Licensing Brasil - Edição 23
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Aumento do consumo no Nordeste do País atrai empresários
Clima bom para os negócios!
www.licensingbrasil.com mar/abr ano 3 nº 23
LICEN
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.licensingbrasil.com ano 3 nº 23 ESpA
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LICENSING BRASIL4
(24)
íNDICE
(54)
Propriedade no assunto 8
Palavra da Abral 12
Curtas do licenciamento 14
Internacional 18
Entrevista – Livraria Nobel 22
Capa – Nordeste: novo estágio de consumo 24
Vitrine – Produtos licenciados para a Páscoa 44
Novos negócios – Turismo: na onda dos personagens 48
Empresa – Biotropic Cosmética 50
Novidade – Projeto Fiat Toys 52
Case – Justin Bieber 54
Em destaque – 3º Fórum Licensing Brasil 56
Comportamento 58
Agente – Record Entretenimento 60
Avant-première 62
Marketing 64
Design 66
(44)
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LICENSING BRASIL6
Ano 3 – Ed. 23 – Mar/Abr – 2011Espaço Palavra Editora e Arte Ltda.
‹ Direção-geral e jornalista responsável ›Marici Rosana Ferreira (MTb 36727)
‹ Conselho Editorial ›David Diesendruck (Redibra), Ênio A. Kohler (Lepper), Kiko Smitas (Fantasias SulAmericana), Ana Amélia de Cesaro e Aurélia Picoli (Play Consultoria Infantil), Marici Foroni (Foroni), Gustavo Bacchi (Riclan), José Martins (Panini), Marcus Macedo (Exim), Edson Sawa (Regina Festas) e Germano Costa (Brandili).
‹ Revisão ›Renata Del Nero
‹ Redação ›Camila GuimarãesKika Martins
‹ Arte › ‹ Capa ›Wilson AlvesJoão Paulo Otsuka
‹ Departamento comercial ›Alessandra Aragon FrateDaiane Cassia
‹ Assistente administrativa ›Letícia Britto
‹ Marketing ›Livia Gimenes
‹ International Sales › Multimedia, Inc. (USA)Tel. +1-407-903-5000 E-mail: [email protected]
‹ Administração, publicidade e redação ›Rua Arapapi, 45Indianópolis – São PauloCEP: 04516-020Tel. (11) 5092-5588/ (11) 5094-0403E-mail: [email protected]
[ Assinaturas ](11) 5092-5588 ou pelo site www.epeditora.com.br
As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores e podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.
As fotos utilizadas nesta edição pertencem ao banco de imagens da Revista Licensing Brasil e podem ser utilizadas desde que citada a fonte.
A Revista Licensing Brasil possui distribuição nacional para diretores, gerentes de marketing e demais pessoas envolvidas no mercado de licenciamento dos setores de publicidade, acessórios, alimentos, brinquedos, canais de TV, confecção, cosméticos, higiene e limpeza, papelaria, promocional, tecnologia e informática. Profissionais de outros setores poderão adquirir os exemplares por meio da assinatura da revista.
EDITORIAL
Esta primeira edição de 2011 marca o início de
mais um ano de trabalho, junto ao mercado
nacional de licenciamento de marcas. Con-
forme a programação publicada a seguir, daremos
continuidade aos eventos que tanto aproximam os
profissionais do setor. Pensamos em novos formatos
para esses projetos, visando ao amadurecimento do mercado e a algumas
novidades para o segundo semestre.
O primeiro a ser realizado será o 3º Fórum Licensing Brasil, no dia 10 de
maio, em São Paulo. As palestras trarão experientes empresários para falar so-
bre o tema, entre outros assuntos relacionados. Preparamos uma matéria com
todas as informações sobre o evento, confira.
Partindo para uma análise macroeconômica, nossa matéria de Capa foca
o potencial de consumo do Nordeste brasileiro. Entrevistamos diferentes
frentes do mercado, para obter um amplo panorama das vendas e perspec-
tivas de negócios na região. O conteúdo traz inúmeros dados interessantes,
fornecidos por empresários que já atuam naquele território. O Nordeste pode
ser o destino ideal para seus negócios e não apenas para passar as férias com
a família. Não existe um roteiro-padrão, mas você aproveitará as dicas dessa
reportagem!
Por falar em investimento, escolhemos a Biotropic Cosmética, com sua ex-
tensa linha de produtos licenciados, para falar sobre a produção e os projetos
da empresa nesse sentido. Uma trajetória de sucesso, assim como a linha de
cadernos de Justin Bieber, licenciada pela Foroni, considerada um case. Por
isso, preparamos uma matéria sobre esse fenômeno teen.
Essa influência dos personagens vai além das mercadorias. Agora, é o mer-
cado de turismo que começa a investir nos cruzeiros temáticos. Confira as
rotas e as novas possibilidades para trabalhar suas licenças.
Além das notinhas nacionais e internacionais, você confere uma pesquisa
da TNS Research International sobre consumo entre adolescentes. Não deixe
de ler! Aguardamos suas sugestões... Escreva para [email protected].
Marici Ferreira – Diretora
O destino dos negócios
ERRATA: Informamos que o agente licenciador responsável pelo filme Rango no Brasil é a Exim Licensing, diferentemente do que foi publicado na edição 22 da Revista Licensing Brasil (Avant-Prèmiere, página 54). Telefone para contato: Exim - (11) 3885-9275.
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propriedade no assunto
LICENSING BRASIL8
PRoduzImoS, Em médIA, 100
mIL ovoS todoS oS dIAS. São
APRoxImAdAmENtE 600 mIL ovoS
PoR SEmANA”
Patrícia Onakado,
gerente de produção da top Cau.
NA INtERNEt A PoPuLAção tEm A
PERCEPção dE PREçoS mENoRES. ÀS
vEzES, tEmoS CoNdIçõES mELhoRES
do quE NA LojA fíSICA, Em tERmoS
dE PARCELAmENtoS. o ComéRCIo
ELEtRôNICo é um CANAL dE vENdAS
quE vEIo PARA fICAR E EStá tomANdo
ESPAço do vAREjo off-LINE”
Alexandre Umberti,
diretor de marketing e produtos da e-bit.
Fonte: Especial revista ProXXIma – Ed. nov/dez.
modELo dE PuBLICIdAdE SEm foRmAtoS
tRAdICIoNAIS, ALGo totALmENtE
dIfERENtE”
Gilberto Corazza,
diretor de mercado anunciante da Editora
Globo, sobre o site O mundo do Sítio, baseado
na obra de monteiro Lobato, cujo conteúdo será
pedagógico.
AComPANhAR AS NotíCIAS PoR mEIoS
ELEtRôNICoS é umA tENdêNCIA.
E é oBRIGAção dE todA EmPRESA dE
ComuNICAção SE AtuALIzAR E CRIAR
SoLuçõES modERNAS PARA SEu LEItoR”
Ricardo Galuppo,
diretor de redação do Brasil Econômico.
A 37ª EdIção dA fIt 0/16 CoNtARá Com
A ExPoSIção dE 180 mARCAS dE todo
o PAíS, APRESENtANdo AS CoLEçõES
PRImAvERA-vERão 2011/2012. todoS
oS EStANdES foRAm vENdIdoS Com
ANtECEdêNCIA, o quE moStRA quE AS
GRIfES EStão otImIStAS”
Humberto Rebonato,
organizador do evento.
NA fIt 0/16, A PLuGt, CoNfECção dE
CALçAdoS INfANtIS, AtINGIu
SuAS ExPECtAtIvAS. foRAm CERCA
dE 900 vISItAS, o quE NoS RENdEu
um fAtuRAmENto Em toRNo dE
250 mIL REAIS”
Renato Ramires,
diretor da Plugt.
Propriedade.indd 8 03/03/11 11:38
Em rElação ao ano passado, as
vEndas dE EstandEs já Estão 20%
maiorEs. a dEmanda é muito grandE
E, rapidamEntE, o Espaço Está sEndo
ocupado. o númEro dE novas
EmprEsas E marcas Expositoras, EstE
ano, é imprEssionantE”
Liz Crawford,
diretora da Licensing International Expo.
Fonte: http://www.licensingexpo.com/
o mErcado dE compras colEtivas
tEm tudo para crEscEr cada vEz mais
porquE mExE com um quEsito quE é
primordial na hora da compra: o
tEmpo. os cliEntEs têm quE corrEr
para não pErdEr a oportunidadE
dE comprar E é o impulso quE
concrEtiza as vEndas”
Roberto Saretta,
franqueador do site de compras coletivas
ofertíssima.
com o aumEnto da rEnda E do
EmprEgo, o consumidor ampliou
sEu podEr aquisitivo E Está mais
ExigEntE tanto no quE diz rEspEito à
qualidadE quanto à facilidadE,
ao sortimEnto E aos sErviços”
José Roberto Tambasco,
vice-presidente executivo do grupo
pão de açúcar.
costumávamos mEdir coisas como
o númEro dE cliquEs Em um anúncio,
mas isso é mEnos importantE.
prEcisamos sabEr o quanto sE Está
sEndo lEal a uma dEtErminada
marca. o on-LInE E as rEdEs sociais
transformam a manEira dE
trabalharmos para nossos cliEntEs”
Olivier Fleurot,
presidente global da msl.
Fonte: Meio e Mensagem – 28/2/2011.
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Realização:
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www.lbmeeting.com.br
Nem só de royalties vive o mercado de licenciamento...
Prêmio Licensing Brasil: dia 27 de setembro.
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palavra da abral
LICENSING BRASIL12
O anúncio do fim da carreira do Ronaldo Fe-
nômeno virou um acontecimento e reper-
cutiu mundialmente. Milhares de jornais,
revistas, noticiários de televisão e agências noticiosas
abriram espaço para entrevistá-lo, ouvir seu desabafo
e confirmar a viva voz o que já vinha espalhando-se
por todos os meios de comunicação.
Os blogueiros e acompanhantes do Twitter,
Facebook e outros sites sociais se movimentaram
como nunca, a maioria confessando – até mesmo
os homens – que chegaram a chorar.
O Fenômeno fez os brasileiros perceberem que
amor ao futebol não é um encanto apenas nacional.
O futebol, como esporte, é venerado desde os confins
da África até o limite dos Urais e em longínquos países
da antiga União Soviética.
E o Brasil, que todos dizem ser o país do futebol,
será em 2014 o país de futebol de fato e de direito.
Como sede da Copa do Mundo, que trará sensíveis mu-
danças no Brasil em todos os setores, sejam políticos,
administrativos, comerciais, econômicos e também num
setor que, a rigor, muito nos interessa, o licenciamento.
Além das 36 delegações de times participantes,
desembarcarão em nosso país milhares de técnicos de
emissoras de rádio e televisão, cronistas esportivos do
mundo todo, milhares de turistas ávidos de comprar
novidades e souvenirs, escolher produtos de consumo
que tenham marcas brasileiras coligadas ao gigantes-
co evento da bola.
Desde já, faltando pouco mais de três anos para
a Copa do Mundo, o governo e entidades esportivas
já se movimentam para a reforma e a construção de
estádios, organização de centros de imprensa e todo
o aparato que move a roda da Fifa no comando das
atividades da festa mundial da bola.
O mundo de licenças também se movimenta. Deze-
nas de telefonemas diários são recebidos pela sede da
Abral, de pequenos ou médios empresários, solicitando
informações do que devem fazer para licenciar e partici-
par deste bolo monumental que está assando até 2014.
A Fifa, como em todos os torneios, tem grande
parte no setor e deve firmar contratos mundiais, dei-
xando para o mercado nacional espaço para licenciar
produtos esportivos, camisetas, material escolar, pu-
blicações, bandeirolas, álbum de figurinhas, vestuário,
alimentos e outros itens de consumo.
Conforme previsto, será o maior acontecimento
no mundo de licenças realizado em nosso País.
A Abral, como liderança do mercado, preparou
uma mesa-redonda dentro de seu Centro de Estudos,
no qual reunirá agentes especializados em marketing
esportivo, cronistas e jornalistas do ramo, os criadores
do logo da Copa e demais especialistas.
A entidade contará com o apoio logístico do
associado Marco Antonio Siqueira, especialista em
marketing esportivo, que coordenará a lista de con-
vidados à mesa e deverá funcionar como moderador
dos debates.
Para 2016, tem mais. São os Jogos Olímpicos, que
o Brasil corajosamente realizará apenas dois anos após
a Copa do Mundo.
Preparem-se para novas ações de licenciamento
esportivo.
Sebastião Bonfá é presidente da Associação
Brasileira de Licenciamento (Abral).
Em 2014, o Brasil será de fato e de direito o país do futebol
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LICENSING BRASIL
doc
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tas
licenciamento
Nova ferramenta de licenciamento do Corinthians
Na atualidade, o Corinthians é considerado um dos mais
bem-sucedidos modelos de licenciamento de marca. São lojas,
centenas de produtos e inúmeros projetos que geram receita e
tornam, ainda mais visível, o “todo poderoso timão”.
As mais novas iniciativas estão alicerçadas na linha infanto-
juvenil. Em parceria com a BB, empresa de comunicação que
criou o “Bando” e fez em 2009 a edição de outro projeto, a
história editada em livro do “TIMÃO em Estilo Mangá”, o Corinthians pretende revolucionar suas ações.
Para essa etapa, já foram aprovados pelo clube os mascotes que são parte do “Bando de Loukinhos”.
Hoje, para as empresas e indústrias que querem associar sua imagem ao projeto, existe e possibilidade
de licenciamento do “Bando de Loukinhos” nos moldes dos que já são celebrados com a marca do time.
