LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL: CENTRO ESTADUAL...
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ
LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – CEEP
CASCAVEL – PR
2018
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ
LAIZE KARINE VOLSKI
LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – CEEP
Trabalho apresentado para Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Avaliações e Pericias do Centro Universitário FAG.
CASCAVEL – PR
2018
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................... 5
2.1 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................. 5
2.2 Realização do Laudo: ......................................................................... 5
2.3 Data da Vistoria ................................................................................... 5
2.4 Objeto da Inspeção: ............................................................................ 5
2.5 Ficha Técnica da Edificação .............................................................. 6
3. METODOLOGIA .......................................................................................... 7
3.1 Critério Utilizado.................................................................................. 7
3.2 Nível da Inspeção ................................................................................ 7
3.3 Classificação das anomalias e falhas ............................................... 8
3.3.1 Anomalia ....................................................................................... 8
3.3.2 Falha .............................................................................................. 8
3.4 Grau de Risco: ..................................................................................... 9
3.5 Documentação Analisada ................................................................. 10
4. SISTEMAS CONSTRUTIVOS ANALISADOS .......................................... 10
5. CLASSIFICAÇÃO E ANALISE DAS ANOMALIAS E FALHAS QUANTO
AO GRAU DE RISCO ...................................................................................... 11
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LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – PITANGA – PR
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo o diagnóstico geral de patologias encontradas no conjunto de prédios que compõe o Centro Estadual de Educação Profissional – CEEP do município de Pitanga-PR, edificados em alvenaria, concreto armado e concreto protendido. O trabalho foi elaborado buscando esclarecer as questões relativos ao aspecto técnicos de Engenharia, em decorrência da solicitação da direção e do núcleo regional de educação. A metodologia aplicada para elaboração deste laudo baseia-se na Norma Brasileira para Pericias de Engenharia e Construção Civil – NBR 13752 e da Norma de Inspeção Predial Nacional – IBAPE Nacional e da Norma de Manutenção de Edificações – NBR 5674.
1. INTRODUÇÃO
O presente Laudo Técnico de Inspeção foi solicitada pela direção do
Centro Estadual de Educação Profissional através do Núcleo Regional de
Educação – Pitanga - PR e tem o seu conteúdo baseado na Norma de Inspeção
Predial 2012 do IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Pericias de
Engenharia – Entidade Nacional) e da Norma de Manutenção de Edificações
NBR 5674, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que dispõe
sobre as regras gerais e especificas a serem obedecidas na manutenção e
conservação das edificações.
O Laudo Técnico caracteriza-se pela Inspeção Predial, tendo como foco
central o diagnostico geral sobre as patologias identificadas no imóvel que abriga
o Centro Estadual de Educação Profissional, sendo assim serão apontadas
anomalias construtivas e falhas decorrentes da falta de manutenção, frente ao
desempenho dos sistemas construtivos no que tange os elementos estruturais,
as alvenarias de vedações, as instalações elétricas, as hidráulicas de
esgotamento sanitário, além de combate a incêndio, exceto fundações da
construção.
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2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2.1 IDENTIFICAÇÃO
Edificação: Conjunto de Prédios que compõe o Centro Estadual de
Educação Profissional
Endereço: Rua Francisco Berardi , 1910 – Jardim Dona Maria –
Pitanga – PR
Foto 1: Vista aérea do conjunto de prédios que compõe o Centro Estadual de
Educação Profissional – CEEP – PITANGA.
Fonte: Autora (2018)
2.2 Realização do Laudo:
Entidade: Escritório de Avaliações e Pericias
Responsável Técnico: Engª Civil Laize Karine Volski – CREA/PR:
160.606
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – CREA/PR: 00.000
2.3 Data da Vistoria
A vistoria foi realizada nas dependências do prédio no dia 06 de
setembro de 2018 pela parte da tarde.
2.4 Objeto da Inspeção:
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O conjunto de prédios que abriga o Centro Estadual de
Educação Profissional teve início a construção dos prédios no ano de
2011 e sua conclusão no ano de 2013 aproximadamente. É um prédio
constituído de 4 blocos principais sendo: Bloco 1 com Administração
e Salas de Aula, Bloco 2 de cantina e serviços gerais, Bloco 3 com
Quadra Coberta e Ginásio Poliesportivo e Bloco 4 de Laboratórios
Específicos.
