LA DIVINA PASTORA 1.pdf

7/25/2019 LA DIVINA PASTORA 1.pdf

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L A D I V I N A P A ST O R A ,

Ó S E A

E L R E B A Ñ O D E L B U E N P A S T O R

JE SU CRIS TO,

g u i a d o , c u s t o d i a d o , y a p a c e n t a d o p o r s u d i v i n a

M a d r e M a r í a S a n t í s i m a ;

C U Y O S C A R I T A T I V O S O F I C I O S

se ofrecen á la piadosa consideración de las ovejas

de que se com pon e este míst ico R e b a ñ o , en fo rm a

de e jerc ic ios para todos los d ias de l mes:

DADOS

A LUZ

en ut i l idad de las ovejas por quienes e l buen Pas

tor d io su sangre y su v ida: honor y g lor ia de la

buena

PASTORA

su d iv in a M a d r e , co n c u y o g l o

r io so t í t u l o e s r e c o no c id a c o m o

PROTECTORA

de las

M is io ne s C a pu c hina s e n l o s d o m inio s c a t ó l ic o s

d e E s p a ñ a ,

P O R

EL R. P. Fu. FERM ÍN DE ALCARAZ,

Misionero apostólico del Orden de Capu chinos , en la Pro

vincia de la Encarnación de las dos Castillas , Teólogo de

Cám ara del Sermo. Sr. Infante D. Sebastian , juez sinodal

de la Sacra Asam blea del Orden de S. Juan, y Secretario de

la Procuración general de su Orden , por las Provincias

de España ¿ Indias.

M A D R ID : IM P R E N T A D E D . L EO NA R D O N U N E Z .

$ DE ABRIL DE I 8 3 I .



D E D I C A T O R I A .

S O B E R A N A E M P E R A T R I Z D E C I E L O S

Y TIERRA: HIJA PREDILECTA DEL PADRE : MADRE

P UR ÍSIMA DEL VER BO : ESPO SA AMADA DEL ES P Í

R ITU SANTO : TEMPLO VIVO Y ANIMADO EN QUIEN

LA DIVINIDAD R ECIBE GLO R IA, O BSEQUIO S , C U L

TO S

Y HO MENAGES DE TO DAS LAS CR IATUR AS ; Y

DE DO NDE HUYE CO NFUNDIDO EL DR AGÓN INFER

NAL HASTA P R ECIP ITAR SE EN EL ABISMO : O BJETO

EL

MAS CAR IÑO SO DE LAS CO MP LACENCIAS DE

DIO S : AR CA VER DADER A DEL TESTAMENTO : R E

CLINATO R IO SAGR ADO EN QUE DESCANSA LA SA

BIDURÍA ETERNA: MUGER FUERTE Á QUIEN COR

R ESP O NDEN EN TO DA SU VER DAD Y EXTENSIÓN

LO S

ELO GIO S QUE P R O DIGÓ EL SABIO : EMBELESO

DE TO DA LA CO R TE CELESTIAL : MILAGR O NU NC A

VISTO , O BR ADO PO R EL ESFUER ZO DE LA O MNIP O

TENCIA : CO MP ENDIO ADMIR ABLE DE LAS MA R A

VILLAS DE LA DIESTR A DEL SEÑO R : ZAGALA GR A

CIOSA

T

Y CO MP AÑER A INSEPAR ABLE DEL BUEN

P ASTO R JESUCR ISTO , QUE ATR AÍDO DESDE EL SE

NO DEL P ADR E P O R EL O LO R SUAVÍSIMO DE VUES

TR AS VIR TUDES , Y ABR ASADO EN EL AMO R DE

I O S

HO MBR ES , NO S VISITO Y R EDIMIÓ, DANDO SU

VIDA

Y SU SANGR E P O R EL BIEN DE SUS O VEJAS,

revelación que nos dice cuánta sea vuestra cle

m encia, y a m or á hs hom bres ¡no tuviera yo

i ademas del

testim onio irrefragable de la



6

también pruebas'repetidas para conocer que

vuestra caridad, herma nada adm irablem ente

con vuestra em inente dignidad, os hace

1

acce

sible a nuestros ruegos, y recibir benigna los

obsequios, aunqu e pequeños, que os ofrecen

los hijos desgraciados, de A dán • yo rio m e atre

vería de modo alguno a acercarme á vuestro

Real trono, llevando en m i m ano esta pequeña

obra, para suplicaros que la recibieseis con

agrado y comp lacencia. Ella es un corto, es

caso é improporcionado testim onio de m i'gra

titud y reconocim iento á los favores, que com o

M adre piadosa y tierna m e habéis dispensado,

y de que veo marcado todo el curso de mi

vida. A si es que cuando yo m e acerco, y cuando

Vos os dignáis concederme acogida á vuestras

virginales plantas, y cuando postrado y re

concentrado en m i propia pequenez os m ito

sentada en el trono pastoral, acariciando y re

cibiendo los' halagos y cariños de las ovejitas

que com ponen vuestro rebaño, ya n o recelo,

no m e detengo, ni dudo correr hasta ponerm e

en la clase de una de ellas, aunqu e sea la m as

roñosa y m iserable, y o freceros el corto fruto

de mi ardiente devoción en este librito intitu

lado : E l R e b a n o d e l b u e n P a s t o r J e s u c r i s to , -

g u i a d o , c u s t o d i a d o , y a p a c e n t a d o p o r V o s

s u D i v i n a M a d r e . '



7

• Nad ie en el m undo, desde los tronos has-i

ta las chozas de los mendigos ¡ es más digno,-

ni aun tanto, com o Vos de m is obsequios^:

h'omenages, y por lo m ismo á Vos sola hago-

término de los presentes. No m iréis, Señora,

ni el pequeño volumen para tratar de los cá-.¡

r'itativos y m ultiplicados oficios, que en clase:

de- P astora ejercéis con el rebañ o de vuestro'''

querido H ijo, ni la rudeza de m is pensam ien-X

tos,

ni la idiotez con que están espresados,-

ni la improporcion del estilo con él grand es-

asun tó que contiene, ni las otras faltas

sitf,.

núm ero- que en él se encuentran; y que á ná'

i

ser vuestra bondad, os harían desecharlo como

impropio de vuestra grandeza. Yo confieso que

con el m odo de esplicarme rebajo m ucho d e

su m érito; sin em bargo, m i filial confianza m e

dice que am pliando vuestra clemencia, lo re

cibiréis com o un esfuerzo de m i cariño, como

un testimonio de m i gratitud,y como una prue

ba aunq ue escasa de que deseo viva, ardiente^,

y eficazmen te que,seáis alabad a, bend ita,.y

glorificada de vuestras fieles ovejas; temida

y respetada del dragón infernal; y^digna, en

fin, de que confiándoos vuestro Hijo el cuidado

y defensa de su grey evangélica, todas vues

tras ovejas os m iren com o el seguro apoyo de

su protección y amparo: y por lo mismo he



8

SEÑORA:

Mesa rendido la peana de vuestros pies

t

el mas

• pequeño de vuestros hijos,

0

-c.

K

^ewwws) De (SUlcaftax,.

querido mas hum illar el estilo y los pensa

m ientos para hacerlos comp rensibles á todos,

que no hacer alarde de la sublim idad en és

tos,

y elegancia en aquél. Estos han sido, y

son m is designios y deseos. La sinceridad in-,

gema

con que los es preso, y la claridad con

que Vos misma estáis leyenda m¡ corazón, me

dan una segura confianza de que hallaré aco

gida en m i pretensión; esperando solo por re

compensa que me anum ereis, y permanezca yo

fiel, y obediente en vuestro rebaño y aprisco

pastoral, com o oveja la m as indigente

y

ne~.

essitada, de vttestra solicitud y amparo*



9

^Escribir de las

e s c e l e n c i a s , g r a c i a s

y pre-

r o g a t i v a s , que la m a n o del T o d o p o d e r o s o

r e u n i ó m i l a g r o s a m e n t e en la s ie m p re V i r g e n

M a r í a , R e y n a

de los

c i e l o s

y la

t i e r r a ,

es

e m p e ñ o s u p e r i o r

en

t o d o s e n t i d o

á los

a l c a n

c e s l i m i t a d o s del h o m b r e , y que por lo m i s

m o d e b e i m p o n e r

al

á n im o

mas

e n c u m b r a d o

y s a b i o ; en c o n s e c u e n c i a , s o l o p u e d e e m p r e n

derse desconf iando de n u e s tr a s u f i c i e n c i a , es

p e r á n d o l a

de

D i o s ,

y

q u e d a n d o n o s o t r o s

de

a s i e n t o

en

n u e s t r a p r o p i a

y

b i e n c o n o c i d a

p e q u e n e z . S i e n d o por una p a r t e el asunto mas

d e l e i t a b l e ,

mas

g u s t o s o ,

y de

m a y o r c o n s u e

lo para nosotros los h i jo s d e s g r a c i a d o s de

A d á n , el r e c o r d a r que tenemos una M a d r e

t a n a c e r c a d a

á la

D i v i n i d a d ,

que

p a r t i c i p a

d e

las

p e r f e c c i o n e s

de

D i o s c u a n t o

es

pos ible

á u n a p u r a c r i a t u r a ; y tan g e n e r o s a , b e n é f i ca ,

y

c o m p a s i v a , q u e e m p l e a

en

benef ic io nuestro,

m e jo r q u e E s t h e r con los de su p u e b l o , la p l e

n i t u d de g r a c i a s y la p r i v a n z a que la d i s p e n

só el

o m n i p o t e n t e A s u e r o , l l e n a

sin

e m b a r g o

de terror á n u e s t r o e s p í r i t u , y se e s t r e m e c e la

mano al coger la p l u m a p a r a e s c r i b i r de este

P R Ó L O G O AL L E C T O R .



I O P R Ó L O G O

p o r t e n t o a d m i r a b l e d e l a d i e s t r a d e l A l t í s i

m o , q u e e n s u f o r m a c i ó n a g o t ó t o d o s l o s r e

c u r s o s d e l a O m n i p o t e n c i a D i v i n a , y r e c i b i ó

t a l e s p l e n d o r y e l e v a d a g r a n d e z a , q u e d e s *

pue s de D io s no se encu entra otr a semejante

( i ) ; por lo ta n to , so lo D io s es suf ic iente pa ra

c o n o c e r y e s p l i c a r su s p e r f e c c i o n e s ( 2 ) , q u e

e l A n g é l i c o D o c t o r l l a m a c u a s i in fin ita s ( 3 ) .

E s t a c o n t r a r i e d a d d e a f e c t o s l a m a n i fe s tó e l

m el i fluo S . B er n ar do ( 4 ) , cu an do fluctuan

d o su e n c u m b r a d o e s p í r i t u en t re l o s c o n t r a

r i o s a f e c t o s d e t e r r o r y d e d u l z u r a , n o a c e r

r a b a á e l e g i r u n m e d i o p r o p i o y a d e c u a d o

p a r a h a b l a r d e l a s g l o r i a s d e M a r í a . S e g ú n

e s ta v e r d a d , d e q u e e s to y b ie n p e r s u a d i d o , y a

no es es t raño e l que yo tema e l aventurar mi

p l u m a , c u a n d o l a c o r t o p a r a o c u p a r l a e n e l

a s u n t o q u e y o m e p r o p o n g o e s p l a n a r : e l q u e

d a r c o n f u n d i d o e n m i p r o p i a i g n o r a n c i a e c l i p

s a n d o c o n e l l a e s t e A s t r o r e f u l g e n t e q u e r e

c ibe inm ediatam ente la inf luenc ia de l So l d i

v i n o d e j u s t i c i a , c u a n d o i n t e n t o d i f u n d i r s u s

h e r m o s a s l u c e s : y v e r m e p o r ú l t im o d e s l u m - .

brado cuando me paro á mirar de h i to en h i to

á e s t a e s c e l s a y s i n g u l a r c r i a t u r a , c u y o c u l t o

( 1 ) . S , Anselm.

de

Concept. Virg. ( a ) S . B e r

n a r d . S e r ra . g i . a r t . g . ( 3 ) S . T h o m . q . 16.

( 4 ) S . B e r n a r d . S e t a l . 4 . de

Asumpt.

'



A L L EC T O R . T I

y a d o r a c i ó n d e s e o e s t e n d e r y p e r p e t u a r e n

t r e t o d o s l o s h a b i ta n t e s d e l u n i v e r s o , y a c a

so , deb eré tamb ién re ce lar e l que yo p ro fa

n e c o n m i t o s c a p r o d u c c i ó n e s t e T a b e r n á c u l o

a u g u s t o d e l a e t e r n a é i n c r e a d a S a b i d u r í a . S i n

e m b a r g o , d e s c o n f i a n d o s i e m p r e d e m í m i s m o ,

o l v i d a d o d e m i p e q u e n e z , y e s t r i b a n d o s o l o

e n e l a u x i l i o d e l m i s e r i c o r d i o s o P a d r e d e l a s

l u c e s , q u e e s c u d r i ñ a n d o l o s c o r a z o n e s d e l o s

hombres , sabe muy bien que so lo intento y

b u s c o s u m a y o r h o n r a y g l o r i a , y ; l a d e s u

S a n t í s im a M a d r e j m e a t r e v o á to m a r l a p l u - '

m a p a r a r e n o v a r á l o s h o m b r e s l a m e m o r i a

de sus misericordias s in f in, depositadas en

M a r í a , d e l m o d o p o s i b l e , y s i g n i f i c a d a s d e ;

u n m o d o g r a n d i o s o , e n e l h e c h o d e n o m b r a r l a

P a s t o r a d e n u e s t r a s a l m a s , d e c r e t a n d o q u e

f u e s e M a d r e d e l b u e n P a s t o r J e s u c r i s t o .

S í , l e c to r m i ó , á es ta v o z d e M a d r e y

P a s t o r a d e l o s - h o m b r e s , d e s a p a r e c e n to d o s-

I o s m o t i v o s q u e p u d i e r a n s o r p r e n d e r ó i n f u n

dir espanto en nuestros ánimos, y so lo se nos-

presentan los q ^ ep u e d e n y deben llen ar d e con-"

t en t ó ^ a l e g r í a , - c o n f i a n z a , te r n u r a ' ,, y a m o r f i - '

l i a l á n u e s t r a s ,a l m a s . S i S . B e r n a r d o , c u y a

l e n g u a p a r e c e f u é f o r m a d a p r i n c ip a l m e n t e

pa ra e l og iar á M a r í a , se l lena ba no. obstante

d e .

terror y espan to , a l . ha cer e l pa ne gír ic o



I

1

P R Ó L O G O .

d e e sta S e ñ o r a ,

era

p o r q u e

si

a l a b a b a

su

v i r

g i n i d a d ,

si

p r e d i c a b a

su

h u m i ld a d ,

si

m a g

ni f icaba

su

m i s e r i c o r d i a , e n c o n t r a b a

en las

otras cr ia turas es tas v ir tudes

con que se

a s e

m e j a b a n

á

e s t a S e ñ o r a :

así

e r a ,

que

b u s c a n

d o su e l e v a d o e s p í ri tu una cosa que d i s i p a

se

su

t e m o r

por ser

única

y

p r i v a t i v a a l a b a n

z a

de

M a r í a ,

la

e n c o n t r ó

al

c o n s i d e r a r la

Ma

d r e V i r g e n

del

C o r d e r o

de

D i o s ,

que

d e b í a

b o r r a r

la

i n i q u i d a d

del

m u n d o ( i ) . P a r t i e n

d o c o m o

de

este centro

en

su s a l a b a n z a s ,

ya

s e a l e n t a b a su e s p í r i t u , y se f o r t a l e c í a al c o n

s id era r q ue sus v ir tu de s esce de n cu as i infin ita

m e n t e

á

t o d a s

las de los

h o m b r es

y

A n g e l e s ,

y

p o r q u e h a l l a n d o g r a c i a

en el

S e ñ o r

( 2 ) , se

f a b r i c ó

en

e l l a

el

r e m e d i o u n i v e r s a l

de

t o d o

e l m u n d o p e r d i d o

(3). Por

es ta ra zón

no te

m o yo el e m p r e n d e r en es te peq ue ño l ibro ,

la-

e s p l i c a c i o n

de

c u a n t o

en sí

e n c i e r r a

el tí

t u l o y oficio de P a s t o r a de n u e s t r a s a l m a s ,

y M a d r e del b u e n P a s t o r J e s u c r i s t o , c u a l lo

e s e f e c t i v a m e n t e M a r í a S a n t í s i m a . E s t e a s u n ^

to nada t iene de terr ib le ni e s p a n t o s o : t o d o

e s a m a b l e , t od o d u l c e , s u a v e , g usto so ^ h a l a

g ü e ñ o , c o m p a s i v o , m i s e r i c o r d i o s o ,

y:

c a p a z

( 1 ) S e r m ¿ 4.

de Asumpt.'

(a) L u c . c a p . i . v . 3 0 .

• (3) S. B e r n a r d . S e r m . 4.

de Asumpt. 1.

v. 304.



A L L EC TO R . I J

d e a r r e b a t a r n u e s t r o s c o r a z o n e s , y t r a e r l o s

suavem ente en seguim iento d e es ta nue stra

M a d r e P a s t o r a , a l m o d o q u e u n a s s e n c i l l a s

o v e j a s s i g u e n á s u P a s t o r , o y e n s u v o z , l e

c o n o c e n , y le a m a n . S ie n d o M a r í a n u e s tr a

Pastora se hace tan fami l iar con los hombres ,

- q u e s i n t e m o r p o d e m o s h a b l a r d e l a s m i s e

r i c o r d i a s q u e : o b r a c o n n o s o t ro s d e d i a y d e

n o c h e : p a r a i n s p i r a r n o s t o d a c o n f i a n z a s e

d e s p o j a d e t o d a s u g l o r i a y m a g e s t a d , y a s í

p o d e m o s c o n s i d e r a r l a s i n q u e l a d e b i l i d a d d e

n u e s t r a v i s t a p u e d a d e s l u m h r a r s e . S i e n d o c o

m o e s m e d i a d o r a p a r a c o n e l m e d i a d o r d e l

P a d r e , s e gú n S .' B e r n a r d o , p a r e ce q u e e l

O m nip oten te la d io es te t í tu lo s aca do de . los

t e s o r o s d e s u i n fi n it a b o n d a d , p a r a d a r n o s

. m a y o r c o n f i a n z a é i n f u n d i r n o s m a y o r a l i e n

t o , á f in de que s in temor ni rece lo a lgu

no nos acerquemos á implorar su intercesiOfí í

N i n g ú n o t r o t í t u l o n o s l a h a c e m a s a c c e s i b l e *

¿ A qu ién cau san terror las sua ves p ie les que

.cubren e l am oroso pe ch o d e esta P a st o r a ?

¿ Q u i é n te m e d e u n c a y a d o , d e q u e s o lo u s a

p a r a c o n d u c i r n o s p o r l a s s e n d a s d e l a v i d a

e t e r n a ? ¿ Q u i é n se e s p a n t a rá d e su v o z d u l c e ,

s u a v e y s o n o r a ? ¿ Q u i é n h u i r á d e es e r o s t r o

t a n d i v i n o ? ¿ Q u i é n n o s e e n a m o r a r á s a n t a

mente de sus hermosos o jos , no se l lenará dé



í 4 P R Ó L O G O '

a m o r d i v i n o a l m i r a r s u s s o n r o s e a d o s l a b i o s ,

ó rehusará por ú l t imo e l acercarse á un t rono,

. •cuyos s ímbolos .nos representan del modo mas

e f i c a z l a c o m p a s i ó n y m i s e r i c o r d i a ? S u b l i m e s

s o n , p e r o c i e r t o s , t o d o s e st os a f e c t o s q u e e l

. t í tulo y nombre de Pastora esc ita en nuestras

a l m a s , l o s c u a l e s , y o e l m e n o r d e s u s o v e -

j u e l a s , a l e g r e y c o n fi ad o v o y á e s p l i c a r p a r a

e d i f i c a c i ó n d e t o d o s u r e b a ñ o m í s t i c o * Y o

conf ieso que acaso no l lenaré la espectac ión

d e l o s q u e. l e a n , n i t a m p o c o e s c r i b i r é d i g n a

m en te de un asu nto , que d esde lu eg o lo conf ie

r o . s u p e ri o r á n i i s l im i t a d o s c o n o c i m i e n t o s ; s in

e m b a r g o , y o m e r e s u e l v o á p u b l i c a r a l r e b a ñ ó

,d e J e s u c r i s t o , e n e l m o d ó ' q u e : m e e s p o s i b l e ,

q u e . e n M a r í a . , s i e n d o P a s t o r a , s e r e ú n e n a d

m i r a b l e m e n t e t o d a s l a s a l a b a n z a s , t o d a s l a s

e s c e l e n c i a s , t o d a s l a s p r é r o g a t i v a s , q u e c o n

m a n o g e n e r o s a ¡ la d i s p e n s ó e l O m n i p o t e n t e

q u é . M a r í a , s i e n d o P a s t o r a , és m a d re d e l b ue n

P a s t o r J e s u c r i s t o , y p o r c o n s i g u i e n t e e s R e y u

n a d e los cie lo s »y la t ie rr a j ^puerta d e l ciélo^

e n t r a d a p a r a . e l . - P a r a í s o estirel la d e l m a r,

c o n s u e l o d e l m u n d o , r e f u g i o d e l p e c a d o r ,

p u e r t o d e l n a v e g a n t e , a u x i l i o d e l q u e p e l i

g r a , c a m i n ó d e l q ue y e r r a , y e sp e r a n z a d e l

q u e d e s e s p e r a . S i e n d o P a s t o r a , e s ' l a i n t e r v e n

t o r a d e l m u n d o , d e f e n sa y e s c u d o c o n t r a e l



AI.

L E CTO R . I J

p e c a d o , t e r ro r d e l D e m o n i o , p a v o r y e s pa n to

d e t o d o s l o s e s p í r i t u s i n f e r n a l e s . S i e n d o P a s

tora , es ya e l terev into que es t iende sobre no

s o t r o s s u s r a m a s d e p r o t e c c i ó n , d é h o n o r . , . y

d e g r a c i a ; e l c e d r o l e v a n t a d o s o b r e e l l i b a -

n o ;

l a . o l i v a p r e c i o s a c u l t i v a d a e n l o s . c a m

p o s ; e l p l a n t e l d e l a s r o s a s d e J e r i c ó ; e l f r a

g r a n t é c i n a m o m o , y p o r ú l t im o l a M a d r e

d e l a m o r h e r m o s o , d e l c o n o c i m i e n t o , y l a

s an ta e s p er a n za ( i ) . P o r l o t a n t o , n o . c r e o

a v e n t u r a r m e c u a n d o i n t e n t o h a c e r v e r e n e s t á

p e q u e ñ a o b r a , q u e c o n s i d e r a d a M a r í a S a n

t ís ima. P asto ra d e nuestras a l m a s , se reúnen

y c o m p e n d i a n e n e st e t í t u l o c a r i ñ o s o t o d o s

l o s o tr os c o n q u e i n v o c a m o s y a l a b a m o s * l a

M a d r e d e n u es tr o D i o s . C o m o M a d r e - d e ;

b u e n P a s t o r e s y a M a d r e , d e l c o n s u e l o , : d e l

a m p a r o , d e l o s r e m e d i o s . , d e l a s a l u d , ¡ d e l

r e f u g i o , d e l a g u i a , d e l b u en c a m i n o , y lo s

d e m á s c o n q u e l a h o n r a l a p i e d a d c r i s t i a n a ^

T o d o e sto lo v e r á s ¡ o h l ec to r b e n é v o l o

e s p l i c a d o y e s p l a n a d o e n l a s c o n s i d e r a c i o

nes y a fe c tos d is t r ib uid os en los s igu ientes

e j e r c i c i o s d e l a D i v i n a P a s t o r a , q u e o f r e z c o á

t u p i e d a d , p a r a q u e e l l a p u e d a e n t r e t e n e r s e

y aum entarse en ca d a uno d e los d ías d e l

( i ) E c c l e s . c a p . 3 4 .



I 6 P R Ó L O G O

m e s ; con c u y o objeto d is po ng o t re inta y un a

M e d i t a c i o n e s p a r a l a s m a ñ a n a s , y o t r a s t a n

t a s p a r a l a s t a r d e s , c o n s us r e s p e c t i v o s a f e c

t o s d e d u c i d o s d e l a s m i s m a s c o n s i d e r a c i o n e s ,

y u n a O r a c i ó n d i a r i a p a r a c o n c l u i r , q u e la s

o v e j a s d e e s t a D i v i n a P a s t o r a , a p a c e n t á n d o

se de cont inu o con los pastos s u av es , que les

o f r e c e n s u s v i r t u d e s y e s c e l e n c i a s , p o d r á n r o

b u s t e c i d a s a n d a r s i e m p r e

tras

l a s h u e l l a s v i r

g i n a l e s d e t an p r e c i o s a , v i g i l a n t e , y a m a b l e

P a s t o r a .

¡ O j a l á p u d i e r a y o e s c i t a r e n t u c o r a z ó n

t o d o » l o s a f e c t o s , y t o d a l a d e v o c i ó n d e c u a n -

t o s í s i e r v o s d e M a r í a l a h o n r a n én l a t i e r r a ,

yi d e cua ntos San tos y cele st ia le s esp ír i tus l a

g l o r i f i c a n e n e l c i e l o , p a r a q u e a s í e s t a D i -

v J h a . P á s t o r a r e c i b i e s e t o d a l a a l a b a n z a , q u e

la m erecen la esce lsa d ig n id ad con que la

h o n r ó , su H i j o , y l o s o f ic io s d e c a r i d a d q u e

e j e r ci ta c on l os m o r t a l e s M a s si p o r v e n

tura ño l lenase yó

i

e s t e m i s i n c e r o d e s e o , ó

n o s a t i s f a c i e s e c u m p l i d a m e n t e l a e s p e c t a c i o n

d e l q u e l e a , s é a m e d i s i m u l a d o m i a t r e v i

miento . ; y yo espero que la rec ta cons idera

c i ó n d e c u a n t o s r e g i s t r e n e s t e l i b r o , m i r a r á

no prec isam ente la e leg an c ia de su es t i lo de

q u e j u z g o d e b e c a r e c e r , p a r a q u e a s í s e a c o

mode á la fác i l inte l igenc ia y comprensión de



A L L E C T O R . 1 7

t o d o s ,

n i l a s u b l i m i d a d d e p e n s a m i e n t o s p o c o

p r o p o r c i o n a d a p a r a e s c i t a r l a d e v o c i ó n , y

l a u n c i ó n d e l c o r a z ó n , s in o l a s i n c e r i d a d d e

m í á n i m o a t e n t o s o l o á p r o m o v e r e l o b s e q u i o ,

y e l h o n o r d e l a M a d r e d e D i o s . E s t o s s e n

t imientos de mi a lma son los que desde ahora

o f r e z c o á es ta g r a n R e y n a y S e ñ o r a n u e s t r a ,

á q u i e n s u p l i c o s e d i g n e a c e p t a r l o s , y d i r i

g i r l o s p o r s u m a t e r n a l m i s e r i c o r d i a . V a l e .

2



Titulo y Oficio de P astora.

D e s d e e í p r i n c i p i o de la e t e r n i d a d se de

cr et ó en Jo s consejos de la inf in i ta miser icor

d ia

de

D i o s ,

que el

V e r b o E t e r n o e ng en d ra -*

d o , sin t ie m p o , ért el seno del P a d r e , t om a s e

f o r m a h u m a n a p a r a v i s i t a r n o s ^ y h a c e r la

r e d e n c i ó n de su p u e b l o ( i ) . P a r a r e a l i z a r

e s t e d e s i g n i o m i s e r i c o r d i o s o

fué

p r e c i s o

es -

c o g e r una c r i a t u r a , qué o r i g i n a d a de A d á n ,

f u e s e

tan

;

p u r a ,

tan

s a n t a ,

tan

h e r m o s a

é in

m a c u l a d a ,

que el

o l o r s u a v í s i m o

de sus

v i r

t u d e s e n a m o r a s e n al V e r b o i n c r e a d o , y sin

d e g r a d a c i ó n de su i n fi n it a M a g e s t a d d e j a s e

e l so l io

dé su

g l o r i a p a r a e n c a r n a r

en su.,

p u r í s i m o v i e n t r e . E s t a fué la H i j a f e l i z de

J o a q u í n

y Ana,

M a r í a S a n t í s i m a , q u e

c e r

c i o r a d a

en el

t i e m p o o p o r t u n o

por el

Á n g e l

d e l S e ñ o r de e s t e d e c r e t o del D i v i n o C o n

s i s t o r i o , c o o p e r ó , ert' e f e c t o , con el fíat p r o

n u n c i a d o l i b r e m e n t e

por

sus v i rg in a l es labios^

p a r a el c o m p l e m e n t o de c u a n t o e s t a b a de-

( i ) Luc. cap. i .



2

O

T IT U LO Y O F IC IO

t e r m i n a d o e n a q u é l s o b r e l a r e d e n c i ó n d e l

g é n e r o h u m a n o . E l e v a d a y a e n t o n c e s e s t a

V i r g e n M a d r e á u n a d i g n i d a d , q u e n i h o m

b r e s n i A n g e l e s p u e d e n c o m p r e n d e r , se l a

d e b i a n j u s t í s i m a m a n t e l o s t í t u l o s m a s g l o r i o

s o s y h o n o r í f i c o s , q u e d e n o t a s e n l a e s c e l e n -

c i a y e l m é r i t o d e é s ta S o b e r a n a R e y n a : t a

le s son tod os aqu el l os co n q ue á porf ía la

a l a b a n y b e n d i c e n l o s S a n t o s P a d r e s , y c o n

e l l o s t o d a l a I g l e s i a C a t ó l i c a , l l a m á n d o l a

C o o r e d e n t o r a d e l o s h o m b r e s , T a b e r n á c u l o

d e l a S a b i d u r í a i n c r e a d a , C o m p e n d i o d e t o

d a s l a s m a r a v i l l a s c r i a d a s p o r D i o s , R e y n a

d e l o s c i e l o s y l a t i e r r a , y s e m e j a n t e s ; s i n

e m b a r g o , e s t a l l a d i g n a c i ó n d e e s t a S e ñ o r a ,

q u e á i m i t a c ió n d e s u S a n t ís i m o H i j o , q u i e r e

s e r c o n o c i d a , i n v o c a d a , y a d o r a d a d e l o s

h o m b r e s c o n u n t í t u l o l l e n o d e a m o r , d e b e

n i g n i d a d y d e c a r i ñ o , y q u e a l m i s m o t i e m

p o d e n o t a l a p r o f u n d a h u m i l d a d , d e q u e

a u n e n e n m e d i o d e s u i n c a l c u l a b l e e l e v a c i ó n ,

e s t u v o s ie m p r e a d o r n a d a s u b e n d i t a a l m a .

I m i t a d o r a p e r f e ct a d e su D i v i n o H i j o , l e o y e

d e c i r : Yo soy el buen Pastor ( i ) ; y e n t o n

c e s d i c e e s t a S e ñ o r a d e s í m i s m a : Yo tam

bién soy la buena P astora, e s c o g i d a p o r e l

( i ) J o a n n . c a p . 1 0 .



D E P A S T O R A . 2 1

Pastor mi Esposo para tener parte en los o f i

c i o s d e e s t e n u e v o d e s t i n o ; d a n d o á e n t e n

d e r á s á l o s h o m b r e s , q u e á p e sa r d e l g r a d o

s u b l im e d e m a g e s t a d á q u e se v é e l e v a d a p o r

e l D i o s O m n i p o t e n t e , q u e o b r ó e n e l l a c o s a s

g r a n d e s , n o q u i e r e d e s p o j a r s e d e s u h u m i l

d a d , d e s u b e n i g n i d a d , d e s u a m a b i l i d a d ,

y d e s u m a t e r n a l s o l i c i t u d p a r a h a c e r f e l i

c e s á l o s h o m b r e s , c o n e l o b j e t o s i n d u d a d e

g a n a r l e s e l c o r a z ó n , é i n f u n d i r le s t o d a c o n

fianza, p ar a de este m od o tra er acia sí las

o v e j a s p e r d i d a s , c o n s e r v a r á l a s q u e s o n fie

les , y h ace r de toda s e l l as un so lo reb ano

c o n g r e g a d o e n su s o l o r e d i l , y p o n e r l a s á

c u b i e r t o d e l o s l o b o s i n f e r n a l e s q u e l a s a c e

c h a n d i a y n o c h e p a r a d e v o r a r l a s , é i n u t i

l i zar en e l las e l f ruto de la sangré de su

H i j o , d e r r a m a d a p o r c o n d u c i r l a s á l o s p a s

t o s d e v i d a e t e r n a ; a s í p o d e m o s d e c i r d e e s t a

S e ñ o r a l o q u e S . P e d r o C r i s ó l o g o d i c e d e s u

S a n t í si m o H i j o : M a r í a e l i g i ó e l o fi ci o d e

a m a n t í s i m a P a s t o r a p a r a r e u n i r á l o s p u e b l o s

y á l a s g e n t e s , q u e c o m o o v e j a s e r r a n t e s a n

d a b a n v a g a s y d is p er sa s ( i ) . L o s g e n t i le s ,

e l e g i d o s c i e r t a m e n t e p o r D i o s p a r a e n t r a r á

s u c e l e s t i a l r e b a ñ o , d i s p e rs o s p o r l a i d o l a -

( i ) S e r m . 6. i a P s . p p .



• 2 3 T ÍT U LO Y 'O F IC IO

t r í a

?

y e s t r a v i a d o s e n t r e l a s m a l e z a s i n c u l t a s

d e l o s e r r o r e s m a s g r o s e r o s , c a m i n a b a n s in

r e m e d i o á s u p e r d i c i ó n e t e r n a . A u n e l p u e

b l o e s c o g i d o d e D i o s , i m b u i d o en p a r t i c u l a r

r e s e r r o r e s , y o b c e c a d o c o n l a l u z m i s m a q u e

v e n i a á i l u m i n a r l o , e s t a b a e n i g u a l p e l i g r o ;

p u d i e n d o d e c i r j u s t a m e n t e c o n I s a í a s ; T o d o s

n o s h e m o s e s t r a v i a d o c o m o o v e j a s e r r a n

t es ( i ) . P o r e sto e l a m a n t í si m o R e d e n t o r

Jesucr is to toma e l nombre y o f ic io de Pastor

p a r a d i r i g i r n o s , y e n s e ñ a r n o s l o s c a m i n o s d e

• p a z y d e s a l u d , y á s u M a d r e S a n t ís im a p o r

c o a d j u t o r a e n e st e n u e v o m i n i s te r i o , C o m p a

d e c i d o d e u n a d i s p e r s i ó n t a n l a m e n t a b l e , l a

e n c a r g a e l t r a b a j a r c o n é l p a r a r e u n i r t o d o s u

- r e b a ñ o ; y e n t o n c e s p a r e c e s e c u m p l i ó . e n t e r a

m e n t e l o q u e D i o s d i j o p o r su p r o f e t a E z e -

q u i e l : S a l v a r é m j g r e y , y n o e s t a r á y a e s p u e s

t a á l a r a p i ñ a , p o r q u e s u s c i t a r é s o b r e e l l a s u n

P a s t o r q u e das a p a c i e n t e ( 2 ) , N i e s to d e ja d e

s e r a p r o p i a b l e á e s t a S e ñ o r a , p o r q u e s i J e

s u c r i s t o , a s e g u r a d o p o r t r e s v e c e s d e l a m o r

q u e S . P e d r o l e t e n i a , ÍO h a c e p a s t o r d e s u

g a n a d o , d i c i é n d o l e : A p a c i e n t a m i s c o r d e r o s :

a p a ci en t a m is ov eja s ( 3 ) ; ¿ c u a n m a s p r o -

' 1 ) C a p . § 3 . v . 6. ( a ) C a p . 3 4 . v. a a . y 3 3 .

'3 ) J o a n n . a i . v .



• D E P A ST O R A . ?3

p í a m e n t e s e d a r í a e s t a c o m i s i ó n á l a q u e s i g

n i f i c ó c o n m a s p r o p i e d a d q u e n a d i e l a p e r

s o n a d e s u H i j o S a n t í s i m o , y s u p l i ó c u m p l i

d a m e n t e su f a l t a e n l a t i e r r a , d e s p u é s d e s u

A s c e n s i ó n á l o s c i e l o s , a p a c e n t a n d o , f o r t a - r

l e c i e n d o , a n i m a n d o , y c o n f o r t a n d o á t o d o s

lo s prim ero s fíe les, y en tre e l lo s á los mismos

A p ó s t o l e s , p a r a c o m p l e t a r y p e r f e c c i o n a r e l

e s t a b l e c i m i e n t o d e l a l e y d e g r a c i a , y e s t -

t e n d e r e l E v a n g e l i o p o r t o d a l a r e d o n d e z d e

j a t i e r r a ?

S i d i s c u r r i m o s p o r t o d o s l o s p e r i o d o s d e

l a v i d a d e e s ta S a n t í s i m a V i r g e n , y s i e xa -r

m inam os los o f ic ios qu e e jer c i tó en la t i e rr a ,

y a u n a l p r e s e n t e e j e r c e , s u b l i m a d a c o m o ,

e s t á e n l o s c i e l o s , h a l l a r e m o s c u a n p r o p i a - ;

m e n t e l e d a m o s , e l t í t u l o d e P a s t o r a d e l a s

a l m a s . A d o r n a d a c o n v a r i e d a d d e v i r t u d e s j

s e a v e n t a j ó e n e l l a s á t o d a s l a s d e m á s e s p o

s a s d e l C o r d e r o , q u e s i g u ie n d o e n p o s d e é l ,

a t r a íd as por e l su av e o lo r d e sus v ir tudes^

f u e r o n c o m o m a e s t r a s y p a s t o r a s d e l a s d e ?

m a s v í r g e n e s : c u a l e s f u e r o n l a s C l a r a s , l a s

T e r e s a s y G e r t r u d i s , q u e c on su s h ija s s e

o f r e c e n a l C o r d e r o i n m a c u l a d o ; p e r o g u i a

d a s y c o n d u c i d a s p o r M a r í a . A c l a m a d a p o r

R e y n a d e t o d o l o c r i a d o , l e e s y a p r o p i o

e l ' t i t u l ó d e P a s t o r a d a d a p o r I s a ía s á l o s



2 4 TÍTU LO Y 'O P Í& I O

R e y e s ( i ) : P a s to r a ig u a lm e n t e d e M o s A p ós t-

t o l e s ,

p o r q u e

5

fué m aestra y conse jera de t o

d o s e l l o s : d e l a I g l e s i a , p q r q u e l a s u s t e n t a

c o n e l P a n d e l o s A n g e l e s f o r m a d o e n s u

v i e n t r e p u r í s i m o , y l a i l u s t r a c o n s u v i d a

e s c l a r e c i d a : d e l o s A h g e l e á h e c h o s p a s t o r e s

p o r D i o s ( i ) , p o r q u e l os a v e n t a j ó en g r a c i a ',

e n g l o r i a , y e n s o l i c i t u d p o r e l b i e n d e l o s

h o m b r e s

5

y en f in Pastora as í nombrada de un

tnodo term inante po r e l c as to E sp os o que erl

l o s C a n t a r e s la o r d e n a , y d i c e : M a r c h a tras

l a s h u e l l a s d e l o s g a n a d o s , y a p a c i e n t a t u s

c o r d e r o s j u n t o á l o s t a b e r n á c u l o s d é l o s P a s t ó í

res (3 ) . Como s i d i jera : Yo que soy e l Pastot?

b u e n o , q u e h e v e n i d o á d a r m i v i d a p o r m is

o v e j a s ( 4 ) , i ré d e l a n t e c o m o e s f o r z a d o ma-»

y o r a l a b r i é n d o l e s e l c a m i n ó d e l a v i d a e t e r

n a , y a p a r t á n d o l a s d e l a s s e n d a s p e r d i d a s

p o r d o n d e c a m i n a b a n á s u e t e r n o p r e c i p i c i o }

p e r o t u ¡ ó h ' h e r m o s í s i m a e n t r e l a s m u g e r e s

(5^) c o m o Z a g a l a d e m i r e b a ñ ó , v e n d r á s d e

t r a s d e t o d a s e l l a s a n i m a n d o á l a s ñ a c a s ,

¡av ivando á las f lo jas y perezosas , l lamando

á l a q u e se e s t r a v í e , y a m p a r á n d o l a s á t o d a s j

p a r a q u e u n i d a s y u n i f o r m e s c a m i n e n á s u

- . i

. (1) I sa i . c a p . 4 4 . v . 2 8 . . ( a ) I b . c a p . 1 3 . v . 2 0 .

( 3 ) C a h t i c . 1 . v . 7 . ( 4 ) J o a n , i p . v . 4 .

' (5) C a n t ic - ib, •• -

J



B E P A S T O R A . ' 2 Y

f i n ,

'n inguna se p ierd a j y tod as p art ic ipe n d e l

ca lor de nuestro amor so l íc i to por su bien.

Aquí sé ver i f ica á la le t ra que e l Div ino Es¿ -

p o s o e l i g i ó u n a C o a d j u t o r a s em e j an te á é l

m i s m o ( i ) , p a r a p a s to r e a r l a g r e y d e su s a n

t a I g l e s i a ; P o r e s t o , l l e g a d o e l m o m e n t o e n

que Jesucr is to debia part i r de es te mundo á

e l P a d r e , p r i v á n d o l o d e su a m o ro sa p r é s e n -

c i a , s e ñ a l a á e s t a D i v i n a P a s t o r a p o r M a d r e

<ie todos los hombres en la persona de San

J u a n , d i c i é n d o l a : M u g e r , m i r a a h í á t u H i j o ;

y d e s p u é s d i c e a l d i s c í p u l o : E s a e s t u M a J -

d r e ( 2 ) . E n t o n c e s f u é c u a n d o J e s u c r i s t o co-*

m i s i o n ó á s u p r o p i a M a d r e , p a r a q u e e n s ú

a u s e n c i a q u e d a s e p o r M a d r e d e l o s A p ó s t o l e s

y l o s fieles ( 3 ) , y c o m o t a l , c o n s o l a s e á lo S

a f l i g i d o s , e n s e ñ a s e á l o s i g n o r a n t e s , l e v a n t a s e

á los ca idOs, d ir ig iese á los que con ans iedad

t i tu b e a n , é instru yese á todo s en los sucesos

y a p r ó s p e r o s y y a a d v e r s o s d e l a v i d a . E n

t o n c e s f u é c u a n d o e l S u m o P a s t o r , p r ó x i m o

y á á l á m u e r t e , d e c l a r ó m a s t e r m i n a n t e m e n

t e q u e n u n c a s u v o l u n t a d , d e q u e su m i sm a

M a d r e se q u e d a s e p o r P a s t o r a d e l a s o v e j a s

a d q u i r i d a s c o n s u s a n g r e , y q ue v e í a q u e d a r

( 1 ) G e n . 1. v. 1 8 . ( 2 ) J o a n. c a p . a o . v . a 6*

( 3 ) C o r n . in J o a n. 4 i t . J D.. '



2 0 T ÍT U L O Y O F IC IO

d e s a m p a r a d a s e n l o s d e s i e r t o s d e e s t e v a l l e

d e l á g r i m a s , d i c i é n d o l a : Y á d e s d e h o y n o

e r e s s o l a m e n t e M a d r e m i a , s i n o q u e t e l l a ^

m a r á s g e n e r a l m e n t e M u g e r p o r t u e s p e c i a l

f e c u n d i d a d ( a l m o d o q u e D i o s p u s o p o r n o m

b r e S a r a á l a m u g e r d e A b r a h á n p o r s e r

c o n s ti tu i d a M a d r e d e m u c h a s g e n te s ) ( i ) :

y á s e r á s M a d r e d e i n f i n i t o s h i j o s , q u e i l u m i r

n a d o s c o n m i f é , y r e e n g e n d r a d o s c o n m i

g r a c i a , h a n d e c r e e r e n m í : á t o d o s l o s a b r i

g a r á s e n t u s e n o c o m o á h i j o s l e g í t i m o s ( 2 ) :

" ám a l os c o m o á m í p r o p i o : c o n f í r m a l o s e n

s u f é : f o r t i f í c a l o s c o n e l p a s to d e m i d o c t r i -

, n a ; y h a z q u e s e r o b u s t e z c a l a e s p e r a n z a q u e

d e b e n t e n e r d e r e u n i r s e c o n m i g o e n e l r e d i l

e t e r n o d e m i g l o r i a . A s í l o s i e n t e l a S a n t a

I g l e s i a , c o l u m n a y firm am ento d e l a v e r d a d ,

en la orac ión que seña ló para e l d ia en que

se

c e l e b r a l a f e s t i v i d a d d e e s ta D i v i n a P a s r

t o r a , q u e d i c e : O h b u e n P a s t o r , y S e ñ o r n u e s

t r o J e s u c r i s t o , q u e d i s t e t u v i d a p o r t u s o v e

j a s ,

y e s t a n d o p e n d i e n t e e n l a c r u z n o s e n -

c o m e n d a s t e s á t u M a d r e V i r g e n c o m o p u e

b l o t u y o p r o p i o , y c o m o o v e ja s a p a c e n t a d a s

p o r t í m i sm o , c o n c é d e n o s p o r i n t e r c e s i ó n

d e e s t a m i s m a S e ñ o r a , q u e s i g u i e n d o tu s p i -

( 1 ) G e n . c a p . 1 7 , y . i g . ( a ) T a u l. ^ ca p . 4 4 .



,-

BE-

P ASTO R A ;

- '27

.•j5adds én la t i e r r a , c o m o v e r d a d e r o P a s t o r

n u e s t r o , m e r e z c a m o s ser c o n d u c i d o s á los

pastos

de la

v i d a e t e r n a

en los

c i e l o s

( 1 ) ,

Dp

c u y o p r i n c i p i o , c o m o tan a u t o r i z a d o , d e b e -

, m o s m i r a r o r i g i n a d o el t í t u l o y of ic io de P a s

t o r a ; r e s p e t a n d o

sin

e m b a r g o

el

d i c h o ,

y los

e s c r i t o s de a l g ú n s a b i o y p i a d o s o que a p e l a

p a r a e s t e fin, á r e v e l a c i o n e s y a p a r i c i o n e s

d e M a r í a S a n t í s i m a

en

tra je

de

P a s t o ra

(2).,

q u e a u n q u e m e r e z c a n t o d o n u e s tr o r e s p e t o ,

n o son t a n t o c o m o é s t e que la S a n t a I g l e s i a

: .nos propone para reconocer á , M a r ía S a n t t -

-s ima por P a s t o r a d e - las a l m a s , ó M a d r e del

b u e n P a s t o r .

.Principio y progresos de la devoción á Mar

-

rfa

Santísim a bajo

la

advocación

y

titula

de Pastora,

. E s co n sta n te

que

h a s t a

el año de 1703

n a d i e h a b i a v e n e r a d o á M a r í a S a n t í s i m a , ni

• i n v o c a d o

su

p o d e r o s o p a t r o c i n i o

en imagen

y t í t u l o de P a s t o r a de las a l m a s ; p e r o d e s d e

a q u e l l a f e l i z é p o c a han s i d o , y son d i a r i a r

;mente ta les los p r o g r e s o s de e s t e c u l t o y pia-

0

. .

1

•_• •

1 1

•

1

- -• • •

. • -

( 1 ) O fic io d e la P a s t o r a . (2) P e t r u s a R i -

vaden. Vida

de S.

Juan

de

Dios,

Cxi.

stel . l ib.

3.

^cap.

. . , . . . .



2 8 T ÍT U L O Y O F ÍC IO

d o s a i n v o c a c i ó n , q u e n o p o d e m o s d u d a r h a y a

s i d o i n s p i r a d a p o r e l P a d r e d e l a s l u c e s , d é

q u i e n d i m a n a t o d o don p e r f e c t o : c o m o n i t am

poco de que haya s ido sostenida y acrecenta

1

-

d a p o r J e s u c r i s t o , q u e c e l o s o c u a l v e r d a d e r o

y leg í t imo Hi jo de las g lor ias de su Sant ís ima

M a d r e , f o r m ó y s u s c i t a d i a r i a m e n t e v a r o n e s

p i a d o s o s , q u e c o n s u z e l o l e h a y a n d a d o t o d o

e l i n c r e m e n t o c o n q u e h o y v e m o s e s t e n d i d a

e s t a d e v o c i ó n . L a p r o v i n c i a d e C a p u c h i n o s

d e A n d a l u c í a s e a d e l a n t ó , y fu é l a p r i m e r a

e n t r i b u t a r á M a r í a e l c u l t o t a n g r a t o á e s t a

S e ñ o r a , b a jo e l t í t u l o d e P a s t o r a d e la s a l

m a s .

N a d i e p u e d e d i s p u t a r l e e s t a g l o r i a . A l l í

n a c i ó , e n t r e s u s a l u m n o s s e e s t e n d i ó , y d e

a l l í s e p r o p a g ó e s t e c u l t o r e l i g i o s o á t o d a c l a

s e d e g e n t e s , á t o d o c l i m a y r e g i ó n , e n t é r m i

n o s q u e l a v o z a m o r o s a d e P a s t o r a r e s u e n a

y a hasta los ú l t im os f ines de la t i e r r a , c r u za n

do de or iente á poniente^ y de l septentr ión

a l m e d i o d í a . D i c h a s a n t a P r o v i n c i a , f e c u n d a

s i e m p r e d e v a r o n e s a p o s t ó l i c o s , q u e s i r v i e n

d o d e h o n o r y d e g l o r i a a l c l a u s t r o c a p u

c h i n o , h a n t r a b a j a d o y t r a b a ja n i n f a t ig a b l e s

p o r a c r e c e n t a r , a p a c e n t a r , y so ste ne r e l

r e b a ñ o d e J e s u c r i s t o , c o n t ó en a q u e l s i g l o

entre sus h i jos a l ins igne apostó l ico y vener

r a b i e m i s i o n e r o F r . I s i d o r o d e S e v i l l a , c u y o



D E P A S T O R A . 2 9

dolo nomb re hon ra los an a le s de aq u el la

s a n ta P r o v i n c i a , y au n e s tá e s c u l p i d o e n l o s

d e t o d a l a I g l e s i a c a t ó l i c a , q u e j a m á s o l v i

d a r á e l n u e v o l u s t r e q u e l a d i o c o n s u s v i r

t u d e s , y c o n s u s t a r e a s a p o s t ó l i c a s ; s i é n d o l e

t a m b i é n e t e r n a m e n t e a g r a d e c i d a s l a s a l m a s

s in número que se sa lvaron de su perdic ión

e t e r n a p o r su p r e d i c a c i ó n , y su , z e l o .

E s t e s e g u n d o E n ó s f u é e l p r i m e r o q u e :

p r i n c i p i ó á i n v o c a r e l n o m b r e d e M a r í a c o n

e l t í t u l o d e P a s t o r a : é l h i z o q u e e l p i n c e l y

l a g u b i a se e m p l e a s e n , p o r p r im e r a v e z , e n-

o f r e c e r á n u e s t ra a d o r a c i ó n l a s I m á g e n e s d e

M a r í a , q u e ó e n e s t a t u a s , ó e n p i n t u r a s , d e - ,

notasen e l t rage pastor i l con que es ta Señora

s e a d o r n a y a t a v í a p a r a s a l i r , s e g ú n e l m a n - ;

d a t o d e s u E s p o s o , á a p a c e n t a r s u s c a b r i t o s

j u n t o á l o s t a b e r n á c u l o s d e l o s P a s t o r e s . T o

m a n d o d i c h o v a r ó n a p o s t ó l i c o e s t e t e s t o d e

l o s C á n t i c o s p o r t e m a p a r a p r e d i c a r e l d i a 8

d e S e tie m b r e d e l a ñ o d e 1 7 0 3 e n l a c i u

d a d d e S e v i l l a , l o e s p u s o y e s p l a n ó c o n t a n

t a s a b i d u r í a , c o n t a l f e r v o r , y c o n t a n t a u n

c ió n d e l D i v i n o E s p í r i t u , q u e l u e g o a l i n s

t a n t e a q u e l l a c i u d a d , d e c i d i d a s i e m p r e p o r

l a d e v o c i ó n y e l h o n o r d e l a R e y n a d e l c i e

l o , p r i n c i p i ó á i n v o c a r s u p r o t e c c i ó n , y á

v e n e r a r l a y h o n r a r l a c o n e l tí t u l o d e P a s t o r a



a ¡ o T Í T U L O Y O F I C I O

m í s t i c a ' d e l a s a l m a s * V i e n d o é l m i s m o e l

buert pr inc ip io que habia tenido es ta inst i

t u c i ó n s a n t a , t o m ó á e st a S e ñ o r a p o r P a t r o -

n a d e su s m i s i o n e s , l l e v á n d o l a y a e n e l l a s

p o r g u i a y d i r e c t o r a d e l a g r e y d e l b u e n P a s

t o r ; l a c u a l , a l t ie m p o m i sm o e n q u e s e r e u -

a i a p a r a a p a c e n t a r s e c o n e l p a s t o d e l a d i - ~

v i n a p a l a b r a , a l a b a b a y b e n d e c i a á s u c e - "

l e s t i a l P a s t o r a ¡ r e s u l t a n d o l a m a y o r g l o r i a

d e M a r í a , e l f r u t o c o p i o s o d e s u f e r v o r o s a

p r e d i c a c i ó n , y l a s a l v a c i ó n d e m u c h o s q u e

p o r e ste m e d i o , d e l a m i s e r i c o r d i a D i v i n a ,

s a l i e r o n d e l e s t a d o l a s t i m o s o d e c o n d e n a c i ó n ,

á q u e p o r s u s c u l p a s e s t a b a n d e s t i n a d o s .

' A c r e c e n t a d o r á p i d a m e n t e e l r e b a ñ o d e

e s t a D i v i n a P a s t o r a , f u é y a p r e c i s o é i n d i s

p e n s a b l e f o r m a r u n r e d i l s a g r a d o , e n q u e *

r e u n i d o , e s t u v i e s e á c u b i e r t o d e l o s a s a l t o s

d e l l o b o i n f e r n a l , c o n c u y o o b j e to e l i n f a t i

g a b l e y V

:

. P . S e v i l l a f u n d ó v a r i a s c o f r a d í a s

y h e r m a n d a d e s d e c o r d e r o s m í s t i c o s d e l a

D i v i n a P a s t o r a . F u n d ó l a p r i m e r a e n s u m i s

m a p a t r i a , l a d i c h a c i u d a d d e S e v i l l a , en e l '

d i a 2 3 d e l m i s m o m e s y a ñ o , c o n a p r o b a

c i ó n d é l a S a n t a S e d e , q u e c o n c e d i ó á d i c h a

h e r m a n d a d t o d a s l a s g r a c i a s é i n d u l g e n c i a s -

q u e e s t a b a n y á c o n c e d i d a s á l a s h e r m a n d a

des mas cé leb re s . L a -segunda sé. fundó- en



' D E P A ST O R A . gl

C a r m o n á é l a n o d e 1 7 0 6 , p a r a c u y o - f i n s e '

e r i g i ó u n m a g n í f i c o r e t a b l o , e n q u e f u é c o l o

c a d a l a i m a g e n d e l a D i v i n a P a s t o r a . L a t e r

c e r a se e s t a b l e c i ó e n U t r e r a e n e l s i g u i e n t e

a ñ o ,

e n d o n d e a l r e t a b l o é I m a g e n d e s i n

g u l a r g u s t o , s e a ñ a d i ó u n c a m a r í n q u e l e s

d i e s e n u e v a h e r m o s u r a . L a c u a r t a e n J e r e z

d e la F r o n t er a e l a ñ o d e 1 7 1 3 , c o lo c a n d o

d i c h a S a n t a I m a g e n e n l a p a r r o q u i a d e S a n

D i o n i s i o . H e r e d e r o s p o s te r io r m e n t e l o s P a

d r e s d é a q u e l l a s a n t a P r o v i n c i a d e l z e l o , f e r

v o r , y d e v o c i ó n c o n q u e e l V . P . F r . I s id o r o

d e S e v i l l a f u n d ó , y e s t e n d ió l a i n v o c a c i ó n

y e l c u l t o d e M a r í a c o n e l t í t u l o d e P a s t o

r a , t r a b a ja r o n s i e m p r e , y t r a b a ja n e n e l d i a ,

p o r c o n s e r v a r y a u n a c r e c e n t a r e s t e c u l t o

r e l i g i o s o , e n t ér m i n o s q u e n o h a y I g l e s i a d e '

s u s c o n v e n t o s e n q u e n o se a v e n e r a d a l a D i

v i n a P a s t o r a ; n i t a m p o c o h a y p u e b l o ó c i u - '

d a d , e n qu e h a b i e n d o h e c h o s us M i s i o n e s ,

n o h a y a n d e j a d o e t e r n i z a d o é i n d e l e b l e e l

a m o r , l a d e v o c i ó n y e l c u l t o á M a r í a S a n

t ís im a c o n e l t í t u l o d e P a s t o r a . E s t a v e r d a d

l a c o n f i r m a r á n Á n t e q u e r a , E r i j a , A l c a l á l a

R e a l , A n d u j a r , M a r c h e n a , A r a b a l , A r a c e -

n a , y o t r a s n o p o c a s é n t o d o s l o s c u a t r o r e y -

n o s d e A n d a l u c í a . P e r o r e c i e n t e t e n e m o s l a

m e m o r ia d e l h o m b r e d e D i o s e n v i a d o d e s d e



3

?

X T Í T U L O Y O F I C I O

C á d i z , , e n n u estro s m i sm o s d i a s , p o r d i s p o

;

s ic io n d e l A l t í s i m o , p a r a c o m b a t i r l a i m p i e

d a d d e n u e s t r o s i g l o , y p r e p a r a r n o s l o s c a - ,

m i n o s d e t r ib u l a c i ó n , p e r s e c u c i o n e s , a f l i c

c i ó n , y t r a b a j o , c o n q u e e l c i e l o j u s ta m e n t e ,

a i r a d o p o r n u e s tr o g e n e r a l d e s o r d e n h a b í a

d e a f l i g i r n o s , s e g ú n q u e é l m i s m o , s u p e r i o r

m e n t e i n s p i r a d o , n o s a n u n c i ó , p r e v i n i e n d o ;

los males s in número que inundarian no so lo ,

l a A n d a l u c í a s i n o á t o d a l a P e n í n s u l a : h a b l o ,

d e l a p o s t ó l i c o , p e n i t e n t e , y s e g u n d o S . P a

b l o ,

e l V . P . F r . D i e g o J o sé d e C á d i z . E s t e

i n s i g n e o p e r a r i o d e l E v a n g e l i o , l l e v a n d o p o r . ;

p r o t e c t o r a d e s u s M i s i o n e s á e s t a D i v i n a P a s

t o r a , a d q u i r i ó t r i u n f o s g l o r i o s o s e n f a v o r d e ;

l a s a l m a s , , h i z o g u e r r a s a n g r i e n t a a l e s p í r i t u

d e l e r r o r , y e s t e n d i ó e l c u l t o d e e s t a S e ñ o r a , ,

no so lo en e l sue lo de su nac imiento , s ino ,

en t od os los f ines , aun lo s m as escon did os y.

r e m o t o s d e l a E s p a ñ a .

E n e f e c t o , n o q u e d ó a i s l a d a e n so l o s l o s

r e y n o s d e A n d a l u c í a l a d e v o c i ó n y c u l t o d e

J a D i v i n a P a s t o r a . S i g u i e n d o e s t e e j e m p l o l a s

o t r a s p r o v i n c i a s d e C a p u c h i n o s e n E s p a ñ a /

l o e s te n d i e r o n p o r t o d a e l l a , y l o l l e v a r o n

h a s t a s us I n d i a s ; p o r m a n e r a q u e n o h a y y a

p u e b l o , l e n g u a , ó t r i b u , q u e n o c o n o z ca n y

a d o r e n á l a D i v i n a . P a s t o r a . E s t e t í tu l o d e



D E P A S T O R A . 3 3

tanto consuelo para los miserables h i jos de

A d á n , s e o y ó d e a l l í á p o c o e n e l r e y n o d e

V a l e n c i a , y co n i g u a l r a p i d e z q u e e n A n

d a l u c í a s e e s t e n d i ó p o r t o d o é l , p a r t i c u l a r

m e n t e e n d i c h a c a p i t a l , e n c u y o c o n v e n t o d e

C a p u c h i n o s s e c o l o c ó u n a h e r m o s í s i m a I m a

g e n d e P a s t o r a , y s e i n s t i t u y ó u n a c o f r a d í a

c o n e l d e s i g n i o d e t r i b u t a r l a i n c e sa n t e m e n t e

e l c u l t o m a s c u i d a d o s o y e s m e r a d o . P a s ó

d e s p u é s á A r a g ó n , e n d o n d e f u é r e c i b i d a p o r

P a t r o n a d e l a s M i s i o n e s C a p u c h i n a s e n a q u e

l l a s a n t a P r o v i n c i a ; c o n c u y o m o t i v o , t u v o

y á l a P a s t o r a D i v i n a t a n t o s r e b a ñ o s m í s t i c o s

c u a n t o s c o m p o n e n l a s i n n u m e r a b l e s a l m a s ,

q u e c o n e l b i e n d e l a p r e d i c a c i ó n d e a q u e l l o s

a p o s t ó l i c o s O b r e r o s , v o l v i e r o n á l a s s e n d a s

d e l a j u s t i c i a d e d o n d e s e h a b í a n e s t r a v i a d o

p o r e l v i c i o . C a t a l u ñ a , fin alm en te, p r i n c i p i ó

p o c o d e s p u é s á v e n e r a r l a s I m á g e n e s d e l a

D i v i n a P a s t o r a , é i n v o c a r c o n e st e t í tu l o lá

p r o t e c c i ó n d e l a R e y n a d e l c i e l o , y en c o n

s e c u e n c i a s e c o l o c ó l a p r i m e r a I m a g e n e n l a

p a r r o q u i a d e S . M i g u e l ; y fu é j u s t o , q u e e l

c a u d i l l o y d e f e n s o r d e l a I g l e s i a M i l i t a n t e ,

s im bo l iza da por e l m ism o Je su cr is to en la fi

g u r a d e u n R e b a n o m í s t i c o , r e c i b i e s e e l p r i

m e r o e n s u t e m p l o , y c a s a , á l a q u e c o n a n t e -

¿ á é i o n y p r e f e r e n c i a á o t r a c u a l q u i e r a c r i a -

3



3 4 T ÍT UL O Y O F IC IO

t u r a c e l e s t i a l ó t e r r e n a , d e b í a , c o m o e j é r

c i t o b i en o r d e n a d o , i n f u n d i r t e r r o r y e s p a n

t o a l c o m ú n e n e m i g o . P a s a d o s a l g u n o s a ñ o s ,

s e c o l o c ó t a m b i é n l a I m a g e n d e l a D i v i n a

P a s t o r a e n e l c o n v e n t o d e P P . C a p u c h i n o s

d e S t a . M a d r o n a e n l a c i u d a d d e B a r c e l o n a ;

y e n t o n c e s , y a n a d i e p u d o c o n t en e r e l a f e c

t o y d e v o c i ó n d e a q u e l l a s g e n t e s , h a s ta q u e

l o g r a r o n s e i n s t i t u y e s e e n l a d i c h a I g l e s i a

u n a h e r m a n d a d e n e l a ñ o d e 1 7 6 3 c o n a p r o

b a ció n d e l l i m o . D i o c e s a n o , l a c u a l h e r m a n

d a d s e t r a s l a d ó d e s p u é s p o r m o t i v o s j u s t o s á

l a I g l e s i a d e P P . C a r m e l i t a s d e d i c h a c i u d a d .

L o s b i e n e s q u e l a s A m é r i c a s h a n c o n s e

g u i d o d e s d e q u e l a D i v i n a P a s t o r a p a s ó l o s

m a r e s , y se p r e s e n t ó e n a q u e l l a s v a s t a s y d i s

t a n t e s r e g i o n e s c o n d u c i d a p o r l o s M i s i o n e

r o s C a p u c h i n o s , e s a s u n t o é l s o l o d e u n a h i s

t o r i a v o l u m i n o s a . A q u e l l a s d e s g r a c i a d a s g e n

t e s v i v í a n d e a s i e n t o e n l a s t i n i e b l a s y s o m

b r a s d e l a m u e r t e , e n n ú m e r o i n c a l c u l a b l e ,

e s c l a v i z a d a s p o r e l D r a g ó n , i n f e r n a l , q u e s e

ñ o r e á n d o s e p o r a q u e l l o s i nm e n s o s p a í s e s , c o n

t a b a t a n t a s v í c t i m a s c u a n t o s e r a n l o s q u e

n a c í a n d e s g r a c i a d o s , y m o r í a n i n f e l i c e s , s i n

l a v e r d a d e r a l u z q u e i l u s t r a s e s u s a l m a s ; m a s

l l e g a n d o e l t i e m p o f e l i z p a r a e l l o s e n , q u e

l a s M i s i o n e s C a p u c h i n a s d e l a s p r o v i n c i a s d e



D E P A S T O R A . 3 J

E s p a ñ a a p a r e ci e r o n e n tr e e l l o s , g u i a d o s y

c o n d u c i d o s p o r l a M a d r e d e l b u e n P a s t o r ,

q u e d ó y a p r e s o e l d r a g ó n , q u e l o s t i r a n i z a b a .

C a r a c a s , C u m a n á , G u a y a n a , y M e r a c a i b o ,

d e s p u é s d e q u e , i l u s t r a d a s c o n l u z d e l c i e l o ,

r e c o n o c i e r o n a l ú n i c o y v e r d a d e r o D i o s , q u e

l o s f o r m ó , y a d q u i r i ó p o r p u e b l o s s u y o s c o n

s u p r o p i a s a n g r e , f o r m a r o n y a u n s o l o r e b a

ñ o c o n l a I g l e s i a C a t ó l i c a , y a d o c t r i n a d o s

p o r e l z e l o d e l o s M i s i o n e r o s C a p u c h i n o s , s e

v e n y a p r o t e g i d o s p o r e l S u p r e m o P a s t o r , y

l a p r e d i l e c t a P a s t o r a , á q u i e n e s a c u d e n t o d o s

los f ie les de aquel los vastos pa íses , para en

c o n t r a r e l r e f u g i o y e l c o n s u e l o e n t o d a s s us

n e c e s i d a d e s ; l l e g a n d o á t a n t o l o s p r o g r e s o s

d e l a d e v o c i ó n a l t í t u l o d e P a s t o r a , q u e f o r

m a d o u n p u e b l o p o r l o s M i s io n e r o s C a p u

c h in o s d e l a p r o v i n c i a d e A n d a l u c í a , d e I n

d i o s c o n v e r t i d o s á l a f é c a t ó l i c a p o r su p r e

d i c a c i ó n , y c i v i l i z a d o s c o n s u i n f a t i g a b l e z e

lo , se le pus o po r no m bre i La Divina P asto

ra.

A s í l a s n a c i o n e s fieras, i n d ó c i l e s , y h a m

b r i e n t a s , c o m o l o b o s , d e c a r n e y d e s a n g r e ,

f u e r o n g u i a d a s p o r M a r í a á l o s p a s t o s d e l e

c h e , y g r a m a , y c o n v e r t i d a s á l a m a n s e d u m

b r e d e o v eja s ( i ) .

( i ) S . P e e . C r i s o l . S e r m . o\



3 6 rrÍTULO Y OF ICIO

P e r o n o h a n s i d o m e n o s r á p i d o s l o s p r o

g r e s o s q u e l a d e v o c i ó n á l a M a d r e d e l b u e n

P a s t o r h a h e c h o e n e s t a m i s a n t a p r o v i n c i a

d e l a E n c a r n a c i ó n d e l a s d o s C a s t i l l a s , n i

m e n o s a f e c t u o s o y r e v e r e n t e e l c u l t o , q u e e n

t o d a e l l a s e l e t r i b u t a ; e s p e c i a l m e n t e d e s d e

q u e u n hijo s u y o , c u y o g o b i e r n o g e n e r a l d e

t o d a l a C o n g r e g a c i ó n C a p u c h i n a l a c o l m ó

d e g l o r i a y h o n o r , q u e e t e r n i z a r á s u n o m

b r e : E l E x m o . y R m o . P . F r . N i c o l á s d e

B u s t i l l o : s ie n d o D e f i n id o r g e n e r a l en R o m a ,

c o n s i g u i ó d e l a S a n t a S e d e e l o f i c i o , y m i s a

d e l a D i v i n a P a s t o r a , en e l D o m i n g o s e g u n

d o d e s p u é s d e R e s u r e c c i o n .

