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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
PROJETO PEDAGÓGICO
DO CURSO DE
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
São João da Boa Vista - SP
2014
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
PROFESSORES ELABORADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO DO
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA DO UNIFEOB
Prof. Me. Vinicius Muhlethaler Beire – historiador
Coordenador do Curso de Licenciatura em História do UNIFEOB
Profa. Me. Márcia Mariza Belli– Pedagoga
Profa. Dra. Patricia Gomes Furlanetto – Historiadora
Prof. Me. João Fábio Diniz – Sociólogo
Prof. Esp. Marcos Silva – Geógrafo
Docentes do Curso de Licenciatura em História do UNIFEOB
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para
o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável
para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e
buscar uma nova estabilidade em função da promessa que
cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um
projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a
determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os
campos de ação possível, comprometendo seus atores e
autores. (Moacir Gadotti).
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Missão e Valores do UNIFEOB
A missão do UNIFEOB é “educar gerações, atuar na comunidade com
responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a
ética, a cidadania, a liberdade e a participação.”
Os valores que orientam o UNIFEOB são a dignidade do ser humano, o
pluralismo democrático, a transparência e responsabilidade nas relações
institucionais e comunitárias, o respeito à individualidade e diversidade de
ideias, o espírito de equipe e criatividade, além do compromisso com o meio
ambiente.
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 8
1 A INSTITUIÇÃO .............................................................................................. 9
1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO .............................................................. 9
1.2 HISTÓRICO .............................................................................................. 9
1.3 ESPAÇO FÍSICO .................................................................................... 15
1.4 MISSÃO .................................................................................................. 16
1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS .............................................................. 18
1.6 INSERÇÃO REGIONAL ......................................................................... 19
1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA ..................... 20
2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL: ........................................... 23
FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS .............................................................. 23
2.1 PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS .................................................... 25
2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................... 25
2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO .................... 28
2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI ..................................... 40
2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ......... 43
3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ...................................................................... 47
3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO ................................................... 47
3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO .................. 49
4 PRINCIPIOS NORTEADORES DO CURSO ................................................. 52
4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO ................................................ 54
5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS ....................................... 56
5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESENVOLVIDAS NO CURSO DE
LICENCIATURA EM HISTÓRIA ................................................................... 58
5.1.1 OBJETIVOS .................................................................................... 58
5.1.2 COMPETÊNCIAS GERAIS DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA ... 59
5.1.3 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS DO CURSO DE
LICENCIATURA EM HISTÓRIA .............................................................. 60
6 PERFIL DO DOCENTE, COORDENAÇÃO E NDE ....................................... 62
6.1 PERFIL DOCENTE ................................................................................. 62
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL ............................................................ 65
6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO ............................................................... 66
6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ................ 68
7 METODOLOGIA DO CURSO ....................................................................... 70
8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ................................................. 73
8.1 MATRIZ CURRICULAR .......................................................................... 73
8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR ......................................................... 77
8.2 NÚCLEO BÁSICO, NÚCLEO ESPECÍFICO E NÚCLEO
COMPLEMENTAR ....................................................................................... 78
8.2.1 NÚCLEO ESPECÍFICO .................................................................. 79
8.2.2 NÚCLEO COMPLEMENTAR .......................................................... 91
8.2.3 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES ...................... 100
8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ............................................ 108
8.3.1 TUTORIA ...................................................................................... 109
8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO
DOS ALUNOS ....................................................................................... 110
9 AS ATIVIDADES PRÁTICAS ...................................................................... 112
9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO ............................................................ 113
9.1.1 OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO ......................... 114
9.1.2 FORMATO DOS ESTÁGIOS ........................................................ 114
9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ........................................ 116
9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES.................................................... 118
9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA NA ÁREA DE HISTÓRIA ....................... 120
9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE HISTÓRIA ..................... 121
10 ATIVIDADES DE ATENDIMENTO E APOIO ACADÊMICO AOS
DISCENTES ................................................................................................... 123
10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO .......................... 123
10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE ATENÇÃO AO
ESTUDANTE .............................................................................................. 124
11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA ...................................... 127
11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO CURSO ...... 127
11.1.1 COLEGIADO DO CURSO .......................................................... 127
11.1.2 CORPO TÉCNICO ...................................................................... 128
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
11.2. RECURSOS FÍSICOS ....................................................................... 129
11.2.1 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA ........................................ 130
11.2.2 BIBLIOTECA .............................................................................. 131
12 AVALIAÇÃO .............................................................................................. 134
12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM ..................................... 134
12.2 AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO ......................................................... 136
12.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................... 137
12.4 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ...................................... 139
12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIA ........ 139
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 142
8
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO
O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em História do
Centro Universitário Fundação de Ensino “Octávio Bastos” – UNIFEOB - é o
documento que imprime a direção, especificidades e singularidades, além de
apresentar, de forma clara, o funcionamento do curso, suas prioridades e
estratégias de trabalho.
O ensino de graduação, voltado para a construção do conhecimento
e formação de profissionais, não pode pautar-se por uma estrutura curricular
rígida. Assim, a flexibilização curricular é condição necessária à efetivação de
um projeto de pedagógico de qualidade.
A elaboração participativa desse Projeto Pedagógico pretende fazer
com que cada um dos envolvidos no Curso de Licenciatura em História se
torne intrinsecamente ligado pelo desafio que representa a construção e a ação
universitária. Sua caracterização, vitalidade, avaliação e atualização
dependerão do compromisso coletivo com o que nele está proposto e com as
transformações da universidade e da sociedade.
A comunidade acadêmica do Curso de Licenciatura em História,
assim como a de todos os cursos (licenciaturas, bacharelados e tecnólogos),
desejando contribuir para a sustentação de prioridades educacionais e com um
senso de empreendimento e determinação em pensar constantemente sobre
suas próprias ações, apresenta este Projeto Pedagógico como resultado de
amplos debates e reuniões acadêmicas. Tal documento passou a nortear, a
partir de 2013, as ações do curso com base nas aspirações coletivas. Como
também o mesmo foi revisado e atualizado no ano de 2014.
9
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
1 A INSTITUIÇÃO
1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO
FEOB – Fundação de Ensino Octávio Bastos (Mantenedora)
UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos
Campus I – Centro
Rua General Osório, 433, Centro - São João da Boa Vista - SP - Brasil
(19) 3634-3300
Campus II
Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João - São João da Boa
Vista - SP - Brasil
(19) 3634-3200
Endereço de página na WEB: www.unifeob.edu.br
1.2 HISTÓRICO
A Fundação de Ensino Octávio Bastos (FEOB) é uma entidade de direito
privado, sem fins lucrativos, mantenedora do Centro Universitário – UNIFEOB.
Localizada em São João da Boa Vista - SP, a Instituição foi fundada em
04 de novembro de 1965, com o nome de Fundação Sanjoanense de Ensino,
por um grupo de cidadãos liderados por Octávio da Silva Bastos, à época
prefeito da cidade, conforme escritura lavrada no Livro de Notas n. 199, fls.
29/40, do 1º Cartório de Notas e Anexos, devidamente protocolada sob nº
6.790, registrada sob o n. 133, do Livro Sociedade Civil, em 23/08/1968.
A primeira faculdade implantada foi a de Direito, em 1967, reconhecida
10
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
em 1972, cujo diretor foi o Dr. Octávio da Silva Bastos.
Em 1971, foi implantada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,
com os cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras, Matemática e Ciências
Sociais, com reconhecimento em 1977. Desde aquela época, já havia a
preocupação dos dirigentes em atuar fortemente na formação de professores.
Em 1973, entrou em funcionamento a Faculdade de Ciências Contábeis
e Administrativas, cujo reconhecimento ocorreu em 1977.
A Faculdade de Medicina Veterinária iniciou suas atividades em 1987,
sendo reconhecida em 1992.
Em outubro de 2001, foi autorizada, pela portaria nº 2201, a abertura do
curso de bacharel em Ciências Biológicas, que entrou em funcionamento em
2002. Neste mesmo ano, foram autorizados mais três cursos, que passaram a
funcionar em 2003: pela portaria nº 2200, o curso de Bacharel em
Enfermagem; pela portaria nº 950, o curso de Bacharel em Fisioterapia e pela
portaria nº 837, o curso de Bacharel em Sistemas de Informação.
Ainda em 2002, com seu crescimento e a integração de seus cursos,
houve mudanças em seu estatuto e, juntos, os cursos de graduação e de pós-
graduação passaram a compor as FIFEOB – Faculdades Integradas da
Fundação de Ensino Octávio Bastos.
Em dezembro de 2003, depois de atender a todas as exigências do
MEC, as FIFEOB conquistaram o status de Centro Universitário. Assim, foi
adotado o nome UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino
Octávio Bastos.
No dia 24 de abril de 2004, o UNIFEOB passou a integrar o seleto grupo
de instituições de ensino superior, reconhecido, por seu trabalho comunitário,
como uma das 45 entidades filiadas à ABRUC- Associação Brasileira das
Universidades Comunitárias, dentre mais de 1600 escolas de ensino superior
do Brasil.
Com a autonomia concedida pelo MEC, em 2005 foram oferecidos os
cursos de licenciatura em História, Geografia, Química, Física e Ciências
Biológicas.
11
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Em 2007, foram iniciados nove Cursos de Superiores de Tecnologia:
Comércio Exterior, Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade, Gestão de
Recursos Humanos, Gestão Pública, Logística, Marketing, Processos
Gerenciais e Agronegócios.
Em 2013, após uma reestruturação financeira, foram abertos os cursos
de Bacharelado em Engenharia Agronômica, Engenharia Civil e Arquitetura e
Urbanismo, além da reabertura dos cursos em licenciatura que, por motivos
financeiros, haviam sido encerrados entre 2011 e 2012.
Através dos projetos de graduações modulares, todos os cursos das
Licenciaturas tornaram-se integrados, de acordo com a Portaria nº 05, de 17 de
dezembro de 2012, lavrada e assinada pela Pró Reitoria Acadêmica. Todos os
coordenadores trabalham em conjunto, tornando o Projeto de Formação por
Competências um projeto de formação de novos educadores, igualmente
capazes de levar às salas de aula o mesmo princípio de que conteúdo é o meio
e não um fim em si mesmo. O Projeto Pedagógico Institucional do UNIFEOB
norteia, por sua vez, a elaboração dos projetos de seus cursos de graduação e
de pós-graduação, tanto presenciais como a distância. Comprometendo-se
com o desenvolvimento integral de cada aluno, e ao contrário dos currículos
tradicionais, em que o professor ocupa o centro do processo, na formação por
competências desloca-se o professor do centro e o aluno passa a ocupar esse
espaço.
Em seu processo de expansão, criou, em 2013, o Núcleo de Educação a
Distância (NEaD). Além de mantém diversos cursos de Pós-Graduação nas
áreas de Gestão (MBA) e Educação, a Universidade da 3ª Idade; esta última,
uma das pioneiras no Brasil, funcionando desde 1992, entre outro projetos.
Em 2014, no UNIFEOB estão matriculados por volta de 5000 alunos de
São João da Boa Vista e região, também de vários estados do País,
distribuídos entre 28 cursos de graduação (licenciatura, bacharelado e
tecnólogo); 2 de pós-graduação; diversos cursos de extensão (presencial e on-
line), além de cursos técnicos.
12
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Para atender a demanda por informações dessa comunidade acadêmica
e da população em geral, o UNIFEOB possui duas bibliotecas: no Campus I,
localiza-se a Biblioteca Central e, no Campus II, a Biblioteca Setorial.
O acervo é formado por 46.000 títulos, entre livros, obras de referência,
dicionários, enciclopédias, atlas, compêndios, periódicos nacionais e
internacionais, monografias, teses, multimídia, mapas geográficos e históricos.
Os serviços oferecidos pelo Sistema de Bibliotecas dispõem de acesso
informatizado à base de dados, de empréstimos e renovações online,
pesquisas bibliográficas, reservas de livros, pedidos de obras de comutação
bibliográfica – COMUT -, além de salas de estudo e modernos computadores
com internet. Ainda contemplando a busca de informações que possam
melhorar o aprendizado, os alunos contam com o Sistema Pergamum,
plataforma de consulta online ao acervo físico do UNIFEOB; a Biblioteca Virtual
3.0 (Pearson); a Minha Biblioteca (Saraiva) e links de periódicos on line como a
Revista dos Tribunais.
Com o objetivo de facilitar a inclusão social de pessoas com deficiência
visual, funciona, junto à Biblioteca Central, a Biblioteca Braille, cujo espaço é
adaptado ao bem estar das pessoas com deficiência visual e outros tipos de
deficiência. Com apoio da Fundação Dorina Nowill e do Projeto Laura, o acervo
da biblioteca conta com obras impressas em Braille e em formato digital.
Também se preocupando com inserção, o UNIFEOB mantém um Núcleo
de Desenvolvimento e Inovação, que tem por objetivo oferecer aos
universitários um estímulo para aprimorar os conhecimentos e obter uma
qualificação profissional séria e de consistente que lhe abra portas no mercado
de trabalho. Para tanto, mantém convênios com empresas e entidades de toda
a região, muitas delas reconhecidas nacionalmente, como o SEBRAE e a
UNILEVER, para os cursos na área de Negócios, e o Complexo Damásio de
Jesus, para os alunos do curso de Direito.
Modernas tecnologias de informação e comunicação (TICs) foram
implementadas, potencializando o processo de ensino-aprendizagem, uma vez
que funcionam como ferramentas facilitadoras e integradoras das estratégias
13
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
metodológicas adotadas. Entre as tecnologias, destacam-se a utilização do
AVA (Ambiente Virtual do Aluno), uma evolução da plataforma Moodle, para a
disponibilização de materiais didáticos, exercícios e vídeo-aulas, envio e
desenvolvimento de atividades. Ainda no AVA disponibilizam-se cursos de
aprimoramento nas áreas de Português, Matemática, Inglês, Educação
Ambiental, Africanidade, Cultura indígena, Libras e Administração do tempo.
Outro grande trunfo do UNIFEOB é a parceria com a UNESP
(Universidade Estadual Paulista), que utiliza as instalações do campus II,
possibilitando um intercâmbio entre alunos e professores de ambas as
instituições.
O UNIFEOB é credenciado junto ao Novo FIES e PROUNI, assim como
ao Programa do Governo Estadual – Escola da Família.
Porém, sem dúvida alguma, o grande diferencial acadêmico do
UNIFEOB situa-se no corpo docente, altamente qualificado e engajado no
mercado de trabalho, e no novo Projeto Pedagógico, baseado na formação por
competências, descrito mais adiante.
Além das atividades acadêmicas, o UNIFEOB desenvolve, com
participação dos docentes, discentes e colaboradores administrativos, vários
projetos de extensão e de ações sociais e culturais, que atendem a
comunidade extra-muro da Instituição; o que lhe confere anualmente o selo de
instituição socialmente responsável, certificado pela Associação Brasileira das
Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES.
Dentre eles, podem-se destacar, à guisa de exemplo:
- O Projeto Laura, criado em 2002, tem por função promover a
integração social de pessoas com deficiência visual, por meio do método
Braile, que inclui leitura e escrita. Realiza ações como capacitação
profissional com a inclusão digital, aulas de Braile, programas de divulgação,
estágios, inclusão nas empresas da região, workshops de sensibilização, entre
outras. Para os deficientes visuais e todos os interessados, o Projeto Laura
oferece, desde 2009, o curso de Braille, que emite certificado como curso de
extensão.
14
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
- O Projeto Equoterapia, também iniciado em 2002, tem como sede a
Fazenda Escola do UNIFEOB. Envolve alunos de Fisioterapia, Medicina
Veterinária e Pedagogia que, além de receber uma bolsa-estágio, adquirem
conhecimentos práticos e aperfeiçoam habilidades imprescindíveis para o
mercado de trabalho, como trabalhar em equipe, comemorar avanços, ter
tolerância, saber lidar com frustrações, além de desenvolver a empatia.
A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de
uma abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento biopsicossocial
de pessoas que apresentam deficiências como lesões cerebrais e raqui-
medular, autismo, síndrome de Down, síndrome de Rubenstein-Taybi,
síndrome de Angelman, paralisia cerebral, lesões provocadas em acidentes,
terceira idade, transtorno opositor e microcefalia.
- O Programa de relacionamento UNIFEOB tem por objetivo contribuir,
através de palestras, aplicação de testes de sondagem vocacional, visitas aos
campi etc, para a orientação profissional dos alunos do Ensino Médio
(principalmente 3º ano).
Destaca-se o “Universo UNIFEOB”, um evento anual frequentado por
alunos de escolas públicas e particulares de São João da Boa Vista e região,
ocasião em que cada curso do UNIFEOB apresenta aspectos interessantes de
sua proposta de ensino-aprendizagem, no intuito de auxiliar os egressantes do
Ensino Médio a decidirem sobre o prosseguimento de seus estudos.
- A Universidade da Terceira Idade teve seu início no ano letivo de 1992,
com a proposta de estimular e possibilitar a reinserção social da pessoa idosa,
permitindo-lhe acesso à educação continuada através da participação em
atividades educativas, socioculturais e de ação comunitária.
Sempre levando em conta o perfil dos participantes, a Universidade da
Terceira Idade, estruturada em encontros semanais, palestras, oficinas etc,
caracteriza-se como um espaço onde se discutem temas da atualidade,
trocam-se informações, atualizam-se conhecimentos, organizam-se teatros,
confraternizações, passeios etc, permitindo ao aluno trabalhar a autoestima,
integrar-se socialmente, além de experienciar novos desafios.
15
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
- O Projeto Um Olhar no Amanhã iniciado em agosto de 2014,
amalgamando uma proposta social de melhorar a qualidade de vida dos idosos
moradores do Lar Nossa Senhora de Lourdes, situado em Águas da Prata, e
uma proposta acadêmica de contribuir para a capacitação dos alunos no que
se refere ao gerenciamento de um lar para idosos em todos os seus aspectos,
propondo soluções para problemas e situações reais, ao mesmo tempo em que
possibilita aos envolvidos se desenvolverem como cidadãos atuantes,
socialmente comprometidos.
Sendo uma aplicação da missão e valores preconizados pelo UNIFEOB,
o projeto, que se dirige aos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia,
Arquitetura, Enfermagem, Fisioterapia, Direito e Administração, almeja a
multiplicação da proposta para outras instituições de cuidados aos idosos.
Pela seriedade de suas propostas, - tanto para o âmbito acadêmico
como fora dele - pela qualidade de seus cursos e, consequentemente, da
formação de seus alunos; pelo pioneirismo de suas ações; por sua reverência à
tradição, associada à busca contínua de inovação em todos os seus processos,
o UNIFEOB conquistou, nestes seus quase 50 anos de história, respeito e
confiança, ocupando lugar de destaque dentre as mais importantes instituições
superiores da região.
1.3 ESPAÇO FÍSICO
A Instituição abriga dois campi.
No campus I, distribuídos em quatro prédios, localizam-se a secretaria
do vestibular, a biblioteca central, 04 laboratórios de informática, o escritório
modelo, o fórum escola, uma quadra poliesportiva, todos os setores
administrativos da instituição, além do Centro Cultural. Neles também se
encontram as salas de aula de cursos superiores de graduação e pós-
graduação, o estúdio do Núcleo de Educação à Distância, a Secretaria de pós-
graduação e a Central de atendimento do FIES.
No campus II, com área de 123 mil m2, alojados em nove edificações (15
16
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
mil m2 de área construída), estão instalados os laboratórios dos cursos da área
de Saúde, laboratórios de Informática, a biblioteca setorial, um moderno
hospital veterinário e a secretaria setorial. O campus II abriga cantinas, quadra
poliesportiva, estacionamentos e as salas de aula de cursos superiores de
graduação – licenciatura, bacharelado e tecnologia -, e dos cursos técnicos
oferecidos através do Pronatec; dispondo ainda de amplo espaço para os
novos cursos que a Instituição planeja oferecer.
Anexa à Santa Casa de Misericórdia “Dona Carolina Malheiros”,
localizada em São João da Boa Vista, o UNIFEOB mantém sua clínica-escola
para os alunos do curso de Fisioterapia, equipada com os mais modernos
aparelhos para as atividades práticas dos cursos e para atendimento da
comunidade.
Próximo ao campus II, em uma área com mais de 150 hectares, situa-se
a Fazenda Escola, onde são desenvolvidas atividades práticas e
interdisciplinares dos cursos de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas,
Engenharia Agronômica, Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo,
Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, Geografia, Gestão Ambiental, entre
outros.
1.4 MISSÃO
Acompanhando os rápidos e profundos movimentos de transição da
sociedade, em particular do mercado de trabalho e do desenvolvimento e
emprego de novas tecnologias, o UNIFEOB, em diversos momentos de sua
trajetória, passou por reformulações organizacionais significativas, tanto em
seus aspectos administrativos como acadêmicos.
Preparada para oferecer uma formação de excelência, a Instituição vem
enfrentando os novos desafios ao inovar e utilizar estratégias para
proporcionar, a seus alunos, a construção dos conhecimentos e das
competências que o profissional de nossos dias deve demonstrar para atender
às exigências crescentes da sociedade e das organizações que atuam em
17
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
ambientes cada vez mais complexos.
Projetos pedagógicos inovadores de seus cursos de graduação e pós-
graduação, adoção de novas tecnologias educacionais, qualificação e
atualização permanentes de seu quadro de funcionários em todos os níveis, de
ampliação e modernização de sua infraestrutura, relacionamento intenso com a
comunidade por meio de projetos de extensão e de prestação de serviços, são
algumas das ações que vêm sendo continuamente realizadas.
Fundamentado desde o início de sua formação nos valores de
responsabilidade ética e social, o UNIFEOB tem como proposta desenvolver
suas atividades educacionais num sentido amplo, contribuindo para a formação
de um cidadão e profissional imbuído de valores éticos que, com competência
técnica, atue no seu contexto, agindo nos mais diversos setores sociais.
A missão do UNIFEOB é educar gerações, atuar na comunidade com
responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a
ética, a cidadania, a liberdade e a participação.
Desta forma, o UNIFEOB procura pautar suas atuações com base nos
valores de respeito à dignidade do ser humano, no pluralismo democrático, na
transparência de suas ações internas e externas, na responsabilidade em suas
relações institucionais e comunitárias, no respeito à individualidade e
diversidade de ideias, no espírito de equipe e na criatividade, além do
compromisso com o meio ambiente.
Em suma, as finalidades do UNIFEOB, inseridas em seu estatuto,
especificamente, em seu capítulo II, artigo 5º, são:
I - promover a educação integral do ser humano pelo cultivo do saber
nas áreas de conhecimento dos cursos que ministra;
II- incrementar, preservar e desenvolver a cultura por meio da
indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa, notadamente
como iniciação científica, e de extensão;
III - formar e aperfeiçoar profissionais, com vistas à sua realização,
valorização e ao desenvolvimento econômico, sócio-político, cultural e
espiritual do País;
18
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
IV - promover a pesquisa aplicada e iniciação científica;
V - promover a cultura, desenvolver a vida social dos alunos e manter
vivos os ideais de brasilidade e solidariedade humana;
VI - contribuir para o desenvolvimento harmônico e integral da
comunidade local, regional e nacional;
VII - atuar no campo da extensão, como forma de levar à comunidade os
valores e bens morais, culturais, científicos e econômicos, inerentes a
sua atividade educacional;
VIII - respeitar os valores morais, cívicos e religiosos, com vista ao
aperfeiçoamento da sociedade e à promoção do bem-estar comum;
IX - atuar na comunidade, assumindo postura crítica, livre e ética;
X - ser uma instituição democrática, comprometida com os princípios da
liberdade, responsabilidade, justiça e solidariedade humana.
1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS
Desde 1999, a comunidade das então Faculdades Isoladas e agora do
UNIFEOB realiza reuniões para definir e redefinir os "Objetivos e Metas" para a
Instituição. Alguns objetivos foram implantados desde então e outros são
sempre revistos. A transformação em Faculdades Integradas e, posteriormente,
em Centro Universitário criou os Órgãos Colegiados e estabeleceu um novo
fórum de discussão. Assim, o Conselho Universitário – CONSUNI - e o
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE - passaram a ser os
órgãos máximos de deliberação. Contando previamente com objetivos e metas
traçadas, busca-se, sistematicamente consolidar os Objetivos Gerais do
UNIFEOB a partir de todo o amplo processo de discussão que é sempre
travado dentro da Instituição na direção da consolidação de seu PDI.
Ao explicitar seus objetivos gerais, o UNIFEOB reafirma seu
compromisso com sua missão e seus valores e quer ser reconhecido como
19
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
uma instituição comunitária, sem fins lucrativos, inserida em seu meio e
preocupada com o cidadão egresso de seus cursos. Os objetivos priorizados
em seu ultimo PDI foram:
1. Proporcionar uma formação emancipatória, buscando as
consciências sociais, pessoais e profissionais, valorizando as dimensões
éticas, solidárias e estéticas;
2. Melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem;
3. Consolidar o Centro Universitário como referência regional;
4. Diversificar apoios educacionais;
5. Implantar de políticas para a melhoria de instalações físicas
funcionais.
1.6 INSERÇÃO REGIONAL
A vocação regional do UNIFEOB abrange um conjunto de municípios
localizados no leste do Estado de São Paulo e sul do Estado de Minas Gerais,
tendo como extremos aproximados as cidades de Socorro, Itapira, Descalvado,
Porto Ferreira e Santa Rosa do Viterbo, no Estado de São Paulo; e Monte
Santo de Minas, Guaxupé, Alfenas, Varginha e Pouso Alegre, no Estado de
Minas Gerais. O eixo da região é composto pelas cidades de São João da Boa
Vista, Mogi Guaçu e Poços de Caldas. A extensão aproximada da área é de
33.000 km2, sendo que, em relação à cidade de São João da Boa Vista, a
maior distância é de 200 km.
O comprometimento do UNIFEOB com o desenvolvimento regional não é
propriamente uma novidade na história da Instituição, pois desde sua
fundação, há quase cinquenta anos, a Fundação de Ensino Octávio Bastos
busca oferecer, através de sua política de inserção, benefícios sócio-
econômico-culturais para a população residente na área regional de São João
da Boa Vista. As ações implantadas decorrentes desta política proporcionam,
entre outros:
20
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
• Utilização de suas bibliotecas (central e setorial), pela comunidade;
• Suporte técnico / logístico, apoiando a realização de ações de práticas
acadêmicas, bem como de campanhas de esclarecimento da população,
nas diferentes áreas de atuação da instituição, tais como Projeto de
Castração, Saúde Coletiva, Escritório Modelo, Fórum Escola, Projeto
Laura, Equoterapia, Clínica de Fisioterapia, Projeto de Reciclagem,
Veterinária Solidária e muitos outros mais;
• Priorização de postos de trabalho para a mão de obra local;
• Realização de projetos e trabalhos na área de educação através de
parcerias com prefeituras da região, Diretorias Regionais de Ensino e
instituições privadas de ensino básico.
• Convênios com o Sistema Único de Saúde e com a rede básica de
saúde do município e o desenvolvimento de diversos projetos de
extensão dentro de Centros de Convivência para dependentes químicos
e idosos.
• Parceria com o SEBRAE para o desenvolvimento de práticas
empreendedoras em diversas áreas e para toda a região.
1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA
São João da Boa Vista dista 229 km do município de São Paulo, 123 km
do município de Campinas, 224 km do município de Franca e 39 km do
município de Poços de Caldas.
Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística
(IBGE), São João da Boa Vista conta com 83.312 habitantes. A economia
regional é mista, possui municípios com polos tecnológicos de referência
terceira nos setores industrial, agrícola, de ensino e de saúde, e municípios de
pequeno porte com características eminentemente rurais.
