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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Crianças com TDAH
Por: Vânia Santamarinha
Prof. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2015
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Crianças com TDAH
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Educação Especial e Inclusiva.
Por: Vânia Santamarinha
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AGRADECIMENTOS
À Deus, por todas as oportunidades da minha vida. Aos meus pais
Francisco Orlando ( eternamente em meu coração) e Maria Izabel, com
profunda gratidão.
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DEDICATÓRIA
A meu marido Manuel que sempre me incentivou com amor e
compreensão. A Débora, Daniel e Davi, grandes alegrias da minha vida.
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RESUMO
A presente monografia tem como objetivo esclarecer e divulgar um dos
temas mais discutidos em palestras médicas e educacionais, O TDAH (
Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade).
Abordar mais sobre o TDAH para os profissionais de educação, áreas
afins, pais, alunos e familiares no intuito de amenizar o baixo desempenho
acadêmico e os altos índices de abandono escolar, dessas crianças, pois
além de terem maiores chances de serem repreendidas e castigadas podem
ter outros problemas associados que vão dificultar na leitura, na escrita, na
comunicação e no relacionamento com os outros. Nesse sentido, descrições
sobre o que caracteriza o transtorno, seu percurso histórico, diagnóstico e
tratamento são descritos nesse trabalho.
O TDAH nunca aparece sozinho, sempre há uma co-morbidade junto,
causando uma maior dificuldade para o aluno portador deste transtorno. E é a
partir da necessidade do educando que o psicopedagogo irá auxilia-lo a
mantes uma atenção voltada para o ensino e diminuir os altos índices de
reprovação causados por este transtorno.
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METODOLOGIA
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade) é um
transtorno que dificulta o foco, a atenção e causa a impulsividade, sendo mais
encontrado em crianças. Este tipo de transtorno pode ser observado no início
da fase escolar, onde a criança não consegue realizar por completo suas
atividades.
O afeto é peça fundamental para um melhor desenvolvimento de
crianças com TDAH. A relação família/escola, faz com que o quadro clínico
possa ser acompanhado de maneira benéfica e eficaz.
Sendo assim, esta Monografia pretende responder, como anda a
identidade das crianças com TDAH, por que recebem estereótipos/rótulos, e
como isso afeta sua vida escolar.
Uma criança portadora de TDAH possui baixa auto-estima devido aos
rótulos que recebe de seus pais, familiares e professores, que por vezes não
sabem que este aluno desatento e bagunceiro, tem esse comportamento
devido ao transtorno.
É muito fácil rotular essas crianças, sem parar para dar a atenção
necessária que elas precisam.
Por essas atitudes equivocadas de pessoas que cercam a criança,
dizendo por vezes que ela não terá sucesso na vida, faz com que seu
rendimento escolar venha a declinar. E é a partir daí que pais e professores
devem trabalhar em equipe procurando o tratamento adequado para a
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criança; nunca esquecendo que a relação de afetividade e amorosidade é
peça fundamental para que haja um desenvolvimento eficaz e satisfatório.
Infelizmente muitos pais não aceitam o diagnóstico de TDAH, é difícil
para eles aceitar que seu filho possui algum transtorno. Isso atrasa e dificulta
uma avaliação adequada.
É fundamental que exista uma relação de confiança entre os pais,
escola e médico, pois desta forma o aluno com TDAH, sentirá segurança para
desenvolver suas atividades diárias. É desta forma que a relação afetiva entre
pais, professores e a criança possa se solidificar com o tempo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - O Conceito de TDAH 14
CAPÍTULO II - Crianças com TDAH 24
CAPITULO III - Como lidar com o aluno com TDAH 33
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA 47
INDÍCIE 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO 49
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INTRODUÇÃO
O presente interesse no tema foi devido sua importância no mundo
escolar, onde muitas crianças passam por dificuldades escolares e não são
diagnosticadas.
Hoje sabemos que o TDAH é definido como um transtorno
neurobiológico que acontece em crianças, adolescentes e adultos,
independente de país de origem, nível sócio-econômico, raça ou religião. O
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno
neuropsiquiátrico, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde.
O TDAH tem gerado muitas discussões entre educadores e
estudiosos. Existe uma média de 3 a 6% das crianças em idade escolar que
apresentam TDAH, porém muitas ainda não foram diagnosticadas. Por isso
ainda existem concepções errôneas a respeito deste Transtorno.
No entanto, sendo os sintomas da hiperatividade, da desatenção e
da impulsividade características de comportamento muito comum em crianças
em fase de desenvolvimento, pergunto-me como os profissionais da educação
vêem as crianças que apresentam estes sintomas?
As crianças que apresentam o TDAH podem ser rotuladas como mal
educados, desinteressados, com problemas familiares, ou até mesmo com
dificuldades de enxergar e ouvir, ou problemas de aprendizagem que
dificultam seu desempenho acadêmico, ao invés de serem encaminhadas
para profissionais da área de saúde para terem um diagnóstico mais
adequado. Sabe-se, no entanto, que não podemos dizer que tais crianças não
são capazes de aprender, e que, em geral, têm níveis normais ou elevados de
inteligência.
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Cabe ao educador ter como prioridade observar o aluno e notificar
seu comportamento a psicopedagoga da escola, para que tenha uma
avaliação da situação e em seguida, uma troca entre escola e família.
Importante lembrar que o afeto não está somente dentro de casa, mas
também na escola.
Entretanto, o despreparo e a falta de informação de alguns
profissionais da docência podem contribuir para que essas características se
acentuem de forma excessiva em algumas crianças, por não serem
associadas ao TDAH, e se associem a outros transtornos que dificultam a
aprendizagem, tornando o tempo acadêmico delas muito ruim, desgastante e
sujeito ao abandono.
É comum também, que esses mesmos profissionais se sintam
despreparados para estimulá-los, no sentido de diminuir o impacto causado
por esse transtorno.
Sendo assim, não posso deixar de falar sobre o processo de
inclusão dessas crianças com o meio educacional e social, pois elas muitas
vezes são excluídas do processo de aprendizagem por se acharem incapazes
de aprender, de seguir o ritmo dos outros alunos sendo tachadas de burras,
preguiçosas, desinteressadas e ainda acabam sendo excluídas pelos outros
colegas nas brincadeiras, festinhas de aniversários, trabalhos em grupo, etc.
Saber diferenciá-las das outras e identificar quais as características
que as tornam tão especiais.
A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais em
escolas regulares passou, em 2008, a ser garantido por lei pela Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, porém
a mesma lei que inclui também exclui na medida em que não prepara o
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ambiente escolar e nem os profissionais da educação para o acolhimento das
crianças em rede regular de ensino.