A p oc o d e es tenderse en los rey no s d e

A n d a l u c í a l a d e v o c i ó n , y c u l t o d e l a D i v i n a

P a s t o r a , f u é r e c o n o c i d a p o r P r o t e c t o r a d e

las Mis iones en es ta santa Provinc ia . Ba jo sus ,

a u s p i c i o s se i n s t i t u y ó e l c o l e g i o d e M i s i o n e

r o s en l a c i u d a d d e T o r o e l a ñ o d e 1 7 6 5 ,

h a c i e n d o c e n t r o d e l a d e v o c i o n . d e los fieles,

l a h e r m o s í s im a I m a g e n q u e c o n e s te t r a j e , y

t í t u l o , s e c o l o c ó e n u n a d e l a s c a p i l l a s d e

l a I g l e s i a d e d i c h o c o n v e n t o . D e s d e é l s a

l e n a n u a l m e n t e a q u e l l o s f e r v o r o s o s O p e r a r i o s

d e l E v a n g e l i o , p r e d i c a n d o p e n i t e n c i a p a r a

l a -r e m i s i ó n d é l o s p e c a d o s , p o r l as d o s C a s

t i l l a s , e l r e y n o d e G a l i c i a , A s t u r i a s , y e n

http://devocion.de/

http://devocion.de/



' S E P A S T O R A . 3 7

l a c o r t é m i s m a d e M a d r i d , g u i a d o s y c o n - :

d u c i d o s p o r l a D i v i n a P a s t o r a , c u y o a f e c

t ó y d e v o c i ó n q u e d a b a , y d e d i a e n d i a s e

g r a b a m a s p r o f u n d a m e n t e e n e l c o r a z ó n d e

c u a n t o s a c u d e n e n c r e c i d o s c o n c u r s o s á o i r

l a p a l a b r a d e D i o s ; d e c u y a s r e s u l t a s , , h a n

s i d o v a r i o s l o s m o n u m e n t o s d e c u l t o y v e

nerac ión er ig idos en var ios pueblos ' . jen

ob->

s eq u ío d e l a D i v i n a P a s t o r a , e s p e c i a l m e n

t e e n l o s p r i n c i p a l e s d e l o b i s p a d o d e Z a

m o r a

i

c u y a e s p e c if ic a c ió n e r a l a r g o / d é e s

t a m p a r .

C r e c i ó e s t a d e v o c i ó n e n l o s t i e m p o s m a s

c a l a m i t o s o s p a r a l a d e s v e n t u r a d a E s p a ñ a ^

c u a n d o d e s p u é s d e t a g u e r r a s a n g r i e n t a - t e

nazmente sostenida por sus h i jos contra Ja

i n v a s i ó n u s u r p a d o r a d é N a p o l e ó n , s e v io l i

b r e d e e s t e a z o t e d e l c i e l o p o r l a i n t e r c e s i ó n

d e l a M a d r e d e D i o s . E n t o n c e s , c u a n d o l a s

p a s i o n e s e x a c e r b a d a s d e l o s h o m b r e s , l a s

d o c t r in a s y m á x i m a s d e i m p i e d a d , y l a d e s

m o r a l i z a c i ó n n o t o r ia d e c o s t u m b r e s , q u e c o

m o e f e c t o s t r i s t e s , p e r o p r e c i s o s d e l a o c u

p a c i ó n d e u n a s t r o p a s r e v o l u c i o n a r i a s , p a r e

c e d e b í a n h a b e r d e j a d o a m o r t i g u a d a e n u n o s ,

y e x t i n g u i d a e n o t r o s l a p i e d a d ; e n t o n c e s , d i

g o ,

f u é c a b a l m e n t e c u a n d o l a d e v o c i ó n y

c u l t p d e l a D i v i n a P a s t o r a l l e g ó á u n i n c r e ^



j 8 TÍTULO Y O F I C I O

m e n t ó , que sin h a b e r l o v i s t o , p a r e c e r á e x a

g e r a d a su n a r r a c i ó n .

Á r e s u l t a s

del.

d e c r e t o e s p e d i d o

por

n u e s t r o p i a d o s o

y

c a t ó l i c o M o n a r c a

D.

F e r

n a n d o VII (que D i o s g u a r d e ) en el año de

1 8 1 <L , p a r a que en t o d o s los p u e b l o s de

s u m o n a r q u í a

se

h i c i e s e n M i s i o n e s ,

que re

f o r m a n d o las c o s t u m b r e s , r e st au r a se n t a m

bién

las

r u i n a s

del

s a n t u a r i o ,

se

e s t e n d i e

r o n las M i s i o n e s C a p u c h i n a s de la p r o v i n

c i a de C a s t i l l a d e s d e S i e r r a - M o r e n a h a s t a el

M a r C a n t á b r i c o , y d e s d e el c a b o de F i n i s -

t e r r e h a s t a los l ím ite^ del r e y n o d e V a l e n c i a ,

y con e l l a s la d e v o c i ó n y c u l t o de la D i v i n a

P a s t o r a ; ; q u e d a n d o

en

t o d o s

los

p u eb lo s g r a

b a d o p r o f u n d a m e n t e el a g r a d e c i m i e n t o á los

f a v o r e s que el c i e l o los d i s p e n s ó por su in

t e r c e s i ó n .

L a

c o r t e

de

E s p a ñ a , M a d r i d ,

se

s i n g u l a r i z ó en e ste c u l t o e x t r a o r d i n a r i a m e n t e .

E n el año de 18 i 6 . se vio por p r i m e r a vez

l a

Imagen de la

D i v i n a P a s t o r a , c o n d u c i d a

p r o c e s i o n a l m e n t e por sus p r i n c i p a l e s c a l l e s ,

e n t r e i n n u m e r a b l e c o n c u r s o de g e n t e s , que

c o n h i m n o s

y

c á n t i c o » a l a b a b a n

á tan

a m a b l e

P a s t o r a . En c o n s e c u e n c i a , y por s a t i s f a c e r

l a p i e d a d

de los

fieles,

se

p r o y e c t ó c o l o c a r

d i c h a S a n t a

Imagen con el

d e c o r o d e b i d o

e n el c o n v e n t o de S. A n t o n i o del P r a d o , c o -



D E P A S T O R A . 3 9

m o m a t r i z d e t o d o s l o s d e l a p r o v i n c i a d e

C a s t i l l a ; y e l c i e l o p r o t e g i ó y s o s t u v o e s t e

p e n s a m i e n t o c o n t a n t o i n t e r é s , q u e á p o c o d e

i d e a r l o s e r e a l i z ó , f a c i l i t á n d o s e p o r s í m i s

m o s l o s i n n u m e r a b l e s y g r a n d e s i n c o n v e n i e n

t e s q u e s e p r e s e n t a r o n , y a b u n d a n d o l o s r e

c u r s o s p a r a l o s g r a n d e s g a s t o s q u e h u b o q u e

s o p o r t a r h a s t a c o n c l u i r l o t o d o c o n l a h e r m o

s u r a y d e c o r o c o n q u e h o y s e v é . S e t r a b a j ó ,

a n t e t o d a s c o s a s , p o r u n d i e s t r o a r t íf i c e l a

h e rm o s í sim a I m a g e n , q u e e n d i c h o c o n v e n t o

s e v e n e r a , y s e c o l o c ó i n t e r i n a m e n t e a l l a d o

i z q u i e r d o d e l A l t a r m a y o r , h a s ta d i s p o n e r l e

o t r o p r o p i o , y d i g n o d e t a l P a s t o r a . P r e s e n

tarse la Reyna de los c ie los én es te t ra je á

l o s h a b i t a n t e s d e M a d r i d , y c a u t i v a r p a r a s í

l o s c o r a z o n e s d e t o d o s e l l o s , f u é u n a m i sm a

c o s a . L a d e v o c i ó n y a f e c t o t o m ó u n v u e l o

t a n r á p i d o , q u é t o d o s á p ó r fi a l l e v a b a n á s u

p r e s e n c i a , c o n su s c o r a z o n e s , lo s d o ne s y o -

f r e h d a s q u e c a d a c u a l , s e g ú n s u c l a s e , p o d i a

p r o p o r c i o n a r , d e se o so s t o d o s d e v e r l a c o l o

c a d a e n s u A l t a r y T r o n o . H u b o n o p o c a s d i

ficu ltad es q u e v e n c e r p a r a s u c o l o c a c i ó n . N o

f u é l a m e n o r ,

¡

e l q u e l a p e q u e n e z d e l a I g l e

s i a n o o f r e c í a u n s i ti o p r o p o r c i o n a d o p a r a l a

e j ec u c ió n d e l p r o y e c t o ; p e r o é s ta l a a l l a n ó

l a p i e d a d d e lo s E x m o s . S r e s. D u q u e s d e M e -



40 TÍTULO

Y

O F I C I O

d i n a c e l i , p a t r o n o s de d i c h o c o n v e n t o , p u e s

t e n i e n d o en a q u é l l a un a l t a r p r o p i o de su

i l u s t r e c a s a , d e d i c a d o

á S.

P e d r o d e A l c á n t a

r a , en que e s tá n d e p o s i t a d a s las i n n u m e r a b l e s

r e l i q u i a s , que v i n c u l a d a s en e l l a , a t e s t i g u a n

J a p i e d a d

que

s i e m p r e c l a s i f i c ó

á tan

i lust res

P r í n c i p e s de la E s p a ñ a , lo c e d ie r o n g u s t o

s a m e n t e p a r a que en él se c o l o c a s e d i c h a Ima

g e n ,

sin mas

c o n d i c ió n

que la de que se

c o n

s e r v a s e n en él las r e l i q u i a s é i m á g e n e s que en

e l mismo se v e n e r a b a n . En e f e c t o , el a r t e lo

d i s p u s o

de tal

f o r m a ,

que

g u a r d a n d o

la Ima

g e n de la D i v i n a P a s t o ra el s i t i o p r i n c i p a l de

d i c h o a l t a r , se c o n s e r v a t o d o con el debidov

d e c o r o , d i s t r i b u i d o o r d e n a d a m e n t e

en el

m a g

n í f i c o r e t a b l o , que de n u e v o fué c o n s t r u i d o

á e sp e ns as d é l o s b i e n h e c h o r e s , que n a d a es

c a s e a r o n h a s t a c o n c l u i r l o con m a g n i f i c e n c i a ,

y g r a n d e z a , c o m p a t i b l e con el I n s t i t u t o C a

p u c h i n o .

N o se sat isf izo con so lo es to la p i e d a d

d e los hi jos de M a d r i d . P a r a dar m a y or im

p o r t a n c i a al c u l t o de la D i v i n a P a s t o r a , se

e r i g i ó b a j o sus a u s p i c i o s una C o n g r e g a c i ó n

d e

ambos

s e x o s ,

que con sus

l im o s n a s u n o s ,

y

con su

a s i s t e n c i a p e r s o n a l o t r o s , s o s t i e n e n ,

e l a l u m b r a d o de o r a c i ó n y v e l a c u a n t as ve

c e s

se

e s p o n e

en

d i c h a I g l e s i a

al

c u l t o

pú-„



D E P A S T O R A . 4 1

b l i c o e l a u g u s t o S a c r a m e n t o d e l A l t a r . E l

d i a 8 d e D i c i e m b r e d e 1 8 1 8 f u é la p r i m e

r a v e z q u e e sto s a d o r a d o r e s d e l C o r d e r o d e

D i o s ,

i n m o l a d o p o r n u e s t r a s a l u d , s e p r e

s e n t a r o n c o n l o s c u a t r o c i r i o s , q u e d e m e d i a

en me dia hora se m udan , y a l ter na n con

otros ta n to s : .y desde entonces hasta h o y , no

s o l o n o h a d e c a í d o e s t a d e v o c i ó n ; s i n o q u e

d e d i a e n d i a t o m a i n d e c i b l e s i n c r e m e n t o s .

E l d i a 7 d e S e t ie m b r e d e 1 8 1 9 se c e l e b r ó ,

p o r p r i m e r a - v e z l a f i e s t a d e l a D i v i n a P a s ^

t o r a e n s u n u e v o A l t a r , c u y a s f u n c i o n e s s i

g u i e r o n p o r n u e v e d i a s c o n t i n u o s , c o n u n a

c o n c u r r e n c i a i n m e n s a d e g e n t e s d e t o d a c l a s e

y g e r a r q u í a ; c u y a N o v e n a se r e p it e a n u a l ^

m e n t e d e . s d e l a D o m i n i c a s e g u n d a d e s p u é s d e

R e s u r r e c c i ó n , c a d a v e z co n m a y o r e n t u s i a s

m o d e l a s i n n u m e r a b l es o v e ja s q u e d i a r i a

m e n t e , s e e s c r i b e n e n s u m í s t i c o r e b a ñ o ; e n

t é r m i n o s , q u e e n e l d i a e s l a D i v i n a P a s t o r a

u n o d e l o s s i m u l a c r o s d e m a y o r d e v o c i ó n , y

c u l t o , , e n l a v i l l a y c o r te d e M a d r i d . .

N o s e h a l i m i t a d o á s o l o e l l a e s te a f e c t o

r e l i g i o s o : J a - c i u d a d d e S a l a m a n c a h a d a d o ,

y e s t á d a n d o e n e l d i a , i g u a l e s t e s t i m o n i o s d e

e l l a . E n e l d i c h o a ñ o d e 1 8 1 6 , m i en tr as l a

c o m u n i d a d d e C a p u c h i n o s e s t u v o r e f u g i a d a

e n e l c o j e g i p d e S t a , C a t a l i n a , p o r h a b e r s i d o



42 TÍTULO Y O F I C I O

d e m o l i d o el p r o p i o c o n v e n t o por las t r o p a s

f r a n c e s a s en los a ñ o s a n t e r i o r e s de su i n v a

s i ó n ,

se

c o l o c ó

en él la Imagen

de.

la

D i v i n a

P a s t o r a con su m a d e v o c i ó n , y c o n t e n t o de

s u s c a t ó l i c o s h a b i t a n t e s . R e s t a u r a d a s á p o c o

t i e m p o las r u i n a s de d i c h o c o n v e n t o , se t r a s

l a d ó

á él

d i c h a

Imagen en

p r o c e s i ó n p ú b l i c a ,

c u y a a u g u s t a c e r e m o n i a fué una de las mas

s o l e m n e s

que vio

a q u e l l a c i u d a d , '

y se

c o l o c ó

e n

una

p e qu e ña c a p i l l a ,

en

d o n d e e s t u v o h a s

t a el a ñ o de 1 8

2

, en que la d e v o c i ó n y l i b e

r a l i d a d r e l i g i o s a del E x m o . Sr. M a r q u e s de

A l m a r z a

y

C e r r a l v o m a n d ó e r i g i r

á sus es-

p e n s a s la s u n t u o s a c a p i l l a , c a m a r í n , ' y t r o n o

e n

que hoy se

h a l l a c o l o c a d a . E s t e c u l t o

sa

l i ó

de Jos

l í m i t e s

de

a q u e l l a c i u d a d ,

y se es

t e n d i ó á v a r i o s p u e b l o s de su O b i s p a d o ; y

t a n t o en é s t o s , c o m o en a q u é l l a , persevera con

d i a r i o s a u m e n t o s

el

c u l t o

de

e s t a S e ñ o r a ,

á

q u i e n a c u d e n los f ie les buscando el c o n s u e l o

en sus a f li c c i o n e s , el s o c o r r o en sus n e c e s i d a

d e s ,

la

s a l u d

en sus

d o l e n c i a s ,

y el

r e f u g i o

e n t o d o g é n e r o de a d v e r s i d a d e s .

P o r ú l t i m o ,

con los

M i s i o n e r o s

de

esta

m i s m a p r o v i n c i a qué p a s a r o n á la H a b a n a ,

en

la

I s l a

de

C u b a , p a ra f u n da r

én

:

e l l a

el

c o l e g i o

de

M i s i o n e s ,

en el año de

1 7 8 4 , p as ó

t a m b i é n á a q u e l l a p o p u l o s a y o p u l e n t a ciü-'



D E P A S T O R A . 4 3

d a d l a d e v o c i ó n y c u l t o d e I a D i v i n a P a s t o r a ,

c u y a

Imagen

f u é c o l o c a d a e n p r o p i a c a p i l l a

d e l a I g l e s i a d e d i c h o c o l e g i o e n e l p r i n c i p i o

m i s m o d e s u f u n d a c i ó n . D e s d e e n t o n c e s e r e - ?

c i ó s u d e v o c i ó n y c u l t o en t a l e s t é r m i n o s ,

que hoy sus f iestas son de las mas concurridas

y c e l e b r a d a s ;

;

a q u e l l o s p i a d o s o s h a b i t a n t e s

f u n d a n e n l a p r o t e c c i ó n d e e s t a S e ñ o r a u n a

e s p e c i a l c o n f i a n z a p a r a l a c o n s e c u c i ó n d e l a s

gr ac ias s in núm ero^ con q ue e l c i e l o remu-r

ñ e r a g e n e r o s a m e n t e s u p i e d a d y . d e v o c i o n í

L o s m u l t i p l i c a d o s p r o d i g i o s d e. . es ta S e ñ o r a

c o r r o b o r a n s u e s p e r a n z a , y a l g u n o r e c i e n t e

e n n u e s t r o s d i a s d a r í a l a r g o y g u s t o s o a s u n t a

á m i p l u m a , s i n o t e m i e s e s a l i r d e l i n t e n t o . d é

b r e v e d a d q u e m e h e p r o p u e s t o .

C o n c l u y a m o s c o n d e c i r , c o m o c o s a y a i n

d u b i t a b l e , q u e t a n t o e n l a s A m é r i c a s c o m o

e n l a P e n í n s u l a , s e h a e s t e n d i d ó h a s t a l o s ú l

t im o s t é rm i n o s l a d e v o c i ó n y c u l t o d e l a M a

d r e d e l b u e n P a s t o r J e s u c r i s t o ; y d e a q u í e s ,

q u e e s c o n o c i d o y r e s p e t a d o y á e s t e s a g r a d o

t í t u l o , e n c u y a a l a b a n z a se c o m p o n e n h i m n o s ,

s e h a c e n N o v e n a s , y l o s O r a d o r e s s a g r a d o s

a p u r a n t o d o s lo s r e c u r s o s d e l a i n v e n c i ó n ,

y l a e l o c u e n c i a , p a r a e l o g i a r d e t o d o s m o d o s

á l a M a d r e d e D i o s c o n e l t í tu l o y a d v o c a

c i ó n d e P a s t o r a ; e n t é r m i n o s q u e l o s V a r o n e s



4 4 T Í T . Y O FIC IO D E P A ST O R A .

A p o s t ó l i c o s q u e d e s d e e l a ñ o d e 1 7 0 3 h o n r a n

l o s a n a l e s C a p u c h i n o s , s e d i s t i n g u e n e n s u

2 e l o y s u s v i r t u d e s p o r l a d e v o c i ó n t i e r n a d e

l a D i v i n a P a s t o r a , y p o r l a s o l i c i tu d i n f a t i

g a b l e c o n q u e h a n p r o c u r a d o p r o p a g a r l a ; d e

biendo á e l la todos los f rutos prec iosos ' que

r e c o g i e r o n ,

7

y e n * l d i a r e c o g e n ¡ e n e l c a m p o

e v a n g é l ic o c o n s u p r e d i c a c i o a y t a re as a po s-

1

t ó l i c a s : á q u e c o r r e s p o n d i e r o n t an c u m p l i d a

y-, fervorosamente los fieles hijos de María

Sant ís ima, qué reputándose ovejas de tan a-*

m a b l e P a s t o r a y c o n s a g r a n t o d o s s u s d e s v e l o s

á su< c u l t o i y g v e n e r a c i o n , ^ e r i g i e n d o A l t a r e s ^

formando-Imágenes, y et e rn iz an d o en o tr o s

i g u a l e s m o n u m e n t o s s u a m o r y g r a t i t u d ; -•



4 7

D Í A

PRIMERO.

Ego

sumPastor

bonus

J O Á N . C Í O . F a c i a -

• mus ei adjütorium simile sibi.

G E N . C . 2 .

' v . 1 8 .

Yo soy el

buen Pastor: Hagámosle

una

' compañera semejante á él.

E a e s t e d i a se n o s p r o p o n e J es u c r is t o á s í

m is m o p o r b u en P a s t o r de nuestras a lmas¿

y á s u M a d r e M a r í a S a n tí si m a p o r c o m p á s

ñ er a , y c o a d j u t o r a ^ p a r a c u id a r , de su reba-^

ñ o , s o b r e l o c u a l ,

. C o n s i d e r a l o p r i m e r o , rque s i e n d o t o d o

el género humano como una inmensa grey^

c r i a d a , y f o r m a d a ; p o r D i o s p a r a o s t e n t a r -

s u s in fin it a s p e r f ec c io n es y c o m u n i c a r f u e r a dé

s j s u b o n d a d s in t é r m in o , y p o b l a r c o n l o s

p r ed es t in a d o s Jos. .vacíos qu e de jó en e l c ie lo

la rebel ión de¡ L u c i f e r , y s u s s e c u a c e s , á n i n

gún; otro de bi á enco m end arse este rebaño^

s in o á u n P a s t o r - b u e n o , é i m p e c a b l e p o r

e s e n c i a , q u e s a l i e n d o d e l s e n o d e l E t e r n o P a

dre j 'como ür) yayo , re sp lan de cie nte d e su



4 6

D IA P R IM E R O .

e t e r n a l u z , y e n g e n d r a d o d e s u p r o p i a s u s

t a n c i a d e s d e l a e t e r n i d a d , t u v i e s e l a m i s m a

n a t u r a l e z a , l a s m i sm a s p e r f e c c i o n e s , y p o r

c o n s i g u i e n t e i g u a l e s s e n t i m i e n t o s c o n e l P a

d r e , y e l E s p í r i t u S a n t o , d e a m o r , d e t e r

n u r a , y d e a m a b i l i d a d p a r a c o n lo s h o m b r e s .

T a l e s J e s u c r i s t o , R e d e n t o r n u e s t r o , q u e

a p a r e c i e n d o e n t i e m p o e n t r e e l l o s c o n b e n i g

n i d a d , y h u m a n i d a d ( 1 ) , e n m a n i fe st ac ió n

d e s u b o n d a d p a s t o r a l s e d e s p o j a d e l o s t í

t u l o s i m p o n e n t e s d e L e ó n d e J u d á , H i j o d e l

D i o s A l t í s i m o , R e y d e l o s R e y e s , J u e z d e

v i v o s y m u e r t o s , c o n s t i t u i d o p o r e l P a d r e

c o n p o t e s t a d p a r a j u z g a r a u n á l o s A n g e

l e s ( 2 ) , c o n l o s c u a l e s i n f u n d i r í a t e m o r y

e s p a n t o e n n u e s t ro s á n i m o s , y n o n o s p e r m i

t i r í a n l e v a n t a r n u e s t r o s o j o s p a r a m i r a r l o ,

s i n o c o n t u r b a d o s d e a s o m b r o , y d e t e r r o r ;

y en su lu g a r tom a e l no m bre j y o f ic io d e

b u e n P a s t o r , p a r a d a r n o s á e n t e n d e r , q u e s i n

d e g r a d a r l a s u b l im e y g lo r i o s a d i g n i d a d d e

s u n a t u r a l e z a D i v i n a , s o l o p r e t e n d í a q u e s u s

c r i a t u r a s c o n o c i e s e n e l a m o r , y l a c a r i d a d

p e r p e t u a c o n q u e l a s a m ó s i e m p r e , y l a s a t r a

j o á s í m i s m o c o m p a d e c i d o d e e l l a s ( 3 ) ; á

( i ) A p o s t . a d T i c . c a p . 3, ( 1 ) A p o c . c . 5.

v . 1 . r = T .t:c. c . 1 . v . 3 2 . — Á p o c . 1 9 . v , i5 . ¿=r

A c t . 1 0 .

V.

4 2 . ( 3 ) J e r e m . 3 1 . v . 3 .



D Í A P R I M E R O . 4 7

c u y o in te n to d i c e S . P e d r o C r i s ó l o g o , q u e

D i o s e l i g i ó e l o f ic io d e m a n s ís im o P a s

t o r ( i ) .

P e r o co m o l a s o b r a s d e e s te D i o s s on i n

f i n i t a s e n s u p e r f e c c i ó n , a s í c o m o n o j u z g ó

o p o r t u n o e l q u e A d á n e s t u v i e s e s o l o en e l

P a r a í s o ( 2 ) , y p o r e s to s e l e d io u n a c o m p a

ñ e r a s em e ja n te á é l , d e l m i s m o m o d o ; y a u n

c o n m u c h a m a s r a z ó n , y c o n u n é x i t o m u

c h o m a s f e l i z , q u i s o e l b u e n P a s t o r t e n e r c e r

c a d e s í u n a Z a g a l a t i e r n a , fiel, y a m o r o s a ,

q u e l e

i

a y u d a s e e n s u m i n is te r io p a s t o r a l , e n

t r a n d o á l a p a r t e d e t o d a s l a s f a t i g a s , s u

d o r e s ,

y t r a b a j o s , q u e h a b í a n d e c o s t a r l e e l

a p a c e n t a r e l r e b a ñ o á é l c o n f i a d o , p o r c o

m i s i ó n d e l E t e r n o P a d r e , a s í c o m o p a r t i c i

p a r í a t a m b i é n d e l a g l o r i a d e s u H i j o , c u a n

d o u n i e n d o s u s p a d e c i m i e n t o s c o n l o s s a c r i

ficios d e l b u e n P a s t o r , s e r e m e d i a s e l a r u i n a

d e l g é n e r o h u m a n o o c a s i o n a d a p o r e l e n g a

ño de l a serp iente as tu ta : po r es to se d ic e

j u s t a m e n t e , q u e e l S e ñ o r e s t u v o c o n M a r í a ,

y e l l a e s t u v o c o n é l e n . l a o b r a d e n u e s t r a

r e d e n c i ó n , s i e n d o c o m p a ñ e r a e n s u s t r a b a

j o s ( 3 ) ; y s ie n d o M a d r e d e m i s e r i c o r d i a ,

( 1 ) S . P . C h r i s . S e r m . 6. in P s . p p . ( 2 ) G e n .

c. 2. v, 1.8. ( 3 )

A l b e r t ,

M a g . l ib , 1 , de laud, B.M.



4 8 DÍA P R IM E R O .

a y u d ó a l P a d r e d e l a s m i s e r i c o r d i a s e n l a

o b r a d e n u e s t r a s a l u d .

A F E C T O S . N i l a le n gu a p ue de e s p re

sar , ni pu ed e tam po co la le tra estam par las

m a r a v i l l a s o b r a d a s e n b e n e f i c i o n u e s t r o p o r

e l b u e n P a s t o r J e s u c r i s t o , y l a b u e n a P a s t o r a

s u M a d r e S a n t í s i m a : y a d e s d e a h o r a t e n e m o s

u n o s A b o g a d o s p o d e r o s ís im o s en H i jo y M a

d r e p a r a c o n e l P a d r e E t e r n o , y e l l o s n o s

abren los tesoros inmensos de las r iquezas de

D i o s ,

f a c i l i t á n d o n o s e l c a m i n o p a r a a c e r c a r

n o s a l t ro n o d e su s m i s e r i co r d i a s . ¡ A h L o s

A n g e l e s m i sm o s q u e d a n a s o m b r a d o s c u a n d o

a d v i e r t e n , y v e n e l m o d o a d m i r a b l e c o n q u e

s e p r e p a r a l a r e p a r a c i ó n d e l h o m b r e p e r d i d o

p o r e l p e c a d o ; y si f u e ra p o s i b l e , e n v i d i a

r ían nuestra suerte a l ve r que para e fe c tu ar la

e l m i sm o H i jo d e D i o s , y l a M a d r e V i r g e n ,

e n c u y o v i e n t r e t o m ó f o r m a d e h o m b r e , s e

n o m b r a n n u e s t r o s P a s t o r e s p a r a c u s t o d i a r n o s ,

a m p a r a r n o s , y p r o t e g e r n o s e n l o s p a n t a n o s o s

d e s ie r to s d e l m u n d o . ' ¡ O h f e l i z c u l p a q u e me^

r e c i o t e n e r t a l e s , y t a n e l e v a d o s r e p a r a d o r e s ,

c o m o s on J e s ú s y M a r í a .

S í , fe l iz podemos l lamar a l instante en

q , u e f u é c u l p a b l e n u e s t r o p r i m e r p a d r e ; s i n

s u c e d e r e s t a d e s g r a c i a , n o r e c o g e r í a m o s l o s

f r u t o s a b u n d a n t e s d e l a c a r i d a d d e J e s ú s b u e n -



D Í A P R I M E R O . 4 9

P a s t o r , y d e M a r í a b u e n a P a s t o r a , n o n o s

.ver íamos e levados á la d ignidad de ser sus

ovejas cubiertas con las mismas pieles de la

h u m a n a n a t u r a l e z a , y e n fin , n o t e n d r í a m o s

u n P a s t o r D i o s R e d e n t o r , y u n a D i v i n a P a s

t o r a c o o r e d e n t o r a n u e s t r a . ¡ O h , a m a b l e s P a s

t o r y P a s t o r a v u e s t r o s n o m b r e s s o n e n s a l z a

d o s c o n n u e s t r o m i s m o a b a t i m i e n t o v u e s t r o s

dones se hacen mas es t imables cuanto son

m a s g r a t u i t o s ¡ A h , q u é d e s g r a c i a s i s ie n

d o y o d e v u e s t r o r e b a ñ o , m e h a g o o v e j a i n

g r a t a é in fi el á t a n ta m i s e r i c o r d i a ¿ Q u é h a

r é y o p a r a n o i n c u r r i r en t a l i n g r a t i t u d ? Y o ,

m i e n tr as v i v a e n e l m u n d o , m a r c h a r é c o n s

t a n t e m e n t e p o r l a s s e n d a s m i s m a s , q u e m e

d e j a m a r c a d a s v u e s t r a a r d i e n t e c a r i d a d : y o

n o c e s a r é d e r e g a r m i r o s t r o c o n m i s l á g r i

m as , en tes t im onio d e mi recon oc im iento y

f ie l correspondenc ia : : :

C o n s i d e r a l o s e g u n d o , q u e f o r m a d a M a

r í a S a n t í s i m a p a r a s e r d i g n a c o m p a ñ e r a d e l

d i v i n o , y b u e n P a s t o r J e s u c r i s t o , n o s u c e

d i ó lo q u e c o n E v a , d a d a á n u e s tr o p r i m e r

P a d r e , p a r a q u e a m b o s c o m o s u p e r i o r e s y

g e f e s d e l g én e r o h u m a n o , lo s m u l t i p l i c a s e n

h a st a l l e n a r l a t ie r r a d e h a b i t a d o r e s ( i ) .

( 0 G e n . i .

4



5

O D I

A P R IM E R O .

E s t o s c o n s u c u l p a , a p e n a s s e e n c a r g a r o n

d e e s t e g r a n r e b a ñ o , l o e n t r e g a r o n á l a s g a r

r a s d e l l o b o i n f e r n a l ; e l c u a l , c e b a n d o e n

t o d o s e l l o s s u s c r u e l e s c o l m i l l o s , l o s h i r i ó

t a n d e m u e r t e , q u e n i n g ú n p o d e r h u m a n o

e r a c a p a z d e s a n a r s us s a n g r i e n t a s y p r o

f u n d a s h e r i d a s : p o r e s to E v a , m a s b i en q u e

c o a d j u t o r a d e A d á n , d e b i ó l l a m a r s e d e s

t r u c to r a d e l a g r e y h u m a n a ; p e ro M a r í a ,

n o m b r a d a P a s t o r a ó Z a g a l a d e l b u e n P a s

tor , fué tan f ie l en e l cumpl imiento de es

t e e n c a r g o , q u e c o n t r i b u y ó c o n s u D i v i n o

H i j o á l a r e p a r a c i ó n d e l m u n d o p e r d i d o , d e

u n m o d o t a n g e n e r o s o , t a n s o b r e n a t u r a l , y

t a n d i v i n o , q u e e n j u g ó n u e st ra s l á g r i m a s ,

y c u r ó n u e s tr a s h e r i d a s : d io á su H i j o l a

s a n g r e q u e c o m o b u e n P a s t o r o f r e c i ó p o r s u s

o v e j a s , y b o r r ó c o n e l l a e l s e l l o d e m a l d i

c i ó n c o n q u e t o d o s e s t á b a m o s m a r c a d o s : n o s

a b r i ó e l r e d i l e t e r n o d e l a g l o r i a , y c e r r ó

l a s p u e r t a s d e l a b is m o , d e s p o j á n d o l o t a m

b i é n d e l a s v í c t i m a s , q u e a l l í e sp e r a b a n c o n

a n s i a , e l p a r t o d e e st a D i v i n a P a s t o r a : p o r

u l t i m o , v e l a t an s in d e s c a n s o p o r n u e s t r o

b i e n , q u e n o p e r m i t e p a d e z c a n s us o v e j a s

l a m e n o r n e c e s i d a d ó i n d i g e n c i a , s i n q u e a l

n o t a r l a , n o e l e v e s u s r u e g o s a l O m n i p o t e n t e

p a r a s o c o r r e r n o s . F u é d e t a l s u e r t e c o a d j u -



D IÁ P R I M E R O . j - í

t o r a d e l b u e n P a s t o r , q u e t o d a l a t i e r r a

r e c o b r ó u n n u e v o s e r , y m a n i f e s tó s u a l e

g r í a e n m e d i o d e s u s m a l e s , a l v e r q u e s i

E v a a r r a n c a b a l á g r im a s á n u es tr os o j o s , M a

r ía t ra ía c ons igo e l contento y lá a le g r í a ;

p o r q u e s i a q u é l l a f u é a u t o r a d e l p e c a d o ,

M a r í a l o e r a d e l m é r i t o : s i E v a n o s d a ñ ó

d e m u e r t e , M a r í a n o s s o c o r r i ó c o r t l a v i d a :

s i a q u e l l a p r i m e r a M a d r e d e l g é n e r o h u m a

n o h i z o a l m u n d o c u l p a b l e ; M a r í a , s i e n d o

M a d r e d e l R e d e n t o r , d i o á l o s h o m b r e s l a

s alu d ( i ) . P o n d e r a , a lm a m i a , estas v e r

d a d e s , y c o n o c e r á s c u a n fi el f u é e s ta P a s t o

r a d e s d e q u e e l H i j o , n o m b r á n d o s e á s í m i s

m o b u e n P a s t o r , l a e s c o g i ó e n t r e t o d a s l a s

h ija s d e A d á n p o r c o m p a ñ e r a y c o a d j u t o -

r a s u y a .

A F E C T O S . ¡ O h S a n tí s i m a , i n m a c u la

d a , y c a r i t a t i v a P a s t o r a d é m í a l m a ¿ á qu ién

m ejor que á t í pe rten ece é l nombre y t í tu lo

d e P a s t o r a ? S i e l b u e n P a s t o r s e l l a m a t a l ,

porque dá su a lma por sus ove jas , tú nos

d i s t e s p a r a n u e s t r o r e m e d i o c o s a i n f i n i t a

m e n t e m a s p r e c i o sa q u e t ú a l m a , c u a l f u é ,

y e s , e s t e P a s t o r D i v i n o . E l e j e m p l o d e s u

car idad por nosotros te infundió á t í tanto

( i ) S . A u g u s t . S e r m . a . de ¿4nunciat.



¿2 DÍA P R IM E R O .

a m o r , q u e t e o b l i g ó á q u e n o s a m a s e s h a s

ta entregar lo a l sacr i f ic io por darnos la v i

d a , q u e d a n d o tú sin E s p o s o , s i n P a d r e , s in

tu S e ñ o r , y s in e l H i jo á qu ien dis tes form a

h u m a n a , p a r a q u e a p a r e c i e n d o c o n e l l a e n t r e

s u s o v e j a s , se n o m b r a se n u e s t ro P a s t o r . ¡ A h

¿ q uién es somos los hom bres ¡oh ad m irab le

P as to ra par a que con e l lo s ha gas ta les exce-¡

s o s d e a m o r ? E l h o m b r e s i e m p r e i n c o n s t a n t e ,

s i e m p r e i n g r a t o , y s i e m p r e i n f i e l , j p u d o

a c a s o m e r e c e r t a n t a d i g n a c i ó n ?

¡

A h e l n om

bre de Pa stora me de scu bre lo car iño so y

t i e r n o q u e e s t u c o r a z ó n , y n o a c i e r t o c ó m o

a g r a d e c e r t e j u s t a m e n t e , e l q u e h a y a s t o m a

d o á t u c u i d a d o e l e v a r m e s o b r e m i p r o p i a

m i s e r i a , c o o p e r a n d o c o n t u H i j o , p a r a q u e

d e h i j o d e A d á n m e v e a a d o p t a d o p o r h i j o

d e D i o s .

N o , n o te m e m o s y a l a a s t u c i a d e l D r a

g o n i n f e r n a l , c u a n d o t o d o s l o s h o m b r e s p e r

tenecemos a l rebaño de quien Jesucr is to es

b u e n P a s t o r , y , M a r í a s u M a d r e b u e n a P a s t o

r a . E l h i jo l o s u je ta e n l a c r u z , y l a M a d r e

q u e b r a n t a s u c a b e z a c o n s u s p i e s , y a m b o s

v e l a n p o r n u e s t r a s a l u d . E n e l b u e n P a s t o r

te n em o s u n a b o g a d o p a r a c o n e l P a d r e , y

y en la Pa stor a una me dian era pa ra con es

te m e d i a d o r . C o n e l p o d e r d e e ste D i v i n o



D Í A P R I M E R O . 53

P a s t o r , y la m e d i a c i ó n de es ta D i v i n a P a s

t o r a , p e r e c i ó el t i g r e s a n g r i e n t o con sus hi

j o s ,

p o r q u e

les

f a l t ó

la

presa

con que se

m a n t e n í a n ; ni t a m p o c o nos asusta el r u g i d o

d e l L e ó n i n f e r n a l , ni t e m e m o s á sus d i e n

tes yá d e s h e c h o s ( i ) . Así es ya c é l e b r e , y

a d o r a b l e por t o d o el u n i v e r s o , el nombre de

e s t a d u l c e P a s t o r a . ¡Oh n o m b r e s u a v e á mis

l a b i o s ,

y

t i e r n o p a r a

mi

c o r az ó n V u e s t r o

H i j o os lo dio, p a r a qué en él t u v i é s e m o s

nosotros una p r e n d a s e g u r a de la paz, y la

s a l u d , que nos trajo al m u n d o . T o d o el U-

n i v e r s o c o n f i a d o á v u e s t r a p r o t e c c i ó n , o f r e

c e de c o n t i n u o á nuestra v is ta prodig ios de

v u e s t r o p o d e r ,

y de

v u e s t r a b o n d a d .

O R A C I Ó N . ¡Oh D i o s a l t í s i m o , C r i a d o r

de los c i e l o s y la t i e r r a qué f o r m a n d o al

h o m b r e á v u e s t r a imagen y s e m e j a n z a ; no

so lo püs is tes íódas las cosas bajo de su d o m i

n i o ; sino que a d b r n a s te s t a m b i é n su a lm a con

t o d a s las g r a c i a s que le e r a n n e c e s a r i a s p a r a

s e r v i r o s , a m a r o s , y ser e t er n a m e n t e f e l i z ;

p e r o v i c i a d a á p o c o su n a t u r a l e z a , por el

pen

c a d o á que fué i n du c id o A d á n , por la c o m p a

ñ e r a m i s m a que le d is tes para la m u l t i p l i c a

c i ó n

del

g é n e r o h u m a n o ,

se

d e s o r d e n a r o n

to-

( 0 Job. c. 4. v. ro. 11 .



5 4 D ÍA P R IM E R O .

d a s su s p a s i o n e s , v i n i e n d o á s er p a r a V o s o b

j e t o d e i r a , y de v e n g a n z a . C o m p a d e c e o s , S e

ñ o r , d e m í , d e s c e n d i e n t e c o m o s o y d e u n P a

d r e a s í c r i m i n a l , y c o m p l e t a d e n m í l o s , d e

s i g n i o s q u e f o r m a s t e s a l e l e g i r V o s o t r a E v a

i n o c e n t e , p u r a , y s a n t a , c on c u y a c o m p a

ñía rem ediases e l e s t rag o las t im oso que e l

D r a g ó n i n f e r n a l h i z o e n e s t e g r a n r e b a ñ o

d e l l i n a g e h u m a n o . ¡ O h P a s t o ra a m a b l e a l -

c a n z a d n o s a q u e l l a g r a c i a , q u e V o s s a b éi s

nos es tan necesar ia , para vencer la ley de l

p e c a d o , q u e c o n t r a d ic e a l E s p í r i t u , y q u e

c a u t i v á n d o n o s p a r a o b e d e c e r á l a s e n s u a l i

d a d , n o s a r r a s t r a a c i a e l p e c a d o y l a p e r

d i c i ó n . S u j e ta d a l D r a g ó n i n f e r n a l c o n e l

p o d e r q u e se o s d i o , p a r a c o o p e r a r c o n

v u e s t r o D i v i n o H i j o á n u e s t r a r e d e n c i ó n , á

fin de que ren ov ad a en nosotros la n a tu ra

l e z a c o r r o m p i d a , s e a m o s d i g n o s d e a c o m ^ -

p a ñ a r o s e n l o s t a b e r n á c u l o s c e l e s t i a l e s d e l

P a s t o r s u p r e m o J e s u c r i s t o . A m e n .

Se reza u n P adre nuestro,. cinco A ve

M aríasy un Gloria P atri.



D ÍA

SEGUNDO.

Mulier,

ecce filius

iuus.

JOAN. C.

1 9 . V . 2 6 .

Muger vé ahí á tu Hijo.

E n este día se nos recuerda, que estando

nuestro Divino Redentor Jesucristo pendien

te del árbol de la cruz, y próximo á espirar

entre tormentos del cuerpo, y aflicción de

su santísima alma, nombró para nuestro con

suelo á su misma Madre por Pastora del gé

nero humano, sobre lo cual,

Considera primero, que éntrelos inefa

bles y multiplicados misterios que obró Je

sucristo pendiente del patíbulo ignominioso

de la cruz, no fué el menor, y sí el que nos

manifestó de un modo estraordinario su ar

diente caridad, el señalar á su Santísima

Madre, para que supliendo sus veces en el

mundo, de que él iba á ausentarse, velase di

ligentemente sobre el rebaño, que el mismo

Señor, dejaba yá fundado en su naciente Igle

sia. Desde entonces miró yá esta Señora como

hijos propios á todos aquellos por quienes su

Divino Hijo derramaba su sangre, y sacri-



j¡6 DÍ A S E GUNDO .

ficaba su v i d a , que e f an cu antos de sce nd ían

d e A d á n , sin es c e p tu a r n i u n o s o l o . E n t o n

ces se la d io e l e n car go dé ac u di r so l íc i ta

para levantar á los ca idos . sostener á los dé

b i l e s , y c o n s o la r á l o s a f li g id o s ( t ) , c o m o

t ie r n a y a m o r o s a M a d r e . R e c o n o c i d a i n m e

diatam en te por t a l , se reun ieron á su vo z lo s

D i s c í p u l o s d i s p e r s o s , s e f o r t i f i c ó l a d e b i l i d a d

d e S . P e d r o , d e s a p a r e c i ó l a c o b a r d í a d e l o s

A p ó s t o l e s , y t o d o s l o s f i e l e s p e r t u r b a d o s c o n

la muerte de l Pastor , se conf irmaron en la

f é ,

oy en do a tentos los docum entos de és ta su

d i g n a s u b s t i t u t a ; e n t a l e s t é r m i n o s , q u e r o

b u s t e c i d o s t o d o s c o n l o s p a s t o s d e s u v i r g i

n a l p a l a b r a , m a r c h a b a n c o n t e n t o s y a l e g r e s

á l a v i s ta d e l o s C o n c i l i o s y l o s J u e c e s , j u z

g á n d o s e d i c h o s o s e n s u f r i r a f r e n t a s é i g n o m i

n i a s p o r e l n o m b r e d e J e sú s ( 2 ) . P r e v i s t o t o d o

e s t o ,

c o m o l o f u é , p o r e s t e R e d e n t o r D i v i n o ,

d i c e á s u M a d r e d e s d e l a c r u z e n q u e e s p i

r a b a : M u g e r , e s e e s t u H i j o ; c o m o s i d i j e

r a : Y á d e s d e a h o r a s e rá s M u g e r f u e r t e y g e

ne rosa , y p or lo tanto vas á ser en m i a u

s e n c i a l a b a s e , p i e d r a , y c o l u m n a d e m i I g l e

s i a , p a r a q u e l a so s te n g a s c o n t u p o d e r : y

c o n t u c o n s t a n c i a , o r a c i ó n , y c o n s e j o , d i s i -

( t ) C o r n . in J o a n . 1. D . ( a ) A c t . c a p . g .



D Í A S E G U N D O . 57

p é s , y ca lmes todas las tempestades de tenta

c iones con qu e se ha d e ve r com bat id a en lá

s u ce s ió n d e l o s s i g lo s ( i ) . A q u í s e v e r i f ic ó y á

l a p r o f e c í a d e J e r e m í a s : á e s t a h e r m o s a , y

d e l i c a d a d o n c e l l a , a c u d i r á n y á d e s d e h o y l o s

p a s t o re s c o n s us r e b a ñ o s , y a l r e d e d o r d e

e l l a fijarán suS ca b a n as , y e l la los a p a c e n

t a r á c o n s u p r o p i a m a n o ( 2 ) : y h a b i t a n d o

e n l u g a r s e g u r ó , d i r á n a s í lo s p a s t o r e s c ó m o

l a s o v e j a s : E l

:

A l t í s i m o p o r s í m i sm o h a f u n

d a d o e ste t a b e r n á c u l o d e p r o t e c c i ó n , é l s o l o

p u e d e c o n t a r e l n ú m e r o d e l o s q u e h a b i t a n

e n é l , l l e n o s d e g o z o y d e c o n t e n t o ( 3 ) : c o m o

c o r d e r i l l ó s t i e r n o s , s a l t a r e m o s d e c o n t e n t o ,

y n os r e go c ij ar e m o s e n t í , ¡ o h , D i v i n a P a s

t o r a c o n s e rv a n d o l a m é m ó r i a d e l am o r q u e

nos- profesas , sup er ior á la s M el ic ias d e l

v i n o ( 4 ) . • - -

A F E C T O S . • ¡P a s to r d e m e n tí s im o p i a

d o s o P a s t o r d e ' m i a l m a , c e n t r o e n q u i e n s e

r e ú n e n l o s a f e c t o s t ie r n o s d e m i c o r a z ó n , ¿ c ó

m o p u d ie ra yo ' ag ra de ce rte é l h on or que trié;

d i sp e n s as h a c i é n d o m e c o h e r e d e r o d e l D i s c í

p u l o q u e m a s a rr ia b as , y é sto c u a n d o p a r e c e

q u e s o l o d e b í a ' ll a m a r t e l a a t e n c i ó n un a M á -

1 ) C o rn . in Joa n. 1. D . (4) . Je rem . c , 6. v . . 3 .

( 3 )

p

s - 86 . v . 7 . ( 4 ) C a n t . c . 1 . v . 3 .



5 8 D Í A S E G U N D O .

d r e , l a m a s q u e r i d a p a r a t í , l a c u a l q u e - ,

d a b a s u m e r g i d a e n u n m a r d e a f l i c c i ó n , y

p r i v a d a y á d e l c o n s u e l o q u e d e b e r í a p r o d u

c i r t u a m o r o s a p r e s e n c i a , e n s u p r e c i o s a a l

m a ? ¡ A h s i tú ¡ o h m i d u l c e J e s ú s e r a s

t a m b i é n h i j o d e M a r í a , ¿ por qu é no la da ba s

e l c o n s u e l o d e n o m b r a r l a c o m o m e n o m b r a s -

tes á mí? Tú no quis is tes entonces nombrarte

h i j o d e M a r í a , p e r o y o t e c o n f e s a r é h i j o d e

D i o s v i v o ; y a u n q u e t e v e a e n l a c r u z l l a

g a d o , a t o r m e n t a d o , r e p u t ad o c o n l o s p e r

v e r s o s , y e s p i r a n d o c o n i g n o m i n i a y a f r e n

t a , t e co n fie sa m i a l m a p o r v e r d a d e r o D i o s ,

t e a d o r a c o m o u n o e n l a e s e n c i a c o n e l P a -

c lr e ,: y e l E s p í r i t u S a n t o , y t e a m a c o m o á

s u a m o r o s o y l e g í t i m o P a s t o r : a s í c o m o e s t á s

d e s f i g u r a d o , e r e s p a r a m í h e r m o s o ; y d e s e a

b l e s ob r e l o s h i jo s d e l o s h o m b r e s ( i ) .

¡ O h Z a g a l a a m a b i lí s im a ¡ á c u á n t a c o s

ta , tuya mereeis tes e l t í tu lo de Pastora de mi

a l m a S i n m a s a p o y o q u e e l t r o n c o i n f a m e

d e l a c r u z p o r d o n d e c o r r í a l a s a n g r e d e t u

H i j o ,

e st a b a s d e p i e , y a s í f u i st e s c r u c i f i

c a d a e n s u c o m p a ñ í a : é l p a d e c í a en e l c u e r

p o , , y t ú e r a s a t o r m e n t a d a e n t u c o r a z ó n , e n

e l c u a l s e r e u n í a n t o d o s s u s d o l o r e s , y q u e -

(4) E x L a u r . J u s t . de 7. verb.



DÍA

SEGUNDO.

^9

daban señaladas todas las llagas que lo te

nían desfigurado: allí fuistes clavada con,

duros clavos, coronada de crueles espinas:

tu amoroso pecho atravesado con la pene

trante lanza, y acibarados tus dulces labios

con hiél y vinagre: fuistes por fin sacrificada

por tus ovejas como buena Pastora, en semer

janza de tu Santísimo Hijo.

Siendo

superabun

dante la redención de este hombre Dios, com-

pletastes por tu parte, lo que según sus de

cretos

faltaba

á su Pasión ( i ) ;

y así, muriendo

con él como buena Pastora, principiastes el

oficio que te dejó encomendado el Pastor que

moría

( 2 ) .

¡ Ah ¿qué haré yo para nunca sa-

lirme de éste tu rebaño: ser siempre tu oveja

fiel, y que tú siempre seas mi Pastora?:::

Considera lo segundo, con la debida de

tención, el tiempo en que todos los hombres

fuimos encomendados al cuidado y solicitud

pastoral de María en la persona del Discí

pulo S. Juan, y advertirás, que cuando los

verdugos tenian yá á este inocente cordero

fijo con duros clavos en la cruz, cuando d i

vidían entre sí sus vestidos, y echaban suer

tes para decidir la pertenencia de la túnica

inconsútil , en quien estaba significada la

( 1 )

D . P a u l . a d C o l . c. i . v . a p . ( a ) S . B o n a v. a m o r . c; 4 .



6 ó DÍA SEGUNDO.

Iglesia Católica ( i ) , entonces cabalmente

quisó este supremo Pastor dar á conocer, que

hasta el último instante de su vida quería tra

bajar sin descanso, porque se conservase ileso

•sin detrimento el redil de su Iglesia Santa,

dejando delegada especialmente para esto á

su Santísima Madre, y encargándola que en

señase, y adoctrinase, á los que quedábamos

nombrados hijos suyos, en los dogmas y ver

dades pertenecientes á la redención, justifi

cación, y salvación de todos nosotros. De

forma, que para consagrar el título y oficio

d e Pastora, para darle todo el poder y au

toridad que le es debida, para ejercitarlo en

utilidad nuestra, terror, y espanto del abis

m o , y para que nosotros formásemos una

cabal idea de su grandeza, é importancia,

se erijieron dos Altares por singular dispo

sición del Eterno Padre, el uno incruento en

el corazón de María, y el otro de sangre en

el árbol de la cruz con que su Hijo lavaba

los pecados del mundo; en éste sacrificaba

Jesucristo su cuerpo, cumpliendo con el ofi

cio de Pastor de ün modo nunca visto, cuál

era dar la Vi d a, por librar de la-muerte á

sus

ovejas; y en aquél sacrificaba María sü

(3)

P e t r . A l e x .



D Í A SEGUNDO. 6 i

inocente

alma,

reservándose la vida para apa

centar las ovejas desconsoladas, y reunir las

que se habian dispersado en aquellos dias

de tribulación. Sacrificados así Hijo y Madre,

y levantadas las manos

acia

el cielo*, cele

bró María con su Hijo este sacrificio vesper-

tino,

y consumaron entre ambos el Misterio

de la Redención ( i ) . Así se instituyó el nue

vo empleo de Pastora, que se le

d io ,á

esta

Esposa del Espíritu Santo, en amparo y

defensa de la grey del buen Pastor,

r

Estos

principios tuvo el redil evangélico | ¡en x[ue

dijo Dios por Jeremías, que reuniría las ove

jas que habian quedado dispersas de su re

baño, de todas las tierras adonde las hubiere

arrojado la tribulación, para que crezcan, y

se multipliquen colocadas yá en sus propias

tierras (a). Esta es la Pastora que dijo el

Señor crearía para apacentar sus ovejas con

pastos saludables, con cuya protección no

tendrán yá miedo, ni pavor alguno, y nin

guna de ellas faltará en el redil ( 3 ) .

A FE C TO S . Llena de confianza y for

taleza, alma mia, y levantándote de tu pu

silanimidad y flaqueza, deja caer yá de tu

( 1 )

A r n o l d .

de 7. verb. n . 1 8 6 a . ( a ) J e r e m .

c

- 33-

v

- 3- ( 3 ) I

b

-

v

- 4-



6 2 DÍA

SEGUNDO.

cuello las pesadas cadenas con qué el prín

cipe infernal te tenia presa, y cautiva. Le

vanta tus ojos cansados yá de llorar tu triste

situación, y

mira al

Redentor Divino

que

obra

da yá tu redención, y próximo á ausentarse

dé este mundo, deja en él á su amada Madre

nombrada por tü Pastora, para qué te am

pare y te defienda; por consiguiente, tienes

yá á la Madre de Dios por Madre, curatriz,

y refugio tuyo: y ten por cierto, que desde

que oye este encargo escrito con la sangre

de su Hijo, cumplirá sobre abundantemente

con él, por ser como lo es la última manda

que la deja en su testamento. No temas yá

tu perdición ni tu muerte, porque ella te

curará la roña de tus pasiones que te traen

flaco y desmedrado, fortalecerá la debilidad

con que tantas veces te has rendido á sus estí

mulos, y alejará de tí el lobo infernal que

procurará inflamarlas con su álito pestilente.

Confia en tu Pastora , porque sosteniéndote

ella no te perderás.

Hijos todos de esta M adre, corred, y

apresuraos á entrar en el rebaño de esta

Soberana Pastora: ella aguarda en él con

una compasiva inquietud á cuantas ovejas

se han estraviado, y con una eficacia ma

ternal las llama, y las busca para poner-



DI A SEGUNDÓ. 63

las en seguridad. ¡Ah, cuánto es el gozo dé

esta Pastora, cuando obedientes sus ovejas á

su voz, se apartan de sus estraviadós ca

minos Su corazón se llena de gozo al reci

birlas, y con los Angeles del cielo celebra

su hallazgo. Rebaño escogido del Señor, ad

vertid cuan amable

es

el tabernáculo que Je

sucristo os señala, para que habitéis en él con

toda seguridad: de dia y de noche estáis en él

seguros por la Vigilancia, y solicitud de tan

buena Pastora. ¡Ah dulce Pastora ¡Jamás

nos apartaremos de tu abrigo delicioso ¡Ja

más abandonaremos este lugar seguro de

nuestra esperanza Tú eres la defensa en

nuestros combates, el consuelo en nuestras

penas, la corona en nuestras victorias, y

el camino de nuestra verdadera felicidad;

cubiertos yá con tu manto maternal, nada

tenemos que temer.

O RACIÓ N. Yo os doy gracias ¡oh Dios

mió porque distes tal virtud y poder á esta

Santísima Pastora, para infundir en los cora

zones de los primeros pastores de la Iglesia la

fortaleza y generosidad necesaria para prin

cipiar la predicación del Evangelio, y ali

mentar con el pasto de tu divina palabra la

grey que la dejabas confiada. Lleno asimismo

de confianza, me acerco también á vuestro



6>4

D I A SEGUNDO.

tròno, ¡ oh piadosa Cooredentora de los hom

bres suplicándoos me concedáis la gracia de

comunicarme la constancia, y fortaleza, que

roe es

necesaria para permanecer

fiel

con Vos

al pie de la cruz, en donde se os confirió el

título de Pastora de mi alma, rubricado con

las gotas últimas de la sangre de vuestro Dir

vino Hijo, y signado por un testigo tan acre-r

ditado como S. Juan, en cuya persona fui

yo nombrado oveja vuestra; á fin de que

v

no

separándome yo jamás de vuestro rebaño,

.por mas que quieran estraviarme los escán

dalos del mundo, me haga digno de entrar

en el redil eterno de la gloria. .Amen.

Se

rezan - un Padre nuestro

,

cinco

y í . w

Marías, yun .Gloria Patri,



DÍA TERCERO.

Deinde dicit Discípulo, Ecc e Matet tud.

JOAN, C.

1 9 .

V.

2 7 .

Después dice al Discípulo, vé ahí á tu

Madre.

E n

este día se nos recuerda que Jesu

cristo, estando para espirar en el suplicio

ignominioso de la cruz, nos dio el testimo

nio mas convincente de su infinita caridad,

señalando á su misma Madre, por Madre

también de todos los hombres, y Pastora de

nuestras almas, sobre lo cual,

Considera primero, que aunque Jesu

cristo, como oveja obediente y pacífica, se

dejó despojar de su propia piel, dilacerada

en todo el discurso de su pasión á la vio

lencia de los azotes, clavos,espinas, y lan

za, para cubrir de este modo nuestra mise

rable desnudez; aunque se dejó sacrificar,

cual inocente y humilde cordero, para ab

solver al mundo de su iniquidad; y aunque

entregó su alma, por sus ovejas, cual amo-



66 DÍA TERCERO.

rosísimo Pastor, para llenar así cum plida

mente los oficios de este título ( i ) , aun con

todo esto, no se dá por satisfecho el amor

que abrasaba su encendido corazón por nues

tro bien, y por nuestra seguridad, y así de

termina llevar hasta su colmo los excesos de

este amor, y aun darnos de él una prueba

y señal tan convincente, y tan propia, so

lo de su caridad infinita, que á ninguno de

los hombres podría ocurrírsele, y aun me

nos se hubiera atrevido á pedir, y fué se

ñalarnos por nuestra Madre, es decir , por

Protectora, amparo, refugio, y consuelo de

los Hijos desgraciados de Adán á su propia

Madre, privándose á sí mismo del consuelo

de nombrarla con este amoroso título, co

mo para darla á entender, que á solos los

hombres debía ya reputar por Hijos suyos.

La grandeza del amor de Jesús en este he

cho caritativo y generoso, debes deducirla

¡ oh alma mía de la excelencia, y precio in

calculable del favor que nos dispensa, cuan

do el Divino Pastor nos da yá la franqueza

de ir á descansar al abrigo del manto ma

ternal de esta Divina Pastora, que es el con

ducto de todas sus gracias, la dispensadora

( i ) S . P e t . C h r i s o l . S e r m . 4 3 .



DÍA

TERCERO.

67

de todas sus misericordias, y la depositaría

de todos los tesoros del cielo. Pondera bien

¡alma mia cuan liberal y generoso sea es

te amor de Jesús, que nos eleva á una dig

nidad envidiada aun i:de los mismos Ange

les , puesto que á ninguno de ellos ha d i

cho aún esta Señora, como dice al hom

bre: Tú eres mi Hijo, yo te he engendrado

espiritualmente con mis dolores sufridos al

pie de la cruz; y esta relación maternal es

para mí tanto mas apreciable, cuanto está

sellada con las últimas gotas de; la sangre

de mi Hijo Jesús. Así es que podemos con

tar de seguro con todas las gracias capaces

de esclarecer, é iluminar nuestro espíritu,

para poder conocer todos los misterios ado

rables y sublimes de nuestra sacrosanta re

ligión, y ser asistidos con los favores que

una Madre, la mas cariñosa, es capaz de

dispensar á sus amados hijos¿ Esta dicha es

la mas grande que nosotros pudiéramos de

sear, pues amando Jesús á su Madre á la

par de su corazón, cuando nos la deja

nombrada por Madre nuestra, nos cede-to

do lo que mas él amaba; y siendo-la pa

labra de Jesús tan eficaz, que hace y rea

liza cuanto dice , nos hace verdaderamen

te sus hermanos , dándonos sobre nuestra



68

DÍA TERCERO.

común Madre todos los derechos y acciones

que un hijo tiene sobre sus padres, por cu

ya razón entramos yá á la parte de la he

rencia de sus bienes, que es el fruto de la

sangre de su Divino Hijo, y del reyno de

los cielos franqueado por ella.

AFECTOS. ¡ Cuan magnífico eres, y

cuan generoso, ¡oh Jesús adorable de mi al

ma cuando por un esceso de tu amor á los

hombres, nos das por Madre, Protectora, y

Pastora nuestra, á tu misma predilecta é in

maculada Madre, y en ella todos cuantos te

soros encierran los cielos y la tierra, pró

ximo como estabas á la muerte; y pocos mo

mentos antes de entregar tu espíritu en manos

del Eterno Padre, no moria en tu alma la v i

gilancia de verdadero Pastor, ni el cuidado

solícito de tu grey: hasta el último estremo

de tu vida se ocupaba en él tu diligente

am or(i). ¡Ah Yo

me

lleno de confusión al

considerar un tal esceso de bondad. ¡Cómo

es posible que yo te contemple cuidadoso de

mi bien hasta el último aliento de tu vida,

y yo sea tan poco solícito de corresponder á

tanta bondad Pero yá ¡Jesús mió caigo en

la cuenta, y advierto mi grosera ingratitud;

( i ) S . A g u s t . S e r m .

de S. Cip.



DÍA TERCERO.

69

y para remediarla, no solo te consagro desde

hoy mi corazón, sino que procuraré ganar y

conquistar para tí todos los corazones de los

hombres, á fin de que todos juntos hagamos

un solo rebaño, custodiado por esta solícita

Pastora.

Mil acciones de gracias os sean dadas

¡mi adorable Salvador por tu inefable bon

dad, manifestada no solo á todos los hom

bres en general, sino

fijada

sobre mí tan par

ticularmente, que de no haber otra criatura

á quien proteger, me la hubieras señalado

por Madre con igual amor, y misericordia,

dándomela como prenda segura de mi pre

destinación. ¡A h ¡que no pudiera yo dis

poner de todas las Gerarquías Angélicas, y

de las lenguas de todos los Santos, para ben

deciros dignamente sin cesar Con justicia,

y con razón , merecéis todos los afectos y

ternuras de mi alma: yo os los consagro sin

reserva alguna; pues aunque como oveja

errante me extravié, y delinquí, abusando

infielmente de vuestro amor, y aun de es

te singular beneficio que me dispensasteis en

la cruz, aun no me he olvidado de tus

mandamientos; y esperando que me bus

careis solícito entre mis estravíos, propon

go ser yá fiel oveja de María por un amor



7 0 DÍA TERCERO.

ardiente, y por una fidelidad inviolable á

su voz ( i ) .

Considera lo segundo, que este nombra

miento de Pastora de los hombres, hecho por

su Divino Hijo con caridad tan excesiva, es

un don y presente tanto mas estimable y

precioso, cuanto es mas elevada la digni

dad de esta Santísima Criatura, y humilde

y despreciable nuestra baja y vil condición:

de forma, que aunque el favor que se nos

hace fuese en sí de poca recomendación,

según suena el nombre de Pastora, sin em

bargo, la grandeza de esta Señora, y nues

tra pequenez, nos lo hacen estimar como

una prueba evidente del amor de Jesucris

to. ¿Quién mas grande, después de este Re

dentor , que la Hija predilecta del Eterno

Padre, la Madre inmaculada del Verbo$

y la Esposa purísima del Espíritu Santo,

á quien se le dio todo el poder en los

cielos y en la tierra, para que reinase co

mo Señora sobre todo lo que no es Dios?

¿Aquella á quien sirven los Angeles, cu

ya hermosura admiran la luna y el sol,

cubierta y coronada con las estrellas del

firmamento, y á cuyo solo nombre se espan-

( i ) P s . 1 1 8 . v . 1 7 6 .



DÍA TERCERO.

7 1

tan y tiemblan las potestades del abismo?

Por esto es tanto mas admirable el amor del

buen Pastor Jesucristo, cuanto hace descen

der á esta escelsa y celestial Reyna á la cla

se de Pastora de unas viles criaturas, que en

semejanza y nombre de ovejas las deja confia

das á su maternal cuidado, alejándola, y

privándola al parecer de su cuasi infinita

dignidad. Ahora puedes esclamar, alma mia,

con Job, y decir : ¿Quién es el hombre, Se

ñor , á quien tan noblemente habéis eleva

do ( 1 ) ? jPor qué abrís con tanta bondad

vuestro amoroso corazón á un tan vil gusa

no de la tierra? El hombre todo terreno no

busca sino pastos corruptibles; y Vos le

dais una Pastora que lo alimenté con pan del

cielo. El hombre pecador será siempre una

oveja llena de roña y de miseria; y Vos lé

dais una Pastora purísima con virtud para

comunicarle su pureza. El hombre cual o-

veja indócil, y rebelde, se extravía por sen

das peligrosas; y Vos le dais una Pastora,

cuya mansa, y dulce voz, lo hará retroceder

del precipicio adonde lo llevan sus pasio

nes. El hombre, oveja débil é inconstante;

y Vos le dais una Pastora, que lo robus-

( 1 ) Job. c. 7. v. 17.



7 2

DÍA

TERCERO.

tezca, y lo fortifique. ¡Ab, cuan fuerte

es-

este amor que obliga á Jesucristo á dar á

una criatura miserable y v il, como es el hom

bre, lo que mas amaba en el mundo, qué

es su propia Madre Y penetrada tú, alma

mia, de esta verdad, advierte qué impre

sión debe hacer en tí para comenzar desde

hoy una vida mas desprendida de todas

las criaturas, y mas arreglada en tu amor

á ellas.

AFECTOS.

J

O h , mi Dios sois admira

ble en vuestra conducta con los hombres.

I

Quién podrá penetrar el exceso á donde

llega vuestra incomprensible bondad? Un

Dios grande, tan santo, tan perfecto, y tan

elevado sobre m í, se digna fijar su aten

ción para hacerme, no un favor común y

ordinario, que siempre sería grande por ve

nirme de su divina mano; sino tan gran->

de y elevado como lo es su propia Madre,

á quien deja encargada la custodia y de--

fensa de mi alma.

¿Qué

podré yo hacer

¡oh Dios mió para agradecer dignamen-.

te tanto bien? ¡Ojalá que todo el poder de

mi alma, y todas las partes de mi cuerpo,

se convirtiesen en lenguas para daros gra

cias y bendeciros D avid, sin haber reci

bido tanto , no sabia cómo agradecer vues-



DTA TERCERO. 73

tros Favores

i ) .

Yo pienso agradecerlos en

el modo posible á mi pobreza, profesan

do una devoción tierna y fervorosa á esta

Madre Pastora que me dais, y un recono

cimiento eterno á Vos que me la señaláis.

¡O h , Dios mió siempre seré vuestro sier

vo ( 2 ) , y obediente y fiel oveja de vuestra

Madre, y mi Pastora.

Yo no debo recibir

en

vano este beneficio

estraordinario que Jesucristo me dispensa.

Mi corazón debe inflamarse al considerar

que abre sus labios moribundos para decir

me, que su propia Madre es la Pastora de

mi alma. Este misterio inefable del amor

de mi

Dios

;

me

descubre un tesoro abundan

te de riquezas, y una fuente perenne de

misericordias; y al mismo tiempo me hace

conocer la dignación benéfica de Hijo, y

Madre Santísimos: porque si un Príncipe se

dedicase á criar, alimentar, y sostener á

un vil insecto de la tierra, ó á protejer 3

un facineroso condenado á muerte en una

cárcel, todo el mundo se admiraría de una

dignación tan heroica: María siendo mi

Pastora ño obstante su escelsa dignidad,

toma á su cuidado el tenerme al abrigo de

( 1 ) P s . n g . v . 3 . ( a ) P s . 1 1 8 . v . i a g .



