Lição_722016_Senhor de judeus e gentios_GGR

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Lição 7 O Evangelho de Mateus Senhor de judeus e gentios 7 a 14 de maio Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Cr 21–24 VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Is 42:6). Leituras da Semana: Mt 14:1-21; Êx 3:14; Mt 14:22-33; Is 29:13; Mt 15:1-20; Mt 15:21-28 Em Mateus 15:24, Jesus disse explicitamente: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Não há dúvida de que o ministério de Cristo, durante os anos em que Ele esteve na Terra, foi dirigido principalmente à nação de Israel. Porém, como a Bíblia inteira mostra, Israel não era o único povo com o qual Deus Se importava. A razão pela qual Deus escolheu Israel era que Ele pudesse abençoar todos os povos da Terra. “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” (Is 42:5-7). Seria por meio de Israel, ou, mais especificamente, a partir do Messias, que surgiria de Israel, que Deus alcançaria o mundo todo. Nesta semana estudaremos um pouco mais o esforço de Deus para alcançar todos os que precisam de salvação. O Impacto Esperança será no próximo sábado. Milhões de livros Esperança Viva serão distribuídos em todo o Brasil. Participe! Domingo - Alimentar os famintos Dúvidas; Opiniões; Sugestões: Dúvidas; Opiniões; Sugestões: Gerson G. Ramos. Gerson G. Ramos. e-mail: e-mail: [email protected] [email protected]

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Lição 7 O Evangelho de Mateus

Senhor de judeus e gentios 7 a 14 de maio

❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Cr 21–24

VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Is 42:6).

Leituras da Semana: Mt 14:1-21; Êx 3:14; Mt 14:22-33; Is 29:13; Mt 15:1-20; Mt 15:21-28

Em Mateus 15:24, Jesus disse explicitamente: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Não há dúvida de que o ministério de Cristo, durante os anos em que Ele esteve na Terra, foi dirigido principalmente à nação de Israel.

Porém, como a Bíblia inteira mostra, Israel não era o único povo com o qual Deus Se importava. A razão pela qual Deus escolheu Israel era que Ele pudesse abençoar todos os povos da Terra. “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” (Is 42:5-7).

Seria por meio de Israel, ou, mais especificamente, a partir do Messias, que surgiria de Israel, que Deus alcançaria o mundo todo. Nesta semana estudaremos um pouco mais o esforço de Deus para alcançar todos os que precisam de salvação.

O Impacto Esperança será no próximo sábado. Milhões de livros Esperança Viva serão distribuídos em todo o Brasil. Participe!

❉ Domingo - Alimentar os famintos

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Um dos atos mais conhecidos de Jesus foi a ocasião em que Ele providenciou alimentação para cinco mil homens, “além de mulheres e crianças” (Mt 14:21). No entanto, como ocorre com tudo o mais no Novo Testamento, essa história não aconteceu sem um contexto que nos ajuda a entender ainda mais profundamente o significado do que Jesus fez.

► Perg. 1. Leia Mateus 14:1-21. O que aconteceu pouco antes da alimentação miraculosa, e que papel esse evento pode ter desempenhado no que ocorreu a seguir?

(Mt 14:1-21) 1 Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus 2 e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. 3 Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão; 4 pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la. 5 E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta. 6 Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes. 7 Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse. 8 Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista. 9 Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; 10 e deu ordens e decapitou a João no cárcere. 11 Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe. 12 Então, vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram; depois, foram e o anunciaram a Jesus. 13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra. 14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos. 15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer. 16Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer. 17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 Então, ele disse: Trazei-mos. 19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. 20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios. 21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.

► Resp. 1. Uma aparente derrota com a morte de João Batista, o que trouxe tristeza para Jesus. Apesar desse sofrimento, Jesus Se compadeceu do povo, curou os doentes, pregou o evangelho e multiplicou o alimento. Ele supriu a necessidade do povo, provando que era o Messias e que João havia sido um vitorioso, pelo fato de ter dedicado a vida a anunciar o Cristo.

Coloque-se no lugar dos discípulos naquele momento. João Batista, que evidentemente era um homem de Deus, havia acabado de ser decapitado. Eles sabiam disso, porque tinham dado a notícia a Jesus. Embora o texto não revele, isso deve ter sido extremamente desanimador para eles. Sem dúvida, sua fé foi provada. Contudo, depois do que Jesus fez a seguir, a fé dos discípulos deve ter recebido um novo impulso, especialmente após aquele desapontamento.