TDAH é um fator de risco para o baixo desempenho acadêmico e
para os altos índices de abandono escolar, pois essas crianças além de terem
maiores chances de serem repreendidas e castigadas podem ter outros
problemas associados, que vão dificultar na leitura, na escrita, na
comunicação e no relacionamento com os outros, no mau rendimento escolar,
além de criar dificuldades nos relacionamentos. Por outro lado, tais
dificuldades vão contribuir muito para a sensação de mal-estar e, é lógico que
no ambiente escolar, essas crianças começam a se sentir excluídas e
desenvolvem sentimentos de inferioridade por comparar-se aos outros
colegas, o que gera desejo intenso de abandono escolar.
Na adolescência, o risco ainda é maior, pois apresentam
sentimentos propícios para uso excessivo de álcool e abuso de drogas ilícitas,
assim como comportamentos irresponsáveis, que em parte são causados pela
impulsividade.
Durante esses estudos várias questões me inquietaram
considerando a realidade da maioria das escolas públicas brasileiras, pois é
comum nessas instituições de ensino a falta de recursos, de materiais e de
instalações, bem como são difíceis as condições dos professores, pois
enfrentam baixa remuneração e condições precárias de trabalho.
Outra inquietação está relacionada às escolas que ainda têm caráter
tradicionalista. Nestas escolas predomina ainda um ensino sem interação, que
não contribui para formar alunos pensantes ou reflexivos. Como, então,
nestas escolas se classificam as crianças que apresentam o transtorno de
déficit de atenção /hiperatividade?
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O modelo tradicional de ensino dificilmente compreende as crianças
comproblemas de TDAH, pois tende a classificar esse comportamento
destoante da maioria e das expectativas estabelecidas pelos padrões da
escola ou sociedade. A criança com TDAH é considerada, por uma ótica do
senso comum, como inadequada, indisciplinada, produto de falha na
educação familiar, ou mesmo como fruto de uma característica própria da
personalidade do aluno.
Por fim, outra inquietação diz respeito ao seguinte: Como trabalhar
com o processo de inclusão desses alunos, visto que os portadores do TDAH
têm problemas de interação, comportamento e relacionamento com o outro?
Perante essas dificuldades de concentração, atenção, impulsividade
e agitação as crianças com o transtorno estarão sempre “extrapolando os
limites” e a tendência tanto dos pais, quanto dos docentes e colegas de classe
será sempre de deixá-los de castigo, de puni-los e excluí-los. Ser portador de
TDAH significa ter sempre que se desculpar por ter quebrado algo, mexido ou
ofendido alguém que não merecia por ter falado sem pensar; significa ter que
abrir mão do tempo do recreio para concluir atividades que não foram
realizadas no tempo certo, ficar chateado por ter tirado nota baixa, ou seja,
significa ser responsabilizado por coisas pelas quais tem pouco controle,
gerando sentimentos de inferioridade, baixa auto-estima, desinteresse pelos
estudos e ansiedade.
É importante esclarecer, mais uma vez, que o TDAH não afeta
partes do cérebro responsáveis pela inteligência. As crianças com TDAH são
tão inteligentes quanto qualquer outra criança, porém as características do
transtorno podem acarretar problemas na aprendizagem e podem ainda estar
associados a outras como: dislexia, Transtorno Desafiante de Oposição
(TOD), Transtorno de Conduta (TC), Discalculia, Disortografia, etc.
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Volto a lembrar a importância do afeto e o quanto auxilia no
desenvolvimento das crianças portadoras de TDAH isso associado a uma
prática pedagógica bem aplicada, pode ajudar nas dificuldades que estes
alunos apresentam.
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CAPÍTULO I O Conceito de TDAH
Atualmente, não é incomum ouvirmos falar de crianças agitadas,
que não conseguem manter-se em uma mesma atividade por um longo
período de tempo, são desobedientes e indisciplinadas, falam alto e de forma
contínua, querem fazer tudo ao mesmo tempo.
Essas manifestações, em alguns casos, são interpretadas como
desdobramentos de um transtorno cujos sintomas começam a se apresentar
na infância, podendo ser observados nos ambientes em que a criança
permanece durante grande parte do seu dia.
Em algumas situações, essas crianças apresentam dificuldades de
aprendizagem e relacionamento, gerando preocupação principalmente entre
aqueles que são responsáveis por suas primeiras lições de educação, isto é,
pais e professores.
Profissionais da medicina afirmam que os comportamentos descritos
acima, levando em consideração a frequência e a intensidade, podem
caracterizar o Transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade (TDAH).
TDAH é a sigla de Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade, um tipo de transtorno neurológico, que surge na infância,
geralmente como fator genético, e em muitos casos, acompanhando o
indivíduo em sua vida adulta.
TDAH; comportamento desatento; hiperativo; impulsivo; educação
especial, professores, educação.
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Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 5% da população durante
toda a vida. Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir
drasticamente os conflitos familiares, escolares, comportamentais e
psicológicos vividos por essas pessoas.
Acredita-se que, através de diagnóstico e tratamento corretos, um
grande número dos problemas, como repetência escolar e abandono dos
estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e
de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente
tratado ou, até mesmo, evitado.
A mente funciona como um receptor de alta sensibilidade, que reage
rapidamente emitindo respostas, são os casos clássicos daquelas pessoas
que dizem o que lhes vem à cabeça.
È a incapacidade de conter seus impulsos. Um exemplo típico desse
comportamento são aquelas crianças que respondem as perguntas sem
pensar, mesmo antes que, as questões tenham sido finalizadas e querendo
que seus desejos se realizem de uma hora para outra.
O transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é
freqüente tanto em crianças e adolescentes como em adultos, é uma condição
de base orgânica, relacionada ao mau funcionamento do córtex cerebral.
Seu quadro sintomático pode ser dividido em três áreas, a atenção,
o controle dos impulsos e a atividade motora.
Nas crianças o sintoma mais evidente é o comportamental, tendo
como resultados, muitas vezes, o mau desempenho escolar, repetências,
expulsões e suspensões escolares, relações complicadas com familiares e
colegas, desenvolvimento de depressão, baixa auto-estima e ansiedade.
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Muitos destes problemas podem ser driblados quando seus
professores e familiares são orientados a proceder de uma maneira mais
satisfatória.
A característica fundamental do déficit de atenção é a falta de
constância em atividades que exigem atenção. A desatenção, a hiperatividade
e a impulsividade são seus aspectos essenciais.
O que evidencia a desatenção é a dificuldade de se ligar em detalhes,
errar por descuido em atividades escolares, não manter a atenção em jogos e
brincadeiras.
Correr, escalar, falar em excesso e em situações inapropriadas,
balançar mãos e pés continuamente são características da hiperatividade.
A característica da impulsividade são as respostas dadas antes que
a pergunta seja completada e dificuldade de esperar a vez, interrompendo a
atividade do outro.
