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LH-010/2014

COMISSÃO PIRATA BR-XV

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MARINHA DO BRASIL

NAVIO OCEANOGRÁFICO “ANTARES”

RELATÓRIO FINAL

LH-010/2014

COMISSÃO PIRATA BR-XV

DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO

INSTRUÇÃO ESPECIAL IE-010/2014

Rio de Janeiro, RJ

CF MARCUS VINICIUS ALMEIDA SILVEIRA

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RESUMO

A Comissão PIRATA BR-XV teve como missão efetuar o recolhimento, manutenção,

coleta de dados ambientais e lançamento de oito boias tipo ATLAS, a fim de contribuir com

operacionalidade do Projeto PIRATA e realizar exercícios no mar para aprimorar o adestramento

da tripulação na região compreendida entre Vitória-ES e o paralelo de 15ºN e os meridianos de

030ºW e 038ºW por meio da Instrução Especial (IE) nº 010/2014 do Centro de Hidrografia da

Marinha (CHM), recebida por meio da Ordem de Movimento Nº 023/2014 do Grupamento de

Navios Hidroceanográficos (GNHo).

O material para a manutenção das boias ATLAS foi embarcado no “Píer Almirante Paulo

Irineu Roxo de Freitas” (PIRF) nos dias 08 e 09 JUL 2014.

O Navio demandou Fortaleza (CE), no período de 10 a 17 de julho de 2014, realizando as

atividades científicas previstas pela Diretiva Permanente da DHN e a IE da Comissão.

Em Fortaleza, o Navio desembarcou quatro das nove poitas que haviam sido embarcadas

em Niterói para abrir espaço para realização das fainas de recolhimento e lançamento das boias

ATLAS e embarcou o sensor de pCO2 Underway, desenvolvido pela UFPE, que foi instalado no

Laboratório Molhado.

Após essa parada logística, o Navio suspendeu em 22JUL e operou na área marítima

compreendida entre o Estado do Ceará e o paralelo de 15ºN, seguindo o meridiano de 038ºW. Na

derrota até a boia de fundeio do tipo ATLAS posicionada na Latitude 15ºN e no retorno seguindo

pelo mesmo meridiano até Fortaleza(CE), o Navio realizou inúmeras atividades científicas

previstas, atracando em Fortaleza em 06AGO. Nessa pernada, o Navio realizou o rodízio de três

boias ATLAS e o lançamento da boia 04, que havia garrado e sido recolhida anteriormente pelo

NHo Cruzeiro do Sul, garantindo assim a operacionalidade das mesmas.

Após a faina da boia nº1 em 27JUL, foi realizada uma Estação Oceanográfica, mas por

avaria na Deck Unit SBE 33, informada por meio da MSG P-021220Z/AGO, teve que ser

interrompida na profundidade de 348metros (profundidade em que ocorreu a avaria).

Com a avaria, o Navio tentou realizar a substituição da Deck Unit por outras duas

decks sobressalentes trazidas para a comissão, porém sem sucesso. Foi tentado ainda a

substituição e troca de sensores, novamente sem êxito.

Por conseqüência o Navio passou a realizar perfilagem vertical utilizando XBT antes e

depois dos lançamentos das boias, solução encontrada com a concordância do Coordenador

Científico embarcado, Sr. LEONARDO BRUTO, da UFPE.

Durante a travessia da boia 3 para boia 4 o Navio teve que parar máquinas pois um cabo

com armadilha de pesca prendeu na quilha do Navio e estava sendo arrastada. A faina durou de

10h às 11h e foram utilizados para tal os mergulhadores destacados.

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O Navio atracou em Fortaleza no dia 06AGO para reabastecimento e suspendeu no dia

11AGO para a área marítima compreendida entre os Estados do Ceará e do Rio Grande do Norte

fazendo a manutenção das duas boias ATLAS da região. No trajeto entre essas boias o Navio

realizou um fundeio operativo na Ilha de Fernando de Noronha e realizou a inspeção da

sinalização náutica, não verificando qualquer alteração em sua estrutura ou em relação ao

alcance luminoso.

O Navio atracou no dia 21AGO em Natal para novo reabastecimento. Suspendeu no dia

25AGO e operou na área marítima compreendida entre os Estados do Ceará e do Rio de Janeiro,

fazendo a manutenção das duas últimas boias ATLAS, as quais constituem a Extensão Sudoeste

do Projeto PIRATA.

No dia 02SET2014 o Navio encerrou a Comissão PIRATA BR-XV, atracando no PIRF.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Área do levantamento ..................................................................................................... 2

Figura 2 - Lançamento de Radiossonda .......................................................................................... 9

Figura 3 - Preparação e recolhimento da boia ATLAS. (a) Desmontagem dos sensores de

superfície da boia. (b) Recolhimento da boia pela popa. (c) Retirada da boia da água. (d)

Recolhimento propriamente dito da boia....................................................................................... 11

Figura 4 - Sistema UCTD instalado na popa do Navio ................................................................. 13

Figura 5 – Imagem do receptor de imagens meteorológicas na passagem da onda tropical pela

posição do Navio. .......................................................................................................................... 16

Figura 6 – Acompanhamento da tempestade tropical Bertha no site do NHC no dia 01AGO. .... 17

Figura 7 - Trajetória coberta com aquisição de dados pelo ADCP ............................................... 20

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Gastos da Comissão ....................................................................................................... 6

Tabela 2 - Outros gastos e recursos recebidos ................................................................................. 6

Tabela 3 - Tabela com calados inicial e final ................................................................................ 14

Tabela 4 - Comparação da previsão para 24 horas com os parâmetros observados ................ Erro!

Indicador não definido. Tabela 5 - Comparação da previsão para 48 horas com os parâmetros observados ................ Erro!

Indicador não definido. Tabela 6 - Comparação da perspectiva para 72 horas com os parâmetros observados ........... Erro!

Indicador não definido. Tabela 7 - Cinemática durante realização da boia ......................................................................... 17

Tabela 8 - Condições de Lançamento da Poita e da posição Final do Fundeio ............................ 17

Tabela 9 - Condições de mar e vento encontradas durante a realização da boia ........................... 18

Tabela 10 - Irregularidades constatadas nos lançamentos de XBT ............................................... 21

Tabela 11 - Consumo de probes ao longo da Comissão................................................................ 21

Tabela 12 - Navio visitado e observações pertinentes a respeito da avaliação dos produtos da

DHN ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.

Tabela 13 - Navio visitado e observações pertinentes a respeito da avaliação dos produtos da

DHN ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.

Tabela 14 - Equipamentos Técnicos .............................................................................................. 22

Tabela 15 - Acessórios Técnicos ................................................................................................... 23

Tabela 16 - Material Avariado........................................................ Erro! Indicador não definido.

