LICENCIATURA EM HISTÓRIA -...

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA São João da Boa Vista - SP 2014

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

PROJETO PEDAGÓGICO

DO CURSO DE

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

São João da Boa Vista - SP

2014

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

PROFESSORES ELABORADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO DO

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA DO UNIFEOB

Prof. Me. Vinicius Muhlethaler Beire – historiador

Coordenador do Curso de Licenciatura em História do UNIFEOB

Profa. Me. Márcia Mariza Belli– Pedagoga

Profa. Dra. Patricia Gomes Furlanetto – Historiadora

Prof. Me. João Fábio Diniz – Sociólogo

Prof. Esp. Marcos Silva – Geógrafo

Docentes do Curso de Licenciatura em História do UNIFEOB

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para

o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável

para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e

buscar uma nova estabilidade em função da promessa que

cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um

projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a

determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os

campos de ação possível, comprometendo seus atores e

autores. (Moacir Gadotti).

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Missão e Valores do UNIFEOB

A missão do UNIFEOB é “educar gerações, atuar na comunidade com

responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a

ética, a cidadania, a liberdade e a participação.”

Os valores que orientam o UNIFEOB são a dignidade do ser humano, o

pluralismo democrático, a transparência e responsabilidade nas relações

institucionais e comunitárias, o respeito à individualidade e diversidade de

ideias, o espírito de equipe e criatividade, além do compromisso com o meio

ambiente.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 8

1 A INSTITUIÇÃO .............................................................................................. 9

1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO .............................................................. 9

1.2 HISTÓRICO .............................................................................................. 9

1.3 ESPAÇO FÍSICO .................................................................................... 15

1.4 MISSÃO .................................................................................................. 16

1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS .............................................................. 18

1.6 INSERÇÃO REGIONAL ......................................................................... 19

1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA ..................... 20

2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL: ........................................... 23

FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS .............................................................. 23

2.1 PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS .................................................... 25

2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................... 25

2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO .................... 28

2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI ..................................... 40

2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ......... 43

3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ...................................................................... 47

3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO ................................................... 47

3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO .................. 49

4 PRINCIPIOS NORTEADORES DO CURSO ................................................. 52

4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO ................................................ 54

5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS ....................................... 56

5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESENVOLVIDAS NO CURSO DE

LICENCIATURA EM HISTÓRIA ................................................................... 58

5.1.1 OBJETIVOS .................................................................................... 58

5.1.2 COMPETÊNCIAS GERAIS DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA ... 59

5.1.3 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS DO CURSO DE

LICENCIATURA EM HISTÓRIA .............................................................. 60

6 PERFIL DO DOCENTE, COORDENAÇÃO E NDE ....................................... 62

6.1 PERFIL DOCENTE ................................................................................. 62

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL ............................................................ 65

6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO ............................................................... 66

6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ................ 68

7 METODOLOGIA DO CURSO ....................................................................... 70

8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ................................................. 73

8.1 MATRIZ CURRICULAR .......................................................................... 73

8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR ......................................................... 77

8.2 NÚCLEO BÁSICO, NÚCLEO ESPECÍFICO E NÚCLEO

COMPLEMENTAR ....................................................................................... 78

8.2.1 NÚCLEO ESPECÍFICO .................................................................. 79

8.2.2 NÚCLEO COMPLEMENTAR .......................................................... 91

8.2.3 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES ...................... 100

8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ............................................ 108

8.3.1 TUTORIA ...................................................................................... 109

8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO

DOS ALUNOS ....................................................................................... 110

9 AS ATIVIDADES PRÁTICAS ...................................................................... 112

9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO ............................................................ 113

9.1.1 OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO ......................... 114

9.1.2 FORMATO DOS ESTÁGIOS ........................................................ 114

9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ........................................ 116

9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES.................................................... 118

9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA NA ÁREA DE HISTÓRIA ....................... 120

9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE HISTÓRIA ..................... 121

10 ATIVIDADES DE ATENDIMENTO E APOIO ACADÊMICO AOS

DISCENTES ................................................................................................... 123

10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO .......................... 123

10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE ATENÇÃO AO

ESTUDANTE .............................................................................................. 124

11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA ...................................... 127

11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO CURSO ...... 127

11.1.1 COLEGIADO DO CURSO .......................................................... 127

11.1.2 CORPO TÉCNICO ...................................................................... 128

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

11.2. RECURSOS FÍSICOS ....................................................................... 129

11.2.1 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA ........................................ 130

11.2.2 BIBLIOTECA .............................................................................. 131

12 AVALIAÇÃO .............................................................................................. 134

12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM ..................................... 134

12.2 AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO ......................................................... 136

12.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................... 137

12.4 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ...................................... 139

12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIA ........ 139

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 142

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO

O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em História do

Centro Universitário Fundação de Ensino “Octávio Bastos” – UNIFEOB - é o

documento que imprime a direção, especificidades e singularidades, além de

apresentar, de forma clara, o funcionamento do curso, suas prioridades e

estratégias de trabalho.

O ensino de graduação, voltado para a construção do conhecimento

e formação de profissionais, não pode pautar-se por uma estrutura curricular

rígida. Assim, a flexibilização curricular é condição necessária à efetivação de

um projeto de pedagógico de qualidade.

A elaboração participativa desse Projeto Pedagógico pretende fazer

com que cada um dos envolvidos no Curso de Licenciatura em História se

torne intrinsecamente ligado pelo desafio que representa a construção e a ação

universitária. Sua caracterização, vitalidade, avaliação e atualização

dependerão do compromisso coletivo com o que nele está proposto e com as

transformações da universidade e da sociedade.

A comunidade acadêmica do Curso de Licenciatura em História,

assim como a de todos os cursos (licenciaturas, bacharelados e tecnólogos),

desejando contribuir para a sustentação de prioridades educacionais e com um

senso de empreendimento e determinação em pensar constantemente sobre

suas próprias ações, apresenta este Projeto Pedagógico como resultado de

amplos debates e reuniões acadêmicas. Tal documento passou a nortear, a

partir de 2013, as ações do curso com base nas aspirações coletivas. Como

também o mesmo foi revisado e atualizado no ano de 2014.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

1 A INSTITUIÇÃO

1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO

FEOB – Fundação de Ensino Octávio Bastos (Mantenedora)

UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos

Campus I – Centro

Rua General Osório, 433, Centro - São João da Boa Vista - SP - Brasil

(19) 3634-3300

Campus II

Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João - São João da Boa

Vista - SP - Brasil

(19) 3634-3200

Endereço de página na WEB: www.unifeob.edu.br

1.2 HISTÓRICO

A Fundação de Ensino Octávio Bastos (FEOB) é uma entidade de direito

privado, sem fins lucrativos, mantenedora do Centro Universitário – UNIFEOB.

Localizada em São João da Boa Vista - SP, a Instituição foi fundada em

04 de novembro de 1965, com o nome de Fundação Sanjoanense de Ensino,

por um grupo de cidadãos liderados por Octávio da Silva Bastos, à época

prefeito da cidade, conforme escritura lavrada no Livro de Notas n. 199, fls.

29/40, do 1º Cartório de Notas e Anexos, devidamente protocolada sob nº

6.790, registrada sob o n. 133, do Livro Sociedade Civil, em 23/08/1968.

A primeira faculdade implantada foi a de Direito, em 1967, reconhecida

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

em 1972, cujo diretor foi o Dr. Octávio da Silva Bastos.

Em 1971, foi implantada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,

com os cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras, Matemática e Ciências

Sociais, com reconhecimento em 1977. Desde aquela época, já havia a

preocupação dos dirigentes em atuar fortemente na formação de professores.

Em 1973, entrou em funcionamento a Faculdade de Ciências Contábeis

e Administrativas, cujo reconhecimento ocorreu em 1977.

A Faculdade de Medicina Veterinária iniciou suas atividades em 1987,

sendo reconhecida em 1992.

Em outubro de 2001, foi autorizada, pela portaria nº 2201, a abertura do

curso de bacharel em Ciências Biológicas, que entrou em funcionamento em

2002. Neste mesmo ano, foram autorizados mais três cursos, que passaram a

funcionar em 2003: pela portaria nº 2200, o curso de Bacharel em

Enfermagem; pela portaria nº 950, o curso de Bacharel em Fisioterapia e pela

portaria nº 837, o curso de Bacharel em Sistemas de Informação.

Ainda em 2002, com seu crescimento e a integração de seus cursos,

houve mudanças em seu estatuto e, juntos, os cursos de graduação e de pós-

graduação passaram a compor as FIFEOB – Faculdades Integradas da

Fundação de Ensino Octávio Bastos.

Em dezembro de 2003, depois de atender a todas as exigências do

MEC, as FIFEOB conquistaram o status de Centro Universitário. Assim, foi

adotado o nome UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino

Octávio Bastos.

No dia 24 de abril de 2004, o UNIFEOB passou a integrar o seleto grupo

de instituições de ensino superior, reconhecido, por seu trabalho comunitário,

como uma das 45 entidades filiadas à ABRUC- Associação Brasileira das

Universidades Comunitárias, dentre mais de 1600 escolas de ensino superior

do Brasil.

Com a autonomia concedida pelo MEC, em 2005 foram oferecidos os

cursos de licenciatura em História, Geografia, Química, Física e Ciências

Biológicas.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Em 2007, foram iniciados nove Cursos de Superiores de Tecnologia:

Comércio Exterior, Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade, Gestão de

Recursos Humanos, Gestão Pública, Logística, Marketing, Processos

Gerenciais e Agronegócios.

Em 2013, após uma reestruturação financeira, foram abertos os cursos

de Bacharelado em Engenharia Agronômica, Engenharia Civil e Arquitetura e

Urbanismo, além da reabertura dos cursos em licenciatura que, por motivos

financeiros, haviam sido encerrados entre 2011 e 2012.

Através dos projetos de graduações modulares, todos os cursos das

Licenciaturas tornaram-se integrados, de acordo com a Portaria nº 05, de 17 de

dezembro de 2012, lavrada e assinada pela Pró Reitoria Acadêmica. Todos os

coordenadores trabalham em conjunto, tornando o Projeto de Formação por

Competências um projeto de formação de novos educadores, igualmente

capazes de levar às salas de aula o mesmo princípio de que conteúdo é o meio

e não um fim em si mesmo. O Projeto Pedagógico Institucional do UNIFEOB

norteia, por sua vez, a elaboração dos projetos de seus cursos de graduação e

de pós-graduação, tanto presenciais como a distância. Comprometendo-se

com o desenvolvimento integral de cada aluno, e ao contrário dos currículos

tradicionais, em que o professor ocupa o centro do processo, na formação por

competências desloca-se o professor do centro e o aluno passa a ocupar esse

espaço.

Em seu processo de expansão, criou, em 2013, o Núcleo de Educação a

Distância (NEaD). Além de mantém diversos cursos de Pós-Graduação nas

áreas de Gestão (MBA) e Educação, a Universidade da 3ª Idade; esta última,

uma das pioneiras no Brasil, funcionando desde 1992, entre outro projetos.

Em 2014, no UNIFEOB estão matriculados por volta de 5000 alunos de

São João da Boa Vista e região, também de vários estados do País,

distribuídos entre 28 cursos de graduação (licenciatura, bacharelado e

tecnólogo); 2 de pós-graduação; diversos cursos de extensão (presencial e on-

line), além de cursos técnicos.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Para atender a demanda por informações dessa comunidade acadêmica

e da população em geral, o UNIFEOB possui duas bibliotecas: no Campus I,

localiza-se a Biblioteca Central e, no Campus II, a Biblioteca Setorial.

O acervo é formado por 46.000 títulos, entre livros, obras de referência,

dicionários, enciclopédias, atlas, compêndios, periódicos nacionais e

internacionais, monografias, teses, multimídia, mapas geográficos e históricos.

Os serviços oferecidos pelo Sistema de Bibliotecas dispõem de acesso

informatizado à base de dados, de empréstimos e renovações online,

pesquisas bibliográficas, reservas de livros, pedidos de obras de comutação

bibliográfica – COMUT -, além de salas de estudo e modernos computadores

com internet. Ainda contemplando a busca de informações que possam

melhorar o aprendizado, os alunos contam com o Sistema Pergamum,

plataforma de consulta online ao acervo físico do UNIFEOB; a Biblioteca Virtual

3.0 (Pearson); a Minha Biblioteca (Saraiva) e links de periódicos on line como a

Revista dos Tribunais.

Com o objetivo de facilitar a inclusão social de pessoas com deficiência

visual, funciona, junto à Biblioteca Central, a Biblioteca Braille, cujo espaço é

adaptado ao bem estar das pessoas com deficiência visual e outros tipos de

deficiência. Com apoio da Fundação Dorina Nowill e do Projeto Laura, o acervo

da biblioteca conta com obras impressas em Braille e em formato digital.

Também se preocupando com inserção, o UNIFEOB mantém um Núcleo

de Desenvolvimento e Inovação, que tem por objetivo oferecer aos

universitários um estímulo para aprimorar os conhecimentos e obter uma

qualificação profissional séria e de consistente que lhe abra portas no mercado

de trabalho. Para tanto, mantém convênios com empresas e entidades de toda

a região, muitas delas reconhecidas nacionalmente, como o SEBRAE e a

UNILEVER, para os cursos na área de Negócios, e o Complexo Damásio de

Jesus, para os alunos do curso de Direito.

Modernas tecnologias de informação e comunicação (TICs) foram

implementadas, potencializando o processo de ensino-aprendizagem, uma vez

que funcionam como ferramentas facilitadoras e integradoras das estratégias

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

metodológicas adotadas. Entre as tecnologias, destacam-se a utilização do

AVA (Ambiente Virtual do Aluno), uma evolução da plataforma Moodle, para a

disponibilização de materiais didáticos, exercícios e vídeo-aulas, envio e

desenvolvimento de atividades. Ainda no AVA disponibilizam-se cursos de

aprimoramento nas áreas de Português, Matemática, Inglês, Educação

Ambiental, Africanidade, Cultura indígena, Libras e Administração do tempo.

Outro grande trunfo do UNIFEOB é a parceria com a UNESP

(Universidade Estadual Paulista), que utiliza as instalações do campus II,

possibilitando um intercâmbio entre alunos e professores de ambas as

instituições.

O UNIFEOB é credenciado junto ao Novo FIES e PROUNI, assim como

ao Programa do Governo Estadual – Escola da Família.

Porém, sem dúvida alguma, o grande diferencial acadêmico do

UNIFEOB situa-se no corpo docente, altamente qualificado e engajado no

mercado de trabalho, e no novo Projeto Pedagógico, baseado na formação por

competências, descrito mais adiante.

Além das atividades acadêmicas, o UNIFEOB desenvolve, com

participação dos docentes, discentes e colaboradores administrativos, vários

projetos de extensão e de ações sociais e culturais, que atendem a

comunidade extra-muro da Instituição; o que lhe confere anualmente o selo de

instituição socialmente responsável, certificado pela Associação Brasileira das

Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES.

Dentre eles, podem-se destacar, à guisa de exemplo:

- O Projeto Laura, criado em 2002, tem por função promover a

integração social de pessoas com deficiência visual, por meio do método

Braile, que inclui leitura e escrita. Realiza ações como capacitação

profissional com a inclusão digital, aulas de Braile, programas de divulgação,

estágios, inclusão nas empresas da região, workshops de sensibilização, entre

outras. Para os deficientes visuais e todos os interessados, o Projeto Laura

oferece, desde 2009, o curso de Braille, que emite certificado como curso de

extensão.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

- O Projeto Equoterapia, também iniciado em 2002, tem como sede a

Fazenda Escola do UNIFEOB. Envolve alunos de Fisioterapia, Medicina

Veterinária e Pedagogia que, além de receber uma bolsa-estágio, adquirem

conhecimentos práticos e aperfeiçoam habilidades imprescindíveis para o

mercado de trabalho, como trabalhar em equipe, comemorar avanços, ter

tolerância, saber lidar com frustrações, além de desenvolver a empatia.

A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de

uma abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento biopsicossocial

de pessoas que apresentam deficiências como lesões cerebrais e raqui-

medular, autismo, síndrome de Down, síndrome de Rubenstein-Taybi,

síndrome de Angelman, paralisia cerebral, lesões provocadas em acidentes,

terceira idade, transtorno opositor e microcefalia.

- O Programa de relacionamento UNIFEOB tem por objetivo contribuir,

através de palestras, aplicação de testes de sondagem vocacional, visitas aos

campi etc, para a orientação profissional dos alunos do Ensino Médio

(principalmente 3º ano).

Destaca-se o “Universo UNIFEOB”, um evento anual frequentado por

alunos de escolas públicas e particulares de São João da Boa Vista e região,

ocasião em que cada curso do UNIFEOB apresenta aspectos interessantes de

sua proposta de ensino-aprendizagem, no intuito de auxiliar os egressantes do

Ensino Médio a decidirem sobre o prosseguimento de seus estudos.

- A Universidade da Terceira Idade teve seu início no ano letivo de 1992,

com a proposta de estimular e possibilitar a reinserção social da pessoa idosa,

permitindo-lhe acesso à educação continuada através da participação em

atividades educativas, socioculturais e de ação comunitária.

Sempre levando em conta o perfil dos participantes, a Universidade da

Terceira Idade, estruturada em encontros semanais, palestras, oficinas etc,

caracteriza-se como um espaço onde se discutem temas da atualidade,

trocam-se informações, atualizam-se conhecimentos, organizam-se teatros,

confraternizações, passeios etc, permitindo ao aluno trabalhar a autoestima,

integrar-se socialmente, além de experienciar novos desafios.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

- O Projeto Um Olhar no Amanhã iniciado em agosto de 2014,

amalgamando uma proposta social de melhorar a qualidade de vida dos idosos

moradores do Lar Nossa Senhora de Lourdes, situado em Águas da Prata, e

uma proposta acadêmica de contribuir para a capacitação dos alunos no que

se refere ao gerenciamento de um lar para idosos em todos os seus aspectos,

propondo soluções para problemas e situações reais, ao mesmo tempo em que

possibilita aos envolvidos se desenvolverem como cidadãos atuantes,

socialmente comprometidos.

Sendo uma aplicação da missão e valores preconizados pelo UNIFEOB,

o projeto, que se dirige aos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia,

Arquitetura, Enfermagem, Fisioterapia, Direito e Administração, almeja a

multiplicação da proposta para outras instituições de cuidados aos idosos.

Pela seriedade de suas propostas, - tanto para o âmbito acadêmico

como fora dele - pela qualidade de seus cursos e, consequentemente, da

formação de seus alunos; pelo pioneirismo de suas ações; por sua reverência à

tradição, associada à busca contínua de inovação em todos os seus processos,

o UNIFEOB conquistou, nestes seus quase 50 anos de história, respeito e

confiança, ocupando lugar de destaque dentre as mais importantes instituições

superiores da região.

1.3 ESPAÇO FÍSICO

A Instituição abriga dois campi.

No campus I, distribuídos em quatro prédios, localizam-se a secretaria

do vestibular, a biblioteca central, 04 laboratórios de informática, o escritório

modelo, o fórum escola, uma quadra poliesportiva, todos os setores

administrativos da instituição, além do Centro Cultural. Neles também se

encontram as salas de aula de cursos superiores de graduação e pós-

graduação, o estúdio do Núcleo de Educação à Distância, a Secretaria de pós-

graduação e a Central de atendimento do FIES.

No campus II, com área de 123 mil m2, alojados em nove edificações (15

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

mil m2 de área construída), estão instalados os laboratórios dos cursos da área

de Saúde, laboratórios de Informática, a biblioteca setorial, um moderno

hospital veterinário e a secretaria setorial. O campus II abriga cantinas, quadra

poliesportiva, estacionamentos e as salas de aula de cursos superiores de

graduação – licenciatura, bacharelado e tecnologia -, e dos cursos técnicos

oferecidos através do Pronatec; dispondo ainda de amplo espaço para os

novos cursos que a Instituição planeja oferecer.

Anexa à Santa Casa de Misericórdia “Dona Carolina Malheiros”,

localizada em São João da Boa Vista, o UNIFEOB mantém sua clínica-escola

para os alunos do curso de Fisioterapia, equipada com os mais modernos

aparelhos para as atividades práticas dos cursos e para atendimento da

comunidade.

Próximo ao campus II, em uma área com mais de 150 hectares, situa-se

a Fazenda Escola, onde são desenvolvidas atividades práticas e

interdisciplinares dos cursos de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas,

Engenharia Agronômica, Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo,

Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, Geografia, Gestão Ambiental, entre

outros.

1.4 MISSÃO

Acompanhando os rápidos e profundos movimentos de transição da

sociedade, em particular do mercado de trabalho e do desenvolvimento e

emprego de novas tecnologias, o UNIFEOB, em diversos momentos de sua

trajetória, passou por reformulações organizacionais significativas, tanto em

seus aspectos administrativos como acadêmicos.

Preparada para oferecer uma formação de excelência, a Instituição vem

enfrentando os novos desafios ao inovar e utilizar estratégias para

proporcionar, a seus alunos, a construção dos conhecimentos e das

competências que o profissional de nossos dias deve demonstrar para atender

às exigências crescentes da sociedade e das organizações que atuam em

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

ambientes cada vez mais complexos.

Projetos pedagógicos inovadores de seus cursos de graduação e pós-

graduação, adoção de novas tecnologias educacionais, qualificação e

atualização permanentes de seu quadro de funcionários em todos os níveis, de

ampliação e modernização de sua infraestrutura, relacionamento intenso com a

comunidade por meio de projetos de extensão e de prestação de serviços, são

algumas das ações que vêm sendo continuamente realizadas.

Fundamentado desde o início de sua formação nos valores de

responsabilidade ética e social, o UNIFEOB tem como proposta desenvolver

suas atividades educacionais num sentido amplo, contribuindo para a formação

de um cidadão e profissional imbuído de valores éticos que, com competência

técnica, atue no seu contexto, agindo nos mais diversos setores sociais.

A missão do UNIFEOB é educar gerações, atuar na comunidade com

responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a

ética, a cidadania, a liberdade e a participação.

Desta forma, o UNIFEOB procura pautar suas atuações com base nos

valores de respeito à dignidade do ser humano, no pluralismo democrático, na

transparência de suas ações internas e externas, na responsabilidade em suas

relações institucionais e comunitárias, no respeito à individualidade e

diversidade de ideias, no espírito de equipe e na criatividade, além do

compromisso com o meio ambiente.

Em suma, as finalidades do UNIFEOB, inseridas em seu estatuto,

especificamente, em seu capítulo II, artigo 5º, são:

I - promover a educação integral do ser humano pelo cultivo do saber

nas áreas de conhecimento dos cursos que ministra;

II- incrementar, preservar e desenvolver a cultura por meio da

indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa, notadamente

como iniciação científica, e de extensão;

III - formar e aperfeiçoar profissionais, com vistas à sua realização,

valorização e ao desenvolvimento econômico, sócio-político, cultural e

espiritual do País;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

IV - promover a pesquisa aplicada e iniciação científica;

V - promover a cultura, desenvolver a vida social dos alunos e manter

vivos os ideais de brasilidade e solidariedade humana;

VI - contribuir para o desenvolvimento harmônico e integral da

comunidade local, regional e nacional;

VII - atuar no campo da extensão, como forma de levar à comunidade os

valores e bens morais, culturais, científicos e econômicos, inerentes a

sua atividade educacional;

VIII - respeitar os valores morais, cívicos e religiosos, com vista ao

aperfeiçoamento da sociedade e à promoção do bem-estar comum;

IX - atuar na comunidade, assumindo postura crítica, livre e ética;

X - ser uma instituição democrática, comprometida com os princípios da

liberdade, responsabilidade, justiça e solidariedade humana.

1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS

Desde 1999, a comunidade das então Faculdades Isoladas e agora do

UNIFEOB realiza reuniões para definir e redefinir os "Objetivos e Metas" para a

Instituição. Alguns objetivos foram implantados desde então e outros são

sempre revistos. A transformação em Faculdades Integradas e, posteriormente,

em Centro Universitário criou os Órgãos Colegiados e estabeleceu um novo

fórum de discussão. Assim, o Conselho Universitário – CONSUNI - e o

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE - passaram a ser os

órgãos máximos de deliberação. Contando previamente com objetivos e metas

traçadas, busca-se, sistematicamente consolidar os Objetivos Gerais do

UNIFEOB a partir de todo o amplo processo de discussão que é sempre

travado dentro da Instituição na direção da consolidação de seu PDI.

Ao explicitar seus objetivos gerais, o UNIFEOB reafirma seu

compromisso com sua missão e seus valores e quer ser reconhecido como

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

uma instituição comunitária, sem fins lucrativos, inserida em seu meio e

preocupada com o cidadão egresso de seus cursos. Os objetivos priorizados

em seu ultimo PDI foram:

1. Proporcionar uma formação emancipatória, buscando as

consciências sociais, pessoais e profissionais, valorizando as dimensões

éticas, solidárias e estéticas;

2. Melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem;

3. Consolidar o Centro Universitário como referência regional;

4. Diversificar apoios educacionais;

5. Implantar de políticas para a melhoria de instalações físicas

funcionais.

1.6 INSERÇÃO REGIONAL

A vocação regional do UNIFEOB abrange um conjunto de municípios

localizados no leste do Estado de São Paulo e sul do Estado de Minas Gerais,

tendo como extremos aproximados as cidades de Socorro, Itapira, Descalvado,

Porto Ferreira e Santa Rosa do Viterbo, no Estado de São Paulo; e Monte

Santo de Minas, Guaxupé, Alfenas, Varginha e Pouso Alegre, no Estado de

Minas Gerais. O eixo da região é composto pelas cidades de São João da Boa

Vista, Mogi Guaçu e Poços de Caldas. A extensão aproximada da área é de

33.000 km2, sendo que, em relação à cidade de São João da Boa Vista, a

maior distância é de 200 km.

O comprometimento do UNIFEOB com o desenvolvimento regional não é

propriamente uma novidade na história da Instituição, pois desde sua

fundação, há quase cinquenta anos, a Fundação de Ensino Octávio Bastos

busca oferecer, através de sua política de inserção, benefícios sócio-

econômico-culturais para a população residente na área regional de São João

da Boa Vista. As ações implantadas decorrentes desta política proporcionam,

entre outros:

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

• Utilização de suas bibliotecas (central e setorial), pela comunidade;

• Suporte técnico / logístico, apoiando a realização de ações de práticas

acadêmicas, bem como de campanhas de esclarecimento da população,

nas diferentes áreas de atuação da instituição, tais como Projeto de

Castração, Saúde Coletiva, Escritório Modelo, Fórum Escola, Projeto

Laura, Equoterapia, Clínica de Fisioterapia, Projeto de Reciclagem,

Veterinária Solidária e muitos outros mais;

• Priorização de postos de trabalho para a mão de obra local;

• Realização de projetos e trabalhos na área de educação através de

parcerias com prefeituras da região, Diretorias Regionais de Ensino e

instituições privadas de ensino básico.

• Convênios com o Sistema Único de Saúde e com a rede básica de

saúde do município e o desenvolvimento de diversos projetos de

extensão dentro de Centros de Convivência para dependentes químicos

e idosos.

• Parceria com o SEBRAE para o desenvolvimento de práticas

empreendedoras em diversas áreas e para toda a região.

1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA

São João da Boa Vista dista 229 km do município de São Paulo, 123 km

do município de Campinas, 224 km do município de Franca e 39 km do

município de Poços de Caldas.

Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística

(IBGE), São João da Boa Vista conta com 83.312 habitantes. A economia

regional é mista, possui municípios com polos tecnológicos de referência

terceira nos setores industrial, agrícola, de ensino e de saúde, e municípios de

pequeno porte com características eminentemente rurais.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

A rede de ensino básica conta com 66 instituições entre escolas públicas

e privadas, além das escolas profissionalizantes e de qualificação profissional,

como: Instituto Federal (antigo CEFET), SENAI e SENAC. O Índice de

alfabetização do município ultrapassa 94% do total de habitantes e o IDH de

São João da Boa Vista colocam-no em 15ª posição entre os 645 municípios do

Estado de São Paulo e ocupa a 54ª melhor posição do IDH no Brasil. Desde a

criação do curso de Pedagogia (1971) pela então Fundação Sanjoanense de

Ensino, o município de João da Boa Vista vem oferecendo à região um grande

número de profissionais para educação básica. Nesse sentido, a reorganização

das licenciaturas vem dar continuidade a já um perfil regional, isto é, o de

formar professores para toda a região em torno do município.

Na área da saúde, o município é sede da Direção Regional do Sistema

Único de Saúde (SUS) e atende 20 municípios. Mantém um hospital Geral

(Santa Casa de Misericórdia), com 249 leitos operacionais sendo 144 deles

conveniados SUS, 88 de outros convênios e 10 de UTI; além de atendimentos

especializados; um Hospital Cooperado (Unimed Leste Paulista) com 54 leitos;

1 Centro de Diagnóstico e Tratamento Oncológico; e Centros Diagnósticos

privados com recursos de Tomografia Computadorizada, Mamografia,

Ressonância Magnética, dentre outros.

O município possui, ainda, um asilo, cinco centros de convivência de

idosos, oito creches, dois Centros de convivência de dependentes químicos,

um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e um Centro de Atenção

Psicossocial para Dependentes Químicos (CAPSAD).

A Rede Básica de Saúde municipal possui treze Unidades Prestadoras

de Serviço, sendo seis UIS (Unidade Integrada de Saúde) no modelo

convencional e seis Unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) que

contam com agentes comunitários, odontologia preventiva, atendimento ao pré-

natal e puerpério, pacientes cardíacos e diabéticos. Tem cadastrado um Pronto

Socorro Municipal, e os Serviços de Radiologia Clínica, Serviço de

Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Imunização, Remoção de Pacientes

e Vigilância Sanitária e Epidemiológica.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Na área de negócios, segundo a Associação Comercial e Empresarial e

o IBGE, o município conta com aproximadamente 400 indústrias em diversos

setores (metalurgia, química, álcool e açúcar, plástico, entre outros), 1.400

prestadores de serviços, 40 empresas ligadas ao agronegócio e 10 agências

bancárias, além de ter mais de 2.000 estabelecimentos comerciais, num total

de 4127 empresas cadastradas.

São João da Boa Vista também se destaca em seu perfil agrícola, com

produção de milho, café, feijão e cana-de-açúcar. Contando com 13

agropecuárias, 20 empresas cerealistas e 07 empresas de diversos produtos

agrícolas (café, batata, milho entre outros) Na pecuária, o principal produto é

gado de corte, mas mantém também a produção de gado leiteiro.

Enfim, tais setores direcionam e mantém São João da Boa Vista como

um centro regional de desenvolvimento econômico, gerando emprego, renda e

uma constante melhora na qualidade de vida. Através de políticas de incentivo,

o município vem atraindo novos empresários e novos setores não só para

cidade, mas para toda a região.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL:

FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS

Os Projetos Pedagógicos de Cursos do UNIFEOB são construídos tendo

como base seu Projeto Pedagógico Institucional (PPI), fundamentado na

Formação por Competências, em todas as suas dimensões. Respeitando as

particularidades de cada curso e a autonomia de seus coordenadores, essa

estratégia garante a manutenção, em todos os cursos, da organização

sistêmica da Instituição e do foco na formação integral de seus alunos, de sua

Missão e de seus Valores, o que reforça, em toda a comunidade acadêmica,

sua tradição, inovação e excelência no desenvolvimento de suas atividades.

O Projeto Pedagógico do Curso Licenciatura em História, aqui

apresentado, segue o mesmo princípio. Em capítulos próprios, posteriores à

apresentação do PPI, são descritos seus objetivos, perfil profissional,

organização curricular, metodologias, atividades, e outros componentes

específicos.

O PPI do UNIFEOB procura refletir seu projeto acadêmico, que vem

sendo implantado e desenvolvido em todos os seus cursos presenciais e no

planejamento de seus cursos a distância. Isto significa que ele pode ser visto

como a tradução documental das ações efetivamente postas em prática, tendo,

como prioridade, a formação de seus alunos.

Embora paradoxal, já que a relação entre o dito e o feito deveria nortear

os processos educacionais de qualquer Instituição de Ensino Superior (IES),

constata-se que projetos de várias IES podem ser vistos como meros

documentos oficiais atrelados ao regimento e às normas institucionais a serem

apresentados, em diferentes ocasiões, aos órgãos de controle e avaliação das

IES como MEC/INEP/CNE. Não é o que acontece com o UNIFEOB.

Corajosamente questionando seus moldes de ensino até então vigentes,

o UNIFEOB lançou-se, a partir de 2012, no desafio de construir novo projeto

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

pedagógico que fosse condizente com uma concepção de ensino superior que

mescla saber fazer, - voltado para a profissionalização -, com saber pensar, -

que sustenta o aprendizado do ofício. Em outras palavras, um projeto que não

vê a educação superior unicamente como formação de especialistas, mas

como ferramenta para aprender; possibilitando ao sujeito desenvolver suas

potencialidades, conhecer melhor a si próprio e ao mundo, além de se preparar

de forma mais condizente com as exigências atuais do mercado de trabalho.

Para tanto, o UNIFEOB procurou, inicialmente, romper alguns

obstáculos culturais, de crenças e de valores, naturalmente arraigados em

membros de sua comunidade acadêmica, por meio de um processo de

desconstrução gradual, alicerçada em discussões sistemáticas com

professores e coordenadores de cursos, lideradas pela Reitoria da Instituição.

Esse processo foi essencial, uma vez que mudanças geralmente implicam abrir

mão da segurança do que se tem pronto e superar a incerteza do como inovar

e do como (re)construir.

A arquitetura do projeto foi planejada tendo, como concepção, a

Formação por Competências. Um dos princípios básicos da Instituição é

acreditar que, além da sólida formação acadêmica e profissional, formar para o

desenvolvimento de competências significa, também, educar para a autonomia,

capacidade de iniciativa e de autoavaliação, responsabilidade, ampliação da

capacidade de trabalho, de concepção e realização de trabalhos e projetos. Ou

seja, acreditar que, para desenvolver competências, é preciso promover a

mobilização e organização de conhecimentos, habilidades e atitudes.

Em suma, o Projeto Pedagógico Institucional do UNIFEOB traduz o

desafio que a Instituição se impôs: partindo do perfil dos ingressantes que

procuram seus cursos, criar as condições mais favoráveis para que possam

construir sua própria formação e expandir sua vivência profissional, tornando-

se aptos a se ajustar mais facilmente à dinâmica da sociedade e às exigências

de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Em outras palavras,

colocar a educação a serviço das reais necessidades dos alunos,

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

proporcionando as melhores condições de preparação para o início do

exercício profissional.

2.1 PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS

2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

As mudanças sociais, econômicas e tecnológicas do mundo

contemporâneo vêm provocando, nas últimas décadas, transformações

profundas; sendo seus impactos sentidos, principalmente, na atual

configuração do mercado de trabalho e nas relações de emprego, o que reflete,

diretamente, na exigência de um profissional com competências que o

habilitem à inserção produtiva nesse novo cenário. Assim, pensar de maneira

crítica e estratégica, analisar situações e planejar ações, demonstrar atitude,

tomar decisões, coordenar e liderar equipes de trabalho, saber comunicar-se

são algumas das competências que o profissional dos nossos dias deve

demonstrar para atender às organizações que atuam em ambientes cada vez

mais complexos e, acima de tudo, mutantes, o que acresce o desafio de que o

profissional seja capaz de se repensar a cada instante.

Tendo em vista esse paradigma, o UNIFEOB (pre)ocupa-se em

organizar currículos e projetos que traduzam as competências profissionais

exigidas em competências a serem trabalhadas e desenvolvidas no âmbito

escolar, fugindo, assim, da mera adaptação das atividades do mercado de

trabalho. E, sendo que é a qualidade educacional que determina a qualificação

para o exercício profissional, assume a responsabilidade por uma

aprendizagem fundamentada e significativa.

A organização e a estrutura dos currículos baseiam-se em estratégias

pedagógicas próprias, tendo como base a associação de conteúdos

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

contextualizados, evitando, assim, a visão tecnicista e a dicotomia entre teoria

e prática. Isso significa proporcionar aos alunos o aumento de suas

potencialidades e a oportunidade de trabalhar com situações-problema,

desenvolvendo capacidades relativas à cooperação, comunicação, autonomia,

criatividade etc. Além disso, é pressuposto pelo UNIFEOB que tais estratégias

sejam abertas a alterações, mudanças, avaliações e adequações, garantindo a

constante atualização curricular.

Por sua vez, o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do UNIFEOB

norteia a elaboração dos projetos de seus cursos de graduação e de pós-

graduação, tanto presenciais como a distância. Comprometendo-se com o

desenvolvimento integral de cada aluno, todos seus PPCs (Projetos

Pedagógicos de Cursos) estão sendo construídos dentro do modelo de

Formação por Competências.

Ao contrário dos currículos tradicionais, em que o professor ocupa o

centro do processo, na formação por competências desloca-se o professor do

centro e o aluno passa a ocupar esse espaço. Privilegia-se a organização

curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com o mundo do

trabalho. Formar para o desenvolvimento de competências significa, também,

educar para a autonomia, para a capacidade de iniciativa e de autoavaliação,

para a responsabilidade, para a ampliação da capacidade de trabalho, de

concepção e realização de trabalhos e projetos.

Ressalte-se que a implantação do Projeto Pedagógico Institucional

requer, necessariamente, a visão sistêmica de toda a comunidade acadêmica,

sem perder de vista, no entanto, a individualidade e a identidade própria de

cada curso.

Todo o movimento desse projeto inovador é voltado para o aluno.

Utilizando metodologias dinâmicas e orientadas por professores altamente

capacitados, o trabalho, tanto presencial como em espaços virtuais, procura

fornecer, ao longo do curso, as condições para que o aluno se torne um

indivíduo motivado, comprometido e habilitado, capaz de dirigir sua própria vida

profissional.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Reside aí a proposta curricular inovadora do UNIFEOB, cujo design

sistêmico a aproxima de uma configuração espiral de abordagem dos

conhecimentos, possibilitando a prática da inter e da transdisciplinaridade.

São três os pilares que sustentam o projeto UNIFEOB de ensino-

aprendizagem baseado em competências:

1º) SABER, que envolve busca de conhecimento, de compreensão da

realidade;

2º) SABER-FAZER, que implica desenvolver diferentes competências

que habilitem o exercício de atividades;

3º) QUERER FAZER, que exige atitude para o pleno exercício de uma

atividade.

Com base nesses preceitos, são estruturadas as matrizes curriculares e

planejadas as atividades das unidades de estudo que compõem cada curso;

tendo, porém, todos eles, por objetivo que o egresso tenha desenvolvido

competências e habilidades para:

• analisar o campo de atuação profissional e seus desafios

contemporâneos;

• ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender, abertura

às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu

exercício profissional;

• desenvolver capacidade de transferir conhecimento de vida e da

experiência cotidiana para o âmbito do seu campo de atuação profissional,

revelando-se profissional adaptável;

• saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação

profissional, assim como gerar conhecimento a partir da prática profissional;

• exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social,

entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social;

• acompanhar e incorporar inovações tecnológicas no exercício da

profissão.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO

A organização da estrutura curricular e o planejamento das atividades

que compõem os PPCs passam, necessariamente, por diferentes fases:

diagnóstico, elaboração da estrutura, implantação, gestão, acompanhamento e

avaliação. Todas elas exigem a participação integrada dos profissionais

acadêmicos. Em vários momentos, principalmente no processo de avaliação,

os alunos também têm a sua participação assegurada.

Para o planejamento e o desenvolvimento de cada uma dessas fases,

são considerados os seguintes princípios:

- o conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo e as diferenças

existentes entre os alunos ingressantes;

- o interesse real do aluno e a proximidade com a prática profissional;

- a identificação das competências e conhecimentos prévios que o aluno

já possui;

- o estímulo à comunicação, ao raciocínio, à criatividade, à imaginação e

à superação de dificuldades e ao enfrentamento de desafios;

- o incentivo ao diálogo construtivo e à participação em grupo;

- o exercício da autonomia por meio de escolhas responsáveis,

autoavaliação e aceite a regras preestabelecidas em conjunto.

2.1.2.1 Diagnóstico

Análise dos perfis de ingressantes e definição dos perfis dos egressos é

realizada em todo o processo, dando sustentação efetiva à organização da

estrutura curricular e ao planejamento das atividades que compõem os PPCs.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Na definição do perfil dos egressos de cada curso, o colegiado analisa o

perfil de tais alunos no momento do processo seletivo, - através dos resultados

e análises obtidas pela CPA (Comissão Própria de Avaliação) -, em

consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos referidos cursos.

Assim, todo planejamento, desde as matrizes curriculares até as atividades que

são desenvolvidas durante as aulas, tem como ponto de partida o perfil traçado

para os concluintes do curso, perfil esse também definido com base na análise

das ocupações - específicas e atitudinais - que compõem as áreas profissionais

(ou de grupos de ocupações afins a um processo ou atividade produtiva) e das

competências exigidas aos profissionais da área.

Ressalte-se que, além dos referencias das Diretrizes Curriculares

Nacionais (DCNs/MEC) de cada curso, esse trabalho preocupa-se em atender,

igualmente, às expectativas do indivíduo, do mercado e da sociedade, além de

levar em conta as condições e as demandas locais e regionais, assim como a

vocação e a capacidade de atendimento da Instituição. Assim sendo, para a

definição do perfil, considera-se também a importância de o profissional, além

de transitar em sua área específica, desenvolver competências diversas que

lhe trarão uma visão mais sistêmica do mundo atual e suas possibilidades,

garantindo-lhe poli-valência profissional. Para tanto, busca-se responder às

seguintes questões:

- o que esse profissional precisa saber: que conhecimentos são

fundamentais?

- o que ele precisa saber fazer: que competências/habilidades são

necessárias para o desempenho de sua prática profissional?

- o que ele precisa saber ser: que valores, atitudes, ele deve

desenvolver?

- o que ele precisa saber para agir: que atributos são indispensáveis à

tomada de decisões?

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

2.1.2.2 ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA: A Organização das Matrizes

Curriculares

Deve-se lembrar de que um PPC baseado na Formação por

Competências considera que o conteúdo é meio e não fim. Isso significa que,

ao longo de todo o curso, são trabalhados temas abrangentes, utilizando

metodologias e atividades teóricas e práticas fundamentadas, significativas

para os alunos, o que prioriza a construção de conhecimentos e lhes dá

condições para ter, desde o início do curso, contato direto com sua futura área

profissional assim como uma visão da heterogeneidade constitutiva da

atualidade.

Ao contrário dos currículos tradicionais, a concepção do curso não

prioriza o "esgotamento" de conteúdos e sim a formação integrada e

significativa para os alunos, orientada por um corpo docente qualificado,

constituído por profissionais altamente reconhecidos.

Por questões operacionais, as Matrizes Curriculares dos cursos são

organizadas em módulos semestrais e, em cada um deles, tendo como base as

competências esperadas dos egressos, são delineados os eixos condutores de

cada módulo. Essa organização sustenta o planejamento, as ações e a

avaliação do professor.

A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo (Disciplinas), com

cargas horárias pré-estabelecidas. Nada impede, no entanto, que os alunos

sejam continuamente estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que

os limites entre elas devem ser, necessariamente, indefinidos.

Para garantir aos alunos as condições de aquisição das competências

ao longo de sua formação e para facilitar o planejamento, o desenvolvimento

de atividades interdisciplinares significativas e o processo de avaliação, as

Unidades de Estudo são organizadas na forma de Temas. Definidos pelo

professor responsável juntamente com a equipe acadêmica, o(s)

coordenador(es) do curso e os demais professores do módulo, os Temas

devem privilegiar as competências gerais e específicas preestabelecidas,

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

abranger os conteúdos a serem trabalhados e ser interligados

transversalmente.

Característica importante do projeto é que, considerando as

particularidades de cada curso, é recomendável que nenhuma Unidade de

Estudo seja pré-requisito de outra.

2.1.2.3 Implantação: Atividades e Metodologias

Como o foco principal de um projeto baseado no modelo de Formação

por Competências é o aluno e seu trabalho em sala da aula ou em um

ambiente virtual, um dos principais pontos do planejamento de um curso e de

suas Unidades de Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das

metodologias que serão empregadas. Para garantir sua integração e a

constante motivação do aluno, esse passo deve ser seguido continuamente, ao

longo do semestre, pelo conjunto de professores de forma participativa. Além

disso, deve-se garantir a diversidade de situações e atividades de

aprendizagem, sempre articuladas com as competências em construção e

desenvolvimento.

No planejamento das Unidades de Estudo/Disciplinas, em vez de se

partir de um corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se

efetuam escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais

importantes, parte-se de situações concretas, na medida das necessidades

requeridas por essas situações.

Assim, elas devem contextualizar e problematizar os temas a serem

trabalhados de maneira prática, tendo como estratégias, entre outras, debates,

seminários, aulas expositivas dialogadas, discussões sobre filmes e obras

literárias, leituras direcionadas; sendo um de seus objetivos integrar os

conteúdos desenvolvidos nas outras Unidades de Estudo que compõem o

módulo (trabalho interdisciplinar). O trabalho dos alunos envolve, também,

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

visitas técnicas monitoradas, atividades complementares e estágio

supervisionado que inclui a elaboração de relatórios circunstanciados.

Uma ferramenta importante para o incremento do trabalho que objetiva

desenvolver competências são as TICs, uma vez que, inseridos na sociedade

do conhecimento e da informação, docentes e discentes podem manter,

através das delas, contato direto e instantâneo, formar uma rede colaborativa

de atividades em equipes, independentemente de onde os alunos e os

professores estejam, tornando a aprendizagem mais significativa, flexível e

perene.

A comunicação instantânea com os discentes, a utilização da rede social

Facebook como ambiente colaborativo e participativo para as comunicações e

as discussões dos temas abordados em sala de aula, a postagem de materiais

e a realização de fóruns de discussões, indicações de vídeos disponíveis no

YouTube, aproximam os conhecimentos acadêmicos à interação social que os

discentes desenvolvem junto às redes sociais, em sintonia com a moderna

tendência do ensino direcionado a identificar e suprir as necessidades

formativas de cada aluno.

Para elaborar um sistema modular por competências, é preciso

aprofundar as escolhas metodológicas. Estas devem pautar-se pela

identificação de ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende e

devem incluir projetos provocados por desafios e/ou problemas, que coloquem

o aluno diante de situações simuladas ou, preferencialmente, reais. A escolha

também deve permitir ações proativas por parte do aluno, como as de pesquisa

e estudo de conteúdos que podem estar reunidos em unidades ou trabalhados

em seminários, ciclos de debates, atividades experimentais, laboratoriais e de

campo. As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização

de situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos

conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos.

Como exemplos, podem ser adotados Estudo de Caso e Problematização.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

A combinação entre um determinado tipo de atividade a ser executada

no desenvolvimento de um Tema e a metodologia mais adequada para esse

caso é o ponto chave para o sucesso do trabalho docente.

2.1.2.4 Coordenação de Curso e Corpo Docente

Para que a proposta pedagógica se concretize com níveis de excelência

e a formação de seus alunos ocorra, de fato, dentro dos princípios da

Formação por Competências, a coordenação dos cursos deve ser exercida por

profissionais com formação acadêmica consolidada e reconhecida experiência

em suas respectivas áreas de atuação.

Norteado pelos princípios do Projeto Pedagógico Institucional, os

Coordenadores de Curso devem desempenhar um papel estratégico e ter,

como responsabilidades, o planejamento, a organização, o acompanhamento e

a avaliação de todos os processos do curso sob sua gestão. Com a orientação

e o suporte da equipe acadêmica e, juntamente com o corpo docente e tutores,

devem, ainda, propor e desenvolver conteúdos inovadores, novas tecnologias

educacionais, estratégias, atividades práticas de trabalho, utilizando as

metodologias mais adequadas e coerentes com a realidade, para que se

consiga alcançar, e mesmo superar, as expectativas dos alunos. Para isso,

deverá ter um perfil diferenciado. Ser líder e que contemple, além de

competências acadêmico-pedagógicas, indicadores de satisfação do corpo

discente, docente, e demais integrantes da equipe acadêmica.

Reuniões periódicas com o corpo docente devem provocar a reflexão

sobre as práticas pedagógicas adotadas, motivar a troca de experiências e

acompanhar o desenvolvimento do curso e o desempenho dos alunos.

O corpo docente é formado por professores titulados, especialistas ou

de reconhecida capacidade técnico-profissional, invariavelmente com produção

profissional/científica relevante. Devem, necessariamente, ter experiência

profissional no mercado de trabalho para que os ambientes educacionais

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

possam se transformar em um espaço de simulações e de discussões das

reais demandas dos alunos e da sociedade.

Além dessas características, no modelo de Formação por

Competências, o professor deixa de ser, ao contrário dos currículos

tradicionais, um "mero repassador de conteúdos e informações" e passa a ser

um facilitador e mediador das situações de aprendizagem. Deve ter, também,

os fundamentos e os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das

atividades e para a reflexão sobre as ações desenvolvidas.

2.1.2.5 Acompanhamento: Gestão Do Curso

Em um projeto pedagógico baseado na Formação por Competências,

um dos pontos fundamentais para garantir o pleno desenvolvimento do curso é

a sua gestão. Em outras palavras, é o acompanhamento contínuo e a avaliação

reflexiva de todas as ações que acontecem no dia a dia, desempenhadas por

professores e alunos, a fim de estimular e capitalizar seus interesses.

Esse processo dinâmico difere, de maneira significativa, do que

acontece no desenvolvimento de cursos baseados em currículos tradicionais,

em que os professores se preocupam em cumprir, dentro de uma rígida carga

horária de aulas, o programa de conteúdos de uma determinada disciplina e os

alunos, por sua vez, acabam priorizando sua aprovação baseada,

simplesmente, em frequência e nota. Essa prática tem, como consequência, a

percepção do pouco aproveitamento do tempo de aula, uma vez que a teoria,

na maioria das vezes, não é acompanhada por atividades significativas que

demonstram sua aplicação prática. O resultado, muitas vezes observado, é a

falta de comprometimento e o afastamento dos alunos.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

2.1.2.6 Avaliação de desempenho e da formação dos alunos

A avaliação é concebida como um processo contínuo, desenvolvido ao

longo de todo o semestre letivo, priorizando aspectos qualitativos relacionados

ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno, observados

durante a realização das atividades propostas. Não tem caráter punitivo nem

deve servir como forma de competição por melhores notas. Ao contrário, busca

aferir, não somente os conhecimentos adquiridos, mas também as

competências e habilidades que os alunos vão adquirindo.

Nesse sentido, é fundamental que o docente harmonize seu

planejamento e estratégias ao desenvolvimento dos alunos, uma vez que a

avaliação longe de ficar restrita a tarefas burocráticas de classificação

caracteriza-se por ser uma forma de aprendizado relacionada aos objetivos de

cada unidade de estudo.

O processo de avaliação objetiva, também, assegurar condições para

que o aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas

durante o desenvolvimento de cada módulo do curso. Para tanto, é condição

que os alunos participem ativamente do processo, inclusive com formas de

autoavaliação, para que possam, de maneira crítica, acompanhar a evolução

de sua aprendizagem e a aquisição de competências, bem como identificar

pontos a serem aprimorados, prática esta considerada imprescindível a uma

aprendizagem com autonomia.

Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas

tradicionais, em que é medida apenas a memorização de conteúdos

selecionados por um professor. Ao contrário da segmentação, os instrumentos

são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada módulo, visando ao

desenvolvimento inter e multidisciplinar.

Dentre os instrumentos, podem constar provas práticas e teóricas

integradas, pesquisas, relatórios de atividades, visitas técnicas, estudo de

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os

produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. Sugere-se, também, que se

privilegiem questões do tipo “situações- problema” para que o aluno tenha

noção do todo, levando-o a pensar, fazendo com que, na resposta, ele

demonstre saber raciocinar, compreender e interpretar.

O sistema de avaliação é composto de três frentes:

1ª FRENTE- Valendo 15% do total da nota, analisa a aquisição de

competências e habilidades do módulo e do curso como um todo.

Compõe-se de uma avaliação diagnóstica, preparada, em conjunto,

pelos professores no início do semestre. No decorrer do processo e com

base no que foi decidido, o professor preenche uma ficha avaliativa em

que registra o que observou a respeito de cada aluno individualmente.

Várias vezes até o final do módulo, a avaliação do professor é levada

para discussão coletiva do colegiado, quando se analisam o

desenvolvimento de cada aluno e se propõem medidas com o objetivo

sempre de incrementar o processo de aquisição de saberes e

competências.

2ª FRENTE – tendo o peso de 70% da nota final, centra-se nas

competências e habilidades específicas da unidade de estudo. No início

do módulo, é firmado um contrato didático entre docente e discentes. A

nota é dada com base nos critérios estabelecidos nesse contrato, o qual

pode conter vários indicadores, como: presença, pontualidade,

participação, comprometimento, provas práticas e teóricas, pesquisas,

relatórios, autoavaliação e outros mais que se fizerem pertinentes.

3ª FRENTE – Além das avaliações realizadas pelo corpo docente, existe

uma preocupação institucional com o desenvolvimento completo do

futuro egresso. Nesse sentido, são desenvolvidas avaliações externas,

de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, docentes e

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

coordenação do curso. Com peso de 15% na nota final, tais avaliações

têm como objetivo principal desenvolver nos alunos competências

necessárias para posicionamento crítico diante dos acontecimentos

gerais, questões sociais, políticas, econômicas e ambientais.

Em suma, as práticas avaliativas devem ser vistas como um processo

contínuo, tendo, como prioridade, oferecer feedback ao aluno para que ele

tenha o domínio dos passos a serem seguidos, dentro de uma sequência de

conteúdos e temas integrados que lhe permitam desenvolver competências e

conhecimento.

2.1.2.7 Avaliação do desenvolvimento dos cursos

Componente fundamental do processo de avaliação é o

acompanhamento contínuo, pela equipe pedagógica, do desenvolvimento de

cada curso, para garantir sua identidade e seu alinhamento aos princípios do

Projeto Pedagógico Institucional. Esse acompanhamento é sustentado pela

análise dos resultados dos instrumentos aplicados aos corpos docente e

discente, pela avaliação institucional e pelos coordenadores de curso. Com

essa dinâmica, atualizações e eventuais correções de rumo nas propostas

curriculares podem ser efetivadas de forma a não comprometer a qualidade do

desenvolvimento do curso e da formação dos alunos.

Diversos indicadores podem auxiliar na avaliação do desenvolvimento

de cada curso e a partir dos resultados obtidos, medidas de reformulação e

atualização dos PPCs podem ser realizadas. Tais indicadores correspondem

às informações fornecidas pelos resultados da avaliação institucional, do

exame nacional de desempenho dos estudantes (ENADE) e relatórios das

comissões avaliadoras in loco, que nos fornecem subsídios para discutirmos o

PPI, avaliando desde a infraestrutura até o corpo docente da instituição.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Os itens da avaliação institucional que subsidiam as discussões dos

colegiados, núcleos docentes estruturantes e do Conselho Superior de Ensino

e Pesquisa (CONSEPE) são:

Avaliação do desempenho dos docentes pelos discentes, e

autoavaliação dos docentes;

Avaliação de desempenho de discentes pelos docentes, por turma,

quanto a comportamentos desejáveis de estudo e pesquisa;

Avaliação da Instituição por docentes e discentes;

Avaliação do curso pelos egressantes.

