/2014 EXPRESSO

Rapidamente, reme-moremos os descumprimentos do Acordo Coletivo de Traba-lho: 01 – Intervalo intra-jornada – Uma das grandes vitórias de nossa campanha salarial do ano passado foi a REDUÇÃO DO TEMPO DE INTERVALO. São 15 (quinze) minutos diários. Significa UMA HORA E MEIA por semana. Todo este tempo DE-VERIA SER REDUZIDO em Novembro de 2013. Como a empresa NÃO REFEZ AS ESCALAS tirando este tem-po, deve HORAS EXTRAS a todos(as) que tem intervalo de descanso/alimentação MAIOR QUE UMA HORA E QUINZE diariamente. Faça sua conta e veja quanto a empresa já deve a você. Exigiremos a imediata alteração das escalas e diminui-ção do tempo de intervalo. Tam-bém o levantamento de quanto é devido a cada companheiro(a) e o imediato pagamento dos va-lores devidos e atrasados. 02 – Atestados médi-cos – Nosso acordo coletivo é claro no tocante a OBRIGATO-RIEDADE de que as empresas recebam e aceitem os atestados de saúde, sem exigência alguma. Mas a administração resolveu descumprir mais essa cláusula também, passando a exigir a apresentação do CID da doença no atestado. No en-tanto, além de não existir essa exigência no acordo, a atitude da empresa é um desrespeito e uma ilegalidade contra a INTI-MIDADE e o SIGILO PESSO-AL de cada um(a). A categoria deve se NEGAR A CUMPRIR essa exigência, não se preocupar e NÃO CUMPRIR com o prazo dado para quem entregar ates-tado sem o CID. Nós não va-mos aceitar essa arbitrariedade de jeito nenhum. 03 – Não pagamento das verbas trabalhistas – Os descumprimentos numa das principais questões de nossa vida são inaceitáveis. Todos(as) trabalham para ter uma remu-neração, por isso é inadmissível o atraso do pagamento dos salá-rios e do tíquete alimentação, o que já aconteceu várias vezes.

Haja sacanagem contra a categoria

Outro crime é a de-missão de vários companhei-ros sem o pagamento das ver-bas trabalhistas rescisórias. De agora em diante está dado o recado: qualquer atraso no pagamento do vale, do salário ou do tíquete ali-mentação e imediatamente PARALISAREMOS NOSSO TRABALHO. 04 – Apropriação indébita de dinheiro do sindicato – A empresa vem descontando dos salários da categoria os valores de men-salidade e outras contribui-ções sindicais, no entanto, NÃO REPASSA O DINHEI-RO para a conta do sindica-to, configurando “crime de apropriação indébita”, o que está previsto no Código Penal brasileiro. Nos primeiros meses da “nova”(?) administração a Diretoria do SINDETRANS-COL procurou dialogar e entender a situação que era apresentada. E chegamos a PARCELAR ESSA DÍVIDA da empresa com o sindica-to, demonstrando que temos bom senso, que apostamos no diálogo, que procuramos compreender os problemas, portanto, não somos radicais e contribuímos para que isso não ocorresse mais. Agora chega. Não aceitaremos mais nenhum atraso em repasse do dinheiro do sindicato. Se ocorrer atra-so não haverá mais nenhuma negociação e vamos encami-nhar as queixas crimes contra os administradores e chefe de RH da empresa. 05 – Valores do fgts – Desde Setembro de 2012 a empresa não deposita os va-lores referentes ao FGTS de seus(uas) empregados(as). Esse montante de dinheiro já está assustadoramente alto. Se

