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LESÕES DOS NERVOS CRANIANOS Grupo de estudos de Neuroanatomia Alunas: Bruna Zibetti Thayse Fachin Cormanique Professor: Carlos Frederico de Almeida Rodrigues

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LESÕES DOS NERVOS CRANIANOSGrupo de estudos de Neuroanatomia

Alunas:

Bruna Zibetti

Thayse Fachin Cormanique

Professor: Carlos Frederico de Almeida Rodrigues

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Nervo Olfatório• Anosmia (Perda do olfato):

Causas possíveis: infecções respiratórias altas, doença dos seios e traumatismo craniano, tumores, abscessos.

Com o envelhecimento é fisiológica a perda de algumas fibras olfatórias.

Principal queixa dos pacientes com anosmia é a perda do paladar, porém a maioria das pessoas confunde paladar com o sabor.

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Nervo Olfatório• Anosmia (Perda do olfato):

Exame clínico: Venda-se o paciente e o convida a identificar odores comuns, como café, desde que o odor não seja desagradável.

O teste é feito com uma narina de cada vez.

Em casos de traumatismos cranianos pode ocorrer lesão nas fibras nervosas olfatórias do bulbo olfatório ou do trato olfatório, o que pode comprometer o olfato. Pode haver separação entre os nervos e o bulbo olfatório, o que também pode gerar anosmia.

Um tumor ou abscesso pode pressionar o bulbo olfatório e gerar anosmia.

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Nervo Olfatório• Alucinações olfatórias:

As lesões no lobo temporal podem gerar epilepsia do lobo temporal ou convulsões do uncinado, caracterizado por odores desagradáveis imaginários e movimentos involuntários dos lábios e da língua.

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Nervo Óptico • Doenças desmielinizantes:

As doenças desmielinizantes ocorrem apenas em neurônios envoltos por bainha de mielina formada pelos oligodendrócitos, o que ocorrem em células do SNC. Como o nervo óptico é um trato do SNC, ele esta vulnerável a sofrer essas doenças, um exemplo é a esclerose múltipla (EM).

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Nervo Óptico• Neurite Óptica

São lesões do nervo óptico, causadas por processos inflamatórios, degenerativos, desmielinizantes ou tóxicos. Os sintomas são diminuição da acuidade visual e alteração nos campos visuais periféricos. O exame é realizado com o auxílio de um oftalmoscópio.

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Nervo Óptico• Defeito no campo visual:

O tipo de defeito depende do local de interrupção da via, lembrando que parte das fibras do trato óptico se cruzam no quiasma óptico. Secção completa de um nervo óptico:

Sintoma: Amaurose completa de um olho ipsilateral

Causas possíveis: Traumatismo ou glaucoma

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Nervo Óptico• Defeito no campo visual:Secção completa do quiasma óptico:

Sintoma: Reduz a visão periférica resultando em hemianopsia heterônima bitemporal, perda da visão de metade do campo visual de ambos os olhos.

Causas possíveis: Tumores da hipófise.

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Nervo Óptico• Defeito no campo visual:Secção completa do trato óptico:

Sintoma: Amaurose parcial, eliminado a visão dos campos visuais temporal do olho oposto e nasal do olho ipsilateral. Em pacientes que sofreram AVC a perda mais comum da visão se encaixa nos casos de hemianopsia homônima contralateral.

Causas possíveis: Traumatismos, tumores, AVC.

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Nervo Oculomotor• Lesão no nervo oculomotor:

Sintomas: Paralisia motora ipsilateral, afetando músculos do olho ( reto medial, reto superior, reto inferior, oblíquo inferior), o levantador da pálpebra superior e o esfíncter da pupila (musculatura lisa da íris).

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Nervo Oculomotor• Compressão oculomotor:

Possível causa: rápido aumento da pressão intracraniana. Comprime o NC III contra a crista da parte petrosa do osso temporal.

Sintomas: lentidão ipsilateral da reação pupilar a luz.

