para todos•C João Ouro

Agrandonovidade no segmento dos

pequenos mono volumes é o OpelMcriva, cuja anlerior geração já

fora pioneira nesta ciasse. Agora, o Me-ava volta a inovar através das portastraseiras que abrem cio contrário: pura a

direita e com dobradiças no último pi-lar. Sem os riscos de outrora, porque as

portas Irancam-se logo após 4 km/h, o

àngido de abertura é maior (84°) do quenos modelos convencionais (65°) e o

acesso ao interior é mais... giro e fácil.

Lógico: também as saídas são mais fáceis

(de forma muitíssimo clara, sobretudo

para passageiros de mais avançada ida-

de, ou com problemas de movimenta-

ção). A Opel frisa, e tem razão, outra

vantagem das aberturas antagónicas das

portas: o modo como so controlam as

crianças.Face a anterior geração, este Meriva

cresceu 28 cm no comprimento, 12 cmno largura e 1,5 cm entre os eixos. Por

dentro, é mais largo, à frente e atrás, e

mais alto. No entanto, face aos seus opo-nentes neste confronto, tem menor dis-

tancia atrás para as pernas dos passagei-ros (71 cm) do que o Citroen C 3Picas-

so (74 cm] e o Kia Vnnga (75 cm). Massó aí o Meriva porde; é ele o melhor na

largura (mais 12 cm atrás do que o Kia,

por exemplo) o na altura, à frente o atrás.

Esmiuçando todas as medidas com a

fita métrica, o Meriva é rrtesino 0... maior,embora com d i ferenças mais ténues faço

ao Citroen! Talvez por causa do interiorli pó furgão, o t. li troou transmito sensa-

ção de ter superior amplitude, quer pelamaior ároa vidrada [janelas e pára-bri-sas), quer pelo longo tablier.

Os minimonovolumesestão mais crescidos por

fora e muito funcionais pordentro. 0 novo Meriva 1.3

CDTI espelha isso mesmo.

Aqui defronta adversárioscom idêntico conceito:

Citroen C 3Picasso

e Kia Venga. Em todos,económicos motores Diesel

Na acessibilidade verifica-se empale:C 3Picasso e Venga têm entradas fáceisdevido à maior altura a que se encontramos seus bancos, mas o Opel conseguecompensar isso com o tal novidade naabertura das portas traseiras,

Os bancos dianteiros do Meriva lêmmais regulações (o apoio lombar é eléc-trico nesta versão Cosmo) e os bancos la-terais traseiros podem sor empurradospaia o meio com rebatimento do encos-to ceniral. Assim o Meriva se torna 2 + 2

com maior largura atrás, numa configu-ração alternativa única na categoria.

O Opel integra ainda pormenores maismodernos do que os adversários (comoo travão-de-mão eléctrico), além de lermelhor aparência nalguns materiais e

nos revestimentos utilizados. Os bancos

até são mais duros, mas podem estarforrados a couro e tecido (do série nes-ta versão).

Outro detalhe proposto, em opção,no Picasso e no Opel é o enorme tecto

panorâmico, de que o Kia não dispõe.Face ao antigo Meriva, a área da mala

aumentou para 400 litros (mais 50 1), masaí o Picasso é novamente melhor, com500 litros - se o estrado divisório (fun-do duplo) estiver colocado em cima, ovalor é áe 385 litros.

Os bancos traseiros do Citroen avan-çam e recuam (como os do Opel) e o re-

batimento é prático, sem complicações.No Venga. a área da bagageira tem

440 litros e os bancos também facilmen-te se dobram: num único movimento, en-costos e assentos rebatem para criar zonade carga inteiramente plana, Isso já nãosucede tio Meriva, unia vez que os en-cosios traseiros, quando são rebatidos,ficam em posição elevada, em cima dosassentos (estes só deslizam).

O interior Picasso é óptimo na arru-mação de objectos pequenos, mas o Me-riva responde muito bem; 32 locais paraesse efeito c inovador compartimento(Flex Rail), entre os bancos dianteiros,

que desliza sobre calhas. É fechado (emcima) e integra pequeno tabuleiro infe-rior com suporte para copos/garrafas. O

Opel pode ter dispositivo muito prático(Klex Fix) para transporte de 2 bicicle-tas (000 €), com suporte encaixado (tipogaveta) no pãra-choques traseiro. I

KiaVengaé o mais económico

QUASEinevitável! O motor 1.4

CRDi do Kia obtém o consumomais baixo: 5,0 lilros por cada

100 km. Essa média é alcançada sem

esforço e o valor até pode diminuir emcertas condições. A este motor estáassociada a função slart-stap, capazde o desligar (mando o veículo pára noIra ris i Io ou mini semáforo, por exem-plo. O dispositivo não é nada brusco

a intervir o o motor volta a ligar-so au-tomaticamente quando se pisa no pe-dal da embraiagem. Único senão des-te bioco CRDi; ruído exagerado, pas-sando vibrações indesejáveis para o in-terior do habitáculo. A insonorizaçãodo modelo Kía poderia, pois, sor me-lhor, atenuando essa característica.Outro dado importante no Vcnga: emi-te monos CO 2 : UB g/km. face a 128

g/km e 129 g/km destes seus adversá-rios. No C 3e no Meriva, há menorefeito acústico das motorizações Die-sel, mas... mais elevado consumo mé-dio neste teste: 0,4 1/100 km (C3), 6.31/100 km (Meriva). No Opel é corren-te o consumo médio subir para corçade 7 i/100 km, muito por culpa domaior esforço do pequeno motor CDTI,a exigir reduções de caixa com supe-rior frequência (no Kia e no Opel.surge indicação do momento ideal

para a troca de relação).Clara vantagem do Kia Venga reside

na extensa garanlia dada pela marcaasiática: 7 anos, ou 150 mil quilóme-tros, enquanto as europeias Cilroèn e

Opel se limitam à normalidade de 2

anos, sem limite de quilómetros, ftisumdado que pode ser decisivo na opçãode compra, além das diferenças de pre-ço a jogo.

