LDOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL … · aprendizagem, tornando o tempo acadêmico...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Crianças com TDAH Por: Vânia Santamarinha Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Crianças com TDAH

Por: Vânia Santamarinha

Prof. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2015

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Crianças com TDAH

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Educação Especial e Inclusiva.

Por: Vânia Santamarinha

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por todas as oportunidades da minha vida. Aos meus pais

Francisco Orlando ( eternamente em meu coração) e Maria Izabel, com

profunda gratidão.

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DEDICATÓRIA

A meu marido Manuel que sempre me incentivou com amor e

compreensão. A Débora, Daniel e Davi, grandes alegrias da minha vida.

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RESUMO

A presente monografia tem como objetivo esclarecer e divulgar um dos

temas mais discutidos em palestras médicas e educacionais, O TDAH (

Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade).

Abordar mais sobre o TDAH para os profissionais de educação, áreas

afins, pais, alunos e familiares no intuito de amenizar o baixo desempenho

acadêmico e os altos índices de abandono escolar, dessas crianças, pois

além de terem maiores chances de serem repreendidas e castigadas podem

ter outros problemas associados que vão dificultar na leitura, na escrita, na

comunicação e no relacionamento com os outros. Nesse sentido, descrições

sobre o que caracteriza o transtorno, seu percurso histórico, diagnóstico e

tratamento são descritos nesse trabalho.

O TDAH nunca aparece sozinho, sempre há uma co-morbidade junto,

causando uma maior dificuldade para o aluno portador deste transtorno. E é a

partir da necessidade do educando que o psicopedagogo irá auxilia-lo a

mantes uma atenção voltada para o ensino e diminuir os altos índices de

reprovação causados por este transtorno.

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METODOLOGIA

O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade) é um

transtorno que dificulta o foco, a atenção e causa a impulsividade, sendo mais

encontrado em crianças. Este tipo de transtorno pode ser observado no início

da fase escolar, onde a criança não consegue realizar por completo suas

atividades.

O afeto é peça fundamental para um melhor desenvolvimento de

crianças com TDAH. A relação família/escola, faz com que o quadro clínico

possa ser acompanhado de maneira benéfica e eficaz.

Sendo assim, esta Monografia pretende responder, como anda a

identidade das crianças com TDAH, por que recebem estereótipos/rótulos, e

como isso afeta sua vida escolar.

Uma criança portadora de TDAH possui baixa auto-estima devido aos

rótulos que recebe de seus pais, familiares e professores, que por vezes não

sabem que este aluno desatento e bagunceiro, tem esse comportamento

devido ao transtorno.

É muito fácil rotular essas crianças, sem parar para dar a atenção

necessária que elas precisam.

Por essas atitudes equivocadas de pessoas que cercam a criança,

dizendo por vezes que ela não terá sucesso na vida, faz com que seu

rendimento escolar venha a declinar. E é a partir daí que pais e professores

devem trabalhar em equipe procurando o tratamento adequado para a

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criança; nunca esquecendo que a relação de afetividade e amorosidade é

peça fundamental para que haja um desenvolvimento eficaz e satisfatório.

Infelizmente muitos pais não aceitam o diagnóstico de TDAH, é difícil

para eles aceitar que seu filho possui algum transtorno. Isso atrasa e dificulta

uma avaliação adequada.

É fundamental que exista uma relação de confiança entre os pais,

escola e médico, pois desta forma o aluno com TDAH, sentirá segurança para

desenvolver suas atividades diárias. É desta forma que a relação afetiva entre

pais, professores e a criança possa se solidificar com o tempo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - O Conceito de TDAH 14

CAPÍTULO II - Crianças com TDAH 24

CAPITULO III - Como lidar com o aluno com TDAH 33

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 47

INDÍCIE 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO 49

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INTRODUÇÃO

O presente interesse no tema foi devido sua importância no mundo

escolar, onde muitas crianças passam por dificuldades escolares e não são

diagnosticadas.

Hoje sabemos que o TDAH é definido como um transtorno

neurobiológico que acontece em crianças, adolescentes e adultos,

independente de país de origem, nível sócio-econômico, raça ou religião. O

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno

neuropsiquiátrico, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde.

O TDAH tem gerado muitas discussões entre educadores e

estudiosos. Existe uma média de 3 a 6% das crianças em idade escolar que

apresentam TDAH, porém muitas ainda não foram diagnosticadas. Por isso

ainda existem concepções errôneas a respeito deste Transtorno.

No entanto, sendo os sintomas da hiperatividade, da desatenção e

da impulsividade características de comportamento muito comum em crianças

em fase de desenvolvimento, pergunto-me como os profissionais da educação

vêem as crianças que apresentam estes sintomas?

As crianças que apresentam o TDAH podem ser rotuladas como mal

educados, desinteressados, com problemas familiares, ou até mesmo com

dificuldades de enxergar e ouvir, ou problemas de aprendizagem que

dificultam seu desempenho acadêmico, ao invés de serem encaminhadas

para profissionais da área de saúde para terem um diagnóstico mais

adequado. Sabe-se, no entanto, que não podemos dizer que tais crianças não

são capazes de aprender, e que, em geral, têm níveis normais ou elevados de

inteligência.

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Cabe ao educador ter como prioridade observar o aluno e notificar

seu comportamento a psicopedagoga da escola, para que tenha uma

avaliação da situação e em seguida, uma troca entre escola e família.

Importante lembrar que o afeto não está somente dentro de casa, mas

também na escola.

Entretanto, o despreparo e a falta de informação de alguns

profissionais da docência podem contribuir para que essas características se

acentuem de forma excessiva em algumas crianças, por não serem

associadas ao TDAH, e se associem a outros transtornos que dificultam a

aprendizagem, tornando o tempo acadêmico delas muito ruim, desgastante e

sujeito ao abandono.

É comum também, que esses mesmos profissionais se sintam

despreparados para estimulá-los, no sentido de diminuir o impacto causado

por esse transtorno.

Sendo assim, não posso deixar de falar sobre o processo de

inclusão dessas crianças com o meio educacional e social, pois elas muitas

vezes são excluídas do processo de aprendizagem por se acharem incapazes

de aprender, de seguir o ritmo dos outros alunos sendo tachadas de burras,

preguiçosas, desinteressadas e ainda acabam sendo excluídas pelos outros

colegas nas brincadeiras, festinhas de aniversários, trabalhos em grupo, etc.

Saber diferenciá-las das outras e identificar quais as características

que as tornam tão especiais.

A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais em

escolas regulares passou, em 2008, a ser garantido por lei pela Política

Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, porém

a mesma lei que inclui também exclui na medida em que não prepara o

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ambiente escolar e nem os profissionais da educação para o acolhimento das

crianças em rede regular de ensino.

