LEGISLATIVO É ELEITO O PIOR DOS TRÊS...

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LEGISLATIVO É ELEITO O PIOR DOS TRÊS PODERE S .- OS SEIS CASO S QUE AGITARA M INDÚSTRIA DO DAN O MORAL pi JOEL SILVEIR A JOSÉ HAMILTO N SÉRGIO DAVIL A CRISTIANA MESQUITA

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LEGISLATIVO É ELEITO O PIOR DOS TRÊS PODERE S

.- OS SEIS CASO SQUE AGITARA MINDÚSTRIA DO DAN OMORALpi

JOEL SILVEIRAJOSÉ HAMILTONSÉRGIO DAVIL ACRISTIANA MESQUITA

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«Flavia uma idéia formada de queRoberto Marinho era o "demo"»

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PEDRO VENCESLA U

FOTOS SERGIO HUOLIVE R

edro Bial é um só . Seus panos d efundo, muitos . Pode ser a qued ado Muro de Berlim, um progra -ma de literatura, o "Fantástico"

aos domingos, a biografia de Roberto Ma-rinho, um filme ou o "Big Brother Brasil" .É como se, em todo o caminho, houvess eum Pedro. Não como um estorvo, comonos versos de Drummond, mas como um aponte a ligar mundos e universos tão dis-tintos, como o jornalismo internacional, acultura e o mais puroentretenimento . Sea onipresença Pedroé hoje, por ele, umfenômeno natural ,em 1997, quandofoi entrevistado, pelaprimeira vez, porIMPRENSA, sua vidaera uma aflição se mfim. Fumava e tra-balhava compulsiva -mente, tomava remé-dio para dormir, cor-ria de uma coisa a outra, saltava de um ca -minho a outro . Queria, enfim, provar qu eera mais que um simples apresentador d o"Fantástico' : O desembarque no horári onobre dos domingos aconteceu depois d euma temporada de oito anos em Londres ,onde morava e de onde partia para cobri ros eventos que marcaram o século na Eu-ropa, como a queda do Muro de Berlim eo fim do comunismo na Polônia . "Eu nãotinha entendido muito bem porque tinh aido apresentar o `Fantástico' ", confessa . Econclui : "Cheguei perto da autoflagelação" .♦ Oito anos, duas Copas do Mundo e cin-co "Big Brothers" depois, Bial deixou defumar e decidiu puxar o freio de mão . Masainda mora, como em 1997, em casa alu-

gada, embora ganhe muito bem, obrigado ."Gastei tudo em uma aventura cinemato -gráfica . Não tenho patrimônio" lamenta .♦ Pai de cinco filhos - dois deles enteado s- e atualmente casado com Isabel Diegues ,filha do cineasta Cacá Diegues, Bial te minvestido no ócio, algo raro durante osmeses de "Big Brother". Ócio, aliás, é umapalavra praticamente abolida do dicioná -rio do Grande Irmão desde que se formouem jornalismo, na PUC carioca, em 1980 .

Na seqüência, o focaBial conseguiu umavaga na Globo comoestagiário. Passou aprodutor, repórter,substituiu Leda Na-gle no "Jornal Hoje" ,e chegou até a apre -sentar programa deauditório. Até que,aos 30 anos, em 1988 ,recebeu o grande con -vite de sua vida: sercorrespondente da

Globo em Londres . Cheio de prestígio, fo iapresentar o "Fantástico" . E de lá não saiumais . ♦ Sua primeira participação noBBB desencadeou uma enxurrada de críti -cas. Como um jornalista com o currícul oe o patrimônio profissional de Pedro Bialpode apresentar um programa como o "BigBrother"? Chegaram a dizer que iria "que -rer apagar essa mancha do passado". Paraele, uma bobagem . À vontade no papel, Bia lrecorre a Chacrinha para vaticinar : "Disse-ram que o Velho Guerreiro era lixo . Hojeele é venerado" . Nesta entrevista para IM -PRENSA, Pedro Bial faz um desabafo so -bre a indústria da fofoca, avalia sua relaçã ocom a fama, defende o "Big Brother", de-sanca Lula e passa a mídia brasileira a limpo.