Há, porém, um significado muito mais profundo nessa história, independentemente de quanto ela tenha aumentado a fé dos discípulos. O ato de Jesus ao alimentar o povo fez com que todos se lembrassem do maná que Deus tinha providenciado para os israelitas no deserto. “Surgiu dentro do judaísmo a tradição de que o Messias viria numa Páscoa e que, com Sua vinda, o maná começaria a cair novamente. […] Portanto, quando Jesus alimentou os cinco mil, precisamente antes da Páscoa, ninguém devia ficar surpreso se a multidão começasse a especular se Ele era o Messias e se Ele estava para fazer um milagre ainda maior: alimentar todas as pessoas durante todo o tempo, restaurando o maná” (Jon Paulien, John: The Abundant Life Bible Amplifier [João: Comentário Bíblico Vida Abundante]. Boise: Pacific Press Publishing Association, 1995; p. 139, 140).

Esse era exatamente o tipo de Messias que o povo desejava: Alguém que cuidasse de suas necessidades exteriores. Naquele momento, as multidões estavam prontas para tornar Jesus rei, mas Ele não tinha vindo para ser rei, e Sua recusa os desapontou grandemente. Eles tinham suas expectativas, e quando estas não foram satisfeitas, muitos abandonaram Jesus, embora o Senhor tivesse vindo para fazer muito mais do que supunham suas expectativas estreitas e mundanas.

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❉ Segunda - Senhor de toda a criação

Depois da alimentação miraculosa, Jesus ordenou que Seus discípulos entrassem no barco (Mt 14:22). Ele desejava tirá-los da confusão e da pressão. Um bom mestre protege seus discípulos daquilo que eles ainda não estão prontos para enfrentar. “Chamando os discípulos, Jesus ordenou-lhes que tomassem o barco e voltassem imediatamente para Cafarnaum, deixando-O a despedir a multidão. […] [Eles] protestaram contra essa medida, mas Jesus falou com uma autoridade que não havia assumido antes para com eles. Sabiam que seria inútil qualquer oposição de sua parte e, silenciosos, dirigiram-se para o mar”. (O Desejado de Todas as Nações, p. 378).

► Perg. 2. Leia Mateus 14:23-33. O que esses versos revelam sobre quem era Jesus e acerca da natureza da salvação?

(Mt 14:23-33) 23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só. 24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. 25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. 26 E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. 27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! 28Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. 29 E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. 30 Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! 31 E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? 32 Subindo ambos para o barco, cessou o vento. 33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!

► Resp. 2. Ele é o Deus Eu Sou, que anda sobre as águas e acalma os ventos, que chega no momento da nossa maior necessidade e acalma nosso coração. Quando estamos afundando em meio às ondas, por causa da nossa falta de fé, Ele nos estende a mão, nos salva e acaba com a dúvida.

Um momento revelador ocorreu quando os aterrorizados discípulos ficaram imaginando quem estaria andando na água em sua direção. Jesus lhes disse: “Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais” (v. 27). A expressão “Sou Eu” é outra maneira de traduzir a expressão grega ego eimi, que significa “Eu Sou”. Esse é o nome do próprio Deus (ver também Êx 3:14).As Escrituras, vez após vez, mostram que o Senhor tem o controle de toda a natureza. O Salmo 104, por exemplo, mostra claramente que Deus não é somente criador, mas também mantenedor, e que é por meio de Seu poder que o mundo continua existindo e que as leis da natureza operam. Não há nada ali que sugira o deus do deísmo, que criou o mundo e depois o abandonou. Sejamos judeus ou gentios, todos devemos nossa contínua existência ao poder sustentador do mesmo Senhor que acalmou o mar (ver também Hb 1:3).

O grito de Pedro: “Salva-me, Senhor!” (Mt 14:30) deve ser também o nosso, porque, se o Senhor não nos salvar, quem o fará? O desamparo de Pedro naquela situação se reflete em nossa própria fraqueza diante de tudo o que o mundo pecaminoso lança contra nós.

Pense na sua fraqueza, no sentido de estar à mercê de forças muito maiores que você e que estão além do seu controle. Como essa realidade ajuda a fortalecer sua dependência de Jesus?