TDAH é um fator de risco para o baixo desempenho acadêmico e

para os altos índices de abandono escolar, pois essas crianças além de terem

maiores chances de serem repreendidas e castigadas podem ter outros

problemas associados, que vão dificultar na leitura, na escrita, na

comunicação e no relacionamento com os outros, no mau rendimento escolar,

além de criar dificuldades nos relacionamentos. Por outro lado, tais

dificuldades vão contribuir muito para a sensação de mal-estar e, é lógico que

no ambiente escolar, essas crianças começam a se sentir excluídas e

desenvolvem sentimentos de inferioridade por comparar-se aos outros

colegas, o que gera desejo intenso de abandono escolar.

Na adolescência, o risco ainda é maior, pois apresentam

sentimentos propícios para uso excessivo de álcool e abuso de drogas ilícitas,

assim como comportamentos irresponsáveis, que em parte são causados pela

impulsividade.

Durante esses estudos várias questões me inquietaram

considerando a realidade da maioria das escolas públicas brasileiras, pois é

comum nessas instituições de ensino a falta de recursos, de materiais e de

instalações, bem como são difíceis as condições dos professores, pois

enfrentam baixa remuneração e condições precárias de trabalho.

Outra inquietação está relacionada às escolas que ainda têm caráter

tradicionalista. Nestas escolas predomina ainda um ensino sem interação, que

não contribui para formar alunos pensantes ou reflexivos. Como, então,

nestas escolas se classificam as crianças que apresentam o transtorno de

déficit de atenção /hiperatividade?

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O modelo tradicional de ensino dificilmente compreende as crianças

comproblemas de TDAH, pois tende a classificar esse comportamento

destoante da maioria e das expectativas estabelecidas pelos padrões da

escola ou sociedade. A criança com TDAH é considerada, por uma ótica do

senso comum, como inadequada, indisciplinada, produto de falha na

educação familiar, ou mesmo como fruto de uma característica própria da

personalidade do aluno.

Por fim, outra inquietação diz respeito ao seguinte: Como trabalhar

com o processo de inclusão desses alunos, visto que os portadores do TDAH

têm problemas de interação, comportamento e relacionamento com o outro?

Perante essas dificuldades de concentração, atenção, impulsividade

e agitação as crianças com o transtorno estarão sempre “extrapolando os

limites” e a tendência tanto dos pais, quanto dos docentes e colegas de classe

será sempre de deixá-los de castigo, de puni-los e excluí-los. Ser portador de

TDAH significa ter sempre que se desculpar por ter quebrado algo, mexido ou

ofendido alguém que não merecia por ter falado sem pensar; significa ter que

abrir mão do tempo do recreio para concluir atividades que não foram

realizadas no tempo certo, ficar chateado por ter tirado nota baixa, ou seja,

significa ser responsabilizado por coisas pelas quais tem pouco controle,

gerando sentimentos de inferioridade, baixa auto-estima, desinteresse pelos

estudos e ansiedade.

É importante esclarecer, mais uma vez, que o TDAH não afeta

partes do cérebro responsáveis pela inteligência. As crianças com TDAH são

tão inteligentes quanto qualquer outra criança, porém as características do

transtorno podem acarretar problemas na aprendizagem e podem ainda estar

associados a outras como: dislexia, Transtorno Desafiante de Oposição

(TOD), Transtorno de Conduta (TC), Discalculia, Disortografia, etc.

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Volto a lembrar a importância do afeto e o quanto auxilia no

desenvolvimento das crianças portadoras de TDAH isso associado a uma

prática pedagógica bem aplicada, pode ajudar nas dificuldades que estes

alunos apresentam.

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CAPÍTULO I O Conceito de TDAH

Atualmente, não é incomum ouvirmos falar de crianças agitadas,

que não conseguem manter-se em uma mesma atividade por um longo

período de tempo, são desobedientes e indisciplinadas, falam alto e de forma

contínua, querem fazer tudo ao mesmo tempo.

Essas manifestações, em alguns casos, são interpretadas como

desdobramentos de um transtorno cujos sintomas começam a se apresentar

na infância, podendo ser observados nos ambientes em que a criança

permanece durante grande parte do seu dia.

Em algumas situações, essas crianças apresentam dificuldades de

aprendizagem e relacionamento, gerando preocupação principalmente entre

aqueles que são responsáveis por suas primeiras lições de educação, isto é,

pais e professores.

Profissionais da medicina afirmam que os comportamentos descritos

acima, levando em consideração a frequência e a intensidade, podem

caracterizar o Transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade (TDAH).

TDAH é a sigla de Transtorno do Déficit de Atenção com

Hiperatividade, um tipo de transtorno neurológico, que surge na infância,

geralmente como fator genético, e em muitos casos, acompanhando o

indivíduo em sua vida adulta.

TDAH; comportamento desatento; hiperativo; impulsivo; educação

especial, professores, educação.

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Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 5% da população durante

toda a vida. Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir

drasticamente os conflitos familiares, escolares, comportamentais e

psicológicos vividos por essas pessoas.

Acredita-se que, através de diagnóstico e tratamento corretos, um

grande número dos problemas, como repetência escolar e abandono dos

estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e

de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente

tratado ou, até mesmo, evitado.

A mente funciona como um receptor de alta sensibilidade, que reage

rapidamente emitindo respostas, são os casos clássicos daquelas pessoas

que dizem o que lhes vem à cabeça.

È a incapacidade de conter seus impulsos. Um exemplo típico desse

comportamento são aquelas crianças que respondem as perguntas sem

pensar, mesmo antes que, as questões tenham sido finalizadas e querendo

que seus desejos se realizem de uma hora para outra.

O transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é

freqüente tanto em crianças e adolescentes como em adultos, é uma condição

de base orgânica, relacionada ao mau funcionamento do córtex cerebral.

Seu quadro sintomático pode ser dividido em três áreas, a atenção,

o controle dos impulsos e a atividade motora.

Nas crianças o sintoma mais evidente é o comportamental, tendo

como resultados, muitas vezes, o mau desempenho escolar, repetências,

expulsões e suspensões escolares, relações complicadas com familiares e

colegas, desenvolvimento de depressão, baixa auto-estima e ansiedade.

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Muitos destes problemas podem ser driblados quando seus

professores e familiares são orientados a proceder de uma maneira mais

satisfatória.

A característica fundamental do déficit de atenção é a falta de

constância em atividades que exigem atenção. A desatenção, a hiperatividade

e a impulsividade são seus aspectos essenciais.

O que evidencia a desatenção é a dificuldade de se ligar em detalhes,

errar por descuido em atividades escolares, não manter a atenção em jogos e

brincadeiras.

Correr, escalar, falar em excesso e em situações inapropriadas,

balançar mãos e pés continuamente são características da hiperatividade.

A característica da impulsividade são as respostas dadas antes que

a pergunta seja completada e dificuldade de esperar a vez, interrompendo a

atividade do outro.