Tabela 17 - Material Inutilizado ..................................................... Erro! Indicador não definido.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BNDO Banco Nacional de Dados Oceanográficos

BHMN Base de Hidrografia da Marinha em Niterói

BPME Boletins de Previsão Meteorológica Especial

CHM Centro de Hidrografia da Marinha

CPTEC Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos

CRN Centro Regional de Natal

CTD Conductivity, Temperature and Depth

DGPS Differential Global Positioning System

DHN Diretoria de Hidrografia e Navegação

DRP Diagrama de Redução de Profundidade

FB Folha de Bordo

FV Folha de Varredura

EMS-A Estação Meteorológica de Superfície Automática

GNSS Global Navigation Satellite System

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IE Instrução Especial

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IOUSP Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo

IRD Institut de Recherche pour le Développemen

ITA Instituto Tecnológico da Aeronáutica

LH Levantamento Hidrográfico

MAWS Meteorological Automatic Weather Station

MT Marco Testemunho

OHI Organização Hidrográfica Internacional

RN Referência de Nível

S-44 Standards for Hydrographic Surveys

XBT Expandable Bathythermograph

TSM Temperatura da Superfície do Mar

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFPE Universidade Federal de Pernambuco

USB Universal Serial Bus

UTM Universal Transverso de Mercator

WGS-84 World Geodetic System-1984

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Sumário

1 INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................................... 1

1.1 SITUAÇÃO ................................................................................................................... 1

1.2 ÁREA DO LEVANTAMENTO E OBJETIVOS ....................................................... 1

1.3 AUTORIDADES LOCAIS ........................................................................................... 2

2 PARTE HISTÓRICA E ESTATÍSTICA .................................................................... 1

2.1 CRONOLOGIA ............................................................................................................ 1

2.1.1 Data do recebimento da Instrução Especial.......................................................................... 1

2.1.2 Data do recebimento da Ordem de Movimento ................................................................... 1

2.1.3 Data do início dos trabalhos de Gabinete ............................................................................. 1

2.1.4 Data do início dos trabalhos de Campo ................................................................................ 1

2.1.5 Data do término dos trabalhos de Campo ............................................................................ 1

2.1.6 Data do término dos trabalhos de Gabinete ......................................................................... 1

2.1.7 Data da remessa do Relatório Final ...................................................................................... 1

2.2 CHEFIA DA COMISSÃO HIDROCEANOGRÁFICA ............................................ 1

2.3 AUXÍLIOS RECEBIDOS PELA COMISSÃO OCEANOGRÁFICA ..................... 1

2.3.1 Organizações militares da MB .............................................................................................. 1

2.4 PESSOAL QUE EXECUTOU TRABALHOS DE CAMPO E GABINETE .......... 2

2.4.1 Pesquisadores Civis ............................................................................................................... 2

2.5 RELAÇÃO DO PESSOAL QUE PODERÁ PRESTAR INFORMAÇÕES

TÉCNICAS NO FUTURO ........................................................................................... 4

2.5.1 Militares ................................................................................................................................ 4

2.5.2 Pesquisadores Civis ............................................................................................................... 4

2.6 ESTATÍSTICA .............................................................................................................. 5

2.6.1 Hidrografia, Oceanografia e Meteorologia .......................................................................... 5

2.6.2 Gastos na Comissão .............................................................................................................. 6

2.6.3 Outros gastos e recursos recebidos ..................................................................................... 6

3 METODOLOGIAS EMPREGADAS ......................................................................... 7

3.1 SONDAGEM ................................................................................................................. 7

3.1.1 Posicionamento .................................................................................................................... 7

3.1.2 Ecobatímetro ........................................................................................................................ 7

3.1.3 Sistema de aquisição automática e processamento de dados (HYPACK / CARIS HIPS) ..... 7

3.1.4 Procedimentos ...................................................................................................................... 8

3.2 TOPOGRAFIA ............................................................................................................. 8

3.3 METEOROLOGIA ...................................................................................................... 8

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3.3.1 Observações Meteorológicas de Superfície......................................................................... 8

3.3.2 Medições com Estação Meteorológica Automática (EMS-A) .............................................. 8

3.3.3 Radiossondagem ................................................................................................................... 9

3.4 OCEANOGRAFIA ..................................................................................................... 10

3.4.1 Recolhimento e fundeio de Boias Meteo-Oceanográficas do tipo ATLAS .......................... 10

3.4.2 Perfilagem vertical com conjunto CTD-Rosette ................................................................. 11

3.4.3 Correntometria ................................................................................................................... 11

3.4.4 Perfilagem horizontal com Termosalinógrafo ................................................................... 12

3.4.5 Perfilagem vertical com UCTD ............................................................................................ 12

3.4.6 Observações Batitermográficas ......................................................................................... 13

4 RESULTADOS ALCANÇADOS .............................................................................. 14

4.1 GEODÉSIA ................................................................................................................. 14

4.2 TOPOGRAFIA ........................................................................................................... 14

4.5 SONDAGEM ............................................................................................................... 14

4.5.1 Procedimentos .................................................................................................................... 14

4.6 VARREDURA ............................................................................................................. 15

4.7 AMOSTRAGEM DE FUNDO ................................................................................... 15

4.8 PERIGOS PESQUISADOS ....................................................................................... 15

4.9 CARTOGRAFIA ........................................................................................................ 15

4.10 METEOROLOGIA .................................................................................................... 15

4.10.1 Observações nos horários sinóticos ................................................................................... 15

4.11.1 Recolhimento e fundeio de Boias Meteo-Oceanográficas do tipo Atlas ............................ 17

4.11.3 Correntometria .................................................................................................................... 19

4.11.5 Perfilagem vertical com UCTD ............................................................................................ 20

4.11.6 Observações Batitermográficas .......................................................................................... 21

4.12 SINALIZAÇÃO NÁUTICA ....................................................................................... 22

4.14 ATUALIZAÇÃO DA CARTA NÁUTICA ............................................................... 22

4.15 ATUALIZAÇÃO DE PUBLICAÇÕES DE SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO . 22

5 MATERIAL TÉCNICO ............................................................................................. 22

5.1 RELAÇÃO DO MATERIAL TÉCNICO E SUA CONDIÇÃO OPERACIONAL

....................................................................................................................................... 22

5.1.1 Material Técnico em Boas Condições Operacionais .......................................................... 22

6 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 24

6.1 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS NA ÁREA ................................. 24

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6.2 OBSERVAÇÕES TÉCNICAS E ASSUNTOS DE INTERESSE DO CONSELHO

TÉCNICO .................................................................................................................... 24

6.3 SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO ........................................................................... 24

6.4 PREVISÃO AMBIENTAL ........................................................................................ 24

6.5 FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL ............................................................ 24

6.5.3 Publicações de Formação Técnico-Profissional ................................................................. 24

7 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 25

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1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 SITUAÇÃO

O Projeto PIRATA (Rede de Boias Fixas no Atlântico Tropical para Previsão e Pesquisa)

tem como finalidade a manutenção de boias meteo-oceanográficas de fundeio tipo ATLAS.