21
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
A rede de ensino básica conta com 66 instituições entre escolas públicas
e privadas, além das escolas profissionalizantes e de qualificação profissional,
como: Instituto Federal (antigo CEFET), SENAI e SENAC. O Índice de
alfabetização do município ultrapassa 94% do total de habitantes e o IDH de
São João da Boa Vista colocam-no em 15ª posição entre os 645 municípios do
Estado de São Paulo e ocupa a 54ª melhor posição do IDH no Brasil. Desde a
criação do curso de Pedagogia (1971) pela então Fundação Sanjoanense de
Ensino, o município de João da Boa Vista vem oferecendo à região um grande
número de profissionais para educação básica. Nesse sentido, a reorganização
das licenciaturas vem dar continuidade a já um perfil regional, isto é, o de
formar professores para toda a região em torno do município.
Na área da saúde, o município é sede da Direção Regional do Sistema
Único de Saúde (SUS) e atende 20 municípios. Mantém um hospital Geral
(Santa Casa de Misericórdia), com 249 leitos operacionais sendo 144 deles
conveniados SUS, 88 de outros convênios e 10 de UTI; além de atendimentos
especializados; um Hospital Cooperado (Unimed Leste Paulista) com 54 leitos;
1 Centro de Diagnóstico e Tratamento Oncológico; e Centros Diagnósticos
privados com recursos de Tomografia Computadorizada, Mamografia,
Ressonância Magnética, dentre outros.
O município possui, ainda, um asilo, cinco centros de convivência de
idosos, oito creches, dois Centros de convivência de dependentes químicos,
um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e um Centro de Atenção
Psicossocial para Dependentes Químicos (CAPSAD).
A Rede Básica de Saúde municipal possui treze Unidades Prestadoras
de Serviço, sendo seis UIS (Unidade Integrada de Saúde) no modelo
convencional e seis Unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) que
contam com agentes comunitários, odontologia preventiva, atendimento ao pré-
natal e puerpério, pacientes cardíacos e diabéticos. Tem cadastrado um Pronto
Socorro Municipal, e os Serviços de Radiologia Clínica, Serviço de
Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Imunização, Remoção de Pacientes
e Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
22
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Na área de negócios, segundo a Associação Comercial e Empresarial e
o IBGE, o município conta com aproximadamente 400 indústrias em diversos
setores (metalurgia, química, álcool e açúcar, plástico, entre outros), 1.400
prestadores de serviços, 40 empresas ligadas ao agronegócio e 10 agências
bancárias, além de ter mais de 2.000 estabelecimentos comerciais, num total
de 4127 empresas cadastradas.
São João da Boa Vista também se destaca em seu perfil agrícola, com
produção de milho, café, feijão e cana-de-açúcar. Contando com 13
agropecuárias, 20 empresas cerealistas e 07 empresas de diversos produtos
agrícolas (café, batata, milho entre outros) Na pecuária, o principal produto é
gado de corte, mas mantém também a produção de gado leiteiro.
Enfim, tais setores direcionam e mantém São João da Boa Vista como
um centro regional de desenvolvimento econômico, gerando emprego, renda e
uma constante melhora na qualidade de vida. Através de políticas de incentivo,
o município vem atraindo novos empresários e novos setores não só para
cidade, mas para toda a região.
23
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL:
FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
Os Projetos Pedagógicos de Cursos do UNIFEOB são construídos tendo
como base seu Projeto Pedagógico Institucional (PPI), fundamentado na
Formação por Competências, em todas as suas dimensões. Respeitando as
particularidades de cada curso e a autonomia de seus coordenadores, essa
estratégia garante a manutenção, em todos os cursos, da organização
sistêmica da Instituição e do foco na formação integral de seus alunos, de sua
Missão e de seus Valores, o que reforça, em toda a comunidade acadêmica,
sua tradição, inovação e excelência no desenvolvimento de suas atividades.
O Projeto Pedagógico do Curso Licenciatura em História, aqui
apresentado, segue o mesmo princípio. Em capítulos próprios, posteriores à
apresentação do PPI, são descritos seus objetivos, perfil profissional,
organização curricular, metodologias, atividades, e outros componentes
específicos.
O PPI do UNIFEOB procura refletir seu projeto acadêmico, que vem
sendo implantado e desenvolvido em todos os seus cursos presenciais e no
planejamento de seus cursos a distância. Isto significa que ele pode ser visto
como a tradução documental das ações efetivamente postas em prática, tendo,
como prioridade, a formação de seus alunos.
Embora paradoxal, já que a relação entre o dito e o feito deveria nortear
os processos educacionais de qualquer Instituição de Ensino Superior (IES),
constata-se que projetos de várias IES podem ser vistos como meros
documentos oficiais atrelados ao regimento e às normas institucionais a serem
apresentados, em diferentes ocasiões, aos órgãos de controle e avaliação das
IES como MEC/INEP/CNE. Não é o que acontece com o UNIFEOB.
Corajosamente questionando seus moldes de ensino até então vigentes,
o UNIFEOB lançou-se, a partir de 2012, no desafio de construir novo projeto
24
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
pedagógico que fosse condizente com uma concepção de ensino superior que
mescla saber fazer, - voltado para a profissionalização -, com saber pensar, -
que sustenta o aprendizado do ofício. Em outras palavras, um projeto que não
vê a educação superior unicamente como formação de especialistas, mas
como ferramenta para aprender; possibilitando ao sujeito desenvolver suas
potencialidades, conhecer melhor a si próprio e ao mundo, além de se preparar
de forma mais condizente com as exigências atuais do mercado de trabalho.
Para tanto, o UNIFEOB procurou, inicialmente, romper alguns
obstáculos culturais, de crenças e de valores, naturalmente arraigados em
membros de sua comunidade acadêmica, por meio de um processo de
desconstrução gradual, alicerçada em discussões sistemáticas com
professores e coordenadores de cursos, lideradas pela Reitoria da Instituição.
Esse processo foi essencial, uma vez que mudanças geralmente implicam abrir
mão da segurança do que se tem pronto e superar a incerteza do como inovar
e do como (re)construir.
A arquitetura do projeto foi planejada tendo, como concepção, a
Formação por Competências. Um dos princípios básicos da Instituição é
acreditar que, além da sólida formação acadêmica e profissional, formar para o
desenvolvimento de competências significa, também, educar para a autonomia,
capacidade de iniciativa e de autoavaliação, responsabilidade, ampliação da
capacidade de trabalho, de concepção e realização de trabalhos e projetos. Ou
seja, acreditar que, para desenvolver competências, é preciso promover a
mobilização e organização de conhecimentos, habilidades e atitudes.
Em suma, o Projeto Pedagógico Institucional do UNIFEOB traduz o
desafio que a Instituição se impôs: partindo do perfil dos ingressantes que
procuram seus cursos, criar as condições mais favoráveis para que possam
construir sua própria formação e expandir sua vivência profissional, tornando-
se aptos a se ajustar mais facilmente à dinâmica da sociedade e às exigências
de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Em outras palavras,
colocar a educação a serviço das reais necessidades dos alunos,
25
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
proporcionando as melhores condições de preparação para o início do
exercício profissional.
2.1 PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS
2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
As mudanças sociais, econômicas e tecnológicas do mundo
contemporâneo vêm provocando, nas últimas décadas, transformações
profundas; sendo seus impactos sentidos, principalmente, na atual
configuração do mercado de trabalho e nas relações de emprego, o que reflete,
diretamente, na exigência de um profissional com competências que o
habilitem à inserção produtiva nesse novo cenário. Assim, pensar de maneira
crítica e estratégica, analisar situações e planejar ações, demonstrar atitude,
tomar decisões, coordenar e liderar equipes de trabalho, saber comunicar-se
são algumas das competências que o profissional dos nossos dias deve
demonstrar para atender às organizações que atuam em ambientes cada vez
mais complexos e, acima de tudo, mutantes, o que acresce o desafio de que o
profissional seja capaz de se repensar a cada instante.
Tendo em vista esse paradigma, o UNIFEOB (pre)ocupa-se em
organizar currículos e projetos que traduzam as competências profissionais
exigidas em competências a serem trabalhadas e desenvolvidas no âmbito
escolar, fugindo, assim, da mera adaptação das atividades do mercado de
trabalho. E, sendo que é a qualidade educacional que determina a qualificação
para o exercício profissional, assume a responsabilidade por uma
aprendizagem fundamentada e significativa.
A organização e a estrutura dos currículos baseiam-se em estratégias
pedagógicas próprias, tendo como base a associação de conteúdos
26
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
contextualizados, evitando, assim, a visão tecnicista e a dicotomia entre teoria
e prática. Isso significa proporcionar aos alunos o aumento de suas
potencialidades e a oportunidade de trabalhar com situações-problema,
desenvolvendo capacidades relativas à cooperação, comunicação, autonomia,
criatividade etc. Além disso, é pressuposto pelo UNIFEOB que tais estratégias
sejam abertas a alterações, mudanças, avaliações e adequações, garantindo a
constante atualização curricular.
Por sua vez, o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do UNIFEOB
norteia a elaboração dos projetos de seus cursos de graduação e de pós-
graduação, tanto presenciais como a distância. Comprometendo-se com o
desenvolvimento integral de cada aluno, todos seus PPCs (Projetos
Pedagógicos de Cursos) estão sendo construídos dentro do modelo de
Formação por Competências.
Ao contrário dos currículos tradicionais, em que o professor ocupa o
centro do processo, na formação por competências desloca-se o professor do
centro e o aluno passa a ocupar esse espaço. Privilegia-se a organização
curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com o mundo do
trabalho. Formar para o desenvolvimento de competências significa, também,
educar para a autonomia, para a capacidade de iniciativa e de autoavaliação,
para a responsabilidade, para a ampliação da capacidade de trabalho, de
concepção e realização de trabalhos e projetos.
Ressalte-se que a implantação do Projeto Pedagógico Institucional
requer, necessariamente, a visão sistêmica de toda a comunidade acadêmica,
sem perder de vista, no entanto, a individualidade e a identidade própria de
cada curso.
Todo o movimento desse projeto inovador é voltado para o aluno.
Utilizando metodologias dinâmicas e orientadas por professores altamente
capacitados, o trabalho, tanto presencial como em espaços virtuais, procura
fornecer, ao longo do curso, as condições para que o aluno se torne um
indivíduo motivado, comprometido e habilitado, capaz de dirigir sua própria vida
profissional.
27
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Reside aí a proposta curricular inovadora do UNIFEOB, cujo design
sistêmico a aproxima de uma configuração espiral de abordagem dos
conhecimentos, possibilitando a prática da inter e da transdisciplinaridade.
São três os pilares que sustentam o projeto UNIFEOB de ensino-
aprendizagem baseado em competências:
1º) SABER, que envolve busca de conhecimento, de compreensão da
realidade;
2º) SABER-FAZER, que implica desenvolver diferentes competências
que habilitem o exercício de atividades;
3º) QUERER FAZER, que exige atitude para o pleno exercício de uma
atividade.
Com base nesses preceitos, são estruturadas as matrizes curriculares e
planejadas as atividades das unidades de estudo que compõem cada curso;
tendo, porém, todos eles, por objetivo que o egresso tenha desenvolvido
competências e habilidades para:
• analisar o campo de atuação profissional e seus desafios
contemporâneos;
• ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender, abertura
às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu
exercício profissional;
• desenvolver capacidade de transferir conhecimento de vida e da
experiência cotidiana para o âmbito do seu campo de atuação profissional,
revelando-se profissional adaptável;
• saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação
profissional, assim como gerar conhecimento a partir da prática profissional;
• exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social,
entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social;
• acompanhar e incorporar inovações tecnológicas no exercício da
profissão.
28
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO
A organização da estrutura curricular e o planejamento das atividades
que compõem os PPCs passam, necessariamente, por diferentes fases:
diagnóstico, elaboração da estrutura, implantação, gestão, acompanhamento e
avaliação. Todas elas exigem a participação integrada dos profissionais
acadêmicos. Em vários momentos, principalmente no processo de avaliação,
os alunos também têm a sua participação assegurada.
Para o planejamento e o desenvolvimento de cada uma dessas fases,
são considerados os seguintes princípios:
- o conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo e as diferenças
existentes entre os alunos ingressantes;
- o interesse real do aluno e a proximidade com a prática profissional;
- a identificação das competências e conhecimentos prévios que o aluno
já possui;
- o estímulo à comunicação, ao raciocínio, à criatividade, à imaginação e
à superação de dificuldades e ao enfrentamento de desafios;
- o incentivo ao diálogo construtivo e à participação em grupo;
- o exercício da autonomia por meio de escolhas responsáveis,
autoavaliação e aceite a regras preestabelecidas em conjunto.
2.1.2.1 Diagnóstico
Análise dos perfis de ingressantes e definição dos perfis dos egressos é
realizada em todo o processo, dando sustentação efetiva à organização da
estrutura curricular e ao planejamento das atividades que compõem os PPCs.
29
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Na definição do perfil dos egressos de cada curso, o colegiado analisa o
perfil de tais alunos no momento do processo seletivo, - através dos resultados
e análises obtidas pela CPA (Comissão Própria de Avaliação) -, em
consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos referidos cursos.
Assim, todo planejamento, desde as matrizes curriculares até as atividades que
são desenvolvidas durante as aulas, tem como ponto de partida o perfil traçado
para os concluintes do curso, perfil esse também definido com base na análise
das ocupações - específicas e atitudinais - que compõem as áreas profissionais
(ou de grupos de ocupações afins a um processo ou atividade produtiva) e das
competências exigidas aos profissionais da área.
Ressalte-se que, além dos referencias das Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs/MEC) de cada curso, esse trabalho preocupa-se em atender,
igualmente, às expectativas do indivíduo, do mercado e da sociedade, além de
levar em conta as condições e as demandas locais e regionais, assim como a
vocação e a capacidade de atendimento da Instituição. Assim sendo, para a
definição do perfil, considera-se também a importância de o profissional, além
de transitar em sua área específica, desenvolver competências diversas que
lhe trarão uma visão mais sistêmica do mundo atual e suas possibilidades,
garantindo-lhe poli-valência profissional. Para tanto, busca-se responder às
seguintes questões:
- o que esse profissional precisa saber: que conhecimentos são
fundamentais?
- o que ele precisa saber fazer: que competências/habilidades são
necessárias para o desempenho de sua prática profissional?
- o que ele precisa saber ser: que valores, atitudes, ele deve
desenvolver?
- o que ele precisa saber para agir: que atributos são indispensáveis à
tomada de decisões?
30
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
2.1.2.2 ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA: A Organização das Matrizes
Curriculares
Deve-se lembrar de que um PPC baseado na Formação por
Competências considera que o conteúdo é meio e não fim. Isso significa que,
ao longo de todo o curso, são trabalhados temas abrangentes, utilizando
metodologias e atividades teóricas e práticas fundamentadas, significativas
para os alunos, o que prioriza a construção de conhecimentos e lhes dá
condições para ter, desde o início do curso, contato direto com sua futura área
profissional assim como uma visão da heterogeneidade constitutiva da
atualidade.
Ao contrário dos currículos tradicionais, a concepção do curso não
prioriza o "esgotamento" de conteúdos e sim a formação integrada e
significativa para os alunos, orientada por um corpo docente qualificado,
constituído por profissionais altamente reconhecidos.
Por questões operacionais, as Matrizes Curriculares dos cursos são
organizadas em módulos semestrais e, em cada um deles, tendo como base as
competências esperadas dos egressos, são delineados os eixos condutores de
cada módulo. Essa organização sustenta o planejamento, as ações e a
avaliação do professor.
A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo (Disciplinas), com
cargas horárias pré-estabelecidas. Nada impede, no entanto, que os alunos
sejam continuamente estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que
os limites entre elas devem ser, necessariamente, indefinidos.
Para garantir aos alunos as condições de aquisição das competências
ao longo de sua formação e para facilitar o planejamento, o desenvolvimento
de atividades interdisciplinares significativas e o processo de avaliação, as
Unidades de Estudo são organizadas na forma de Temas. Definidos pelo
professor responsável juntamente com a equipe acadêmica, o(s)
coordenador(es) do curso e os demais professores do módulo, os Temas
devem privilegiar as competências gerais e específicas preestabelecidas,
31
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
abranger os conteúdos a serem trabalhados e ser interligados
transversalmente.
Característica importante do projeto é que, considerando as
particularidades de cada curso, é recomendável que nenhuma Unidade de
Estudo seja pré-requisito de outra.
2.1.2.3 Implantação: Atividades e Metodologias
Como o foco principal de um projeto baseado no modelo de Formação
por Competências é o aluno e seu trabalho em sala da aula ou em um
ambiente virtual, um dos principais pontos do planejamento de um curso e de
suas Unidades de Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das
metodologias que serão empregadas. Para garantir sua integração e a
constante motivação do aluno, esse passo deve ser seguido continuamente, ao
longo do semestre, pelo conjunto de professores de forma participativa. Além
disso, deve-se garantir a diversidade de situações e atividades de
aprendizagem, sempre articuladas com as competências em construção e
desenvolvimento.
No planejamento das Unidades de Estudo/Disciplinas, em vez de se
partir de um corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se
efetuam escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais
importantes, parte-se de situações concretas, na medida das necessidades
requeridas por essas situações.
Assim, elas devem contextualizar e problematizar os temas a serem
trabalhados de maneira prática, tendo como estratégias, entre outras, debates,
seminários, aulas expositivas dialogadas, discussões sobre filmes e obras
literárias, leituras direcionadas; sendo um de seus objetivos integrar os
conteúdos desenvolvidos nas outras Unidades de Estudo que compõem o
módulo (trabalho interdisciplinar). O trabalho dos alunos envolve, também,
32
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
visitas técnicas monitoradas, atividades complementares e estágio
supervisionado que inclui a elaboração de relatórios circunstanciados.
Uma ferramenta importante para o incremento do trabalho que objetiva
desenvolver competências são as TICs, uma vez que, inseridos na sociedade
do conhecimento e da informação, docentes e discentes podem manter,
através das delas, contato direto e instantâneo, formar uma rede colaborativa
de atividades em equipes, independentemente de onde os alunos e os
professores estejam, tornando a aprendizagem mais significativa, flexível e
perene.
A comunicação instantânea com os discentes, a utilização da rede social
Facebook como ambiente colaborativo e participativo para as comunicações e
as discussões dos temas abordados em sala de aula, a postagem de materiais
e a realização de fóruns de discussões, indicações de vídeos disponíveis no
YouTube, aproximam os conhecimentos acadêmicos à interação social que os
discentes desenvolvem junto às redes sociais, em sintonia com a moderna
tendência do ensino direcionado a identificar e suprir as necessidades
formativas de cada aluno.
Para elaborar um sistema modular por competências, é preciso
aprofundar as escolhas metodológicas. Estas devem pautar-se pela
identificação de ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende e
devem incluir projetos provocados por desafios e/ou problemas, que coloquem
o aluno diante de situações simuladas ou, preferencialmente, reais. A escolha
também deve permitir ações proativas por parte do aluno, como as de pesquisa
e estudo de conteúdos que podem estar reunidos em unidades ou trabalhados
em seminários, ciclos de debates, atividades experimentais, laboratoriais e de
campo. As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização
de situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos
conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos.
Como exemplos, podem ser adotados Estudo de Caso e Problematização.
33
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
A combinação entre um determinado tipo de atividade a ser executada
no desenvolvimento de um Tema e a metodologia mais adequada para esse
caso é o ponto chave para o sucesso do trabalho docente.
2.1.2.4 Coordenação de Curso e Corpo Docente
Para que a proposta pedagógica se concretize com níveis de excelência
e a formação de seus alunos ocorra, de fato, dentro dos princípios da
Formação por Competências, a coordenação dos cursos deve ser exercida por
profissionais com formação acadêmica consolidada e reconhecida experiência
em suas respectivas áreas de atuação.
Norteado pelos princípios do Projeto Pedagógico Institucional, os
Coordenadores de Curso devem desempenhar um papel estratégico e ter,
como responsabilidades, o planejamento, a organização, o acompanhamento e
a avaliação de todos os processos do curso sob sua gestão. Com a orientação
e o suporte da equipe acadêmica e, juntamente com o corpo docente e tutores,
devem, ainda, propor e desenvolver conteúdos inovadores, novas tecnologias
educacionais, estratégias, atividades práticas de trabalho, utilizando as
metodologias mais adequadas e coerentes com a realidade, para que se
consiga alcançar, e mesmo superar, as expectativas dos alunos. Para isso,
deverá ter um perfil diferenciado. Ser líder e que contemple, além de
competências acadêmico-pedagógicas, indicadores de satisfação do corpo
discente, docente, e demais integrantes da equipe acadêmica.
Reuniões periódicas com o corpo docente devem provocar a reflexão
sobre as práticas pedagógicas adotadas, motivar a troca de experiências e
acompanhar o desenvolvimento do curso e o desempenho dos alunos.
O corpo docente é formado por professores titulados, especialistas ou
de reconhecida capacidade técnico-profissional, invariavelmente com produção
profissional/científica relevante. Devem, necessariamente, ter experiência
profissional no mercado de trabalho para que os ambientes educacionais
34
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
possam se transformar em um espaço de simulações e de discussões das
reais demandas dos alunos e da sociedade.
Além dessas características, no modelo de Formação por
Competências, o professor deixa de ser, ao contrário dos currículos
tradicionais, um "mero repassador de conteúdos e informações" e passa a ser
um facilitador e mediador das situações de aprendizagem. Deve ter, também,
os fundamentos e os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das
atividades e para a reflexão sobre as ações desenvolvidas.
2.1.2.5 Acompanhamento: Gestão Do Curso
Em um projeto pedagógico baseado na Formação por Competências,
um dos pontos fundamentais para garantir o pleno desenvolvimento do curso é
a sua gestão. Em outras palavras, é o acompanhamento contínuo e a avaliação
reflexiva de todas as ações que acontecem no dia a dia, desempenhadas por
professores e alunos, a fim de estimular e capitalizar seus interesses.
Esse processo dinâmico difere, de maneira significativa, do que
acontece no desenvolvimento de cursos baseados em currículos tradicionais,
em que os professores se preocupam em cumprir, dentro de uma rígida carga
horária de aulas, o programa de conteúdos de uma determinada disciplina e os
alunos, por sua vez, acabam priorizando sua aprovação baseada,
simplesmente, em frequência e nota. Essa prática tem, como consequência, a
percepção do pouco aproveitamento do tempo de aula, uma vez que a teoria,
na maioria das vezes, não é acompanhada por atividades significativas que
demonstram sua aplicação prática. O resultado, muitas vezes observado, é a
falta de comprometimento e o afastamento dos alunos.
35
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
2.1.2.6 Avaliação de desempenho e da formação dos alunos
A avaliação é concebida como um processo contínuo, desenvolvido ao
longo de todo o semestre letivo, priorizando aspectos qualitativos relacionados
ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno, observados
durante a realização das atividades propostas. Não tem caráter punitivo nem
deve servir como forma de competição por melhores notas. Ao contrário, busca
aferir, não somente os conhecimentos adquiridos, mas também as
competências e habilidades que os alunos vão adquirindo.
Nesse sentido, é fundamental que o docente harmonize seu
planejamento e estratégias ao desenvolvimento dos alunos, uma vez que a
avaliação longe de ficar restrita a tarefas burocráticas de classificação
caracteriza-se por ser uma forma de aprendizado relacionada aos objetivos de
cada unidade de estudo.
O processo de avaliação objetiva, também, assegurar condições para
que o aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas
durante o desenvolvimento de cada módulo do curso. Para tanto, é condição
que os alunos participem ativamente do processo, inclusive com formas de
autoavaliação, para que possam, de maneira crítica, acompanhar a evolução
de sua aprendizagem e a aquisição de competências, bem como identificar
pontos a serem aprimorados, prática esta considerada imprescindível a uma
aprendizagem com autonomia.
Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas
tradicionais, em que é medida apenas a memorização de conteúdos
selecionados por um professor. Ao contrário da segmentação, os instrumentos
são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada módulo, visando ao
desenvolvimento inter e multidisciplinar.
Dentre os instrumentos, podem constar provas práticas e teóricas
integradas, pesquisas, relatórios de atividades, visitas técnicas, estudo de
36
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os
produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. Sugere-se, também, que se
privilegiem questões do tipo “situações- problema” para que o aluno tenha
noção do todo, levando-o a pensar, fazendo com que, na resposta, ele
demonstre saber raciocinar, compreender e interpretar.
O sistema de avaliação é composto de três frentes:
1ª FRENTE- Valendo 15% do total da nota, analisa a aquisição de
competências e habilidades do módulo e do curso como um todo.
Compõe-se de uma avaliação diagnóstica, preparada, em conjunto,
pelos professores no início do semestre. No decorrer do processo e com
base no que foi decidido, o professor preenche uma ficha avaliativa em
que registra o que observou a respeito de cada aluno individualmente.
Várias vezes até o final do módulo, a avaliação do professor é levada
para discussão coletiva do colegiado, quando se analisam o
desenvolvimento de cada aluno e se propõem medidas com o objetivo
sempre de incrementar o processo de aquisição de saberes e
competências.
2ª FRENTE – tendo o peso de 70% da nota final, centra-se nas
competências e habilidades específicas da unidade de estudo. No início
do módulo, é firmado um contrato didático entre docente e discentes. A
nota é dada com base nos critérios estabelecidos nesse contrato, o qual
pode conter vários indicadores, como: presença, pontualidade,
participação, comprometimento, provas práticas e teóricas, pesquisas,
relatórios, autoavaliação e outros mais que se fizerem pertinentes.
3ª FRENTE – Além das avaliações realizadas pelo corpo docente, existe
uma preocupação institucional com o desenvolvimento completo do
futuro egresso. Nesse sentido, são desenvolvidas avaliações externas,
de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, docentes e
37
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
coordenação do curso. Com peso de 15% na nota final, tais avaliações
têm como objetivo principal desenvolver nos alunos competências
necessárias para posicionamento crítico diante dos acontecimentos
gerais, questões sociais, políticas, econômicas e ambientais.
Em suma, as práticas avaliativas devem ser vistas como um processo
contínuo, tendo, como prioridade, oferecer feedback ao aluno para que ele
tenha o domínio dos passos a serem seguidos, dentro de uma sequência de
conteúdos e temas integrados que lhe permitam desenvolver competências e
conhecimento.
2.1.2.7 Avaliação do desenvolvimento dos cursos
Componente fundamental do processo de avaliação é o
acompanhamento contínuo, pela equipe pedagógica, do desenvolvimento de
cada curso, para garantir sua identidade e seu alinhamento aos princípios do
Projeto Pedagógico Institucional. Esse acompanhamento é sustentado pela
análise dos resultados dos instrumentos aplicados aos corpos docente e
discente, pela avaliação institucional e pelos coordenadores de curso. Com
essa dinâmica, atualizações e eventuais correções de rumo nas propostas
curriculares podem ser efetivadas de forma a não comprometer a qualidade do
desenvolvimento do curso e da formação dos alunos.
Diversos indicadores podem auxiliar na avaliação do desenvolvimento
de cada curso e a partir dos resultados obtidos, medidas de reformulação e
atualização dos PPCs podem ser realizadas. Tais indicadores correspondem
às informações fornecidas pelos resultados da avaliação institucional, do
exame nacional de desempenho dos estudantes (ENADE) e relatórios das
comissões avaliadoras in loco, que nos fornecem subsídios para discutirmos o
PPI, avaliando desde a infraestrutura até o corpo docente da instituição.