De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos

procedimentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(SINAES/INEP), todos os cursos são submetidos aos processos de avaliação

interna da instituição, de sistematização e de coleta de informações,

conduzidos pela Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa avaliação é

composta por uma série de processos autoavaliativos que permitem o

levantamento e a análise das necessidades e deficiências de toda a

comunidade acadêmica. Na execução desses processos autoavaliativos são

sempre considerados os aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo

INEP para a avaliação das condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo

elas: o projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua inter-

relação com a sociedade); a infraestrutura (instalações e serviços), os recursos

humanos (o corpo docente, discente e técnico-administrativo); os

equipamentos e materiais disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos) e a

gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos acadêmicos).

A construção de um Projeto Pedagógico para um curso não se esgota

na sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto somente

ganha sentido quando em sintonia permanente com a realidade cotidiana,

vivenciada pelos sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e ainda

considerando que tal realidade se constitui de um dinamismo que a torna

imprevisível, inacabada e mutável, o Projeto Pedagógico não pode ser visto

como inerte pronto e acabado. Ao contrário, igualmente a esta realidade que

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

objetiva configurar, também deve estar revestido de uma dinamicidade e

mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se sustentará.

Os Projetos Pedagógicos propostos para os diferentes cursos

demandam constante acompanhamento a fim de assegurar a coerência

necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas. Nesse

sentido, é imprescindível que se realize avaliação contínua, estimulando o

debate em torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um

processo permanente de (re)construção do curso.

2.1.2.8 Trabalho de Conclusão de Curso (tcc)

A elaboração e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

é um dos requisitos para a obtenção do certificado de conclusão de curso.

Trata-se da redação de trabalho acadêmico, realizado sob orientação de um

professor, escolhido pelo aluno com base nas temáticas trabalhadas nos

diferentes componentes curriculares de cada curso. Os resultados obtidos

deverão ser organizados e apresentados de acordo com as normas previstas

nos projetos individuais de cada curso, respeitando as orientações que estão

compiladas no Manual UNIFEOB para Trabalhos Acadêmicos.

Foi planejado para que possa refletir, de fato, a produção dos alunos,

incentivando sua criatividade, sua capacidade de estudo, seu crescimento;

evidenciando, assim, as competências conquistadas ao longo do curso.

Considerado como um processo para o amadurecimento do aluno que se dá ao

longo de seu curso, seja no que diz respeito à sua formação ou especialização,

o objetivo primordial do TCC é proporcionar ao aluno a oportunidade de:

- organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado

assunto dentro das áreas estudadas;

- aplicar procedimentos de análise, interpretação de texto e

metodologias de pesquisa;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

- iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação

continuada em cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de

elaboração de projetos, monografias e teses.

Além dos objetivos formalmente estabelecidos e já citados, o TCC vem a

complementar a formação do aluno no sentido de integrar os conhecimentos

adquiridos durante o curso, tanto no que se refere à parte teórica como à

prática vivenciada durante sua participação nos estágios supervisionados e

projetos desenvolvidos no curso, e iniciá-lo em relação à produção e

transmissão de conhecimento científico na área educacional.

O TCC pode ser o resultado de uma pesquisa bibliográfica apenas, em

que as reflexões de diferentes autores sobre um tema são compiladas,

interpretadas, comparadas e discutidas. Importante ressaltar que não se trata

de mera compilação de textos, ou seja, não é uma série de cópias, resumos e

opiniões pessoais, mas sim um trabalho criterioso, sério, que contrapõe e

analisa pontos de vista variados a respeito de um mesmo assunto.

Também pode ser fruto de uma pesquisa que envolve, além de uma

base teórica, uma atividade prática no tratamento de um problema, atividade

essa que pode ser desenvolvida através de pesquisa de campo, estudo de

caso, entrevistas etc, implicando sempre uma análise qualitativa de dados.

Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se

elaborou tem representações simbólicas e estas podem ser consideradas de

forma muito positivas para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova

ideia, expor-se, mostrar as próprias ações, pensamentos e estilo próprio

contribuem também para a autoestima do aluno e para os docentes do curso

pelos resultados que apresentam.

2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

O UNIFEOB tem clareza de que todas as variáveis inerentes ao

processo de ensino-aprendizagem no interior de uma instituição educativa

vinculada a um sistema educacional é parte integrante do sistema sócio-

político-cultural e econômico do país.

Cada um destes seguimentos possui seus valores, direção, opções,

preferências e prioridades que se traduzem e se impõem por meio de normas,

leis, decretos, propagandas, burocracias, ministérios e secretarias. Nesse

sentido, reconhecemos que a qualidade necessária e exigida sofre influências

de um conjunto de determinantes que configuram os instrumentos da educação

formal e informal e o perfil do alunado.

É com esse entendimento que se propõe uma política consistente para o

UNIFEOB, que corresponda às mudanças exigidas das instituições de ensino

superior dentro do cenário mundial e do país e que demonstre uma nova

postura que faça frente às expectativas e demandas sociais, concebendo um

Projeto Pedagógico com currículos mais flexíveis e atualizados, com

ferramentas que coloquem em ação as diversas propostas para a formação do

profissional cidadão.

Ao colocar a qualidade como tema central, gerador da proposta para a

formação dos discentes tem-se por finalidade a construção de um processo

coletivo de articulação de ações voltadas para a formação competente dos

profissionais.

Assim, torna-se imprescindível a inter-relação entre o Projeto Político

Pedagógico (PPC) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),

principalmente, em relação às questões de ordem didático-pedagógica, como

expressão da qualidade social desejada para o cidadão a ser formado como

profissional. Além das peculiaridades próprias do curso, dever-se-á construir

um conjunto de características com base nos pressupostos institucionais que

confiram um perfil de identidade própria.

Portanto, além de um acurado compromisso com a missão institucional,

o curso deverá ter clareza a respeito de sua missão, dos mercados a que se

dirige e sua dinâmica, do perfil do profissional que oferecerá a esses mercados.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Isso implica uma orientação para garantir a inserção dos graduados no

mercado de trabalho, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de

continuar a aprender e se adaptar a novos desafios, e não mais, como no

passado, a preparação para um emprego ou ocupação com um perfil rígido e

determinado. Assim, o curso deve proporcionar a formação de indivíduos

capazes de se ajustarem de forma flexível às mudanças no mercado de

trabalho e de continuar a se aperfeiçoar, desenvolvendo o espírito

empreendedor e crítico.

Considerando que o egresso poderá atuar em situações adversas é

importante que seja capaz de desenvolver habilidades instrumentais básicas,

especialmente em comunicação e expressão, informática e nas diversas áreas

do conhecimento, além das comuns ao exercício da profissão propriamente

dito.

Finalmente, o curso deverá ter como meta consolidar-se como o melhor

no gênero, definindo seu perfil e o mercado ao qual se dirige. Isso vale tanto

para a definição do perfil de alunos quanto dos docentes envolvidos e o

estabelecimento da matriz curricular para que possa atender o que está

preconizado nos documentos institucionais, como ser capaz de proporcionar

uma formação adequada para que se formem profissionais competentes,

criativos, autônomos, capazes de empresariar a si mesmos e encontrar saídas

e mercados para aplicar e desenvolver seus talentos e habilidades.

Nesse sentido, a criação e manutenção do curso estão em consonância

com os objetivos estabelecidos pelo UNIFEOB em seu Projeto Pedagógico

Institucional (PPI), que valoriza o desenvolvimento do livre pensar e do

conhecimento como instrumentos de transformação da realidade social, bem

como de seu PDI, onde se destaca como posicionamento estratégico da

instituição investir no desenvolvimento da empregabilidade de seus formandos.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO

ADMINISTRATIVA

Segundo o estatuto do UNIFEOB, as instâncias coletivas de deliberação

são: Colegiado de Curso, Núcleo Docente Estruturante (NDE), Conselho

Universitário (CONSUNI), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

(CONSEPE) e Reitoria.

Cada curso conta com um Colegiado de Curso ao qual compete definir o

perfil profissiográfico; elaborar as estruturas curriculares e suas reformulações;

definir o conteúdo das unidades de estudo/disciplinas que constituem o

currículo do curso; promover a supervisão didática do curso; decidir sobre o

aproveitamento de estudos e adaptação de disciplinas, mediante requerimento

dos interessados ou referendar decisão do coordenador; propor à coordenação

providências necessárias à melhoria do ensino ministrado no curso. Cabe,

ainda, ao Colegiado, dentre outras, as seguintes atribuições: fixar normas

gerais para o desenvolvimento dos planos de ação pedagógica das unidades

de estudo, observando o perfil do profissional a ser formado e as diretrizes

fixadas pelo projeto do curso; aprovar os planos de ensino elaborados pelos

docentes; manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de estudo e

adaptação de disciplinas; aprovar os horários de aula do curso; manifestar-se

sobre programas e atividades complementares de ensino, pesquisa e

extensão, no âmbito do curso; manifestar-se sobre o planejamento anual das

atividades do curso.

O Colegiado do curso é presidido pelo coordenador e composto por

todos os professores e representante do corpo discente. A escolha do

representante discente no Colegiado é realizada por seus pares.

O NDE é um órgão consultivo da coordenação de curso, responsável

pelo processo de concepção, consolidação e contínua atualização do Projeto

Pedagógico.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

São atribuições do Núcleo Docente Estruturante, entre outras: contribuir

para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; zelar pela

integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino

constantes no currículo; indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de

linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de

exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas

relativas à área de conhecimento do curso; zelar pelo cumprimento das

Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação; atualizar

periodicamente o projeto pedagógico do curso; conduzir os trabalhos de

reestruturação curricular quando necessário; supervisionar as formas de

avaliação e acompanhamento do curso definidas pelo órgãos reguladores;

analisar e avaliar os Planos de Ensino dos componentes curriculares; promover

a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos estabelecidos

pelo projeto pedagógico; acompanhar as atividades do corpo docente; exercer

as demais atribuições que lhe são explícita ou implicitamente conferidas pelo

Regimento da IES, bem como pela legislação e regulamentos a que se

subordine.

A composição do NDE deve atender, no mínimo, aos seguintes

requisitos: ter como seu presidente o(a) coordenador(a) do curso; ser

constituído por no mínimo 05 (cinco) professores pertencentes ao corpo

docente do curso; ter, pelo menos, 60% de seus membros com titulação

acadêmica obtida em programa de pós-graduação stricto sensu; ter todos os

seus membros em regime de trabalho de tempo parcial ou integral, sendo pelo

menos 20% em tempo integral; ter, pelo menos 60% dos seus membros com

formação acadêmica na área do curso.

O NDE reunir-se-á ordinariamente duas vezes por semestre, por

convocação de seu Presidente e, extraordinariamente, sempre que convocado

por este ou pela maioria de seus membros titulares.

O Conselho Universitário (CONSUNI), instância máxima de natureza

consultiva e deliberativa, é constituído por: Reitor, seu Presidente; Pró-

Reitores; um representante da Mantenedora; cinco representantes do corpo

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

docente; um representante do corpo técnico-administrativo; um representante

do corpo discente; um representante da comunidade. Dentre as competências

do CONSUNI estão: decidir sobre propostas de alteração do Estatuto e do

Regimento Geral; fixar as diretrizes e políticas gerais do Centro Universitário;

aprovar o plano anual de atividades do Centro Universitário; aprovar o relatório

anual da Reitoria; criar e extinguir cursos de graduação e pós-graduação;

regulamentar a criação e oferta de cursos de Pós-Graduação; aprovar projetos

de desenvolvimento do Centro Universitário; apreciar os recursos interpostos

de decisões dos demais órgãos, em matéria didático-científica, administrativa e

disciplinar; aprovar o Regimento Geral e fixar normas complementares sobre

as matérias de sua competência.

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) é órgão

central de supervisão das atividades didático-científicas de ensino, pesquisa e

extensão. Tem competência deliberativa, normativa e consultiva e é integrado:

pelo Reitor, seu Presidente; pelos Pró-Reitores, pelos Coordenadores de

Cursos; por dois representantes do corpo docente; e por um representante do

corpo discente.

Dentre as competências do CONSEPE estão: elaborar as diretrizes e

políticas do ensino, da pesquisa e da extensão, para aprovação do CONSUNI;

fixar normas complementares ao Regimento Geral sobre as matérias de sua

competência; estabelecer normas sobre a realização, e o funcionamento dos

cursos de graduação, pós-graduação e extensão; expedir atos normativos

referentes a assuntos acadêmicos; deliberar sobre questões acadêmicas que

lhe sejam submetidas, inclusive as relativas ao pessoal docente; decidir sobre

propostas, indicações ou representações, em assunto de sua esfera de ação;

estabelecer critérios para elaboração e aprovação de projetos de pesquisa, de

iniciação científica e programas de extensão; aprovar o currículo pleno de cada

curso de graduação e de pós-graduação, bem como suas modificações; editar

normas sobre processo seletivo e número de vagas para matrícula inicial nos

cursos de graduação, e de extensão; propor e manifestar-se sobre proposta de

criação de cursos de graduação, pós-graduação e de extensão; deliberar sobre

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

a reforma do Estatuto e do Regimento Geral, no que se refere ao ensino, à

pesquisa e à extensão; emitir, promover e coordenar seminários, grupos de

estudo e outros programas para aperfeiçoamento de seus quadros docentes; e

propor a criação de comissões de estudos e trabalho.

A Reitoria é o órgão executivo incumbido de coordenar e fiscalizar as

atividades do Centro Universitário, e é composta pelo Reitor e pelos Pró-

Reitores.

Dentre as atribuições do Reitor estão: dirigir e administrar o Centro

Universitário; representar o Centro Universitário, junto a pessoas ou instituições

públicas ou privadas; autorizar pronunciamentos públicos que envolvam, de

qualquer forma, o Centro Universitário, bem como a realização, em seu recinto

ou sob seu patrocínio, de programas culturais, artísticos ou científicos; firmar

convênios, acordos ou contratos; convocar e presidir as reuniões dos

colegiados superiores; baixar atos normativos e resoluções decorrentes das

decisões dos colegiados superiores; apresentar o Plano de Carreira Docente e

Técnico-Administrativo, submetendo-o ao CONSUNI e encaminhando-o à

Mantenedora; submeter aos Colegiados Superiores representações e recursos;

articular-se com os dirigentes do Centro Universitário para resolver assuntos

administrativos ou pedagógicos, decidindo ad referendum dos colegiados

superiores.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

CURSO HISTÓRIA – LICENCIATURA

NÚMERO DE VAGAS: 60 TURNO: NOTURNO

CARGA HORÁRIA: 3220 horas

MODALIDADE

BACHARELADO X LICENCIATURA TECNÓLOGO

INTEGRALIZAÇÃO Tempo máximo: 05 anos

Tempo mínimo: 03 anos

CAMPUS II

ENDEREÇO

Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João -

São João da Boa Vista - SP - Brasil

ANO DE IMPLANTAÇÃO

DO CURSO 2005

ANO DE

RECONHECIMENTO DO

CURSO

Portaria de Reconhecimento nº 443 de 31 de março de

2009

3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO

O presente projeto pedagógico foi elaborado em consonância com a Lei de

Diretrizes e Base da Educação (Lei 9.394/1996), o Parecer CNE/CES 492/2001 que

estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de História, o Parecer

CNE/CES 1.363/2001, que retifica o parecer 492/2001 e aprova as Diretrizes

Curriculares Nacionais do Curso de História e a Resolução CNE/ CP 2/2002, que

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

estabelece a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação

Básica em nível superior, curso de Graduação Plena.

Além disso, está em consonância com o Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI) da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB), na

medida em que compartilha do princípio de que o currículo,

Reflete a concepção do educando e da sociedade que se almeja

conceber. Inferem na maneira de organizar toda a estrutura de

trabalho da Instituição bem como a postura dos educadores, a

organização dos conteúdos e a metodologia de trabalho buscando

contemplar um ensino e formação profissional de excelência.

Expressa a construção social do conhecimento e sistematiza os

meios pelos quais ela se realiza. Recorre à realidade contextual em

que estão inseridos seus alunos para sua organização. Preocupa-se

com o perfil do profissional que se deseja formar, tendo em vista

cursos e programas que possibilitem a formação profissional

competente do cidadão para atuar em sua área e nos processos de

transformação social, gerando alternativas eficientes para defrontar

conjuntos de problemas e de questões advindas da

contemporaneidade. Supera as práticas conservadoras abrigadas na

rigidez dos currículos mínimos, rompendo com o paradigma da

realidade de ensino decorrente de elevada carga horária e da falta de

moderação com o número de disciplinas. Propõe uma formação

integral que torna possível a compreensão das relações de trabalho,

de propostas sócio-políticas de transformações da sociedade, de

questões referentes ao meio ambiente e à saúde, objetivando a

construção e o desenvolvimento de uma sociedade local e regional

sustentável.

Assim, esta nova proposta foi construída em conjunto com a

comunidade acadêmica dos cursos de Licenciatura do UNIFEOB que tem

como objetivo manter a área de Licenciaturas e Humanidades na Instituição.

Além do curso de História foram mantidos os cursos de licenciatura em

Geografia, Letras, Matemática, Química e Ciências Biológicas.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO

O Curso de Licenciatura em História do UNIFEOB foi implantado em

2006 com base no Decreto 5773/06 que permitiu autonomia aos Centros

Universitários para abertura de Cursos, sem necessidade de autorização

prévia. O primeiro vestibular para Licenciatura em História foi realizado em

2005, iniciando suas atividades em 2006. Sua primeira turma se formou em

2008, através da Portaria de Reconhecimento nº 443 de 31 de março de 2009,

publicada no Diário Oficial de 01 de abril de 2009. Contando com um bom

conceito na formação de profissionais de História, o curso goza de boa

referência na comunidade, diante das novas tendências da área e das

diretrizes curriculares especificadas pelo MEC. Em seu primeiro ENADE em

2008, obteve conceito 04 e no ENADE de 2011 alcançou o conceito máximo

05. Infelizmente, devido a pouco demanda, o curso não teve no ano de 2011

alunos ingressantes, o que impossibilitou a geração do Conceito Preliminar de

Curso.

Contudo, mesmo tendo com um bom conceito na formação de

professores de História, o curso não foi oferecido nos anos de 2011e

2012,voltando a ser oferecido no processo seletivo do final do ano de 2012 e

reiniciando suas atividades em 2013.

Desde 2005, o curso foi concebido a partir da verificação da

necessidade de se proporcionar à comunidade da área de abrangência da, a

possibilidade de contar na esfera do Ensino Superior com um curso que, a par

da graduação específica em Licenciatura, pudesse formar profissionais

competentes na área de História, visto entender ser esta uma das áreas

prioritárias para alavancar o processo de desenvolvimento do país, e de

interesse para a comunidade local e regional para manter e aumentar seu nível

de desenvolvimento Humano.

Assim, o projeto pedagógico parte da realidade do mercado de trabalho,

que cada vez mais exige profissionais criativos, autônomos, capazes de buscar

a solução de problemas impostos pelo dia-a-dia e, no caso específico dos

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

trabalhadores em educação, que saiba atuar de maneira interdisciplinar, que

transite entre várias áreas do conhecimento com propriedade e que seja capaz

de buscar permanentemente sua formação para propor um curso de

Licenciatura em História que não se limite a oferecer uma elevada carga

horária destinada aos conteúdos específicos da área, mas, mais do que isso,

que abra espaço para a formação de professores capazes de responder às

necessidades da educação na atualidade.

O presente curso se estrutura de maneira a garantir a formação

específica na área de História, oferecendo ao egresso a competência

necessária para atuar como professor de História e, além disso, oferecendo

formação complementar capaz de fornecer os subsídios necessários à atuação

interdisciplinar do profissional da educação em ciências humanas.

É necessário enfatizar que nesta região do Estado de São Paulo, bem

como nas proximidades do Estado de Minas Gerais, ocorre em determinadas

situações a falta de profissionais habilitados em Sociologia, Filosofia, História e

Geografia. Este fato também justifica a proposição de um curso que possibilite

a formação multidisciplinar visto que, por vezes, o profissional formado em

determinada área é solicitado a atuar em outras áreas afins, sem preparo para

isso.

Este fato motivou a proposição de um projeto de curso capaz de formar

um profissional que possa fazer de seu exercício profissional um meio de

promover a transformação social. Esta também é mais uma das formas de

cumprir com a missão de atuar na comunidade com responsabilidade social e

influir no desenvolvimento regional, valorizando a ética, a cidadania, a

liberdade e a participação.

É necessário ressaltar que a construção de um projeto pedagógico da

UNIFEOB está diretamente relacionada com uma diversidade de valores e um

conjunto de atitudes que têm como ponto de partida, a missão da IES. Dessa

forma, pensar a formulação do projeto pedagógico do curso de História é

refletir sobre a relação que o curso estabelece com o projeto pedagógico e o

Plano de Desenvolvimento Institucional da UNIFEOB.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

O Curso de licenciatura em História dispõe de salas de aula suficientes

para acomodar toda a sua clientela e de modernos laboratórios de Informática,

com capacidade de atendimento para seus alunos. Cada sala de aula está

equipada com data show, retroprojetor e aparelhos de som que podem ser

utilizados nas aulas. Suas instalações são amplas, modernas, confortáveis e

bem cuidadas, oferecendo um ambiente favorável aos estudos realizados pela

comunidade universitária.

Ressalta-se, enfim, que as instalações, apresentadas neste tópico, são

amplas, modernas, confortáveis e bem cuidadas, oferecendo um ambiente

favorável aos estudos realizados pela comunidade universitária. A instituição

oferece, ainda, um amplo acervo bibliográfico, situado nas bibliotecas dos dois

campi, com livros específicos da área do Curso. Ainda, para conforto dos

alunos, a instituição conta com um acervo geral, incluindo as demais áreas do

conhecimento humano, além de acervos virtuais.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

4 PRINCIPIOS NORTEADORES DO CURSO

A definição de um projeto pedagógico dinâmico, por parte de uma

escola, revela uma intencionalidade e, por conseguinte, descarta qualquer

possibilidade de neutralidade.

A importância dessa definição é que o projeto dá um rumo, imprime um

sentido que deve orientar a globalidade das ações desenvolvidas por sua

comunidade. Assim, a instituição se particulariza na singularidade de suas

opções, o que permite que possam ser reconhecidos os resultados de seu

processo de ensino através da forma com que se inserem, no mercado de

trabalho, os profissionais por ela formados.

Ao assumirmos nossa intencionalidade na formação de graduados em

Licenciatura em História, necessitamos eleger os princípios norteadores que,

ao refletirem concepções de mundo, passam a se constituir em um desafio

permanente para os professores, que buscam alcançá-los pela superação de

valores anteriormente interiorizados de modo a encontrar a consistência

necessária entre o novo discurso e a ação consequente que o novo projeto

exigirá.

É necessário ressaltar que a construção de um projeto pedagógico do

UNIFEOB está diretamente relacionada com uma diversidade de valores e um

conjunto de atitudes que têm, como ponto de partida, a missão da IES. Dessa

forma, pensar a formulação do projeto pedagógico do curso de História é

refletir sobre a relação que o curso estabelece com o projeto pedagógico e o

Plano de Desenvolvimento Institucional do UNIFEOB. Assim, o PPC do curso

História visa a formar um profissional habilitado a promover a transformação

social, em consonância com a missão do UNIFEOB de atuar na comunidade

com responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando

a ética, a cidadania, a liberdade e a participação.

São princípios norteadores para o curso de História, os seguintes

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

pontos:

1. A superação de barreiras que surjam no decorrer do processo

ensino/aprendizagem;

2. O exercício de reflexão continuada sobre a ação;

3. A continuidade do ato educativo, que deve ser contínuo e contemplar

todas as dimensões e contextos subjacentes das tomadas de decisões

planejadas, executadas e implementadas.

4. A consideração de que a universidade é uma das instituições sociais

de maior criatividade e com grande capacidade de regeneração e gestão

de seu próprio futuro.

5. O desafio de dar condições para a maior inclusão, justiça social e a

defesa dos direitos humanos.

Ao seguir esses preceitos, o curso de História ressalta “a preocupação

com o sucesso de seus alunos como consequência de uma formação

acadêmica e profissional de qualidade, tendo como meta o compromisso com a

construção coletiva e participativa do bem comum”.

O curso de Licenciatura em História tem características próprias que

devem ser valorizadas. Vê o conhecimento como uma rede, em que cada nó é

um saber pontual e a ligação entre eles é que dará uma visão total e não

fragmentada da realidade; opondo-se à crença do conhecimento cristalizado ou

de verdades imutáveis.

Considera que o conhecimento de várias teorias, muitas vezes

antagônicas, outras vezes complementares, é que possibilitará o pensar

múltiplo1, os questionamentos que levam a diversas possibilidades de

respostas que trazem em si o germe da mudança e da escolha do ideário a ser

seguido.

Finalmente, o curso de Licenciatura em História tem, em si, a

possibilidade de ser um veículo de formação reflexiva de opinião e não pode

1 Entende-se por “pensar múltiplo” o desenvolvimento da capacidade de reflexão sobre

os diversos paradigmas que coexistem nas Ciências Sociais.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

eximir-se dessa sua prerrogativa. Nesse sentido, alguns itens devem ser

privilegiados na elaboração do marco doutrinal, a saber,

educação/ensino/aprendizagem, perfil do aluno e do docente.

4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO

O acesso ao curso de Licenciatura em História, assim como aos demais

cursos de graduação do UNIFEOB, depende do limite de vagas oferecidas e

autorizadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE.

Ao levar em conta a ênfase em sua missão de formar pessoas e

cidadãos conscientes da importância do desenvolvimento sociocultural, o

UNIFEOB inovou criando um Vestibular diferenciado, que transformou o

vestibular tradicional de provas objetivas/discursivas em um processo seletivo,

em que o vestibulando exercita sua capacidade de raciocínio, reflexão, leitura e

criatividade por meio de questões dissertativas e redação.

Esgotadas as listas de classificados do curso, há uma segunda

avaliação do Processo Seletivo para preenchimento das vagas remanescentes,

realizada em período posterior e que também classifica os candidatos inscritos

pelas médias gerais do Histórico Escolar do Ensino Médio e pela nota obtida na

Prova de Redação do UNIFEOB.

As inscrições para o Processo Seletivo - Vestibular são abertas através

de Edital da Reitoria, publicado no Diário Oficial da União e fixado nos quadros

de avisos nas dependências dos dois campi e no site

www.unifeob.edu.br/vestibular , constando os cursos e habilitações oferecidas

com as respectivas vagas, os prazos de inscrição, a documentação exigida no

ato de inscrição no processo seletivo, a relação das provas, os critérios de

classificação e demais informações úteis.

As condições de operacionalização do processo seletivo são

disciplinadas pela Comissão Central do Processo Seletivo, ouvidas as

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Diretorias Executivas de Gestão do Ensino Superior e da Dinâmica

Universitária da própria instituição;

Os pré-requisitos mínimos para acesso à graduação são:

a) Conclusão do Ensino Médio ou equivalente;

b) Classificação em processo seletivo próprio ou outra forma de acesso

que vier a ser estabelecida em Edital pelos órgãos educacionais

competentes e/ou através do Programa Universidade para Todos –

PROUNI/MEC.