74

D I A

TERCERO.

su maternal protección para alimentarme, y

robustecerme; y estando yo condenado á

muerte, me libra de ella, sacándome á luz

desde el abismo de perdición en que me

hallaba. ¡Oh bondad escesiva de mi com

pasiva Pastora entremos , alma m ia, en

los mismos sentimientos que dulcificarían las

penas de aquel miserable, pues éstos deben

de ser los tuyos en este dia, en que la Rey-

na de los cielos te se dá por Madre y Pastora.

ORACIÓ N. Adorable Salvador mió,

que por una caridad incomprensible, y un

amor infinito, quisistes cautivar mi cora

zón por la multitud de vuesrtos beneficios,

mas bien que por el rigor de vuestros cas

tigos, yo os alabo, y os bendigo, porque

me hicistes nacer en el gremio del cristia

nismo, donde como en redil seguro viva cier

to de mi bien, y apacentado con saludables

pastos proporcionados por la solicitud, y

vigilancia de vuestra Madre, y mi Santísi

ma Pastora. Hacedme la gracia de que yo

viya siempre agradecido á tanto bien, no

decayendo jamás de la dignidad de Hijo

de tal Madre, á que Vos me habéis elevado:

que nunca olvide vuestros beneficios, y sí

les tribute el homenage constante de mi re

conocimiento: que los medite contínuamen-



DÍA

TERCERO.

75

te, y así

me haga digno

de

vuestro amor:

recibid los deseos de esta miserable oveja

vuestra, para

que

limpio,

y

purificado

de

mis culpas,

os

ame

y

bendiga en

el

tiempo,

y por toda la eternidad. Amen.

Se reza

un

P adre nuestro, cinco.

Ave

Marías, y un Gloria P atri.

D Í A C U A R T O .

Egredere, et ábi post vestigio. gregum¡

et,pasee hcedos tuos juxta tabemacu-

la Pastorum. CANT. C. I. V. 7..

Sal, afuera ,

y vé

siguiendo

las

huellas

de los ganados, y guia tus cabritos

á pacer junto

á las cabanas de los

Pastores,

L a • Divina Esposa María es nombrada

por el Divino Esposo Pastora de su grey,

para que

la

custodie

y

apaciente;

y

esta

Se

ñora, acepta

con

admirable humildad este

encargo , sobre lo cual,

Considera primeramente

al

Divino

Es-



7 6 DÍA CUARTO.

poso, que es el Espíritu Santo, ocupado á

nuestro entender,

en

facilitar medios al hom

bre para mejorar la suerte triste en que lo

dejó la caida de su primer Padre, dándole

una protección fuerte, que lo defienda de

tantos males como son los que por todas partes

le rodean. Á este fin escoje una criatura tan

predilecta y escelsa, como lo es María Santí

sima, á la cual la dice, hablando con ella en

los Cantares: Sal, Esposa mia, vé siguiendo

las huellas de los ganados, y guia tus cabri

tos á pacer junto á las cabanas de los Pasto

res:

que escomo si dijera: Sal, y desciende

del solio de tu grandeza y magestad, y no

te desdeñes de ir

tras

del rebaño de mis fie

les ovejas, cuidando de guiarlas, y condu

cirlas á los pastos de vida eterna; y aun pro

cura también protejerá los cabritos descarria

dos de las sendas rectas de mis mandamien

tos, y llamándolos con tu dulce voz para que

no sean presa del Lobo infernal, condúcelos

á

los pies de mis Pastores, que son los Sa

cerdotes (1), para que autorizados, como lo

están por mí, los fortifiquen con los pastos de

los Santos Sacramentos. Vé aquí, alma mia,

nombrada yá por tu Pastora á la criatura

( 1 ) S . A r o b r o s . l i b . 3 . in c. 3 . L u c .



DÍA

CUARTO.

77

mas perfecta que salió de las manos del Cria

dor, y admira la singular y estraordinaria

dignación de esta Señora, que no tiene á me

nos,

ni juzga ser incompatible con su digni

dad , el ocuparse en un ministerio tan humil

de, como fatigoso y molesto, por serla así

ordenado por su amado Esposo, á quien de

sea complacer en un todo sin mirar su propia

conveniencia, ni recelar el que pueda por

esto decaer de su engrandecimiento. Desde

entonces, se nos dá yá á conocer esta Seño

ra con la sencilla investidura de Pastora; y

contemplando esta humillación admirable,

advierte cuan contraria es la conducta de

María Santísima, á la que observan los mun

danos: éstos, estudiando de continuo en su

propia elevación y engrandecimiento, ansian,

fatigosos y turbados por brillar en el mundo

con títulos de honra, de ostentación, y de

aplauso, y subir á los puestos y dignidades

de mayor distinción; mientras que la hu

mildísima María se emplea gustosamente en

la ocupación mas humilde que hay entre los

hombres, y se honra con el título que ellos

reputan por mas despreciable. Así la que es

Reyna de los cielos y la tierra, y maestra

de toda virtud, nos dá una lección la mas

-importante, y mas apropósito, para arreglar



78 DÍA CUARTO.

los sentimientos de nuestro altivo corazón.

AFECTOS. ¡

Ah

Yo me lleno de con

fusión cuando considero,

y

conozco, que Ma

ría Santísima estando adornada de tantas gra

cias, privilegios, y dones celestiales: hallán

dose en una elevación tan eminente , que

nada, fuera de Dios, puede comparase con

su alteza y dignidad: viéndose también co

ronada por la Santísima Trinidad como Rey-

na y Soberana de todo lo criado, sometida

sin embargo, y obediente á las órdenes de

su Esposo, toma el cargó y oficio de Pasto

ra, con tanta resignación, como si fuera la

última de Jas criaturas. Eres ciertamente

grande y admirable ¡oh Dios mió en todas

tus obras; y si yo fuera capaz de penetrar á

fondo esta verdad, tendría lo bastante para

conocer la vanidad de las grandezas huma

nas, y recibir con ánimo quieto y resignado

las humillaciones, y abatimientos que orde

nas para mi bien. ¿Quién podría creer que

llegase tu dignación al término de anona

dar, en cierto modo, á tu Madre escelsa con

el oficio de Pastora de los hombres, para ele

var á éstos á tan eminente digidad, que su

biese hasta el punto mas sublime? ¡Qué gozo

para una alma fiel, que sabe penetrarse de

la grandeza de este misterio



DÍA

CUARTO.

79

Nada mas has podido desear ¡oh alma

mia para quedar convencida, y satisfecha de

la bondad y clemencia de tu Dios, y de la

humildad y dignación de la Esposa del Es

píritu Santo: por esta razón, el conocimiento

que hoy se te dá de los designios de Dios

en señalar por Pastora tuya á esta Señora, y

la perfecta sumisión con que ella acepta este

encargo, te acusan y reprenden de continuo,

cuando vés á tu corazón dominado por el

deseo de las glorias mundanas. La Madre

de Dios toma á su cuidado el asistirte, y pro-

tejerte, como si de nada mas tuviera que cui

dar desde el cielo donde vive, y reyna con

su Divino Hijo; y á tí te ciega, y te aluci

na la posesión de un honor terreno y pasa

jero, sin acabar de conocer, que la verda

dera gloria, tu honor, y tu honra, consiste

en saberte anonadar en la presencia de tu

Dios, siendo como eres la mas vil de todas

las criaturas. Conoce tu verdadero interés,

no sea que la bondad misma de esta Señora,

sea la que algún dia condene tu poco esme

ro en imitarla.

Considera lo segundo la humildad de

esta Santísima Reyna de los cielos y la tierra,

cuando quiere ser conocida con el traje y ocu

pación de Pastora, cuyo destino es reputado



8

o DÍA

CUARTO.

entre los soberbios mundanos por lo mas ne

cio,

estólido, y digno de desprecio. Ella lo

acepta gustosa, por ser así la voluntad de su

casto Esposo, y por aficionar nuestras almas

con su ejemplo á esta virtud santa de Ja hu

mildad, que es el fundamento de todas las

otras, y desterrar enteramente de las ovejas,

que componen su rebaño, el orgullo, la pre

sunción, y la soberbia, origen y principio

de nuestra perdición, y raiz fecunda de todos

nuestros males. Piensa con detención esta

verdad; y sabiendo que solo en el pobrecito y

humilde descansa el espíritu del Señor ( i ) ,

y que Dios resiste á los soberbios ( 2 ) , cono

cerás que éste, y otros testimonios semejan

tes de humildad, fueron la causa de que es

ta humildísima Pastora fuese elevada á la

mayor dignidad de que es capaz una cria

tura; al paso que por la soberbia fueron

precipitados desde el cielo, á lo profundo

del abismo, la tercera parte de los Espíri

tus Angélicos, despojados nuestros primeros

Padres de la inocencia en que habian sido

criados, y lleno todo el mundo, desde en

tonces hasta hoy, de males sin número que

hacen gemir á sus desgraciados descendien*

(1). I s a i . c . 66. v.

1.

( a ) J a co b , c . 4 ;v .o* .



DÍA CUARTO.

8 r

tes. Para destruir, pues, ésta Soberana Rey-

na á un monstruo tan cruel como es la so

berbia, acepta el oficio de Pastora nuestra,

y para cumplir con él se despoja de todo el

aparato, magestad, y grandeza que le per

tenece, como á Rey na de todo lo criado, y

se nos presenta con la humilde simplicidad

de Pastora: con un semblante dulce, ino

cente, y cariñoso, y con los atavíos que son

propios del oficio, y ocupación de una can

dida y sencilla Joven, que pasando su vida

en lo humilde de los valles y los prados,

pastorea y conduce su rebaño á los pastos

saludables con que pueda sostener su v i

da. Mira, alma mia, con qué defensivo tan

sencillo cubre su hermoso rostro de los ar

dores del sol: qué pieles tan inocentes abri

gan su amoroso pecho contra los rigores del

frió: qué calzado tan pobre defiende sus her

mosas plantas, de las espinas que sembró en

la tierra el pecado de Adán: con qué caya

do tan rústico se sostiene, para aliviar las

fatigas que le ocasiona el seguir á sus ove

jas: especialmente cuando descarriadas cor

re en pos dé ellas para reducirlas á su a-

prisco, y librarlas de los lobos infernales,

ó de los precipicios á donde se dirijían: y

finalmente, con qué humildad escoje las ca-

6



2

DÍA

CUARTO.

bañas de los pastores para el descanso de su

delicado y hermoso cuerpo.

A F E C T O S . Yo os doy gracias, Madre

mia y Pastora Santísima, porque me dais

en este dia una tan bella instrucción, sobre

una virtud que yo por mi soberbia no he

comprendido hasta el presente. Vos sin de

jar de ser grande y escelsa, os humilláis

hasta poneros en laclase de los Pastores;y

yo siendo un miserable, v il , y despreciado

insecto de la tierra, cargado no solo de de

fectos naturales que deberían abatirme has

ta el polvo, sino también de maldades sin

número, y ofensas contra mi Dios, que me

han reducido á laclase ignominiosa de es

clavo del demonio, me afano por mi pro-:

pia elevación. ¡Ah es insoportable este tu

orgullo, alma mia Acaba ya de conocer

que si la Madre de Dios se despoja este-

riormente de todo el aparato propio de su

escelsa dignidad , es para enseñarte eficaz

mente el modo de abatirte; y así procura

lavar diariamente con tus lágrimas los dis

gustos que has causado á esta Madre Pas

tora con tu orgullo y tu soberbia, y estam

par en tu corazón una lección tan impor

tante , y oportuna, para que seas digna

morada del Divino Espíritu.



•DÍA CUARTO .

8*3

Hijos dé los hombres, ¡hasta cuándo se

réis vosotros de un corazón pesado, y de

tenido, para seguir los ejemplos de humil

dad que os dá esta Rey na Pastora Am an

do de continuo la vanidad, os' apresuráis

por

Ja

consecución de un bien que sé escapa

de vuestras manos: corréis tras dé un fan

tasma de gloria mundana, de cuya ilusión

quedáis á cada paso convencidos; y vais á

buscar la paz, y el sosiego del corazón, en

tre el tumulto de las pasiones, cuya pesa

dez os oprime. ¿Seréis siempre ciegos para

no descubrir el fundamento verdadero y só

lido de vuestro engrandecimiento? Esta Pas

tora Divina os lo muestra-con su ejemplo.

Siendo escelsa, y grande sobre toda pura

criatura, porque antes sé humilló mas qué

ninguna, os enseña y dice i Que en la hu

mildad reside el principio del contento, del

reposo, de la gloria, y sólida felicidad: y

al mismo tiempo vuestra propia esperien-

Cia

os enseña, que la soberbia y él orgullo

os esclaviza en términos dé gemir tristes,

inquietos, y llenos de confusión bajo de un

yugo afrentoso para el espíritu, y grave

para el corazón. No os engañéis á vosotros

mismos, y corred el velo engañoso que os

ciega.



8 4 J > * A C O A R T O .

O R A CIÓ N . Yo conozco,,'Pastora ama

ble, la gran necesidad que tengo de cam

biar los sentimientos elevados y orgullosos

de mi corazón, y confieso lo obligado que

estoy á trabajar de continuo

.para

adquirir la

la virtud de la humildad; pues que ésta fué

la que más resplandeció en vuestra bendita

alma, y por cuya recompensa sois llamada

Bienaventurada por todas las generaciones,

y los pueblos todos del Universo: por lo

mismo, postrado humildemente ante vues

tro trono de Magestad, os pido infundáis

en mi alma esta grande virtud,y aun tam

bién que la posea con tal perfección, que

no sienta

placer, ni

contento alguno, sino en

los desprecios y humillaciones, para que

abatido así mi corazón altivo, os imite en

la humildad, y me vea exaltado con Vos en

el reyno de los cielos, en donde reynais con

vuestro Divino Hijo por los siglos de los

siglos. Amen.

Se reza un P adre nuestro, cinco A ve

M arías, y un Gloria P atri.



8 *

DÍA QUINTO.

Erat autém éleganti aspecfu nimis, cui

,

vir suus reliquerat familiam copiosam,

ac possessioms armentis boum, et gre-

gibus ovtum plenas,

JUD.

c. 8. v. 7.

Era hermosa, por e s t r e m o , y habíale

dejado

sü

Esposo m uchas riquezas,

y numerosa familia,

y

posesiones lle

nas de v a c a da s, y de rebaños de o-

vejas.

E „ « « . • • « . '

„ „ o

s

maneta c u í n su-

blime

es el

grado

de

honor

á que es

eleva

da María Santísima, cuando recibió el títu

lo

y

ofició

ée

Pastora

de

nuestras

almas,

dado por su Santísimo Hijo, sobre lo cual,

Considera primero, que disponiendo el

Dios Omnipotente todas las cosas en

los

cie

los y en la tierra con brazo irresistible, y

con una 'providencia sabia , fuerte, y sua

ve

1 ) ,

en

términos

que en

todas ellas

se

( 1 ) S a p . c. 8. v. 1.



8 6 DÍA QUINTO.

nos descubriesen admirablemente sus perfec

ciones infinitas, puso el Señor un singular

estudió (á nuestro modo de entender) para

delinear, y ejecutar cuanto dice relación con

nuestra Divina Pastora, y Madre suya, pa

ra que así entendiésemos que esta Señora era

la primogénita .ante toda otra criatura, y

producida de la boca del Dios Altísimo (i).

Por este motivo, y para que nuestra débil

penetración no se oprimiese con el resplan

dor del honor sublime á que decretó elevarla

en el tiempo determinado por sus decretos

justos, y sabios, no solo haciéndola Madre

suya propia, sino señalándola también por

Pastora nuestra, y de toda la Iglesia, nos

la dejó mucho antes significada con varias

figuras, y espresada en las personas y ac¿

ciones de varias heroínas de la antigua ley,

las cuales, desde la ocupación de,Pastoras

fueron sublimadas á un grado escelso de

honor. Entre éstas, la valerosa, y esforzada

Judit, fué la que singularmente representó

á.María Santísima. De esta heroína ¡dice -la

Sagrada Escritura, que su .esposo, la habia

dejado muchas vacadas, y rebaños de ovejas,

en cuyo gobierno entendía retirada y obs-

( i ) E c c l e s . c. 1 4 . v . $ .



DÍA QUINTÓ. 8 7

curecida en lo mas retirado de su casa ( 1 ) ;

pero el Señor, que la tenia hecha figura, y

sombra de esta nuestra Divina Pastora, la

sacó de aquel retiro, para cuidar de otros

rebaños mucho mas crecidos, los cuales se

veían sin Pastores que acertasen á gober

narlos , y estaban próximos á ser devorados

por un lobo carnicero que habia decretado

su esterminió ( 2 ) . Ozías , y todos los an

cianos del pueblo de Dios, oyeron y obe

decieron el consejo de Judit, y triunfando

así de sus enemigos, el sumo sacerdote Joa

quín, con todos ellos, pasaron de Jerusalén

á Betulia para honrar á esta su libertado

ra ( 3 ) . Pondera que esta Divina Pastora se

Vio mucho mas honrada por la diestra

del

Altísimo que la confortó, y la dio un corazón

generoso para salvar de su ruina ( 4 ) , no á

un solo pueblo, sino á todo el linage hu

mano; pues deslumhrado el infernal Holo-

fernes con el esplendor que la dio el Om

nipotente al salir del retiro de la nada

en su concepción purísima, cortó la cabeza

de aquél monstruo que se señoreaba sobre

todo el Universo, y hecha después Coore-

dentora de los hombres, se la dio la pose-

(1) Ju dit . c . 8 . v . g . ( 2 ) Ib,

( 3 ) I b . c . 1 5 . v .

9

. ( 4 ) I b , (

S

) Ib.



88- DÍA

QUINTO.

sion de todas las ovejas de este inmenso re

baño, adquirido con la sangre de su Hijo

Dios: se rompió el yugo de nuestro cauti

verio, y los despojos de este triunfo se le

dieron como pertenencia propia ( i ) ; y así

los redimidos honran justamente su memo

ria, y celebran su nombre con cánticos é

instrumentos por todas las edades ( 2 ) .

A FE C TO S. Eres bendita ¡oh esforza

da Pastora en todos los tabernáculos de

Jacob, y por lo mismo á la voz sola de,

tu nombre, resonarán por todas partes los

honores tributados al Dios de Israel ( 3 ) . E l

Señor te escogió toda hermosa, y sin man

cha, y derramó sobre tí sus bendiciones,

comunicándote un poder tan soberano sobre

los enemigos de tu escogida grey, que con

tu mismo brazo has cortado los brios, é

inutilizado sus fuerzas preparadas para per

dernos. Bendita eres del Señor, Criador del

cielo y de la tierra, que dirigió tu mano

para cortar la cabeza del Lobo infernal que

intentaba devorarnos. Desde entonces se ha

hecho tan célebre tu nombre, y tan digno

de honor, que no cesarán de publicar tus

alabanzas cuantos conserven en los siglos

£ 1 ) J u d i t . c . 1 5 . v . 1 4 . ( 2 ) I b ,

( 3 ) I b . c . 1 3 . v . 3 1 .



DÍA QUINTO.

89

venideros la memoria de los prodigios, que

el Señor ha hecho por tu medio. Siendo

Pastora de tu pueblo, no solo no has te

mido esponerte á los mayores trabajos por

conservarnos, sino que eres el medio segu

ro ante Dios para impedir nuestra ruina.

Tú eres la gloria de Jerusalen, tú la ale

gría de Israel, y tú la honra de nuestra

nación ( 1 ) .

Adonai, ¡oh Dios grande

cuando el

mons

truo del abismo juró destruir á tu pueblo,

y disputarte la soberanía que sobre él ejer

ces, sentastés tus reales en medio de él pa

ra librarnos de sus manos: humillástes su

soberbia, y con el brazo de una humil

de Pastora, á cuyo poder lo has sujetado,

le cortastes la cabeza. No, no ha sido ne

cesario juntar grandes ejércitos, para echar

de medio de tus ovejas á este Dragón, prín

cipe de los demonios, sino que la Hija de

Joaquín, y Ana, lo ha denrivado en tierral

Despojándose del traje de Reyna, y vistién-*

dose con los atavíos de hermosa Pastora^

ungido su rostro con el óleo de tu miseri

cordia , y recogidos sus hermosos cabellos

con el sombrero ¡que cubre su cabeza, se

( 1 ) E x j u d i t , c . 1 3 . et i g .



9 o DÍA QUINTO.

presenta delante de nuestro enemigo, y el

Dragón se estremece á su vista: todos sus in

fernales ministros dan ahullidos en los cam

pamentos del abismo, al notar el poder irre

sistible de este brazo

que

los oprime.

¡

Tanto

es el honor que el Omnipotente, y sus cria

turas , dispensan á esta Divina Pastora ( i )

Considera además, que aun desde el prin

cipio del mundo quiso Dios que el nombre,

y oficio de Pastor, fuese un símbolo de ho

nor especial cual convenia, para que sin de

gradación alguna pudiese aplicarse en la ple

nitud de los tiempos al Verbo Divino encar

nado, y á su Santísima Madre. Así fué: no so

lo fueron ennoblecidas con el oficio, y ocupa

ción de Pastoras, varias de aquellas Muge-

res que mas espresamente significaron en el

antiguo testamento á esta Divina Pastora;

sino que los antiguos Padres, y Patriarcas,

que representaban la persona y oficios del

Redentor Jesucristo, ocuparon sus primeros

años en el oficio y destino de pastores. Tales

fueron el inocente Abel, figura la mas es

presa de Jesucristo; Abrahan, Isaac, y Ja

cob:

Moysés, guardando y apacentando sus

ovejas, aprendió á gobernar el pueblo de

(i) E x J u d . c. 16,



DÍA

QUINTO. 9 1

Dios, y se hizo su digno legislador: David

fué sacado de entre los rebaños que custodia

ba,para ser elevado al trono de

Israel .

Los

Patriarcas que debían de ser cabezas de las

doce tribus, de donde saldrían miles de esco

gidos signados con el nombre del Padre celes

tial , y del Cordero de D i o s (1 ) , á cuyo inten

to dice S. Agustin: que los primeros justos,

fueron instituidos pastores de ganados, antes

que reyes de los pueblos ( 2 ) .

Considera además, que después de la

Encarnación del Hijo de Dios, se acrecentó

mucho mas el honor del oficio pastoral. Los

pastores fueron los primeros que, al nacer

el Pastor de los pastores, acudieron á tribu-:

tar su adoración á aquel niño, que bajo el

símbolo de Pastor, queria significar todos los

oficios de Redentor del género;

humano.

.Es

tableciendo, su Iglesia, quiso que el.gefe de

ella, y todos sus ministros de primero .y se

gundo

orden, se nombrasen pastores. De aquí

conocerás cuan honorífico es para esta Señor-

ra el nombre, y oficio de Pastora, por el cual

reúne en su persona toda la santidad y sa

biduría de los antiguos Padres y Patriarcas,

que muchos siglos antes de nacer esta Seño-

" ( 1 )

A p o c .

c . 7 . ( a ) X . ' i p . de

Civit.



9

1

DIÁ QUINTO.

ra delinearon yá sus escelencias y prerogati-

vascon los rasgos mas espresivos, y se ocu

paron en pedirla al cielo con el incensario,

ios sacrificios, y holocaustos. La fortaleza,

heroicidad, y hermosura de las mugeres mas

esclarecidas de aquel tiempo: el zelo de los

Apóstoles, la ciencia de los Doctores, la vi

gilancia de los Pastores dados por Dios á su

Iglesia para regirla, y gobernarla; por cuya

razón todos cuantos han apacentado con

acierto el rebaño de Jesucristo,

han "tenido

precisión de acudir á la protección de esta

Santísima Pastora, porque como dice un sa

bio ( i ) , así como en comparación de Dios

nadie es bueno, así

en

comparación de

su

Ma

dre nadie hay mas perfecto, por heroicas que

sean sus virtudes. Siendo María Madre de

Dios,, debe obtener una dignidad cuasi in

finita

( 2 ) ,

y solo Dios puede darla el honor

que se la debe ( 3 ) .

• A FECTO S. Yo me regocijo ¡oh Santí

sima Pastora al veros sublimada á un tal

honor, que mi lengua no puede esplicar. Esté

nombre de Pastora es celebrado,

é

invocado

con alegría y confianza en todo el Universo:

( 1 )

S o f r o n . S e r m .

g . ( a ) S.Thom. p. 1. q. a<S.

a rt. ó . ( 3 ) A n d . C r e t .



DÍA

QUINTO.

93

es dulce y suave á nuestros labios: amable

y cariñoso para el corazón; y así os gran-

geais con él las alabanzas de todos. Título

lleno de consuelo para nuestras almas, sobre

los otros con que invocamos vuestra protec

ción. Vuestro Hijo os lo d io pendiente de la

cruz, y vuestro amor á los hombres os obligó

á aceptarlo. Él es para Vos nombre de ho

nor y magnificencia, y para mí un tesoro de

bondades y riquezas, que me descubre todo

vuestro amor , y me pinta elegantemente

vuestras perfecciones. ¡Ah, nombre sagrado

de Pastora depósito del amor divino tro

no de gracia y de salud, y prenda cierta de

la paz dada al Universo Los hombres todos

te honran justamente, por los prodigios de

poder y de bondad que en él se encierran.

¡Oh, escelsa Pastora por mas que este

honroso título os eleve sobre Ja pequenez de

tus ovejas, reducidas á una situación bien

triste en este valle de lágrimas, Vos no os

desdeñáis de descender de vuestro magestuo-

so trono, bajar hasta nosotros, y poneros al

frente de vuestros rebaños, para observar mas

de cerca nuestras desgracias, y darnos pron

to consuelo en ellas; porque sabéis bien, qué

no es honra del Pastor el que sus ovejas su

fran daño alguno, sin acudir pronto á su re-



94 D Í A Q U I N T O Í

medio i ) . V os, Pastora amable, animada

con el calor del amor divino, justamente Os

lamentáis á las veces dé nuestra ingratitud,

porque velando Vos por nuestro bien, no

sotros indiferentes á vuestra bondad, nos ha

cemos de un corazón duro é incorregible;

pero hoy reconocidos, proponemos eficaz

mente ser fieles á vuestra voz, y obedientes

á vuestros mandatos.

O R ACIÓ N . Dignísima Pastora, y Se

ñora mía, postrado con la mayor humildad

ante vuestro trono escelso, os tributo los ho

nores que os son debidos, porque señalán

doos el Omnipotente por Pastora de todos los

hombres, reunís en vuestra persona los do

nes,

y virtudes del Espíritu Santo. Sois el

Sagrario de todas las gracias, y el Templo

de Jos dones celestiales; y por esto, escep-

tuando á vuestro Divino Hijo, ninguna mas

santa, ninguna mas perfecta, y.nadie más

apropósito para protejer la Iglesia que él

fundó con su sangre: y pues el detrimento

de la grey cede en ignominia del Pastor que

la custodia ( 2 ) , os ruego, y os suplico, que

me alcancéis de la Trinidad Santísima todas

las virtudes que Vos conocéis

me

son preci-

( 1 ) S . A u g . d e ge st . cu m E m e r .

( 2 ) S . H i e r . e p . 1 0 . ad Fur. p . 80.

http://aug.de/

http://aug.de/



DÍA QUINTO,

97

sas para hacerme hijo digno del Escelso, y

merecer honraros, alabaros, y bendeciros

eternamente en la gloria. Amen.


M artas ¿y un Gloria P atri.

DÍA SESTO.

Dominus noni n tuum itdm agnificavit, ut

non recédât Icius tua de ore hom inum ,

qui m emores fuerint virtutis Dom ini

in ceternum.

JUDIT,

C.

1 3 . v . 2 5 .

Hoy ha hecho el Señor tan célebre tu

nombre, que no cesarán jamás de pü¿

blicar tus alabanzas, cuantos conser

ven en los siglos venideros la memo

ria de sus prodigios.

E n este dia se nos manifiesta cuan glorioso

es para María Santísima el título, y oficio

de Pastora, sobre lo que,

Considera primero, que á proporción

que

esta Señora se humilló y anonadó ante la Ma-



96 DÍA QUINTO.

gestad del Dios escelso, nombrándose sierva,

y esclava suya, cual lo demuestra en el sen

cillo y rústico aparato de Pastora, el Omni

potente la elevó á tal grado de gloria, es

cogiéndola entre todo el linaje de Adán para

compañera en su redención, por lo cual jus

tamente es aclamada Bienaventurada por to

das las generaciones. Obró en ella, y por

ella, cosas tan grandes y admirables, que

aun las inteligencias Angélicas quedaron ató-

tinas, y pasmadas, al ver que se agotaban

los recursos de la Omnipotencia cuando se

formaba esta singular criatura; pues en efec

to, no tuvo Dios mas que darla, siendo como

era esta Señora una pura criatura. Porque su

Hijo se humilló hasta la muerte, y muerte

de cruz afrentosa, se le dio un nombre sobre

todo nombre, á cuyo acento todas las cria

turas celestiales, terrenas é infernales doblan

su rodilla, y toda lengua lo confiesa por ver

dadero Dios, colocado á la diestra del Pa

dre ( 1 ) . Tal fué la gloriosa recompensa de

aquel buen Pastor, que bajo de este título

compendió y epilogó por sí mismo toda la

gloria del nombre dado por el Padre, dicien

do á sus Apóstoles: Yo soy el buen Pastor,

( 1 ) S . P a u l , a d P h i l i p , c a p . a .



DÍA SESTO. 97

y como tal me sacrifico por mis ovejas. Ma

ría en el título, y oficio de Pastora, recibió

igual recompensa de gloria y de alabanza*

María es el nombre de esta buena Pastora;

y el título de Pastora es el que mejor, y mas

admirablemente, cifra y compendia todas las

glorias, y alabanzas de tan sagrado, tan es-

celso, y tan celestial nombre. Por el título

de Pastora se nos significa la comunicación

de su virginal bondad, que difundida sobre

todos los mortales, los consuela, y los con

forta en sus aflicciones: por él se constituye

guia de los hombres, ministra de nuestra con

versión á Dios, y coadjutora de la redención

del mundo; de suerte, que el que invoca este

nombre dulcísimo, hace que se estremezca el

infierno, llena de alegría los Coros Angéli

cos, y dá mayor gloria á María que con nin

guno otro título, porque en el de Madre del

buen Pastor, ó Pastora de nuestras almas, se

reúnen como en su centro toda la gloria, y to

da la virtud y eficacia de cuantos títulos glo

riosos se daná esta

Señora.

Por esto dice S.An

selmo, que tenemos mas pronta la salud invo

cando el nombre de la Madre que el del Hijo;

no porque aquél sea de mayor gloria, sino

porque el Hijo invocado por su propio nom

bre suele no oírnos inmediatamente; pero

7



9 8 DÍA SESTO.

pronunciado el nombre de su Madre, aun

que el que llama sea indigno de ser oido, los

méritos de la Madre escitan la misericordia

de Dios para que nos oiga (i). Es tanta la

gloria de este nombre de Pastora, que con

él se le dio á María Santísima toda la gra

cia para desear, buscar, y conseguir la salud

de toda la grey de Jesucristo.

A FE C T O S. Ya puedes, alma mia, es

clamar justamente con el Profeta: ¡ A h cuan

grandes, ostentosas, y magníficas, son todas

vuestras obras, ¡oh Dios Omnipotente ¡cuan

santos y profundos vuestros pensamientos

N o ,

no hay capacidad en mi espíritu para

comprender las cosas admirables que habéis

obrado por mi bien; y así al contemplarlas,

tengo que cerrar mis ojos, confesando que

sois sobre los pensamientos

de los

hombres. La

humillación, y la exaltación de vuestro Hijo

Santísimo, siendo Redentor y Pastor de mi

alma, la humillación y la exaltación de vues

tra Hija predilecta María, haciéndola Pastora

mia, y Madre del buen Pastor, todo es para

mí.admirable é incomprensible; pero sé que

todo es hecho por hacerme feliz: sí, por esta

dignación os alabo, y os bendigo: os alabo

( i ) S, A n s e l . / . de Exc. Vir. c. 6.



DÍA SESTO. 99

mil veces

mas,,

porque de todo esto resulta la

gloria de esta mi amada Madre Pastora. Yá

sé que si

me

he de salvar ha de ser por su me

diación , porque Vos la habéis dado con el o-

ficio de Pastora el encargo de conducirme á

vuestra gloria, y dispensarme por su mano

las gracias de que necesito para conseguir

este bien.

Yo os

agradezco esta gloria que dais

á mi Madre Pastora, y os adoro con todo el

rendimiento de mi alma, y de mi cuerpo.

¡O h , Señora m i a , y apacible Pastora

Vos sola

sois,

después de vuestro Hijo, el con

suelo que Dios ha dejado á mi alma en este

mundo: Vos sois la guia segura, y cierta, que

me

conduce en mi peregrinación: Vos la for

taleza que robustece mis débiles fuerzas: Vos

la riqueza que remedia todas mis miserias:

Vos la mano caritativa que rompe las crue

les cadenas con que me aprisionaba el León

rugiente: Vos sois el alivio de mis dolores,

la esperanza de mi salud, mi Reyna, mi re

fugio, mi consuelo, mi vida, y el medio de

toda mi felicidad ( i ) ; y todo lo reúne y com

pendia el título, y oficio de Pastora de mi

alma. ¡ Ah , qué gozo y qué consolación para

mi espíritu

j

cuando reflexiono y medito esta

( i ) S . E f r e n . in E n c o m . D e i p .



1 0 0 DÍA SESTO.

gloria á que os ensalzó el Omnipotente

Considera lo segundo, que el Omnipo

tente, y buen Pastor Jesucristo, entre todas

las empresas que proyectó, y realizó fuera

de sí, ninguna otra tomó con mayor empe

ño , y estudio, que procurar la gloria de

su bendita Madre. Teniendo presente que

ésta su querida, y predilecta, procuró siem

pre copiar en su alma todas sus virtudes, y

sabiendo cuan solícita y cuidadosa vivía

para no incurrir en fealdad alguna, que

pudiese empañar el lustre y dignidad de

madre de Dios, no es fácil comprender cuan

ardiente era el zélo que ardia en su cora

zón por la gloria de éste su verdadero tem

plo: por lo tanto echó, digámoslo así, to

do el resto de su omnipotencia para elevar

la á un grado de gloria tal, que todas las

criaturas juntas no pudiesen igualarla: lo

cual se verificó dándola el destino de Pas

tora, pues por este medio partió el Pastor

Divino, con su Madre Pastora, la gloria

que le pertenecía como á Salvador del géne

ro humano, y aun la hizo una misma, iden

tificándola en la persona de su Madre ( r ) .

Encargándola el cuidado , y asistencia de

( i ) A r n . Cari, de

Laúd.

Firg,



DÍA SESTO. I O I

su místico rebano, puso yá en su manó todo

el valor de su redención para que lo dis

pensase á su voluntad ( i ) , y de este tesoro

inmenso sacase lo necesario para alimentar

nos, y robustecernos, hasta llegar á los mon

tes santos del Señor. Siendo Pastora, es el

propiciatorio en que reside la misericordia,

y desde el cual habla el Señor á los hom

bres, les concede el perdón, los dones, y

las gracias, y el mundo todo tiene, y ob

tendrá todo el bien que necesita ( 2 ) : por

manera que las místicas ovejas de este re

baño, pueden decir, que con esta Pastora

les han venido todos los bienes ( 3 ) . Ponde

ra , por consiguiente, cuan glorioso es á es

ta Pastora el ver que las Ovejas redimidas

por su Divino Hijo, han conseguido yá unas

entrar por su medio en el redil eterno de

la gloria, y que puestas yá en seguridad, le

alaban y bendicen por todas las eternida

des:

y que otras van llegando diariamente

á aquella feliz mansión de bienaventuranza,

guiadas y conducidas por su maternal so

licitud; y que aun las que quedan en este

mundo, tienen de continuo elevados sus ojos

á sus piadosas manos , porque saben que

( 1 ) S . E f r e n . S e r m . de Nat. ( 2 ) I d i o t . i u

Pref.

( 3 ) S a p . c . 7 . v .

x

1 .



1 0 2

DÍA SESTO.

de ellas les han de venir todos los auxilios

de que necesitan ( i ) para no ser víctimas

de los Lobos infernales. En esta Pastora

se obró la salud del mundo, y por esto

dice S. Pedro Damiano: Forma Dios el con

sejo para la reparación del hombre, é in

mediatamente decreta obrarlo por María,

destinándola para Madre del Verbo ( 2 ) . T o

do esto es sumamente glorioso á esta Pasto

ra, porque todo Pastor se gloría de la .uti

lidad , y el bien de su grey ( 3 ) .

A FE C T O S . Al paso que ésta mi San

tísima Pastora es colmada de gloria con es

te oficio honorífico, de que se glorió su Hi

jo Santísimo, con preferencia á otro cual

quier glorioso dictado, yo

me

considero tam

bién lleno de honor y de gloria por verme

elevado á una dignidad que no podia yo es

perar , cual es el pertenecer al rebaño de

esta gloriosa Pastora. Si esta Señora dice

de sí: Yo soy la buena Pastora; yo puedo

decir también: soy la oveja de esta buena

Pastora. ¡A h Siendo yo una criatura des

preciable, marcada con sello de maldi

ción eterna, que me hace objeto de vengan

za,

ante

los ojos de Dios, ¿cómo podría yó

.'. ( í ) - S.

Bonav.

in S p e c . ( 2 ) S . P e t r . D a r a . in

Serm.de Anunc. ( 3 ) S . L e o . Szr. i. de -¿tniv.

http://serm.de/

http://serm.de/



DÍA SESTO. 1 0 3

esperar que la Madre Santísima de un hom

bre Dios fijase su gloria en cuidar solícita

de remediar mi desgracia? pero siendo esto

así, me lleno de confianza: no temo per

der el cielo, ni recelo el caer en el infier

no , porque una Madre tan piadosa sabe

mi fragilidad, y tiene en sus manos las gra

cias necesarias para hacerme fuerte y cons

tante en el servicio de su Hijo. Aunque Dios

me tuviese reprobado, yo sé que no se pue

de negar á quien le ama, y de corazón le

busca por el conducto de su Madre ( 1 ) .

Siendo

V o s ,

Reyna mia, Madre del buen

Pastor Jesucristo, os habéis hecho familiar

con él; ó por mejor decir, os habéis unido

tan íntimamente con él, que la carne de és

te vuestro Hijo

f

es tomada de vuestra pro

pia sustancia. El permanece en Vos, y Vos

habitáis con él: lo cubrís de vuestra propia

carne, y él os viste con la gloria de su di

vinidad: y ambos destrozáis al monstruo

sangriento del abismo, y aniquiláis á todos

nuestros enemigos. Digna sois por lo tanto

de que no cesen los hombres de alabaros y

bendeciros. Sí, sois bendita sobre todas las

mugeres de la tierra, y bendito el Señor,

( 1 ) S .

Bonav.

p . %,de¿4mor.



i c-4 DÍA SESTO.

Criador de ella, porque dirige vuestra mano

para humillar á nuestros enemigos; y ben^

dita en todos los tabernáculos

de

Jacob,

pues

en todas las Naciones que oyeren mentar

vuestro nombre, será glorificado por esto

el PÍOS de Israel (i).

ORACIÓ N. Dios Omnipotente, que

procuráis con tanto esmero la gloria de es

ta Pastora Santísima, ocupándoos desde la

eternidad en delinear á una criatura tan es-

celsa, y en trazar los rasgos de gloria á que

queríais elevarla, concededme que yo me

conserve en el honor y gloria que me cabe,

por ser Hijo de una Madre tan escelsa: y

para esto, dispensadme las gracias de que

necesito para conformar mi vida con la su

ya, evitando todo cuanto pueda desagrada

ros, y aplicándome al ejercicio de todas las

virtudes propias de una oveja de María; y

que

no

buscando yo otra gloria, ni grandeza,

que la que

me

resulta de pertenecer á la grey

de esta Pastora, me vea elevado á la gloria

donde vives yreynas por eternidades. Amen.



( i ) Judit,c. 1 3 . V . 2 3 . 2 4 . 3 1 .



DÍA SÉPTIMO.

Nigra sum, sed formosa, filies Jerusq-

lem.

Introduxit me Rex in cellaria

sua. CANT. c. i . v . 3 .4.

Soy morena, hijas de Jerusalén, pero

soy bien p arec ida; por lo tan to m e

amó el Rey, y me introdujo en sü

gabinete elevándome á Esposa suya.

E n

este dia vemos á nuestra Divina Pastora

elevada hasta el trono de la Santísima Tri

nidad, formando con las tres Divinas Perf

sonas como una sola familia, sobre lo cual¿

Considera primero, que es cosa muy

común el que las Pastoras tengan el color

moreno y denegrido; y esto tanto mas, cuan

to sea fina y delicada la tez de sus rostros^

porque pastoreando sus ganados en el cam^

p o, el sol, el aire, y las intemperies, obs

curecen el color sonroseado de su juventud;

pero esto

lejos

de hacerlas desagradables á

la vista, las dá cierto realce, que las hace

mas graciosas, y de figura mas interesante.



IO Ó DÍA SÉPTIMO.

Así cabalmente lo dice de sí misma esta San

tísima Pastora en los Cantares. Soy more

na , es verdad, pero soy bien parecida, y

hermosa como las tiendas del Cedar, y co

mo los pabellones de Salomón: no reparéis,

pues, en que soy morena, porque esto di

mana de que los ardores del sol cogidos al

guardar mis ganados en el campo, han obs

curecido mi color (i). Considera que es tan

hermosa esta Pastora Di vina, que en medio de

su color moreno, reúne en todo su virginal

cuerpo toda la hermosura de que es capaz

la naturaleza; y así para esplicarla, y a-

nalizarla, serían necesarios nuevos vocablos,

y un lenguaje todo divino. Esta hermosura

consiste en la admirable armonía de su com

plexión: en la disposición, y conveniencia

sin igual, de sus virginales miembros: en

la celestial consonancia de su modestia, de

su honestidad, de su mansedumbre, y de todo

el cúmulo de virtudes que adornan su ben

dita alma, las cuales, siempre redundan

maravillosamente en el cuerpo; y consiste

por último en que el fuego del amor divi

no que abrasaba su espíritu, y el candor de

su mente ilustrada por el Espíritu Santo, re-

. C an t . i . .v .«{ . .



DÍA SÉPTIMO.

I O 7

lucen en su semblante, de forma que mos

trándose éste Angelical, se difunde en todo

el cuerpo una hermosura toda celestial y

divina. Desde la planta del pie, dice San

Dionisio, hasta lo sumo de su cabeza, nada

hubo en esta Virgen indecente, indecoroso,

ó reprensible, ni en su cuerpo, ni en su a l

ma ( l ) ; antes bien, toda ella fué formada

por el cincel Divino con sabiduría infinitaj

dejando á su cuerpo exento de toda super

fluid ad, libre de toda imperfección, y col -

-mado de toda hermosura. La caridad infor

mó su corazón: la prudencia tomó asiento

en su cabeza: el pudor cubre su frente: la

afabilidad se destila por sus labios: la ho

nestidad resplandece en sus mejillas: la pu

reza se descubre en sus inocentes manos:

1

y

toda la hermosura de los cielos abunda, y

se manifiesta en la gentileza, y garbo, con

que se vé sentada en un peñasco á la som-

1

bra de un frondoso árbol, acariciando sus

corderos, mientras que descansa de las fa

tigas de su empleo pastoril. ¡Ah, bendita

seas, hermosa, inocente, y Divina Pastora

A F E C T O S. A la presencia de mi her-

mosísima Pastora, son cosa vil todas las her-

1

( r )

S.Dionis.lib.

i.de Lau d.firg.art.35.



i o 8

DÍA

SÉPTIMO.

mosuras de la tierra que tantas veces han

cautivado mi corazón. Ella es mas apacible

que el sol, mas refulgente que las estrellas,

mas dulce que la miel, mas suave que el bál

samo, mas rubia que las rosas, mas candida

que los lirios, hermosa sobre toda hermosu

ra , y graciosa sobre toda honestidad. Así

como el cuerpo de Jesucristo, formado por

virtud Divina, fué el mas perfecto y hermo

so sobre los hijos de los hombres ( i ) , así

también el cuerpo de esta admirable Pastora,

formado inmediatamente para la Encarna

ción del Verbo Eterno, fué, el mas perfecto

que pudo fabricar la naturaleza. ¡Ah, qué

bondad ¡Qué amor tan industrioso el de mi

Dios, cuando me dá una Pastora, cuya her

mosura sea capaz de cautivar los afectos de

mi corazón, para desviarlos de los afectos

terrenos que tantas veces me han hecho delin

cuente por que ¿cómo es posible que haya

quien

pare

su atención en las hermosuras de

la tierra, teniendo á su vista una Pastora

tan divinamente graciosa?

; ¡Cuan agraciada, y hermosa eres ¡oh

Pastora Santísima como la azucena entre las

espinas, así te distingues entre las hijas de

( i )

P S . 4 4 . V . 3 .



DÍA SÉPTIMO. 1 0 9

Adán ( 1 ) . Tus mejillas son encarnadas como

la grana, y graciosas como de tórtola: tu

cuello como si estuviera adornado de colla

res de perlas

( 2 ) :

como de paloma son vivos

y brillantes tus ojos: tus cabellos dorados, y

finos como el pelo de las cabras, que vienen

del monte de Galaad ( 3 ) : tus dientes blan

cos y unidos como hatos de ovejas acabadas

de lavar: tus labios como escarlata: tu ha

blar dulce y sonoro: tu cuello recto, y ay-

roso, como la torre de David ceñida de ba

luartes: toda eres hermosa, y en tí no hay

defecto alguno (4) . ¡Ah manifiéstame hala

güeño ese tu hermoso rostro: suene en mis

oídos tu dulce voz,

porque

es tanta la virtud

de tu presencia, que infundes en los que te

miran la gracia de pureza, y de virginidad:

es tanta la dulzura de tu voz, que das con

ella vida á los muertos, y salud á los peca

dores. Sí, Pastora Santísima, á mi alma le

es bastante para su bien el que resuene en

ella tu voz.

Considera lo segundo, que siendo tanta,

y tan admirable la hermosura de esta nuestra

Madre Pastora, yá no es estraño que mirán

dola el casto Esposo sentada á la sombra que

S

Cant.c.

a . v. a . ( a ) I b . c a p . i . v . 9 .

Ib. c . 4 . 7 . 1 . 3 . 3 . 4 . ( 4 ) I b. 7 .



1 1 0

DÍA SÉPTIMO.

tanto habia deseado de aquel árbol,cuyo fru

to era dulce á su paladar ( i ) , quedase cauti

vado de su garbo, y

herido como

con una fle

cha de su casto y divino amor: y que á una

sola mirada de esta Virgen Pastora , quedase

preso con las trenzas que cuelgan de su cue

llo ( 2 ) , y por esto entrase la Santísima Tri

nidad, como en una especie de consejo, para

elevar hasta su.

mismo

gabinete ó habitación

á esta singular criatura, como escribiéndola

en el número de esta individua familia. La

Santísima Trinidad, dice S. Bernardo, san

tificó á María, la preparó, y adornó para

casa: suya ( 3 ) . La Sabiduría eterna edificó

para sí misma.esta casa ( 4 ) , porque en cual

quier casa, dice S. Ambrosio, es notable la

falta de la muger (5:). Admírate pues, ¡oh

alma m ia de la elevación de esta purísima

criatura, que sublimada hasta ser de la fa--

milia de la Santísima Trinidad, es como ejem*

piar del gobierno de esta celestial casa. En

ella resplandecen las tres Divinas Personas;

y en su pureza, como en un espejo cristali

no,

pueden verse el Padre, el Hijo, y el E s

píritu Santo

( 6 ) .

Es tanta su grandeza, que

( 1 ) C a n t . c . 6 . v. 2 . 3 . ( 4 ) I b . c . 4 . v . 9 . ( 3 ) S . B e r -

nard.de

S e r m . M . ( 4 )

Prov.

c . p . ( g ) S . A m b .

in Hexam. ( t í) R e v . S . B r i g . c . 4 2 .

http://nard.de/

http://nard.de/

http://nard.de/



D Í A S É P T I M O . I l l

mirando el rayo.de la divina perfección, nin

guna criatura humana puede imaginársela

mayor

(i).

¿Qué estraño, pues,

que si la

Santísima Trinidad la introdujo en su propia

casa paira

el

gobierno

de

ella, disponga

de

sus riquezas con

la

autoridad de Madre, con

la libertad de H ija, y con los derechos de

Esposa?

Por

esto dice S. Agustín: Si la lla

mo forma

de

Dios,

la

hallo digna

de

está

alabanza, porque como en cera blanda se im

primió

el

sello .de

las

perfecciones divinas,

y la forma exactísima de la divinidad ( 2 ) ;

aunque con la distinción, de que las perfecr

ciones

de

Dios

son

infinitas,

y

de incorrup

tible

é

indestructible forma,

y las de

nues

tra Pastora son copiadas en cera espuesta por

naturaleza

á la

mutación

y

corrupción.

Co

mo familiar de la casa de Dios, se la dio la

aptitud necesaria para entender en el gobier

no místico

de

ella,

y por

esto nos recuerda

eficazmente los preceptos de Dios: vé con pán

ciencia nuestros descuidos; y

cuando

por ellos

debemos

de ser

castigados, intercede pode

rosamente para mitigar la ira del Padre ai

rado,

y de

aquí dimana

el

que miremos con

suma benevolencia

á

esta nuestra dulce Ma-

i ) Rev. S. Brig. c. 44.

i ) S. Aug. deslsump. tom.io.

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112 DÍA SÉPTIMO.

dre, recibamos alegres sus mandatos, y los

ejecutemos prontamente, y así se verifica,

que María es nuestra diligente Pastora qué

nos apacienta cort cariño, y nosotros sus fie

les ovejas que la seguimos obedientes.

A F E C T O S . ; Bendita seas para siempre,

¡oh Santísima Trinidad Dios Padre, que es

forzando tu omnipotencia, acumulastes tan

tos dones celestiales en esta hermosísima Pas

tora. Dios Hijo, que formastes en ella para

tí mismo la Madre mas pura, mas santa, y

mas graciosa que pudo haber en lo humano.

Dios Espíritu Santo, que á su hermosura

corporal la distes un realce todo divino, in

fundiendo en su bendita alma las gracias su

ficientes para que fuese tu digno asiento, y

tabernáculo. Alabado seáis, bendito, y mil

veces glorificado ¡ Dios mió porque de mi

propia naturaleza, siendo apestada, vil, y

corruptible, formastes para Vos una Madre

digna de vuestra Soberana Magestad; y para

mí una Pastora, á quien por tanta hermosu

ra de alma, y cuerpo, me es de suma honra

y gloria el servir. Ella robó vuestro corazón,

y por esto la devastes hasta introducirla bajo

del solio mismo de vuestra gloria. ¡Ah,qué

podré yo temer, si mi Madre Pastora es la

que dispensa las riquezas del Omnipotente



BIA SÉPTIMO. H 3

j Bendita seas, Pastora Divina bendita y

alabada sobre los Patriarcas, á quienes aven

tajas en la fé: sobre los Profetas, á quienes

escedes en sabiduría: sobre los Apóstoles, á

quienes superas en zelo: sobre los Mártires,

Confesores, y Vírgenes, porque todos juntos

no pueden igualarte en paciencia, en humil

dad , ni en pureza: bendita sobre todas las

criaturas, á quienes aventajas en hermosura

.de alma, y cuerpo, por cuya razón mereces

.que todas te sirvan, y te obsequien. Salid,

pues, todas las ovejas y corderitos que for

máis el rebaño de esta singular

Pastora,

y ved

Ja corona de honor, y de hermosura, con que

el Rey eterno de Ja gloria adornó á

su

pro

pia Madre en el dia en que quedó colmado

de júbilo su corazón, cuando se

vio

coloca

da etf el gabinete del Dios Altísimo ( 1 ) .

. ORACIÓ N. , Dios escelso, grande, y om

nipotente en todas tus obras, que para ador

nar y hermosear á esta Señora, que desti

nabas para Madre del Verb o, y Pastora de

nuestras almas, quisistes reunir todas las gra

cias y hermosura distribuidas en todas tus

criaturas, presentando así al mundo este mi

lagro de toda gracia y virtud, propio de tu

( 1 ) C a n t . c . 3 . v . 1 1 .

8



1 1 4 Í>IA SÉPTIMO.

mano Omnipotente, infundid en mi corazón

un casto y santo amor á esta hermosa Pasto

ra, el cual cautive todos mis afectos, y los

purifique de todo amor profano, para que yá

mi voluntad no se aficione á las hermosuras

caducas y perecederas de la tierra, que tan

tas veces me han arrastrado por el cieno de

mis torpes deseos; antes bien, las repute des

de hoy por tierra, y polvo, como en efecto

lo son: y pues tan singular hermosura cau

tivó tu corazón con tanta fuerza, que ele-

vastes á esta Pastora á que formase una mis

ma familia con tu adorable Trinidad, haced

que la hermosura de mi alma me haga digno

de habitar con los espíritus puros, y reful

gentes,

en

la celestial patria donde

no

entrará

nada manchado, y en donde vives y rey ñas

por los siglos de los siglos; Amen.


M arías, y un Gloria P atfi.



D I A * O C T A V O .

Et habebis omnem populum sicut oves.,

quibus non est Pastor, el non latrabit

vel unus canis contra te: hcec tnihi dic

ta sunt propter Providentidm Dei:et

quoniam est Mis Deus, missa sum.

J U D I T ,

c. i r.v. 1$. 1 6 . 1 7 .

Todo este pueblo lo tendrás como ove

jas que carecen de P a st or , y no ha-

:

brá

en

este rebaño perro alguno

que

se atreva

á

ladrar contra

tí.

T o d o

esto me ha sido ordenado por espe

cial providencia de D i o s , el cual me

envia para anunciaros estas cosas.

E n este día se nos manifiesta la potes

tad,

que el

Pastor Divino,

dio á su

Madre

la Divina Pastora sobre

el

rebaño

que le

confió, sobre

lo

cual,

Considera

lo

primero, que siendo orden

de la Providencia el dar á cada ¡uno las



DÍA OCTAVO. I 1

7

arregla á los inquietos y bulliciosos, que

poco acostumbrados á sujetar sus pasiones,

turban la paz y la quietud de la mística grey

de Jesucristo. El tercero es de doctrina, por

que hecha asiento de la sabiduría increada,

se la infundió cuanta era necesaria para a-,

doctrinar, y enseñar la grey inmensa que se"

confió á su solicitud y cuidado. El cuarto

es de misericordia, con que compadecida de

la condición desgraciada á que fueron redu

cidas sus ovejas por el estravío de su primer

padre, halaga, acaricia, y procura dulcificar

los males que las afligen. Y el quinto

d e n o t 3 ,

que es destinada á custodiar, y guardar toda

su grey, poniéndola á cubierto de toda ad

versidad y contratiempo. Así se verifica, que

en manos de esta Pastora están todas las ri

quezas, la gloria, la opulencia, y la justicia:

y que á fin de enriquecer á los que la aman,

y llenarlos de sus tesoros, camina por las

sendas de la rectitud

i ) .

Pondera que siendo

esto así, es esta Pastora como el centro en

que se reunió, y se hermanó la misericordia

y la verdad, la paz y la justicia, de cuyas

virtudes fué adornada para regir y gobernar

a los hombres: por cuya razón, dice S. Ger-

( i )

Prov.c.8.v.

i S . a o . a i .



п Í OCT VO

man qué

sus

palabras

tienen

cierta

aíitori-:

dad aun

con

el

mismo

Jesucristo

á

quien

habla

como

Madre.

AFECTOS . Esta amante Pastora

me ha

recibido

en

su

rebaño ¡dónde

hay

una

fe-

licidad

semejante

á

la

mia ¡Ah cuan

gran-

de es el torrente de dulzura que yo advierto

en

mi

alma al

ver

la

conducta

que

conmi-

go

observa

esta

Santísima

Pastora ¡Oh la

mas amable la mas tierna y compasiva de

las

Pastoras ¿qué

sería

de

mí

si

con

admi-

rable

caridad

no

te

hubieras

encargado

de

mi custodia? Yo cual oveja infiel abusé

de

tu

ternura y

tu

paciencia cuasi

desde

el

momento

mismo

en

que

usé

de

mi

liber-

tad. Oveja fugitiva perdí bien pronto de

mi

vista

el

redil

en

que

me

custodiabas:

marché de precipicio en precipicio hasta

familiarizarme con los Lobos sangrientos: me

vi

oveja

flaca débil y

enferma y

solo

me

restaba un momento de vida cuando tú Pas^

tora

mia levantastes

tu

cayado devastes

tu

voz y

mezclando

la

dulzura

con

el

rigor

me hicistes volver al gremio de tu grey.

¡Ah No

vuelva

yo

á

serte

infiel ¡oh

ama-

da

Pastora

de

mi

alma

Vos

cual

poderosa

Pastora

armada

сон

tu

cayado eres

la

defensora

invencible;de



DÍA OCTAVO. 1 1 9

tu rebaño, pues al tiempo mismo que con

él conduces á tus ovejas á los pastos pin

gües y saludables, las defiendes de los aco

metimientos de las bestias feroces ( 1 ) : él

me representa una potestad temible para mí;

pero juntamente es un objeto bien consolan

te de mi alma, porque ese báculo es la va

ra de que os servís para humillarme, para

castigarme, y apartarme de mis extravíos.

Yo me sujeto á su autoridad con tanto mas

gozo, cuanto son grandes los bienes queme

proporciona, obligándome á que vuelva á

buscar tu protección. Yo beso rendidamen

te este báculo, porque es el aijon que emplea

tu amor para acelerar mis pasos acia mi

eterna felicidad, y para obligarme á ser fiel

y obediente á tu voz; por esto, aunque al

guna vez me aflijas, y castigues con él, yo

esclamaré resignado y obediente, diciendo:

Tu vara y tu báculo con que me has corre

gido, y custodiado, han sido todo mi con

suelo ( 2 ) .

Considera lo segundo, que debiendo por

ley de naturaleza participar la Madre de las

prerogativas de los hijos, debió esta M a

dre Pastora participar de la potestad que el

( 1 ) S.Laurent. Jas.de Cont.muttdi, c . 1 5 V

( a ) P s . 4 2 . v. 4 .

http://jas.de/

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Í 2 0 DÍA

OCTAVO.

Hijo tiene sobre el rebaño, que adquirió por

derecho legítimo de conquista. Supuesta su

maternidad Divina, debió yá convenirla la

autoridad, y el dominio , que la declara

sen Señora de todos los hombres, y á noso

tros sus siervos y esclavos. Esta potestad no

consistió solo en ser libre de la esclavitud

del pecado, ó en estar eximida de todo hu

mano imperio; sino porque era tanta su dig

nidad, que por ella se la debia la potestad

sobre todo cuanto tiene el cielo y la tierra:

por cuya razón, dice S. Juan Damasceno:

María fué hecha Señora de todas las cosas

criadas, cuando fu é hecha Madre del Cria

dor de todas ellas

i ) .

Porque

Jesús

es Rey

y Señor, dice S. Atanasio, la Madre que lo

engendró debe ser Reyna y Señora ( 2 ) . Se

me ha dado por participación, puede decir

nuestra Pastora, toda la potestad en los

cielos, y en la tierra ( 3 ) .

Advierte, alma mia,

cuan

poderosa es

esta Pastora á quien el buen Pastor confia

tu custodia, y tu defensa: cuan rica, y abun

dante, esta Madre hecha por Dios el con

ducto de sus misericordias. Es, pues, in-

lu.e,.de

F id.ortoi. ( ? ) Serisi.inEvag.B.F.

M a t t h . c . 4 8 .



DÍA

O C T A V O .

i

2 1

mensa su potestad, y escede sobre manera

á toda escelencia y potestad criada. N un

ca pudo venir al pensamiento del hombre el

que se nos daría por Pastora á la misma que

engendró, y de su propia sustancia dio cuer

po, vida^ carne, y sangre, á aquel omni

potente Hijo que se llamó á sí mismo Pastor

bueno: admírate de tan incomprensible dig

nidad, que por sí misma contiene todas las

prerogativas del cielo, y toda la potestad

sobre las cosas criadas. Ni el traje humilde

de Pastora obscurece, ó menoscaba en lo mas

mínimo, esta potestad; antes bien, adquie-i

re con él una cierta dignidad de inestima

ble precio. Todos sus adornos, aunque sen

cillos, son como sobrepuestos de oro en

gastados en plata, con que la adornó el Rey,

ó Supremo Pastor, estando en su cabana, ó

recostado en su asiento ( i ) , desde donde la

dice en mejor sentido que Judit á Holofer-

nes:

Tendrás por tuyo á todo este Pueblo,

y lo gobernarás como ovejas á quienes ha

faltado su Pastor; y será tan respetable tu

potestad, que no habrá quien se vuelva con

tra tí para disputarte el dominio que ad

quirirás sobré él: las cuales cosas te son di-

( i )

Cant. i. v. I Q.



1 2 2 b i a o c t a v o .

c h a s , p o r l a p a r t i c u l a r p r o v i d e n c i a q u e y o

t e n g o s o b r e m i g r e y .

/

A F E C T O S . N o s o t r o s ,

¡

o h q u e r i d a M a

d r e d e l P a s t o r d i v i n o s o m o s p o r j u s to d e

r e c h o t u s s i e r v o s , y p o r e s t a r a z ó n d e b e m o s

e m p l e a r t o d a s n u e s t r a s f u e r z a s y f a c u l t a

des en pu bl ica r y a la ba r l a potesta d q ue en

t í deplositó e l c ie lo p ar a re girn os y g o b e r

n a r n o s c o m o p u e b l o t u y o , y o v e ja s p a s t o

r e a d a s p o r t í m i s m a . E l O m n i p o t e n t e t e a d o r

r

nó á este f in con las joyas hermosís imas de

p r u d e n c i a , d e c a r i d a d , y d e f o r t a l e z a , p a

r a q u e f u e s e s d i g n a d i s p e n s a d o r a d e l a s b e n

d i c i o n e s d e l c i e l o . N u e s t r a e s p e r a n z a t o m a

u n in e s p l i c a b l e i n c r e m e n t o , c u a n d o te v e

m o s c o n u n d e se o e f ic a z d e f a v o r e c e r n o s , y

t e m i r a m o s r e v e s t i d a d e t o d o e l p o d e r d e l

O m n i p o t e n t e p a r a d a r n o s c u a n t o q u i e r a s , y

á t u H i j o p r o p i c i o p a r a d i s p e n s a r n o s c u a n

t o t ú l e p i d e s . T u p o t e s t a d n o r e c o n o c e l í

m i t e s : d e u n m a r á o t r o , y h a s t a l o s ú ltir -

m os fines de la t i e r r a , te ac lam an to das las

g e n e r a c i o n e s c o m o d e p o s i t a r í a d e l p o d e r d i

v i n o . ¡ A h , c u a n f e li c e s s om o s s ie n d o o v e

j a s d e t a l P a s t o r a ¡ q u i é n n o se o f r e c e r á g u s

t o s o á s u o b s e q u i o , y s u s e r v i c i o , s i é n d o l e

debidos por tantos t í tu los nuestros respetos

y h o m e n a g e s N o s o t r o s , q u e c om p o n e m o s l a



P TA

OCTAVO 123

grey de una Pastora tan escelsa^ y podero-

sa , llenémosnos de sumo contento y r e -

gocijo, al conocer que no hemos sido libra-

dos de las garras de los Lob os infernales

con oro, plata, ú otra preciosidad de la tie-

rra, sino con la sangre del Cordero inma-

culado, formada á este fin en su purísimo

vientre. ¿ Quién , pu es , será de una cerviz

tan dura , que desconociendo la potestad de

esta Past ora , resista el someterse á su d i -

rección y gobierno, diciendo: No serviré: no

prestaré obsequio á esta depositaría de la

Omnipotencia Div ina? . ¡ A h lejos de noso-

tros tal ingratitud y presunción; y antes

por el contrario, digámosla con sumisión

de hijos, levantaros, Señora, no nos des-

amparéis como.Pastor que deja su grey en

mano de los Lobos hambrientos y malig-

nos

(1).

O R A C I Ó N . O h , Santísima Pastora, en

cuyo báculo pastoral está significada la su-

prema potestad que en tí depositó el Omni-

potente para regir y gobernar el rebaño in-

menso que tu Divino Hijo, y nuestro buen

Pastor, adquirió y redimió con su preciosa

sangre: yo entre todas tus ovejas, la mas

( 1 )

4.Esd.c. g. v. 18.



1 1 4 J>u O C T A V O .

n ec es i t a d a d e s er d i r ig id a y g o b er n a d a p o r

t í

?

me postro ante e l t rono de tu m ag es ta d ,

y con la mas profunda sumisión de mi a l

ma, reverencio y me su jeto á tu potestad ,

s in r ec o n o c er o t r a m a y o r d es p u és d e D io s .

C o n o z c o q u e c u a n t a s g r a c i a s y f a v o r e s , a s í

e s p i r i t u a l e s , c o m o c o r p o r a l e s , h e r e c i b i d o

h a s t a h o y , s e m e h a n d is p en s a d o p o r t u s p o

d e r o s a s m a n o s . Y o t e d o y g r a c i a s p o r t o

d o s e l l o s , y a u n q u e p a r a n a d a n ec es it a s d e

m i o b s e q u i o , t u l i b e r a l i d a d m i s m a a u m e n t a

Ja o b l i g a c i ó n d e m i g r a t i t u d ; p o r lo t a n t o ,

a l c a n z a d m e g r a c i a p a r a q u e y o g a s t e t o d a

m i v id a en o b e d ec e r t e y s e r v i r t e , á f in d e

q u e g o b er n a d o p o r t u p o t es t a d p a s t o r a l h a s

t a l a h o r a d e m i m u e r t e , t e a l a b e , y t e g l o

r i f ique después de e l la , en la patr ia de Jos

e s c o g i d o s . A m e n .


M artas, y un Gloria P atri.



DÍA NONO.

In om ni térra steti,

et in

omni populo

et

in

omni gente primatum habui. ECCLET

S I A S T .

C. 24. V. 9. IO.

Puse mis pies en todas las partes déla

tierra, y en todos los pueblos, y en

todas las Naciones tuve el supremo

dominio. .

E n este dia se nos dá á c o n o c e r el s u p r e m o

i m p e r i o

que

r e c i b i ó M a r í a S a n t ís im a s o b r e

t o d o el U n i v e r s o , c u an d o se la dio el oficio

d e P a s t o r a de los h o m b r e s , s o b r e lo c u a l , .

C o n s i d e r a p r i m e r o , que el t r a j e , y aun

t o d o

el

a p a r a t o

de una

P a s t o r a , a u n qu e

á los

ojos del m u n d o c a r n a l y t e r r e n o p a r e z c a

p r o p i o s o l a m e n t e de g e n te r ú s t i c a , i d i o t a , y

d e s p r e c i a b l e ;

sin

e m b a r g o ,

en

n u e s tr a D i v i n a

P a s t o r a se d e s c u b r e n á la luz de la fé los d i s

t i n t i v o s h o n r o s o s

del

i m p e r i o

y

p r i m a c í a

que

ejerce sobre

el

r e b a ñ o

de

J e s u c r i s t o ,

y del

p o d e r con que sujeta los c o r a z o n e s de t o d o s ,



1 2

6' D Í A N O N O .

g r a n d e s y p eq u e ñ o s ( i ) . S u b á c u l o p a s t o r a l

n o s r e p r e s e n t a a q u e l l a v a r a q u e s a l i ó d e l a

r a i z d e J e s é , e n q u e a p o y á n d o s e e s t a t i e r n a

V i r g e n ,. y M a d r e , se h i z o f a m i l ia r é i g u a l

e n c i e r to s en t id o co n su a m a d o . L l e v a n d o

e n s u m a ñ o e s t e c e t r o g l o r i o s o d e R e y n a , ó

b á c u l o i m p e r i o s o d e P a s t o r a , n o s m a n i f i e s t a

q u e s u i m p e r i o e j e rc e s u a u t o r i d a d e n d o n d e

•su D i v i n o H i jo o r d e n a , y m a n d a , y q u e d i c h o

cetro es la forta leza de Dios puesta en su

m a n o , p a r a u s a r d e e l l a a l m o d o m i s m o . q u e

e l R e y u s a d e l a v a r a d e su v i r t u d y s u r e y -

n o . E l t r o n o s o b r e q u e n u e s t r a P a s t o r a e j e r

c e s u i m p e r i o , a u n q u e r ú s t i c o y a g r e s t e , e s

t a n t o m a s r e s p e t u o s o , c u a n t o e s c e d e l a d i g

n i d a d d e M a d r e d e l b u e n P a s t o r 4 l o s t r o n o s

d e t o d a s l a s ..p ote sta de s A n g é l i c a s y h u m a

n a s , c u y o e s c e s o l o d e c l a r a S . J u a n C r i s ó s -

t o m o , d i c i e n d o : E s in f in i ta l a d i s ta n c i a q u e

' h a y e n t r e l a M a d r e d e D i o s , y l o s s i e r v o s

d e D i o s ( 2 ) . A s í e s , q u e p o r sí s o la h a c e

n u e s t r a E m p e r a t r i z P a s t o r a u n a g e r a r q u í a

f u n d a d a p o r D i o s , e n t a l h o n o r y g l o r i a , q u e

t iene sus fundamentos sobre los montes de la

s a n t i d a d m a s e n c u m b r a d a , y s o b r e l a p e r

f e c c i ó n y h e r m o s u r a d e t o d a s l a s c r i a t u r a s .

