Juliana Marisa da Silva Gomes -...

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outubro de 2014 Universidade do Minho Escola de Engenharia Juliana Marisa da Silva Gomes UMinho|2014 Juliana Marisa da Silva Gomes Estudo da Comunicação Interna em Portais Corporativos: O Caso EDP Estudo da Comunicação Interna em Portais Corporativos: O Caso EDP

Transcript of Juliana Marisa da Silva Gomes -...

outubro de 2014

Universidade do MinhoEscola de Engenharia

Juliana Marisa da Silva Gomes

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Estudo da Comunicação Interna em Portais Corporativos: O Caso EDP

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Dissertação de Mestrado Mestrado em Design de Comunicação de Moda

Trabalho efetuado sob a orientação daProfessora Doutora Maria José Abreue coorientação do Professor Doutor Nuno Marques

outubro de 2014

Universidade do MinhoEscola de Engenharia

Juliana Marisa da Silva Gomes

Estudo da Comunicação Interna em Portais Corporativos: O Caso EDP

DECLARAÇÃO

Nome: Juliana Marisa da Silva Gomes

Endereço electrónico: [email protected]

Número do Bilhete de Identidade: 12585944 9 ZZ0

Título dissertação: Estudo da Comunicação Interna em Portais Corporativos: O Caso EDP

Orientação: Professora Doutora Maria José Abreu

Coorientação: Professor Doutor Nuno Marques

Ano de conclusão: 2014

Designação do Mestrado: Design de Comunicação de Moda

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA DISSERTAÇÃO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE;

Universidade do Minho, ___/___/______ Assinatura: ________________________________________________

ii

DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Declaro ter atuado com integridade na elaboração da presente dissertação. Confirmo que em todo o

trabalho conducente à sua elaboração não recorri à prática de plágio ou a qualquer forma de

falsificação de resultados.

Mais declaro que tomei conhecimento integral do Código de Conduta Ética da Universidade do Minho.

Universidade do Minho, _____ de ___________ de _____

Nome completo:

__________________________________________________________________________

Assinatura:

iii

AGRADECIMENTOS

A concretização deste projeto teve o apoio e dedicação de muitas pessoas que não posso deixar de dar

uma palavra de gratidão e reconhecimento.

Gostaria de agradecer à minha orientadora Professora Maria José Abreu e ao meu coorientador

Professor Nuno Marques pelo apoio, dedicação e incentivo durante a realização deste trabalho de

investigação.

Aos meus pais, pelo apoio incondicional, otimismo e esforço de me garantir todas as condições

necessárias para a realização deste sonho.

Ao Vilaça que sempre contribuiu com opiniões construtivas, encorajamento e pela presença constante

em todos os momentos.

À minha companheira de todas as horas, Raquel Carvalho, quero agradecer as observações feitas ao

longo da dissertação que permitiu ver este projeto de diferentes perspetivas como também à paciência

e amizade demonstrada nestes dois anos.

Quero agradecer ao “Grupo Triplex” pelo incentivo e ânimo que prestaram desde do início deste

percurso e pelas horas de descontração tão necessárias.

Gostaria de agradecer a todos os meus amigos que uma forma ou de outra sempre estiveram

presentes e não me deixaram desanimar.

Por fim, mas igualmente importante, à EDP Distribuição, mais propriamente à Direção Rede e Clientes

Norte, por toda a dedicação e pela disponibilidade em responder aos questionários, sem a vossa ajuda

não teria sido possível este projeto.

Todos adicionaram valor e conhecimento à pesquisa e colaboraram para o meu equilíbrio profissional

e pessoal, a todos que cooperaram para a finalização deste trabalho, muito obrigada.

iv

RESUMO

Atualmente as organizações têm de fazer frente a um mercado cada vez mais competitivo, em que o

papel da comunicação interna é essencial para um bom funcionamento, e desta forma se destacarem

no alcance dos objetivos.

Satisfazer e motivar os colaboradores são fatores de relevo na estratégia da comunicação interna, em

que o foco é de gerar um trabalho mais consistente e coeso, elevando a notoriedade da empresa. Para

melhor abrangerem todos os envolvidos são utilizados canais de comunicação, como os portais

corporativos, onde se promove a partilha de informações, uniformização de procedimentos e troca de

sugestões. Estas práticas são importantes para a produtividade organizacional. Assim, também se

consciencializa cada colaborador sobre as suas responsabilidades e sobre o lugar que ocupa na

organização.

Tendo a Direção de Rede e Clientes Norte da EDP Distribuição, como estudo de caso, este trabalho

procura compreender a utilização da comunicação interna num clima organizacional nos portais

corporativos, abordando teorias sobre o marketing interno, comunicação interna e portais corporativos

dos autores como Rafiq e Ahmed (2000), Dias (2001), Thayer (1979), Villafañe (1998) entre outros.

Procurou-se encontrar os seus modelos e teorias para melhor orientar este estudo. Realizou-se

também um questionário de comunicação interna e uma simulação ao portal utilizado na empresa

para perceber a relação entre comunicação interna e portais corporativos.

Palavras-chave: Marketing Interno; Comunicação Interna; Portais Corporativos

v

ABSTRACT

Currently organizations have to cope with an increasingly competitive market, in which the role of

internal communication is essential for proper functioning, and thus excel in achieving the objectives.

Satisfy and motivate employees are major factors in the internal communication strategy, where the

focus is to generate a more consistent and cohesive work, raising the reputation of the company. To

better cover all involved communication channels are used as corporate portals, which promotes the

sharing of information, standardization of procedures and exchange tips. These practices are important

to organizational productivity. So also raises awareness each employee about their responsibilities and

about its place in the organization.

This case study concentrates on the Board of Network and North clients of EDP Distribution this paper

seeks to understand the use of internal communication in an organizational climate in corporate

portals, addressing theories of internal marketing, internal communications and corporate portals of

the authors as Rafiq and Ahmed (2000), Dias (2001) Thayer (1979), Villafañe (1998), among others.

We tried to find their models and theories to better guide this study. A questionnaire on internal

communication and a simulation of the portal used by the company were also used in order to

understand the relationship between internal communication and corporate portals.

Keywords: Internal Marketing; Internal Communication; Corporate Portals

vi

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1

1.1 Enquadramento do Tema .................................................................................................... 1

1.2 Motivação e Relevância do Estudo ....................................................................................... 2

1.3 Objetivos da Investigação .................................................................................................... 2

1.4 Estrutura da Dissertação ..................................................................................................... 3

1.5 Metodologia ........................................................................................................................ 3

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................... 4

2.1 Marketing Interno ................................................................................................................ 4

2.2 Comunicação Interna .......................................................................................................... 6

2.2.1 Comunicação e Competitividade ...................................................................................... 6

2.2.2 Comunicação e Motivação/ Satisfação ............................................................................ 8

2.2.3 Comunicação e Informação ........................................................................................... 10

2.3 Canal de Comunicação Interna nas Organizações .............................................................. 12

2.3.1 Portais Corporativos ...................................................................................................... 12

2.3.2 Requisitos de um Portal Corporativo .............................................................................. 14

3 APRESENTAÇÃO DO GRUPO .................................................................................................... 17

3.1 História do Grupo EDP ...................................................................................................... 17

3.1.1 EDP Distribuição ........................................................................................................... 18

3.1.2 Direção de Rede e Clientes Norte .................................................................................. 19

3.1.3 Funções Atribuídas à DRCN .......................................................................................... 21

4 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................................. 23

4.1 Hipóteses de Estudo ......................................................................................................... 23

4.2 Satisfação e expectativas .................................................................................................. 24

4.2.1 Introdução à Análise do Questionário de Comunicação Interna ...................................... 24

vii

4.2.2 Caracterização da Amostra ............................................................................................ 26

4.2.3 Relação entre a Satisfação e os Dados Sociodemográficos ............................................. 33

4.2.4 Relação entre as expectativas e os Dados Sociodemográficos ........................................ 34

4.3 Práticas de Portais Corporativos ........................................................................................ 35

4.3.1 Introdução à Análise Estatística do Questionário de Simulação Presencial ...................... 35

4.3.2 Caraterização da Amostra ............................................................................................. 36

4.3.3 Análise Descritiva das Simulações ................................................................................. 41

4.3.4 Relação entre a Importância e a Utilidade Atribuída às Práticas e os Dados

Sociodemográficos ................................................................................................................... 42

4.3.5 Relação entre as Simulações e os Dados Sociodemográficos ......................................... 43

4.3.6 Relação entre itens 1.6 a 1.8 com os Dados Sociodemográficos .................................... 43

4.4 Regressão Múltipla ............................................................................................................ 44

4.5 Cruzamento do Questionário de Comunicação Interna ....................................................... 44

4.6 Cruzamento do Questionário de Simulação ....................................................................... 47

4.7 Discussão dos Resultados ................................................................................................. 49

5 CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 52

5.1 Contributo para Projetos de Investigação Futuros .............................................................. 53

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 54

ANEXOS ........................................................................................................................................... 58

viii

SIGLAS

AO - Área Operacional

AOBGC - Área Operacional de Bragança

AOBRVC - Área Operacional de Braga e Viana do Castelo

AOPNGM - Área Operacional de Penafiel e Guimarães

AOVRL - Área Operacional de Vila Real

AT - Alta Tensão

BT - Baixa Tensão

DRCN - Direção Rede e Clientes Norte

EDP - Energias de Portugal

IP - Iluminação Pública

MT - Média Tensão

RCNAC - Rede e Clientes Norte Assistência Comercial

RCNAG - Rede e Clientes Norte Apoio à Gestão

RCNER - Rede e Clientes Norte Estudos de Rede

RCNPS - Rede e Clientes Norte Prevenção e Segurança

RCNRE - Rede e Clientes Norte Relações com o Exterior

PSE - Prestadores de Serviço Externo

PT - Posto de Transformação

PST - Posto de Subterrâneo de Transformação

SIT - Sistema de Informação Técnica

SGI - Sistema de Gestão de Incidentes

ix

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: A Evolução da marca ......................................................................................................... 17

Figura 2: Organigrama da Direção Rede e Clientes Norte .................................................................. 20

Figura 3: Mapa das áreas operacionais ............................................................................................. 21

Figura 4: Qualidade percebida dos colaboradores ............................................................................. 25

Figura 5: Portal EDPon intranet ........................................................................................................ 41

x

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Área de trabalho ............................................................................................................... 27

Gráfico 2: Grau de satisfação relativamente à forma como a DRCN aborda a comunicação interna .... 28

Gráfico 3: Grau de satisfação com a vertente inovadora da DRCN no âmbito da comunicação ........... 28

Gráfico 4: Grau de satisfação relativamente à qualidade de informação que a DRCN disponibiliza ..... 29

Gráfico 5: Grau de satisfação com a qualidade de informação disponibilizada na EDPon intranet

relativamente à DRCN ...................................................................................................................... 30

Gráfico 6: Grau de satisfação com o sistema de pesquisa disponibilizado na EDPon intranet para

encontrar o que pretende ................................................................................................................. 30

Gráfico 7: Grau de satisfação com o aspeto gráfico da EDPon intranet .............................................. 31

Gráfico 8: Grau de satisfação com o modo como acede à informação que mais utiliza na EDPon

intranet ............................................................................................................................................ 32

Gráfico 9: Grau de satisfação com a velocidade de acesso à informação que precisa ........................ 32

Gráfico 10: Avaliação EDPon intranet quanto a interatividade ............................................................ 36

Gráfico 11: Avaliação EDPon intranet quanto a cor ........................................................................... 37

Gráfico 12: Avaliação EDPon intranet quanto a imagens ................................................................... 37

Gráfico 13: Avaliação EDPon intranet quanto a design ...................................................................... 38

Gráfico 14: Avaliação EDPon intranet quanto a organização da informação ....................................... 38

xi

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Definições de marketing interno .......................................................................................... 5

Tabela 2: Definições de comunicação no eixo de competitividade........................................................ 7

Tabela 3: Definições de comunicação no eixo de motivação/satisfação ............................................... 9

Tabela 4: Definição de comunicação no eixo de informação .............................................................. 11

Tabela 5: Caraterísticas de portais corporativos ................................................................................ 13

Tabela 6: Requisitos mínimos para um portal corporativo ................................................................. 15

Tabela 7: Mediana de satisfação ...................................................................................................... 25

Tabela 8: Mediana de expectativas ................................................................................................... 26

Tabela 9: Utilidade das diversas práticas .......................................................................................... 39

Tabela 10: Práticas EDP ................................................................................................................... 40

Tabela 11: Cruzamento questão de resposta aberta com o género .................................................... 44

Tabela 12: Cruzamento questão de resposta aberta com a idade ...................................................... 45

Tabela 13: Cruzamento questão de resposta aberta com a função .................................................... 45

Tabela 14: Cruzamento questão de resposta aberta com a área operacional ..................................... 46

Tabela 15: Cruzamento questão de resposta aberta com satisfação em classes ................................ 46

Tabela 16: Cruzamento questão de resposta aberta com expectativas em classes ............................ 47

Tabela 17: Cruzamento questão de resposta aberta com a idade ...................................................... 48

Tabela 18: Cruzamento questão de resposta aberta com o género .................................................... 48

Tabela 19: Cruzamento questão de resposta aberta com a função .................................................... 49

1

1 INTRODUÇÃO

1.1 Enquadramento do Tema

Atualmente as organizações demonstram uma grande preocupação com a comunicação interna,

esta transmite toda a cultura, valores, missão e a estratégia a adotar a todos os envolvidos. É

considerada essencial para o bom funcionamento desta “máquina”, conquistando os

colaboradores para o alcance das metas traçadas.