A Comissão PIRATA BR-XV, de acordo com a IE nº 010/2014 do CHM, tem a tarefa de

recolhimento e lançamento de oito boias ATLAS que compõem a atual rede sob

responsabilidade brasileira nesse projeto, além da coleta de dados oceanográficos e

meteorológicos, na região oceânica que abrange ao largo do Estado do Rio de Janeiro até ao

largo do Estado do Ceará e atingindo a posição 15ºN-038ºW.

1.2 ÁREA DO LEVANTAMENTO E OBJETIVOS

A área do levantamento encontra-se na região compreendida entre Rio de Janeiro e o

paralelo de 15ºN e os meridianos de 030ºW e 038ºW (Figura 1). O objetivo deste Levantamento

Hidroceanográfico consiste no recolhimento de 7(sete) e no lançamento de 8 (oito) boias meteo-

oceanográficas tipo ATLAS, e, por conseguinte, na manutenção das mesmas, além da coleta de

dados oceanográficos e meteorológicos.

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Figura 1 - Área do levantamento

1.3 AUTORIDADES LOCAIS

XXX

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

2 PARTE HISTÓRICA E ESTATÍSTICA

2.1 CRONOLOGIA

2.1.1 Data do recebimento da Instrução Especial

07JUL2014

2.1.2 Data do recebimento da Ordem de Movimento

07JUL2014

2.1.3 Data do início dos trabalhos de Gabinete

07JUL2014

2.1.4 Data do início dos trabalhos de Campo

10JUL2014

2.1.5 Data do término dos trabalhos de Campo

02SET2014

2.1.6 Data do término dos trabalhos de Gabinete

10OUT2014

2.1.7 Data da remessa do Relatório Final

28NOV2014

2.2 CHEFIA DA COMISSÃO HIDROCEANOGRÁFICA

CF MARCUS VINICIUS ALMEIDA SILVEIRA

2.3 AUXÍLIOS RECEBIDOS PELA COMISSÃO OCEANOGRÁFICA

2.3.1 Organizações militares da MB

a) Diretoria de Hidrografia e Navegação

b) Comando do 3º Distrito Naval;

c) Grupamento de Navios Hidroceanográficos;

d) Base Naval de Natal;

e) Capitania dos Portos do Ceará;

f) Centro de Hidrografia da Marinha;

g) Base de Hidrografia da Marinha em Niterói;

h) Hospital Naval de Natal;

i) Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará;

j) Centro de Intendência da Marinha em Natal;

k) Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte;

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

l) Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal;

m) Estação Rádio da Marinha no Rio de Janeiro;

n) Estação Rádio da Marinha em Natal;

o) Estação Rádio da Marinha em Salvador;

p) Estação Rádio da Marinha em Belém; e

q) Estação Rádio da Marinha em Brasília.

2.4 PESSOAL QUE EXECUTOU TRABALHOS DE CAMPO E GABINETE

2.4.1 Pesquisadores Civis

2.4.1.1 1ª pernada – Rio de Janeiro-Fortaleza (10 a 17JUL)

Srta. DORIS REGINA AIRES VELEDA UFPE

Coordenadora

Científico

Embarcado

Sr. GUILHERME FRANCISCO CAMARINHA NETO UFPA

Sr. HILDO GIUSEPPE GARCIA CALDAS NUNES UFPA

Sr. AISLAN GALDINO DA CUNHA UFPE

2.4.1.2 2ª pernada – Fortaleza-Fortaleza (22JUL a 06AGO)

Sr. LEONARDO VIEIRA BRUTO DA COSTA UFPE

Coordenador

Científico

Embarcado

Sr. AISLAN GALDINO DA CUNHA UFPE

Sr. GUILHERME FRANCISCO CAMARINHA NETO UFPA

Sr. HILDO GIUSEPPE GARCIA CALDAS NUNES UFPA

Srta. BRUNA FATICHE PAVANI USP

Sr. FELIPE LIMA GASPAR USP

Sr. EDIMILSON LOPES DA SILVA INPE

Sr. JOÃO BATISTA DE MACEDO INPE

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

2.4.1.3 3ª pernada – Fortaleza-Natal (11 a 21AGO)

Sr. LEONARDO VIEIRA BRUTO DA COSTA UFPE

Coordenador

Científico

Embarcado

Sr. AISLAN GALDINO DA CUNHA UFPE

Srta. ANA LUIZA MEDEIROS ARAUJO UFC

Srta. PRISCILA ARAUJO DA SILVA UFC

Sr. MARCUS VINICIUS ALVES PINHEIRO UFC

Sr. EDIMILSON LOPES DA SILVA INPE

Sr. JOÃO BATISTA DE MACEDO INPE

2.4.1.4 4ª pernada – Natal-Rio de Janeiro (25AGO a 02SET)