< ( i ) E c c l e s . ' a 4 . v . r i . ( a ) - S . 1. de Dorm . Mar.



D Í A N O N O . 1 2 7

C o n s i d e r a a d e m á s , q u e l a c o r o n a d a d a

á e s t a P a s t o r a p o r l a S a n t í s i m a T r i n i d a d ,

c o m o s i g n o d e su i m p e r i o , h a c e m u c h a V é n -

ta ja á las o t ras co n q ue son co ron ad os los

p r í n c i p e s d e l c i e l o . D e e s t a s , d i c e e l P r o f e t a ,

q u e s on f o r m a d a s d e p i e d r a s p r e ci o sa s ( 1 ) ,

y l a d e n u e s t r a E m p e r a t r i z P a s t o r a , e s c o m

pu esta de las es t re l las d e l firmamento ( 2 ) ;

y p o r c o n s i g u i e n t e t a n t o m a s r e f u l g e n t e y h e r

m osa , cua nto e scede u na e s t re l la á la esm e

r a l d a y e l t o p a c i o . P o r fin , se p r e s e n t a n u e s

t r a b e l l í s i m a P a s t o r a c o n e l ú l t i m o s i g n o d e

s u i m p e r i o , q u e e s e l m a n t o , b a j o d e l c u a l

e s t á n d e p o s i t a d o s t o d o s l o s t e s o r o s y r i q u e

z a s d e l c i e l o c o n q u e a b u n d a n t e m e n t e s o n

e n r iq u e c id o s su s v a s a l l o s . V é , a lm a m i a , c ó

m o e l R e y O m n i p o t e n t e d e l o s s i g l o s , p r o

c u r ó q u e n o l e f a l t a s e c o s a a l g u n a d e c u a n t o

e r a n e c e s a r i o p a r a e l e v a r l a á l a d i g n i d a d d e

E m p e r a t r i z d e l U n i v e r s o , c u a n d o l a d i s f r a

z a b a c o n e l t r a j e d e P a s t o r a .

A F E C T O S . Y a c o n o z c o , ¡ o h S ob e r a n a

E m p e r a t r i z d e t o d o l o c r i a d o q u e t o d o t u

v i r g i n a l c u e r p o e s tá r o d e a d o d e u n s i n g u l a r

y a d m i r a b l e e s p l e n d o r , q u e e s l a s e ñ a l c i e r t a

d e l a d i g n i d a d r e g i a , d e l p r i n c i p a d o , y d e l

( 1 ) Ps . ao .

( a ) A p o c . 1 a ,



1 2 8 D ÍA N O N O .

dominio que e jerces aun en los mismos c ie los .

E s t e es j u s ta m e n t e e l v e s t i d o d o r a d o q u e ,

e n t r e t e g i d o c o n v a r i e d a d d e c o l o r e s , f o r m a

el ornamento decente que te hace d igna de a-

s i s t i r , c o m o E m p e r a t r i z , á l a d i e s t r a d e l R e y

. d e lo s R e y e s , y S e ñ or d e lo s S e ño re s ( i ) .

A l a v i s t a d e t a n ta e s c e l e n c i a , t o d a g r a n d e

z a h u m a n a se h u m i l l a ; y se a b a t e h a s t a e l

p o l v o t o d a m a g e s t a d t e r r e n a . E l P a d r e ¡ o h

E m p e r a t r i z P a s t o r a te c o m u n i c a su p o d e r ,

para regir y gobernar e l pueblo inmenso que

t e e s c o n f i a d o : e l V e r b o E t e r n o t e i n f u n d e s u

s a b i d u r í a , p a r a d i c t a r l a s l e y e s q u e l o d i r i

j a n ; y e l E s p í r i t u S a n t o , a b r a s a n d o t u c o

r a z ó n c o n s u i n fi n it a c a r i d a d , te h a c e , s u t r o

n o e n q u e H S b i t e c o r p o r a l m e n t e l a d i v i n i d a d .

¡ A h ¡ q u ié n p o d r á m e d ir l a p r o f u n d i d a d , l a

a l t u r a , y l o n g i t u d d e t u i m p e r i o

R e g o c i j é m o s n o s c u a n t o s c o m p o n e m o s e l

m í s t i c o r e b a ñ o d e M a r í a . E l l a e s n u e s t r a E m

p e r a t r i z , y n o s o t r o s p o r c o n s i g u i e n t e s o m o s

s u p u e b l o a m a d o , a d q u i r i d o c o m o p e r t e n e n

c ia pro pia por los es fu erzo s de su a m o r , m as

bien que por los de su imperio . Sea fe l iz para

n o s o t r o s , y b e n d i g a m o s a q u e l d i a , e n q u e

r e d u c i d o s d e n u e s t r o s e s t r a v í o s , p r i n c i p i a m o s

( 0 .

P s

- 4 4 -



D Í A N O N O . 1 2 9

á ser sus f ie les ove jas ; pues entonces , es ta

D i v i n a P a s t o r a r o m p i ó l a s c a d e n a s q u e n o s

e s c l a v i z a b a n , d i s i p ó l a s t i n i e b l a s , q u e o b s c u

r e c í a n n u e str a s a l m a s , y c o n i m p e r i o d e S o

b e r a n a d e c r e t ó l a l i b e r t a d d e v e r d a d e r o s h i

j o s h e r e d e r o s d e s u r e y n o . D e s d e e n t o n c e s

h a c e m o s u n a N a c i ó n s a n t a , e l p u e b l o d e a d

quis ic ión, y aun e l dote y patr imonio que la

d io su E s p o s o , su R e y , y su D i o s . ¡ A h , e l

esp ír i tu se a n e g a , y se con fun de en este m ar

in m e n so d e g r a n d e z a , d e f e l i c i d a d , y d e r i

q u e z a s

O v e j a s d e M a r í a , e l e v a d v u e s t r a s v o

c e s : a n u n c i a d a l m u n d o t o d o , q u e v u e s t r a

P a s t o r a M a f i a e s l a E m p e r a t r i z d e c i e l o s y

t ie rr a , pro nta á de rram ar sus tesoros en socor

r o d e c u a n t o s r e c o n o c e n s u p a s t o r a l i m p e r i o .

C o n s i d e r a l o s e g u n d o , q u e l o s l í m i t e s d e l

im pe rio de nuestra Soberan a P asto ra soh los

m i s m o s q u e f o r m a n e l r e y n o d e J e s u c r i s t o ,

l o s c u a l e s c o m o e n u n m a p a a b r e v i a d o l o s

d e s c ri b e e l A b a d R u p e r t o , d i c i e n d o : S i M a

r í a e s M a d r e d e l R e y , á q u i e n e l P a d r e E t e r

no const i tuyó sobre las obras de sus manos ,

p o s e e t o d o e l r e y n o d e J e s u c r i s t o , y a s í e n e l

c i e l o e s r e c o n o c i d a p o r R e y n a , y en l a t i e r r a

e s E m p e r a t r i z d e to d o s l o s r e y n o s ( 1 ) ; y

(1) Lib. 3 . i n Cant .

9



I o D ÍA N O N O .

aun e l inf ierno reconoce su dominio

( i ) .

S i ,

a l m a m i a , l o s e s p í r it u s i n f e r n a l e s o b e d e c e n

á esta Pa stora desd e que su p ie v ic tor ios o

h u m i l l ó y p i s ó l a c e r v i z d e l p r í n c i p e d e a q u e

l l a s l ó b r e g a s c a v e r n a s , t e n i é n d o l o s c a u t i v o s

c o n su v i r t u d , y su p o d e r , p a r a q u e n o p u e

d a n d a ñ a r á su m í st ic o r e b a ñ o . E s E m p e r a

t r i z s o b r e t o d o s l o s R e y e s d e l a t i e r r a , p o r q u e

p o r e l l a r e y n a n l o s R e y e s , l o s l e g i s l a d o r e s

d e c r e t a n l e y e s j u s t a s , y l o s p r í n c i p e s m a n

d a n ( 2 ) . L a I g l e s i a l a v e n e r a c o m o S o b e r a

n a , y c o m o á t a l l e a t r i b u y e e l d e s t r u i r p o r

s í s o l a t o d a s l a s h e r e g í a s e n t o d o e l m u n d o .

P r e s i d i e n d o es ta V i r g e n d e l a s V í r g e n e s á

t o d o s a q u e l l o s q u e n o s e m a n c h a r o n c o n d e

l e i t e s c a r n a l e s , y r e s i d i e n d o e n e l t r o n o . d e

D i o s a p o y a d a e n s u a m a d o , e s r e c o n o c i d a

c o m o E m p e r a t r i z p o r a q u e l n ú m e r o e s c o g i d o

d e a l m a s , q u e e s t a n d o a n t e e l t r o n o d e D i o s ,

c a n t a n d e d i a y d e n o c h e u n n u e v o c á n t i c o

q u e s o l o e l l a s s a b e n e n t o n a r . L o s A n g e l e s n o

s e d e s d e ñ a n d e s o m e t e r s e á s u i m p e r i o , a n t e s

bien t ienen por gran dicha e l serv ir á tan

c l e m e n t e , y p o d e r o s a S e ñ o r a , á q u ie n, l a I g l e

s i a l la m a R e y n a d e t od o s e l l o s ; y p o r ú l t i

m o ,

e n l a t i e r r a , y e n l o s m a r e s , e j e r c e l a

(1) S . B o n a v . i n S p e c . c . i . 8 . ( 2 ) P r o v . c . 8 . i ¿ .

http://trono.de/

http://trono.de/



1 3 » W A NONO.

A F E C T O S . P o r t í , ¡ o h b en dita M a r í a

s e r e p a r a l a i n o c e n c i a , y e s v e n c i d o e l d e

monio , porque de t í es tá escr i to que ser ías

l a q u e p i s a s e s s u c a b e z a . E r e s t e r r i b l e á t o

d o s l o s E s p í r i t u s i n f e r n a l e s , c o m o u n e s

c u a d r ó n b i e n o r d e n a d o , y p u e s t o e n a c c i ó n

d e g u e r r a . S a b i e n d o e l l o s q u e t ú e r e s l a M a

d r e d e l R e d e n t o r , q u e d e s t r u y ó su i m p e r i o ,

t e m i ra n c o n m a s r e s p e t o , y t e m o r , q u e á

u n e j é r c it o p r e p a r a d o s i e m p r e p a r a r e p r i m i r

su soberbia i ) . L o s m a r e s , l a t i e r r a , l a I g l e

s ia m i s m a , l os A n g e l e s , y l o s S a n t o s , r e c o

n o c e n t u i m p e r i o ; y a u n e l U n i g é n i t o d e l

P a d r e s e s o m e te >á l a a u t o r i d a d d e M a d r e

c o n q u e l e i n t i m a s t u s p r e c e p t o s . ¡ O h e s f e

ra inf in i ta de l imper io de tan augusta Pas

t o r a E n c u a n t o s s i ti o s e s r e c o n o c i d a l a s a n

g r e d e l C o r d e r o i n m a c u l a d o , a l l í es t a m

b i é n r e s p e t a d o e l i m p e r i o d e M a r í a . C u a n t a s

c r i a t u r a s a d o r a n a l C o r d e r o d e D i o s , o t r a s

tan tas se sujetan tam bién a l im pe rio de l a

P a s t o r a q u e l o e n g e n d r ó , l o c r i ó , y l o s u s

t e n t ó d u r a n t e s u v i d a m o r t a l . ¡ F e l i c e s , p u e s ,

y d i c h o s a s l a s o v e j a s q u e c o m p o n e n t a n d i s

t in g u i d o r e b a ñ o V e n i d t o d a s : r o d e a d e l

t r o n o d e v u e s t r a E m p e r a t r i z P a s t o r a : f i j a d

( i ) I d i o t . in Contem plat. firg. c. 4.



1 3 4

D I A

N O N O *

l i a s d e s d e l a e l e v a c i ó n e n q u e t e h a l l a s ; an->

t e s b i e n , d i v i s a s m e j o r d e s d e e l l a n u e s t r a t r i s

t e s i t u a c i ó n , y t e h a c e s m a s p o d e r o s a p a r *

dispensarnos las grac ias de que neces i tamos?

t e p e d i m o s p o r l o t a n t o , q u e o i g a s a t e n t a

los c lam ore s de tus h i jos que te p id en á u n a

v e z ,

s a l u d e n su s e n f e r m e d a d e s , c o n s u e l o

e n s u s t r i b u l a c i o n e s , y r e m e d i o e n s u s n e

c e s i d a d e s . E r e s p o d e r o s a p a r a c o n D i o s , y

c o m p a s i v a p a r a c o n l o s h o m b r e s , y e s to

a u m e n t a n u e s t r a c o n f i a n z a . E r e s R e y n a d e l

U n i v e r s o , danos l a sum isión d e fieles-va

s a l l o s ,

p a r a q u e d i r i g i d o s p o r t í e n l a t i e r

r a , r e y n e m o s e n t u c o m p a ñ í a : e n e l c ie lo ¿

A m e n .

Se.

reza un P adre n uestro, cinco A ve-

M arías , y un Gloria P atri.



D I A D I E Z ,

Eece Agnus Deí: ecce qui tollit peccata

mundi. J O A N N . C . 1- . -v .29.

M irad al Cordero de D io s : m irad ai que

quita los pecados del mundo.

- E n e st e d i a se n os p r e se n ta M a r í a S a n t í - ;

s im a c o m o M a d r e d e l C o r d e r o D i v i n o , á

q u i e n d i o f o r m a h u m a n a e n s u p u r í s i m o :

v i e n t r e , p a r a q u e a s í p u d i e s e q u i t a r l o s pe->

c a d o s d e t o d o e l m u n d o , s o b r e l o c u a l ,

C o n s i d e r a l o p r i m e r o , q u e e n t r e t o d a s •

l a s c r i a t u r a s q u e s a l ie r o n d e l a s m a n o s o m

n i p o t e n t e s d e l C r i a d o r , y e n t r e t o d a s l a s m u

g a r e s d e q u i en e s p u d o D i o s e c h a r m a n o p a

ra da r form a co rp or a l á es te su C o r d e r o in=-

m a c u l a d o , q u e d e c r e t ó e n v i a r a l m u n d o pa?-

r a b o r r a r e l p e c a d o c o n q u e s e m i r a b a p r o

f a n a d o , s o lo M a r í a fu é d i g n a d e se r e l e v a - -

d a á es ta i n e fa b l e d i g n i d a d , p o r u n a p r e f e

r e n c i a m e r e c id a d e l a v o l u n t a d D i v i n a , q u e

c o m p l a c i é n d o s e e n l a h e r m o s u r a , c a n d i d e z ,

é i n o c e n c i a d e e s t a s i n g u l a r c r i a t u r a , r o b ó

t o d o e l c a r i ñ o d e s u C r i a d o r , y l a h i z o a s i e n - - .

http://1-.-v.29/

http://1-.-v.29/



I 3 6 E I A DI E Z .

t o d e s u s a b i d u r í a i n c r e a d a . E l P a d r e E t e r

n o m i r á n d o l a co m o H i j a , e l H i j o r e c o n o

c ié n d o l a p or v e r d a d e r a M a d r e , y e l E s p í

r i t u S a n t o a m á n d o l a c o m o á su d i l e c t a y e s

c o g i d a e s p o s a , se v i o d e s t i n a d a p o r t o d a l a

S a n tí si m a T r i n i d a d p a r a r e a l i z a r e l d e s i g

n i o m a s s u b l i m e , y e s c e l s o , q u e s e f o r m ó

e n a q u e l D i v i n o c o n s i s t o r i o d e e n g e n d r a r ,

d a r á l u z , c r i a r , y a l i m e n t a r á a q u e l C o r

d e r o D i v i n o , q u e e n l a p l e n i t u d d e l o s t i e m

p o s h a b i a d e s e r s a c r i f i c a d o , p a r a p u r i f i c a r

a l m u n d o d e l a m a n c h a q u e a f e a b a l a h e r

m o s u r a c o n q u e s a l i ó d e l a s m a n o s d e l C r i a

d o r , y r a s g a r e l f u n e s t o d e c r e t o d e m a l d i

c i ó n c o n q u e t o d o s l o s h o m b r e s n a c e n m a r

c a d o s . V é a q u í , a l m a m i a , cu a n e s ce ls o y

s u b l i m e e s e l o f i c i o d e P a s t o r a , q u e M a r í a

S a n t í s im a r e c i b i ó p o r c o m i s ió n e s p e c i a l d e

t o d a l a S a n t ís im a T r i n i d a d ; p u es q u e e n s u

r e b a ñ o s e c u e n t a y á s u s e g u n d a P e r s o n a , d a

d a á c o n o c e r a l m u n d o p o r e l D i v i n o P r e -

c u s o r , c o n e l s í m b o l o d e C o r d e r o d e D i o s : e n

c u y a c o m p a ñ í a p a s t o r e a n t o d a s l a s o v e j a s

q u e c o m p o n e n e l r e b a ñ o d e e sta D i v i n a P a s

t o r a . A s í f u é , q u e c o n s i d e r á n d o s e e s ta S e

ñ o r a h o n r a d a c o n es te e m p l e o , p r o c u r ó l l e

n a r s u s d e b e r e s c o n t o d o e s m e r o y d i l i g e n

c i a . E n c o n s e c u e n c i a d e e s ta v e r d a d , n o s o -



DÍ A DI E Z . 1 3 7

l o p r e s t ó s u b e n e p l á c i t o p a r a q u e e l V e r b o

E t e r n o d e s c e n d i e s e á s u v i e n t r e p u r í s i m o d e s

d e e l s e no d e l E t e r n o P a d r e ; s in o q u e d a d o ,

á l u z s i n d e t r i m e n t o d e s u v i r g i n a l p u r e z a ,

e jer c i tó con é l los o f ic ios de ve rd ad er a Pa sr

t o r a , a l i m e n t á n d o l o c o n e l p a s t o p u r í s i m o

y s a l u d a b l e d e su v i r g i n a l s u s t a n c i a : t r a n s

m i g r a n d o c o n é l a l E g i p t o p a r a l i b r a r l o d e

« n L o b o s a n g r i e n t o , q u e l o b u s c a b a r a b i o s o ,

p a r a d e s p e d a z a r l o : c u i d á n d o l o , a s i s t i é n d o l o ,

y v e l a n d o s o b r e s u c o n s e r v a c i ó n : a c o m p a ñ á n

d o l o e n t o d a s s u s p e r e g r i n a c i o n e s

5

y o f r e

c i é n d o l o p o r ú l t i m o a l s a n g r i e n t o s a c r i f i c i o ,

l l e g a d o q u e f u é e l t ie m p o d e c r e t a d o d e s d e

l a e t e r n i d a d , p a r a d e r r a m a r s u s a n g r e s a n

t í s i m a , y b o r r a r l o s p e c a d o s d e l m u n d o .

A F E C T O S . ¡ O h c i e lo s e n to n ad c á n

t i c o s d e g o z o , y d e a l e g r í a , p a r a b e n d e c i r

y a l a b a r á l a T r i n i d a d S a n t í s i m a , p o r l o s

g r a n d e s d e s i g n i o s q u e d e s d e l a e t e r n i d a d f o r

m ó s o b r e n u e s t r a P a s t o r a M a r í a , e s c o g i é n

d o l a d e s d e e n t o n c e s p a r a M a d r e d e l V e r b o

i n c r e a d o , q u e e n t ie m p o h a b i a d e t o m a r f o r

m a d e h o m b r e . Y o q u i s i e r a ¡ o h D i o s m i ó

t e n e r l a s le n g u a s d e t o d o s l o s h o m b r e s , y

l o s c o r a z o n e s d e t o d a s l a s c r i a t u r a s , p a r a

g l o r i f ic a r o s e t e r n a , é i n c e s a n t e m e n t e , p o r

q u e p r e v i s t a y c r i a d a e s ta b e n d i t a c r i a t u -



13 8" DÍA DIE Z.

r a , n o s m o s t r á i s e n e l l a a q u e l l a m o n t a n a d e l

S i o n , d e s d e c u y a a l t u r a s e d e s c u b r e e l C o r

d e r o i n o c e n t e d e D i o s ( 1 ) 5 y c u a n d o os v e o k-

V o s ¡ a m a d a P a s t o r a m i a e s c o g i d a p a r a M a ^

d r e d e e s t e m i s m o C o r d e r o d e D i o s , o s f e -

1

l i c i t o ; y o s d o y é l p a r a b i é n , y a u n y o m i s -

;

m o t o m o p a r t e e n v u e s t r a

d i c h a ¡ ,

porque sien--'

do y ó vu e s tr a o v e ja fiel, m e -co ns ide ro per-*-

t e n e c e r a l r e b a ñ o d e q u e e s C o r d e r o t i e r n o

v u e s t r o a m a d o H i j o J e s ú s , c u y a d i c h a l a

reputo por roas

:

e s t i m a b l e q u e t o d o c u a n t o

e l m u n d o p u e d e o f r e c e r m e d e l i s o n g e r o y

a p r e c i a b l e .

:

^

t

; - ¡ t A h , q u é - p r o d i g io tan a d m i r a b le E l

V e r b o E t e r n o - d e s c i e n d e a l s e n o d e M a r í a , -

r e d u c i e n d o á u n a e s t r e ch a p r is ió n su o m n i

p o t e n c i a , y a n o n a d a n d o l a m a g e s ta d s o b e

r a n a q u e h a c e l a g l o r i a , y h e r m o s u r a d e l P a

r a í s o ,

para vest i rse a l l í de las p ie les groseras*

d e n u e s t r a h u m a n a n a t u r a l e z a , y m a n i f e s

t a r s e d e s p u é s a l m u n d o c o m o u n C o r d e r o q u e

v e n i a á a c a l l a r l o s c l a m o r e s d e l o s a f l i g i

do s h i jos d e A d á n , qu e suspiraban tanto

t i e m p o h a b i a , p o r q u e e l P a d r e e n v i a s e á e s - ;

t e C o r d e r o d o m i n a d o r d e l a t i e r r a d e s d e l a

p i e d r a d e l d e s i e r to ( 1 ) , e n q u i e n e sta b a s i g - '

(1) A p o e . c.• 14 . v . t. ( a ) I s a i . c . 16 . v . 1. .



DÍ A DI E Z ; 1 3 9

n i ñ e a d a e sta D i v i n a P a s t o r a . S í , C o r d e r o d e ;

D i o s ,

y o o s a d o r o e n e l s e no d e v u e s t r a p u

r ís im a M a d r e , y p r ote s to q u e v u e s tr o s a b a

t i m i e n t o s s e r án p a r a m í u n m o t i v o c o n t i n u o ,

-

y p o d e r o s o , q u e e s c i t e m i r e c o n o c i m i e n t o y :

a m o r .

C o n s i d e r a l o s e g u n d o l a s g r a n d e s p r e -

r o g a t i v a s c o n q u e e l c i e l o a d o r n ó á M a r í a ^

y la d is t inguió de l res to de las cr ia turas , pa->

r a q u e f ue se d i g n a M a d r e - d e l C o r d e r o dé-*

D i o s , y l a s b e l l a s d i s p o s i c i o n e s d e e s t a S é -

5

ñora , para merecer por su parte tan esce lsa i

d i g n i d a d . P r e s e r v a d a , a n t e t o d a s c o s a s , d é

l a m a n c h a d e l p e c a d o o r i g i n a l , f u é s ie m p re *

a m a b l e , h e r m o s a , é i n m a c u l a d a , d e s d e e l

m o m e n t o e n q u e s u b e n d i t a a l m a f u é u n i d a

1

a su sant ís imo cuerpo; s in que e l Lobo in->:

f é r n a l l a l l e g a s e j a m á s á m a n c h a r c o n s u s

á l i t o s p e s t í f e r o s , s e g ú n q u e c o n v e n i a á l a i

q u e d e b i a d e s e r m a d r e d e l a u t o r d e l a g r a - '

c i a . F u é a sim i s m o a d o r n a d a d e r a z ó n d e s -

1

d e e l i n s ta n t e p r i m e r o d e s u s e r , é i l u s t r a d a

-

c o n g r a c i a t an a b u n d a n t e , q u e e s c e d i a á t o

d a s l a s i n t e l i g e n c i a s c r i a d a s d e l c i e l o y d e ^

l a t i e r r a ; y p o r e s to t o d a s s u s a c c i o n e s c o r - ¡

r e s p o n d í a n p e r f e c t í s i m a m e n t e á l o s m o v i - .

m i e n t o s d e l E s p í r i t u S a n t o , s in n o ta r l a m a s

>

i m p e r c e p t i b l e r e b e l i ó n d e l a s p a s i o n e s , q u e



1 4 0 DÍA DIE Z.

p u g n a n e n n o s o t r o s c o n t r a l a r a z ó n : y p o r

ú l t i m o , c on fir m a da en g r a c i a , y a d o r n a d a

c o n t o d o s l o s d o n e s d e l E s p í r i t u S a n t o , d u

p l i c ó e l m é r i t o d e t o d a s s us o b r a s c u a l m u -

g e r f u e r t e , y e n t a n t o g r a d o , q u e e s c e d e

a l d é l o s A n g e l e s y l o s S a n t o s t o d o s j u n t o s .

P r e v e n i d a e s t a S e ñ o r a c o n t a n t a s g r a c i a s , y

c o r r e s p o n d i e n d o á e l l a s c o n t o d a la p e r f e c

c i ó n d e q u e e s c a p a z u n a c r i a t u r a , n o h u b o

v i r t u d d e q u e n o e s t u v i e s e a d o r n a d a s u b e n

d i t a a l m a ; p e r o e n t r e t o d a s , l a p u r e z a v i r

g i n a l e n q u e se c o m p l a c i ó e l E s p o s o D i v i n o ,

fué la que pr inc ipa lmente la h izo d igna de

que se la en carg ase por de cre to esp ec ia l d e

l a S a n tí si m a T r i n i d a d e l c u i d a d o , y l a a s i s

t e n c i a d e l C o r d e r o d e D i o s , f o r m a d o d e s u

p u r í s i m a s a n g r e . E s t a v i r t u d , f a c i l i t a n d o l a

comunicac ión de los dones de l A l t ís imo| , la

h i z o i n s t r u m e n t o a p r o p ó s i t o p a r a c r i a r

aguar

d a r , y d e f e n d e r á e ste C o r d e r o d e D i o s , c o n

e l m i s m o e s m e r o y d i l i g e n c i a , q u e u n P a s t o r

g u a r d a y d e f i e n d e á l o s c o r d e r i l l o s t i e r n o s

d e c u y a c u s t o d i a e st á e n c a r g a d o . N i d e d i a ,

n i d e n o c h e , n i e n i n v i e r n o , n i e n v e r a n o ,

n i e n l a s e r e n i d a d , n i e n m e d i o d e l a s t e m

p e s t a d e s : e n n i n g ú n i n s t a n t e , a u n e l m a s p e

q u e ñ o , d e t o d o e l ti e m p o e n q u e se r e c o n o

c i ó P a s t o r a d e l C o r d e r o d e D i o s , y M a d r e



DÍA DIEZ. 1 4 1

s u y a p r o p i a , se d e s c u i d ó , d e s c a n s ó , n i p e r

d o n ó d i l i g e n c i a a l g u n a p a r a c u m p l ir e x a c

t a m e n t e , y h a s t a s u c o l m o , l o s o f i c i o s q u e

le imponía es te a l to dest ino .

A F E C T O S . ¡ A h , q ué b e ll a y h er m o sa

e r e s , oh P a s to r a c ar ís im a ( 1 ) ¡ C u a n e m i

n e n te s tu s v i r t u d e s ¡ c u a n a d m i r a b l e tu s a n

t id ad ¡ y cu an hermosos los pr im eros paso s

d e tu i n oc e n te v i d a ¡ O h H i ja d e l P r í n c i p e

( 2 ) ¿ có m o p o d r i a y o , M a d r e m i a , f e l ic i t a r

t e p o r t a n t a s g r a c i a s c o m o e l c i e l o t e d i s

pensó desde e l pr imer instante de tu pur ís i

m o s e r n a t u r a l ? Y o b i e n q u i s i e r a r e u n i r á

t o d a s l a s c r i a t u r a s d e l c i e l o y d e l a t i e r r a ;

y l l a m á n d o l a s l a a t e n c i ó n p a r a q u e a d m i r a - ,

s e n l a g r a n d e z a d e l d e s t in o d e P a s t o r a d e l

C o r d e r o d e D i o s , o b l i g a r l a s á f o r m a r c á n

t i c o s d e a l a b a n z a e n t u o b s e q u i o , p o r q u e

a m á n d o t e e l P a s t o r D i v i n o m a s q u e á l o s

t ab e r n á cu l o s d e J a c o b ( 3 ) , te e l i g i ó p a r a

t o m a r d e tu s u s ta n c i a l a fo r m a d e C o r d e

r o , c o n q u e s e m a n i f e s t ó a l m u n d o . Y o p o r

m i p a r t e t e d o y g r a c i a s p o r e l s i n g u l a r y

e f ic a z e j e m p l o q u e m e h a b é is d a d o , p a r a e n

señarme e l modo y manera de d isponer mi

c u e r p o , y a l m a , p a ra r ec ib i r en e l l a l o s d o -

( 1 ) C a n t . c . 7,. v . <5. ( a ) C a n t . c . 7 , v. 1.

( 3 ) P s . 8 ( 5 . v . í .



•••i4

a

DÍA DIE Z.

n es y l a á g r a c i a s d e l c i e l o s a l a b ó y b e n d i

g o l a p u r e z a i n m a c u l a d a c o n q u e c o n s e r v a s -

t e s i n t a c t o t u c a s t í s i m o c o r a z ó n , p a r a q u e

fuese d igno de que en é l se obrase e l ma^

y o r d e l o s m i l a g r o s q u e h a b i a d e r e m e d i a r

a l m u n d o p e r d i d o p o r l a c u l p a .

M i c o r a z ó n s e l l e n a d e a l e g r í a c u a n d o

c o n s i d e r o l o s i n e f a b l e s p r i v i l e g i o s c o n q u e

p a r a e s t e f i n t e a d o r n ó e l O m n i p o t e n t e ; p e

r o a l m is m o t i e m p o , m e l le n o d e c o n f u s i ó n

c u a n d o v e o l a f e a l d a d d e m i c o n c e p c i ó n e n

e l p e c a d o : l a n in g u n a c o r r e s p o n d i e n c i a ; y

aun e l mal uso que yo he hecho de Jos fa

v o r e s y g r a c i a s d e m i D i o s , q u e s a c á n d o

m e m i s e r ic o r d i o s a m e n t e d e l a s g a r r a s d e l

L o b o i n f e r n a l , d e q u ie n f u i p r e s a d e s g r a

c i a d a e n a q u e l f a t a l i n s t a n t e , m e d e j ó m a r

c a d o c o n e l s e l l o d e s u i n o c e n t e r e b a ñ o ; d e l

c u a l , y o p o s t e r i o r m e n t e m e e s t r a v i é p o r m i s

c u l p a s r e p e t i d a s d i a r i a m e n t e : : s o b r e t o d o , m e

c o n f u n d o a l v e r l a s i m p u r e z a s d e m i c o r a z ó n

manchado con los groseros p laceres de la car*

ne$ que os obl igaron justamente á borrarme

del número de las ove jas , que componen e l re*

b a ñ o d e q u e e s C o r d e r o t u S a n t í s i m o H i j o ;

p e r o y á d e s d e h o y q u i e r o c o m e n z a r á v i v i r

c o n a q u e l l a m i s m a d e p e n d e n c i a q u e U n a o v e

j a t i e n e d e s u P a s t o r . Y o q u i e r o q u e m i c u e r -



DÍ A DI E Z .

1 4 5

p o , y m i a l m a , s i rv a n s o l o p a r a t a b e r n á c u

l o d e m i D i o s ; y p a r a c o n s e r v a r l o s c o n l a

p u r e z a n e c e s a r i a , m e e n t r e g ó t o d o á t u c u i

d a d o y a s i s t e n c i a , y n o t e n d r é o t r o p l a c e r

que en imitar constantemente tus v ir tudeá .

O R A C I Ó N . O s s u p l ic o , P a s to ra D i v i n a ,

q u e a l c a n c é i s á m i a l m a t a n ta g r a c i a , q u e

d e s d e h o y m i s m o p r i n c i p i e á d i s p o n e r m e p a

r a r e c i b i r ú t il m e n t e l o s f a v o r e s d e m i D i o s ,

i m i t a n d o l a p u r e z a d e v u e s t r o c u e r p o , y

v u e s t r o e s p í r i t u : a q u é l l a m o r t if i ca n d o m i s

sent idos ' , y és ta por la rec t i tud de mis inten

c i o n e s ; p u e s y á m i c o r a z ó n a r d e e n e l d e s e o

ef icaz de ser f ie l oveja de vuestro rebaño.

N a d a p u e d o p o r m í m i s m o , p e r o V o s t o d o

l o p o d é i s e n v u e s t r o D i v i n o ; H i j o : v u e s t r a

bondad me infunde una entera conf ianza ,de

ver borrados mis pecados por e l méri to de Ja

s a n g r e d e l C o r d e r o D i v i n o . . C o m i e n c e y o c o n

v u e s t r o a u x i l i o á d i s p o n e r m e p a r a r e c i b i r e n

m i c o r a z ó n á J e s u c r i s t o p o r a m o r , y p o r

rea

l i d a d , e n e l S a c r a m e n t o A u g u s t o d e l A l t a r »

y así os im ite com o ov eja vu es tra en esta

v i d a , y o s a l a b e d e s p u é s e n l a e t e r n a . A m e n .

<_-••.• Se reza un P adre nuestro, cinco A ve

M arías, y un Gloria P atri,



,144

D ÍA

ONCE.

Dilectus meus mihi, et ego Mi, qui pas-

citur inter lilicf, .: similis esto caprece

hinnuloque cervorum. C A N T

.

c. 2. v.

16.17.

Mi amado es sol o para m í , y y o s oy

toda de mi amado, el cual se apacien

t a entre lir.ios::: aseméj ate , ama do

m i ó , á la c abr a , y al c er vat i l lo.

E n este día se nos manifiesta que María San

tísima, después de haber dado forma corpo

ral al Cordero de Dios que debía redimir al

mundo, fué como Pastora suya para criarlo

y alimentarlo, sobre lo cual,

Considera lo primero, que entre la mul

titud de maravillas que se obraron en el por

tal de Belén, nacido que fué el Hijo de Dios,

Una de ellas, y que era de un singular honor

y gloria para María Santísima, fué consti

tuirla y nombrarla Pastora de aquel Cordero

inocentísimo, que vestido con las. pieles de

la humana naturaleza, venia á ser sacrificado

por la salud de los hombres; pues como este



D ÍA ONCE. 1 4 5

H i j o U n i g é n i t o d e l E t e r n o P a d r e a p a r e c í a e n

e l m u n d o c u a l c o r d e r i t o t i e r n o , d e s v a l i d o , y

n e c e s i t a d o d e t o d o a u x i l i o , y e s p u e s t o á l o s

r i g o r e s é i n c l e m e n c i a s d e l a c r u e l e s t a c i ó n

d e u n i n v i e r n o f r i ó , f u é n e c e s a r i o s e ñ a l a r l e

u n a P a s t o r a a m a b l e , c a r i ñ o s a , c o m p a s i v a y

s o l í c i t a , , p a r a q u e n o p e r e c i e s e e n u n a s i t u a

c i ó n d e ta n e n t e r a y a b s o l u t a i n d i g e n c i a . E l

b u e n P a s t o r , d ic e I sa ía s ( 1 ) , a p a c ie n t a s u

g r e y , r e ú n e y r e c o j e s u s c o r d e r o s e n s u s b r a

z o s , y los . tom a en su m ismo seno. S i e x a m i

n am o s los o f ic ios de esta Señ ora con su D i

v i n o H i j o d e s d e e l p u n t o m i s m o en q u e , s a

l i e n d o d e s u p u r í s i m o v i e n t r e , l o r e c i b i ó e n

s u s a m o r o s o s b r a z o s , v e r e m o s c u a n á l a l e t r a

c u m p l i ó e s t a S e ñ o r a e l e n c a r g o q u e se l a d a

b a d e c r i a r , a li m e n t ar ^ y c u s t o d i a r á e ste

t i e r n o C o r d e r o , e j e r c i t a n d o a s í e l o f i c i o d e

P a s t o ra s u y a c o n a l e g r í a , c o n t e n t o , y r e g o

c ij o d e su a m o r o s o c o r a z ó n . A p e n a s c o n o c i ó

q u e s e a c e r c a b a l a h o r a d e d a r l o á l u z , í e

r e t i r á á u n r i n c ó n d e u n e s t a b l o , y e l e v a d a

e n u n a , s u b l i m e c o n t e m p l a c i ó n , a b r a s a d a e n

u n a r d ie n t e a m o r d e D i o s , y e n e l d e s e o d e

ve r y á con sus Ojos á es te H i j o tan d es ea d o ,

sa le és te de su c laustro v irg ina l a l modo que

i (1) C ap ..;4 0 . v . 11.

1 0



1 4 6 D Í A O N C E .

e l s o l s a l e p o r e n t r e u n a n u b e r e s p l a n d e c i e n

t e , d e j an d o i le s a s u p u r e z a v i r g i n a l . E n t o n

c e s e s t a t i e r n a M a d r e , v i e n d o e n u n e s t a b l o

á es ta pre nd a de su a m o r , l o tom a en sus

b r a z o s , y l e d i c e c o n m a s t e r n u r a q u e l a E s

p o s a d e l o s C a n t a r e s : M i a m a d o e s t o d o p a r a

m í ,

y y o so y to da p ar a m i a m a d o l o a p a

c e n t a r é c o m o P a s t o r a e n t r e l a s a z u c e n a s y

l i r i o s d e m i c a s t o a m o r , y l e d a r é p o r m o

r a d a m i p r o p i o p e c h o . A d v i e r t e , a l m a m i a ,

c o m o i n f l a m a d a e s t a P a s t o r a e n e l a m o r d e

e ste s u D i v i n o C o r d e r o , y e n t e rn e c i d o s s u s

o j o s , a l v e r y á c o n e l l o s a l q u e a m a b a s u c o

r a z ó n , l o a b r a z a e s t r e c h á n d o l o e n t r e s u s h e r

m o s o s b r a z o s : l o a c a r i c i a c o n l a m a y o r t e r

n u r a : l e o f r e c e e l a l i m e n t o d e q u e l a p r o v e

y ó e l E s p í r i t u S a n t o , p a r a s u s te n t a r á a q u e l

m i s m o q u e con su poderosa pa labra sost iene

t o d o l o c r i a d o : n o l o d e j a d e s us b r a z o s , n i

l o p i e r d e d e v i s t a , a c a r i c i á n d o l o d e c o n t i n u o

e n s u s e n o . ¡ A h , q u é c o n s u e l o p a r a e sta S e

ñ o r a r e c i b i r u n o f i c i o d e t a n t a d i g n i d a d í j q u é

c o n t e n t o p a r a su a l m a o ír s e l l a m a r M a d r e m i a

p o r a q u e l n iñ o r ec ie n n a c i d o E n t o n c e s , h a

c i én d o s e t o d a d e su a m a d o , l e r i n d i ó u n p r o

f u n d o h o m e n a g e , o f r e c i e n d o e n s u o b s e q u i o

s u s c u i d a d o s , s u o b e d i e n c i a , y a u n s u p r o p i a

v i d a : y c o o p e r a n d o c o n l o s d e s i g n i o s d e s u



D Í A O N C E . 1 4 7

H i j o p o r l a s a l u d d e l o s h o m b r e s , d e s e a b a

que todos e l los se cumpl iesen á la le t ra según

q u e p o r e l P a d r e e r a n d e c r e t a d o s .

A F E C T O S . O j a l á , ¡ o h V i r g e n S an ta é

i n m a c u l a d a q u e v i es e y o á m i c o r a z ó n p e

netrado de los mismos sent imientos , y a fec tos ,

q u e in f la m a r o n a l v u e s t r o e n e l p o r t a l d e B e

l é n , p a ra f e li c i ta r o s d i g n a m e n t e p o r q u e v i s

t e i s e n é l r e a l i z a d o e l n a c i m i e n t o d e l R e d e n

tor , que la t ierra y e l c ie lo tanto deseaban*

Y o t om o p a r t e e n l a a l e g r í a q u e v u e s t r o d i

c h o s o p a r t o d i f u n d i ó e n t o d a s l a s c r i a t u r a s ,

y s o l o h a l l a r é c o n t e n t o v e r d a d e r o e n m e d i t a r

a t e n t a m e n t e t a n a m o r o s o m i s t e r i o . H a s t a h o y ,

entretenido con las vanas i lus iones de l mun^

d o , busqué so l íc i to e l contento y la a legr ía

d e m i c o r a z ó n en s u v a n i d a d y l o c u r a ; y á

p e s a r m i ó , e s t o y y á d e s e n g a ñ a d o d e q u e s o l o

e n e l s e r v i c i o , y e l a m o r d e e s t e v u e s t r o t i e r

n o H i j o , p u e d o e n c o n t r a r e sta f e l i c i d a d ; y

a s í l o b u s c a r é c o n d e s e o d e s e r t o d o s u y o ,

aunque sea en los establos de las best ias en

d o n d e l e h i z o n a c e r e l a m o r q u e m e t e n i a ,

a n t e s d e q u e y o p u d i e s e a m a r l o . A c o m p a ñ a n ^

d o o s a l l í , ¡ o h . P a s t o r a D i v i n a m e h a r é d i g n o

d e s e r c o n t a d o e n v u e s t r o r e b a ñ o a m a n d o á

J e s ú s :

c o n o c i e n d o á J e s ú s : v i v i e n d o d e l a

v i d a d e J e s ú s ; y o b e d e c i e n d o c o m o h u m i l d e



1 4 8 D ÍA O N C E .

o v e j a Ja v o z d e e s te C o r d e r o y P a s t o r . S í , m i

a m a d o J e s ú s , y o o s o f r e z c o m i c o r a z ó n , y o

o s c o n s a g r o t o d o s m i s a f e c t o s , y e n a d e l a n

t e so l o q u i e r o v i v i r d i r i g i d o , y a p a c e n t a d o

p o r V o s .

¿ C ó m o p o d r á m i l e n g u a , ó q u é e s p r e si o

n e s s e r á n b a s t a n t e s ,

¡

o h P a d r e E t e r n o p a r a

d a r o s g r a c i a s p o r h a b e r c o n f i a d o l a a s i s t e n

c i a , y l a c r i a n z a d e v u e s t r o E t e r n o y ú n i c o

H i j o ,

á l a s o l i c i t u d a m o r o s a d e m i M a d r e

M a r í a S a n t í s i m a , p a r a q u e c o m o P a s t o r a d i

l i g e n t e l o a l i m e n t a s e d e s u p r o p i a s u s t a n

c i a ? G r a c i a s o s s ea n d a d a s i g u a l m e n t e , ¡ o h

D i v i n o E s p í r i t u p o r q u e f u is te s e l a u t o r d e

e s t a g r a n d e o b r a . L o s A n g e l e s , l o s h o m b r e s ,

y todas las generac iones a laben eternamente

v u e s t r a l i b e r a l i d a d i n e f a b l e , ¡ o h S a n ta é i n

d i v i d u a T r i n i d a d m i en tr as q u e y o m e r e g o

c i j o d e v e r á e s t a i n o c e n t í s i m a P a s t o r a o c u

p a d a e n c r i a r y a l i m e n t a r á v u e s t r a s e g u n d a

p e r s o n a , q u e e s e l H i j o .

C o n s i d e r a l o s e g u n d o , q u e c o n s t i t u i d a

M a r í a S a n t í s i m a P a s t o r a d e l C o r d e r o d e D i o s ,

d e s d e e l i n s t a n t e m i s m o e n q u e n a c i ó a l m u n

d o p a r a l i m p i a r l o d e t o d a i n i q u i d a d , e s te

H i j o ú n i c o y v e r d a d e r o D i o s l a r e c o n o c i ó p o r

S u v e r d a d e r a P a s t o r a ; y a s e m e j á n d o s e á l o s

t í m i d o s c a b r i t i l l o s , q u e n o o s a n s e p a r a r s e d e l



D Í A O N C E . 1 4 9

l a d o d e s u s m a d r e s , p e r m a n e c i ó e s t e C o r d e

r o D i v i n o r e n d i d o y o b e d i e n t e á su a m a d a

M a d r e . C o m o e l c o r d e r o y e l p a s t o r d e b e n

g u a r d a r e n t re s í u n a u n i ó n l a m a s í n ti m a ( 1 ) ,

e s t e C o r d e r o D i v i n o n o s e s e p a r ó u n m o m e n

t o d e l l a d o d e s u P a s t o r a , s i g u i é n d o l a á t o

d a s p a r t e s s i n e q u i v o c a r l a c o n o t r a c r i a t u r a

a l g u n a : á s e m e j a n z a d e a q u e l l a s o v e j a s q u e

p o r l a v o z , p o r e l v e s t i d o , y p o r l a v i g i l a n ?

c i a p a s t o r a l c o n o c e n á s u P a s t o r , s i n e n g a

ñ a r s e , n i e q u i v o c a r s e , a u n q ue o i g a n l a v o z

de otros pastores que las l lamen (2) : as í fué^

q u e d e s d e s u m a s t i e r n a e d a d , h a s t a l l e g a r á

l a d e v a r ó n p e r f e c t o , f u é g o b e r n a d o y d i r i

g i d o p o r é s t a su s o l í c it a P a s t o r a . V é a q u í ,

a l m a m i a , c a m b i a d o e n t e r a m e n t e l o q u e d i c e

S . J u a n en a la b a n z a d e la s V í r g e n e s ( g ) : Q u e

s i g u e n a l c o r d e r o á c u a l q u i e r p a r t e d o n d e

v á ; p u e s e l C o r d e r o J e sú s e s e l q u e s i g u e ,

• o y e , y o b e d e c e á su M a d r e P a s t o r a ( 4 ) ; y

au nq ue á la ed ad d e do ce años se sep aró por

tr es d ía s de l re d i l de su santa c a s a , de jand o

á esta sens ible P as tor a sum erg ida en e l d o lo r

m a s p r o f u n d o , p o r j u z g a r l o p e r d i d o ó d e v o >

r a d o p o r su s e n e m i g o s ( f ) , l u e g o a l p u n t o

( 1 ) S . A u g . t .4 6 . in Joan. ( 2 ) Corrí .

áLap.

itt

Joan.c,

1 0 . ( 3 )

A p o c e . 14.v.4.

( 4 )

S . B e r n .

in

Hom.

S. Mis. , ( j ) L u c e ; a . v . 4 4 .



i fo D ÍA O N C E .

que dejó evacuados los asuntos á é l conf iados

p o r s u E t e r n o P a d r e , v o l v i ó a l y u g o d e l a

o b e d i e n c i a s a n t a d e s u a m a d a M a d r e ; e s t o e s ,

a l r e d i l d e e s t a s u P a s t o r a , e n e l q u e p e r m a

n e c i ó t an s u j e t o , q u e ja m á s se v o l v i ó á a p a r

t a r d e s u l a d o s i n d e c i r l a p r i m e r o á d ó n d e

i b a e n c u m p l i m i e n t o d e s u m i s i ó n d i v i n a , y

c u á n d o v o l v e r í a e n c u m p l i m i e n t o d e s u p e r

f e c t a s u m i s i ó n á s u v e r d a d e r a M a d r e ( i ) ,

o b e d e c i é n d o l a g u s t o s am e n t e e n .to d as a q u e

l las cosas que los buenos hi jos obedecen á sus

p a d r e s ( 2 ) : s i n q u e s e s e p a , q u e d e s d é s u

t ierna edad hasta los t re inta años en que pr in

c i p i ó á e j e r c i t a r l o s o f i c i o s d e P a s t o r D i v i n o ,

h i c i e s e c o s a a l g u n a n o t a b l e , s i n o e s t a r s u j e

t o y o b e d i e n t e á s u S a n t ís im a M a d r e , e s t a n

d o a t e n t o á l o s d o c u m e n t o s d e su e d u c a c i ó n ,

y e s c o n d i d o y r e s g u a r d a d o e n e l h u m i l d e a l

b e r g u e d e l a c a s a d e J o s é y d e M a r í a ,

• A F E C T O S . ¿ C ó m o m e a t r e v e r é , ¡ o h

D i o s m i ó á a p a r e c e r e n t ú a d o r a b l e p r e s e n

c i a , v i é n d o t e r e d u c i d o á u n e s t a d o p e n u r i o s o

é i n d i g e n t e , p o r d a r m e e j e m p l o , y e n s e ñ a r m e

á v i v i r e n e l m u n d o ? M i i n d o c i l i d a d se r e

s is te á to da su m is ió n, y y o te m iro en los

b r a z o s d e t u S a n t í s i m a M a d r e s u j e t o c o m o u n

( 1 ) L u c . B u r g . ¿ « Exp. Evang. ( a ) I b .



DÍA O NC E. I $ I

m a n s o c o r d e r i t o á s u s p r e c e p t o s , y o b e d e c i é n

d o l o s c o n t o d a e x a c t i t u d . M i d e l i c a d e z a s e

a f lige por cu a lq uie r cosa qu e me fa l ta de m i

g u s t o y m i p l a c e r , y y o t e v e o p r i v a d o d e

t o d a c o n v e n i e n c i a , y s in o t r o r e g a l o q u e l a

l e c h e v i r g i n a l d e q u e m i la g r o s am e n t e f u é p r o

v i s t a t u M a d r e S a n t í s i m a p a r a a l i m e n t a r t e : á

v i s ta d e t a n t a d i g n a c i ó n , q u e d a m i a l m a a b

sorta en la grandeza de tu amor á los hombres ,

y y á solo , en tend eré en co pi ar en mí m ismo

los admirables e jemplos que me dis tes en

a q u e l l u g a r h u m i l d e d e B e l é n : y á n o m e

a s u s t a r á l a i n d i g e n c i a , y l a p e n u r i a , n i m e

a c o b a r d a r á n l a s p e n a l i d a d e s d e l a v i d a : s e r é

s iempre f ie l á tu voz obedec iendo tus man

d a m i e n t o s s a n t o s , y h a c i é n d o m e a s í d i g n o d e

s e r r e p u t a d o p o r o v e j a d e l r e b a ñ o d e M a r í a .

Y o te a d o r o , m i d u l c e J e s ú s , c o n e l m a s

p r o f u n d o r e s p e t o d e m i c o r a z ó n . Y o t e r e

c o n o z c o p o r m i S a l v a d o r , y m i D i o s . Y o t e

o f r e z c o y c o n s a g r o t o d o s l o s a f e c t o s d e m i

a l m a , . y q u i s i e r a e s t a r p o s e i d o d e t o d o s l o s

sent imientos respetuosos que son debidos á tu

s o b er a n a g r a n d e z a , p a r a d e e s te m o d o h a c e r

e f i c a c e s t a n t a s r e s o l u c i o n e s c o m o t e n g o f o r

m a d a s d e v e n c e r m is p a s i o n e s , d e h u i r , y

m e n o s p r e c i a r l a v a n i d a d d e l m u n d o , p a r a s e

g u i r t e h u m i l d e , p o b r e , d e s n u d o , y a b a t i d o ,



D Í A O N C E . I

3*3

Divino Cordero: volved sobre nosotros vues

tros ojos de misericordia, para que fieles á

la voz, y llamamientos del Pastor Divinó,

lleguemos á apacentarnos en compañía suya

en los pastos eternos de la gloria. Amen. -

Se rezan un Padre nuestro ,' cinto Ave

Marías

^

y un Gloria Patri.

±>IA

DO CE

?

os

autem greges

me

i , greges pascuas

mece, homiries estis. EZEQ

.

c. 34. v. 31

.Vosotros p u e s , ó hombres, vosotros

• sois los rebaños m i o s , los rebaños

que yo apaciento. -

r

ty

f

:¡

-

E n este dia se nos hace Ver el amor ver*

daderamente maternal que la Divina Pastor

ía tiene á sus ovejas, sobré lo cual,

Considera lo primero ¿que: María San

tísima toma gustosa el oficio de Pastora, no

precisamente por la gloria que le. resulta por

ser honrada, venerada, y respetada con es

te título, sino para manifestarnos el amor



1

^4

DÍA DOCE.

q u e

nos

t i e n e ,

y

c o m p r o m e t e r

el

n u e s t r o ,

á

fin de que, a m á n d o l a t i e r n a m e n t e en esta v i

d a

, é

i m i t a n d o

sus

v i r t u d e s , s ea m o s e t e r n a

m e n t e f e l i c e s

en el

P a r a í s o . C e l e s t ia l . E s t e

e s el fin p r i n c i p a l de un b u e n P a s t o r : é s t a

t o d a la c i e n c i a con que a p a c i e n t a su g r e y ,

á s a b e r : d e s p r e c i a r

sus

p r o p i o s i n t e r e s e s ,

y

e n t r e g a r s e , sin r e s e r v a , al c u i d a d o de a q u é

l l o s

que

c o m o o v e j a s e s t á n - fi a d o s

á su

c u s

t o d i a i ) .

La

f u e r z a

del

a m o r

de

e s t a P a s

t o r a la h i z o f u e r t e y g e n e r o s a en tal f o r m a ,

q u e no h u bo co sa d u r a , a m a r g a , ó p e s a d a ,

:

que hó la

s o p ó r t a s e

por

a m o r n u e s t r o 2 ) .

P u d o d e c i r e s ta S e ñ o r a m e j o r que J a c o b á

L a b á n : S i e n d o

yo

P a s t o r a

de tu

g r e y , j a 7

m á s t o m é

un

trá&ritó pa ra sustentarme ^ 'a n

t es b i e n p r o c u r é que se m u l t i p l i c a s e , sin

p e r d o n a r p a r a e s t o m o l e s t i a a l g u n a (3):

h a s t a

el

traje esterior

lo

m u d é

por ser

éste

m i s i g n o e s p e c i a l de a m o r (4). Á s e m e j a n

za.; de- su •HijOíjSantísimo qu e j r e s u c i t a d o . d e

e n t r e l o s. m u e r t o s , d i s f r a z ó

su

e s t a d o

yá

g l o

r i o s o con el t ra je de P r e g r i n o , p a ra e n c e n

d e r en su a m o r a los d i s c í p u l o s que c a m i

n a b a n

á

E í f t a á s , e s t a S e ñ o r a d e p o n e

los

v e s r

~ (1) C h r i s Í H o m . i n

P s

. 1 3 3 . (2) S . P e t . C r i s o -

l0g;S.4o.

/(.3) 'j@«n;c.3i.v

;

38. . (4)

S i l v . c . i . v . o .

http://resucitado.de/

http://resucitado.de/



DÍA DOCE7 I f J"

t i d o s , y g a l a s , q u e d e l a s r i q u e z a s d e l c i e

lo le son fabr icadas para ostentac ión de su

g r a n d e z a , y s e v i s t e , n o d e p e d r er í as y j o

y a s q u e p u d i e s e n d e s l u m h r a r l o s o j o s d é b i

l e s d e s u s o v e j a s , c o m o l o h i z o l a P a s t o r a

J u d i t c o n H o l o f e r n e s i ) , sino d e u n tra je

t a n s e n c i l l o , q u e n o p u d i é s e m o s t e m e r e l a c e r

c a r n o s á e l l a ; p u e s a s í c o m o e l a d o r n o d e

R e y n a e s u n s ig n o d e m a g e s t a d , a s í e l t r a

j e d e P a s t o r a l o e s d e : a m o r , y - t a n t o , q u e

c o n é l e s s u a m o r á n u e str o s o jo s s u a v e ; h e r

m o s o , y i a t r a c t i v o . P o n d e r a , a lm a m i a ,. q u e

es p ro pi o de los pastores ves t irse de~ pie les

p a r a c o n f o r m a r s e m e jo r x o n l o e s t e r io r d e

s u s o v e j a s ; y s e r d e é s t e m o d o m a s b i e n - a m a

d o s , q u e tem ido s d & é l l a sr ;por esto* 'e l D i o s

q u e e n el a n t i g u o t e s t a m e n t ó s e l l a m a D i o s d e

l o s e j é r c i t o s , i m p o n í a t a n t o . r e s p e t o a l • p u e

b l o d e I s r a e l , q u e d e c í a n - t o d o s á ú n á v o z á

M o y s é s : H a c e d d e m o d o q u e n o s ea D i o s

el q u e n os h a b l e , p u e s d e : o t r o m o d o a c a s o

t o d o s m o r i r e m o s ( 2 ) ; p o r l o q u e d i c e I s a í a s ^

q u e l a j u s t i c i a e s e l c e ñ i d o r d e s u c i n t u

r a ( 3 ) ^ p e r o d e s p u é s q u e a p a r e c i ó e n e l m u n

d o c o n l a f o r m a d e s i e r v o , se g l o r i a b a e n

1) J u d . c .4 . v . i g . " ( a ) E x o d . c . a o . y . i¡¡.

3 ) I s a i . c . i . v . 5.



DÍA DO CE» I 5 7

r e s a d a ¡ O h , im á n d e n u es tr os c o r a z o n e s ,

h a s t a d ó n d e l l e g a l a g r a n d e z a d e v u e s t r o

a m o r p a r a c o n v u e s t r a g r e y ¡ Q u i é n h a b í a d e

pensar jamás que l legase á tanto vuestro f ino

a m o r , q u e p o r h a c e r o s a m a b l e y a c c e s i b l e

á v u e s t r a s o v e j a s , c a m b i a s e is l o s a d o r n o s d e

R e y n a p o r e l tr aje s e n c i ll o d e P a s t o r a A l á

b e n t e , p u e s , t o d a s l a s c r i a t u r a s d e l a t i e r r a :

b e n d í g a n t e l o s A n g e l e s d e l c i e l o : as ó m b r es e

e l m u n d o d e e s t e p o r t e n t o d e a m o r : y d e r

r í tanse nuestros corazones á v is ta de las bon

dades que obras con los miserables h i jos de

A d á n .

¡ Q u é i n g r a t i t u d s e r í a l a m i a , o h d u l c e

P a s t o r a , s i y o n o c o r r e s p o n d i e s e á u n a m o r

t a n d e s i n t e r e s a d o , t a n b e n é f i c o , y p r o p i o s o l o

d e u n a M a d r e l a m a s s e n s ib l e ¡ A h d a d m e

l a m a n o , P a s to r a D i v i n a , p a ra q u e y o n o

c a i g a e n a b i s m o t a n h o r r e n d o . Y o q u i e r o c o n

to d a ef icac ia ag ra d ec er tus finezas, y p ar a

esto no h a l lo mejor m edio que segu ir tus p a

sos co m o ov eja fie l, y ob ed ece r tus m a n d a

t o s o y e n d o a t e n t o t u v o z . P a r a e s t o m e d i t a r é

d e c o n t i n u o t u s v i r t u d e s , y l a s g r a b a r é p r o

f u n d a m e n t e e n m i a l m a p a r a s u i m i t a c i ó n :

c o n t e m p l a r é d e d i a y d e n o c h e t u s p e r f e c -

f e c c i o n e s , y e n e l l a s se r e c r e a r á y a p a c e n

t a rá m i a l m a : p r o c u r a r é e s te n d e r t u . c u l t o y



• I j 8 DÍA DO CE ;

v e n e r a c i ó n b ajo e l t ít u lo d e P a s t o r a , . s i g

n o e s p e c i a l d e t u a m o r : h a r é q u e t o d o s l o s

h o m b r e s r e c o n o z c a n y a g r a d e z c a n e l q u e l e s

t ienes , y as í se mult ip l ique tu míst ico rebaño.

C o n s i d e r a l o s e g u n d o , l a g r a n d i f e r e n

c i a q u e h a y e n t r e e l a m o r q u e e s t a D i v i n a

P a s t o r a ti e n e á s u s o v e j a s , y . e l q u e l o s

otros pastores t ienen á sus rebaños . Éstos

mas parece que sé apac ientan á s í mismos

q u e n o á s u s g a n a d o s , p u e s s i p r o c u r a n s o

l í c i t o s q u e s e a l i m e n t e n , e n g o r d e n , y s e m u l

t i p l i q u e n , n o e s p o r a m o r d e s i n t e r e s a d o q u e

l e s t e n g a n ; s i n o p a r a a l i m e n t a r s e d e s p u é s d e

s u l e c h e , v e s t i r s e c o n s u s l a n a s , . y r e g a l a r

s e c o n l a s r es e s m a s g o r d a s ( i ) ; á c u y o f in ,

t a n t o á e l l a s c o m o á s u s c r i a s , l e s d a n m u e r

te san grie nta con sus. pro pia s man os , y s in

c o m p a d e c e r s e a l o i r s u s t r i s t e s b a l i d o s , l a s

v e n e s p i r a r , l a s d e s u e l l a n , l a s d e s c u a r t i z a n ,

y l a s c o n v i e r t e n p o r ú l t i m o e n s u p r o p i o a l i

m e n t o ; n o a s í e s ta t ie r n a y a m o r o s í s im a P a s

tora . Esta Señora no aceptó es te o f ic io por

su pr op ia u t i l i d a d , s ino por la : nuestra:,

amando á sus ove jas , las conduce á sestear ,

entre lá verde yerba de los montes-a l tos de

I s r a e l , e n d o n d e q u e d a n s a c i a d a s c o n l o s

( i ) E z e q . c . 3 4 . v . 3 . 8 .



D ÍA DOCE. I 5 9

pastos abundantes que a l l í se encuentran i ) .

S i e n d o R e y n a d e lo s c i e l o s , y l a t i e r r a , n a

n e c e s i t a d e n u e s t r o s b i e n e s ; y s i t u v i e s e h a m

b r e , n a d a n o s p e d i r í a , p o r q u e . e l O m n ip o ¿-

tente la d io en poses ión cuanto e l mundo

c o n t i e n e ( 2 ) . E s P a s t o r a , p a r a q u e á s u a b r i

g o ,

y p r o t e c c i ó n p u e d a n s us o v e j a s d e s c a n

sar» so seg ad am en te en m ed io d e lo s bosques^

s e g u r a s d e l a s b e st ia s m a l i g n a s ( 3 ) . É s t a l

s u a m o r , q u e a u n á l a o v e j i t a m a s p e q u e ñ a

la ha ce v a le r tanto com o la sang re de sü Hi-r

j o , p u e s t o q u e p o r l i b r a r l a d e l - L o b o i n f e r n a l ,

l o e n t r e g ó p a r a q u e m u r i e se e n la c r u z ( 4 ) :

A d v i e r t e , a l m a m í a , q u e e s t a n s o l í c i t o s u

a m o r p a r a q u e n i n g u n a p e r e z c a , q u e s i e n e l

m u n d o s o l o h u b ie s e u n a s o l a o v e j a d e q u i e n '

c u i d a r , h u b i e r a e n t r e g a d o c o n i g u a l g e n e

r o s i d a d á s u a m a d o H i j o p o r s a l v a r l a , y a u n

e l l a m i sm a v o l v e r í a á p a s a r g u s t o sa p o r t o

d o s l o s s u f r i m i e n t o s y a m a r g u r a s q u e c o s t ó

á su t ierno cor azó n la reden c ión de l gé ne ro

h u m a n o : p o d e m o s , p u e s , d e c i r c o n S . A g u s

t í n , q u e n o s a m ó m a s q u e á s í m i s m a , p u e s

q u i s o q u e s u H i j o ,

á

q u i e n a m a b a m a s q u é

á su p r o p i a v i d a , m u r ie s e p o r n o s o t r o s y ) .

( 1 ) E z e q . c .3 4 . V . 1 4 . ( 2 ) . P s . i g . v . 2..

( 3 ) E z e q . c . 3 4 . y . 2 g. ( 4 ) E u s e b . E m i s . H o m .

6. de Pase, ( g ) S . A u g . j » Medit.



i 6 o

DÍ A DO CE .

L l e g a p o r f i n á t a n t o e l a m o r d e e s t á D i v i n a

P a s t o r a , q u e v e l a n d o y d e s v i v i é n d o s e p o r

a m o r á s u s o v e j a s , p u d o d e c i r a l P a s t o r s u

p r e m o m a s p r o p i a y d e s i n t e r e s a d a m e n t e q u e

J a c o b á L a b á n : D e d i a y d e n o ch e a n d o

a l c a l o r y a l f r i ó , sin p e r d o n a r m o l e s ti a a l

g u n a , h a s t a t a n t o q u e a u n e l s u e ñ o s e h a r e

t i r a d o d e m i s o j o s ; a s í e s , q u e d e s d e q u e

m e d i s t e s e l e n c a r g o d e P a s t o r a , t u s o v e j a s

n o h a n s i d o e s t é r i l e s , y y o n o m e a l i m e n t é

jam ás con las .reses d e tu gr ey ( 2 ) .

A F E C T O S . Y o n o a c ie r to , ¡o h M a d r e

m í a n i e n m í h a y f a c u l t a d e s p a r a c o r r e s

p o n d e r d i g n a m e n t e a l a m o r q u e n o s m a

ni f ies tas , cuando tomas sobre t í e l cargo de

P a s t o r a d e l o s h o m b r e s , n i e n e l m u n d o e n ^

cu en tro s ím i les ad ec ua do s ,>para ju z g a r de tu

s o l i c i tu d p a s t o r a l c o n m i g o . L o s P a st or e s t e r

r e n o s se l l a m a n d i g n o s d e e s te n o m b r e , y

apto s par a desem peñ ar es te o f icio por su am or ,

s u v i g i l a n c i a y s o l i c i t u d ( 3 ) ; p e r o n i n g u n o

s e e s p o n e c o m o t ú a l d o l o r , a l t o r m e n t o , y

m u e r t e e s p i r i t u a l , q u e s u f r i s t e s p o r s e r n u e s

t ra P a st o ra , s in rec ib ir o t ro em olumen to; n i

u t i l i d a d , q u e l a g l o r i a d e o b e d e c e r é i m i t a r

á t u D i v i n o H i j o , y h a c e r n o s á n o s o t r o s f e -

( 3 ) G e n . c . 3 3 . v . 38..40. ( 3 ) R u p . A b . l . 9 . in Joan.



. DÍA DO CE. 1

6

Í

l i c e s : n i n g u n o o f r e c e , c o m o t ú , á s us o v e j a s u n

p a n d e v i d a e t e r n a , p a r a s a c i a r l a s c o n e l c e

l e s t i a l a l i m e n t o d e l c u e r p o d e l P a s t o r m i s m o

q u e l a s h a b i a r e d i m i d o i ) . ¡ O h q u é b o n d a d ,

oh qué amor tan super ior aun á las esperanzas

m i sm a s d e lo s h o m b r e s ¡ A l m a m i a c ó m o p u e -

d e s r e s i s t i r t e y á , p a r a n o a m a r á u n a P a s t o r a

q u e t a n t a s p r u e b a s t e h a d a d o d e s u a m o r

O f r é c e t e s in r e s e r v a a l o b s e q u i o , é i m i t a c i ó n

d e u n a P a s t o r a , q u e t e dio t o d o c u a n t o t e

n i a , s i n e s c e p c i o n d e s u p r o p i o H i j o .