Desde de sempre a comunicação foi o suporte dos relacionamentos entre pessoas e está

presente em tudo que nos rodeia, “a comunicação interna engloba todos os atos de

comunicação que se produzem no interior de uma empresa”, segundo Westphalen (1901:65).

Colaboradores satisfeitos e motivados reflete-se na fidelização de clientes externos garantindo o

futuro da organização. Segundo Ballantyne (2000: 47) o marketing interno influencia atitudes e

comportamentos moldando o papel e funções do cliente interno para a conquista do cliente

externo.

Para que o público interno reconheça os objetivos organizacionais e o seu lugar na organização

deve-se criar um processo de formação, motivação e partilhar de informação transparente para

que entendam e reconheçam as suas funções na obtenção dos resultados desejados. A

comunicação interna tem um papel fundamental neste percurso, pois para além da divulgação

da mensagem, deteta as necessidades dos colaboradores indo de encontro ao que precisam.

Esta preocupação e dedicação são imprescindíveis para reforçar o lado mais humano e

fortalecer a motivação nos colaboradores, criando laços e empatia.

Num mundo cada vez mais tecnológico, as organizações utilizam os portais corporativos como

canal de comunicação interna. Os portais corporativos têm várias funções como a divulgação da

filosofia da empresa, a partilhar informações, promove a interação, impulsiona à aprendizagem,

entre outros, tornando-se numa ferramenta de auxílio aos seus utilizadores para fazer frente aos

concorrentes.

Contudo, isto só é possível ter êxito se esta ferramenta reunir certas características como fácil

manuseamento, ser intuitiva, de fácil pesquisa para obtenção de informação, entre outros.

Tendo em conta que numa organização existem várias pessoas com características diferentes,

2

deve-se cumprir certas regras básicas na criação do portal, para impulsionar à sua aplicação e

utilização, garantindo que todos consigam tirar o máximo de proveito sem limitações.

Desta forma, o portal interno surge como apoio á comunicação interna, tornando-se

gradativamente num meio indispensável para o crescimento e desenvolvimento de uma

organização.

Este estudo incide-se na DRCN do Grupo EDP, onde se tentou verificar a satisfação dos

colaboradores acerca do portal que utilizam diariamente, EDPon intranet que, engloba todas as

empresas do grupo. Pretende verificar as expectativas e viabilidade para a criação de um novo

portal mais direcionado e na prossecução desta direção. Como a DRCN abrange o norte de

Portugal, isto faz com que tenha várias áreas operacionais geograficamente dispersas. A

intenção do portal é de criar mais proximidade entre estas áreas, de partilhar informações

sempre atualizadas, provocar mais interação, uniformizar procedimentos, entre outros.

Realizou-se um levantamento da revisão de literatura para verificar quais as melhores técnicas

de comunicação interna e de como aplicá-las no âmbito de portais corporativos.

Para averiguar quais os métodos mais apropriados a esta realidade, tendo em conta o público-

alvo, concretizou-se também um questionário e uma simulação aos colaboradores da DRCN,

com o objetivo de compreender as suas necessidades, relativamente á comunicação interna, e

quais as técnicas mais adequadas para as suas realidades.

1.2 Motivação e Relevância do Estudo

A motivação para a realização deste estudo está relacionada com a atualidade do tema, por este

ainda ser pouco abordado no âmbito da comunicação interna em portais corporativos e pela

possibilidade de realizar um estudo de caso num grupo de grande dimensão tanto a nível

nacional como internacional.

1.3 Objetivos da Investigação

Tendo em conta o contexto e relevância do tema, esta investigação visa compreender a eficácia

da comunicação interna na EDP, na perspetiva do cliente interno. Pretender identificar as

técnicas de marketing interno mais eficazes no âmbito de portais corporativos, e compreender a

relação entre a comunicação interna e práticas de portais internos/corporativos.

3

Assim, permitirá contribuir teoricamente para evolução e eficácia das técnicas de comunicação

interna na ótica dos portais corporativos.

1.4 Estrutura da Dissertação

A dissertação está organizada em cinco capítulos. No primeiro capítulo é feita a introdução do

estudo, na apresentação da investigação, em que consiste, na motivação e relevância do

mesmo, os objetivos e questões de pesquisa, e por fim a metodologia utilizada.

No segundo capítulo é abordada a revisão de literatura onde é feito o enquadramento teórico que

apoia a investigação. O primeiro tema abordado na revisão de literatura é o Marketing Interno,

que nos possibilita a compreensão mais geral deste universo. De forma a especificar mais o

estudo no tema da dissertação, o segundo tema central é sobre a comunicação interna em três

eixos, competitividade, motivação/satisfação e informação. Estes conceitos são depois

adaptados numa vertente de portais corporativos, de como este canal se adapta à comunicação

interna e quais os seus requisitos. No terceiro ponto é feita uma apresentação do Grupo EDP,

mais propriamente à Direção Rede e Clientes Norte da EDP Distribuição, onde foi realizado o

estudo de caso.

O quarto capítulo trata da análise e discussão dos resultados obtidos e dos processos de análise

estatística escolhidos. Para concluir o quinto capítulo, revela as limitações encontradas em todo

o processo, o contributo para projetos futuros e a conclusão do estudo.

1.5 Metodologia

Neste âmbito tentamos compreender a eficácia do marketing interno na comunicação

organizacional, especialmente a comunicação interna em portais corporativos, mensurada na

perspetiva do mercado interno da EDP. O estudo versa sobre algumas técnicas de comunicação

interna e portais internos, referidas na literatura e em modelos / estruturas conceptuais Thayer

(1979), Robbins (2002), Rafiq & Ahmed (2000), entre outros e que são adotadas pela

organização em análise.

E com este estudo, espera-se contribuir para uma melhor compreensão da eficácia das técnicas

de marketing interno na perspetiva dos clientes internos / respondentes, na medida que não se

verificam muitos estudos (com base na análise de literatura realizada) com esse escopo.

4

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Marketing Interno

Desde a década de setenta do Séc. XX que o marketing tem sido debatido e proposto para ser

aplicado no interior das organizações. Esta nova perspetiva designa-se por marketing interno e

teve como defensores iniciais Sasser e Arbeit (1976) que defendiam que as organizações deviam

ver os seus colaboradores como o seu primeiro mercado.

Inicialmente, o conceito de marketing interno era visto como a solução para o problema de

consistência da distribuição e da qualidade de serviço, gerando mais atenção para a motivação e

satisfação dos colaboradores e resumia-se “para uma organização poder ter clientes satisfeitos

deve ter empregados satisfeitos”, segundo Berry & Parasuraman (1991), George (1977) e

Thomson (1998).

Segundo Lodish-Morgan-Kallianpur (2002, p. 168) e Varey (2001: 214-215) as organizações

tendem a desenvolver meios internos de comunicação mais eficientes para que consigam

partilhar com todos os colaboradores os seus objetivos, consciencializando-os do papel que estes

têm na empresa, das oportunidades de mercado e as suas competências. Desta forma

conseguem orienta-lo melhor para o cliente externo, Varey & Lewis (2000). Rafiq & Ahmed

(2002) defendem que o marketing interno é planear uma estratégia que destaca a motivação

dos colaboradores, para assim desta forma implementar e incluir estratégias organizacionais

beneficiando os clientes externos. Numa organização, se todos estiverem em sintonia o que

passa para o cliente externo é uma mensagem mais sólida e transparente, gerando uma

imagem de empatia pela empresa, o que posteriormente facilitará qualquer tipo de

relacionamento.

A tabela 1 revela algumas definições de marketing interno e os seus respetivos autores e desta

forma conseguimos decifrar melhor em que consiste e como se deve praticar.

5

Tabela 1: Definições de marketing interno

Como Varey refere o marketing interno tem de consciencializar o público interno para as

oportunidades de mercado. Este, atualmente, está em constante mudança tornando-se

imprescindível acompanhar as suas exigências. Isto requer uma comunicação competente

dentro da organização para que estas mudanças de estratégias e de objetivos sejam feitas de

forma pacífica sem colocar em causa o desempenho dos colaboradores. Nelson & Coxhead

(1997) admitem que a comunicação interna não é uma prioridade para um gestor, no entanto

para uma empresa conseguir acompanhar as variações de mercado tem de comunicar a todos

os envolvidos de tal situação, para que todos redefinam o seu papel dentro da organização indo

de encontro ao que esta precisa no momento. De acordo com Coda (1997) a comunicação com

os funcionários de uma empresa em tempo de mudança envolve em simultâneo: informação

relevante para desempenharem com êxito as suas funções, compreender as necessidades dos

Autor

Varey

(2000: 217)

Kotler

(2003: 23)

Kotabe-Helsen

(2000, p. 30)

Ballantyne

(2000: 47)

Lodish-Morgan-

Kallianpur

(2002, p. 168)

Varey

(2001: 214-215)

Definição

“O Marketing Interno é uma abordagem estratégica para desafiar tanto as atitudes como

os comportamentos dos colaboradores para uma compreensão do papel central do

cliente (centralidade no cliente)”

"Do mesmo modo que é fundamental gerenciar as expectativas do comprador

quando você ou sua equipe de vendas vende seu produto ou serviço, é também

igualmente importante gerenciar as expectativas de seus empregados quando você

“vende” os benefícios de trabalhar para sua empresa"

“O Marketing Interno pode ser visto como uma abordagem de gestão que permite e

motiva todos os membros da empresa a examinar o seu próprio papel e as competências

de comunicação, adoptando uma consciência para o cliente e orientação para o serviço

(que exige um interesse pelos problemas dos clientes), quer na linha da frente, quer dos

executores do serviço, quer do “back-office” ou ainda dos trabalhadores dos serviços de

apoio, para atender assim as necessidades dos clientes externos através de um

compromisso com as metas da corporação”

“Marketing Interno é a permanente formação dos prestadores de serviços a fim de

aprimorar os conhecimentos dos seus serviços e as suas capacidades, consciencializando-

os sobre das oportunidades de mercado e as competências de Marketing”

“Marketing Interno é a tarefa de contratar, treinar e motivar colaboradores competentes

que querem servir bem os clientes”

"Marketing é essencialmente uma atividade corporativa criativa, que envolve o

planejamento e a execução da concepção, determinação de preço, promoção e

distribuição de idéias, produtos e serviços em uma troca que não apenas satisfaz às

necessidades atuais dos consumidores, mas também antecipa e cria suas necessidades

futuras com determinado lucro"

6

mesmos, quais os meios mais adequados para comunicar e receber o feedback, e por último,

reconhecer o bom desempenho no trabalho.

2.2 Comunicação Interna

Este estudo pretende abordar a comunicação interna nas vertentes de competitividade,

motivação/ satisfação e informação, utilizando como canal os portais corporativos. Para melhor

compreender a importância da comunicação interna e a influência que esta tem dentro de uma

organização, nos próximos tópicos vamos abordar os seus conceitos inerentes aos três eixos

acima referidos.

2.2.1 Comunicação e Competitividade

Atualmente as organizações têm que reconhecer a importância dos métodos e canais de

comunicação, pois ao serem bem empregues vão contribuir para o alcance dos objetivos e

metas, tornando-se mais competitivas. Segundo Cunha e Pina, et al (2003) a “comunicação

representa o aparelho circulatório da vida organizacional”, isto é, a comunicação sustenta uma

organização pois organiza, gere, coopera e motiva toda esta máquina. Comunicar é provocar

envolvimento e compromisso, sendo que as pessoas gastam a maior parte do seu tempo a

comunicar, seja a escrever, ler, falar ou ouvir. A gestão da comunicação empresarial deve ter

como base o dinamismo e deve ser ativa em tudo o que envolve a organização, tanto a nível

interno como externo.

Na tabela 2 temos alguns conceitos de comunicação interna na vertente da competitividade,

conseguindo determinar a sua importância e pertinência dentro das organizações e a influência

que tem para a visão externa das mesmas.

7

Tabela 2: Definições de comunicação no eixo de competitividade

Como o quadro indica a comunicação organizacional tem um papel muito importante para criar

e manter relações sociais, como para dar relevância e impacto competitivo a uma organização.

Segundo Favoreto (2006), as organizações são compostas por pessoas e estas por sua vez

fazem parte das competências básicas da organização, por isso são a possibilidade de

competitividade da empresa num mundo globalizado.

Como referimos anteriormente, hoje temos uma realidade empresarial de constante mudança

para fazer frente aos concorrentes e ser mais competitiva, requere que estas tenham que

apostar na comunicação para que todos remem para o mesmo lado com mais robustez e

firmeza. Cardoso (2006) entende que as transformações que surgem no mundo e na sociedade

interferem com a forma com que as organizações se relacionam e para estas sobressaírem no

meio destas mudanças precisam de ter instrumentos que suportem este processo de alteração

constante. A informação e a comunicação são ferramentas importantes para a expansão e

inclusão da organização, pois é através destes meios que se cria relacionamentos e contactos

com pessoas de interesse profissional e que se tomam decisões.