As principais características ou sintomas são a desatenção, a
hiperatividade e a impulsividade, resultando na dificuldade de relacionamento
com a família e com outras crianças e professores no ambiente escolar. Ainda
na escola, os portadores do TDAH são descritos como "inquietos", "agitados",
"desobedientes" ou que "vivem no mundo da lua", gerando dificuldades de
aprendizagem provocadas pela falta de concentração.
Além do fator genético, existem outras teorias sobre as causas do
surgimento do TDAH em determinados indivíduos, como por exemplo,
ingestão de álcool e nicotina durante a gravidez, problemas no parto e
sofrimento do feto, exposição ao chumbo, etc.
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O tratamento do TDAH é feito à base de medicamentos ou de
técnicas psicoterapeutas. A fase de tratamento deve ser acompanhada por
profissionais especializados nas áreas de Neurologia, Psicologia, Psiquiatria,
fonoaudiologia e outras.
Alguns medicamentos usados no tratamento são os
psicoestimulantes à base de metilfenidato, comercialmente vendidos como
Ritalina ou Concerta. Somente um médico especialista pode fazer o
diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.
De acordo com o manual DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual,
4ª edição) o TDAH se caracteriza por uma combinação de dois grupos de
sintomas:
• Desatenção;
• Hiperatividade e impulsividade.
Esses sintomas são listados no DSM-IV para tornar o diagnóstico
mais padronizado e se caracteriza da seguinte forma:
Sintomas da desatenção (devem ocorrer frequentemente):
Prestar pouca atenção a detalhes e comete erros por falta de atenção.
Dificuldade de se concentrar tanto nas tarefas escolares quanto em
jogos e brincadeiras.
Numa conversa, parece prestar atenção em outras coisas e não escutar
quando lhe dirigem a palavra.
Dificuldade em seguir instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres
sem terminar.
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Dificuldade de se organizar para fazer algo ou planejar com
antecedência. Evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam
esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);
Perda de objetos necessários para a realização de tarefas ou
atividades do dia-a-dia.
Distrai-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo
com os próprios pensamentos. Daí que surgem as expressões que muitos
pais e professores usam quando percebem sua distração: “Parecem que
vivem no mundo da lua” ou que “sonham acordados”.
Esquecem coisas que deveriam fazem no dia-a-dia.
Sintoma de hiperatividade e impulsividade (devem ocorrer
frequentemente):
Ficar mexendo as mãos e pés quando sentados ou se mexer muito
na cadeira.
Dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é
esperado (sala de aula, mesa de jantar, etc.).
Correr ou escalar coisas, em situações nas quais isto é inapropriado
(em adolescente e adultos pode se restringir a um sentir-se inquieto por
dentro).
Dificuldades para se manter em atividades de lazer (jogos e
brincadeiras) em silêncio.
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Parecer ser “elétrico” e a “mil por hora” - Falar demais.
Responder a perguntas antes de elas serem concluídas. È comum
responder à pergunta sem ler até o final.
Não conseguir aguardar a sua vez (nos jogos, na sala de aula, em filas,
etc.).
Interromper os outros ou se meter nas conversas alheias.
Ou seja, de acordo com o DSM-IV, os sintomas do TDAH devem
aparecer em um grau não adaptado e incoerente com o nível de
desenvolvimento, tais intensidades dos sintomas apresentados vão causar
problemas consistentes, diferenciando-o da maioria, pois apresentaram
problemas significativos das habilidades sociais, acadêmicas ou ocupacionais.
As crianças com TDAH são tão inteligentes quanto qualquer outra
criança e caso apresentem problemas de aprendizagem devem ser
consideradas outras comorbidades associadas ao transtorno, como: dislexia,
Transtorno Desafiante de Oposição (TOD), Transtorno de Conduta (TC),
Discalculia, Disortografia, etc.
Tipos - O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e
de hiperatividade ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses
sintomas, podemos classificar o TDAH em três subtipos:
Apresentação combinada: Se tanto os critérios de desatenção e
hiperatividade impulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses.
Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção é
preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são
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predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de hiperatividade
é preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de desatenção não são
em geral, para cada critério ser preenchido, crianças precisam apresentar seis
ou mais sintomas, enquanto adultos e adolescentes com mais de 17 anos
podem apresentar até cinco para serem classificados dessa forma.
Além disso, a pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:
Leve: Poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários
para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que
pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou profissional.
Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão
presentes.
Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o
diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão
presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no
funcionamento social ou profissional.
Causas
O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais bem estudados no
mundo, entretanto existe um questionamento contínuo sobre a sua origem e
até o momento não há um consenso científico sobre as suas reais causas, ou
seja, quanto a ele ser inato (genético) ou adquirido (ambiental).
Considerando-se que o TDAH é um transtorno heterogêneo
(manifesta-se de inúmeras formas) e dimensional (os sintomas se combinam
nos mais variados graus de intensidade) é possível inferir a complexidade da
questão, com múltiplas causas e fatores de risco. Assim, ainda continua difícil
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precisar a influência e a importância relativa de cada fator no aparecimento do
transtorno, havendo necessidade de mais pesquisas sobre o tema.
Em suma, a maioria dos estudiosos concorda com a origem
multifatorial do TDAH, com seus componentes genéticos e ambientais, em
que provavelmente vários genes anômalos de pequeno efeito em combinação
com um ambiente hostil, formatariam um cérebro alterado em sua estrutura
química e anatômica.
Podemos dividir os fatores que causam o TDAH em fatores
neurobiológicos (que incluem genética e anormalidades cerebrais) e fatores
ambientais. Entenda melhor cada um deles:
Fatores Genéticos
Os fatores genéticos parecem ter um papel bastante relevante na
origem do TDAH. As pesquisas são concordantes e mostram que a
prevalência de TDAH é bem maior em filhos e familiares de pessoas com
TDAH em relação a pessoas sem o problema e que a herdabilidade média do
TDAH é estimada em 76%.
Estudos usando famílias e casos de gêmeos e adoção estabeleceram
as bases genéticas do TDAH, apoiando a contribuição genética para o
surgimento do transtorno.
Estudos verificaram que 60% das crianças com TDAH tinham um dos
pais com o transtorno, que a probabilidade da criança ter o TDAH aumenta
em até oito vezes se os pais também tiverem o problema; que entre familiares
de pessoas com TDAH o risco de se ter o transtorno era cinco vezes maior
que o de pessoas sem história familiar; que apesar de não haver diferenças
importantes na incidência de TDAH entre pais e irmãos de filhos adotivos
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comparados a pais e irmãos da população controle, havia um padrão familiar
de TDAH entre os pais e irmãos biológicos de crianças com TDAH.