As principais características ou sintomas são a desatenção, a

hiperatividade e a impulsividade, resultando na dificuldade de relacionamento

com a família e com outras crianças e professores no ambiente escolar. Ainda

na escola, os portadores do TDAH são descritos como "inquietos", "agitados",

"desobedientes" ou que "vivem no mundo da lua", gerando dificuldades de

aprendizagem provocadas pela falta de concentração.

Além do fator genético, existem outras teorias sobre as causas do

surgimento do TDAH em determinados indivíduos, como por exemplo,

ingestão de álcool e nicotina durante a gravidez, problemas no parto e

sofrimento do feto, exposição ao chumbo, etc.

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O tratamento do TDAH é feito à base de medicamentos ou de

técnicas psicoterapeutas. A fase de tratamento deve ser acompanhada por

profissionais especializados nas áreas de Neurologia, Psicologia, Psiquiatria,

fonoaudiologia e outras.

Alguns medicamentos usados no tratamento são os

psicoestimulantes à base de metilfenidato, comercialmente vendidos como

Ritalina ou Concerta. Somente um médico especialista pode fazer o

diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.

De acordo com o manual DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual,

4ª edição) o TDAH se caracteriza por uma combinação de dois grupos de

sintomas:

• Desatenção;

• Hiperatividade e impulsividade.

Esses sintomas são listados no DSM-IV para tornar o diagnóstico

mais padronizado e se caracteriza da seguinte forma:

Sintomas da desatenção (devem ocorrer frequentemente):

Prestar pouca atenção a detalhes e comete erros por falta de atenção.

Dificuldade de se concentrar tanto nas tarefas escolares quanto em

jogos e brincadeiras.

Numa conversa, parece prestar atenção em outras coisas e não escutar

quando lhe dirigem a palavra.

Dificuldade em seguir instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres

sem terminar.

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Dificuldade de se organizar para fazer algo ou planejar com

antecedência. Evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam

esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);

Perda de objetos necessários para a realização de tarefas ou

atividades do dia-a-dia.

Distrai-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo

com os próprios pensamentos. Daí que surgem as expressões que muitos

pais e professores usam quando percebem sua distração: “Parecem que

vivem no mundo da lua” ou que “sonham acordados”.

Esquecem coisas que deveriam fazem no dia-a-dia.

Sintoma de hiperatividade e impulsividade (devem ocorrer

frequentemente):

Ficar mexendo as mãos e pés quando sentados ou se mexer muito

na cadeira.

Dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é

esperado (sala de aula, mesa de jantar, etc.).

Correr ou escalar coisas, em situações nas quais isto é inapropriado

(em adolescente e adultos pode se restringir a um sentir-se inquieto por

dentro).

Dificuldades para se manter em atividades de lazer (jogos e

brincadeiras) em silêncio.

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Parecer ser “elétrico” e a “mil por hora” - Falar demais.

Responder a perguntas antes de elas serem concluídas. È comum

responder à pergunta sem ler até o final.

Não conseguir aguardar a sua vez (nos jogos, na sala de aula, em filas,

etc.).

Interromper os outros ou se meter nas conversas alheias.

Ou seja, de acordo com o DSM-IV, os sintomas do TDAH devem

aparecer em um grau não adaptado e incoerente com o nível de

desenvolvimento, tais intensidades dos sintomas apresentados vão causar

problemas consistentes, diferenciando-o da maioria, pois apresentaram

problemas significativos das habilidades sociais, acadêmicas ou ocupacionais.

As crianças com TDAH são tão inteligentes quanto qualquer outra

criança e caso apresentem problemas de aprendizagem devem ser

consideradas outras comorbidades associadas ao transtorno, como: dislexia,

Transtorno Desafiante de Oposição (TOD), Transtorno de Conduta (TC),

Discalculia, Disortografia, etc.

Tipos - O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e

de hiperatividade ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses

sintomas, podemos classificar o TDAH em três subtipos:

Apresentação combinada: Se tanto os critérios de desatenção e

hiperatividade impulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses.

Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção é

preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são

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predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de hiperatividade

é preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de desatenção não são

em geral, para cada critério ser preenchido, crianças precisam apresentar seis

ou mais sintomas, enquanto adultos e adolescentes com mais de 17 anos

podem apresentar até cinco para serem classificados dessa forma.

Além disso, a pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:

Leve: Poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários

para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que

pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou profissional.

Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão

presentes.

Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o

diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão

presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no

funcionamento social ou profissional.

Causas

O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais bem estudados no

mundo, entretanto existe um questionamento contínuo sobre a sua origem e

até o momento não há um consenso científico sobre as suas reais causas, ou

seja, quanto a ele ser inato (genético) ou adquirido (ambiental).

Considerando-se que o TDAH é um transtorno heterogêneo

(manifesta-se de inúmeras formas) e dimensional (os sintomas se combinam

nos mais variados graus de intensidade) é possível inferir a complexidade da

questão, com múltiplas causas e fatores de risco. Assim, ainda continua difícil

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precisar a influência e a importância relativa de cada fator no aparecimento do

transtorno, havendo necessidade de mais pesquisas sobre o tema.

Em suma, a maioria dos estudiosos concorda com a origem

multifatorial do TDAH, com seus componentes genéticos e ambientais, em

que provavelmente vários genes anômalos de pequeno efeito em combinação

com um ambiente hostil, formatariam um cérebro alterado em sua estrutura

química e anatômica.

Podemos dividir os fatores que causam o TDAH em fatores

neurobiológicos (que incluem genética e anormalidades cerebrais) e fatores

ambientais. Entenda melhor cada um deles:

Fatores Genéticos

Os fatores genéticos parecem ter um papel bastante relevante na

origem do TDAH. As pesquisas são concordantes e mostram que a

prevalência de TDAH é bem maior em filhos e familiares de pessoas com

TDAH em relação a pessoas sem o problema e que a herdabilidade média do

TDAH é estimada em 76%.

Estudos usando famílias e casos de gêmeos e adoção estabeleceram

as bases genéticas do TDAH, apoiando a contribuição genética para o

surgimento do transtorno.

Estudos verificaram que 60% das crianças com TDAH tinham um dos

pais com o transtorno, que a probabilidade da criança ter o TDAH aumenta

em até oito vezes se os pais também tiverem o problema; que entre familiares

de pessoas com TDAH o risco de se ter o transtorno era cinco vezes maior

que o de pessoas sem história familiar; que apesar de não haver diferenças

importantes na incidência de TDAH entre pais e irmãos de filhos adotivos

22

comparados a pais e irmãos da população controle, havia um padrão familiar

de TDAH entre os pais e irmãos biológicos de crianças com TDAH.

Anormalidades cerebrais

Muitos estudos de imagem feitos no cérebro mostraram evidências

de disfunção em pessoas com TDAH (no córtex pré-frontal, núcleos da base,

cerebelo e outras).