Sr. LEONARDO VIEIRA BRUTO DA COSTA UFPE

Coordenador

Científico

Embarcado

Sr. AISLAN GALDINO DA CUNHA UFPE

Sr. MARCOS HENRIQUE DE ANDRADE ALVES UFPE

Srta. TALITA ROBERTA BARBOSA FLORENCIO UFPE

Srta. ALLANA MACIEL CARDOSO DOS SANTOS UFCE

Sr. DEMÉTRIO DE LIMA FIGUEIRÔA CÂMARA UFPE

Sr. EDIMILSON LOPES DA SILVA INPE

Sr. JOÃO BATISTA DE MACEDO INPE

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

2.5 RELAÇÃO DO PESSOAL QUE PODERÁ PRESTAR INFORMAÇÕES TÉCNICAS NO FUTURO

2.5.1 Militares

CC PAULO ROBERO COSTA JUNIOR

1ºTen NELSON FERRAZ DE ARAÚJO NETO

1ºTen THIAGO DOS SANTOS FERREIRA

1ºTen ELIAS DE CASTRO NADAF

1ºTen GABRIEL LIMA BARBOSA

SO-MR ANDRÉ DA SILVA BARRETO

SO-MR LEONARDO SOUZA DE FREITAS

2ºSG-MR GLAISON FERREIRA MENDES

3ºSG-HN RODRIGO MAGALHÃES ANDRADE

3ºSG-HN LUCIANO AYRES DE OLIVEIRA

3ºSG-HN ALEXANDRE BATISTA DUARTE

CB-HN ROGÉRIO ORNELIS DA SILVA

CB-HN ANDERSON SOUZA RABELLO

CB-MR PAULO ROBERTO SILVA DE FARIAS JUNIOR

CB-HN ANTONIO GEOVANI DA SILVA PEREIRA

CB-HN JÔNATAS QUINHÕES DE AZEVEDO

2.5.2 Pesquisadores Civis

Sr. LEONARDO VIEIRA BRUTO DA COSTA UFPE

Sr. AISLAN GALDINO DA CUNHA UFPE

Sr. GUILHERME FRANCISCO CAMARINHA NETO UFPA

Sr. HILDO GIUSEPPE GARCIA CALDAS NUNES UFPA

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

Srta. DORIS REGINA AIRES VELEDA UFPE

Sr. EDIMILSON LOPES DA SILVA INPE

Sr. JOÃO BATISTA DE MACEDO INPE

Srta. BRUNA FATICHE PAVANI USP

Sr. FELIPE LIMA GASPAR USP

Sr. MARCOS HENRIQUE DE ANDRADE ALVES UFPE

Srta. TALITA ROBERTA BARBOSA FLORENCIO UFPE

Srta. ALLANA MACIEL CARDOSO DOS SANTOS UFCE

Srta. ANA LUIZA MEDEIROS ARAUJO UFC

Srta. PRISCILA ARAUJO DA SILVA UFC

Sr. MARCUS VINICIUS ALVES PINHEIRO UFC

2.6 ESTATÍSTICA

2.6.1 Hidrografia, Oceanografia e Meteorologia

Número de lançamentos de boias ATLAS: 08

Número de recolhimentos de boias ATLAS: 07

Número de lançamentos de radiossondas: 27

Número de lançamentos de XBT: 77

Número de observações meteorológicas de superfície: 296

Número total de horas de coleta de dados atmosféricos com EMS-A: 934

Distância percorrida com dados do ADCP (milhas náuticas): 6.415,3

Distância percorrida com dados do TSG (milhas náuticas): 6.415,3

Número de dias de sondagem GEBCO efetiva: 40

Distância percorrida durante a sondagem GEBCO (milhas náuticas): 6.122,7

Número de dias de trabalhos de campo: 40

Número total de dias de impedimento de trabalho por motivos materiais: 00

Número total de dias de impedimento de trabalho por condições meteorológicas

desfavoráveis: 00

Dias de Mar: 40

Dias de Porto: 14

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

2.6.2 Gastos na Comissão

CLG Média DM Média DP Total R$

Óleo

Combustível 6351 857 272.400 672.828,00

Óleo lubrificante 43 68 2700 17.888,85

Tabela 1 - Gastos da Comissão

2.6.3 Outros gastos e recursos recebidos

Natureza de Despesa Custo em R$

Material de Consumo 2.630,00

Material Comum 2.500,60

Municiamento 72.645,14

Despesas Portuárias (*) 7.990,00

Tabela 2 - Outros gastos e recursos recebidos

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

3 METODOLOGIAS EMPREGADAS

Todos os métodos utilizados foram os preconizados pelas Instruções Técnicas (IT) da

DHN e pela coletânea de NAVEMARINST.

3.1 SONDAGEM

3.1.1 Posicionamento

O sistema de posicionamento adotado foi o eletrônico por satélites, tendo sido utilizado

como posicionador o receptor DGPS Trimble NT200D, sem correção diferencial (GPS absoluto).

3.1.2 Ecobatímetro

As profundidades foram adquiridas utilizando-se o ecobatímetro SIMRAD EA500 com

intervalo de aquisição de dados de 10 segundos. As frequências dos transdutores de operação

utilizadas foram de 12 kHz e 38 kHz, sendo que em locais onde a profundidade era superior a

2000m, o equipamento apresentava indicação não confiável ou zero, devido ao desgaste

temporal do equipamento.

3.1.3 Sistema de aquisição automática e processamento de dados (HYPACK / CARIS

HIPS)

A sondagem GEBCO foi realizada com o sistema HYPACK em profundidades acima de

100 metros, empregando a chave de segurança (hardlock) própria para aquisição. O

processamento dos dados adquiridos pelo HYPACK foi realizado com o software CARIS HIPS,

utilizando a sua própria chave de segurança. Ambas as chaves foram cedidas por meio de

empréstimo pelo CHM.

Durante o processamento no programa CARIS HIPS, o perfil de velocidade do som foi

aplicado na sub-rotina “PROCESS / SOUND VELOCITY CORRECTION”, tendo sido

habilitada a opção “PREVIOUS IN TIME” para seleção dos dados a serem utilizados para o

processamento.

Não foram aplicadas correções de maré às sondagens, tendo sido empregado o arquivo

“ZEROTIDE” na sub-rotina “PROCESS / LOAD TIDE” durante o processamento no programa

CARIS HIPS.

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3.1.4 Procedimentos

Para a realização da sondagem GEBCO foram adotados os seguintes parâmetros e

procedimentos:

1) Manutenção de afastamento máximo de 200 metros na sondagem entre os pontos no

terreno;

2) Adoção de taxa de aquisição no programa HYPACK (“UPDATE FREQUENCY”) de

60 milisegundos e taxa de gravação (“LIMIT RECORDING RATE”) de 10 milisegundos;

3) Divisão da derrota em diferentes linhas de sondagem, limitadas pelas estações

oceanográficas ou pontos de lançamento de XBT;

4) A velocidade do som média no ecobatímetro SIMRAD EA500 adotada foi de 1500

m/s, e por ocasião do processamento foi adotado os perfis verticais de velocidade do som obtido

após cada lançamento de XBT ou de CTD;

5) Adoção de transmissão (ping) pelo ecobatímetro SIMRAD EA500 numa frequência de

10 segundos; e

6) Emprego do sistema de coordenadas métricas Universal Transverso de Mercator

(UTM), com meridianos centrais 033ºW, 039ºW e 045ºW.

3.2 TOPOGRAFIA

XXX

3.3 METEOROLOGIA

3.3.1 Observações Meteorológicas de Superfície

Durante toda a Comissão, foram realizadas observações meteorológicas de superfície nos

horários sinóticos principais e intermediários, de acordo com a NAVEMARINST Nº 10-10, e

foram feitas as comparações do tempo observado com o tempo previsto, de acordo com a

NAVEMARINST Nº 10-11.

3.3.2 Medições com Estação Meteorológica Automática (EMS-A)

A estação meteorológica automática Väisäla MAWS410 foi empregada durante a

Comissão para a obtenção de dados atmosféricos de superfície – temperatura do ar, umidade

relativa do ar, ponto de orvalho, pressão atmosférica e intensidade e direção do vento relativo e

verdadeiro.

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3.3.3 Radiossondagem

O Navio acompanhou o lançamento diário de radiossondas pela equipe científica

embarcada. O sistema consiste da unidade receptora (Väisäla DigiCORA II MW15), da antena

dessa unidade receptora, da radiossonda (Väisäla RS92-SGPW) e do balão meteorológico. O

processo de medição de parâmetros atmosféricos ocorre por meio do lançamento da radiossonda,

afixada ao balão meteorológico. Durante a subida desse conjunto radiossonda-balão, são

coletados dados de pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa do ar e são

calculados os dados de direção e intensidade do vento. Esses dados coletados a cada 2 (dois)

segundos são transmitidos na frequência de 403 MHz para a antena instalada no Navio, que os

retransmite a unidade receptora. O alcance nominal do equipamento é de aproximadamente 50

km.