Em meados do mês de março, a turma de cartoons vai virar um DVD (o viral está no youtube – http://
www.youtube.com/watch?v=jD4nI7E6xbg) e novas ações e projetos estão em desenvolvimento.
Contatos com a imprensa: BB – (11) 5548-6101.
Boneti Licenciamentos comemora novidades
Para o bem da nação feminina, a maquiagem Duda Molinos já está no Sacks, o maior portal
de cosméticos da atualidade. De acordo com Andreia Boneti, responsável pela agência licencia-
dora da marca, essa conquista apenas comprova a qualidade dos produtos e a excelência do
trabalho realizado com a linha.
O site é considerado um dos melhores do segmento. Confira: http://maquiagem.sacks.com.br/
site/marca.asp?id=293.
A agência também fechou contratos para a personagem Mila na fabricação de roupa de cama e
banho, da Dohler, e chinelos e crocs da Domenicca.
Licenciamento esportivo
A Fama Licenciamentos está cuidando da
imagem do goleiro da seleção brasileira, Victor, e
Grêmio F.B.P.A. Para 2011, a expectativa é faturar
um milhão de reais de royalties pelo uso de sua
imagem. A Fama já licenciou linha de óculos, pendrive, cooler, kit goleiro infantil, entre outros, afirma
Fabiano Veronezi, responsável pela agência. Segundo ele, o Brasil explora pouco a imagem das celebri-
dades, principalmente, na área esportiva.
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Editora Abril lança produtos Gormiti
O desenho animado Gormiti, que estreou neste ano, na TV Globinho, já é
febre entre o público infantojuvenil.
Gormiti é uma série italiana criada pela Giochi Preziosi, que partiu de uma
linha de brinquedos e se transformou em grande sucesso em toda a Europa.
Em 2008, Gormiti virou desenho animado e conquistou fãs no mundo todo. É produzido
pelo estúdio francês Marathon, o mesmo de Três Espiãs Demais, também exibido na TV Globinho.
A Angelotti Licensing, responsável pela marca no Brasil, já negociou vários produtos como brinquedos,
cadernos, mochilas, dentre outros. Agora, em parceria com a Editora Abril, apresentou mais uma novidade
da marca: o álbum de figurinhas. Com todos os personagens de Gormiti para colecionar, o álbum tem espa-
ço para 150 figurinhas com as cenas da série da TV.
Já a Revista Oficial traz quadrinhos e informações da série, mostrando o que aconteceu um pouco antes
de o desenho animado começar.
Mundo Verde planeja criação de marca própria
A história e a filosofia da Mundo Verde fizeram com que o carioca Sergio Bocayuva deixasse, em 2009,
a confortável posição de diretor de um banco de investimentos para retornar ao varejo.
O objetivo agora é alcançar a marca de 430 lojas no País em cinco anos, com grande parte da expansão
concentrada em São Paulo. Em 2010, a rede de franquias faturou R$ 180 milhões, um crescimento de 50%
ante o período anterior. Para 2011, a previsão é de um ganho de R$ 220 milhões.
Criada por uma família de Petrópolis (RJ), a varejista de produtos naturais ajudou a introduzir no País o
conceito de alimentação saudável ainda na década de 1980. A empresa foi vendida em 2009 para o fundo
de private equity Axxon, e Bocayuva tornou-se sócio e presidente da companhia.
Nos planos da empresa, incluem-se o lançamento de uma cadeia de restaurantes de comida natural, a cria-
ção da marca própria, com produtos de alto valor agregado, e futuramente um negócio de comércio virtual.
Fonte: Estadão – Economia & Negócios – 7/2/2011.
Licenciamento propagando-se no Espírito Santo
No próximo dia 4 de abril, às 19h, será realizado no Anfiteatro da
Universidade de Vila Velha – UVV, no Espírito Santo, o primeiro evento
sobre licenciamento na região.
O fórum – “Licenciamento: uma ferramenta de marketing para fortalecer as
vendas” contará com a presença de Arnaldo Rabelo, consultor de marketing e licenciamento, e Sebastião
Bonfá, presidente da Associação Brasileira de Licenciamento (Abral). Sob patrocínio da Cobra D’agua e da
Sorvete Saboroso, as palestras terão como público-alvo os alunos e professores dos cursos de Marketing,
Gestão empresarial e Gestão de vendas, além de convidados e participantes de fora.
O aluno do curso de Marketing da UVV, Maikel A. Santos, criador dos Macakids, é responsável
pela iniciativa que foi aprovada pela instituição. Para obter mais informações sobre os personagens,
acesse: www.turminhamacakids.com.br.
Os interessados devem fazer suas inscrições pelo site www.uvv.br ou pelo tel. (27) 3421-2135.
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tas
licenciamento
UFC 126
A Exim Licensing, agente oficial da UFC para o Brasil e a América Latina, e seus parceiros de licencia-
mento juntaram-se para levar os varejistas a Las Vegas para assistir à luta do século, o UFC 126.
O evento teve como grande destaque à luta entre o campeão Anderson Silva e seu desafiante Victor Belfort.
A ação reuniu, entre licenciados, varejistas e mídia, 40 brasileiros e marcou o lançamento oficial do
programa de licenciamento, no início de fevereiro.
Dana White, presidente do UFC, com grupo de brasileiros que acompanharam a luta UFC 126
Faresak traz novos programas de licenciamento
Com um portfólio de marcas bem atuais e adequadas ao mercado brasileiro, a Faresak incluiu mais
dois programas de licenciamento que trazem conceitos em evidência. Também da agência Crown Creati-
ve, a detentora dos direitos da marca Sugar & Babe e Rebecca Bonbon, Misteez é a personagem principal
de uma banda de rock’n’roll que leva seu nome.
São ursinhos para lá de antenados, que curtem música eletrônica e a moda japonesa Go-
thic Lolita ou GothLoli, popular entre adolescentes e jovens adultas, que em sua maioria ves-
tem roupas inspiradas na moda vitoriana e imitam a aparência de bonecas de porcelana ou
princesas. Esse estilo tem influenciado cada vez mais grandes grifes internacionais e bandas.
Misteez é a ursa principal e muda de cor de acordo com as tendências. A propriedade
é direcionada a meninas de 13 a 21 anos de idade.
Para obter mais informações: (11) 2893-5227 e (11) 2691-8561.
Crack e Bonky: as caveirinhas de sucesso
A duplinha Crack & Bonky são algumas das novidades da coleção Jandaia para
2011. Essas caveirinhas são inocentes, engraçadas e loucas, e tem como missão
aprender a imitar os seres humanos.
Nas capas dos Cadernos Jandaia, essa nova marca chega para agradar os consumi-
dores. Além dos personagens lindos e cheios de charme, a marca traz capas e adesivos
com verniz que acendem no escuro. Sem contar com foil metalizado e espiral revestido.
A linha tem cadernos espiral 1/4, 96 folhas e universitário com 96, 200, 240 e 300
folhas, modelo espiral 1/8, 96 folhas, e o fichário com capa em nylon com etiqueta fofa,
espelho interno, bolsos e alça tiracolo.
Para obter mais informações, acesse: www.grupobignardi.com.br – @cadernosjandaia.
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InternacIonal
LICENSING BRASIL18
Walmart Estados Unidos nomeia novo diretor de merchandising
O Walmart designou Duncan Mac Naughton como diretor de mer-
chandising para as mais de 3.700 lojas nos Estados Unidos. Mac Naughton
supervisionará todas as categorias de merchandising e continuará a se re-
portar a Bill Simon, CEO e presidente do Walmart nos Estados Unidos.
Mac Naughton entrou para a empresa em 2009, como diretor de mer-
chandising para o Walmart Canadá e foi, então, nomeado vice-presidente
de merchandising para o Walmart Estados Unidos. Antes de trabalhar para
a rede, o executivo teve posições de liderança na Kraft Foods, Albertson’s
e Supervalu.
“Temos sorte de ter uma liderança excelente e experiente em toda nossa organização comercial”, diz Simon.
“Mac Naughton destaca-se com um histórico comprovado de sucesso em todas as organizações para as quais
trabalhou, incluindo Walmart nos Estados Unidos e no Canadá”.
ESPN cria roupas “Sports Heaven”
A ESPN Consumer Products anunciou o lançamento do “Sports Hea-
ven”, uma coleção de roupas em colaboração com a Sportiqe Apparel.
A linha de camisetas com inspiração vintage terá como base os trinta anos de história de programação ori-
ginal e logotipos da ESPN.
Os destaques dessa coleção, lançada mês passado nas lojas Bloomingdale’s e, on-line, no website Sporti-
qeBoutiqe.com, incluem produtos do campeonato mundial de frisbee, campeonato de Karatê Full Contact,
softboll, futebol australiano, Superstock Saturday e logotipos originais de marcas da ESPN. “Na Sportiqe, nós
revolucionamos a maneira como os fãs de esportes ostentam seu orgulho, trazendo qualidade inquestionável
e designs modernos para a moda casual”, diz Jason Franklin, diretor da Sportiqe Apparel. “A parceria com a
ESPN foi algo natural, pois o canal revolucionou a forma como o mundo inteiro assiste a esportes. Estamos
entusiasmados em continuar nosso relacionamento com a ESPN e estamos confiantes de que todos os fãs de
esportes ficarão tão apaixonados por essa coleção nostálgica como nós estamos”.
Filme do Capitão América conta com apoio de promoção virtual
Para os 70 anos do Capitão América, a Marvel Comics e a Marvel Stu-
dios divulgaram uma série de quadrinhos digitais com oito peças, e a Para-
mount lançará uma versão para o cinema neste verão. “Capitão América:
A Primeira Vingança” será lançado on-line e também estará disponível no iPad.
O novo filme, “Capitão América: O Primeiro Vingador”, está programado para
lançamento no dia 22 de julho deste ano.
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Mar/Abr 2011
Pink Cookie na França, no Reino Unido e no Médio Oriente
A lista de licenciamento para a Pink Cookie, a marca internacional de moda nova-iorquina,
continua a crescer, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior, de acordo com o anúncio
da assinatura de novos licenciados Pink Cookie para França, Reino Unido e grande parte do
Oriente Médio, pela presidente da CopCorp Licensing, Carole Postal.
Em um acordo mediado pela MJA Licensing, sediada em Paris, a Polymark Toys rece-
beu os direitos de fabricação de uma ampla gama de produtos Pink Cookie (incluindo
chaveiros, canecas, tigelas, relógios, joias, porta-joias, carteiras, guarda-chuvas, malas, porta-retratos, ban-
dejas, caixas, espelhos, lâmpadas e almofadas) para o mercado francês.
Já a Phone Fashion, do Reino Unido, assinou um contrato de licenciamento e produção de uma linha de ce-
lulares Pink Cookie que será vendida em todo o Reino Unido. Esse acordo foi intermediado pela DRi Licensing,
sediada em Londres.
No Oriente Médio, os direitos para produzir e comercializar mochilas, papelaria, produtos em papel e malas
da Pink Cookie foram concedidos para a empresa de Dubai, First Kids (Al Khayrat). Os produtos Pink Cookie
da Al Khayrat serão vendidos em Bahrein, Egito, Jordânia, Líbano, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita, Síria e
Emirados Árabes Unidos. Esse negócio foi intermediado pela Copyright Licensing Agency, sediada em Dubai.
“Estamos muito felizes com o crescimento constante e contínuo da Pink Cookie, como uma marca de
moda internacional” diz Carole Postal. “Estamos ansiosos para trabalhar com cada um desses três licenciados
para criar produtos exclusivos e atraentes da Pink Cookie para seus mercados e consumidores específicos”.
Mascotes Kawaii Punk estreiam no Japão
Os mascotes do KawaiiPunk, uma loja on-line para mascotes kawaii, dirigida por Michael Togneri, lançou conteúdo
para celulares no Japão. Os conteúdos, oferecidos pela “USTYLE”, estão disponíveis em mais 180 modelos para as três
principais operadoras de telefonia móvel japonesas (DoCoMo, KDDI, SoftBank) e serão adicionados periodicamente.
O USTYLE é um dos websites de conteúdo móvel de sucesso dirigido pela organizada Field System Inc., um prove-
dor líder de conteúdo móvel japonês. Desde seu lançamento em 2005, USTYLE especializou-se em oferecer conteúdos
móveis de qualidade que são desenvolvidos por artistas talentosos de todo o mundo.
Michael Togneri é um famoso artista escocês que foi o vencedor do concurso de design Zazzle UK Launch
Design Contest (Categoria História) em 2008 e atualmente tem seu próprio site KawaiiPunk.com.
Nesse website, mais de 50 mascotes agora podem ser encontrados em camise-
tas, bolsas, cartões, papelaria, canecas, mousepads, crachás e adesivos, além de
seu próprio blog (blog.kawaiipunk.com).
“Kawaii” é uma palavra de origem japonesa que significa “fofo”. Mas hoje em
dia, por causa da popularidade da subcultura japonesa (por exemplo, animação, qua-
drinhos, games) no mundo, ela tornou-se parte do idioma inglês como outras pala-
vras da subcultura japonesa, como anime, manga, otaku. Michael é representado em
licenciamento pela Denki-Mirai, uma agência de licenciamento com sede em Tóquio.
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InternacIonal
LICENSING BRASIL
Disney Store anuncia aberturas de lojas multinacionais para 2011
A Disney Store continua a inovar com planos de lançar seu conceito inovador
de loja em novos mercados internacionais e na América do Norte. Aproveitando o
sucesso do lançamento de suas lojas interativas e imersivas em 2010, a cadeia de
lojas internacionais de especialidades de varejo tem como meta acrescentar mais
de 25 lojas novas e remodeladas em 2011, transformando todas as mais de 350 unidades em países ao redor do mundo.