❉ Terça - O coração do hipócrita

► Perg. 3. “O Senhor disse: […] este povo se aproxima de Mim e com a sua boca e com os seus lábios Me

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honra, mas o seu coração está longe de Mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens” (Is 29:13). Embora nesse texto Deus estivesse falando ao antigo Israel, que mensagem há para a igreja de hoje? Quais são as duas principais questões a respeito das quais Deus o estava advertindo, e como podemos ter certeza de que não estamos fazendo o mesmo?

► Resp. 3. Devemos ser sinceros para com o Senhor, reconhecer nossas faltas diante dEle e adorá-Lo de modo verdadeiro, de acordo com Sua vontade e Sua lei, e não com base em nossas tradições.

Muitos séculos depois que Isaías escreveu essas palavras, Jesus as citou numa controvérsia com os líderes religiosos.

► Perg. 4. Leia Mateus 15:1-20. Qual é a questão específica ali, e como Jesus tratou dela?

(Mt 15:1-20) 1 Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram: 2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. 3 Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? 4 Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. 5 Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim; 6 esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição. 7 Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: 8 Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 9 E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. 10 E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei: 11não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem. 12 Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram? 13 Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. 14 Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco. 15 Então, lhe disse Pedro: Explica-nos a parábola. 16 Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda? 17 Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso? 18 Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. 19 Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. 20 São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.

► Resp. 4. O desrespeito à tradição de lavar as mãos antes de comer, o que acarretava impureza cerimonial. Jesus mostrou que a maldade do coração é pior do que a transgressão das tradições humanas. Muitos que seguiam tais tradições transgrediam o mandamento de Deus, deixando de honrar os pais.

Em algum momento após ter voltado de Cafarnaum, Jesus entrou num debate com os líderes judeus sobre o que torna uma pessoa impura. Os mestres haviam acrescentado à lei todos os tipos de regulamentos sobre impureza externa. Por exemplo, era preciso lavar as mãos de uma certa forma, porém os discípulos de Jesus não estavam dando atenção a esse regulamento. Quando os escribas e fariseus de Jerusalém chamaram a atenção sobre isso, Jesus respondeu de maneira enfática.

Em resumo, Ele condenou fortemente aquilo que, com facilidade, se torna uma armadilha para qualquer pessoa: a hipocrisia. Quem, em algum momento, já não foi culpado disso, ao condenar alguém por um ato (verbalmente ou no coração), embora já tivesse feito ou estivesse fazendo a mesma coisa ou algo pior? Todos nós, se não formos cuidadosos, e se não buscarmos a graça de Deus, cairemos na tendência de ver as faltas dos outros e, ao mesmo tempo, ser cegos para as nossas. Portanto, todos temos a tendência de ser hipócritas.

Muitos odeiam a hipocrisia dos outros e têm facilidade de ver esse problema nos outros. Como podemos ter certeza de que nossa capacidade de ver a hipocrisia alheia não seja simplesmente a manifestação dela em nós mesmos?

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❉ Quarta - Migalhas da mesa

Depois de alimentar e curar Seu próprio povo, e de pregar para ele, Jesus tomou uma decisão dramática. Ele saiu da área dos judeus e entrou na região dos excluídos, os gentios.

5. Leia Mateus 15:21-28. Como devemos entender essa história?

(Mt 15:21-28) 21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. 22 E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. 23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. 24 Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! 26 Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. 27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. 28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.

R. 5. Jesus veio dar o pão primeiro aos filhos (israelitas) e depois aos cachorrinhos (gentios). Por falta de fé, os filhos podem perder seus privilégios, e pela fé, os cachorrinhos podem ganhar um lugar à mesa de Cristo. Jesus começou tratando a mulher como os judeus tratavam os gentios, e terminou curando sua filha, o que Deus faz com todos os que reconhecem o Filho de Davi. Isso foi uma repreensão para os preconceituosos discípulos.

Em muitos aspectos, essa não é uma história fácil de se ler, porque não temos a vantagem de ouvir o tom de voz e ver as expressões faciais das pessoas envolvidas. A princípio parece que Jesus ignorou essa mulher; depois, quando falou com ela, Suas palavras parecem muito rudes: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (v. 26). Contudo, precisamos considerar algumas coisas.