Figura 2 - Lançamento de Radiossonda

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3.4 OCEANOGRAFIA

3.4.1 Recolhimento e fundeio de Boias Meteo-Oceanográficas do tipo ATLAS

O embarque do material das boias ATLAS no Navio foi realizado nos dias 08 e 09JUL,

no “Píer Almirante Paulo Irineu Roxo Freitas” (PIRF). Para essa faina, contou-se com duas

carretas e um guindaste para cargas de até 30 toneladas e braço de 15 metros da empresa

Carvalhão. A contratação do guindaste e das carretas ficou a cargo do INPE e da UFPE, que

gerenciam o Projeto PIRATA no Brasil.

Os procedimentos para o lançamento e o recolhimento de boias do tipo ATLAS seguiram

de acordo com a experiência de duas Praças HN e de duas Praças MR, tendo em vista grande

número de desembarques ocorridos desde a última Comissão PIRATA em 2011, e com os

subsídios da minuta de IT “Fundeio de Boia tipo ATLAS”, proposta em 2010 após a Comissão

PIRATA BR-XII.

Nas fainas de recolhimento e lançamento da linha de fundeio dessas boias, para

incrementar a segurança do pessoal que labora os cabos de aço e de nylon, foi utilizado um

mordente de cabo de aço, posicionado ao redor do cabrestante por meio de correntes. Sua

aplicação se deu nos momentos de troca do sarilho da seguinte forma: o cabo que estivesse sendo

recolhido era “mordido”, evitando que o mesmo corresse.

O procedimento de recolher a boia, utilizado desde 2008, consistia em aproximar-se

com baixa velocidade aproado à boia e contra o vento. O cabo de trabalho (workline) era

levado até a proa por fora do Navio, sendo passado sob volta na máquina de suspender. O

bote com dois Mergulhadores e uma Praça MO recebia um cabo de leva à meia-nau, talingado

ao chicote do workline, ou o próprio workline, logo após o bote demandava a boia para

talingar o workline num olhal da mesma.

Após uma minuciosa avaliação, no que tange principalmente a segurança e as

condições meteorológicas no local, constatou-se que durante o recolhimento da boia era mais

seguro passar o cabo de trabalho pela popa do Navio. Tal procedimento evitou uma

quantidade grande de cabo na água, minimizando o risco do mesmo prender-se ao hélice do

Navio, já que o cabo só era passado para o bote com o eixo desacoplado. Dessa forma, o bote

chegava rapidamente até a boia para talingar o workline, visto que o Navio conseguiu uma

boa aproximação da mesma, estando sempre a favor da deriva para que quando o Navio

entrasse com o cabo, o mesmo não ficasse demasiadamente tensionado, conforme rege a

minuta da IT “Fundeio de Boia tipo ATLAS”.

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(a)

(b)

(c)

(d)

Figura 3 - Preparação e recolhimento da boia ATLAS. (a) Desmontagem dos sensores de

superfície da boia. (b) Recolhimento da boia pela popa. (c) Retirada da boia da água. (d)

Recolhimento propriamente dito da boia.

3.4.2 Perfilagem vertical com conjunto CTD-Rosette

A perfilagem vertical com conjunto CTD-Rosette não pode ser realizada devido a avaria

na Deck Unit SBE-33. Apesar das diversas tentativas de reparo e tentativa de emprego de duas

decks sobressalentes trazidas para a comissão, o esforço foi infrutífero. Tal fato foi reportado por

meio da MSG P-021220Z/AGO, enviada ao CHM com cópia para o GNHo.

Por conseqüência o Navio passou a realizar perfilagem vertical utilizando XBT antes e

depois dos lançamentos das boias, solução encontrada com a concordância do Coordenador

Científico embarcado, Sr. Leonardo Bruto.

3.4.3 Correntometria

O Navio coletou, em tempo real e em profundidades superiores a 50 metros, dados de corrente,

utilizando o ADCP Teledyne-RDI Ocean Surveyor 75 kHz (OS75) P/N 71A-1029-00 e o

Seapath 300 como posicionador e sensor de atitude, com intervalo de amostragem de 3 (três)

segundos. A aquisição foi realizada com o software VMDAS (versão 1.44) da RDI. Foram

adotados todos os procedimentos previstos na IT L-20.

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3.4.4 Perfilagem horizontal com Termosalinógrafo

O Navio realizou medições em tempo real de dados na superfície de salinidade e de

temperatura da água do mar ao longo de sua derrota com o Termosalinógrafo Sea-Bird SBE-21,

em profundidades locais acima de 50 metros. Os dados foram adquiridos por meio do software

Seasave Win32 (versão 5.39c) da Sea-Bird. Foram adotados todos os procedimentos previstos na

IT L-18.

3.4.5 Perfilagem vertical com UCTD

A equipe científica embarcada realizou perfilagem vertical com UCTD (Underway CTD)

da Ocean Science modelo 10.400 durante a primeira pernada (Niterói x Fortaleza), sendo

acompanhada pelo Navio. Dessa maneira, o probe do UCTD, semelhante ao princípio de

operação de um XBT, é ensarilhado com a quantidade de cabo desejada e lançado na água. O

probe afunda com velocidade de queda aproximada de 4 (quatro) m/s até o limite do cabo,

quando é então recolhido por meio do guincho portátil instalado a bordo. Após o recolhimento

do probe, os dados coletados na taxa de amostragem de 16 Hz são descarregados no terminal de

um computador por meio de tecnologia bluetooth. O alcance nominal do equipamento é de 1.200

metros, devido à limitação do comprimento do cabo do sistema. Para que a coleta fosse realizada

na profundidade máxima, seria necessário que o Navio estivesse parado, pois o movimento do

Navio limita o alcance do probe na medida em que inclina seu cabo.

O limite de ensarilhamento do cabo no probe é de 500 metros. Para garantir sua queda livre, o

cabo ensarilhado no guincho também é liberado durante o lançamento do sensor.

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Figura 4 - Sistema UCTD instalado na popa do Navio

3.4.6 Observações Batitermográficas

Foram efetuados 2 lançamentos de XBT com o modelo T-4 (alcance até 460 m) e 75

lançamentos com o modelo T-5 (alcance até 1.830 m), tendo sido empregados o software

WinMK21 (versão 2.1.2) da Sippican e o lançador fixo LB3M. Todos os probes de XBT

utilizados foram fabricados em 2012. Foram seguidas as orientações contidas na

NAVEMARINST nº 10-01A e na Diretiva Permanente da DHN nº 001-09.

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4 RESULTADOS ALCANÇADOS

4.1 GEODÉSIA

XXX

4.2 TOPOGRAFIA

XXX

4.5 SONDAGEM

4.5.1 Procedimentos

O Navio realizou sondagem GEBCO a partir da isobatimétrica de 100 metros entre as

estações oceanográficas e durante as travessias. Foi utilizado como sistema de posicionamento

principal o GPS em modo absoluto, sem correção diferencial.