não dermos um basta nisso já, perderemos o controle e essa dívida ficará impagável. Ainda mais que o patrimônio da empresa está comprometi-do, onde seus bens IMÓVEIS estão com os valores superdi-mensionados, não correspon-dendo a realidade do merca-do imobiliário da cidade. Já os veículos, estão bastante depreciados. E os “novos” ônibus incorporados a frota rodante NÃO PER-TENCEM ao patrimônio da Glória, portanto, não servem como garantia. O sindicato entrou com ação na justiça para ga-rantir estes depósitos, mas a sentença judicial nos foi só parcialmente favorável. A jus-tiça condenou a empresa a de-positar imediatamente apenas os valores dos aposentados. Tentamos o diálogo e não fomos ouvidos. Tentamos a justiça e ela não foi total-mente favorável como deveria ser. Então, agora só nos resta a mobilização para garantir es-tes depósitos, ou no mínimo garantir bens da empresa que garantam a dívida. Caso contrário, o bicho vai pegar. E não recla-mem que não avisamos. 06 – Segurança nos terminais – Os terminais vem crescentemente se tornando inseguros. Temos cobrado providências há muito tem-po, primeiramente na ques-tão das salas de arrecadação e para cobradores(as) procede-ram ao fechamento de caixa. Agora está genera-lizado. Estamos vivenciando cotidianamente ameaças e até agressões físicas, assaltos, al-gazarras e gente usando dro-gas em nossos locais de traba-lho. Nosso acordo coleti-vo prevê condições de segu-

rança e saúde. A questão da segurança faz parte das con-dições de trabalho, que tam-bém são protegidas por lei. E vamos começar a nos recusar a trabalhar sem segurança. 07 – Sala de convi-vência do terminal do Gar-cia – Esta novela durou mais de dois anos em negociações. Agora ela está concluída, mas falta mobília, que a empresa deveria ter providenciado. O pior é que tem cara de pau da administração da Glória que está querendo “faturar com a obra”, igualzinho a político sem vergonha. Pessoal, não se ilu-dam e nem cumprimentem ninguém da empresa pela reforma da sala, porque se alguém brigou e CONQUIS-TOU ESSE ESPAÇO, esse al-guém foi o sindicato, que até no Ministério Público denun-ciou as condições da antiga sala e exigimos sua reforma numa das últimas paralisa-ções da categoria. 08 – Assédio e ame-aças de demissão – A admi-nistração da empresa fala em nome de Deus mas age “como o diabo gosta”. Nas reuniões que tem feito com a catego-ria, utilizam as dívidas e situ-ação financeira da empresa para amedrontar as pessoas. Chegaram ao ponto de ten-tar vincular as dificuldades financeiras com o pagamento de AÇÕES TRABALHISTAS MILIONÁRIAS. Seria até de rir, se não fosse algo tão indecente e mentiroso. Em primeiro lugar nenhuma de nossas ações é milionária. Em segundo lugar, se perdem na justiça é porque NÃO PAGA-RAM ANTES, quando deve-ria ser pago. Em terceiro lugar, se é que tem outras dívidas, são maiores e fruto da irres-ponsabilidade e da incompe-

tência administrativa deles. Os(as) companhei-ros (as) que entraram na justiça para reaver seus direi-tos surrupiados estão sendo chamados e ameaçados. Teve caso em que o companheiro se negou a retirar a ação con-tra a empresa e foi demitido. Só não voltou porque não quis, porque o sindicato faria a denúncia ao juiz e conse-guiria seu retorno por perse-guição, já que o direito de ir à justiça está na Constituição Federal e não pode ser con-trariado. Então pessoal! Não tenham medo de serem felizes. Se é que a empresa tem dificuldades financeiras, NÃO FOMOS NÓS que criamos essa situ-ação. Se a antiga administra-ção foi incompetente e quase “matou a galinha dos ovos de ouro”, não é problema nosso. Se a nova administração foi enganada e “comprou um navio afundando”, não vie-ram antes pedir nossa opi-nião. Nós trabalhamos a vida toda e BOTAMOS MUI-TO DINHEIRO DENTRO DESSA EMPRESA e se jo-garam fora, o problema não é nosso e NÃO VAMOS PA-GAR A CONTA da incompe-tência e do luxo da vida deles. Vamos exigir nossos direitos até o último centavo. Vamos exigir respei-to e garantia do que é nosso, assim como reconhecimen-to da importância social de nosso trabalho. Se a empresa quebrar, vamos LUTAR E GARANTIR NOSSOS DI-REITOS E CADA CENTA-VO do que nos devem. Certamente outra empresa vai assumir o servi-ço e vamos garantir nossos empregos com tranquilida-de. Quanto ao patrimônio da empresa estar comprometido com bancos, tem uma “lei de falências” no Brasil, que ga-rante a PRIORIDADE DE CRÉDITOS TRABALHIS-TAS diante de outros credo-res, portanto, não é bem assim essas ameaças de que os ôni-bus e prédios estão penhora-dos.