38
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Os itens da avaliação institucional que subsidiam as discussões dos
colegiados, núcleos docentes estruturantes e do Conselho Superior de Ensino
e Pesquisa (CONSEPE) são:
Avaliação do desempenho dos docentes pelos discentes, e
autoavaliação dos docentes;
Avaliação de desempenho de discentes pelos docentes, por turma,
quanto a comportamentos desejáveis de estudo e pesquisa;
Avaliação da Instituição por docentes e discentes;
Avaliação do curso pelos egressantes.
De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos
procedimentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES/INEP), todos os cursos são submetidos aos processos de avaliação
interna da instituição, de sistematização e de coleta de informações,
conduzidos pela Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa avaliação é
composta por uma série de processos autoavaliativos que permitem o
levantamento e a análise das necessidades e deficiências de toda a
comunidade acadêmica. Na execução desses processos autoavaliativos são
sempre considerados os aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo
INEP para a avaliação das condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo
elas: o projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua inter-
relação com a sociedade); a infraestrutura (instalações e serviços), os recursos
humanos (o corpo docente, discente e técnico-administrativo); os
equipamentos e materiais disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos) e a
gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos acadêmicos).
A construção de um Projeto Pedagógico para um curso não se esgota
na sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto somente
ganha sentido quando em sintonia permanente com a realidade cotidiana,
vivenciada pelos sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e ainda
considerando que tal realidade se constitui de um dinamismo que a torna
imprevisível, inacabada e mutável, o Projeto Pedagógico não pode ser visto
como inerte pronto e acabado. Ao contrário, igualmente a esta realidade que
39
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
objetiva configurar, também deve estar revestido de uma dinamicidade e
mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se sustentará.
Os Projetos Pedagógicos propostos para os diferentes cursos
demandam constante acompanhamento a fim de assegurar a coerência
necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas. Nesse
sentido, é imprescindível que se realize avaliação contínua, estimulando o
debate em torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um
processo permanente de (re)construção do curso.
2.1.2.8 Trabalho de Conclusão de Curso (tcc)
A elaboração e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
é um dos requisitos para a obtenção do certificado de conclusão de curso.
Trata-se da redação de trabalho acadêmico, realizado sob orientação de um
professor, escolhido pelo aluno com base nas temáticas trabalhadas nos
diferentes componentes curriculares de cada curso. Os resultados obtidos
deverão ser organizados e apresentados de acordo com as normas previstas
nos projetos individuais de cada curso, respeitando as orientações que estão
compiladas no Manual UNIFEOB para Trabalhos Acadêmicos.
Foi planejado para que possa refletir, de fato, a produção dos alunos,
incentivando sua criatividade, sua capacidade de estudo, seu crescimento;
evidenciando, assim, as competências conquistadas ao longo do curso.
Considerado como um processo para o amadurecimento do aluno que se dá ao
longo de seu curso, seja no que diz respeito à sua formação ou especialização,
o objetivo primordial do TCC é proporcionar ao aluno a oportunidade de:
- organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado
assunto dentro das áreas estudadas;
- aplicar procedimentos de análise, interpretação de texto e
metodologias de pesquisa;
40
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
- iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação
continuada em cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de
elaboração de projetos, monografias e teses.
Além dos objetivos formalmente estabelecidos e já citados, o TCC vem a
complementar a formação do aluno no sentido de integrar os conhecimentos
adquiridos durante o curso, tanto no que se refere à parte teórica como à
prática vivenciada durante sua participação nos estágios supervisionados e
projetos desenvolvidos no curso, e iniciá-lo em relação à produção e
transmissão de conhecimento científico na área educacional.
O TCC pode ser o resultado de uma pesquisa bibliográfica apenas, em
que as reflexões de diferentes autores sobre um tema são compiladas,
interpretadas, comparadas e discutidas. Importante ressaltar que não se trata
de mera compilação de textos, ou seja, não é uma série de cópias, resumos e
opiniões pessoais, mas sim um trabalho criterioso, sério, que contrapõe e
analisa pontos de vista variados a respeito de um mesmo assunto.
Também pode ser fruto de uma pesquisa que envolve, além de uma
base teórica, uma atividade prática no tratamento de um problema, atividade
essa que pode ser desenvolvida através de pesquisa de campo, estudo de
caso, entrevistas etc, implicando sempre uma análise qualitativa de dados.
Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se
elaborou tem representações simbólicas e estas podem ser consideradas de
forma muito positivas para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova
ideia, expor-se, mostrar as próprias ações, pensamentos e estilo próprio
contribuem também para a autoestima do aluno e para os docentes do curso
pelos resultados que apresentam.
2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI
41
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
O UNIFEOB tem clareza de que todas as variáveis inerentes ao
processo de ensino-aprendizagem no interior de uma instituição educativa
vinculada a um sistema educacional é parte integrante do sistema sócio-
político-cultural e econômico do país.
Cada um destes seguimentos possui seus valores, direção, opções,
preferências e prioridades que se traduzem e se impõem por meio de normas,
leis, decretos, propagandas, burocracias, ministérios e secretarias. Nesse
sentido, reconhecemos que a qualidade necessária e exigida sofre influências
de um conjunto de determinantes que configuram os instrumentos da educação
formal e informal e o perfil do alunado.
É com esse entendimento que se propõe uma política consistente para o
UNIFEOB, que corresponda às mudanças exigidas das instituições de ensino
superior dentro do cenário mundial e do país e que demonstre uma nova
postura que faça frente às expectativas e demandas sociais, concebendo um
Projeto Pedagógico com currículos mais flexíveis e atualizados, com
ferramentas que coloquem em ação as diversas propostas para a formação do
profissional cidadão.
Ao colocar a qualidade como tema central, gerador da proposta para a
formação dos discentes tem-se por finalidade a construção de um processo
coletivo de articulação de ações voltadas para a formação competente dos
profissionais.
Assim, torna-se imprescindível a inter-relação entre o Projeto Político
Pedagógico (PPC) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
principalmente, em relação às questões de ordem didático-pedagógica, como
expressão da qualidade social desejada para o cidadão a ser formado como
profissional. Além das peculiaridades próprias do curso, dever-se-á construir
um conjunto de características com base nos pressupostos institucionais que
confiram um perfil de identidade própria.
Portanto, além de um acurado compromisso com a missão institucional,
o curso deverá ter clareza a respeito de sua missão, dos mercados a que se
dirige e sua dinâmica, do perfil do profissional que oferecerá a esses mercados.
42
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Isso implica uma orientação para garantir a inserção dos graduados no
mercado de trabalho, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de
continuar a aprender e se adaptar a novos desafios, e não mais, como no
passado, a preparação para um emprego ou ocupação com um perfil rígido e
determinado. Assim, o curso deve proporcionar a formação de indivíduos
capazes de se ajustarem de forma flexível às mudanças no mercado de
trabalho e de continuar a se aperfeiçoar, desenvolvendo o espírito
empreendedor e crítico.
Considerando que o egresso poderá atuar em situações adversas é
importante que seja capaz de desenvolver habilidades instrumentais básicas,
especialmente em comunicação e expressão, informática e nas diversas áreas
do conhecimento, além das comuns ao exercício da profissão propriamente
dito.
Finalmente, o curso deverá ter como meta consolidar-se como o melhor
no gênero, definindo seu perfil e o mercado ao qual se dirige. Isso vale tanto
para a definição do perfil de alunos quanto dos docentes envolvidos e o
estabelecimento da matriz curricular para que possa atender o que está
preconizado nos documentos institucionais, como ser capaz de proporcionar
uma formação adequada para que se formem profissionais competentes,
criativos, autônomos, capazes de empresariar a si mesmos e encontrar saídas
e mercados para aplicar e desenvolver seus talentos e habilidades.
Nesse sentido, a criação e manutenção do curso estão em consonância
com os objetivos estabelecidos pelo UNIFEOB em seu Projeto Pedagógico
Institucional (PPI), que valoriza o desenvolvimento do livre pensar e do
conhecimento como instrumentos de transformação da realidade social, bem
como de seu PDI, onde se destaca como posicionamento estratégico da
instituição investir no desenvolvimento da empregabilidade de seus formandos.
43
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Segundo o estatuto do UNIFEOB, as instâncias coletivas de deliberação
são: Colegiado de Curso, Núcleo Docente Estruturante (NDE), Conselho
Universitário (CONSUNI), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
(CONSEPE) e Reitoria.
Cada curso conta com um Colegiado de Curso ao qual compete definir o
perfil profissiográfico; elaborar as estruturas curriculares e suas reformulações;
definir o conteúdo das unidades de estudo/disciplinas que constituem o
currículo do curso; promover a supervisão didática do curso; decidir sobre o
aproveitamento de estudos e adaptação de disciplinas, mediante requerimento
dos interessados ou referendar decisão do coordenador; propor à coordenação
providências necessárias à melhoria do ensino ministrado no curso. Cabe,
ainda, ao Colegiado, dentre outras, as seguintes atribuições: fixar normas
gerais para o desenvolvimento dos planos de ação pedagógica das unidades
de estudo, observando o perfil do profissional a ser formado e as diretrizes
fixadas pelo projeto do curso; aprovar os planos de ensino elaborados pelos
docentes; manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de estudo e
adaptação de disciplinas; aprovar os horários de aula do curso; manifestar-se
sobre programas e atividades complementares de ensino, pesquisa e
extensão, no âmbito do curso; manifestar-se sobre o planejamento anual das
atividades do curso.
O Colegiado do curso é presidido pelo coordenador e composto por
todos os professores e representante do corpo discente. A escolha do
representante discente no Colegiado é realizada por seus pares.
O NDE é um órgão consultivo da coordenação de curso, responsável
pelo processo de concepção, consolidação e contínua atualização do Projeto
Pedagógico.
44
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
São atribuições do Núcleo Docente Estruturante, entre outras: contribuir
para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; zelar pela
integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino
constantes no currículo; indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de
linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de
exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas
relativas à área de conhecimento do curso; zelar pelo cumprimento das
Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação; atualizar
periodicamente o projeto pedagógico do curso; conduzir os trabalhos de
reestruturação curricular quando necessário; supervisionar as formas de
avaliação e acompanhamento do curso definidas pelo órgãos reguladores;
analisar e avaliar os Planos de Ensino dos componentes curriculares; promover
a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos estabelecidos
pelo projeto pedagógico; acompanhar as atividades do corpo docente; exercer
as demais atribuições que lhe são explícita ou implicitamente conferidas pelo
Regimento da IES, bem como pela legislação e regulamentos a que se
subordine.
A composição do NDE deve atender, no mínimo, aos seguintes
requisitos: ter como seu presidente o(a) coordenador(a) do curso; ser
constituído por no mínimo 05 (cinco) professores pertencentes ao corpo
docente do curso; ter, pelo menos, 60% de seus membros com titulação
acadêmica obtida em programa de pós-graduação stricto sensu; ter todos os
seus membros em regime de trabalho de tempo parcial ou integral, sendo pelo
menos 20% em tempo integral; ter, pelo menos 60% dos seus membros com
formação acadêmica na área do curso.
O NDE reunir-se-á ordinariamente duas vezes por semestre, por
convocação de seu Presidente e, extraordinariamente, sempre que convocado
por este ou pela maioria de seus membros titulares.
O Conselho Universitário (CONSUNI), instância máxima de natureza
consultiva e deliberativa, é constituído por: Reitor, seu Presidente; Pró-
Reitores; um representante da Mantenedora; cinco representantes do corpo
45
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
docente; um representante do corpo técnico-administrativo; um representante
do corpo discente; um representante da comunidade. Dentre as competências
do CONSUNI estão: decidir sobre propostas de alteração do Estatuto e do
Regimento Geral; fixar as diretrizes e políticas gerais do Centro Universitário;
aprovar o plano anual de atividades do Centro Universitário; aprovar o relatório
anual da Reitoria; criar e extinguir cursos de graduação e pós-graduação;
regulamentar a criação e oferta de cursos de Pós-Graduação; aprovar projetos
de desenvolvimento do Centro Universitário; apreciar os recursos interpostos
de decisões dos demais órgãos, em matéria didático-científica, administrativa e
disciplinar; aprovar o Regimento Geral e fixar normas complementares sobre
as matérias de sua competência.
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) é órgão
central de supervisão das atividades didático-científicas de ensino, pesquisa e
extensão. Tem competência deliberativa, normativa e consultiva e é integrado:
pelo Reitor, seu Presidente; pelos Pró-Reitores, pelos Coordenadores de
Cursos; por dois representantes do corpo docente; e por um representante do
corpo discente.
Dentre as competências do CONSEPE estão: elaborar as diretrizes e
políticas do ensino, da pesquisa e da extensão, para aprovação do CONSUNI;
fixar normas complementares ao Regimento Geral sobre as matérias de sua
competência; estabelecer normas sobre a realização, e o funcionamento dos
cursos de graduação, pós-graduação e extensão; expedir atos normativos
referentes a assuntos acadêmicos; deliberar sobre questões acadêmicas que
lhe sejam submetidas, inclusive as relativas ao pessoal docente; decidir sobre
propostas, indicações ou representações, em assunto de sua esfera de ação;
estabelecer critérios para elaboração e aprovação de projetos de pesquisa, de
iniciação científica e programas de extensão; aprovar o currículo pleno de cada
curso de graduação e de pós-graduação, bem como suas modificações; editar
normas sobre processo seletivo e número de vagas para matrícula inicial nos
cursos de graduação, e de extensão; propor e manifestar-se sobre proposta de
criação de cursos de graduação, pós-graduação e de extensão; deliberar sobre
46
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
a reforma do Estatuto e do Regimento Geral, no que se refere ao ensino, à
pesquisa e à extensão; emitir, promover e coordenar seminários, grupos de
estudo e outros programas para aperfeiçoamento de seus quadros docentes; e
propor a criação de comissões de estudos e trabalho.
A Reitoria é o órgão executivo incumbido de coordenar e fiscalizar as
atividades do Centro Universitário, e é composta pelo Reitor e pelos Pró-
Reitores.
Dentre as atribuições do Reitor estão: dirigir e administrar o Centro
Universitário; representar o Centro Universitário, junto a pessoas ou instituições
públicas ou privadas; autorizar pronunciamentos públicos que envolvam, de
qualquer forma, o Centro Universitário, bem como a realização, em seu recinto
ou sob seu patrocínio, de programas culturais, artísticos ou científicos; firmar
convênios, acordos ou contratos; convocar e presidir as reuniões dos
colegiados superiores; baixar atos normativos e resoluções decorrentes das
decisões dos colegiados superiores; apresentar o Plano de Carreira Docente e
Técnico-Administrativo, submetendo-o ao CONSUNI e encaminhando-o à
Mantenedora; submeter aos Colegiados Superiores representações e recursos;
articular-se com os dirigentes do Centro Universitário para resolver assuntos
administrativos ou pedagógicos, decidindo ad referendum dos colegiados
superiores.
47
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
CURSO HISTÓRIA – LICENCIATURA
NÚMERO DE VAGAS: 60 TURNO: NOTURNO
CARGA HORÁRIA: 3220 horas
MODALIDADE
BACHARELADO X LICENCIATURA TECNÓLOGO
INTEGRALIZAÇÃO Tempo máximo: 05 anos
Tempo mínimo: 03 anos
CAMPUS II
ENDEREÇO
Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João -
São João da Boa Vista - SP - Brasil
ANO DE IMPLANTAÇÃO
DO CURSO 2005
ANO DE
RECONHECIMENTO DO
CURSO
Portaria de Reconhecimento nº 443 de 31 de março de
2009
3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO
O presente projeto pedagógico foi elaborado em consonância com a Lei de
Diretrizes e Base da Educação (Lei 9.394/1996), o Parecer CNE/CES 492/2001 que
estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de História, o Parecer
CNE/CES 1.363/2001, que retifica o parecer 492/2001 e aprova as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de História e a Resolução CNE/ CP 2/2002, que
48
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
estabelece a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação
Básica em nível superior, curso de Graduação Plena.
Além disso, está em consonância com o Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI) da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB), na
medida em que compartilha do princípio de que o currículo,
Reflete a concepção do educando e da sociedade que se almeja
conceber. Inferem na maneira de organizar toda a estrutura de
trabalho da Instituição bem como a postura dos educadores, a
organização dos conteúdos e a metodologia de trabalho buscando
contemplar um ensino e formação profissional de excelência.
Expressa a construção social do conhecimento e sistematiza os
meios pelos quais ela se realiza. Recorre à realidade contextual em
que estão inseridos seus alunos para sua organização. Preocupa-se
com o perfil do profissional que se deseja formar, tendo em vista
cursos e programas que possibilitem a formação profissional
competente do cidadão para atuar em sua área e nos processos de
transformação social, gerando alternativas eficientes para defrontar
conjuntos de problemas e de questões advindas da
contemporaneidade. Supera as práticas conservadoras abrigadas na
rigidez dos currículos mínimos, rompendo com o paradigma da
realidade de ensino decorrente de elevada carga horária e da falta de
moderação com o número de disciplinas. Propõe uma formação
integral que torna possível a compreensão das relações de trabalho,
de propostas sócio-políticas de transformações da sociedade, de
questões referentes ao meio ambiente e à saúde, objetivando a
construção e o desenvolvimento de uma sociedade local e regional
sustentável.
Assim, esta nova proposta foi construída em conjunto com a
comunidade acadêmica dos cursos de Licenciatura do UNIFEOB que tem
como objetivo manter a área de Licenciaturas e Humanidades na Instituição.
Além do curso de História foram mantidos os cursos de licenciatura em
Geografia, Letras, Matemática, Química e Ciências Biológicas.
49
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO
O Curso de Licenciatura em História do UNIFEOB foi implantado em
2006 com base no Decreto 5773/06 que permitiu autonomia aos Centros
Universitários para abertura de Cursos, sem necessidade de autorização
prévia. O primeiro vestibular para Licenciatura em História foi realizado em
2005, iniciando suas atividades em 2006. Sua primeira turma se formou em
2008, através da Portaria de Reconhecimento nº 443 de 31 de março de 2009,
publicada no Diário Oficial de 01 de abril de 2009. Contando com um bom
conceito na formação de profissionais de História, o curso goza de boa
referência na comunidade, diante das novas tendências da área e das
diretrizes curriculares especificadas pelo MEC. Em seu primeiro ENADE em
2008, obteve conceito 04 e no ENADE de 2011 alcançou o conceito máximo
05. Infelizmente, devido a pouco demanda, o curso não teve no ano de 2011
alunos ingressantes, o que impossibilitou a geração do Conceito Preliminar de
Curso.
Contudo, mesmo tendo com um bom conceito na formação de
professores de História, o curso não foi oferecido nos anos de 2011e
2012,voltando a ser oferecido no processo seletivo do final do ano de 2012 e
reiniciando suas atividades em 2013.
Desde 2005, o curso foi concebido a partir da verificação da
necessidade de se proporcionar à comunidade da área de abrangência da, a
possibilidade de contar na esfera do Ensino Superior com um curso que, a par
da graduação específica em Licenciatura, pudesse formar profissionais
competentes na área de História, visto entender ser esta uma das áreas
prioritárias para alavancar o processo de desenvolvimento do país, e de
interesse para a comunidade local e regional para manter e aumentar seu nível
de desenvolvimento Humano.
Assim, o projeto pedagógico parte da realidade do mercado de trabalho,
que cada vez mais exige profissionais criativos, autônomos, capazes de buscar
a solução de problemas impostos pelo dia-a-dia e, no caso específico dos
50
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
trabalhadores em educação, que saiba atuar de maneira interdisciplinar, que
transite entre várias áreas do conhecimento com propriedade e que seja capaz
de buscar permanentemente sua formação para propor um curso de
Licenciatura em História que não se limite a oferecer uma elevada carga
horária destinada aos conteúdos específicos da área, mas, mais do que isso,
que abra espaço para a formação de professores capazes de responder às
necessidades da educação na atualidade.
O presente curso se estrutura de maneira a garantir a formação
específica na área de História, oferecendo ao egresso a competência
necessária para atuar como professor de História e, além disso, oferecendo
formação complementar capaz de fornecer os subsídios necessários à atuação
interdisciplinar do profissional da educação em ciências humanas.
É necessário enfatizar que nesta região do Estado de São Paulo, bem
como nas proximidades do Estado de Minas Gerais, ocorre em determinadas
situações a falta de profissionais habilitados em Sociologia, Filosofia, História e
Geografia. Este fato também justifica a proposição de um curso que possibilite
a formação multidisciplinar visto que, por vezes, o profissional formado em
determinada área é solicitado a atuar em outras áreas afins, sem preparo para
isso.
Este fato motivou a proposição de um projeto de curso capaz de formar
um profissional que possa fazer de seu exercício profissional um meio de
promover a transformação social. Esta também é mais uma das formas de
cumprir com a missão de atuar na comunidade com responsabilidade social e
influir no desenvolvimento regional, valorizando a ética, a cidadania, a
liberdade e a participação.
É necessário ressaltar que a construção de um projeto pedagógico da
UNIFEOB está diretamente relacionada com uma diversidade de valores e um
conjunto de atitudes que têm como ponto de partida, a missão da IES. Dessa
forma, pensar a formulação do projeto pedagógico do curso de História é
refletir sobre a relação que o curso estabelece com o projeto pedagógico e o
Plano de Desenvolvimento Institucional da UNIFEOB.
51
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
O Curso de licenciatura em História dispõe de salas de aula suficientes
para acomodar toda a sua clientela e de modernos laboratórios de Informática,
com capacidade de atendimento para seus alunos. Cada sala de aula está
equipada com data show, retroprojetor e aparelhos de som que podem ser
utilizados nas aulas. Suas instalações são amplas, modernas, confortáveis e
bem cuidadas, oferecendo um ambiente favorável aos estudos realizados pela
comunidade universitária.
Ressalta-se, enfim, que as instalações, apresentadas neste tópico, são
amplas, modernas, confortáveis e bem cuidadas, oferecendo um ambiente
favorável aos estudos realizados pela comunidade universitária. A instituição
oferece, ainda, um amplo acervo bibliográfico, situado nas bibliotecas dos dois
campi, com livros específicos da área do Curso. Ainda, para conforto dos
alunos, a instituição conta com um acervo geral, incluindo as demais áreas do
conhecimento humano, além de acervos virtuais.
52
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
4 PRINCIPIOS NORTEADORES DO CURSO
A definição de um projeto pedagógico dinâmico, por parte de uma
escola, revela uma intencionalidade e, por conseguinte, descarta qualquer
possibilidade de neutralidade.
A importância dessa definição é que o projeto dá um rumo, imprime um
sentido que deve orientar a globalidade das ações desenvolvidas por sua
comunidade. Assim, a instituição se particulariza na singularidade de suas
opções, o que permite que possam ser reconhecidos os resultados de seu
processo de ensino através da forma com que se inserem, no mercado de
trabalho, os profissionais por ela formados.
Ao assumirmos nossa intencionalidade na formação de graduados em
Licenciatura em História, necessitamos eleger os princípios norteadores que,
ao refletirem concepções de mundo, passam a se constituir em um desafio
permanente para os professores, que buscam alcançá-los pela superação de
valores anteriormente interiorizados de modo a encontrar a consistência
necessária entre o novo discurso e a ação consequente que o novo projeto
exigirá.
É necessário ressaltar que a construção de um projeto pedagógico do
UNIFEOB está diretamente relacionada com uma diversidade de valores e um
conjunto de atitudes que têm, como ponto de partida, a missão da IES. Dessa
forma, pensar a formulação do projeto pedagógico do curso de História é
refletir sobre a relação que o curso estabelece com o projeto pedagógico e o
Plano de Desenvolvimento Institucional do UNIFEOB. Assim, o PPC do curso
História visa a formar um profissional habilitado a promover a transformação
social, em consonância com a missão do UNIFEOB de atuar na comunidade
com responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando
a ética, a cidadania, a liberdade e a participação.
São princípios norteadores para o curso de História, os seguintes
53
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
pontos:
1. A superação de barreiras que surjam no decorrer do processo
ensino/aprendizagem;
2. O exercício de reflexão continuada sobre a ação;
3. A continuidade do ato educativo, que deve ser contínuo e contemplar
todas as dimensões e contextos subjacentes das tomadas de decisões
planejadas, executadas e implementadas.
4. A consideração de que a universidade é uma das instituições sociais
de maior criatividade e com grande capacidade de regeneração e gestão
de seu próprio futuro.
5. O desafio de dar condições para a maior inclusão, justiça social e a
defesa dos direitos humanos.
Ao seguir esses preceitos, o curso de História ressalta “a preocupação
com o sucesso de seus alunos como consequência de uma formação
acadêmica e profissional de qualidade, tendo como meta o compromisso com a
construção coletiva e participativa do bem comum”.
O curso de Licenciatura em História tem características próprias que
devem ser valorizadas. Vê o conhecimento como uma rede, em que cada nó é
um saber pontual e a ligação entre eles é que dará uma visão total e não
fragmentada da realidade; opondo-se à crença do conhecimento cristalizado ou
de verdades imutáveis.
Considera que o conhecimento de várias teorias, muitas vezes
antagônicas, outras vezes complementares, é que possibilitará o pensar
múltiplo1, os questionamentos que levam a diversas possibilidades de
respostas que trazem em si o germe da mudança e da escolha do ideário a ser
seguido.
Finalmente, o curso de Licenciatura em História tem, em si, a
possibilidade de ser um veículo de formação reflexiva de opinião e não pode
1 Entende-se por “pensar múltiplo” o desenvolvimento da capacidade de reflexão sobre
os diversos paradigmas que coexistem nas Ciências Sociais.
54
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
eximir-se dessa sua prerrogativa. Nesse sentido, alguns itens devem ser
privilegiados na elaboração do marco doutrinal, a saber,
educação/ensino/aprendizagem, perfil do aluno e do docente.
4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO
O acesso ao curso de Licenciatura em História, assim como aos demais
cursos de graduação do UNIFEOB, depende do limite de vagas oferecidas e
autorizadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE.
Ao levar em conta a ênfase em sua missão de formar pessoas e
cidadãos conscientes da importância do desenvolvimento sociocultural, o
UNIFEOB inovou criando um Vestibular diferenciado, que transformou o
vestibular tradicional de provas objetivas/discursivas em um processo seletivo,
em que o vestibulando exercita sua capacidade de raciocínio, reflexão, leitura e
criatividade por meio de questões dissertativas e redação.
Esgotadas as listas de classificados do curso, há uma segunda
avaliação do Processo Seletivo para preenchimento das vagas remanescentes,
realizada em período posterior e que também classifica os candidatos inscritos
pelas médias gerais do Histórico Escolar do Ensino Médio e pela nota obtida na
Prova de Redação do UNIFEOB.
As inscrições para o Processo Seletivo - Vestibular são abertas através
de Edital da Reitoria, publicado no Diário Oficial da União e fixado nos quadros
de avisos nas dependências dos dois campi e no site
www.unifeob.edu.br/vestibular , constando os cursos e habilitações oferecidas
com as respectivas vagas, os prazos de inscrição, a documentação exigida no
ato de inscrição no processo seletivo, a relação das provas, os critérios de
classificação e demais informações úteis.
As condições de operacionalização do processo seletivo são
disciplinadas pela Comissão Central do Processo Seletivo, ouvidas as
55
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Diretorias Executivas de Gestão do Ensino Superior e da Dinâmica
Universitária da própria instituição;
Os pré-requisitos mínimos para acesso à graduação são:
a) Conclusão do Ensino Médio ou equivalente;
b) Classificação em processo seletivo próprio ou outra forma de acesso
que vier a ser estabelecida em Edital pelos órgãos educacionais
competentes e/ou através do Programa Universidade para Todos –
PROUNI/MEC.