Atuais técnicas de sondagem, baseadas na Ordem de Levantamento do tipo 3 da

publicação da OHI sobre padrões para LH, “Standards for Hydrographic Surveys” (S-44 5ª

Edição) foram empregadas.

Devido à impossibilidade da medição da imersão do transdutor em viagem, foram

adotados os valores medidos nos portos, antes da desatracação do Navio (calado inicial). De

modo a se conhecer a variação da profundidade do transdutor em cada pernada foi realizada uma

nova medição de calado (calado final) ao final de cada pernada.

Os valores utilizados constam na tabela a seguir:

Pernada Calado Inicial (m) Calado Final (m)

10-17JUL 5,17 5,47

22JUL-06AGO 5,15 5,53

11-21AGO 5,30 5,58

25AGO-02SET 5,46 5,54

Tabela 3 - Tabela com calados inicial e final

Durante toda comissão foi inserido no ecobatímetro SIMRAD EA500, por meio da sua

sub-rotina “SOUND VELOCITY”, o valor de 1.500 m/s para velocidade do som. Cada intervalo

entre estações oceanográficas ou pontos de lançamento de XBT foi planejado no programa

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HYPACK como uma nova linha de sondagem, de modo que a cada linha corresponda uma

velocidade do som. Durante o processamento no programa CARIS HIPS, o perfil de velocidade

do som foi aplicado na sub-rotina “PROCESS / SOUND VELOCITY CORRECTION”, tendo

sido habilitada a opção “PREVIOUS IN TIME” para seleção dos dados a serem utilizados para o

processamento.

Ressalta-se que o perfil de velocidade do som a partir dos dados do XBT lançado é

determinado com base numa salinidade média e na maioria das vezes não atinge o fundo, tendo

um alcance limitado a 1.830 m, nem sempre podendo ser considerado representativo para a

plenitude da coluna d’água. Portanto, é de se supor que essa limitação possa resultar em erro no

cálculo da velocidade do som média.

4.6 VARREDURA

XXX

4.7 AMOSTRAGEM DE FUNDO

XXX

4.8 PERIGOS PESQUISADOS

XXX

4.9 CARTOGRAFIA

XXX

4.10 METEOROLOGIA

4.10.1 Observações nos horários sinóticos

Nos horários sinóticos principais, foram transmitidas as mensagens SHIP (modelo DHN-

5938-3).

Além disso, o Navio utilizou os Boletins Meteorológicos e os Alertas de Tempestades

para a METAREA IV recebidos pelo INMARSAT C (receptor CAPSAT TT-3022D) e

provenientes, respectivamente, do National Weather Service (NWS) Ocean Prediction Center e

do National Hurricane Center (NHC), ambos dos Estados Unidos da América. Também foi de

suma importância a utilização do receptor de imagens meteorológicas e do equipamento satelital

de comunicação FBB-500 no auxílio da previsão meteorológica. O primeiro fornecia imagens

atualizadas dos sistemas que se aproximavam do Navio, já o segundo possibilitou tanto a

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recepção de Boletins de Previsão Meteorológica Especial e Auxílio à Decisão através do acesso

de uma conta de correio eletrônico criada pelo Navio, quando não era possível a recepção de tais

produtos via dados HF, quanto ao acesso ao site do NHC, órgão integrante da NOAA, para

obtenção de informações meteorológicas. Esses dados obtidos por meio da internet

possibilitaram ao Navio se antecipar às decisões em proveito das condições de tempo para

realização das fainas, salvaguardando a segurança do material, e principalmente, do pessoal.

Exemplo disto foi que o Navio modificou sua derrota por 24 horas de forma a evitar uma onda

tropical, a qual se desenvolveria e se tornaria, dias depois, na tempestade tropical BERTHA.

Figura 5 – Imagem do receptor de imagens meteorológicas na passagem da onda tropical pela

posição do Navio.

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Figura 6 – Acompanhamento da tempestade tropical Bertha no site do NHC no dia 01AGO.

4.11.1 Recolhimento e fundeio de Boias Meteo-Oceanográficas do tipo Atlas

O Navio realizou 7 (sete) recolhimentos e 8 (oito) fundeios de boias meteo-

oceanográficas do tipo ATLAS do Projeto PIRATA, pois a boia nº 4 foi apenas lançada. As

Tabelas 9 a 11 sintetizam a cinemática e as condições de mar e vento encontradas durante a

realização das fainas:

Boia ATLAS Data Recolhimento Lançamento Corrida

Início Fim Início Fim Rumo Distância Profundidade

1 27JUL 1006P 1522P 1724P 2130P 080º 6,0 MN 5.870 m

2 30JUL 0735P 1134P 1225P 1553P 133º 5,6 MN 4.801 m

3 01AGO 0735P 0935P 1223P 1510P 020º 2,2 MN 3.566 m

4 03AGO - - 0835P 1145P 120º 5,0 MN 4.570 m

5 13AGO 0835P 1245P 1458P 1750P 315º 6,0 MN 4.500 m

6 16AGO 1310P 1650P - - - - -

6 17AGO - - 1243P 1615P 300º 7,5 MN 5.360 m

7 28AGO 0745P 1145P 1342P 1738P 090º 6,0 MN 4.672 m

8 30AGO 0750P 1130P 1255P 1521P 345º 6,0 MN 4.200 m

Tabela 4 - Cinemática durante realização da boia

Boia

Distância Final

entre

Pto Desejado e

Pto de Fundeio

Distância Final

entre

Lançamento da

Poita e Fundeio

Prof.

1 0,62 MN 2.315 m 5.846 m

2 0,65 MN 1.852 m 4.776 m

3 0,35 MN 1.945 m 3.566 m

4 0,25 MN 1.296 m 4.326 m

5 1,27 MN 1.528 m 4.527 m

6 0,4 MN 1.852 m 5.446 m

7 0,49 MN 1.204 m 4.684 m

8 1,15 MN 1852 m 4.163 m

Tabela 5 - Condições de Lançamento da Poita e da posição Final do Fundeio

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Boia

Vento Mar

Direção Força Direção Altura significativa (m)

1 NE 5 NE 1,5

2 NE 2 E 0,5

3 NE 3 N 0,5

4 SE 4 SE 0,5

5 E 4 E 1,5

6 SE 5 SE 1,0

7 E 2 E 0,5

8 SE 3 SE 0,5

Tabela 6 - Condições de mar e vento encontradas durante a realização da boia

O Navio desatracou de Fortaleza no dia 22JUL, demandando a boia nº 1 (φ=15ºN), de

modo a iniciar pela boia mais ao Norte o rodízio das 3 (três) boias e o lançamento da boia nº 4

localizadas no meridiano de 038ºW.