Primeiro, é verdade que naquela época os judeus se referiam aos gentios como cachorros, o que sugeria a imagem de muitos cachorros correndo pelas ruas. Mas Jesus usou ali o termo grego mais carinhoso, “cachorrinho”, o que traria à mente a imagem de cães de estimação alimentados com as coisas que são servidas à mesa.

Segundo, essa mulher cananeia chamou Jesus de “Filho de Davi”. Isso mostra a familiaridade dela com o contexto judaico de Jesus. Como um bom mestre, Jesus passou a dialogar com ela e talvez a testá-la. Craig Keener escreveu: “Talvez Ele estivesse exigindo que ela entendesse Sua verdadeira missão e identidade, para que não O tratasse como um dos mágicos ambulantes a quem os gentios às vezes apelavam, solicitando que fizessem exorcismos. Porém, Ele certamente a estava convidando a reconhecer a prioridade de Israel no plano divino, um reconhecimento que, para ela, incluía a admissão de sua condição de dependência. […] Podemos comparar isso à exigência de Eliseu de que Naamã mergulhasse no Jordão, apesar da preferência de Naamã pelos rios arameus Abana e Farfar […], o que acabou levando Naamã a reconhecer o Deus e a terra de Israel” (2Rs 5:17, 18; The Gospel of Matthew: A Socio-Rhetorical Commentary [O evangelho de Mateus: um comentário sócio-retórico], p. 417).

Finalmente, é provável que essa mulher fosse grega de classe alta integrante de um grupo de pessoas que tinham “rotineiramente tomado o pão dos judeus pobres que residiam nas imediações de Tiro. […] Então […] Jesus inverteu as relações de poder, pois o ‘pão’ que Jesus oferecia pertencia primeiramente a Israel. […]; essa “grega” devia suplicar ajuda de um judeu itinerante” (Ibid.).

Esta não é uma passagem fácil, mas devemos confiar em Jesus. Ao dialogar com aquela mulher, Jesus a dignificou, assim como fez com a mulher junto ao poço. No momento em que ela foi embora, Jesus já havia curado sua filha e sua fé no Filho de Davi havia sido despertada.

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❉ Quinta - Senhor dos gentios

► Perg. 6. Leia Mateus 15:29-39 e compare com Mateus 14:13-21. Quais são as semelhanças e as diferenças entre as duas histórias?

(Mt 15:29-39) 29 Partindo Jesus dali, foi para junto do mar da Galiléia; e, subindo ao monte, assentou-se ali. 30 E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou. 31 De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de Israel. 32 E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho. 33 Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão? 34 Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete e alguns peixinhos. 35 Então, tendo mandado o povo assentar-se no chão, 36 tomou os sete pães e os peixes, e, dando graças, partiu, e deu aos discípulos, e estes, ao povo. 37 Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou, recolheram sete cestos cheios. 38 Ora, os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças. 39 E, tendo despedido as multidões, entrou Jesus no barco e foi para o território de Magadã.

(Mt 14:13-21) 13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra. 14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos. 15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer. 16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer. 17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 Então, ele disse: Trazei-mos. 19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. 20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios. 21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.

► Resp. 6. Jesus teve compaixão de judeus e gentios. Ele multiplicou pães e peixes para dois grupos, um de judeus e outro de gentios.

Muitas pessoas não percebem que há duas ocasiões nos evangelhos em que as multidões foram alimentadas: a primeira multidão era de judeus; a segunda, de gentios. Em ambos os casos, Jesus teve “compaixão” das pessoas.

É surpreendente essa cena de milhares de gentios vindo para ser ensinados, amados e alimentados pelo jovem Mestre. Hoje, olhando para trás e compreendendo a universalidade do evangelho, podemos facilmente deixar de perceber que algo desse tipo deve ter parecido incrível e inesperado, tanto para judeus quanto gentios. Sem dúvida, Jesus estava tirando todos de sua zona de conforto.

Contudo, este sempre foi o plano de Deus: atrair a Ele todas as pessoas do mundo. Um verso surpreendente das Escrituras Hebraicas testifica dessa verdade: “Povo de Israel, Eu amo o povo da Etiópia tanto quanto amo vocês. Assim como Eu trouxe vocês do Egito, Eu também trouxe os filisteus da ilha de Creta e os arameus da terra de Quir” (Am 9:7, NTLH).