Na classificação obtida no processo seletivo, considerar-se-á que:

a) A classificação será pela ordem decrescente dos resultados obtidos,

sem ultrapassar o limite de vagas fixado, sendo eliminados os

candidatos que obtiverem nota zero, bem como os que não obtiverem a

nota mínima exigida na prova de redação, estabelecida pela Portaria –

MEC n° 391, de 07 de fevereiro de 2002, e conforme critério de pontos

aprovado pelo CONSEPE.

b) A classificação obtida será válida para a matrícula no ano letivo para o

qual se inscreveu, tornando-se nulos seus efeitos se o candidato

classificado deixar de requerê-la ou, em o fazendo, não apresentar a

documentação exigida nos prazos estabelecidos.

A divulgação da classificação do processo seletivo e das chamadas

subsequentes são sempre públicas.

Em caso de desistência da matrícula de candidato aprovado em

processo seletivo, classificado em primeira chamada, far-se-ão tantas

chamadas quantas necessárias dentre os aprovados, sempre em ordem

decrescente, até o preenchimento das vagas disponíveis.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS

Em seu PDI, o UNIFEOB afirma que:

O perfil desejado, de responsabilidade do UNIFEOB, deve estar no

âmbito do perfil brasileiro, refletindo as características regionais e a

potencialidade dos cursos oferecidos. O mesmo deve ser definido a

partir dos fatores inerentes à realidade que permeia a profissão e que

é relevante à formação profissional. Torna notável o conhecimento e

a disseminação dos fundamentos da cidadania utilizando formas

contemporâneas de linguagem e de competência dos princípios

científicos e tecnológicos que alicerçam a realização da vida,

especialmente da época em que vivemos.

Logo, assume a formação cidadã e profissional de um ser humano

capaz de dar continuidade a seu aprendizado de forma participativa e

responsável, integrado ao intento da sociedade da qual faz parte, e

crítico de suas mazelas.

Desta maneira, o curso objetiva formar o professor de História para

atuar na Educação Básica e que, além disto, possa atuar como cidadão de

maneira autônoma e crítica da realidade social na qual está inserido.

O presente curso objetiva formar o Professor de História para atuar nos

níveis do Ensino Fundamental e Médio que, além de ser capaz de ministrar

aulas de História, possa atuar como cidadão de maneira autônoma e crítica da

realidade social na qual está inserido. Para tanto, este profissional deverá ter

domínio do conhecimento Histórico, de sua produção e difusão, estando

solidamente preparado em conteúdos de História Universitária e apto a dar

continuidade aos estudos acadêmicos na pós-graduação em História ou áreas

afins; bem como ser capaz de desempenhar funções docentes no ensino

fundamental e médio na área de História fundamentalmente, e nas demais

áreas das Ciências Humanas e suas Tecnologias em caráter eventual.

Assim, a definição do perfil do profissional que o curso de História

pretende formar, parte do pressuposto de que a História é a busca de um

objeto que é essencialmente movimento; apreendida de maneiras diferentes,

reescrita a cada geração e interpretada a partir de pontos de vista

historicamente condicionados. Esse dinamismo também deve ser transferido a

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

quem se encarrega de transmitir seus conteúdos. Dessa forma, é necessário

que o profissional que está sendo qualificado para o ensino da História também

domine o processo pelo qual esse saber é produzido, relacionando-se

criticamente com ele.

O curso de História visa proporcionar ao aluno uma formação geral

adequada ao exercício profissional a que se destina e, ao mesmo tempo, dotá-

lo de instrumental teórico metodológico necessário ao desenvolvimento da

produção do saber. Buscando fornecer ao profissional da História uma visão

mais ampla da realidade, aguçando-lhe o espírito crítico e preparando-o para o

exercício da cidadania consciente. Além de valorizar e reafirmar, por meio de

uma metodologia interdisciplinar, multidisciplinar e contextualizada, tanto na

sua ação educativa como em aperfeiçoamento de estudos a importância da

Educação Étnica Racial (Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das

Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e

Africana - Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004). Valorizando

também a Responsabilidade Social e a conscientização das políticas

ambientais (Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de

junho de 2002) com auxílio da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e o Braile,

que conduzirão à revalorização do trabalho docente com o auxilio e a

integração das disciplinas por temas transversais.

Deve ainda estar compromissado com o papel científico e social da

instituição (e, especificamente, dos cursos de Ciências Humanas) assim como

com o desenvolvimento sustentável e democrático local e regional.

O professor de História é também um educador, tem diante de si uma

sociedade cheia de desafios e desigualdades acentuadas. O trabalho do

professor diante do contexto em que vive a sociedade mundial é desafiador, já

que os problemas são extremamente complexos e o entendimento deles tem

uma relação direta com as ciências humanas. Que perfil deve ter um professor

de ciências sociais de forma a auxiliar o aluno a constituir-se como cidadão,

dando oportunidade para que ele conheça melhor as relações que se

estabelecem no interior da sociedade em que vive e na relação desta com as

outras, uma vez que as relações políticas e econômicas são hoje globalizadas?

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Com estas reflexões e ainda outras pertinentes ao ensino, o Curso de

Licenciatura em História estabelece um perfil para o professor da graduação ao

entender que o conhecimento produzido na Universidade, fundamentado em

pesquisa de campo, de laboratório, bibliográfico e dominado pelo professor,

deve ser o instrumental teórico a ser elaborado e recriado, para se transformar

em saber escolar, ou seja, um saber a ser trabalhado pelo egresso do curso.

Nesse perfil traçado pelo curso, há uma relação direta entre o professor

e os novos paradigmas da Educação. Isso se registra da seguinte forma:

A aprendizagem é considerada como processo, jornada;

É dada prioridade à autoimagem como geradora de desempenho;

Valorização da igualdade no relacionamento, entre os sujeitos do

processo educativo;

A relação é entre pessoas e não em funções. A autonomia é encorajada;

A Experiência interior e os sentimentos são encarados como fatores

importantes para potencializar a aprendizagem;

Enfatiza-se a busca do todo, complementando teoria com prática;

A aprendizagem vista como processo para a vida toda;

O professor também é um aprendiz;

Há preocupação com o ambiente favorável à aprendizagem.

Na medida em que o professor se assume como sujeito do seu próprio

trabalho na sala de aula, em que propicia condições para o aluno tornar-se

coprodutor de conhecimentos, o pedagógico e o político saem fortalecidos.

5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESENVOLVIDAS NO

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

5.1.1 OBJETIVOS

O curso de Licenciatura em História do UNIFEOB forma professores do

Ensino Básico. Em consonância com o PPI do UNIFEOB, parte do princípio de

que a formação por competências torna os futuros licenciados mais bem

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

preparados para o exercício da docência, a partir do momento em que levam

adiante a mesma ideia de que o conteúdo é o meio, e não o fim.

Buscamos coletivamente a amplitude do espírito crítico frente às

demandas sociais, econômicas, culturais e políticas de nossa sociedade,

contribuindo com reflexões que favoreçam a formação de cidadãos

conscientes. Nesse sentido, as diferentes atividades curriculares se articulam,

auxiliando o aluno na formação de suas competências, ao correlacionar as

habilidades desenvolvidas na prática da docência em História, com as outras

habilidades necessárias ao docente do futuro.

5.1.2 COMPETÊNCIAS GERAIS DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

O curso de Licenciatura em História do UNIFEOB deve proporcionar o

desenvolvimento das seguintes competências e habilidades gerais:

1. Ser capaz de conhecer e problematizar as informações básicas

referentes às diferentes épocas históricas, usando concepções

metodológicas para analisar as relações sócio históricas e a formação

de diferentes relações de tempo e espaço;

2. Ter competência para ministrar aulas de História tanto no Ensino

Fundamental como no Ensino Médio, conhecendo os princípios

fundamentais da relação ensino-aprendizagem, bem como a estrutura

educacional brasileira;

Ter conhecimentos teórico-práticos das demais disciplinas que

compõem a áreas das Ciências Humanas e suas Tecnologias, a saber,

as Ciências Sociais, a Filosofia e a Geografia, bem como ser capaz de

desenvolver trabalhos em equipes multidisciplinares.

Tem-se como premissa maior a crença de que o aluno é um ser de

possibilidades e, por isso, passível de se projetar social e historicamente. Esta

viabilização processa-se na articulação da construção da subjetividade por

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

meio da ressignificação de aspectos socioculturais contextualizados,

envolvendo elementos cognitivos, afetivos, lúdicos, históricos, sociais, físicos e

biológicos.

5.1.3 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS DO CURSO DE

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Estão relacionadas às habilidades gerais pretendidas, as seguintes

habilidades específicas:

1. Compreender o papel social da escola;

2. Elaborar e desenvolver projetos socioeducativos que visem à construção

da cidadania

3. Estar preparado para atuar no mercado de trabalho compreendendo sua

dinâmica respondendo profissionalmente às suas demandas;

4. Dominar os conteúdos a serem socializados, seus significados em

diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar;

5. Conhecer os processos de investigação que possibilitem o

aperfeiçoamento da prática pedagógica.

6. Compreender o processo de construção do conhecimento do indivíduo

em seu contexto sociocultural

7. Atuar na educação básica com responsabilidade e competência.

8. Pensar o conhecimento histórico em sua tríplice dimensão: produção,

crítica e transmissão;

9. Dominar os conteúdos básicos que são objetos de ensino-aprendizagem

do ensino fundamental e médio;

10. Superar a tendência de contrapor conteúdos à teoria e ao método;

11. Articular teoria e prática através de um processo de formação

continuada;

12. Posicionar-se criticamente frente à produção científica;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

13. Transmitir aos educandos não somente um saber determinado, mas

principalmente desenvolver-lhes uma postura crítica frente à realidade

que os cerca.

14. Não dissociar a teoria do conteúdo ministrado: aquilo que se quer

ensinar é tão importante quanto porque ensinar e como ensinar;

15. Organizar o conhecimento histórico, adequando-o ao processo de

ensino-aprendizagem em História nos diferentes níveis de ensino;

16. Dominar os métodos e técnicas pedagógicos que permitam a

transmissão do conhecimento para os diferentes níveis de ensino;

17. Ter capacidade de participar da elaboração e desenvolvimento dos

projetos pedagógicos das instituições de ensino em que for trabalhar nos

níveis fundamental e médio;

18. Utilizar os recursos da informática.

19. Dominar o conhecimento de conteúdos de Filosofia e Sociologia, para

que seja possível ministrar aulas também destas disciplinas se

necessário for;

20. Trabalhar de maneira integrada e contributiva em equipes

multidisciplinares;

21. Suprir as demandas sociais específicas relativas ao seu campo de

conhecimento, através de atividades interdisciplinares como

preservação do patrimônio histórico e assessorias a entidades públicas

e privadas nos setores culturais, artísticos, turísticos etc.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

6 PERFIL DO DOCENTE, COORDENAÇÃO E NDE

6.1 PERFIL DOCENTE

O docente deve atuar de forma peculiar e essencial na construção de

conhecimentos e saberes que influenciarão na ação e transformação social.

Deve ele trabalhar com a pluralidade de indivíduos e com a diversidade

cultural. É um construtor de conhecimentos junto com os alunos, assumem

compromissos sociopolíticos, éticos e educacionais para disseminação do que

é considerado como novo para seus alunos.

O docente deve ter domínio e responsabilidade acerca de suas

atribuições, como planejamento de atividades e conteúdos, didática,

organização do ambiente da sala de aula, estruturação do complexo de

conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos, além de responsabilidades

profissionais referentes aos aspectos éticos, formação continuada, saber

trabalhar em equipe, relacionamento com seus pares e gerenciamento de seu

próprio desenvolvimento profissional.

Deve ainda estar compromissado com o papel científico e social da

instituição (e, especificamente, do curso de Licenciatura em História) assim

como com o desenvolvimento sustentável e democrático local e regional.

O professor de História é um educador, tem diante de si uma sociedade

cheia de desafios e desigualdades acentuadas. O trabalho do professor diante

do contexto em que vive a sociedade mundial é desafiador, já que os

problemas são extremamente complexos e o entendimento deles tem uma

relação direta com as ciências humanas.

Que perfil deve ter um professor de História de forma a auxiliar o aluno

a constituir-se como cidadão, dando oportunidade para que ele conheça melhor

as relações que se estabelecem no interior da sociedade em que vive e na

relação desta com as outras, uma vez que as relações políticas e econômicas

são hoje globalizadas?

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Com estas reflexões e ainda outras pertinentes ao ensino, o Curso de

Licenciatura em História estabelece um perfil para o professor da graduação ao

entender que o conhecimento produzido na Universidade, fundamentado em

pesquisa de campo, de laboratório, bibliográfico, e dominado pelo professor,

deve ser o instrumental teórico a ser elaborado e recriado, para se transformar

em saber escolar, ou seja, um saber a ser trabalhado pelo egresso do curso.

Nesse perfil traçado pelo curso, há uma relação direta entre o professor

e os novos paradigmas da Educação. Isso se registra da seguinte forma:

A aprendizagem é considerada como processo, jornada;

O conteúdo é o meio e não fim;

É dada prioridade à autoimagem como geradora de desempenho;

Valorização da igualdade no relacionamento, entre os sujeitos do

processo educativo;

A relação é entre pessoas e não em funções. A autonomia é encorajada;

A experiência interior e os sentimentos são encarados como fatores

importantes para potencializar a aprendizagem;

Enfatiza-se a busca do todo, complementando teoria com prática;

A aprendizagem é vista como processo para a vida toda;

O professor também é um aprendiz;

Há preocupação com o ambiente favorável à aprendizagem.

À medida que o professor se assume como sujeito do seu próprio trabalho

na sala de aula, em que propicia condições para o aluno tornar-se coprodutor

de conhecimentos, o pedagógico e o político saem fortalecidos:

O professor universitário deverá ter as qualidades próprias a todo

educador e as qualidades específicas próprias ao trabalho especial

que ele deve realizar. Como educador, deverá aproximar-se do tipo

perfeito do homem que ele aspira a realizar em seus dirigidos, tendo

as qualidades físicas, intelectuais, morais e profissionais que

desejaria ver reproduzidas em seus discípulos. E isto, em primeiro

lugar, porque a educação se realiza, principalmente, pela virtude do

exemplo que provoca a imitação, e, em segundo lugar, porque o

educador necessita da atuação inteligente das mais aprimoradas

qualidades humanas para bem realizar o seu trabalho. Como

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

professor universitário, carece de qualidades muito especiais. Como a

missão da Universidade, segundo Ortega y Gasset, é a de ensinar,

pesquisar e divulgar a ciência, o professor universitário deverá ser

perito na realização dessas operações.2

Para ser professor do Curso de História não é necessário apenas

dominar o conteúdo a ser trabalhado, mas ter uma visão holística. Esse perfil

envolve um professor inter e transdisciplinar, competente para desenvolver

uma ação mais conjunta em relação às outras disciplinas escolares, como

também mais competente para se aproximar à realidade dos alunos, que nunca

é só restrita a um determinado conteúdo.

O Curso de Licenciatura em História entende que o perfil do seu

professor deverá preencher as seguintes condições: ter, ao menos,

especialização na disciplina a ser lecionada; ter formação científica adequada;

ter visão profissional da sua disciplina, manter contatos regulares e estágios

em meios profissionais à mesma correlata; possuir adequada formação

didático-pedagógica e cultura geral; possuir contatos com os demais setores da

cultura; atualizar seus conhecimentos por meio de cursos, estágios e

congressos em sua área de formação.

Para cada unidade de estudo, o professor elabora um Plano de Ensino

(plano de ação pedagógica) do qual constam ementa, conteúdo programático,

competências que serão desenvolvidas, carga horária, metodologia

empregada, recursos e estratégias didáticas utilizadas, bibliografia adotada e

critérios de avaliação da aprendizagem. Os Planos de Ensino devem ser, no

início de cada módulo, debatidos e aprovados pelo Colegiado do Curso.

O professor é o responsável pela aplicação do programa de sua unidade

de estudo e escolha do melhor método a ser adotado para cada aula:

exposição, trabalho independente, trabalho em grupo, seminário, entre outros.

O professor é também responsável pela vinculação dos conteúdos previstos no

plano de ensino e aprovados pelo colegiado do curso às exigências teóricas e

práticas da formação acadêmica.

2 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (org.) Projeto político pedagógico. 13 ed. Campinas:

Papirus, 2001. (Coleção Magistério). p.22.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

As atividades desenvolvidas em sala de aula pelo professor da unidade

de estudo combinam quatro momentos básicos de metodologia de ensino:

a. Apresentação aos acadêmicos, no início do módulo, dos

objetivos de ensino e de aprendizagem, das competências

que serão desenvolvidas, a bibliografia que será utilizada e

onde encontrá-la;

b. Aplicação e consolidação dos conteúdos e habilidades;

c. Registro de frequência dos alunos;

d. Avaliação de desempenho dos alunos em relação às

competências atitudinais e específicas, além da qualidade

de aprendizagem;

As atividades desenvolvidas em sala de aula podem contar com

diferentes equipamentos didáticos à disposição do professor, como projetor de

multimídia e aparelhagem de som. As aulas de caráter técnico são

frequentemente desenvolvidas nos laboratórios específicos de informática.

6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL

UNIDADES CURRICULARES

MAIOR TITULAÇÃO

ÁREA DE CONHECIMENTO DA TITULAÇÃO

DEDICAÇÃO NOME DO DOCENTE

Historiografia Brasileira

Especialista História Cultura Parcial Marcos Silva

Historiografia Geral Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

Especialista Psicopedagogia Parcial Ilza Maria Oliveira Agostinho

Metodologia Científica

Mestre Energia Parcial João Fábio Diniz

Organização da Educação Básica

Especialista Psicopedagogia Parcial Fátima Aparecida Médici

Pensamento Social Brasileiro

Especialista História Cultura Parcial Marcos Silva

Prática de Ensino de História no Ensino Fundamental

Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO

A coordenação acadêmica do Curso é de responsabilidade de seu

Coordenador, designado por Ato Executivo da Reitoria para mandato de 02

(dois) anos, podendo ser reconduzido.

A Coordenação de Curso tem papel central no desenvolvimento das

atividades ligadas ao Curso de Graduação. Entre as atribuições da

Coordenação, estão as atividades administrativo-pedagógicas que oferecem

suporte ao Curso, assim como o acompanhamento de todos os processos que

envolvem o Curso de Graduação; sendo de fundamental importância a sua

participação na elaboração e acompanhamento do desenvolvimento das

UNIDADES CURRICULARES

MAIOR TITULAÇÃO

ÁREA DE CONHECIMENTO DA TITULAÇÃO

DEDICAÇÃO NOME DO DOCENTE

Prática de Ensino de História no Ensino Médio

Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto

Prática de Ensino e Pesquisa em História

Doutor Educação Parcial Sonia Aparecida Siquelli

Prática e Metodologia de Pesquisa em História

Doutor História Social Integral Patricia Gomes Furlanetto

Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento

Doutor Mestre

Psicologia Psicologia

Integral Parcial

Helga Hinkenickel Reinhold Rafael Ferreira Pinto e Silva

Sociedade e Educação

Doutor Mestre

Educação Educação

Horista Integral

Cláudia Coelho Hardagh Patricia Paiva Gonçalves

Sociologia Geral Especialista História Cultural Parcial Marcos Silva

Trabalho de Conclusão de Curso

Mestre História Parcial Vinicius Muhlethaler Beire

RESUMO DA QUANTIDADE DE DOCENTES POR TITULAÇÃO: Especialistas: 22,22 % Mestres: 50 % Doutores:.............27,77%

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

atividades relacionadas ao mesmo e descritas em seu Projeto Pedagógico,

bem como a integração entre professores, alunos, funcionários e coordenação.

O Coordenador de Curso de Graduação deve ter o seguinte perfil:

Graduação de nível superior na área do curso, preferencialmente,

Mestrado ou Doutorado na área de conhecimento do Curso;

Visão de todas as subáreas de conhecimento do Curso;

Visão técnica, administrativa e pedagógica do Curso;

Conhecimento de legislação vigente; das Diretrizes Curriculares do Curso;

Experiência em administração acadêmica;

Participação ativa em eventos ligados à área do Curso;

Publicação de artigos ligados à área do Curso;

Bom relacionamento com professores, alunos e funcionários;

Conhecimento das propostas metodológicas utilizadas e debatidas na

Instituição.

Preocupação com a formação integral de recursos humanos.

O responsável pelo curso, atualmente é Vinicius Muhlethaler Beire,

mestre em História Cultural, título obtido pela Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP).

O curso proposto é supervisionado e administrado pelo coordenador de

curso e conta com o apoio do grupo técnico-administrativo, formado por

profissionais qualificados em suas áreas de atuação, disponíveis na Instituição.

Conta também com todo o corpo técnico-administrativo da Secretaria Geral,

funcionários das áreas de limpeza e segurança e áreas de comunicação e

divulgação, que já atendem os cursos existentes no UNIFEOB.

A coordenadoria deve estabelecer um vínculo entre os discentes e

docentes do curso, para avaliação constante do mesmo. Este trabalho em

conjunto é fundamental para a verificação dos aspectos positivos da estrutura

curricular proposta e modificação dos pontos necessários.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE

O Núcleo Docente Estruturante é composto pelo Coordenador do curso

que o preside, até cinco representantes do corpo docente do curso (indicados

pelo Colegiado e nomeados pelo Pró Reitor Acadêmico). As decisões e

sugestões do Núcleo Docente Estruturante antes da efetiva implantação são

aprovadas pelo colegiado e na observância hierárquica pelo coordenador do

curso e pró-reitor.

O trabalho do Núcleo Docente Estruturante é desenvolvido no início de

cada módulo através de reuniões presenciais ou virtuais em número suficiente

para conclusão dos trabalhos. No decorrer do semestre, com o objetivo de

acompanhar o desenvolvimento do curso, o Núcleo Docente Estruturante

executa de uma a duas reuniões presenciais e tantas quantas forem

necessárias de maneira virtual.

Compete ao Núcleo Docente Estruturante (NDE): implementar e

acompanhar o desenvolvimento do projeto pedagógico, envolvendo

principalmente a matriz curricular e sua aplicabilidade prática na atividade

profissional; orientar e cobrar a elaboração e articulação dos programas e

planos de ensino das unidades; acompanhar o desenvolvimento do plano de

ensino, verificando a articulação entre objetivos, conteúdos programáticos,

procedimentos de ensino e avaliação; opinar sobre os projetos de ensino,

pesquisa e de extensão que forem apresentados; propor o plano e calendário

anual de atividades do curso; opinar sobre a programação de ensino, das

atividades de extensão e de estudos interdisciplinares ligados ao próprio curso

e/ou entre os diversos cursos da instituição; sugerir normas específicas e

acompanhar, sistematicamente, a revisão e atualização de projetos

pedagógicos do curso, buscando o consenso entre a maioria dos membros do

núcleo.

Cabe ao coordenador do curso coordenar e supervisionar as atividades

do Núcleo, articulando-as no que for necessário; convocar e presidir reuniões;

acompanhar, cumprir e fazer cumprir as normas reguladoras - federais e

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

institucionais pertinentes ao curso -; fiscalizar a fiel execução do regime

didático; exercer as demais atribuições que a função exige e elaborar;

juntamente com os demais membros; o regimento do NDE que deverá ser

submetido à aprovação do CONSEPE.

Os membros do NDE obrigatoriamente têm formação acadêmica nas

áreas específicas do curso, ou afins, e/ou experiência comprovada na disciplina

ministrada. O mandado dos membros do NDE é coincidente com o mandato do

coordenador do curso e a escolha dos membros do NDE é sempre regida por

portaria específica da Pró reitoria Acadêmica.

Item Nome Função Titulação

1 Vinicius Muhlethaler Beire Presidente Mestre

2 Patricia Gomes Furlanetto Docente Doutora

3 Márcia Mariza Belli Docente Mestre

4 João Fábio Diniz Docente Mestre

5 Marcos Silva Docente Especialista

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

7 METODOLOGIA DO CURSO

O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em História está em

consonância com a Lei nº 9.394/96, de 20/12/1996, que estabelece as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O eixo norteador da sua concepção

pedagógica prevê a articulação do ensino-pesquisa-extensão, havendo

explicitação de que a educação superior realiza-se através do ensino, da

pesquisa e da extensão, conforme preceitua o art. 64 da Lei citada.

O ensino superior tem por objetivo aperfeiçoar a formação de

pessoas para a atividade cultural, capacitá-lo para o exercício de uma

profissão, e prepará-lo para o exercício da reflexão crítica e a participação na

produção, sistematização e superação do saber. A pesquisa tem por objetivo o

avanço do conhecimento teórico e prático, em seu caráter universal e

autônomo, e deve contribuir para a solução dos problemas sociais, econômicos

e políticos, nacionais e regionais. A extensão, aberta à participação da

população, visa difundir as conquistas e benefícios resultantes da criação

cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas no Curso.

O princípio de um projeto de formação por competências privilegia a

organização curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com as

novas propostas pedagógicas. Assim, o foco principal do processo torna-se o

aluno e seu trabalho de desenvolvimento profissional.

Um dos principais pontos do planejamento do curso e de suas Unidades

de Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das metodologias que são

empregadas. Para garantir sua integração e a constante motivação do aluno,

esse passo é seguido continuamente ao longo do semestre, pelo conjunto de

professores de forma participativa. Além disso, deve-se garantir a diversidade

de situações e atividades de aprendizagem, sempre articuladas com as

competências em construção e desenvolvimento.

No planejamento das Unidades de Estudo, em vez de se partir de um

corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se efetuam

escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais importantes, parte-

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

se de situações concretas, na medida das necessidades requeridas por essas

situações.

Assim, elas devem contemplar discussões estratégicas sobre temas a

serem trabalhados de maneira prática, tendo como base, entre outros, debates,

seminários, aulas expositivas dialogadas, discussão sobre filmes e obras

literárias, leituras direcionadas, e que tenham, como um de seus objetivos,

integrar os conteúdos desenvolvidos em todas as Unidades de Estudo que

compõem o módulo (trabalho interdisciplinar).

O trabalho dos alunos envolve, também, visitas técnicas monitoradas,

atividades extracurriculares e estágio supervisionado que inclui a elaboração

de relatórios de análise politico-pedagógica.

Para elaborar um sistema modular por competências é preciso

aprofundar as escolhas metodológicas. Estas devem se pautar pela

identificação de ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende e

devem incluir projetos, provocados por desafios e/ou problemas, que coloquem

o aluno diante de situações simuladas. A escolha também deve permitir ações

proativas por parte do aluno, como as de pesquisa e estudo de conteúdos que

podem estar reunidos em unidades ou trabalhados em seminários, ciclos de

debates, atividades experimentais, laboratoriais e de campo.

As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização

de situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos

conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos.

Como exemplos, podem ser adotados Estudo de Caso e Problematização. A

combinação entre um determinado tipo de atividade a ser executada no

desenvolvimento de um Tema e a metodologia mais adequada para esse caso

é o ponto chave para o sucesso do trabalho docente.

O conceito de qualidade detém um duplo desafio: o de a

Universidade comprovar-se competente e o de ser um espaço de educação,

onde o acadêmico possa encontrar condições formativas e motivadoras. A

conquista desse desafio resultará na formação de um profissional competente

e num cidadão ativo, capaz de resolver as situações-problema.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

A questão da pesquisa ganha um lugar de inspiração fundamental

da vida acadêmica e de todo o processo educativo que nela se desenvolve.

Aparecendo como atividade educativa, a pesquisa exige uma postura

metodológica, por meio da qual o graduando toma consciência crítica da sua

concepção histórica, reconhecendo a sua própria capacidade emancipatória,

como estratégia básica de sua autoconstrução.

