Kia Venga em Comparativo na AutoHoje de 22Jul2010
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Seo seu orçamento ronda os
vinte mil euros, mais coisa
menos coisa, e precisa de um
carro versátil com espaço paraa família, os pequenos monovolumes
são a solução que procura, até porque,como qualquer um dos nossos prota-
gonistas emite menos de 130 g/km de
CO2, podem ser adquiridos ao abrigodo programa de abate de veículos, o
que, no mínimo, implica um "descon-
to" de 750 ou 1000 euros na factura
final. Beneficiando do "know-how"
da Renault neste tipo de veículos e
com o "preço por metro quadrado"mais baixo deste comparativo (ainda
reforçado pelo facto de a marca francesa
ser uma das, comercialmente, mais
agressivas com os benefícios ao abate),
oGran Modus 1.5 dCi Dynamic S é o
tradicional líder deste segmento.O novo Opel Meriva é um carro
que até o marketing da marca ale-
mã tem dificuldade em posicionar:
por dimensões e equipamento temsérias pretensões a concorrer com os
Citroen C 4Picasso e Renault Scénic,
mas a opção pelo motor 1.3 CDTIde 75 cv permite-lhe ostentar um
preço competitivo com os carros do
segmento abaixo. Por exemplo, este
Meriva 1.3 CDTI 75 cv Cosmo custa
21 300 euros de preço base (19 950
euros para o Enjoy), exactamente
mais trinta euros do que o carro que
completa esta trio, o Kia Venga 1.4
CRDiISG9OcvTX. O Venga também
está disponível com motor de 75 cv,
a partir de 18 270 euros no nível I.X
e mais 1000 euros para o EX.
O OPEL DO ALI BABAA especialidade do Meriva são as portastraseiras "suicidas" que proporcionamum acesso ao interior tipo gruta do AliBaba: exigem algum hábito, sobretudo
para sair, mas passada essa fase de
aprendizagem o acesso é, de facto, mais
fácil. Uma vez lá dentro, o Meriva é o
que proporciona a melhor qualidadede vida a bordo, ao passo que as cotas
de habitabilidade são equivalentes às
do espaçoso Kia. Os materiais são os
melhores e o desenho do tablier inspi-rado no Insígnia e Meriva remete-nos
para um ambiente mais dispendioso e
tecnológico que o Kia e o Renault não
conseguem igualar. Esta impressão ain-
da é sublinhada pela lista de opcionais
que inclui extras como as jantes de 18
polegadas, os faróis direccionais e os
bancos dianteiros desportivos.
Graças ao volante regulável em altura
e profundidade, bem como aos bons
bancos (os melhores do trio), o Meriva
também é aquele em que se revela mais
fácil e intuitivo obter uma boa posiçãode condução. Porém, é precisamentena condução que este Meriva falha,
pois os 75 cv do 1.3 CDTI, apesar de
todo o seu voluntarismo, são ma- ¦*
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nifestamente insuficientes para os
cerca de 1400 kg do Meriva, deixando
o monovolume da Opel no limiar da
submotorização - o Meriva suplica a
plenos pulmões pela versão de 95 cv
montada no Astra, a qual só estará
disponível mais tarde. Outro indicador
do excesso de esforço a que os 75 cv
estão submetidos está nos consumos,de longe os mais elevados na utilização
diária, até porque, para tentar dar
algum ânimo ao Meriva em utilizaçãocitadina, o Opel monta a caixa com as
relações mais curtas. Em contrapartida,
ajudado pelas jantes de 17 polegadas
e pela maior distância entre-eixos, o
Meriva é o que possui o chassis mais
preciso e dinâmico deste lote, com os
níveis de aderência mais elevados e o
melhor controlo de carroçaria.
PERFORMANCE KIAO motor de 1.4 de 90 cv do Kia é o
mais despachado, no que também é
ajudado pela caixa de seis velocidades.
Esta não só é a mais precisa e rápidano manuseamento (também revela
o tacto mais oleado, mérito de uma
sincronização mais conseguida), como
permite baixar o regime do motor
em velocidades de cruzeiro, o que se
reflecte num ruído de funcionamento
menos evidente e nos melhores con-
sumos em auto-estrada - o Venga é
o único com Start/Stop, o que nos
permite parar nos sinais e ficar a escu-
tar o matraquear dos motores Diesel
dos carros que nos rodeiam... Quantoao comportamento dinâmico, o Kia
destaca-se pelos comandos leves (tema direcção que exige menos músculo)
e pelas reacções progressivas, embora
seja ligeiramente menos preciso do que
o Meriva a velocidades elevadas.
Os interiores não possuem a mesma
aparência "topo de gama" do Opel, mas
os materiais são bons (nesta motori-
zação que só está disponível no nível
TX, o Venga tem bancos em pele e
tecido entre o equipamento de série), a
montagem rigorosa e, apesar de ser uns
bons 20 cm mais curto, o bom aprovei-tamento do espaço permite-lhe revelar
cotas de habitabilidade equivalentesàs do Meriva. Como monovolume,onde o Venga falha é na modularidade
dos interiores, não possuindo coisas
como os bancos traseiros deslizantes
do Opel ou os alçapões de arrumaçãodo Renault. Simples, eficiente e sem -?
invenções, com o bónus de oferecer
uma garantia imbatível: 7 anos ou 1 50
mil quilómetros.
ECONOMIA RENAULTO Grand Modus é o líder do segmento,com a economia, tanto de compracomo de utilização, e o conforto de
rolamento a funcionarem como os
grandes alicerces dessa liderança.O 1.5 dCi de 85 cv é o motor mais dis-
ponível abaixo das 2000 rpm, sendo o
que denota o menor atraso de resposta
ao acelerador, sobretudo com cargasde acelerador mais reduzidas. Esta
característica, somada à visibilidade
dianteira que não é prejudicada pelo
pilar A (nos seus dois rivais este é
demasiado inclinado e provoca mais
ângulos mortos), faz do Grand Modus
o mais fácil de conduzir em cidade.
A disponibilidade do motor também
beneficia os consumos numa utilizaçãourbana e suburbana.
Quando se sai para viagem é que se
tornam evidentes algumas limitações,com a caixa de apenas cinco velocida-
des a aparecer como um "handicap"face às seis velocidades e 90 cv do
Venga, sendo que as tentativas de
seguir ao ritmo do Kia resultam numaumento importante dos consumos. Por
outro lado, a suspensão mais branda
implica maiores transferências de mas-
sa em curva, o que torna a traseira do
Grand Modus mais sensível ao aliviar
do acelerador em apoio. As reacçõessão suficientemente progressivas paraserem fáceis de controlar, mas enquantonos seus dois rivais contamos com o
ESP entre o equipamento de série, noRenault este é uma opção (considerada)
que custa 300 euros.
OPÇÕES VARIADASO Kia Venga ganha novamente porqueé um produto muito consistente, sem
falhas óbvias, com uma garantia imba-
tível e que capitaliza pontos nos pontosfracos dos rivais. Por exemplo, o Meriva
é o melhor carro, com mais inovação e
requinte, mas falha clamorosamente na
motorização, ao passo que o económico
e confortável Grand Modus perde no
espaço disponível mas, convém não
esquecer, pelo preço base dos seus dois
rivais, podemos optar pela versão de 105
cv! E aí... é outro comparativo.
Pedro [email protected]