Na classificação obtida no processo seletivo, considerar-se-á que:
a) A classificação será pela ordem decrescente dos resultados obtidos,
sem ultrapassar o limite de vagas fixado, sendo eliminados os
candidatos que obtiverem nota zero, bem como os que não obtiverem a
nota mínima exigida na prova de redação, estabelecida pela Portaria –
MEC n° 391, de 07 de fevereiro de 2002, e conforme critério de pontos
aprovado pelo CONSEPE.
b) A classificação obtida será válida para a matrícula no ano letivo para o
qual se inscreveu, tornando-se nulos seus efeitos se o candidato
classificado deixar de requerê-la ou, em o fazendo, não apresentar a
documentação exigida nos prazos estabelecidos.
A divulgação da classificação do processo seletivo e das chamadas
subsequentes são sempre públicas.
Em caso de desistência da matrícula de candidato aprovado em
processo seletivo, classificado em primeira chamada, far-se-ão tantas
chamadas quantas necessárias dentre os aprovados, sempre em ordem
decrescente, até o preenchimento das vagas disponíveis.
56
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS
Em seu PDI, o UNIFEOB afirma que:
O perfil desejado, de responsabilidade do UNIFEOB, deve estar no
âmbito do perfil brasileiro, refletindo as características regionais e a
potencialidade dos cursos oferecidos. O mesmo deve ser definido a
partir dos fatores inerentes à realidade que permeia a profissão e que
é relevante à formação profissional. Torna notável o conhecimento e
a disseminação dos fundamentos da cidadania utilizando formas
contemporâneas de linguagem e de competência dos princípios
científicos e tecnológicos que alicerçam a realização da vida,
especialmente da época em que vivemos.
Logo, assume a formação cidadã e profissional de um ser humano
capaz de dar continuidade a seu aprendizado de forma participativa e
responsável, integrado ao intento da sociedade da qual faz parte, e
crítico de suas mazelas.
Desta maneira, o curso objetiva formar o professor de História para
atuar na Educação Básica e que, além disto, possa atuar como cidadão de
maneira autônoma e crítica da realidade social na qual está inserido.
O presente curso objetiva formar o Professor de História para atuar nos
níveis do Ensino Fundamental e Médio que, além de ser capaz de ministrar
aulas de História, possa atuar como cidadão de maneira autônoma e crítica da
realidade social na qual está inserido. Para tanto, este profissional deverá ter
domínio do conhecimento Histórico, de sua produção e difusão, estando
solidamente preparado em conteúdos de História Universitária e apto a dar
continuidade aos estudos acadêmicos na pós-graduação em História ou áreas
afins; bem como ser capaz de desempenhar funções docentes no ensino
fundamental e médio na área de História fundamentalmente, e nas demais
áreas das Ciências Humanas e suas Tecnologias em caráter eventual.
Assim, a definição do perfil do profissional que o curso de História
pretende formar, parte do pressuposto de que a História é a busca de um
objeto que é essencialmente movimento; apreendida de maneiras diferentes,
reescrita a cada geração e interpretada a partir de pontos de vista
historicamente condicionados. Esse dinamismo também deve ser transferido a
57
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
quem se encarrega de transmitir seus conteúdos. Dessa forma, é necessário
que o profissional que está sendo qualificado para o ensino da História também
domine o processo pelo qual esse saber é produzido, relacionando-se
criticamente com ele.
O curso de História visa proporcionar ao aluno uma formação geral
adequada ao exercício profissional a que se destina e, ao mesmo tempo, dotá-
lo de instrumental teórico metodológico necessário ao desenvolvimento da
produção do saber. Buscando fornecer ao profissional da História uma visão
mais ampla da realidade, aguçando-lhe o espírito crítico e preparando-o para o
exercício da cidadania consciente. Além de valorizar e reafirmar, por meio de
uma metodologia interdisciplinar, multidisciplinar e contextualizada, tanto na
sua ação educativa como em aperfeiçoamento de estudos a importância da
Educação Étnica Racial (Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das
Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africana - Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004). Valorizando
também a Responsabilidade Social e a conscientização das políticas
ambientais (Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de
junho de 2002) com auxílio da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e o Braile,
que conduzirão à revalorização do trabalho docente com o auxilio e a
integração das disciplinas por temas transversais.
Deve ainda estar compromissado com o papel científico e social da
instituição (e, especificamente, dos cursos de Ciências Humanas) assim como
com o desenvolvimento sustentável e democrático local e regional.
O professor de História é também um educador, tem diante de si uma
sociedade cheia de desafios e desigualdades acentuadas. O trabalho do
professor diante do contexto em que vive a sociedade mundial é desafiador, já
que os problemas são extremamente complexos e o entendimento deles tem
uma relação direta com as ciências humanas. Que perfil deve ter um professor
de ciências sociais de forma a auxiliar o aluno a constituir-se como cidadão,
dando oportunidade para que ele conheça melhor as relações que se
estabelecem no interior da sociedade em que vive e na relação desta com as
outras, uma vez que as relações políticas e econômicas são hoje globalizadas?
58
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Com estas reflexões e ainda outras pertinentes ao ensino, o Curso de
Licenciatura em História estabelece um perfil para o professor da graduação ao
entender que o conhecimento produzido na Universidade, fundamentado em
pesquisa de campo, de laboratório, bibliográfico e dominado pelo professor,
deve ser o instrumental teórico a ser elaborado e recriado, para se transformar
em saber escolar, ou seja, um saber a ser trabalhado pelo egresso do curso.
Nesse perfil traçado pelo curso, há uma relação direta entre o professor
e os novos paradigmas da Educação. Isso se registra da seguinte forma:
A aprendizagem é considerada como processo, jornada;
É dada prioridade à autoimagem como geradora de desempenho;
Valorização da igualdade no relacionamento, entre os sujeitos do
processo educativo;
A relação é entre pessoas e não em funções. A autonomia é encorajada;
A Experiência interior e os sentimentos são encarados como fatores
importantes para potencializar a aprendizagem;
Enfatiza-se a busca do todo, complementando teoria com prática;
A aprendizagem vista como processo para a vida toda;
O professor também é um aprendiz;
Há preocupação com o ambiente favorável à aprendizagem.
Na medida em que o professor se assume como sujeito do seu próprio
trabalho na sala de aula, em que propicia condições para o aluno tornar-se
coprodutor de conhecimentos, o pedagógico e o político saem fortalecidos.
5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESENVOLVIDAS NO
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
5.1.1 OBJETIVOS
O curso de Licenciatura em História do UNIFEOB forma professores do
Ensino Básico. Em consonância com o PPI do UNIFEOB, parte do princípio de
que a formação por competências torna os futuros licenciados mais bem
59
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
preparados para o exercício da docência, a partir do momento em que levam
adiante a mesma ideia de que o conteúdo é o meio, e não o fim.
Buscamos coletivamente a amplitude do espírito crítico frente às
demandas sociais, econômicas, culturais e políticas de nossa sociedade,
contribuindo com reflexões que favoreçam a formação de cidadãos
conscientes. Nesse sentido, as diferentes atividades curriculares se articulam,
auxiliando o aluno na formação de suas competências, ao correlacionar as
habilidades desenvolvidas na prática da docência em História, com as outras
habilidades necessárias ao docente do futuro.
5.1.2 COMPETÊNCIAS GERAIS DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
O curso de Licenciatura em História do UNIFEOB deve proporcionar o
desenvolvimento das seguintes competências e habilidades gerais:
1. Ser capaz de conhecer e problematizar as informações básicas
referentes às diferentes épocas históricas, usando concepções
metodológicas para analisar as relações sócio históricas e a formação
de diferentes relações de tempo e espaço;
2. Ter competência para ministrar aulas de História tanto no Ensino
Fundamental como no Ensino Médio, conhecendo os princípios
fundamentais da relação ensino-aprendizagem, bem como a estrutura
educacional brasileira;
Ter conhecimentos teórico-práticos das demais disciplinas que
compõem a áreas das Ciências Humanas e suas Tecnologias, a saber,
as Ciências Sociais, a Filosofia e a Geografia, bem como ser capaz de
desenvolver trabalhos em equipes multidisciplinares.
Tem-se como premissa maior a crença de que o aluno é um ser de
possibilidades e, por isso, passível de se projetar social e historicamente. Esta
viabilização processa-se na articulação da construção da subjetividade por
60
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
meio da ressignificação de aspectos socioculturais contextualizados,
envolvendo elementos cognitivos, afetivos, lúdicos, históricos, sociais, físicos e
biológicos.
5.1.3 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS DO CURSO DE
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Estão relacionadas às habilidades gerais pretendidas, as seguintes
habilidades específicas:
1. Compreender o papel social da escola;
2. Elaborar e desenvolver projetos socioeducativos que visem à construção
da cidadania
3. Estar preparado para atuar no mercado de trabalho compreendendo sua
dinâmica respondendo profissionalmente às suas demandas;
4. Dominar os conteúdos a serem socializados, seus significados em
diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar;
5. Conhecer os processos de investigação que possibilitem o
aperfeiçoamento da prática pedagógica.
6. Compreender o processo de construção do conhecimento do indivíduo
em seu contexto sociocultural
7. Atuar na educação básica com responsabilidade e competência.
8. Pensar o conhecimento histórico em sua tríplice dimensão: produção,
crítica e transmissão;
9. Dominar os conteúdos básicos que são objetos de ensino-aprendizagem
do ensino fundamental e médio;
10. Superar a tendência de contrapor conteúdos à teoria e ao método;
11. Articular teoria e prática através de um processo de formação
continuada;
12. Posicionar-se criticamente frente à produção científica;
61
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
13. Transmitir aos educandos não somente um saber determinado, mas
principalmente desenvolver-lhes uma postura crítica frente à realidade
que os cerca.
14. Não dissociar a teoria do conteúdo ministrado: aquilo que se quer
ensinar é tão importante quanto porque ensinar e como ensinar;
15. Organizar o conhecimento histórico, adequando-o ao processo de
ensino-aprendizagem em História nos diferentes níveis de ensino;
16. Dominar os métodos e técnicas pedagógicos que permitam a
transmissão do conhecimento para os diferentes níveis de ensino;
17. Ter capacidade de participar da elaboração e desenvolvimento dos
projetos pedagógicos das instituições de ensino em que for trabalhar nos
níveis fundamental e médio;
18. Utilizar os recursos da informática.
19. Dominar o conhecimento de conteúdos de Filosofia e Sociologia, para
que seja possível ministrar aulas também destas disciplinas se
necessário for;
20. Trabalhar de maneira integrada e contributiva em equipes
multidisciplinares;
21. Suprir as demandas sociais específicas relativas ao seu campo de
conhecimento, através de atividades interdisciplinares como
preservação do patrimônio histórico e assessorias a entidades públicas
e privadas nos setores culturais, artísticos, turísticos etc.
62
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
6 PERFIL DO DOCENTE, COORDENAÇÃO E NDE
6.1 PERFIL DOCENTE
O docente deve atuar de forma peculiar e essencial na construção de
conhecimentos e saberes que influenciarão na ação e transformação social.
Deve ele trabalhar com a pluralidade de indivíduos e com a diversidade
cultural. É um construtor de conhecimentos junto com os alunos, assumem
compromissos sociopolíticos, éticos e educacionais para disseminação do que
é considerado como novo para seus alunos.
O docente deve ter domínio e responsabilidade acerca de suas
atribuições, como planejamento de atividades e conteúdos, didática,
organização do ambiente da sala de aula, estruturação do complexo de
conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos, além de responsabilidades
profissionais referentes aos aspectos éticos, formação continuada, saber
trabalhar em equipe, relacionamento com seus pares e gerenciamento de seu
próprio desenvolvimento profissional.
Deve ainda estar compromissado com o papel científico e social da
instituição (e, especificamente, do curso de Licenciatura em História) assim
como com o desenvolvimento sustentável e democrático local e regional.
O professor de História é um educador, tem diante de si uma sociedade
cheia de desafios e desigualdades acentuadas. O trabalho do professor diante
do contexto em que vive a sociedade mundial é desafiador, já que os
problemas são extremamente complexos e o entendimento deles tem uma
relação direta com as ciências humanas.
Que perfil deve ter um professor de História de forma a auxiliar o aluno
a constituir-se como cidadão, dando oportunidade para que ele conheça melhor
as relações que se estabelecem no interior da sociedade em que vive e na
relação desta com as outras, uma vez que as relações políticas e econômicas
são hoje globalizadas?
63
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Com estas reflexões e ainda outras pertinentes ao ensino, o Curso de
Licenciatura em História estabelece um perfil para o professor da graduação ao
entender que o conhecimento produzido na Universidade, fundamentado em
pesquisa de campo, de laboratório, bibliográfico, e dominado pelo professor,
deve ser o instrumental teórico a ser elaborado e recriado, para se transformar
em saber escolar, ou seja, um saber a ser trabalhado pelo egresso do curso.
Nesse perfil traçado pelo curso, há uma relação direta entre o professor
e os novos paradigmas da Educação. Isso se registra da seguinte forma:
A aprendizagem é considerada como processo, jornada;
O conteúdo é o meio e não fim;
É dada prioridade à autoimagem como geradora de desempenho;
Valorização da igualdade no relacionamento, entre os sujeitos do
processo educativo;
A relação é entre pessoas e não em funções. A autonomia é encorajada;
A experiência interior e os sentimentos são encarados como fatores
importantes para potencializar a aprendizagem;
Enfatiza-se a busca do todo, complementando teoria com prática;
A aprendizagem é vista como processo para a vida toda;
O professor também é um aprendiz;
Há preocupação com o ambiente favorável à aprendizagem.
À medida que o professor se assume como sujeito do seu próprio trabalho
na sala de aula, em que propicia condições para o aluno tornar-se coprodutor
de conhecimentos, o pedagógico e o político saem fortalecidos:
O professor universitário deverá ter as qualidades próprias a todo
educador e as qualidades específicas próprias ao trabalho especial
que ele deve realizar. Como educador, deverá aproximar-se do tipo
perfeito do homem que ele aspira a realizar em seus dirigidos, tendo
as qualidades físicas, intelectuais, morais e profissionais que
desejaria ver reproduzidas em seus discípulos. E isto, em primeiro
lugar, porque a educação se realiza, principalmente, pela virtude do
exemplo que provoca a imitação, e, em segundo lugar, porque o
educador necessita da atuação inteligente das mais aprimoradas
qualidades humanas para bem realizar o seu trabalho. Como
64
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
professor universitário, carece de qualidades muito especiais. Como a
missão da Universidade, segundo Ortega y Gasset, é a de ensinar,
pesquisar e divulgar a ciência, o professor universitário deverá ser
perito na realização dessas operações.2
Para ser professor do Curso de História não é necessário apenas
dominar o conteúdo a ser trabalhado, mas ter uma visão holística. Esse perfil
envolve um professor inter e transdisciplinar, competente para desenvolver
uma ação mais conjunta em relação às outras disciplinas escolares, como
também mais competente para se aproximar à realidade dos alunos, que nunca
é só restrita a um determinado conteúdo.
O Curso de Licenciatura em História entende que o perfil do seu
professor deverá preencher as seguintes condições: ter, ao menos,
especialização na disciplina a ser lecionada; ter formação científica adequada;
ter visão profissional da sua disciplina, manter contatos regulares e estágios
em meios profissionais à mesma correlata; possuir adequada formação
didático-pedagógica e cultura geral; possuir contatos com os demais setores da
cultura; atualizar seus conhecimentos por meio de cursos, estágios e
congressos em sua área de formação.
Para cada unidade de estudo, o professor elabora um Plano de Ensino
(plano de ação pedagógica) do qual constam ementa, conteúdo programático,
competências que serão desenvolvidas, carga horária, metodologia
empregada, recursos e estratégias didáticas utilizadas, bibliografia adotada e
critérios de avaliação da aprendizagem. Os Planos de Ensino devem ser, no
início de cada módulo, debatidos e aprovados pelo Colegiado do Curso.
O professor é o responsável pela aplicação do programa de sua unidade
de estudo e escolha do melhor método a ser adotado para cada aula:
exposição, trabalho independente, trabalho em grupo, seminário, entre outros.
O professor é também responsável pela vinculação dos conteúdos previstos no
plano de ensino e aprovados pelo colegiado do curso às exigências teóricas e
práticas da formação acadêmica.
2 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (org.) Projeto político pedagógico. 13 ed. Campinas:
Papirus, 2001. (Coleção Magistério). p.22.
65
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
As atividades desenvolvidas em sala de aula pelo professor da unidade
de estudo combinam quatro momentos básicos de metodologia de ensino:
a. Apresentação aos acadêmicos, no início do módulo, dos
objetivos de ensino e de aprendizagem, das competências
que serão desenvolvidas, a bibliografia que será utilizada e
onde encontrá-la;
b. Aplicação e consolidação dos conteúdos e habilidades;
c. Registro de frequência dos alunos;
d. Avaliação de desempenho dos alunos em relação às
competências atitudinais e específicas, além da qualidade
de aprendizagem;
As atividades desenvolvidas em sala de aula podem contar com
diferentes equipamentos didáticos à disposição do professor, como projetor de
multimídia e aparelhagem de som. As aulas de caráter técnico são
frequentemente desenvolvidas nos laboratórios específicos de informática.
6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL
UNIDADES CURRICULARES
MAIOR TITULAÇÃO
ÁREA DE CONHECIMENTO DA TITULAÇÃO
DEDICAÇÃO NOME DO DOCENTE
Historiografia Brasileira
Especialista História Cultura Parcial Marcos Silva
Historiografia Geral Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
Especialista Psicopedagogia Parcial Ilza Maria Oliveira Agostinho
Metodologia Científica
Mestre Energia Parcial João Fábio Diniz
Organização da Educação Básica
Especialista Psicopedagogia Parcial Fátima Aparecida Médici
Pensamento Social Brasileiro
Especialista História Cultura Parcial Marcos Silva
Prática de Ensino de História no Ensino Fundamental
Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto
66
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO
A coordenação acadêmica do Curso é de responsabilidade de seu
Coordenador, designado por Ato Executivo da Reitoria para mandato de 02
(dois) anos, podendo ser reconduzido.
A Coordenação de Curso tem papel central no desenvolvimento das
atividades ligadas ao Curso de Graduação. Entre as atribuições da
Coordenação, estão as atividades administrativo-pedagógicas que oferecem
suporte ao Curso, assim como o acompanhamento de todos os processos que
envolvem o Curso de Graduação; sendo de fundamental importância a sua
participação na elaboração e acompanhamento do desenvolvimento das
UNIDADES CURRICULARES
MAIOR TITULAÇÃO
ÁREA DE CONHECIMENTO DA TITULAÇÃO
DEDICAÇÃO NOME DO DOCENTE
Prática de Ensino de História no Ensino Médio
Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto
Prática de Ensino e Pesquisa em História
Doutor Educação Parcial Sonia Aparecida Siquelli
Prática e Metodologia de Pesquisa em História
Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto
Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento
Doutor Mestre
Psicologia Psicologia
Integral Parcial
Helga Hinkenickel Reinhold Rafael Ferreira Pinto e Silva
Sociedade e Educação
Doutor Mestre
Educação Educação
Horista Integral
Cláudia Coelho Hardagh Patricia Paiva Gonçalves
Sociologia Geral Especialista História Cultural Parcial Marcos Silva
Trabalho de Conclusão de Curso
Mestre História Parcial Vinicius Muhlethaler Beire
RESUMO DA QUANTIDADE DE DOCENTES POR TITULAÇÃO: Especialistas: 22,22 % Mestres: 50 % Doutores:.............27,77%
67
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
atividades relacionadas ao mesmo e descritas em seu Projeto Pedagógico,
bem como a integração entre professores, alunos, funcionários e coordenação.
O Coordenador de Curso de Graduação deve ter o seguinte perfil:
Graduação de nível superior na área do curso, preferencialmente,
Mestrado ou Doutorado na área de conhecimento do Curso;
Visão de todas as subáreas de conhecimento do Curso;
Visão técnica, administrativa e pedagógica do Curso;
Conhecimento de legislação vigente; das Diretrizes Curriculares do Curso;
Experiência em administração acadêmica;
Participação ativa em eventos ligados à área do Curso;
Publicação de artigos ligados à área do Curso;
Bom relacionamento com professores, alunos e funcionários;
Conhecimento das propostas metodológicas utilizadas e debatidas na
Instituição.
Preocupação com a formação integral de recursos humanos.
O responsável pelo curso, atualmente é Vinicius Muhlethaler Beire,
mestre em História Cultural, título obtido pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP).
O curso proposto é supervisionado e administrado pelo coordenador de
curso e conta com o apoio do grupo técnico-administrativo, formado por
profissionais qualificados em suas áreas de atuação, disponíveis na Instituição.
Conta também com todo o corpo técnico-administrativo da Secretaria Geral,
funcionários das áreas de limpeza e segurança e áreas de comunicação e
divulgação, que já atendem os cursos existentes no UNIFEOB.
A coordenadoria deve estabelecer um vínculo entre os discentes e
docentes do curso, para avaliação constante do mesmo. Este trabalho em
conjunto é fundamental para a verificação dos aspectos positivos da estrutura
curricular proposta e modificação dos pontos necessários.
68
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
O Núcleo Docente Estruturante é composto pelo Coordenador do curso
que o preside, até cinco representantes do corpo docente do curso (indicados
pelo Colegiado e nomeados pelo Pró Reitor Acadêmico). As decisões e
sugestões do Núcleo Docente Estruturante antes da efetiva implantação são
aprovadas pelo colegiado e na observância hierárquica pelo coordenador do
curso e pró-reitor.
O trabalho do Núcleo Docente Estruturante é desenvolvido no início de
cada módulo através de reuniões presenciais ou virtuais em número suficiente
para conclusão dos trabalhos. No decorrer do semestre, com o objetivo de
acompanhar o desenvolvimento do curso, o Núcleo Docente Estruturante
executa de uma a duas reuniões presenciais e tantas quantas forem
necessárias de maneira virtual.
Compete ao Núcleo Docente Estruturante (NDE): implementar e
acompanhar o desenvolvimento do projeto pedagógico, envolvendo
principalmente a matriz curricular e sua aplicabilidade prática na atividade
profissional; orientar e cobrar a elaboração e articulação dos programas e
planos de ensino das unidades; acompanhar o desenvolvimento do plano de
ensino, verificando a articulação entre objetivos, conteúdos programáticos,
procedimentos de ensino e avaliação; opinar sobre os projetos de ensino,
pesquisa e de extensão que forem apresentados; propor o plano e calendário
anual de atividades do curso; opinar sobre a programação de ensino, das
atividades de extensão e de estudos interdisciplinares ligados ao próprio curso
e/ou entre os diversos cursos da instituição; sugerir normas específicas e
acompanhar, sistematicamente, a revisão e atualização de projetos
pedagógicos do curso, buscando o consenso entre a maioria dos membros do
núcleo.
Cabe ao coordenador do curso coordenar e supervisionar as atividades
do Núcleo, articulando-as no que for necessário; convocar e presidir reuniões;
acompanhar, cumprir e fazer cumprir as normas reguladoras - federais e
69
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
institucionais pertinentes ao curso -; fiscalizar a fiel execução do regime
didático; exercer as demais atribuições que a função exige e elaborar;
juntamente com os demais membros; o regimento do NDE que deverá ser
submetido à aprovação do CONSEPE.
Os membros do NDE obrigatoriamente têm formação acadêmica nas
áreas específicas do curso, ou afins, e/ou experiência comprovada na disciplina
ministrada. O mandado dos membros do NDE é coincidente com o mandato do
coordenador do curso e a escolha dos membros do NDE é sempre regida por
portaria específica da Pró reitoria Acadêmica.
Item Nome Função Titulação
1 Vinicius Muhlethaler Beire Presidente Mestre
2 Patricia Gomes Furlanetto Docente Doutora
3 Márcia Mariza Belli Docente Mestre
4 João Fábio Diniz Docente Mestre
5 Marcos Silva Docente Especialista
70
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
7 METODOLOGIA DO CURSO
O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em História está em
consonância com a Lei nº 9.394/96, de 20/12/1996, que estabelece as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O eixo norteador da sua concepção
pedagógica prevê a articulação do ensino-pesquisa-extensão, havendo
explicitação de que a educação superior realiza-se através do ensino, da
pesquisa e da extensão, conforme preceitua o art. 64 da Lei citada.
O ensino superior tem por objetivo aperfeiçoar a formação de
pessoas para a atividade cultural, capacitá-lo para o exercício de uma
profissão, e prepará-lo para o exercício da reflexão crítica e a participação na
produção, sistematização e superação do saber. A pesquisa tem por objetivo o
avanço do conhecimento teórico e prático, em seu caráter universal e
autônomo, e deve contribuir para a solução dos problemas sociais, econômicos
e políticos, nacionais e regionais. A extensão, aberta à participação da
população, visa difundir as conquistas e benefícios resultantes da criação
cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas no Curso.
O princípio de um projeto de formação por competências privilegia a
organização curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com as
novas propostas pedagógicas. Assim, o foco principal do processo torna-se o
aluno e seu trabalho de desenvolvimento profissional.
Um dos principais pontos do planejamento do curso e de suas Unidades
de Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das metodologias que são
empregadas. Para garantir sua integração e a constante motivação do aluno,
esse passo é seguido continuamente ao longo do semestre, pelo conjunto de
professores de forma participativa. Além disso, deve-se garantir a diversidade
de situações e atividades de aprendizagem, sempre articuladas com as
competências em construção e desenvolvimento.
No planejamento das Unidades de Estudo, em vez de se partir de um
corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se efetuam
escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais importantes, parte-
71
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
se de situações concretas, na medida das necessidades requeridas por essas
situações.
Assim, elas devem contemplar discussões estratégicas sobre temas a
serem trabalhados de maneira prática, tendo como base, entre outros, debates,
seminários, aulas expositivas dialogadas, discussão sobre filmes e obras
literárias, leituras direcionadas, e que tenham, como um de seus objetivos,
integrar os conteúdos desenvolvidos em todas as Unidades de Estudo que
compõem o módulo (trabalho interdisciplinar).
O trabalho dos alunos envolve, também, visitas técnicas monitoradas,
atividades extracurriculares e estágio supervisionado que inclui a elaboração
de relatórios de análise politico-pedagógica.
Para elaborar um sistema modular por competências é preciso
aprofundar as escolhas metodológicas. Estas devem se pautar pela
identificação de ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende e
devem incluir projetos, provocados por desafios e/ou problemas, que coloquem
o aluno diante de situações simuladas. A escolha também deve permitir ações
proativas por parte do aluno, como as de pesquisa e estudo de conteúdos que
podem estar reunidos em unidades ou trabalhados em seminários, ciclos de
debates, atividades experimentais, laboratoriais e de campo.
As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização
de situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos
conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos.
Como exemplos, podem ser adotados Estudo de Caso e Problematização. A
combinação entre um determinado tipo de atividade a ser executada no
desenvolvimento de um Tema e a metodologia mais adequada para esse caso
é o ponto chave para o sucesso do trabalho docente.
O conceito de qualidade detém um duplo desafio: o de a
Universidade comprovar-se competente e o de ser um espaço de educação,
onde o acadêmico possa encontrar condições formativas e motivadoras. A
conquista desse desafio resultará na formação de um profissional competente
e num cidadão ativo, capaz de resolver as situações-problema.
72
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
A questão da pesquisa ganha um lugar de inspiração fundamental
da vida acadêmica e de todo o processo educativo que nela se desenvolve.
Aparecendo como atividade educativa, a pesquisa exige uma postura
metodológica, por meio da qual o graduando toma consciência crítica da sua
concepção histórica, reconhecendo a sua própria capacidade emancipatória,
como estratégia básica de sua autoconstrução.