Anormalidades cerebrais
Muitos estudos de imagem feitos no cérebro mostraram evidências
de disfunção em pessoas com TDAH (no córtex pré-frontal, núcleos da base,
cerebelo e outras).
Fatores ambientais
Baixo peso ao nascer (menos de 1.500 g) confere um risco 2 a 3
vezes maior para TDAH, embora a maioria das crianças que nascem com
baixo peso não desenvolva o transtorno.
Embora o TDAH esteja correlacionado com tabagismo na gestação,
parte dessa associação reflete um risco genético comum.
Uma minoria de casos pode estar relacionada a reações a aspectos
da dieta.
Pode haver história de abuso infantil, negligência, múltiplos lares
adotivos, exposição a neurotoxinas (chumbo), infecções (por exemplo:
encefalite) ou exposição ao álcool durante a gestação. Exposição a toxinas
ambientais foi correlacionada com o TDAH subsequente, embora ainda não
se saiba se tais associações são causais.
O diagnóstico de TDAH pede uma avaliação ampla . Não se pode
deixar de considerar e avaliar outras causas para o problema, O aspecto mais
importante do processo de diagnóstico é um cuidadoso histórico clínico e
desenvolvimental.
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A avaliação do TDAH inclui um levantamento do
funcionamento intelectual, acadêmico, social e emocional. O exame médico
também é importante. O processo de diagnóstico deve incluir dados
recolhidos com professores e outros adultos que, de alguma maneira,
interagem de maneira rotineira com a pessoa avaliada.
Os sintomas de TDAH se dividem em três grupos:
· Falta de atenção (desatenção)
· Hiperatividade
· Comportamento impulsivo (impulsividade)
Tratamento do TDAH - Todo paciente deve ser avaliado de
acordo com sua necessidade. Este paciente poderá submeter-se a
modificação comportamental, medicamentosa e modificação educacional.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é, como
outros transtorno mentais, um tema controverso, na medida em que não há
nenhum exame laboratorial que identifique de forma inquestionável a doença
no indivíduo.
No caso do TDAH esse problema é exacerbado em virtude da
dificuldade de distinguir os sintomas do transtorno dos comportamentos
infantis esperados.
Sendo ou não comprovado o diagnóstico, a manifestação
deste transtornono ambiente escolar aponta para um problema de difícil
esolução. O aluno que tem dificuldades de aprender , sendo ou não portador
de um transtorno, aponta a dificuldade da escola em acolher a diferença.
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CAPÍTULO II
Crianças com TDAH
Não basta que uma criança jogue futebol na sala e quebre um
vaso para ser diagnosticada por pais apressados com hiperatividade, assim
como não basta ter dificuldades em matemática para receber o rótulo de
distúrbio de aprendizagem.
Diagnosticar um problema psicológico não é simples e é
preciso eliminar outros motivos – como a falta de limites – antes de chegar a
uma conclusão segura.
Com a ajuda de cinco psiquiatras, enumeramos quatro
problemas que podem afetar o seu filho durante a infância e ensinamos a
distinguir manha ou indisciplina de um possível transtorno. O diagnóstico final
só pode ser feito por um especialista.
As crianças de modo geral apresentam condições de
relacionamento interpessoal razoáveis, embora com controle emocional
insuficiente, poucos recursos de controle sobre os afetos e tendência à
impulsividade com expansividade compensatória, em função de sentimentos
de inadequação.
Seus sentimentos de inadequação podem estar ligados ao
seu histórico de dificuldades em se sentir reconhecido e valorizado, tanto no
seio familiar, no meio escolar, quanto no âmbito social mais amplo.
Suas possibilidades de contato mostraram-se restritas, algo
prejudicadas,talvez em função de conflito relacionado à inferioridade. Suas
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necessidades parecem predominantemente ser de busca de atenção, de
proteção e de afiliação, com tendência à evasão.
Na criança, as condutas sociais são desenvolvidas nas
relações de comunicação entre os familiares, professores, irmãos, colegas,
parentes e outras crianças.
Com essas relações sociais bem desenvolvidas, elas conseguem
perceber e assimilar os papéis e as normas sociais estabelecidas em diversas
situações e contextos, como se comportar na escola, em museus, etc.
O TDAH infantil afeta mais intensamente a vida escolar e
familiar. No TDAH em crianças, é mais comum que o primeiro sintoma ou
queixa seja a hiperatividade e agitação.
O TDAH em si não determina o sucesso que alguém pode ter.
As pessoas resilientes – capazes de se sobrepor às dificuldades da vida –
conseguirão superar os obstáculos do transtorno ao longo dos anos.
Não necessariamente quem tem TDAH se dará mal na
escola. O transtorno não é culpado por sucesso ou fracasso, algumas
pessoas, embora muito inteligentes, são incapazes de alcançar seus próprios
objetivos por culpa de um TDAH não tratado.
O transtorno causa um prejuízo importante na vida de um
paciente, afirma. Para ele, o mesmo acontecia décadas atrás, quando jovens
com TDAH acabavam marginalizados, direta ou indiretamente.
Em casa, crianças com tipo hiperativo-impulsivo e
desafiadoras são usualmente geradoras de muito estresse e conflitos. A
recusa em seguir regras origina conflitos com os pais, que tem dificuldades
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acima da média para conseguir que estas crianças adequem-se ao que é
esperado delas.
Associado à baixa tolerância à frustração e controle de
impulsos, estas crianças normalmente tem problemas também em
relacionamentos interpessoais com colegas e professores.
Na área escolar, a hiperatividade e a desatenção levam a prejuízos
no desempenho acadêmico, que podem facilmente tornarem-se crônicos.
As pessoas que são portadoras do TDAH por terem
deficiência de atenção e dos processos cognitivos responsáveis por
receberem e processarem as informações das mais diferentes fontes, não
compreendem de forma correta os sinais para o bom desenvolvimento das
interações sociais e o conhecimento das normas que regulam essas
informações.
Além disso, apresentam dificuldade de controlar seus
impulsos e seguir as normas, têm dificuldades para resolver problemas,
podem ser bruscos ou lentos, movem-se em excesso, dão respostas
inadequadas, não conseguem controlar suas emoções e tem dificuldade de
relacionamento com os outros.
À medida que a criança vai crescendo, aumenta o nível de
exigência sobre ela. No entanto, o típico é o transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH) ficar evidente quando ela vai para a escola.
Normalmente, a criança consegue permanecer sentada na
carteira da sala de aula, prestar atenção no que a professora fala, tomar nota,
fazer exercícios e aprender as lições. A hiperativa, no entanto, com déficit de
atenção não para quieta e comete erros por distração.
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Muitas vezes, fica evidente que ela sabe a matéria, mas não
acerta as repostas, porque está distraída.