O que Deus estava dizendo ali? Que estava interessado não só na vida de Israel, mas de todos os povos? Que estava interessado nos filisteus? Uma leitura cuidadosa do Antigo Testamento revela essa verdade vez após vez, embora ela tivesse se tornado tão obscura ao longo dos séculos que, na época em que foi formada a igreja do Novo Testamento, muitos dos primeiros crentes tiveram que aprender essa verdade bíblica básica.

► Perg. 7. Leia Romanos 4:1-12. De que forma o evangelho e sua universalidade estão retratados nesses versos?

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(Rm 4:1-12) 1 Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? 2 Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. 3 Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 4 Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. 5 Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. 6 E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: 7 Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; 8 bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado. 9 Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça. 10 Como, pois, lhe foi atribuída? Estando ele já circuncidado ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e sim quando incircunciso. 11 E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que crêem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça, 12 e pai da circuncisão, isto é, daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai, antes de ser circuncidado.

► Resp. 7. Pela fé, a justiça de Deus foi atribuída a Abraão, que foi perdoado de seus pecados e recebeu o sinal da circuncisão. Pela fé, todos são justificados, perdoados e selados para a salvação.

❉ Sexta - Estudo adicional

Um cristão estava falando aos estudantes no campus de uma universidade secular a respeito da existência de Deus. Depois de usar os argumentos comuns, ele partiu para uma tática diferente, dizendo: “Sabem, quando eu tinha mais ou menos a idade da maioria de vocês, não acreditava em Deus. Ocasionalmente, quando algo me convencia de que talvez Deus existisse, eu sempre procurava tirar aquela ideia da minha mente. Por quê? Porque algo me dizia que, se de fato Deus existisse, então, considerando minha maneira de viver, eu estaria em grandes apuros.” A atmosfera mudou instantaneamente. Dezenas de consciências, ao mesmo tempo, começaram a ser despertadas e a entrar em conflito consigo mesmas. No entanto, os cristãos não se sentem incomodados com a existência de Deus porque eles têm as promessas do evangelho. Não importa se somos judeus ou gentios, quando confrontados com nossa pecaminosidade, podemos achar refúgio na justiça de Cristo oferecida pela fé, “independentemente das obras da lei” (Rm 3:28). Podemos reclamar a promessa de que “agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8:1, ARC). “Sem distinção de idade ou categoria, de nacionalidade ou de privilégio religioso, todos são convidados a ir a Ele e viver” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 403).

Perguntas para reflexão

1. Leia Mateus 16:1-12. O que Jesus quis dizer quando declarou: “Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus” (v. 6). A princípio, os discípulos pensaram que Jesus Se referisse ao fermento literal. Mas Jesus tinha em mente algo muito mais profundo. O que era?

2. O amor de Cristo deve ser a mensagem mais importante do cristianismo. Nenhum de nós tem esperança fora de Jesus Cristo. Infelizmente, às vezes nossa mensagem pode transmitir a ideia de condenação, arrogância e de superioridade. De que forma podemos mostrar mais nossa compaixão por todas as pessoas?

Comentários de Ellen G. WhiteEllen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 365, 368.

Ao considerar o pecador a lei, sua culpa se lhe torna clara, e lhe impressiona a consciência, e ele é condenado. Seu único conforto e esperança encontra-os em olhar à cruz do Calvário.Pág. 366

Ao aventurar-se a crer nas promessas, tomando a Deus em Sua palavra, vêm-lhe à alma alívio e paz. Clama: "Senhor, Tu prometeste salvar a todos que se achegam a Ti em nome de Teu Filho. Sou uma alma perdida,

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desajudada e sem esperança. Senhor, salva-me, ou pereço!" Sua fé se apodera de Cristo, e ele é justificado diante de Deus.Mas, embora Deus possa ser justo e ao mesmo tempo justificar o pecador, pelos méritos de Cristo, homem algum pode cobrir sua alma com as vestes da justiça de Cristo, enquanto comete pecados conhecidos, ou negligencia conhecidos deveres. Deus requer a completa entrega do coração, antes que possa ocorrer a justificação; e para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica a alma.

Tiago escreve acerca de Abraão e diz: "Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé." Tia. 2:21-24. A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que controle as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa.