Assim, para o aprendizado, os professores utilizam diferentes
recursos áudios-visuais para apresentar e discutir os conteúdos teóricos e
práticos quer sejam através de aulas teóricas em salas de aula e/ou
laboratórios; seminários; estudo dirigido; simulações em seminários,
congressos e jornadas acadêmicas.
Ainda na busca do saber, de informações que possam melhorar o
aprendizado, os alunos contam com um acervo de livros e periódicos na
Biblioteca, onde também podem acessar informações através de periódicos on
line e sites para pesquisa na internet.
Através do Estágio Supervisionado os alunos têm a oportunidade de
integrar as diferentes áreas de aprendizado, visando o seu crescimento
pessoal e eficácia profissional; integrar e aplicar em prática os conhecimentos
adquiridos nas demais unidades de estudo do Curso, possibilitando o
aprimoramento e a complementação do ensino-aprendizagem através do
desenvolvimento de atividades práticas; aprimorar as habilidades manuais e de
diagnóstico contempladas nas disciplinas teóricas; adquirir os hábitos e as
atitudes da profissão; desenvolver o senso analítico-crítico, baseado no
exercício do questionamento e da criatividade; buscar soluções para os
problemas vivenciados.
73
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
8.1 MATRIZ CURRICULAR
As Matrizes Curriculares dos cursos são organizadas em módulos
semestrais e, em cada um deles, tendo como base as competências esperadas
dos egressos, são delineados os eixos condutores de cada módulo. Essa
organização orienta o planejamento, as ações e a avaliação dos professores.
A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo, com cargas horárias pré-
estabelecidas, o que não impede, no entanto, que os alunos sejam
continuamente estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que os
limites entre elas devem ser, necessariamente, indefinidos. Para garantir aos
alunos as condições de aquisição das competências ao longo de seu processo
formativo e para facilitar o planejamento, o desenvolvimento de atividades
interdisciplinares e significativas, e o processo de avaliação, as Unidades de
Estudo são organizadas na forma de Temas, estes por sua vez, devem
privilegiar as competências gerais e específicas preestabelecidas, abranger os
conteúdos a serem trabalhados e ser interligados transversalmente.
A proposta curricular do Curso de História é a expressão viva e real da
filosofia da educação seguida por ele e representa a própria filosofia de ação
do Curso como um todo unificado. Aí estão determinados os objetivos do Curso
em si e os dos alunos. Unidades de estudo, atividades, experiências,
conteúdos, metodologia, recursos específicos buscam conjuntamente
possibilitar o alcance dos objetivos em sua mais abrangente dimensão,
desenvolvendo habilidades, fornecendo princípios e diretrizes úteis à vida dos
licenciados em História enquanto educadores e profissionais.
Busca-se exercitar o currículo como algo dinâmico e abrangente,
envolvendo situações circunstanciais da vida acadêmica e social do aluno.
74
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Nessa perspectiva, o Curso de História não pretende ter o sentido de
isolamento, vivendo apenas a relação com o aluno dentro da Universidade.
Pretende-se, isto sim, pensar o currículo para uma prática educativa
contextualizada e coerente com o mundo globalizado em que atua sem perder
de vista o regional. Pretende, além disso, desenvolver a matriz curricular de
forma a despertar nos alunos a capacidade de se ver como sujeitos históricos
e, dessa forma, dotá-los da abstração necessária para compreender as
relações que os processos sociais macro, que se desenrolam no país e no
mundo, possuem com aqueles processos que se estabelecem no âmbito da
vivência cotidiana em que estão inseridos – e como essa relação é recorrente
no que se refere à vivência de outros sujeitos históricos de outros tempos
históricos.
Nesse ponto, é importante salientar que os conteúdos das Unidades de
Estudo que tematizam o estudo da História – como História do Brasil Imperial,
História Moderna, História da África, etc – assim como os conteúdos
complementares – Sociologia, Filosofia, Antropologia, também dentre outras –,
são desenvolvidos de maneira a que se exercite a reflexão sobre como
trabalhá-los de forma coerente e eficaz nos Ensinos Fundamental e Médio.
Dessa forma, reitera-se o caráter do projeto pedagógico que visa fazer da
transmissão de informações e conhecimentos um vetor da formação de
competências que capacitarão os futuros egressos a atuarem como
educadores de qualidade perante a comunidade. Isso se torna possível,
principalmente, pela interligação transversal entre as diversas Unidades de
Estudo, que objetiva superar as barreiras estanques entre as mesmas,
significativamente entre aquelas que têm como base a discussão de cada um
dos temas e subtemas clássicos da historiografia geral e da historiografia
brasileira, e aquelas que abordam a prática pedagógica e as técnicas de ensino
da História de forma conceitual e prática.
Nesse momento, é importante notar que o projeto de formação por
competências visa aliar, ainda, os aspectos teóricos às disposições práticas de
forma a preparar o nosso egresso com a capacidade de comunicar os
meandros do pensamento acadêmico a um público heterogêneo e
75
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
multifacetado da maneira mais adequada possível. A atual matriz curricular do
Curso de História prevê uma carga horária de 2800 horas totais, sendo 400
delas voltadas à prática. É preciso aclarar nesse ponto que as Unidades de
Estudo de Metodologia Científica, Didática e a realização do Trabalho de
Conclusão de Curso também correspondem à dimensão curricular do curso
voltada à prática, não obstante não trazerem tal especificação em seus nomes.
De fato, a Unidade de Ensino de Metodologia Científica trabalha, a partir dos
conceitos e regras metodológicas, a realização prática de parágrafos
acadêmicos, resumos, fichamentos, mapas conceituais e projetos de pesquisa
para trabalhos de autoria dos alunos; a Unidade de Didática corresponde, por
sua vez, aos primeiros exercícios práticos da atividade docente com o qual o
aluno trabalha e que buscam torná-lo consciente da necessidade prática de
transmissão do conhecimento após a apreensão do mesmo; a feitura do
Trabalho de Conclusão de Curso é dotada claramente de uma dimensão
prática, afinal opera com a organização do raciocínio lógico voltada ao
desenvolvimento de uma argumentação em torno de um tema definido pelo
aluno – ou seja, é o momento em que o discente faz um exercício prático de
construção de um texto acadêmico a partir de uma análise específica.
É de grande importância aclarar, além disso, algumas questões de
extrema relevância que orientam a estruturação da matriz curricular do curso
de História. Primeiramente, deve-se dizer que, em concordância com a Lei n°
11.645 de 10/03/2008, resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, é
trabalhada de maneira substantiva no curso a temática História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena. Isso ocorre em diversas Unidades de Estudo,
significativamente nas seguintes: Prática de Ensino e pesquisa em História,
Brasil Colonial, América Colonial, História da África, Antropologia e
Pensamento social brasileiro. Mas é extremamente necessário ressaltar que
a organização da matriz curricular visando explorar esses temas de grande
importância no contexto educacional do país tem por objetivo não apenas
contextualizá-los e buscar construir em nossos alunos uma visão profunda e
crítica dos mesmos, mas também prepará-los para serem capazes de transmitir
essa visão na prática pedagógica da História e das demais Ciências Humanas.
76
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Outro ponto de relevância essencial no universo da prática pedagógica
hoje que deve ser mencionado é aquele associado à Educação Ambiental,
como definido expressamente pela Lei nº9795 de 27/04/1999, Resolução
CNE/CP nº02 de 15/06/2012. Primeiramente, deve-se dizer que, mediante a
dimensão que a temática ambiental adquiriu na atualidade, em que a questão
de como a humidade precisa interagir de forma (mais) harmônica com os
ecossistemas articula tanto a realização de relatórios, encontros e congressos
no nível internacional, quanto orienta a definição de políticas públicas, a
organização da sociedade civil e a temática de diversas pesquisas acadêmicas
no nível nacional, a própria noção de sustentabilidade, amplamente pensada
em conjunto com a de Educação Ambiental, é uma das competências gerais
que o projeto pedagógico da UNIFEOB objetiva desenvolver junto aos alunos,
de forma que ela será trabalhada de forma interdisciplinar. Ademais, há a
Unidade de estudo Formação econômica e territorial do Brasil, que
estabelece uma discussão pormenorizada da evolução da questão ambiental
no país, evidenciando a relevância da mesma no contexto atual e, dessa forma,
demonstrando como a ciência da necessidade da Educação Ambiental é uma
característica que a instituição visa sedimentar no imaginário de seus egressos.
Além disso, deve-se notar que uma questão que também é pensada de
forma plural na organização da matriz curricular é a ideia de educação
inclusiva, e como essa perspectiva se insere na valorização de um tema de
grande importância no contexto atual, o dos Direitos Humanos. A Unidade de
Estudo de Libras reflete esse esforço de maneira bastante ilustrativa. Mas,
mais do que isso, é decisivo salientar que o tema dos Direitos Humanos é
tratado em nosso cotidiano pedagógico a partir da ciência da necessidade de
que as instituições e os profissionais dedicados ao exercício da Educação se
pautem por uma trajetória que busque, além de compreendê-los e respeitá-los
profundamente, transmita a mensagem de quão importante é a sua difusão
para o exercício da cidadania no mundo de hoje. Além dessa disposição geral,
o tema é trabalhado de maneira específica em duas Unidades de Ensino:
História Europeia do século XX e Ciência Política.
77
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE HISTÓRIA LIC. - MODULAR- UNIFEOB - 2014
UNIDADES DE ESTUDO CARGA HORÁRIA
1º MÓDULO
ANTIGUIDADE ORIENTAL E CLÁSSICA 80
ANTROPOLOGIA 80
BRASIL COLONIAL 80
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
80
DIDÁTICA 80
TOTAL DE CARGA HORÁRIA 1º MÓDULO => 400
2º MÓDULO CARGA HORÁRIA
FORMAÇÃO ECONÔMICA E TERRITORIAL DO BRASIL
80
HISTÓRIA DA ÁFRICA 40
HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA 40
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
80
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
80
PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO 80
TOTAL DE CARGA HORÁRIA 2º MÓDULO => 400
3º MÓDULO CARGA HORÁRIA
FILOSOFIA ANTIGA E MEDIEVAL
80
HISTÓRIA MEDIEVAL 80
PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL 80
SOCIEDADE E EDUCAÇÃO (EAD)
80 h/r
SOCIOLOGIA GERAL
80
TOTAL DE CARGA HORÁRIA 3º MÓDULO=> 400
4º MÓDULO CARGA HORÁRIA
BRASIL IMPERIAL 80
FILOSOFIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA
80
HISTÓRIA MODERNA 80
PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO 80
PSICOLOGIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM 80
TOTAL DE CARGA HORÁRIA 4º MÓDULO=> 400
5º MÓDULO CARGA HORÁRIA
AMÉRICA COLONIAL 80
78
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
CIÊNCIA POLÍTICA
80
FORMAÇÃO DO ESTADO REPUBLICANO BRASILEIRO
80
HISTÓRIA DA ÁSIA 40
HISTÓRIA EUROPEIA DO SÉCULO XIX 80
LIBRAS EAD
80
PRÁTICA DE ENSINO E PESQUISA EM HISTÓRIA 40
TOTAL DE CARGA HORÁRIA 5º MÓDULO=>
480
6º SEMESTRE CARGA HORÁRIA
AMÉRICA INDEPENDENTE
80
BRASIL REPUBLICANO CONTEMPORÂNEO
80
CULTURA E PATRIMÔNIO 40
HISTÓRIA EUROPEIA DO SÉCULO XX 80
HISTORIOGRAFIA GERAL
80
PRÁTICA E METODOLOGIA DE ENSINO EM HISTÓRIA 60
TOTAL DE CARGA HORÁRIA 6º MÓDULO=> 420
Total de carga horária – teoria e prática 1950 horas-aula + 160 horas-relógio
2110 (horas-relógio)
Estágio Supervisionado 400
Atividades Acadêmicas Culturais 200
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 120
TOTAL 2830 horas
INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR
MÍNIMO: 3 ANOS
MÁXIMO: 5 ANOS
8.2 NÚCLEO BÁSICO, NÚCLEO ESPECÍFICO E NÚCLEO
COMPLEMENTAR
Para que seja possível a realização dos objetivos o presente curso está
estruturado de maneira que seus conteúdos contemplem a formação
profissional específica, a formação complementar interdisciplinar e a formação
de docentes para o Ensino Fundamental e Médio.
79
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Cabe ressaltar que os conteúdos mencionados são parâmetros, nos
quais os docentes devem embasar seus planos de unidade de estudo a fim de
que, cada uma possa contribuir para a formação do profissional que se deseja
formar.
Para além dos conteúdos, as metodologias e estratégias de aulas, bem
como das avaliações, também deverão compor um conjunto capaz de
contribuir para a formação do professor de História que se almeja. Assim, a
utilização de diferentes formas de linguagem e procedimentos didáticos, para
além dos conteúdos, deverá ser preocupação constante dos docentes do
UNIFEOB.
Deve-se ainda ressaltar que, mais do que apresentar conteúdos
“acabados”, os docentes do UNIFEOB devem despertar o interesse pela
pesquisa, enfatizando a importância da construção do conhecimento,
desenvolvendo em seus alunos a capacidade de buscar informações e, mais
do que isso, a consciência da necessidade de capacitação e atualização
profissional constante.
8.2.1 NÚCLEO ESPECÍFICO
Com o objetivo de desenvolver no aluno a capacidade de conhecer e
problematizar as informações básicas referentes às diferentes épocas
históricas, usando concepções metodológicas para analisar as relações sócio-
históricas e a formação de diferentes relações de tempo e espaço, deve-se
enfatizar a construção do conhecimento em detrimento da busca por verdades
“acabadas”. A História deve ser vista como produção social do conhecimento e
não como mera realidade factual.
Assim, sugere-se um debate acerca da História como produção de
conhecimento, apresentando suas principais correntes historiográficas, teorias
e métodos de estudo em História para que, a partir daí, ocorra uma reflexão
dos aspectos básicos da história enquanto disciplina científica, destacando
seus principais aspectos teóricos e metodológicos e a intervenção do
historiador na produção do conhecimento histórico.
80
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
A partir da conscientização de que o objeto do conhecimento histórico é
movimento, a abordagem dos diversos períodos históricos torna-se essencial.
Em Brasil Colonial, há a Discussão sobre os principais temas relacionados à
Historiografia do Brasil Colônia, a partir de obras clássicas, trabalhos recentes
e documentos históricos, além da Africanidade e história indígena. Em
Antiguidade Oriental e Clássica, trabalha-se com análise da historiografia
clássica e contemporânea a respeito da Antiguidade Oriental e Clássica para o
trabalho docente no Ensino Básico.
Com a unidade de estudo de Historiografia Brasileira, há a abordagem
sobre Historiografia e projetos de construção da nacionalidade, com os
principais autores, diálogos e perspectivas interpretativas sobre o Brasil. Em
História da África, refletimos sobre o estudo da história do continente africano,
com intuito de oferecer subsídios para a desconstrução de ideias e noções
estereotipadas de uma África tribal, arcaica e sem história.
História Medieval também é uma unidade de estudo que trata da
análise dos processos históricos constitutivos e característicos da sociedade
medieval, abordando as diferentes fases que marcaram seu desenvolvimento.
Em Brasil Imperial, lidamos com a abordagem da História social e cultural do
Brasil entre 1808 e 1889, com Análise crítica dos processos econômicos e
políticos do Brasil no século XIX com ênfase na formação do Estado e da
Nação.
História Moderna é nossa unidade voltada para o estudo da
constituição e características da sociedade moderna (séculos XV - XVIII) por
meio da revisão crítica da historiografia sobre o período e da análise de
documentos. Em História da América Colonial há Estudo da História da
América, com destaque para a história das civilizações ameríndias, e o Período
Colonial.
Há a reflexão sobre o Brasil Republicano Contemporâneo, com a
reflexão sobre a produção historiográfica a respeito da concretização do
capitalismo no Brasil, dando ênfase ao Estado Nacional, a partir do
mapeamento do um conjunto de obras centradas no populismo na ditadura
militar e no processo de abertura política. Cultura e Patrimônio, unidade
81
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
direcionada ao estudo do patrimônio, do monumento como expressão
patrimonial, e das definições de patrimônio histórico e patrimônio cultural.
Desenvolvemos as discussões sobre História Europeia do Século XX
– Estudo da constituição e características da sociedade contemporânea a partir
dos anos 1910 passando pelo final da II Guerra Mundial, Guerra Fria, Queda
do Muro de Berlim. Historiografia Geral, nossa unidade que trata de Teoria da
História, estudo das tendências da historiografia, a partir de obras clássicas e
recentes, com análise crítica dos debates teóricos sobre a História.
Também contamos com unidade de História da Ásia, uma Reflexão
sobre a história do continente asiático, priorizando os séculos XIX e XX. Com
ênfase em extremo oriente e oriente médio. História Europeia do Século XIX ,
voltada para o estudo da constituição e características da sociedade europeia
(século XIX), por meio da revisão crítica da historiografia sobre o período e da
análise de documentos.
Além de Formação do Estado Republicano Brasileiro, uma reflexão
sobre produção historiográfica sobre a constituição da república no Brasil,
centradas nas primeiras décadas do período republicano e do período
varguista. E finalmente América Independente, com o estudo sobre a
historiografia da América Contemporânea, por meio da análise de documentos
e da revisão da historiografia.
Acredita-se que a partir das temáticas elencadas acima, o curso de
História, em seu núcleo específico, proporcione ao aluno uma formação
instrumental teórica, conceitual e metodológica necessárias ao
desenvolvimento de suas atribuições como profissional, além de proporcionar
uma visão mais ampliada e crítica da realidade e, desta forma, o capacitando
para o exercício de uma cidadania mais consciente.
8.2.1.1 Ementas e bibliografias básicas do núcleo específico
Brasil Colonial – 80h
82
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Ementa:
Este unidade de estudo pretende introduzir os alunos nos principais temas e debates
da historiografia sobre a Colônia. Através da análise de obras clássicas, trabalhos
recentes e de documentos históricos, buscar-se-á estabelecer diferentes análises
sobre a sociedade colonial e sobre as múltiplas experiências e práticas que se
processaram entre colonos e colonizadores, dando especial ênfase a duas
temáticas: as relações concatenadas entre colonizadores e indígenas e de que
forma as mesmas moldaram a apreensão e a inserção do índio na sociedade
brasileira; e a dimensão que as relações escravistas engendradas pelo contrabando
de povos africanos ao Brasil Colônia desempenharam nesse momento da história do
país e de que forma a mesma estabeleceu o início da questão racial no Brasil.
Bibliografia básica
FRAGOSO, João, FLORENTINO, Manolo, FARIA, Sheila de Castro. A Economia
Colonial Brasileira (Séculos XVI-XIX). São Paulo: Atual, 1998.
NOVAIS, Fernando (dir). História da Vida Privada no Brasil – Colônia. São Paulo:
Cia das Letras, Vol. I, 1997.
MELLO, E C. Rubro Veio – o imaginário da Restauração Pernambucana, Rio de
Janeiro, Nova Fronteira, 1986.
SOUZA, L. M. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII, Rio de
Janeiro: GRAAL, 1982.
_________________________________________________________________
Brasil Imperial – 80h
Ementa:
O foco desta unidade de ensino é a abordagem da História social do Brasil entre
1808 e 1889. Nesse sentido, será realizada uma análise crítica dos processos
econômicos e políticos do Brasil no século XIX com ênfase na formação do Estado e
da Nação e no papel extremamente relevante que a realidade das relações
escravistas da época desempenhou nesses processos e na própria construção da
sociedade brasileira que emergia contemporaneamente aos mesmos. Para tanto,
será feita tanto uma apreciação da historiografia do Brasil Imperial, quanto uma
análise de revisões historiográficas contemporâneas sobre o período.
83
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Bibliografia básica:
CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: Uma História das Últimas Décadas da
Escravidão na Corte. São Paulo: Cia das Letras, 1990.
OLIVEIRA, C.H.de SALLES. 7 de setembro de 1822: A independência do Brasil. São
Paulo:Cia Editora Nacional, 2005.
SCHWARZ, L.M. As barbas do Imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
São Paulo: Cia das Letras, 1998.
Historiografia brasileira – 40h
Ementa:
Esta unidade de ensino visa compreender em suas linhas gerais a escrita da História
no Brasil. Com esse objetivo, abordará os principais autores, diálogos e perspectivas
interpretativas sobre o Brasil estabelecidos pela Histografia nacional; a relação entre
a Historiografia brasileira e os projetos de construção da nacionalidade; a
organização e a disciplinarização do conhecimento histórico no país; e a produção e
os debates atuais na Historiografia Brasileira.
Bibliografia básica:
NOVAIS, Fernando. Aproximações. Estudos de história e historiografia. São Paulo:
Cosac Naify, 2005.
REIS, J C. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: FGV,
2000.
REGO, J M e MORAES, J G V. Conversa com historiadores brasileiros. São Paulo:
Ed. 34, 2004.
ANTIGUIDADE ORIENTAL E CLÁSSICA – 80H
EMENTA
Análise da historiografia contemporânea a respeito da Antiguidade Oriental e
Clássica nos seus âmbitos econômicos, sociais e políticos. A unidade de estudo visa
84
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
introduzir os alunos no estudo da Antiguidade Oriental e Clássica de forma a
prepará-los apropriadamente para o ensino na Educação Básica a partir do
desenvolvimento e produção de estratégias e de métodos didáticos.
Bibliografia Básica
GUARINELLO, Norberto Luiz. Imperialismo greco-romano. São Paulo: Ática, 1988.
JOÃO, Maria Thereza David, Tópicos de História Antiga Oriental, São Paulo: IBPEX,
2012.
JOLY, Fábio Duarte. A escravidão na Roma Antiga. São Paulo: Alameda, 2005.
História Medieval- 80h
Ementa
A unidade de estudo objetiva desenvolver uma análise dos processos históricos
constitutivos e característicos da sociedade medieval, abordando as diferentes fases
que marcaram seu desenvolvimento, desde o seu período formativo (séculos V - X),
passando pela Idade Média Central (séculos XI – XII) e chegando à Baixa Idade
Média (séculos XIV – XV). É importante salientar que o conteúdo será desenvolvido
de forma a que se reflita sobre como trabalhá-lo de forma eficaz e coerente nos
Ensinos Fundamental e Médio.
Bibliografia Básica
FRANCO Jr., Hilário. O Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1996.
LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de idade media: Tempo, trabalho e
cultura no ocidente. Lisboa: Estampa, 1993.
LEWIS, D. L. O Islã e a Formação da Europa – 570 a 1215, São Paulo: Amarilys,
2010.
História da África – 40h
Ementa
85
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
A proposta da unidade de estudo é oferecer subsídios para a desconstrução de
ideias e noções estereotipadas de uma África tribal, arcaica e sem história. Serão
analisados os debates sobre pan-africanismo e o processo de formação dos Estados
Nacionais africanos. Além disso, procurar-se-á estabelecer uma relação entre a
construção do estereótipo sobre a África tribal e arcaica e os processos de
escravatura que estão associados a diversos povos do continente, refletindo sobre
como o papel de dominação vivenciado pelo escravo negro se vincula a essa visão
estereotipada.
Bibliografia Básica
APPIAH, Kwame Anthony. Na Casa de meu pai. A África na filosofia da cultura. Rio
de Janeiro, Contraponto, 1997, pp. 19-51.
COSTA E SILVA, Alberto da. A enxada e a lança. A África antes dos portugueses.
Rio de Janiero: Nova Fronteira; São Paulo: EDUSP, 1992.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: Visita à história contemporânea.
SP: Selo Negro, 2005.
_________________________________________________________________
América Colonial – 80h
Ementa
A unidade de ensino pretende estabelecer um estudo da História da América, com
destaque para os períodos Pré-Colombiano e Colonial, por meio da análise de
documentos e da revisão da historiografia. Os temas serão trabalhados sempre de
modo a buscar desenvolver nos alunos a competência para aplicá-los corretamente
nos processos de aprendizagem próprios aos Ensinos Fundamental e Médio.
Bibliografia Básica:
KARNAL, L. Estados Unidos: a formação da nação 5 ed., São Paulo: Contexto,
2012.
SEED, Patricia. Cerimônias de posse na conquista europeia do novo mundo (1492-
1640). São Paulo: Editora UNESP, 1999.
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. 3a ed. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
86
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
América Independente – 80h
Ementa:
Nesta unidade de ensino será desenvolvida uma análise densa da História da
América nos séculos XIX e XX, por meio da análise de documentos e da revisão da
historiografia acerca dos principais processos que se desenrolam no período. O
conteúdo será abordado de forma a que se tente estabelecer nos alunos a
competência para aplicá-lo de forma apropriada de acordo com os processos de
aprendizagem peculiares dos Ensinos Fundamental e Médio.
Bibliografia Básica:
BETHELL, L. História da América Latina, volume 2, São Paulo: EDUSP, 1999.
FERREIRA, Jorge (org.) O populismo e sua história. Civilização Brasileira. 2001.
KARNAL, L [et al]. História dos Estados Unidos: das origens ao século XX, São
Paulo: Contexto, 2012.
_________________________________________________________________
História da Ásia – 40h
Ementa:
A unidade de ensino apresenta-se como espaço de reflexão sobre a história do
continente asiático, priorizando os séculos XIX e XX. A ênfase das discussões a
serem realizadas recairá no extremo oriente e no oriente médio. Deve-se ressaltar
que o conteúdo será trabalhado de forma a que se reflita sobre como abordá-lo de
forma eficaz e coerente nos Ensinos Fundamental e Médio.
Bibliografia Básica:
SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São
Paulo:Companhia das Letras, 2007.
HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Cia. Das Letras, 2001.
ORTIZ, Renato O próximo e o distante: Japão e modernidade-mundo. São Paulo:
Brasiliense, 2000.
87
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
História Moderna – 80h
Ementa:
A unidade de estudo refere-se à constituição e às características da sociedade
moderna (séculos XV - XVIII), buscando compreendê-las por meio da revisão crítica
da historiografia sobre o período e da análise de documentos. Nesse processo, visa-
se estabelecer uma visão crítica desses processos modernos, de forma que a sua
compreensão permita uma construção rica e elaborada do processo de ensino dos
mesmos.
Bibliografia Básica:
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro
perseguido pela inquisição. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.
THOMPSON E. P. Formação da Classe Operária, 3 volumes. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1989.
História Europeia do século XIX – 80h
Ementa:
O Estudo da constituição e das características da sociedade europeia (século XIX),
por meio da revisão crítica da historiografia sobre o período e da análise de
documentos, é o intuito desta unidade de ensino. É importante salientar que a
análise do período se fará de maneira a buscar estabelecer uma visão crítica de
como os processos históricos da Europa no período contribuíram para a
configuração social, econômica e política do mundo no século XX.
Bibliografia Básica
FURET, François. Pensando a Revolução Francesa. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1989.
HOBSBAWM, Eric J. A Era do Capital. 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1977.
_____. A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
88
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
PERROT, Michelle. Os Excluídos da História: Operários, mulheres e prisioneiros. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
Cultura e Patrimônio – 40 h
Ementa:
A unidade de ensino visa evidenciar como o Patrimônio configura-se como um
campo de estudo. Para tanto, serão abordados os seguintes elementos associados a
essa ideia: o monumento como expressão patrimonial; do patrimônio histórico ao
patrimônio cultural; a Cultura e a preservação; a institucionalização das políticas de
preservação patrimonial no Brasil.
Bibliografia Básica:
ABREU, Regina; CHAGAS, Mário (Orgs.). Memória e Patrimônio: ensaios
contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014
MONTENEGRO, A. T. História, Metodologia e Memória, São Paulo, Contexto, 2010.
CHAGAS, Mário (Orgs.). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de
Janeiro: Lamparina, 2009.