As Cobras (Releitura)

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4 Julho2014EXPRESSO

SINDETRANSCOL - Sindicato de lutas, junte-se a nós, filie-se!

A administração da empresa vem apostando alto em convencer a ca-tegoria. Das mais variadas formas tenta puxar os(as) trabalhadores(as) para o “seu lado” e isolar o SINDETRANS-COL. Vamos perceber esta tentativa do LOBO VESTIR A PELE DE CORDEI-RO e não cair na lábia da enganação. 01 – Reuniões – A empresa tem insistido na prática de reunir a ga-lera FORA DO HORÁRIO normal de trabalho para ficar assediando, choran-do miséria e mentindo descaradamen-te sobre várias situações. Já estamos denunciando esta prática ao Ministério Público e vamos cobrar as horas extras para quem parti-cipar. Essa de convite não cola, porque qualquer autoridade sabe que convite de patrão significa ordem de compare-cimento. 02 – Empréstimos pesso-ais – Outra forma de buscar “ganhar” trabalhadores(as) é a prática de EM-PRESTAR DINHEIRO individual-mente, mas apenas para alguns. Na verdade a empresa se aproveita das dificuldades financeiras momentâneas do(a) empregado(a) e empresta quantias. Dessa forma busca que o “sentimento de gratidão” leve as pessoas para seu lado, ficando contra o sindicato. Além disso, discrimina pes-soas, onde “só alguns” tem emprésti-mos/ajuda financeira e a maioria não. Está na hora de TODA A GA-LERA se dirigir ao RH da empresa e so-licitar empréstimo, porque dificuldade financeira todo mundo tem. É inacei-tável a discriminação de conceder em-préstimos somente para alguns. Vamos exigir tratamento

Reuniões, empréstimos pessoais, choradeira e mentiras para enganar a categoria

igual: EMPRÉSTIMOS SEM JUROS PRA TODOS(AS). 03 – Uso indevido da religião – Já tocamos nesse assunto em outras oportunidades. As religiões e a fé de cada um de nós deve ser respeitada e quando tratamos do assunto não é porque o sindicato é contra alguma re-ligião. Voltamos ao assunto exatamente em respeito a fé e religiosidade de cada um(a) dos(as) companheiros(as). Quem NÃO ESTÁ RESPEI-TANDO a religiosidade de cada um(a) são os administradores da empresa, que falam em nome de Deus e Jesus o tempo todo. Isso é falso testemunho. Em determinada reunião um dos ad-ministradores da empresa chegou a dizer que ele É ENVIADO DE DEUS e está na Glória em MISSÃO DIVINA. Isto é apelação pura e uso descarado da fé das pessoas para buscar aproximação e justificar uma série de irregularidades e sacanagens. Com fala mansa e técni-cas de convencimento, tem gente sendo mais pastor do que administrador sério de uma concessionária de serviço pú-blico. Mas não podemos esquecer que o diabo, muitas vezes, muda sua cara e forma de agir pra convencer. Será que Deus e Jesus concor-dariam com demitir trabalhadores(as)

e NÃO PAGAR seus direitos? Ou com ATRASAR SALÁRIOS e deixar as fa-mílias em dificuldades? Ou com a prá-tica de não depositar o FGTS e prejudi-car centenas de pessoas honestas? Religião e fé cada um tem a sua, se constituindo em algo de foro íntimo. Como já foi dito, as religiões devem ser respeitadas e toleradas, mas nenhuma PODE SER IMPOSTA a ninguém. É o que diz a lei, que também proíbe misturar e vincular ritos religio-sos com o trabalho, até porque o Estado brasileiro é laico, ou seja, o Estado e a Administração Pública não pode mis-turar suas obrigações e suas ações a ne-nhuma prática religiosa. O serviço de transporte é pú-blico, pertencente ao Estado. Dessa forma é ilegal UTILIZAR ADESIVOS NOS ÔNIBUS, é ilegal UTILIZAR DE PRÁTICAS E CITAÇÕES religiosas em reuniões, é ilegal afixar qualquer mensagem religiosa nas folhas de paga-mento e outros documentos. Por isso tudo vamos cobrar posição do SETERB e do Ministério Público do trabalho sobre o assunto. E repetimos, ninguém está questio-nando a religião de ninguém. Esta-mos questionando a utilização do que é divino para justificar atitudes que