Temum Pedro

no meio docaminho

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IMPRENSA - Em 1997, quando foi publicada su aprimeira entrevista em IMPRENSA, pouco depoi sde voltar de Londres cheio de prestígio e assumi ro "Fantástico", você morava em um apartamentoalugado no Leblon, embora ganhasse bem . E re -clamava que não tinha tempo para o ócio . O quemudou na sua vida ?B IAL - Ainda moro em casa alugada e não tenhopatrimônio. Fiz uma aventura cinematográfica ,que foi dirigir e produzir um filme [Outras Histó-rias, lançado em 1999] . Perdi tudo que tinha eco-nomizado . Tive que começar do zero e não esto umuito longe disso ainda .

IMPRENSA - E o ócio ?B IAL- Estou cada vez mais investindo em dias " inú-tei s' : Estamos montando um esquema de rodízio n o"Fantástico", em que só um fica de plantão no fi mde semana. Em 1997, na época da entrevista par aIMPRENSA, minha vida era uma aflição só . Eusaía correndo de uma coisa para outra, tinha um aânsia enorme de realizar. Hoje percebo que aqui -lo fez parte de um certo quadro de volta ao Brasil ,onde eu queria estar presente em tudo . Não tinhaentendido muito bem porque tinha ido apresenta ro "Fantástico". Queria mostrar que eu era mais qu eaquilo. Houve algum processo psicológico que m efez quase chegar a autoflagelação. Aí, eu entrei empsicanálise, tive problemas de depressão . Tive umestresse que chegou a tal ponto, que tive problema sno joelho . Fui ao hospital me consultar com me uamigo, Dr.Campos da Paz . Fiz uma batelada de exa -mes. Ele me disse que eu estava com quadro de de-pressão. Fiquei tomando anti-depressivo duranteanos. Percebi que mais importante do que tentar s eafirmar fazendo um monte de coisas é fazer bem oseu trabalho. Hoje sou um cara muito caseiro.

IMPRENSA - Vamos falar de "Big Brother''. Em al -gum momento, você se perguntou : "O que eu es-tou fazendo aqui? "BIAL - Eu nunca me questionei se eu deveria o unão estar fazendo aquilo, por ser jornalista . Aliás,o programa começou a funcionar bem quandofui eu mesmo e parei de me preocupar com a con -dição de "o jornalista" e passei a ser o "Zé Mané "do Pedro Bial .

IMPRENSA - A saída da Marisa Orth ajudou ?BIAL - Melhorou . Não tem espaço para duas pes-soas no BBB . O pessoal confinado tem que ter re -lação com um sujeito só .

IMPRENSA - Na primeira edição do BBB, a "crític aespecializada" acabou com o "Big Brother": Disse-

ram até que você iria "se esforçar para apagar ess amancha do currículo" Depois de cinco edições, porque você acha que desistiram de criticar?BIAL - O Chacrinha foi chamado - ele e o pro -grama- de débil mental e de lixo, durante dé-cadas . Desde o rádio até a televisão . Aí, um bel odia, um teórico da comunicação europeu diss eque ele era genial, que tinha umas sacadas bri-lhantes e tal . De repente, os acadêmicos e a crí-tica brasileira, com o perdão da má palavra, co-meçaram a concordar com ele . Por isso, eu digo :não julguem o "Big Brother" tão rápido . Deixempassar um pouco . No BBB 5, proliferaram ma-térias em jornais, como a Folha, de gente que-rendo dar uma áurea de Andy Warhol, tipo pé-com-bunda . Não tem nada a ver.

IMPRENSA - A fama te incomoda ?BIAL - Antes do " Big Brother " , eu tinha a prote-ção do título de jornalista. E, por mais que jorna -lista seja popular, as pessoas têm uma certa ceri-mônia na abordagem . No momento em que e uvirei apresentador de um programa que estimul aas pessoas a "darem uma espiadinha" , perderama cerimônia . Eu procuro agir com naturalidade ,mas, às vezes, tenho de sair correndo .

IMPRENSA -O "Big Brother" é um fator que alavan-ca e fortalece a indústria da fofoca . E você, com oâncora do programa, acaba sendo alvo preferen-cial desse nicho . Quando um jornalista lhe perse-gue, você lembra que ele é um coleguinha no exer-cício da profissão e deixa barato?BIAL- No dia seguinte ao final do "Big Brother" , fu ipegar jacaré na praia e um paparazzi me fotogra-fou. Saiu na revista Quem . Nesse caso, eu até acheisimpático. Mas, geralmente, é infernal. Já tentaramme fotografar dentro de casa . Subiram no muro .Aí, já é invasão mesmo, é contra a lei. Não é nadaagradável essa situação de não poder colocar o p éfora de casa. Tudo o que for feito pode ser usad ocontra você. É um "Big Brother " 24 horas por dia.