História Europeia do século XX – 80h
Ementa:
A unidade de estudo tematiza a constituição e as características da sociedade
europeia contemporânea a partir dos anos 1910, passando pelo final da II Guerra
Mundial, pela Guerra Fria e pela queda do Muro de Berlim. Além disso, alguns temas
de extrema relevância para a compreensão do mundo contemporâneo serão
discutidos, como o Nacionalismo, o Imperialismo, o Colonialismo, e o Totalitarismo,
sempre tendo em mente como a discussão acerca dos Direitos Humanos os
perpassam.
Bibliografia Básica:
89
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
HOSBSBAWM, E. A Era dos Extremos: O Breve Século XX. 1914-1991. SP, Cia das
Letras, 2000.
GIDDENS, Anthony. O Estado-Nação e a violência. São Paulo: EDUSP. 2001.
NOVAES, Adauto. Civilização e barbárie. São Paulo: Companhia das Letras. 2004.
_________________________________________________________________
Formação do Estado Republicano Brasileiro – 80h
Ementa:
Situar os estudantes diante da produção historiográfica sobre a concretização do
capitalismo no país, dando ênfase à formação do Estado Nacional brasileiro. A
unidade de ensino tem também como característica mapear um conjunto de obras
centradas nas primeiras décadas do período republicano e no período varguista.
Dessa forma, pretende-se construir um entendimento criticamente embasado sobre
a história do capitalismo no Brasil de forma a que o mesmo possa ser a base para o
exercício docente futuro dos alunos.
Bibliografia Básica:
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a Republica que
não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
CASTRO, Celso. A Proclamação da República. Rio e Janeiro: Jorge Zahar, 2000
COSTA, Emilia VIOTTI da. Da Monarquia à Republica: momentos decisivos. 6 ed.
São Paulo: Ed. Brasiliense, 2007.
Brasil Republicano Contemporâneo – 80h
Ementa:
A unidade de estudo apresentará aos estudantes a produção historiográfica sobre a
realidade do Estado Nacional brasileiro em sua relação com os processos
sociopolíticos no Brasil do período republicano. Além disso, há o intuito de analisar
criticamente uma série de obras centradas no populismo na ditadura militar e no
90
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
processo de abertura política para que o aluno consiga debater os diferentes
pressupostos, temáticas e procedimentos de investigação que balizam a elaboração
destas produções historiográficas e servem de instrumental para o conhecimento
histórico.
Bibliografia Básica:
D’ARAÚJO, Maria Celina et alii. Visões do golpe: a memória militar sobre 1964. Rio
de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.
FERREIRA, Jorge (org.) O Populismo e sua história – debate e crítica. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
MENDONÇA, Sonia Regina de; Fontes, Virginia Maria, História do Brasil Recente
1964-1992, 5 ed, São Paulo: Ática, 2012.
Historiografia geral – 80h
Ementa:
Esta unidade tem como tema o estudo das tendências da historiografia: a análise
crítica dos debates teóricos sobre a História e o estudo e análise de textos
produzidos por historiadores sobre a História, em um exercício de história do tempo
presente, evidenciando-se suas contribuições teóricas à discussão epistemológica
recente sobre as práticas e reflexões históricas. Estes textos devem ser
compreendidos nos seus respectivos contextos, inseridos no momento histórico de
sua produção, de modo a refletir sobre o conceito de tempo histórico.
Bibliografia Básica
BARROS, J. Teoria da História (5 volumes) , Petrópolis: Vozes, 2011.
BURKE, P. A escola dos Annales: a revolução francesa da historiografia. São Paulo:
UNESP, 1997.
DUBY, Georges. A história continua. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
CARDOSO, C. F. & VAINFAS, R. [ORGS.] Domínios da História: Ensaios de teoria e
metodologia. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 1997.
91
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
8.2.2 NÚCLEO COMPLEMENTAR
Como forma de proporcionar aos egressos do curso de licenciatura em
História conhecimentos teórico-práticos das demais áreas das Ciências
Humanas e suas Tecnologias, bem como a capacidade de elaborar projetos e
trabalhar em equipes multidisciplinares, atendendo também a especificidade
regional do mercado de trabalho que demanda profissionais com habilidade
para lecionar Sociologia ou História, acredita-se ser importante os conteúdos
complementares, conforme segue.
Visando capacitar o profissional a ser formado para a leitura e
interpretação do espaço geográfico, acredita-se ainda ser importante o debate
das diversas concepções teóricas presentes na Geografia, bem como a
discussão de conceitos caros à disciplina como, por exemplo, os conceitos de
Espaço, Território, Paisagem, Lugar e Região, que também abarcam um
debate relacionado à sustentabilidade e à consciência ambiental.
Ainda, para a maior compreensão da amplitude Ciência Geográfica, é
necessária uma apresentação de seus diversos ramos, como por exemplo, a
Geografia Física, a Geografia Humana, a Geografia Política, dentre outras.
É evidente que a compreensão da Geografia enquanto disciplina científica
apenas se completa com o debate dos diversos métodos de análise geográfica,
passando pela discussão da relação espaço-natureza e espaço-homem e
apresentando-se temas de Geografia Aplicada.
Em Formação econômica e territorial do Brasil, há O estudo sobre a
reorganização produtiva do território brasileiro. O estudo sobre o Meio
Ambiente e os desafios da sustentabilidade. As novas hierarquias territoriais no
período da globalização.
A Filosofia também compõe o núcleo de formação específica, com duas
unidades de estudo. Filosofia Antiga e Medieval, com a história do início da
Filosofia Ocidental, como o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga, da
filosofia cristã no contexto do helenismo e o desenvolvimento da escolástica. E
92
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Filosofia Moderna e Contemporânea, que conta com a reflexão sobre as
origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade, a ruptura com a
tradição racionalista e a problemática filosófica do século XX.
Da mesma maneira, na área das Ciências Sociais, tanto no que diz
respeito à Sociologia, como à Antropologia e à Ciência Política, as diversas
perspectivas teóricas e explicativas da realidade social deverão ser abordadas
como forma de despertar no aluno de História a percepção de que o
conhecimento não está dado, ao contrário, é construído cotidianamente, e que,
portanto, mais do que ser capaz de apreender “verdades” científicas, deve-se
ter a habilidade de buscar informações, interpreta-las, sistematiza-las e tecer
relações.
Em Antropologia Geral, são tratados os conceitos gerais sobre a
Antropologia, tais como História do Pensamento Antropológico, Etnocentrismo
e Relativismo. Com a unidade Pensamento Social Brasileiro, há o estudo
sobre as diferentes correntes de pensamento social no Brasil, com os
processos de sistematização e institucionalização das diversas interpretações
sobre o Brasil e sobre o ser brasileiro. Em Sociologia Geral, há as reflexões
sobre a identificação da cientificidade e aplicabilidade da Sociologia, conceitos
básicos da disciplina. E finalmente Ciência Política, com estudo sobre as
sociedades políticas, a origem e formação do Estado, e a sua evolução
histórica.
Assim, o debate acerca das principais correntes teóricas da Sociologia
do século XX, bem como as categorias integrantes do pensamento social
contemporâneo e a compreensão da Sociologia como ciência, contribuem para
a apreensão da dinâmica da realidade social. Além disso, temas como
globalização, mundialização, modernidade e pós-modernidade auxiliam a
compreensão de processos sociais contemporâneos e contribuem para a
compreensão das transformações, cada vez mais rápidas, das relações sociais
em seus mais amplos aspectos.
As reflexões acerca da contemporaneidade não podiam prescindir das
relações de poder. Assim, a compreensão da Política enquanto ciência, a partir
das diferentes correntes do pensamento político contribui para o debate de
93
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
questões emergentes como a Democracia, os Direitos Humanos, a
Participação Política, os Sistemas Eleitorais, entre outros.
Além disso, a compreensão do liberalismo político e de sua presença no
Brasil, o contraponto marxista e o neoliberalismo são temas relevantes para a
compreensão da estrutura política brasileira.
Ainda como forma de oferecer elementos necessários à compreensão
das diversas áreas das Ciências Humanas, avalia-se ser necessária uma
introdução ao quadro conceitual Antropológico, temático e metodológico
caracterizando, de forma sintética, o campo de atuação e a prática
antropológica enquanto disciplina científica. A especificidade conceitual do
discurso antropológico sobre o "outro", a crítica ao evolucionismo e a relação
entre natureza e cultura; e as noções de cultura e diversidade cultural como
fundamentos da alteridade entre pesquisador (antropólogo) e objeto (o outro),
são temas relevantes. Da mesma maneira, objetiva-se a apresentação da
Antropologia como ciência e, portanto, o conhecimento de seus principais
autores, teorias e métodos contribuem para que o aluno apreenda a dinâmica
do desenvolvimento da disciplina e torne-se autônomo na busca por novos
conhecimentos e conceitos necessários durante sua atuação profissional.
Em tempos de profundas transformações sociais e consequentemente
das formas do pensar, reflexões acerca da ação e do conhecimento, da crítica
da modernidade, entre outros temas nos remetem à possibilidade da
investigação sobre os fundamentos da realidade. Atualidade da filosofia salta
aos olhos e a habilidade de refletir acerca dos principais problemas filosóficos
faz-se necessária. Assim, o debate de temas como, por exemplo, moral, ética,
liberdade, direito, cidadania, entre outros são importantes.
Como forma de despertar as habilidades para a investigação, despertar
hábitos de leitura e de estudo, avalia-se ser importante o conhecimento dos
princípios teóricos que caracterizam o conhecimento científico. Além disso, a
discussão de procedimentos técnicos e metodológicos do trabalho científico,
bem como à elaboração de projetos de pesquisa e/ou ensino articulados com
as demais unidades de estudo do curso e o perfil do egressante, é
fundamental, são tratados em Metodologia Científica, com iniciação
94
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
metodológica ao trabalho intelectual. Princípios básicos para a elaboração de
trabalhos acadêmicos em geral.
Obviamente, parte importante para a realização de trabalhos de
investigação é o conhecimento das formas adequadas de expressão e
organização para um correto planejar, implementar, executar, acompanhar e
finalizar trabalhos científicos. E a unidade de Comunicação e Expressão em
Língua Portuguesa, compõe esta formação com os aspectos que circundam o
processo comunicativo, voltados para o nivelamento para comunicação oral e
escrita.
8.2.2.1 Ementas e Bibliografias Básicas do Núcleo Complementar:
Pensamento social brasileiro – 80h
EMENTA:
A unidade de estudo tratará da contribuição dos autores de diferentes correntes de
pensamento para a formação do pensamento acadêmico e intelectual no país. Serão
examinados os processos de sistematização e institucionalização das diversas
interpretações sobre o Brasil e sobre o ser brasileiro. Além disso, serão evidenciadas
as diversas áreas do saber nacional que refletem sobre a africanidade na formação
da sociedade brasileira.
Bibliografia Básica:
FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Record, 2000.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 34ª edição. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2000.
WEFFORT, Francisco C.. Formação do Pensamento Político Brasileiro.; São Paulo:
Editora Ática, 2006.
Antropologia – 80h
95
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Ementa:
A unidade de estudo abordará uma série de temas visando introduzir o pensamento
antropológico e os principais conceitos dessa área do saber. Para tanto, serão
abordados: história do pensamento antropológico; etnocentrismo e relativismo;
conceito antropológico de cultura; etnocentrismo e indigenismo no Brasil; cultura
brasileira e identidade nacional; cultura brasileira e africanidade; organização social
e relações de gênero; diversidade cultural e Educação; cultura e política no mundo
contemporâneo; o método etnográfico; Etnografia e Educação; identidade e relações
inter-étnicas; Antropologia e História; Antropologia Brasileira; as relações de classe,
gênero e etnia no Brasil atual.
Bibliografia Básica:
CLIFFORD. James. A experiência etnográfica.: Antropologia e Literatura no século
XX. Rio de Janeiro, UFRJ, 1988.
GEERTZ, C. Uma nova luz na Antropologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor,
2001.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito antropológico. 13 ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
Formação econômica e territorial do Brasil - 80h
Ementa:
A formação social como categoria e como método na geografia. As transformações e
a sucessão dos meios geográficos no Brasil: do meio natural ao meio técnico-
científico informacional. A mecanização do espaço e o processo de integração do
território nacional. A constituição do meio técnico-científico informacional e a
reorganização produtiva do território. A economia política do território e os novos
usos do território brasileiro no período da globalização. A questão ambiental como
um novo paradigma para a reflexão sobre o território no Brasil (e no mundo) atuais: a
importância da Educação Ambiental neste contexto.
96
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Bibliografia Básica:
HASBAERT, R. Territórios Alternativos. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2012.
SEABRA, O. et. Al. Territórios e sociedade: Entrevista com Milton Santos. 2. Ed. São
Paulo.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século
XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Sociologia geral – 80h
Ementa:
Identificação da cientificidade e aplicabilidade da Sociologia, contexto do seu
surgimento, conceitos básicos da disciplina e a contribuição dos seus teóricos
clássicos e contemporâneos. Análise da estrutura das sociedades e da ação social e
a sua articulação no processo de preservação e transformação das instituições e dos
comportamentos sociais. Apresentação de elementos conceituais da Sociologia
capazes de auxiliar na interpretação de fenômenos sociais contemporâneos e na
produção de discussões sociológicas atuais, como as questões ligadas à
preservação dos ecossistemas e as associadas às novas e antigas formas de
discriminação e preconceito.
Bibliografia Básica:
ALVES DE LIMA, Ricardo Rodrigues & Ramos e Silva, Ana Carolina. Introdução à
Sociologia de Max Weber. Curitiba: Intersaberes, 2012.
FERREOL, Gilles; Noreck, Jean-Pierre, Introdução Sociologia, São Paulo: Ática,
2012.
RODRIGUES, José Albertino (org.). Durkheim: sociologia. São Paulo: Ática, 2008.
Filosofia Antiga e Medieval – 80h
Ementa:
97
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
O surgimento da Filosofia na Grécia Antiga; os filósofos pré-socráticos; Sócrates os
sofistas; Platão; Aristóteles e o sistema aristotélico; o helenismo e suas principais
correntes: estoicismo, epicurismo e ceticismo; o surgimento da filosofia cristã no
contexto do helenismo; o desenvolvimento da escolástica; a filosofia árabe; São
Tomás de Aquino e o aristotelismo cristão; Guilherme de Ockham e a crise da
escolástica; as origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade.
Bibliografia Básica:
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editoria Ática, 1995.
_____. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Volume I. 2
ed., São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a
Wittgenstein. 6 ed., Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2001.
Filosofia Moderna e Contemporânea – 80h
Ementa:
A unidade de estudo tem por objetivo discutir uma série de temas e autores visando
estabelecer entendimentos e reflexões acerca da filosofia e do pensamento
modernos e contemporâneos: as origens do pensamento moderno e a ideia de
modernidade; Descartes e o Empirismo; racionalismo pós-cartesiano; liberalismo e
iluminismo; Kant; Hegel; Marx; ruptura com a tradição racionalista; a problemática
filosófica do século XX.
Bibliografia Básica:
GALLO, Sílvio (coord.), Ética e Cidadania caminhos da filosofia elementos para o
ensino de filosofia 10 ed., São Paulo: Papirus, 2012.
MATTAR, J. Filosofia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
NUNES, Benedito. Filosofia Contemporânea. Belém: EDUFPA, 2004
98
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
__________________________________________________________________
Ciência Política – 80h
Ementa:
A unidade de estudo abordará uma série de temas visando desenvolver uma visão
geral sobre a noção de política e sua importância para a organização social do
homem. Dentre eles, podemos destacar os subsequentes. A origem da sociedade. A
sociedade e seus elementos característicos. Finalidade social. Ordem social e ordem
jurídica. O poder social. As sociedades políticas. Origem e formação do Estado.
Evolução histórica do Estado. Soberania, território e povo. Finalidade e funções do
Estado. O poder do Estado. Conceito de Estado. Personalidade jurídica do Estado.
Estado, Direito e Política. Estado e Nação. Mudanças do Estado por reforma e
revolução. Estado moderno e democracia. Democracia direta. Representação
política. O sufrágio. Sistemas eleitorais. O Estado constitucional. As declarações de
direitos, as normas de direitos humanos e sua importância no contexto do mundo
atual. A separação de poderes e as funções do Estado. Formas de governo. O
parlamentarismo. O presidencialismo. Tendências do governo no Estado
contemporâneo. O Estado federal. Problemas do Estado contemporâneo.
Bibliografia Básica:
ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Teoria geral do Estado. São Paulo: Manole: 2010.
CHAUI, Marilena. Cultura e democracia: O discurso competente e outras falas. 8.ed.
São Paulo: Cortez, 2000.
NERES, Geraldo Magella. Política e economia: a intepretação gramsciana de
Maquiavel. Curitiba: Intersaberes, 2013.
Comunicação e expressão em língua portuguesa – 80h
Ementa:
A unidade de estudo Investiga aspectos que circundam o processo comunicativo,
revelando, por um lado, os mecanismos que regem a produção, a veiculação e a
apreensão de textos, bem como os fatores culturais, históricos e ideológicos que
99
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
decorrem desses fenômenos e/ou os influenciam, e, por outro, discutindo relações
entre os fundamentos pertinentes ao universo da linguagem e ao cenário educativo.
Além disso, visa apresentar instrumentos de análise linguística que viabilizem o
emprego de modalidades diferenciadas da fala, da leitura e da escrita, tomadas
como processo discursivo e como instâncias de produção de conhecimento.
Bibliografia Básica
ABREU, A. S Curso de redação. 12. ed. São Paulo: Ática.2006
CITELLI, A. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione.1994.
KLEIMAN. e MORAES, S. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos
da escola. Campinas: Mercado de Letras.2002.
_________________________________________________________________
Metodologia Científica – 80h
Ementa:
A unidade de estudo visa apresentar uma Iniciação metodológica ao trabalho
intelectual que é esperado dos alunos na universidade. Nesse intuito, tematiza os
princípios básicos para a elaboração de trabalhos acadêmicos em geral, como: a
linguagem dissertativa acadêmica, a apresentação de seminários, as anotações em
aulas e palestras, a realização de resumos, resenhas e fichamentos e a elaboração
de artigos e de trabalhos de conclusão de curso. Na apresentação desse conteúdo,
enfatiza a responsabilidade do intelectual diante da produção de conhecimento,
mostrando as relações entre propriedade intelectual e plágio e reiterando a
necessidade da realização de citações quando se utiliza o conhecimento construído
por outros e a técnica correta para a feitura das mesmas.
Bibliografia básica:
DE CARVALHO, Maria Cecilia M. Construindo O Saber: Técnicas de Metodologia
Científica Campinas: Papirus Editora, 1989.
DEMO, Pedro. Metodologia da investigação em educação. Curitiba: Intersaberes:
2013.
SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 22ed. São Paulo: Cortez. 2002
100
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
8.2.3 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES
Ao considerar o fato de que o objetivo principal do presente curso é
formar educadores na área de História, o conjunto de conteúdos sugerido a
seguir é de extrema importância.
Assim, os debates acerca do que é aprendizagem se sua natureza das
diversas situações de ensino/aprendizagem, da motivação para a
aprendizagem, bem como o conhecimento dos princípios da aprendizagem na
visão dos psicólogos modernos, tornam-se relevantes. Da mesma maneira, a
compreensão do processo de desenvolvimento humano em seus diversos
aspectos (físico e psicomotor, cognitivo, linguístico, afetivo e social) e as
principais teorias que os explicam, é necessária.
Discutir o papel do professor em uma sociedade em transformação, a
profissão docente, bem como a caracterização geral de aspectos do trabalho
em sala de aula é primordial quando se trata de formar professores. Isso deve
incluir os debates das principais teorias da educação, bem como as
considerações pedagógicas acerca da “crise educacional”. Além disso, o
estudo dos aspectos teórico-práticos do planejamento em seus vários níveis
(currículo, unidade, aula), bem como das implicações do planejamento no
cotidiano do professor é fundamental.
Para a melhor compreensão dos mais variados aspectos relacionados à
educação é de fundamental importância a reflexão acerca a contribuição das
filosofias antiga, medieval e moderna para uma análise crítica da educação.
Assim, a análise de textos e autores da filosofia moderna e contemporânea, em
suas interlocuções com o campo da educação e das teorias pedagógicas do
século XX contribuirá para a formação do professor de História.
As reflexões acerca do papel do professor, bem como do processo de
aprendizagem, devem ser complementadas pelos debates acerca das relações
entre educação e sociedade através da sociologia. Portanto, a unidade de
estudo Sociedade e Educação, analisa a mesma como um processo e técnica
social, como a função conservadora versus função libertadora da educação.
101
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Além de Organização da Educação Básica, que conta com o estudo da
organização da educação básica brasileira: dimensões históricas, políticas,
sociais, econômicas e educacionais.
Assim, deve-se destacar o estudo das concepções teóricas sobre a
educação no discurso dos autores clássicos das Ciências Sociais e das
principais correntes contemporâneas que analisam as relações entre educação
e sociedade numa perspectiva sociológica, em continuidade ou em ruptura com
as teorias sociológicas clássicas. Dessa forma, temas como: currículo,
processos de socialização não escolar, relação entre economia; trabalho e
educação; desigualdade e diversidade; sistema educativo e escola, reformas
educacionais, entre outros, tornam-se relevantes. Ainda, como forma de
complementar a formação do professor, é necessário refletir não apenas
acerca do conceito de educação, mas também, acerca da reforma do ensino no
contexto da política nacional de educação e dos conceitos, objetivos, funções,
origens, evolução, organização, funcionamento, tendências e perspectivas dos
níveis de ensino Fundamental e Médio.
Certamente todos esses conhecimentos pedagógicos serão mais bem
absorvidos pelos futuros professores de História se, juntamente com os
estudos teóricos, forem desenvolvidas atividades práticas. A teoria e a prática,
no contexto deste projeto pedagógico, são vistas como um todo dialeticamente
estruturado e, necessariamente, devem se complementar. Assim, as Atividades
de Prática de Ensino serão desenvolvidas desde o primeiro semestre letivo e
proporcionar o entendimento do espaço escolar como uma construção
sociocultural e política. Como em Didática, unidade de ensino de Prática, em
que se discute a estruturação do trabalho docente, relacionada às
competências e habilidades de aprendizado e ensino.
O aluno deverá compreender ainda as relações internas e externas: os
múltiplos sujeitos, procedendo à observação direta sobre as estruturas
administrativas e pedagógicas da escola e reconhecendo as diversas
atividades escolares. Outros temas também serão parte constitutiva das
atividades de prática de ensino, como por exemplo, as trajetórias da formação
102
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
docente, Educação e alteridade, as representações sociais, a educação em
construção contínua e Escola e cotidiano.
E, como parte fundamental da formação do professor de História,
deverão ser discutidos temas relacionados ao seu ensino da História. Prática
de Ensino de História no Ensino Fundamental e Prática de Ensino de História
no Ensino Médio, ambas com a prática de ensino no seu objetivo de
oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e
pesquisa, junto aos alunos e professores de História do Ensino Médio.
Assim, temas como Prática de pesquisa em História, o Estudo dos
princípios epistemológicos que norteiam o processo do ensino/aprendizagem
em História. E Teoria e metodologia do ensino de História, explicação e
análise de experiências metodológicas no ensino da História, construção de
metodologias alternativas para o ensino da História no ensino Fundamental e
Médio são de extrema urgência.
Este núcleo também conta com as unidades Psicologia da
Aprendizagem e do Desenvolvimento, vital à formação do futuro professor,
que aborda o estudo dos processos de mudanças psicológicas, como o
desenvolvimento das pessoas, dos processos de crescimento e suas
experiências vitais significativas. E Libras, que tratado dos Aspectos sobre a
educação de surdos, línguas de sinais, a história e a aquisição da escrita pelo
surdo, de acordo com a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281
de 25 de junho de 2002.
8.2.3.1 Ementas e Bibliografias Básicas do Núcleo de Formação de
Educadores
Didática – 80h
Ementa:
A unidade de estudo tem como tema a didática e sua importância no processo de
ensino-aprendizagem dentro e fora do âmbito escolar. Aborda o papel do professor
como profissional reflexivo e as tendências do pensamento pedagógico e suas
103
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
manifestações na prática escolar. Procura desenvolver nos alunos as competências
para a estruturação do trabalho docente: planejamento, métodos, conteúdos e
técnicas de ensino e avaliação. Reflete, ainda, sobre as competências e habilidades
para aprender e ensinar.
Bibliografia básica:
CORDEIRO, Jaime Francisco Parreira. Didática: contexto educação, São Paulo:
Contexto, 2012
DEMO, Pedro. Grandes Pensadores em Educação. O Desafio da Aprendizagem da
formação moral e da avaliação. São Paulo: Cortez, 2001.
GADOTTI, Moacir. Histórias das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Ática: 2005.
Organização da Educação Básica – 80h
Ementa:
Trabalha elementos que orientam o entendimento geral da organização da educação
básica brasileira em suas dimensões históricas, políticas, sociais, econômicas e
educacionais. Para tanto, aborda: a educação escolar na Segunda República, com o
“Manifesto dos Pioneiros da educação Básica”; as ideias educacionais dos anos de
1930; os Ideários Liberal, Católico, Integralista e Comunista; a Pedagogia de Paulo
Freire, de Dermeval Saviani e o Marxismo na Educação; a LDB 394/96; os Sistemas
de Exames e Diretrizes do Governo FHC.
Bibliografia básica:
LIBÂNEO, Jose Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de (Pimenta, Selma Garrido).
Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10 ed. São Paulo: Cortez,
2012.
PILETTI, Nelson. Educação básica: da organização legal ao cotidiano escolar. São
Paulo: Ática, 2010.
ROMANELLI, Otaiza de Oliveira. Historia da educação no Brasil(1930 1973). 17. ed.
Petrópolis: Vozes, 1995.
104
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Psicologia do ensino e aprendizagem – 80h
Ementa:
Considerando a importância do conhecimento acerca do desenvolvimento humano
para a prática profissional do Pedagogo, esta unidade de estudo aborda os
processos de mudanças psicológicas – de desenvolvimento da cognição das
pessoas, dos processos de crescimento e suas experiências vitais significativas –
que ocorrem ao longo da vida do ser humano, da infância até a velhice. Para
desenvolver esse conteúdo, apresenta uma introdução à Psicologia Evolutiva,
utilizando-se de uma abordagem tripla: histórica, conceitual e metodológica.
Bibliografia básica:
PILETTI, Nelson, et al. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo. Ed. Contexto,
2014.
NOGUEIRA. Makeliny Oliveira Gomes, Leal Daniela. Teorias da aprendizagem: um
encontro entre os pensamentos filosófico, pedagógico e psicológico. Curitiba.
Intersaberes, 2013.
VIGOTSKI, Lev S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico: livro para
professores/Lev Semionovitch Vigotski. Apresentação e comentários Ana Luiza
Smolka; Tradução Zoia Prestes. São Paulo. Ática, 2009.
___________________________________________________________________
Sociedade e educação – 80h
Ementa:
Desenvolvimento do pensamento sociológico; pensadores basilares da Sociologia;
globalização, cultura e identidade; individualismo e individualidade; dimensão cultural
da educação/aprendizagem. Educação como processo e técnica social. Função
conservadora versus função libertadora da educação.
Bibliografia básica:
DIAS, R.; Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
MEKSENAS, P. Sociologia da Educação. São Paulo: Loyola, 1995.
SORJ, B. A Nova Sociedade Brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
105
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
ELIAS, R. Para Filosofar. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2000.
FREITAG, B. Escola, Estado & Sociedade. São Paulo: Moraes, 1980.