A faina de recolhimento e lançamento da boia nº 1 foi a mais demorada devido à

inexperiência do pessoal de bordo e também pelo fato do liberador acústico ter demorado a

responder. Após três sinais fortes de resposta, garantiu-se que a linha de fundeio da boia havia

se desprendido da poita e a partir de então, o Navio começou a faina de recolhimento.

O recolhimento e o lançamento da boia nº 2 transcorreram normalmente.

Durante o recolhimento da boia nº 3, depois de retirados todos os sensores presos à

linha de fundeio, o cabo eletromecânico teve que ser cortado, pois o mesmo encontrava-se

bastante tenso comprometendo a segurança dos militares e civis envolvidos na realização da

faina. Tal fato possivelmente ocorreu por falha do liberador acústico, que deveria liberar a

linha de fundeio da poita. Também foi constatada a presença de redes de pesca nos primeiros

metros da linha de fundeio. Já o lançamento dessa boia transcorreu normalmente.

A boia nº 4 havia garrado e sido recolhida anteriormente pelo NHo “Cruzeiro do Sul”.

Dessa forma, Navio realizou apenas o seu lançamento, o qual transcorreu normalmente.

No transcorrer da faina de recolhimento da boia nº 5, observou-se que a torre da boia

estava danificada e que também faltava o sensor de radiação que fica preso à mesma, além da

presença de redes de pesca nos primeiros metros da linha de fundeio. Apesar de tais

imprevistos, as fainas de recolhimento e de lançamento transcorreram normalmente.

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Durante toda comissão foi realizado o rodízio das boias, ou seja, a boia que era

recolhida era preparada e lançada posteriormente. Entretanto, a torre da boia nº 5 encontrava-

se danificada impedindo assim o seu lançamento, logo, a faina de recolher e de lançar da boia

nº 6 teve que ser realizada em dois dias, o que poderia ter sido evitado se tivéssemos

disponibilidade de solda de alumínio a bordo ou outra torre reserva. No primeiro dia, a boia

foi recolhida de maneira satisfatória e a mesma foi limpa, pintada e montada para ser lançada

no dia seguinte. De um modo geral, tanto a faina de recolhimento quanto a de lançamento

transcorreram normalmente.

As fainas de recolhimento e lançamento das boias nº 7 e nº 8 transcorreram normalmente.

O procedimento de “pegar a boia” passando o workline pela popa confirmou a sua

eficiência, além de reduzir o tempo de risco com bote n’água.

A escolha da distância de corrida para lançamento da boia do tipo ATLAS deve ser

feita de forma cuidadosa, dando alguma lazeira para permitir alguma correção de deriva do

Navio. Preferencialmente, a corrida deve ser realizada com o vento e o mar pela popa,

visando afacilitar a manutenção do rumo do Navio com a mais baixa velocidade possível,

preferencialmente, abaixo de 2 nós.

Cabe ressaltar que a boia tipo ATLAS não possui AIS nem luz própria, o que dificulta

muito a faina de verificação da mesma após seu lançamento e estabilização da posição. Tal

verificação só é possível mantendo-se uma distância máxima de 0,4MN, oferecendo assim

risco ao Navio quando realizada à noite e com o mar encapelado.

As planilhas com os dados de recolhimento e lançamento das boias constam do Anexo

B.

4.11.3 Correntometria

O Navio coletou em tempo real, em profundidades superiores a 30 metros, dados de

corrente utilizando o ADCP OS75. A aquisição desses dados foi feita com o software VMDAS

1.44 da RDI, utilizando os arquivos de configuração “OS75BBH40_Nbin_16_PROF.txt” e

“OS75BBH40_Nbin_8_RASO.txt”. Não foram verificados problemas na operação desse

software de aquisição.

Todas as configurações usadas operaram automaticamente em bottom track e navigation,

mantendo um intervalo de transmissão de 3 (três) segundos e recepção do sinal do posicionador

do Seapath 300. Os arquivos gerados constam do Anexo L e as fichas de acompanhamento

constam do Anexo K.

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A Figura 7 registra a trajetória coberta pelo Navio com aquisição de dados pelo ADCP.

As trocas dos arquivos do ADCP foram feitas, em média, a cada 24 horas de aquisição.

Figura 7 - Trajetória coberta com aquisição de dados pelo ADCP

4.11.5 Perfilagem vertical com UCTD

O Navio acompanhou a perfilagem vertical com UCTD realizada pela equipe

científica embarcada composta pelos pesquisadores Aislan Galdino da Cunha (UFPE), Dóris

Regina Aires Veleda (UFPE), Guilherme Francisco Camarinha Neto (UFRA) e Hildo

Giuseppe Garcia Caldas Nunes (UFRA). Nas primeiras coletas com o UCTD não se obteve

sucesso, pois o bluetooth da sonda não foi detectado pelos computadores. Após várias

tentativas apenas uma sonda conseguiu transmitir os dados. Outra observação feita pela

equipe científica foi que as sondas só carregaram corretamente com a bateria de 8.4V,

presume-se que este fato corroborou para a falha das primeiras estações. Observou-se que

apesar da recarga total da bateria e da comunicação do bluetooth, a sonda não mediu em todas

as estações. No dia 14 de julho, obteve-se sucesso na coleta dos dados, com a velocidade do

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

Navio a 5 nós. Para testar se a velocidade do Navio estaria influenciando na medição da

sonda, realizou-se mais um teste com a velocidade do Navio a 10 nós e a sonda também

funcionou corretamente, medindo os dados e transmitindo os mesmos para o computador.

Este fato aponta que a mudança na velocidade do Navio não influenciou na falha das

primeiras coletas..

Apesar do UCTD ter sido setado com sucesso na Travessia para ser utilizado entre nas

pernadas subsequentes, o Coordenador Científico, Sr. LEONARDO BRUTO, preferiu não

utilizar o equipamento, solicitando apenas que o Navio lançasse XBT.

4.11.6 Observações Batitermográficas

Os Registros de Observações Batitermográficas (DHN-6227-4) dos lançamentos

efetuados constituem o Apêndice III. O sistema de aquisição de dados batitermográficos MK21

da Sippican (WinMK21 versão 2.1.2) operou normalmente durante toda a Comissão.

Após cada lançamento de XBT satisfatório, a mensagem BATHY correspondente foi

transmitida.

A Tabela 10 lista as irregularidades constatadas nos lançamentos de XBT.

ARQUIVOS IRREGULARIDADES DURANTE COMISSÃO PIRATA BR-XV

T5$0007d.RDF Rompimento do fio condutor a 1.100 m. Efetuado novo lançamento.

T5$0037d.RDF Rompimento do fio condutor a 215 m. Efetuado novo lançamento.

T5$0041d.RDF Rompimento do fio condutor a 280 m. Efetuado novo lançamento.

T5$0049d.RDF Rompimento do fio condutor a 195 m. Efetuado novo lançamento.