A distração aparece porque algum assunto interno está
chamando mais a nossa atenção e se torna incontrolável nos portadores de
TDAH.
Se você tiver algo muito bom, ou muito ruim, em sua mente,
esse assunto terá uma carga emocional mais forte do que a aula que você
deveria estar assistindo, ás solicitações do cliente a sua frente ou ás
informações que seu chefe estaria dando naquele momento. Essa carga
emocional seqüestrará sua atenção e fará você nem perceber o que este
professor, cliente ou chefe quer de você.
O senso comum entende que distrair significa não pensar em
nada. Isso é impossível, nossa mente simplesmente não pára.
O que acontece é que voltamos nossa mente para conteúdos
internos, algumas vezes prazerosos como lembranças referentes ao
namorado, outras vezes são as preocupações que tiram nosso foco no que
está acontecendo a nossa volta.
Distrair significa que não estamos com a atenção voltada para
o que seria importante naquele momento. Quando falamos que a pessoa está
com a “cabeça no mundo da lua” não significa que ela não está pensando em
nada, significa que ela não está pensando em nada que gostaríamos que
pensasse.
Muitas crianças são identificadas por pais e professores
devido a esses comportamentos apresentados entre outros. Contudo, essas
características acarretam em desagradáveis estereótipos/rótulos.
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O que deve passar pela cabeça de uma criança quando ouve as
pessoas que mais ama dizendo “você quebra tudo”, “sossega menino”, “vai
terminar sua tarefa”, entre outros? Por vezes falamos na hora da raiva, mas
esse não é o momento adequado para educar uma criança.
É preciso lembrar sempre que o afeto auxilia no
desenvolvimento das crianças portadoras de TDAH e uma prática pedagógica
bem aplicada pode amparar as dificuldades que estes alunos apresentam.
2.1 As Dificuldades das relações sociais nas crianças com TDAH:
No caso das crianças com o TDAH, que já apresentam um
déficit de atenção, como o próprio nome do transtorno já define, acabam
encontrando dificuldade no estabelecimento das relações.
Por não conseguirem estabelecer bons contatos sociais,
poderão como conseqüência ser excluídas dos grupos a que pertence, ou a
que tenta pertencer.
No ambiente escolar, isto fica bastante evidente, sendo que
muitos comportamentos como a agressividade e a impulsividade, acabam
ocasionando no isolamento social destas crianças.
Nestes casos, as pessoas que muitas vezes desconhecem as
manifestações do transtorno, acabam julgando os pais destas crianças como
relapsos com relação à educação dos filhos e incapazes de estabelecer
limites.
Infelizmente, isso ainda é muito encontrado e, talvez, falte um pouco
de informação e divulgação sobre as manifestações e orientações de como
lidar com estes casos.
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Em geral, essas crianças são excluídas constantemente das
brincadeiras e jogos por não respeitarem as regras, parecem estar sempre
distraídas, não conseguem esperar por sua vez de falar, são sempre
chamadas à atenção por seus professores, pais, amigos, familiares e
funcionários da escola; são desorganizadas e desatentas, conversam muito
em classe, não param quietas, provocam seus colegas e amigos e quando
sentadas estão sempre mexendo os pés ou as mãos.
O cognitivo é responsável pela percepção e processamento
das informações que recebemos das mais diferentes fontes.
A capacidade de aprender através das experiências boas ou
ruins, dos estímulos e das conseqüências nas respostas, assim como a
habilidade da atenção, concentração, inibição e controle da excitação são
tarefas executadas pelo cognitivo das pessoas.
O desenvolvimento do estilo cognitivo na criança ajuda na
comunicação, no processo de maturação e de construção dos esquemas
mentais, mas quando a criança é portadora de TDAH seu estilo cognitivo não
será desenvolvido de forma perfeita, apresentando muitas dificuldades.
Por conseqüência, essas crianças são consideradas
estabanadas, quebram as coisas, deixam objetos caírem, fazem muito barulho
e são pouco cuidadosas.
Por causa do jeito incontrolável acabam sendo rejeitados
pelos colegas e adultos, atrapalham o ritmo da aula, o que acaba repercutindo
no aprendizado escolar.
30
Ter TDAH significa ter sempre que se desculpar por ter
quebrado ou mexido em algo que não deveria, por fazer comentários fora de
hora, por não ter sido suficientemente organizado... Ou seja, significa ser
responsabilizado por coisas sobre as quais, na verdade, se tem pouco
controle! Torna-se inevitável a sensação de que se é um sujeito meio
inadequado.
2.2 A importância do diagnóstico e outros fatores:
As crianças com TDAH são inteligentes, porém tem
dificuldades em focalizar a atenção, ouvir e lembrar-se das coisas, algumas
ainda podem ser distraídas, impulsivas.
Com relação ao diagnóstico, é relevante comentar que deve
ser feito de forma criteriosa e cuidadosa por profissionais especializados, com
informações colhidas junto aos pais e professores e também através da
observação clínica da criança.
Os sintomas devem estar presentes por pelo menos, 6 meses
e manifestarem-se em pelo menos duas situações (casa e escola, por
exemplo), sendo nitidamente diferentes do esperado para a faixa etária.
É comum que os sintomas estejam presentes desde os 7
anos de idade, mas em muitos casos não é possível afirmar isso com
precisão.
Até hoje é comum que se diga que o TDAH é um distúrbio
essencialmente infantil.
Sabemos hoje em dia que isso não é uma verdade: a maioria
das crianças com TDAH na infância terão sintomas por toda a vida, que
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poderão ou não interferir de modo significativo em suas vidas profissionais,
sociais e familiares.
Mesmo o TDAH sendo de origem genética não existe um
único gene que defina o transtorno, pois o mesmo é chamado de poligênico já
que são vários os genes que em conjunto dão origem ao transtorno.
Está certo de que o ambiente familiar não é fator
determinante para a origem do transtorno, pois na sua grande maioria o
transtorno tem uma participação genética em torno de 90%.
Porém a interação com o ambiente também pode somar-se
aos
sintomas. Durante a gravidez, alguns fatores não genéticos podem
estar envolvidos no aparecimento do transtorno, como: o consumo de álcool, o
uso de drogas, desnutrição, fumo e problemas durante o parto.
Contudo é preciso ressaltar que esses critérios adotados não
sejam utilizados de forma inadequada, pois os Manuais nunca devem ser
usados para estigmatizar as pessoas, assim como é importante lembrar que o
diagnóstico é o início do tratamento e não o seu fim.
O tratamento envolve várias abordagens, como: intervenções
psicoeducacionais (com a família, paciente e a escola), intervenções
psicoterapêuticas, psicopedagógicas e de reabilitação neuropsicológicas e por
fim intervenções psiquiátricas.