Na Feira da Federação Nacional de Varejo em Nova York, a Disney Store anunciou as primeiras 11 unidades na
América do Norte e dez da Europa, e os planos para abrir unidades em outras localidades até o final deste ano.
Com uma estratégia de varejo focada em garantir unidades em centros comerciais e shopping centers de desta-
que, a Disney Store está em posição privilegiada para oferecer “os melhores 30 minutos do dia de uma criança”
para mais de 85 milhões de crianças, famílias e turistas que a visitam todos os anos.
“De acordo com os visitantes, nós trouxemos de volta a magia da Disney Store com o lançamento de nosso
novo projeto e, como resposta, eles ficaram mais tempo nas lojas e compraram mais”, disse Jim Fielding, presi-
dente da Disney Stores Worldwide.“O futuro da Disney Store está mais promissor do que nunca à medida que
expandimos nosso alcance por meio da abertura de novos mercados. Aproveitamos as últimas tecnologias para
melhorar a experiência do visitante, melhoramos a eficiência, apresentamos novo conteúdo da Disney e levamos
uma experiência mágica da Disney para as comunidades locais em todos os lugares.”
Marcas para meninas aumentam os lucros da Mattel
A Mattel, a maior empresa de brinquedos dos Estados Unidos, divulgou seus resultados
financeiros do quarto trimestre e do ano completo, revelando um aumento no crescimento
das vendas em todo o mundo movido por marcas voltadas para meninas, como Barbie e
American Girl, ambas com crescimento de 8% nas vendas mundiais para o trimestre.
A empresa sediada na Califórnia divulgou um lucro líquido de US$ 325,2 milhões du-
rante o trimestre, ou US$ 0,89 por ação, comparado ao lucro líquido do quarto trimestre
do ano passado, da ordem de US$ 328,4 milhões, e também US$ 0,89 por ação. As ven-
das líquidas foram US$ 2,12 bilhões para o período, um aumento de 9% em relação ao US$ 1,96 bilhão no ano passado.
O faturamento bruto nos Estados Unidos aumentou em 11%, e o internacional, em 6%.
O faturamento mundial do negócio Other Girls Brands aumentou em 29% no quarto trimestre, enquanto o fatura-
mento trimestral mundial para o negócio Wheels, que inclui as marcas Hot Wheels, Matchbox e Tyco R/C, sofreu uma
queda de 4%. As vendas mundiais do negócio Entertainment, que inclui a Radica, jogos e quebra-cabeças, cresceram
12% no trimestre
Para o ano completo, as vendas mundiais da Barbie subiram 7%, Hot Wheels 3%, Fisher-Price sofreu uma queda de
3% e American Girl aumentou em 5%. Globalmente as vendas mundiais da unidade de negócios Mattel Girls & Boys
Brands foram da ordem de US$ 3,66 bilhões no ano, um aumento de 11%.
Ao iniciar 2011, acima das expectativas dos analistas, a prioridade da empresa para o ano é implantar uma
nova estrutura organizacional repleta de oportunidades de redução de custos e empregar o capital de forma dis-
ciplinada, mas oportuna.
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LICENSING BRASIL22
Fundada em 1943, a Nobel é a maior rede de livra
rias do Brasil, com mais de 180 unidades distribuí
das pelo País. Suas lojas são centros de referência
em lazer e entretenimento, uma vez que seu amplo por
tfólio de produtos, entre eles livros, CDs, DVDs, revistas,
papelaria e acessórios de informática, proporciona uma
experiência muito além da leitura. Desde 1998, a Nobel
atua no varejo eletrônico, vendendo títulos e publicações
em diversas áreas.
Para entender a relevância e o modelo de gestão que
engloba a comercialização de itens licenciados na Nobel,
conversamos com Guilherme Netti, diretor operacional
da rede.
Quando os produtos licenciados foram introdu-
zidos ao mix da rede?
O licenciamento faz parte de nosso negócio há mui
to tempo. Os primeiros itens licenciados a chegarem
Livraria Nobel
às prateleiras eram de papelaria que, aliás, é um seg
mento que trabalha muito com essa ferramenta.
O segmento editorial também conta com licenciamento,
mas o volume na papelaria é muito maior.
“O ideal é ter uma gama de produtos licenciados da marca, compondo uma família de itens no ponto de venda”
ObservamOs as licenças adultas OcupandO um espaçO que nãO
tinham anteriOrmente
entrevista
Quais os critérios para a escolha dos produtos li-
cenciados que serão oferecidos aos consumidores?
Nunca teremos todas as licenças do mercado dentro
da loja. O que fazemos é um levantamento sobre quais
as propriedades mais procuradas pelo consumidor e, en
tão, concentramos nosso foco naquelas licenças identifi
cadas. A partir daí, o ideal é ter uma gama de produtos
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Mar/Abr 2011 23
licenciados da marca, compondo uma família de itens no
ponto de venda. É dessa maneira que conseguimos os
melhores resultados.
As propriedades mais procuradas na rede são
as infantis?
Na época de Volta às Aulas, a procura por licença
infantil é muito grande. A representatividade das marcas
infantis no negócio da papelaria é muito grande, mas es
tamos percebendo mudanças nesse sentido. Há uns 10
anos as propriedades eram muito infantis e, agora, ob
servamos as licenças adultas ocupando um espaço que
não tinham anteriormente. Aumentou muito a aceita
ção da licença adulta. Não sei dizer se isso é uma evolu
ção do mercado de licenciamento ou se já é um público
que cresceu com a licença e agora é adulto. Mas que
percebemos uma mudança nesse sentido, percebemos.
do você analisa a reposição da mercadoria. Tem persona
gem que é muito bonito, mas que não tem impacto de
vendas como o esperado. E tem também casos em que
surpreendem! Então, fazemos uma primeira aposta que
nunca é de um volume gigantesco, porque o resultado
depende do consumidor final.
Como analisa o mercado de licenciamento no
Brasil?
Acho que o mercado de licenciamento tem evoluído
a olhos vistos. Todo mundo que acompanha o movimen
to tem visto claramente o quanto o setor tem crescido.
Mais que isso, tem evoluído. Está mais profissionalizado.
O volume de produtos licenciados cresceu absurdamente
e a licença tem um papel importante porque não é ape
nas o personagem estampado no produto e, sim, uma
espécie de chancela da empresa dona da marca. Então,
quando o consumidor compra uma mochila da Ferrari,
ele não está comprando só a marca, está confiando tam
bém no fato de a Ferrari não permitir o uso de sua marca
num artigo qualquer. Isso é uma referência a mais para o
consumidor. Acredito que há muito para crescer e volto
a dizer sobre a relevância das licenças adultas. Isso é uma
tendência de mercado.
Guilherme Netti, diretor operacioNal da redeQuando o consumidor compra uma mochila da Ferrari, ele não está comprando só a marca, está conFiando também no Fato de a
Ferrari não permitir o uso de sua marca num artigo QualQuer
A Nobel realiza ações no ponto de venda de
produtos licenciados?
Realizamos, mas não com regularidade, não temos
uma grade de ação por licenças. Na realidade, quando
um fabricante está apostando numa licença e tem inte
resse em utilizar o espaço da Nobel, realizamos um mo
vimento conjunto explicando que junto do produto dele
teremos outros da mesma licença.
De que maneira define a estrutura de trabalho
com licenciamento realizado pela companhia?
Seguimos o fluxo do mercado. Nosso modelo é iden
tificar a procura. É claro que acompanhamos também os
lançamentos de cinema, dos canais abertos, afinal são
indícios incentivadores do sucesso da licença. Temos de
ficar alinhados com o que está acontecendo, mas na rea
lidade o sucesso do produto só se mostra mesmo quan
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capa
LICENSING BRASIL24
Nordeste: novo estágio de consumopara acompanhar as novas exigências, as empresas precisam adequar seus produtos ao gosto local
“O Nordeste brasileiro vive um ciclo inédito em
termos de consumo provocado pela soma
dos investimentos públicos e privados e de
políticas assistencialistas, como o Bolsa Família. Esse ciclo refle-
te um aumento de renda nas classes D e E que, somado à fi-
delidade dos consumidores da região, se converte diretamente
em oportunidade de crescimento para as empresas locais”,
explica a gerente de atendimento da Nielsen em Pernambuco,
Thais Lordelo. Ela ressalta que, além de consumir mais, as fa-
mílias nordestinas também passaram a procurar mercadorias
que não compõem a cesta básica como fraldas e aguardente.
“Para acompanhar as novas exigências dos consumidores, as
empresas, ou da região ou nacionais, precisam adequar seus
produtos ao dia a dia e ao gosto local”.
É exatamente nesse contexto que pautamos nossa busca
por um panorama dessa região que ganha dia a dia mais des-
taque na economia nacional. Para apresentar o cenário das
plataformas de negócios envolvidas com produtos de consu-
mo, reunimos informações das indústrias nacional e local, do
varejo e dos agentes licenciadores que atuam com ações pon-
tuais na região nordeste.
Confira e invista nos estados nordestinos!
O pOteNcial de cONsumO
Compreender os costumes e o perfil de consumo de uma
região como o Nordeste não é tarefa fácil, tanto pela exten-
são territorial quanto por suas peculiaridades. A região tem
dimensões equivalentes a um país, destaca-se no cenário eco-
nômico interno pelo desempenho acima da média nacional
e tem número de habitantes maior que países como Chile e
Nova Zelândia. Se o Nordeste fosse um país, seria a 39ª eco-
nomia do mundo.
De acordo com dados de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui aproximadamente 190,7 milhões de habi-tantes, dos quais 53.078.137 são nordestinos. Esse número faz com que o Nordeste seja a segunda região mais populosa do País, superada somente pelo Sudeste. (Fonte: Brasil Escola)
Capital São Luís
Área (km²) 331.935,507
Número de Municípios 217
População em 2010 6.569.683
MARANhão
Capital Teresina
Área (km²) 251.576,644
Número de Municípios 224
População em 2010 3.119.015
PIAuÍ
Capital Fortaleza
Área (km²) 148.920,538
Número de Municípios 184
População em 2010 8.448.055
CEARÁ
Capital Natal
Área (km²) 52.810,699
Número de Municípios 167
População em 2010 3.168.133
RIo GRANDE Do NoRTE
US$ 206 bilhões 54 milhões
US$ 164 bilhões 17 milhões
US$ 130 bilhões 4 milhões
Ocuparia a 39º na posição no ranking mundial
PIB População
Nordeste
(Fonte: Nielsen)
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Para entender mais sobre essa região, a Nielsen,
empresa global de informação e mídia, apresenta uma
pesquisa detalhada com características e potencialida-
des do consumo no Nordeste brasileiro.
“É a região que apresenta crescimento mais con-
sistente. Em dois anos, os consumidores de baixa
renda deixaram de representar 67% da população,
caindo para 64%”, afirma Olegário Araújo, diretor de
atendimento da Nielsen. Além disso, o aumento do
consumo do Nordeste também é superior à média do
Brasil. Enquanto a região cresce 7,9%, o consumo no
País cresce 6,2%, de acordo com os itens da cesta
avaliados pela Nielsen.
US$ 206 bilhões 54 milhões
US$ 164 bilhões 17 milhões
US$ 130 bilhões 4 milhões
Ocuparia a 39º na posição no ranking mundial
PIB População
Nordeste
(Fonte: Nielsen)
Perfil do consumidor nordestino
As famílias nordestinas são compostas, na maioria,
por 4 a 5 pessoas (43%), com nível sócioeconômico
baixo (64%), e donas de casa mais jovens que buscam
preço e promoção. Elas também compram, predomi-
nantemente, em canais tradicionais e atacados.
A forçA dAs regionAis
De acordo com o estudo, as marcas regionais
têm grande destaque no Nordeste. Elas superam
as nacionais com percentuais acima de dois dígitos,
destacando-se em 7 das 12 categorias analisadas. As
marcas regionais de água mineral e leite em pó, nos
oito primeiros meses do ano, cresceram em volume
39,2% e 20,6% contra 7,5% e 2,3% das nacionais,
respectivamente.
Capital Recife
Área (km²) 98.146,315
Número de Municípios 185
População em 2010 8.796.032
Capital João Pessoa
Área (km²) 56.469,466
Número de Municípios 223
População em 2010 3.766.834
PERNAMBuCO
PARAÍBA
Capital Maceió
Área (km²) 27.779,343
Número de Municípios 102
População em 2010 3.120.922
AlAgOAs
Capital Aracaju
Área (km²) 21.918,354
Número de Municípios 75
População em 2010 2.068.031
sERgiPE
Capital salvador
Área (km²) 564.830,859
Número de Municípios 417
População em 2010 14.021.432
BAhiA
Fonte : iBgE
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LICENSING BRASIL26
Esse fenômeno também é atribuído pela adequação
das necessidades da região com preços mais competitivos
(30% abaixo do mercado) e embalagens que priorizam
o custo em relação ao benefício. “Os fabricantes estão
investindo na busca de clientes em um novo estágio de
consumo. Muitos produtos são de empresas nacionais ou
globais, mas as marcas são regionais”, esclarece Araújo.
“A marca regional tem algumas vantagens. Já nas-
ce na região, o que é importante, gera emprego, é tra-
tada como orgulho local e como um patrimônio. Ela
surge com uma predisposição para ser aceita, como
é o caso do Guaraná Jesus, famoso no Maranhão.
A Coca-Cola comprou a marca, mas teve a preocupa-
ção de manter suas características”, afirmou Rodrigo
Souza, diretor de planejamento da Agência Regional
Promo, em entrevista ao Mundo do Marketing.