Tabela 10 - Irregularidades constatadas nos lançamentos de XBT

A Tabela 11 ilustra o consumo de probes ao longo da Comissão.

Tipo Existentes Recebidos Utilizados Inutilizados A Bordo

T-4 30 - 2 - 28

T-5 05 86 75 4 12

T-7 27 - - - 27

Deep Blue 20 - - - 20

TOTAL 82 86 77 4 87

Tabela 7 - Consumo de probes ao longo da Comissão

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

4.12 SINALIZAÇÃO NÁUTICA

XXX

4.14 ATUALIZAÇÃO DA CARTA NÁUTICA

XXX

4.15 ATUALIZAÇÃO DE PUBLICAÇÕES DE SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO

XXX

5 MATERIAL TÉCNICO

5.1 RELAÇÃO DO MATERIAL TÉCNICO E SUA CONDIÇÃO OPERACIONAL

5.1.1 Material Técnico em Boas Condições Operacionais

A relação dos equipamentos técnicos empregados e que se encontram em boas condições

operacionais está elencada na Tabela 84 - Equipamentos Técnicos21.

Equipamento Marca Modelo N/S

Estação Meteorológica Automática Väisäla MAWS410 8ITCA14920

Fac-símile Meteorológico Furuno FAX-207 2711-008157

Posicionador Satélite GPS Trimble Navigation NT200D 6211000457

Posicionador Satélite GPS Kongsberg Seapath 300 SP300-

C308NS2043

Perfilador de Temperatura XBT Sippican MK21 0199

Ecobatímetro Monofeixe Krupp Atlas

Elektronik DESO 22 01279

Perfilador de Correntes ADCP Teledyne RDI

Ocean

Surveyor 75

kHz

71A-1029-00

Salinômetro Portátil PORTSAL Guildline 8410A 68165

Tabela 84 - Equipamentos Técnicos

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

Apesar do posicionador GPS Trimble NT200D operar normalmente no modo GPS, por

outro lado, verifica-se uma grande dificuldade de operar no modo diferencial (DGPS) quando

não recebe as correções diferenciais da estação diferencial mais próxima, mesmo operando bem

próximo a essa estação. Acredita-se que esse posicionador não seja confiável para executar

algum levantamento hidrográfico que exija a acurácia de uma posição diferencial.

A relação dos acessórios técnicos empregados e que se encontram em boas condições

operacionais está elencada na Tabela15.

Acessório Marca Modelo N/S

Chave Lógica HYPACK HYPACK 15689122

Chave Lógica GRAFNAV/GRAFNET GRAFNAV/GRAFNET 8828

Chave Lógica CARIS CARIS CW9605119

Tabela 15 - Acessórios Técnicos

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

6 CONCLUSÕES

6.1 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS NA ÁREA

A presença de médico a bordo é fundamental durante a Comissão, uma vez que ao

longo das pernadas, de duração média de 10 dias, o Navio encontra-se, normalmente, operando a

grandes distâncias da costa, ficando a alguns dias do hospital mais próximo.

Durante a realização das três primeiras boias o Navio correu risco de enfrentar fortes

tormentas que são comuns naquela área a partir do mês de julho, tendo inclusive alterado a

derrota a fim de evitar a tempestade tropical BERTHA, que se formou nas proximidades da boia

2, o que foi possível devido acompanhamento de boletins meteorológicos e imagens satélites. Tal

fato pode ser evitado se a Comissão puder ser realizada em um período fora da “Temporada dos

Furacões”, tendo em vista que essas boias ficam na região conhecida como Cinturão dos

Furacões, devido à frequência de ocorrência dos mesmos.

6.2 OBSERVAÇÕES TÉCNICAS E ASSUNTOS DE INTERESSE DO CONSELHO

TÉCNICO

O Navio carece de investimento em computadores científicos, nobreaks e “Deck Units”, as

quais têm apresentado constantes problemas inviabilizando a realização de Estações

Oceanográficas e dificultando o processamento dos dados obtidos, além de necessidade de

calibração dos sensores atinentes ao CTD.

6.3 SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO

XXX

6.4 PREVISÃO AMBIENTAL

XXX

6.5 FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL

XXX

6.5.3 Publicações de Formação Técnico-Profissional

XXX

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

7 REFERÊNCIAS

CARIS, CARIS HIPS and SIPS 7.0 Service Pack 2 User Guide. Ver. 7.0.2. Canadá, 2010.

DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO (DHN), DH-06 - Instruções Técnicas -

Tomo I / II. Rio de Janeiro: Diretoria de Hidrografia e Navegação, 1998.

DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO (DHN), DH-08 - Lista de Auxílios-

Rádio, 12.ed. Rio de Janeiro: Base de Hidrografia da Marinha em Niterói, 2010-2014.

DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO (DHN), INT 1 - Carta 12000: Símbolos,

Abreviaturas e Termos Usados nas Cartas Náuticas Brasileiras, 3.ed. Rio de Janeiro:

Base de Hidrografia da Marinha em Niterói, 2008.

FERNANDES, R. A. Teoria dos Erros, Curso de Aperfeiçoamento em Hidrografia para

Oficiais, Rio de Janeiro, 2005.

Guildline, Technical Manual for Model 8410A Portasal. Part No. TM8410A-G-00. Estados

Unidos da América, 2004.

HYPACK, HYPACK Hydrographic Survey Software 2011 User Manual. Ver. 2011. Estados

Unidos da América, 2011.

INTERNATIONAL HYDROGRAPHIC ORGANIZATION (IHO), IHO Standards for

Hydrographic Surveys. Special Publication No 44, 5th

Edition. Principado de Mônaco:

International Hydrographic Bureau, 2008.

Kongsberg, SIMRAD EA 500 Hydrographic Echo Sounder. Part No. P2158E. Ver.4. Noruega,

1994.

Sea-Bird Electronics, Inc., 911 plus CTD System Operating and Repair Manual. Version 009.

Estados Unidos da América, 2007.

Sippican, MK-21 Bathythermograph Data Acquisition System. Part No. 30819.5 Rev.A.

Estados Unidos da América, 2003.

Teledyne-RDI, Acoustic Doppler Current Profiler Technical Manual. Part No. 95A-6012-00.

Estados Unidos da América, 2007.

Kongsberg, Seapath 300 Product Manual M 300-70. Rev. 3. Noruega, 2011.

Trimble, NT GPS Operator’s Manual. Part No. 81513-00 Rev. C. Estados Unidos da América,

1995.

Väisäla, MAWS410 Vaisala Maritime Observation System User’s Guide. Part No.

M210891EN-A. Finlândia, 2008.

Emiter, Manual de Utilização do Sistema de Recepção de Imagem da Órbita Polar. Ver. 1.1.

Junho 2012.

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(Continuação do Relatório de Levantamento Hidroceanográfico da Comissão “PIRATA BR-XV”)

MARCUS VINICIUS DE ALMEIDA SILVEIRA

Capitão-de-Fragata

Comandante