Fatores ambientais

Baixo peso ao nascer (menos de 1.500 g) confere um risco 2 a 3

vezes maior para TDAH, embora a maioria das crianças que nascem com

baixo peso não desenvolva o transtorno.

Embora o TDAH esteja correlacionado com tabagismo na gestação,

parte dessa associação reflete um risco genético comum.

Uma minoria de casos pode estar relacionada a reações a aspectos

da dieta.

Pode haver história de abuso infantil, negligência, múltiplos lares

adotivos, exposição a neurotoxinas (chumbo), infecções (por exemplo:

encefalite) ou exposição ao álcool durante a gestação. Exposição a toxinas

ambientais foi correlacionada com o TDAH subsequente, embora ainda não

se saiba se tais associações são causais.

O diagnóstico de TDAH pede uma avaliação ampla . Não se pode

deixar de considerar e avaliar outras causas para o problema, O aspecto mais

importante do processo de diagnóstico é um cuidadoso histórico clínico e

desenvolvimental.

23

A avaliação do TDAH inclui um levantamento do

funcionamento intelectual, acadêmico, social e emocional. O exame médico

também é importante. O processo de diagnóstico deve incluir dados

recolhidos com professores e outros adultos que, de alguma maneira,

interagem de maneira rotineira com a pessoa avaliada.

Os sintomas de TDAH se dividem em três grupos:

· Falta de atenção (desatenção)

· Hiperatividade

· Comportamento impulsivo (impulsividade)

Tratamento do TDAH - Todo paciente deve ser avaliado de

acordo com sua necessidade. Este paciente poderá submeter-se a

modificação comportamental, medicamentosa e modificação educacional.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é, como

outros transtorno mentais, um tema controverso, na medida em que não há

nenhum exame laboratorial que identifique de forma inquestionável a doença

no indivíduo.

No caso do TDAH esse problema é exacerbado em virtude da

dificuldade de distinguir os sintomas do transtorno dos comportamentos

infantis esperados.

Sendo ou não comprovado o diagnóstico, a manifestação

deste transtornono ambiente escolar aponta para um problema de difícil

esolução. O aluno que tem dificuldades de aprender , sendo ou não portador

de um transtorno, aponta a dificuldade da escola em acolher a diferença.

24

CAPÍTULO II

Crianças com TDAH

Não basta que uma criança jogue futebol na sala e quebre um

vaso para ser diagnosticada por pais apressados com hiperatividade, assim

como não basta ter dificuldades em matemática para receber o rótulo de

distúrbio de aprendizagem.

Diagnosticar um problema psicológico não é simples e é

preciso eliminar outros motivos – como a falta de limites – antes de chegar a

uma conclusão segura.

Com a ajuda de cinco psiquiatras, enumeramos quatro

problemas que podem afetar o seu filho durante a infância e ensinamos a

distinguir manha ou indisciplina de um possível transtorno. O diagnóstico final

só pode ser feito por um especialista.

As crianças de modo geral apresentam condições de

relacionamento interpessoal razoáveis, embora com controle emocional

insuficiente, poucos recursos de controle sobre os afetos e tendência à

impulsividade com expansividade compensatória, em função de sentimentos

de inadequação.

Seus sentimentos de inadequação podem estar ligados ao

seu histórico de dificuldades em se sentir reconhecido e valorizado, tanto no

seio familiar, no meio escolar, quanto no âmbito social mais amplo.

Suas possibilidades de contato mostraram-se restritas, algo

prejudicadas,talvez em função de conflito relacionado à inferioridade. Suas

25

necessidades parecem predominantemente ser de busca de atenção, de

proteção e de afiliação, com tendência à evasão.

Na criança, as condutas sociais são desenvolvidas nas

relações de comunicação entre os familiares, professores, irmãos, colegas,

parentes e outras crianças.

Com essas relações sociais bem desenvolvidas, elas conseguem

perceber e assimilar os papéis e as normas sociais estabelecidas em diversas

situações e contextos, como se comportar na escola, em museus, etc.

O TDAH infantil afeta mais intensamente a vida escolar e

familiar. No TDAH em crianças, é mais comum que o primeiro sintoma ou

queixa seja a hiperatividade e agitação.

O TDAH em si não determina o sucesso que alguém pode ter.

As pessoas resilientes – capazes de se sobrepor às dificuldades da vida –

conseguirão superar os obstáculos do transtorno ao longo dos anos.

Não necessariamente quem tem TDAH se dará mal na

escola. O transtorno não é culpado por sucesso ou fracasso, algumas

pessoas, embora muito inteligentes, são incapazes de alcançar seus próprios

objetivos por culpa de um TDAH não tratado.

O transtorno causa um prejuízo importante na vida de um

paciente, afirma. Para ele, o mesmo acontecia décadas atrás, quando jovens

com TDAH acabavam marginalizados, direta ou indiretamente.

Em casa, crianças com tipo hiperativo-impulsivo e

desafiadoras são usualmente geradoras de muito estresse e conflitos. A

recusa em seguir regras origina conflitos com os pais, que tem dificuldades

26

acima da média para conseguir que estas crianças adequem-se ao que é

esperado delas.

Associado à baixa tolerância à frustração e controle de

impulsos, estas crianças normalmente tem problemas também em

relacionamentos interpessoais com colegas e professores.

Na área escolar, a hiperatividade e a desatenção levam a prejuízos

no desempenho acadêmico, que podem facilmente tornarem-se crônicos.

As pessoas que são portadoras do TDAH por terem

deficiência de atenção e dos processos cognitivos responsáveis por

receberem e processarem as informações das mais diferentes fontes, não

compreendem de forma correta os sinais para o bom desenvolvimento das

interações sociais e o conhecimento das normas que regulam essas

informações.

Além disso, apresentam dificuldade de controlar seus

impulsos e seguir as normas, têm dificuldades para resolver problemas,

podem ser bruscos ou lentos, movem-se em excesso, dão respostas

inadequadas, não conseguem controlar suas emoções e tem dificuldade de

relacionamento com os outros.

À medida que a criança vai crescendo, aumenta o nível de

exigência sobre ela. No entanto, o típico é o transtorno de déficit de atenção e

hiperatividade (TDAH) ficar evidente quando ela vai para a escola.

Normalmente, a criança consegue permanecer sentada na

carteira da sala de aula, prestar atenção no que a professora fala, tomar nota,

fazer exercícios e aprender as lições. A hiperativa, no entanto, com déficit de

atenção não para quieta e comete erros por distração.

27

Muitas vezes, fica evidente que ela sabe a matéria, mas não

acerta as repostas, porque está distraída.

A distração aparece porque algum assunto interno está

chamando mais a nossa atenção e se torna incontrolável nos portadores de

TDAH.