não são nada divinas.Conclusão disso tudo

Sabemos que foi uma lon-ga explicação, mas é necessária para combater tanta mentira e arrogância. A dita nova administração, até agora, nem provou que realmente comprou a empresa. Tem gente da antiga admi-nistração que ainda dá pitaco na em-presa, dá entrevista na imprensa e se diz dono. Eles que tratem de explicar isso tudo direitinho prá cidade. E de uma vez por todas. De nossa parte, a grande conclusão disso tudo é uma só: NÃO TEMOS NADA A VER COM OS PROBLEMAS que criaram, não va-mos aceitar chantagem e ameaças para nos botar medo, vamos CO-BRAR TUDO O QUE É NOSSO, seja respeito, seja garantias reais para as dívidas com a gente, seja cada centavo que nos é devido. Nessa semana a Diretoria do sindicato entregou um grande OFÍCIO na empresa, onde cobra-mos tudo o que está dito aqui. E co-locamos prazos para que TUDO SE RESOLVA RAPIDAMENTE, caso contrário já estão avisados de que VAMOS ENTRAR EM GREVE ATÉ QUE REGULARIZEM TUDO que nos devem, desde as explicações, o respeito e a grana que nos sustenta. Trabalhamos por isso. Nós temos força e a organi-zação necessária para resolver nossos problemas. A Diretoria do sindicato sabe o que está fazendo e está do lado da categoria. Juntos(as) venceremos, mais uma vez.

Os trabalhadores do trans-porte coletivo urbano de Blumenau contratados até 2003, recebiam após um ano de contrato, passe livre para as esposas. A partir daquela data o direito não foi mais concedido e as empresas passaram a fazer constar no contrato de trabalho que o direi-to ao passe livre não seria mais con-cedido. Ocorre que mesmo tendo assinado o documento muitos tra-balhadores receberam a “carteiri-nha” do passe livre e o benefício era utilizado sem grande controle pelas

empresas e SETERB. Em meados de 2009, por determinação do SE-TERB, foi suspenso o direito ao pas-se livre. Para garantir o direito o SINDICATO entrou com uma ação judicial e foi deferido (favorável) o direito para todos aqueles que já gozavam o benefício e que pos-suiam a “carteirinha” ou cartão do SIGA. Assim o Sindicato passou a negociar com a empresa Rodovel e Verde Vale, já que a Glória se manti-nha irredutível quanto a estender o benecício a todos os empregados.

Se fosse entregue o cartão de passe livre somente para aqueles de direito, como decidiu o Juiz, o benefício atingiria aproximadamen-te 250 trabalhadores, pois quem foi admitido nas empresas após 2003, não teria esse direito. Com a negociação e apro-vado pela assembleia do dia(25/07) ficou garantido 35 (trinta e cinco) passes para todos as esposa (os), companheiros e companheiras dos empregados das empresas Rodovel, Verde Vale e Glória contratados até 19/10/11. Para aqueles que utiliza-vam mais que 35 (trinta e cinco)

passes, ficou garantido a quanti-dade utilizada na mesma data. Por exemplo: um trabalhor, cuja a espo-sa utilizava até a data de 19/10/11, 42 passes por mês, tem esse direito garantido pelo acordo. Assim, o Sindicato precisa informar ao Juiz quem utilizava mais que 35 passes em 19/10/11, logo, se sua esposa (os), companheiro(as) se encaixam nessa situação, procure o Sindicato para informar. A for-ma negociada possibilitou que um número bem maior conseguisse o direito do passe para as esposa (as) ou companheira(os).

Sindicato garante passe livre para companheiros(as)