Autor

Monard em

Westphalen

(1901:65)

Nelson &

Coxhead

(1997)

Beraldo

(1996)

Chiavenato

(1999, p. 138)

Definição

“comunicar com o exterior é uma coisa; fazer com que uma mensagem circule no interior

do grupo é outra, pelo menos tão importante como a primeira… Antes de atingir a

«imperfeição zero», a direcção deveria procurar caminhar no sentido do «menosprezo

zero». Pois bem! A comunicação interna é isso mesmo”

“A comunicação interna nunca é a primeira coisa na mente de um gestor. No entanto,

nada de muito significativo será alterado sem primeiro comunicar a razão da mudança

aos envolvidos ou atingidos. A comunicação interna é fundamental para criar a mudança,

e a maioria das pessoas após reflectir sobre este facto deveria estar preparada para o

aceitar”

“A comunicação interna é a sombra oculta por detrás de todos os projectos de mudança

cultural, sendo que a sua deficiente aplicação foi por diversas vezes identificada como um

dos elementos individuais mais destrutivos num ambiente em transição”

"A comunicação interna é um fator estratégico para o sucesso das organizações porque

atua principalmente em três frentes: é fundamental para os resultados do negócio, é um

fator humanizador das relações de trabalho e consolida a identidade da organização junto

aos seus públicos"

"A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e crenças

estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas, compartilhados por

todos os membros da organização, e que por sua vez constitui o modo institucionalizado

de pensar e agir que existe em uma organização"

8

2.2.2 Comunicação e Motivação/ Satisfação

Uma boa comunicação dentro de uma empresa facilita as relações entre departamentos, cria

uma maior consciência do caminho a seguir e dos objetivos a alcançar, tanto individuais como

gerais. Consegue-se adquirir mais sensibilidade na resolução das necessidades dos

colaboradores e assim gerar mais satisfação no local de trabalho, “estamos na sociedade da

comunicação e não basta às empresas serem eficientes, tendo também que mostrar essa

eficiência. Aqui, o papel da comunicação é preponderante, revelando-se como um indispensável

instrumento de gestão”, Ramos (1997).

O departamento de comunicação bem estruturado vai resultar numa melhor orientação para

alcançar o que se pretende com sucesso, de acordo com Kunsh (1986) “o que caracteriza as

organizações é a sua estrutura e a maneira como suas atividades são coordenadas”. É

fundamental que as organizações apostem mais na comunicação para conseguir com mais

probabilidade crescer, desenvolver e progredir num ambiente favorável, Canili (1995).

A junção disto tudo vai reforçar um bom ambiente de trabalho e isto reflete-se no desempenho

dos funcionários, o que vai provocar mais satisfação na organização e melhorar as relações

entre todos os envolventes. Ramos (1997) defende que “qualquer organização necessita de

adotar uma política de comunicação eficaz, desenvolvendo novas estratégias de comunicação

que lhe permitam criar uma imagem positiva e coerente”.

Para melhor compreender o impacto da motivação e satisfação, na tabela 3, temos alguns

conceitos de comunicação interna nessa vertente. Estes remetem-nos para a importância da sua

aplicação nas organizações.

9

Tabela 3: Definições de comunicação no eixo de motivação/satisfação

A organização deve motivar os colaboradores para os objetivos organizacionais, deve criar meios

de persuadir e atrair os clientes internos, contudo estes também tem que estar abertos para esta

situação. A empresa não detém todo o processo, segundo Brum (2003:40) a “motivação é,

antes de tudo, decorrente de algo intrínseco, de forças interiores que existem em cada ser e que

dependem da sua genética e de outros itens ligados à formação e educação”, isto é, as pessoas

também tem de se auto motivar e de contagiar quem as rodeia, assim o processo fica completo

e mais sólido. É um trabalho em equipa entre a organização e os seus colaboradores criando

assim um objetivo comum.

Cada vez mais as organizações dão importância á motivação dentro do seio organizacional, pois

já conseguem ver a força e o impacto que esta tem para alcançar as metas pretendidas com

sucesso, “as motivações são a pedra filosofal à volta das quais e pelas quais se criam e

estruturam sistemas de valores sociais” Fernandes (1991).

Satisfazer as necessidades dos colaboradores é uma forma de motivar e estimular, isto porque

vai interferir com o comportamento. “As necessidades não satisfeitas são os motivadores

Autor

Camara et al

(2001: 432)

Villafãne

(1998: 244)

Torquato

(2002:162)

Berry (1981

em Ahmed e

Rafiq 2000)

Winter

(1985:69)

Rafiq e Ahmed

(1993:220)

“esforço de planeamento para superar a resistência organizacional à mudança e alinhar,

motivar e integrar colaboradores para uma efectiva implementação de estratégias

corporativas e funcionais”

Definição

“A Comunicação Interna (…) deve ser entendida como um sistema de interacções onde

«emissor» e «receptor» se interinfluenciam e partilham significados simbólicos”

“A comunicação interna é um instrumento imprescindível para conseguir o envolvimento

da pessoa”

“Por meio da comunicação, uma pessoa convence, persuade, atrai, muda ideias, influi,

gera atitudes, desperta sentimentos, provoca expectativas e induz comportamento. [...] O

poder da comunicação pode ser designado como poder expressivo. Ele é capaz de alterar

estados de comportamento [...] O poder expressivo viabiliza concordância em torno de

metas e objectivos, valores e normas, meios, políticas e práticas, grau de participação e

obrigações de desempenho.”

“... ver os colaboradores como clientes internos e ver o trabalho como produtos internos

que satisfaçam as necessidades e desejos desses clientes internos (colaboradores),

enquadrando-os com os objectivos da organização.”

“Alinhar, educar e motivar os colaboradores para os objectivos organizacionais;.. processo

pelo qual os colaboradores entendem e reconhecem não apenas o valor do programa (dos

objectivos organizacionais), mas o seu lugar na organização.”

10

principais do comportamento humano”, Cunha e Pina, et al. (2003), quando estas não são

satisfeitas provoca desmotivação.

Dentro de uma organização deve existir partilha de informação, mas o mais importante é de

como esta vai ser feita. Se bem executada, é uma forma de aproximação entre o funcionário e a

empresa, criando laços de empatia, o que também vai interferir com a motivação. O próximo

tópico explica a importância da partilha de informação e de como esta deve ser transmitida.

2.2.3 Comunicação e Informação

Organização implica um ou vários conjuntos de pessoas o que por sua vez pode gerar barreiras

de comunicação. Maximiano (2004) e Robbins (2002) defendem que as barreiras de

comunicação estão ligadas à perceção e assimilação da mensagem por parte do recetor. Para

facilitar este processo de comunicação o emissor deve selecionar e filtrar a informação

necessária mediante a quem a vai transmitir. Outra barreira à comunicação está ligada com o

excesso de conteúdo numa única mensagem o que pode gerar excesso de informação, caso a

linguagem escolhida e o canal utilizado não sejam os mais apropriados também podem dificultar

a compreensão da mensagem. Na tabela 4 estão presentes alguns conceitos de comunicação

interna na vertente da informação, em que Brum (2003:106) admite que a informação deve ser

tratada como um processo, em que tem de ir de encontro ao público interno, para que este

consiga assimilar o que a empresa pretende sem dificuldade de compreensão e execução.

11

Tabela 4: Definição de comunicação no eixo de informação

O formato de como uma empresa faz a gestão, a partilha e a aplicação da informação é o que

diferencia uma organização coesa de uma organização desfragmentada. Há várias formas de

comunicar e de passar a informação, Thayer (1979) apresenta as funções de comunicação, da

seguinte forma: a função de informação; instrutivas e de mando; de influência e persuasão;

integrativas. Em todas estas funções o elemento principal é a informação. O autor defende que a

comunicação só ocorre se alguém obter ou absorver alguma informação e acredita que a

“comunicação é tanto o meio como o fim através do qual adotamos e procuramos nossas metas

no meio ambiente”, isto é, o relacionamento entre pessoas só é possível através da

comunicação. Por sua vez, Ilharco (2009/2010) interpreta e organiza os fatores de comunicação

de forma diferente:

I- “ (…) Compreender os outros: Ter a perceção dos sentimentos e das perspetivas dos outros e

manifestar um interesse ativo nas suas preocupações.

II- Desenvolver os outros: Ter a perceção das necessidades de desenvolvimento dos outros e

fortalecer as suas capacidades (…).

III- Influência: Exercer táticas eficazes de persuasão.

IV- Catalisador de mudança: Iniciar e gerir a mudança.

Autor

Brum

(2003: 106)

Marchiori

(2010, p. 6)

Kunsch,

(1997, p. 130)

Brum

(2003: 91)

Tavares

(2011: 265)

Definição

“ Comunicação Interna é um processo, não é uma pessoa…”

"(...) oportuniza a troca de informações via comunicação, contribuindo para a construção

do conhecimento, o qual é expresso nas atitudes das pessoas. É fundamentalmente um

processo que engloba a comunicação administrativa, fluxos, barreiras, veículos, redes

formais e informais. Promove, portanto, a interação social e fomenta a credibilidade,

agindo no sentido de manter viva a identidade de uma organização"

"A qualidade da comunicação interna passa pela disposição da direção em abrir as

informações; pela autenticidade, (...) pelo respeito às diferenças individuais, pela

implantação de uma gestão participativa, (...) pela utilização de novas tecnologias; e por

um gerenciamento feito por pessoas especializadas e competentes, que ensejem

efetivamente uma comunicação simétrica de duas mãos em benefício da organização e

de seus colaboradores"

“ Toda e qualquer organização empresarial deve posicionar-se diante do seu

público interno da forma como deseja ser percebida por ele”

“as relações que os serviços e os seus trabalhadores devem

manter entre si, definindo a forma como podem e devem comunicar”

12

V- Criar laços: Alimentar relações (…).

VI- Colaboração e cooperação: Trabalhar com outros para objetivos comuns.

VII- Capacidade de equipa: Criar sinergias de grupo na prossecução de objetivos coletivos”.

As organizações estão estruturadas por níveis hierárquicos, portanto a partilha de informação é

essencial para todos trabalharem em conjunto no alcance dos objetivos comuns, “a

comunicação nas organizações ocorre inevitavelmente dentro das pessoas, que estão unidas por

canais formais e informais, em redes de comunicação relacionadas com tarefas de diversos

tipos”, segundo Thayer (1979).

Com a evolução dos canais de comunicação a tecnologia de informação começa a ter mais

realce e importância dentro nas organizações, a comunicação surge como um elemento

essencial para o ambiente empresarial. No tópico seguinte destaca-se os portais corporativos

como suporte à comunicação interna, onde vamos compreender que cada vez mais as

organizações utilizam este meio para comunicar com o cliente interno, isto é, “... ver os

colaboradores como clientes internos e ver o trabalho como produtos internos que satisfaçam as

necessidades e desejos desses clientes internos (colaboradores), enquadrando-os com os

objetivos da organização.” Berry (1981 em Ahmed e Rafiq 2000)

2.3 Canal de Comunicação Interna nas Organizações

Com o crescimento de uma organização faz-se sentir necessidade de colmatar a distância entre

polos de trabalho. Todos os colaboradores, independentemente da localização geográfica, tem

que ter acesso a tudo o que envolve a organização. Isto consegue-se aliando a comunicação

interna a portais corporativos, onde a informação está presente para todos os colaboradores de

igual forma, assim, o desempenho das suas funções não está comprometido. Neste tópico

vamos definir portais corporativos, as suas características, funções e requisitos no âmbito da

comunicação interna. Desta forma, conseguimos verificar a sua pertinência e importância num

mundo cada vez mais tecnológico.

2.3.1 Portais Corporativos

Os portais corporativos já vão na quarta geração, em que, a primeira geração é de categoria

referencial que consiste numa máquina de pesquisa, com catálogo hierárquico de conteúdo da

13

WEB. Destaca a gestão de conteúdo, divulgando para um grande público informações

corporativas e como suporte de decisão. A segunda geração já possui uma categoria de

personalização, em que o portal pode ser utilizado unicamente pelos usuários que dispõe de um

identificador e senha, tendo acesso ao conteúdo personalizado, mostrando as categorias que lhe

interessam, e o próprio portal informa quando são inseridos novos conteúdos. Esta geração

privilegia a distribuição personalizada de conteúdo. A categoria da terceira geração é

interatividade, em que o portal incorpora aplicativos que incentivam a produtividade, tanto

individual como em equipa e acrescenta a interação em vários serviços. A geração atual, a

quarta, tem uma categoria de especialização, isto é, o portal corporativo é baseado em funções

profissionais para gerência de atividades específicas, integra aplicativos corporativos com o

portal, possibilita assim a execução de transações e melhora a gestão dos dados corporativos

(leitura, gravação, atualização), segundo Eckerson em Dias (2001 p.54).As potencialidades dos

portais corporativos estão ligadas a algumas caraterísticas reunidas na tabela 5.

Tabela 5: Caraterísticas de portais corporativos

A comunicação, cada vez mais, tem de se ajustar aos novos canais de informação sem perder o

impacto e a eficácia desejada. Os portais corporativos são um bom canal de comunicação, em

que se adapta ao ambiente organizacional para atender às necessidades e interesses dos

colaboradores, permite que estes acedam à informação de forma mais ágil, intuitiva e

personalizada. É uma plataforma que promove e otimiza a interação entre todos os envolvidos.

Caraterísticas

Integração dos Dados

Aprendizagem

Estratégia da Organização

Informativo

Terra e Bax (2003)

Dias (2003)

Autor

Laudon e Laudon (2004)

Carva lho e Ferreira (2006)

Ferro e Vanti (2002)

Dias (2001)

Terra e Gordon (2002)

14

Os portais corporativos são o suporte que disponibiliza e integra toda a informação relacionada

com a organização a todos os envolvidos, desta forma, a identificação, captura, armazenamento,

recuperação e distribuição de grandes quantidades de informação realizam-se neste canal de

comunicação, segundo Dias (2001), facilitando o acesso a tudo o que é necessário de forma

mais rápida e cómoda.

Os portais corporativos também impulsionam à aprendizagem, pois ao disponibilizar informação

estão a dar conhecimento, as ferramentas necessárias para a evolução tanto individual como em

equipa. Em que o utilizador passa a fazer a gestão e pesquisa de conteúdo, Carvalho e Ferreira

(2006).