A edificação possui uma área construída de aproximadamente
6200m², que se encontra assentada em um terreno de
aproximadamente 12000m², apresentando as seguintes
características construtivas: estrutura de concreto armado, elevações
de paredes em alvenaria, estrutura metálica, laje protendida, piso
cerâmico nas áreas internas, cobertura metálica platibanda com
acabamento de forro tipo laje e laje protendida, esquadrias metálicas,
pavimentação externas e áreas comuns em piso tipo paver.
Foto 2: Vista Frontal do Centro Estadual de Educação Profissional – CEEP –
PITANGA.
Fonte: Autora (2018)
2.5 Ficha Técnica da Edificação
• Nome: Centro Estadual de Educação Profissional
• Endereço: Rua Franscico Berardi, S/N – Jardim Dona Maria –
Pitanga – PR.
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• Capacidade: 1000 pessoas.
• Proprietário: Governo do Estado do Paraná
3. METODOLOGIA
3.1 Critério Utilizado
A inspeção predial está baseada no “check-up” da edificação, que
tem como resultado a análise técnica do fato ou da condição relativa à
habitabilidade, mediante a verificação “in loco” de cada sistema
construtivo, estando a mesma voltada para o enfoque da segurança e da
manutenção predial, de acordo com as diretrizes da Norma de Inspeção
Predial do IBAPE – 2012 e da Norma de Manutenção em Edificações -
NBR 5674, da ABNT.
A inspeção procede ao diagnóstico das anomalias construtivas e
falhas de manutenção que interferem e prejudicam o estado de utilização
do prédio e suas instalações, tendo como objetivo verificar os aspectos
de desempenho, vida útil, utilização e segurança que tenham interface
direta com os usuários.
Nota: Não foram realizados testes, medições ou ensaios por ocasião
das vistorias, consoante o nível de inspeção estabelecido como escopo
para este trabalho.
3.2 Nível da Inspeção
Esta inspeção é classificada como “Inspeção de Nível 1”,
representada por análise expedita dos fatos e sistemas construtivos
vistoriados, com a identificação de suas anomalias e falhas aparentes.
Caracteriza-se pela verificação isolada ou combinada das condições
técnicas de uso e de manutenção do sistema da edificação, de acordo
com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE, respeitado o nível de
inspeção adotado, com a classificação das deficiências encontradas
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quanto ao grau de risco que representa em relação à segurança dos
usuários, à habitabilidade e à conservação do patrimônio edificado.
3.3 Classificação das anomalias e falhas
Segundo a Norma de Inspeção Predial do IBAPE as anomalias e
falhas constituem não conformidades que impactam na perda precoce de
desempenho real ou futuro dos elementos e sistemas construtivos, e
redução de sua vida útil projetada. Podem comprometer, portanto:
segurança; funcionalidade; operacionalidade; saúde de usuários; conforto
térmico, acústico e lumínico; acessibilidade, durabilidade, vida útil, dentre
outros parâmetros de desempenho definidos na ABNT NBR 15575. As
não conformidades podem estar relacionadas a desvios técnicos e de
qualidade da construção e/ou manutenção da edificação. Podem, ainda,
não atender aos parâmetros de conformidade previstos para os sistemas
construtivos e equipamentos instalados, tais como: dados e
recomendações dos fabricantes, manuais técnicos em geral, projetos e
memoriais descritivos, normas, etc.
3.3.1 Anomalia
As anomalias podem ser classificadas em:
Endógena: Originaria da própria edificação (projeto, materiais
e execução).
Exógena: Originaria de fatores externos a edificação,
provocados por terceiros.
Natural: Originaria de fenômenos da natureza.
Funcional: Originaria da degradação de sistemas construtivos
pelo envelhecimento natural e, consequente, término da vida
útil.
3.3.2 Falha
As falhas podem ser classificadas em:
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De Planejamento: Decorrentes de falhas de procedimentos e
especificações inadequados do plano de manutenção, sem
aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de
exposição ambiental e, principalmente, de confiabilidade e
disponibilidade das instalações, consoante a estratégia de
Manutenção: Além dos aspectos de concepção do plano, há
falhas relacionadas às periodicidades de execução.
De Execução: Associada à manutenção proveniente de falhas
causadas pela execução inadequada de procedimentos e
atividades do plano de manutenção, incluindo o uso
inadequado dos materiais.