Fé, Condição da Promessa

Sem a graça de Cristo acha-se o pecador em estado desesperador; coisa alguma pode ser feita em seu favor; mas pela graça divina é comunicado ao homem poder sobrenatural, que opera em seu espírito, coração e caráter. É pela comunicação da graça de Cristo que se discerne o pecado em sua natureza odiosa, sendo afinal expulso do templo da alma. É pela graça que somos levados em comunhão com Cristo, para com Ele sermos associados na obra da salvação. A fé é a condição sob a qual Deus escolheu prometer perdão aos pecadores; não quePág. 367exista na fé qualquer virtude pela qual se mereça a salvação, mas porque a fé pode prevalecer-se dos méritos de Cristo, o remédio provido para o pecado. A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador. Quando o pecador crê que Cristo é seu Salvador pessoal, então, de acordo com as Suas promessas infalíveis, Deus lhe perdoa o pecado e o justifica livremente. A alma arrependida reconhece que sua justificação vem porque Cristo, como seu substituto e penhor, morreu por ele, e é sua expiação e justiça.

"Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." Rom. 4:3-5. Justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas é ele incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé pode ele apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a alma arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. Assim é que a fé é imputada como justiça; e a alma perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior. Pode dizer, alegremente: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna." Tito 3:5-7.

Mais: Está escrito: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus." João 1:12 e 13. Disse Jesus: "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. "Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5. Não é baixa a norma que nos é posta em frente,Pág. 368pois devemos tornar-nos filhos de Deus. Devemos ser salvos como indivíduos; e no dia da prova seremos capazes de discernir entre aquele que serve a Deus e o que O não serve. Somos salvos como crentes individuais no Senhor Jesus Cristo. Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 365, 368.

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Auxiliar para o professor

Resumo da Lição

TEXTO-CHAVE: Mateus 14:33

O ALUNO DEVERÁ

1. Compreender: Que Cristo é o Filho de Deus e Senhor de tudo.2. Sentir: O poder e a suficiência de Cristo.3. Fazer: Compartilhar a suficiência de Cristo com os que necessitam.

ESBOÇO

1. Compreender: Que Cristo é o Filho de Deus e Senhor de tudoO que Jesus, como Filho de Deus, realiza? O que o Filho faz por nós?Jesus é Senhor de tudo. O que esse “tudo” inclui? Qual é o significado disso?Sendo “Filho de Deus” e “Senhor de tudo, ”que funções Jesus desempenha na salvação?

2. Sentir: Experimentar a suficiência de CristoComo a suficiência de Cristo influencia todas as áreas da vida?Jesus pode ser o Senhor em apenas alguns aspectos de nossa vida?A total suficiência de Cristo não nos isenta de nossas responsabilidades. Quais são algumas dessas responsabilidades?

3. Fazer: Compartilhar JesusPor que é importante compartilhar Jesus? Como fazer isso?Como esse ato de compartilhar melhora nossa vida?

RESUMO:

Jesus é o Filho de Deus e Senhor de tudo. Ele tem total suficiência para suprir todas as necessidades humanas. Diante disso, nosso olhar deve se fixar nEle, e nosso objetivo deve ser apegar-nos a Ele em todos os momentos e a qualquer custo.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Mateus 14:12

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Com a morte de João Batista, os discípulos ficaram desesperados e tristes. O caminho à frente parecia nublado e escuro. Os discípulos de João fizeram a única coisa possível: “Foram e o anunciaram a Jesus” (Mt 14:12). Quando a vida parece sem esperança, quando a solidão está prestes a se tornar nossa companhia perpétua, quando a traição vem de onde não se espera, quando a morte paira sobre nós, ou quando estamos a ponto de perder a casa ou o carro por falta de pagamento, o que fazer? Nossa lição nos lembra: vá a Jesus. Conte a Ele as notícias boas e as ruins. A vida encontra possibilidades ilimitadas quando se trata dAquele que é a Fonte de tudo.