SofiSticação e indulgência
Nesse novo estágio de consumo, fatores como
sofisticação e indulgência (quando a pessoa ad-
quire um produto mais premium pensando “Eu
mereço”) também começam a despontar e a in-
fluenciar os consumidores mais humildes na hora
da compra. Um exemplo fica com a categoria de
papel higiênico, no segmento de folha dupla, que
cresceu em volume na casa dos 40% comparado
a 2008 - tendo a região Nordeste como destaque.
Já para a indulgência, a movimentação fica por
conta dos biscoitos recheados. Em valores, a cate-
goria de biscoitos (waffer, Maria, salgados, água
e sal etc.) aumentou 4,2% em relação a 2009,
sendo que os recheados contribuíram em 59%
para esse crescimento.
Água mineral
Café em pó
Sabão em pó
Leite em pó
Sabonetes
Salgadinhos
Iogurtes
Refrigerantes
Cervejas
Aguardente
Biscoitos
Fraldas
86%
68%
62%
56%
31%
28%
24%
12%
11%
9%
6%
6%
39,2
7,8
9,3
5,7
14,2
20,6
28,2
7,0
24,7
7,5
11,2
20,5
7,5
3,1
15,9
1,3
7,1
2,3
15,9
11,2
9,8
4,9
16,3
22,8
Faturamento (%)
NOV. 2009
21,5 21,2
78,5 78,8
NOV. 2010
Marcas regionais
Importância em valor das marcas
regionais Nacionais
Cresc. % ano móvel
Regionais
Marcas nacionais
(Fonte: Nielsen)
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Mar/Abr 2011 27
Nossa coleção de maNga curta serve como exemplo, pois é deseNvolvida justameNte para ateNder o mercado NordestiNo No período em que a coleção de iNverNo está seNdo veNdida Nas demais regiões, oNde o frio é mais iNteNso
Produção com foco na região
Fundada em 1968, pela empreendedora família
Weege em Jaraguá do Sul-SC, a malwee em seus
quase 43 anos tece sua trajetória com muito traba-
lho, inspiração e criatividade. Abraçando a tecnolo-
gia, a empresa acompanha as principais tendências
da moda, produzindo cerca de 50 milhões de peças
anuais, compondo as coleções de suas duas marcas, a
Malwee e a Zig Zig Zaa.
O grupo Malwee
conta com aproxi-
madamente
7.800 parcei-
ros e é consi-
derada uma das
maiores indústrias de con-
fecções do Brasil e uma das
mais modernas têxteis do
mundo. A matriz e a malharia
da empresa estão instaladas
na cidade de Jaraguá do Sul-
SC, tendo filiais nas cidades de
Pomerode e Blumenau também no estado, Camacan,
na Bahia, e recentemente em Pacajus no Ceará.
“Todas as nossas marcas e linhas são distribuídas
para todas as regiões brasileiras, em mais de 20 mil
pontos de vendas atendidos por nossos representan-
tes. Por vivermos em um país continental, o fator cli-
mático acaba por definir volumes diferentes de venda
por região. Em função desse fato, desenvolvemos co-
leções que atendem a todas as estações do ano. Nos-
sa coleção de manga curta serve como exemplo, pois
é desenvolvida justamente para atender o mercado
nordestino no período em que a coleção de inverno
está sendo vendida nas demais regiões, onde o frio
é mais intenso”, explica Katia Trevisani, responsável
pelo marketing da empresa.
Para a Malwee, vender com excelência e conse-
guir atender as necessidades de todas as regiões bra-
sileiras é essencial para o crescimento da marca e o
fortalecimento dos produtos em todos os pontos de
venda. Dessa forma, trabalha para levar igualmente
a todos seus clientes o melhor da moda mundial com
o legítimo tempero brasileiro, fazendo com que os
consumidores reconheçam a essência das peças, in-
dependentemente de onde a adquirirem. “Para tanto,
investimos constantemente em comunicação e rela-
cionamento para fidelização de clientes, fornecedores
e consumidores”, revela.
Trevisani ainda ressalta a relevância do Nordeste
para os negócios da companhia: “Sem dúvida o mer-
cado nordestino é de grande importância, pois, além
de demonstrar grande crescimento e fortalecimento
diante das atuais tendências da moda, para Malwee,
vem-se tornando motivo de orgulho pelo fato de po-
dermos contribuir com o desenvolvimento da região
por intermédio de nossas filiais. Nosso objetivo hoje
é continuar firmando em todas as unidades nosso
compromisso na produção de roupas com qualidade,
levando conforto e beleza a todo o Brasil”, finaliza.
A Panini, líder mundial no setor de colecionáveis
e a multinacional também líder na publicação de qua-
drinhos, revistas para crianças e mangás na Europa e
na América Latina com exportação para mais de 110
países, atua de forma consistente no Nordeste brasi-
leiro desde o início de suas operações no Brasil, em
1989: “Entretanto, há alguns anos, temos percebido
Camiseta da Coleção Summer 2011 Malwee
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LICENSING BRASIL28
Hoje, a marca FoFo é líder de mercado com 28,2% de market share na região (dados ac nielsen jan/Fev 2010)
a maturidade do mercado nordestino Fez com que a Panini desenvolvesse o Plano “nordeste +
mais maturidade do mercado para novos investimen-
tos em produtos do segmento da editora”, revela
Marcio Borges, diretor de marketing e comercial da
companhia. Diante disso, a empresa possui um plano
chamado “Nordeste+”, de longo prazo, o qual está
sendo implantado de forma gradual, em fases. “No
entanto, no momento, por questões estratégicas, deta-
lhes do plano não podem ser divulgados”, afirma.
Já a Unilever, líder no mercado de amaciantes e
pioneira no desenvolvimento do produto concentra-
do, lançou em todo o Brasil, no ano passado, o novo
Fofo Concentrado. Grande iniciativa da empresa para
o meio ambiente, o produto foi desenvolvido dentro
de uma plataforma de sustentabilidade, atendendo
a três pilares: social, econômico e ambiental. Além
do lançamento de Fofo Concentrado, a Unilever ex-
pandiu a distribuição de Comfort Concentrado para
o Nordeste e Centro-Oeste. O investimento, no ano
passado, na subcategoria foi de R$
19 milhões. “Com o Fofo Concen-
trado, iremos acelerar o proces-
so de migração da categoria para
concentrados com uma opção
mais econômica para a consumi-
dora e com claros benefícios para
o meio ambiente”, diz Robert
Schermers, diretor de marketing
da área de Higiene e Limpeza
da Unilever. “O Nordeste é um
mercado muito importante para
a indústria e para a Unilever nesse
processo de conscientização para a migração. Hoje, a
marca Fofo é líder de mercado com 28,2% de market
share na região (dados AC Nielsen Jan/Fev 2010).”
Licenciada das bolsas, carteiras, malas e mochilas
das marcas Ana Hickmann, Charmmy Kitty, Monokuro
Boo, Princesas do Mar, entre outras, a Cordez fabrica
produtos para todo tipo de público no Brasil e na Amé-
rica Latina. Recentemente a empresa ganhou, pela se-
gunda vez, da Warner, o prêmio da melhor licenciadora
das marcas da companhia.
Os produtos da Cordez estão disponíveis nas prin-
cipais vitrines do Nordeste: “Trabalhamos muito bem
a linha de bolsas, mochilas, malas, carteiras, enfim,
conseguimos colocar praticamente todo nosso mix
de produtos à disposição do consumidor da região”,
revela Cloves Vieira, diretor comercial da empresa. O
crescimento de participação da companhia no merca-
do nordestino é constante: “Atendemos muito bem a
região e registramos crescimento contínuo a cada ano.
Temos hoje a Ana Hickmann como uma marca em evi-
Coleção Justin Bieber da Panini
Concentrado Frutal da Unilever
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LICENSING BRASIL30
RegistRamos um cRescimento na Região supeRioR a 30% em Relação ao ano passado
dência, assim como Pucca, Monokuro Boo, Paul Frank
e Charmmy Kitty”. Com relação a comercializados dos
itens, a empresa divide o Nordeste em três regiões dis-
tintas que, se somadas, já ocupam o quarto lugar em
vendas, segundo o diretor: “Registramos neste ano um
crescimento na região superior a 30% em relação ao
ano passado”.
Para driblar a fidelidade do consumidor diante
dos produtos de marcas regionais, a Cordez atua for-
temente na região: “Trabalhamos
muito junto aos nossos clientes
e aos nossos representantes
locais para saber o que o con-
sumidor espera de nossos
produtos. Alinhado a isso,
temos marcas de desejo
que agregam a nossos
produtos o diferen-
cial necessário para
que consigamos con-
quistar nossos clien-
tes”, analisa Cloves.
Com o objetivo de fidelizar
a marca, a companhia busca os melhores pontos
de vendas: “Nosso consumidor sabe que os produ-
tos Cordez são sinônimos de qualidade e respeito às
marcas de renome e aos consumidores. O resultado é
o crescimento contínuo ano a ano”, declara. Quan-
do indagado sobre as peculiaridades do consumidor
nordestino do ponto de vista comercial, o diretor é
categórico: “Exigência. Não podemos pensar que o
Nordeste é diferente do restante do País. Em vez disso,
o consumidor nordestino é tão ou mais exigente que
os demais”, finaliza.
Pioneiro no mercado na fabricação de marcas pró-
prias em todo o mundo, o Laboratório Boniquet
é uma empresa espanhola que nasceu no final dos
anos 1920, em Barcelona, com o objetivo de produzir
e distribuir produtos de qualidade
para o tratamento oral, higiene
pessoal e cosméticos com foco em dois
segmentos: marcas próprias e terceiriza-
ção. No Brasil, além de marcas exclusi-
vas, a empresa fabrica para grandes
redes de varejo, como Walmart,
Carrefour, DIA%, entre outros,
consolidando-se como a maior
fabricante de cremes dentais de
marca própria do País.
Toda a linha da companhia
está disponível no mercado nor-
destino, dos quais os mais ven-
didos são os cremes dentais e
os cosméticos que podem ser
encontrados em mais de 5 mil
pontos de vendas, de acordo com
Luiz Fernando Mantovani, gerente
comercial da Boniquet. O executi-
vo ainda revela que o Nordeste ocupa o segundo lu-
gar nas vendas da companhia quando analisadas por
região do País. Para atrair o consumidor fiel às mar-
cas regionais, o Laboratório Boniquet realiza diversas
ações: “Agimos de maneira muito atuante, já que traba-
lhamos com elementos de alta fidelização como qualida-
de, embalagens atrativas, presença no ponto de venda,
personagens fortes e de alto impacto, relacionamento e
exposição na mídia”, revela. Todas essas ações fizeram a
empresa crescer mais de 20% na região em 2010.
Mantovani ainda analisa as características do con-
sumidor nordestino: “É um público muito aberto a
novidades e a experimentação, que, com o ganho
de poder de renda adquirido nos últimos anos, vem
Mochila Pucca da Cordez Saboneteira Marie 250 ml do Laboratório Boniquet
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Mar/Abr 2011 31
Saboneteira Marie 250 ml do Laboratório Boniquet
Todas as ações realizadas pela BoniqueT para fidelizar a marca fizeram a empresa crescer mais de 20% na região em 2010
consumindo cada vez mais produtos de alto valor
agregado”. Para atender os desejos desse consumi-
dor, a Boniquet está ampliando sua força de distribui-
ção com novos representantes e distribuidores que
vêm trazendo novos clientes e aumentando a base de
clientes na região. Ainda segundo o gerente comer-
cial, há projetos da companhia destinados à região
nordeste, mas por estar em fase de pré-implementa-
ção não podem divulgar detalhes.
Hoje a Fakini figura entre as 10 principais indús-
tria do segmento de confecção de vestuário no Brasil,
sendo uma importante marca e referencial de merca-
do para lojistas, atacadistas e distribuidores. Com uma
estrutura voltada ao atendimento pleno do cliente, a
empresa vem apresentando grau de crescimento ele-
vado, ano a ano, buscando cada vez mais a consolida-
ção no mercado de moda nacional.
“A Fakini está presente em todos os estados da
região nordeste, onde destacamos
cada dia mais atenção em produtos
e coleções direcionadas. Os produtos
com maior aceitação nesse merca-
do são os vestidos femininos, para
o público de 4 a 10 anos de idade,
seja com a marca Fakini ou uma de
suas marcas licenciadas para essa fai-
xa etária. Para os meninos, a maior
demanda é nas camisetas e regatas,
com personagens licenciados, como
The Simpsons e Marvel Heroes, que
apresenta os super-heróis mais atra-
tivos ao consumidor infantil, como
Homem-Aranha, Hulk, Wolverine, Capitão América e
outros”, revela o diretor comercial da Fakini, Francis
Giorgio Fachini.
Segundo ele, atualmente mais de 1.200 pontos
de venda trabalham os produtos Fakini somente na
região nordeste: “Em três anos de trabalho mais in-
tensificado nessa região, pudemos perceber um gran-
de avanço, praticamente dobrando o faturamento de
2008 para 2010 e quase que triplicando o número de
clientes atendidos no mesmo período”, explica.
Quanto às vendas por região do Brasil, Fachini des-
taca que o nordeste fica atrás, apenas, da região su-
deste, onde a concentração de venda é maior: “Mas já
superou o Sul e o Centro-Oeste.”, declara. Para atingir
tal patamar e suplantar a fidelidade do consumidor
perante as marcas regionais, a Fakini aposta e oferece
diferencial: “Apresentamos produtos diferenciados,
não existentes nas indústrias locais. Outros atrativos
importantes que diferenciam a Fakini das empresas re-
gionais são os licenciamentos exclusivos da empresa.