E s p a r a m í , ¡ o h a m o r o s a P a s t o r a u n

m o t i v o d e g r a n d o l o r e l h a b e r h a s t a h o y

c o n s i d e r a d o t a n p o c o e l g r a n d e a m o r q u e

m e t i e n e s ; y lejos, p o r e s t a c a u s a , d e c o r

r e s p o n d e r á é l , h a b e r m e d e j a d o e n g a ñ a r d e l

a m o r p o r l a s c r i a t u r a s , á q u i e n e s y o t o m é

p o r in s tr u m e n t o s d e m i r e p r e n s i b l e c o n d u c

t a . E s t e m i d o l o r se a u m e n t a c u a n d o c o n

s i d e r o , q u e s i e n d o t ú t a n s o l í c i t a p o r e l r e

b a ñ o a d q u i r i d o c o n l a s a n g r e d e t u H i j o ;

y o e s t r a v i é á m u c h a s d e t u s o v e j a s c o n m i s

m a l o s e j e m p l o s , y e s c a n d a l i z á n d o l a s d e o b r a

y d e p a l a b r a , a c o m e t í c o n t r a e l l a s c o m o u n

L o b o c a r n i c e r o , d á n d o l e s o c a si ón d e r u i n a y

d e p e c a d o . ¡ A h d e s d e e n t o n c e s s e a l e j ó d e m í

( i ) C r i s . H o m . p .

I I



i ó a D Í A D O C E ,

t u a m o r p a s t o r a l , q u e n o a p a c i e n t a l o b o s , si n o

o v e j a s ; y e n t o n c e s c o n v e r t i d o y o e n l o b o s a n

g r i e n t o , f u i v e n c i d o d e l o s L o b o s i n f e r n a l e s .

Y o m e a v e r g ü e n z o , y d e t e s t o e s t a m i c e g u e

d a d : confieso qu e m ere zco Jas pen as m as s e

v e r a s p o r h a b e r a b u s a d o a s í d e t u a m o r ; p e r o

conf iado en és te tu mismo amor, por mi ingra

t i t u d o f e n d i d o , p r o m e t o c a m b i a r t o t a l m e n t e

m i c o n d u c t a : p r o c u r a r é e l b i e n d e m i s p r ó g i -

m o s :

seré tu oveja f ie l ; y entonces venceré,

a u n q u e m e r o d e e n l o b o s á m i l l a r e s ( i ) .

O R A C I Ó N . ¡ O h a m ab il ís im a P a s t o r a

i l u s t r a d m i a l m a c o n u n c o n o c i m i e n t o c l a r o

d e l a s v e r d a d e s e t e r n a s , p a r a q u e m e d i t a n

d o s ie m p r e l a l e y s a n t a d e m i D i o s , s i g a

c o n s ta n t e p o r lo s c a m i n o s q u e V o s , c o m o

P a s t o r a m e m o s t r á i s , q u e s o n l o s q u e ú n i

c a m e n t e p u e d e n c o n d u c i r m e á m i e t e r n a f e

l i c i d a d : d e s p e j a d m i e n t e n d im i e n to d e t o d o s

l o s v a p o r e s t e r r e n o s q u e l o o f u s c a n : h e r i d

m i c o r a z ó n c o n l a s s a e t a s d e v u e s t r o a m o r ,

p a r a q u e m i v o l u n t a d j a m á s s e e s t r a v í e c o

m o o v e j a e r r a n t e q u e c a m i n a á l a m u e r t e .

E s p e r o d e v u e s t r o a m o r q u e m e c o n c e d e r é i s

e s t o q u e h u m i l d e m e n t e o s p i d o , p a r a q u e

d e s e m b a r a z a d a m i v o l u n t a d d e t o d o a f e c t o

( 2 ) E x

D .

C r i s . H o m . 3 4 . in M atth.



D ÍA DOCE; 163

t e r r e n o , y no aspirando sino á los verdade

r o s bienes de la gloria, me sea abierta la en

t r a d a

á este redil

c e l e s t i a l ,

en donde goce de

v u e s t r o amor por los siglos.sin fin. Amen.

Se reza un "Padre nuestro, cinco Ave

Marías,

y un Gloria Patrú

;

DIÀ TRECE.

Sicut visitât Pastor gregem suum, in die

quando fuerit in medio ovium suarum:

sic vis itabo oves meas^ et liber abo eas

de omnibus locis::: in die nubis et ca-

íiginis.EzzQ.

c. 34.

V.

12.

Al modo que el pastor visita su rebaño

en el dia en que se halla en medio de

sus ovejas, así cuidaré yo. las-ovejas

mias, y las recogeré de todos los lu

gares por donde fueron dispersadas en

el dia del nublado, y de las tinieblas.

E n este dia se nos hace ver la utilidad que

r e s ul ta

á las ovejas de María, de tener por



1 6 4 D ÍA T R E C E .

P a s t o r a á e s t a M a d r e d e D i o s , s o b r e l o c u a l ,

C o n s i d e r a l o p r i m e r o , q u e s i e n d o n u e s t r a

M a d r e P a s t o ra R e y n a y E m p e r a t r i z d e t o d o

e l U n i v e r s o , y h a b i e n d o r e c i b i d o d e m a n o d e l

O m n i p o t e n t e e l h o n o r , l a g l o r i a , l a p o t e s t a d

y e l i m p e r i o s o b r e t o d o l o c r i a d o , e n e l h e c h o

m i s m o d e d e c l a r a r l a P a s t o r a d e l a g r e y d e l

P a s t o r u n i v e r s a l , t u v o , p o r c o n s i g u i e n t e , e n

t o d a s u p e r f e c c i ó n l a v i r t u d c a r a c t e r í s t i c a d e

l a d i g n i d a d R e a l , q u e e s l a l i b e r a l i d a d , p o r

l a q u e l o s R e y e s se a s e m e ja n á l a d i v i n i

d a d ( i ) . A s í f u é , q u e e l e v a d a á u n a d i g n i

d a d t a n e m i n e n t e , y d e s t r u i d a s c o n s u i m

p e r i o l a s p o t e s t a d e s i n f e r n a l e s q u e n o s o p r i

m ían , no b laso nó d e sus t ro feo s po r so la la

e x a l t a c i ó n d e s u n o m b r e ; s i n o p o r q u e a s í q u e

d a b a e s p e d i t a s u a u t o r i d a d p a r a a t e n d e r á

p r o c u r a r n o s n u e s t r a e t e r n a s a l u d . S a b e m u y

b i e n e s t a S e ñ o r a , m e j o r q u e E s t h é r , q u e s u

e l e v a c i ó n á s e r M a d r e d e l b u e n P a s t o r J e s u

c r i s t o , n o f u é s o l o p a r a g l o r i a s u y a ; s in o p a r a

q u e a m p l i a n d o s u p r o t e c c i ó n c e r c a d e su H i

j o , en benef ic io de las ove jas redimidas con

s u s a n g r e , l a s c o l m e d e t o d a b e n d i c i ó n : b e n

d i c i o n e s d e l a l t o c i e l o , y b e n d i c i o n e s m a n a n

t i a l e s f e c u n d o s d e t o d a f e l i c i d a d e n l a t i e r r a ,

( i ) D e m o s t .



D ÍA

TRECE. 1 6 5

qu e sobrepujan á las qu e ( ha sta tener por P as

t o r a á M a r í a ) h a b í a d i s p e n s a d o D i o s á l o s

h o m b r e s

i ) .

P o n d e r a , a l m a m i a , q u e e sta

P a s t o r a d e b e d e s e r a m a d a p o r s u l i b e r a l i

d a d , m a s qu e t e m i d a p o r s u d i g n i d a d R e a l ;

p o r q u e s em e j an te á D i o s , m a s q u e n i n g u n a

o t r a c r i a t u r a , d i s t r i b u y e g e n e r o s am e n t e á

t o d a su g r e y t o d o g é n e r o d e f e l i c i d a d . L a

p r o m e s a h e c h a p o r D i o s a l l e g i s l a d o r d e l o s

H e b r e o s c u a n d o l e d i j o : Y o t e m o s t r a ré t o d o

b i e n ( 2 ) , p a r e ce t u v o su c o m p l e m e n t o c u a n

do nos conf ió á la custodia de es ta Div ina

P a s t o r a , p u e s p o r s u m e d i o s e n o s c o m u n i c a n

t a n c o p i o s a s y a b u n d a n t e s g r a c i a s , q u e p o

d e m o s ju s t a m e n t e d e c i r : q u e c o n e l l a n o s h a

v e n i d o t o d o b i e n , y q u e p o r su m a n o h e m o s

r e c i b i d o i n n u m e r a b l e s r i q u e z a s d e h o n e s t i

d a d ( 3 ) . E s t a n d o c i e r t o s d e l p o d e r d e s u s

r u e g o s p a r a c o n D i o s , "lo e s ta m o s t a m b i é n d e

q u e n a d a s e l e n i e g a d e c u a n t o p i d e e n b e

n e f i c i o d e s u r e b a ñ o : s i e n d o c i e r t a s u l i b e r a

l i d a d , l o e s t a m b i é n q u e s u s o v e j a s p u e d e n

p r o m e t e r s e t o d o l o q u e e l O m n i p o t e n t e l e s

p u e d e c o n c e d e r : s i e n d o c i e r t a s u t e r n u r a p a s

t o r a l , l o e s t a m b i é n q u e s u s o v e j a s p u e d e n

£ 1 ) G e n . C.49.V. i .z6. ( i ) E x o d . 3 3.V . 19*

( 3 ) S a p . c . 7 . v . 1 1 .



I Ó 6 D ÍA T R E C E .

d e s c a n s a r á l a s o m b r a d e s u p r o t e c c i ó n .

A F E C T O S . S ie n do y o o v eja d e tu rebat-

ñ o ,

¡ o h P a s t o r a a m a b l e d e s ca n s a y á m i a l

m a t r a n q u i l a e n m e d i o d e l a b o r r a s c o s a a g i

t a c i ó n d e l m u n d o . E s t a d e p e n d e n c i a , t a n

ven ta josa par a m í , me aseg ur a con tra la mult-

t i tud de prec ip ic ios que en é l me esponen á

m i p erd ic ión eterna , y no es e l m e n o r , e í

er ro r y la m ent ira con que me a lu c in é cuan*-

d o m e s e p a r é d e t u g r e y ; p e r o y á e l m u n d o

t i e n d e i n ú t i l m e n t e s u s r e d e s a l r e d e d o r d e m í ,

p o r q u e l o s d o c u m e n t o s c o n q u e g o b e r n á i s t u

r e b a ñ o , e n se ñ an á m i a l m a e l m o d o d e l i

b r a r s e d e e l l a s .

¡

O h s u e r t e f e l i z Ja m i a pror-

t e g i d o e n t u r e d i l s a n t o , d e s c u b r o d e s d e é l l o s

l a z o s q u e e l L e ó n r u g i e n t e m e t e n i a a r m a d o s ,

m e b u r l o d e t o d o s e l l o s , y d e j o f r u s t r a d o s

s u s m a l i g n o s i n t e n t o s . A n t e s , c u a l d é b i l y

t í m i d a o v e j a , m e r e n d í a a l m e n o r a s a l t o d e

l a te n t a c i ó n . ¡ A h , t r is te e f e c t o d e m i

debi-«-

l i d a d é i g n o r a n c i a , q u e m e h a c i a e s c l a v o d e

m i s p a s i o n e s , y v í c t i m a d e m i e r r o r p e r o

s i e n d o t ú m i r e f u g i o y m i s o c o r r o , s e h a

d i s i p a d o e n m i a l m a e l a m o r d e J o s f a l s o s

bienes que Ja caut ivaban , y ha desaparec ido

e l tem or de los . m ales que la a f l ig ian .

S i v o s o t r a s , c u a n t a s o v e j a s p a r t i c i p á i s d e

l a s a n g r e d e l C o r d e r o , q u e r é i s t e n e r p a r t e e n



D Í A T R E C E .

1 6 7

e s t a s u e r t e f e l i z , c o r r e d , d a r o s p r i s a á p o

n e r os b a jo l a p r o t e c c i ó n d e e st a b u e n a P a s

t o r a : e s t a n d o e n s u r e d i l , a b r i d l o s s e n o s d e

v u e s t r o c o r a z ó n , d i l a t a d l o s t é r m i n o s d e v u e s

t r o s d e s e o s , p e d i d l a c u a n t o n e c e s i t é i s , n o s o l o

c o n e n t e r a c o n f i a n z a , s i n o c i e r t o s y s e g u r o s

d e n o h a l l a r r e p u l s a e n s u p i a d o s o c o r a z ó n :

c o n f í r m e s e v u e s t r a e s p e r a n z a c o n e l s e g u r o

c o n o c i m i e n t o d e q u e , n i l a a m b i c i ó n i n s a c i a

b l e d e l o s m u n d a n o s , n i l a a v a r i c i a a b r a s a

d o r a d e l o p u l e n t o , n i l a c o n c u p i s c e n c i a m a s

a r d o r o s a , n i l o s d e s e o s , y p a s i o n e s t o d a s d e

los h o m b re s , pued en ape tece r n i aun imagi-»

n a r t a n t o s b e n e f i c i o s , t a n t a f e l i c i d a d , n i t a n

t a d i c h a c o m o l a q u e e s t a P a s t o r a p r o p o r c i o

na á sus f ieles ovejas. ¡ T a n t o s s on l o s b i e n e s

q u e c o n s e g u i m o s en s u r e b a ñ o M i e n t r a s q u e

p e r m a n e z c a m o s e n é l , n o n o s d e b e n c a u s a r

t e m o r n i l a m u l t i t u d , n i l a f u e r z a d e n u e s t r o s

e n e m i g o s : a u n q u e t o d o e l i n f i e r n o s e r e b e l e

c o n t r a n o s o t r o s , y l o s m a l e s d e l a v i d a s e

r e ú n a n p a r a a f l i g i r n o s , n o s e t u r b a r á n u e s t r a

e s p e r a n z a , s a b i e n d o q u e e s t a P a s t o r a n o s p r o

t e g e e n s u r e b a ñ o , y n o s e a p a r t a d e n o s o

t r o s p a r a c o n s o l a r n o s , y s o s te n e rn o s e n l a

p e l e a . ¡ L o b o s i n f e r n a l e s , h u i d á l a v i s ta d e

u n a P a s t o r a q u e t i e n e e n s u m a n o l a o m n i

p o t e n c i a d i v i n a p a r a d e f e n d e r á su s o v e j a s



1

6 8

D ÍA

TRECE.

C o n s i d e r a l o s e g u n d o , q u e s u pu e sta l a

s u p r e m a p o t e s t a d q u e M a r í a t i e n e s o b r e s u

r e b a ñ o , l a p a r t i c i p a c i ó n d e l a l i b e r a l i d a d d i

v i n a , y s u á n i m o p r o n t o p a r a d i s t r i b u i r e r í

benef ic io nue stro los tesoros in ag ota ble s d e

l a o m n i p o t e n c ia d e su H i j o , d e q u e e s d e p o

s i t a r í a , p u e d e n m u y b i e n p r o m e t e r s e s u s o v e

j a s e l c o n s e g u i r d e s u l i b e r a l m a n o , c u a n t o

n e c e s i t e n e n e l o r d e n d e l a n a t u r a l e z a y d e

l a g r a c i a : b i e n e s d e f o r t u n a , s o c o r r o s e n l a s

n e c e s i d a d e s y a f l i c c i o n e s d e l c u e r p o , y a b u n

d a n c i a d e t o d o l o n e c e s a r i o p a r a e l b i e n d e

n u e s t r a a l m a : t o d o n o s l o p o d e m o s p r o m e t e r

d e e s ta D i v i n a P a s t o r a , q u e n o se a p a r t a n i

u n m o m e n t o d e s u s o v e j a s , n i l a s e n t r e g a p a r a

q u e s e a n p r e s a d e l o s L o b o s ; a n t e s b i e n q u e

dan estas f ieras sujetas á e l las , pues les a l

c a n z a t a n t a g r a c i a , q u e b u r l a n d o s u s a s t u

c i a s ,

v u e l v e n á l a v i d a d e s p u é s d e m u e r t a s ,

y r e s u c i t a n a u n q u e e s t é n d e s p e d a z a d a s ( i ) .

S í , a l m a m i a : e s t a S e ñ o r a , c u a l v i g i l a n t e P a s

t o r a , n o a flo ja n i u n m o m e n t o e n s us c u i d a

do s sobre sus ove jas : de seá nd ola s s iem pre

s u m a y o r b i e n , b u s c a d e c o n t i n u o t o d o s l o s

m e d i o s d e p r o p o r c i o n a r l a s c u a n t o n e c i s i t a n ,

p r e s e n t a n d o s u s r u e g o s a n t e e l t r o n o d e l A l - '

- ( i. ) S . P e t . C r i s . S

. 4 0 .



D Í A T R E C E .

1 6 9

t í s i m o , s i n e c e s a r i o e s , p a r a q u e m e j o r a l c a n

c e n c o n s u m e d i a c i ó n l o s f a v o r e s d e a q u e l

D i o s , q u e t o d o l o c o n c e d e c u a n d o s u M a d r e

e s l a q u é p i d e . A e s t e i n t e n t o , d i c e d e s í m i s

m a esta S eñ or a : Y o a nd o en los cam inos d e

l a j u s t i c i a p a r a e n r i q u e c e r á l o s q u e m e a -

m a n ( 1 ) . P o r m a n e r a q u e , a l p a r e c e r , s o l o

p o r n u e s t r o p r o v e c h o y u t i l i d a d , h a d e p o s i

t a d o e l O m n i p o t e n t e e n n u e s t r a P a s t o r a t o d a s

sus r iquezas , á f in de que en su rebaño ha l len

e n t e r o y u n i v e r s a l s o c o r r o J os m i s e r a b le s h i

j o s d e A d á n ( 2 ) . T o d o s l o s b ie ne s q ue c o n

s e g u i m o s , q u i s o e l S e ñ o r q u e s e n o s c o n c e

d i e s e n p o r M a r í a e n c l a s e d e P a s t o r a : e l l a

b u s c a l a o v ej a p e r d i d a , y e n s us p r o p i o s b r a

zos t rae á su rebaño á la que se es t rav ió : e l la

c u r a y f o r t i f i c a á l a e n f e r m a y a c h a c o s a , y

g u a r d a c u i d a d o s a m e n t e á l a f u e r t e y r o b u s

ta : por su m ed io v i s i ta e l S up rem o Pa stor á

s us o v e j a s , la s r e ú n e , y l a s c o n d u c e a t i e r r a

p r o p i a , p a r a q u e p a s te n y s e a l i m e n t e n d e

l a s y e r b a s v e r d e s y f r o n d o s a s d e s u g r a c i a .

A s í s e r e a l i z ó , p o r m e d i o d e n u e s t r a P a s t o

r a M a r í a , l o q u e e l S e ñ o r p r o m e t i ó á su r e

b a ñ o p o r b o c a d e J e r e m í a s . Y o r e u n i r é , d i c e ,

á m i s o v e j a s , t r a y é n d o l a s d e l a s t i e r r a s d o n -

• ( 1 )

Pr o v . c. 8 . v . a o .

( 2 ) AbaáAd.c.2^.sup.Eccl.



i 7 ° n u

TRECE.

d e l a s e c h ó l a t r i b u l a c i ó n , y l a s v o l v e r é á

s u p r o p i o p a i s ; c r e c e r á n y s e m u l t i p l i c a r á n :

n o t e n d r á n y á m i e d o á n a d i e , y n o f a l t a r á

n i n g u n a d e e l l a s d e m i r e d i l ( i ) .

A F E C T O S . ¡ O h P a s t o r a S a n t í s im a S o is

e l m e d i o d e n u e s t ra r e c o n c i l i a c i ó n c o n v u e s

t r o H i j o y n u e s tr o D i o s :

;

p o r l o t a n t o , s o i s

l a e s p e r a n z a d e l o s q u e d e s e s p e r a n : l a a b o

g a d a de Jos que se h a l la n des t i tu idos de tod o

a u x i l i o : e l p u e r t o s e g u r o d e l o s q u e n a u f r a

g a n : e l c o n s u e l o d e l m u n d o p e r d i d o p o r

A d á n : l a l i b e r t a d o r a i r r e si st ib l e d e l o s o p r i

m i d o s : s o i s e l a m p a r o d e l o s h u é r f a n o s , l a

r e d e n c i ó n d e l o s c a u t i v o s , y l a s a l u d d e l o s

enfermos: Vos la f i rmeza de los peni tentes ,

l a g l o r i a d e l a s V í r g e n e s , su g o z o , y su c o

r o n a . D i o s o s b e n d i g a , ¡ o h f ue n te d e g r a

c i a y c o n s o l a c i ó n d u l c e a m p a r o d e l os c o n

v e r t i d o s , R e y n a y p r o t e c to r a d e l g é n e r o h u

m a n o . D i o s te s a l v e , p u es b a jo v u e s t r o a m

p a r o s e m i t i g a n , n u e s t r o s d o l o r e s , s e r e m e

d i a n u e s t r a t r i s t e z a , y d e s a p a r e c e t o d a a d

v e r s i d a d y d e s g r a c i a ( 2 ) . C o n u n t e s o r o -t a n

p r e c i o s o , c o n u n a g u i a t a n s e g u r a , c o n u n a

P a s t o r a t a n p o d e r o s a , n o h a y y á b i e n es e n

l a t i e r r a q u e y o n o d e s p r e c i e , n i e s c o l l o s

(1)

Jer.c.33.v.3.4.

( a ) S . E fr e n . rf e Laud.Virg.



Í 7 2 JHA TR EC E.

v i o q u e p u e d o h a c e r o s , e s e l d u d a r d e v u e s

t r a v o l u n t a d p r o n t a p a r a s o c o r r e r n o s e n n u e s

t r a s n e c e s i d a d e s ; y a s í , le jo s d e i n c u r r i r y o

e n e st e c r i m e n , o s c o n f ie s o p o r m i M a d r e

y A b o g a d a , y q u e p o r e s t a r a z ó n n o s o i s

c a p a z d e o l v i d a r o s , n i u n i n s t a n t e , d e l a s n e

c e s i d a d e s d e v u e s t r o r e b a ñ o e n ' l a p r e s e n t e

v i d a . C a b a l m e n t e s o y l a o v e j a m a s n e c e s i t a

d a d e v u e s t r a p r o t e c c i ó n y a m p a r o , y e n

q u i e n p o r l o m i sm o p u e d e r e s p l a n d e c e r m a s

el poder que se os d io para regir vuestra

g r e y . C o n c e d e d m e , q u e c a m i n a n d o p o r J a s

s e n d a s d e l a l e y s a n t a d e m i D i o s , e v i t a

l o s e s c o l l o s d e l m u n d o , y l l e g u e s i n t r o p i e

z o á l a m a n s i ó n f e l i z d e l a g l o r i a . A m e n .





*73

D Í A CATORCE.

Oves,

et caprce steriles non fuerunt

, a-

rietes gregis non comedí .:: Die noctu

que eestu urebar, et gelu, fiígiebatque

somnus ab oculis meis.

G E N . C

. 3 1

. V

. 3 8 .

40.41.

Las ovejas y las cabras no fueron es

tériles

: no me comí los carneros de

la

grey::: Dia y noche andaba al sol

y al yelo, y el sueño huía de mis ojos

por custodiarla: tanta es la solicitud

con

que he servido á tus rebaños.

E n este dia se nos manifiesta la solicitud

con que nuestra Divina Pastora custodia su

rebaño, sobre lo cual,

Considera lo primero, que este título^

el traje, y ocupación de Pastora, con que

esta Señora se nos presenta, es lo que sin

gularmente nos hace conocer su incansable

solicitud en procurar nuestra felicidad tem-



1 7 4

D I A

T R E C E .

p o r a l y e t e r n a . L o s o t r o s t í t u l o s c o n q u e

g l o r if ic a m o s á M a r í a , s on p o r l o c o m ú n ,

p a r a e n s a l z a r s u n o m b r e , y o s t e n t a r s u s p r e -

r o g a t i v a s y g r a n d e z a s ; p e r o e l d e P a s t o r a ,

com o que a l pa rece r ha ce q ue es ta Se ño ra

d e s c i e n d a d e s u e s c e l e n c i a y d i g n i d a d , t e r

m i n a s o l o e n p r o v e c h o y u t i l i d a d n u e s t r a .

E l r o p a g e m i sm o q u e p e n d e d e s us h o m b r o s ,

entrete j ido de p ie les y l a n a , s igni f ica la p ie l

d e a q u e l l a o v e j a , q u e e s t r a v i a d a y b u s c a d a

c o n s o l i c i t u d , l a p u s o b a j o l a p r o t e c c i ó n d e

s u p o d e r o s o b r a z o i ) ; y nos da á entender ,

que t iene tan presente la as istencia sol íc i ta

d e s u r e b a ñ o , c o m o e l v e s t i d o m i sm o c o n

q u e n u e s t ra P a s t o r a s e c u b r e . N o e s c o m o

aq u el l os Pa stores d e quien es se lame nta e l

S e ñ o r , d i c i e n d o : ¡ A y d e l o s P a s t o r e s q u e s e

a p a c i e n t a n á s í m i s m o s n o c u r a n d o m a s q u e

d e a l i m e n t a r s e c o n s u l e c h e , v e s t i r s e d e s u s

l a n a s , y r e g a l a r s e c o n l a s r e s e s m a s b i e n

n u t r i d a s ; y q u e s in p r o c u r a r f o r t a l e c e r l a s

d é b i l e s , n i b u s c a r á l a s q u e s e h a n e s t r a -

v i a d o , l a s d o m i n a n y r i g e n c o n a s p e r e z a y

c o n so b er b ia ( 2 ) : s in o q u e d i l i g e n t e , y s o

l íc i ta , no so lo no p ie rd e de v is ta n i un m o

m e n t o e l r e b a ñ o q u e l e c o n f ió e l P a s t o r S u -

( 1 )

B a r ó n . A n a l . a i p . n .

1 3 .

( a ) E z e q . c . 3 4 . v. a.



D ÍA TRECE.

"7*

p r e m o , s i n o q u e p e n e t r a r í a g u s t o s a h a s t a l o s

abismos por as ist ir aun á la mas p e q u e ñ a , y

m i s e ra b l e d e s u s o v e j a s . P o n d e r a , q u e a s í

c o m o n o h a y m o m e n t o e n q u e e l L o b o i n

f e r n a l d e j e d e v e l a r s o l í c i t o p o r l a p e r

d i c i ó n d e a l g u n a d e e l l a s ; a s í n o h a y t a m

poco un instante en que nuestra Pastora no

v e l e t a m b i é n p a r a d e j a r b u r l a d o s l o s e s f u e r

z o s d e t a n a s t u t o e n e m i g o , p u d i e n d o d e c i r

m e j o r q u e J a c o b : P o r c u i d a r c o n s o l i c i t u d

m i s r e b a ñ o s , a n d u v e d e d i a y d e n o c h e , e s

pu esta a l so l y a l f r i ó , y aun e l sueñ o se

r e t i r ó d e m i s o j o s . S í , a l m a m i a , e s ta S e ñ o

ra apac ienta por s í misma sus ove jas : las

p r o c u r a e l n e c e s a r i o d e s c a n s o : b u s c a c o n s o

l i c i t u d l a s q u e s e e s t r a v í a n : r e c o g e á l a s q u e

e st án a b a n d o n a d a s , y á t o d a s l a s g o b i e r n a

c o n j u i c i o y c o n s a b i d u r í a ( i ) : i m p r im e e n

e l l a s e l s e l l o d e l a l e y d e D i o s : l o g r a b a e n

su s c o ra z o n e s ( 2 ) ; y e s te r m i n a d e l a t i e r

ra d on de pastan sus ga n ad os á las best ias

m a l i g n a s , q u e so n l o s d e m o n i o s , y a sí d e s

c a n s a n t o d a s sin t e m o r , s a b i e n d o q u e n o

d u e r m e , n i s e d e s c u i d a l a P a s t o r a q u e c u s

t o d ia e l r e ba ñ o d e I s r a e l ( 3 ) . A s í l as c o l

m a d e b e n d i c i o n e s ; y c u a n d o h a y a d e a s a l t a r -

(1) Ezeq.c . 3 4 . v . i g . i< 5 . ( a ) J e r e m . c. 3 i . v . 3 3 .

( 3 ) P s .

n o . v

. 4 .



1 7 6 D ÍA T R E C E .

l a s e l e n e m i g o , s e m i r a n m a s s e g u r a s q u e

s i las custod iasen los s ie te Pa stores que d e

b ía n g o b e r n a r l a t ie r r a d e A s u r , y h u m i l l a r

l a s o be r bia d e l o s A s i r i o s ( 1 ) .

A F E C T O S . ¿ C ó m o p od ré y o a g r a d e

c er os ¡ o h a m a b le P a s t o r a l o s b en efic ios

q u e m e d i s p e n s á i s c o n v u e s t r a s o l i c i t u d p a s

t o r a l s o b r e m i a l m a ? | C ó m o h e d e r e c o m

pensar la pr ofus ión con q ue m e m ostrá is

v u e s t r a b o n d a d , v u e s t r a m i s e r i c o r d i a , y

v u e s t r a t e r n u r a m a t e r n a l , V o s e n c l a s e d e

P a s t o r a , y y o e n s e m e j an z a d e o v e j a v u e s

t r a ? ¿ Q u é s e r v i c i o s s e r á n b a s t a n t e s p a r a n o

ser yo ingrato á tantos b ienes de que me

c o l m á i s e n e s ta v i d a , y m e p r e p a r á i s p a r a

l a e t e r n a ? ¡ A h V o s p a r a v e l a r s ob re m í

c o n t a n t a s o l i c i t u d , o s o l v i d á i s d e q u e d e

s e r t a n d o y o á l a s v e c e s d e l r e c i n t o e n q u e

c u s t o d i á is v u e s t r a g r e y , r a s g u é c o n m i s m a

n o s ,

y p i sé c o n m i s p i e s , l a a d o p c i ó n s a n t a

c o n q u e m e r e c i b i s t e i s p o r H i j o , y q u e d e

c l a r á n d o m e a s í e n e m i g o v u e s t r o , p r o v o q u é

e l r i g o r d e la j u s t ic i a d i v i n a , m e r e c í v u e s

t r a i n d i g n a c i ó n , y v u e s t r o s c a s t i g o s , m a s

b i e n q u e v u e s t r a s o l i c i t u d p a s t o r a l ; s in e m

b a r g o , m i l y m i l v e c e s , s o l í c i t a d e m i b i e n ,

( 1 )

M ich.c . g . v . g .6 .



D Í A C A T O R C E . 1 7 7

m e h a b é i s l l a m a d o p a r a p e r d o n a r m e , y p o

n e r m e e n s e g u r i d a d d e m i s e n e m i g o s . ¿ C ó

mo podré yo en adelante ser insens ible á

t a n t o a m o r ? ¿ C ó m o p o d r é a g r a d e c e r l o d e

b i d a m e n t e ?

Con este f in me entrego enteramente á

V o s , m i d u l c e P a s t o r a , s i n r e s e r v a a l g u n a :

os seré siem pre f ie l, so co rr id o , com o es pe ro ,

d e l a g r a c i a d e m i D i o s : m e s u j e t a r é g u s

t o s o á v u e s t r o g o b i e r n o p a s t o r a l , a u n q u e s e a

n e c e s a r i o p a r a e s t o a p u r a r e l c á l i z d e a m a r

g u r a q u e p u e d a o f r e c e r m e e l v e n c i m i e n t o

d e mis pa s io ne s , y los com bates de mis en e

m i g o s . P o r n o s e p a r a r m e d e v u e s t r o r e b a ñ o

s u f r i r é t o d o s l o s m a l e s d e l a v i d a , y a u n

l o s d e s a f i o c o m o i n c a p a c e s d e p r i v a r m e d e

e s t e b i e n . S a b i e n d o y á l a s o l i c i t u d c o n q u e

v e í a i s p o r m i f e l i c i d a d , r e c o b r o f u e r z a é i n

t r e p i d e z c o n t r a l o s q u e i n t e n t e n e s t o r b á r m e l a .

L a i n v o c a c i ó n s o l a d e l n o m b r e • d e P a s t o r a , ,

p o n d r á e n v e r g o n z o s a f u g a a l L o b o s a n g r i e n

t o ; y si v u e l v e á a c o m e t e r m e , y o e n c o n t r a

r é e n v u e s t r a b o n d a d p a s t o r a l l o s s o c o r r o s

n e c e s a r i o s p a r a m i s e g u r i d a d . S o i s m i e s p e

r a n z a , m i a m p a r o , y m i c o n s u e l o .

¡

A h , d ó n

d e h a l l a r e y o u n a p o y o m a s f u e r t e d e m i -

e s p e r a n z a

• C o n s i d e r a l o s e g u n d o , q u e s a b i e n d o e s -

Í 2



1 7 8 D ÍA T R E C E .

ta S eño ra que e l o f ic io d e Pastor im po ne la

o b l i g a c i ó n d e e v i t a r e l o c i o , y t r a b a j a r i n

f a t i g a b l e m e n t e p o r e l b ie n d e s u r e b a ñ o ( 1 ) ,

y q u e e n t o n c e s s e a u m e n t a n l a s o v e j a s , y

e s t á n s e g u r a s d e l o s l o b o s , c u a n d o s o n a s i s

t id a s p o r su p ro p i o P a s to r ( 2 ) , p r o c u r ó c o

m o b u e n a P a s t o r a l l e n a r c u m p l i d a m e n t e d o s

c u a l i d a d e s q u e c l a s i f i c a n a l v e r d a d e r o y s o

l í c i t o P a s t o r : la s o l i c i t u d p a r a n o p e r d e r d e

v is ta á sus ove jas , aun en las t in ieblas de

l a n o c h e : y la fidelidad en cu sto d ia rla s y

d e f e n d e r l a s d e t o d a d e s g r a c i a ( 3 ) . E s t a s d o s

a t ri b u c io n e s p a s t o r a l e s , l a s c u m p l e n u e s t ra

P a s t o r a c o r r i g i e n d o l o s e s t r a v í o s d e s u s o v e

j a s ,

p a r a q u e s u p r o p i a m i s e r i a y f r á g i l c o n

d i c i ó n , n o l a s c o n d u z c a á su e t e r n a r u i n a :

preservando á su grey de las sugest iones d ia--

b é l i c a s , p a r a q u e n o s e a n s e d u c i d a s p o r l a

a s t u c i a d e s u e n e m i g o : y d i r i g i e n d o a l S u

p r e m o P a s t o r , p o r e l l a s , s us o r a c i o n e s y s ú

p l i c a s , p a r a a l c a n z a r l e s l a g r a c i a q u e le s es

t a n n e c e s a r i a , p a r a n o r e n d i r s e á s u d e b i l i d a d

p u s i lá n i m e ( 4 ) . E s t e e s e l l l e n o d e s o l i c i t u d

c o n q u e M a r í a a p a c i e n t a s u r e b a ñ o , p o r c u

y a r a z ó n p u e d e f r a n c a m e n t e d e c i r á s u D i -

( 1 ) S . G r e g ; M a g n . c o l . 36 . (2) S . A t h a n .

0 0 1 . 3 2 7 . ( 3 )

H u g . Ca r . sup.

G e n .

cap.

3 0 .

( 4 ) S . B e r n . de ver. Past.



D Í A T R E C E , 1 7 9

v i n o H i j o , d á n d o l e r a z ó n d e l d e s e m p e ñ o d e

s u c a r g o p a s t o r a l : N i n g u n a d e l a s o v e j a s á

m í c o n f i a d a s , ¡ ó H i j o m i ó h a n p e r e c i d o p o r

m i d e s cu i d o ( 1 ) . P o n d e r a , q u e p e r te n e c ie n d o

á l a s o l i c i t u d p a s t o r a l e l r e d u c i r a l r e b a ñ o

á a q u e l l a s o v e j a s q u e s e e s t r a v í a n , a u n q u e

s ea a te r r á n d o l a s co n e l c a s t i g o ( 2 ) , c o r r i g e

c o n m a n o p o d e r o s a á l a s q u e a l u c i n a d a s , y

c i e g a s , c o r r e n p o r l a s s e n d a s d e l v i c i o y e l

d e s o r d e n ; u n a s v e c e s c o n m a n o c a r i t a t i v a y

d e M a d r e , y o t r a s , c u a n d o e sto n o a l c a n z a ,

poniendo á su v is ta los cast igos con que e l

s u p r e m o J u e z , y P a s t o r , s u e le m a n i fe s ta r s u

- indignac ión en e jerc ic io de l a t r ibuto de su

j u s t i c i a . S i e n d o p r o p i o d e l b u e n P a s t o r g u a r

d a r c o n s o l i c it u d á su g r e y , y l i b r a r l a d e

l o s a c o m e t im i e n to s d e l a s b e s ti as f e r o c e s ( 3 ) ,

e s s o l í c i t a e s t a S e ñ o r a p a r a a u x i l i a r n o s e n

l a s t e n t a c i o n e s d e l d e m o n i o , q u e e n v i d i o s o

d e n u e s t r a d i c h a , p r e p a r a c o n d i s i m u l o s u s

r e d e s , y a t iz a e l fue go d e las pas ione s p ar a

p r e c i p i t a r n o s , r e n d i r n o s , y d e v o r a r n o s ; p u e s

c o m o e s d a d o á e s t a S e ñ o r a e l a h u y e n t a r á

l o s e n e m i g o s m a l i g n o s , h u y e n é s t o s a v e r

g o n z a d o s c u a n d o se p r e se n ta l a M a d r e d e l

buen Pa stor á sostener á sus ov e ja s en la b a -

( 1 ) H o g . C a r . s u p . G e n . c . 3 0 . ( a ) S . A u g . E p .

ad Bonif. ( 3 ) S . L a u r . J u s t . de Cont. mun.



i 8 ó D ÍA C A T O R C E .

t a l l a ; y p o r ú l t i m o , se e m p l e a c o n t i n u a m e n

te en ro ga r por no sotros á la m ise r ico rd ia

d e D i o s , p a r a q u e a s is t id o s d e su g r a c i a ,

seamos l ibres de los pe l igros y miser ias de

l a p r e s en t e v i d a . E s t a n t a l a p i a d o s a s o l i

c i t u d d e n u e s tr a P a s t o r a c o n s u r e b a ñ o , q u e

e n d e c i r d e S . G e r m á n , j a m á s s e s a t i s f a c e ,

ni se cansa de entender en nuestra defensa .

A F E C T O S . ¡ A h , q ué c u a li d a d e s ta n

amables c las i f ican á mi Sant ís ima y d igna

P a s t o r a S i e n d o , c o m o l o e s , ta n c u i d a d o s a

y s o l í c i t a d e m i b i e n , m e e s p r e c i s o e l c o n

fe s a r , que d ebo á su so l ic i tu d y as is tenc ia

e l v e r m e l i b r e d e l a o p r e s i ó n i g n o m i n i o s a

d e l D r a g ó n i n f e r n a l : y o m e v i , a l a s v e c e s ,

g i m i e n d o b a jo su d u r a e s c l a v i t u d ; p e r o M a

r í a , c u a l s o l í c i t a P a s t o r a , r o m p i ó l o s l a z o s

c o n q u e m e t e n i a c a u t i v o , y c u s t o d i á n d o m e

e n s u r e d i l , e n c u e n t r o e n s u m a t e r n a l a b r i g o

los socorros de que á todo instante neces i to

p a r a n o r e i n c i d i r e n t a n f e a e s c l a v i t u d . S í :

V o s ^ a s t o r a a m a b l e , m e h ab éis l ib r a d o d e l

p e s o i n s o p o r t a b l e d e m i s c u l p a s , p o r l a s q u e

me v i en una s i tuac ión tan t r is te ; y aunque

p ar a sujetarm e a l rec into d e vu es tro m íst ico

r e d i l , t e n g o q u e t o m a r s o b r e m í e l y u g o d e l a

l e y s a n t a d e m i D i o s , e s é s t e u n y u g o s u a -

V e y d u l c e p a r a m i a l m a . ¡ O h c a r i d a d i n -



D ÍA C ATO R C E. I S I

c o m p r e n s i b l e P a r a m o s tr ar m e y o a g r a d e c i

d o á e l l a , o s h a r é c o n t i n u o s a c r if ic i o d e a l a

b a n z a s : c e l e b r a r é c o n c á n t i c o s e t e r n o s l a s o

l i c i t u d m a t e r n a l c o n q u e c u s t o d i a s v u e s

t r o r e b a ñ o : y p u b l i c a r é , á l a f a z d e l m u n d o

e n t e r o , e l n o m b r e d e P a s t o r a q u e c o n t a n t a

v i v e z a , y e n e r g í a , n o s d e s c u b r e l o s r a s g o s d e

v u e s t r a t e r n u r a y v u e s t r o a m o r .

P e r o , ¡ q u é c o m p a s i ó n e s c i t a n e n m i a l

m a ta n t os d e s g r a c i a d o s m u n d a n o s , q u e a l u

c i n a d o s y c i e g o s c o n l o s e n c a n t o s d e l s i g l o ,

h u y e n d e l r e b a ñ o d e e s t a P a s t o r a p a r a e n

t r e t e n e r s e e n s u s l o c o s d e b a n é o s , e n q u e v i e

n e n á q u e d a r e s c l a v o s d e su s p r o p i a s p a s i o

n e s

¡ A h i n s e n s at o s ¿ P o r u n a d i v e r s i ó n t r a n

s i t o r i a , c o m o l o e s l a q u e d i s f r u t á i s e n e l

b a y l e , e l t e a t r o , ó la s c o n c u r r e n c ia s p r o f a

n a s , p a r a l o q u e t en é is q u e s o p o r t a r m i l m o

l e s t i a s , y a u n a c a s o l a p é r d i d a d e v u e s t r a

s a l u d , r en u n ciá is d e la p a z , l a a l e g r í a , y

e l c o n t e n t o , q u e c o n s u p a s t o r a l s o l i c i t u d

d i f u n d e e s t a P a s t o r a e n e l c o r a z ó n d e s u s

f ie les ov e ja s? P re gu n tad á las a lm as fie les,

y e l las os d irán cuan gustoso y dulce es e l

v i v i r b a j o l a p r o t e c c i ó n m a t e r n a l d e e s t a

D i v i n a P a s t o r a , y c o n v e n c i d o s d e e sta v e r

d a d , c o r r e d t o d o s á e n t r a r e n s u r e b a ñ o : y

p a r a q u e o s s e a ú t i l s u s o l i c i t u d p o r v u e s -



i S ' í -

D Í A T R E C E .

t r o b i e n , m i r a d c o n e l i n t e r é s d e b i d o v u e s

t r a e te rn a s a l u d : a r r e g l a d v u e st ra s a c c i o

n e s d e l m o d o q u e D i o s o s m a n d a : y p o r e l

e j e r c ic i o d e t o d a s l a s v i r t u d e s , c o r r e s p o n

d e d á l a s o l i c i t u d c o n q u e e s ta D i v i n a P a s

t o r a v e l a d e c o n t i n u o p o r v u e s t r o b i e n .

O R A C I Ó N . ¡ D i o s o m n i p o te n te q ue

m a n i f e s t á i s v u e s t r a b o n d a d é n d a r n o s u n a

P a s t o r a t a n s o l í c i t a y v i g i l a n t e p o r n u e s t r a

f e l i c i d a d , c o n c u y a a m a b i l i d a d s e d u l c i f i c a

l a p e n a q u e p u e d e c a u s a r n o s e l v e n c i m i e n t o

d e n u e s tr a s p a s i o n e s , t a n n e c e s a r i o p a r a n o e s -

t r a v i a r n o s d e l g r e m i o d e v u e s t r a g r e y : V o s ,

q u e t a n m i s e r i c o r d i o s a m e n t e d e r r a m á i s l a s

c o n s o l a c i o n e s d e l d i v i n o E s p í r i t u s o b r e l a s

al m as qu e os son f ie les, inf u nd id en nu estros

c o r a z o n e s l a l u z d e v u e s t r a d i v i n a g r a c i a :

a b r a s a d l o s c o n l o s a r d o r e s d e l a m o r s a n t o :

a n i m a d n o s , y f o r ta l e c e d n o s á t o d o s , p a r a

q u e s u p e r a n d o l o s o b s t á c u l o s q u e e l e n e m i

g o p o n e á n u e s t r a p e r s e v e r a n c i a e n l a v i r

t u d , c o n s ig a m o s v e r o s y a l a b a r o s e n c o m

p a ñ í a d e n u e s tr a M a d r e P a s t o r a e n l a g l o

r i a . A m e n .


M artas ¡ y un Gloria P atri,



D Í A Q U I N C E .

¿Volite timere pus M us grex. r u c . c . 1 2 .

v . 3 2 .

N o tenéis vosotros por qué tem er, p e

queño rebaño mió.

JEstas mismas palabras repite la Divina Pas

tora.,, en este d i a , á todas las ovejas que co m

ponen su místico rebaño, para consolarlas en

todas sus aflicciones de alma y cuerpo, so

bre lo cual;

Co nsidera lo prim ero , el modo afable y

cariñoso con que el Divino Redentor Jesu

cristo quiso consolar á sus discípulos, cuan

do los vio atribulados por las persecuciones,

tenta cion es, y traba jos, de que se veían cerca

dos por todas partes. No queráis temer,,les

dice, vosotros que componéis mi corto reba

ñ o ; pues aunque os veáis afligidos de mil

modos, y privados de todo lo que recréala

sensualidad de los mundanos, mi Padre ce

lestial tiene decretado el que seáis felices en

su reyno eterno. Con las mismas palabras de

consuelo dulcifica la Divina Pastora las a-



, I § 4

D I A

Q U I N C E .

facciones y trabajos de sus ovejas en este va-

lie miserable de lágrimas, por cuya razón la

llama la Iglesia consoladora de los afligidos.

S í , alma mia, aunque las ovejas de esta Pas

tora tengan toda la seguridad, y protección,

viviendo bajo de su custodia sin saltar de su

redil; no pueden sin embargo esceptuarse de

las penurias y trabajos, que como resultado

fata l del pecado de A d á n , afligen en este

mundo á todos sus descendientes; antes bien,

asegura el Señor, que la tribulación prueba

á los justos, así como los vasos de un alfa

rero son probados en el fuego ( i ) . A sí como

un navio está espuesto en alta mar á las fu

riosas olas de las tempestades, que comba

tiéndolo por todas partes lo hacen zozobrar,

y él mismo se vé varias veces á punto de ser

sumergido en las aguas amargas del mar, así

los justos en la peligrosa navegación de este

mundo, antes de arribar al puerto feliz de

su salvación, son afligidos de mil modos y

maneras, espuestos á continuos peligros, y

precisados frecuentemente á gustar de las

aguas amargas de la tribulación. Por esto di

ce S. Pablo, que hay peligros en todas partes,

mientras que peregrinamos en el mundo; pe-

( i ) E c c l e s . c. 1 7 .



DÍ A QUI NCE . 1 8 5 "

l igro sen la m ar , en la tierr a, en las p obla

ciones, en la soledad, y aun entre nuestros

falsos hermanos. Estas tribulaciones llegan

á las veces á acongojar á las ovejas del pe

queño rebaño de María; y por esto, con tan

ta timidez como los Apóstoles, claman á esta

Señora , d ic ié ndola : V e d , Se ño ra , y a d

vertid que nos vemos á punto de perecer, si

Vos no nos salváis. Mas como el oficio pas

toral escita la compasión de las ovejas dé

biles ( 1 ) , esta solíc ita Pastora , condolida

de ver las suyas tristes, angu stiadas, y a c o

bardadas, dulcifica sus penas, y tranquiliza

sus ánimos¡ af lig id o s, infundiendo en ella s

tanta paz y contento espiritual, que superan

á todas cuantas satisfacciones puede ofrecer

les el mundo: tanto es el consuelo que en

cuentran las ovejas de María en sus tribula

ciones , que solo puede dar idea de él quien

lo esperimente.

A F E C T O S . C ua nd o o b s er vo , ¡ oh D i o s

m ió

que á vuestros mayores amigos los de

jais vivir rodeados de tribulaciones; y

que

y o ,

siendo el mayor pecador que sustenta la tier

ra , me lamento cuando he de soportar a l

gún trabajo por serv iros, me av er gü en zo , y

( 1 ) S. G r e g . M a g . in 1 . 1 . R e g .



I 86 UI A QU I NCE .

confieso que soy la criatura mas criminal del

mundo: solo he buscado hasta hoy las dulzu

ras que con larga mano dispensáis á los que

os sirven; y la adversidad mas pequeña me

tu rb a, me aflige, y apaga todo mi fervor:

qu iero , p u es , ¡oh piadosa Pastora m ia apro

vecharme de este conocimiento, y por lo mis

m o ,

me abandono enteramente á vuestra pro

tección, con una confianza tan firme, que na

da será capaz de atribularme. Busqué mi con

solación en las criaturas, en vez de acudir á

V o s :

estoy desengañado de este error, y así

desde este momento en Vos buscaré el alivio

de mis penas; aunque me vea envuelto entre

las tribulaciones más amargas, yo no perde

ré jamás de vista que Vos las presenciáis con

voluntad de favorecerme, y aun con gusto

de verme pelear con valor.

Vuestras ovejas descansan yá bajo de

vuestro amparo, y en él encuentran la tran

quilidad y el contento que los mundanos no

pueden hallar, ni en los falsos placeres, ni

en el esplendor de la gr an de za , ni en la abun

dancia de riquezas: todo esto que los des

lumhra, y que es para ellos un santuario de

felicidad, es en verdad un torrente rápido

que los arrebata, sin que ellos perciban el

abismo adonde van á sumergirse. Yo por mi



D Í A Q U I N C E . í'87

parte, cuándo me vea oprimido con el peso

de alguna aflicción, acudiré á Vos, pues que

sois poderosa para socorrerme, y llena de ca

ridad para ampararme; y me compadezco de

los miserables esclavos del mundo, los cua

les si alguna vez os buscan en sus tribulacio

nes, es después de haber asurado hasta las

heces de su amargo cáliz, y haberles enseña

do la esperiencia, que solo en los sentimien

tos de la Religión está la medicina de sus

males. ¡Ojalá pudiera yo hacerles conocer

su ceguedad, y que rompiesen las cadenas con

que los oprime el tirano cruel á quien sirven

Considera lo segundo, que aunque la po-^

bréza,el hambre, la persecución, y contra

dicciones de la vida, aflijan á las almas, que

cual fieles ovejas se dedican al servicio de su

D i o s , y este Señor las permita para acriso

lar su paciencia, su fortaleza, y su virtud;

hay sin embargo otro género de tribulación

que las aflige m ucho m as , y es , la tentación

con que el demonio las solicita, y provoca al

pecado, intentando separarlas del redil de su

Pastora adonde él no puede penetrar. Este

León rugiente vé con envidia y rabia sustraí

das de

su

imperio á aquellas almas que fueron

suyas algún dia, y colocadas ahora en lugar

seguro: é indignado de que dichas alm as p a -



1 8 8 DÍ A QU I NCE .

sen del servicio suyo al de una M u g e r, q u e le

declaró eterna enemistad, las persigue como

fugitivas y apó statas , procuran do el que vu el

van á su dominio, en términos, que basta ser

oveja de María, para estar cierto de que hay

precisión de estar con las armas en la mano,

para sostener una continua lucha con el Dra

gón. Se aumenta la aflicción de estas almas,

cuan do ven juntarse á Lu cif er un ejército a u

xiliar formado de sus propias pasiones y con

cupiscencias, que cual robustos soldados mi

litan en sus propios miembros, y pelean en

favor de la carne, y contra el espíritu: de

la cual lucha se quejaba S. G eró nim o, d i

ciendo ( i ) : M e persigue la lujuria , me aco

mete la avaricia, el vientre quiere hacerse

mi Dios, y la concupiscencia se empeña en

que yo deseche al Espíritu Santo, y viole su

templo. Pero en medio de tantas aflicciones,

las ovejas de María corren á la protección

á que se hicieron a cre ed or as , desde que se es

cribieron en el rebaño de tan Divina Pasto

ra: y como la índole y condición de tan ama

ble Señora, es tan generosa y compasiva, no

queda jamás defraudada su esperanza. Esta

Pastora Santísima sabe que el sueño del pas-

( i ) E ^ i s t . i .



D Í A Q U I N C E . 1 8 9

tor es gozo para e l L obo ( 1 ) , y que la a u

sencia del pastor dá ocasión á estas fieras

para que acometan á la gre y

( 2 ) :

y por lo tan

t o , vela, y está siempre al lado de sus ovejas,

las cuales con su presencia se fortifican para

pelear. Y cuando yá sus fuerzas se fatigan,

corren á esta torre y fortaleza de David,

puesta, por D ios en m edio d el rebaño de su

Iglesia, como lugar de asilo, para que sus

hijos puedan acojerse, huyendo de la perse

cución de tantos enem igos ; y armados dé nue

vo con los mil escudos que en ella están de

po sitado s, vuelvan desde allí sus armas co n

tra ellos, y entonces es segura la victoria,

pues esta Señora funda su gloria en que los

que se refugian á ella, se hagan temibles á

las potestades del abismo.

A F E C T O S . E s preciso confesar , a lma

mia, que no has entendido hasta ahora las

ventajas de la vid a es pir itu al, y que solo te

has hecho sensible á las impresiones de los

sen tido s, como si no fueras de orden mas n o

ble que tu cuerpo. Te figurabas que todo es

taba para tí perdido, cuando Dios quiso ha

cer una ligera prueba de tu fidelidad, espo

niéndote á la tentación: desengáñate de éste

(1) S . E f r . d e Tim. Dei. ( a ) S . A r a n . c o l . 327.



1 9 0 DÍA QU I NC E .

tu error, sabiendo que cuanto mas fuertemen

te eres así probada, entonces vela sobre tí

con mas solicitud tu diligente Pastora: y que

tu desconfianza en m edio dé la tentación , solo

puede dimanar de tu poca fé, y de no tener

una cabal idea de la bondad de tu Pastora,

que tanto mas multiplica sus socorros, cuan

to es m ayor el conflicto en que te h allas . Si

tú amases, cual eres amada, te alegrarías

cuando la tentación te proporciona el dar

señales de tu fidelidad á tu Dios; y no te

irías á buscar los consuelos en tus penas, sino

en el Dios de toda consolación, y en su

Madre Santísima, que en clase de Pastora es

el consuelo de todo atribulado.

Convencido de esta verdad, ¡oh mi pia

dosa Pa stor a aunque algun a vez os vea como

indiferente é insensible al ver mi tribulación,

sabré que esto lo hacéis por el placer que

sentís, al ver que mi mérito se aumenta á

proporción de lo reñido del combate, y lo

constante de mi fidelidad; y así, mi confian

za estará siempre en V o s : clam aré , y mis

clamores os harán una santa violencia para

que estéis á mi lado como Pastora solícita,

hasta que el Dragón huya de mí avergonza

do y vencido. A seg ura do , y cie rt o , de que ja

más me desamparáis entre las tentaciones mas



D Í A Q U I N C E . I 9 I

vio len tas , yo prefiero yá este estado de t r i

bulación, á todos los que, por la quietud y

el sosiego, pudieran lisonjear mi alma. Mi

cobardía me hace á las veces creer que estoy

.perdido, y me aflige el temor de que Luci

fer me arranque de vuestro rebaño por mi

consentimiento en la tentación; pero sabien

do que Vos, Pastora mia, estáis peleando

conmigo, se reanima mi corazón tan fuerte

mente , que no me afligen y á los com ba tes, y

llego á desafiar á todos los enemigos de mi

salvación.

O R A C I Ó N . O h , Santísima Pa stora , e s

peranza firme de cuantos atribulados gimen

én el valle de este mundo, lamentándose de

las tribulaciones que de mil modos afligen

sus ánimos, no retardéis vuestros socorros,

y libradnos de todos los peligros á que con

tinuamente estamos espuestos. Si hasta hoy

ha sido desgraciado el éxito de nuestros com

bates, por haber en ellos buscado el auxilio

de las criaturas, de quienes esperábamos el

consuelo, y la paz; hoy mismo proponemos

todos eficazmente el recurrir á Vos, por una

oración ferviente y continua, que obligue

vuestro ánimo pastoral á socorrer nuestras

necesidades, confiando enteramente en vues

tra bondad inefable: con cuya confianza nos



1 9 2 D ÍA Q U I N C E .

sometemos á todas las tentaciones y adver

sidades, sean espirituales ó corporales, con

que nuestro Dios quiera probar nuestra fideli

dad y constancia. Alcanzadnos, Señora, la

perseverancia en esta resolución cristiana,

para que peleando legítimamente , consiga

mos la corona que se nos reserva por premio

en la gloria. Amen.


Marías y un Gloria P atri.



D ÍA

DIEZ Y SEIS.

Ego paicam oves meas::: Et quod con

fiadum erat alligabo, et'quod. infir-

mum fúerat consolidabo. EZEQ. C. 34.

v . 1 5 . 1 6 .

Yo apacentaré mis ovejas, vendaré las

heridas de aqúélias_que han padeci

do alguna fractura, y daré vigor á

las enfermas.

D e este modo manifiesta M ar ía Santísima

su solicitud pastoral con sus ovejas enfer

mas,

sobre lo cual,

Considera lo primero, que el nombre y

oficio de Pastor lleva consigo la obligación

de trabajar continuam ente, y s in 'd a r tr e

guas para el descanso, á fin de asistir á sus

ovejas en cuanto necesiten ( 1 ) . Y por esto,

nuestra Divina Pastora, tan digna de este

nombre, no se contenta solo con apacentar

su rebaño, proporcionándole pastos saluda-

( 1 ) S . G r e g . M a g t i. c o l ; 3 6 3 .

J

3



1 9 4 DÍA DIEZ Y SE IS .

bles en los frondosos valles del campo mís

tico de la Iglesia, en donde conserve sanas

y robustas á sus ovejas ( i ) ; sino que no

perdona además fatiga ni trabajo por curar

á las enfermas, vendar las heridas de aque

llas á quienes mordió el Lobo sangriento,

ó padecen alguna fractura, y dar vigor á

las débiles, ó convalecientes, de sus ante

riores dolencias. A d v ie rt e , que efectivam en

te contraen las ovejas de María enferme

dades corporales, que las afligen en esta vi

da, y hacen conocer cuan miserable es la

condición del cuerpo humano. Para conven

cerse de esta verdad, no hay mas que en

trar en un hospital, y luego al instante se

presenta reunida una multitud de desgracia

d o s ,

que gimen atormentados con mil géne

ros de dolencias. N o ha y miembro en nues

tro cuerpo que no sea susceptible de acha

q u es ,

de que no pueden esceptuar ni la edad,

ni el nacimiento, ni otra cualidad por re

comendable que sea: á ellos están espuestas

las ovejas de María; y aunque haya algunas

que gocen de una perfecta robustez corpo

r a l ,

suele no suceder así con el espíritu, que

igualmente está espuesto á enfermedades tan-

( i ) S . G r e g . M a g n . c o l , 3 6 3 .



D U D I E Z Y S E I S . 1 9 5

tó mas sensibles y cuan to es mas apreciáble la

salud espiritual que la. corporal: y tanto mas

perniciosas que aquéllas, cuanto éstas traen

consigo una muerte eterna, si con tiempo

no se acude á remediarlas, y porque este

género de males no nos proporcionan el mé

r i t o , que los corporales sufridos con resig

nación y paciencia. Siendo, pues, uno de

los cuidad os, y atenciones prim eras de. un Pas

to r, el dar la salud al rebaño enfermo ( 1 ) ,

María, como cuidadosa Pastora, atiende con

particular esmero á sus ovejas dolientes, sien

do como es salud de los enfermos (2). Es en

ef e ct o , para sus ovejas la p robá tica piscina,

en cuyas aguas movidas por su mano cari

tativa, se encuentra el alivio en las dolen

cias del cuerpo y del alma: de ésta, con los

poderosos auxilios de la gracia, alcanzada

por su intercesión de la bondad Divina, pa

ra sacarlos del abismo de la muerte eterna;

y de aquél, procurándole la salud, y soste

niéndolos entretanto con su mano, para que

con sus padecimientos se labren.la, corona

del cielo. Así lo esperimentan cuantos acuden

á esta Pastora con entera confianza, y de-

(1) A l a p . in E z e q . c . 3 4 . ( a ) E c c l e s . in L e t a n .



1 9 6 DÍ A DI E Z Y S E I S .

seo eficaz de su salud corporal y espiritual,

A F E C T O S . E s cosa e stra ña , alma mia ,

el que te ocupe tanto el cuidado de tu cuer

p o ,

le manifiestes tanto amor, y tomes tan

to sentimiento cuando lo ves afligido con las

enfermedades, que heredó de su primer pa

dre, y que por lo tanto, son efecto preciso

de su frágil condición. Estas sus miserias,

pudieran proporcionarte mil ventajas para

la vida eterna, sufriéndolas con resignación,

aplicando tu atención principalmente á la

salud del espíritu, y cercenando las consi

deraciones y cuidados que tienes por un cuer

p o , que nació para la corrupción. Pero tú,

en vez de conducirte de este modo razona

b l e ,

cuando adviertes dolencias en el cu erp o,

no piensas sino en aliv iar lo y consola rlo, aun

que sea con olvido de tu salud espiritual.

Conoce yá, y advierte, el mal uso que has

hecho délos males corporales con que Dios

ha tenido á bien regalarte: deja el cuidado

de tu salud á la vigilancia pastoral de Ma

ría : y haz de tu cuerpo una ví ct im a, que

sacrifiques gustosa á todas las dolencias con

que el Señor se digne afligirlo. ¡Oh Pastora

de mi alm a dadme esta resolución constan

t e ,

y yo daré gracias á la Divina Providen

cia por haber sujetado mi cuerpo á tantos



DÍA D IE Z Y SEIS-. I 97

padecimientos; por que, sino obstante ellos

lo amo tan to , que me olvid o de la salud de

mi a lm a,

¿

que sería si no tuviese yo con tra

tiempo alguno?

Y o me con fund o, ¡oh amable Pasto ra

cuando pienso en la solicitud, y afán de los

hombres, para buscar á toda costa un médi

co esperimentado y hábil para curar las en

fermedades del cuerpo, y advierto la indi

ferencia, y poca actividad, para buscar el re

medio de los males del espíritu, mayormente

ofreciéndonoslo V o s , ¡oh D ivina Pa stora en

cuyas manos depositó el Omnipotente la me

dicina mas eficaz para librarnos de unas

enfermedades , cuyo término es la muerte

eterna. Yo os pido mil veces perdón, San

tísima Pastora, por el poco aprecio que has

ta ahora he hecho de vuestra bondad, en la

que habiendo podido encontrar el remedio

infalible de mis males, no me acerqué á Vos;

antes bien me a le jé , olv ida do de mi eterna

salud. Me reconozco enfermo: son tantos

mis m ales cu antas son mis pa sion es; pero acu

do á Vos como medicina que sois de todas

e l l a s :

y cuando recobre mi salud, yo vela

ré diligentem ente sobre m í , para que estas

pasiones no vuelvan á dañar á mi alma: pa

ra defenderme de su pestífero veneno, im-



1 9 8

DÍA DIEZ Y SE IS.

ploraré de continuo vuestra asistencia, has

ta vencerlas y esterminarlas.

Considera lo segundo, que siendo las en

fermedades del espíritu mucho mas lamen

tables que las del cuerpo, debes parar la

atención en ellas con particular esmero pa

ra nó enfermar, ó yá enfermo, para procu

rar tu salud espiritual, para lo que te se ofre

ce esta Divina Pastora, que sabe muy bien,

que solo son dignos del nombre de Pastores,

aquellos que procuran no enfermen sus ove

j a s , ' ó que en ferm as, les procuran la sa

lu d

( 1 ) .

E stas enferm edades son mas difíciles

de conocer que las del cuerpo, y para des

cubrirlas , necesitas acudir de continuo á esta

tu diligente Pastora. Todas las pasiones son

otras tantas enfermedades, que frecuente

mente se complican las unas con las otras,

y el m ayor peligro suele ser el no co no cer

l a s ; pues no conociéndolas, no hay deseo

de sanar. Sin este deseo yá no causa pena

la enfermedad, y con esta insensibilidad se

hace cada dia mas habitual y peligrosa; pe

ro entre las enfermedades del espíritu, la

mas común es la lepra, que trayendo su orí-

gen del ardor escesivo de las mismas pasio-

( 1 ) Ph il. Jud. de Agrie, t .

1.



DÍ A DI E Z Y S E I S . 1 9 9

n e s , y d e l apego desarreg lado á las cosas

del mundo, corrompe todos los buenos sen

timientos: de la vir tu d . E s por lo mismo la

que produce efectos mas funestos en el al

ma, pues que no apreciando, cual debe, la

hermosura que recibió en las aguas del bau

tismo, se acostumbra á ver sin horror su pro

pia fealdad: se hace insensible á las cosas

celestiales; y como es imposible aficionarse

á un mismo tiempo á dos objetos opuestos en

tre sí, estando apegada, y transportada por

el amor á las cosas de la tierra, se olvida

de Dios, no procura volver á él , y viene

por último á incurrir en el mayor de los ma

l e s ,

que es la obduracion de l corazón. A d

vierte , que cuando esta Divina Pastora vé á

una oveja suya caida en tanta miseria, su

corazón tierno y compasivo se llena de amar

gura y de sentimiento: y como las desgra

cias de las que están fiadas á su cuidado ha

cen esta impresión en su espíritu, agota to

dos los recursos de su bondad para pro

curar su curación, y entre tanto, las trata

con especial ternura y c a ri ñ o , por lo mismo

que las vé mas necesitadas de estos lenitivos,

pues es propio del buen Pastor tener com

pasión de su grey ( 1 ) . Es ta bondad infun-

(1) S . T h e o d . s u p . E z e q .



a o o DÍA DIEZ Y SE IS.

de á sus ovejas tal confianza, qué las obli

ga á acogerse á esta medicina universal de

sus males, y buscar en ella toda consolación,

seguras de dar á su Pastora el mayor placer

que tiene, que es hacer bien á sus ovejas,

y sanar todos sus males: siendo como es tan

fácil á esta Señora el curarlos, que si noso

tros queremos sanar, no tiene mas que, á imi

tación de su Hijo, estender sobre nosotros

su mano benéfica.

A F E C T O S . Cuanto mas pienso en la fla

queza de la condición humana, se aviva mas

m i f é , y crece mi esperanza. Esceptuando un

pequeño número de almas privilegiadas de

un modo milagroso, todos los demás, aun

los mas Santos, esperimentan las debilida

des de la naturaleza corrompida, y sienten

el estímulo de las pasiones, en cuyo torren

te naufragaron algunos, y otros estuvieron

á las veces á punto de fenecer. ¡ Ah, qué l la

gas tan profundas ha hecho el Lobo infer

nal en muchas almas con este aguijón mor

tí fero V o s , Dios m ió, nos llamáis la ate n

ción continuamente para que conozcamos es

te abismo, sobre cuyo borde andamos en

este miserable mundo, y aun nos proponéis

frecuentemente ejemplos de las debilidades

de vuestros mismos am igo s, para que no co n-



20 Ü DÍ A DI E Z Y S E I S .

tras ovejas enfermas. No contenta solo con

curar la lepra de sus almas, animáis con

vuestra solicitud su reconocimiento y fideli

dad, os hacéis su defensa contra los atracti

vos délas pasiones^ y en las alas de vuestra

protección se elevan á la mayor santidad.

O R A C I Ó N . V o s , d u l c e P a s t o ra , sois

hecha por Dios la médica solícita de mis

.males, pues él mismo depositó en vuestra

imano el antídoto soberan o, que. nos dá el r e

medio infalible en nuestras dolencias, así

corporales como espirituales. Yo os suplico

•me apliquéis este remedio tan efic az , en d o n

de está depositada toda mi salud. Con esta

«petición m e tendréis siempre á vuestros pies ,

•pues á Cada instante advierto la enfermedad

d e

mi condición -humana. C ur ad es pe cia l

mente la insensibilidad y poco afán por mi

salud espiritual, que es la lepra que trae

a mi alma á punto de una muerte eterna.

<VOs sois tan: ca ri ta tiv a, que no podéis r e

husarme esta g ra c ia , pedida con todo el afec

to de mi corazón. Curadme por vuestra pro

pia mano, para que tengáis la gloria de ver

me caminar robusto por las sendas de la vir

tud, hasta la cumbre del cielo. Amen.





D ÍA

DIEZ Y SIETE, v

Investiga M am, et manifestabitur

pibi

-y

et continens factus

i

ne derelinquas eami

in novissimis enim invenies réquiem iñ

ea,

et convertetur tibí in oblectatio-

mm. ECCLES. C . 6.

V .

. 2 8 . . 2 9 . ;

B ú s c a l a , y e l l a se t e m a n i f e s t a r á : y e n

c o n t r á n d o l a , n o t e s e p a r e s d e e l l a ,

p o r q u é e n l a s p o s t r i m e r í a s h a l l a r á s

e n e l l a t u r e p o s o , y s e

-

t e c o n v e r t i r á

e n c o n s u e l o y d u l z u r a .