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Nervo Troclear• Lesão do NC IV:

Sintomas: paralisia do músculo oblíquo superior, comprometimento da rotação ínfero-medial do bulbo do olho afetado, sinal característico é a diplopia ao olhar para baixo.

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Nervo Trigêmio• Lesão do NC V:

Causas possíveis: traumatismo, tumores, aneurismas ou infecções meníngeas. As vezes é acometido na poliomielite ou polineuropatia generalizada. A Esclerose múltipla também pode lesar parcialmente o trato trigeminal espinal.

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Nervo Trigêmio• Lesão do NC V:

Sintomas: Paralisia dos músculos da mastigação com o desvio da mandíbula para o lado da lesão.

Perda da percepção táctil, térmica ou dolorosa da face.

Perda do reflexo corneano e do reflexo do espirro.

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Nervo Trigêmio• Neuralgia do trigêmio:

É um distúrbio da raiz sensitiva do NC V.

Sintomas: Caracteriza-se por crises súbitas de golpes excruciantes semelhantes a faíscas, um paroxismo (dor súbita e aguda). Pode durar 15 minutos ou mais. Em alguns casos, a dor é tão intensa que pode causar alterações psicológicas, podendo levar à depressão ou até mesmo à tentativa de suicídio.

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Nervo Trigêmio• Neuralgia do trigêmio:

Causas Possíveis: pode ser causada pela desmielinização nos axônios na raiz sensitiva (EM).

Entretanto, na maioria dos casos, é causada por pressão de uma pequena artéria aberrante (que sofre desvio).

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Nervo Trigêmio

Avaliação da função sensitiva do NC V:

Instrui-se a pessoa a fechar os olhos e responder quando sentir os tipos de toque. Por exemplo: um pedaço de gaze seca é passado suavemente sobre a pele de ambos os lados da face na mesma posição correspondente. O teste é repetido até que seja examinada a pele da fronte (NC V1), bochechas (NC V2) e mandíbula (NC V3).

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Nervo Abducente• Lesão do NC VI:

Sintomas: paralisia do músculo reto lateral, causando desvio medial do olho afetado.

Possível causa: tumor encefálico, pressão pela Artéria Carótida Interna arterosclerótica no seio cavernoso. Aneurisma do círculo artérial do cérebro (base do encéfalo).

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Nervo abducente

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Nervo Facial• Lesão do NC VII:

É o nervo craniano que sofre paralisia com maior frequência.Lesão do NC VII perto de sua origem ou perto do gânglio

geniculado:

Sintomas: Perda das funções motoras, gustativas e autônomas.

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Nervo FacialLesão central do NC VII (SNC):

Sintomas: paralisia de músculos na região inferior contra-lateral da face. Consequentemente, não há comprometimento visível do enrugamento da fronte, porque a inervação dessa região é bilateral.

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Nervo Facial

Causas possíveis de lesão no NC VII:

Superficiais: Facas, projéteis de arma de fogo, cortes, traumatismos de parto.

Internos: Tumores do encéfalo e do crânio, aneurismas, infecções meníngeas e herpes vírus. Inflamação próxima ao forame estilo-mastoide (origem aparente do crânio do NC VII).

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Nervo Vestíbulo-Coclear

Embora os nervos Vestibular e Coclear sejam praticamente independentes, muitas vezes as lesões periféricas produzem efeitos clínicos concomitantes. • Lesões no NC VIII:

Sintomas: acúfenos, vertigem e comprometimento ou perda da audição.

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Nervo Vestíbulo-Coclear

Há dois tipos de surdez:De condução: acomete a orelha externa ou média. Ex.:

otite média.Neurossensorial: resultante da doença na cóclea ou na

via da cóclea para o encéfalo (auditiva).

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Nervo Vestíbulo-Coclear• Traumas e vertigem:

Geralmente, pessoas que sofrem TC, são acometidas por lesão periférica do N. Vestibular, ocasionando vertigem, uma sensação se rotação que pode ser percebida com o balanço para frente ou para trás ou queda.