Com isso, conseguimos alcançar um grau de satisfa-
ção muito alto dos consumidores nordestinos”.
Para realçar a marca Fakini nos estados nor-
destinos, uma série de ações é realizada conforme
conta Fachini: “São várias campanhas
comemorativas, principalmente nas
proximidades das festividades de São
João. Sorteios, brindes, parcerias junto
aos clientes lojistas, com campanhas
conjuntas de divulgação, premiação e
fidelização. Os resultados apontam su-
cesso, reflexo do crescimento de mais
de 85% no volume de vendas do ano
2010, em comparação a 2008, quando
iniciamos os trabalhos mais voltados
para a região nordeste”, revela. Quan-
do questionado sobre as característi-
cas do consumidor, o diretor analisa:
Linha Simpsons da Fakini
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32
Os resultadOs apOntam sucessO, reflexO dO crescimentO de mais de 85% nO vOlume de vendas dO anO 2010, em cOmparaçãO a 2008, quandO iniciamOs Os trabalhOs mais vOltadOs para a regiãO nOrdeste
estamOs abrindO uma fábrica da estrela em sergipe, em ribeirópOlis. cOm essa unidade fabril na regiãO, pretendemOs melhOrar a lOgística nas regiões nOrdeste e nOrte
“Entendemos como um novo consumidor que tem suas
particularidades, mas que muito se assemelha aos de-
mais estados do País. São consumidores mais atencio-
sos, mais fiéis às marcas e empresas que já trabalham”.
O executivo ainda observa a questão da distribuição:
“Há algumas dificuldades de logísticas pela precária
situação de algumas regiões nordestinas, pelas dis-
tâncias dos grandes centros e pela informalidade re-
gional”, ressalta.
Para finalizar Fachini conta sobre os planos da com-
panhia para o Nordeste: “Estamos trabalhando na cria-
ção de uma base da empresa no Nordeste, mas ainda
não concretizamos os estudos. O interesse da empresa
é criar um elo mais próximo ao lojista nordestino, agre-
gando valor ao atendimento. Definiremos essa estrutu-
ra no segundo semestre de 2011”, afirma.
Fundada em 1937, a Brinquedos Estrela tem sua
história de mais de 70 anos marcada pelo pioneirismo.
Começou como fábrica de bonecas de pano e carrinhos
de madeira e, em poucos anos, acompanhando a evolu-
ção industrial do País, passou a ser uma indústria auto-
matizada e a produzir brinquedos também de plásticos,
metal e outros materiais. Desde a primeira boneca, a Es-
trela já produziu mais de 25 mil brinquedos diferentes,
num total de mais de 1,2 bilhão de unidades que foram
distribuídas em todo o País.
Os produtos da Estrela estão disponíveis para o con-
sumidor nordestino em mais de mil pontos de venda:
“Os consumidores da região nordeste são muito astu-
tos e têm algumas características peculiares. Por exem-
plo, exercitam a relação tamanho x preço dos produ-
tos. Apreciam brinquedos grandes, com apresentação
imponente e preço convidativo”, revela o diretor de
marketing da Estrela, Aires Leal Fernandes.
Quanto à liderança de mercado de algum brinque-
do da marca, Fernandes destaca que a região seguiu
o restante do País no ano passado ao colocar o Su-
per Banco Imobiliário como campeão de vendas. No
ranking de vendas por região do Brasil, o Nordeste,
segundo o executivo, está logo atrás do Sudeste e do
Sul. O trabalho da companhia com foco no consumidor
nordestino é constante: “Efetuamos trabalhos localiza-
dos com promoções direcionadas ao público da região,
além de eventos ligados à demonstração de produtos e
recreações”, conta Fernandes.
O olhar atencioso da empresa na região traz uma
importante notícia mercadológica: “Estamos abrindo
uma fábrica da Estrela em Sergipe, em Ribeirópolis.
Com essa unidade fabril na região, pretendemos me-
lhorar a logística nas regiões Nordeste e Norte”, revela.
Super Banco Imobiliário da Estrela
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Mar/Abr 2011
A AceitAção dos produtos tilibrA no nordeste é muito boA em rAzão do longo período com o quAl nossA empresA reAlizA negócios nA região
o nordeste ficou, em 2009, com 11,9% dA fAtiA dA produção dA foroni e, em 2010, o percentuAl subiu pArA 15,9%
A Tilibra,
que há 80 anos
escreve uma his-
tória de valor, é a marca líder e
maior fabricante de cadernos do
País. A empresa também atua no mercado
de material escolar, agendas, linha casa e escritório que
está presente em estabelecimentos como papelarias,
livrarias e outros.
Segundo Wagner Jacob, diretor comercial da com-
panhia, a atuação na região é de longa data: “A acei-
tação dos produtos Tilibra no Nordeste é muito boa em
razão do longo período com o qual nossa empresa re-
aliza negócios na região”. Ainda de acordo com o dire-
tor, são muitos os pontos de venda de artigos Tilibra no
Nordeste: “De maneira geral, os produtos podem ser
encontrados nas mais diversas papelarias, supermerca-
dos, atacadistas e grandes varejistas”. A linha de itens
oferecidos vai de encontro ao desejo de consumo: “O
consumidor nordestino tem como uma de suas carac-
terísticas o gosto por produtos coloridos e com design
inovador, o que vem ao encontro do processo de cria-
ção e desenvolvimento dos produtos Tilibra”, finaliza
Wagner Jacob.
Também atuante no segmento escolar, a Foroni
oferece à região nordeste o mix completo: “As linhas
próprias, como Amigas para Sempre, Judy e Jump, têm
excelente aceitação no mercado nordestino. Entre os
licenciados, podemos destacar Moranguinho, Barbie,
Pucca, Shrek, Flamengo e Hot Wheels”, revela a dire-
tora de marketing, Marici Foroni. A companhia atende
de forma direta mais de 730 pontos de vendas na região
nordeste: “Ainda contamos com nossos produtos em to-
das as redes de varejo como Lojas Americanas, Carrefour,
Extra, Bom Preço, G Barbosa entre outras”, afirma.
Ainda de acordo com a diretora, a Foroni é bem rece-
bida pelo consumidor dos estados nordestinos: “Podemos
dizer que, no segmento de produtos
licenciados, somos líder de mercado
em todos os esta-
dos do Nordeste.
Temos, hoje, as
principais licenças
brasileiras. Agora,
quando falamos
em produtos
commodities,
esse cenário
muda em virtude
de alguns fabricantes
locais e de outros que
direcionam toda sua
produção para essa região do
País, focando seu trabalho apenas em “preços baixos”,
analisa.
O Nordeste ficou, em 2009, com 11,9% da fatia da
produção da Foroni e, em 2010, o percentual subiu para
15,9%. Para conquistar cada vez mais o consumidor, a em-
presa investe na informação: “Realizamos um trabalho jun-
to aos comerciantes, por meio de nossos representantes e
promotores, levando informações atualizadas sobre novos
produtos e licenças, pois entendemos que o consumidor
tem acesso cada vez maior às tendências globais e percebe-
mos que ele está mais aberto às novidades também”.
Alguns itens da linha Menininhas da Tilibra
Fichário Monster High da Foroni
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capa
LICENSING BRASIL34
Há cerca de 50 anos no mercado, o Grupo Ma-
ratá abastece grande parte dos estados brasileiros
e possui filiais no Pará, no Pernambuco, no Ceará,
no Piauí, no Rio Grande do Norte, no Maranhão,
na Bahia e no Distrito Federal. É composto por
um conglomerado de empresas atuantes nos
mais variados segmentos do mercado, tais como:
alimentos, agronegócios (pecuária e citricultura),
descartáveis e embalagens plásticas, construção
civil, exportação, dentre tantos outros. Tem hoje
uma das maiores e mais modernas fábricas de
café do Brasil.
Segundo dados da última pesquisa ABIC (As-
sociação Brasileira da Indústria de Café), o grupo
é o terceiro maior torrefador de café do
Brasil, sendo também detentor do Selo de
Pureza da ABIC, o qual atesta a pureza do
café torro e moído.
A forte predisposição da
empresa em conquistar di-
ferentes consumidores fez a
companhia ampliar seu mix
de produtos, para além das
linhas de cafés. São ado-
çantes, chás, achocolatados, refrescos em pó, sucos
tropicais, molho de pimenta gota, molho inglês, vina-
gres, condimentos, milhos de pipoca, canjica, especia-
rias e uma série de outros itens.
Tendo uma produção contínua e uma logística de
distribuição eficiente, a empresa mantém seu estoque
sempre em movimento, encaminhando os produtos
Maratá Brasil adentro.
Uma das maiores empresas exportadoras de
sucos concentrados do Nordeste brasileiro
Localizada no distrito industrial de Estância, em
Sergipe, a Maratá Sucos iniciou suas atividades no ano
de 2000, quando o Grupo JAV (José Augusto Vieira)
adquiriu uma tradicional fábrica de sucos concentra-
dos e congelados.
A empresa vem, desde então, investindo na mo-
dernização de seu parque industrial e, hoje, conta
com uma das mais modernas plantas de extração de
toda a América Latina, sendo especialista na fabrica-
ção de sucos concentrados e congelados de laranja e
frutas tropicais, além de outros derivados cítricos.
A companhia atende a grandes, médios e pequenos
engarrafadores ao redor do mundo. Seus principais des-
tinos são: Holanda, França, Inglaterra, Itália, Alemanha,
Espanha, Israel, Áustria, Colômbia, Ucrânia e Turquia.
Alguns itens da linha Maratá
Maratá: Marca regioNal de destaqUe
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LICENSING BRASIL
Licenciadores: estratégias para a região
nordeste
A Mauricio de sousa produções (MSP) atua na
divulgação de suas marcas, seus personagens no mer-
cado nordestino desde a década de 1990 com grande
desempenho na área de entretenimento e promocional.
Segundo a direção da MSP, as cidades de Fortaleza, Re-
cife, Salvador, Maceió, Natal entre outras já receberam
os shows da Turma da Mônica e os espaços temáticos.
O consumidor nordestino, de todas as classes sociais,
está consumindo mais de diversas categorias de produto
e serviço. Além disso, está migrando para novas catego-
rias, com maior nível de exigência em relação à qualida-
de, de acordo com a direção da empresa quando ques-
tionada sobre os desafios e as facilidades em trabalhar
com o consumidor nordestino. “O consumidor de baixa
renda vem crescendo em consumo num percentual ain-
da superior, em função da base histórica menor. Isso está
ocorrendo em razão dos programas sociais como o Bolsa
Família, além dos altos investimentos estruturadores e
nas grandes empresas que vêm instalando-se na região,
gerando mais empregos e renda. Esse fenômeno, que
ocorre em todo o Brasil, no Nordeste é mais impactan-
te. Essa mudança econômica e social se transforma num
estimulante desafio para as empresas de bens de con-
sumo. As metas consistem em oferecer produtos que
superem a relação de custo e benefício dos concorren-
tes, transmitindo acima de tudo muita confiança”,
analisa a direção.
Segundo a MSP, o consumidor da região perce-
be o valor agregado nos produtos: “Se o consumi-
dor confia na marca ou conhece um produto que
lhe traga mais benefícios que o concorrente a um
preço que ele pode pagar, ele provavelmente passa-
rá a tê-lo no leque de opções de recompra”.
A companhia afirma que o consumidor busca
marcas que confia: “Não adianta um produto ser
mais barato se não atende as expectativas do con-
sumidor. Além das marcas nacionais tradicionais,
existem empresas e marcas de origem nordestina
de extrema qualidade e profissionalismo, muitas
delas que convivem com as famílias do Nordeste há
décadas. O licenciamento da Turma da Mônica se
insere perfeitamente nesse mercado, pelo vínculo
afetivo passado de geração para geração e pela alta
credibilidade que possui, cujos personagens con-
vivem na região há meio século. Por essas razões,
agregam ainda mais valor às empresas regionais,
possibilitando a ampliação do volume de vendas e a
expansão da distribuição”. Prova disso é a parceria
da Mauricio de Sousa com a Full Marcas e a Infinity,
que estão desenvolvendo negócios na área de licen-
ciamento e promoções com empresas do Nordeste
que em breve serão divulgadas.
eMpresas nordestinas LicenciadasturMa da Mônica
empresa: Renovare Upanema agropecuária Ltda.produto: Melancia Baby da MagaliLicenciado desde 2009Localização: Mossoró – RNsegmento: alimentício
empresa: VKB artefatos de Látex Ltda. (Latoy)produto: bonecos em látexLicenciado desde 2003Localização: Salvador – Basegmento: brinquedos
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Empresa: EstrelaProduto: biscoitos, bolos e salgadinhosLicenciado há 2 anosLocalização: Maracanaú- FortalezaSegmento: alimentício
Empresa: Vale DouradoProduto: refrigeradosLicenciado há 2 anosLocalização: Maceió - AlagoasSegmento: alimentício
Empresa: MalloryProduto: utensílios de belezaLicenciado há 1 anoLocalização: Fortaleza - CearáSegmento: cuidados pessoais
Empresa: Master GlassesProduto: armações, óculos de sol e acessórios para óculosLicenciado há 9 anosLocalização: Lauro Freitas - BahiaSegmento: acessórios ópticos
ALgumAS dAS EmPrESAS nordEStinAS LicEnciAdAS diSnEy
O Nordeste é foco da Walt disney Brasil desde meados de
2008. Para isso, foi criada uma estratégia integrada para aumentar
a presença na região e até contrataram uma gerente de vendas lo-
cal para ajudar a identificar e explorar novas oportunidades. “Nes-
tes anos a empresa já fez dois grandes eventos na região. Com a
visita de seus executivos as cidades de Fortaleza, Recife e Salvador
a empresa já mostrou ao mercado local toda a sua gama de produ-
tos disponíveis e em outro momento apresentou pela primeira vez
as principais franquias Disney e Marvel, seus grandes lançamentos
para cinema, planos dos canais Disney, oportunidades promocio-
nais e as novidades para as regiões (Norte e Nordeste) em 2011”,
explica Andrea Salinas, diretora de marketing da companhia.