No caso das crianças, o especialista deve ser um
neuropediatra, um psiquiatra infantil ou um pediatra. Uma vez diagnosticado o
problema, buscar uma segunda opinião dos professores também é essencial.
32
Importante os pais enxergarem a criança, e não o possível problema. É
preciso escutar o que o filho tem a dizer.
Ele não está dizendo algo que não conseguimos escutar?
Pais e professores devem tentar entender o contexto e os conflitos daquela
criança, minimizando as chances de aceitar pas sivamente um diagnóstico
equivocado.
A criança portadora de TDAH precisa se tratar a vida inteira?
De acordo com os neurologistas, o TDAH é um problema genético e
não tem cura.
Mas, com o tempo, a pessoa aprende a se organizar de
maneira a poder ficar sem medicamento por algum tempo – curto ou longo,
depende muito da pessoa.
Como se trata de um problema crônico, o tratamento funciona
de forma parecida ao tratamento para hipertensão ou diabetes, por exemplo.
33
CAPÍTULO III Como lidar com o aluno com TDAH
Déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos
problemas mais comuns na infância, que continua até a adolescência e vida
adulta. Os sintomas incluem dificuldade em permanecer focado e prestar
atenção, dificuldade em controlar o comportamento e hiperatividade.
O papel do educador é ser um facilitador da aprendizagem,
transmitir e ensinar valores morais e ajudar o aluno a interagir perante os
conflitos.
A criança precisa entender a importância de ser moral por
meio de uma aceitação interior de ser justa, honesta e respeitadora. Em suas
relações com este aluno, é fundamental que o educador procure sempre
ajudá-la a refletir sobre as consequências naturais do não cumprimento e que
o cumprir das regras nos traz uma sensação de bem-estar mais gratificante
que a da transgressão e nos fará uma pessoa mais forte e confiável.
É indispensável criar um ambiente sociomoral cooperativo em
que sejam vivenciadas continuamente as relações de solidariedade, de justiça
e de respeito, com o reconhecimento do ponto de vista do outro e a
aprendizagem paulatina de como buscar soluções aceitáveis para todos os
acontecimentos em sala de aula.
Sabemos que apesar deste diagnóstico estar cada vez mais
conhecido, os professores ainda precisam de ajuda com seus alunos na
ESCOLA, local onde os problemas principais acontecem.
Por isso é importante evitar colocar alunos nos cantos da
sala, onde a reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras
carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela.
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Fazer com que a rotina na classe seja clara e previsível,
crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina.
Também afastá-los de portas e janelas pode evitar que se
distraiam com outros estímulos.
O Contato visual é fundamental, sempre faça quando for falar
com o aluno. O uso de frases curtas ajudam na compreensão, importante
certificar-se que ele entendeu.
Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e
contato físico de maneira equilibrada isso ajuda na convivência com o aluno
com TDAH.
Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude
disciplinar que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.
3.1 A importância do diagnóstico e outros fatores:
Com ou sem TDAH, cada aluno é único e tem necessidades
distintas. É a dedicação do educador, a proximidade dele com cada aluno,
que revelará quais intervenções se fazem necessárias.
As configurações a seguir são essenciais para ajudar as crianças
com TDAH na sala de aula:
Reduzir as tarefas, torná-las mais curtas ou dividi-las em partes,
etapas. Reduzir as tarefas escritas e de copiar. Facilitar alternativas distintas
de avaliação: oral, com projetos especiais.
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Utilizar suportes complementares na classe como gravadores,
calculadoras, computadores, papel carbono, etc.
Pôr notas das datas em que devem ser entregues as tarefas e
trabalhos. Complementar, reforçar instruções verbais com informação visual.
Dar cópias das notas básicas dos capítulos. Modificar, simplificar o
texto do livro de exercícios. Ter em casa uma cópia do texto da escola.
No ambiente, sentar-se na frente, perto do professor. Sentá-lo
longe das distrações. Limitar as distrações visuais.
Reduzir o nível de ruído quando necessária concentração.
Fazer cartazes e guias para referência do aluno.
Organização - Escrever as tarefas no quadro e explicá-las oralmente.
Usar e seguir o calendário diariamente. Clarificar as tarefas no final do dia.
Dar-lhe materiais prontos para arquivar na pasta. Ter pastas, cadernos,
etc.,com divisões e cores diferentes. Ajudar a organizar a mesa e materiais.
Codificar os textos e livros por cor. Colar uma lista na mesa de: "Coisas
por fazer". Dividir tarefas longas.
Limitar a quantidade de materiais sobre a mesa da criança.
Comunicação e trabalho em equipe
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As comunicações diárias ou semanais devem ser assinadas
pelos pais com gráficos e guias especiais que indiquem o comportamento e se
os trabalhos estão completos.
Comunicação telefônica frequente com os pais (Lembre-
se de compartilhar as conquistas positivas e as preocupações).
Encontros mais frequentes com os pais para construir
uma equipe de trabalho com e para a criança.
Compartilhar com outro professor suas conquistas, atividades,
disciplina, trabalho em equipe.
Fazer com que o aluno saiba que estamos interessados em ajudá-lo,
dialogar sobre as suas necessidades e incentivar a comunicação aberta.
Gestão em sala de aula
Aumentar a estrutura e o monitoramento dos comportamentos
concretos.
Definir com clareza as expectativas e as consequências (Verifique-
as frequentemente). Ter proximidade física com o aluno, contato visual
permanente.
Ensinar apenas quando haja silêncio e todos estejam atentos.
Elogiar comportamentos positivos. Utilizar cartas de progresso,
contratos para melhorar o comportamento.
Facilitar oportunidades de movimento e descansos frequentes.
Dar apoio extra durante as transições e mudanças do dia.
37
Permitir que o estudante participe da seleção das consequências e dos
prêmios. Utilizar períodos de reforço curtos com avaliação constante.
Ensino e avaliação
Dar tempo extra para processar informações,
falar mais lentamente e dar mais "tempo para que o aluno pense e responda”.
Aumentar a quantidade de exemplos, modelos,
demonstrações e prática dirigida.
Dar muitas oportunidades para trabalhar com companheiros ou em
grupo pequeno. Oferecer oportunidades para verbalizar na aula,
para expressar-se sem temor em um clima seguro sem temer o ridículo.
Analisar o progresso ereforçá-lo: tarefas, trabalho em classe, etc.
Utilizar técnicas multissensoriais. Propor projetos que permitam
a criatividade e expressão. Permitir o uso de computadores, calculadoras, etc.
Usar técnicas de perguntas variadas para dar mais oportunidades de
resposta. Fornecer guias simples, organizados, breves.
3.2 A Relação entre família e escola:
A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas
sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em
relação aos objetivos que desejam atingir.