Terra e Bax (2003) acreditam que a gestão do portal deve seguir um modelo sustentável de

negócio, e isto passa por disponibilizar a todos os colaboradores a missão, estratégia e objetivos

da organização consciencializando-os do lugar que estes ocupam e do que é esperado deles. Os

portais internos têm o propósito de expor e fornecer informações específicas de negócio,

auxiliando os usuários a encontrar o que precisam, segundo Dias (2003).

Gianese e Corrêa (1994) acreditam que a qualidade dos serviços é atribuída pelas expectativas

do cliente, caso estas sejam atendidas ou superadas, relativamente a um serviço prestado. Na

figura 1 visualizamos como os clientes estabelecem uma comparação entre a sua perceção e a

sua expectativa, criando assim o seu nível de qualidade percebida pela experiência realizada.

Este modelo está adaptado à realidade DRCN onde foi realizado um questionário de satisfação

relativamente à EDPon intranet, portal interno já existente, e relativamente às expectativas da

criação de um novo portal direcionado à DRCN. Comparando estes dois aspetos, encontramos a

qualidade percebida pelos colaboradores. Este estudo incide-se na DRCN onde atualmente as

informações estão armazenadas em equipamentos de informática de forma não integrada,

dificultando por vezes o acesso e atualização, consequentemente, o desempenho das atividades

necessárias ao pleno funcionamento da organização.

2.3.2 Requisitos de um Portal Corporativo

O portal corporativo para desempenhar o seu papel com sucesso deve preencher alguns

requisitos e cumprir certas normas, tendo em conta que os seus utilizadores podem ser

inúmeros e de características distintas, conseguir comunicar com todos requer atenção a todos

15

os pormenores que envolvem este meio. A tabela 6 contém os requisitos mínimos para um

portal corporativo no ponto de vista de Dias (2001) e Laudon, Laudon (2004).

Tabela 6: Requisitos mínimos para um portal corporativo

Ao seguir estes requisitos o portal corporativo abrange tudo o que é necessário para um bom

entendimento por parte dos utilizadores e disponibiliza as informações para o bom desempenho

das suas atividades.

Dias

(2001)

Laudon, Laundon

(2004)

Fáci l para usuários

eventuais Conteúdo

Class i ficação e

pesquisa intuitiva Usuários

Comparti lhamento

corporativo Personal ização

Conectividade universa l

aos recursos

informacionais

Suporte para colaboração

Acesso dinâmico aos

recursos informacionais Faci l idade de uti l i zação

Navegação intel igente Atual ização e edição

Ferramenta de

intel igência de

negócios integrada

Gestão e

adminis tração

Arquitetura baseado

em servidor Benefícios e custos

Serviços dis tribuídos

Definição flexível das

permissões de acesso

Interfaces externas

Segurança

Fáci l

adminis tração

Customização e

personal ização

Requisitos

16

Os requisitos incluem a informação da empresa de forma clara e amigável, colocando um

mecanismo de busca que através de palavras-chave, de fácil compreensão, faça um filtro na

procura da informação em questão, os usuários devem ainda conseguir personalizar a sua

interface de forma a facilitar o acesso ao que precisam.

Deve ainda ser utlizado como suporte para a colaboração, permitindo ao usuário publicar,

compartilhar e receber informações de outros usuários, promovendo a interação entre pessoas e

grupos da organização. Esta plataforma possibilita ainda um controlo constante na atualização

das informações, deve ser amigável em todo o processo desde da instalação, configuração e

manutenção.

Estes requisitos dão resposta a várias dificuldades encontradas na utilização deste suporte. Para

motivar e apelar á sua utilização deve-se criar uma ferramenta intuitiva e atrativa, isto é possível

indo de encontro às necessidades dos utilizadores e às suas características.

17

3 APRESENTAÇÃO DO GRUPO

No âmbito deste trabalho torna-se imprescindível apresentar o Grupo EDP, mais propriamente a

Direção Rede e Clientes Norte da EDP Distribuição, onde foi realizado o estudo de caso.

3.1 História do Grupo EDP

Para melhor compreender este universo, neste capítulo, vamos falar da história da EDP Grupo e

posteriormente da EDP Distribuição para depois focalizar na Direção Rede e Clientes Norte, onde

foi realizado o estudo.

Em 1976 nasceu a EDP (Eletricidade de Portugal) com a fusão de 13 empresas. Entretanto com

o passar do tempo esta começou a crescer, conquistando mercados, alargando à atividade,

consequentemente a marca foi-se ajustando à realidade e às mudanças.

Hoje, faz parte da lista das empresas mais valiosas do mundo, ocupando o 280º lugar no

ranking, Energias de Portugal (2009).

Em março de 2011 num estudo divulgado pela consultora “Brand Finance”, a empresa vale

cerca de 2.775 milhões de euros.

Figura 1: A Evolução da marca

Fonte: http://www.edp.pt/pt/aedp/sobreaedp/marcaEDP/Pages/HistoriaMarca.aspx

Em 1978, foi criada a primeira marca da EDP (Eletricidade de Portugal/ Empresa Pública), na

imagem em cima conseguimos visualizar o logótipo, era uma marca restritamente de negócio.

18

Em 1993, há uma mudança de visual pois a empresa mudou a identidade jurídica e passa de

Entidade Pública a Sociedade Anónima três anos antes. Desta forma, o conceito passa a ser

associado a mudança e dinamismo e o logótipo representa três áreas de atividade da empresa

produção, transporte e distribuição de energia. Mesmo assim o consumidor ainda via a empresa

com os mesmos valores antes da alteração, distante dos clientes.

Para colmatar essa visão por parte dos clientes, o Grupo em 2003 desenvolveu uma nova marca

em que o conceito centrava-se na proximidade aos clientes e stakeholders. Pretendia-se mostrar

uma empresa aberta, transparente e honesta que praticava preços justos pelos seus serviços.

Posteriormente em 2004, dá-se o grande rebranding e reposicionamento da EDP. Em que a

nova identidade passa a ser um sorriso próximo e simples. O encarnado simboliza a Paixão,

Diferenciação, Emoção e Calor e os valores da marca estavam bem evidentes no conforto,

simplicidade e responsabilidade social. Alterou também a sua assinatura de “Eletricidade de

Portugal” para “Energias de Portugal” alargando assim o negócio para outras atividades no setor

da energia.

Em 2006, surge a liberalização do mercado doméstico do setor elétrico em Portugal, o que levou

a EDP a ter um novo posicionamento, criando uma relação mais transparente com os clientes e

isso verificou-se na nova assinatura “Sinta a nossa Energia”. Esta gerou mais impacto visual

mais flexível e adaptável a ambientes audiovisuais e virtuais.

A assinatura volta a ser alterada em 2009, passando a ser “Viva a nossa Energia”. É o espelho

de uma marca mais dinâmica, inovadora e entusiasta. Passa a ser um convite ao envolvimento e

à experiência e uma homenagem à vida e à energia humana.

Inicia-se assim um novo percurso, uma nova história em que a empresa ganha um papel mais

humano, sustentável e inovador.

3.1.1 EDP Distribuição

A EDP distribuição tem como atividade, operador de rede de distribuição, em Portugal

continental, sendo responsável pela concessão da exploração da Rede Nacional de Distribuição

(RND) de energia elétrica em média tensão (MT) e alta tensão (AT) e de concessões municipais

de distribuição de energia elétrica em baixa tensão (BT).

19

A sua missão é sustentada em três eixos: garantir a expansão e a fiabilidade da rede, ligar

clientes e produtos à rede de distribuição, planear, desenvolver, operar e manter a rede; garantir

o abastecimento de eletricidade, abastecer os clientes dos comercializadores, cumprindo os

objetivos regulatórios de qualidade e de tempos de interrupção de energia; fornecer serviços aos

comercializadores, garantir os serviços, tais como, mudança de comercializador (switching),

cortes, alterações de potência, leitura, etc.

A distribuição de energia elétrica tem como atividade as ligações à rede elétrica, a assistência

técnica à rede e a clientes, o apoio na escolha de soluções energéticas eficientes e as leituras de

contadores.

A gestão da rede elétrica exige elevados padrões de qualidade técnica e isso implica a eficácia

no número e no tempo máximo de duração das interrupções de fornecimento, entre outros.

3.1.2 Direção de Rede e Clientes Norte

Existem seis direções de rede e clientes na EDP Distribuição – Energias S.A., estas asseguram

todo Portugal Continental, no exercício da atividade regulada, pela Entidade Reguladora dos

Serviços Energéticos, de operador da rede de distribuição (Rede Nacional de Distribuição e rede

de Baixa Tensão).

A missão é de prestar o melhor serviço ao cliente, com a maior brevidade e qualidade possíveis,

explorando as economias de escala e de âmbito (polivalência) das equipas no terreno. Tem

como principais atividades:

A execução de obras para municípios no âmbito do contrato de concessão;

Manutenção da iluminação pública;

Ligação de clientes de média tensão e baixa tensão (ramais e contagens);

Ligação de micro produtores e produtores em regime especial;

Assistência às redes de baixa tensão, média tensão, alta tensão e a clientes;

Manutenção de redes de baixa tensão e postos de transformação;

Projetos e obras de construção, de remodelação e de ampliação de redes de média

tensão, baixa tensão, iluminação pública e postos de transformação.

20

O desenvolvimento deste trabalho foi realizado na direção de rede e clientes norte (DRCN). Nas

figuras 3 e 4 pode-se verificar a estrutura desta direção e os departamentos necessários para

assegurar a execução das principais atividades nas áreas operacionais que abrange regiões de

Braga, Viana do Castelo, Guimarães, Penafiel, Bragança e Vila Real.

Figura 2: Organigrama da Direção Rede e Clientes Norte

21

Figura 3: Mapa das áreas operacionais

3.1.3 Funções Atribuídas à DRCN

Os departamentos têm funções específicas para o bom funcionamento da organização. Em que

o apoio à gestão faz a: ligação com EDP Valor (materiais; instalações e faturas); organização

processual de licenciamentos e indemnizações; gestão do arquivo técnico; elaboração de

informação para gestão operacional; gestão do fundo de maneio; elaboração e coordenação do

plano de motivação/ satisfação e comunicação interna.

O departamento de relações com o exterior faz a: gestão da relação com as autarquias; gestão

da relação com a comunicação social regional/local, controlo do orçamento anual de publicidade

e patrocínios da DRC (em coordenação com o Gabinete de Comunicação); gestão e controlo

(prazos e qualidade) de PSEs.

Estudo de rede MT/ BT faz a: definição dos pontos de ligação e condições técnicas das novas

ligações; elaboração de propostas e sua apresentação ao planeamento de rede sempre que se

ultrapassem os critérios pré definidos no investimento MT/BT; orçamentação e valorização das

comparticipações/ indemnizações a pagar pelos clientes MT; realização de estudos e projetos

sobre a evolução das redes MT/BT, incluindo análise de projetos de loteamentos/urbanizações;

elaboração das propostas a levar ao comité de investimento.

22

Assistência comercial faz a: coordenação e acompanhamento da execução de ordens de serviço

e contagens; avaliação da qualidade do serviço dos PSEs; acompanhamento de auditorias,

implementação das recomendações e/ou aplicação de penalidades (em articulação com a

gestão de fornecedores); avaliação e acompanhamento de reclamações de clientes (em

articulação com a direção comercial para clientes seguidos por gestores de clientes).

Cada AO é desdobrada nos seguintes departamentos: manutenção e reposição do serviço que

por sua vezes faz a: reposição do serviço em toda a rede (primeiras intervenções e manobras,

incluindo manutenção corretiva); manutenção sistemática e condicionada em PTs/PSTs e na

rede BT/IP; programação e execução; controlo dos PSEs (prestadores de serviços). O

departamento de obras que faz a: execução de todo o investimento não estruturante (incluindo

ligações de clientes MT/BT e ampliações, remodelações e modificações nas redes MT/BT/IP);

fiscalização e controlo das obras no terreno; controlo dos PSEs; acompanhamento do

investimento estruturante em apoio a solicitações do projeto e construção; apoio ao planeamento

de rede na revisão periódica de critérios a aplicar em indemnizações. Por fim o departamento de

apoio técnico e administrativo que faz a: atualização de intervenções BT/ SIT/SGI; expediente

geral (tramitação processual).

23

4 ANÁLISE DE DADOS

4.1 Hipóteses de Estudo

A revisão de literatura juntamente com a comunicação interna realizada na EDPon intranet

permitiu a formulação fundamentada das seguintes questões:

Para dar resposta a estas questões realizou-se um questionário de comunicação interna, a todos

os colaboradores da DRCN, para percebermos a sua satisfação relativamente ao tipo de

comunicação e partilha de informação realizada por parte da Direção Norte. Neste questionário

também pretendemos perceber as expectativas para a criação de um novo portal mais

direcionado a todos os departamentos pertencentes à DRCN.

Tendo em conta que já existe um portal interno, a EDPon intranet, achamos pertinente realizar

três simulações de forma a compreender o tipo de utilização feita pelos colaboradores ao

mesmo. A primeira simulação consiste em encontrar o significado de uma sigla. A EDP atribui a

quase tudo uma sigla e por vezes estas são atualizadas, o que provoca a necessidade de

1. Os colaboradores da DRCN encontram-se satisfeitos relativamente ao canal

de comunicação interno já existente, EDPon intranet?

2. Como os colaboradores da DRCN utilizam o portal EDPon intranet?

3. Quais as expectativas e motivação que os colaboradores da DRCN têm em

relação á criação de um novo canal de comunicação específico à Direção

Norte?

4. Quais são as práticas de comunicação mais úteis na perspetiva do cliente

interno da DRCN?