Segundo a diretora de marketing, os resultados obtidos são
excelentes: “Além de contratos com empresas locais como a fabri-
cante de biscoitos Estrela, entre outras, também tivemos a oportu-
nidade de estreitarmos ainda mais nossas negociações com redes
de varejo local por meio das apresentações de oportunidades e
ações com varejistas locais que resultaram em promoções de Dia
das Crianças e prospects para áreas Disney e ações em 2011”.
A diretora ainda aponta que, sem dúvida, os desafios são as pe-
culiaridades da região e do perfil dos consumidores: “Esses consumi-
dores gostam de cores fortes e sabores intensos, buscam produtos
feitos para eles com identificação explícita do Nordeste brasileiro e
são fiéis às marcas com as quais se identificam. As facilidades de tra-
balhar com esse consumidor é que são pessoas alegres que dão mui-
to valor ao entretenimento, e essa é a essência da Disney em todos
os produtos e ações que oferece”, afirma Salinas. Para a companhia,
o consumidor do Nordeste percebe claramente o valor agregado do
licenciamento: “Podemos garantir isso pelos resultados de vendas
que nossos licenciados reportam”, explica.
Para lidar com a característica de que o consumidor nordes-
tino é muito fiel às marcas regionais, a companhia investe em
parcerias locais, conforme conta a diretora: “A empresa lida com
essa realidade por intermédio de negociações com fabricantes e
redes de varejo locais trazendo a magia que só a Disney pode
oferecer e o expertise regional que as empresas locais possuem”.
Com relação a futuros projetos, Salinas finaliza: “Em virtude de
consolidar cada vez mais a expansão dos negócios da Disney no Nor-
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deste, estamos sempre em busca de novas oportunida-
des e projetos na região”.
Com o objetivo de desenvolver e coordenar ações
para os três públicos-alvo: o trade local (varejo), a in-
dústria local e o consumidor nordestino, a Warner
Bros. Consumer Products Brasil inaugurou em ou-
tubro de 2010 um escritório em Recife (PE) para o qual
destinou uma gerente regional de São Paulo. “Uma
de suas atribuições está sendo a realização de pales-
tras para desmitificar o trabalho de licenciamento e
torná-lo mais conhecido, forte e presente na região.
A gerente terá autonomia para trabalhar os projetos
locais, sendo responsável pelo desenvolvimento do va-
rejo e pelas parcerias com agências locais que possam
atender nossa demanda”, explica Marcos Bandeira de
Mello, gerente-geral da WBCP Brasil.
De acordo com o gerente-geral, essas parcerias re-
gionais são fundamentais para atingir os objetivos:
“Também, nessa primeira etapa, fizemos contato com os
atuais parceiros de São Paulo, que configuram uma base
de mais de 200 empresas. Para aquelas que já distribuem
no Nordeste, estamos oferecendo um amplo suporte de
modo a estimular que elas promovam ações de venda ex-
clusivas para a região”, revela. A companhia iniciou 2011
com uma ação de Volta às Aulas em diversos varejistas do
Nordeste: “Promovemos atividades e entretenimento nas
lojas e com uma equipe de promotores local oferecendo
suporte a exposição de nossas marcas e produtos licencia-
dos no varejo. Também inauguramos em janeiro o evento
de férias Torneio Maluco Looney Tunes no Shopping Gua-
rarapes em Pernambuco”, afirma Mello.
Para compreender os desafios e as facilidades em tra-
balhar com o consumidor nordestino, a WBCP realizou
uma pesquisa qualitativa com a Play Consultoria que con-
firmou a carência e o desejo dos nordestinos por produ-
tos com personagens. “Como a TV aberta é muito forte
no Nordeste, nossos desenhos (todos exibidos pelo SBT)
têm forte abrangência na região. Como consequência, os
personagens são adorados pelas crianças, que assistem
diariamente às aventuras de grandes ícones da Warner,
como Scooby-Doo, Tom & Jerry, Pucca, Liga da Justiça,
Penélope Charmosa e Looney Tunes. Por esse motivo,
toda atividade, produto ou evento licenciado é muito
bem-recebido pelos clientes. O maior desafio é adequar
esses projetos à realidade cultural do mercado nordesti-
no, principalmente no que diz respeito à customização de
artes, lay-outs e cores”, analisa o gerente-geral.
Segundo Mello, o consumidor da região percebe o
valor acrescentado nos produtos: “Para os consumido-
res, os personagens, além de agregarem valor, reforçam
a questão da confiança e da qualidade. Identificamos esse
desejo latente em diversas pesquisas encomendadas na re-
gião com alguns institutos, como Play e Millward Brown”.
Quanto à fidelidade do consumo de marcas regionais, a
WBCP trabalhará a regionalidade e a cultura de cada es-
tado em qualquer desenvolvimento de produto ou ação
sob a coordenação da gerente local: “Também desenvolve-
remos style guides (guias de estilo) exclusivos para atender
a demanda da região, que possui hábitos e comemorações
muito específicas. As festas de São João, por exemplo, são
muito fortes na região e sem grande expressividade no resto
do País. Por meio desses guias de estilo, os consumidores
locais podem ver seus adorados personagens em situações
tipicamente nordestinas, uma grande aposta da WBCP”.
De acordo com Mello, a meta da companhia é atuar
mais próximo das empresas regionais e consequentemente
ampliar a carteira de clientes: “Como resultado desses in-
vestimentos, esperamos que o Nordeste passe a represen-
tar de 10% a 15% do faturamento em até 3 anos”, revela.
Outdoor do Bloco Happy em parceria com a Warner Bros.
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A mais recente novidade da WBCP foi realizada no
Carnaval. Pela primeira vez um personagem de anima-
ção infantil desfilou no Carnaval de Salvador. Os Loo-
ney Tunes foram atração do Bloco Happy nos dias 4 e 5
de março e dividiram o trio elétrico com Eliana, Netinho
e Tio Paulinho: “Os personagens apresentaram um po-
cket show de músicas infantis em ritmo de Carnaval.
O Bloco Happy, tradicional bloco infantil de Salvador,
atrai todos os anos mais de 3.500 foliões, percorrendo o
mesmo trajeto que os blocos adultos. A parceria incluiu
a inserção da marca Looney Tunes em todo o plano de
mídia do Bloco Happy, que compreendeu 10 outdoors,
20 busdoors, 30 mil folhetos, 150 inserções em rádios
(Rádio Metrópole, Rádio Itapuã e Band FM), banners nos
cinco Parquinhos do Tio Paulinho (localizados nos me-
lhores bares de Salvador), comunicação interna do Shop-
ping Barra e material de divulgação em todas as lojas da
Central do Carnaval. Além disso, os personagens foram
estampados na arte do abadá que seguiu o tema deste
ano: sustentabilidade”.
Auxílio aos licenciados que realizam trabalho estra-
tégico de desenvolvimento de mercado para a região
nordeste é o foco da Redibra: “Buscamos auxiliá-los nos
aproximando das redes de varejo regionais para desenvol-
ver ações promocionais que aumentem o sell out de
produtos”, revela David Diesendruck, diretor da
companhia.
“No último Dia das Crianças tra-
balhamos com uma ação de Ben10
nas lojas da Planeta Brinquedo, onde
o consumidor na compra de produ-
tos ganhava uma geleca colecioná-
vel do Ben10 e dos Aliens. O sucesso
foi grande. Desde a negociação e
parceria total com a Planeta Brinque-
do até a implementação e o compro-
metimento da equipe de loja com a
promoção”, avalia Diesendruck.
Segundo o diretor, a proposta é continuar a desen-
volver as ações no varejo dessa região, ampliando para
outras categorias de produto: “Para o calendário promo-
cional de 2011 negociaremos ações de férias e Dia das
Crianças nessa região, aumentando o número de perso-
nagens trabalhados”, finaliza.
Ação Ben 10 nas lojas da Planeta Brinquedo
PukETAbertura das lojas: 1988Nº de lojas no Brasil: 90Nº de lojas no Nordeste: 16
O vaRejO atentO à fidelizaçãO
Desde 1988, a Puket conquista consumidores por
todo Brasil com originais e divertidas coleções de linge-
ries, pijamas, meias e acessórios. A marca combina qua-
lidade e design à irreverência e à criatividade, traduzindo
ao mercado criações originais e exclusivas. De 2008 a
2010, a rede dobrou o número de lojas pelo Brasil, que
hoje somam cerca de 90 estabelecimentos.
Os produtos da Puket estão disponíveis para o con-
sumidor do Nordeste. Hoje, são 16 lojas na região e a
categoria que mais vende é a de meias com 52% do fa-
turamento e logo em seguida lingerie com 28%, segundo
o diretor Cláudio Bobrow. “Num ranking de vendas da
companhia, por região do País, o Nordeste fica em 3°
lugar, perdendo apenas para o Sudeste e o Sul”, afirma.
A Puket busca fidelizar o cliente, por meio de lan-
çamentos de produtos, ações no ponto de venda e
nos meios de comunicação, além de fazer um trabalho
de mídia regional, com encartes em jornais e revistas
da região e mídia externa, segundo o diretor. Quanto
às peculiaridades do consumo, Bobrow explica: “Te-
mos uma grande venda para crianças de 0 a 5 anos,
principalmente na categoria de meias, e uma venda
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relevante para mulheres com mais de 25 anos na
categoria de lingerie”. Com relação à distribuição,
não há diferenciação: “Seguimos o mesmo padrão
de distribuição para todas as franquias”, finaliza.
Desde 1995 no mercado varejista brasileiro, o
Walmart tornou-se referência de preços baixos, ino-
vação, sortimento, sustentabilidade e investimento
social no Brasil. Está presente hoje com 480 lojas,
em 18 estados, além do Distrito Federal, com as ban-
deiras de hipermercados, supermercados, lojas de
vizinhança, atacado e o clube de compras. A rede
também opera 302 farmácias no País e oito postos
de combustível, além do site de compras com abran-
gência nacional.
No Nordeste, o Walmart está presente nos nove
estados da região, totalizando 197 lojas: “Somos uma
empresa de atuação por meio de multiformatos, ou
seja, temos um formato de loja para determinados ti-
pos de consumidores, o que nos dá a possibilidade de
nos adequarmos ainda mais aos gostos e às necessi-
dades de nossos clientes. Além disso, cada unidade
procura oferecer aquilo que o consumidor daquela
região busca. Os consumidores do Nordeste, assim
como os das demais regiões, possuem gostos, costu-
mes, hábitos de consumo próprios. É claro que esta-
mos atentos a isso e procuramos oferecer o que eles
buscam”, conta Eduardo Laranja, vice-presidente de
Supermercados do Walmart Brasil.
Para atender o consumidor, a empresa tem na
região nordeste dois escritórios comerciais (Bahia e
Pernambuco), onde os compradores estão sempre a
postos para procurar e negociar produtos da regio-
nal para serem vendidos nas lojas: “Além dos dois
escritórios comerciais, os demais estados nordestinos
contam com equipes de compradores que têm essa
missão: entender ainda mais o gosto do consumidor
local e buscar produtos que atendam a esses gostos, a
esses hábitos regionais”, relata o vice-presidente.
Segundo Laranja, ainda sobre as preferências de con-
sumo no Nordeste, em Alagoas um produto bastante con-
sumido pelos clientes é o vinagre condimentado de 900 ml
que é produzido na região: “A popularidade dele é tanta
no estado que um dos principais concorrentes precisou
criar um similar para ganhar mercado”, afirma. Outra es-
pecificidade é o café que, no Ceará, é mais consumido à
vácuo, em Alagoas a procura é maior pelo café almofada
(nome dado por conta do formato da embalagem). “Tam-
bém podemos citar o caso do arroz. No Piauí, a preferên-
cia é pela embalagem no tamanho de cinco quilos. Em
Sergipe, os clientes optam mais por leite em pó instantâ-
neo, na Bahia, o que sai mais é o leite em pó integral. As
manteigas e margarinas em geral possuem mais sal aqui
no Nordeste do que nas demais regiões do País, e os io-
gurtes em sacos plásticos também são produtos que não
podem faltar em nossas gôndolas do Nordeste”, revela.
Quanto à preferência pelo produto de marca regio-
nal, o vice-presidente explica: “Muita gente gosta de
valorizar o que é de sua terra, e isso não seria diferente
no Nordeste. Temos um forte programa de desenvolvi-
mento de fornecedores local justamente para alavancar
a indústria da região e potencializar a oferta desses pro-
dutos em nossa loja. Até mesmo em nossos materiais de
divulgação (tabloides, por exemplo) fazemos questão de
sinalizar quando um produto ou uma empresa são re-
gionais”. O Walmart conta hoje com cerca de 1,5 mil
fornecedores regionais localizados no Nordeste: “Eles
nos fornecem desde frutas, verduras, produtos de mer-
cearia até produtos de higiene e limpeza, passando por
colchões, roupas e utilidades domésticas. Ou seja, nossos
fornecedores regionais estão em todas as nossas seções.
Até mesmo, estão entre nossos fornecedores de produ-
tos de marca própria”.