L a solicitud pastoral de María con sus o v e

jas , se manifiesta de un modo pa rticu lar cuart-

do éstas se hallan próximas á su muerte, so

bre lo cual,

Considera lo primero, que alcanzando á

las ovejas que componen el místico rebaño

de María la sentencia universal de muerte,

pronunciada por el Criador Omnipotente so

bre todos los descendientes de Adán, esta Se

ñora, cual vigilante Pastora, aumenta yes-



2 0 4

D I A D I E Z T

S I E T E .

fuerza su solicitud pastoral en aquel momen

to terrible y espantoso, en que descargando

la muerte el golpe mortal de su guadaña, se

decide la suerte eterna de sus ovejas. Enton

c e s ,

cabalmente, resuena en los oidos de las

que estando en salud permanecieron fieles

en el redil de Marta, aquella promesa con

solatoria que se les hizo al señalarse por ove

jas de tan caritativa Pastora, á saber: Busca

á tu Pastora, sigue fielmente sus caminos, y

ejla misma te saldrá al en cuen tro; y cuando

yá estés en su compañía, nunca te separes de

su rebaño; y de este modo, cuando se acer

que el f in de tu vida, hallarás en ella todo

tu reposo, y las.aflicciones que comunmente

acompañan á aquel triste momento, se con

vertirán en consuelo, paz, y alegría de tu

alma. Estos documentos fueron dictados por

el espíritu de Dios para el consuelo de aque

llas que, cual ovejas fieles, no desertaron del

rebaño de esta Pastora, en cuya solicitud y

protección verán dulcificadas todas las penas,

y an gu stias , que afligen al m oribundo en su

hora última. Si son grandes las ventajas qué

logran en salud las ovejas de María, perma

neciendo en su ap risc o, a d vi er te , alma m ia,

que son mayores sin comparación las que con

siguen al tiempo de su muerte. Entonces asis-



D Í A D I E Z Y S I E T E . 10

te á sus ovejas cual caritativa Pastora, mi

tigando los dolores de su enfermedad, dul

cificando sus angustias, y embotando la es

pada de la muerte que tanto atormenta á los

mundanos. Ni se contenta solo con librar á

sus ovejas de todos los m ales que pueden afli

girlas en aquel temible lance, sino que las

colma de bienes, y las llena de consuelo y

alegría. Como en aquella hora se agolpa so

bre nuestra alma todo lo mas triste para nues

tra frágil mortalidad, esta misericordiosa

Pastora asiste á sus ovejas en este tiempo de

tribulación, y las recrea, como la lluvia re

frigera y vivifica la tierra en una gran se

quedad ( i ) ; y así sucede, que lo mas espan

toso para el hombre, que es el morir, viene

á ser para las ovejas de María un dulce sue

ño , necesario para pasar á la inmortal c o ro

na del cielo, donde se hallen seguras de toda

aflicción, y dolor, en el seno de tanaman-

tísima Madre: llena para esto su voluntad

de ardentísimos afectos de amor divino, en

ciende en sus almas el deseo de ver al Rey

sumo de la gloria, en el lleno de su magni

ficencia y magestad, y á su Reyna sentada

á su diestra, á quien alabará eternamente,

( i ) E c c l e s . c . 3 S.v . 26.



2 0 Ó D ÍA D IE Z Y S I E T E .

no yá en Imagen y figura de Pastora como

acá en la tierra, sino gloriosa y resplande

ciente como se vé ele va da sobre los coros

de los Angeles.

y

A F E C T O S . A dónde iré y o , ¡ oh am a

ble Pastora ¡ Qué refugio buscaré cuando vea

yo afligido mi cuerpo, y turbada mi alma

con los anuncios temibles de una muerte p r ó

xima é ine vitab le ¡E n quién pondré yo mi

confianza para mitigar el terror, y espanto,

de mi cercana disolución Ciertamente que

á Vos deberé acojerme, pues que sois mi ca

ritativa Pastora. Vuestra solicitud pastoral,

de que tantas pruebas estoy recibiendo en el

discurso de mi vida, será todo mi recurso

en unos momentos tan críticos y temibles. Sí:

en vuestra protección tengo que buscar la p az ,

el con suelo, la tranq uilidad , y a leg ría , que

no podrán darme todas las lágrimas de los

que rodearán mi lecho,al tiempo de morir.

Abrigado con vuestro manto pastoral, se dul

cificarán todas mis penas, se suavizarán mis

dolores, y mi alma partirá en paz al seno

de la gloria. Nadieserá capaz dé disminuir

en mi alma esta confianza que Vos misma me

inspiráis, ni desvanecer los motivos y razo

nes poderosas que la-fortifican.

Bien conozco que merecen mejor tu



D ÍA D I E Z Y S I E T E . 1 0 7

asistencia pastoral en aquella triste hora de

la muerte, las almas inocentes, y los cora

zones justos, con quienes te recreas en las

soledades en donde, cual Pastora, sesteas los

ganados. Estas ovejas reclaman justamente

tu ternura, y la preferencia de tu amor; sin

embargo, no desmaya mi confianza, porque

sé de tu misma boca, que la misericordia

es tu compañera inseparable sobre la tierra,

y porque en el centro de tu corazón pasto

ral , leo las palabras mas consolantes para

mi alma en la hora de mi muerte. Me dices,

con el mismo afecto que el Pastor Divino,

que empleas mayor solicitud para buscar á

los p e c a do re s , que no á los justos ( i ) , y

que dejas las noventa y nueve de tus ove

jas en el desierto, para ir á buscar á la una

sola que se ha lla en riesgo de perderse ( 2 ) .

Este oráculo de tu clemencia, -y tu amor,

llenará de consuelo y dulzura á mi alma al

separarse de mi cuerpo, y mis últimos suspi

ros serán alentados con ésta tu solicitud pas

tora l sobre e lla . . •

Considera lo segundo, que siendo la-vi*,

da del hombre una continua milicia sobre la

tierra 3 ) , que le obliga á sostener una cons^

(1) M a r e e , a . v . 17. ..(•») ' L o e . c . i g . v . 4,

(3) J o b . c . 7 . v . i .



2

©8

DÍA DIEZ

y

S I E T E .

tante lucha, de cuya victoria resulta el ga

lardón, ó corona de justicia, que Dios re

serva para los que son fieles hasta el fin; en la

hora de la muerte se refuerza el enemigo de

nuestra salvación, para acometernos con ma

yor empeño en unos momentos tan críticos,

que hacen temblar aun á los mas esforzado s

y va lien tes , y en el que se vá á d ecidir l a

suerte eterna de nuestra alma contra quien

pelea un enemigo diestro en pelear, y que se

hizo audaz por las victorias que consiguió en

nuestra cabal salud. Este conflicto es tan es

pan toso , que lo temen aun los mas san tos, re

putados por columnas firmes de la Iglesia;

porque sin embargo de serlo, desconfian de

su propia virtud para salir victo rioso s, m a

yormente considerando que muchos Héroes,

acostumbrados á vencer al León rugiente,

vieron en aquel fatal momento deshojarse en

tre sus moribundas manos, los laureles con

que tantas veces en su vida se habían coro

nado. Con estas reflexiones, los sentidos se

tu rb an , el espíritu se com prim e, y un sudor

niortál que se difunde por todos los miem

b r o s ,

dan á conocer hasta á los mismos cir

cunstantes, la reñida batalla que el pacien

te está sufriendo consigo mismo, y con el

enemigo dé su salvación. En circunstancias



D Í A D I E Z Y S I E T E . 2 0 9

tan difíciles, esfuerza su solicitud pastora]

la Madre de misericordia María, para for

talecer con oportuno auxilio y socorro á

aquellas ovejas, que vivieron fieles en su re

baño.

En virtud de esto les procura, ante

todas co sa s, el pasto d u lc e , sabroso y suave

de los Santos Sacramentos, en quienes está

depositado el fruto de la sangre del Corde

ro de Dios, y robustecidas con él, se vuel

ven confiadas á aquella misericordiosa Pas

tora, bajo de cuyo manto se vieron protegi

das durante su vida, cuyo aspecto amable y

cariñoso llenó tantas veces sus almas de con

suelo: según acostumbraban en salud,invo

can su protección, y entablan con su bien

hechora los dulces coloquios con que se rega

laban sus almas. Advierte, qué. muerte tan

dulce, y tranquila, logran estas ovejas fieles

de María, aun en medio de los temores que

las circundan entonces: y también, qué señar

les tan claras de amor y de cariño les dará

esta Divina Pastora, siempre solícita de su

b ie n : qué dulzu ra difundirá en sus corazones:

qué suave serenidad en sus almasi y qué con

fianza tan se gu ra , escuchando en su interior

las palabras dulcísimas con que las animará

á morir resignadas en la voluntad divina,

para tomar posesión de la felicidad eterna

1 4



a i o D Í A D I E Z Y S I E T E .

que les reserva en el reyno de su H ijo. Co n

este fin , mandará á los santos Angeles, y

entre ellos al príncipe Miguel, que estén á

su lado para auxiliarlas en la pelea con el

D ra g ó n , hasta que exhalando su últim o alien

t o , reciban en sus manos sus dichosas almas,

para trasladarlas á los pastos eternos de la

gloria .

A F E C T O S . Y o me considero como una

oveja adquirida por María Santísima, con sus

propias penas, padecidas en compañía de su

Hijo al pie de la cruz; y así puedo, y debo

llamarme hijo de su dolor, y estar seguro

del interés que tiene de mi salvación eterna.

Soy como el despojo de aquella victoria que

esta Señora consiguió del Dragón infernal, y

por lo tanto encuentro en su maternal amor

toda mi defensa, y toda mí seguridad, contra

los enemigos que intentan mi perdición. Sí,

Pastora mía, cuando estos mis enemigos se

junten con los horrores de la muerte, para

atribularme, yo te imploraré como á una

poderosa Protectora, á una Madre aman-

tísima, y á una auxiliadora caritativa. En

tí ha llaré cuanto sea cap az de for tale ce r

me contra el espanto y el horror que me

inspirará la disolución de mi ser, y la

presencia del Demonio, que ha de presen-



D ÍA D IE Z Y S I E T E . 2 1 1

tarme entonces la batalla mas cruel y re

ñida.

N o ,

no perderá mi alma de vista el lu

gar de alegría, y de reposo, que se le pre

para por descanso y premio de su victoria:

Verá

con quietud que se rompen los lazos que

la aprisionan en el cuerpo, porque así es ne

cesario para unirse con su D ios . ¡ A h , qué

dulzura taíi copiosa se derramará en mi espí

ritu , con una protección tan decidida de esta

solícita Pa stora M i ene m igo, empeñado en

perderme, verá que asiste á mi lado esta Se

ñora, cómo mi consejera, mi apoyo, y mi for

taleza . É l tem blará al rededor de m í, d eses

perado por ver que no puede desvanecer mi

esperanza. Verá con asombro suyo, que bus

c o ,

y encuentro en mi Madre Pastora, toda

mi consolación en mis tribulaciones y angus

t ias ,

mi fortaleza en las tentacione s, la p a

ciencia en los males que me angustian, mi

resignación en la voluntad divina, mi indi

ferencia por la vida ó por la muerte , y mi

seguridad, cuanto mas se acerca mi última

hora. Verán, en fin, que estoy entregado á

la vigilancia de mi Pastora, y que esta Se

ñora se ocupa toda en procurar mi salvación;

pues sé, que siendo estaReyrta buena, y le

gítima Pastora, ha de compadecerse de co-



2 I \ DÍA DIEZ Y S IE T E .

razón de las necesidades de sus ovejas ( r ) .

O R A C I Ó N . ¡ O h , P astora c om p a siv a

El amor que os inspira este dulce empleo,

os inclina á favorecer á vuestras ovejas, con

tanto mayor esmero, cuanto es mayor la ne

cesidad que tienen de vuestro socorro; y así

no es posible el que las abandonéis en el ter

rible lance de la muerte, en que tienen mas

que temer. Yo os suplico, por lo mismo, que

cuando á mí me veáis angustiado con los do

lores de la muerte, y atribulado con las ten

taciones del Demonio (que entonces redobla

rá sus esfuerzos contra mí), os acordéis que

soy oveja vu est ra , y seáis mi defensora c o n

tra las asechanzas del Lobo infernal. Espero

en vuestro amor pastoral, que no me habéis

de desamparar en tanta necesidad, y para

que yo principie á merecer esta gracia, al-

canzadme los socorros de ella, para ser ver

dadera y legítima oveja vuestra por la ob

servancia de la ley santa de mi Dios, para

que logrando así una muerte santa, entre

después de ella en el seno de la gloria. Amen.



( i ) H u g . C a r d . s u p. G e n . c. 30.



D I A D I E Z Y O C H O .

Vos autem greges mei, hcec dicit Domi-

nus: Ecce ego judico ínter pecus et pe-

cus : arietum et hircorum. EZEQ. C. 34.

v . 1 7 .

Vosotros,rebaños mios, esto es lo que

os dice el Señor: Hé aquí que yo ha

go distinción entre ganado y ganado,

entre carneros y machos de cabrío.

Se manifiesta solícita la Divina Pastora en

fav or de sus o ve ja s, abogando por ellas en

el tribunal del justo Juez, cuando son pre

sentadas á él después de su muerte, sobre

lo cual ,

Considera lo primero, que debe llegar

irremisiblemente el tiempo en que el Supre

mo Pastor Jesucristo ha de juzgar todas nues

tras acciones: y nosotros, presentándonos en

su tribunal rectís im o, hemos de darle cuenta

de todas ellas, sin reservarle aún el mas es

condido secreto de nuestro co razó n. En tonces



2 1 4

D I A M E Z Y

O C H O .

hará el Señor distinción entre el ganado fiel,

que por la observancia exacta de su Divina

Ley, estuvo siempre sujeto á la dirección

y gobierno de su M ad re P as to ra , á quien

tenia confiada su custodia; y entre las ove

jas desobedientes, que por correr tras sus

desordenados apetitos, ó por seguirlas má

ximas del mundo, sacudieron de sí aquel

yugo santo y suave. Juzgará igualmente á

aquellos, que según la expresión del Profeta

Ezeq uie l ( i ) , acometieron como toro sa las

ovejas flacas, y endebles, queriendo echar

las fuera del aprisco de esta Pastora, y dis

persarlas , que es decir, á aquellos que con

sus escándalos, y malos ejemplos, destroza

ron el rebaño de Jesucristo. Para unos y pa

ra otros será terrible esté juicio; pues si su

exactitud y rigor hizo temblar aun á los Jus

t o s , y Santos mas eminentes, ¿qué efectos

causará en aquéllos, que con sus crímenes,

llevan yá sellada la sentencia de condena

ción? El juez es sabio, justo, é inexorable:

los fiscales, que son los Demonios, astutos

y diligentes para acriminar, aun las accio

nes mas indiferentes. El resultado de este

juicio, no es menos que la suerte eternamen-

( i )

Cap.

34.v. a i .



DÍ A DI E Z V O CHO . 2 I $

te feliz, 6 eternamente desgraciada de nues

tra alma: y todo cuanto concurre en él , ca

paz de angustiar y atormentar á los que de

ben de ser juzg ad os. C on sid era , en tan apre

tado lance, la suerte tan feliz que logran

aquellas almas, que cual ovejas fieles, tie

nen por su abogada y protectora á la madre

misma d el Jue z que las vá á ju z g a r, y sen

tenciar , cu ya solicitud pastoral con ellas

se acrecienta, á medida del peligro y ries

go en que se hallan. Así es, que aquella

grey que tantas veces en vida, y en salud,

imploró sus socorros y auxilios, elevando

sus voces á su Divina Pastora, verá que es

ta Señora, compadecida de su situación, to

mará á su cargo su defensa, respondiendo

á todas las acusaciones del astuto Lucifer;

y confundiendo su envidia y su soberbia, ella

aplacará la ira del justo Juez, interponien

do entre sus ovejas y la justicia sus mereci

mientos, y aun la sangre misma que esta Se

ñora Je dio para ser sacrificado por ellas: y

en fin, como Pastora solícita, no perdonará

diligencia, ni fatiga, para que se cierren las

cavernas eternales del abismo, y por su pro

pia mano nos conduzca á los montes eter

n o s ,

pingües y amenos de la gloria.

A F E C T O S . E n medio de l temor que



D Í A D I E Z Y O C H O . 2 1 7

vuestra adorable justicia;

pero

V o s , ¡o h D i

vina Pasto ra á quien tantos desvelos y s o

licitudes acarrea mi felicidad, dirigid con

vuestra maternal y piadosa mano el azote

que me ha de castigar. Con tal que yo me

vea perdonado, y libre de una eterna con

de na ción , me doy por con tento, por mas que

venga sobre mi alma la tribulación y el cas

t i g o ; mas para castigar á una oveja tantas

veces ingrata é infiel á vuestra solicitud, con

sultad con los sentimientos compasivos de

vuestro corazón, mejor que al riguroso de

creto de la justicia, para que una oveja vues

tra no llegue á ser objeto de la eterna in

dignación del justo Juez. Escoged los cas

tigos mas apropósito, para hacerme volver

al redil místico de donde me estravié, y cor

roborad mi espíritu para que jamás vuelva

á separarme de é l. ¡ A h ¡qué desgracia la

mia,si al haberme de presentar al justo Juez,

me hallo ignominiosamente esclavizado de

mis pasiones Lib rad m e de este peso in so

portable que me abruma de dia y de noche:

sed Madre de misericordia en tiempo, pa

ra que os glorifique en la eternidad.

Considera lo segundo, el juicio espan

toso de aquellos, que miserablemente enga

ñados, hacen consistir toda su felicidad en



2 l 8 D l A D I E Z V O C H O .

los pasatiempos y deleites de la presente vi

da, significados por el Profeta con la espre-

sion de carneros, y machos de cabrío. Es

tos , obedeciendo á sus sentidos, y deseos des

ordenad os , nada mas esperan después de

concluir entre vicios su criminal existencia;

al paso que las ovejas fieles de María, adoc

trinadas con los documentos de la revela

ción , saben que desde el punto últim o de su

vida ha de principiar una eternidad, en la

que no hay que esperar, sino castigo de los

reprobos, ó premio de los justos. Aquellos

insensatos reputaron por fatuidad, y deshon

ra, la doci l idad de las ovejas de María ( i ) :

entregados á los placeres presentes, ningu

na pena tomaron por lo venidero; y así, en

tre el despecho y la rabia de su propia de

sesperación , confesarán haber errado la sen

da de la v e rd a d , m ientras que las ovejas de

María, .marchando por ella, entrarán en el

aprisco eterno de la gloria. Advierte, alma

mia, la demencia y locura de estos desgra

ciados carneros, descuidados tan ciegamen

te de aquel fatal momento en que deben

oir la sentencia de su desgracia eterna, sin

que por otra parte tengan merecido el pa-

( i ) Sap.c. g .v .4 .



D Í A D I E Z Y O C H O . 2 1 9

trocinio de esta poderosa Pastora, que tan

to podria favorecerlos; y esto te hará cono

cer , cuan fe liz es la suerte de aquellas a l

mas , que contadas en el rebaño de M ar ía ,

tienen merecida su protección. Esta Señora,

cual solícita Pastora, no se apartará de su

lad o para sostenerlas en este apurad o c o n

flicto, prodigando en su favor todas las gra

cias , auxilios y socorros a p ro p ó sit o , para

hacer cierta su perseverancia final, y pr e

m iarla con la corona de justicia. E sta S e

ñora toma por su cuenta la causa de su ju i

c i o ,

y como sus súplicas no pueden ser des

atendidas, como, su testimonio no es sospe

choso para el Juez, como su autoridad no

tiene límites, y su caridad solícita no tiene

término, nada tienen que temer sus ovejas

al ser ju zg ad as , si por ellas responde su P as

tora. Saben que las súplicas de la Madre son

mandatos para el Hijo, que sus palabras son

el mayor empeño para el Juez, y que su vo

luntad, una vez á él manifestada, decide

irrevocablemente el decreto de su eterna sal

vación. Aunque una oveja débilmente estra-

v ia d a , hubiese principiado á escribir por sí

misma la sentencia de su condenación, esta

Pastora, condolida de su ruina, tiene arbi

trios para disipar sus pensamientos pecami-



2 2 0 DÍA DIEZ Y OCHO.

nosos, antes de completar la ruina que ella

misma se principiaba á preparar.

AFECTOS. Corred, ovejas de María,

entrad sin temor en aquella tierra tenebrosa

y cubierta con las sombras de la muerte, y

no receléis de presentaros ante el Juez de

vivos y muertos, sabiendo que, aunque jus-

ticiero , es al fin Hijo de la Pastora á quien

servís, y aun Cordero del rebaño á que per-

tenecéis: mediando su piadoso patrocinio no

dará contra vosotras una sentencia severa:

no podrá condenaros, cuando conozca que

su Madre os quiere salvar: confiad, por que

siendo vuestra Madre y Pastora, no os aban-

donará en tan gran peligro; ni el Hijo ne-

gará las peticiones de su corazón, reduci-

das á procurar por todos modos que no se

pierda ninguna de sus ovejas. Llenaros de

consuelo al oir á esta diligente Pastora, que

para corroborar vuestra esperanza, os dicd

con rostro amable y compasivo á cada una

de vosotras: Tn eres mi siervo, y yo soy so-

lícita de tu bien: por lo tanto, cuando pa-

ses por las aguas de la tribulación, que es-

pecialmente te han de afligir en el tiempo

angustioso de tu juicio ( i ) , ó cuando veas

(i) Isai/c.^ivv.p.



D Í A D I E Z Y O C H O .

2 2 1

que el Dios justo viene sobre tí, como las

olas de un mar enfureeido

( i ) ,

para juzgar

t e , no temas, que yo te alargaré mi mano

para que no seas confundido.

Fortalecido mi corazón con esta dulce

confianza en la solicitud pastoral de María,

yá no temeré; antes bien seguro de mi am

p a r o , e levaré mi v o z , y la d iré : ¡O h M a

dre m ia pónme junto á tí cuando ha ya d e

ser j u z g a d o , y defiéndeme de cualquiera

mano , ó poder, que entonces pelee contra

mí ( 2 ) . Escóndeme bajo la sombra d e las

alas de tu protección, cuando me halle á la

vista de los enemigos sin piedad, que enton

ces afligirán á mi alma ( 3 ) , incitándola con

la tentación, ó acusándola en el juicio. Sí,

con el patrocinio de esta Pastora serán' ah u

yentados mis enemigos, porque sentada al

lado del Juez en el trono desde donde ad

ministra la justicia, con una sola mirada di

sipará toda la maldad de mis contrarios ( 4 ) :

inutilizará sus maquinaciones, para que sus

manos no puedan completar lo que intenta

ron (5-). ¡A h el D ios de los cie los , el Juez

omnipotente, no podrá menos de mirar con

( 1 ) J o b ,

C

. 3 1

.V

. 2 3 . ( a ) I b . c . i 7 . v . 3 . ( 3 ) P s.i< 5.

v .8 .

( 4 )

P r o v . c . a o . v

. 8 .

( g ) J o b , c . $. v . i a .



121 D i A D I E Z Y O C k O .

misericordia á aquella oveja fiel, que habitó

en el redil y tabernáculo de su propia Ma

dre .

O R A C I Ó N . ¡ O h , clementísima Pa sto

r a celebren los hom bres, y los A n ge le s, e s

te oficio de piedad, qué te confió el Omni

potente para el consuelo y amparo de tus

ovejas; y pues necesitan de él, especialmen

te cuando se hallen en su tribunal rectísimo,

manifiéstanos allí tu amor maternal, tomán

donos como ovejas desvalidas en tus pasto

rales manos, para presentarnos á él. Sed

nuestra abogada y defensora respondiendo á

las acusaciones de nuestro en em igo ; y para

que yo me haga digno de tanto b ien , il u s

trad mi alma para que siempre esté p re pa

r a d o ,

y no me vea sosprendido por el dia

último, y oyendo una favorable sentencia,

entre como siervo fiel en el gozo de mi Dios

á alabarte eternamente en la gloría. Amen.





D I A D I E Z Y N U E V E .

Et congregabuntur ante eum omnes gen

tes, et separabit eos ab invicem, si-

cu t pastor segregat oves, ab hoedis.

M A T T H

.

c . 25. v . 3 2 .

S e r e u n i r á n t o d a s l a s n a c i o n e s p a r a p r e

s e n t a r s e á s u t r i b u n a l , y s e p a r a r á . l o s

u n o s d e l o s o t r o s , a s í c o m o e l p a s t o r

s e p a r a l a s o v e j a s d e l o s c a b r i t o s .

E n este día se nos recuerda el juicio que

el Dios de la magestad ha de hacer de to

dos los descendientes de Adán, en el día

último de los sigl o s, en el cua l M aría S an

tísima hará oficios de diligente Pastora en

favor de sus ovejas, sobre lo cual,

Considera lo primero, que tiehe Dios

reservado un día para residenciar general

mente á todos cuantos pertenecieron al re

baño de esta Divina Pastora; pues aunque

en él serán presentados á su tribunal justo¿

todos los que nacieron originados de Adán,



2 2 4

D I A D I E Z Y

N U E V E .

hace el Señor especial mención de este reba

ñ o , diciendo: Que los separará á los unos de

los otros, como el Pastor separa las ovejas de

los cabritos, y que las ovejas serán puestas á

la mano derecha, y los cabritos á la izquier

da. Pondera primeramente,

cuan

espantoso

será este dia para todo el género humano por

todas las circunstancias que en él han de con

currir, según el testimonio del mismo Jesu

cristo. Al sonido horrendo de una trompeta,

que penetrará desde lo sumo de los cielos,

hasta lo profundo de los abismos, principia

rán á marchar las almas de justos y pecado

r e s , para ir á reunirse con sus cuerpos, que

vivificado s con aquel m ismo eco om nipotente,

saldrán igualmente de los sepulcros, en que

ya cía n reducido s á cen izas. Ert' seguida se

abrirán los cielos, de donde saldrá el Juez

omnipotente, no ya con los símbolos de amor

y misericordia, como buen Pastor; sino re

vestido del poder de su infinita, magestad,

acom pañado de todos los escuadrones an gé

l i c o s , y respirando furor contra los perversos,

que despreciaron su misericordia, y malo

graron los frutos de su redención. Pondera lo

se gu n d o , que este dia será mucho m as espan

toso y temible para los que pertenecieron al

rebaño de esta Divina Pastora; pues verán



DÍ A DI E Z Y N U E V E . 2 2 $

que el Juez,cual Pastor solícito,separará las

ovejas fieles reconocidas por su humildad,

su mansedumbre, y el candor de su vida, de

los cabritos bulliciosos, indóciles y lascivos:

aquéllas esperimentarán en el Juez todo el

amor solícito de un buen Pastor, y así con

rostro alegre y cariñoso , les d ir á : V en id ,

benditos de mi Padre, á poseer el reyno que

os tengo preparado, á cuyo tiempo la Divi

na Pastora los acojerá bajo de su manto, y

rodeada de estas almas fieles, tendrá con ellas

todo su contento y alegría eterna; mas á

és

tos

les dirá con una voz de trueno y de es

panto , y con todo el furor de su om nip o

tente ira: I d , malditos de mi P a d r e , al fue-

eterno preparado por mi Justicia para vo

sotros, y los Demonios á quienes habéis ser

v i d o , que es como si dijera: Yo os formé y

crié para que me reconocieseis por vuestro

D i o s : Yo formé los cielos, la tierra, los ma

res , y cuanto en ellos ex is te , para que to

do os facilitase el que me sirvieseis: os p u

se en el rebaño de mi Ig le s ia , y os di una

Pastora, depositaría de mis gracias, adon

de acudieseis para estar á cubierto de vues

tros ene m igos; vosotros os hicisteis de su b an

d o ,

queriendo mas habitar entre leones y fie

ras que os devorasen: apartaos por lo tanto

15



2 2 Ó

D Í A D IE Z Y N U E V E .

de mí como partidarios de la maldad: no

os conozco por ovejas mías, porque veo en

vosotros el sello del Demonio: sea con él

vuestro domicilio en tienieblas eternas, y

en fuego abrasador que jam ás se apagué ( i ) .

A F E C T O S . ¿E s p osib le que yo c re a ,

sin duda a lg u n a , que ha de llegar el día

en que debo presenciar este ju icio ú ltim o , en

el cual ha de ser examinada mi vida con

toda severidad, y que lejos de estremecerme

con espanto, pase yo mi vida en una torpe

insensibilidad? ¡Ahí qué será de mí, si al

comparecer ante aquella magestuosa asam

blea, me veo cargado de crímenes y delitos

¡Cómo.me presentaré al trono del Supremo

J u e z , habiéndole ofendido tantas y tantas

v e c e s , cuando me lleno de rubor al haber

de manifestar á un confesor una falta que

.com etí ¡Q u é confusion para mí el ver á

aquel Dios, antes tan lleno de bondad, que

cu,al car itativ o Pa stor me cargó sobre sus

hombros, para volverme á su aprisco; y en

tonces tan riguroso é inexorable, que tendrá

su placer en desmenuzar y analizar hasta

mi mas pequeño pensamiento, mayormente

cuando

lejos

de poderm e yo justificar; mi

( i ) S . H i p . t r a c t . deConsum. sec.



D Í A D I E Z Y N U E V E ; 2 2 7

conciencia misma será el fiscal mas activo

que he de tener

Vos ,Pa stora Div ina , y Ma dre mia , p o

déis mitigar el desconsuelode mi alma. ¿Qué

sería de mí, sí cuando yo gimo oprimido con

el peso.de mis maldades, me cerraseis las

avenidas para guarecerme bajo de vuestro

manto, y escluido de vuestro rebaño, que

dase sin vuestro amparo ante el Juez qu&

examinará con rigor todas mis acciones? ¡A h ,

yo no puedo pensar seriamente en esto que

puede sucederme, sin que mi alma se llene

de un horrible espan to E l esceso de mi in

gratitud me acobarda: mi vida llena de mal

dades, es un caos horrible en que me con

fundo; y mi conciencia es un espejo fiel, en

donde veo la copia fea de mis vicios.

¡

Pas

tora D iv in a ¿Có m o podré yo sin vuestro

apoyo sostener, este juicio, aplacar la justa

cólera del Juez, ó desarmar el brazo aira

do de su justicia? Dispensadme vuestra pro

tección, pues con ella los cabritos se hacen

corderos, y de la mano izquierda son tras

la da dos á la de rec ha ( 1 ) .

Considera lo segundo, los contrarios

efectos que producirán estas dos sentencias^

(1) A b ad G u i l l . de Judie.

http://peso.de/

http://peso.de/



128 D I A D I E Z Y N U E V E .

oidas que sean por las ovejas de María, y

por los cabritos reprobados. A qu élla s a l oír

una decisión del Juez omnipotente tan placen

tera, y alegre para ellas, se postrarán delan

te de su trono, dándole gracias por la glo

ria infinita con que decreta remunerar su fi

delidad: le adorarán con profundísima re

verencia, confesando, que por solo el mé

rito infinito de su redención, y el amor pas

toral de María, su digna Madre, se ven con

vidados á entrar en el gozo eterno de la

Biena venturan za.Y los reprobos cab ritos , des

pedazando sus entrarlas con furia y rabia, y

desesperados con furor, clamarán á los mon

tes para que caigan sobre ellos

( i ) ,

y los

aniquilen, para no ver su eterna confusión;

y viendo que esto no puede suceder, vo

mitarán maldiciones horribles contra las cria

turas de quienes abusaron para ofender á

su Criador, y aun blasfemarán de este Dios

omnipotente, que tan terriblemente los cas

tiga. Pondera, que promulgada que sea es

ta sentencia, se principiará á mover aquel

ejército numeroso de Santos y Justos, yendo

á su cabeza nuestra Pastora con su Divino

H i j o , rodeada de éstas sus amadas ovejas,

( a ) L u c . c . 2 3 . v . 3 0 .



D Í A D I E Z Y N U E V E . 2 2 9

dirigiéndose todas á aquella verdadera tier

ra de promisión, donde sin dolor, sin llan

t o ,

ni tristeza, se ocuparán eternamente en

cantar hymnos y alabanzas al Cordero inma

culado, con cuya sangre fueron redimidos,

y á la Divina Pastora que lo engendró, y

c r i ó , para que les franquease con su reden

ción las puertas eternales de la gloria; pe

ro los reprobados cabritos quedarán en la

tierra, aguardando que ella se abra hasta su

mismo centro, para que encerrados en aque

llos lóbregos, y pestilentes calabozos, sean

atormentados sin intermisión por los siglos

sin fin

1 ) .

No apartes, a lma mia, tu con

sideración de esta escena trágica que tú mis

ma has de presenciar; y.si tu l iviandad, tu

ambición, tu codicia, tu sensualidad, te ha

cen indigno de quedar entre las ovejas de

M a r ía , y te cabe la. suerte in feliz de quedar

entré los cabritos reprobos, advierte la an

gustia y la desesperación en que te verás

sumergida, viendo que las ovejas fieles, de

quienes alguna vez fuistes compañera, siguen

á su Pastora ale gr es , y conten tas, pa ra,ir á

recibir por premio de su penitencia y sus

trabajos, el galardón infinito de una glo-

(1) A p o c . a o . v . 10 .



2 g O D Í A D I E Z Y N U E V E .

ria eterna; y que pudiendo td lograr igual

d i c h a , habiéndote con este fin franqueado

su protección esta Divina Pastora, habiéndo

te el la misma buscado tantas y tantas vec es

con solicitud pastoral, para que no vinieses

á ser presa del Lobo infernal, por ser tú in

fiel, y rebelde á su voz, quedas en poder

de éste tu cruel enemigo, por quien serás

•atormentada en un fuego ardiente, que du

rará tanto tiempo cuanto las ovejas de M a

ría reynen con su Pastora en el cielo, que

es decir, por toda la eternidad*

A F E C T O S . M i corazón se penetra de

dolor,al ver el número incalculable de hom

bres, que viven descuidados de esta separa

ción de justos y dé rep rob os, que hará el Ju ez

omnipotente en el día último, esponiéndose

á la desgracia de ser puestos á la mano iz

quierda. Vos, Pastor Divino, que debéis juz

garnos á

:

todos, tened piedad de estos infe

lices-, que alucinados, no piensan mas que

en va g a te la s, y se olvid an de este dia, en que

os presentareis, no como Pastor, sino como

Ju ez . Por m i parte os ..doy. g ra c ia s, por las

que me dispensáis, poniéndome en seguridad

para cuando llegué el dia de vuestro jui-

cio} cuyo favor lo-miro conseguido, vién

dome escrito en el rebaño de esta Señora,



DÍ A DI E Z Y NUE VE . : 2 3 I

en donde aprendo á vivir muy distintamen

te , que v iven la m ayor parte de los ho m

bres. Aborrezco desde ahora todos los pe

cados , que pudieran hacerme reo de co n

denación eterna: me duelo de haber per

dido tanto tiempo, que pudiera haber em->-

pleado en llorar mis culpas, y haber con

mis lágrimas aplacado la ira del justo Juez,

y evitado el rigor de su justicia.

Sa lva dm e, Jesús m ió , pues aunque pecar

dor, soy obra de vuestras manos, y el pre

cio de vuestra sangre. ¿Por qué se ha de

irritar.tu furor contra tus ovejas ( 1 ) ? ¿qué

gloria puede resultarte de verlas perdidas

para siempre? Cuantos sean precipitados en

el abismo, no te conocerán sino para mal

decirte y blasfemar tu redención: sus len

guas abrasadas no sabrán sino arrojar blas--

femias contra tu justicia; y ni esta clemen

tísima P as to ra , tu M a d r e , se verá libre

de sus execraciones horrorosas. En aquel lu

gar de tormentos, se olvidarán las marar-

villa s de tu bo n d a d , obradas en favor de

tus criaturas: allí no se agradecerá la pro-:

teccion amorosa, ni la solicitud pastoral de

esta Madre con.sus ovejas: al l í no se ha-

( 3 ) P a l m . 7 3 . v . 1 .



2 3 2 D Í A D I E Z Y N U E V E .

blará de tu amor, de tu misericordia, ni de

las otras infinitas perfecciones, que harán la

bienaventuranza de los justos en el c ie lo ; y

en lugar de esto sonarán gritos horrendos,

ahüllidos desesperados, y un continuo y e-

terno rechinar de dientes ( 1 ) . ¡ A h , Pastor

D i v i n o yo me sujeto á cuantos castigos

queráis darme en esta vida, y sufriré resig

nado los juicios de los hombres, por injus

tos que sean, si así lo exige vuestra justicia

para espiar mis culpas, y no incurrir en

tal desgracia.

O R A C I Ó N . ¡ O h , P asto ra c le m e n tís i

m a yo me acojo á vuestro aprisco pasto ral,

y corro á ponerme bajo de vue stro m anto,

gimiendo y llorando por mis culpas, y pi

diéndoos que me reconciliéis con vuestro Hi

jo antes de que llegue yo á caer en las ma

nos de su ju stic ia: apla cad su justo enojo

causado por mis delitos: estoy pronto, y re

suelto á domar mis pasiones, mi vanidad, mi

sensualidad, el apego á las cosas de la tier

ra j y aun mi tibieza

en

el servicio de mi Dios:

alcanzadme un ardiente amor á mi Pastor

D iv in o , para que encontrándolo lleno de d u l

zura en el día último, logre yo oir Ja sen-

(1) M a t t h . c. 8. v. i a .



DÍA DIEZ Y NUEVE. 2 3 3

tencia favorable, que me ponga en posesión

del rey no de los cielos. A m en .


Marías y un Gloria P atri.

D Í A V E I N T E .

Et pascam pecus occisionis:::

\0h

paupe-

res gregis : et assumpsi mihi duas

virgas, mam vocábi decorem, et

J

al-

teram funiculum , et pavi gregem^

Z A C A R . C .

1 .1 .v .7 .

¡O h pobres ovejas de m i reb añ o Y o

apacentaré-.éstas reses que se vén a-

tormentadas en él matadero: á cuyo

fin me labré dos cayados: al uno lo

llamé hermosura,;y al otro cuerda ó

l a z o ,

y así apacenté mi grey.

o e nos manifiesta, la so licitud pastoral d é

María con sus ovejas en el purgatorio, so-«

bre lo c u a l , • • ' • • }



2

34

m A

V E I N T E .

Considera lo primero, que esta piadosa

Pastora jamás pierde de vista las ovejas que

se le confiaron por su Divino Hijo, y así no

solo vela, custodiando las que andan por los

valles de este mundo, sino que por sí sola

eorre por todo el ámbito de los cielos, y pe

netra hasta lo. profundo de los abismos ( i ) ,

para que ninguna se esceptne de participar

del calor de su amor, cuyas palabras las es-

plica S. Bernardo, diciendo: María penetró

hasta el abismo, porque ejerce su autoridad

en el purgatorio, y libra de sus tormentos á

sus hijos, los visita, y los consuela ( 2 ) . Este

oficio pastoral Id ejercita María Santísima

con aquellas sus ovejas, que son destinadas

á aquellos tormentos, con tanta mas solici

tud, cuanta e s

mayor la necesidad que tie

nen de la asistencia de su Pastora. No hay

pastor que no se compadezca de su grey,

cuando la vé espuesta á las inclemencias del

tiempo, ó atormentada alguna de sus reses

con algún dolor; y siendo esta Señora la me

jor de las Pastoras, no puede mostrarse in

diferente , viendo el estado triste y doloro

so en que se hallan aquellas al m as , que h a

biendo vivido en el mundo en su rebaño, es-

(1) E c c l e s . c .

44.

v . 8. (2) S . B e r n ; S . 3 .



D Í A V E I N T E . 2 3 ?

tan detenidas por la justicia divina en aquel

lugar de tormentos para purificarse, como

el oro en el crisol, de toda la escoria de sus

imperfecciones, antes de entrar en los pastos

deliciosos del cam po c el es tia l, donde no pue

de entrar cosa algun a que esté manchada .

Nosotros, aunque no tan compasivos como

lo es esta Divina Pastora, si llegásemos á

penetrar en aquellos horribles calabozos, no

podríamos menos de compadecernos, y der

ramar torrentes de lágrimas, al ver á nues

tros mismos padres, hermanos, y amigos, ar

der con el mismo fuego del infierno inflama

d o ,

y atizado por los ministros de la divina

justicia. Y aunque estén sostenidas aquellas

almas con la esperanza de que sus tormen

tos tendrán fin, y que después de ellos, han

de gozar para siempre de la vista dichosa de

su Dios, sin embargo, nos llenaríamos de

asombro, y se herizarian nuestros cabellos^

si oyésemos los lamentos, los gemidos y cla

r

mores con que manifiestan aqu ellas almas ju s

t a s , los tormentos insufribles en que están de

tenidas. ¡Q ué imp resión, pu es , hará en el

corazón piadoso y caritativo de esta Madre

Pastora, el ver aquellas sus ovejas, con quie

nes se recreó tantas veces, y á quienes amó

en el mundo con amor tan activo de Pastora,



236 DÍA VEINTE.

que superó

el

temor natural

de la

m uerte ( 1 ) ,

l lorar

y

lamentarse entre llamas crueles

y

activas Entonces

es

cuando, encendida

en

su maternal corazón

la

llama

de su

miseri

cordia, echa manó

del

poder inmenso que

con

el oficio

de

Pastora

la

concedió

el

Pastor

Su

premo, para

que

éstas

sus

ovejas,

ni se

vean

destituidas

de

socorro,

ni

sean

por

mucho

tiempo atormentadas: porque

si

apacienta

al

pecador ,

¿no

apacentará mejor

al

justo

(2)?

si apacienta

á los que han de

condenarse,

¿no apacentará

á los que se han de

sa l

var (3)?

A F E C T O S .

Mi

alma

se

aflige

¡oh

pia

dosa Pastora

al

verse rodeada

de mil im

perfecciones,

que

aunque

no me

priven

de

la amistad

de mi

D i o s ,

me

esponen

á

tener

que espiarlas

en las

horribles penas

del

p ur

gatorio.

Un

esfuerzo

de

vuestra pastoral

so

l icitud, puede i luminarla

y

robustecerla^

para evitar

aun las

ofensas

mas

leves contra

vuestro Divino Hijo.

Es

verdad

que en el

purgatorio esperimentaré

la

protección,.que

allí dispensáis

á

vuestras o ve ja s; pero

yo

c la

mo

por mi

salud, antes

de

pasar

á

aquella

cárcel

de

tormentos:

no me

dejéis ,

por lo

(1) S. Aug..t.

sup. Joan,

(a) S.

Avg.deJSp.i.

ad Rom, (3) Id. sup. Ps. 61.



D I A V E I N T E . 2 3 7

tanto, de asiento en mis imperfecciones, ni

permitáis á mis enemigos el gusto que ten

drán en atormentarme; porque sabiendo ellos

que esta facultad les es concedida por tiem

po limitado, y que al fin me libraré de aque

llas penas para ir á ocupar en el cielo las

sillas que ellos dejaron vacías por su sober

bia, redoblarán su furia, y me harán mas

insufribles los tormentos. Este es el bien que

yo espero de vuestra misericordia.

No miréis mis pecados, ó Pastor Divi

n o , como ofensas hechas á vuestra bondad,

sino como un efecto de mi naturaleza enfer

ma y corrompida, y sea yo por esto objeto

mas bien de vuestra compasión, y misericor

dia, que no de vuestra airada justicia. Lle

no V o s de ca ri d ad , tomasteis sobre V o s m is

mo todas mis enfermedades para curarme de

ellas.

¿Sufrirá, pues, vuestro amor paternal,

que mi debilidad, y flaqueza, me reduzcan á

el estado triste y doloroso en que se vén unas

almas, que amándoos, están separadas de

Vos envueltas en llamas abrasadoras? Solo

el recelo de que pueda caberme esta desgra

cia, me hace temblar, mayormente cuando

reflexiono sobre el reato de mis culpas pasa

d a s , la violencia, y el peso de mis pasiones

y flaquezas, que me abaten y acob ardan. Sin.



2^ 8 D ÍA V E I N T E ;

embargo, alabo y bendigo vuestra gran mi

sericordia, porque me disteis una Pastora,

cuya tierna compasión con su grey, tranqui

liza ésta mi turbada agitación, y me hace es

perar, que si caigo en aquel lugar de vues

tra justicia, allí encontraré su protección.

Considera lo segundo, que esta Divina

Pastora, para apacentar ésta su grey de es-

piacion en el purgatorio, dice que tomó en

su mano dos báculos, el uno de hermosura,

y el otro á manera de cuerda, ó lazo, con

cuyos dos símbolos ó figuras, quiere que en

tendamos el modo con que apacienta á aque

llas sus ovejas. Ante todas cosas, procura

esta Señora que ninguna de ellas llegue á ser

pábulo de las llamas voraces del purgatorio,

haciendo que en este mundo convalezcan per*

fectamente de las heridas que recibieron en

las peleas, que sostuvieron con el León san

griento, á pesar de que saliesen al fin victo

riosas. Así usa misericordiosamente del cor

del ó lazo con que detiene á sus ovejas, para

que se libren de aquellas formidables llamas,

alcanzándoles de su Hijo tal cúmulo de gra

c ias ,

y fa vo re s, que ó se mantengan en una

perfección heróyca, ó purguen sus faltas por

Ja tolerancia en los trabajos de esta vida; y

aun por esto se deben llamar felices aquellas



D I A V E I N T E . 2 3 9

alm as, á quienes esta D ivin a Pastora a t a , y

liga, con este su cordel pastoral. Mas si l le

ga á tanto la ceguedad de algunas ovejas de

María, que no alcanza ésta su amorosa so

lic itu d , y a l fin-vienen á p a r a r á las llam as

del purgatorio, usa en favor de ellas del otro

báculo de hermosura, es decir: que esta ca

ritativa Pastora se presenta en aquella cár

cel de espanto, y con su dulce presencia re

crea y consuela á a que llas sus alm as q u er i

d a s , y alivia su desconsuelo con la esperan

za de que, satisfecha que sea la justicia de

D i o s , serán sueltas de sus prisiones, para

gozarse eternamente con su Dios; y aun tam

bién mitigando sus tormentos, y dulcifican

do sus penas con el dominio que ejerce en

el reyno del purgatorio i ) . Esta Princesa

Soberana desciende en efecto á aquella cárcel

para cuidar de su grey, con especialidad en

las festividades mas solemnes, en que se re

cuerdan y celebran los adorables misterios

de nuestra redención (2). ¿Y quién podrá

dudar de que esta Reyna, que es juntamente

Madre de misericordia, visitará vez alguna

aquella región tenebrosa en donde gimen, y

se lamentan las almas justas, á quienes apa-

1

(1)

S . B e r n , S . 3 . de Nom. Mar, ( a ) D i o n i s .

C a r t n x . S . a . de

¿4sum.



2 4 0 D ÍA V E I N T E .

cerno, custodió, gobernó, y amó como ove

jas á ella encomendadas por su Hijo, sin que

al mismo tiempo indulte á muchas con regia

liberalidad, y consuele á todas con su belle

za , y hermosura? Como el solio de esta Rey-

na es la magnanimidad, y el cetro es la mi

sericordia

,

sus obras son com pa de cerse, y per

d o n a r; y en tal c as o , ¿ cómo entrará en aquel

lugar de penas su báculo de hermosura, sin

que vaya derramando gracias, favores, cle

mencia, y compasión hacia unos hijos tanto

mas dignos de ella, cuanto se vén mas afligi

dos é imposibilitados de procurarse por sí mis

mos alivio alguno?

A F E C T O S . S i y o l le g o á verm e ¡o h a -

m ada Pa stora entre las llamas del pu rgato

r i o , en medio del horror, y la tristeza, que

ha de causarme aquella cárcel espantosa, me

consolaré con la esperanza de veros en la glo

ria, y de que mientras yo satisfago á la divi

na justicia, me visitaréis, y me recrearéis con

vuestra amorosa y pastoral presencia. Enton

c e s , vuestro corazón compasivo, se enterne

cerá al verme triste y cautivo entre llamas:

mis lamentos mezclados con mis lágrimas, y

mis clamores unidos al deseo de ver á mi

D i o s , penetrarán vuestros oidos maternales,

y no podréis menos de interceder con la jus-



D Í A V E I N T E . 2 4 1

ticia dé vuestro Divino Hijo para que se a l i

vien mis penas. N o , no es posible que vu es

tro corazón, siempre atento á aliviar mis pe

nas y aflicciones, y pródigo siempre y ge

neroso en socorrer mis necesidades, escuche

con indiferencia mis lamentos en el estado

deplorable de angustia, y de dolor, á que

me veré reducido en el purgatorio. Vos se

réis entonces mi esperanza, y mi refugio: á

Vos clamaré, para que se rompan los lazos

que me cautivan,, y consiga mi libertad

1 ) .

Mas al presente, para que yo pueda sa

tisfacer, como deseo, á la divina justicia, y

purificar todas mis imperfecciones en térmi

n o s , que saliendo de esta vida, no encuen

tre impedimento para entrar en el reyno de

los escogidos, sed V o s , Pastora m ia , propi

cia á mis súplicas, y oidlas con ánimo propio

de compasiva P astora. ¡O ja lá que todas mis

o b r as , pa lab ra s, y pensamientos, sean dignos

de la santidad de un cristiano; y por consi

guiente con derecho á tus promesas, y á la

clemencia que me ofrece vuestra solicitud

pastoral. Yo para purificar mi alma os es

pongo, con simplicidad de corazón, la mi

seria en que fui co ncebid o: os manifiesto las

(1)

P s .

1 3 3 .

v. 7.

1 6



2 4

2 D I A

V E I N T E .

l lagas profundas que abrió en ella el peca

d o ,

cuyas cicatrices aun no están enteramen

te borradas. Ved Vos, Madre mia, y consi

derad los males que me afligen, y ellos mis

mos interesarán vuestro poder para su socor

r o ;

y en esto tendréis mas gloria, que la que

yo os daré, confesando tu patrocinio desde

las llamas del purgatorio.

O R A C I Ó N .

¡

Oh clementísima Pastora

cuyo hermoso resplandor no solo brilla en el

cielo como en su trono, sino que penetra tam

bién hasta el abismo ( i ) , i lum inando aquella

espantosa cárcel del purgatorio, y consolan

do á aquellas almas que amáis, y reconocéis

ovejas de vuestro rebañ o: escitad en favo r de

ellas vuestra clemencia, y compasión, pues

al fin son ovejas vuestras, amadas y queri

das del Pastor Divino que os las confió. Y

si yo por el reato de mis culpas, me he de

ver algún dia en el purgatorio, r io os olvi

déis de mis penas, y antes bien aliviadlas

con solicitud de Pastora: mas para que yo

evite, y me libre de estos tormentos,encen

ded en mi corazón un fervoroso amor á Vos,

y á vuestro dulce Hijo Jesús, y siendo yo así

perfecta y fiel oveja vuestra en v i d a , pase

( i ) S . B e r n a r d . H o r a . 3 .



D Í A

V E I N T E .

243

Juego después de mi m u e r t e á a l a b a r o s en

e l c i e l o . A m e n .

Se reza

un

P adre nuestro, cinco

Ave

Marías,

y un

Gloria P atri.

D ÍA

V E I N T E Y UNO.

Sicüt Pastor gregem suum páscet: in

brachio suo <congregabit agnos, et in

•

sinu suo levabit, foetas ipse portabit.

I S A I . C . 40. V . 11.

Como un Pastor apacentará su rebaño:

recogerá con su brazo los corderi

n o s , los tomará en su seno, y lle

vará él mismo las ovejas que los es

tán criando.

Se nos

.m ani f ies tan

los

m u l t i p l i c a d o s b i e n e s

q u e e s p e r i m e n t a n las o v e j a s de M a r í a , p e r

m a n e c i e n d o f i e l e s , q u i e t a s , y pac í f icas en el

r e d i l

en que las

c u s t o d i a , s ob r e

lo

c u a l ,

C o n s i d e r a

lo

p r i m e r o ,

que son

tantos

los

f a v o r e s que c o n s i g u e n , y t a n t a s las g r a c i a s

q u e la l ibera l , m ano del O m n i p o t e n t e d i s p e n -



2 4 4

1 ) 1 A

V E I N T E Y U N O .

sa á aquellas almas, que en clase de ovejas

se subscriben en el rebaño de esta Divina

P a st o ra , y como á tal la siguen y obed e

cen , que su enum eración no ten dria fin,

si quisiésemos recordarlas todas. Aunque

parezca cierta especie de esclavitud el que

un corderito siga las pisadas de su diligen

te pastor, sin declinar un punto de la senda

por donde lo conduce, y sin estraviarse

de su compañía, es á la verdad en lo qué

consiste toda su dicha, en lo que se cifra su

verdadera libertad, y lo que le asegura de

una protección fuerte, que lo pone á cubier

to de toda desgracia ó precipicio. Así suce

de á las ovejas de María, mientras que si

guen con fidelidad á su Pastora, ó perma

necen quietas dentro de su redil místico. Por

que si esta poderosa, y piadosa Madre, re

compensa cualquier obsequio que se la ha

c e ,

con tanta generosidad, que escede la es

peranza, y los votos de cuantos la invocan,

¿cuántos bienes podrán prometerse de sus ri

c a s , y generosas m an os, aqu ellas alm as que

se escriben en el núm ero de sus o ve ja s, que

á cara descubierta se confiesan por siervos

s u y o s , y que despreciando las erradas má

ximas del mundo orgulloso, y fatuo, cons

tituyen en esta servidumbre su mayor glo-



D ÍA VEINTE Y U N O .

b+f

ría? Á* la verdad, que no pudiendo obrar

nuestra Madre Pastora sino con aquel lleno

de generosidad, y de poder, que le son pro

p i o s ,

no podrá olvidarse tampoco, ni des

entenderse de sus ovejas propias y fieles^

para cuidar de las agenas, 6 que se hallan

fuera de su rebaño: porque mas propio es

al buen Pastor el cuidar, y ser solícito del

bien de sus ovejas que están en su rebaño,

que no de las que huyen de él ( i ) . S í , a l

ma mia, todos los bienes, gracias y favores

que esta misericordiosa Pastora puede dis

pensar, y dispensa en efecto al género hu

mano , debes esperarlos de sus manos be n é

ficas , en quienes depositó e l Om nipotente to

dos sus tesoros, si permaneces fiel, y te su

jetas al redil en que custodia su grey. La

protección que en él te dispensa, te pro

porcionará una vida honesta, agradable, y

pacífica, por la fruición de todos los bienes

que puedan hacerte sólidam ente fe liz en es

te valle de miserias, donde gimes desterra

d o de tu verd ade ra P a tr ia : una defensa fir

mísima contra los males tan frecuentes co

mo peligrosos, que te afligen en la vida hu

mana : en la abundancia de los bie nes, te

( i ) S. Athan. Eptst. i . ad Ep. Creí.



2 4 6 D ÍA V E I N T E Y U N O .

dar á la necesaria tem planza para que uses-

de ellos, sin que tu corazón llegue á apri

sionarse: en cualquier estado de tu vida, el

uso de una perfecta y santa lib er ta d : e n

tre el tumulto de las pasiones, una paz inal

tera ble : en las vicisitudes hum anas, una a l e

gría permanente: y el resultado de todo, se

rá tu felicidad temporal y eterna.

A F E C T O S . L a M a dre de l buen Pastor

1

Jesucristo me ha recibido misericordiosa-*

mente en su rebaño.

¡

A h , qué felicidad la

m ia E s cierto que no ha y dicha alguna tem-

5

poral que pueda compararse con ella. ¡ Qué:

consuelo disfruta mi alma con la protección,

y seguridad, que me ofrece tan caritativa

Pa sto ra ¡en qué abismo de m ales me vería

yo precipitado, á no ser por sü inestimable

bon dad O veja fu g itiv a, y estra viada por los

derrumbaderos del mundo, perdería bien

pronto de vista aquel redil seguro, en que

esta Divina Pastora protege á su fiel rebaño

contra los asaltos de las fieras hambrientas,

é insaciables, que á todas horas intentan de

vorarlo. Yo no tendría otros pastos de que'

nutrirme, sino las yerbas venenosas que pro

duce el m un do , y vendría á fam iliarizarm e

con las bestias feroces, que tanto abundan

en él . Lánguida, f laca, endeble, y enferma,



D Í A V E I N T E Y U N O . 2 4 7

no tendría fuerzas bastantes para defender

me, cuando llegase á descubrir los perver-r

sos inten to s, que con tra mí abrigan en su

maligno corazón: y rodando de precipicio

en precipicio, vendría á parar en el eterno

abismo.

P e r o , ¡oh feliz mom ento ¡instante d i

choso, en que me resolví á entrar en vues

tro redil san to, oh D ivina Pastora y m a

yor será mi dicha si, como os prometo, per

severo fiel, sin estraviarme de los límites

que tenéis marcados á vuestras ovejas. Esta

sujeción es dulce para mí, y tranquiliza en

un todo la turbación de mis pasiones, que

han sido siempre el principio y origen de

las amarguras de mi alma, cuando he que

rido co m pla cer las, y las armas de que se

han valido mis enemigos para rendirme á su

cruel imperio. Protejido y á , y am parado de

vuestro poderoso brazo, nada tendré que te

mer, aunque me rodeen las sombras de la

muerte, y me vea por todas partes acome

tido por las flechas del tentador mi enemi

g o .

No me dejaré seducir de los encantos

seductores, en que perecen tantas víctimas

que andan fuera de vuestro rebano. Yo de

safiaré todos los peligros, y aun me bur

laré del Lobo infernal, viendo con ojos tran-



2 4 8

D ÍA V E I N T E Y U N O .

quilos los lazos que arma para perderme,

porque V o s estáis en mi de fen sa, y porque

en vuestro ánimo maternal encuentro un mo

tiv o cierto para esta mi confianza. ¿C ó m o

podré yo dudar de mi seguridad, si nunca

jamás me separo de una Pastora, á quien

tiemblan todos mis enemigos?

Considera lo segundo, que por ser tan-*

tos los bienes que nos resultan de pertene

cer al rebaño de la Madre del buen Pastor,

y de permanecer nosotros en él fieles, y cons

tantes , nos persuade el E sp íritu Santo o fr e

cer dóciles nuestro cuello á sus ligaduras,

y nuestros pies á su servidum bre ( 1 ) : nos

manda buscar á esta Señora; y en hallándo

l a , no huir de su amable compañía ( 2 ) , por

que sus grillos son para nosotros una fuer

te defensa, y sus lazos un vestido de glo

ria ( 3 ) . S ie n d o , pu es , uno de los primeros»

cuidados, entre los diligentes pastores, el

formar redes, y otros lugares de abrigo y

defensa, en que sus ovejas estén seguras de

los asaltos de los lobos, y otras fieras; Ma-<

ría, como diestra, y sabia en este oficio pas

toril, los forma también con mayor solici-:

tud , y en ellos encierra y ata su rebaño,*

-.(1) E c c l e s . c . o ' . v . a g . (2) I b . v . a 8 . ( 3 ) I b . v . 3 o ;



D Í A V E I N T E Y U N O . 2 4 9

para que no pudiendo así sus ovejas abusar

de su perniciosa, y mal entendida liber

tad, estén seguras, y no se espongan á los

males .sin número, que frecuentemente las

acarrean su perdición eterna. Por esto el Es

píritu Santo nos ex h o rta , á que entremos gus

tosos en esta especie de servidumbre, dicien

do al alma santa: Cautívate gustosa con sus

ligaduras, y permanece á su lado tan cons

tante, que ni un punto te separes de su com

pañía. Considera, que aunque esto parezca

á los mundanos una esc lavitu d inso porta-?

b l e ,

y dura, es sin embargo un manantial de

bienes, y felicidades, que tú nunca podrás

bastantemente agradecer, y estimar. Quie

re esta Pastora tenerte sujeto en su rebaño,

de tal suerte, que tu mente, tu voluntad,

y tus afectos, tus pasos, movimientos, y

ac cio ne s, estén sujetas á la ley de su San tí

simo H ijo , para evitar el que es traviado

por el torpe abuso de estas facultades, y en

gañado por la concupiscencia, no te precipi

tes en un abismo eterno de males; antes bien

siguiendo sus preceptos, y dejándote guiar

por sus documentos, vayas siempre por el

camino recto de tu salvación. Pondera, que

dominando en nuestros miembros el desorde

nado apetito, á manera de fieras indómitas,



2fO D ÍA V E I N T E v U N O .

por nosotros mismos nos perderíamos eter

namente, sino se refrenasen y contuviesen

con el redil que esta Señora tiene, para su

jetar y defender á su rebaño: en él los com

prime esta diligente Pastora, y los modera

deteniendo nuestros pies, para que seamos

modestos: nuestras manos, para que seamos

continentes: nuestra cabeza, para que seamos

obe dientes: nuestro cuerpo to d o , para que hu

yamos del fausto, arrogancia, y deseo de do

minar: y nuestra alma, para que vivamos

sometidos á la observancia de los preceptos

de Dios. Estos lazos con que María tiene

sujetas sus ove ja s, y que á primera vista com

primen, y causan una servidumbre sensible

á la concupiscencia, nos ofrecen una ven

tajosa protección: son la base de la virtud,

y la fortaleza que nos corrobora para huir de

las ruinas, y precipicios, preparados á los

incautos por nuestro enemigo común: y por

último, esta sujeción hace nuestro ornamen

t o , nuestra gloria, y nuestra seguridad; pues

por el recto uso de nuestra libertad, man

damos como Soberanos á todos los afectos

de l a lm a , y sensaciones de nuestro cue rpo . .

A F E C T O S . Son tr is tes , y amargos á mi

m em oria, aquellos dias q u e , usando yo m al

de mi libertad, los pasé entre los éntrete-



D Í A V E I N T E Y U N O . 1¿l

nimientos mundanos, y los estravíos de mis

pasiones. Mi alma entonces perecía de ham

bre, y sed, en los áridos desiertos del mun

d o ,

adonde me conducía el amor á mi in

dependencia: allí no hallaba sino aguas ce

nagosas, y emponzoñadas, que lejos de apa

gar, encendían mas el fuego de mis pasio

nes que me abrasaba: como irracional, me

alimentaba con pastos groseros, que enconr

traba yo, conducido por una inclinación

brutal . Vos, caritat iva Pastora, no pudis

teis menos de enterneceros al ver á vuestra

oveja encenagada cu al vi l in sec to, asquero

sa , y m iserable, y d ar la la mano para pod er

salir de un estado tan de plo rab le, y co n d u

cirla á los campos amen os, y d elic io so s, en

que apacentáis vuestros rebaños, cuyas aguas

abundantes, y cuyos pastos pingües y sabro

sos , tienen á sus ovejas blan cas y herm osas.

¡A h í ¿seré y o tan insensato, que vu elva á

huir de vuestro redil pastoral, en que en

cuentro toda mi dicha? ¿Después de haber

recobrado mi felic id ad , me fatigaré por p re

cipitarme otra ve z en mis desventuras? N o ,

amable Pastor a, siempre os seré fiel, y nun

ca os perderé de vista.

Yo sé que fijas cariñosamente tus ojos

sobre mí , cua nd o y o no desmerezco tu



2jT2 D ÍA V E I N T E Y U N O .

protección; y con tu voz dulce, y sonora^

fijas la natural inconstancia que tantas ve

ces me ha hecho saltar los límites de tu re

dil santo. Con tu asistencia, y tu cuidado,

dulcificas la amargura que esperimenta mi.

alma, poco acostumbrada á sacrificar su mal

entendida libertad: tú velas cual diligente

Pastora, para que yo sea verdaderamente fe

l i z :

vivo bajo la salva-guardia de tu solici

tud, y nada me faltará en adelante, si yo no

me aparto de tu dulce compañía. En ella en

cuentro alimentos con que recobro las fuer

zas diariamente menoscabadas por mi pro

pia y miserable condición. Su gusto delicio

so cautiva todos mis apetitos, sacia todos

mis deseos, me fortalece al mismo tiempo

que me recrea; y si á las veces me dejas sen-,

tir hambre, y deseo de estos pastos saluda

b les , no es mas que por escitar mi confian

z a , probar mi fidelidad, y hacérm elos ta n

to mas gustosos, cuanto son mas deseados.

¡Ah,son innumerables los bienes que yo con

sigo en el redil de esta Divina Pastora

O R A C I Ó N . Santísima Pastora , desde

hoy me entrego sin reserva por vuestra fiel

oveja, y me pongo en vuestras manos, para

que dispongáis de mí en un todo,según vues

tra voluntad: aceptad esta ofrenda, que yo



D Í A V E I N T E y U N O . 1

os hago

i j

con toda la sinceridad de mi co

razón. En mí tenéis la mejor proporción pa

ra ejercitar vuestra caridad de Pastora, pues

que apenas hallareis otra oveja mas necesi

tada de vuestro amparo, y protección. Yo

bien sé, que por haber huido tantas veces

de vuestro redil, y haber abusado de vues

tros favores, tengo merecido vuestro enojo

y vuestro castigo; pero como fuera de Vos

¡Madre mia me veo miserable, vuelvo á

buscaros, proponiendo que yá jamás os se

ré infiel: alcanzadme el don de la perseve

rancia en este mi propósito, para que sien

do así digno de vuestra protección, lo sea

también de veros y alabaros en la G lo ri a .

Amen.


M artas, y m Gloria P atri,



3 J 4

DÍA VEINTE Y DOS.

Dispersa? sunt oves mea, et factte surit

in devorationem omnium bestiarum a-

grt. EZEQ. C. 34. V . $ .

M i s o v e j a s se h a n d i s p e r s a d o , y a sí v i

nieron á ser presa de todas las f ieras

d e l c a m p o .

Se nos hace conocer, en este día, que las

ovejas estravíadas del redil de la Divina Pas

tora, están espuestas á infinitos males, so

bré lo cual ,

Considera lo primero, la desgracia de

una alma, que después de haber sido resca

tada del poder infernal por el Pastor Divi

n o ,

á costa de su sangre, y confiada á la so

licitud y protección de María Santísima, a-

quélla en clase de oveja, y ésta de Pastora

dilig en te, huye del redil m ístico, y anda des

carriada por las sendas tortuosas de sus vi

cios. Abusando desgraciadamente de su li

bertad, salta, y se escapa del recinto en que

es custodiado el rebaño de María: y defen-



D Í A V E I N T E Y D O S . 2 5 5

dido de todos los males, corre á una parte

y o tr a , como un ci e g o , sin saber á dónde v á ,

ni á dónde viene, pues que todos sus pensa

mientos, todas sus palabras, y acciones, solo

se dirigen á buscar; ó los placeres, que cual

yerbas venenosas le dan muerte lastimosa; ó

el interés, que llena su corazón de zozobras

é inquietudes; ó el honor, que escita en él

una sed ardiente, que tanto mas se enciende,

cuanto mas intenta saciarla. Su razón oscure

cida no es ya capaz de dirigirla; y así, arre

batada por el ímpetu de las pasiones, se pre

cipita en un abismo lamentable de d esgracia s,

y es devorada por ellas mismas, que á ma

nera de bestias feroces, se ensangrientan en

el alma. Porque huir del rebaño de María,

es renunciar á los preceptos y máximas del

Evangelio: es cerrar los oidos á los llama

mientos y estímulos de la gracia: es vivir

sin orden entre el ruido tumultuoso de las

pasiones: y es finalmente gobernarse solo por

los movimientos de la naturaleza corrompi

da, opuesta siempre á la gracia, la cual hu

ye siempre de una alm a que viv e en un tan

criminal desarreglo: queda por consiguiente

abandonada á su propio consejo: y en segui

da, el demonio, cual Lobo carnicero y ham

briento, carga sobre ella, la dispersa, la ar-



1 (>

D ÍA V E I N T E Y D O S .

reb ata , y la devora ( i ) . Pondera que esta

muerte sangrienta que el Lobo infernal dá

á las ovejas, que están fuera del redil de esta

D ivi n a Pa sto ra , no es nada menos que la

privación de la divina gracia, por la que el

alma queda en situación mas fea, y horrible,

que un cuerpo muerto: privada de esta gra

cia con que vive, y respira, queda sin acción

para Jas obras meritorias: fétida, y corrom

pida, mas que Lázaro en el sepulcro: ro

deada de un enjambre de hábitos, y costum

bres malas, mas asquerosas que los gusanos:

sus mismas pasiones, la hacen presa del De

monio: y aquella miserable criatura princi-

cia yá, desde este mundo, á ser atormentada

por el gusano roedor de su propia concien

cia , que ha de ser su mas cruel verdugo en

el infierno por toda la eternidad. Así como

el que se halla en el rebaño de María, nada

tiene que temer ni recelar, así la oveja que

de él se estravia, no hay desgracia que no la

siga, y por consiguiente nada puede suceder

á nuestra alma mas formidable y espantoso.