Assim, para o aprendizado, os professores utilizam diferentes

recursos áudios-visuais para apresentar e discutir os conteúdos teóricos e

práticos quer sejam através de aulas teóricas em salas de aula e/ou

laboratórios; seminários; estudo dirigido; simulações em seminários,

congressos e jornadas acadêmicas.

Ainda na busca do saber, de informações que possam melhorar o

aprendizado, os alunos contam com um acervo de livros e periódicos na

Biblioteca, onde também podem acessar informações através de periódicos on

line e sites para pesquisa na internet.

Através do Estágio Supervisionado os alunos têm a oportunidade de

integrar as diferentes áreas de aprendizado, visando o seu crescimento

pessoal e eficácia profissional; integrar e aplicar em prática os conhecimentos

adquiridos nas demais unidades de estudo do Curso, possibilitando o

aprimoramento e a complementação do ensino-aprendizagem através do

desenvolvimento de atividades práticas; aprimorar as habilidades manuais e de

diagnóstico contempladas nas disciplinas teóricas; adquirir os hábitos e as

atitudes da profissão; desenvolver o senso analítico-crítico, baseado no

exercício do questionamento e da criatividade; buscar soluções para os

problemas vivenciados.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

8.1 MATRIZ CURRICULAR

As Matrizes Curriculares dos cursos são organizadas em módulos

semestrais e, em cada um deles, tendo como base as competências esperadas

dos egressos, são delineados os eixos condutores de cada módulo. Essa

organização orienta o planejamento, as ações e a avaliação dos professores.

A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo, com cargas horárias pré-

estabelecidas, o que não impede, no entanto, que os alunos sejam

continuamente estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que os

limites entre elas devem ser, necessariamente, indefinidos. Para garantir aos

alunos as condições de aquisição das competências ao longo de seu processo

formativo e para facilitar o planejamento, o desenvolvimento de atividades

interdisciplinares e significativas, e o processo de avaliação, as Unidades de

Estudo são organizadas na forma de Temas, estes por sua vez, devem

privilegiar as competências gerais e específicas preestabelecidas, abranger os

conteúdos a serem trabalhados e ser interligados transversalmente.

A proposta curricular do Curso de História é a expressão viva e real da

filosofia da educação seguida por ele e representa a própria filosofia de ação

do Curso como um todo unificado. Aí estão determinados os objetivos do Curso

em si e os dos alunos. Unidades de estudo, atividades, experiências,

conteúdos, metodologia, recursos específicos buscam conjuntamente

possibilitar o alcance dos objetivos em sua mais abrangente dimensão,

desenvolvendo habilidades, fornecendo princípios e diretrizes úteis à vida dos

licenciados em História enquanto educadores e profissionais.

Busca-se exercitar o currículo como algo dinâmico e abrangente,

envolvendo situações circunstanciais da vida acadêmica e social do aluno.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Nessa perspectiva, o Curso de História não pretende ter o sentido de

isolamento, vivendo apenas a relação com o aluno dentro da Universidade.

Pretende-se, isto sim, pensar o currículo para uma prática educativa

contextualizada e coerente com o mundo globalizado em que atua sem perder

de vista o regional. Pretende, além disso, desenvolver a matriz curricular de

forma a despertar nos alunos a capacidade de se ver como sujeitos históricos

e, dessa forma, dotá-los da abstração necessária para compreender as

relações que os processos sociais macro, que se desenrolam no país e no

mundo, possuem com aqueles processos que se estabelecem no âmbito da

vivência cotidiana em que estão inseridos – e como essa relação é recorrente

no que se refere à vivência de outros sujeitos históricos de outros tempos

históricos.

Nesse ponto, é importante salientar que os conteúdos das Unidades de

Estudo que tematizam o estudo da História – como História do Brasil Imperial,

História Moderna, História da África, etc – assim como os conteúdos

complementares – Sociologia, Filosofia, Antropologia, também dentre outras –,

são desenvolvidos de maneira a que se exercite a reflexão sobre como

trabalhá-los de forma coerente e eficaz nos Ensinos Fundamental e Médio.

Dessa forma, reitera-se o caráter do projeto pedagógico que visa fazer da

transmissão de informações e conhecimentos um vetor da formação de

competências que capacitarão os futuros egressos a atuarem como

educadores de qualidade perante a comunidade. Isso se torna possível,

principalmente, pela interligação transversal entre as diversas Unidades de

Estudo, que objetiva superar as barreiras estanques entre as mesmas,

significativamente entre aquelas que têm como base a discussão de cada um

dos temas e subtemas clássicos da historiografia geral e da historiografia

brasileira, e aquelas que abordam a prática pedagógica e as técnicas de ensino

da História de forma conceitual e prática.

Nesse momento, é importante notar que o projeto de formação por

competências visa aliar, ainda, os aspectos teóricos às disposições práticas de

forma a preparar o nosso egresso com a capacidade de comunicar os

meandros do pensamento acadêmico a um público heterogêneo e

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

multifacetado da maneira mais adequada possível. A atual matriz curricular do

Curso de História prevê uma carga horária de 2800 horas totais, sendo 400

delas voltadas à prática. É preciso aclarar nesse ponto que as Unidades de

Estudo de Metodologia Científica, Didática e a realização do Trabalho de

Conclusão de Curso também correspondem à dimensão curricular do curso

voltada à prática, não obstante não trazerem tal especificação em seus nomes.

De fato, a Unidade de Ensino de Metodologia Científica trabalha, a partir dos

conceitos e regras metodológicas, a realização prática de parágrafos

acadêmicos, resumos, fichamentos, mapas conceituais e projetos de pesquisa

para trabalhos de autoria dos alunos; a Unidade de Didática corresponde, por

sua vez, aos primeiros exercícios práticos da atividade docente com o qual o

aluno trabalha e que buscam torná-lo consciente da necessidade prática de

transmissão do conhecimento após a apreensão do mesmo; a feitura do

Trabalho de Conclusão de Curso é dotada claramente de uma dimensão

prática, afinal opera com a organização do raciocínio lógico voltada ao

desenvolvimento de uma argumentação em torno de um tema definido pelo

aluno – ou seja, é o momento em que o discente faz um exercício prático de

construção de um texto acadêmico a partir de uma análise específica.

É de grande importância aclarar, além disso, algumas questões de

extrema relevância que orientam a estruturação da matriz curricular do curso

de História. Primeiramente, deve-se dizer que, em concordância com a Lei n°

11.645 de 10/03/2008, resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, é

trabalhada de maneira substantiva no curso a temática História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena. Isso ocorre em diversas Unidades de Estudo,

significativamente nas seguintes: Prática de Ensino e pesquisa em História,

Brasil Colonial, América Colonial, História da África, Antropologia e

Pensamento social brasileiro. Mas é extremamente necessário ressaltar que

a organização da matriz curricular visando explorar esses temas de grande

importância no contexto educacional do país tem por objetivo não apenas

contextualizá-los e buscar construir em nossos alunos uma visão profunda e

crítica dos mesmos, mas também prepará-los para serem capazes de transmitir

essa visão na prática pedagógica da História e das demais Ciências Humanas.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Outro ponto de relevância essencial no universo da prática pedagógica

hoje que deve ser mencionado é aquele associado à Educação Ambiental,

como definido expressamente pela Lei nº9795 de 27/04/1999, Resolução

CNE/CP nº02 de 15/06/2012. Primeiramente, deve-se dizer que, mediante a

dimensão que a temática ambiental adquiriu na atualidade, em que a questão

de como a humidade precisa interagir de forma (mais) harmônica com os

ecossistemas articula tanto a realização de relatórios, encontros e congressos

no nível internacional, quanto orienta a definição de políticas públicas, a

organização da sociedade civil e a temática de diversas pesquisas acadêmicas

no nível nacional, a própria noção de sustentabilidade, amplamente pensada

em conjunto com a de Educação Ambiental, é uma das competências gerais

que o projeto pedagógico da UNIFEOB objetiva desenvolver junto aos alunos,

de forma que ela será trabalhada de forma interdisciplinar. Ademais, há a

Unidade de estudo Formação econômica e territorial do Brasil, que

estabelece uma discussão pormenorizada da evolução da questão ambiental

no país, evidenciando a relevância da mesma no contexto atual e, dessa forma,

demonstrando como a ciência da necessidade da Educação Ambiental é uma

característica que a instituição visa sedimentar no imaginário de seus egressos.

Além disso, deve-se notar que uma questão que também é pensada de

forma plural na organização da matriz curricular é a ideia de educação

inclusiva, e como essa perspectiva se insere na valorização de um tema de

grande importância no contexto atual, o dos Direitos Humanos. A Unidade de

Estudo de Libras reflete esse esforço de maneira bastante ilustrativa. Mas,

mais do que isso, é decisivo salientar que o tema dos Direitos Humanos é

tratado em nosso cotidiano pedagógico a partir da ciência da necessidade de

que as instituições e os profissionais dedicados ao exercício da Educação se

pautem por uma trajetória que busque, além de compreendê-los e respeitá-los

profundamente, transmita a mensagem de quão importante é a sua difusão

para o exercício da cidadania no mundo de hoje. Além dessa disposição geral,

o tema é trabalhado de maneira específica em duas Unidades de Ensino:

História Europeia do século XX e Ciência Política.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE HISTÓRIA LIC. - MODULAR- UNIFEOB - 2014

UNIDADES DE ESTUDO CARGA HORÁRIA

1º MÓDULO

ANTIGUIDADE ORIENTAL E CLÁSSICA 80

ANTROPOLOGIA 80

BRASIL COLONIAL 80

COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

80

DIDÁTICA 80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA 1º MÓDULO => 400

2º MÓDULO CARGA HORÁRIA

FORMAÇÃO ECONÔMICA E TERRITORIAL DO BRASIL

80

HISTÓRIA DA ÁFRICA 40

HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA 40

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

80

ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

80

PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO 80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA 2º MÓDULO => 400

3º MÓDULO CARGA HORÁRIA

FILOSOFIA ANTIGA E MEDIEVAL

80

HISTÓRIA MEDIEVAL 80

PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL 80

SOCIEDADE E EDUCAÇÃO (EAD)

80 h/r

SOCIOLOGIA GERAL

80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA 3º MÓDULO=> 400

4º MÓDULO CARGA HORÁRIA

BRASIL IMPERIAL 80

FILOSOFIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA

80

HISTÓRIA MODERNA 80

PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO 80

PSICOLOGIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM 80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA 4º MÓDULO=> 400

5º MÓDULO CARGA HORÁRIA

AMÉRICA COLONIAL 80

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

CIÊNCIA POLÍTICA

80

FORMAÇÃO DO ESTADO REPUBLICANO BRASILEIRO

80

HISTÓRIA DA ÁSIA 40

HISTÓRIA EUROPEIA DO SÉCULO XIX 80

LIBRAS EAD

80

PRÁTICA DE ENSINO E PESQUISA EM HISTÓRIA 40

TOTAL DE CARGA HORÁRIA 5º MÓDULO=>

480

6º SEMESTRE CARGA HORÁRIA

AMÉRICA INDEPENDENTE

80

BRASIL REPUBLICANO CONTEMPORÂNEO

80

CULTURA E PATRIMÔNIO 40

HISTÓRIA EUROPEIA DO SÉCULO XX 80

HISTORIOGRAFIA GERAL

80

PRÁTICA E METODOLOGIA DE ENSINO EM HISTÓRIA 60

TOTAL DE CARGA HORÁRIA 6º MÓDULO=> 420

Total de carga horária – teoria e prática 1950 horas-aula + 160 horas-relógio

2110 (horas-relógio)

Estágio Supervisionado 400

Atividades Acadêmicas Culturais 200

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 120

TOTAL 2830 horas

INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

MÍNIMO: 3 ANOS

MÁXIMO: 5 ANOS

8.2 NÚCLEO BÁSICO, NÚCLEO ESPECÍFICO E NÚCLEO

COMPLEMENTAR

Para que seja possível a realização dos objetivos o presente curso está

estruturado de maneira que seus conteúdos contemplem a formação

profissional específica, a formação complementar interdisciplinar e a formação

de docentes para o Ensino Fundamental e Médio.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Cabe ressaltar que os conteúdos mencionados são parâmetros, nos

quais os docentes devem embasar seus planos de unidade de estudo a fim de

que, cada uma possa contribuir para a formação do profissional que se deseja

formar.

Para além dos conteúdos, as metodologias e estratégias de aulas, bem

como das avaliações, também deverão compor um conjunto capaz de

contribuir para a formação do professor de História que se almeja. Assim, a

utilização de diferentes formas de linguagem e procedimentos didáticos, para

além dos conteúdos, deverá ser preocupação constante dos docentes do

UNIFEOB.

Deve-se ainda ressaltar que, mais do que apresentar conteúdos

“acabados”, os docentes do UNIFEOB devem despertar o interesse pela

pesquisa, enfatizando a importância da construção do conhecimento,

desenvolvendo em seus alunos a capacidade de buscar informações e, mais

do que isso, a consciência da necessidade de capacitação e atualização

profissional constante.

8.2.1 NÚCLEO ESPECÍFICO

Com o objetivo de desenvolver no aluno a capacidade de conhecer e

problematizar as informações básicas referentes às diferentes épocas

históricas, usando concepções metodológicas para analisar as relações sócio-

históricas e a formação de diferentes relações de tempo e espaço, deve-se

enfatizar a construção do conhecimento em detrimento da busca por verdades

“acabadas”. A História deve ser vista como produção social do conhecimento e

não como mera realidade factual.

Assim, sugere-se um debate acerca da História como produção de

conhecimento, apresentando suas principais correntes historiográficas, teorias

e métodos de estudo em História para que, a partir daí, ocorra uma reflexão

dos aspectos básicos da história enquanto disciplina científica, destacando

seus principais aspectos teóricos e metodológicos e a intervenção do

historiador na produção do conhecimento histórico.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

A partir da conscientização de que o objeto do conhecimento histórico é

movimento, a abordagem dos diversos períodos históricos torna-se essencial.

Em Brasil Colonial, há a Discussão sobre os principais temas relacionados à

Historiografia do Brasil Colônia, a partir de obras clássicas, trabalhos recentes

e documentos históricos, além da Africanidade e história indígena. Em

Antiguidade Oriental e Clássica, trabalha-se com análise da historiografia

clássica e contemporânea a respeito da Antiguidade Oriental e Clássica para o

trabalho docente no Ensino Básico.

Com a unidade de estudo de Historiografia Brasileira, há a abordagem

sobre Historiografia e projetos de construção da nacionalidade, com os

principais autores, diálogos e perspectivas interpretativas sobre o Brasil. Em

História da África, refletimos sobre o estudo da história do continente africano,

com intuito de oferecer subsídios para a desconstrução de ideias e noções

estereotipadas de uma África tribal, arcaica e sem história.

História Medieval também é uma unidade de estudo que trata da

análise dos processos históricos constitutivos e característicos da sociedade

medieval, abordando as diferentes fases que marcaram seu desenvolvimento.

Em Brasil Imperial, lidamos com a abordagem da História social e cultural do

Brasil entre 1808 e 1889, com Análise crítica dos processos econômicos e

políticos do Brasil no século XIX com ênfase na formação do Estado e da

Nação.

História Moderna é nossa unidade voltada para o estudo da

constituição e características da sociedade moderna (séculos XV - XVIII) por

meio da revisão crítica da historiografia sobre o período e da análise de

documentos. Em História da América Colonial há Estudo da História da

América, com destaque para a história das civilizações ameríndias, e o Período

Colonial.

Há a reflexão sobre o Brasil Republicano Contemporâneo, com a

reflexão sobre a produção historiográfica a respeito da concretização do

capitalismo no Brasil, dando ênfase ao Estado Nacional, a partir do

mapeamento do um conjunto de obras centradas no populismo na ditadura

militar e no processo de abertura política. Cultura e Patrimônio, unidade

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

direcionada ao estudo do patrimônio, do monumento como expressão

patrimonial, e das definições de patrimônio histórico e patrimônio cultural.

Desenvolvemos as discussões sobre História Europeia do Século XX

– Estudo da constituição e características da sociedade contemporânea a partir

dos anos 1910 passando pelo final da II Guerra Mundial, Guerra Fria, Queda

do Muro de Berlim. Historiografia Geral, nossa unidade que trata de Teoria da

História, estudo das tendências da historiografia, a partir de obras clássicas e

recentes, com análise crítica dos debates teóricos sobre a História.

Também contamos com unidade de História da Ásia, uma Reflexão

sobre a história do continente asiático, priorizando os séculos XIX e XX. Com

ênfase em extremo oriente e oriente médio. História Europeia do Século XIX ,

voltada para o estudo da constituição e características da sociedade europeia

(século XIX), por meio da revisão crítica da historiografia sobre o período e da

análise de documentos.

Além de Formação do Estado Republicano Brasileiro, uma reflexão

sobre produção historiográfica sobre a constituição da república no Brasil,

centradas nas primeiras décadas do período republicano e do período

varguista. E finalmente América Independente, com o estudo sobre a

historiografia da América Contemporânea, por meio da análise de documentos

e da revisão da historiografia.

Acredita-se que a partir das temáticas elencadas acima, o curso de

História, em seu núcleo específico, proporcione ao aluno uma formação

instrumental teórica, conceitual e metodológica necessárias ao

desenvolvimento de suas atribuições como profissional, além de proporcionar

uma visão mais ampliada e crítica da realidade e, desta forma, o capacitando

para o exercício de uma cidadania mais consciente.

8.2.1.1 Ementas e bibliografias básicas do núcleo específico

Brasil Colonial – 80h

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Ementa:

Este unidade de estudo pretende introduzir os alunos nos principais temas e debates

da historiografia sobre a Colônia. Através da análise de obras clássicas, trabalhos

recentes e de documentos históricos, buscar-se-á estabelecer diferentes análises

sobre a sociedade colonial e sobre as múltiplas experiências e práticas que se

processaram entre colonos e colonizadores, dando especial ênfase a duas

temáticas: as relações concatenadas entre colonizadores e indígenas e de que

forma as mesmas moldaram a apreensão e a inserção do índio na sociedade

brasileira; e a dimensão que as relações escravistas engendradas pelo contrabando

de povos africanos ao Brasil Colônia desempenharam nesse momento da história do

país e de que forma a mesma estabeleceu o início da questão racial no Brasil.

Bibliografia básica

FRAGOSO, João, FLORENTINO, Manolo, FARIA, Sheila de Castro. A Economia

Colonial Brasileira (Séculos XVI-XIX). São Paulo: Atual, 1998.

NOVAIS, Fernando (dir). História da Vida Privada no Brasil – Colônia. São Paulo:

Cia das Letras, Vol. I, 1997.

MELLO, E C. Rubro Veio – o imaginário da Restauração Pernambucana, Rio de

Janeiro, Nova Fronteira, 1986.

SOUZA, L. M. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII, Rio de

Janeiro: GRAAL, 1982.

_________________________________________________________________

Brasil Imperial – 80h

Ementa:

O foco desta unidade de ensino é a abordagem da História social do Brasil entre

1808 e 1889. Nesse sentido, será realizada uma análise crítica dos processos

econômicos e políticos do Brasil no século XIX com ênfase na formação do Estado e

da Nação e no papel extremamente relevante que a realidade das relações

escravistas da época desempenhou nesses processos e na própria construção da

sociedade brasileira que emergia contemporaneamente aos mesmos. Para tanto,

será feita tanto uma apreciação da historiografia do Brasil Imperial, quanto uma

análise de revisões historiográficas contemporâneas sobre o período.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Bibliografia básica:

CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: Uma História das Últimas Décadas da

Escravidão na Corte. São Paulo: Cia das Letras, 1990.

OLIVEIRA, C.H.de SALLES. 7 de setembro de 1822: A independência do Brasil. São

Paulo:Cia Editora Nacional, 2005.

SCHWARZ, L.M. As barbas do Imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.

São Paulo: Cia das Letras, 1998.

Historiografia brasileira – 40h

Ementa:

Esta unidade de ensino visa compreender em suas linhas gerais a escrita da História

no Brasil. Com esse objetivo, abordará os principais autores, diálogos e perspectivas

interpretativas sobre o Brasil estabelecidos pela Histografia nacional; a relação entre

a Historiografia brasileira e os projetos de construção da nacionalidade; a

organização e a disciplinarização do conhecimento histórico no país; e a produção e

os debates atuais na Historiografia Brasileira.

Bibliografia básica:

NOVAIS, Fernando. Aproximações. Estudos de história e historiografia. São Paulo:

Cosac Naify, 2005.

REIS, J C. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: FGV,

2000.

REGO, J M e MORAES, J G V. Conversa com historiadores brasileiros. São Paulo:

Ed. 34, 2004.

ANTIGUIDADE ORIENTAL E CLÁSSICA – 80H

EMENTA

Análise da historiografia contemporânea a respeito da Antiguidade Oriental e

Clássica nos seus âmbitos econômicos, sociais e políticos. A unidade de estudo visa

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

introduzir os alunos no estudo da Antiguidade Oriental e Clássica de forma a

prepará-los apropriadamente para o ensino na Educação Básica a partir do

desenvolvimento e produção de estratégias e de métodos didáticos.

Bibliografia Básica

GUARINELLO, Norberto Luiz. Imperialismo greco-romano. São Paulo: Ática, 1988.

JOÃO, Maria Thereza David, Tópicos de História Antiga Oriental, São Paulo: IBPEX,

2012.

JOLY, Fábio Duarte. A escravidão na Roma Antiga. São Paulo: Alameda, 2005.

História Medieval- 80h

Ementa

A unidade de estudo objetiva desenvolver uma análise dos processos históricos

constitutivos e característicos da sociedade medieval, abordando as diferentes fases

que marcaram seu desenvolvimento, desde o seu período formativo (séculos V - X),

passando pela Idade Média Central (séculos XI – XII) e chegando à Baixa Idade

Média (séculos XIV – XV). É importante salientar que o conteúdo será desenvolvido

de forma a que se reflita sobre como trabalhá-lo de forma eficaz e coerente nos

Ensinos Fundamental e Médio.

Bibliografia Básica

FRANCO Jr., Hilário. O Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1996.

LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de idade media: Tempo, trabalho e

cultura no ocidente. Lisboa: Estampa, 1993.

LEWIS, D. L. O Islã e a Formação da Europa – 570 a 1215, São Paulo: Amarilys,

2010.

História da África – 40h

Ementa

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

A proposta da unidade de estudo é oferecer subsídios para a desconstrução de

ideias e noções estereotipadas de uma África tribal, arcaica e sem história. Serão

analisados os debates sobre pan-africanismo e o processo de formação dos Estados

Nacionais africanos. Além disso, procurar-se-á estabelecer uma relação entre a

construção do estereótipo sobre a África tribal e arcaica e os processos de

escravatura que estão associados a diversos povos do continente, refletindo sobre

como o papel de dominação vivenciado pelo escravo negro se vincula a essa visão

estereotipada.

Bibliografia Básica

APPIAH, Kwame Anthony. Na Casa de meu pai. A África na filosofia da cultura. Rio

de Janeiro, Contraponto, 1997, pp. 19-51.

COSTA E SILVA, Alberto da. A enxada e a lança. A África antes dos portugueses.

Rio de Janiero: Nova Fronteira; São Paulo: EDUSP, 1992.

HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: Visita à história contemporânea.

SP: Selo Negro, 2005.

_________________________________________________________________

América Colonial – 80h

Ementa

A unidade de ensino pretende estabelecer um estudo da História da América, com

destaque para os períodos Pré-Colombiano e Colonial, por meio da análise de

documentos e da revisão da historiografia. Os temas serão trabalhados sempre de

modo a buscar desenvolver nos alunos a competência para aplicá-los corretamente

nos processos de aprendizagem próprios aos Ensinos Fundamental e Médio.

Bibliografia Básica:

KARNAL, L. Estados Unidos: a formação da nação 5 ed., São Paulo: Contexto,

2012.

SEED, Patricia. Cerimônias de posse na conquista europeia do novo mundo (1492-

1640). São Paulo: Editora UNESP, 1999.

TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. 3a ed. São Paulo: Martins Fontes,

2003.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

América Independente – 80h

Ementa:

Nesta unidade de ensino será desenvolvida uma análise densa da História da

América nos séculos XIX e XX, por meio da análise de documentos e da revisão da

historiografia acerca dos principais processos que se desenrolam no período. O

conteúdo será abordado de forma a que se tente estabelecer nos alunos a

competência para aplicá-lo de forma apropriada de acordo com os processos de

aprendizagem peculiares dos Ensinos Fundamental e Médio.

Bibliografia Básica:

BETHELL, L. História da América Latina, volume 2, São Paulo: EDUSP, 1999.

FERREIRA, Jorge (org.) O populismo e sua história. Civilização Brasileira. 2001.

KARNAL, L [et al]. História dos Estados Unidos: das origens ao século XX, São

Paulo: Contexto, 2012.

_________________________________________________________________

História da Ásia – 40h

Ementa:

A unidade de ensino apresenta-se como espaço de reflexão sobre a história do

continente asiático, priorizando os séculos XIX e XX. A ênfase das discussões a

serem realizadas recairá no extremo oriente e no oriente médio. Deve-se ressaltar

que o conteúdo será trabalhado de forma a que se reflita sobre como abordá-lo de

forma eficaz e coerente nos Ensinos Fundamental e Médio.

Bibliografia Básica:

SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São

Paulo:Companhia das Letras, 2007.

HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Cia. Das Letras, 2001.

ORTIZ, Renato O próximo e o distante: Japão e modernidade-mundo. São Paulo:

Brasiliense, 2000.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

História Moderna – 80h

Ementa:

A unidade de estudo refere-se à constituição e às características da sociedade

moderna (séculos XV - XVIII), buscando compreendê-las por meio da revisão crítica

da historiografia sobre o período e da análise de documentos. Nesse processo, visa-

se estabelecer uma visão crítica desses processos modernos, de forma que a sua

compreensão permita uma construção rica e elaborada do processo de ensino dos

mesmos.

Bibliografia Básica:

ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985.

GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro

perseguido pela inquisição. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.

THOMPSON E. P. Formação da Classe Operária, 3 volumes. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1989.

História Europeia do século XIX – 80h

Ementa:

O Estudo da constituição e das características da sociedade europeia (século XIX),

por meio da revisão crítica da historiografia sobre o período e da análise de

documentos, é o intuito desta unidade de ensino. É importante salientar que a

análise do período se fará de maneira a buscar estabelecer uma visão crítica de

como os processos históricos da Europa no período contribuíram para a

configuração social, econômica e política do mundo no século XX.

Bibliografia Básica

FURET, François. Pensando a Revolução Francesa. Rio de Janeiro, Paz e Terra,

1989.

HOBSBAWM, Eric J. A Era do Capital. 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1977.

_____. A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

PERROT, Michelle. Os Excluídos da História: Operários, mulheres e prisioneiros. Rio

de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

Cultura e Patrimônio – 40 h

Ementa:

A unidade de ensino visa evidenciar como o Patrimônio configura-se como um

campo de estudo. Para tanto, serão abordados os seguintes elementos associados a

essa ideia: o monumento como expressão patrimonial; do patrimônio histórico ao

patrimônio cultural; a Cultura e a preservação; a institucionalização das políticas de

preservação patrimonial no Brasil.

Bibliografia Básica:

ABREU, Regina; CHAGAS, Mário (Orgs.). Memória e Patrimônio: ensaios

contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014

MONTENEGRO, A. T. História, Metodologia e Memória, São Paulo, Contexto, 2010.

CHAGAS, Mário (Orgs.). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de

Janeiro: Lamparina, 2009.