A versão V.X do Vnnga não está tão

equipada (e as opções são menores),mas é a mais barata deste confronto:custa menos 4504 € do que a Exclusi-ve do C 3Pi casso e menos 2774 € do quea versão Cosmo do Meriva, sendo estaúltima a mais recheada. >

Conforto colocadoà medida da classe

A concepção das suspensões 6 se-melhante nos tres modelos, todos

com eixo rígido atrás. A reacçãodo amortecimento é que se torna um

pouco diferente, mas não deveremos

esquecer que se trata de carros do seg-mento utilitário (B + ).

O Meriva é o mais cómodo, mas po-deria ter superior eficácia nos pisosmaus, já que, aí, trepida um poucomais e ó seco (tom pneus OridgestonePotenza), E não está isento de algunsruídos parasitas no tablier.

O Kía, com atitudes firmes, é maisbrusco, menos confortável e lern ruí-do de rolamento (polo menos com es-

tes pneus Continental Conti PremiumConlact). O Citroen C 3Picasso é maisconforlávef que o Kia, dando-se a ati-tudes menos severos nas mesmas con-

dições. Todos têm posições elevadas

ao volante; no Opel, há mais ajustese os bancos têm maior apoio. í

Resposta mais fortedo motor 1.6 HDi

Nenhumasurpresa no facto de o

motor do grupo PSA (Peugeot/Ci-troèn) obterás melhores presta-

ções, í.) bloco 1.6 HDi debita 90 cv

(mais 15 cv do que estes dois concor-rentes) e binário máximo de 215 Kmàs 1750 rpm. Cumpre a sua obriga-

ção: acelerações e recuperações de ve-locidade mais rápidas (ver ficha téc-

nica), ato porque tom, como Kia Vonga,

peso inferior ao do Opel Meriva. Cai-xa manual do 5 velocidades do C

3

bem ajustada e o seu longo escalona-mento ajuda a baixar o consumo.

O motor com prestações mais pró-ximas do 1 .6 í IDÍ é o 1 .4 CRDi do Kia(o único com turbo de geometria va-

riável), cujo binário é bastante satis-fatório (220 Nm); daí energia bem su-

perior à do 1.3 CDTi da Opel. Este

último é cruel, quase apático, até às

2000 rpm. e obteve piores resultadosem todas as medições efectuadas. I

Atitudes correctase bem definidas

NEMo Jonnato menos ortodoxo

do Citroen C 3Pieasso o impedede ter óptimo comportamento

dinâmico, sendo até o único a não in-cluir de série o sistema KSP (cusla 530e). Devido à dimensão do pára-brisas.o efeito do vento é mais notado noC3, à frente, em especial nas veloci-dades elevadas. Nada de grave!

O Meriva c neutral na maior parfedas situações, curvando bem, sem des-lizes. Tem a direcção mais precisa e de-fine trajectórias de maneira equilibra-da. É ainda o mais forte no equipamen-to de segurança activa fluzes diurnas,cruise-control e sensor de chuva são de

série), propondo alguns opcionais de

que os outros não dispõem. Nesse par-ticular, o Kia Vengaé o mais pobre, maso melhor no capítulo da travagem. O

Venga também se conduz bem e leni

resposta afinada em curva. I

Que diferenças tão estreitasÉ muito apertada a vitória do Meriva, num

resultado que até acaba por surpreender!

Inovador em vários aspectos, o novo Opel

atinge bons créditos no que diz respeito a

interior, conforto e vertente dinâmica. Face

à anterior geração, cresceu muito por fora

e isso ajudou a ter mais espaço por dentro,

integrando ainda várias soluções funcionais:

mais locais de arrumação, bagageira com

fundo duplo e bancos atrás com diversos

ajustes. O Meriva acrescenta a novidade

de as portas traseiras abrirem ao contrá-

rio, o que é prático, em certos casos, e mais

fácil (sempre) nas saídas do habitáculo. A

maior desilusão é o motor 1.3 CDTi: pou-

ca elasticidade a baixo regime (quase irri-

tante! e nada animado em alta. E é aí que

o Meriva se esforça para não ser vexado

pelos adversários (ver ficha), apesar da

caixa certinha e da melhor direcção.

O bloco 1.4 CRDi do Venga é mais solto e

o único com startstop, tendo consumo

médio inferior. É também o mais ruidoso.

A unidade HDi do C 3Picasso exibe supe-

rior equilíbrio e melhores prestações, sem

exagerar nos consumos. O C 3é o mais ca-

ro (mais 4504 € do que o Kia} e remete o

ESP para opcional.

Outra vantagem do Opel Meriva reside no

equipamento da versão Cosmo.