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«Me senti ultrajado com o boato de queeu tinha um caso com Susana Werner»

IMPRENSA - o "Big Brother" aquecendo o merca-do da fofoca .B IAL - É impressionante o ciclo econômico que afofoca movimenta a partir do programa . O querola de notícia falsa em revistas, sites -algunsaté relativamente sérios- e nesses programa sda tarde que passam na TV é impressionante .No começo, eu ficava bravo. Chegaram a acusa ro Domini, que participou do terceiro BBB, de te rassassinado uma pessoa. Vivem criando teoria sconspiratórias . Um absurdo .

IMPRENSA - Até que ponto você concorda que'no-tícia é entretenimento'?B IAL - Notícia é uma coisa, entretenimento éoutra. Acredito que esses programas sensacio-nalistas, como o "Aqui e Agora " e cia, estão n acategoria dos programas que têm vida curta . Osensacionalismo tem vida curta e isso vem send oprovado a cada nova tentativa .

IMPRENSA - Durante a Copa do Mundo de 1998, aimprensa de celebridades espalhou que você es-taria tendo um caso com a Susana Werner, entãoesposa do Ronaldo . Chegaram a dizer que ele jo-gou mal na partida contra a França por sua causa .Você pensou em processar alguém? Como enca-rou esse episódio ?B IAL - O boato é um negócio terrível. Você nãotem como lutar contra ele . Não há como planta rum contra-boato . Se você vai a público negar, sófortalece a lógica do boato. É uma impotência euma raiva enorme . Já passei por várias situaçõesna minha vida mais ou menos trágicas, mas, depraticamente todas elas, hoje eu consigo rir .Contudo, se tem uma coisa que eu, até hoje ,

não consigo achar graça é a história desse

boato da Susana Werner. Foi escroto, malicioso ,descabido .

IMPRENSA - Como surgiu essa história ?BIAL - Tenho desconfiança de alguns nomes, in-clusive de coleguinhas bem próximos . Mas seri aleviano dizer. Também parei de querer saber. Mesenti ultrajado como pessoa, como brasileiro .Todo mundo no Brasil começou a repercutir isso,principalmente as rádios. Eu não tinha como,nem a quem processar . Só se eu processasse tod omundo, mas seria covardia .

IMPRENSA - Você chegou a conversar com o Ronal-dinho sobre isso ?BIAL - Soube disso pelo Ademário Touguinho,que me chamou durante um treino da seleçã oe falou da história . No mesmo treino, pedi umtempo com o Ronaldo para conversar . Ele já esta -va sabendo de tudo . Eu conhecia o Ronaldo des -de 1994, na outra Copa . Já esclareci de cara co mquem interessava e, depois, com a própria Susa-na. Ela trabalhava junto comigo, cobrindo pel aGlobo. Em vários jogos, fiquei do lado dela e iss ofortaleceu a teoria do boato. Eu ia com aquela tra -quitana toda -retorno de áudio, fone de ouvi -do, microfone sem fio- para que ela entrasse aovivo, já que ela não sabia como coordenar e ne mtinha como carregar aquilo tudo . Como a TVfrancesa, além da Globo, dava takes da namorad ado Ronaldinho vendo o jogo, eu aparecia muitodo lado dela .

IMPRENSA - E por falar em fofoca : é verdade qu evocê e a Glória Maria brigaram e não se falam ?BIAL - Eu tive que me ausentar do "Fantástico"para escrever o livro do Roberto Marinho e co-meçaram com essa história . Não tem nada a ver .

IMPRENSA - Certa vez você estava no estúdio, es-perando para apresentar uma matéria sobre obalé Kirov, quando fez um comentário politica-mente incorreto: "Isso é coisa de viado': A fraseteve uma repercussão enorme . Como aquilo fo ivazar ?BIAL - Aquilo foi sacanagem, mas não consegu iidentificar de quem . Meus amigos na Globo di-zem que foi a lei de Murph -passou por cincoedições e ninguém viu . Mas deixa para lá. Hoje eudou risada disso .

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IMPRENSA -Você não acha que essa comemoraçã odos 40 anos da Globo foi meio cansativa? Dize mque elogio em boca própria é vitupério .BIAL - Em um país como o Brasil, qualquer coi-sa que consegue chegar aos 40 anos com saúde ,equivale a uma tradição milenar . Só que, po rmais que a data mereça, é muito dificil fazer um acomemoração dessa sem cair no cabotinismo .No caso dos 40 anos da Globo, não acho que cai uno cabotinismo, mas transmitiu uma sensaçã ode excesso. Televisão é um veículo hiperbólico. Afesta ao vivo eu achei boa, mas muito longa.