Se você tiver algo muito bom, ou muito ruim, em sua mente,

esse assunto terá uma carga emocional mais forte do que a aula que você

deveria estar assistindo, ás solicitações do cliente a sua frente ou ás

informações que seu chefe estaria dando naquele momento. Essa carga

emocional seqüestrará sua atenção e fará você nem perceber o que este

professor, cliente ou chefe quer de você.

O senso comum entende que distrair significa não pensar em

nada. Isso é impossível, nossa mente simplesmente não pára.

O que acontece é que voltamos nossa mente para conteúdos

internos, algumas vezes prazerosos como lembranças referentes ao

namorado, outras vezes são as preocupações que tiram nosso foco no que

está acontecendo a nossa volta.

Distrair significa que não estamos com a atenção voltada para

o que seria importante naquele momento. Quando falamos que a pessoa está

com a “cabeça no mundo da lua” não significa que ela não está pensando em

nada, significa que ela não está pensando em nada que gostaríamos que

pensasse.

Muitas crianças são identificadas por pais e professores

devido a esses comportamentos apresentados entre outros. Contudo, essas

características acarretam em desagradáveis estereótipos/rótulos.

28

O que deve passar pela cabeça de uma criança quando ouve as

pessoas que mais ama dizendo “você quebra tudo”, “sossega menino”, “vai

terminar sua tarefa”, entre outros? Por vezes falamos na hora da raiva, mas

esse não é o momento adequado para educar uma criança.

É preciso lembrar sempre que o afeto auxilia no

desenvolvimento das crianças portadoras de TDAH e uma prática pedagógica

bem aplicada pode amparar as dificuldades que estes alunos apresentam.

2.1 As Dificuldades das relações sociais nas crianças com TDAH:

No caso das crianças com o TDAH, que já apresentam um

déficit de atenção, como o próprio nome do transtorno já define, acabam

encontrando dificuldade no estabelecimento das relações.

Por não conseguirem estabelecer bons contatos sociais,

poderão como conseqüência ser excluídas dos grupos a que pertence, ou a

que tenta pertencer.

No ambiente escolar, isto fica bastante evidente, sendo que

muitos comportamentos como a agressividade e a impulsividade, acabam

ocasionando no isolamento social destas crianças.

Nestes casos, as pessoas que muitas vezes desconhecem as

manifestações do transtorno, acabam julgando os pais destas crianças como

relapsos com relação à educação dos filhos e incapazes de estabelecer

limites.

Infelizmente, isso ainda é muito encontrado e, talvez, falte um pouco

de informação e divulgação sobre as manifestações e orientações de como

lidar com estes casos.

29

Em geral, essas crianças são excluídas constantemente das

brincadeiras e jogos por não respeitarem as regras, parecem estar sempre

distraídas, não conseguem esperar por sua vez de falar, são sempre

chamadas à atenção por seus professores, pais, amigos, familiares e

funcionários da escola; são desorganizadas e desatentas, conversam muito

em classe, não param quietas, provocam seus colegas e amigos e quando

sentadas estão sempre mexendo os pés ou as mãos.

O cognitivo é responsável pela percepção e processamento

das informações que recebemos das mais diferentes fontes.

A capacidade de aprender através das experiências boas ou

ruins, dos estímulos e das conseqüências nas respostas, assim como a

habilidade da atenção, concentração, inibição e controle da excitação são

tarefas executadas pelo cognitivo das pessoas.

O desenvolvimento do estilo cognitivo na criança ajuda na

comunicação, no processo de maturação e de construção dos esquemas

mentais, mas quando a criança é portadora de TDAH seu estilo cognitivo não

será desenvolvido de forma perfeita, apresentando muitas dificuldades.

Por conseqüência, essas crianças são consideradas

estabanadas, quebram as coisas, deixam objetos caírem, fazem muito barulho

e são pouco cuidadosas.

Por causa do jeito incontrolável acabam sendo rejeitados

pelos colegas e adultos, atrapalham o ritmo da aula, o que acaba repercutindo

no aprendizado escolar.

30

Ter TDAH significa ter sempre que se desculpar por ter

quebrado ou mexido em algo que não deveria, por fazer comentários fora de

hora, por não ter sido suficientemente organizado... Ou seja, significa ser

responsabilizado por coisas sobre as quais, na verdade, se tem pouco

controle! Torna-se inevitável a sensação de que se é um sujeito meio

inadequado.

2.2 A importância do diagnóstico e outros fatores:

As crianças com TDAH são inteligentes, porém tem

dificuldades em focalizar a atenção, ouvir e lembrar-se das coisas, algumas

ainda podem ser distraídas, impulsivas.

Com relação ao diagnóstico, é relevante comentar que deve

ser feito de forma criteriosa e cuidadosa por profissionais especializados, com

informações colhidas junto aos pais e professores e também através da

observação clínica da criança.

Os sintomas devem estar presentes por pelo menos, 6 meses

e manifestarem-se em pelo menos duas situações (casa e escola, por

exemplo), sendo nitidamente diferentes do esperado para a faixa etária.

É comum que os sintomas estejam presentes desde os 7

anos de idade, mas em muitos casos não é possível afirmar isso com

precisão.

Até hoje é comum que se diga que o TDAH é um distúrbio

essencialmente infantil.

Sabemos hoje em dia que isso não é uma verdade: a maioria

das crianças com TDAH na infância terão sintomas por toda a vida, que

31

poderão ou não interferir de modo significativo em suas vidas profissionais,

sociais e familiares.

Mesmo o TDAH sendo de origem genética não existe um

único gene que defina o transtorno, pois o mesmo é chamado de poligênico já

que são vários os genes que em conjunto dão origem ao transtorno.

Está certo de que o ambiente familiar não é fator

determinante para a origem do transtorno, pois na sua grande maioria o

transtorno tem uma participação genética em torno de 90%.

Porém a interação com o ambiente também pode somar-se

aos

sintomas. Durante a gravidez, alguns fatores não genéticos podem

estar envolvidos no aparecimento do transtorno, como: o consumo de álcool, o

uso de drogas, desnutrição, fumo e problemas durante o parto.

Contudo é preciso ressaltar que esses critérios adotados não

sejam utilizados de forma inadequada, pois os Manuais nunca devem ser

usados para estigmatizar as pessoas, assim como é importante lembrar que o

diagnóstico é o início do tratamento e não o seu fim.

O tratamento envolve várias abordagens, como: intervenções

psicoeducacionais (com a família, paciente e a escola), intervenções

psicoterapêuticas, psicopedagógicas e de reabilitação neuropsicológicas e por

fim intervenções psiquiátricas.

No caso das crianças, o especialista deve ser um

neuropediatra, um psiquiatra infantil ou um pediatra. Uma vez diagnosticado o

problema, buscar uma segunda opinião dos professores também é essencial.

