Leitura - UNESP: Câmpus Experimental de Rosana · de controlar a compreensão e modificar as...
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Leitura é uma atividade ou um processo de
construção de sentidos realizados por sujeitos sociaisinseridos num tempo histórico, numa dadacultura.[...] quando alguém lê um texto não estáapenas realizando uma tradução literal daquilo que oautor do texto quer significar, mas que estáproduzindo sentidos, em um contexto concreto decomunicação, a partir do material escrito que o autorfornece.
(CAFIERO, 2005, p 17)
[...] ler estende-se desde a habilidade de simplesmente traduzir em sons sílabas
isoladas, até habilidades de pensamento cognitivo e metacognitivo; entre
outras habilidades, a habilidade de decodificar símbolos escritos; a habilidade de captar o
sentido de um texto escrito; capacidade de interpretar sequências de ideias ou
acontecimentos, analogias, comparações, linguagem figurada, relações complexas,
anáforas; e ainda habilidades de fazer predições iniciais sobre o significado do texto, de
construir o significado combinando conhecimentos prévios com as informações do texto,
de controlar a compreensão e modificar as predições iniciais, quando necessário, de refletir
sobre a importância do que foi lido, tirando conclusões e fazendo avaliações. Além dessa
grande variedade de habilidades e conhecimentos de leitura, há ainda o fato de que essas
habilidades são aplicadas de forma diferenciada a uma enorme diversidade de materiais
escritos... (SOARES, 2011, p. 31)
Sobre ler...
FluênciaQuatro princípios auxiliam na seleção e elaboração das atividades:
1- Diminuir a quantidade de informação visual;
2-Trabalhar com vocabulário e estrutura sintática frequentementeutilizada;
3- Fazer inferência e confirmar;
4-Leitura em voz alta após preparação prévia.
Compreensão- Identificar finalidades e funções da leitura em função do suporte, do gênero e da
contextualização do texto;
- Antecipar conteúdos de textos a serem lidos em função de seu suporte, seu gênero e sua contextualização;
- Levantar e confirmar hipóteses relativas ao conteúdo do texto que está sendo lido;
- Avaliar ética e afetivamente o texto, fazer extrapolações.
- Buscar pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas (fazer inferências) ampliando a compreensão;
- Construir compreensão global do texto lido, unificando e inter-relacionando informações explícitas e implícitas;
Dimensão do texto
• Situa o texto dentro de uma dimensãosociocomunicativa. Faz parte do contexto aintencionalidade e a informatividade.
Contexto
• Construção textual: coesão e coerência.
Texto
• Informações implícitas
Infratexto
• Referência e marcas de textos lidos.
IntertextoPró-Letramento. Fascículo 7,Modos de falar. Modos deescrever. Alfabetização eLinguagem, p. 28 – 38.
Processo inferencial
“ Inferência é um processo cognitivo que gera uma informação semântica nova, a partir de uma informação semântica anterior em um determinado contexto” . (DELL´ ISOLA, 2001, p. 44)
Inferência = A B
C
Distribuição do processo inferencial
1- a representação psicológica das informações A e B2- a operação de B extraída de A3- a noção e contexto C e seu efeito sobre a inferência
Partes do enredo
1- Exposição (ou introdução ou apresentação)Apresentação dos fatos iniciais, das personagens, as vezes do tempo e do espaço. É a parte que situa o leitor diante da história.
2- Complicação (ou desenvolvimento)Parte do enredo que se desenvolve o conflito. Constitui a maior parte da narrativa, na qual agem forças auxiliares e opositoras ao desejo da personagem e que intensificam o conflito.
3- ClímaxMomento culminante da história, momento de maior tensão, no qual o conflito chega a seu ponto máximo.
4- Desfecho (desenlace ou conclusão)É a solução dos conflitos, boa ou má.
Configuração do enredo
da fàbula “O corvo e o jarro”
(Fábulas de Esopo. Adaptação de Guilherme Figueiredo)
Um corvo morria de sede e se aproximou de um jarro, que uma vez vira cheio d´agua. Mas, desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la com o bico.Tentou derramar o jarro, mas era impossível: o jarro era pesado demais.De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e a jogou dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava, a água subia.Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu até o gargalo.Então o corvo pôde beber.
Moral da história: “Onde a força falha, a inteligência vence”.
(Fábulas de Esopo, Adaptação de Guilherme Figueiredo, Rio de Janeiro. Ediouro, 1997, p. 30)
Um corvo morria de sede e se aproximou de um jarro, que uma vez vira cheio d´agua. Mas, desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la com o bico.Tentou derramar o jarro, mas era impossível: o jarro era pesado demais.De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e a jogou dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava, a água subia.Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu até o gargalo.Então o corvo pôde beber.Moral da história: “Onde a força falha, a inteligência vence”.
(Fábulas de Esopo, Adaptação de Guilherme Figueiredo, Rio de Janeiro. Ediouro, 1997, p. 30)
Referências
CAFIERO, D. Leitura como processo: caderno do professor. Belo Horizonte:Ceale/FaE/UFMG, 2005.
DELL`ISOLA, R, L, P. Leitura: inferências e contexto sociocultural. Belo Horizonte:Formato Editorial, 2001.
Fábulas de Esopo, Adaptação de Guilherme Figueiredo, Rio de Janeiro. Ediouro,1997, p. 30
GOMES, A, A, et al. Capacidades da alfabetização. Belo Horizonte:Ceale/FaE/UFMG, 2005.
GOMES, A, A. et al. Planejamento da alfabetização: capacidades e atividade. BeloHorizonte: Ceale, 2006.
Pró-Letramento: Programa de Formação continuada de professores dos anos/séries inciais do ensino fundamental: alfabetização e linguagem.-ed. rev . e ampl.incluindo SAEB/ Prova Brasil Matriz de referência / Secretaria da Educação Básica-Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, 2007.
SOARES, M. Alfabetização e letramento, São Paulo: Contexto, 2011.