Libras – 80h
Ementa:
A unidade de estudo visa trabalhar os elementos considerados relevantes para o
exercício da função do professor no interior do tema das Libras. Nesse sentido,
introduz as principais questões sobre a educação de surdos, sobre as línguas de
sinais e sobre a história e a aquisição da escrita pelo surdo, de forma a enfatizar a
importância das Libras no desenvolvimento sociocultural do surdo. Além disso, o
vocabulário básico em Libras é apresentado e contextualizado. Deve-se notar que o
conteúdo da unidade possibilita a introdução da discussão acerca dos Direitos
Humanos e do direito à educação inclusiva a partir da apreciação desse mecanismo
de cognição voltado aos deficientes auditivos.
Bibliografia básica:
Estudos surdos I / Ronice Müller de Quadros (org.). – [Petrópolis, RJ] : Arara Azul,
2006.
Estudos Surdos II / Ronice Müller de Quadros e Gladis Perlin (organizadoras). –
Petrópolis, RJ : Arara Azul, 2007
Estudos Surdos III / Ronice Müller de Quadros (organizadora). – Petrópolis, RJ :
Arara Azul, 2008.
PEREIRA, M. C. C. (org.), Libras conhecimento além dos sinais, São Paulo:
Pearson: 2012.
Prática de Ensino de História no Ensino Fundamental – 80h
EMENTA:
A Prática do Ensino enquanto unidade de estudo será desenvolvida em quatro
situações específicas: em escolas de ensino básico, na faculdade, em casa e na
comunidade. Nas aulas serão debatidos temas relativos à prática docente no Ensino
fundamental, enfatizando o ensino de História e suas competências e metodologias,
106
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
através de discussão de textos, debates e troca de experiências. Com o objetivo de
oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e
pesquisa, será pedido que eles desenvolvam, juntamente com as atividades de
estágio supervisionado, pesquisas junto aos alunos e professores de História do
Ensino fundamental.
Bibliografia básica
BITTENCOURT, C. Ensino de História: fundamentos e métodos. 2 ed. São Paulo:
Cortez, 2004.
BITTENCOURT, Circe (org.) O saber histórico em sala de aula. São Paulo:
Contexto, 1997.
PINSKY J. (org.) O ensino de história e a construção do fato. São Paulo, Contexto,
2006.
___________________________________________________________________
__
Prática de Ensino de História no Ensino Médio
Ementa:
A unidade de estudo Prática do Ensino de História no Ensino Médio será
desenvolvida de forma a permitir, através de discussão de textos, debates e troca de
experiências, uma compreensão acerca das metodologias mais indicadas para a
transmissão de conhecimentos e competências próprias à História como área do
saber aos alunos que cursam esse nível de ensino. Além disso, com o objetivo de
oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e
pesquisa, eles desenvolverão, juntamente com as atividades de estágio
supervisionado, pesquisas junto aos alunos e professores de História do Ensino
médio.
Bibliografia básica:
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de Ensino em História:
Experiências, reflexões e aprendizados. Campinas-SP: Papirus, 2003.
107
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
KARNAL, Leandro (Org.) História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas.
São Paulo: Contexto, 2009.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. 2ª ed. São
Paulo: Scipione, 2009. Coleção Pensamento em Ação na sala de aula.
Prática de Ensino e pesquisa em História – 40 h
EMENTA:
A unidade de estudo aborda os princípios epistemológicos que norteiam o processo
do ensino/aprendizagem em História. As discussões textuais, debates, oficinas e
trocas de experiências que se realizarão terão o objetivo de realçar a natureza e a
importância da produção de pesquisas em ensino de história. Além disso, a unidade
tem como objetivo esclarecer os alunos da importância das questões relativas à
africanidade e ao indigenismo na História do Brasil.
Bibliografia básica:
BARROS, J. Projeto de Pesquisa em História - da escolha do tema ao quadro
teórico, Petrópolis: Vozes, 2005.
CARVALHO, Maria C. M. de. Construindo o saber: técnicas de metodologia
científica. Campinas, SP: Papirus,1988.
GRANVILLE, M.A. (org.) Teorias e Práticas na formação de professores. Campinas:
Papirus, 2007.
MEDEIROS, Joao B. Redação Científica. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2007
MENEZES, Gilda. Como usar outras linguagens na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 2006.
PINSKY, C. (org.) Novos temas nas aulas de História 2 ed. --- São Paulo: Contexto,
2009.
___________________________________________________________________
_
108
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Prática de Ensino e Metodologia de Ensino em História – 60 h
Ementa:
A unidade de estudo aborda os princípios epistemológicos que norteiam o processo
do ensino/aprendizagem em História. As discussões textuais, debates, oficinas e
trocas de experiências que se realizarão terão o objetivo de realçar a natureza e a
importância da reflexão sobre como relacionar a História produzida na academia,
com aquela que será trabalhada no Ensino Básico. Além disso, a unidade também
tem como objetivo esclarecer os alunos da importância das questões relativas à
africanidade e ao indigenismo na História do Brasil.
Bibliografia Básica
CARRETERO, Mario; ROSA, Alberto ; GONZÁLEZ, María Fernanda e
colaboradores, Ensino da história e memória coletiva. Porto Alegre, G.A., 2012.
FONSECA, Selva. Caminhos da história ensinada. Campinas: Papirus, 1993.
VASCONCELLOS, José Antônio. Metodologia do Ensino de História. Curitiba:
InterSaberes, 2012. Série Metodologias.
8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
De acordo com a Portaria MEC Nº4.059 de 10 de dezembro de 2004, os cursos de
graduação presenciais podem oferecer até 20% de disciplinas teóricas através da
Educação à Distância. Em Licenciatura em História, somente as unidades de estudo
Sociedade e Educação e Libras são oferecidas desta forma, ambas também
integrantes do Núcleo para Formação de Educadores, com suas respectivas
ementas e bibliografias básicas citadas anteriormente.Mesmo sendo unidades de
estudo à distância, em todas são realizados encontros presenciais, como também
avaliações presenciais. Todas as unidades contam com o serviço de tutoria,
responsável pelo atendimento direto ao aluno.
109
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
8.3.1 TUTORIA
O tutor tem um papel estratégico em todas as atividades em unidades de
estudo em EaD. Uma de suas atribuições principais é a de orientar o aluno
para que se conscientize de que ele estuda para seu próprio desenvolvimento
profissional. Para isso, é motivado a agir de forma responsável quanto às
tarefas, prazos e tempo de dedicação ao estudo e à pesquisa. A atuação do
tutor é, em grande parte, responsável pelo sucesso do projeto do curso.
O tutor acompanha turmas de, no máximo, 40 alunos e tem a função de
complementar, apoiar e avaliar os estudantes em seu percurso, além de ser
mediador entre currículo, interesses e capacidades dos alunos. Monitorando os
intervalos de tempo de acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),
pode estabelecer, se necessário, contato telefônico com os alunos,
identificando aqueles que estão se distanciando do curso.
Para dar o devido suporte aos alunos, especialmente em dúvidas e
questões sobre os conteúdos dos temas abordados em aulas, o tutor conta
com o apoio do professor da respectiva unidade de estudo, que atua como
professor formador.
É responsável pela condução e orientação nos encontros presenciais e
por plantões presenciais específicos, determinados no calendário acadêmico.
Deve apresentar, em seu perfil, as seguintes competências:
- Atuar como mediador: conhecer a realidade de seus alunos em todas
as dimensões (pessoal, social, familiar, escolar etc);
- Oferecer possibilidades permanentes de diálogo, saber ouvir, ter
empatia e manter uma atitude de cooperação, assim como proporcionar
experiências de melhoria de qualidade de vida aos alunos;
- Possuir fundamentos, metodologias e estrutura sobre a educação a
distância, a fim de sustentar as bases pedagógicas da aprendizagem frente ao
comportamento dos sujeitos;
- Dominar procedimentos de pesquisa e de confecção de materiais
didáticos nas mais diferentes mídias;
110
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
- Possuir habilidades de comunicação, relacionamento interpessoal,
liderança, dinamismo, iniciativa, entusiasmo, criatividade e capacidade para
trabalhar em equipes.
O tutor a distância atende os alunos via ambiente virtual, podendo
interagir com a turma através de chats, fóruns e e-mail.
8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO DOS
ALUNOS
8.3.2.1 Rede e equipamentos
Para o efetivo desenvolvimento de unidades de estudo em EaD, embora
prescinda da relação presencial em todos os momentos do processo, esta
modalidade exige o diálogo constante entre alunos, professores, tutores,
coordenadores de curso e equipe de apoio do NEaD. Por este motivo, é
imprescindível uma organização em rede que possibilite o processo de
interlocução permanente entre todos os atores da ação pedagógica. Em vista
disso, para aqueles usuários que não possuem acesso próprio à Internet, o
NEaD disponibiliza 8 laboratórios de informática, com um total de 200
computadores de grande capacidade, e link de Internet de 10 MB
compartilhados.
A gravação das web aulas é feita por profissionais altamente
capacitados, em dois estúdios, construídos com isolamento acústico total e
com três diferentes cenários para simular ambientes reais, além de camarins e
sala para entrevistas, aulas e jornalismo. Cada estúdio é equipado com
computadores; mesa de áudio Behinger; mesa de corte Roland; projetor
multimídia Hitachi; lousa interativa elnstruction; câmera filmadora Panasonic;
Kit de iluminação digital Mako; TV de LED 42”, entre outros equipamentos.
111
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
8.3.2.2 Acompanhamento e Apoio aos Alunos
O monitoramento do percurso dos alunos é feito nos encontros
presenciais e virtuais, sendo que, pela plataforma MOODLE, é possível
acompanhar a quantidade e qualidade da participação dos alunos nos
diferentes espaços de trabalho e de discussão. Em encontros presenciais são
realizadas também avaliações de desempenho dos estudantes e, ao final de
cada semestre, em tempo especificamente destinado a este fim (em
consonância com o que dispõem o Parecer CNE/CNES 261/2006 e a
Resolução m.º 3 de julho de 2007), é realizada uma avaliação escrita,
elaborada pelo conjunto de professores das unidades de estudo, juntamente
com o coordenador do Curso, observando o caráter interdisciplinar das
unidades e sua correlação direta com o módulo em que a unidade está
alocada.
112
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
9 AS ATIVIDADES PRÁTICAS
O curso de Licenciatura em História oferece aos acadêmicos do Curso
de graduação, anualmente, atividades essenciais ao aprimoramento
profissional, consagradas institucionalmente como atividades complementares.
Dentro desse propósito, desde a criação do curso em Licenciatura em História,
são oferecidos e desenvolvidos pela comunidade acadêmica palestras, oficinas
e os Encontros de Formação de História, além do Encontro de Produção
Acadêmica. (conforme demonstra Histórico de atividades desenvolvidas que
está em anexo). Paralelamente, também são oferecidas atividades em projetos
de extensão universitária, de âmbito institucional como o antigo Bioespaço e
agora chamado de Universo UNIFEOB, Cursos complementares na área
educacional (oficinas pedagógicas), além de aulas de campo realizadas nos
sábados letivos.
O Unifeob também possibilita que os acadêmicos do curso de
Licenciatura em História participem do Projeto “Escola da Família”, em que
desenvolvem atividades didáticas e podem realizar o desenvolvimento de um
projeto de ensino de Humanidades e suas Tecnologias.
Nesse sentido, para efetivar ainda mais as relações entre o ensino,
pesquisa e extensão, o curso de Licenciatura em História deverá incentivar
especialmente algumas ações, dentre as quais:
a. Promoção de palestras proferidas por docentes de cursos
de graduação e pós-graduação em áreas afetas à
formação do aluno, bem como de seminários realizados
por todas as licenciaturas da Instituição;
b. Realização de atividades que incentivem o estudante a
refletir sobre sua área de formação e seu campo de
atuação profissional, por meio de práticas como a
participação – e posterior relato e análise – em palestras,
seminários, oficinas, e outros eventos;
113
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
c. Operacionalização, na prática pedagógica, de
aprendizagens realizadas pelos docentes das áreas
específicas e de formação pedagógica;
d. Disponibilização regular, pelos docentes, de contribuições
advindas de pesquisas e de eventos científicos e culturais;
e. Geração de pesquisas e de atividades de extensão a partir
de situações-problema detectadas nas análises
educacionais.
9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO
O Estágio Supervisionado é uma exigência que se encontra firmada na
LDBEN n.º 9394/96, dos cursos de formação de profissionais da educação dos
Cursos de Licenciatura. Determinam a Lei n.º 6494/77 e o Decreto Federal n.º
87497/82 que os estágios deverão ser cumpridos por seus estudantes, futuros
profissionais da educação, no decorrer do seu curso de graduação.
A formação de profissionais da educação, de modo a
atender os objetivos dos diferentes níveis e modalidades de
ensino e às características de cada fase do desenvolvimento
do educando, terá como fundamentos:
I – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a
capacitação em serviço.
II – aproveitamento da formação e experiências anteriores em
instituições de ensino e outras atividades.(Art. 61 da Lei
9394/96 )
Conforme a Resolução CNE/CP 2 de 19/02/2002 que institui a duração e
a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação
de professores da Educação Básica em nível superior é obrigatória a
realização de 400 horas de Estágio Curricular Supervisionado. Entretanto, para
os estudantes que exercem atividade docente regular na educação básica será
possível a redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até no
máximo de 200 horas.
114
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
9.1.1 Objetivos do Estágio Supervisionado
Os objetivos do Estágio Supervisionado do Curso de Licenciatura em
História do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos -
UNIFEOB são:
- Proporcionar oportunidade de vivências, que permitam aplicar
conhecimentos teóricos, através da experiência em situações reais
do exercício da futura profissão.
- Proporcionar complementação ao ensino e à aprendizagem, sendo
um instrumento de vivências significativas, aprofundamento
científico, cultural e de relacionamento humano.
- Contribuir para um maior aprofundamento teórico-prático do
estudante do Curso de Licenciatura em História;
- Proporcionar situações e vivências que aprimorem sua formação e
atuação profissional;
- Contribuir para que o estudante sistematize uma análise crítica a
partir do confronto entre os conhecimentos e habilidades
desenvolvidas no Curso de Licenciatura em História e as atividades
pedagógicas cotidianas;
- Possibilitar maior interação entre os Cursos de Licenciatura em
História – UNIFEOB com os estabelecimentos de ensino.
O Estágio Supervisionado no que diz respeito às atividades realizadas
em campo, também deverá ser abordado em conteúdos específicos nas
unidades de estudo de Prática de Ensino ou Pedagógica de Formação
devendo:
- Proporcionar ao estudante dos cursos de Licenciatura o
aprimoramento teórico referente a temas da área educacional,
relevando aqueles que são advindos das vivências em campo;
- Desenvolver ações em distintos campos de atuação do futuro
professor tendo em vista a proposta curricular de seu curso de
Licenciatura em seu Projeto Político Pedagógico;
- Promover a integração e interação do estudante estagiário com a
Instituição onde realiza os estágios.
9.1.2 Formato dos Estágios
115
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
O estágio supervisionado constitui-se em atividade obrigatória para a
formação de professores. Deve ser acompanhado por um profissional
habilitado para ministrar aulas de História nos níveis fundamental e médio do
ensino e por profissionais da educação vinculados a uma instituição de ensino.
Serão realizadas atividades “Observação” da escola como um todo,
ou seja, nos seus aspectos físicos, humanos e pedagógicos.
Deverão ser realizadas atividades “Regência” na disciplina de História,
tanto no nível Fundamental como no Nível Médio, que deverão vir
acompanhadas do “Plano de Aula” e da “Ficha de a Avaliação” do professor da
classe em que a aula foi dada.
Serão realizadas, ainda, atividades “Participação” em conjunto com os
alunos das Escolas de Ensino Fundamental e Médio onde o estágio será sendo
realizado como também com a comunidade.
Todas as atividades de Estágio Supervisionado deverão ser
devidamente registradas na “Ficha Cumulativa de Controle de Estágio” e
arquivadas na Central de Apoio Profissional – CAP do UNIFEOB.
Nesta ficha deverá constar o carimbo do órgão e/ou Unidade Escolar,
uma foto do estagiário e a assinatura do respectivo responsável, devidamente
credenciado (com carimbo).
Ao final do quarto módulo do curso os alunos devem entregar relatórios
parciais de estágio em que constem as descrições e reflexões acerca das
atividades desenvolvidas, entre eles pede-se: um relatório das observações de
aulas no ensino fundamental ou médio, um relatório do contexto físico-
organizacional da escola onde o aluno está estagiando, um relatório das aulas
de regência, o plano de aulas das aulas regidas pelo aluno, uma avaliação da
aula regida feita pelo professor responsável pela turma em que a aula foi dada,
projetos de aplicação pedagógica, relatório do desenvolvimento dos projetos,
entre outros documentos conforme o caso. Ao final do sexto semestre é
entregue o relatório final de estágio em que devem constar todos os itens
mencionados acima, acrescido de texto reflexivo acerca da realidade escolar.
O relatório final de estágio deverá ser encadernado, seguindo as regras
acadêmicas de um trabalho de conclusão de curso. As fichas e o relatório final
116
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
referente ao Estágio Supervisionado deverão ser entregues na data fixada pelo
professor responsável. A não entrega dos mesmos no prazo estipulado antes
dos dias destinados ao exame final levará o estudante a sua reprovação. A
entrega deverá ser protocolada na Central de Apoio Profissional – CAP, no
Campus II da Unifeob.
9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
No Curso de Licenciatura em História da UNIFEOB, o Trabalho de
Conclusão de Curso consiste na realização, pelo aluno, de uma pesquisa
bibliográfica, documental ou estudo de caso, com objetivo de produzir um
trabalho acadêmico na área de seu interesse, dentre os vários assuntos
veiculados pelas unidades de estudo ministradas. O Trabalho de Conclusão de
Curso é obrigatório a todos os alunos matriculados no Curso, e será melhor
desenvolvido durante o quinto e sexto módulos.
O objetivo da elaboração deste trabalho final é proporcionar ao aluno a
oportunidade de:
- organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado assunto
dentro da área das ciências humanas e ciências pedagógicas estudadas ao
longo do curso;
- aplicação de procedimentos de análise, interpretação de texto e aplicação
metodológica para a pesquisa;
- iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação continuada
em cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de elaboração de
projetos, monografias e teses.
Para o colegiado de curso, o TCC deve ser considerado como um
processo de amadurecimento do aluno que se dá ao longo de seu curso, seja
no que diz respeito à sua formação profissional. Além dos objetivos
formalmente estabelecidos e já citados, considera-se, ainda, que o TCC vem
complementar a formação do aluno no sentido de integrar os conhecimentos,
tanto no que se refere à parte teórica como à prática vivenciada durante sua
117
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
participação nos estágios supervisionados e projetos desenvolvidos durante o
curso, além de iniciá-lo em relação à produção e transmissão de conhecimento
científico na área educacional.
Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se
elaborou tem representações simbólicas e estas podem ser consideradas de
forma muito positivas para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova
ideia, expor-se, mostrar as próprias ações, pensamentos e estilo próprio
contribuem também para a autoestima do aluno e para os docentes do curso
pelos resultados que se apresentam.
Os Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento do
trabalho de conclusão de curso são:
Os alunos frequentam as unidades de estudo de Metodologia de
Trabalho Científico e de Prática em Pesquisa em História;
O aluno deve trazer uma pauta (escrita) onde estabelece: (a) o que foi
feito até o momento; (b) quais são as dificuldades enfrentadas no
momento; e c) qual o próximo passo a ser desenvolvido;
Com o objetivo de se obter qualidade nos trabalhos de conclusão de curso,
somente são aceitos:
a) Projetos que tenham como referências principais, as obras básicas da
temática estudada;
b) Autores que sejam reconhecidos no meio acadêmico como precursores da
temática estudada;
c) Projetos que desenvolvam questões que sejam possíveis de serem
trabalhadas, através de projeto de aula, no ensino básico.
Os Trabalhos de Conclusão de Curso, após serem avaliados pelo
orientador, são remetidos à publicação em Anais dos Encontros Produção
Acadêmica realizados na Instituição. Durantes estes Encontros os alunos dos
últimos módulos apresentam as Pesquisas (TCC) e os resultados dos estágios
em forma de comunicação oral.
118
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Em relação às atividades complementares, a Resolução CNE/CP 2, de
19/02/2002, definiu que a carga horária dos cursos de Formação de
Professores da Educação Básica, em licenciatura, deverá ter 200 horas
destinadas às atividades acadêmico-científico-culturais.
As atividades acadêmico-científico-culturais são compostas pela
participação do aluno dos cursos de Licenciatura em atividades de ensino, de
pesquisa, extensão e de caráter social e têm o propósito de enriquecer o
conteúdo curricular proposto pelo curso, podendo ser adquiridas inclusive, fora
do ambiente acadêmico.
São consideradas atividades complementares, dentre outras:
As Disciplinas extracurriculares ministradas nos Cursos de Licenciaturas ou
em outros Cursos do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio
Bastos ou, ainda, aquelas ministradas fora da Instituição, na qual será
caracterizada como 10 horas por disciplina cursada.
Disciplinas integrantes dos demais cursos de graduação do Unifeob -
podem ser aproveitadas como Atividades Complementares, observados os
critérios de afinidade definidos pela Coordenação do curso frequentado pelo
aluno. Até 80 horas por atividade realizada.
Atividades de monitoria - essas atividades devem estar vinculadas a um
projeto acadêmico de um professor dos Cursos de Licenciatura, validado
pela Coordenação do Curso frequentado pelo aluno, sendo a carga horária
constante na certidão/ declaração. Até 80 horas por atividade realizada.
Atividades extracurriculares - vinculadas às disciplinas curriculares
ministradas nos Cursos de Licenciatura do Centro Universitário da
Fundação de Ensino Octávio Bastos, realizadas fora do horário normal de
aulas, correspondentes a 10 horas por atividade cursada.
a) Visitas a Feiras Científicas e Culturais;
119
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
b) Visitas a Empresas e Instituições que tenham relação direta ou indireta
com as diversas áreas da Licenciatura cursada;
c) Aula de campo através de atividades práticas de observação do meio;
Atividades complementares de pesquisa, dentre outras: participação do
aluno em projetos e programas de pesquisa voluntária, remunerada ou não,
orientada por docentes dos Cursos de Licenciatura. Estas atividades serão
examinadas pela Coordenação do Curso, para sua validação, mediante
apresentação de documentação correspondente.
Elaboração e editoração de publicações, cuja carga horária será a seguinte:
a) publicação de resumos em horas (h):
Evento Local: 15 h
Evento Regional: 15 h por resumo apresentado
Evento Estadual: 20 h por resumo apresentado
Evento Nacional: 25 h por resumo apresentado
Evento Internacional: 30 h por resumo apresentado
b)publicação de trabalhos completos em:
Evento Local: 20 h por resumo apresentado
Evento Regional: 20 h por resumo apresentado
Evento Estadual: 25 h por resumo apresentado
Evento Nacional: 30 h por resumo apresentado
Evento Internacional: 35 h por resumo apresentado
c) publicação de artigos em revistas e periódicos:
Local: 25 h por resumo apresentado
Regional: 25 h por resumo apresentado
Estadual: 25 h por resumo apresentado
Nacional: 50 h por resumo apresentado
Internacional: 50 h por resumo apresentado
São consideradas atividades complementares de extensão, dentre outras:
Projetos e programas de extensão - coordenados pelo Centro
Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos ou por quaisquer
de seus Cursos;
120
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Eventos diversos na área das Licenciaturas - como seminários, jornadas,
simpósios, palestras, congressos, conferências, cursos, minicursos e
outros, validados pela Coordenação do Curso, cuja carga horária deve
ser a constante nos documentos de convalidação.
Estágios extracurriculares - cuja carga horária corresponde a constante
no certificado, desde que não ultrapasse o limite de 40% (quarenta por
cento) da carga horária total prevista para as "Atividades
Complementares".
São consideradas atividades complementares de cunho social, dentre outras:
A representação estudantil em órgãos discentes – com comprovação
mediante cópia autenticada da ata de posse ou eleição, dar-se-á da
seguinte forma:
a) representação oficial de turma: 10 h por ano;
b) representação no Diretório Central Estudantil: 10 h por ano;
c) representação em órgão regional: 20 h por ano;
d) representação em órgão nacional (UNE): 30 h por ano de atividade;
Participação em atividades esportivas municipais, estaduais ou
nacionais – representando o Centro Universitário da Fundação de
Ensino Octávio Bastos.
9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA NA ÁREA DE HISTÓRIA
O corpo docente do curso de licenciatura em História acredita ser
fundamental a criação de espaços alternativos que proporcionem a ampliação
do horizonte cultural e do desenvolvimento da autonomia dos nossos egressos.
Nesse sentido, pretende-se criar grupos de pesquisa que promovam iniciação
científica na área de História, realizando pesquisas, participando de
congressos, seminários e outros eventos técnico-científicos.
É de grande relevância a existência de espaços nos quais professores e
alunos compartilhem reflexões sobre o cotidiano da vida escolar, buscando
diagnosticar problemas e apontar soluções através das práticas que
aperfeiçoam e refazem as teorias. Para isso, buscamos realizar, ao longo dos
121
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
semestres letivos, oficinas, palestras e laboratórios temáticos para que seja
possível criar espaços para a formação dos alunos e, ao mesmo tempo,
promover a integração com a comunidade e com os professores da escola
básica.
Todas essas ações visam à constituição de uma nova cultura institucional,
consoante com as atuais orientações para a formação de professores em
cursos superiores. De acordo com os PARECER CNE/CP 9/2001 do MEC “os
cursos de preparação de futuros professores devem tomar para si a
responsabilidade de suprir as eventuais deficiências de escolarização básica
que os futuros professores receberam tanto no ensino fundamental como no
ensino médio”.
Os projetos de pesquisa podem ser elaborados em todas as áreas da
História, e fica a critério do professor o número de alunos sob sua
responsabilidade. Os professores são estimulados a encaminhar os projetos de
pesquisa para órgãos de fomento à pesquisa como a FAPESP e o CNPq, além
de Fundações Filantrópicas de Apoio à Pesquisa, para angariarem fundos para
o desenvolvimento das atividades. Como objetivo primordial a ser
desenvolvido, temos a entrada do curso no Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência, da CAPES/PIBID que possibilita o desenvolvimento de
projetos e bolsas para o desenvolvimento da docência e do ensino de História.
9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE HISTÓRIA
As atividades de extensão do UNIFEOB são executadas através dos
projetos institucionais refletem a real necessidade da comunidade buscando a
produção do conhecimento e o equilíbrio entre as demandas socialmente
exigidas.
122
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
O UNIVERSO UNIFEOB surgiu da realização de uma feira com o
objetivo de divulgação científica intitulada BIOESPAÇO para Todos que, uma
vez ao ano, é aberta a toda a população da região de São João da Boa Vista,
no intuito de divulgar as atividades realizadas pelos cursos de graduação. A
feira BIOESPAÇO pra Todos é realizada desde 2002 e tem recebido mais de
2000 visitantes, inclusive população de baixa renda, uma vez que a Instituição
proponente disponibiliza transporte gratuito para o evento. Em 2005, tal feira
não foi realizada, sendo esta atividade retomada em 2006, com atividades e
oficinas desenvolvidas pelos alunos dos diversos cursos da UNIFEOB. Os
alunos de História desenvolvem oficinas práticas durante o segundo semestre
e apresentam neste evento. Nos últimos anos, têm aumentado
consideravelmente o público visitante, principalmente das escolas da rede
pública e particular da região de São João da Boa Vista. Atualmente esta feira
abrange todos os cursos do UNIFEOB e transformou-se no UNIVERSO
UNIFEOB.