WALMArT BrASiL Abertura das lojas: 1995Nº de lojas no Brasil: 480Nº de lojas no Nordeste: 197
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LICENSING BRASIL42
O trabalho de fidelização da rede está centrado
na política de Preço Baixo Todo Dia. Em janeiro des-
te ano, implementaram nas lojas do Brasil a filosofia
de negócio da empresa em todo o mundo: o Preço
Baixo Todo Dia. “Fizemos uma rebaixa de mais de 2
mil produtos, e esses preços permanecerão baixos por
semanas ou meses, diferentemente do que a concor-
rência faz hoje em dia no Brasil, que são as ofertas de
ocasião. Nas próximas semanas, esse número de 2 mil
produtos com preços melhores vai aumentar. Ou seja,
levaremos gradativamente a política do Preço Baixo
Todo Dia para todos os produtos das lojas”, revela.
Com preços mais baixos válidos por períodos mais
longos (semanas ou meses), o Walmart acredita numa
relação de transparência e confiança com o consumi-
dor, que terá mais liberdade para fazer suas compras
em qualquer dia da semana, o que também beneficia
a gestão das lojas e o gerenciamento dos estoques por
partes dos fornecedores. “O Preço Baixo Todo Dia per-
mite ao cliente fazer as compras quando ele desejar,
e não quando o varejista quer que ele faça. Dessa for-
ma, ganha o cliente, com mais liberdade de compra; o
fornecedor, com mais previsibilidade de demanda; e o
Walmart, com aumento no volume de vendas”.
De acordo com Laranja, há projetos que começa-
ram na região nordeste e que pelo sucesso acabaram
sendo levados para outras áreas do País: “Um exem-
plo é o programa Cliente Consciente Merece Crédito,
pioneiro no varejo nacional. As unidades do Nordeste
colocaram em prática no final de 2009 esse programa
de incentivo ao consumo consciente. O cliente que
não utilizar sacolas plásticas, na hora de embalar seus
produtos, recebe um desconto no pagamento de suas
compras. O abatimento é de R$ 0,03 (três centavos)
a cada cinco itens comprados, o que equivale ao cus-
to integral de cada sacola plástica. Apenas durante a
fase inicial (vigorando nas lojas do Nordeste), o pro-
grama gerou uma economia de 1 milhão de sacolas
plásticas, repassando mais de R$ 35 mil em descontos.
Em abril ainda de 2009, essa dinâmica chegou às lojas
do Walmart no Sul. De lá pra cá, já foi dado mais de R$
1,1 milhão em descontos para clientes, o que representa
mais de 37,6 milhões de sacolas plásticas a menos no
meio ambiente”.
Projetos e investimentos mostram a importância da
região para a rede: “Trata-se de um ponto estratégico
para o Walmart. Das 480 lojas da empresa no País, qua-
se 200 estão na região Nordeste. O Walmart chegou ao
Nordeste em 2004 com a aquisição das lojas Bompreço
e Hiper Bompreço. Em 2004, eram 118 lojas desses dois
formatos. Nos últimos seis anos, o Walmart Brasil já in-
vestiu R$ 1,6 bilhão na abertura de 79 novas lojas e na
reforma de 100 unidades existentes. Também ampliou
em mais de 20% o número de funcionários, chegando a
25 mil pessoas. Para este ano, a região continuará a ser
alvo dos planos de expansão da empresa, recebendo mais
investimentos em novas lojas”, finaliza.
A PBKIDS Brinquedos, rede especializada em brin-
quedos, presente no mercado nacional há mais de 16
anos, conta com 54 lojas que possuem um mix de mais
de oito mil produtos, entre eles 60% importados e 40%
nacionais. Presente nas principais cidades do País, sete lo-
jas da rede estão localizadas na região nordeste do Brasil:
duas em Salvador, Bahia, uma em Aracaju, Sergipe, duas
no Recife, Pernambuco, uma em Maceió, Alagoas, e uma
em São Luís, no Maranhão.
O objetivo da PBKIDS é manter um mix completo de
produtos em todas as lojas da rede. No entanto, o depar-
tamento comercial da rede realiza os ajustes necessários
para que consiga atender as expectativas de acordo com
o perfil de cada loja da rede: “Existe uma segmentação
não apenas por região, mas também por perfil de loja. No
próprio Nordeste, temos duas unidades na mesma cidade
que possuem características e clientes com perfis diferen-
tes, fazendo com que ajustemos o mix e o volume de
cada linha à característica de cada loja. Apesar disso, de
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Mar/Abr 2011 43
uma forma geral, percebemos uma maior tendência
das lojas do Nordeste no consumo de algumas cate-
gorias em maior volume do que as outras, por exem-
plo, a linha de Figuras em Ação e Bonecas”, explica
Renato Floh, gerente-geral da rede.
Outra peculiaridade em relação ao consumidor
nordestino, relatada pelo diretor, é o fato de, princi-
palmente no período de pico, acabarem deixando as
compras para última hora: “Dessa forma, nos perío-
dos de Dia das Crianças e Natal, as lojas do Nordeste
acabam tendo uma venda muito mais forte do que a
média da rede nos últimos dias, mais perto das datas
festivas”, analisa.
Ainda de acordo com Floh, a PBKiDs está presen-
te em diversos estados da região nordeste há muitos
anos e, com isso, já se tornou referência no mercado
varejista da região: “sendo assim, não chegamos a
perceber nenhuma rejeição à marca PBKiDs ou even-
tual dificuldade em sua penetração ou no resultado na
região. Além disso, acreditamos que exista na região
também, assim como em outras, o fator aspiracional.
Ou seja, existem diversos consumidores que já conhe-
cem a PBKiDs de outras regiões, assistem a comerciais
da rede na televisão e têm uma vontade muito grande
que uma rede do porte da PBKiDs com sua qualidade,
seu mix de produtos e atendimento, tenha uma loja
na região. Tivemos um exemplo disso, recentemente,
em são Luís do Maranhão, onde inauguramos mais
uma franquia da rede em grande estilo e com ótima
receptividade da população local”.
Para fidelizar o consumidor, a rede investe no treina-
mento de seus funcionários para que ofereçam o melhor
atendimento do mercado e busca oferecer o melhor mix
de produtos possível: “Além disso, no momento, esta-
mos trabalhando no lançamento de um novo programa
de relacionamento, por meio do qual conseguiremos tra-
tar nosso público de forma mais segmentada, avaliando
diversos fatores como: região, faixa etária, categorias e
licenças de maiores interesses etc. Dessa forma, acredita-
mos que conseguiremos diferenciar nossos clientes ainda
mais, atendendo à expectativa de cada um deles”, revela.
A distância dessa região dos principais centros de distri-
buição (CDs) dos distribuidores cria, sim, uma dificuldade,
segundo o gerente-geral: “Os produtos demoram mais para
chegar às lojas do Nordeste. Entretanto, nossas entregas
são feitas por nossos fornecedores que já possuem diversos
clientes na região e com isso acabam minimizando essa di-
ficuldade”, afirma.
Em 2010 todas as unidades juntas representaram mais
de 10% do faturamento total da rede, sendo que duas
das sete lojas existentes na região foram inauguradas no
decorrer do ano passado. “Temos uma grande expecta-
tiva em relação ao crescimento da rede para o Nordeste,
não apenas em função do potencial faturamento, mas
também no que diz respeito ao fortalecimento da marca
no Brasil”, avalia Floh que revela a abertura de uma gran-
de loja PBKiDs em salvador, em 2012.
Oportunidade crescente
Diante de todas as informações obtidas, ficam claras
as oportunidades para todos os segmentos da indústria
nacional, bem como as possibilidades de trabalhar as
marcas e os produtos nos pontos de venda. As empresas
mais atentas já focam parte de seus esforços para ganhar
share nos estados nordestinos. Os resultados e os inves-
timentos cada vez maiores, apontados na matéria, evi-
denciam que este é apenas o começo e que certamente
há muito a ser empreendido diante do novo patamar de
consumo da região nordeste do Brasil.
PBKiDs BRiNquEDOsAbertura das lojas: Há mais de 16 anosNº de lojas no Brasil: 54Nº de lojas no Nordeste: 7
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PáscoaConfira o que vem por aí...
Ovo de Páscoa RestartFabricante: exclusividade Casa & Video.
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Mini Bella Páscoa + Ovos de Páscoa (4 tipos) – Scooby Doo e Looney Tunes Fabricante: Village.Agente: Warner Bros.Distribuição: Nacional. Disponível nas grandes redes, lojas de pequeno porte e alguns empórios pelo País.
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45Mar/Abr 2011
Ovo de Páscoa Moranguinho(Brinde: brilho labial)Fabricante: Nestlé.Agente: Exim.Distribuição: Hipermercados, supermercados, redes especializadas, lojas de departamentos e conveniências.
Ovo de Páscoa Enrolados (160g)Fabricante: Arcor do Brasil.Agente: Disney. Distribuição: Mercados em geral.
Ovos de Páscoa Dick Vigarista e Muttley (2 tipos – tamanho 15)Fabricante: Produto exclusivo da Casa & Video (Oficina do Cacau).Agente: Warner Bros.Distribuição: Casa & Video.
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Ovo de PáscoaTurma da MônicaFabricante: Arcor do Brasil.Agente: Mauricio de Sousa Produções.Distribuição: Em todo o Brasil.
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Ovo de PáscoaMarvel Heroes (150 g)Fabricante: Arcor do Brasil.Agente: Disney.Distribuição: Mercados em geral.
Ovos de Páscoa da Pucca (Tamanhos 12 e 15)Fabricante: Garoto.Agente: Warner Bros.Distribuição: Nacional.
Ovo de Páscoa doPatati PatatáFabricante: Arcor do Brasil.Agente: Kasmanas.Distribuição: Varejo em geral.
Ovo de PáscoaPhineas & Ferb (230 g)Fabricante: Neugebauer. Agente: Disney.Distribuição: Supermercados, hipermercados, lojas de conveniência, distribuidores e atacados, tais como: Walmart, Zaffari, Center Shop, Imec, Coml Zaffari, Guanabara, Krolow, Treichel, Gecepel e Angeloni.
Ovo de PáscoaPica-Pau (160 g)(Brinde: miniaturacom movimento)Fabricante: ExclusividadeLojas Americanas.Agente: Exim.Distribuição: Lojas Americanas.
LICENSING BRASIL46
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Ovo de Páscoa Shrek(Brinde: caneca do Shrek;espirra-água)Fabricante: Lacta.Agente: Exim. Distribuição: Hipermercados, supermercados, redes especializadas, lojas de departamentos e conveniências.
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Mar/Abr 2011
Ovos Os Jovens Titãs(3 tipos: 45 g, 80 g, 170 g)Fabricante: Exclusividade Makro(Cepam/Baldaracci).Agente: Warner Bros.Distribuição: Makro Atacadista.
Ovo de Páscoa Mickey Mouse Club House
(80 g/160 g e Mini Ovos 96 g)Fabricante: Top Cau.
Agente: Disney.Distribuição: Carrefour.
Ovos Penélope Charmosa(2 tipos: 120 g e 160 g)Fabricante: Cacau Show.Agente: Warner Bros.Distribuição: Rede Pão de Açúcar eExtra Supermercados.
Ovo de Páscoa Pinguins(Brinde: miniaturas colecionáveis)Fabricante: Arcor do Brasil.Agente: Exim.Distribuição: Hipermercados, supermercados, redes especializadas, lojas de departamentos e conveniências.
Ovo de Páscoa Thor (160 g)Fabricante: Top Cau.
Agente: Disney.Distribuição: Walmart.
47
Ovo de Páscoa Ariel (170 g)Fabricante: Top Cau.
Agente: Disney.Distribuição:
Lojas Americanas.
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LICENSING BRASIL48
Novos Negócios
Turismo: na onda dos personagens
No final de janeiro, a Walt Disney surpreen-
deu a todos com mais uma novidade, ao
inaugurar seu novo navio de atrações. Des-
sa vez, somou à sua frota o “Disney Dream”, avaliado
em US$ 900 milhões.
Há anos, a companhia tem movimentado a indústria
do turismo por meio das atividades de seus parques. Com
os cruzeiros, a Disney ampliou suas atividades e lançou
um modelo de turismo para o público infantojuvenil.
O novo navio fez sua viagem inaugural em janeiro,
de Porto Canaveral ao Caribe. Esta é a maior embarca-
ção da frota, até que esteja pronto o “Disney Fantasy”
no próximo ano.
Entre as estratégias, a companhia elegeu a canto-
ra e atriz americana Jennifer Hudson como madrinha
do navio. Jennifer conquistou o público americano
em sua passagem pelo programa “American Idol” em
2004 e, em 2007, ganhou um Oscar de melhor atriz
coadjuvante por seu papel em “Dreamgirls - Em busca
de um sonho”.
Sob esse mesmo formato, a NCL promove dois cruzei-
ros temáticos com protagonistas de séries e personagens
de desenhos da Nickelodeon. Em fevereiro, a companhia
organizou uma viagem de três dias com as protagonistas
do seriado iCarly, Jeannette McCurdy e Nathan Kress, a
bordo do navio Norwegian Jewel, passando por Nova
York, Orlando, Great Stirrup Cay e Nassau (Bahamas).
Em 24 de julho, o roteiro será feito pela Europa.
No Brasil, a agência de turismo CVC, em parceria
com a Mauricio de Sousa Produções, segue a tendên-
cia. Recentemente, anunciaram o primeiro Cruzeiro
da Turma da Mônica, resultado de uma iniciativa da
área de estratégia e novos negócios da operadora.