Para o professor:

Mateus 14:1-12 conta uma história cruel e perversa. Reveja com a classe como os personagens na história revelam imagens trágicas da vida, desde a pureza da justiça até a máxima situação de pecado. Primeiro, vemos João Batista, o destemido profeta que chamou o pecado pelo seu nome exato. Então, Herodes Antipas, que perdeu todo o senso de moralidade e dignidade humana, seduziu a esposa de seu irmão e se uniram em pecado. Depois, vemos Herodias, que sacrificou o senso de moralidade e a dignidade maternal no altar da libertinagem. Por fim, vemos Salomé, que se transformou em marionete num jogo ímpio.Discussão de abertura

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1. Marcos 6:20 afirma que Herodes admitiu que João Batista era “justo e santo”, e escutava-o “de boa mente”. Ele até mesmo “procurou sem sucesso quebrar a cadeia de concupiscência que o ligava” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 214). O que impediu Herodes de seguir a própria consciência?

2. “Não te é lícito” (Mt 14:4). Essa declaração de João Batista foi suficiente para chamar o pecado pelo nome exato. O pecado é inegociável. Por que devemos abandoná-lo ou aguardar o seu salário, ou seja, a morte? (Rm 6:23).

Compreensão

Para o professor: “Os que estavam no barco O adoraram, dizendo: ‘Verdadeiramente és Filho de Deus!’“ (Mt 14:33). Essa adoração e confissão demonstram que os discípulos estavam começando a compreender a missão de Jesus e a enxergá-Lo como Pessoa divina. A lição desta semana nos convida a conhecer Jesus como o Senhor de tudo, Filho de Deus, Aquele que derruba muralhas.

Comentário Bíblico

I. Jesus, o Senhor de tudo Recapitule com a classe Mateus 14:13-21; 15:32-38.)

Por trás dos milagres da alimentação dos cinco mil e dos quatro mil está a compaixão de Jesus pelas multidões (Mt 14:14; 15:32). A palavra grega para compaixão denota uma emoção originada nas profundezas da alma e que leva à ação. Ela surge 13 vezes nos evangelhos, sempre relacionada ao ministério de Jesus (Mt 9:36; 14:14; 15:32; 18:27, 33; 20:34; Mc 1:41; 5:19; 6:34; 8:2; 9:22; Lc 7:13; 10:33; 15:20). Com Jesus, a compaixão não é misericórdia passiva, mas amor que se estende ativamente para alimentar famintos, cuidar dos doentes, curar quebrantados de coração e ressuscitar mortos. Em cada necessidade humana, Jesus via uma oportunidade de conscientizar as pessoas de que Deus é amoroso, bondoso e acessível, ao contrário dos deuses da cultura grega, que continuavam impassíveis e inalteráveis diante das necessidades humanas.

Os milagres de multiplicação do alimento demonstram que a pregação da Palavra não nega a assistência às necessidades humanas. No entanto, a assistência não deve transformar o evangelho numa revolução social em que as necessidades físicas sejam prioridade sobre os imperativos da alma. Jesus sabia que o ser humano não viveria somente de pão (Mt 4:4), e Ele também era sensível ao fato de que o pão é essencial à vida: “Tendo mandado que a multidão se assentasse” (Mt 14:19), entregou o alimento aos discípulos para que eles servissem às pessoas. A narrativa em João 6 traz a questão de que assim como o corpo não sobrevive sem pão, a alma também não sobrevive sem Cristo, o Pão da Vida. (v. 35).

Outro fato significativo sobre os dois milagres da multiplicação dos pães é que os mais de cinco mil eram judeus a caminho da Páscoa em Jerusalém, e os mais de quatro mil eram gentios na região de Decápolis. Um ponto não pode ser esquecido: o ministério de Jesus foi inclusivo: Ele cuidou de judeus e gentios. Ele é o Senhor de tudo, em quem emerge a nova humanidade sem qualquer muro de separação (Ef 2:14, 15).

Comente com a classe

1. Os discípulos ficaram surpresos com a ordem de Jesus para que eles alimentassem a multidão. Por que os seres humanos duvidam continuamente de que “para Deus tudo é possível” (Mt 19:26)?