5. Quais as técnicas do Portal que são preditivas da satisfação?

24

pesquisa constante. A segunda simulação consiste em encontrar o separador da DRCN, onde

está presente a informação base desta direção. A terceira simulação pretende encontrar os

dados de um colaborador, é frequente em todos os departamentos necessitarem de um contacto

telefónico, de saber um email de um colega, entre outros dados.

Estas simulações vão nos dar resposta ao tipo de utilização feita ao portal interno da EDP,

através da contabilização do tempo e do tipo de pesquisa, bem como a utilidade que estes

encontram neste suporte.

4.2 Satisfação e expectativas

4.2.1 Introdução à Análise do Questionário de Comunicação Interna

O presente estudo tem como objetivo principal aperfeiçoar a comunicação interna da DRCN,

otimizar as ferramentas de trabalho, conhecer o grau de satisfação e as necessidades dos

colaboradores. Foi aplicado um questionário de Comunicação Interna (anexo 1) ao qual

responderam 235 pessoas de um total de 452 colaboradores.

Os questionários realizados, na DRCN, pretendem conhecer o grau de satisfação e as

necessidades dos seus colaboradores, relativamente ao canal de comunicação utilizado, a

EDPon intranet, em que este é o meio de comunicação utilizado na EDP, é uma plataforma

interna, onde estão inseridas todas as informações relativamente às empresas do Grupo. Este

estudo procura aperfeiçoar a comunicação interna e otimizar as ferramentas de trabalho da

DRCN.

25

Figura 4: Qualidade percebida dos colaboradores

Fonte: Adaptado Gianese e Corrêa 1994, p.196

Com este modelo conseguimos fazer uma leitura da qualidade percebida, dos colaboradores da

DRCN, comparando a satisfação relativamente ao portal existente, e as expectativas para a

criação de um novo portal mais direcionado a esta direção, presentes no questionário de

comunicação interna.

Tabela 7: Mediana de satisfação

1. Qual o seu

grau de

satisfação

relativamente á

forma como a

DRCN aborda a

comunicação

interna.

2. Qual o seu

grau de

satisfação com a

vertente

inovadora da

DRCN no

âmbito da

comunicação.

3. Qual o seu

grau de

satisfação

relativamente à

qualidade de

informação que

a DRCN

disponibiliza.

4. Qual o seu

grau de

satisfação com a

qualidade de

informação

disponibilizada

na EDP on

intranet

relativamente à

DRCN.

5. Qual o seu

grau de

satisfação com o

sistema de

pesquisa

disponibilizado

na EDP on

intranet para

encontrar o que

pretende.

6. Qual o seu

grau de

satisfação com o

aspecto gráfico

da EDP on

intranet.

7. Qual o seu

grau de

satisfação com o

modo como

acede à

informação que

mais utiliza na

EDP on

intranet.

8. Qual o seu

grau de

satisfação com a

velocidade de

acesso à

informação que

precisa.

Validado 235 235 235 235 235 235 235 235

Em falta 0 0 0 0 0 0 0 0

3,83 3,81 3,79 3,66 3,68 3,86 3,76 3,54

4 4 4 4 4 4 4 4

N

Média

Mediana

26

Para encontrar a mediana da satisfação agrupou-se as questões relacionadas, presentes na

tabela 7, onde se verificou que o valor da mediana é de 4,00.

Tabela 8: Mediana de expectativas

Para encontrar a mediana das expectativas realizou-se o mesmo procedimento, agrupando as

questões relacionadas, presentes na tabela 8, onde também se verificou que o valor da mediana

é de 4,00.

Estes resultados, de 4,00 em ambas, significa que a qualidade percebida vai de encontro às

expectativas e que esta foi superada pela experiência realizada no portal já existente.

O questionário foi aplicado no Google drive para toda a DRCN, este seguiu as normas gerais de

aplicação, mais especificamente, a confidencialidade dos dados. Foi enviado por correio

eletrónico para todos os colaboradores e esteve disponível durante 1 semana para toda a

Direção Norte.

A análise estatística foi realizada com o software SPSS Statistics (v.22, IBM SPSS, Chicago, IL).

4.2.2 Caracterização da Amostra

A amostra é constituída por 214 indivíduos do sexo masculino e 21 do sexo feminino, de

salientar que no total de colaboradores 419 são do sexo masculino e apenas 33 do sexo

feminino, 2,6% têm idade inferior a 35 anos, 28,9% idade entre 35 e 50 anos e 68,5% têm mais

12. Na sua opinião o

portal pode facilitar

o acesso à

informação

relativamente à

DRCN.

13. Na sua opinião o

portal ao concentrar

toda a informação

referente à DRCN

pode contribuir para

a melhoria da

atuação de cada um.

14. Na sua opinião o

portal ao concentrar

toda a informação

referente à DRCN

pode contribuir para

a melhoria da

atuação como

equipa.

15. Na sua opinião o

portal ao reunir toda

a comunicação

referente à DRCN

pode contribuir para

a melhoria da

autonomia que cada

um tem nas suas

funções.

16. Na sua opinião o

portal pode gerar

mais satisfação no

seu trabalho.

Validado 235 235 235 235 235

Em Falta 0 0 0 0 0

4,09 4,09 4,11 4,01 3,96

4 4 4 4 4

N

Média

Mediana

27

de 50 anos. Relativamente à função desempenhada 16,6% pertencem a um Quadro Superior,

17,9% à Área Administrativa e 65,5% à Área Técnica. Em relação à Área de trabalho, por

observação do gráfico 1 destaca-se que 41,28% pertencem à área AOPNGM.

Gráfico 1: Área de trabalho

Relativamente às respostas dadas às questões relacionadas com a satisfação dos colaboradores

com a intranet, pela observação dos gráficos 2 a 9 destaca-se que em todas elas mais de 50%

dos colaboradores mostra-se satisfeito com o canal de comunicação. Além disso, 74,5% afirmou

recorrer à intranet para desempenhar o seu trabalho diário, 79,1% reconheceu ser o Quiosque o

separador que mais utiliza, este separador refere-se ao controlo de entradas e saídas do local de

trabalho bem como o controlo de férias ou folgas, e apenas um colaborador afirmou ser Siglas

EDP o separador que mais utiliza, este separador consiste em explicar o significado das siglas

utilizadas dentro da organização.

28

Gráfico 2: Grau de satisfação relativamente à forma como a DRCN aborda a comunicação

interna

Relativamente à forma como a DRCN aborda a comunicação interna 9,79% estão muito

satisfeitos, 67,66% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 19,15% nem satisfeitos nem

insatisfeitos, 2,13% estão insatisfeitos e 1,28% estão muito insatisfeitos.

Gráfico 3: Grau de satisfação com a vertente inovadora da DRCN no âmbito da comunicação

29

Quanto à vertente inovadora da DRCN no âmbito da comunicação 8,09% estão muito satisfeitos,

68,09% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 20,85% nem satisfeitos nem insatifeitos,

2,55% estão insatisfeitos e 0,42% estão muito insatisfeitos.

Gráfico 4: Grau de satisfação relativamente à qualidade de informação que a DRCN disponibiliz

Verifica-se que relativamente à qualidade de informação que a DRCN disponibiliza 9,36% estão

muito satisfeitos, 65,96% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 19,57% nem satisfeitos

nem insatisfeitos, 4,68% estão insatisfeitos e 0,43% estão muito insatisfeitos.

30

Gráfico 5: Grau de satisfação com a qualidade de informação disponibilizada na EDPon intranet

relativamente à DRCN

O grau de satisfação com a qualidade de informação disponibilizada na EDPon intranet

relativamente à DRCN verificou-se que 5,96% estão muito satisfeitos, 61,70% dos colaboradores

encontram-se satisfeitos, 25,96% nem satisfeitos nem insatisfeitos, 5,53% estão insatisfeitos e

0,85% estão muito insatisfeitos.

Gráfico 6: Grau de satisfação com o sistema de pesquisa disponibilizado na EDPon intranet para

encontrar o que pretende

31

O grau de satisfação com o sistema de pesquisa disponibilizado na EDPon intranet é de 7,66%

estão muito satisfeitos, 60,85% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 24,68% nem

satisfeitos nem insatifeitos, 5,53% estão insatisfeitos e 1,28% estão muito insastisfeitos.

Gráfico 7: Grau de satisfação com o aspeto gráfico da EDPon intranet

O grau de satisfação com o aspeto gráfico da EDPon intranet é de 12,34% estão muito

satisfeitos, 65,11% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 19,15% nem satisfeitos nem

insatifeitos, 2,55% estão insatisfeitos e 0,85% estão muito insastisfeitos.

32

Gráfico 8: Grau de satisfação com o modo como acede à informação que mais utiliza na EDPon

intranet

O grau de satisfação com o modo como acede à informação que mais utiliza na EDPon intranet

é de 9,36% estão muito satisfeitos, 63,40% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 21,28%

nem satisfeitos nem insatifeitos, 5,53% estão insatisfeitos e 0,43% estão muito insastisfeitos.

Gráfico 9: Grau de satisfação com a velocidade de acesso à informação que precisa

33

O grau de satisfação com a velocidade de acesso à informação que precisa é de 5,53% estão

muito satisfeitos, 54,89% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 29,36% nem satisfeitos

nem insatifeitos, 8,51% estão insatisfeitos e 1,70% estão muito insastisfeitos.

Quando questionados sobre as suas expectativas relativamente à criação de um portal para a

DRCN, a opção que reuniu um maior número de respostas foi “Obter mais informação” (21%).

62,1% concordam que o portal pode facilitar o acesso à informação relativamente à DRCN, o

portal interno já existente, EDPon intranet, concentra toda a informação do Grupo EDP o que por

vezes para encontrar algo especifico torna-se mais confuso e perde-se mais tempo, 67,2%

afirmam concordar que o portal ao concentrar toda a informação referente à DRCN pode

contribuir para a melhoria de atuação de cada um e 66,8% concordam que essa concentração

também pode contribuir para a melhoria da atuação como equipa, além disso 65,1% concorda

que a reunião de toda a comunicação referente à DRCN pode também contribuir para a melhoria

da autonomia que cada um tem nas suas funções. Dos inquiridos 64,3% concordaram que o

portal pode gerar mais satisfação no seu trabalho e apenas 3 pessoas discordam que o portal

possa gerar mais satisfação. Em relação à motivação para a utilização do novo portal, 95,7%

afirmaram estar mais motivados.

4.2.3 Relação entre a Satisfação e os Dados Sociodemográficos

Para analisar se existem diferenças estatisticamente significativas na satisfação dos

colaboradores relativamente à intranet de acordo com os dados sociodemográficos foi construída

uma nova variável “Satisfação” que resulta da soma das pontuações atribuídas nas questões 1 a

8 do Questionário de Comunicação Interna.

Para averiguar se existem diferenças estatisticamente significativas na satisfação dos

colaboradores consoante a idade dos mesmos, recorreu-se ao teste não paramétrico de Kruskal-

Wallis, que consiste num teste não paramétrico utilizado na comparação de três ou mais

amostras independentes, indica se há diferença entre pelo menos dois deles, seguido da

comparação múltipla das médias das ordens, pelo teste de Dunn. Usou-se uma probabilidade de

erro tipo I ( ) de 0,05. Em anexo apresenta-se os resultados do teste (anexo 3). Conclui-se que

existem diferenças na satisfação de acordo com a idade

34

( , p = 0,028). De acordo com a comparação múltipla de médias, os mais

jovens e os colaboradores com idade entre 35 e 50 anos apresentam um grau de satisfação

significativamente diferente (p = 0,044), sendo o grupo com idades entre 35 e 50 anos os que

apresentam maiores níveis globais de satisfação.

Realizou-se também o teste de Kruskal-Wallis para verificar se existem diferenças

estatisticamente significativas entre a satisfação dos colaboradores e a sua função e entre a sua

satisfação e a área de trabalho, no entanto, não se verificaram diferenças estatisticamente

significativas.

A hipótese de que existem diferenças no grau de satisfação entre homens e mulheres foi

avaliada pelo teste não paramétrico de Wilcoxon-Mann-Whitney, É um teste não paramétrico

aplicado para duas amostras independentes, é usado para testar a heterogeneidade de duas

amostras ordinais. Usou-se uma probabilidade de erro tipo I ( ) de 0,05. Em anexo apresenta-

se os resultados do teste (anexo 4). As diferenças observadas entre os dois sexos não foram

estatisticamente significativas (U = 1955,5; W = 2186,5; p = 0,315).

Para avaliar se existem diferenças entre homens e mulheres no que diz respeito ao recurso à

intranet para desempenhar o seu trabalho diário, recorreu-se ao teste não paramétrico de

Wilcoxon-Mann-Whitney. Em anexo apresenta-se os resultados do teste (anexo 5).

As diferenças observadas entre os dois sexos foram estatisticamente significativas

(U = 1702; W = 24707; p = 0,015), sendo os sujeitos do sexo masculino os que mais utilizam a

intranet.

4.2.4 Relação entre as expectativas e os Dados Sociodemográficos

Para analisar se existem diferenças estatisticamente significativas ao nível das expectativas dos

colaboradores de acordo com os dados sociodemográficos foi construída uma nova variável

“expectativas” que resulta da soma das pontuações atribuídas nas questões 12 a 14 do

Questionário de Comunicação Interna.

Averiguou-se se existiam diferenças estatisticamente significativas nas expectativas dos

colaboradores consoante a sua função, recorrendo-se ao teste não paramétrico de Kruskal-

184,7)2(X2kw

35

Wallis, seguido da comparação múltipla das médias das ordens, pelo teste de Dunn. Em anexo

apresenta-se os resultados do teste (anexo 6). Conclui-se que existem diferenças nas

expectativas dos colaboradores de acordo com a área de trabalho

447,14)2(X2kw , p = 0,001). De acordo com a comparação múltipla de médias, existem

diferenças entre a área técnica e a área administrativa, p = 0,031 e entre a área técnica e os

quadros superiores, p = 0,003 sendo nas áreas administrativa e quadros superiores que se

verificam maiores expectativas.