123
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
10 ATIVIDADES DE ATENDIMENTO E APOIO
ACADÊMICO AOS DISCENTES
Ao considerar que o papel do educador é mediar o processo de
formação acadêmica dos futuros profissionais, a coordenação sempre
disponibiliza horários de atendimento acadêmico, o que facilita o aprendizado
em sala de aula, esclarece dúvidas do aluno, incentiva a complementação do
seu estudo, orienta trabalhos para apresentação em eventos, promove estudos
dirigidos e orientação profissional, bem como desperta o espírito crítico
buscando novos desafios e a integração professor/aluno.
10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO
O Projeto Institucional de Nivelamento destina-se, primeiramente, aos
alunos matriculados no primeiro e segundo períodos dos cursos de Graduação
do UNIFEOB, visando possibilitar ao acadêmico recém-chegado à Instituição
um contato com novas estratégias de atendimento e formato das atividades
pedagógicas desenvolvidas para a superação de dificuldades de
aprendizagem; além de ações específicas dos cursos, em razão de
necessidades pontuais apresentadas no desempenho de aprendizagem do
aluno.
As ações institucionais de nivelamento objetivam:
Possibilitar ao ingressante a revisão dos conteúdos básicos das
disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, enfatizando os seus
fundamentos através de estratégias de atendimento e do formato das
atividades pedagógicas a serem desenvolvidas para superação de
dificuldades de aprendizagem;
Reduzir problemas como evasão ou reprovação já nas primeiras séries
do curso, ensejando a adoção de métodos pedagógicos que permitam a
124
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
reorientação do processo ensino-aprendizagem e o resgate dos
conteúdos não assimilados ou mal sedimentados pelo aluno no Ensino
Médio, essenciais ao aprendizado universitário.
As atividades dos projetos de nivelamento são organizadas e ofertadas
de forma paralela às atividades letivas dos cursos de graduação,
proporcionando ao aluno a oportunidade de superar as dificuldades à medida
que se constate a insuficiência do aproveitamento, sendo realizada a distância,
sob a forma de web-aula, em dias e horários conforme a disponibilidade do
aluno, podendo apoiar-se em textos didáticos ou gravações de áudio e vídeo
ou meios eletrônicos que se encontram disponíveis. Tal programa de
nivelamento está organizado em 06 módulos, com carga horária total de 40
horas, a saber:
I - Módulos I, II e III – Língua Portuguesa;
II - Módulos I, II e III – Matemática;
Para o ano de 2015, está prevista a criação de um projeto de
nivelamento, oferecido pelos cursos de História e Geografia, intitulado
Humanidades. Um curso composto por 04 módulos e carga horária total de 40
horas, que será oferecido aos discentes e colaboradores da instituição. A ideia
é que também se torne um curso de nivelamento obrigatório aos alunos dos
cursos que não são da área de Ciências Humanas.
10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE
ATENÇÃO AO ESTUDANTE
O ingresso na Universidade pode provocar sentimentos paradoxos que
vão da euforia à disforia. Os critérios e instrumentos de avaliação não se
limitam a provas tradicionais, onde é medida apenas a memorização de
conteúdos. Ao contrário, os instrumentos são elaborados pelo conjunto do
corpo docente de cada módulo, de forma integrada, e devem fazer parte de um
Contrato Didático, pactuado entre professores e alunos, para que possam
promover a integração e aumentar o grau de confiabilidade entre alunos,
125
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
professores e Instituição. A auto avaliação é um importante componente do
processo.
Dos instrumentos devem constar provas práticas e teóricas integradas,
pesquisas, relatórios de atividades e visitas técnicas, estudo de casos,
diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos
gerados pelos projetos desenvolvidos.
Para acompanhar o desenvolvimento das competências atitudinais, os
professores preenchem uma ficha de avaliação, onde pontuam a evolução de
cada aluno, em dois diferentes momentos do módulo. Esse processo permite
que a real situação do aluno seja acompanhada constantemente, evitando que
somente seja conhecida ao final do semestre letivo. Dessa forma, se, ao longo
do semestre, forem identificadas, tanto pelos professores como pelo próprio
aluno, quaisquer situações que dificultem o seu desenvolvimento, e que não
possam ser solucionadas no ambiente da sala de aula, a Instituição conta com
o apoio de um grupo de profissionais internos que fazem parte do NAP -
Núcleo de Apoio Psicopedagógico. Dificuldades de aprendizagem, de
integração e relacionamento interpessoal e profissional no ambiente
acadêmico, problemas comportamentais estão entre os assuntos que
competem ao Núcleo.
Composto por psicólogo, pedagogo, psicopedagogo e professores, com
perfis e treinamento apropriados para atender aos objetivos específicos do
setor, o NAP constitui um serviço de prevenção e intervenção oferecido ao
estudante para melhorar sua qualidade de vida acadêmica e,
consequentemente, seu processo de aprendizagem e formação como indivíduo
e profissional.
Os atendimentos podem ser individuais, por busca espontânea do
próprio aluno, ou por encaminhamento (de professores, coordenadores etc.), e
coletivos (palestras, dinâmicas, seminários, encontros com pequenos grupos),
por solicitação de professores, alunos etc.
Os procedimentos realizados pelo NAP constituem-se em importante
ferramenta para o atendimento ao aluno e identificação precoce de quaisquer
dificuldades. Dessa forma, podem ser tomadas providências para tentar
126
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
reverter o processo e evitar prejuízos que possam comprometer o seu pleno
desenvolvimento.
Além da avaliação realizada pelo corpo docente, é feita uma avaliação
externa, de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, que é aplicada para
verificação das competências e habilidades predefinidas e do desenvolvimento
de cada módulo.
127
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA
11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO
CURSO
11.1.1 COLEGIADO DO CURSO
Conforme o Regimento Geral de Colegiado de Curso, cada Curso conta
com um Colegiado de Coordenação Didática, ao qual compete definir o perfil
profissiográfico do Curso; elaborar as estruturas curriculares e suas
reformulações (quando necessárias); definir o conteúdo das disciplinas que
constituem o currículo do Curso e sua atribuição; organizar a lista de oferta e
disciplinas em cada período letivo; observando o plano curricular; promover a
supervisão didática do Curso, decidir sobre o aproveitamento de estudos e
adaptação de disciplinas, mediante requerimento dos interessados; e propor à
Coordenação providências necessárias à melhoria do ensino ministrado no
Curso.
O Colegiado do curso e composto de professores e também é
representado por um membro do corpo discente. A escolha do representante
discente no Colegiado é realizada através dos acadêmicos representantes de
cada série do Curso, ou seja: cada módulo elege um representante. Após
informações dadas pela Coordenação do Curso quanto o que é e quais os
objetivos do Colegiado, os acadêmicos de cada um dos módulos dão
autonomia para que entre os seus representantes possa ser escolhido o
acadêmico a participar do Colegiado.
Para apoio às atividades acadêmicas é constituído um Colegiado de
Curso, presidido pelo Coordenador e formado pelos docentes que nele
ministrem aulas e pela representação discente prevista em lei.
Cabe ao Colegiado de Curso:
128
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
a. Fixar normas gerais para o desenvolvimento dos planos de
ação pedagógica das unidades de estudo, observando o
perfil do profissional a ser formado e as diretrizes fixadas
pelo projeto do curso;
b. Aprovar os planos de ensino elaborados pelos docentes;
c. Manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de
estudo e adaptação de disciplinas;
d. Aprovar os horários de aula do curso;
e. Manifestar-se sobre programas e atividades
complementares de ensino, pesquisa e extensão, no
âmbito do curso;
f. Manifestar-se sobre o planejamento anual das atividades
do curso.
11.1.2 CORPO TÉCNICO
O corpo técnico-administrativo, constituído pela comunidade acadêmica
interna, é composta desde a Reitoria até os diversos departamentos da
instituição se encontram sempre em consonância e à disposição para o
contínuo desenvolvimento da qualidade do curso.
No que se trata ao cotidiano em período de aula, o pessoal técnico se
encontra sempre à disposição procurando esmerar-se no atendimento aos
alunos em secretarias, laboratórios de informática, central de cópias, biblioteca,
apoio de bedéis.
Na organização e realização de eventos o curso também encontra apoio
dos diversos departamentos, desde o pessoal de custos, compras,
agendamentos de multimídia e veículos até motoristas, além dos responsáveis
por áudio e vídeo.
Esses profissionais recebem da instituição treinamentos de atualização
adequados às suas competências, incentivo para cursar a graduação
recebendo bolsas de estudo, além de palestras e cursos desenvolvidos pela
Instituição sobre motivação, inter-relacionamento no ambiente de trabalho e
129
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
conscientização dos riscos inerentes à profissão por meio da SIPAT – Semana
Interna de Prevenção aos Acidentes de Trabalho.
11.2. RECURSOS FÍSICOS
O investimento em infraestrutura de seus órgãos de apoio e
suplementares é preocupação constante do UNIFEOB, a fim de dar condições
para que seus docentes e funcionários técnico-administrativos realizem um
trabalho de excelência. Da mesma forma, possibilita aos discentes condições
de desenvolverem com sucesso a sua preparação/capacitação para o exercício
profissional.
A expansão física para atender a crescente demanda por ambientes
bem dimensionados, iluminados e ventilados, tem sido feita continuamente,
com a aprovação de projetos perante os órgãos competentes, proporcionando
melhorias ao atendimento do corpo docente e discente.
A utilização, a manutenção e a conservação da infraestrutura física,
instalações e obras são administradas pelo Setor de Patrimônio e Manutenção.
Assim, o espaço físico do UNIFEOB em seu atendimento geral como específico
para o curso de Licenciatura em História oferece:
1. Segurança, adaptações de infraestrutura física de área externa e interna
para pessoas com necessidades especiais;
Prédios equipados para combate a incêndio com hidrantes, extintores e
alarmes em acordo com as normas do Corpo de Bombeiros;
2. Salas de aula e áreas de circulação com iluminação de emergência com
autonomia de duas horas;
3. Iluminação - iluminação natural e artificial;
4. Ventilação - Ventilação Natural - acima de 1/5 da área de piso (Código
Sanitário Estadual);
5. Acústica das Salas de aula. As salas acima de 50 alunos recebem
equipamentos de áudio Caixas de som e microfone;
6. Em função de melhor conforto térmico são instalados ventiladores de
parede com proteção em todas as salas;
130
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
7. Salas equipadas com ar condicionado de acordo com as normas ABNT;
Todas as salas e áreas de circulação e atendimento possuem
iluminação de emergência com autonomia de duas horas;
Cada Campus possui uma brigada de incêndios, treinada e habilitada a
executar os primeiros socorros;
Todos os prédios são equipados com alarmes monitorados por uma
central,
Uma equipe terceirizada faz a vigilância e segurança dos Campi durante
24 horas, munidos de rádios de comunicação e veículos para ronda;
O Campus II se encontra todo cercado e, para adentrá-lo, deve-se
identificar junto à guarita de entrada;
Todos os campi do Unifeob possuem equipes de segurança com carros
e motos que circulam regularmente durante os períodos matutino,
vespertino e noturno;
Há nos campi hidrantes para entrada de bombeiros e outras
necessidades.
11.2.1 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA
Com finalidade de atender as necessidades pedagógicas do curso, o
Campus II possui salas de aulas teóricas, laboratórios de informática.
Atualmente, os dois campi possuem laboratórios de informática para utilização
dos alunos, equipados com computadores e equipamentos de alto
desempenho e de última geração e todos com acesso à internet
(aproximadamente 130 computadores só no campus II). Os alunos têm acesso
utilizando um login (RA) e uma senha escolhida por eles. Esse espaço é de
livre trânsito dos discentes e constitui-se um local para a realização de
trabalhos de pesquisa via web. (em anexo encontra-se o Manual de
Laboratório de Informática, descrevendo todos os equipamentos)
Muitos docentes podem utilizar dos laboratórios de informática para
realização de aulas, utilizando-se softwares específicos para aulas simuladas.
131
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
11.2.2 BIBLIOTECA
As Bibliotecas Central e Setorial do UNIFEOB dispõem de nove auxiliares
de biblioteca e uma bibliotecária.
As Bibliotecas do UNIFEOB estão diretamente subordinadas à Pró-
Reitoria Acadêmica e têm como objetivo proporcionar o aprimoramento
intelectual de seus usuários, graduandos, pós-graduandos, colaboradores,
professores, bem como auxiliar a sociedade na busca por novos
conhecimentos. Para tanto, as Bibliotecas dispõem de acervo informatizado e
tombado junto ao patrimônio da instituição. Com essa estrutura, visa apoiar as
atividades de ensino, pesquisa e extensão por meio de seu acervo e dos seus
serviços.
Na função educativa, busca orientar seus usuários na utilização da
informação e enfatizar o acesso ao conhecimento disponível para o
desenvolvimento de competências informacionais e de pesquisa que são
importantes para a formação profissional. Neste foco, as atividades realizadas
pela biblioteca estão divididas na aquisição, processos técnicos, orientação em
pesquisa e atendimento ao usuário.
As requisições para aquisição de livros, CDs, DVDs e vídeos, assim como
assinatura de periódicos são de fluxo contínuo, podem ser solicitadas a todo
tempo, entretanto a grande concentração de pedido dá-se ao final do ano para
aquisição no início do próximo ano letivo. Tal fato justifica-se, pois é nesse
período que os professores fazem o planejamento e solicitam mudanças e
atualizações de bibliografias.
A Biblioteca Central dispõe de uma área total de 955,05m2 estruturada
para atender as necessidades dos usuários. Na área destinada ao guarda-
volumes, encontram-se 84 armários individuais para a guarda dos materiais
dos visitantes; 1 recepção para o empréstimo com 2 computadores e 1 para
devolução; ínsula com 8 computadores para pesquisa; 2 computadores com
terminais para pesquisa do acervo; rede wifi; ar-condicionado; 1 sala de leitura
com 12 títulos de revistas generalistas e 4 títulos de jornais; 10 estantes com
132
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
materiais em Braille e 1 máquina de escrita Braille; 1 sala de projeção com tv,
vídeo e dvd; área administrativa com 1 sala de processamento técnico com 4
computadores e 1 impressora a laser.
A biblioteca setorial, utilizada preferencialmente pelos alunos e
professores de História, conta com conta com uma área total de 423,60m2. O
guarda-volumes possui 60 armários individuais; 1 recepção para empréstimo e
devolução com 4 computadores, 1 área com 10 computadores para pesquisa; 2
computadores com terminais para pesquisa ao acervo; 10 ventiladores nos
corredores destinados ao acervo; 1 sala de leitura com 12 títulos de revista
generalistas e 1 título de jornais, 4 salas de vídeo com tv, vídeo e
computadores com acesso à internet.
Total de Materiais Bibliográficos das bibliotecas:
Biblioteca Central
Categorias Livros CDs Vídeos Teses Periódicos
Total de Títulos 12005 507 186 1726 252
Total de Exemplares 29374 694 222 1729 16626
Biblioteca Setorial
Categorias Livros CDs Vídeos Teses Periódicos
Total de Títulos 18821 163 271 3483 1091
Total de Exemplares 33536 283 321 3917 23184
Obras em Formato Braile
Total de Títulos 278
Todos os serviços que a Biblioteca UNIFEOB oferece estão disponíveis
aos alunos e professores de forma virtual. A consulta do acervo físico está
disponível no portal institucional.
133
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Na expansão dos serviços oferecidos os usuários contam, ainda, com
duas Bibliotecas Virtuais que integram uma grande variedade de livros digitais
nas diferentes áreas de conhecimento: a Biblioteca Virtual Pearson e a
plataforma digital Minha Biblioteca. No total, são disponibilizados mais de 9.000
títulos virtuais que podem ser acessados 24 horas por dia pelos graduandos,
pós-graduandos, professores e funcionários.
Pensando no pleno desenvolvimento acadêmico dos alunos de História,
incorporaram-se ao acervo virtual links de periódicos on line, que vêm agregar
conhecimento e proporcionar maior conforto e facilidade de acesso à
comunidade acadêmica. Essas ferramentas integram as opções de serviços
oferecidos, que facilitam o acesso da comunidade acadêmica ao conhecimento
intelectual.
134
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
12 AVALIAÇÃO
12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM
Como princípio do Projeto Pedagógico Institucional - Formação por
Competências - a avaliação do aluno não tem caráter punitivo, mas sim o de
aferir, não somente os conhecimentos adquiridos, como também competências
e habilidades que se desenvolvem ao longo do curso. As práticas avaliativas
devem ser vistas como um processo contínuo tendo, como prioridade,
proporcionar feedback ao aluno para que ele tenha o domínio dos passos a
serem seguidos, dentro de uma sequência de conteúdos e temas integrados
que lhe permita desenvolver, priorizando os aspectos qualitativos relacionados
ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento.
O processo de avaliação deve, também, assegurar condições para que o
aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o
desenvolvimento de cada módulo do curso. Os alunos devem participar
ativamente do processo, inclusive com formas de autoavaliação, para que
possam acompanhar a evolução de sua aprendizagem e a aquisição de
competências, bem como identificar pontos a serem aprimorados, prática
considerada imprescindível à aprendizagem com autonomia.
Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas
tradicionais, onde é medida apenas a memorização de conteúdos. Ao contrário,
os instrumentos são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada
módulo, de forma integrada, e consta de provas práticas e teóricas, pesquisas,
relatórios de atividades e visitas técnicas, estudos de casos, diagnóstico ou
prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos gerados pelos
projetos desenvolvidos. Para acompanhar o desenvolvimento das
competências atitudinais, os professores preenchem uma ficha de avaliação,
onde se pontua de 0 a 1,5, a transformação de cada aluno, em três diferentes
momentos do andamento do módulo.
135
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Além da avaliação realizada pelo corpo docente, existe uma
preocupação institucional com o desenvolvimento completo do futuro egresso.
Nesse sentido, são desenvolvidas avaliações externas, de responsabilidade da
Pró-Reitoria Acadêmica e do Núcleo Docente Estruturante do curso. Tais
avaliações têm como objetivo principal desenvolver nos alunos competências
necessárias para importante posicionamento diante dos acontecimentos gerais,
questões sociais, políticas, econômicas e ambientais além de debates sempre
atualizados sobre a produção de conhecimento específico debatido em cada
módulo (onde também se pontua de 0 a 1,5).
Em síntese, o sistema de avaliação é composto de três frentes:
1ª FRENTE (15%)
Competências e habilidades dos módulos e do curso
Uma avaliação diagnóstica preparada por cada professor do módulo no
início do semestre.
Avaliação diagnóstica coletiva do colegiado do módulo.
Análise do desenvolvimento de cada aluno até o final do módulo.
Novas avaliações diagnósticas para verificação de cada processo de
aprendizagem.
2ª FRENTE (70%)
Competências e habilidades específicas das Unidades de Estudo
Contrato didático firmado entre docentes e discentes: Lembrando que tal
contrato pode conter vários indicadores: presença, pontualidade;
participação, comprometimento; provas práticas e teóricas; pesquisas;
relatórios; autoavaliação, entre outros.
3ª FRENTE (15%)
Avaliação externa aplicada para verificação do desenvolvimento do
curso e das competências e habilidades gerais e específicas definidas para os
módulos.
136
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
Nesse sentido, as avaliações são processuais e contínuas de forma que
o docente busque adequar seu planejamento e estratégias de acordo com o
desenvolvimento dos alunos, além de constituir-se em momento de
aprendizado, não ficando restritas a “tarefas” burocráticas para classificar os
alunos, mas, ao contrário, caracteriza-se como uma forma de aprendizado
relacionado aos objetivos de cada disciplina buscando desenvolver nos alunos
as competências gerais e específicas que se objetiva despertar nos egressos
deste curso.
Ao término de cada módulo, o aluno deverá obter média igual ou
superior a 7.0 (sete) e 75% (setenta e cinco por cento) de frequência, para
obtenção da aprovação em cada unidade de estudo, respeitadas as
Resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE).
No que diz respeito às especificidades da avaliação do ensino
aprendizagem do curso de Licenciatura em História, é importante mencionar a
busca constante por aferir o desenvolvimento das competências que, aliadas,
sejam capazes de capacitar o futuro docente a operar a partir da dupla face da
apreensão do conhecimento de modo reflexivo e crítico, por um lado, e do
desenvolvimento das habilidades pedagógicas que lhe serão necessárias na
prática da transmissão desses conhecimentos apreendidos, por outro. Nesse
ponto, torna-se mais uma vez claro o viés da transversalidade dos diversos
temas que compõem as diferentes Unidades de Estudo de cada módulo; ou
seja, a busca de concatenar teoria e prática de forma a buscar uma formação
holística do aluno/educador. E, já que essa é uma característica específica e
diferencial do curso, a tentativa de avaliá-la deve estar também na base das
definições acerca das formas e critérios avaliativos a serem empregados.
12.2 AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO
Segundo a proposta deste Projeto Pedagógico, a avaliação do curso de
Licenciatura em História deve constituir processo de aperfeiçoamento contínuo
e de crescimento qualitativo, portanto deve ser de natureza construtiva.
O processo de avaliação deve pautar-se:
137
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
a. Pela coerência das atividades quanto à concepção e aos
objetivos do projeto pedagógico e quanto ao perfil do
profissional formado pelo curso;
b. Pela validação das atividades acadêmicas por colegiados
competentes;
c. Pela orientação acadêmica individualizada;
d. Pelo reconhecimento da atuação sistemática do coordenador
do curso;
e. Pela aplicação de padrões reconhecidos de qualidade quanto à
estruturação orgânica do currículo, quanto aos conteúdos
caracterizadores ministrados, quanto à constituição do corpo
docente, em termos de qualificação, regime de trabalho e
produção acadêmica, e quanto à biblioteca, não só quanto à
atualização do acervo, mas também à disponibilidade de obras
de referência e periódicos;
f. Pela adoção de instrumentos variados e avaliação interna;
g. Pela disposição permanente de participar de avaliação externa.
Para efetivar tal processo de avaliação sobre o desenvolvimento do
curso, o colegiado de curso realiza, em todos os semestres, reuniões de
debate sobre a autoavaliação do curso e define diretrizes para a melhora
constante do desenvolvimento das ações de ensino, pesquisa e extensão do
curso.
12.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos
procedimentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES/INEP), o curso de Licenciatura em História é submetido aos
processos de avaliação interna da instituição, de sistematização e de coleta de
informações, conduzidos por sua Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa
avaliação é composta por uma série de processos autoavaliativos que
138
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
permitem o levantamento e a análise das necessidades e deficiências da
Instituição, do curso, dos docentes e alunos.
Na execução desses processos autoavaliativos são sempre
considerados os aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo INEP
para a avaliação das condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo estes:
O projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua inter-
relação com a sociedade);
A infraestrutura (instalações e serviços), os recursos humanos (o
corpo docente, discente e técnico-administrativo) e os equipamentos
e materiais disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos);
A gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos
acadêmicos).
Os resultados são discutidos entre todos os membros da comunidade
acadêmica da Instituição, incluindo o corpo discente, para que sejam adotadas
soluções no sentido de vencer as dificuldades e atender às necessidades
apontadas.
Entre os instrumentos e procedimentos efetivados pela CPA encontram-
se o diagnóstico do perfil dos ingressantes, a pesquisa entre alunos cursando o
último semestre letivo e entrevistas com ex-alunos. Os resultados obtidos são
importantes para orientar a organização curricular dos cursos, o planejamento
das disciplinas com seus conteúdos e atividades, as competências e
habilidades que deverão ser adquiridas, visando a contemplar a formação
integral de seus egressos.
Os resultados dessa autoavaliação, segundo as orientações da
Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), devem
servir como subsídios para o planejamento de novas ações voltadas ao
desenvolvimento institucional e à revisão dos procedimentos acadêmicos e
administrativos que, eventualmente, forem identificados como deficitários.
139
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
12.4 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
A construção de um Projeto Pedagógico para um curso não se
esgota na sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto
somente ganha sentido quando em sintonia permanente com a realidade
cotidiana, vivenciada pelos sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e
ainda considerando que tal realidade se constitui de um dinamismo que a torna
imprevisível, inacabada e mutável. O Projeto Pedagógico não pode ser visto
como inerte pronto e acabado. Ao contrário, igualmente a esta realidade que
objetiva configurar, também deve estar revestido de uma dinamicidade e
mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se sustentará.
O Projeto Pedagógico proposto para o Curso de Licenciatura em
História demandará constante acompanhamento a fim de assegurar a
coerência necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas.
Nesse sentido, será imprescindível que se realize avaliação permanente.
Na gestão do Projeto Pedagógico, o Colegiado de Coordenação do
Curso tem importante papel atuando em diferentes aspectos e estimulando o
debate em torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um
processo permanente de construção, execução e avaliação do curso.
Os instrumentos dessa avaliação serão as reuniões de Colegiado e
os cursos e oficinas de aperfeiçoamento docente, quando professores,
gestores e acadêmicos trocam informações e opiniões acerca do Projeto
Pedagógico, desenvolvendo e propondo ações que contribuam para a melhoria
dos cursos.
12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIA
O sistema de progressão do curso de licenciatura em História, assim
como em todas as licenciaturas segue o procedimento descrito na Portaria n.º
05, de 17 de dezembro de 2012:
140
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
1. Para a integralização o aluno deverá estar aprovado em todos os
módulos cursados, além de cumprir com todas as obrigações e
componentes curriculares estabelecidos na matriz curricular e de
acordo com as normas Estatutárias e Regimentais.
2. O aluno deverá seguir a ordem determinada dos módulos, obedecendo
as regras de sua entrada.
2.1 Os alunos que iniciarem no 1º semestre do ano letivo seguirão a
seguinte sequência: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º módulos (licenciaturas).
2.2 Os alunos que iniciarem no 2º semestre do ano letivo seguirão a
seguinte sequência: 2º, 1º, 4º, 3º, 6º, 5º módulos.
3 O aluno que for reprovado em até duas unidades de estudo que compõem o
respectivo módulo será aprovado, porém, as unidades reprovadas deverão
ser cursadas em regime de dependências nos módulos seguintes.
4 O aluno não promovido por ter sido reprovado em 3 ou mais unidades de
estudo referentes a um único módulo ou a módulos anteriores, deverá
cursar novamente as unidades reprovadas nos módulos que serão
oferecidos.
5 O aluno não promovido em módulos iniciais deverá cursá-lo novamente
nos semestres seguintes, desde que seja ofertado, caso o mesmo não seja
oferecido o aluno deverá cursá-lo assim que for ofertado.
6 O aluno deverá matricular-se no quinto ou sexto módulos após ter sido
aprovado em todas as unidades de estudos que compõem os 4 módulos
iniciais, podendo cursar até duas unidades de estudo em regime de
dependência e continuar a progressão.
7 Nos cursos de licenciaturas existe a possibilidade que o aluno faça o quinto
módulo antes do quarto, porém o aluno deverá estar aprovado nos três
módulos já cursados.
141
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
142
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este documento resulta de um trabalho consciente, coletivo e
participativo de todos os envolvidos no processo educacional: professores,
coordenação, Pró-Reitoria acadêmica e alunos. Para sua elaboração foram
utilizados, como referência fundamental, os seguintes documentos: Coletânea
de Ordenamentos Legais Internos do Centro Universitário – UNIFEOB; Plano
de Desenvolvimento Institucional (PDI); Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9394, de 20/12/1996 e as propostas de reformulação para a
educação superior em nível mundial anunciadas pela UNESCO através do
documento “Tendências da Educação Superior para o Século XXI”.
Além desses referenciais, o nosso Projeto Pedagógico congrega as
diversas contribuições recebidas da comunidade acadêmica interna e externa.
Dessa forma, todos os envolvidos com a educação no UNIFEOB contribuem
para o sucesso do processo ensino-aprendizagem ofertado pelo Curso.