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Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve
fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir
crianças e jovens a um futuro melhor.
O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma
simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma
que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de
situações que surgem na sociedade.
Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola
podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos
seus filhos e dos seus alunos.
A família tem sido e é a influência mais poderosa no
desenvolvimento da personalidade e na formação da consciência na criança.
Assim, podemos dizer que elas precisam sentir que fazem parte de uma
família, pois ela é a base de qualquer pessoa na infância e, é nela que a
criança encontra um espaço natural para o seu desenvolvimento moral e
afetivo.
O papel da família modificou-se ao longo do tempo. Atualmente as
famílias são organizadas de diversas maneiras e o compromisso de educar
em um ambiente onde o diálogo e o amor prevaleçam está sendo cada vez
mais afetado.
O bom relacionamento familiar e a convivência prazerosa é o grande
segredo para o crescimento do respeito mútuo. Essas situações comprovam
que a educação familiar é a verdadeira árvore da ciência, cujos frutos
alimentam a criança tornando-a cidadã consciente de seus direitos e deveres.
39
As famílias educadoras, que levam a sério sua missão na arte de
educar, precisam lembrar que a criança é um ser humano, com necessidades
físicas, psíquicas e sociais a serem supridas; é dependente e precisa ser
tratado sem humilhações e castigos, ser orientada com critérios de verdade e
justiça; precisa de afeto, de elogios, incentivos e sorrisos para a construção de
seu caráter.
No decorrer da história, muitas mudanças foram marcando a educação
e com a chegada da modernidade e transformações sociais chegamos a um
modelo familiar que oferece amor incondicionado, um refúgio do mundo
considerado estranho, competitivo e ameaçador.
Vivemos uma cultura emocional, sentimental baseada na
superproteção, onde se recompensa sem merecimento, se permite sem
critérios e se defende sem a preocupação de considerar os fatos.
Sentimos que as crises da educação brasileira provem da falta de
um bom relacionamento entre a escola e a família. Os valores da família
precisam vir de encontro com os da escola para que as crianças percebam e
aprendam com as atitudes e modelos convergentes entre as duas instituições
e isso muitas vezes não é possível, porque a cultura da intolerância e
parcialidade foi instalada entre essa relação.
Alguns desafios precisam ser enfrentados para que a educação
aconteça de maneira efetiva. Escola e família precisam andar juntas para
ajudarem na construção do caráter das crianças e para que isso aconteça é
necessário que ambas estejam informadas sobre o ensino-aprendizagem
adquirido pelas crianças, que a família colabore com os educadores para
tornar mais coerente e eficaz a atuação escolar, que se mostre interessada
pelas atividades realizadas pelos filhos na escola, que valorizem a instituição
de ensino escolhida, os conhecimentos e habilidades que propicia, para criar
nas crianças hábitos de respeito e uma expectativa positiva ao conhecimento
40
adquirido e socializado, que expressem em palavras e atitudes a confiança
que têm em relação a escola e em seus profissionais, que procurem saber o
que a criança realizou e como foi o seu dia, que zelem por uma relação de
carinho e respeito com os educadores, pois a opinião da família influi sobre os
filhos; que observem os materiais escolares e auxiliem as crianças nas tarefas
de casa, que procurem resolver problemas entre família e escola e, por fim
reforcem sempre a autoestima e autoconfiança dos filhos.
É de fundamental importância a família ter tempo para as crianças,
ser exemplo de comportamentos (pontualidade, respeito, amor, gratuidade,
disciplina, tolerância, sinceridade, verdade\) e oferecer espaços à liberdade
de pensar e agir. Saber dizer “não”, introduzindo-as no mundo real, fazendo-
as pensar no que foi negado para que amadureçam com sabedoria. A
educação não depende de si mesma, mas principalmente do papel que a
família desempenha dentro, fora e junto à escola.
É no aconchego da família e da escola que a criança vai construindo
sua consciência/caráter, se socializando, se educando para enfrentar a
realidade e as dificuldades na sociedade, tornando-se uma pessoa consciente
e crítica. Tanto família, quanto escola influenciam nas atitudes das crianças.
Elas buscam respeito como gente que pensa, age, ama e sofre. A educação
torna-se a ligação da família e da escola, com a esperança de um presente e
futuro menos doloroso, modificando a cultura e os costumes da sociedade
com maior percepção de seus direitos, deveres e a liberdade como cidadãs.
Na família e na escola, onde existe o amor que dialoga, o amor que
abraça, que perdoa, que ouve com os ouvidos do coração, que auxilia as
crianças a aprender valorizar e a ter projetos de vida, lutar e procurar manter
acesa a chama do amor em todos os seus atos e atitudes é possível construir
uma consciência crítica, capaz de enfrentar as dificuldades e ir a busca de um
mundo onde prevaleça a justiça.
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A criança com TDAH deve ser aceita, respeitada e auxiliada por sua
família em todos os momentos da vida, porém sabe-se que não é fácil
trabalhar.
Em todos os momentos da vida dos indivíduos, a família
desempenha papel fundamental, dependendo de como sua dinâmica familiar
se estabelece, o que pode tanto fortalecer as relações sociais de seus
membros quanto prejudicá-las.
De qualquer forma, para toda pessoa o equilíbrio emocional, afetivo
e social, em primeira instância dependerá da família.
A família é o primeiro grupo social que fundamenta os princípios e
valores da criança como o respeito, a amizade e o afeto, entre outros
aspectos importantes na vida das pessoas, sejam estas diferentes ou não.
De acordo com essa assertiva, o afeto é o primeiro elo entre a mãe
e o filho, o que embute o poder de superar qualquer dificuldade, seja esta de
natureza orgânica ou psíquica.
A função que a família desempenha, não só não é nada fácil como
deve ser exigida a responsabilidade a todos os que convivem com a(s)
criança(s), desde os pais, irmãos, outros familiares, aos adultos que a
rodeiam, papel esse que a maior parte das vezes, as famílias não estão
preparadas para o exercer.
A família representa, consequentemente um papel importante na
adaptação da criança. No entanto, poucas famílias têm a capacidade para o
fazerem sozinhas, sendo essencial a cooperação com os professores.
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As escolas deverão, assim trabalhar no sentido de um maior
relacionamento recíproco, tendo em vista a produção de melhores contextos
de aprendizagens para os jovens.
A família é o primeiro suporte vital que temos nos primeiros anos de
vida, é nela que temos que nos apoiar e consequentemente teremos que
apoiar, pois cada elemento da família (seja ela grande ou pequena), necessita
do nosso apoio, da nossa companhia, do nosso carinho, da nossa sabedoria,
da nossa alegria, das nossas palavras de conforto, resumindo, é na família
que está todo o equilíbrio que o ser humano necessita à boa integração na
sociedade e fundamentalmente à sua sobrevivência.