32

Importante os pais enxergarem a criança, e não o possível problema. É

preciso escutar o que o filho tem a dizer.

Ele não está dizendo algo que não conseguimos escutar?

Pais e professores devem tentar entender o contexto e os conflitos daquela

criança, minimizando as chances de aceitar pas sivamente um diagnóstico

equivocado.

A criança portadora de TDAH precisa se tratar a vida inteira?

De acordo com os neurologistas, o TDAH é um problema genético e

não tem cura.

Mas, com o tempo, a pessoa aprende a se organizar de

maneira a poder ficar sem medicamento por algum tempo – curto ou longo,

depende muito da pessoa.

Como se trata de um problema crônico, o tratamento funciona

de forma parecida ao tratamento para hipertensão ou diabetes, por exemplo.

33

CAPÍTULO III Como lidar com o aluno com TDAH

Déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos

problemas mais comuns na infância, que continua até a adolescência e vida

adulta. Os sintomas incluem dificuldade em permanecer focado e prestar

atenção, dificuldade em controlar o comportamento e hiperatividade.

O papel do educador é ser um facilitador da aprendizagem,

transmitir e ensinar valores morais e ajudar o aluno a interagir perante os

conflitos.

A criança precisa entender a importância de ser moral por

meio de uma aceitação interior de ser justa, honesta e respeitadora. Em suas

relações com este aluno, é fundamental que o educador procure sempre

ajudá-la a refletir sobre as consequências naturais do não cumprimento e que

o cumprir das regras nos traz uma sensação de bem-estar mais gratificante

que a da transgressão e nos fará uma pessoa mais forte e confiável.

É indispensável criar um ambiente sociomoral cooperativo em

que sejam vivenciadas continuamente as relações de solidariedade, de justiça

e de respeito, com o reconhecimento do ponto de vista do outro e a

aprendizagem paulatina de como buscar soluções aceitáveis para todos os

acontecimentos em sala de aula.

Sabemos que apesar deste diagnóstico estar cada vez mais

conhecido, os professores ainda precisam de ajuda com seus alunos na

ESCOLA, local onde os problemas principais acontecem.

Por isso é importante evitar colocar alunos nos cantos da

sala, onde a reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras

carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela.

34

Fazer com que a rotina na classe seja clara e previsível,

crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina.

Também afastá-los de portas e janelas pode evitar que se

distraiam com outros estímulos.

O Contato visual é fundamental, sempre faça quando for falar

com o aluno. O uso de frases curtas ajudam na compreensão, importante

certificar-se que ele entendeu.

Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e

contato físico de maneira equilibrada isso ajuda na convivência com o aluno

com TDAH.

Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude

disciplinar que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.

3.1 A importância do diagnóstico e outros fatores:

Com ou sem TDAH, cada aluno é único e tem necessidades

distintas. É a dedicação do educador, a proximidade dele com cada aluno,

que revelará quais intervenções se fazem necessárias.

As configurações a seguir são essenciais para ajudar as crianças

com TDAH na sala de aula:

Reduzir as tarefas, torná-las mais curtas ou dividi-las em partes,

etapas. Reduzir as tarefas escritas e de copiar. Facilitar alternativas distintas

de avaliação: oral, com projetos especiais.

35

Utilizar suportes complementares na classe como gravadores,

calculadoras, computadores, papel carbono, etc.

Pôr notas das datas em que devem ser entregues as tarefas e

trabalhos. Complementar, reforçar instruções verbais com informação visual.

Dar cópias das notas básicas dos capítulos. Modificar, simplificar o

texto do livro de exercícios. Ter em casa uma cópia do texto da escola.

No ambiente, sentar-se na frente, perto do professor. Sentá-lo

longe das distrações. Limitar as distrações visuais.

Reduzir o nível de ruído quando necessária concentração.

Fazer cartazes e guias para referência do aluno.

Organização - Escrever as tarefas no quadro e explicá-las oralmente.

Usar e seguir o calendário diariamente. Clarificar as tarefas no final do dia.

Dar-lhe materiais prontos para arquivar na pasta. Ter pastas, cadernos,

etc.,com divisões e cores diferentes. Ajudar a organizar a mesa e materiais.

Codificar os textos e livros por cor. Colar uma lista na mesa de: "Coisas

por fazer". Dividir tarefas longas.

Limitar a quantidade de materiais sobre a mesa da criança.

Comunicação e trabalho em equipe

36

As comunicações diárias ou semanais devem ser assinadas

pelos pais com gráficos e guias especiais que indiquem o comportamento e se

os trabalhos estão completos.

Comunicação telefônica frequente com os pais (Lembre-

se de compartilhar as conquistas positivas e as preocupações).

Encontros mais frequentes com os pais para construir

uma equipe de trabalho com e para a criança.

Compartilhar com outro professor suas conquistas, atividades,

disciplina, trabalho em equipe.

Fazer com que o aluno saiba que estamos interessados em ajudá-lo,

dialogar sobre as suas necessidades e incentivar a comunicação aberta.

Gestão em sala de aula

Aumentar a estrutura e o monitoramento dos comportamentos

concretos.

Definir com clareza as expectativas e as consequências (Verifique-

as frequentemente). Ter proximidade física com o aluno, contato visual

permanente.

Ensinar apenas quando haja silêncio e todos estejam atentos.

Elogiar comportamentos positivos. Utilizar cartas de progresso,

contratos para melhorar o comportamento.

Facilitar oportunidades de movimento e descansos frequentes.

Dar apoio extra durante as transições e mudanças do dia.

37

Permitir que o estudante participe da seleção das consequências e dos

prêmios. Utilizar períodos de reforço curtos com avaliação constante.

Ensino e avaliação

Dar tempo extra para processar informações,

falar mais lentamente e dar mais "tempo para que o aluno pense e responda”.

Aumentar a quantidade de exemplos, modelos,

demonstrações e prática dirigida.

Dar muitas oportunidades para trabalhar com companheiros ou em

grupo pequeno. Oferecer oportunidades para verbalizar na aula,

para expressar-se sem temor em um clima seguro sem temer o ridículo.

Analisar o progresso ereforçá-lo: tarefas, trabalho em classe, etc.

Utilizar técnicas multissensoriais. Propor projetos que permitam

a criatividade e expressão. Permitir o uso de computadores, calculadoras, etc.

Usar técnicas de perguntas variadas para dar mais oportunidades de

resposta. Fornecer guias simples, organizados, breves.

3.2 A Relação entre família e escola:

A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas

sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em

relação aos objetivos que desejam atingir.

38

Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve

fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir

crianças e jovens a um futuro melhor.

O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma

simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma

que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de

situações que surgem na sociedade.

Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola

podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos

seus filhos e dos seus alunos.

A família tem sido e é a influência mais poderosa no

desenvolvimento da personalidade e na formação da consciência na criança.