Verificou-se também se existiam diferenças nas expectativas entre homens e mulheres e entre os

mais jovens e os mais velhos no entanto essas diferenças não foram estatisticamente

significativas.

De salientar que não foram aplicados testes paramétricos uma vez que não se cumpriam os

pressupostos de normalidade e homogeneidade de variâncias.

Para analisar a relação entre a satisfação e as expectativas calculou-se o coeficiente de

correlação de Pearson (0,312), este mede o grau da correlação entre duas variáveis

de escala métrica. Constatando-se que existe uma correlação moderada entre as duas variáveis,

sendo este coeficiente positivo constata-se que quanto maior a satisfação, maiores são as

expectativas.

4.3 Práticas de Portais Corporativos

4.3.1 Introdução à Análise Estatística do Questionário de Simulação Presencial

Com o objetivo de se verificar as dificuldades que os colaboradores encontram na utilização do

portal já existente, EDPon intranet, foi aplicado um questionário de Simulação presencial (anexo

2) ao qual responderam 30 pessoas. Para a aplicação do questionário foi necessário agendar

uma reunião com alguns dos colaboradores da DRCN, mais especificamente da AOBRVC, onde

os colaboradores tiveram que responder a algumas questões e concretizaram 3 simulações. Este

exercício foi realizado numa semana.

36

4.3.2 Caraterização da Amostra

A amostra é constituída por 17 indivíduos do sexo masculino e 13 do sexo feminino, a média de

idades é de 48,4 anos, 40% pertencem a um Quadro Superior, 33,3% à Área Administrativa e

26,7% à Área Técnica. Nos gráficos 10 a 14 pode analisar-se a avaliação dos colaboradores

relativamente à interatividade, cor, imagens, design e organização da informação da intranet,

salientando-se que 50% estão satisfeitos com a interatividade, não há insatisfeitos com a cor,

46,7% estão satisfeitos com as imagens e 56,67% estão satisfeitos com o design e com a

organização da informação. Dos inquiridos, 60% afirmaram ter vontade de navegar e de

permanecer na EDPon intranet e consideraram esta ferramenta intuitiva. Na tabela 2 apresenta-

se a avaliação da utilidade e importância de várias práticas. Salienta-se que as práticas

“Manuseamento fácil”, “Informação atualizada” e “Conteúdo relevante” foram consideradas

fatores com bastante ou muita utilidade, sendo a “Informação atualizada” considerada a de

maior utilidade, a prática “Aniversários dos colaboradores” foi a que consideraram como tendo

menor utilidade.

Gráfico 10: Avaliação EDPon intranet quanto a interatividade

A avaliação feita quanto à interatividade da EDPon intranet é de 26,67% estão muito satisfeitos,

50% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 20% nem satisfeitos nem insatifeitos e 3,33%

estão insatisfeitos.

37

Gráfico 11: Avaliação EDPon intranet quanto a cor

A avaliação feita quanto à cor da EDPon intranet é de 13,33% estão muito satisfeitos, 43,33%

dos colaboradores encontram-se satisfeitos e 43,33% nem satisfeitos nem insatifeitos.

Gráfico 12: Avaliação EDPon intranet quanto a imagens

A avaliação feita quanto às imagens da EDPon intranet é de 46,67% dos colaboradores

encontram-se satisfeitos, 30% nem satisfeitos nem insatifeitos e 23,33% estão insatisfeitos.

38

Gráfico 13: Avaliação EDPon intranet quanto a design

A avaliação feita quanto ao design da EDPon intranet é de 10% estão muito satisfeitos, 56,67%

dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 30% nem satisfeitos nem insatifeitos e 3,33% estão

insatisfeitos.

Gráfico 14: Avaliação EDPon intranet quanto a organização da informação

39

A avaliação feita quanto à organização da informação na EDPon intranet é de 20% estão muito

satisfeitos, 56,67% dos colaboradores encontram-se satisfeitos, 20% nem satisfeitos nem

insatifeitos e 3,33% estão insatisfeitos.

Tabela 9: Utilidade das diversas práticas

PráticasSem

utilidade

Pouca

utilidade

Nem pouca

nem muita

utilidade

UtilidadeMuita

utilidade

Meteorologia 3,30% 0% 23,30% 53,40% 20%

Espaço de conversação 3,30% 10% 26,70% 36,70% 23,30%

Ouvir o colaborador 0% 0% 16,70% 43,30% 40%

Partilha de conhecimento 0% 0% 6,70% 33,30% 60%

Aniversários colaboradores 13,30% 6,70% 36,70% 30% 13,30%

Contatos externos 0% 3,30% 10% 33,30% 53,40%

Notícias 0% 0% 20% 36,70% 43,30%

Links úteis 0% 0% 10% 33,30% 56,70%

Manuseamento fácil 0% 0% 0% 26,70% 73,30%

Design apelativo 0% 0% 3,30% 56,70% 40%

Interatividade 0% 0% 6,70% 23,30% 70%

Informações acessíveis 0% 0% 3,30% 43,30% 53,30%

Informação atualizada 0% 0% 0% 16,70% 83,30%

Conteúdo relevante 0% 0% 0% 3,30% 66,70%

Fotografias DRCN 3,30% 3,30% 40% 36,70% 16,70%

Atalho para as aplicações

que usa no dia-a-dia para

desempenhar a sua função

6,70% 6,70% 26,70% 13,30% 46,70%

Click Idea 6,70% 3,40% 23,30% 53,30% 13,30%

WikiEDP 3,30% 0% 20% 60% 16,70%

LibNet 3,30% 6,70% 16,70% 50% 23,30%

Boleia EDP 6,70% 6,70% 23,30% 43,30% 20%

Voluntariado EDP 0% 0% 16,70% 43,30% 40%

Oportunidades de

mobilidade3,30% 6,70% 10% 40% 40%

40

A tabela 9 apresenta várias práticas utilizadas em diversos portais corporativos. De uma forma

geral as práticas apresentadas são consideradas úteis, com a exceção de “Aniversários

colaboradores”, as restantes apresentam um peso de utilidade/ muita utilidade superior a 53%.

Nas práticas apresentadas “Manuseamento fácil”, “Conteúdo Relevante” e “Informação

atualizada” são consideradas as mais úteis, sendo que a última se destacou mais. “Aniversários

dos colaboradores” foi considerada com menor utilidade.

Das práticas utilizadas, internamente na EDP, as que se destacam mais são o “Voluntariado

EDP” e “Oportunidades de mobilidade” sendo consideradas as mais úteis. “Boleias EDP” é

considerada com menos utilidade.

A tabela seguinte apresenta as práticas utilizadas internamente na EDP e em que consiste cada

uma delas, para melhor compreender a sua utilidade e interesse.

Tabela 10: Práticas EDP

Muitas das práticas utilizadas pela EDP são de cunho social e de interacção, estimulando o

caracter humanitário e dando resposta às questões mais sensíveis. Na figura 5 conseguimos

visualizar o portal interno da EDP onde estão algumas práticas assinaladas.

Práticas

Click idea

Wikiedp

LibNet

Boleia EDP

Voluntariado EDP

Oportunidade de

mobilidade

Definição

Aposta nas pessoas e na sua criatividade fazendo a

recolha das ideias dos colaboradores para uma eventual

melhoria interna

Pretende alinhar a gestão do conhecimento com a

estratégia empresarial, criar uma cultura de partilha do

conhecimento e facil itar aos colaboradores a

contribuição, partilha e acesso ao conhecimento

É uma biblioteca virtual

Dá a conhecer as novas ofertas de mobilidade

Tem como objetivo estimular e apoiar a prática do

voluntariado pelos colaboradores do Grupo

É um separador de partilha de viagens e percursos, para

uso exclusivo de colaboradores do Grupo EDP, em

Portugal

41

Figura 5: Portal EDPon intranet

Fonte: http://intranet.edpon.edp.pt/pt/Paginas/HomePage.aspx

4.3.3 Análise Descritiva das Simulações

Relativamente à primeira e terceira simulação 60% dos colaboradores demoraram entre 1 a 3

minutos na sua execução, na segunda simulação 96,7% demoraram entre 1 a 3 minutos. No

que diz respeito aos passos que deram para chegar à resposta, na primeira simulação 60%

deram mais de 16 passos, sendo o número de passos necessários de 2 a 4, na segunda

simulação 63,3% deram mais de 16 passos, sendo o número de passos necessários igual a 4 e

na terceira simulação 86,7% deram de 2 a 4 passos, sendo o número de passos necessários

igual a 3. Em relação ao tipo de navegação, na primeira simulação 80% não encontrou o

significado da sigla – DRCN, na segunda simulação 76,7% também não encontrou o separador

da DRCN e na terceira simulação 83,3% utilizou o motor de pesquisa para encontrar os dados da

colaboradora Juliana Gomes.

As duas primeiras simulações não fazem parte do trabalho diário dos colaboradores o que

dificultou todo o processo de pesquisa e consequentemente a não encontrarem a resposta. A

terceira simulação já é mais utilizada, pois precisam constantemente de encontrar os dados de

outros colaboradores, daí os resultados serem mais satisfatórios.

No entanto, um dos erros encontrados a quando a análise de dados foi que nas simulações

deveria ter a opção de desistência, a sua ausência provocou algum desfasamento nos

42

resultados, pois alguns dos tempos, foram provocados pela desistência na pesquisa e não pela

rapidez de conclusão, daí surgir algumas incompatibilidades, uma percentagem alta tanto nos

tempos entre 1 a 3 minutos como não encontrou a resposta.

4.3.4 Relação entre a Importância e a Utilidade Atribuída às Práticas e os Dados

Sociodemográficos

Para analisar se existem diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres no

que diz respeito à sua avaliação da utilidade das práticas foi construída uma nova variável

“Utilidade” que resulta da soma das pontuações atribuídas nas questões 2.1 a 2.22 do inquérito

presencial. Esta análise foi avaliada com o teste t-Student para amostras independentes, é

um teste de hipótese que usa conceitos estatísticos para rejeitar ou não uma hipótese

nula quando a estatística de teste, segue uma distribuição t de Student. Os pressupostos deste

método estatístico, nomeadamente a normalidade das distribuições e a homogeneidade de

variâncias nos dois grupos foram avaliados, respetivamente, com o teste de Shapiro-Wilk, este é

usado para determinar se um conjunto de dados de uma dada variável aleatória, é bem

modelada por uma distribuição normal ou não, ou para calcular a probabilidade da variável

aleatória subjacente estar normalmente distribuída, (SW(17) masculino = 0,944; p = 0,365;

SW(13) feminino = 0,901; p = 0,139) e com o teste de Levene (F = 0,956; p = 0,337), estando

cumpridos os pressupostos, este permite-nos averiguar da homogeneidade das variâncias, testa

a igualdade de variâncias quando os dados são provenientes de distribuições contínuas, não

necessariamente distribuições normais, e algumas de suas modificações. De acordo com o teste

t-Student, (anexo 7) consideraram-se estatisticamente significativas as diferenças entre os

valores médios de utilidade nos dois grupos (t(28) = -2,548 ; p = 0,017) sendo as mulheres as

que apresentam valores médios de utilidade mais altos, como muitas das práticas envolvem

questões como o social e interação, as mulheres tendo mais sensibilidade para estes temas

conseguem atribuir mais interesse.

Foi também analisado se existiam diferenças na avaliação da utilidade das práticas entre os

mais novos e os mais velhos, sendo para isso construída uma nova variável “Idade em classes”

que divide os sujeitos em três grupos: Grupo 1, sujeitos com idade até 35 anos, Grupo 2,

sujeitos com idade entre 35 e 50 anos e Grupo 3, sujeitos com idade superior a 50 anos, no

entanto as diferenças não foram estatisticamente significativas. Relativamente à Função

43

desempenhada também não se verificaram diferenças estatisticamente significativas na forma

como avaliam a utilidade das práticas.

4.3.5 Relação entre as Simulações e os Dados Sociodemográficos

Analisou-se se existiam diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres, entre

os mais novos e os mais velhos e de acordo com a função na forma de execução de cada um

dos itens de cada uma das simulações

Pelo teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, seguido da comparação múltipla das médias das

ordens, pelo teste de Dunn, concluiu-se que existem diferenças no tipo de navegação da

simulação 1 de acordo com a função ( , p = 0,005). De acordo com a

comparação múltipla de médias, existem diferenças entre a área técnica e os quadros

superiores, p = 0,022 e entre a área administrativa e os quadros superiores, p = 0,013 sendo

nos quadros superiores que se verificam melhores tipos de navegação (direta ou indireta).

Utilizando o mesmo teste concluiu-se também que existem diferenças no tipo de navegação da

simulação 2 de acordo com a função ( , p = 0,022), existindo diferenças entre a

área técnica e os quadros superiores, p = 0,036 sendo nos quadros superiores que recorrem a

tipos de navegação mais convenientes. As diferenças entre os mais novos e os mais velhos na

escolha do tipo de navegação utilizado, na simulação 2 foi também estatisticamente significativa

( , p = 0,044), existindo diferenças entre os grupos daqueles que têm até 35

anos e o grupo dos que têm mais de 50 anos, sendo os mais jovens aqueles que recorrem a

métodos mais eficientes de navegação.

4.3.6 Relação entre itens 1.6 a 1.8 com os Dados Sociodemográficos

Procurou também averiguar-se se existiam diferenças entre os mais novos e mais velhos e entre

homens e mulheres no que diz respeito à vontade de navegar e permanecer na EDPon intranet e

se a consideram uma ferramenta útil, no entanto não existiam diferenças estatisticamente

significativas.