Operacionais: Relativas aos procedimentos inadequados de
registros, controles, rondas e demais atividades pertinentes.
Gerenciais: Decorrentes da falta de controle de qualidade dos
serviços de manutenção, bem como da falta de
acompanhamento de custos da mesma.
3.4 Grau de Risco:
Conforme a referida Norma de Inspeção Predial do IBAPE, as
anomalias e falhas são classificadas em três diferentes graus de
recuperação, considerando o impacto do risco oferecido aos usuários, ao
meio ambiente e ao patrimônio.
• Grau de risco crítico – impacto irrecuperável – é aquele que
provoca danos contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente,
com perda excessiva de desempenho e funcionalidade, causando
possíveis paralisações, aumento excessivo de custo, comprometimento
sensível de vida útil e desvalorização imobiliária acentuada.
• Grau de risco médio – impacto parcialmente recuperável – é
aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da
edificação, sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração
precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.
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• Grau de risco mínimo – impacto recuperável – é aquele causado
por pequenas perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente
quanto à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência
ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos relativos aos impactos
irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.
3.5 Documentação Analisada
A documentação analisada foram os projetos arquitetônicos e a
matricula do imóvel.
4. SISTEMAS CONSTRUTIVOS ANALISADOS
Os seguintes sistemas construtivos do CEEP foram inspecionados
em seus elementos aparentes, considerando a documentação fornecida:
• Estruturas de Concreto Armado: Pilares, Lajes e Vigas;
• Vedação e Alvenarias – Revestimentos e Fachadas;
• Instalações Elétricas – Entrada de Energia, Subestação, Refletores
de Iluminação
• Instalações Hidrossanitárias – Reservatórios, Sanitários e Redes
de Esgoto;
• Cobertura e Impermeabilização;
• Combate de Incêndio – PPCI - Plano de Prevenção e Combate
contra Incêndio.
Os sistemas são relatados genericamente, seguindo-se a descrição e
localização das anomalias e falhas detectadas, com a classificação do
grau de risco atribuído a cada sistema: Grau Crítico (C), Grau Regular
(R) ou Grau Mínimo (M), excluída a criticidade das obras em
andamento e/ou paralisadas.
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5. CLASSIFICAÇÃO E ANALISE DAS ANOMALIAS E FALHAS QUANTO
AO GRAU DE RISCO
CENTRAL DE GÁS
PATOLOGIA Degradação da alvenaria
CLASSIFICAÇÃO Falha: Execução
GRAU DE RISCO Minimo – Impacto Recuperável
COBERTURAS
PATOLOGIA Cobertura com infiltração na laje impermeabilizada.
CLASSIFICAÇÃO Falha: Execução
GRAU DE RISCO Médio – Impacto parcialmente recuperavel
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ALVENARIAS
PATOLOGIA Fissuras e trincas na alvenaria
decorrentes de umidade e
movimentação da estrutura.
CLASSIFICAÇÃO Anomalia Endógena e de Execução
GRAU DE RISCO Médio – Parcialmente recuperável
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ALVENARIAS
PATOLOGIA Degradação do revestimento pela
presença de umidade na alvenaria.
CLASSIFICAÇÃO Anomalia Exógena e de Execução
GRAU DE RISCO Médio – Minimo – Impacto Recuperável
PISOS
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PATOLOGIA Degradação dos pisos internos e externos
CLASSIFICAÇÃO Falha: Execução
GRAU DE RISCO Médio – Impacto parcialmente recuperavel
6. CONCLUSÃO
Diante das não conformidades técnicas construtivas e pela falta de desempenho
dos sitemas vstoriados no conjunto de predios do Centro Estadual de Educação
Profissional, frente as condiçoes de falta de manutenções, que acarretam deterioração
da edificação, classificamos a edificação, em uma maneira global, como GRAU DE
RISCO BAIXO, tendo em vista a recuperação das patologias apresentadas no laudo
de inspeção.
7. TERMO DE ENCERRAMENTO
Este laudo de inspeção Predial do Centro Estadual de Educação Profissional
composto por quatorze paginas impressas e numeradas, foi elaborada pela
Engenheira Civil Laize Karine Volski.
Cascavel, 07 de setembro de 2018.
LAIZE KARINE VOLSKI
ENG. CIVIL – CREA PR 160606/D