Assim, podemos dizer que elas precisam sentir que fazem parte de uma

família, pois ela é a base de qualquer pessoa na infância e, é nela que a

criança encontra um espaço natural para o seu desenvolvimento moral e

afetivo.

O papel da família modificou-se ao longo do tempo. Atualmente as

famílias são organizadas de diversas maneiras e o compromisso de educar

em um ambiente onde o diálogo e o amor prevaleçam está sendo cada vez

mais afetado.

O bom relacionamento familiar e a convivência prazerosa é o grande

segredo para o crescimento do respeito mútuo. Essas situações comprovam

que a educação familiar é a verdadeira árvore da ciência, cujos frutos

alimentam a criança tornando-a cidadã consciente de seus direitos e deveres.

39

As famílias educadoras, que levam a sério sua missão na arte de

educar, precisam lembrar que a criança é um ser humano, com necessidades

físicas, psíquicas e sociais a serem supridas; é dependente e precisa ser

tratado sem humilhações e castigos, ser orientada com critérios de verdade e

justiça; precisa de afeto, de elogios, incentivos e sorrisos para a construção de

seu caráter.

No decorrer da história, muitas mudanças foram marcando a educação

e com a chegada da modernidade e transformações sociais chegamos a um

modelo familiar que oferece amor incondicionado, um refúgio do mundo

considerado estranho, competitivo e ameaçador.

Vivemos uma cultura emocional, sentimental baseada na

superproteção, onde se recompensa sem merecimento, se permite sem

critérios e se defende sem a preocupação de considerar os fatos.

Sentimos que as crises da educação brasileira provem da falta de

um bom relacionamento entre a escola e a família. Os valores da família

precisam vir de encontro com os da escola para que as crianças percebam e

aprendam com as atitudes e modelos convergentes entre as duas instituições

e isso muitas vezes não é possível, porque a cultura da intolerância e

parcialidade foi instalada entre essa relação.

Alguns desafios precisam ser enfrentados para que a educação

aconteça de maneira efetiva. Escola e família precisam andar juntas para

ajudarem na construção do caráter das crianças e para que isso aconteça é

necessário que ambas estejam informadas sobre o ensino-aprendizagem

adquirido pelas crianças, que a família colabore com os educadores para

tornar mais coerente e eficaz a atuação escolar, que se mostre interessada

pelas atividades realizadas pelos filhos na escola, que valorizem a instituição

de ensino escolhida, os conhecimentos e habilidades que propicia, para criar

nas crianças hábitos de respeito e uma expectativa positiva ao conhecimento

40

adquirido e socializado, que expressem em palavras e atitudes a confiança

que têm em relação a escola e em seus profissionais, que procurem saber o

que a criança realizou e como foi o seu dia, que zelem por uma relação de

carinho e respeito com os educadores, pois a opinião da família influi sobre os

filhos; que observem os materiais escolares e auxiliem as crianças nas tarefas

de casa, que procurem resolver problemas entre família e escola e, por fim

reforcem sempre a autoestima e autoconfiança dos filhos.

É de fundamental importância a família ter tempo para as crianças,

ser exemplo de comportamentos (pontualidade, respeito, amor, gratuidade,

disciplina, tolerância, sinceridade, verdade\) e oferecer espaços à liberdade

de pensar e agir. Saber dizer “não”, introduzindo-as no mundo real, fazendo-

as pensar no que foi negado para que amadureçam com sabedoria. A

educação não depende de si mesma, mas principalmente do papel que a

família desempenha dentro, fora e junto à escola.

É no aconchego da família e da escola que a criança vai construindo

sua consciência/caráter, se socializando, se educando para enfrentar a

realidade e as dificuldades na sociedade, tornando-se uma pessoa consciente

e crítica. Tanto família, quanto escola influenciam nas atitudes das crianças.

Elas buscam respeito como gente que pensa, age, ama e sofre. A educação

torna-se a ligação da família e da escola, com a esperança de um presente e

futuro menos doloroso, modificando a cultura e os costumes da sociedade

com maior percepção de seus direitos, deveres e a liberdade como cidadãs.

Na família e na escola, onde existe o amor que dialoga, o amor que

abraça, que perdoa, que ouve com os ouvidos do coração, que auxilia as

crianças a aprender valorizar e a ter projetos de vida, lutar e procurar manter

acesa a chama do amor em todos os seus atos e atitudes é possível construir

uma consciência crítica, capaz de enfrentar as dificuldades e ir a busca de um

mundo onde prevaleça a justiça.

41

A criança com TDAH deve ser aceita, respeitada e auxiliada por sua

família em todos os momentos da vida, porém sabe-se que não é fácil

trabalhar.

Em todos os momentos da vida dos indivíduos, a família

desempenha papel fundamental, dependendo de como sua dinâmica familiar

se estabelece, o que pode tanto fortalecer as relações sociais de seus

membros quanto prejudicá-las.

De qualquer forma, para toda pessoa o equilíbrio emocional, afetivo

e social, em primeira instância dependerá da família.

A família é o primeiro grupo social que fundamenta os princípios e

valores da criança como o respeito, a amizade e o afeto, entre outros

aspectos importantes na vida das pessoas, sejam estas diferentes ou não.

De acordo com essa assertiva, o afeto é o primeiro elo entre a mãe

e o filho, o que embute o poder de superar qualquer dificuldade, seja esta de

natureza orgânica ou psíquica.

A função que a família desempenha, não só não é nada fácil como

deve ser exigida a responsabilidade a todos os que convivem com a(s)

criança(s), desde os pais, irmãos, outros familiares, aos adultos que a

rodeiam, papel esse que a maior parte das vezes, as famílias não estão

preparadas para o exercer.

A família representa, consequentemente um papel importante na

adaptação da criança. No entanto, poucas famílias têm a capacidade para o

fazerem sozinhas, sendo essencial a cooperação com os professores.

42

As escolas deverão, assim trabalhar no sentido de um maior

relacionamento recíproco, tendo em vista a produção de melhores contextos

de aprendizagens para os jovens.

A família é o primeiro suporte vital que temos nos primeiros anos de

vida, é nela que temos que nos apoiar e consequentemente teremos que

apoiar, pois cada elemento da família (seja ela grande ou pequena), necessita

do nosso apoio, da nossa companhia, do nosso carinho, da nossa sabedoria,

da nossa alegria, das nossas palavras de conforto, resumindo, é na família

que está todo o equilíbrio que o ser humano necessita à boa integração na

sociedade e fundamentalmente à sua sobrevivência.

43

Conclusão

Dessa forma, concluo que, apesar dos professores já terem

ouvido falar a respeito do transtorno, eles ainda têm muito que aprender, pois

mesmo tendo noções dos sintomas do TDAH, ainda não sabem diferenciar o

comportamento excessivo dessas crianças de hábitos como má educação ou

de força de vontade do aluno, como mesmo foi apontado na pesquisa. Saber

diferenciar os sintomas do TDAH é algo muito importante para a vida desses

alunos, pois toda sua vida depende disso.