História Europeia do século XX – 80h

Ementa:

A unidade de estudo tematiza a constituição e as características da sociedade

europeia contemporânea a partir dos anos 1910, passando pelo final da II Guerra

Mundial, pela Guerra Fria e pela queda do Muro de Berlim. Além disso, alguns temas

de extrema relevância para a compreensão do mundo contemporâneo serão

discutidos, como o Nacionalismo, o Imperialismo, o Colonialismo, e o Totalitarismo,

sempre tendo em mente como a discussão acerca dos Direitos Humanos os

perpassam.

Bibliografia Básica:

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

HOSBSBAWM, E. A Era dos Extremos: O Breve Século XX. 1914-1991. SP, Cia das

Letras, 2000.

GIDDENS, Anthony. O Estado-Nação e a violência. São Paulo: EDUSP. 2001.

NOVAES, Adauto. Civilização e barbárie. São Paulo: Companhia das Letras. 2004.

_________________________________________________________________

Formação do Estado Republicano Brasileiro – 80h

Ementa:

Situar os estudantes diante da produção historiográfica sobre a concretização do

capitalismo no país, dando ênfase à formação do Estado Nacional brasileiro. A

unidade de ensino tem também como característica mapear um conjunto de obras

centradas nas primeiras décadas do período republicano e no período varguista.

Dessa forma, pretende-se construir um entendimento criticamente embasado sobre

a história do capitalismo no Brasil de forma a que o mesmo possa ser a base para o

exercício docente futuro dos alunos.

Bibliografia Básica:

CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a Republica que

não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

CASTRO, Celso. A Proclamação da República. Rio e Janeiro: Jorge Zahar, 2000

COSTA, Emilia VIOTTI da. Da Monarquia à Republica: momentos decisivos. 6 ed.

São Paulo: Ed. Brasiliense, 2007.

Brasil Republicano Contemporâneo – 80h

Ementa:

A unidade de estudo apresentará aos estudantes a produção historiográfica sobre a

realidade do Estado Nacional brasileiro em sua relação com os processos

sociopolíticos no Brasil do período republicano. Além disso, há o intuito de analisar

criticamente uma série de obras centradas no populismo na ditadura militar e no

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

processo de abertura política para que o aluno consiga debater os diferentes

pressupostos, temáticas e procedimentos de investigação que balizam a elaboração

destas produções historiográficas e servem de instrumental para o conhecimento

histórico.

Bibliografia Básica:

D’ARAÚJO, Maria Celina et alii. Visões do golpe: a memória militar sobre 1964. Rio

de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

FERREIRA, Jorge (org.) O Populismo e sua história – debate e crítica. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

MENDONÇA, Sonia Regina de; Fontes, Virginia Maria, História do Brasil Recente

1964-1992, 5 ed, São Paulo: Ática, 2012.

Historiografia geral – 80h

Ementa:

Esta unidade tem como tema o estudo das tendências da historiografia: a análise

crítica dos debates teóricos sobre a História e o estudo e análise de textos

produzidos por historiadores sobre a História, em um exercício de história do tempo

presente, evidenciando-se suas contribuições teóricas à discussão epistemológica

recente sobre as práticas e reflexões históricas. Estes textos devem ser

compreendidos nos seus respectivos contextos, inseridos no momento histórico de

sua produção, de modo a refletir sobre o conceito de tempo histórico.

Bibliografia Básica

BARROS, J. Teoria da História (5 volumes) , Petrópolis: Vozes, 2011.

BURKE, P. A escola dos Annales: a revolução francesa da historiografia. São Paulo:

UNESP, 1997.

DUBY, Georges. A história continua. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

CARDOSO, C. F. & VAINFAS, R. [ORGS.] Domínios da História: Ensaios de teoria e

metodologia. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 1997.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

8.2.2 NÚCLEO COMPLEMENTAR

Como forma de proporcionar aos egressos do curso de licenciatura em

História conhecimentos teórico-práticos das demais áreas das Ciências

Humanas e suas Tecnologias, bem como a capacidade de elaborar projetos e

trabalhar em equipes multidisciplinares, atendendo também a especificidade

regional do mercado de trabalho que demanda profissionais com habilidade

para lecionar Sociologia ou História, acredita-se ser importante os conteúdos

complementares, conforme segue.

Visando capacitar o profissional a ser formado para a leitura e

interpretação do espaço geográfico, acredita-se ainda ser importante o debate

das diversas concepções teóricas presentes na Geografia, bem como a

discussão de conceitos caros à disciplina como, por exemplo, os conceitos de

Espaço, Território, Paisagem, Lugar e Região, que também abarcam um

debate relacionado à sustentabilidade e à consciência ambiental.

Ainda, para a maior compreensão da amplitude Ciência Geográfica, é

necessária uma apresentação de seus diversos ramos, como por exemplo, a

Geografia Física, a Geografia Humana, a Geografia Política, dentre outras.

É evidente que a compreensão da Geografia enquanto disciplina científica

apenas se completa com o debate dos diversos métodos de análise geográfica,

passando pela discussão da relação espaço-natureza e espaço-homem e

apresentando-se temas de Geografia Aplicada.

Em Formação econômica e territorial do Brasil, há O estudo sobre a

reorganização produtiva do território brasileiro. O estudo sobre o Meio

Ambiente e os desafios da sustentabilidade. As novas hierarquias territoriais no

período da globalização.

A Filosofia também compõe o núcleo de formação específica, com duas

unidades de estudo. Filosofia Antiga e Medieval, com a história do início da

Filosofia Ocidental, como o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga, da

filosofia cristã no contexto do helenismo e o desenvolvimento da escolástica. E

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Filosofia Moderna e Contemporânea, que conta com a reflexão sobre as

origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade, a ruptura com a

tradição racionalista e a problemática filosófica do século XX.

Da mesma maneira, na área das Ciências Sociais, tanto no que diz

respeito à Sociologia, como à Antropologia e à Ciência Política, as diversas

perspectivas teóricas e explicativas da realidade social deverão ser abordadas

como forma de despertar no aluno de História a percepção de que o

conhecimento não está dado, ao contrário, é construído cotidianamente, e que,

portanto, mais do que ser capaz de apreender “verdades” científicas, deve-se

ter a habilidade de buscar informações, interpreta-las, sistematiza-las e tecer

relações.

Em Antropologia Geral, são tratados os conceitos gerais sobre a

Antropologia, tais como História do Pensamento Antropológico, Etnocentrismo

e Relativismo. Com a unidade Pensamento Social Brasileiro, há o estudo

sobre as diferentes correntes de pensamento social no Brasil, com os

processos de sistematização e institucionalização das diversas interpretações

sobre o Brasil e sobre o ser brasileiro. Em Sociologia Geral, há as reflexões

sobre a identificação da cientificidade e aplicabilidade da Sociologia, conceitos

básicos da disciplina. E finalmente Ciência Política, com estudo sobre as

sociedades políticas, a origem e formação do Estado, e a sua evolução

histórica.

Assim, o debate acerca das principais correntes teóricas da Sociologia

do século XX, bem como as categorias integrantes do pensamento social

contemporâneo e a compreensão da Sociologia como ciência, contribuem para

a apreensão da dinâmica da realidade social. Além disso, temas como

globalização, mundialização, modernidade e pós-modernidade auxiliam a

compreensão de processos sociais contemporâneos e contribuem para a

compreensão das transformações, cada vez mais rápidas, das relações sociais

em seus mais amplos aspectos.

As reflexões acerca da contemporaneidade não podiam prescindir das

relações de poder. Assim, a compreensão da Política enquanto ciência, a partir

das diferentes correntes do pensamento político contribui para o debate de

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

questões emergentes como a Democracia, os Direitos Humanos, a

Participação Política, os Sistemas Eleitorais, entre outros.

Além disso, a compreensão do liberalismo político e de sua presença no

Brasil, o contraponto marxista e o neoliberalismo são temas relevantes para a

compreensão da estrutura política brasileira.

Ainda como forma de oferecer elementos necessários à compreensão

das diversas áreas das Ciências Humanas, avalia-se ser necessária uma

introdução ao quadro conceitual Antropológico, temático e metodológico

caracterizando, de forma sintética, o campo de atuação e a prática

antropológica enquanto disciplina científica. A especificidade conceitual do

discurso antropológico sobre o "outro", a crítica ao evolucionismo e a relação

entre natureza e cultura; e as noções de cultura e diversidade cultural como

fundamentos da alteridade entre pesquisador (antropólogo) e objeto (o outro),

são temas relevantes. Da mesma maneira, objetiva-se a apresentação da

Antropologia como ciência e, portanto, o conhecimento de seus principais

autores, teorias e métodos contribuem para que o aluno apreenda a dinâmica

do desenvolvimento da disciplina e torne-se autônomo na busca por novos

conhecimentos e conceitos necessários durante sua atuação profissional.

Em tempos de profundas transformações sociais e consequentemente

das formas do pensar, reflexões acerca da ação e do conhecimento, da crítica

da modernidade, entre outros temas nos remetem à possibilidade da

investigação sobre os fundamentos da realidade. Atualidade da filosofia salta

aos olhos e a habilidade de refletir acerca dos principais problemas filosóficos

faz-se necessária. Assim, o debate de temas como, por exemplo, moral, ética,

liberdade, direito, cidadania, entre outros são importantes.

Como forma de despertar as habilidades para a investigação, despertar

hábitos de leitura e de estudo, avalia-se ser importante o conhecimento dos

princípios teóricos que caracterizam o conhecimento científico. Além disso, a

discussão de procedimentos técnicos e metodológicos do trabalho científico,

bem como à elaboração de projetos de pesquisa e/ou ensino articulados com

as demais unidades de estudo do curso e o perfil do egressante, é

fundamental, são tratados em Metodologia Científica, com iniciação

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

metodológica ao trabalho intelectual. Princípios básicos para a elaboração de

trabalhos acadêmicos em geral.

Obviamente, parte importante para a realização de trabalhos de

investigação é o conhecimento das formas adequadas de expressão e

organização para um correto planejar, implementar, executar, acompanhar e

finalizar trabalhos científicos. E a unidade de Comunicação e Expressão em

Língua Portuguesa, compõe esta formação com os aspectos que circundam o

processo comunicativo, voltados para o nivelamento para comunicação oral e

escrita.

8.2.2.1 Ementas e Bibliografias Básicas do Núcleo Complementar:

Pensamento social brasileiro – 80h

EMENTA:

A unidade de estudo tratará da contribuição dos autores de diferentes correntes de

pensamento para a formação do pensamento acadêmico e intelectual no país. Serão

examinados os processos de sistematização e institucionalização das diversas

interpretações sobre o Brasil e sobre o ser brasileiro. Além disso, serão evidenciadas

as diversas áreas do saber nacional que refletem sobre a africanidade na formação

da sociedade brasileira.

Bibliografia Básica:

FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Record, 2000.

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 34ª edição. São Paulo:

Companhia Editora Nacional, 2000.

WEFFORT, Francisco C.. Formação do Pensamento Político Brasileiro.; São Paulo:

Editora Ática, 2006.

Antropologia – 80h

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Ementa:

A unidade de estudo abordará uma série de temas visando introduzir o pensamento

antropológico e os principais conceitos dessa área do saber. Para tanto, serão

abordados: história do pensamento antropológico; etnocentrismo e relativismo;

conceito antropológico de cultura; etnocentrismo e indigenismo no Brasil; cultura

brasileira e identidade nacional; cultura brasileira e africanidade; organização social

e relações de gênero; diversidade cultural e Educação; cultura e política no mundo

contemporâneo; o método etnográfico; Etnografia e Educação; identidade e relações

inter-étnicas; Antropologia e História; Antropologia Brasileira; as relações de classe,

gênero e etnia no Brasil atual.

Bibliografia Básica:

CLIFFORD. James. A experiência etnográfica.: Antropologia e Literatura no século

XX. Rio de Janeiro, UFRJ, 1988.

GEERTZ, C. Uma nova luz na Antropologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor,

2001.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito antropológico. 13 ed. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

Formação econômica e territorial do Brasil - 80h

Ementa:

A formação social como categoria e como método na geografia. As transformações e

a sucessão dos meios geográficos no Brasil: do meio natural ao meio técnico-

científico informacional. A mecanização do espaço e o processo de integração do

território nacional. A constituição do meio técnico-científico informacional e a

reorganização produtiva do território. A economia política do território e os novos

usos do território brasileiro no período da globalização. A questão ambiental como

um novo paradigma para a reflexão sobre o território no Brasil (e no mundo) atuais: a

importância da Educação Ambiental neste contexto.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Bibliografia Básica:

HASBAERT, R. Territórios Alternativos. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2012.

SEABRA, O. et. Al. Territórios e sociedade: Entrevista com Milton Santos. 2. Ed. São

Paulo.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século

XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Sociologia geral – 80h

Ementa:

Identificação da cientificidade e aplicabilidade da Sociologia, contexto do seu

surgimento, conceitos básicos da disciplina e a contribuição dos seus teóricos

clássicos e contemporâneos. Análise da estrutura das sociedades e da ação social e

a sua articulação no processo de preservação e transformação das instituições e dos

comportamentos sociais. Apresentação de elementos conceituais da Sociologia

capazes de auxiliar na interpretação de fenômenos sociais contemporâneos e na

produção de discussões sociológicas atuais, como as questões ligadas à

preservação dos ecossistemas e as associadas às novas e antigas formas de

discriminação e preconceito.

Bibliografia Básica:

ALVES DE LIMA, Ricardo Rodrigues & Ramos e Silva, Ana Carolina. Introdução à

Sociologia de Max Weber. Curitiba: Intersaberes, 2012.

FERREOL, Gilles; Noreck, Jean-Pierre, Introdução Sociologia, São Paulo: Ática,

2012.

RODRIGUES, José Albertino (org.). Durkheim: sociologia. São Paulo: Ática, 2008.

Filosofia Antiga e Medieval – 80h

Ementa:

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

O surgimento da Filosofia na Grécia Antiga; os filósofos pré-socráticos; Sócrates os

sofistas; Platão; Aristóteles e o sistema aristotélico; o helenismo e suas principais

correntes: estoicismo, epicurismo e ceticismo; o surgimento da filosofia cristã no

contexto do helenismo; o desenvolvimento da escolástica; a filosofia árabe; São

Tomás de Aquino e o aristotelismo cristão; Guilherme de Ockham e a crise da

escolástica; as origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade.

Bibliografia Básica:

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editoria Ática, 1995.

_____. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Volume I. 2

ed., São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a

Wittgenstein. 6 ed., Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2001.

Filosofia Moderna e Contemporânea – 80h

Ementa:

A unidade de estudo tem por objetivo discutir uma série de temas e autores visando

estabelecer entendimentos e reflexões acerca da filosofia e do pensamento

modernos e contemporâneos: as origens do pensamento moderno e a ideia de

modernidade; Descartes e o Empirismo; racionalismo pós-cartesiano; liberalismo e

iluminismo; Kant; Hegel; Marx; ruptura com a tradição racionalista; a problemática

filosófica do século XX.

Bibliografia Básica:

GALLO, Sílvio (coord.), Ética e Cidadania caminhos da filosofia elementos para o

ensino de filosofia 10 ed., São Paulo: Papirus, 2012.

MATTAR, J. Filosofia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

NUNES, Benedito. Filosofia Contemporânea. Belém: EDUFPA, 2004

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

__________________________________________________________________

Ciência Política – 80h

Ementa:

A unidade de estudo abordará uma série de temas visando desenvolver uma visão

geral sobre a noção de política e sua importância para a organização social do

homem. Dentre eles, podemos destacar os subsequentes. A origem da sociedade. A

sociedade e seus elementos característicos. Finalidade social. Ordem social e ordem

jurídica. O poder social. As sociedades políticas. Origem e formação do Estado.

Evolução histórica do Estado. Soberania, território e povo. Finalidade e funções do

Estado. O poder do Estado. Conceito de Estado. Personalidade jurídica do Estado.

Estado, Direito e Política. Estado e Nação. Mudanças do Estado por reforma e

revolução. Estado moderno e democracia. Democracia direta. Representação

política. O sufrágio. Sistemas eleitorais. O Estado constitucional. As declarações de

direitos, as normas de direitos humanos e sua importância no contexto do mundo

atual. A separação de poderes e as funções do Estado. Formas de governo. O

parlamentarismo. O presidencialismo. Tendências do governo no Estado

contemporâneo. O Estado federal. Problemas do Estado contemporâneo.

Bibliografia Básica:

ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Teoria geral do Estado. São Paulo: Manole: 2010.

CHAUI, Marilena. Cultura e democracia: O discurso competente e outras falas. 8.ed.

São Paulo: Cortez, 2000.

NERES, Geraldo Magella. Política e economia: a intepretação gramsciana de

Maquiavel. Curitiba: Intersaberes, 2013.

Comunicação e expressão em língua portuguesa – 80h

Ementa:

A unidade de estudo Investiga aspectos que circundam o processo comunicativo,

revelando, por um lado, os mecanismos que regem a produção, a veiculação e a

apreensão de textos, bem como os fatores culturais, históricos e ideológicos que

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

decorrem desses fenômenos e/ou os influenciam, e, por outro, discutindo relações

entre os fundamentos pertinentes ao universo da linguagem e ao cenário educativo.

Além disso, visa apresentar instrumentos de análise linguística que viabilizem o

emprego de modalidades diferenciadas da fala, da leitura e da escrita, tomadas

como processo discursivo e como instâncias de produção de conhecimento.

Bibliografia Básica

ABREU, A. S Curso de redação. 12. ed. São Paulo: Ática.2006

CITELLI, A. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione.1994.

KLEIMAN. e MORAES, S. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos

da escola. Campinas: Mercado de Letras.2002.

_________________________________________________________________

Metodologia Científica – 80h

Ementa:

A unidade de estudo visa apresentar uma Iniciação metodológica ao trabalho

intelectual que é esperado dos alunos na universidade. Nesse intuito, tematiza os

princípios básicos para a elaboração de trabalhos acadêmicos em geral, como: a

linguagem dissertativa acadêmica, a apresentação de seminários, as anotações em

aulas e palestras, a realização de resumos, resenhas e fichamentos e a elaboração

de artigos e de trabalhos de conclusão de curso. Na apresentação desse conteúdo,

enfatiza a responsabilidade do intelectual diante da produção de conhecimento,

mostrando as relações entre propriedade intelectual e plágio e reiterando a

necessidade da realização de citações quando se utiliza o conhecimento construído

por outros e a técnica correta para a feitura das mesmas.

Bibliografia básica:

DE CARVALHO, Maria Cecilia M. Construindo O Saber: Técnicas de Metodologia

Científica Campinas: Papirus Editora, 1989.

DEMO, Pedro. Metodologia da investigação em educação. Curitiba: Intersaberes:

2013.

SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 22ed. São Paulo: Cortez. 2002

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

8.2.3 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES

Ao considerar o fato de que o objetivo principal do presente curso é

formar educadores na área de História, o conjunto de conteúdos sugerido a

seguir é de extrema importância.

Assim, os debates acerca do que é aprendizagem se sua natureza das

diversas situações de ensino/aprendizagem, da motivação para a

aprendizagem, bem como o conhecimento dos princípios da aprendizagem na

visão dos psicólogos modernos, tornam-se relevantes. Da mesma maneira, a

compreensão do processo de desenvolvimento humano em seus diversos

aspectos (físico e psicomotor, cognitivo, linguístico, afetivo e social) e as

principais teorias que os explicam, é necessária.

Discutir o papel do professor em uma sociedade em transformação, a

profissão docente, bem como a caracterização geral de aspectos do trabalho

em sala de aula é primordial quando se trata de formar professores. Isso deve

incluir os debates das principais teorias da educação, bem como as

considerações pedagógicas acerca da “crise educacional”. Além disso, o

estudo dos aspectos teórico-práticos do planejamento em seus vários níveis

(currículo, unidade, aula), bem como das implicações do planejamento no

cotidiano do professor é fundamental.

Para a melhor compreensão dos mais variados aspectos relacionados à

educação é de fundamental importância a reflexão acerca a contribuição das

filosofias antiga, medieval e moderna para uma análise crítica da educação.

Assim, a análise de textos e autores da filosofia moderna e contemporânea, em

suas interlocuções com o campo da educação e das teorias pedagógicas do

século XX contribuirá para a formação do professor de História.

As reflexões acerca do papel do professor, bem como do processo de

aprendizagem, devem ser complementadas pelos debates acerca das relações

entre educação e sociedade através da sociologia. Portanto, a unidade de

estudo Sociedade e Educação, analisa a mesma como um processo e técnica

social, como a função conservadora versus função libertadora da educação.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Além de Organização da Educação Básica, que conta com o estudo da

organização da educação básica brasileira: dimensões históricas, políticas,

sociais, econômicas e educacionais.

Assim, deve-se destacar o estudo das concepções teóricas sobre a

educação no discurso dos autores clássicos das Ciências Sociais e das

principais correntes contemporâneas que analisam as relações entre educação

e sociedade numa perspectiva sociológica, em continuidade ou em ruptura com

as teorias sociológicas clássicas. Dessa forma, temas como: currículo,

processos de socialização não escolar, relação entre economia; trabalho e

educação; desigualdade e diversidade; sistema educativo e escola, reformas

educacionais, entre outros, tornam-se relevantes. Ainda, como forma de

complementar a formação do professor, é necessário refletir não apenas

acerca do conceito de educação, mas também, acerca da reforma do ensino no

contexto da política nacional de educação e dos conceitos, objetivos, funções,

origens, evolução, organização, funcionamento, tendências e perspectivas dos

níveis de ensino Fundamental e Médio.

Certamente todos esses conhecimentos pedagógicos serão mais bem

absorvidos pelos futuros professores de História se, juntamente com os

estudos teóricos, forem desenvolvidas atividades práticas. A teoria e a prática,

no contexto deste projeto pedagógico, são vistas como um todo dialeticamente

estruturado e, necessariamente, devem se complementar. Assim, as Atividades

de Prática de Ensino serão desenvolvidas desde o primeiro semestre letivo e

proporcionar o entendimento do espaço escolar como uma construção

sociocultural e política. Como em Didática, unidade de ensino de Prática, em

que se discute a estruturação do trabalho docente, relacionada às

competências e habilidades de aprendizado e ensino.

O aluno deverá compreender ainda as relações internas e externas: os

múltiplos sujeitos, procedendo à observação direta sobre as estruturas

administrativas e pedagógicas da escola e reconhecendo as diversas

atividades escolares. Outros temas também serão parte constitutiva das

atividades de prática de ensino, como por exemplo, as trajetórias da formação

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

docente, Educação e alteridade, as representações sociais, a educação em

construção contínua e Escola e cotidiano.

E, como parte fundamental da formação do professor de História,

deverão ser discutidos temas relacionados ao seu ensino da História. Prática

de Ensino de História no Ensino Fundamental e Prática de Ensino de História

no Ensino Médio, ambas com a prática de ensino no seu objetivo de

oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e

pesquisa, junto aos alunos e professores de História do Ensino Médio.

Assim, temas como Prática de pesquisa em História, o Estudo dos

princípios epistemológicos que norteiam o processo do ensino/aprendizagem

em História. E Teoria e metodologia do ensino de História, explicação e

análise de experiências metodológicas no ensino da História, construção de

metodologias alternativas para o ensino da História no ensino Fundamental e

Médio são de extrema urgência.

Este núcleo também conta com as unidades Psicologia da

Aprendizagem e do Desenvolvimento, vital à formação do futuro professor,

que aborda o estudo dos processos de mudanças psicológicas, como o

desenvolvimento das pessoas, dos processos de crescimento e suas

experiências vitais significativas. E Libras, que tratado dos Aspectos sobre a

educação de surdos, línguas de sinais, a história e a aquisição da escrita pelo

surdo, de acordo com a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281

de 25 de junho de 2002.

8.2.3.1 Ementas e Bibliografias Básicas do Núcleo de Formação de

Educadores

Didática – 80h

Ementa:

A unidade de estudo tem como tema a didática e sua importância no processo de

ensino-aprendizagem dentro e fora do âmbito escolar. Aborda o papel do professor

como profissional reflexivo e as tendências do pensamento pedagógico e suas

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

manifestações na prática escolar. Procura desenvolver nos alunos as competências

para a estruturação do trabalho docente: planejamento, métodos, conteúdos e

técnicas de ensino e avaliação. Reflete, ainda, sobre as competências e habilidades

para aprender e ensinar.

Bibliografia básica:

CORDEIRO, Jaime Francisco Parreira. Didática: contexto educação, São Paulo:

Contexto, 2012

DEMO, Pedro. Grandes Pensadores em Educação. O Desafio da Aprendizagem da

formação moral e da avaliação. São Paulo: Cortez, 2001.

GADOTTI, Moacir. Histórias das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Ática: 2005.

Organização da Educação Básica – 80h

Ementa:

Trabalha elementos que orientam o entendimento geral da organização da educação

básica brasileira em suas dimensões históricas, políticas, sociais, econômicas e

educacionais. Para tanto, aborda: a educação escolar na Segunda República, com o

“Manifesto dos Pioneiros da educação Básica”; as ideias educacionais dos anos de

1930; os Ideários Liberal, Católico, Integralista e Comunista; a Pedagogia de Paulo

Freire, de Dermeval Saviani e o Marxismo na Educação; a LDB 394/96; os Sistemas

de Exames e Diretrizes do Governo FHC.

Bibliografia básica:

LIBÂNEO, Jose Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de (Pimenta, Selma Garrido).

Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10 ed. São Paulo: Cortez,

2012.

PILETTI, Nelson. Educação básica: da organização legal ao cotidiano escolar. São

Paulo: Ática, 2010.

ROMANELLI, Otaiza de Oliveira. Historia da educação no Brasil(1930 1973). 17. ed.

Petrópolis: Vozes, 1995.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Psicologia do ensino e aprendizagem – 80h

Ementa:

Considerando a importância do conhecimento acerca do desenvolvimento humano

para a prática profissional do Pedagogo, esta unidade de estudo aborda os

processos de mudanças psicológicas – de desenvolvimento da cognição das

pessoas, dos processos de crescimento e suas experiências vitais significativas –

que ocorrem ao longo da vida do ser humano, da infância até a velhice. Para

desenvolver esse conteúdo, apresenta uma introdução à Psicologia Evolutiva,

utilizando-se de uma abordagem tripla: histórica, conceitual e metodológica.

Bibliografia básica:

PILETTI, Nelson, et al. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo. Ed. Contexto,

2014.

NOGUEIRA. Makeliny Oliveira Gomes, Leal Daniela. Teorias da aprendizagem: um

encontro entre os pensamentos filosófico, pedagógico e psicológico. Curitiba.

Intersaberes, 2013.

VIGOTSKI, Lev S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico: livro para

professores/Lev Semionovitch Vigotski. Apresentação e comentários Ana Luiza

Smolka; Tradução Zoia Prestes. São Paulo. Ática, 2009.

___________________________________________________________________

Sociedade e educação – 80h

Ementa:

Desenvolvimento do pensamento sociológico; pensadores basilares da Sociologia;

globalização, cultura e identidade; individualismo e individualidade; dimensão cultural

da educação/aprendizagem. Educação como processo e técnica social. Função

conservadora versus função libertadora da educação.

Bibliografia básica:

DIAS, R.; Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

MEKSENAS, P. Sociologia da Educação. São Paulo: Loyola, 1995.

SORJ, B. A Nova Sociedade Brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

ELIAS, R. Para Filosofar. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2000.

FREITAG, B. Escola, Estado & Sociedade. São Paulo: Moraes, 1980.