A F E C T O S . ¡ Estraña ceguedad la dé

los hom bres ¿ E s posible que dotados de ra

zón, caigan en el desvarío de huir de una

( i ) J o a n . c . 10. v . i a .



D ÍA V E I N T E Y 'D O S ; 2 7

Pastora, que Dios Jes preparó para su cus

todia, y su defensa, por seguir á Lucifer,

que cual Lo bo cruel las d ev o ra , y despeda

za? Pero no te admires, alma mia, porque

éste era el estado á que estabas tú también

reducida, cuando no seguías sino el impul

so de tus pasiones. Así lo conozco y confie-r

s o ,

¡o h mi dulce Pa stora y por esto se c u

bre mi rostro de rubor, y

me

con fun do , cuan

do pienso en los estravíos de mi pasada vida.

¡ A h cuántas veces lo c o , y temerario, huí

del gremio de tu rebaño místico, y fui tras

del placer, la adulación, la lisonja, mi pro

pio interés, y la vanidad del mundo, pasan

do así la mayor y mejor parte de mi vida

Así lo confieso en tu presencia, ¡Madre mia

y mi corazón se aflige, y se angustia, por

el dolor que me causa el recordar la situa

ción triste en que me v i , por dejarme arra s

trar de unos vicios que tanto te desagradan,

y haber vivido con el desorden en que vi

ven los que no se cuentan en tu escogido y

fiel rebaño.

E s por lo tanto nec esario, alm a m ia , c o

menzar á velar seriamente sobre todas tus

acciones, para evitar el que seas algún día

víctim a desgraciada del Lo bo in fer n al, q ue

es el fin funesto de los que se hallan fuera

l

7



2 j 8 D ÍA V E I N T E Y D O S .

del rebaño de esta Divina Pastora, renun-.

ciando para esto de tus pasiones, y despre

ciando al mundo, y sus falsas máximas. Así

resuelvo el practicarlo; mas como nada po->

dré realizar, sin el socorro de la gracia de

mi Dios , acudiré para conseguir la , y l la

m aré á las puertas de l corazón com pasivo

de mi Madre Pastora. Sí, Madre piadosa,

yo clamaré hasta interesar en favor mió tu

ternura maternal: inclinaré mis oidos, para

escuchar tu voz, y conocer tu voluntad: te

sacrificaré la mia, para que esté obediente

á

tus preceptos: te presentaré mi entendi

m ien to , para que lo, ilum ines con tu sab idu

ría; y mis deseos, para que los purifiques de

todo lo terreno. Solo pretendo yá, el que di

rijas todos mis proyectos, santifiques todos

mis trabajos, y hagas meritorias todas mis

obras.

Yo quiero estar siempre en el lugar

en que apacientas tu grey, y como oveja fiel,

ser toda tuya, y en tí tener toda mi espe

ranza y felicidad.

¡

A h no es posible que des

eches mis ruegos, nacidos del pleno conven

cimiento en que me hallo, deque una oveja

sin Pastor, es como un ciego sin guia

i ) .

Con sidera lo segundo , que no son solo

( i ) S . A t h a n . c o l . i .



D Í A V E I N T E Y D O S . s jo ,

los males ya indicados Jos que afligen á una

oveja que se halJa fuera deJ rebaño de esta

Divina Pastora, sino que hay otros muchos,

que son como consecuencia precisa del cri

men que cometió con tan criminal fuga. En

el momento en que la ejecuta, cae sobre ella

el rayo fulminante de la maldición de Dios,

para que rio halle en parte alguna un lugar

seguro en qué guarecerse de los infinitos ma

l e s ,

infortunios, y desgracias que la rodean.

La tierra que pisa fuera del redil de María;

Jos pastos de que sé alimenta, el agua que

bebe, y aun el aire que respira, todo esto

está para ella lleno de la maldición de Dios:

así es que en lugar de nutrirse, y recrear

s e ,

se halla siempre enferma; y como sus

humores están inficio nad os , and a siempre

tri ste , an gu stiad a, y m acilenta: y aun todas

Jas cosas que á ella pertenecen, participan

de esta maldición de Dios, para que nada

pueda lucirle ni aprovecharle. Considera

además, que sus males y desgracias se au

mentan hasta el estremo de verse privada de

la herencia riquísima , que como

1

á hija de

tal Madre, le correspondía: es despojada de

la nobleza de hija de Dios, declarada in

fame y rebelde; y como todas las criaturas

la ven cubierta de una piel roñosa, y mise-



a 6 o D ÍA V E I N T E Y D O S .

rabie, sin divisar en ella el sello que distin

gue á las ovejas de María, todas de común

acuerdo se arman contra ella, para vengar

la injuria hecha á una cariñosa Pastora, que

tantos testimonios de amor le tenia prodiga

dos.

Los Santos Angeles, que antes estaban

prontos para su defensa, son yá entonces mi

nistros de la justicia divina, que vibrando

la espada del zelo por el honor de esta Pas

tora, castigan su rebelde apostasía. Pondera

que en situación tan triste, queda esta oveja

á discreción del Lobo infernal, el cual se

ñoreándose sobre ella, la transporta desde

el rebaño de María, á los desiertos oscuros

y tenebrosos del pecado, en donde no logra

rá el consuelo de ver el cielo sereno, y des

pejado, para ser iluminada con su luz; antes

bien, palpando siempre las densísimas tinie

blas de la ignorancia , y del vicio, se pro

fundizará cada vez mas en el limo de su mi

seria, bebiendo como agua la iniquidad; y

poniendo el sello á todas sus desgracias, ven

drá tal vez á incurrir en la desesperación,

desconfiando de su remedio, pues por mas

que haga, por mas que llore, y se aflija,

fuera del rebaño de María, no hallará una

senda por donde pueda escapar, y librarse

de ser pasto de las ñeras infernales, hasta



D Í A V E I N T E Y D O S . a 6 r

tanto que desengañada, preste sus oídos á la

voz de esta diligente Pastora, que la liama

misericordiosamente, para que vuelva al re

baño de que ciegamente huyó, facilitándole

al mismo tiempo la gracia de Dios que para

esto necesita.

A F E C T O S . ¡ A h ¡T an desdichado como

todo esto, y tan lastimoso es el estado á que

y o quedé re d u cid o , desde el momento en que

por el pecado me aparté d el rebaño de M a

ría ¡T an digna de llorarse era la ve rg o n

zosa esclavitud en que me v e ía ¡ Y tan m i

serablemente dejé al Demonio tomar posesión

de mi alma, obrando el mal en presencia de

m i D io s Por esta mi ce gu ed ad , he andado

desfallecido, y sin fuerzas, por rodeos esca

brosos en el camino de la iniquidad, preci

pitándome de pecado en pecado, hasta que

me hubiera abismado en mi eterna perdición,

si con tiempo no hubiera corrido á guare

cerme en el rebaño de María.

¡

D esgraciado

de m í , si esta Señora no me • hubiera abier

to la puerta de su redil místico, de donde

y o mismo me fug u é E n lugar de la quietud,

del contento, y de la seguridad de que dis

fruto en este paraíso de delicias, no me res

taría sino el trabajo y el dolor, el hambre y

la sed, la enfermedad y la muerte: se com-



2 Ó 2 D ÍA V E I N T E Y D O S .

pletarian los intentos del Lobo infernal, que

eran dispersarme del rebaño de María, para

saciar en mí sus fauces sangrientas.

Pero libre yá de tantas calamidades, per

maneceré á tu lado, ¡oh Santísima Pastora

sabiendo que entre la oveja , el cordero , y

el pastor, debe de haber una fiel y amistosa

alianza ( i ) , y de este modo estaré y á segu

ro de volver á incurrir en ellas. Yo sé que

por el amor que me tienes te ocupas en mi

felicidad, te afliges por mis desgracias, y

que escuchas mis lamentos. Yo sé que no solo

eres mi Pastora, sino también mi amantísima

Madre; y así invocaré este dulce nombre,

para enternecer tu piadoso corazón. El ha

blará al justo Juez en mi favor, y ambos

tendréis compasión de las desgracias que me

rodean, durante la vida mortal . Ellas arran

can á vuestros ojos lágrimas de dolor, cuan

do yo llego á rendirme á mis pasiones, ce

diendo á la fatiga que me causa la pelea, que

con ellas, y el Demonio, tengo que soportar.

¡ A h tu corazón es demasiado com pasivo,

para que pueda endurecerse á mi voz', que

publica el deseo ardiente que mi alma tiene

de servirte, y agradarte.

( i ) S . A u g . t. in Joan . c . 4 9 .



D Í A V E I N T E V D O S . 2 6 3

O R A C I Ó N . ¡ O h , com pasiva M a d r e , y

Pastora de mi alm a Y o sé que tu afecto m a

ternal no puede menos de enternecer tu co

razón, al verme rodeado de las mayores mi

serias fuera de tu rebaño , porque es propie

dad del buen Pastor compadecerse de las des

gracias de su grey

( i ) .

Yó te suplico, por

lo tanto, que me traigas á tu redil con tal

fuerza, que no pueda yo resistirme. Yo re

nuncio para esto de buena gana mi libre ai-

vedrío, y lo resigno en tus manos, para qué

no pueda i r , ni v e n ir , sino adonde tú me

conduzcas. Robustece mi corazón, para que

y o te siga sin retr oc ed er, y si vés que d éb il,

y sin fuerzas, me fatigo en el camino de la

virtud, dame tu mano maternal con que sea

fortalecido, pues quiero seguirte fiel, aunque

tenga que subir al Calvario á ser crucificado

con mi Dios, para de este modo resucitar

después en la patria de la felicidad eterna.

Amen.



( 4 )

S . G r e g . M a g n . in ¡ib.

1.

Reg. c . 3 .



2 6 4

D ÍA

VEINT E Y T R ES.

Et cum proprias .oves emiserit ante eas

vadit.

J O A N .

c 1 o . v .

4 .

Y c u a n d o h a c e s a l i r á s u s o v e j a s , v á

d e l a n t e d e e l l a s .

S e nos manifiesta en este d í a , que la M a

dre del buen Pastor, cual diligente Pastora,

gu ia con su ejemplo á sus ovejas m arch an

do delante de ellas, cuando las saca de su

redil al campo, sobre lo cual,

Considera lo.primero, que cuando esta

Divina Pastora saca á sus ovejas, ó las ha

ce salir á los pastos en el campo del gran?

Padre de familias, vá delante de ellas, yá>

para que no salgan de los límites de esta

:

mística heredad, en donde esclusivamente

se hallan los alimentos dé vida eterna; yá

para prevenir las emboscadas de los Lobos

que, ó se hallan escondidos entre las ma

l e z a s ,

ó se disimulan con la piel misma de

las ovejas por una hipocresía estudiada; yá

para indicarles el camino recto y seguro por

donde deben andar, para entrar en el redil



DÍA V E I N T E Y T R E S.

a ó y

eterno de la gloria; y yá también para forta-:

lecerlas con su ejemplo: pues observando

que la Pastora misma que las guia, es la pri

mera que se ofrece á soportar toda clase de

m olestias , ellas se robustecen para an da r

con ánimo fuerte, y constante, por las sen

das ásperas y estrechas que conducen al cie-

Jo,

y para soportar los fr io s, los ca lor es ,

intemperies, y demás penurias á que está

sujeta la vida del hombre en el desierto pe

ligroso de este m undo. A d e m á s , como no

solamente es propio del buen Pastor el con

ducir sus ovejas á los pastos, y guardarlas

con solicitud de los acometimientos de las>

bestias feroces

( i ) ,

sino que también debe

resplandecer en vida, y en costumbres, pa

ra que como en un espejo vea en él su

grey lo que debe hacer ( 2 ) : la D ivina P as

tora, en cumplimiento de esta' 'obligación

1

pastoral, vá siempre delante de sus ovejas

dándolas.ejemplos admirables de pureza, y

santidad de vida. Siendo tal el cumulo de

virtudes que hermosean á su bendita alma,

que aun á la oveja mas desanimada, y co

barde, es bastante á inspirarla fervor y áni

mo para emprender su imitación. Aunque

( 1 )

L o r . J u s t . de

Contemt.mundi.

( 2 ) G r e g .

1

M a g n .

lib, 7 . in'i. Reg. - •• • • '



2 66 D ÍA V E I N T E Y T R E S .

muchas de las Hijas de Sion sé hagan admi

rar por las riquezas de virtudes, que reu

nieron en sus almas, á todas sobrepujó nues

tra Pastora, como que era la que debia ir

delante dándolas lecciones de caridad ar

diente y fervorosa para con Dios, en que

vivió tan encendida como lo está el hierro

dentro del fuego ( i ) ^ como que la caridad

misma

¿

que es Dios, tomó asiento en su

corazón ( 2 ) : de una fé tan v i v a , que d e

sató con e l l a , lo que E v a ató con su in

credulidad

( 3 )

: de una esperanza tan a ni

mosa, que el Espíritu Santo la l lama Ma

dre de la esperanza santa 4 ) : de pobreza,

naciendo, y viviendo entre la escasez y la pe

nuria, no obstante de ser la Reyna de cie

los y tierra : de humildad , aun cuando se

vio proclamada por Madre del escelso y om

nipotente Dios: y de pureza, con que robó

los cariños del Divino Espíritu, por cuya

razón no se desdeñó la segunda Persona de

la Santísima Trinidad, de descender al seno

purísimo de su virginal vientre desde el so

lio magestuoso de su gloria.

A F E C T O S . E n é s ta , mi amada Pa stora ,

(1) S . I l d e p h . Orat. 1. (2) C o r . A l a p . in

Cant. 3 . 9 . ( 3 ) S . I r e n . de S.Virg. ( 4 ) E c c l .

c . 3 4 . v . 3 4 .



D ÍA V E I N T E Y T R E S . 2 6 7

resplandece toda la hermosura de la virtud,

1

de cuyo ejemplar debo yo tomar la norma

de vivir, y entender lo que debo practicar,

y de lo que debo huir, para ser su legítima

oveja. ¡Ojalá pudiera yo informar mi alma

con tan eminente ejemplar, y entender sin

intermisión en imitarlo. Aunque mi imagi

nación se confunda, y mi entendimiento no

sea capaz de percibir una perfección tan

eminente, mi voluntad, sin embargo, se en

ciende en el deseo de correr por las huellas

de sus hermosos pasos, cuando la veo de-*

Jante de mí dándome ejemplos de humildad,

de paciencia, de constancia, de l impieza

perfectísima, de hermosura honestísima, de

desprecio de las cosas terrenas, y abrasada

en el amor de Dios, y de los hombres. Así

¡oh Pastora Santísima se fortalece mi alma,

no solo para contemplar, y admirar el o*-,

mulo de virtudes con que te haces un vivo

ejemplar de tus ovejas, sino también para

ser cuidadoso, y diligente imitador de todas

tus perfecciones. -

Ea, pues, alma mia, por >sobrenatural

les y eminentes que sean las que esta Divi-'

na Pastora propone á sus ovejas, cuando vá-

delante de ellas, no te dejes sobrecoger por*

el temor ó la cobardía. Cuanta mayor difi-



2

68

DÍA V E I N T E Y T R E S .

cuitad te cueste esta empresa, tanto mayor

debe ser tu solicitud y cuidado, para ase

mejarte á ella en cuanto lo permita la frá

gil naturaleza de que eres formada. Mira,

y obra, según el ejemplar que el Señor te

ha mostrado en el monte donde es apacen

tada su grey

( i ) .

Es verdad que el ejem

plar de los predestinados esencialmente es

Jesucristo; pero mirando su Divinidad con

nuestros ojos débiles, era fácil que nos des

lumhrásemos con su resplandor infinito: y así

esta Pastora, siendo de nuestra misma con

dición limitada, nos facilita el que la imi

temos, y por esto quiso Dios dárnosla por

Pastora, para que fuese delante ofreciéndo

nos el ejemplo de sus eminentes virtudes,

y

siguiéndola, nos adelantásemos en perfec

ción á los justos de la antigua ley, en que

fueron desconocidas algunas, que tuvieron

su principio en nuestra Pastora. ¿Quién ¡oh

Virgen santa principió á consagrar á Dios

l a

virginidad sino Vos? ¿Qué ley habia en

aquélla que aconsejase vivir en carne, y te

ner una vida angelical? ¡Ah yo seguiré

siempre tras de una Pastora tan virtuosa,

que vá delante animándome con su ejemplo

i )

Exod.c .sg.v

.40.



D ÍA V E I N T E Y T R E S .

2 6 9

Considera Jo segundo, que para Uenar

esta Divina Pastora en un todo su oficio pas

toral, no solo vá delante de sus ovejas mos

trándolas con sus virtudes el recto camino

que conduce al cielo, sino que las fortale

ce y anima con su ejemplo, para soportar

con resignación todas las tribulaciones, fa

t i g a s , y sudores, de que están sembradas las

sendas escabrosas de la virtud por donde

deben andar en este mundo, para ser legí

timas ovejas de tan pacientísima Pa stora:

siendo cie rt o , que mas fruto hacen á las o v e

jas los ejemplos, con que el Pastor las apa

cien ta, que no sus palabras ( 1 ) . Consistien

do toda nuestra perfección en conform ar nues

tras operaciones con la vida, y costumbres

de esta Santísima P a sto ra , como que era la

copia mas exacta en que estaban delineadas

todas las perfecciones del ejemplar de los

predestinados, Jesucristo,es indudable que

tanto mas seremos dignos de ser apacenta

d o s ,

y gobernados por esta diligente Pasto

ra, cuanto con mayor exactitud copiemos

en nuestras almas su conformidad con las

disposiciones y decretos del Altísimo : su

pronta voluntad para entrar gustosos por

( 1 ) S . Bernard. S . 1 . in Dam.post. Pent.



2 7 O D ÍA V E I N T E y T R E S .

los caminos ásperos, y fragosos, por don

de su H ijo la condujo hasta subir al C a lv a

r i o ,

en donde completó en su corazón lo que

faltaba á su redención

( i

) ; y por último su

resignación, su tolerancia, y su humildad.

Para facilitarnos tanto bien, se anonadó á sí

misma tomando la forma de sierva, y ove-

juela, resignada en un todo á la voluntad

del Omnipotente. Pondera, que en esta vir

tud tan propia de la docilidad que deben te

ner las ovejas de María, fué delante de ellas

dándolas ejemplo para que la imiten. No so

lo se resignó en la voluntad Divina, cuan

do se nombró esclava al ser elevada á la

dignidad de Madre de Dios, sino que tam

bién se m anifestó d ó c i l , y sometida á los

designios del Altísimo en todas las adversi

dades, angustias, y dolores, que en todo

el discurso de su preciosa vida le ocasionó

el:

títu lo de Cooredentora de los hombres;

Tan sometida estuvo siempre á la voluntad

Divina, que no tuvo otro deseo que com

placerla, así en lo que á esta Señora era ho

norífico, como en lo que á los ojos del mun

do degradaba su dignidad , tanto en lo sa

tisfactorio, como en lo que era motivo de

( 1 )

Apost. Ep. ad Colos. i : 24.



D ÍA V E I N T E Y T R E S . 2 7 1

pena á su corazón. Siempre, y en toda cir

cunstancia, estuvo pronta esta Señora para

obedecer los mandatos del Señor, sin que la

estimulase para esto su propia utilidad, si

no el gusto de ofrecerle un grato obsequio

de sí misma. Grandes, como eran las gra

c i a s ,

dones, y prerogativas con que la ador

nó el cielo, todo lo reconocía derivado de

aquel océano de hermosura, y bondad del

Omnipotente, en cuya comparación se repu

tó siempre cual vil esclava, é insecto des

preciable de la tierra. Con estas lecciones

vá esta Pastora delante de sus ovejas, por

que sabia que para serlo dignamente, debe

el Pastor apacentar su rebaño con buenos y

saludables ejemplos su yo s, no áge no s, p o r

que éstos no engordan á su grey 1 ) .

A F E C T O S . Esta consideración , a lma

mia, es un poderoso motivo de confusión

para tí; pues debes conocer, que lejos de

marchar dócil, y obediente, por el camino

por donde te conduce esta Santísima Pastora

con su mismo ejemplo, tú te empeñas en an

dar por los caminos perdidos, y estravia-

dos del mundo, aborreciendo toda subordi

nación , y suspirando por una perniciosa y

(1) S . Bern. S . i . Bom. 1. post Pent.



2 7 3 DÍ A V E I N T E Y TR ES .

nial entendida libertad: huyendo de toda

mortificación, y amando lo que puede com

placer á tu sensualidad; y por lo mismo has

deseado á las veces la consolación Divina,

pero sin desasir tu corazón de las criaturas

con quienes lo tienes div idid o. ¡A h , mi D i

vina Pasto ra conozco que hasta hoy no os

he amado lo bastante, porque de haberos

amado, no hubiera habido trabajo ó dificul-

cultad, por repugnante que fuese, que no

hubiese yo superado por imitar tus admira

bles virtudes, y hacerme así digna oveja

vuestra.

Bien tarde he conocido esta mi ingrati

t u d , sin embargo quiero desde hoy principiar

á repararla. Yo no me apartaré yá jamás

del campo ameno, y deleitable, donde pas

tan vuestras ovejas. Por estrechas que sean

Jas sendas que conducen á él, por mas que

estén sembradas de abrojos y espinas, aun

que vea de una parte y de otra precipi

cios horribles, yo no me acorbardaré, por

que yendo V o s delante de m í, superaré t o

dos los obs tácu los, y m archaré seguro de

toda clase de peligros. Vos, Pastora mia,

veíais sobre mí, siempre que yo dócilmen

te siga vuestros pasos. Vuestro tierno co

razón está siempre atento á todas mis ne-



D Í A V E I N T E Y T R E S * 2 7 3

cesidades. Espuesto , como e s t o y , en esta

vida á Jas mordeduras del Lobo infernal,

no descuidáis un momento, y os aceleráis,

á defenderme: me animáis, me llenáis de

fortaleza con vuestra presencia yendo al com

bate delante de mí. De este modo guia es

ta Pastora á sus ovejas por se nd as, que e lla

misma allana con su ejemplo, teniéndolas

siempre á su vista. ¡ A h tanta b o n d ad , un

amor tan sin igual, no puede menos de en

grandecer Ja gloria de su no m bre, y h a

cernos conocer las riquezas de su miseri

cordia.

O R A C I Ó N . ¡ Oh Pastora clementísima

que yendo delante de tus ovejas, pones á su

vista todas tus acciones, tus virtudes, y es-

celencias, con el designio de darlas el ejem

plar, y norma perfectísima, de cuanto de

ben practicar para ser siempre ovejas tuyas,

y adquiridas con la sangre de tu Hijo San

tísimo : muéstrate m isericordiosa con esta

miserable ovejuela, alcanzándome gracia pa

ra que constantemente te siga y te imite:

esparce en mi alma los rayos de tu luz:

ilustra con ella las sendas escabrosas por

donde tengo que caminar en este valle de

miserias, y oscuridad, para que vestido de

modestia, humildad , y de todas tus insig-

1 8



1 7 4 D ÍA V E I N T E Y TR ESW

nes virtudes, todos me conozcan por ver

dadera oveja tuya, y en la hora de mi muer

t e , reconocido igualmente por el Pastor Di

vino con estas divisas, me coloque entre sus

familiares y domésticos en la gloria. Amen.


M arías, y un Gloría P atri.



D Í A V E I N T E Y C U A T R O .

Oves m ece vocem tneam audiunt, et ego

cognosco eas, et sequuntur m e.

JOAN.

c. 1 0 . v . 2 7 .

Mis ovejas oyen mi voz, y yo las co

nozco, y ellas me siguen-

E n este dia se nos manifiesta, que l a D i

vina Pastora llama con su propia voz á sus

ovejas, y cuando éstas la oyen, son recono

cidas como propias de su rebaño, y ellas en

tonces siguen á su Pa sto ra, sobre lo c u a l,

Considera lo primero, que el cuidadoso

y solícito Pastor, apacentando su ganado

con amorosa solicitud, dirige de cuando en

cuando su Voz á sus ovejas con ciertos sig

nos, 'y modos tan varios, que adiestradas

ella s , y acostumbradas á sus ecos , en tien

den Fácilmente lo que el Pastor quiere signir

ficarlas: y el las obedecen con tal prontitud¿

que á las veces dejan los pastos en que están,

ó. recreando su p a la d a r, ó satisfaciendo la

necesidad y el hambre que las aflige. A esta



2 7 6

D ÍA V E I N T E Y C UA TR O .

manera las ovejas efe María oyen

v

y obede

cen la v oz d e su escelentísim a Pas tora , y

entienden cuanto ella quiere significarlas,

seguras de que es tal su bondad, que jamás

les llama la atención con su amorosa voz,

sino para que atiendan, y procuren su ma

yor bien; y por esto, se gloría esta Señora,

diciendo: Mis ovejas oyen mi voz, y ellas

me siguen, y obedecen. Pondera, que siendo

tres las condiciones que pueden observarse

en las ovejas de María, como prudente y sa

bia Pastora, son también tres los tonos de voz

de que usa para regir y custodiar su rebaño.

Hay ovejas delicadas y enfermas, ó porque

no convalecieron perfectamente de los males

que padecieron, ó yá por la dificultad de de

sarraigar los malos hábitos contraidos en sus

anteriores estravíos, ó yá porque la fuerza

de las pasiones pesa tanto sobre ellas, que

solo á fuerza de una violencia continua, en

que á las veces flaquea su fragilidad, pueden

superar la guerra cruel y reñida que están

sosteniendo de dia, y de noche, con la

;

ley

repugnante que milita en sus miembros. A es

tas ovejas las llama esta Divina Pastora con

una voz blanda, y suave, que introduce has

ta lo interior de sus almas la dulzura, y sua

vidad, que destilan sus virginales labios,



D ÍA VEINTE Y CUATRO. 277

dándolas con ella el confortante mas pode

roso para recobrar las fuerzas perdidas, y

robustecerse en el camino de la virtud. Hay

otras que se vén á punto menos que espi

rar , porque las dificultades que encuen

tran en el camino de la virtud, y la es-

periencia de su propia fragilidad, junto con

los ardides del Demonio que se une á ellas,

las tiene al borde de la desesperación, pa^

reciéndolas no ser posible el sostenerse. A

éstas las conforta su Divina Pastora, llamán

dolas con una voz dulce, y compasiva, que

las infunde una plena y segura confianza en

los auxilios de la gracia, con que pueden su

perar toda dificultad. Las hay sordas á los

llamamientos de Dios, y que resisten tenaces

á sus inspiraciones santas: á éstas las llama

con voz alta, fuerte, é imperiosa, infundién

dolas temor y asombro, para que si no el

amor, á lo menos el temor de la ira de Dios,

y sus castigos, convierta sus corazones, y

las haga dóciles humildes, y obedientes, co

mo lo es una oveja fiel, porque el buen Pas

tor debe obligar con el terror del castigo á

sus ovejas cuando resisten á su v o z ( i ) .

AFECTOS. Vos, ¡oh dulce Pastora no

( 1) S, Aug.

Ep.

¿o.

ad Bonif.



2 7 8

M A V E I N T E Y C UA TR O .

perdonáis diligencia alguna para que yo sea

digna oveja de vuestro rebaño. En medio de

mis estravíos, ó abatido con mi propia mi

seria, me llamáis con voz caritativa y pas

tora l ; y si esto no b as ta , me seguís á lo l e

jos l lamándome, ¿. invitándome á que vuel

va á vuestro rebaño, cuando yo, locamente

seducido, me separo de él. Si me resisto, y

me empeño en huir, Vos os llenáis de com

p as ió n , y lloráis mi pé rd id a; pero no cesáis

de llamarme con piedad, solicitando mi aten

ción á vuestra voz, como si Vos tuvieseis ne

cesidad de mí para conservar la gloria que

os. resulta de ser Pastora de la grey de vues

tro Hijo Santísimo. A tanta bondad, y ter

nura, no puede yá resistir mi corazón. Ce

sad, pues, de correr yá tras de mí

llaman-,

dome con vuestra dulce voz, porque yo me

rindo á ella. Vuestra voz penetró mi cora

zón, y con su virtud y magnificencia, se ro

bustece mi debilidad: mi indocilidad cede,

y remediados así los principios de mis males,

no me separaré yá un momento del redil,

donde vuestras ovejas oyen palabras de vida

eterna de vuestra virginal boca.

Ovejas ingratas, y descarriadas, ¡ojalá

que vosotras entendierais la felicidad que dis

frutaríais, si dóciles y obedientes á la voz



D I

A V E I N T E Y C UA TR O . 2 7 9

de vuestra Pastora, no os separaseis ni un

punto de este redil santo ¡ A h Esta p iad o

sa Madre, en el colmo de sus misericordias,

os hace oir interiormente su voz reprendien

do vuestros estravíos: advertid que esta voz

nace del corazón amoroso de una M a d re , que

os ama entrañablemente, no obstante vuestra

ingratitud: que vá detrás de vosotras lla

mándoos, cuando ingratas huís de su presen

cia, y os ofrece todo su valimiento y pro

tección, cuando merecíais ser abandonadas.

No cerréis, pues, vuestros oidos á su voz,

poniendo así estorbos á el amor con que os

busca, y os llama. No la obliguéis á que

enojada de vuestra pertinacia, y endureci

miento, cese de llamaros, se retire, y os deje

en manos de vuestros enemigos.

Considera lo segundo, la estimación y

el aprecio que se merece la vo z d e esta D i

vina Pastora, yá sea dirigida á las ovejas en

fermas, á las débiles, moribundas,ó sordas

y endurecidas; y esto lo podrás conocer por

la escelencia de la Madre del Pastor Divi

no , que habla á sus ovejas con aquel llen o

de grandeza, y magestad,que es propia de

la voz de Dios, puesta por él mismo miseri

cordiosamente en boca de tan digna Pastora,

para comunicarnos sus órdenes, y voluntad



a 8 o D ÍA V E I N T E v C U A T R O ;

santísima. S ien do, como lo es en efecto esta

Señora, el conducto fiel que escogió el Om

nipotente para adoctrinar al mundo, nos

hace entender los documentos de vida eter

na, que su Santísimo Hijo predicó, y ense

ñó con sus palabras y ejemplos. Por cuya

razón, nada aventuramos con decir, que la

voz de esta nuestra Pastora es, en cierto modo

y sentido, toda divina; y aun por esto, el

Divino Esposo pide á ésta su querida Es

posa , que haga resonar su dulce voz en sus

oidos para recrearlos con su dulzura ( i ) .

Pondera aquí, alma mia, la atención con que

debes escuchar la voz de tu Pastora, porque,

si es tanta la que se m erece la de un M o

narca de la ti er ra , que nadie se atreve á de s

pr ec iar la, ni aun con trade cirla, ¿no es p re

ciso co nfesar , que es sin com paración mas

respetable la voz de esta Divina Pastora, en

quien reside la plenitud de autoridad, de

positada en sus labios por su Divino Hijo, y

que por consiguiente se profiere con todo el

lleno de sabiduría celestial, que es necesario

para dirigir, gobernar, corregir, y enseñar

á todo el rebaño místico de la Iglesia? Y así,

no es estrafío que de su voz tomasen leccio-

( i ) Ca nt. c. 3. v. 14.



D ÍA V E I N T E y C U A T R O . 28 I

nes los Apóstoles, para anunciar á todo el

mundo la doctrina del Evangelio: conver

tirlo á la ley de un Crucificado: reducir á

penitencia á los pecadores mas end urecidos:

y aun librar á los yá muertos de las oscuri

dades de los sepulcros. Considera, que si tan

respetable es la voz de los pastores de la Igle

s ia , que dice el mismo D io s , el que os o y e ,

á mí me oye ( i ) , la voz de esta Pastora , á

cuya custodia y asistencia son encomendados

por Jesucristo los Apóstoles, los Doctores,

y Predicadores de su Evangelio, lo debe de

ser mucho mas sin comparación, y mas te

niendo, como tiene en sí misma, la virtud y

la fuerza para producir todos los bienes, que

puedan apetecer las ovejas que la oyen. Ella

penetra, y se significa con virtud divina aun

en las almas mas criminales, si quieren apli

car sus oídos á sus ecos; y es tal su eficacia,

y su poder, que los saca de los espantosos

senos de la muerte y la corrupción, y los

resucita á nueva y ejemplar vida: de forma,

que no solo los anima para practicar las vir

tudes cristianas, sino que los fortalece tam

bién para emprender, y realizar cosas tan

prodigiosas, que el mundo mismo, incapaz

( 1 ) Lu c. c. 10. v. 16.



a 8 a D ÍA V E I N T E Y C UA TR O .

de penetrar este misterio, se asombra y que

da atónito. Según e s t o , podemos conocer y

confesar, que no hay, ni debe haber en las

ovejas de María, otra solicitud mas digna de

su atención, que el oir la voz de su Pastora,

guardarla, y conservarla en su corazón, para

q u e, fructificando en é l , copien en sí mismas

las virtudes de la Pastora que las guia.

A F E C T O S . Pa re ce increíble, ¡oh Pa s

tora Santísim a que V o s tengáis la bondad

de dirigir vuestra voz afectuosa, y tierna, á

mí que soy la misma nada: que derraméis en

mi alma una consolación tan dulce, con los

acentos formados en vuestros hermosos la

bios, y que sin embargo oiga yo esta voz con

tanta.indiferencia, y acaso con menor apren

d o ,

que si un hombre cua lquiera me hablase

de novedades

:

impertinentes. ¡ A h Y o bien

conozco cuan criminal soy por esta ingrati

tud , y

cuan

justo es vuestro enojo contra mí

por no haber estimado, cual debía, el im

perio de vuestra soberana y pastoral voz. Yo,

desgraciado é infeliz, desprecié mas de una

vez lo que Vos me decíais, yá en la lectu

ra de los libros espirituales, ó yá por boca

de los Predicadores, que cooperan á la ins

trucción del rebaño de vuestro Hijo Santísi

m o: leyendo sin aten ción , ú oyen do d istrai-



D I A V E I N T E Y C U A T R O . 2 8 3

d o ,

6 cerrando de intento mis oidos por el

recelo de que, al hablarme Vos, me intima

seis la ejecución de lo que yo debo practi

car; pero yá quiero reparar estas faltas, es

cuchando vuestra voz con respeto, sea cual

sea el conducto por donde llegue á mis oidos,

y

ejecutar fielmente cuanto ella me ordene.

S í : : :

estoy yá convencido: conozco que

la voz amorosa de mi Pastora es digna de

toda mi atención; y así, el poco aprecio que

hasta hoy he hecho de e ll a , me obliga á re

parar esta mi ingratitud: yá en adelante pen

saré y meditaré de continuo sus preceptos,

y la respetaré con toda la resignación de mi

espíritu, convencido como estoy, de su efi

ca cia , de su gran dez a, y su fecundidad. E ll a

producirá en mi alma los frutos abundantes,

que ha producido en el corazón dé tantas

sus ovejas santas y perfectas. Y o confieso su

cuasi omnipotente virtud, y la considero por

lo mismo capaz de transformar mi corazón

en el modo que Vos queréis. Si ella me dice^

que es necesario mortificarme en la comida,

en la bebida, ó en los regalos de mi cuerpo:

si me manda renunciar todo cuanto ha recrea

do mis sentidos; si me ordena que quite la oca

sión en que tantas veces he tropezado, y por

la que me he visto sumergido en el pecado,



2 8 4 D ÍA V E I N T E Y C UA TR O .

6 que renuncie finalmente al mundo, á sus

máximas, y costumbres, yo lo ejecutaré todo

con exactitud . ¡V irg en Santísim a ¡Pastora

D iv in a confirmad esta mi resolución. ¡E sp í

ritu D iv in o comunicadme vuestros auxilios

para realizarla.

O R A C I Ó N . ¡ O h , P asto ra a dm i ra ble

cuya voz hace entender á todas tus ovejas

la voluntad del Omnipotente, y los caminos

por donde debemos marchar, para santificar

nos con su exacto cumplimiento; haced que

esta vuestra voz se introduzca en mi corazón

de una manera tan eficaz, con una fuerza tan

penetrante, y con un eco tan claro, y evi

dente, que no pueda resistirme á practicar

cuanto Vos me ordenáis. Yo al presente, ¡oh

M ad re m ia me encuentro en la firme reso

lución de ejecutarlo así: mas por la esperien-

cia de mi infidelidad pasada, llego á descon

fiar de mis propósitos, por firmes que me pa-

' re z ca n ; y así si V o s no tenéis compasión de

mi flaqueza, y debilidad, no haré mas que

levantarme para caer: concededme, pues, la

gracia de perseverar fiel, siguiendo el eco

de vuestra voz, hasta entrar en los pastos

eternos de la gloria. Amen.





2 8 ;

DÍA VEINTE Y CINCO.

Alienum non sequuntur, sed fugiunt áb

eoi quict non noverunt vocem alieno-

runi. J O A N . C . i o

. v . ; .

Mis ovejas no siguen la voz del Pastor

estraño; sino que huyen de él, por

que no conocen la voz de los es-

trafios.

E n este dia se nos manifiestan las disp os i

ciones con que las ovejas deben oir la voz

de su Pastora, y la diligencia con que de

ben quitar los estorbos que impiden el fruto

de esta amorosa voz, sobre lo cual,

Considera lo primero, que por eficaz y

poderosa que sea la voz con que la Divi

na Pastora llam a á sus ove jas , yá para co n

ducirlas por el camino de,la virtud, ó yá

para separarlas de los extravíos del vicio,

ningún efecto producirá en ellas si no fijan

su atención á sus ecos, y disponen su co

razón para re cib irla ,: para con serv arla, y

cooperar á ella: por consiguiente, para que



2 8 6

D ÍA V E I N T E

y

C I N C O ,

la vo z de tu Pastora ¡oh alm a m ia sea vo z

de consuelo, y aprovechamiento tuyo, ad

vierte que debes tener tu corazón dispuesto

para recibirla, y que la mejor disposición

para adelantar en todo género de virtu d,

dirigida por la voz de esta Pastora, es la

humildad, porque ella es la raiz y el fun

damento de todas; y sin ella ninguna pue

de haber sólidamente fundada en el cora

zón. Además, la humildad atrae las gracias

del cielo, é informa el corazón de la cria

tura de tal manera, que lo hace digna mo

rada del espíritu de Dios, cuyas luces lo

penetran y lo abrasan; y este fuego sagra

do le dá vigor y actividad para transfor

marse en criatura toda ce les tia l, y entrar gus

tosa por las sendas mas difíciles del cristia

nismo. Una oveja así humilde, se aprovecha

cuidadosamente de todas las instrucciones

que su Pastora la dá con su voz tierna, yá

en la lectura piadosa en que la ofrece un

pasto sa lu dab le, y y á en las inspiraciones

con que habla á su corazón: y como, por

ser humilde, no tiene lugar en ella la en

vidia, la vanidad, y el deseo de las hon

ras del mundo, eS susceptible de todas las

impresiones de la gracia , y las Obedece co

nociendo la voz de su Pastora, por cuyo



D Í A V E I N T E v C I N C O . 2 8 7

conducto se le comunican por el Padre de

las misericordias. Si la humildad es una

cualidad propia de una inocente oveja, no

lo es menos la paciencia con que se deja

atar para ser despojada de su lana, y aun

para ser conducida á la m uerte, sin ir ri

tarse , ni volverse contra quien la cl a va e l

cuchillo. Esta virtud es igualmente necesa

ria, para que los buenos pensamientos, las

inspiraciones, y demás medios con que nos

habla nuestra Pastora, fructifiquen en nues

tras almas. Esto quiso el Señor signiñcar,

diciéndonos: Con vuestra paciencia posee

réis vuestras almas. Es decir, que seremos

señores de nuestro corazón para ejecutar

sin dificultad, ni repugnancia, todo lo que

exija la gloria de D io s , y pueda contribuir

á nuestra sa nt ificació n, que es el intento de

esta Pastora cuando dirige su voz á sus ove

jas. El que es verdaderamente paciente, no

dá. lugar á la pasión co n tra ria , que qu itan

do la tranquilidad, y el reposo interior, ha

ce que el corazón se gobierne por el pro

pio desarreglado humor impaciente; y en-^

tonces, no hay que admirar si desaparece

toda buena disposición, con que debe oirse

la voz de la Pastora, que guia y conduce

á sus ovejas por los caminos de la virtud.



2 8 8 D ÍA V E I N T E Y C IN C O .

A F E C T O S . ¡ E r r o r lam e n ta ble si la

humildad es la mejor disposición para que la

voz de mi madre Pastora fructifique en mi

alma, ¿de dónde viene que yo ame tan po

co una virtud que me es tan necesaria

? ¡

A h

Esto se origina de que yo no conozco su mé

r i to , y solo me afano por sus contrarios,

cuales son la vanidad, la soberbia, el ho

nor, y estimación de los hombres: hasta hoy

no he sabido sufrir una palabra, que daña

se á mi amor propio: el menor desprecio

de los hombres, me ha llenado de tristeza

y de dolor: yo me confundo al verme tan

imperfecto y miserable, y no es estraño que

estando yo tan mal dispuesto, haya fructi

ficado tan poco en mi espíritu la vo z de es*

ta Santísima Pastora. Gracias os doy, ¡oh

M ad re m ia porque en tiempo oportuno me

hacéis conocer éste mi error. Y o me a p l i

caré al estudio de la humildad, pues qué

ella me dispone eficazmente para recibir las

impresiones de vuestra voz. Es cierto que

esta virtud es difícil y repugnante á la na

turaleza viciada, sin embargo, no desconfio

de conseguirla con vuestra protección. Sí,

humildísima Pastora, comunicadme esta vir

tud , que os ensalzó á la m ayor grand eza y

dignidad.



» 1

A V E I N T E Y C IN C O . 2 8 9

No me causa admiración, si inspirán

dome con eficacia la voz de esta Divina Pas

tora tantos buenos pensamientos, tantas bue

nas resoluciones, y tantos vivos deseos de

practicar la virtud, no pudo reducirme su

eficacia á la ejecución de ellos tan pronta

mente como era justo, puesto que no me

valí del otro medio que tengo para conser-,

yar su eco en mi corazón, que es la pacien

cia 1 ) . El verme tan poco cuidadoso de esta

virtud, es mi mayor confusión entre los des

arreglos de mi vida. Todas mis resolucio

nes se desvanecen sin efecto, si para esto

tengo que sufrir la mas pequeña molestia.

Tan poca es mi tolerancia, que si las cosas

no salen á medida de mi gusto, me lamen

to , me inquieto , m u rm u ro , y alborotadas

mis pasiones, no me dejan con su bullicio

oir la voz de mi Pastora. ¡Tal ha sido has

ta hoy mi con du cta y cuando no hubiese

yo cometido otra falta, tendría bastante que

llorar toda mi vida. Yo os pido perdón, ¡ oh

Dios m ió y á Vos, Pastora, os suplico que

no ceséis de llamarme hasta vencer mi obs

tinación.

Considera lo segundo, la obligación

(1) Luc. c.

8.

v. 1$ .



3 9 0 DÍA V E IN T E Y. CINCO '.

de quitar de tu corazón todos los obstácu

los que pueden ensordecer tus oidos á la voz

de tu solícita Pastora, cuando cuidadosa de

tu bien, te llama para que atiendas á'los

llamamientos é inspiraciones de la gracia.

Uno de estos perniciosos obstáculos, es la

demasiada solicitud-por la fama, la salud,

el ho n or ,-y demás que e l mundo ap recia ,

cuyos cuidados ocupan tanto á el alma, que

la roban toda la atención, y no la dejan oir

la voz de la Pastora. Esta verdad está fun

dada en la misma espe rien cia,qu e es la prue

ba mas convincente. Cuando los oidos están

enteramente aplicados á estas cosas tempo

r a l e s , no es yá posible percibir-las espiri

tuales, y aun llegarás al estremo de despre

ciar la voz, que te llamará la atención acia

e l l a s : te será sumamente sensible el obede

cer al Evangelio, que te manda buscar pri

J

meramente él réyno de los cielos, y no to

mar cuidado por las cosas necesarias

á<

la

vida, dejando á la'Providencia la provisión

de ellas ( 1 ) . Considera que el deseo desar

reglado délas riquezas, es otro grande obs

tác ulo para percibir el eco de la vo z de es

ta Divina ¡Pastora. Jesucristo'

lo*

tiene dich o,

( 1 ) M a t c h , c. 6. v. 1 3 .



D Í A V E I N T E Y C I N C O .

291

y lo dijo de un modo tan terminante,. que

no deja duda alguna: Es imposible, dice, que

algún rico se salve

( 1 ) ,

porque las riquezas

ocupan de tal suerte el espíritu del hombre,,

que lo hacen sordo alas voces de la gracia,

hasta perder el cuidado de su .salud eterna:

y porque este deseo crece con las mismas

riquezas, y. cuanto éstas se aumentan, toma,

aquél mayor incremento, hasta, embarazar-5

l o ,

y aun esclavizarlo en. sus. mismos afec

tos desordenados. El amor de los placeres

e s ,

por último, un grande obstáculo para

oir la voz de la Pastora, é inutiliza las gra

cias que ella intenta dispensarte llamándo

te acia sí: porque este amor, criminal des-,

arregla enteramente á el alma, y no la

;

de-i

ja gustar de la dulzura que ..lleva en, sí. la

voz de tan-amable Pastora, y con que la

acaricia para desviarla de los placeres pro

hibidos. Como este .amor es un fuego ardien-»

te,

y devorador, que diseca todas las semi->

lias de la virtud, y aun apaga las luces de

la razón, la precipita en una multitud de

otros crímenes, y dejando la sociedad, y com

pañía de-aquellas almas que, cual ovejas fie

l e s ,

siguen la voz de su,Pastora que las lia—

( 1 )

M a t t h . c. 10. v. .4. .



3 9 1 . T>tK V E I N T E Y C I N C O .

ma á los entretenimientos gustosos de la vi

da espiritual, cierra sus oidos á los clamo

res de tan piadosa Madre, y se estravía á

saciar su gusto con amistades humanas, con

juegos y diversiones peligrosas, de donde

con dificultad sale sin ser rea de multitud

de pecados mortales que comete, y hace co

meter á otros: quedando poco á poco tan

esclavizado el corazón, que yá le parece no

poder vivir sin aquellos pasatiempos y pla

ceres ,

que antes, cuando obedecia la voz

de su Pastora, no tenían lugar en su vo

luntad.

A F E C T O S . D e sd e h oy queda y á e s

tampada en mi alma esta importante verdad

del Evangelio: ¿Deque me sirve poseer to

do el m un do , si pierdo mi alma? Esta refle

xión será un correctivo poderoso para refor

mar los deseos desarreglados de las cosas

del mundo, que hasta hoy han agitado á mi

corazón, y lo han hecho sordo á la voz de

mi Santísima Pastora. Confieso esta verdad

con confusión m ía : es cierto que he p asado

la mejor parte de mi vida sordo á sus dul

ces ecos, y ocupado en cuidados supérfluos,

de que no he sacado otra utilidad, que la

inquietud, la amargura, y el descontento,

cada vez mayor de mi corazón. Lloro, pues,



D Í A V E I N T E Y C I N C O . 2 9 3

mi ceguedad, cuando desengañado conside

ro en la que he vivido ambicionando, y pro

curando los bienes pasageros que Vos, Pas

tora mia, condenáis, y el desvelo con que

me he proporcionado las comodidades, y

cuanto ha podido lisonjear á la carne; y

me entrego enteramente á la dirección de

tan caritativa Pastora, cuya dulce voz me

dice, que no ponga mi atención en las co

sas de la tierra, ni me deje cautivar de los

deleites pasageros, cuya duración es solo

momentánea.

Bendígante los cielos y la tierra, ¡oh

Santísima Pastora y queden atónitos y sus

pensos al oir la dulzura de tu voz: voz ca

riñosa , y a fa b le , con que conduces á tus o v e

jas á los pastos de vida eterna. Los Angeles

la escuchan con admiración y placer. Los

espíritus infernales la tiemblan, y al oírla

huyen precipitados hasta esconderse en lo

mas profundo del abismo. Tus ovejas se for

talecen , y se animan con sus du lces a c e n

t o s , renuncian de sí mismas y de todos los

placeres de la vida, y caminan gustosas por

las amarguras del Calvario, cifrando su glo

ria en quedar crucificadas con su dulce Je

sús.

¡Tanta es la virtud y eficacia de tu po

derosa v o z ¡ A h , c u a n feliz hubiera yo si-



2 9 4 1 >

I A

V E I N T E Y C I N C O .

d o , si siempre hubiese andad o por las se n

das que ella me marcaba 'Así prometo ha

cer lo desde hoy y pues sé que de lo co n tra

rio^, las gracias que mi Pastora me ha dis

pensado

Con

su voz, serán algún dia un car

go'terrible contra mí ¿ por haberlas hecho

inútiles para* la salud de mi alm a. Q u ie ro ,

p u e s ,

con tiempo remediar éstos males, y

reparar mis pérdidas, por la mortificación

continua de mis sen tido s, y por la ex acta

y fiel obediencia á la voz de tan amable

Pastora.

O R A C I Ó N . M i am ada M a d re P a sto ra ,

que con tanta fidelidad guardasteis en vues

tro corazón el eco de la voz del Divino Es

p o s o , por cuya fiel correspondencia Fuisteis

elevada sobre todas las criaturas, dadme

una parte de estas- santas dispo sicione s, y

grabad profundamente en mi alma vuestra

v o z ,

para que produzca en ella los frutos

, preciosos que Vos intentáis. Bien sabéis que

no hay* cosa mas frá g il que m i co raz ón ; y

aunque al presente no quiero yá ocuparme

de las cosas de la tierra, y renuncio de ri

quezas y placeres, veo sin embargo, que

m il veces he propuesto esto m ism o,-y aún

no Jo he cumplido con toda perfección.

Macedme la gracia de que hoy comience á



D Í A V E I N T E Y C I N C O . 2 9 J

realizarlo tan constantemente, que perseve

rando fiel en esta resolución hasta la m uer

t e , salga de esta vida, siempre obedecien

do á vuestra voz, y que ésta me guie á la

mansión.eterna de la gloria. Amen.

• Se reza un P adre nuestro', cinco A ve

Marías

r

y un Gloría P atri. .,

D Í A V E I N T E Y S E I S .

Égo te cpgnovi in deserto, tn térra so-

. Utudjnis. Juxta pascua sua adimpleti

sunt, et saturati. O S E . ' C 1 3 . v . 5 . 6 .

Yo te reconocí por hijo en el desierto,

en la tierra estéril; y en estos pastos

quedaron Satisfechos mis ganados.

E n este día debemos exam inar las cu alida

des de las ovejas, para que pueda conocerse

quiénes son las que pertenecen al rebaño de

. la Divina Pastora, sobre lo cual ,

. Considera lo prim ero, qu e las propieda

des mismas, que la naturaleza inspira á las

ovejas que componen los rebaños materiales,



2 9 6 D ÍA V E I N T E Y S E I S .

son también las que deben copiar en sus al

mas las que deben componer el rebaño mís

tico de nuestra Pastora; y aun por esto qui

so esta Señora, que se distingan con el nom

bre de ovejas aquellas almas j que e lla tiene

bajo de

su.

especial protección y amparo. Son

muchas y varias'estas propiedades: lo pri

mero las ovejas, sobre los otros animales fa

miliarizados con el hombre, apetecen la so

ledad , los m ontes, y de siertos , y aborrecen

el ruido'de las ciudades; y según esto dice

el buen Pastor por Oseas: Yo te reconocí por

hijo cuando estabas en el desierto, y en la

tierra estéril de los gozos mundanos. Y aña

de S. Agustín (.1.): L o s que habitan las tier

ras desiertas, gozan de los coloquios divi

n o s ,

y unen sus mentes á su Dios. Los es-

perimentados en el oficio pastoral, tienen

además observado, que las ovejas apetecen

para su alimento las yerbas amargas, y pas

tan gustosamente en los campos en que pre

valece el salitre. Por esta semejanza, una al

ma se hace mas digna de ser reputada por

oveja de M a r ía , cuanto mas ama la aflicción

corporal, y la mortificación de los sentidos,

y halla sus delicias en las amarguras de la

( 1 ) Serm. de M orib.



D Í A V E I N T E v S E I S . 2 9 7

v id a . E l mismo balido d á la oveja cuand o

salta alegre y contenta por los prados, que

cuando la hieren, la golpean, ó llevan al

matadero: lo cual es símbolo de la igualdad

de ánimo que, así en lo próspero como en

lo adverso, deben conservar las que se dicen,

y son ovejas de M ar ía. Por esto canta la I g le

sia, y dice que los Mártires son sacrificados

á manera de reses de ganado ( 1 ) . L a oveja

además es tímida y cobarde sobre los otros

animales, y ésta es la propiedad del justo,

de quien dice Salomón ( 2 ) : Bienaventurado

el que siempre está temeroso. Además, entre

toda clase de ganados no hay ninguno mas

débil, ni mas indefenso, que las ovejas: ellas

ni tienen dientes para morder, ni uñas con

que despedazar, ni hastas con que herir, ni

veneno con que matar, y por lo mismo son

la figura mas espresa de una alma justa per

teneciente al rebaño de María, la cual es

bienaventurada porque es pacífica ( 3 ) , y á

nadie puede dañar. Enseña además la espe-

riencia, que cuando alguna oveja descarria

da del rebaño, anda errante de una parte

á

otra, no cesa de balar triste, y afligida, has

ta que oyendo la voz del pastor que la 11a-

( 1 ) i . H i m . M a r . ( a ) P r o v . c . a ^ v . i / } . ( 3 ) M a t t h .

c s- v . p .




<ma, vuelve á reunirse con sus companeras;

y si se mira lejos de su aprisco, se llena de

m iedo y de tem or. Este-es un signo que dis

tingue á las ovejas de María. Si alguna se

aparta por el pecado de la recta senda de la

ley de Dios, inmediatamente. se llena de te

mor, advirtiendo el interior remordimiento

de su conciencia: teme ser oprimida por la

justicia divina; y no cesa éste su temor, has

ta que obedeciendo la voz de su P ast or a, co r

re á los pies del confesor-, se purifica de su

infidelidad, y vuelve á-la obediencia de los

preceptos divinos.

A F E C T O S . Un a a lma obediente á los

mandamientos de Dios, humilde, dócil , su

frida, mortificada, y esenta del dominio de

Lucifer, tiene sin duda un derecho para per

tenecer al rebaño de la Madre del buen Pas

tor. ¿Cómo será posible, Madre mía, que

una criatura así justa, deje de ser objeto de

complacencia á tu corazón maternal"? Ella

sin duda hace tu gozo, .y tus delicias. Los

tesoros de la sangre de tu Hijo, puestos en

.tus manos, se abren, y tú se los comunicas

para enriquecerla, y aumentar su hermosura.

¡F eli z por lo tan to , y dichosa aquella alm a,

que sabe por su fidelidad, hacerse digna de

pe rten ece rá tu rebaño Alm as pu ras , que



D Í A V E I N T E Y S E I S . 2 9 9

en clase-de ovejas lográis yá esta dicha, acer

caros , y jamás os separéis de este santuario

de felicidad: él se formó para vuestra de

fensa : en él hallareis el necesario preserva

tivo contra los contagios del siglo. Nos aco

barda-, sin em b ar go , el temor de que v i

viendo en una tierra cubierta de los Vapo

res malignos del pecado, abusemos de tus

dones-, y degeneremos de la santidad-de ove

jas tuyas.

Pero t ú , ¡oh poderosa Pasto ra eres la

defensora invencible de tu grey, y con tu

protección no se perderá ninguna de las ove

jas que te encomendó tu Hijo. Agradeced,

ovejas todas de María, á vuestra Pastora esta

caridad con que vela por vuestro bien. Ella

os escogió entre millares de criaturas para

hacer de vosotras una gente santa ^documen

tada por sí misma con lecciones de vida eter

na. Su ternura, su compasión, su misericor

dia , os recrea cuand o sois fieles ovejas s u

y a s : os reprende, y os corrije, cuando de

generáis de ta les: os castiga, cuando in

gratas os separáis de su compañía para ren

diros al vicio: y usa de todos los medios que

le sugiere su amor, para cautivaros bajo su

dulce y amable imperio. ¿Seréis tan ingratas,

que os desnudéis de las cualidades de ovejas



3 o o D ÍA V E I N T E Y S E I S .

s u y a s , para tomar la insignia vergonzosa de

siervas del Demonio?

Considera lo segundo, sobre las demás

cualidades que distinguen á las ovejas de los

otros animales, que éstas se muestran agra

decidas á sus pastores por el esmero y dili

gencia con que las cuidan, dejándoles aun

á sus propios hijos para que se utilicen de

e l l o s , y tal es la gratitud que deben tener á

su Pastora las ovejas de María, pues como

dice Lira ( i ) , los que son verdaderamente

fieles, conocen los beneficios de Dios. Las

ovejas se aman unas á otras, y aman también

á su Pastor; y esto nos enseña la caridad que

las ovejas de María deben tener para con

D i o s , y para con el pr óg im o, lo cual es un

signo de predestinación, y por esto dice San

Agustin (2): Que el amor es el que distin

gue á los hijos de Dios de los del Diablo.

Las ovejas obedecen á un silbido de su pas

tor, al movimiento de su mano, ó á su pri

mera voz; de suerte que en el momento que

la oyen, ó advierten su señal, dejando los

pastos en que se recreaban, ó retrocediendo

de las sendas por donde iban, vienen llenas

de alborozo á presentarse á sus órdenes ( 3 ) .

(1) I n J o a n . c . 1 0 . v . 1 4 . ( a ) T r a c t . .tnJoán*

( 3 ) P s . p o . v . a .



D Í A V E I N T E Y S E I S . 3 0 1

Esta conformidad con la voluntad divina, y

esta renuncia de la voluntad propia, es el

distintivo mas propio de las ovejas de M a

ría. Las ovejas cuando yá tienen crecida su

lana, se la dejan cortar, para que con ella

se cubran otros que carecen de vestido. Así

las ovejas de María se conocen por el ejer

cicio de la misericordia con los necesitados,

cumpliendo con el mandato del Evangelio,

que dice ( 1 ) : E l que tenga dos túnicas, dé

una al que no la tiene. Apenas se encuentra

otro animal de quien el hombre saque mas

utilidades que de la oveja: la leche, que por

industria del pastor se divide en muchas sus

tancias sabrosas, y de regalo: los corderos,

con cuyas carnes nos alimentamos: la lana,

y las pieles, con que nos vestimos. Por esta

razón los elegidos de D i o s , se significan co a

el nombre de ovejas, porque siendo abun

dantes en buenas obras, son dignos de en

trar á componer el rebano del Pastor Supre

m o.

Finalmente, en la oveja puso la Provi

dencia un recurso generalísimo para el sur

tido de las necesidades, usos y costumbres

de los hombres: los pobres se visten de sus

pieles y lanas mas bastas: para los nobles y

( 1 ) Luc . c , 3 . v . 11.



3 0 2

D ÍA V E I N T E Y SEIS.

ricos tienen otras mas finas, buscadas á gran

precio, con cuyos paños y telas se honran aun

los mismos Monarcas: de sus tripas se for

man cuerdas para los instrumentos que de

leitan los sentidos: de sus cueros, se hacen

pergaminos en que se escriben los diplomas

pontificios, las concesiones de los Reyes, y

las ejecutorias de los grandes. Y á esta imi

tación los que son del rebaño de la Madre

del buen Pastor, deben, á ejemplo del Após

tol ( i ) , hacerse todo para todos, con,el fin

de ganarlos para Jesucristo, de quienes asi

mismo dice en otro lugar ( 2 ) : Vo sotros sois

nuestra Epístola escrita en vuestros corazo

n e s ,

no con tinta, sino con el espíritu de

Dios vivo: no en tablas de piedra, sino en

vuestros corazones, porque siendo inocentes

y santos, se estienden generosamente como

un pergamino, y

se

imprimen las gracias, do

nes y privilegios con que Dios los enriquece.

A F E C T O S . V e n i d , ovejas de M a r í a , h a

ced vuestra m orada en el red il d e esta P a s

tora, mirad en él un templo augusto de san

tidad y perfección: allí habitan los mansos

y humildes de corazón: los justos, los pa

cientes

,

y los caritativos con sus prógimos:

(1) i . a d C o r .c .o .v , 3 2 . ( í ) _ . a d C o r.c .3 .v .a .



D Í A V E I N T E Y S E I S ; • 3 0 3

las almas compasivas en las necesidades de

sus hermanos, cuyos pies están prontos para

el cum plim iento de los deberes .cristia nos ,

cuyas manos están siempre abiertas para el

bien, y cerradas para el mal, y sus oidos

sordos á la murm uración y la m entira. ¡ Ah,<

qué pureza y santidad de sentimientos son

los que ennoblecen á las ovejas de esta Se

ñ o ra ¡ Y qué gracias tan singulares deben

esperar e l l a s , de su perseverancia y fiel

correspo nd encia Su Pastora se ocupará de

continuo en proporcionarlas una eterni

dad fe liz. G o za ro s, pues,. ovejas de M ar ia,

mientras que camináis por las sendas de la

justicia, y compadeced la suerte infeliz.de

las que andan por los caminos de la ini

quidad.

Éstas no tienen entrada en e l red il de

la Pastora Divina. Después que ellas inuti

lizaron las diligencias de esta piadosa Ma*

dre, que mil y mil veces esforzó su amor¿

y su poder, para reducirlas á su aprisco; y

cumplidos sobre ellas los decretos de la jus

ticia divina, serán arrojadas para siempre de

este asilo de salvación. Como en él reposa

el espíritu de la verdad, no tendrán entra

da las que con el artificio, la doblez, y el

fingimiento, la hacen tra ici ó n , la abandonan




por el interés, ó la ocultan por cobardía. Eri

este aprisco donde la Esposa hace entender,

su voz al Esposo, no entrarán los espíritus

orgullosos, y rebeldes, que temerariamente

se apropian el derecho de ser oidos como orá

culos , cuando con sus voces esparcen densas

nubes que desfiguran el error, y la mentira,

dándolos á beber en las copas doradas de

Babilonia. En este asilo de humilde simpli

cidad, no hallarán acogida los genios hipó

critas,

que aparentando modestia, y virtud,

cubren sus vicios con el manto de Religion.

¡Ahí La Divina Pastora solo admite en su

grey los corazones rectos, sinceros, fieles,

y sencillos: por lo tanto no tengáis, ovejas

de María, otra regla de vuestra conducta

que la verdad: sea vuestra ocupación estu

diar en la virtud; y sea vuestra gloria, el

buscarla con humildad, amarla , y practi

carla con fervor.

O R A C I Ó N . V o s , Santísima Pastora , q ue

con admirable dulzura , y amorosa caridad,

sois el modelo y la lección prác tica con que

vuestras ovejas estudian vuestras virtudes, y

aprenden á copiarlas en sí mismas para ha

cerse dignas de pertenecer á vuestro rebaño,

haced que la consideración de ellas nos ha

ga semejantes á Vos, en el modo posible, y



- D Í A V E I N T E Y S E I S ; "305

por su práctica vengamos á ser hasta en la

eternidad vuestras amadas ovejas. Para con

seguir este favor, dadnos un corazón forma

do según la voluntad de'Dios, para que uni

dos á él por am or, y atentos también á las

necesidades de nuestros prógimos, entremos

ala posesión de la bienaventuranza,ofreci

da á los misericordiosos, la gloria. Amen.

Se

reza un Padre nuestro, cinco Ave

M arías, y un Gloria Patri. -

D Í A V E I N T E Y S I E T E .

Ego vitam ceternam do eis: et non per ir

" bunf in- aternum, et non rapiet eos

quisqüam de

m am

mea. j o A N . c . i o . v . 2 8 .

Y o d o y á m i s o v e j a s l a v i d a e t e r n a ; y

n o se p e r d e r á n j a m á s , y n i n g u n o l a s

a r r e b a t a r á d e m i m a n o .

-La Divina Pastora forma su familia de sus

propias ovejas: las sella con su propio nom

bre; y este sello es un signo de salvación

ete rn a, contra el cual no tiene fuerza a lg u -

2 0



:3o6 D ÍA V E I N T E Y S I E T E .

na el Dragón infernal, sobre lo ¡cual,

Con sidera lo p rim ero, que .mirando á

nuestro modo el orden de los decretos del

Omnipotente, en la formación de sus cria

t u r a s ,

vemos que nuestra Pastora Divina

fué la primogénita ante todas ellas: y que

si María hizo nacer la luz indefectible Je

sucristo, por cuya consideración fueron cria

das todas, parece que esta Señora no de

bió estar escluida en el modo posible de es

ta regalía peculiar del Verbo encarnado. Es

to su pu es to, figúrate,'alm a m ía , form ada

esta Virgen según los decretos de la volun

tad Divina, clasificada con toda íá digni

dad, que sobre todas las criaturas, se la de

bía por el sublime objeto con que era pro

ducida; y por consiguiente, con todo el l le

no de imperio, y de dominio. sobre todo lo

que Dios habia de obrar fuera de sí. En el

momento era ya preciso que el Criador, que

todo lo hizo, y dispuso sabiamente, la se

ñálasela familia, ó servidumbre que era de

bida al ob sequ io, y servicio d e ésta R ey na ,

sobre todas las rey ñas del U n iv e rs o , y que

esta familia se escogiese entre aquellas cria

turas que el Dios, que todo lo penetra,.veía

ser de una voluntad mas pronta para servir

á esta su R ey n a , y Señora. Esto era así

con-r



D Í A V E I N T E Y S I E T E , 3 0 7

ducente, para que esta Señora conservase

toda la dignidad de Soberana, y para faci

litarle el mas pronto y rendido obsequio de

sus sirvientes y domésticos, á los cuales, con

este

fin

se

les

hace entender, que todo los bie

nes y gracias que les dispensa la mano gene

rosa del Omnipotente por sus servicios, de

ben recibirlas por mano de la Señora á quien

sirven. Advierte, alma mia, que esta familia

destinada por Dios para tanto, bien, y pa

ra honor tan estimable, son las ovejas que

moran en el redil místico de esta Pastora.

Esta elección no la entendimos nosotros en

teramente, hasta que

fijando

el:Señor sobre

nosotros sus ojos de misericordia, y hacién-^

donos conocer la Divina Pastora cuan sua

ve, y

dulce es el yugo que nos impone, nos

acogimos gustosos á su rebaño, para no sa

lir de los límites que ella señala á sus ove

jas.

Esto las dá cierta seguridad, de que

al formar el Omnipotente el libro de la vi

da, se escribieron, en él los nombres de. las

ovejas de María, de quienes dice ella mis

ma en persona de su Hijo: Que nadie será

capaz de quitárselas de la mano. Esta fir

mísima confianza que debes

tener, siendo

ove

ja de María, se confirma sabiendo que en

sus manos depositó su Hijo el tesoro inago-



3-8 D ÍA V E I N T E Y S I E T E .

table de sus méritos: que por respeto de M a

dre, nada se le niega de cuanto pide; y que

por su Esposo, se la manda echar raices en

tre sus escogidos

i ) :

por cuya razón, dice

S. Anselmo 2 ) , que así como es imposible

que se salven aquellos de quienes aparta M a

ría sus ojos, así no pueden menos de ser

glorificados aquellos de quienes no aparta

su vista. ¿Y en quién mejor pone sus ojos

esta Señora , que sobre sus ovejas, sobre

quienes vela de continuo cual solícita Pas

tora?

A F E C T O S . ¡Ovejas de María al con

siderar la dicha que os cabe desde que el

Dios misericordioso os eligió para compo

ner la familia, formar la corte, y prestar

un debido y razonable obsequio á la Rey na

de los cielos, y la tierra, Madre del Verbo

Eterno, vuestras almas deben inundarse de

un gozo y alegría, que os enagene de todas

las glorias del mundo. Sois ovejas de Ma

ría, la que haciendo de vosotras esta hon

rosa elección, inclinó á la voluntad Divi

na á que escribiese entre los predestinados

á todos los que hábian de ser sus domésti

cos. Vosotras sois, en clase de ovejas, las

( 1 ) E c c l e s . c . a 4 ; v . x j . - ( a ) A p . A p t o n . p . 4 . t i t . i £ .



D Í A V E I N T E Y S I E T E S 3 0 9

mas humildes y pequeñas entre sus fami

liares; pero gozaros, de que.entre las ovejas

de esta Señora, los últimos son los prime

ros,

y los primeros son los últimos. Glo

ríense aquellos que constituyen su gloria en

la privanza y elección de los grandes y po

derosos monarcas de la tierra, vuestra gloria

consiste en ocupar el lugar último entre los

habitantes de la casa de María, para servir

la tanto mas fiel, y santamente, cuanto es

mayor la condición humilde en que os ha

lláis.