755,10)2(X2kw

64,7)2(X2kw

259,6)2(X2kw

44

4.4 Regressão Múltipla

A Regressão Linear Múltipla com seleção de variáveis foi utilizada para obter um modelo

parcimonioso que permitisse predizer a satisfação dos colaboradores, em função das variáveis

independentes (2, 3, 5 e 6), inovação, qualidade, pesquisa e aspeto do portal. Analisaram-se os

pressupostos do modelo, nomeadamente o da distribuição normal, homogeneidade e

independência dos erros. Os dois primeiros pressupostos foram validados graficamente e o

pressuposto da independência foi validado com a estatística de Durbin-Watson (d = 1.847).

Utilizou-se o VIF (variance inflaction fator) para diagnosticar a multicolinearidade. A regressão

linear identificou as variáveis inovação, qualidade, pesquisa e aspeto (p = 0.000) como

preditores significativos da satisfação (Anexo 8).

O modelo final ajustado é:

Este modelo é altamente significativo e explica uma proporção elevada da variabilidade da

satisfação (p = 0.000) e .

4.5 Cruzamento do Questionário de Comunicação Interna

No questionário de comunicação interna, colocamos uma questão de resposta aberta, “Sugira

aspetos que o portal da DRCN deveria contemplar”, onde os colaboradores colocaram sugestões

para uma possível criação de um portal direcionado à DRCN. Analisamos todas as respostas e

criamos três categorias: facilidade de pesquisa; interação; uniformizar procedimentos. As

respostas foram alocadas aos três grupos que referem os aspetos mais abordados.

Ao criar estas categorias cruzamos com algumas variantes, as tabelas seguintes revelam os

resultados obtidos.

Tabela 11: Cruzamento questão de resposta aberta com o género

aspetopesquisaqualidadeinovaçãosatisfação 419.1426.2904.1788.1496.1

944.02 aR

Não respondeuFacilidade de

PesquisaInteração

Uniformizar

procedimentosTotal

Masculino 192 5 7 10 214

Feminino 19 2 0 0 21

211 7 7 10 235Total

Género

45

Na tabela 10 verificou-se que o género masculino foi o que respondeu mais a esta questão,

incidindo-se mais na uniformização de procedimentos e na interação. Contudo, o género

feminino propôs um melhoramento na pesquisa tendo em conta a plataforma que já utilizam.

Tabela 12: Cruzamento questão de resposta aberta com a idade

A faixa etária até aos 35 anos não respondeu a esta questão. Todavia entre 35 e 50 anos

sugeriram mais facilidade de pesquisa e os mais de 50 anos a uniformização de procedimentos.

Tabela 13: Cruzamento questão de resposta aberta com a função

Os quadros superiores e a área técnica focam-se mais na uniformização de procedimentos e a

área administrativa na facilidade de pesquisa. Contudo, a interação teve a mesma quantidade de

respostas que a facilidade de pesquisa.

Não respondeuFacilidade de

PesquisaInteração

Uniformizar

procedimentosTotal

Até 35 anos 6 0 0 0 6

Entre 35 e 50

anos59 4 2 3 68

Mais de 50

anos146 3 5 7 161

211 7 7 10 235Total

Idade

Não

respondeu

Facilidade de

PesquisaInteração

Uniformizar

procedimentosTotal

Quadro Superior 27 4 3 5 39

Área

Administrativa38 2 1 1 42

Área Técnica 146 1 3 4 154

211 7 7 10 235Total

Função

46

Tabela 14: Cruzamento questão de resposta aberta com a área operacional

As respostas obtidas nesta questão foram principalmente dadas pelas áreas operacionais.

Uniformizar procedimentos é o aspeto onde se encontra mais fragilidade, pois como se

encontram geograficamente mais distantes provoca mais necessidade em ter um suporte que

colmate este afastamento e ajude na partilha de informação. Apoio à gestão e estudos de rede

referem a facilidade de pesquisa como sugestão ao novo portal.

Tabela 15: Cruzamento questão de resposta aberta com satisfação em classes

Os colaboradores que responderam encontram-se satisfeitos com a interação e uniformização

dos procedimentos já estabelecidos, contudo, revelam insatisfação na facilidade de pesquisa no

portal atual.

Não respondeuFacilidade de

PesquisaInteração

Uniformizar

procedimentosTotal

AOBGC 20 1 1 1 23

AOBRVC 47 3 1 4 55

AOPNGM 92 0 2 3 97

AOVRL 28 0 2 1 31

Outro 2 0 0 0 2

RCNAC 7 0 0 1 8

RCNAG 6 1 0 0 7

RCNER 7 2 0 0 9

RCNPS 2 0 1 0 3

211 7 7 10 235Total

Área

Não respondeuFacilidade de

PesquisaInteração

Uniformizar

procedimentosTotal

Pouco

satisfeitos25 4 1 1 31

Muito

satisfeitos186 3 6 9 204

211 7 7 10 235Total

Satisfação

em Classes

47

Tabela 16: Cruzamento questão de resposta aberta com expectativas em classes

Ao sugerir a criação de um novo portal detetou-se que as expectativas são altas, e apesar de já

se encontrarem satisfeitos com os procedimentos já existentes preveem uma melhoria em todas

as categorias.

4.6 Cruzamento do Questionário de Simulação

O questionário de simulação consiste na avaliação de algumas práticas utilizadas em portais

corporativos, bem como três simulações, onde os colaboradores tinham que pesquisar três

realidades distintas, durantes este exercício foi recolhido as palavras e frases chave que iam

dizendo. Desta forma, conseguimos ter mais noção e perceção das necessidades relativamente

ao portal já existente, EDPon intranet.

Analisamos todas as palavras e frases chave e criamos três categorias: não é intuitivo;

necessidade de ter formação; não obtém informação. Alocamos as respostas a estes grupos que

referem os aspetos mais abordados durante as simulações. Ao criar estas categorias cruzamos

com algumas variantes, as tabelas seguintes revelam os resultados obtidos.

Não respondeuFacilidade de

PesquisaInteração

Uniformizar

procedimentosTotal

Poucas

expecativas18 0 0 0 18

Muitas

expectativas193 7 7 10 217

211 7 7 10 235Total

Expectativas

em Classes

48

Tabela 17: Cruzamento questão de resposta aberta com a idade

Durante as simulações verificou-se que os colaboradores com mais de 50 anos não consideram

a EDPon intranet intuitiva e demonstraram mais necessidade em ter formação para melhor

utilização desta ferramenta.

Tabela 18: Cruzamento questão de resposta aberta com o género

O género masculino foi o que apontou mais o fato de não ser intuitivo trabalhar no portal já

existente e foi o que indicou que não obtém informações através desta plataforma. No entanto o

género feminino, apesar de em menor número, também não o considera intuitivo e expressa a

necessidade de ter formação.

Não

respondeu

Não é

intuitivo

Necessidade

de ter

formação

Não obtém

informaçãoTotal

Idade inferior

a 35 anos2 2 0 0 4

Idade entre 35

e 50 anos3 2 2 2 9

Idade

superior

a 50 anos

2 9 5 1 17

7 13 7 3 30Total

Idade em

Classes

Não

respondeuNão é intuitivo

Necessidade

de ter

formação

Não obtém

informaçãoTotal

Masculino 1 9 4 3 17

Feminino 6 4 3 0 13

7 13 7 3 30Total

Género

49

Tabela 19: Cruzamento questão de resposta aberta com a função

Todas as funções em análise não consideram o portal interno intuitivo. A área administrativa e a

área técnica abordaram mais a importância de ter formação.

4.7 Discussão dos Resultados

Relativamente ao Questionário de Comunicação Interna salienta-se que em todos os itens

relacionados com a satisfação, mais de 50% dos colaboradores mostram-se satisfeitos com o

canal de comunicação, EDPon intranet. Além disso, são os sujeitos com idade entre 35 e 50

anos que apresentam uma maior satisfação, já no que diz respeito às expectativas são os

colaboradores da área administrativa e dos quadros superiores que apresentam maiores

expectativas com o canal de comunicação utilizado. De referir que são os sujeitos do sexo

masculino os que mais utilizam a intranet.

Em relação ao Inquérito Presencial salienta-se que 60% dos colaboradores consideram a EDPon

intranet intuitiva, são as mulheres as que apresentam valores médios de utilidade da plataforma

mais altos.

No entanto, na questão aberta do questionário de comunicação interna surgem sugestões para o

novo portal da DRCN como mais facilidade na procura de informação, um motor de pesquisa

mais eficaz, mais partilha de informação na DRCN, uniformização dos procedimentos na DRCN,

aqui verifica-se uma não sintonia com os resultados adquiridos nas restantes questões do

questionário.

Na simulação presencial verificou-se na última questão, registo de palavras/ frases chave

durante as simulações, as dificuldades que encontram no portal utilizado, é considerado

Não

respondeu

Não é

intuitivo

Necessida

de de ter

formação

Não obtém

informaçãoTotal

Quadro Superior 6 4 1 1 12

Área

Administrativa1 5 3 1 10

Área Técnica 0 4 3 1 8

7 13 7 3 30Total

Função

50

confuso, não intuitivo, demasiada informação e não organizada, demasiados passos para

conseguir chegar ao que se pretende e revelam a necessidade de ter uma formação para

conhecerem as potencialidades desta plataforma e de como esta pode ser útil para o

desempenho da sua função, estas afirmações vão de encontro aos maus resultados das

simulações.

Nas três simulações a maior parte dos sujeitos foi rápido na sua execução no entanto, a maior

parte dos colaboradores na segunda e terceira simulação necessitaram de mais de 16 passos.

De salientar ainda que uma percentagem muito elevada de colaboradores não conseguiu

encontrar o significado da sigla DRCN (simulação 1) e o separador da DRCN (simulação 2).

Como já referido em cima, esta divergência entre a rapidez na execução e o não encontrarem a

resposta deve-se ao questionário não ter presente a opção desistência, o que provocou alguma

discordância.

Nas simulações 1 e 2 concluiu-se que existem diferenças no tipo de navegação de acordo com a

função sendo nos quadros superiores que recorrem a tipos de navegação mais convenientes. Na

simulação 2 concluiu-se que são os mais jovens aqueles que recorrem a métodos mais

eficientes de navegação.

Realizando um cruzamento dos dados dos dois questionários salienta-se que mais de metade

dos colaboradores inquiridos considera satisfatória a qualidade da informação na EDPon intranet

relativamente à DRCN, estão satisfeitos com o sistema de pesquisa disponibilizado na EDPon

intranet e com o modo como acede à informação que mais utiliza, reconhecem que é intuitiva e

74,5% reconhecem recorrer à intranet para realizar o seu trabalho diário, no entanto nos

resultados das simulações principalmente na primeira e segunda os resultados foram pouco

satisfatórios. São os colaboradores dos quadros superiores e os mais jovens que utilizam tipos

de navegação mais eficazes e também são os sujeitos dos quadros superiores os que têm mais

expectativas com a plataforma, no entanto são os colaboradores com idades entre 35 e 50 anos

que apresentam uma maior satisfação. São os indivíduos do sexo masculino os que mais

utilizam a plataforma mas são as mulheres que lhe reconhecem uma maior utilidade.

Como sugestão para o novo portal, tendo em conta o portal já existente, o sexo masculino revela

mais necessidade na uniformização de procedimentos e na interação. Em que os que tem

51

idades compreendidas entre 35 e 50 anos sugerem mais facilidade de pesquisa e os mais de 50

anos a uniformização de procedimentos.

Os quadros superiores e a área técnica focam-se mais na uniformização de procedimentos.

Ambos cooperam em muitos todos os trabalhos, por vezes a falta de partilha de informação e de

estarem em locais diferentes, não ajuda na homogeneização dos processos, isto revela-se uma

preocupação para o bom desempenho das funções. A área administrativa revela mais fragilidade

na busca de informação no portal. Sendo a área que mais frequentemente utiliza os sistemas

informáticos, sente mais a necessidade de ter uma ferramenta mais ágil e rápida na pesquisa do

que necessitam.

Os colaboradores que não consideram a EDPon intranet intuitiva são maioritariamente os do

sexo masculino com mais de 50 anos, e indicaram a formação como o melhor meio para ajudar

a corrigir esta falha.

52

5 CONCLUSÃO

Este estudo procurou entender melhor o marketing interno na perspetiva da comunicação

interna, mais concretamente no âmbito de portais corporativos, na DRCN da EDP Distribuição,

refletindo sobre a dinâmica entre a aplicação da comunicação interna com portais corporativos.

Para alcançar este desígnio, analisou-se três estudos de referência, na área do marketing

interno, na comunicação interna e por último em portais corporativos, com o objetivo de

compreender melhor o tema e de verificar os métodos utilizados, de forma a gerir este processo

para dar algum contributo à literatura. Realizou-se um questionário de comunicação interna, que

abrange a satisfação e expectativas dos colaboradores da DRCN, e uma simulação presencial

para verificar a utilização relativamente ao portal já existente na EDP, detetando assim as

necessidades dos mesmos. Estes inquéritos serviram de apoio para a resolução das questões

levantas no início desta dissertação.

Apresentam-se, seguidamente as conclusões procedentes do trabalho desenvolvido e propostas

para futuros projetos de investigação.