Libras – 80h

Ementa:

A unidade de estudo visa trabalhar os elementos considerados relevantes para o

exercício da função do professor no interior do tema das Libras. Nesse sentido,

introduz as principais questões sobre a educação de surdos, sobre as línguas de

sinais e sobre a história e a aquisição da escrita pelo surdo, de forma a enfatizar a

importância das Libras no desenvolvimento sociocultural do surdo. Além disso, o

vocabulário básico em Libras é apresentado e contextualizado. Deve-se notar que o

conteúdo da unidade possibilita a introdução da discussão acerca dos Direitos

Humanos e do direito à educação inclusiva a partir da apreciação desse mecanismo

de cognição voltado aos deficientes auditivos.

Bibliografia básica:

Estudos surdos I / Ronice Müller de Quadros (org.). – [Petrópolis, RJ] : Arara Azul,

2006.

Estudos Surdos II / Ronice Müller de Quadros e Gladis Perlin (organizadoras). –

Petrópolis, RJ : Arara Azul, 2007

Estudos Surdos III / Ronice Müller de Quadros (organizadora). – Petrópolis, RJ :

Arara Azul, 2008.

PEREIRA, M. C. C. (org.), Libras conhecimento além dos sinais, São Paulo:

Pearson: 2012.

Prática de Ensino de História no Ensino Fundamental – 80h

EMENTA:

A Prática do Ensino enquanto unidade de estudo será desenvolvida em quatro

situações específicas: em escolas de ensino básico, na faculdade, em casa e na

comunidade. Nas aulas serão debatidos temas relativos à prática docente no Ensino

fundamental, enfatizando o ensino de História e suas competências e metodologias,

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

através de discussão de textos, debates e troca de experiências. Com o objetivo de

oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e

pesquisa, será pedido que eles desenvolvam, juntamente com as atividades de

estágio supervisionado, pesquisas junto aos alunos e professores de História do

Ensino fundamental.

Bibliografia básica

BITTENCOURT, C. Ensino de História: fundamentos e métodos. 2 ed. São Paulo:

Cortez, 2004.

BITTENCOURT, Circe (org.) O saber histórico em sala de aula. São Paulo:

Contexto, 1997.

PINSKY J. (org.) O ensino de história e a construção do fato. São Paulo, Contexto,

2006.

___________________________________________________________________

__

Prática de Ensino de História no Ensino Médio

Ementa:

A unidade de estudo Prática do Ensino de História no Ensino Médio será

desenvolvida de forma a permitir, através de discussão de textos, debates e troca de

experiências, uma compreensão acerca das metodologias mais indicadas para a

transmissão de conhecimentos e competências próprias à História como área do

saber aos alunos que cursam esse nível de ensino. Além disso, com o objetivo de

oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e

pesquisa, eles desenvolverão, juntamente com as atividades de estágio

supervisionado, pesquisas junto aos alunos e professores de História do Ensino

médio.

Bibliografia básica:

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de Ensino em História:

Experiências, reflexões e aprendizados. Campinas-SP: Papirus, 2003.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

KARNAL, Leandro (Org.) História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas.

São Paulo: Contexto, 2009.

SCHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. 2ª ed. São

Paulo: Scipione, 2009. Coleção Pensamento em Ação na sala de aula.

Prática de Ensino e pesquisa em História – 40 h

EMENTA:

A unidade de estudo aborda os princípios epistemológicos que norteiam o processo

do ensino/aprendizagem em História. As discussões textuais, debates, oficinas e

trocas de experiências que se realizarão terão o objetivo de realçar a natureza e a

importância da produção de pesquisas em ensino de história. Além disso, a unidade

tem como objetivo esclarecer os alunos da importância das questões relativas à

africanidade e ao indigenismo na História do Brasil.

Bibliografia básica:

BARROS, J. Projeto de Pesquisa em História - da escolha do tema ao quadro

teórico, Petrópolis: Vozes, 2005.

CARVALHO, Maria C. M. de. Construindo o saber: técnicas de metodologia

científica. Campinas, SP: Papirus,1988.

GRANVILLE, M.A. (org.) Teorias e Práticas na formação de professores. Campinas:

Papirus, 2007.

MEDEIROS, Joao B. Redação Científica. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2007

MENEZES, Gilda. Como usar outras linguagens na sala de aula. São Paulo:

Contexto, 2006.

PINSKY, C. (org.) Novos temas nas aulas de História 2 ed. --- São Paulo: Contexto,

2009.

___________________________________________________________________

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Prática de Ensino e Metodologia de Ensino em História – 60 h

Ementa:

A unidade de estudo aborda os princípios epistemológicos que norteiam o processo

do ensino/aprendizagem em História. As discussões textuais, debates, oficinas e

trocas de experiências que se realizarão terão o objetivo de realçar a natureza e a

importância da reflexão sobre como relacionar a História produzida na academia,

com aquela que será trabalhada no Ensino Básico. Além disso, a unidade também

tem como objetivo esclarecer os alunos da importância das questões relativas à

africanidade e ao indigenismo na História do Brasil.

Bibliografia Básica

CARRETERO, Mario; ROSA, Alberto ; GONZÁLEZ, María Fernanda e

colaboradores, Ensino da história e memória coletiva. Porto Alegre, G.A., 2012.

FONSECA, Selva. Caminhos da história ensinada. Campinas: Papirus, 1993.

VASCONCELLOS, José Antônio. Metodologia do Ensino de História. Curitiba:

InterSaberes, 2012. Série Metodologias.

8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

De acordo com a Portaria MEC Nº4.059 de 10 de dezembro de 2004, os cursos de

graduação presenciais podem oferecer até 20% de disciplinas teóricas através da

Educação à Distância. Em Licenciatura em História, somente as unidades de estudo

Sociedade e Educação e Libras são oferecidas desta forma, ambas também

integrantes do Núcleo para Formação de Educadores, com suas respectivas

ementas e bibliografias básicas citadas anteriormente.Mesmo sendo unidades de

estudo à distância, em todas são realizados encontros presenciais, como também

avaliações presenciais. Todas as unidades contam com o serviço de tutoria,

responsável pelo atendimento direto ao aluno.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

8.3.1 TUTORIA

O tutor tem um papel estratégico em todas as atividades em unidades de

estudo em EaD. Uma de suas atribuições principais é a de orientar o aluno

para que se conscientize de que ele estuda para seu próprio desenvolvimento

profissional. Para isso, é motivado a agir de forma responsável quanto às

tarefas, prazos e tempo de dedicação ao estudo e à pesquisa. A atuação do

tutor é, em grande parte, responsável pelo sucesso do projeto do curso.

O tutor acompanha turmas de, no máximo, 40 alunos e tem a função de

complementar, apoiar e avaliar os estudantes em seu percurso, além de ser

mediador entre currículo, interesses e capacidades dos alunos. Monitorando os

intervalos de tempo de acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),

pode estabelecer, se necessário, contato telefônico com os alunos,

identificando aqueles que estão se distanciando do curso.

Para dar o devido suporte aos alunos, especialmente em dúvidas e

questões sobre os conteúdos dos temas abordados em aulas, o tutor conta

com o apoio do professor da respectiva unidade de estudo, que atua como

professor formador.

É responsável pela condução e orientação nos encontros presenciais e

por plantões presenciais específicos, determinados no calendário acadêmico.

Deve apresentar, em seu perfil, as seguintes competências:

- Atuar como mediador: conhecer a realidade de seus alunos em todas

as dimensões (pessoal, social, familiar, escolar etc);

- Oferecer possibilidades permanentes de diálogo, saber ouvir, ter

empatia e manter uma atitude de cooperação, assim como proporcionar

experiências de melhoria de qualidade de vida aos alunos;

- Possuir fundamentos, metodologias e estrutura sobre a educação a

distância, a fim de sustentar as bases pedagógicas da aprendizagem frente ao

comportamento dos sujeitos;

- Dominar procedimentos de pesquisa e de confecção de materiais

didáticos nas mais diferentes mídias;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

- Possuir habilidades de comunicação, relacionamento interpessoal,

liderança, dinamismo, iniciativa, entusiasmo, criatividade e capacidade para

trabalhar em equipes.

O tutor a distância atende os alunos via ambiente virtual, podendo

interagir com a turma através de chats, fóruns e e-mail.

8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO DOS

ALUNOS

8.3.2.1 Rede e equipamentos

Para o efetivo desenvolvimento de unidades de estudo em EaD, embora

prescinda da relação presencial em todos os momentos do processo, esta

modalidade exige o diálogo constante entre alunos, professores, tutores,

coordenadores de curso e equipe de apoio do NEaD. Por este motivo, é

imprescindível uma organização em rede que possibilite o processo de

interlocução permanente entre todos os atores da ação pedagógica. Em vista

disso, para aqueles usuários que não possuem acesso próprio à Internet, o

NEaD disponibiliza 8 laboratórios de informática, com um total de 200

computadores de grande capacidade, e link de Internet de 10 MB

compartilhados.

A gravação das web aulas é feita por profissionais altamente

capacitados, em dois estúdios, construídos com isolamento acústico total e

com três diferentes cenários para simular ambientes reais, além de camarins e

sala para entrevistas, aulas e jornalismo. Cada estúdio é equipado com

computadores; mesa de áudio Behinger; mesa de corte Roland; projetor

multimídia Hitachi; lousa interativa elnstruction; câmera filmadora Panasonic;

Kit de iluminação digital Mako; TV de LED 42”, entre outros equipamentos.

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111

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

8.3.2.2 Acompanhamento e Apoio aos Alunos

O monitoramento do percurso dos alunos é feito nos encontros

presenciais e virtuais, sendo que, pela plataforma MOODLE, é possível

acompanhar a quantidade e qualidade da participação dos alunos nos

diferentes espaços de trabalho e de discussão. Em encontros presenciais são

realizadas também avaliações de desempenho dos estudantes e, ao final de

cada semestre, em tempo especificamente destinado a este fim (em

consonância com o que dispõem o Parecer CNE/CNES 261/2006 e a

Resolução m.º 3 de julho de 2007), é realizada uma avaliação escrita,

elaborada pelo conjunto de professores das unidades de estudo, juntamente

com o coordenador do Curso, observando o caráter interdisciplinar das

unidades e sua correlação direta com o módulo em que a unidade está

alocada.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

9 AS ATIVIDADES PRÁTICAS

O curso de Licenciatura em História oferece aos acadêmicos do Curso

de graduação, anualmente, atividades essenciais ao aprimoramento

profissional, consagradas institucionalmente como atividades complementares.

Dentro desse propósito, desde a criação do curso em Licenciatura em História,

são oferecidos e desenvolvidos pela comunidade acadêmica palestras, oficinas

e os Encontros de Formação de História, além do Encontro de Produção

Acadêmica. (conforme demonstra Histórico de atividades desenvolvidas que

está em anexo). Paralelamente, também são oferecidas atividades em projetos

de extensão universitária, de âmbito institucional como o antigo Bioespaço e

agora chamado de Universo UNIFEOB, Cursos complementares na área

educacional (oficinas pedagógicas), além de aulas de campo realizadas nos

sábados letivos.

O Unifeob também possibilita que os acadêmicos do curso de

Licenciatura em História participem do Projeto “Escola da Família”, em que

desenvolvem atividades didáticas e podem realizar o desenvolvimento de um

projeto de ensino de Humanidades e suas Tecnologias.

Nesse sentido, para efetivar ainda mais as relações entre o ensino,

pesquisa e extensão, o curso de Licenciatura em História deverá incentivar

especialmente algumas ações, dentre as quais:

a. Promoção de palestras proferidas por docentes de cursos

de graduação e pós-graduação em áreas afetas à

formação do aluno, bem como de seminários realizados

por todas as licenciaturas da Instituição;

b. Realização de atividades que incentivem o estudante a

refletir sobre sua área de formação e seu campo de

atuação profissional, por meio de práticas como a

participação – e posterior relato e análise – em palestras,

seminários, oficinas, e outros eventos;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

c. Operacionalização, na prática pedagógica, de

aprendizagens realizadas pelos docentes das áreas

específicas e de formação pedagógica;

d. Disponibilização regular, pelos docentes, de contribuições

advindas de pesquisas e de eventos científicos e culturais;

e. Geração de pesquisas e de atividades de extensão a partir

de situações-problema detectadas nas análises

educacionais.

9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O Estágio Supervisionado é uma exigência que se encontra firmada na

LDBEN n.º 9394/96, dos cursos de formação de profissionais da educação dos

Cursos de Licenciatura. Determinam a Lei n.º 6494/77 e o Decreto Federal n.º

87497/82 que os estágios deverão ser cumpridos por seus estudantes, futuros

profissionais da educação, no decorrer do seu curso de graduação.

A formação de profissionais da educação, de modo a

atender os objetivos dos diferentes níveis e modalidades de

ensino e às características de cada fase do desenvolvimento

do educando, terá como fundamentos:

I – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a

capacitação em serviço.

II – aproveitamento da formação e experiências anteriores em

instituições de ensino e outras atividades.(Art. 61 da Lei

9394/96 )

Conforme a Resolução CNE/CP 2 de 19/02/2002 que institui a duração e

a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação

de professores da Educação Básica em nível superior é obrigatória a

realização de 400 horas de Estágio Curricular Supervisionado. Entretanto, para

os estudantes que exercem atividade docente regular na educação básica será

possível a redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até no

máximo de 200 horas.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

9.1.1 Objetivos do Estágio Supervisionado

Os objetivos do Estágio Supervisionado do Curso de Licenciatura em

História do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos -

UNIFEOB são:

- Proporcionar oportunidade de vivências, que permitam aplicar

conhecimentos teóricos, através da experiência em situações reais

do exercício da futura profissão.

- Proporcionar complementação ao ensino e à aprendizagem, sendo

um instrumento de vivências significativas, aprofundamento

científico, cultural e de relacionamento humano.

- Contribuir para um maior aprofundamento teórico-prático do

estudante do Curso de Licenciatura em História;

- Proporcionar situações e vivências que aprimorem sua formação e

atuação profissional;

- Contribuir para que o estudante sistematize uma análise crítica a

partir do confronto entre os conhecimentos e habilidades

desenvolvidas no Curso de Licenciatura em História e as atividades

pedagógicas cotidianas;

- Possibilitar maior interação entre os Cursos de Licenciatura em

História – UNIFEOB com os estabelecimentos de ensino.

O Estágio Supervisionado no que diz respeito às atividades realizadas

em campo, também deverá ser abordado em conteúdos específicos nas

unidades de estudo de Prática de Ensino ou Pedagógica de Formação

devendo:

- Proporcionar ao estudante dos cursos de Licenciatura o

aprimoramento teórico referente a temas da área educacional,

relevando aqueles que são advindos das vivências em campo;

- Desenvolver ações em distintos campos de atuação do futuro

professor tendo em vista a proposta curricular de seu curso de

Licenciatura em seu Projeto Político Pedagógico;

- Promover a integração e interação do estudante estagiário com a

Instituição onde realiza os estágios.

9.1.2 Formato dos Estágios

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

O estágio supervisionado constitui-se em atividade obrigatória para a

formação de professores. Deve ser acompanhado por um profissional

habilitado para ministrar aulas de História nos níveis fundamental e médio do

ensino e por profissionais da educação vinculados a uma instituição de ensino.

Serão realizadas atividades “Observação” da escola como um todo,

ou seja, nos seus aspectos físicos, humanos e pedagógicos.

Deverão ser realizadas atividades “Regência” na disciplina de História,

tanto no nível Fundamental como no Nível Médio, que deverão vir

acompanhadas do “Plano de Aula” e da “Ficha de a Avaliação” do professor da

classe em que a aula foi dada.

Serão realizadas, ainda, atividades “Participação” em conjunto com os

alunos das Escolas de Ensino Fundamental e Médio onde o estágio será sendo

realizado como também com a comunidade.

Todas as atividades de Estágio Supervisionado deverão ser

devidamente registradas na “Ficha Cumulativa de Controle de Estágio” e

arquivadas na Central de Apoio Profissional – CAP do UNIFEOB.

Nesta ficha deverá constar o carimbo do órgão e/ou Unidade Escolar,

uma foto do estagiário e a assinatura do respectivo responsável, devidamente

credenciado (com carimbo).

Ao final do quarto módulo do curso os alunos devem entregar relatórios

parciais de estágio em que constem as descrições e reflexões acerca das

atividades desenvolvidas, entre eles pede-se: um relatório das observações de

aulas no ensino fundamental ou médio, um relatório do contexto físico-

organizacional da escola onde o aluno está estagiando, um relatório das aulas

de regência, o plano de aulas das aulas regidas pelo aluno, uma avaliação da

aula regida feita pelo professor responsável pela turma em que a aula foi dada,

projetos de aplicação pedagógica, relatório do desenvolvimento dos projetos,

entre outros documentos conforme o caso. Ao final do sexto semestre é

entregue o relatório final de estágio em que devem constar todos os itens

mencionados acima, acrescido de texto reflexivo acerca da realidade escolar.

O relatório final de estágio deverá ser encadernado, seguindo as regras

acadêmicas de um trabalho de conclusão de curso. As fichas e o relatório final

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

referente ao Estágio Supervisionado deverão ser entregues na data fixada pelo

professor responsável. A não entrega dos mesmos no prazo estipulado antes

dos dias destinados ao exame final levará o estudante a sua reprovação. A

entrega deverá ser protocolada na Central de Apoio Profissional – CAP, no

Campus II da Unifeob.

9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

No Curso de Licenciatura em História da UNIFEOB, o Trabalho de

Conclusão de Curso consiste na realização, pelo aluno, de uma pesquisa

bibliográfica, documental ou estudo de caso, com objetivo de produzir um

trabalho acadêmico na área de seu interesse, dentre os vários assuntos

veiculados pelas unidades de estudo ministradas. O Trabalho de Conclusão de

Curso é obrigatório a todos os alunos matriculados no Curso, e será melhor

desenvolvido durante o quinto e sexto módulos.

O objetivo da elaboração deste trabalho final é proporcionar ao aluno a

oportunidade de:

- organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado assunto

dentro da área das ciências humanas e ciências pedagógicas estudadas ao

longo do curso;

- aplicação de procedimentos de análise, interpretação de texto e aplicação

metodológica para a pesquisa;

- iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação continuada

em cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de elaboração de

projetos, monografias e teses.

Para o colegiado de curso, o TCC deve ser considerado como um

processo de amadurecimento do aluno que se dá ao longo de seu curso, seja

no que diz respeito à sua formação profissional. Além dos objetivos

formalmente estabelecidos e já citados, considera-se, ainda, que o TCC vem

complementar a formação do aluno no sentido de integrar os conhecimentos,

tanto no que se refere à parte teórica como à prática vivenciada durante sua

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

participação nos estágios supervisionados e projetos desenvolvidos durante o

curso, além de iniciá-lo em relação à produção e transmissão de conhecimento

científico na área educacional.

Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se

elaborou tem representações simbólicas e estas podem ser consideradas de

forma muito positivas para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova

ideia, expor-se, mostrar as próprias ações, pensamentos e estilo próprio

contribuem também para a autoestima do aluno e para os docentes do curso

pelos resultados que se apresentam.

Os Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento do

trabalho de conclusão de curso são:

Os alunos frequentam as unidades de estudo de Metodologia de

Trabalho Científico e de Prática em Pesquisa em História;

O aluno deve trazer uma pauta (escrita) onde estabelece: (a) o que foi

feito até o momento; (b) quais são as dificuldades enfrentadas no

momento; e c) qual o próximo passo a ser desenvolvido;

Com o objetivo de se obter qualidade nos trabalhos de conclusão de curso,

somente são aceitos:

a) Projetos que tenham como referências principais, as obras básicas da

temática estudada;

b) Autores que sejam reconhecidos no meio acadêmico como precursores da

temática estudada;

c) Projetos que desenvolvam questões que sejam possíveis de serem

trabalhadas, através de projeto de aula, no ensino básico.

Os Trabalhos de Conclusão de Curso, após serem avaliados pelo

orientador, são remetidos à publicação em Anais dos Encontros Produção

Acadêmica realizados na Instituição. Durantes estes Encontros os alunos dos

últimos módulos apresentam as Pesquisas (TCC) e os resultados dos estágios

em forma de comunicação oral.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Em relação às atividades complementares, a Resolução CNE/CP 2, de

19/02/2002, definiu que a carga horária dos cursos de Formação de

Professores da Educação Básica, em licenciatura, deverá ter 200 horas

destinadas às atividades acadêmico-científico-culturais.

As atividades acadêmico-científico-culturais são compostas pela

participação do aluno dos cursos de Licenciatura em atividades de ensino, de

pesquisa, extensão e de caráter social e têm o propósito de enriquecer o

conteúdo curricular proposto pelo curso, podendo ser adquiridas inclusive, fora

do ambiente acadêmico.

São consideradas atividades complementares, dentre outras:

As Disciplinas extracurriculares ministradas nos Cursos de Licenciaturas ou

em outros Cursos do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio

Bastos ou, ainda, aquelas ministradas fora da Instituição, na qual será

caracterizada como 10 horas por disciplina cursada.

Disciplinas integrantes dos demais cursos de graduação do Unifeob -

podem ser aproveitadas como Atividades Complementares, observados os

critérios de afinidade definidos pela Coordenação do curso frequentado pelo

aluno. Até 80 horas por atividade realizada.

Atividades de monitoria - essas atividades devem estar vinculadas a um

projeto acadêmico de um professor dos Cursos de Licenciatura, validado

pela Coordenação do Curso frequentado pelo aluno, sendo a carga horária

constante na certidão/ declaração. Até 80 horas por atividade realizada.

Atividades extracurriculares - vinculadas às disciplinas curriculares

ministradas nos Cursos de Licenciatura do Centro Universitário da

Fundação de Ensino Octávio Bastos, realizadas fora do horário normal de

aulas, correspondentes a 10 horas por atividade cursada.

a) Visitas a Feiras Científicas e Culturais;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

b) Visitas a Empresas e Instituições que tenham relação direta ou indireta

com as diversas áreas da Licenciatura cursada;

c) Aula de campo através de atividades práticas de observação do meio;

Atividades complementares de pesquisa, dentre outras: participação do

aluno em projetos e programas de pesquisa voluntária, remunerada ou não,

orientada por docentes dos Cursos de Licenciatura. Estas atividades serão

examinadas pela Coordenação do Curso, para sua validação, mediante

apresentação de documentação correspondente.

Elaboração e editoração de publicações, cuja carga horária será a seguinte:

a) publicação de resumos em horas (h):

Evento Local: 15 h

Evento Regional: 15 h por resumo apresentado

Evento Estadual: 20 h por resumo apresentado

Evento Nacional: 25 h por resumo apresentado

Evento Internacional: 30 h por resumo apresentado

b)publicação de trabalhos completos em:

Evento Local: 20 h por resumo apresentado

Evento Regional: 20 h por resumo apresentado

Evento Estadual: 25 h por resumo apresentado

Evento Nacional: 30 h por resumo apresentado

Evento Internacional: 35 h por resumo apresentado

c) publicação de artigos em revistas e periódicos:

Local: 25 h por resumo apresentado

Regional: 25 h por resumo apresentado

Estadual: 25 h por resumo apresentado

Nacional: 50 h por resumo apresentado

Internacional: 50 h por resumo apresentado

São consideradas atividades complementares de extensão, dentre outras:

Projetos e programas de extensão - coordenados pelo Centro

Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos ou por quaisquer

de seus Cursos;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Eventos diversos na área das Licenciaturas - como seminários, jornadas,

simpósios, palestras, congressos, conferências, cursos, minicursos e

outros, validados pela Coordenação do Curso, cuja carga horária deve

ser a constante nos documentos de convalidação.

Estágios extracurriculares - cuja carga horária corresponde a constante

no certificado, desde que não ultrapasse o limite de 40% (quarenta por

cento) da carga horária total prevista para as "Atividades

Complementares".

São consideradas atividades complementares de cunho social, dentre outras:

A representação estudantil em órgãos discentes – com comprovação

mediante cópia autenticada da ata de posse ou eleição, dar-se-á da

seguinte forma:

a) representação oficial de turma: 10 h por ano;

b) representação no Diretório Central Estudantil: 10 h por ano;

c) representação em órgão regional: 20 h por ano;

d) representação em órgão nacional (UNE): 30 h por ano de atividade;

Participação em atividades esportivas municipais, estaduais ou

nacionais – representando o Centro Universitário da Fundação de

Ensino Octávio Bastos.

9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA NA ÁREA DE HISTÓRIA

O corpo docente do curso de licenciatura em História acredita ser

fundamental a criação de espaços alternativos que proporcionem a ampliação

do horizonte cultural e do desenvolvimento da autonomia dos nossos egressos.

Nesse sentido, pretende-se criar grupos de pesquisa que promovam iniciação

científica na área de História, realizando pesquisas, participando de

congressos, seminários e outros eventos técnico-científicos.

É de grande relevância a existência de espaços nos quais professores e

alunos compartilhem reflexões sobre o cotidiano da vida escolar, buscando

diagnosticar problemas e apontar soluções através das práticas que

aperfeiçoam e refazem as teorias. Para isso, buscamos realizar, ao longo dos

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

semestres letivos, oficinas, palestras e laboratórios temáticos para que seja

possível criar espaços para a formação dos alunos e, ao mesmo tempo,

promover a integração com a comunidade e com os professores da escola

básica.

Todas essas ações visam à constituição de uma nova cultura institucional,

consoante com as atuais orientações para a formação de professores em

cursos superiores. De acordo com os PARECER CNE/CP 9/2001 do MEC “os

cursos de preparação de futuros professores devem tomar para si a

responsabilidade de suprir as eventuais deficiências de escolarização básica

que os futuros professores receberam tanto no ensino fundamental como no

ensino médio”.

Os projetos de pesquisa podem ser elaborados em todas as áreas da

História, e fica a critério do professor o número de alunos sob sua

responsabilidade. Os professores são estimulados a encaminhar os projetos de

pesquisa para órgãos de fomento à pesquisa como a FAPESP e o CNPq, além

de Fundações Filantrópicas de Apoio à Pesquisa, para angariarem fundos para

o desenvolvimento das atividades. Como objetivo primordial a ser

desenvolvido, temos a entrada do curso no Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência, da CAPES/PIBID que possibilita o desenvolvimento de

projetos e bolsas para o desenvolvimento da docência e do ensino de História.

9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE HISTÓRIA

As atividades de extensão do UNIFEOB são executadas através dos

projetos institucionais refletem a real necessidade da comunidade buscando a

produção do conhecimento e o equilíbrio entre as demandas socialmente

exigidas.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

O UNIVERSO UNIFEOB surgiu da realização de uma feira com o

objetivo de divulgação científica intitulada BIOESPAÇO para Todos que, uma

vez ao ano, é aberta a toda a população da região de São João da Boa Vista,

no intuito de divulgar as atividades realizadas pelos cursos de graduação. A

feira BIOESPAÇO pra Todos é realizada desde 2002 e tem recebido mais de

2000 visitantes, inclusive população de baixa renda, uma vez que a Instituição

proponente disponibiliza transporte gratuito para o evento. Em 2005, tal feira

não foi realizada, sendo esta atividade retomada em 2006, com atividades e

oficinas desenvolvidas pelos alunos dos diversos cursos da UNIFEOB. Os

alunos de História desenvolvem oficinas práticas durante o segundo semestre

e apresentam neste evento. Nos últimos anos, têm aumentado

consideravelmente o público visitante, principalmente das escolas da rede

pública e particular da região de São João da Boa Vista. Atualmente esta feira

abrange todos os cursos do UNIFEOB e transformou-se no UNIVERSO

UNIFEOB.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

10 ATIVIDADES DE ATENDIMENTO E APOIO

ACADÊMICO AOS DISCENTES

Ao considerar que o papel do educador é mediar o processo de

formação acadêmica dos futuros profissionais, a coordenação sempre

disponibiliza horários de atendimento acadêmico, o que facilita o aprendizado

em sala de aula, esclarece dúvidas do aluno, incentiva a complementação do

seu estudo, orienta trabalhos para apresentação em eventos, promove estudos

dirigidos e orientação profissional, bem como desperta o espírito crítico

buscando novos desafios e a integração professor/aluno.