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Teste de Weber• O diapasão, após ser colocado a vibrar, é posicionado

com a haste apoiada no vértice da cabeça.Os dois ouvidos percebem o som com igual intensidade.

• Interpretação

1-Lesão no ouvido médio ou externo, disacusia de transmissão- o som é percebido melhor, paradoxalmente, pelo ouvido lesado.

2-Lesão no nervo acústico ou no centro cortical auditivo- o som é melhor percebido pelo ouvido normal.

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Teste de Rinne• Compara a audição por via aérea e audição por via

óssea.

• TécnicaFaz-se vibrar o diapasão, colocando-o primeiro com haste apoiada na mastóide (via óssea) até o paciente acusar não mais percebê-lo e de imediato, o reposicionamos próximo ao pavilhão auricular (via aérea). Em ambos, anotamos o tempo em que o diapasão é percebido até o paciente deixá-lo de perceber.

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Teste de Rinne•  Interpretação

• 1- Rinne positivo normal- Tempo em torno de +/- 20 seg. para a via óssea e, + 20 seg. via aérea, que tem duração 2x maior.

2- Rinne positivo encurtado ou patológico- Tempo por via óssea diminuído (exemplo: 10 seg.). Traduz disacusia neurossensorial por lesão do órgão de Corti ou dos neurônios cocleares.

3. Rinne negativo- Tempo por via óssea mais prolongado, melhor que por via aérea (o inverso do normal). Traduz disacusia de transmissão, lesão da orelha externa ou média; exemplos:otite externa, otite média, afecção do tímpano, objeto estranho em conduto auditivo externo, tampão ceroso)

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Nervo Glossofaríngeo

Lesões isoladas do NC IX ou de seus núcleos são raras. As lesões no NC IX resultantes de infecções ou tumores geralmente são acompanhadas por sinais de acometimentos dos nervos adjacentes.

Como os NC IX, X e XI atravessam o forame jugular, tumores que acometem essa região podem ocasionar múltiplas paralisias nos NCs, denominadas síndromes do forame jugular.

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Nervo Vago• Lesão dos ramos faríngeos do NC X:

Causa possível: aneurisma do arco da aorta, complicações em cirurgia do pescoço.

Sintomas: disfagia (dificuldade na deglutição); a lesão do N. laríngeo superior produz anestesia na porção superior da laringe e paralisia do M. Cricotireoideo. A voz é fraca e cansa com facilidade. Causa rouquidão e disfonia secundária.

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Nervo Acessório

Em decorrência de sua posição quase subcutânea através de sua passagem na região cervical posterior, o NC XI é suscetível a lesões durante procedimentos cirúrgicos, como biópsia de linfonodos, canulação da veia jugular interna e endarterectomia da carótida

Abertura da artéria em sua origem e retirada da placa aterosclerótica com a túnica íntima.

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Nervo Hipoglosso

A lesão do NC XII paralisa a metade ipsilateral da língua; depois de algum tempo, ocorre atrofia da língua, fazendo parecer retraída e enrugada.

Ao protrair a língua, o ápice desvia-se em direção ao lado paralisado, em consequência da ação sem oposição do M. Genioglosso no lado normal da língua.

Causa possível: fratura da mandíbula.

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Referências• MOORE, keith L. & DALLEY, Arthur F.Anatomia

Orientada para Clínica .5ªEd.Canadá:Guanabara.• Sistema Nervoso. Disponível em http://

www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=7&materia_id=487&materiaver=1 . Acesso em 22/05/2013.

• Vieira R., Semiologia Médica, 12ª ed., Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, 1980 apud  Prof ª M.Lourdes A. Neto e Santos, docente da Cadeira de Clínica Médica, Semiologia, da Faculdade de Medicina da F.TE.S.M.

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Obrigada!