Os resultados obtidos comprovam que mais de 50% dos colaboradores encontram-se satisfeitos

com o canal já existente na EDP, EDPon intranet , contudo verificou-se uma grande aceitação e

motivação para a criação de um portal especifico à DRCN, isto é, um canal de comunicação que

possibilite colmatar certas fragilidades detetadas nos questionários, como: a facilidade de

pesquisa para obter a informação necessária para melhor desempenharem as suas funções;

provocar mais interação entre os colaboradores, independentemente da área geográfica ou

departamento; uniformizar procedimentos em toda a DRCN, para desta forma conseguir

homogeneizar o trabalho e melhor compreender os pontos fortes e fracos, traçando assim o

melhor caminho para a obtenção dos objetivos pretendidos.

Na construção deste novo portal deve-se ter em conta as sugestões dadas pelos colaboradores,

pois só desta forma se vai conseguir cativar para a utilização do mesmo. Um suporte amigável,

de fácil utilização e intuitivo são aspetos muito referidos, bem como, a informação organizada e

bem catalogada para melhor navegar e obter o máximo de esclarecimento do que precisam.

53

Um aspeto muito referido foi a formação, antes da implementação deve-se formar os

colaboradores para conseguirem tirar o máximo de partido desta ferramenta e assim

desmantelar certas dificuldades mais frequentes.

Inovação, qualidade, pesquisa e aspeto do portal são os fatores que mais influenciam na

satisfação, existindo uma forte correlação entre eles. Estas técnicas são importantes para a

satisfação, dos colaboradores da DRCN, relativamente à utilização do portal corporativo.

Este estudo revelou os aspetos mais importantes para a construção de um novo portal, tendo

em conta as necessidades dos colaboradores da DRCN. No entanto pode-se alargar para outras

realidades ou outras organizações, adaptando às necessidades do público-alvo.

5.1 Limitações do Estudo e Contributo para Projetos de Investigação Futuros

Nesta dissertação enfatizou-se algumas variáveis em relação à satisfação, bem como as práticas

analisadas presentes em portais corporativos, numa investigação futura seria interessante

abordar outras variáveis, para além da satisfação, como também realizar mais estudos para

avaliar a efectividade das práticas de portais corporativos.

Num estudo desta natureza encontra-se algumas sugestões para projetos futuros, como este é

realizado especificamente numa organização, pode-se alargar para outras áreas de actividade,

tendo em conta outras necessidades específicas, pois os colaboradores são imprescindíveis para

a realização do mesmo.

54

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58

ANEXOS

1. Questionário Comunicação Interna

A DRCN pretende aperfeiçoar a comunicação interna e otimizar as ferramentas de trabalho.

Nesse sentido, deseja conhecer o grau de satisfação e as necessidades dos seus colaboradores,

relativamente ao canal de comunicação utilizado, a intranet. Este estudo serve também de apoio

para o desenvolvimento de uma estrutura de comunicação e para o respetivo layout do portal da

DRCN. Colabore no alcance dessa meta, preenchendo este questionário que se destina

exclusivamente a um tratamento estatístico. Tenha presente que pretendemos a sua opinião

pessoal e objetiva. Não há respostas certas ou erradas relativamente a qualquer dos itens.

Idade

Até 35 anos

Entre 35 e 50 anos

Mais de 50 anos

Sexo

Masculino

Feminino

Função

Quadro Superior

Área Administrativa

Área técnica

59

Área de trabalho

AOBRVC

AOPNGM

AOVRL

AOBGC

RCNPS

RCNAG

RCNER

RCNAC

Outro

Satisfação/ Motivação

Escala:1 - Muito insatisfeito 2 - Insatisfeito 3 - Nem satisfeito nem insatisfeito 4 - Satisfeito

5 - Muito satisfeito

1. Qual o seu grau de satisfação relativamente á forma como a DRCN aborda a comunicação

interna.

1 2 3 4 5

60

2. Qual o seu grau de satisfação com a vertente inovadora da DRCN no âmbito da comunicação.

1 2 3 4 5

3. Qual o seu grau de satisfação relativamente à qualidade de informação que a DRCN

disponibiliza.

1 2 3 4 5

4. Qual o seu grau de satisfação com a qualidade de informação disponibilizada na EDP on

intranet relativamente à DRCN.

1 2 3 4 5

5. Qual o seu grau de satisfação com o sistema de pesquisa disponibilizado na EDP on intranet

para encontrar o que pretende.

1 2 3 4 5

6. Qual o seu grau de satisfação com o aspeto gráfico da EDP on intranet.

1 2 3 4 5

61

7. Qual o seu grau de satisfação com o modo como acede à informação que mais utiliza na EDP

on intranet.

1 2 3 4 5

8. Qual o seu grau de satisfação com a velocidade de acesso à informação que precisa.

1 2 3 4 5

9. Recorre à intranet para desempenhar o seu trabalho diário.

Sim

Não

10. Qual o separador que mais utiliza na intranet.

Selecione 1 opção.

Quiosque

Notícias

Grupos

Siglas EDP

Pesquisa de contactos

Outro. Qual?

62

Expectativas - Portal DRCN

11. Quais as suas expectativas relativamente à criação de um portal para a DRCN.

Selecione no máximo 3 opções mais importantes.

Obter mais informação

Facilidade de acesso à informação

Mais proximidade entre as diferentes U.O.

Informação mais atualizada

Informação mais organizada

Mais autonomia

Melhoria no trabalho em equipa

Outro. Qual?

Escala:

1 - Discordo totalmente 2 - Discordo 3 - Nem concordo nem discordo 4 - Concordo

5 - Concordo totalmente

12. Na sua opinião o portal pode facilitar o acesso à informação relativamente à DRCN.

1 2 3 4 5

63

13. Na sua opinião o portal ao concentrar toda a informação referente à DRCN pode contribuir

para a melhoria da atuação de cada um.

1 2 3 4 5

14. Na sua opinião o portal ao concentrar toda a informação referente à DRCN pode contribuir

para a melhoria da atuação como equipa.

1 2 3 4 5

15. Na sua opinião o portal ao reunir toda a comunicação referente à DRCN pode contribuir para

a melhoria da autonomia que cada um tem nas suas funções.

1 2 3 4 5

16. Na sua opinião o portal gerar mais satisfação no seu trabalho.

1 2 3 4 5

17. Está motivado para a utilização do novo portal.

Sim

Não

18. Sugira aspetos que o portal da DRCN deveria contemplar.

64

2. Questionário Presencial

Este inquérito é referente à EDP on intranet e consiste na realização de 3 simulações. Estas têm

como objetivo verificar o tempo de pesquisa e todo o percurso efetuado até chegar à resposta

pretendida. Desta forma, pode-se verificar quais são as dificuldades que os colaboradores

encontram na utilização desta ferramenta. Este estudo serve de apoio para o desenvolvimento

da estrutura de comunicação e para o respetivo layout do portal da DRCN.

Idade

Sexo

Masculino

Feminino

Função

Quadro Superior

Área Administrativa

Área técnica

Escala:

1 - Muito insatisfeito 2 - Insatisfeito 3 - Nem satisfeito nem insatisfeito 4 - Satisfeito 5 - Muito

satisfeito

1. Avalie quanto a:

1.1. Interatividade

1 2 3 4 5

65

1.2. Cor

1 2 3 4 5

1.3. Imagens

1 2 3 4 5

1.4. Design

1 2 3 4 5

1.5. Organização da informação

1 2 3 4 5

1.6. Tem vontade de navegar na EDP on intranet.

Sim

Não

1.7. Tem vontade de permanecer na página da EDP on intranet.

Sim

Não

1.8. Considera esta ferramenta intuitiva.

Sim

Não

66

2. Avalie a utilidade das seguintes práticas tendo em conta a seguinte escala:

1 - Sem utilidade 2 - Pouca utilidade 3 - Nem pouca nem muita utilidade 4 - Bastante utilidade

5 - Muita utilidade

2.1. Meteorologia

1 2 3 4 5

2.2. Espaço de conversação (forúm)

1 2 3 4 5

2.3. Ouvir o colaborador (sugestões)

1 2 3 4 5

2.4. Partilha de conhecimento (curiosidades)

1 2 3 4 5

2.5. Aniversários dos colaboradores da DRCN

1 2 3 4 5

2.6. Contactos externos

1 2 3 4 5

67

2.7. Notícias

1 2 3 4 5

2.8. Links úteis

1 2 3 4 5

2.9. Manuseamento fácil

1 2 3 4 5

2.10. Design apelativo

1 2 3 4 5

2.11. Interatividade

1 2 3 4 5

2.12. Informações acessíveis

1 2 3 4 5

2.13. Informação atualizada

1 2 3 4 5

68

2.14. Conteúdo relevante

1 2 3 4 5

2.15. Álbuns (fotografias - reuniões; convívios; encontros)

1 2 3 4 5

2.16. Atalho para as aplicações que usa no seu dia a dia para desempenhar a sua função

1 2 3 4 5

2.17. Click idea

1 2 3 4 5

2.18. Wikiedp

1 2 3 4 5

2.19. LibNet - Biblioteca Virtual

1 2 3 4 5

2.20. Boleia EDP

1 2 3 4 5

69

2.21. Voluntariado EDP

1 2 3 4 5

2.22. Oportunidades de moblidade

1 2 3 4 5

Simulação – EDPon intranet

3. Registo durante as simulações.

Palavras – Chave

4. Simulação 1 - Encontrar o significado da sigla – DRCN

4.1. Tempo de execução da simulação.

1 a 3 minutos

4 a 6 minutos

7 a 10 minutos

4.2. Quantos passos deram para chegar à resposta (2/4)

4.3. Tipo de navegação

Direta – utilizou motor de pesquisa

Indireta – passo a passo

Confusa – à procura

Não encontrou

70

5. Simulação 2 - Encontrar o separador da DRCN

5.1. Tempo de execução da simulação.

1 a 3 minutos

4 a 6 minutos

7 a 10 minutos

5.2. Quantos passos deram para chegar à resposta (4)

5.3. Tipo de navegação

Direta – utilizou motor de pesquisa

Indireta – passo a passo

Confusa – à procura

Não encontrou

6. Simulação 3 - Encontrar os dados da colaboradora Juliana Gomes

6.1. Tempo de execução da simulação.

1 a 3 minutos

4 a 6 minutos

7 a 10 minutos

6.2. Quantos passos deram para chegar à resposta (3)

6.3. Tipo de navegação

Direta – utilizou motor de pesquisa

Indireta – passo a passo

Confusa – à procura

Não encontrou

71

3. Kruskall – Wallis Test Satisfação/ Idade

Ranks

Idade N Mean

Rank

Satisfação

Até 35 anos 6 61.33

Entre 35 e 50 anos 68 130.81

Mais de 50 anos 161 114.70

Total 235

Test Statisticsa,b

Satisfação

Chi-Square 7.184

df 2

Asymp. Sig. .028

a. Kruskal Wallis Test

b. Grouping Variable: Idade

72

4. Mann- Whitney Test Satisfação/ Género

Ranks

Género N Mean

Rank

Sum of

Ranks

Satisfação

Masculino 214 119.36 25543.50

Feminino 21 104.12 2186.50

Total 235

Test Statisticsa

Satisfação

Mann-Whitney U 1955.500

Wilcoxon W 2186.500

Z -.996

Asymp. Sig. (2-tailed) .319

a. Grouping Variable: Género

73

5. Mann- Whitney Test Satisfação/ Intranet

Ranks

Género N Mean Rank Sum of

Ranks

9. Recorre à intranet para

desempenhar o seu trabalho

diário

Masculino 214 115.45 24707.00

Feminino 21 143.95 3023.00

Total 235

Test Statisticsa

9. Recorre à intranet para

desempenhar o seu trabalho diário

Mann-Whitney U 1702.000

Wilcoxon W 24707.000

Z -2.427

Asymp. Sig. (2-tailed) .015

a. Grouping Variable: Género Tabelas Cruzadas:

Case Processing Summary

Cases

Valid Missing Total

N Percent N Percent N Percent

Sexo * 9. Recorre à intranet para

desempenhar o seu trabalho

diário

235 100.0% 0 0.0% 235 100.0%

Género * 9. Recorre à intranet para desempenhar o seu trabalho diário

Crosstabulation

9. Recorre à intranet para desempenhar o

seu trabalho diário

Total

Sim Não

Género Masculino 164 50 214

Feminino 11 10 21

Total 175 60 235

74

6. Kruskall – Wallis Test expectativas/ Função

Ranks

Função N Mean Rank

Expectativas

Quadro Superior 39 144.03

Área Administrativa 42 135.13

Área Técnica 154 106.74

Total 235

Test Statisticsa,b

Expectativas

Chi-Square 14.467

df 2

Asymp. Sig. .001

a. Kruskal Wallis Test

b. Grouping Variable: Função

75

7. Kruskall – Wallis Test Utilidade/ Género

Case Processing Summary

Sexo Cases

Valid Missing Total

N Percent N Percent N Percent

Utilidade Masculino 17 100.0% 0 0.0% 17 100.0%

Feminino 13 100.0% 0 0.0% 13 100.0%

Descriptives

Sexo Statistic Std. Error

Utilidade

Masculino

Mean 87.76 2.185

95% Confidence Interval for Mean Lower Bound 83.13

Upper Bound 92.40

5% Trimmed Mean 88.13

Median 91.00

Variance 81.191

Std. Deviation 9.011

Minimum 66

Maximum 103

Range 37

Interquartile Range 11

Skewness -.868 .550

Kurtosis 1.086 1.063

Feminino

Mean 95.38 1.869

95% Confidence Interval for Mean Lower Bound 91.31

Upper Bound 99.46

5% Trimmed Mean 95.48

Median 97.00

Variance 45.423

Std. Deviation 6.740

Minimum 82

Maximum 107

Range 25

Interquartile Range 8

Skewness -.682 .616

Kurtosis .470 1.191

76

8. Regressão Múltipla