Lagoa do Vigário

2
A PAISAGEM COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DA FAIXA MARGINAL DE PROTEÇÃO DA LAGOA DO VIGÁRIO - CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ Leidiana Alonso Alves, Daniele Tavares Ribeiro, Amanda Melo da Silva, Dayana Rodrigues Coutinho Vilaça, Ricardo Pacheco Terra, José Maria Ribeiro Miro Ciências Exatas e da Terra / Geociências / Geociências SÍNTESE Este trabalho teve como objetivo a avaliação paisagística da apropriação desordenada do espaço ao longo dos séculos XX e XXI, visando dessa maneira retratar o aumento da degradação do ambiente lagunar. INTRODUÇÃO Este trabalho está inserido num projeto maior intitulado “O novo mapa da ecorregião de São Thomé: Lagoas” desenvolvido no Sala Verde Campos/IFF. A área de estudo localiza-se no município de Campos dos Goytacazes/RJ, no baixo curso do rio Paraíba do Sul. Ela é considerada um corpo hídrico urbano, sua formação geológica e geomorfológica está associada ao antigo talvegue abandonado do rio. Tendo como pressuposto que o uso inadequado da faixa marginal de proteção pode causar inúmeros impactos ambientais com prejuízo às questões sociais e econômicas tais como: assoreamento, problemas de saúde pública, mortandade de peixes e eutrofização. Por esses motivos, este trabalho tem como objetivo a avaliação paisagística da apropriação desordenada do espaço ao longo do tempo histórico, visando dessa maneira retratar o aumento da degradação do ambiente lagunar. MÉTODOS O método Campo Paisagem utiliza a premissa de que a paisagem enquanto recorte espacial é portador de signos, que transmitem mensagens intencionais, geralmente fáceis de serem decifradas. Nesse sentido, o trabalho utilizou imagens de satélites do Google Earth e de fotos antigas do espelho d’água da lagoa do Vigário, onde foi possível avaliar a ocupação desordenada nas suas margens no decorrer do século XX e início do século XXI. Além disso, fotos tiradas in loco possibilitaram a análise do estado atual de conservação de suas margens. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Transcript of Lagoa do Vigário

Page 1: Lagoa do Vigário

A PAISAGEM COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DA FAIXA MARGINAL DE PROTEÇÃO DA LAGOA DO VIGÁRIO - CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ

Leidiana Alonso Alves, Daniele Tavares Ribeiro, Amanda Melo da Silva, Dayana Rodrigues Coutinho Vilaça, Ricardo Pacheco Terra, José Maria Ribeiro Miro

Ciências Exatas e da Terra / Geociências / Geociências

SÍNTESE

Este trabalho teve como objetivo a avaliação paisagística da apropriação desordenada do espaço ao longo dos séculos XX e XXI, visando dessa maneira retratar o aumento da degradação do ambiente lagunar.

INTRODUÇÃO

Este trabalho está inserido num projeto maior intitulado “O novo mapa da ecorregião de São Thomé: Lagoas” desenvolvido no Sala Verde Campos/IFF. A área de estudo localiza-se no município de Campos dos Goytacazes/RJ, no baixo curso do rio Paraíba do Sul. Ela é considerada um corpo hídrico urbano, sua formação geológica e geomorfológica está associada ao antigo talvegue abandonado do rio.

Tendo como pressuposto que o uso inadequado da faixa marginal de proteção pode causar inúmeros impactos ambientais com prejuízo às questões sociais e econômicas tais como: assoreamento, problemas de saúde pública, mortandade de peixes e eutrofização. Por esses motivos, este trabalho tem como objetivo a avaliação paisagística da apropriação desordenada do espaço ao longo do tempo histórico, visando dessa maneira retratar o aumento da degradação do ambiente lagunar.

MÉTODOS

O método Campo Paisagem utiliza a premissa de que a paisagem enquanto recorte espacial é portador de signos, que transmitem mensagens intencionais, geralmente fáceis de serem decifradas. Nesse sentido, o trabalho utilizou imagens de satélites do Google Earth e de fotos antigas do espelho d’água da lagoa do Vigário, onde foi possível avaliar a ocupação desordenada nas suas margens no decorrer do século XX e início do século XXI. Além disso, fotos tiradas in loco possibilitaram a análise do estado atual de conservação de suas margens.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir de imagens do final do século XX e atuais, percebe-se o aumento gradativo da ocupação das margens da lagoa, desenvolvimento de infra-estruturas urbanas, diminuição da mata ciliar, expansão de loteamentos, seccionamento e redução do seu espelho d’água. Deste modo, o ambiente estudado expressa as marcas de seu uso histórico.

CONCLUSÃO

Destaca-se através da análise das imagens e mapas o aumento gradativo da ocupação e consequentemente a redução do espelho d’água da lagoa do Vigário, bem como, outros impactos antrópicos, tais como: poluição das águas e das margens e aumento das macrófitas aquáticas. Considerando os impactos listados o planejamento urbano ao longo das décadas foi inadequado, sendo importante mobilizar a comunidade local para a melhor gestão desse espaço.