2. Que papel os milagres desempenham no fortalecimento de nossa fé?

II. Jesus, o Filho de Deus (Recapitule com a classe Mateus 14:22-33.)

Quando o mar está violento e o barco é lançado de um lado para o outro, a vida se transforma em luta e o medo nos domina. Porém, Jesus está sempre presente para ajudar e salvar. Foi Ele que deu aos assustados discípulos uma fórmula tríplice para fortalecer a fé: “Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais!” Entre a ordem para ter bom ânimo e o conselho para não temer, está a Pessoa de Jesus: “Sou Eu”. O termo grego é ego eimi, “Eu Sou”, nome pelo qual a autorrevelação de Deus geralmente é afirmada. Com o grande Eu Sou do nosso lado, a sarça ardente não se queima, o Pão da Vida satisfaz todas as nossas necessidades, a Luz do Mundo nos mantém afastados das trevas, a Porta assegura nossa entrada no reino, o Bom Pastor concede segurança eterna

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e somos enxertados na Videira verdadeira (Êx 3:2-15; Jo 6:35; 8:12; 9:5; 10:9, 11; 11:25; 15:1). Cristo nos dá os mesmos conselhos que deu aos discípulos naquela noite tempestuosa: “Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais!”

Para seguir o caminho do discipulado sem temer é preciso manter os olhos fixos no “Eu Sou”. Pedro vacilou. Seus olhos se desviaram de Jesus para os ruidosos ventos, ele “ficou com medo” e começou a afundar. Então Pedro gritou: “Senhor, salva-me!” Um clamor desses nunca fica sem resposta.

Comente com a classe

Com frequência Pedro falava e agia por impulso. Apesar de suas deficiências, ele sabia onde procurar ajuda. Recapitule episódios da vida de Pedro em que ele deixou de olhar para Jesus, e episódios em que ele fixou o olhar em Cristo. Leia Hebreus 12:2 e pergunte aos alunos: O que significa olhar para Jesus?

III. Jesus: Derrubando os muros (Recapitule com a classe Mateus 15:21-31.)

Bem antes do Jesus ressuscitado comissionar Seus discípulos, dizendo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28:19), Ele mesmo cruzou o território judeu pela primeira vez e entrou na região siro-fenícia [Tiro e Sidom]. Por meio do encontro com a mulher cananeia, Ele demonstrou que Seu evangelho abrange toda a humanidade.

A mulher se aproximou de Jesus por causa da cura de sua filha endemoninhada. Enfrentando todas as dificuldades (o fato de ser mulher, gentia e estar conversando com um judeu), ela se aproximou de Jesus com as únicas ferramentas que tinha, não em suas mãos, mas no coração. Em primeiro lugar, ela amava a filha. Nas culturas grega e romana as meninas não tinham valor. Uma filha endemoninhada era ainda pior. No entanto, essa mãe demonstrou que toda criança, saudável ou doente, esperta ou ingênua, é um precioso dom do Criador. Em busca de cura, ela foi à pessoa certa: Jesus.

Em segundo lugar, ela tinha fé. A mulher cananeia identificou Jesus como Senhor e como Filho de Davi: era confiança suficiente para lançar seus fardos aos pés do Messias. No entanto, a resposta de Jesus pareceu grosseira: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (Mt 15:26). Então veio a determinação das orações fundamentadas na fé, como aquela registrada há muito tempo num encontro noturno: “Não te deixarei ir se não me abençoares” (Gn 32:26). A mulher cananeia fez sua própria versão do pedido “de Jacó”: “Obrigada, Senhor, por não me tratar como um cão vira-lata das ruas, mas como kunarion, um animal de estimação das crianças, que fica dentro de casa. Deixe-me ser um kunarion. Não peço pão, apenas as migalhas.”

Jesus aclamou essa humilde abordagem como um ato de grande fé. E a fé conduziu à vitória. O movimento do amor para a crença na cura transmitiu uma importante mensagem para as gerações vindouras: em Cristo não há acepção de pessoas.

Pergunta para discussão: Pensando em sua igreja ou comunidade, que barreiras precisam ser quebradas para espalhar a mensagem do evangelho?

Aplicação

Para o professor: Leia a citação e comente com a classe as perguntas a seguir: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Ellen G. White, Educação, p. 57).

Pergunta para reflexão

Neste mundo de concessões, meias verdades e pecado declarado – semelhante à realidade da época de João Batista e Herodes – como essa “maior necessidade do mundo” pode ser satisfeita?

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Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Nesta semana, aprendemos uma importante lição sobre o amor e a total suficiência de Cristo.Atividade

Há necessitados em sua comunidade: pessoas famintas, emocionalmente exaustas, sozinhas e doentes. Ajude a classe a identificar as que estão passando por dificuldades e planejar um meio de ajudá-las.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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