Como foi visto nesse estudo as características do TDAH dificultam o

funcionamento normal da criança em diferentes ambientes e implicam

repercussões muito variadas na vida cotidiana delas.

Foi observado que apesar dos professores terem identificado os

comportamentos que mais atingem as crianças com o TDAH, há uma dúvida

sobre quais atitudes são considerados comportamento ou apenas ações

momentâneas, pois o ato de brincar é fundamental para o desenvolvimento de

qualquer criança e é considerado como uma ação e não como um

comportamento, assim como, falar alto e nervosismo, podem ser algo

momentâneo. Para essas considerações, devem ser consideradas a situação

em que as atitudes ocorrem, bem como a estruturação do ambiente escolar e

a familiar, assim como a freqüência que esses comportamentos costumam

acontecer.

O positivo é que, com a chegada de novas tecnologias, que permitem o

acesso de informações de forma mais rápida, como o crédito dado à Internet,

a busca por novos conhecimentos, os professores estão cada vez mais

informados sobre o TDAH ou sobre outros transtornos ou possíveis causas

que podem dificultar a aprendizagem e o desenvolvimento da criança na

44

escola e, assim, direcioná-las para um profissional especializado fazer o

diagnóstico mais preciso.

Apesar desses avanços, existem ainda, poucas publicações destinadas

aos professores e educadores que trabalham cotidianamente com a criança

portadora de TDAH em sala de aula, e, ao mesmo tempo, com o restante da

classe. Acredito também que a educação brasileira tem que melhorar muito

para garantir que uma educação de qualidade seja oferecida a todos,

conforme regem as legislações apresentadas nesse trabalho. Há ainda a

necessidade de se pensar na melhoria da qualidade de vida desses

professores, valorizando-os cada dia mais, pois eles, mesmo em condições

precárias, fazem o impossível pelos seus alunos, tentando ajudá-los sempre e

procurando novos aperfeiçoamentos.

Ainda que muitas das manifestações comportamentais sejam causadas

por questões que exigem um atendimento médico específico, ou consultas

com psicólogos, fonodiólogos, psicoterapeutas, neurologistas e outros, ainda

há de se considerar as questões do meio social em que a criança vive, a

família ou fatores externos como no caso de uso de drogas.

Saber notar e diferenciar tais característica é muito importante para não

se rotular erroneamente. Sendo as informações tão divulgadas como o são,

torna-se preocupante que na lista dos professores ainda sejam apontadas

como possíveis causas desses comportamentos a “má educação” e a

“responsabilidade do aluno”. Para que se evitasse isso um curso de

especialização torna-se necessário, para que essas informações sejam mais

claras para esses professores e para muitos outros que desconhecem as

causas do transtorno.

É nesses casos que o professor deve ficar mais atento, pois o que pode

ser considerado simples caso de má educação ou desinteresse do aluno,

pode ser algo que deveria ser levado mais a sério.

45

Foi identificado que é na escola que o transtorno de déficit de atenção e

hiperatividade se manifesta, é nesse ambiente que o aluno precisa de mais

autocontrole, cumprimento de normas, relacionar-se com os seus

semelhantes e, especialmente, prestar e manter a atenção necessária ao

ensino.

As dificuldades que a criança portadora do TDAH podem ter são tantas

e persistirem por toda sua vida, que uma intervenção precoce diminuiria

consideravelmente os efeitos que uma má interpretação de suas atitudes

pode causar lhes. É nesse sentindo que a escola desenvolve um papel

importantíssimo na vida dessas crianças, sendo necessário desenvolver

programas de incentivo aos professores para se especializarem, a fim de

estes poderem traçar estratégias significativas que tornem a vida dessas

crianças mais fácil.

O apoio do professor que une a tolerância à exigência é sempre muito

importante para a criança na fase de desenvolvimento, pois é o professor que

vai demonstrar através do seu afeto que o aluno é capaz de superar qualquer

dificuldade, exigindo sempre dele a superação com amor e cautela.

Como foi visto nos capítulos anteriores a criança com o transtorno,

podem apresentar dificuldades de relacionamento, por não obedecer às

regras das brincadeiras, respeitarem a vez do outro, por se intrometer nas

conversar ou por não controlar seus impulsos e hiperatividade, fazendo com

que as outras crianças aos poucos se afastem, assim como a agressividade

pode estar presente, caracterizando o que chamamos de Transtorno

Desafiante Opositor. Esse transtorno pode ser apresentado junto com os

sintomas do TDAH e é o que no trabalho foi apresentado como comorbidades.

Esse e os outros transtornos que podem estar entrelaçados com TDAH

devem ter suas características bem esclarecidas para os professores para que

46

possam identificá-los de maneira rápida e encaminhar o aluno para um

acompanhamento especializado. Sei, contudo, que não cabe ao professor

diagnosticar a crianças por não ter especialização para isso, mas cabe a ele

reparar que tais comportamentos apresentados frequentemente na criança

não é normal e que uma investigação com os pais e com a própria criança

devem ser feitas para evitar algo mais agravante no futuro delas.

Deve-se ter ainda muito cuidado para não rotular a criança de modo a

interferir no aprendizado, ou deixá-la fazer o que desejar por ter problemas

comportamentais. Um diagnóstico mais preciso se faz necessário para

comprovar a presença do TDAH ou de outros transtornos. Apesar do

diagnóstico do TDAH ser um tanto complexo por se basear em relatos de pais,

professores e outros profissionais que possam contribuir com dados sobre a

criança e sobre os sintomas específicos do transtorno, uma entrevista mais

detalhada com um especialista é necessário para seu diagnóstico, assim

como a realização de teste neuropsicológico.

47

BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. DSM IV- Manual

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 4ª.ed, Porto Alegre: Artes

Médicas, 2000.

ANTUNES, Celso. Inclusão: o nascer de uma pedagogia. São Paulo:

Ciranda Cultural, 2008. – (Um olhar para a educação).

BRASIL, MEC. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo

competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de

alunos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO – ABDA.

Revista: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), p.4. Site

da Associação disponível em http://www.tdah.org.br/. Acesso em 15 fev. 2010.

BARKLEY, Russell A.. & colaboradores. Transtorno de Déficit de

Atenção/Hiperatividade: manual para diagnóstico e tratamento. 3ª Ed. – Porto

Alegre: Artmed, 2008.ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10.

BRASIL. UNICEF. Declaração Mundial de Educação para Todos e plano

de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Brasília:

Fundos das Nações Unidas para a Infância, 1990.

48

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - O Conceito de TDAH 14

CAPÍTULO II - Crianças com TDAH 24

CAPITULO III - Como lidar com o aluno com TDAH 33

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 47

INDÍCIE 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO 49