IMPRENSA - Seu livro sobre o Roberto Marinho re-cebeu duras críticas . Disseram que faltou isenção,carregou nas tintas e louvou demais a figura d ochefe. E que você poderia se aprofundar em certo sepisódios polêmicos, como a cobertura das Dire -tas e o debate entre Collor e Lula . A encomenda foiessa mesmo: fazer um livro de memórias para a fa-mília, sem levantar polêmicas ?BIAL- Teve uma crítica da Folha de S.Paulo -quefaz uma campanha declarada contra a TV Glob o- dizendo que faltava isenção ao autor. No Esta-dão, uma resenha disse a mesma coisa . Dizer qu efalta isenção ao autor é desacreditar a obra semnem precisar ler o livro . Eu acho que está tud otratado ali, com honestidade e franqueza . O queexiste é uma maneira dialética de tratar a persona -gem. Não pesei um vetor em detrimento de outro .Roberto Marinho foi um homem paradoxal, u mhomem típico do século 20 . Mas uma coisa de fatohouve: a intenção de que as pessoas terminasse mde ler o livro com uma impressão diferente do Ro-berto Marinho . Havia uma idéia formada, umasentença, de que Roberto Marinho era o "demo"e daí para baixo . Mas faltava informação sobrequem foi aquele cara, de onde ele surgiu . Eu qui sque houvesse uma revisão dos autos do processo

do Roberto Marinho através do meu livro.

IMPRENSA - A família deu liberdade tota lpara escrever o livro ?

BIAL - Tive total liberdade. Meu inter -locutor principal, o João Roberto

que aposta no fracasso»não me pediu para mudar nada. O único conse-lho que o João me deu foi: "Pode tratar de qual -quer assunto, desde que seja com naturalidade ."

IMPRENSA - Mudando de assunto : você ainda con -segue ler o Jornal do Brasil ?BIAL -Ano passado, quando eles deixaram de co-brir um assunto - não vou nem citar qual foi ofato -, decidi cancelar minha assinatura . Tevetambém umas demissões de pessoas que eu ad -miro muito . Os jornais morrem . Diz o provérbio ,que eles começam a morrer 10 anos antes . Masnão precisa perder a dignidade antes de morrer .Em alguns momentos, o JB perdeu a dignidade .

IMPRENSA - O governo FHC era mais afável com aimprensa do que é o governo Lula ?BIAL - O governo do PT tem mais desconfianç ada imprensa do que o do PSDB. Eles [o PT] têmmedo de jornalista . FHC tinha mais jogo de cin-tura, era mais democrático .

IMPRENSA -Você é sindicalizado ?BIAL - Não me sinto representado pelo Sindicato ,mas também não fico nessa de rebeldia inconse-qüente.

IMPRENSA - Com que veículos você costuma se in -formar ?BIAL - Aos poucos, estou criando o hábito de lera Época, mas ainda prefiro a Veja . Eu tambémgosto da IstoÉ Dinheiro, mas não da Istoé Gente .A Carta Capital é pouco confiável . Depois qu epublicou umas bobagens atrozes, eu parei de ler edas revistas internacionais, como The Economist.

Elas são brilhantes . Na TV paga, gosto muito d oSem Fronteiras, da Globo News . Assino O Globoe Estadão . O Globo tem a melhor primeira págin ado Brasil . E o Estadão tem um texto muito be mescrito . Além disso, me afino com as posições d ojornal . Já para a Folha falta equilíbrio. Eles têmuma pegada muito boa, mas um jornal não vivesó de destruir . O Evandro Carlos de Andrade usa-va uma expressão que define bem a Folha : "Umjornal que aposta no fracasso".

IMPRENSA - De onde vem essa história que a Folh afaz campanha contra o Grupo Globo?BIAL - Isso é declarado . Já li entrevistas dos proprie -tários da Folha, dizendo que fazem uma campanh acontra a Globo . Isso é até justificável, já que a Glob odetém uma fatia muito grande do orçamento publi -citário que existe no Brasil e eles estão brigando nes -se mercado . Só que isso tira legitimidade e isençã oda Folha na hora de criticar a Globo .