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Conclusão
Dessa forma, concluo que, apesar dos professores já terem
ouvido falar a respeito do transtorno, eles ainda têm muito que aprender, pois
mesmo tendo noções dos sintomas do TDAH, ainda não sabem diferenciar o
comportamento excessivo dessas crianças de hábitos como má educação ou
de força de vontade do aluno, como mesmo foi apontado na pesquisa. Saber
diferenciar os sintomas do TDAH é algo muito importante para a vida desses
alunos, pois toda sua vida depende disso.
Como foi visto nesse estudo as características do TDAH dificultam o
funcionamento normal da criança em diferentes ambientes e implicam
repercussões muito variadas na vida cotidiana delas.
Foi observado que apesar dos professores terem identificado os
comportamentos que mais atingem as crianças com o TDAH, há uma dúvida
sobre quais atitudes são considerados comportamento ou apenas ações
momentâneas, pois o ato de brincar é fundamental para o desenvolvimento de
qualquer criança e é considerado como uma ação e não como um
comportamento, assim como, falar alto e nervosismo, podem ser algo
momentâneo. Para essas considerações, devem ser consideradas a situação
em que as atitudes ocorrem, bem como a estruturação do ambiente escolar e
a familiar, assim como a freqüência que esses comportamentos costumam
acontecer.
O positivo é que, com a chegada de novas tecnologias, que permitem o
acesso de informações de forma mais rápida, como o crédito dado à Internet,
a busca por novos conhecimentos, os professores estão cada vez mais
informados sobre o TDAH ou sobre outros transtornos ou possíveis causas
que podem dificultar a aprendizagem e o desenvolvimento da criança na
44
escola e, assim, direcioná-las para um profissional especializado fazer o
diagnóstico mais preciso.
Apesar desses avanços, existem ainda, poucas publicações destinadas
aos professores e educadores que trabalham cotidianamente com a criança
portadora de TDAH em sala de aula, e, ao mesmo tempo, com o restante da
classe. Acredito também que a educação brasileira tem que melhorar muito
para garantir que uma educação de qualidade seja oferecida a todos,
conforme regem as legislações apresentadas nesse trabalho. Há ainda a
necessidade de se pensar na melhoria da qualidade de vida desses
professores, valorizando-os cada dia mais, pois eles, mesmo em condições
precárias, fazem o impossível pelos seus alunos, tentando ajudá-los sempre e
procurando novos aperfeiçoamentos.
Ainda que muitas das manifestações comportamentais sejam causadas
por questões que exigem um atendimento médico específico, ou consultas
com psicólogos, fonodiólogos, psicoterapeutas, neurologistas e outros, ainda
há de se considerar as questões do meio social em que a criança vive, a
família ou fatores externos como no caso de uso de drogas.
Saber notar e diferenciar tais característica é muito importante para não
se rotular erroneamente. Sendo as informações tão divulgadas como o são,
torna-se preocupante que na lista dos professores ainda sejam apontadas
como possíveis causas desses comportamentos a “má educação” e a
“responsabilidade do aluno”. Para que se evitasse isso um curso de
especialização torna-se necessário, para que essas informações sejam mais
claras para esses professores e para muitos outros que desconhecem as
causas do transtorno.
É nesses casos que o professor deve ficar mais atento, pois o que pode
ser considerado simples caso de má educação ou desinteresse do aluno,
pode ser algo que deveria ser levado mais a sério.
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Foi identificado que é na escola que o transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade se manifesta, é nesse ambiente que o aluno precisa de mais
autocontrole, cumprimento de normas, relacionar-se com os seus
semelhantes e, especialmente, prestar e manter a atenção necessária ao
ensino.
As dificuldades que a criança portadora do TDAH podem ter são tantas
e persistirem por toda sua vida, que uma intervenção precoce diminuiria
consideravelmente os efeitos que uma má interpretação de suas atitudes
pode causar lhes. É nesse sentindo que a escola desenvolve um papel
importantíssimo na vida dessas crianças, sendo necessário desenvolver
programas de incentivo aos professores para se especializarem, a fim de
estes poderem traçar estratégias significativas que tornem a vida dessas
crianças mais fácil.
O apoio do professor que une a tolerância à exigência é sempre muito
importante para a criança na fase de desenvolvimento, pois é o professor que
vai demonstrar através do seu afeto que o aluno é capaz de superar qualquer
dificuldade, exigindo sempre dele a superação com amor e cautela.
Como foi visto nos capítulos anteriores a criança com o transtorno,
podem apresentar dificuldades de relacionamento, por não obedecer às
regras das brincadeiras, respeitarem a vez do outro, por se intrometer nas
conversar ou por não controlar seus impulsos e hiperatividade, fazendo com
que as outras crianças aos poucos se afastem, assim como a agressividade
pode estar presente, caracterizando o que chamamos de Transtorno
Desafiante Opositor. Esse transtorno pode ser apresentado junto com os
sintomas do TDAH e é o que no trabalho foi apresentado como comorbidades.
Esse e os outros transtornos que podem estar entrelaçados com TDAH
devem ter suas características bem esclarecidas para os professores para que
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possam identificá-los de maneira rápida e encaminhar o aluno para um
acompanhamento especializado. Sei, contudo, que não cabe ao professor
diagnosticar a crianças por não ter especialização para isso, mas cabe a ele
reparar que tais comportamentos apresentados frequentemente na criança
não é normal e que uma investigação com os pais e com a própria criança
devem ser feitas para evitar algo mais agravante no futuro delas.
Deve-se ter ainda muito cuidado para não rotular a criança de modo a
interferir no aprendizado, ou deixá-la fazer o que desejar por ter problemas
comportamentais. Um diagnóstico mais preciso se faz necessário para
comprovar a presença do TDAH ou de outros transtornos. Apesar do
diagnóstico do TDAH ser um tanto complexo por se basear em relatos de pais,
professores e outros profissionais que possam contribuir com dados sobre a
criança e sobre os sintomas específicos do transtorno, uma entrevista mais
detalhada com um especialista é necessário para seu diagnóstico, assim
como a realização de teste neuropsicológico.
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BIBLIOGRAFIA
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Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 4ª.ed, Porto Alegre: Artes
Médicas, 2000.
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Ciranda Cultural, 2008. – (Um olhar para a educação).
BRASIL, MEC. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO – ABDA.
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BARKLEY, Russell A.. & colaboradores. Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade: manual para diagnóstico e tratamento. 3ª Ed. – Porto
Alegre: Artmed, 2008.ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10.
BRASIL. UNICEF. Declaração Mundial de Educação para Todos e plano
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Fundos das Nações Unidas para a Infância, 1990.