No se aminore vuestra confianza, cre

yendo que por: esto no os sea lícito aspirar

á

la dignidad escelsa de hijas de María; antes

bien,,,la clase humilde de ovejas debéis mi

rarla como un escalón para subir á ella , así

como á vuestra Pastora, el reconocerse y

llamarse sierva del Señor, la hizo mas digna

de ser Hija del Padre Eterno, Madre del

Verbo increado, y Esposa del Espíritu San

to;

porque miró Dios (dice esta Señora) la

humildad de su sierva, obró en mí cosas

grandes el Omnipotente, y me aclaman feliz

todas las generaciones. Siendo ovejas de la

Madre del buen Pastor, estad seguras de

vuestra eterna dicha, porque ni el honor del

Hijo, ni la naturaleza de la Madre, pue-



3 I O B I A V E I N T E Y S I E T E .

den permitir que sus ovejas sean entrega

das al Lobo infernal. Tiene esta Señora

sobre su familia un derecho especial dado

á ella por su Hijo, y en su virtud erije un

tribunal de misericordia para juzgarla; y así,

si el rigor de la justicia Divina, que ha de

juzgar á la santidad misma, cerrase la puer

ta del cielo, tenemos abierta esta ventana;

por donde se nos franqueará la entrada á

Jos que pertenecemos á su rebaño.

Considera lo segundo, que los Pastores

tienen siempre cuidado de imprimir un- se

llo sobre todas sus ovejas para'conocer las

que son suyas, é impedir el que, equivo

cándose con las agenas, pueda alguno ale

gar derecho para apropiárselas. María, co

mo sapientísima, y diligente Pastora:, hace

lo mismo con las ovejas de su rebaño, pa

ra que nadie pueda quitárselas de su mano.

Este sello lo v io el Profeta del Apocalipsis

y

así

dijo: V i al Cordero sobre el monte Sion,

y con él ciento y cuarenta y cuatro mil per

sonas que tenían escrito en sus frentes su

nombre, y el de su Padre, los cuales can

taban un Cantar nuevo delante de su trono,

cuyo cántico nadie lo puede cantar sino los

que siguen al Cordero, y que son escogidos

de entre los hombres, como primicias de



DÍA V E I N T E Y S I E T E . 5 1 1

Dios y d e l Cordero (i). Deduce de aquí,

alma mía, cuánta sea la dicha de las ove

jas que se vén marcadas con e l sello de la

Madre de este Cordero de Dios, y cuánta

la seguridad que pueden tener de su elec

ción, y glorificación. El mismo Profeta d i

ce, que el Cordero que está en medio del

solio será su Pastor, y los llevará á las fuen

tes

de

aguas

vivas, y no tendrán que temer

el hambre, la sed, ni los calores del estío ( 2 ) .

Con la esperanza de tanta felicidad prome

tida á las ovejas marcadas por la Madre del

buen Pastor, es justo que todos se apresuren

á agregarse a l rebaño de esta Señora, y ten

gan p or dicha el verse sellados c o n el sello

de esta Pastora. Considera además, que' el

selló que distingue á la s ovejas de María,

es p o r parte de ellas unsigno de fidelidad

á su

Pastora, así como por parte de esta

Señora es un signo d e protección, tan te

mible a l Lobo infernal, que aun viéndolo

á

lo-lejos,

lo

estremece,

lo

ahuyenta, y lo

hace-huir hasta confundirlo en el abismo.

Te tomaré á mi cargo, dice esta Señora

á

su

Oveja , como

siervo m i ó , y pondré en

tí mi sello porque te elegí ( 3 ) . Es signo de

O 'Apoce. 1 4 . v . 1 . 3 . 4 . ( 2 ) I d . c . 7 . v . 16.17.

3 ) A g e . c . a . v . 2 4 .



3 1 3 D ÍA V E I N T E Y S I E T E .

fidelidad, y como tal debemos llevarlo en

nuestro corazón, y en nuestro brazo, para

no olvidarnos de la gratitud á su amor, y

tener siempre presente que pertenecemos á

su rebaño. Por lo cual, debemos nosotros

testificar nuestra obediencia, y fidelidad á

esta Señora, diciéndola también: Te recono

ceré por Señora mia, y te pondré en mi bra

zo ,

como señal de mi fidelidad, porque te

elegí por curatriz, y Pastora de mi alma.

Llevando, pues, las ovejas de esta Señora

esculpido por sello estas dulcísimas palabras:

A ve

María, atestiguan su fidelidad á su Se

ñora, de cuya servidumbre, lejos de aver

gonzarse,

nada

reputan

por mas

glorioso.

Con

este signo se hallan las ovejas mas seguras en

el rebaño de María, que Daniel en el lago de

los Leones, sellado por el sello del Rey y de

sus grandes i ) ; y por lo tanto, participan

del privilegio de los hijos de Dios, á quienes

no puede dañar el maligno Lucifer ( 2 ) . Es

la porción escogida, y mas ilustre entre los

rebaños de Cristo ( 3 ) , á quienes mirando el

Supremo Pastor con esta señal, conoce que

son suyos, y nadie puede quitárselos (4) .

( 1 ) D a n . c. 6. v. 16.1 7. ( 2 ) E p . 1 . J o a n . c . i .

v . 1 8 . ( 3 ) S . C y p . de tíab. Firg. ( 4 ) E p . a."

td T im . c . a . v . 1 9 .



D Í A V E I N T E Y S I E T E . 3 1 3

A F E C T O S . Cuando yo paro mi consi

deración en el rebaño de la Madre del buen

Pastor, y lo miro marcado con su dulcísimo

nombre, encerrado en su aprisco, y custo

diado por multitud de Angeles, que al mis

mo tiempo asisten al servicio de esta R ey-

na, se eleva mi alm a, y se transporta de go

zo y de contento. Me parece veo el

Scmcta

Sanctorum^

mas respetable y santo, que el

de la ley antigua: marcado yo con esta se

ñal de salud, no temo yá ni á la perver

sidad del mundo, ni á la malicia de los pe

cadores, ni al furor de los Demonios. En va

no se conjurarán todos juntos contra m í: aun

que se arrojen sobre mí como

fieras

para d e

vorarme , triunfaré de todos ellos, marcado

como estoy, con el nombre de mi Pastora:

mi alma se hará invulnerable á sus golpes:

con este escudo seré fuerte en mi debilidad,

opulento en mi indigencia, y grande en mis

humillaciones: con él pondré en vergonzosa

fuga á mis enemigos:'el eco solamente del

dulce Nombre de María, los llenará de ter

ror , y él será el broquel con que lograré

tantas victorias, cuantas sean las batallas que

rne presenten.

¡Oh, qué asilo para mi alma de tanta se

guridad tenedme, Pastora amantísima, ata-



3 1 4 M A V E I N T E Y S I E T E .

do y ligado como esclavo sin libertad en

vuestro rebaño: abrid á mi alma la puerta'

de este aprisco,

para

que en él viva yo

con

se

guridad: introducidme en vuestra santa casa,

y sea yo del número de los que componen

vuestra familia, en donde vuestros hijos se vén

defendidos de los escollos del mundo, están

á cubierto de las pasiones, y vén lecciones

prácticas de todas las virtudes. El ejercicio

de todas ellas, hará el alimento de mi a l

ma hasta el último suspiro de mi vida, y

así mereceré entrar en el torrente de dulzu

ra, y de alegría, con que son glorificados

los Angeles y los Santos. ¡Con qué placer

dejará entonces

mi

alma la habitación de bar-

ro en que ha estado detenida en este mun-

r

d o, para entrar en aquel reposo^ eterno pre-'

parado para los que os aman Este será el

complemento de los favores que espero

d

V o s ,

como oveja vuestra; y no obstante que

1

yo me juzgo indigno de é l , me atrebo, su

puesta vuestra bondad, á prometerme de se

guro su consecución: vuestra palabra es el

apoyo firme de mi esperanza: Vos me tenéis

dicho: Los q u e me obsequian, conseguirán

la vida eterna.

ORACIÓN. Virgen Santísima, en quien

reunió el Omnipotente tal cúmulo de dones¿



D Í A V E I N T E Y S I E T E . 3 1 £

y de gracias,"que haciéndoos para si Hija,

M adre, y Esposa, os hizo para nosotros

Emperatriz, Réyna, y Señora, reuniéndo-

lo todo en el nombre y título de Madre del

buen Pastor: yo me constituyo gustosamen

te desde este dia vuestro humilde siervo, su

plicándoos que os digneis admitirme en el

número de las ovejas que componen vues

tra grey, y como tal, borréis el sello de es

clavitud con que el Demonio tenia marca

da mi alma, y la pongáis otro sello, cu

yos suavísimos acentos salieron de los labios

del Ángel, que os saludó

diciendo: A v e Ma

ría. Imprimid-en mi alma este sello,.con tal

fuego de amor y caridad, que no se borre

hasta el ultimo instante dé mi vida, en que

presentándome al tribunal supremo, y vién

dome vuestro Santísimo Hijo marcado con

él

A ve

María, me reconozca por oveja vues

tra, y me coloque á su derecha, para g o

zar de

las delicias

eternas de

la gloria. Amen.

Se reza un P adre nuestro y cinco A ve

M arías ¿y un Gloria P átri.



D Í A V E I N T E Y O C H O .

In pascuis uberrimis pascam eas,et in

m ontibus excelsis Israel erunt pascua

earum : ibi requiescent inherbis viren-

tibus, et in pascu is pingu ibus pasee n-

tur,

EZEQ.

c. 34» v . 1 4 .

En pastos muy fértiles las apacentaré,

y estarán sus pastos en los altos mon

tes de Israel: allí sestearán entre la

verde yerba, y quedarán saciadas

con los abundantes pastos.

E n este día se nos manifiestan la variedad

y naturaleza de los pastos con que la Madre

del buen Pastor alimenta á sus ovejas,.so

bre lo cual,

Considera lo primero, que como el nonv

bre de Pastora se origina de apacentar, y

como el que es pastor debe proporcionar pas

tos saludables á su grey, por lo mismo ésta

nuestra legítima, y verdadera Pastora, cum

ple diligentemente con esta obligación pro-



D Í A V E I N T E Y O C H O .

3 1 7

pía de su oficio, y asegura que apacentará

por sí misma á sus ovejas, la s proporcionará

pastos fértiles, y abundantes, producidos en

tre la frondosidad de los altos montes de

I s r a e l ,

en donde, y con los que quedarán

saciadas, y satisfechas. Estos pastos pingües,

saludables, y gustosos, con que la Divina

Pastora dice que alimenta á sus ovejas, son

de varias calidades, según que lo exije la

necesidad de ellas mismas. No son estos man

jares materiales con que puedan recrear sus

sentidos, y deleitar su concupiscencia, pues

las ovejas de María usan de una comida y

bebida invisible, que no puede verse por los

hombres, á la manera que dijo S. Rafael á

Tobías ( 1 ) . Sus propias virtudes son prime

ramente las que nos ofrece como bebida, y

comida, propia de Angeles ( 2 ) . Pues al de

cir de S. Bernardo ( 3 ) : E l solícito pastor

debe procurar á su grey pastos de sus bue

nos y propios ejemplos para que se nutraj

porque los ágenos no la engordan. En este

campo ameno, y delicioso, en el cual no pue

de entrar el germen venenoso que pudiera

inficionar sus producciones, por ser el huer-

( r ) Tób, c . i a . v . 1 9 . ( a ) N o v a r , c 9.

v 23

( 3 ) S e r m . 7 6 .

sup.

Cant.



2 l 8 D Í A V E I N T E Y O C HO .

to cerrado por mano del Omnipotente, es én

donde las ovejas de María encuentran yerbas

saludables, dulces,

y

sabrosas, con que se ro

bustecen sus almas al tiempo que se recrean:

tal es su abrasada caridad para con Dios, y

el prógimo. Encuentran otras amargas con

que purifican los vicios de la digestión, con

traidos, por los gustos dañosos de los senti

dos

:

tales son su paciencia, resignación, y

conformidad en las adversidades de la vida.

Otras substanciosas que las fortalecen para

emprender cosas arduas, y difíciles, como

las practicó esta verdadera Muger fuerte. Y

otras

finalmente

de fácil digestión, acomo

dadas á la debilidad y flaqueza de ciertas

ovejas, que por lo mismo escitan su compa

sión, y su misericordia. Considera además,

que necesitando las ovejas aguas puras, y

limpias; para facilitar la digestión de estos

pastos, ella misma se hace fuente abundan

te

, con que se riega la tierra estéril del co

razón humano y produce frutos sazonados

de virtudes

( i ) .

Estas aguas las comunica

nuestra Pastora por el conducto de la pala-

bradivina, que procura se les anuncie por

los operarios del Evangelio, cuya palabra re-

( i ) R k . l i b . p .



D Í A V E I N T E v O C H O . 3 1 9

cibida y conservada en el corazón, tan cui

dadosamente como la guardó esta Madre de

Dios, produce á su tiempo frutos en pacien

cia, y en todo género de virtudes.

. A F E C T O S . El redil, ¡ oh Divina Pas

tora l en donde viven tus ovejas olvidadas,

é ignoradas del mundo, y desconocidas en

la tierra, les ofrece una suerte verdaderamen

te feliz, porque en él se remedian todas sus

necesidades. Desde aquel abrigo santo en que

fijan su morada: en este Santuario de tu ma

ternal misericordia, en donde se alimentan

con los pastos suavísimos de tus virtudes, co

bran ánimo, y robustez, para subir al monté

santo del Señor. De allí sale el rio de aguas

puras y refrigerantes, con qué apagada la sed

ardorosa de las pasiones, curan de sus majes,

y sé; preservan de los asaltos de, la muerte,

i Agua abundante de dulzura, y de paz¿ que

llena de gustos santos á los que la beben

¡Y. pastos saludables, que mantienen robus^

tas á cuantas almas viven bajo la protección

pastoral de María ¡ A h , dulcísima Pastora

¿Con qué profusión distribuyes á mi alma es*

tos alimentos preciosos Yo me deleito en su

abundancia, y:es tal la fortaleza

que con

ellos

adquiero, que yá rne

;

atrevo ádesafiar ato-'

dos los enemigos de mi salvación: aunque



3 2 0 D ÍA V E I N T E Y O C HO .

todos se reúnan contra m í, no me son yá

temibles.

Y á la verdad, ¿á quién podrán yá te

mer aquellas almas á quienes V os, como Pas

tora, apacentáis y sustentáis? Vos, Pastora

Santísima, veíais sobre ellas durante la no

che, las cuidáis desde el amanecer, y en todo

el dia vais en p o s de ellas sin perderlas de

vista. Vos combatís, y ahuyentáis al Dragón

infernal, cuando pretende inquietarlas: las

colmáis de vuestros dones, y reguláis sus pa

sos en todos sus caminos: con los manjares

que como Pastora les proporcionáis, corro

boráis su natural flaqueza, y curáis los ma

les de su viciada complexión. Si ellas se aco

bardan, las dais vigor: y si se detienen en

seguiros, las animáis para que os sigan: si se

vén caídas, Vos las levantáis, y así finalizan

gloriosamente su carrera. ¡Oh, DivinaPas-r

tora las ovejas apacentadas por V os, reco*

gen con alegría los frutos de vuestra protec-r

cion sobre ellas. ¡Felices, pues, y dichosas

las que moran en tal rebaño

¡

y mas felices^

cuando entren en los tabernáculos eternos,

libres yá de esperimentar las debilidades'de

la humana condición, y dejando en el mun

do á sus enemigos confundidos con sus pla

nes de perdición.-



D Í A V E I N T E

y

O C H O ;

321

Considera lo segundo, que según S. Ber-»

nardo, está ordenado por

Dios,

que todo cüán*

to su liberal mano dispensa á los hombres

pase primero por las de María: por consi

guíente, no solo los pastos yá dichos, cotí

que nos hemos de sostener, han de ser distri-i

buidos por esta diligente Pastora; sino qué

también hemos de recibir de su mano el prin

cipal alimento de nuestras almas, del cual,.

el que no come y bebe, ni puede tener vida,

ni entrará en los rediles de la gloria. Esté

alimento sobresustancial,

en

que está deposi

tada nuestra vida, en quien debemos consi

derar el prodigio de todas las maravillas del

Dios Omnipotente, el compendio de todos

sus beneficios, y la prenda segura de sus pro-'

mesas, es el Sacramento augusto de la Eu-

1

caristía, el cual por una especial

?

razón 10

debemos juzgar recibido de mano de esta pu^

rísima Pastora. Habiendo tenido ésta Señora

en la Encarnación de aquel verdadero

A g - * -

ñ u s

Dei una parte tan principal, como qué

de su propia sangre y sustancia se formó el

cuerpo, que real y verdaderamente reside

en eL Augusto Sacramento: y habiéndola te

nido igualmente en eLsacrificio de este Cor

dero inocente, que. desde los Altares se nos

dá por alimento de nuestras al mas,,como que

.2'



3 2 » M A V E I N T E Y ' O CHO *

ella misma lo ofreció- por víctima de éspia-

cion, y lo acompañó en su sacrificio, pade

ciendo igual muerte en su espíritu; no pue

de dudarse de que esta Pastora* es el Arca

sacrosanta en que está encerrado este pan de

los Angeles, y que cuando se abre para dis

tribuirlo á sus hijos,es con intervención suya,

como dispensadora que es de los dones del

Altísimo. Pondera aun mas: que ningún otro

pastor, fuera de su Divino Hijo, llevó el

amor á sus ovejas hasta el estremo de ali

mentarlas con su propia carne, y sangre, co

mo lo hace nuestra caritativa Pastora, sien

do (como lo es) la carne de Jesucristo parte

del cuerpo virginal de María. De la carne

de esta Señora, dice S. Agustín, recibió car

ne el Verbo Eterno, y por esto cuando éste

se nos dá á comer para nuestra salud, nos

dá María su propia carne (i). Es una mis

ma carne la que nació de la Virgen María,

y la que se nos dá consagrada con la apa

riencia de pan ( 2 ) ; y siendo el Hijo parte

del Padre, y de la Madre ( 3 ) , es consiguien

te que los que reciben el cuerpo, y la sangre

del Hijo -

y

reciben también una gran porción

( 1 ) I n P s . p 8 . ( 2 )

Ttoos.deEuc.c.i.

( 3 ) P h i l ,

E t h i c . c . 4 .

http://ttoos.de/

http://ttoos.de/



D Í A V E I N T E

Y ÓCHOí; 323

de la sustancia de la Madre. Intérnate, al*

ma mia, mas y mas en esta consideración,y

conocerás que aun los pastos con que nues

tras almas se alimentan en todos los otros

Sacramentos, son pastos nacidos en los altos

montes de la eminente santidad de María*

Todo el decoro y gravedad de los Sacramen

tos de la Iglesia, dice S, Bernardino de

Se--

na (i) , consiste, se perfecciona, y nace de

la carne virginal de María, y así son parte

de su propio cuerpo; el fundamento de esta

sentencia es, que todos los demás Sacramen

tos se ordenan, como á su último término

á la Eucaristía, que es el mas escélente en

tre los Sacramentos, -

AFECTOS. Advertid, ovejas de María¿

cuánto debéis á esta clementísima Pastora,

Madre del buen Pastor, y

cuan

fervorosas

deben de ser las gracias que la debéis dar,

después de haberlas rendido también á este

Señor. Aquel mismo cuerpo que esta purísi-»

ma Pastora engendró en su vientre, que se

formó y se nutrió en su seno virginal, que

d io

á luz sin detrimento de su pureza é in

tegridad, que envolvió en pobres paños y cch

locó en un pesebre, y que sustentó con su

(1) Tom. 1.

S e r m ,

6 1 .



3 2 4 D ÍA V E I N T E Y O C HO .

maternal sustancia; este mismo es el que nos

ofrece para nuestro alimento, teniéndolo de

positado en nuestros Altares, para que nun

ca padezcamos hambre de él. ¡A h , no son

bastante las lenguas de los hombres para en

grandecer debidamente su solicitud pastoral

¡Quién pudiera persuadirse, que para ali

mentarnos como ovejas suyas, habia de ofre

cernos este pasto delicioso, producido en sus

mismas entrañas Alabad la generosidad, y

magnificencia

de

vuestra Pastora,

que os

ofre

ce por comida á aquel Verbo Eterno, que

después de tomar forma humana, dice de sí

mismo: Yo soy pan vivo que descendí de los

cielos : el que me com e, jamás verá la

muerte ( 1 ) .

S í , piadosa Pastora , después que nos

agregastes á tu rebaño, y te hicistes nuestra

Madre, no permites (como hacen muchas

otras madres) que seamos entregados á mu-

geres estrañas para sustentarnos y criarnos,

síno que tú misma tomas la molestia de t e

nernos en tus brazos, y con un amor que su

pera al de las madres mas cariñosas, nos das

por alimento el cuerpo y sangre de tu Hijo:

por consiguiente, nos alimentas de tu propia

(1) E x P a t . D a m . S . de Nat. M ar.



D Í A V E I N T E Y O C H O I 3 2 5

sustancia, y así viviendo de la vida de Jesu

cristo ,

vivimos también de tu espíritu, y de

tu vida. ¡Qué oveja de María rehusará yá el

acercase para recrearse en estos dulces pas

tos,

preparados para ellas por el amor de su

Pastora, y producidos de su misma carne y

sangre Llegad , pues, sin recelo, ovejas de

María, bebed de esta agua saludable, y co

med de estos pastos sabrosos, pues en ellos

encontrareis tanto bien, y tanta gracia, qué

seáis una cosa con vuestro Pastor.

ORACIÓN.

¡ O h ,

clementísima Pastora

Siendo yo como soy la menor entre vuestras

ovejas, no recelo ser despedida cuando me a-

cerco á alimentar mi alma con los pastos qué

ofrecéis á vuestro rebaño. Yo reputaría, esto

por un atrevimiento de parte mia, conside

rando lo indigna que soy de tanto bien por

la multitud de mis pecados; pero se anima

mi pequenez, cuando os oigo decir

1 ) :

Qo-

m ed, amados m ios,

y

bebed hasta saciaros dé

mis manjares; y pues me convidáis con un

amor mas que de Madre, eseitad en mi alma

el hambre espiritual, para

que

llegando ham-r

oriento, y desocupado mi espíritu de todo

manjar terreno, me sacie de los del cielo^

(1) C a n t . g. v . 1.



326

DÍA V E I N T E Y O C H O .

y de un solo bocado reciba la gracia, la sa

lud, y la vida eterna. Amen. -

Se reza

un

P adre nuestro, cinco

Ave

Martas, y un Gloria P atri,

DÍA VEINTE Y NUEVE.

Et alias oves habeo, ques non sunt ex,

hoc ovili, ét illas oportet ^ me addu-

cere::t ét fiet unum üvile^ et unus Pas

tor. J O AN» c. 1 o. v. 16.

Tengo también otras ovejas

que no son

de este aprisco, es necesario que yo

. l a s traiga á él.,, y entonces resultará

. que solo

hay

un ap risco,

y

ün Pastor i

E n este dia se nos manifiesta que la soli

citud pastoral

de la

Madre

del

buen Pastor

Jesucristo, no reconoce términos, ni límites,

y así se estiende aun á procurar la salva

ción de aquellas, almas, que envueltas en

las

obscuras sombras

de la

infidelidad,

se ha r

lian fuera del redil de la Iglesia católica,

sobre

lo

cual,



D Í A V E I N T E Y N U E V E . 3 2 7

Considera lo primero, que además de

las ovejas que esta Divina Pastora mira co

mo suyas propias, que nadie podrá quitar

las de su mano, y que pertenecen al reba

ño de la católica Iglesia; asegura que tam

bién tiene.otras, las cuales, aunque se ha

llen fuera de él, serán reducidas con su pas

toral solicitud al redil místico en donde cus

todia á las demás, y

por

esto las nombra ove

jas suyas, á pesar de que aun no hayan en

trado en él. Estas son ciertamente los gen

tiles, que engañados con las falsas y gro

seras ideas de la Idolatría, no han encon

trado aun la puerta por donde se entra al

redil seguro de la Iglesia católica,á Jaque

son llamados todos por la voluntad amplí

sima del Redentor, que quiere que todos los

hombres sean salvos, y que vengan al cono

cimiento de la verdad ( 1 ) . Llamándolas

ovejas suyas, nos anuncia la vocación y con

versión de los gentiles, para manifestar que

es Reyna y Pastora de todas las gentes: y

que su voluntad de apacentar, custodiar, d i

rigir, y ejercitar las demás funciones de ver

dadera y legítima Pastora, se estiende á to

dos cuantos incluyó la voluntad de su San-

( 1 ) A p . 1 . a d T i m . c. 3 . v . 4,



J 2 8 JDIA V E I N T E Y N U E V E .

tísimo-Hijo, para que participasen dePfru-

to de su redención, que son todos los qué

se originan de Adán sin distinción de cla

ses , reynos, ni naciones. Pondera , cuan

justa y propiamente llama suyas, nuestra

Santísima Pastora, á estas ovejas; pues ha

biendo su Divino Hijo aceptado su misión

divina, y nacido de lo alto, para visitar y

hacer la redención de su pueblo: habiéndo

lo rescatado de la esclavitud del Demonio,

con un, precio tan grande y estimable ( i ) ,

como era el sacrificio de su santísima h u

J

manidad formada en el vientre purísimo de

nuestra Madre Pastora, y siéndole dadas

por herencia legítima todas las gentes, y los

términos todos de la-tierra (a); entró tanv*

.bien nuestra Pastora á la participación de

esta herencia de éste su Hijo legítimo, nd

solo por el título de Madre suya, sino tam

bién por haberle ayudado en su redención^

y prestado su consentimiento á la embajada

del Ángel Gabriel. El cual, dice Santo To

más ( 3 ) , aguardó la resolución de Marías

que representaba la naturaleza humana; pa-*

ra que con atención á ella, se realizase el

" ( í ) " A p 7 i . ad C o r . c . 6. ( a ) P s . i. v .

( 3 ) P a r t . 3 . q.

1

3

<5. < - g



DÍA VEINTE V NUEVE. 329

desposorio espiritual del Hijo de Dios con

nuestra carne. Y además, porque si el pre

cio con que fuimos redimidos, fué la

san4-

gre del Verbo humanado, esta moneda se la

dio nuestra Pastora, y por esto dice que su

fruto es de mas valor que el oro, y las pie*-

dras preciosas (i). Y finalmente , porque

entregando á su Hijo al sacrificio, y pre

senciada su muerte afrentosa, padeció en su

espíritu cuanto el Hijo sufrióen todo su cuerí-

p o . ( 2 ) .

Así, pues, como nuestra Madre Eva

trajo el castigo á todo el mundo, así la Ma

dre del Salvador nos trajo la salud. Si Eva

fué autora de nuestra general ruina, María

lo fué del mérito universal (3). María

por

úlf

timo, deseó la salud de todos, la intentó, y

la, consiguió (4): por cuya razón puede de

cirse que María salvó lo que Eva condenó (y);

-,. AFECTOS., ¡Oh bienaventurada Pas-*

tora ¿Quién podrá satisfacer dignamente el

derecho que tienes á nuestro reConocimien-?

to, por haber socorrido al mundo perdido

con tu beneplácito, y consentimiento, para

la encarnación del Verbo eterno, que venía

á librarnos del cautiverio del Demonio? ¿có-¡

( 1 ) Prov. 8. v. 19. (2) S. Bonav. de Comp.

Virg.\u.\. (3) S. Aug.Serm. 8. (4) Ricardi

sup.Cant.c26.

(g) Innoc, 3. S.

2. de Assump.

http://sup.cant.c26/

http://sup.cant.c26/



3 3 ° M A V E I N T E Y N U E V E .

mo será capaz nuestra fragilidad de tribu

tarte las alabanzas, de que eres digna, por

haber encontrado en tí el género humano

la entrada á los apriscos del Pastor Supre

mo? Las gentes que dormían en las tinieblas,

y. sombras de la muerte, viéndote resigna

da en la voluntad del Altísimo, vén abrirse

para ellas las puertas del cielo cerradas des

de el primer pecado. Todo el mundo cau

tivo esperaba este dia de salvación, en que

siendo tú guarda de nuestra fé, se borrasen

Jas culpas del primer Padre (i). Con razón

fijan en tí sus ojos todas las criaturas, por

que en tí, y por tí, crió de nuevo el Omni

potente cuanto

habia

formado

en

la

tierra

( 2 ) .

Pueblos, y Naciones del Universo, yá

podéis enjugar vuestras lágrimas, y aclama

ros felices y dichosos, sabiendo que ésta Pas

tora os cuenta en el número de las ovejas

redimidas por su Hijo. Levantad vuestras

cabezas oprimidas con el yugo del Demonio,

y fortificad vuestros corazones tímidos, por

que el cielo os dá en ella una cooperadora

dé vuestra redención, que es la paz, el go

zo, y la salud delm undo, la mediadora g lo

riosísima, y la conciliadora del cielo con la

(1) S.Bern.Serm.7. ( í) I d . S e r n i . a . j í o J í

Pentec.



D Í A V E I N T E Y N U E V E .

33

I

tierra ( i ) . Celebrad con alegría la grande

za de esta Hija de Sion, que despojó al In

fierno de sus víctimas, y hermanó á la jus

ticia con la misericordia. Vuestros cánticos

resonarán en el piadoso corazón de esta M a

dre, y mirando á los hombres como á ove

jas suyas, podrán todos seguramente invo

car su protección. Ella endulzará vuestras

penas, y las miserias de vuestro destierro.

Asegurados de su amor, tened por cierto

que yá no habrá quien os eche de su reba

ño, si vosotros no queréis huir de él; por

que esta piadosa Señora jamás abandona á

los que recibió por hijos.

Considera lo segundo, la misericordia

amplísima de esta Divina Partora con las

ovejas que no están en su aprisco, las cua

les dice, que hallándose en situación tan tris

te, le pertenece á ella el traerlas á él para

formar un solo rebaño, dirigido por un so

lo Pastor. En consecuencia de esta solicitud

pastoral, no perdona diligencia, uo rehusa

trabajo , ni escasea medios y arbitrios para

traer á sí á estas ovejas estraviadas. Ella

las vé puestas en manos de pastores merce

narios, que engañándolas con falsos dogmas,

1 ) S .

E f r e n .

w at. ad Virg.



3 3

2

D ÍA V E I N T E Y N U E V 2 .

y con ritos supersticiosos, no son pastores

para regirlas y salvarlas, sino para robar

las , para sustraerlas del rebaño del verda

dero Pastor, y después de despojarlas de to

da su sustancia, sacrificarlas, matarlas, y

conducirlas al fuego del infierno. Compa

decida esta tierna Pastora de ver á estas sus

¿ovejas conducidas entre tinieblas por conti

nuos resbaladeros, y empujadas por sus fal-

,sos sacerdotes, para que caigan en abismos

de que no puedan levantarse ( i ) , estiende

sobre ellas sus cuidados, y amor pastoral:

jao las pierde de vista para que tengan vi

da, y la tengan con abundancia ( 2 ) , lo cual

.nO

pueden conseguir sino

reconociendo

y

ado

rando al único y verdadero Dios, y á su

único Hijo, enviado desde su diestra para

iluminar á todos los que estaban de asiento

pn Jas tinieblas, y sombras de la muerte. Con

este fin procura esta Divina Pastora, que lá

verdad del Evangelio-resuene en todos los

estremosde la tierra, y en ellos sean anun

ciadas las palabras de vida que el Padre

reveló por la boca, primero de los Profetas,

y después por la de su propio Hijo ( 3 ) , en

viando Apóstoles, y Predicadores, que die-

;

(1) J e r e m . c. 2 3 . v . 1 2 . ( 2 ) J o a n . c í o . v . 1 0 .

( 3 ) A p . ad Hebr. c . 1. v . n .



D Í A V E I N T E Y N U E V E . 333

sen noticia de la redención á las gentes que

no conocían, ni á esta Divina Pastora, ni

á su Divino Hijo, de cuyo ministerio tam

poco quiso esceptuarse la misma Señora; y

á esto alude lo que dice á su Esposo en los

Cantares ( i ) : V én , querido mió, salgamos

al campo, y moremos en las granjas; pues

como los gentiles se hallan fuera de los mu

ros de la ciudad santa, que es la Iglesia,

se hace preciso salir á buscar á estas ove

jas errantes por los montes, como que de

generaron en bestias irracionales. Admira los

frutos abundantes que esta Divina Pastora

ha cogido en toda la estension de la tierra

con su cuidado pastoral sobre los gentiles,

viendo que en las llanuras y en las monta-

fias, en los poblados y en los desiertos, pa

saron estas reses á lo interior de su aprisco

por

mano

del legítimo Pastor,

que

tenia cuen

ta de ellas (2). Las gentes feroces se do

mesticaron, sus errores se disiparon con la

luz de la revelación, se desarmó, y quedó

vencido el Príncipe del mundo, y sus mi

nistros quedaron sin virtud para dañar; en

términos, que pudieron yá habitar juntos

el Lobo y el Cordero ( 3 ) .

f

(1) C a n t i c . c. 7 . v . i i . ( a ) J e r em . c . 3 3 . v, 1 3 . .

( 3 )

I s a i . c . 1 1 . v. 6, - -



334/

D I A

V E I N T E Y N U E V E .

A F E C T O S . ¡Ovejas conquistadas por

la solicitud de la Pastora Divina, pensad

con alegría, que sois yá su pueblo de ad

quisición, redimido de la cautividad del De

monio, no con el valor corruptible del oro,

sino con la preciosa sangre que

el

Verbo eter

no recibió para vuestro bien en el vientre

purísimo de esta Virgen Yá no será posi

ble que haya entre vosotras alguna de tan

dura cerviz, que resista el. venir al rebaño

donde esta Pastora quiere reunirías á todas;

antes bien, cuando esperimenteis la dulzu

ra, y la suavidad de sus pastos deliciosos,

es bien seguro que se os harán gustosos los

lazos, que os detendrán, para que no salgáis

de su redil místico. Su nombre se hizo ama

ble á todas las gentes, con sus maravillas

quedaron asombradas, y su palabra las ha

sujetado á la ley del Evangelio. Los Reyes

de la tierra han reconocido su poderosa pro

tección, le han rendido sus cetros, y han

colocado á sus pies sus. coronas y diademas.

Regocijaros ¡ almas santas al recordar es

tos triunfos que vuestra Pastora ha conse

guido por su zelo pastoral, en beneficio de

Jos redimidos por la sangre de su Hijo.

Yo os doy gracias, ¡oh Pastora Santí

sima porque esta solicitud se estiende, no



D Í A V E I N T E Y N U E V E . 33£

solo á las ovejas fieles que moran en el apris

co de la Iglesia católica, sino también á to

dos cuantos descienden de Adán; pues no

hay nación tan bárbara, ni pueblo tan fe

roz, á quien no ames con amor de Madre,

y le proporciones las gracias suficientes pa-r

ra conseguir su salvación, si ellos quisieran

aprovecharlas. ¡ Ah vuestra bondad es gran

de, vuestro amor incomprensible, y vuestra

misericordia á nadie esceptúa. ¡Pobres I d ó r -

latras ¡Desgraciados infielesI que vivís ig-r

norando aún cuál sea

vuestro verdadero

Dios,

es digno de compasión vuestro estado: ve-'

nid á esta vuestra Pastora, y ella os hará

conocer la verdad, os sacará del estado in

feliz en que os halláis, y os santificará ro

dándoos con la sangre del Cordero que os

redimió. Preciso es que no tengáis corazón

de carne, ni sentimientos de recta razón, si

os resistís á los llamamientos de esta Pasto*

ra, que trabaja tan solícita por traeros á sa

rebaño, cuando vosotros solo habéis pensado

hasta ahora en ofender á su Hijo, y despre

ciar su redención; mas entretanto que no

sotros, ¡oh Madre tierna lloramos esta obs

tinada ceguedad en que hoy viven tantos

hom bres, os amaremos , y os bendecire

mos como á nuestra Pastora, puesto que Vos



336 D ÍA V E I N T E V N U E V E .

nos amáis como á ovejas queridas.

- O R A C IÓ N . ¡Oh benignísima Pastora

luz del mundo, y reconciliadora de los hom

bres , compadeceos de tantos infelices hijos

de Adán , que sin estar en el gremio dé

la Iglesia católica, se vén por consiguien

te fuera del redil de vuestro Hijo; y sin en

contrar la puerta para la vida eterna, se ha

llan envueltos en errores y vicios abomi

nables. No puede vuestra clemencia ver sin

dolor, que estas almas, compradas con la

sangre de vuestro Hijo, sean por esto pá

bulo de las llamas eternas. Os rogamos, Se-*

ñora, que derraméis sobre ellas las luces del

divino espíritu con que sean disipados sus

errores; y entonces, agradecidas á la pro

tección que las dispensáis como Pastora de

ellas, formemos todos un solo rebaño en es

te mundo, gobernado por un solo Pastor,

y en el ©tro os alabemos igualmente uni

dos por toda la eternidad Amen.

v.' Se reza'un P adre nuestro, cinco A ve




337

D ÍA

T R E I N T A .

Peni de Livano Sports a m ea: veni coro-

naberis de capite Am ana, de vértice

Sanir et tíerm on, de cubilibus Leo-

num &c.

CANT

.

c. 4 . y . 8.

Vén del Líbano Esposa

;

mia : v é n , y se

rás coronada de la cima de Amana,

de la cumbre de Sanir y de Hermon,

de las cuevas de los Le o n e s, y. de los;

montes de los Leopardos,

E n este día se nos manifiesta la exaltación

de la Divina Pastora al Cielo Empíreo, y

la corona especial con, que fué remunerada

su solicitud pastoral, sobre lo cual,

Considera lo primero, que aunque la

Madre de Dios resplandeció en la tierra con

todo el poder y autoridad de Pastora, y

aunque sus ovejas notaron en ella las se

ñales claras de su oficio pastoral, quedando

con ellas en el mundo después de la Ascen-

2 2



338

D ÍA T R E I N T A .

"sion de su Divino Hijo á los cielos, se ma

nifestaron éstas mas claramente en el dia

solemne de su coronación, en que el verda

dero Salomón la hizo subir á su trono, y

la presentó á todo su rebaño, para que por

él fuese reconocida por verdadera Reyna y

Señora. La sabia ordenación de su Santísi

mo H ijo, tuvo muchos y graves motivos para

que esta Divina Pastora tuviese como sus

pensa esta coronación, y conversase por al

gún tiempo con la grey de la primitiva Igle

sia antes de ser asunta á su trono real;pero

llegado que fué el tiempo prefijado desde la

eternidad, quiso el Omnipotente manifestar,

que María, no solo era elegida por Pastora;

sino también coronada por Emperatriz uni

versal de cuanto crió su poder, para que de

este modo, las ovejas redimidas con la san

gre del Pastor Divino, conociesen la razón

que hay para que ellas se rindan gustosas

á su imperio; pues

1

el honor que recibe la

Pastora en su coronación, y las gloriosas

insignias de su imperio, ceden en gloria y

honor de las ovejas que están sujetas á él.

Pondera, que no hay pensamiento qué pueda

dignamente comprender cuánta fué la honra

que el Pastor Divino dispensó á su Madre¿

y Esposa la Pastora, en este dia de su co-



D Í A T R E I N T A . 339

ronacion, porque tampoco hay comprensión

humana que entienda, ni la estension de la

generosidad de Dios, ni los actos heroicos

con que nuestra Pastora se hizo digna de tan

ta gloria. Así como en la tierra, dice S. Ber

nardo

( i ) ,

no hubo para el Verbo Eterno

un templo mas digno, que el vientre purí-

;

simo de María, en que lo recibió como Hijo;

así tampoco en los cielos hay lugar mas no

ble, que el solio real á que la sublimó éste

su Divino Hijo. Por esto es llamada por su

Esposo desde el Líbano, Amana, Hermon,

y Sanir, para que dejando estos montes llenos

de cuevas y madrigueras de las bestias fero

ces , que representan á este valle de lágri

mas (2),se trasladase á los altos cielos, para

ser coronada con las tres aureolas de virgi

nidad, de magisterio, y de martirio ( 3 ) : y

además con las doce estrellas con que la vio

el Profeta del Apocalipsi, diciéndola su Es

poso que salga de las cuevas de los Leones,

y deje los montes de los Leopardos. Y en

tendiendo por esto los reynos, y los impe

rios del mundo

( 4 )

, hace el Esposo de to

dos ellos la corona de esta Soberana Empe

c í ) S e r n a ,

de ¿4ssump.

(2) C o r . A l a p . i n v .

8-

9 . 4 .

C a n t i c . ( 3 ) I b i d . ( 4 ) I b id .



34© D ÍA T R E I N T A .

ratriz, la constituye sobre todas las obras

de su omnipotencia, y la dá un legítimo

derecho sobre las coronas de todos los Re

yes y Emperadores del Universo; por cuya

razón los palacios de éstos se consagran con

su presencia, y se tienen por honrados cuan*

do en ellos habita nuestra Pastora.

A F E C T O S . La exaltación á los cielos

de mi Madre Pastora es para

-mí

el mayor

consuelo, porque si subió tanto, fué para

prepararme el asiento de mi felicidad eterna..

Esta fé tan consolante, y ésta esperanza tan

dulce, me sostienen en mi destierro , por

que siendo yo fiel á mi Pastora, veré pron

to el dia, en que libre de la esclavitud de

la carne, marcharé á su presencia, y ante

el Tabernáculo mismo de la Divinidad se

abismará mi alma en el océano de sus per

fecciones infinitas, brillaré con los rayos de

luz y de gloria en el santuario de la T r i

nidad Santísima, donde vive y reyna mi Ma

dre Pastora. ¡A hí Quién podrá comprender

las caricias que yo recibiré entonces de su

amor, ni las dulzuras de que se inundará

mi alma Entonces se acabaron yá mis pe

nas, tendrán fin mis sufrimientos, se disi

parán mis temores, y colocada mi alma en

tre las ovejas gloriosas que rodearán su tro-



D Í A T R E I N T A . 3 4 1

no, coronará sus dones coronando mis mé

ritos, y me ocuparé en darla honor y g lo

ria eterna, sin temor del Léonrugiente. Sien

d o

justo

que el cuerpo dé pecado descienda

á la noche pasagera del sepulcro, para re

ducirse al polvo de que fué formado, llega

rá también dia en que se reanimen mis ce

nizas esparcidas por la tierra, para ser par

ticipante en cuerpo, y alma, de la gloria

que me reserva mi Santísima Pastora.

En el momento en que realizada está

mi esperanza, entre yo glorioso y triunfan

te en la celestial Jerusalén, veré postrados

y rendidos á todos los enemigos que han in

tentado mi perdición, y me hallaré seguro

en una felicidad eterna. Entonces será cuan

do,

yo conozca claramente la infinita bon

dad de mi Dios, en darnos por Pastora cui

dadosa de nuestras almas, á la misma que

escogió para Madre suya. ¡Ah, cuándo ve

ré yo este dia feliz ¡M i alma suspira por

entrar en el gozo de mi Dios, en la casa

misma que él ha destinado para su gloria,

mansión santa, y habitación de los escogi

dos, cuya luz es el mismo Dios, y cuya feli

cidad es su Divinidad misma ¡Qué gozo

tan inefable, Ver en mi Pastora glorificada,

el prodigio de la omnipotencia, y del amor



34* D ÍA T R E I N T A .

de Dios para con el género humano Si es

ta esperanza te sostiene, ¡oh alma mia ¿por

qué te desconsuelan y afligen los males pre

sentes, cuyo sufrimiento ha de facilitarte la

consecución de tanto bien?

Considera lo segundo, que para formar

una cabal y entera idea de la magnificen

cia, y decoro, con que nuestra Pastora fué

recibida en el solio de gloria, que correspon

día á su m érito, ni hay entre los hombres

agudeza bastante de ingenio, ni inteligencia

en

los

Angeles. Este Tabernáculo en que des

cansó la sabiduría eterna, fabricado por lo

mismo con mayor esmero que los cielos, de

bió ser colocado con todo el honor, la glo

ria, y la magestad que convenia á la dig

nidad de su mismo Divino Hijo; y según

esto,

la infinita y generosa liberalidad del

Omnipotente, que miraba en María la con

dición de Madre, y la dignidad de Coore-

dentora, no omitió recurso alguno de su

infinito poder, para recompensar dignamen

te á una y otra. La vistió de inmortalidad,

la exaltó sobre los Angeles, la comunicó los

privilegios de su omnipotencia, y la dio las

insignias de su magestad real. Pondera, que

para hacer mas glorioso este triunfo de núes-,

tra Pastora, quiso este Señor que se ejecutase



344 D ÍA T R E I N T A .

lestial corte., suspensa con tal maravilla, o l

vidó sus cánticos de glo ria , y nada sabian

yá, sino preguntarse mutuamente: ¿Quién es

ésta, que sube á tanto honor, recostada so

bre su amado ( 1 ) ? Nosotros conocemos la

inmensidad del Padre, la divinidad del Hijo,

y la santidad del Espíritu, que de ambos pro

cede; ¿pero quién es ésta, que se apoya en

el

Hijo de Dios, y sube hasta colocarse jun

to á él, como si fuera su semejante? Esta es

María, la Pastora de los hombres, que con

el

Pastor Divino cooperó á la redención de

todos ellos; por esto se la dá el ornamen

to del sumo imperio, entrando en los pala

cios eternos á reynar, sobre lo que crió la

virtud de Dios: por esto se la dá asiento

en el trono real, y colocada sobre los coros

de

los

Angeles,

es

reputada tanto

mas

escelsa,

cuanto es mas digno que todos el nombre

que adquirió de Madre de Dios: por esto

fué puesta en su cabeza la diadema de in

mortalidad, á la que en dicho de S. Bernar

d o, nadie puede poner precio: y por esto

se la vistió el manto real, con que asistirá

eternamente á la diestra de su Hijo, ador

nada con variedad de hermosuras.

A F E C T O S . Corred pueblos de la tier-

( i ) C a n t ic . c . $ . v . 5.



D Í A T R E I N T A . 345

1

ra: venid, y contemplad á la Madre del ver

dadero Salomón sublimada hasta el trono au

gusto de su Divino Hijo, desde donde da*-

ráeternamente a l a Trinidad Santísima mas

gloria, y honor,que todo lo restante de aqué

lla celestial corte. Desde la altura de su tro

no,

se hace también para vosotros vuestra

mediadora, vuestra abogada, y vuestra ma

dre. ¡Oh prodigio inefable todo el fruto de

la redención infinita de

un

Hombre D ios, es

tá yá en su mano para distribuirlo á su re^

baño. Desde el trono de tanta gloria, no 0I7

vidará que somos su pueblo, y su herencia,

y desde allí distribuirá los pastos saludables

para sustentar nuestras almas»

¡

Ovejas que

ridas, embriagadas con el torrente de d ul

zura, que abundantemente sale de su celest

tial trono, sabed, que vosotras hacéis las

delicias de su amante corazón Si sois fie les

á escuchar, y practicar cuanto ella os or

dena, esperad seguramente reynar en su com

pañía, y participar de su felicidad eterna;

El nombre de Pastora os asegura esta ver

dad , él está lleno de ternura para los co

razones rectos,dóciles ásus mandatos,

é

imi

tadores de sus virtudes. Ella en fin si subió

á los cielos, es para que desciendan á la tier

ra los rayos de su misericordia , nos abra-



34° D ÍA T R E I N T A ;

sen en el amor de nuestro Dios, y nos ha

gamos dignos de la recompensa eterna que

allá nos reserva.

Entretanto yo me alimentaré de dia, y

de noche, con el pan de mis lágrimas, y

con el vino de la compunción, al verme aun

en un mundo tan miserable, como engaño

so, rodeado de una multitud de impíos, de

libertinos, é incrédulos, siempre dispuestos

á insultar mi fé, y á burlarse de mi espe

ranza. Ellos se acercan á mí con escarnio,

y se rien de mi indiferencia por los bienes,

y los placeres de la presente vida, en que

ellos fundan su única felicidad. Ellos se me

burlan cuando me vén insensible, ó por los

males que ellos temen, ó por los bienes que

apetecen. Yo no puedo hablar para conven

cerlos, de que la verdadera felicidad deben

esperarla fuera de este mundo en. la patria

de los escogidos, sin hacerme objeto de su

burla y su ironía. ¡A h , Señor si ellos co

nociesen el bien por que yo suspiro, ellos

se avergonzarían de su ceguedad, y mas re

ligiosos que los importunos consoladores de

Job,

no se burlarian de la esperanza que me

sostiene, de que volviendo á tomar mi pro

pia carne, veré con mis ojos á mi Redentor,

que vive y reyna en los cielos; pero ciegos



D ÍA T R E I N T A .

347

como son, me preguntan al modo que aque

llos: ¿Dónde está ese tu Dios en quien es

peras? ¿Dónde su justicia, y sus promesas?

¿Dónde su amor, su bondad, y las consolar

ciones que aguardas? É l te entrega á una vi

da triste y miserable, mientras que nosotros

gustamos la dulzura de una vida tranquila;

pero vos, Señor, que sois omnipotente en los

cielos, y en la tierra, animad mi confianza,

y volviendo vuestros ojos, sobre estos sober

bios, confundidlos con las cosas mismas en

que cifran su bienaventuranza.

O R A CIÓ N . ¡O h , Santísima Pastora

gozo y contento- de todos los Bienaventura

dos, y aun de la Trinidad Santísima, que

os elevó á lo mas escelso para haceros par

te de su gloria: subiendo Vos hasta su mis

mo trono, nos estáis manifestando el lugar

que tenéis preparado á las ovejas, que os

siguen fie les en este mundo: haced que no

nos estravíemos del camino que debe con

ducirnos al real Palacio en que reynais, en

donde tomando posesión del asiento, qué

se nos señale según nuestros méritos, v i

vamos eterna y felizmente en vuestra ama

ble compañía. Amen.

Se reza un P adre nuestro', cinco A ve

M arías,y un Gloria P atri.



D I Á T R E I N T A Y U N O .

Tabernac ulum vero facies::'. et-operi-

mentum aliudfecto de pellibus arie-

:

ium rubricatis. E X O D . C. 2 Ó . V . I . 1 4 .

Y harás el tabernáculo::: y-lo cubrirás

de pieles-de carneros alm agradas. .

3En esté día se nos .manifiesta el cuitó, y

veneración que las ovejas deben tributar á

su Pastora, sobré Jo cual,

Considera lo primero, como queriendo

Dios dar á su pueblo un signó de su pro

tección , y am paro, en que reposase la

plenitud de la Divinidad , y fuese como la

imagen sensible que reuniese todo su culto,

mandó fabricar una preciosa arca, y un ta

bernáculo en que colocarla, qué por todas

sus,circunstancias fué el símbolo mas espreso

de,

nuestra Divina Pastora. Mandó reunir

para su estructura, su adorno^ y su defen

sa, lo mas precioso de maderas, de telas, y

devrnetales,, y juntarlo todo con lo despre

ciable de las pieles de carneros. No puede



D I A T R E I N T A Y U N O . 349

darse uria significación mas clara de nuestra

Divina Pastora. Ella es, en realidad, y no

en figura, la preciosa Arca del Testamento

fabricada por la mano del Dios vivo, en la

cual depositó, no los símbolos de la Divi

nidad; sirio á la Divinidad misma, tan real

y

verdaderamente como fué desde

a h ¿eter

no

, en donde el Verbo Eterno se vistió de

las groseras pieles de la naturaleza humana.

Ella

se

vé cubierta de las preciosas telas de

grana, de púrpura, y;de jacinto, como se

vé en.la túnica,'el manto, y demás qué a-

dornan su virginal cuerpo, y lo hermosean,

al tiempo que lo hacen respetable: y porque

siendo Pastora, debe andar por los campos

haciendo guia á sus rebaños, así cómo el

Arca del Testamento dirigió por mucho tiem

po al Pueblo de Israel por los valles, y de

siertos; por esta razón sé cubre con las pie

les mismas que cubrían á la que fué su figu

ra, para estar defendida de las aguas, el ca

lor, los¡aires é intemperies. Considera ade

más , como para defensa de aquella Arca

misteriosa, y para que se adorase por el

pueblo en un modo respetuoso, se mandó

edificar el tabernáculo de tablones de ma

dera fina y escogida, colocados con orden,

y hermosa simetría, en términos que cubriese



3 jT

.O P Í A T R E I N T A Y U N O .

al Área por la espalda y los costados; asi

mismo que de sus columnas pendiesen finas

y preciosas colgaduras, y del techo colgase

por medio de sortijas, el velo formado de

telas estimables. Todo muy conforme á los

Tabernáculos

y

Altares que, llegado el tiem

po de la ley de gracia, debían erigirse para

colocar esta Arca Santa en toda su propie

dad, y en clase de Pastora cubierta de pie

les , y telas ricas, recibir nuestros cultos y

adoraciones, y ser como el punto de reunión

adonde acudan sus ovejas á honrarla, pre

sentarla sus súplicas, hacerla ver sus nece

sidades, defenderse de los

enemigos,

que cual

Lobos carniceros las rodean dia y noche,

mitigar la ira de Dios justamente irritada

por sus ingratitudes, y atraer sobre sí mis

mas las bendiciones del cielo. Con este fin,

y á semejanza de lo mandado por Dios á

su Pueblo, se erijen para resguardo de esta

verdadera Arca de la alianza, los taber

náculos, y retablos hermoseados con arte y

con estudio, y se cubre con las colgaduras

y el velo que cuelgan del techo de su ha

bitación santa: en donde igualmente se es

mera la piedad, para que todo sea con el

decoro debido á tan gran Pastora.

. A F E C T O S . Fieles ovejas de M aría, yá.



D IA T R E I N T A Y U N O .

3

I

podéis enfervorizar vuestras almas, para tri

butar á vuestra Pastora el culto que la es

debido. En el cielo en cuerpo y alma, y en

la tierra significada en su peregrina imagen

de Pastora, es después de su Divino Hijo

el objeto de vuestro amor, y el término de

vuestros homenages. Ella está en medio de

vosotras para ser _ Vuestro refugio, vuestra

fortaleza, y vuestro consuelo. Consagradla

vuestros cánticos: dirigidla vuestros cordia

les afectos : dedicaros sin reserva á su ob

sequio: amadla, si fuera posible, cuanto ella

os ama: y anunciad átodo el Universo este

tesoro de gracia y de bendiciones. ¡Ovejas

descarriadas no temáis acercaros al trono

de esta amable Pastora: venid á su templo,

santificado con su maternal presencia: ella

es la que mas se, compadece de vuestra tris-

te situación: por vosotras, y por vuestra sa

lud ¿

decretó el Señor enviarla en clase de

Pastora: venid ante su Imagen: sus ojos vén

vuestras necesidades, sus oidos oyen vuestras

súplicas, y su corazón se llena de contento al

veros retroceder de los caminos de perdición:

ella os reconciliará con su Hijo, abriendo

por medio de sus Ministros los tesoros de su

sangre, con la cual, rociadas vuestras almas,

serán limpias de las horruras del pecado.



$fi D ÍA T R E I N T A Y U N O .

i. S í: yo os alabaré y bendeciré con toda

sumisión y respeto ¡oh Pastora Divina Yo

me uniré á esta porción de almas fieles, en

cuyos corazones arde el zelo por vuestro cul

to y adoración. Todos juntos cercaremos

vuestro Tabernáculo, considerando en él, y

en vuestra Imagen de Pastora, el gran pro

digio de vuestro amor, de Jas misericordias

de Dios , y de nuestra protección. Para es

to estaré siempre unido á estagrey,en cu

ya compañía-, después de tributaros los de

bidos homenages, y agradecer vuestros favo

res, procuraré reparar con mis lágrimas la

indiferencia, el olvido, y la ingratitud de

los hombres, no solo porque no os tribu

tan el debido culto; sino mas bien, por la

profanación y sacrilegios con que os ofen

den en vuestro Santo Tem plo. Yo me haré

modelo de veneración, y respeto, poniendo

toda mi gloria en adoraros

éñ

vuestra

I m a

gen

,

y ante ella invocar vuestra protección.

Postrado en vuestra presencia, solo me ocu

paré en consagraros todo mi interior, y es-

terior, las operaciones de mi entendimien

to , y los afectos de mi corazón y de mi

alma.

Considera lo segundo, cuan admirables

y estupendas son todas las obras del Ahí-



D ÍA T R E I N T A Y U N O . Zf$

simo, así en el orden de la naturaleza, como

en el de la gracia, y cómo esceden infi

nitamente la capacidad del hombre. Al ver

la formación del Universo, y de los seres

que lo ocupan, al considerar la sublimidad

de los decretos divinos, y la suave fuer

za en ejecutarlos para la institución de la

Iglesia , hecha yá la redención del hom

bre, no puede menos nuestro entendimien

to de abatirse hasta el polv o, y cerrar sus

ojos para no ser deslumhrados con tanta ma-

gestad. Mas entre todas estas obras del A l

tísimo dispuestas desde la eternidad, y eje

cutadas en tiempo por una sucesión sabia

de acontecimientos, debemos contar por una

de las mas admirables, la institución de la

Madre de Dios por Pastora de la grey re

dimida con la sangre del Cordero, y la

erección de sus Imágenes en la caritativa

y amorosa significación de sustentar, cus-*

todiar, y proteger á las ovejas, por quie

nes el buen Pastor dio su alma, su sangre, y

su vida.

La Iglesia católica, columna y firm a

mento de la verdad, aprobó con su permi->

sion la piedad con que la Madre de Dios

era venerada en la Imagen de Pastora, des

de el tiempo en que salió á luz este amo^

2 3



3 £4

D I A

T R E IN T A Y U N O .

roso título: y después, por especial decre

to ,

ordenó el culto que se la debía con el

oficio y misa de Madre del buen Pastor, con

que se la honra en todo el orden de Capu

chinos, como especial protectora de sus Mi

siones. Yá con esto, las ovejas del rebaño

de Jesucristo tienen un signo esterior co

mo punto de reunión para ellas, adonde d e

ben acudir para rendir sus cultos y home-

nages religiosos, é implorar la divina mise

ricordia por la mediación de tan caritativa

Pastora. Pondera ¡alma mía que aunque

Dios exige toda nuestra adoración en espí

ritu, y en verdad, por su ser infinito, por

su magestad, y su gloria sin término; y aun

que sea lícito, honesto, y religioso, el in

vocar á los santos y amigos de Dios, y ve

nerarlos á ellos y á sus imágenes con un cul

to respectivo, hay entre éstos dos géneros

de culto, uno que especialmente debemos

tributar á la Divina Pastora, ó Madre del

buen Pastor, por reconocer en ella una c o

municación especial de las perfecciones di

vinas, que escede á la de los Santos, y se

queda un punto inferior á lo infinito. Y para

que en esto, alma mia, no padezcas equivo

cación, advierte que si invocamos á los San

tos que reinan con Jesucristo en el cielo, por



D Í A T R E I N T A Y U N O .

3

medio de sus Imágenes que nos los repre

sentan en la tierra, es en razón de interce

sores, por cuyo medio esperamos conseguir

de Dios la gracia, y aun los bienes de o r

den inferior: y si adoramos la Divinidad,

aniquilándonos en su presencia hasta el abis

mo de nuestra nada, por reconocer la supre

ma é infinita magestad, soberanía, é impe

rio en los cielos y en la tierra; en nuestra

Pastora hay una especial dignidad, que re

side en su maternidad divina, la cual exige

uno como honor medio entre Dios y los

Santos, y con la que resplandece en térmi

nos, que después de Dios no se halla otra se

mejante. Es tanta su perfección, que solo

Dios puede conocerla ( i ) . No pudo Dios,

dice Santo Tomás, formar una Madre mas

digna que María; y así es, que aquellas al

mas que en clase y semejanza de ovejas del

buen Pastor, adoran y reverencian á su Ma

dre, y sus Imágenes, cumplen con un deber

impuesto por éste su Divino Hijo, zeloso

siempre del honor de su Madre.

A F E C T O S . Yo no cesaré yá un instan

te de tributar el debido culto á mi Madre

Pastora: le ofreceré todos mis homenages,

( i ) S . B e r n a r d . S e r r a , «¡i. a. 3 . c . 1.



3? 6 D ÍA T R E I N T A Y U N O .

no solamente en el retiro de mi oración, si

no en todo tiempo y lugar. Fundaré mi g lo

ria en declararme adorador de tan santa M a

dre, hasta que todo el mundo sea testigo de

mi zelo, y mi fervor, para estender su culto,

y aumentar el número de las ovejas que la

obsequien y la sirvan: y. reunido yo con es

tas almas santas, que la reconocen por su

Pastora, la tributaremos todo honor, gloria,

y bendición: celebraremos sus beneficios, y

cantaremos sus alabanzas. Sí, Divina Pas

tora , en el templo mismo en que os adora

mos, contemplaremos la altura á que os en

salzó el Omnipotente. Nuestro corazón se lle

nará de alegría en el lugar mismo en que

establecéis el imperio de vuestra protección

en vuestra Imagen de Pastora. Allí mirare

mos á una Madre, ocupada de continuo en

aliviar nuestros males. Cuanto mas pobres

seamos los que nos postramos ante vuestro

trono, tanto seremos mas enriquecidos de

vuestras gracias: cuanto mas despreciados,

seremos mas amados de Vos : cuanto mas

perseguidos, seremos mas protegidos, y tan

to mas os comunicaréis á vuestros siervos,

cuanto nosotros seamos mas fiele s en hon

raros.

La impiedad se armará contra el fiel re -



D IA T R E IN T A Y U N O .

3J7

baño de María en el esceso de su ceguedad

y endurecimiento; pues como se reservó pa

ra nuestro

siglo el

proferir

en

público la blas

femia horrible, que antes solo pronunciaba el

insensato en lo escondido de su corazón (

i ) ,

de negar la existencia de Dios; se arrojará

mucho mejor á negar á nuestra Pastora el cul

to, y adoración, que como á Madre suya la

es debido: querrán destruir el imperio que

ejerce en los cielos y en la tierra, levantando

el estandarte de la incredulidad para seducir

á los simples. No cesará su furor hasta abo

lir el culto, y hacer que se olviden los pro

digios de la redención, y se desfiguren las

obras de su sabiduría y misericordia. ¿Y cuál

será, ovejas de María, vuestro apoyo para

no ceder á este torrente de impiedad que por

todas partes nos circunda? V os, sin duda a l

guna, ¡ó Pastora divina Vos que los cono

céis,

y estáis viendo su malicia desde el al

to cielo en que habitáis: Vos los confundi

réis , é inutilizareis los planes diabólicos de

lineados en sus juntas infernales, en que se

agitan por destruir vuestro culto. Mas co

mo vuestro amable corazón se compadece del

estravío de estas ovejas indóciles, por ingra-

( i ) P s . 13. v . 1 .



3? 8 D ÍA T R E I N T A y U N O .

tas que ellas sean, seguidlas desde lejos: l la

madlas ; y acaso ellas oyendo vuestra voz,

cediendo á sus propios remordimientos, ó

convencidos de su error, os darán el con

suelo de que las veáis volver á Vos pesaro

sas de sus yerros, y resueltas á serviros y

honraros.

O R A CIÓ N . Vos sois Pastora Divina,

por cuyo medio, como por un aqüeducto ce

lestial , vienen á nosotros todos los dones tem

porales y espirituales: por lo tanto, yo

la

menor, y mas favorecida de vuestras ovejas,

me postro ante vuestro trono de m agestad, y

en unión de los espíritus angélicos que lo cer

can, adoro, y reverencio vuestra admirable

escelencia, y dignidad, elevada sobre todo lo

que

no

es Dios: os doy gracias por la protec

ción queme dispensáis, y todo me consagro

por vuestro siervo. Fijando mis ojos en ese

Tabernáculo

en

que os ostentáis Pastora vi

gilante de la grey de vuestro Hijo, deposi

to en Vos mi confianza, y espero de vues

tras hermosas manos cuanto me sea necesa

rio para vivir en el mundo fie l á los precep

tos de Dios,y alcanzar la vida eterna. Amen.



F I N .



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Q I N D U L G E N C I A S . Q

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l a I g l e s i a e n E s p a ñ a , c o n c e d e n £S

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^ l a s p e r s o n a s q u e l e y e r e n c a d a u n a x

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x >;

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ú O r a c i o n e s q u e c o m p o n e n l o s e - £S

^ j e r c i c i o s c o n t e n i d o s e n e s t e l i b r o .

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3 »

I N D I C E

de las materias contenidas en

JL/

iscursopreliminar

de la Obra.-. .

Id. sobre el título de P astora.

P rincipio, y progresos que tuvo, y tie

ne el culto de M aría Santísim a con

la advocación de P astora........

Di a i ?

Jesucristo -Pastor bueno; y su

M adre compañera y coadjutora suya

y. p ara cu id ar d e su reb an o.-. . . . . .

Dia 2° Cuándo se dio ó M aría Santí

sima él oficio, y título de P astora.

Dia 3?

El am or de Jesús á los hom

bres , dándoles á su M adre porP as-

"' .tora. \ . . . . . . . . .

Dia 4° La humildad de M aría San

tísim a en recibir el oficio de P asto-

*9

2

7

A S

SS

l ibro.

Páginas.

6 ;



3Ó2

ra de los hombres j$

D i a 5 ? El honor que recibió M aría

Santísima con el oficio de P astora,

en recompensa de su humildad.... 8 jr

D i a 6 ? La gloria que resulta á Ma

ría Santísima con el oficio de Vas-

tora.

9 5

D i a 7 ? P or el oficio de P astora es

elevada M aría Santísima á ser 4e

la familia de la Santísima Trini

dad. . . . . . . . . . . . . . . . . . . xpjr

D i á 8 ? La potestad que recibió Ma

ría Santísima con el oficio de P as

tora . . . . . . 1 1 5

D i a 9 ?

El imperio que ejerce la Di- _

vina P astora sobre su místico re-

laño. . . ... . . . . . . . . . 1 2)?

D i a 1 0 .

M aría Santísima, P astor a,que

engendró al Cordero de Dios.

. . . . . 1 3 $

D i a 1 1 . María Santísima fué P asto

ra que crió, sustentó,y defendió al



3 6 3

Cordero de Dios

1 4 4

D i a 1 2 . El am or pastoral que la Di

vina P astora tiene á sus ovejas. . . 1 5 3

Dia 1 3 .

La utilidad que resulta á las

ovejas de M aría, teniendo por P as

tora á esta M adre de D ios. . . . . 1 6 3

Dia

1 4 . Solicitud con que la Divina

P astora custodia su rebano...... 1 7 3

Dia 1 5 .

Solicitud pastoral de M aría

Santísim a con los afligidos 1 8 3

Dia 1 6 . Solicitud pastoral de María

con los enfermos. 1 9 3

Dia 1 7 . Solicitud pastoral de María

Santísim a con sus ovejas, en la hora

de la muerte. 2 0 3

Dia

1 8 . Solicitud pastoral de María

Santísim a, en el juicio particular de

sus ovejas. . 2 1 3

Dia 1 9 .

Solicitud pastoral de Ma ría

Santísim a con sus ovejas, en el jui

cio universal. . . 2 2 3



364

Dia 20.

Solicitud pastoral de Ma ria

Santísim a con sus ovejas, en el P ur

gatorio 2 3 j

Dia 2 1 .

Cuánto importa á las ovejas

de M aría Santísim a, el perm anecer

; quietas y pacíficas en su rebaño. . . 2 4 3

Dia 2 2 . A cuántos males se esponen

•las ovejas, que se salen del redil, y

custodia de su Pastora.

2 ^ 4

Dia 2 3 . La Divina P astor a vá delan

te de sus ovejas guiándolas con su

ejemplo. 2 6 4

Dia 2 4 . Las ovejas deben oir, y obe

decer la voz de su Pastora 2 7 ^

Dia 2y. Estorbos que .im piden á las

ovejas el oir la voz de su P astora. 2 8 y

Dia 2 6 . Cóm o se conocen las verdade

ras ovejas de María.. . . . . . . 295

Dia 2 7 . El sello con que la Divina

P astora sella á sus ovejas, es un sig-

; no de predestinación. 3 0 5



3

6

*

Dia 2 8 . Los pastos con que la Divina

P astora alim enta á sus ovejas. . . . 3 1 6

D i a 2 9 . M aría Santísim a es P astora

de los Infieles 3 2 6

D i a 3 0 . La corona con que la Divina

P astora fué coronada por su Esposo

el buen Pastor 3 3 7

D i a 3 1 . El culto que las ovejas deben

tributar á su Divina P astora M aría

Santísima 3 4 8

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