10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO

O Projeto Institucional de Nivelamento destina-se, primeiramente, aos

alunos matriculados no primeiro e segundo períodos dos cursos de Graduação

do UNIFEOB, visando possibilitar ao acadêmico recém-chegado à Instituição

um contato com novas estratégias de atendimento e formato das atividades

pedagógicas desenvolvidas para a superação de dificuldades de

aprendizagem; além de ações específicas dos cursos, em razão de

necessidades pontuais apresentadas no desempenho de aprendizagem do

aluno.

As ações institucionais de nivelamento objetivam:

Possibilitar ao ingressante a revisão dos conteúdos básicos das

disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, enfatizando os seus

fundamentos através de estratégias de atendimento e do formato das

atividades pedagógicas a serem desenvolvidas para superação de

dificuldades de aprendizagem;

Reduzir problemas como evasão ou reprovação já nas primeiras séries

do curso, ensejando a adoção de métodos pedagógicos que permitam a

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

reorientação do processo ensino-aprendizagem e o resgate dos

conteúdos não assimilados ou mal sedimentados pelo aluno no Ensino

Médio, essenciais ao aprendizado universitário.

As atividades dos projetos de nivelamento são organizadas e ofertadas

de forma paralela às atividades letivas dos cursos de graduação,

proporcionando ao aluno a oportunidade de superar as dificuldades à medida

que se constate a insuficiência do aproveitamento, sendo realizada a distância,

sob a forma de web-aula, em dias e horários conforme a disponibilidade do

aluno, podendo apoiar-se em textos didáticos ou gravações de áudio e vídeo

ou meios eletrônicos que se encontram disponíveis. Tal programa de

nivelamento está organizado em 06 módulos, com carga horária total de 40

horas, a saber:

I - Módulos I, II e III – Língua Portuguesa;

II - Módulos I, II e III – Matemática;

Para o ano de 2015, está prevista a criação de um projeto de

nivelamento, oferecido pelos cursos de História e Geografia, intitulado

Humanidades. Um curso composto por 04 módulos e carga horária total de 40

horas, que será oferecido aos discentes e colaboradores da instituição. A ideia

é que também se torne um curso de nivelamento obrigatório aos alunos dos

cursos que não são da área de Ciências Humanas.

10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE

ATENÇÃO AO ESTUDANTE

O ingresso na Universidade pode provocar sentimentos paradoxos que

vão da euforia à disforia. Os critérios e instrumentos de avaliação não se

limitam a provas tradicionais, onde é medida apenas a memorização de

conteúdos. Ao contrário, os instrumentos são elaborados pelo conjunto do

corpo docente de cada módulo, de forma integrada, e devem fazer parte de um

Contrato Didático, pactuado entre professores e alunos, para que possam

promover a integração e aumentar o grau de confiabilidade entre alunos,

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

professores e Instituição. A auto avaliação é um importante componente do

processo.

Dos instrumentos devem constar provas práticas e teóricas integradas,

pesquisas, relatórios de atividades e visitas técnicas, estudo de casos,

diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos

gerados pelos projetos desenvolvidos.

Para acompanhar o desenvolvimento das competências atitudinais, os

professores preenchem uma ficha de avaliação, onde pontuam a evolução de

cada aluno, em dois diferentes momentos do módulo. Esse processo permite

que a real situação do aluno seja acompanhada constantemente, evitando que

somente seja conhecida ao final do semestre letivo. Dessa forma, se, ao longo

do semestre, forem identificadas, tanto pelos professores como pelo próprio

aluno, quaisquer situações que dificultem o seu desenvolvimento, e que não

possam ser solucionadas no ambiente da sala de aula, a Instituição conta com

o apoio de um grupo de profissionais internos que fazem parte do NAP -

Núcleo de Apoio Psicopedagógico. Dificuldades de aprendizagem, de

integração e relacionamento interpessoal e profissional no ambiente

acadêmico, problemas comportamentais estão entre os assuntos que

competem ao Núcleo.

Composto por psicólogo, pedagogo, psicopedagogo e professores, com

perfis e treinamento apropriados para atender aos objetivos específicos do

setor, o NAP constitui um serviço de prevenção e intervenção oferecido ao

estudante para melhorar sua qualidade de vida acadêmica e,

consequentemente, seu processo de aprendizagem e formação como indivíduo

e profissional.

Os atendimentos podem ser individuais, por busca espontânea do

próprio aluno, ou por encaminhamento (de professores, coordenadores etc.), e

coletivos (palestras, dinâmicas, seminários, encontros com pequenos grupos),

por solicitação de professores, alunos etc.

Os procedimentos realizados pelo NAP constituem-se em importante

ferramenta para o atendimento ao aluno e identificação precoce de quaisquer

dificuldades. Dessa forma, podem ser tomadas providências para tentar

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

reverter o processo e evitar prejuízos que possam comprometer o seu pleno

desenvolvimento.

Além da avaliação realizada pelo corpo docente, é feita uma avaliação

externa, de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, que é aplicada para

verificação das competências e habilidades predefinidas e do desenvolvimento

de cada módulo.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA

11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO

CURSO

11.1.1 COLEGIADO DO CURSO

Conforme o Regimento Geral de Colegiado de Curso, cada Curso conta

com um Colegiado de Coordenação Didática, ao qual compete definir o perfil

profissiográfico do Curso; elaborar as estruturas curriculares e suas

reformulações (quando necessárias); definir o conteúdo das disciplinas que

constituem o currículo do Curso e sua atribuição; organizar a lista de oferta e

disciplinas em cada período letivo; observando o plano curricular; promover a

supervisão didática do Curso, decidir sobre o aproveitamento de estudos e

adaptação de disciplinas, mediante requerimento dos interessados; e propor à

Coordenação providências necessárias à melhoria do ensino ministrado no

Curso.

O Colegiado do curso e composto de professores e também é

representado por um membro do corpo discente. A escolha do representante

discente no Colegiado é realizada através dos acadêmicos representantes de

cada série do Curso, ou seja: cada módulo elege um representante. Após

informações dadas pela Coordenação do Curso quanto o que é e quais os

objetivos do Colegiado, os acadêmicos de cada um dos módulos dão

autonomia para que entre os seus representantes possa ser escolhido o

acadêmico a participar do Colegiado.

Para apoio às atividades acadêmicas é constituído um Colegiado de

Curso, presidido pelo Coordenador e formado pelos docentes que nele

ministrem aulas e pela representação discente prevista em lei.

Cabe ao Colegiado de Curso:

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

a. Fixar normas gerais para o desenvolvimento dos planos de

ação pedagógica das unidades de estudo, observando o

perfil do profissional a ser formado e as diretrizes fixadas

pelo projeto do curso;

b. Aprovar os planos de ensino elaborados pelos docentes;

c. Manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de

estudo e adaptação de disciplinas;

d. Aprovar os horários de aula do curso;

e. Manifestar-se sobre programas e atividades

complementares de ensino, pesquisa e extensão, no

âmbito do curso;

f. Manifestar-se sobre o planejamento anual das atividades

do curso.

11.1.2 CORPO TÉCNICO

O corpo técnico-administrativo, constituído pela comunidade acadêmica

interna, é composta desde a Reitoria até os diversos departamentos da

instituição se encontram sempre em consonância e à disposição para o

contínuo desenvolvimento da qualidade do curso.

No que se trata ao cotidiano em período de aula, o pessoal técnico se

encontra sempre à disposição procurando esmerar-se no atendimento aos

alunos em secretarias, laboratórios de informática, central de cópias, biblioteca,

apoio de bedéis.

Na organização e realização de eventos o curso também encontra apoio

dos diversos departamentos, desde o pessoal de custos, compras,

agendamentos de multimídia e veículos até motoristas, além dos responsáveis

por áudio e vídeo.

Esses profissionais recebem da instituição treinamentos de atualização

adequados às suas competências, incentivo para cursar a graduação

recebendo bolsas de estudo, além de palestras e cursos desenvolvidos pela

Instituição sobre motivação, inter-relacionamento no ambiente de trabalho e

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

conscientização dos riscos inerentes à profissão por meio da SIPAT – Semana

Interna de Prevenção aos Acidentes de Trabalho.

11.2. RECURSOS FÍSICOS

O investimento em infraestrutura de seus órgãos de apoio e

suplementares é preocupação constante do UNIFEOB, a fim de dar condições

para que seus docentes e funcionários técnico-administrativos realizem um

trabalho de excelência. Da mesma forma, possibilita aos discentes condições

de desenvolverem com sucesso a sua preparação/capacitação para o exercício

profissional.

A expansão física para atender a crescente demanda por ambientes

bem dimensionados, iluminados e ventilados, tem sido feita continuamente,

com a aprovação de projetos perante os órgãos competentes, proporcionando

melhorias ao atendimento do corpo docente e discente.

A utilização, a manutenção e a conservação da infraestrutura física,

instalações e obras são administradas pelo Setor de Patrimônio e Manutenção.

Assim, o espaço físico do UNIFEOB em seu atendimento geral como específico

para o curso de Licenciatura em História oferece:

1. Segurança, adaptações de infraestrutura física de área externa e interna

para pessoas com necessidades especiais;

Prédios equipados para combate a incêndio com hidrantes, extintores e

alarmes em acordo com as normas do Corpo de Bombeiros;

2. Salas de aula e áreas de circulação com iluminação de emergência com

autonomia de duas horas;

3. Iluminação - iluminação natural e artificial;

4. Ventilação - Ventilação Natural - acima de 1/5 da área de piso (Código

Sanitário Estadual);

5. Acústica das Salas de aula. As salas acima de 50 alunos recebem

equipamentos de áudio Caixas de som e microfone;

6. Em função de melhor conforto térmico são instalados ventiladores de

parede com proteção em todas as salas;

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

7. Salas equipadas com ar condicionado de acordo com as normas ABNT;

Todas as salas e áreas de circulação e atendimento possuem

iluminação de emergência com autonomia de duas horas;

Cada Campus possui uma brigada de incêndios, treinada e habilitada a

executar os primeiros socorros;

Todos os prédios são equipados com alarmes monitorados por uma

central,

Uma equipe terceirizada faz a vigilância e segurança dos Campi durante

24 horas, munidos de rádios de comunicação e veículos para ronda;

O Campus II se encontra todo cercado e, para adentrá-lo, deve-se

identificar junto à guarita de entrada;

Todos os campi do Unifeob possuem equipes de segurança com carros

e motos que circulam regularmente durante os períodos matutino,

vespertino e noturno;

Há nos campi hidrantes para entrada de bombeiros e outras

necessidades.

11.2.1 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA

Com finalidade de atender as necessidades pedagógicas do curso, o

Campus II possui salas de aulas teóricas, laboratórios de informática.

Atualmente, os dois campi possuem laboratórios de informática para utilização

dos alunos, equipados com computadores e equipamentos de alto

desempenho e de última geração e todos com acesso à internet

(aproximadamente 130 computadores só no campus II). Os alunos têm acesso

utilizando um login (RA) e uma senha escolhida por eles. Esse espaço é de

livre trânsito dos discentes e constitui-se um local para a realização de

trabalhos de pesquisa via web. (em anexo encontra-se o Manual de

Laboratório de Informática, descrevendo todos os equipamentos)

Muitos docentes podem utilizar dos laboratórios de informática para

realização de aulas, utilizando-se softwares específicos para aulas simuladas.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

11.2.2 BIBLIOTECA

As Bibliotecas Central e Setorial do UNIFEOB dispõem de nove auxiliares

de biblioteca e uma bibliotecária.

As Bibliotecas do UNIFEOB estão diretamente subordinadas à Pró-

Reitoria Acadêmica e têm como objetivo proporcionar o aprimoramento

intelectual de seus usuários, graduandos, pós-graduandos, colaboradores,

professores, bem como auxiliar a sociedade na busca por novos

conhecimentos. Para tanto, as Bibliotecas dispõem de acervo informatizado e

tombado junto ao patrimônio da instituição. Com essa estrutura, visa apoiar as

atividades de ensino, pesquisa e extensão por meio de seu acervo e dos seus

serviços.

Na função educativa, busca orientar seus usuários na utilização da

informação e enfatizar o acesso ao conhecimento disponível para o

desenvolvimento de competências informacionais e de pesquisa que são

importantes para a formação profissional. Neste foco, as atividades realizadas

pela biblioteca estão divididas na aquisição, processos técnicos, orientação em

pesquisa e atendimento ao usuário.

As requisições para aquisição de livros, CDs, DVDs e vídeos, assim como

assinatura de periódicos são de fluxo contínuo, podem ser solicitadas a todo

tempo, entretanto a grande concentração de pedido dá-se ao final do ano para

aquisição no início do próximo ano letivo. Tal fato justifica-se, pois é nesse

período que os professores fazem o planejamento e solicitam mudanças e

atualizações de bibliografias.

A Biblioteca Central dispõe de uma área total de 955,05m2 estruturada

para atender as necessidades dos usuários. Na área destinada ao guarda-

volumes, encontram-se 84 armários individuais para a guarda dos materiais

dos visitantes; 1 recepção para o empréstimo com 2 computadores e 1 para

devolução; ínsula com 8 computadores para pesquisa; 2 computadores com

terminais para pesquisa do acervo; rede wifi; ar-condicionado; 1 sala de leitura

com 12 títulos de revistas generalistas e 4 títulos de jornais; 10 estantes com

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

materiais em Braille e 1 máquina de escrita Braille; 1 sala de projeção com tv,

vídeo e dvd; área administrativa com 1 sala de processamento técnico com 4

computadores e 1 impressora a laser.

A biblioteca setorial, utilizada preferencialmente pelos alunos e

professores de História, conta com conta com uma área total de 423,60m2. O

guarda-volumes possui 60 armários individuais; 1 recepção para empréstimo e

devolução com 4 computadores, 1 área com 10 computadores para pesquisa; 2

computadores com terminais para pesquisa ao acervo; 10 ventiladores nos

corredores destinados ao acervo; 1 sala de leitura com 12 títulos de revista

generalistas e 1 título de jornais, 4 salas de vídeo com tv, vídeo e

computadores com acesso à internet.

Total de Materiais Bibliográficos das bibliotecas:

Biblioteca Central

Categorias Livros CDs Vídeos Teses Periódicos

Total de Títulos 12005 507 186 1726 252

Total de Exemplares 29374 694 222 1729 16626

Biblioteca Setorial

Categorias Livros CDs Vídeos Teses Periódicos

Total de Títulos 18821 163 271 3483 1091

Total de Exemplares 33536 283 321 3917 23184

Obras em Formato Braile

Total de Títulos 278

Todos os serviços que a Biblioteca UNIFEOB oferece estão disponíveis

aos alunos e professores de forma virtual. A consulta do acervo físico está

disponível no portal institucional.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Na expansão dos serviços oferecidos os usuários contam, ainda, com

duas Bibliotecas Virtuais que integram uma grande variedade de livros digitais

nas diferentes áreas de conhecimento: a Biblioteca Virtual Pearson e a

plataforma digital Minha Biblioteca. No total, são disponibilizados mais de 9.000

títulos virtuais que podem ser acessados 24 horas por dia pelos graduandos,

pós-graduandos, professores e funcionários.

Pensando no pleno desenvolvimento acadêmico dos alunos de História,

incorporaram-se ao acervo virtual links de periódicos on line, que vêm agregar

conhecimento e proporcionar maior conforto e facilidade de acesso à

comunidade acadêmica. Essas ferramentas integram as opções de serviços

oferecidos, que facilitam o acesso da comunidade acadêmica ao conhecimento

intelectual.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

12 AVALIAÇÃO

12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM

Como princípio do Projeto Pedagógico Institucional - Formação por

Competências - a avaliação do aluno não tem caráter punitivo, mas sim o de

aferir, não somente os conhecimentos adquiridos, como também competências

e habilidades que se desenvolvem ao longo do curso. As práticas avaliativas

devem ser vistas como um processo contínuo tendo, como prioridade,

proporcionar feedback ao aluno para que ele tenha o domínio dos passos a

serem seguidos, dentro de uma sequência de conteúdos e temas integrados

que lhe permita desenvolver, priorizando os aspectos qualitativos relacionados

ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento.

O processo de avaliação deve, também, assegurar condições para que o

aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o

desenvolvimento de cada módulo do curso. Os alunos devem participar

ativamente do processo, inclusive com formas de autoavaliação, para que

possam acompanhar a evolução de sua aprendizagem e a aquisição de

competências, bem como identificar pontos a serem aprimorados, prática

considerada imprescindível à aprendizagem com autonomia.

Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas

tradicionais, onde é medida apenas a memorização de conteúdos. Ao contrário,

os instrumentos são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada

módulo, de forma integrada, e consta de provas práticas e teóricas, pesquisas,

relatórios de atividades e visitas técnicas, estudos de casos, diagnóstico ou

prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos gerados pelos

projetos desenvolvidos. Para acompanhar o desenvolvimento das

competências atitudinais, os professores preenchem uma ficha de avaliação,

onde se pontua de 0 a 1,5, a transformação de cada aluno, em três diferentes

momentos do andamento do módulo.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Além da avaliação realizada pelo corpo docente, existe uma

preocupação institucional com o desenvolvimento completo do futuro egresso.

Nesse sentido, são desenvolvidas avaliações externas, de responsabilidade da

Pró-Reitoria Acadêmica e do Núcleo Docente Estruturante do curso. Tais

avaliações têm como objetivo principal desenvolver nos alunos competências

necessárias para importante posicionamento diante dos acontecimentos gerais,

questões sociais, políticas, econômicas e ambientais além de debates sempre

atualizados sobre a produção de conhecimento específico debatido em cada

módulo (onde também se pontua de 0 a 1,5).

Em síntese, o sistema de avaliação é composto de três frentes:

1ª FRENTE (15%)

Competências e habilidades dos módulos e do curso

Uma avaliação diagnóstica preparada por cada professor do módulo no

início do semestre.

Avaliação diagnóstica coletiva do colegiado do módulo.

Análise do desenvolvimento de cada aluno até o final do módulo.

Novas avaliações diagnósticas para verificação de cada processo de

aprendizagem.

2ª FRENTE (70%)

Competências e habilidades específicas das Unidades de Estudo

Contrato didático firmado entre docentes e discentes: Lembrando que tal

contrato pode conter vários indicadores: presença, pontualidade;

participação, comprometimento; provas práticas e teóricas; pesquisas;

relatórios; autoavaliação, entre outros.

3ª FRENTE (15%)

Avaliação externa aplicada para verificação do desenvolvimento do

curso e das competências e habilidades gerais e específicas definidas para os

módulos.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

Nesse sentido, as avaliações são processuais e contínuas de forma que

o docente busque adequar seu planejamento e estratégias de acordo com o

desenvolvimento dos alunos, além de constituir-se em momento de

aprendizado, não ficando restritas a “tarefas” burocráticas para classificar os

alunos, mas, ao contrário, caracteriza-se como uma forma de aprendizado

relacionado aos objetivos de cada disciplina buscando desenvolver nos alunos

as competências gerais e específicas que se objetiva despertar nos egressos

deste curso.

Ao término de cada módulo, o aluno deverá obter média igual ou

superior a 7.0 (sete) e 75% (setenta e cinco por cento) de frequência, para

obtenção da aprovação em cada unidade de estudo, respeitadas as

Resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE).

No que diz respeito às especificidades da avaliação do ensino

aprendizagem do curso de Licenciatura em História, é importante mencionar a

busca constante por aferir o desenvolvimento das competências que, aliadas,

sejam capazes de capacitar o futuro docente a operar a partir da dupla face da

apreensão do conhecimento de modo reflexivo e crítico, por um lado, e do

desenvolvimento das habilidades pedagógicas que lhe serão necessárias na

prática da transmissão desses conhecimentos apreendidos, por outro. Nesse

ponto, torna-se mais uma vez claro o viés da transversalidade dos diversos

temas que compõem as diferentes Unidades de Estudo de cada módulo; ou

seja, a busca de concatenar teoria e prática de forma a buscar uma formação

holística do aluno/educador. E, já que essa é uma característica específica e

diferencial do curso, a tentativa de avaliá-la deve estar também na base das

definições acerca das formas e critérios avaliativos a serem empregados.

12.2 AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO

Segundo a proposta deste Projeto Pedagógico, a avaliação do curso de

Licenciatura em História deve constituir processo de aperfeiçoamento contínuo

e de crescimento qualitativo, portanto deve ser de natureza construtiva.

O processo de avaliação deve pautar-se:

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

a. Pela coerência das atividades quanto à concepção e aos

objetivos do projeto pedagógico e quanto ao perfil do

profissional formado pelo curso;

b. Pela validação das atividades acadêmicas por colegiados

competentes;

c. Pela orientação acadêmica individualizada;

d. Pelo reconhecimento da atuação sistemática do coordenador

do curso;

e. Pela aplicação de padrões reconhecidos de qualidade quanto à

estruturação orgânica do currículo, quanto aos conteúdos

caracterizadores ministrados, quanto à constituição do corpo

docente, em termos de qualificação, regime de trabalho e

produção acadêmica, e quanto à biblioteca, não só quanto à

atualização do acervo, mas também à disponibilidade de obras

de referência e periódicos;

f. Pela adoção de instrumentos variados e avaliação interna;

g. Pela disposição permanente de participar de avaliação externa.

Para efetivar tal processo de avaliação sobre o desenvolvimento do

curso, o colegiado de curso realiza, em todos os semestres, reuniões de

debate sobre a autoavaliação do curso e define diretrizes para a melhora

constante do desenvolvimento das ações de ensino, pesquisa e extensão do

curso.

12.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos

procedimentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(SINAES/INEP), o curso de Licenciatura em História é submetido aos

processos de avaliação interna da instituição, de sistematização e de coleta de

informações, conduzidos por sua Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa

avaliação é composta por uma série de processos autoavaliativos que

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

permitem o levantamento e a análise das necessidades e deficiências da

Instituição, do curso, dos docentes e alunos.

Na execução desses processos autoavaliativos são sempre

considerados os aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo INEP

para a avaliação das condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo estes:

O projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua inter-

relação com a sociedade);

A infraestrutura (instalações e serviços), os recursos humanos (o

corpo docente, discente e técnico-administrativo) e os equipamentos

e materiais disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos);

A gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos

acadêmicos).

Os resultados são discutidos entre todos os membros da comunidade

acadêmica da Instituição, incluindo o corpo discente, para que sejam adotadas

soluções no sentido de vencer as dificuldades e atender às necessidades

apontadas.

Entre os instrumentos e procedimentos efetivados pela CPA encontram-

se o diagnóstico do perfil dos ingressantes, a pesquisa entre alunos cursando o

último semestre letivo e entrevistas com ex-alunos. Os resultados obtidos são

importantes para orientar a organização curricular dos cursos, o planejamento

das disciplinas com seus conteúdos e atividades, as competências e

habilidades que deverão ser adquiridas, visando a contemplar a formação

integral de seus egressos.

Os resultados dessa autoavaliação, segundo as orientações da

Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), devem

servir como subsídios para o planejamento de novas ações voltadas ao

desenvolvimento institucional e à revisão dos procedimentos acadêmicos e

administrativos que, eventualmente, forem identificados como deficitários.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

12.4 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

A construção de um Projeto Pedagógico para um curso não se

esgota na sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto

somente ganha sentido quando em sintonia permanente com a realidade

cotidiana, vivenciada pelos sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e

ainda considerando que tal realidade se constitui de um dinamismo que a torna

imprevisível, inacabada e mutável. O Projeto Pedagógico não pode ser visto

como inerte pronto e acabado. Ao contrário, igualmente a esta realidade que

objetiva configurar, também deve estar revestido de uma dinamicidade e

mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se sustentará.

O Projeto Pedagógico proposto para o Curso de Licenciatura em

História demandará constante acompanhamento a fim de assegurar a

coerência necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas.

Nesse sentido, será imprescindível que se realize avaliação permanente.

Na gestão do Projeto Pedagógico, o Colegiado de Coordenação do

Curso tem importante papel atuando em diferentes aspectos e estimulando o

debate em torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um

processo permanente de construção, execução e avaliação do curso.

Os instrumentos dessa avaliação serão as reuniões de Colegiado e

os cursos e oficinas de aperfeiçoamento docente, quando professores,

gestores e acadêmicos trocam informações e opiniões acerca do Projeto

Pedagógico, desenvolvendo e propondo ações que contribuam para a melhoria

dos cursos.

12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIA

O sistema de progressão do curso de licenciatura em História, assim

como em todas as licenciaturas segue o procedimento descrito na Portaria n.º

05, de 17 de dezembro de 2012:

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

1. Para a integralização o aluno deverá estar aprovado em todos os

módulos cursados, além de cumprir com todas as obrigações e

componentes curriculares estabelecidos na matriz curricular e de

acordo com as normas Estatutárias e Regimentais.

2. O aluno deverá seguir a ordem determinada dos módulos, obedecendo

as regras de sua entrada.

2.1 Os alunos que iniciarem no 1º semestre do ano letivo seguirão a

seguinte sequência: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º módulos (licenciaturas).

2.2 Os alunos que iniciarem no 2º semestre do ano letivo seguirão a

seguinte sequência: 2º, 1º, 4º, 3º, 6º, 5º módulos.

3 O aluno que for reprovado em até duas unidades de estudo que compõem o

respectivo módulo será aprovado, porém, as unidades reprovadas deverão

ser cursadas em regime de dependências nos módulos seguintes.

4 O aluno não promovido por ter sido reprovado em 3 ou mais unidades de

estudo referentes a um único módulo ou a módulos anteriores, deverá

cursar novamente as unidades reprovadas nos módulos que serão

oferecidos.

5 O aluno não promovido em módulos iniciais deverá cursá-lo novamente

nos semestres seguintes, desde que seja ofertado, caso o mesmo não seja

oferecido o aluno deverá cursá-lo assim que for ofertado.

6 O aluno deverá matricular-se no quinto ou sexto módulos após ter sido

aprovado em todas as unidades de estudos que compõem os 4 módulos

iniciais, podendo cursar até duas unidades de estudo em regime de

dependência e continuar a progressão.

7 Nos cursos de licenciaturas existe a possibilidade que o aluno faça o quinto

módulo antes do quarto, porém o aluno deverá estar aprovado nos três

módulos já cursados.

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este documento resulta de um trabalho consciente, coletivo e

participativo de todos os envolvidos no processo educacional: professores,

coordenação, Pró-Reitoria acadêmica e alunos. Para sua elaboração foram

utilizados, como referência fundamental, os seguintes documentos: Coletânea

de Ordenamentos Legais Internos do Centro Universitário – UNIFEOB; Plano

de Desenvolvimento Institucional (PDI); Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional nº 9394, de 20/12/1996 e as propostas de reformulação para a

educação superior em nível mundial anunciadas pela UNESCO através do

documento “Tendências da Educação Superior para o Século XXI”.

Além desses referenciais, o nosso Projeto Pedagógico congrega as

diversas contribuições recebidas da comunidade acadêmica interna e externa.

Dessa forma, todos os envolvidos com a educação no UNIFEOB contribuem

para o sucesso do processo ensino-aprendizagem ofertado pelo Curso.