A CVC Brasil opera no mercado brasileiro há 38 anos
Agências investem em cruzeiros temáticos
e já transportou mais de 15 milhões de passageiros em
viagens nacionais e internacionais.
No fim de fevereiro, a turminha deixou os gibis para
embarcar no navio CVC Horizon que saiu do Porto de
Santos rumo a Itajaí (SC), cidade de escala do transa-
tlântico. Na programação, surpresas como o café da
manhã com os personagens, recreação com shows na
piscina, sessão de cinema com filmes e encontros para
fotos com a turminha. Houve também o jantar mágico
com performances musicais, apresentações de espetá-
culos, distribuição de brindes e, ainda, uma palestra
exclusiva com o pai de toda essa turma, o desenhista
Mauricio de Sousa.
Nesta primeira viagem, a CVC ofereceu gratuidade da
viagem para duas crianças de até 11 anos, acompanhadas
por dois adultos pagantes na mesma cabine. A garotada
pagou apenas as taxas portuárias e, assim como os de-
mais cruzeiros da operadora, no da Turma da Mônica está
“tudo incluído” – além das atrações, a alimentação e as
bebidas já fazem parte do pacote.
As novidades estão à disposição nas lojas exclusivas
CVC e nas oito mil agências de viagens credenciadas em
todo o País.
Mais informações, acesse: www.cvc.com.br/cruzeiros.
Novos negocios.indd 48 03/03/11 12:00
ANUNCIOS.indt 1 3/3/11 1:25 PM
LICENSING BRASIL
Fundada em 2005, a Biotropic é uma empresa
nacional no segmento de higiene e beleza lo-
calizada na Grande Vitória (ES), com represen-
tantes em todas as regiões do Brasil.
A empresa surgiu a partir de um projeto do casal
Marconi Arruda Leal e Waleska Zanelato. Após uma
análise detalhada do potencial do mercado de cosmé-
ticos e produtos de beleza no País, um dos três prin-
cipais mercados consumidores de produtos de beleza
no mundo, adquiriram um parque industrial na cidade
de Serra (ES), onde, hoje, localizam-se o Centro Téc-
nico Biotropic e a produção. “Uma consultoria com
profissionais do mercado de cosméticos nos suge-
riu esse nicho de mercado. Por se tratar de uma
empresa nova e com uma área fabril com grande
capacidade de produção para a época, optamos
pela parceria com algumas licenciadoras. As-
sim, desenvolvemos projetos e propostas dife-
renciadas”, conta Marconi Arruda Leal, diretor
comercial da Biotropic.
Além de linhas de
produtos licenciados, com
marcas como Barbie,
Hot Wheels, Backyardi-
gans, Shrek e Bob Esponja,
a empresa possui um mix de
aproximadamente 160 itens
com as marcas próprias Tut
Hair e Phytonatural. “O pri-
meiro personagem licenciado
foi o Hot Wheels, na linha in-
fantil”, lembra.
Segundo Marconi, hoje, a empresa possui cinco
propriedades em circulação e mais cinco programa-
das para os próximos lançamentos. “No momento, a
Biotropic trabalha as seguintes licenças: Hot Wheels,
Barbie, Backyardigans, Bob Esponja e Shrek, além dos
lançamentos: Carros 2, Pooh, Spider Man, Polly e Pica-
pau”, adianta.
Desde que a empresa adotou o licenciamento
como ferramenta, Marconi afirma que muitas coisas
mudaram na Biotropic Cosmética. “Desde então,
geramos mais empregos, temos forte penetração no
mercado de cosmético infantil e reconhecimento na-
cional”, comemora. Barbie e Hot
Wheels, propriedades da Mattel,
estão entre as mais vendidas pela em-
presa, de acordo com Marconi.
A empresa fechou 2010 com 76% de
crescimento em vendas, cerca de 300 co-
laboradores, portfólio com 172 itens, entre
avulsos e kits, e muitas
inovações. Para atin-
gir esse percentual,
ampliaram a fábrica,
implantaram dois tur-
nos de trabalho e insta-
laram uma área só para
produção dos kits pre-
senteáveis, aumentando
a produtividade.
Como resultado do li-
cenciamento, foi preciso
criar um departamento para
Produtos licenciados representam 68% da produção.
Biotropic CosméticaEmPrEsa
50
empresa.indd 50 03/03/11 12:43
Nov/Dez 2010
cuidar especificamente das linhas de personagens. Em
janeiro de 2011, reorganizamos o departamento de
mar keting para trabalhar melhor essas linhas e adotare-
mos a mesma mudança na área comercial, ainda neste
ano. Estas são apenas algumas das novidades na empre-
sa. “Estamos desenvolvendo um personagem pró-
prio. É uma experiência nova, mas acreditamos nesse
projeto”, antecipa.
Atualmente, os produtos licenciados representam
68% da produção total da Biotropic, e os in-
vestimentos em licenciamento não pa-
ram. “Existem projetos para a aplica-
ção de licenças voltadas ao público
jovem e adulto. Até junho, será
lançada uma linha Barbie Teens”,
declara Marconi.
Para o diretor comer-
cial, o mercado nacional
de licenciamento é bom
e tem boas perspectivas
de crescimento. “Con-
tudo, é um mercado
pequeno ainda, se
comparado a outros
mercados como o
dos Estados Unidos”.
Muitos planos já estão
definidos para 2011 e
incluem reorganização
dos processos internos,
renovação das embala-
gens e identidade visual
das linhas adultas, mais in-
vestimentos no ponto de ven-
da, com criativas ações de marke-
ting focadas no consumidor final e nos clientes, além
do lançamento de novas marcas licenciadas. Entre elas,
a Biotropic aposta nas linhas Spider Man, Barbie Teens e
também no sucesso de Backyardigans.
“O mercado de beleza no Brasil é extremamente
dinâmico e, para nos mantermos nele, precisamos ser
ágeis e plugados nas tendências internacionais”, con-
clui Marconi.
Serviço:
Biotropic Cosmética
Tel. (27) 3038-1700
www.biotropic.com.br/biotropic
empresa.indd 51 03/03/11 12:05
novidade
O fabricante precisa entender as expectativas da fiat e
traduzir em prOdutOs que tenham Os valOres da marca,
cOmbinandO criatividade, interatividade e qualidade na
fOrma de valOr percebidO
que avaliam cada oportunidade e estabelece os parâ-
metros para a viabilização de cada projeto”.
Se associar a uma marca global, líder no mercado
brasileiro há nove anos, referência em design, tecno-
logia, inovação e criatividade, com produtos que fa-
zem parte da vida de milhões de brasileiros, é uma das
vantagens adquiridas pelos fabricantes ao associar seu
produto com a marca Fiat, segundo o diretor comer-
cial da companhia.
Inovação é palavra de ordem no projeto: “Quere-
mos inovar tanto na linha de produtos quanto na abor-
dagem. Para isso, colocaremos a inteligência de nossa
agência focada em criar materiais
de ponto de venda diferenciados e
promoções que foquem a visibili-
dade dos brinquedos com a marca
Fiat. Vamos construir uma cone-
xão de todos os produtos da linha,
fazendo com que um produto aju-
de promover o outro”, anuncia.
A Fiat já implementou o projeto, no ano pas-
sado, com o lançamento de alguns brinquedos e
com ações em seus canais de relacionamento com
o público, com meios e conteúdos diferenciados.
Ao longo do ano de 2010 a empresa inseriu no
mercado três brinquedos que levam consigo a
marca Fiat: Super Banco Imobiliário, Carro Fiat 500
de controle remoto e o Super Trunfo Fiat.
Com o sucesso alcançado no ano passado, a
companhia prevê novos lançamentos diferencia-
dos para este ano aumentando o mix de produtos.
Concei tua das empresas de brinquedo do mercado
nacional e internacional estão envolvidas no Proje-
to Fiat Toys 2011 e as novas opções de brinquedos
“Projeto Fiat Toys”
o “Projeto Fiat Toys” foi criado pela Fiat, em par-
ceria com a The Marketing Store, para buscar
uma interação com o consumidor final não
apenas pelos meios tradicionais de comunicação, físicos ou
eletrônicos: “Queremos interagir também em momentos
diversos de seu cotidiano, entre eles, o lazer e a convivên-
cia social, em suas mais diferentes possibilidades, criando,
assim, um laço afetivo da marca também com a família de
nossos clientes, focando principalmente as crianças”, revela
o diretor comercial da Fiat, Lélio Ramos.
O objetivo é simples: marcar presença, reforçar
a imagem da Fiat junto ao público infantojuvenil.
Para tal propósito
nada melhor do que
inserir as marcas dos
carros Fiat no
contexto de
tal consumi-
dor, gerando
uma nova
forma de experimentação da marca. Mas
atenção, não se trata de uma relação
convencional de licenciador e licencia-
do, conforme explica Ramos: “A par-
ceria tem características específicas
para desenvolvimento de projetos em
conjunto e investimentos para crescimento
da linha de brinquedos no mercado. O fa-
bricante precisa entender as expectativas da
Fiat e traduzir em produtos que tenham os
valores da marca, combinando criatividade,
interatividade e qualidade na forma de valor
percebido. Temos um grupo formado
por profissionais da Fiat e da TMSW
Estratégia de aproximação com a marca ainda na infância
Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat: “Queremos inovar tanto na linha de produtos quanto na abordagem”
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Mar/Abr 2011 53
com a marca já estão sendo desenvolvidas e serão
lançadas ao longo do ano: “Procuramos empresas
profissionais, com tradição no mercado e que en-
tendem muito do mercado infantil/juvenil. A ideia é
somar experiên cias e construir um resultado conjunto
crescente. As parce rias já concretizadas pela Fiat con-
templando produtos que já estão no mercado ou em
fase de desenvolvimento envolvem empresas como a
Estrela, Grow, CKS e Brinquedos Bandeirantes”.
A expectativa para o “Projeto Fiat Toys” 2011 vai
além de possibilitar maior vivência dos consumidores
jovens com a marca, em situações diferentes da rela-
ção de consumo propriamente dita: “Esperamos criar
novos sentidos para a marca, com maior oferta de
produtos diferenciados e oportunidades de visibilida-
de, tanto no ponto de venda quanto no dia a dia das
pessoas”, finaliza Ramos.
Parceria com o magazine Luiza
Para fechar o ano, foi realizada uma campanha de ativa-
ção dos três produtos no portal MagazineLuiza.com durante o
mês de dezembro. Duas ações foram implementadas: “Com-
pre e Ganhe Fiat” e o concurso cultural no Twitter.
Na promoção de Compre e Ganhe o cliente que comprou o
Super Banco Imobiliário ou o Carro Fiat 500 de controle remoto
ganhou um Super Trunfo Fiat. Essa promoção foi pensada justa-
mente na maior exposição do mix de produtos Fiat no mercado.
Já o concurso cultural premiou 50 pessoas com um kit
composto pelos três brinquedos da linha Fiat. Os participantes
tiveram que twittar a frase “Quero #PresenteFiat do @maga-
zineluiza e vou dar outro para @nomedoamigo”. As cinco pri-
meiras pessoas que twitaram em cada dia válido do concurso
foram as vencedoras. O resultado dessa ação foi bem positivo
para a marca Fiat, contando com 2.255 participações nos cin-
co dias válidos, 214 RTs nos tweets gerados pelo Magazine
Luiza a respeito do concurso e 757 mil usuários do Twitter
impactados direta ou indiretamente.
Fiat + marcas consagradas do setor de brinquedo = sucesso de vendas
No final de 2010, em parceria com a Grow, foi lançado o Super Trunfo Fiat, que possui 32 cards com produtos da gama Fiat, assim como demonstrativos de seus atributos. Ainda em 2010 a Grow conseguiu vender todas as 5 mil unidades produzidas para alguns importantes varejistas e atacadistas do setor de brinquedos no Brasil. O produto chegou às prateleiras de diversas lojas em todo o País, como Magazine Luiza, PBKIDS, Harrys, Euroshop, Reval Atacadista, Simpom Atacadista e muitos outros.
Após seu primeiro lançamento na linha de Toys no Brasil, a Fiat emplacou uma parceria internacional que possibilitou a ex-clusividade na importação e na distribuição do Carro Fiat 500 de Controle Remoto no mercado nacional. Dessa forma, a
montadora trouxe para o universo dos brinquedos um de seus maiores sucessos no mercado automobilístico mundial no quesito design. O carrinho, com escala de 1:24 em relação ao modelo real, tem opção de
três cores e ainda conta com sete funções. O produto já teve aproximadamente 32 mil unidades vendidas no mercado nacional desde seu lançamento em 2010 até janeiro de 2011. Existem grandes redes varejistas de brinquedos comercializando o produto em todo o Brasil (Magazine Luiza, PBKIDS, Ri Happy, entre outros).
A primeira ação deste projeto foi a participação da marca no Super Banco Imobiliário, lançado pela Brinquedos Estrela em 2010. O lançamento do produto foi um sucesso, alcançando a marca de 200 mil unidades vendidas em quatro meses – julho a outubro/2010 – superando até mesmo a expectativa da Estrela, a qual esperava a venda de aproximadamente 50 mil unidades no período de um ano após o lançamento.
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case
Recentemente, a Foroni – indústria nacional do
segmento de cadernos e agendas – assumiu
exclusivamente a licença do cantor Justin Bie-
ber no Brasil. Somente para o “volta às aulas 2011”,
foram produzidas mais de 800 mil peças do astro teen.
Mais uma aposta certeira da empresária Marici Foroni.
“Na década de 1980, era muito comum vermos ca-
dernos estampados com os ídolos da garotada, ainda
que de forma customizada, artesanal mesmo, cada um
fazia o seu. A onda voltou, só que agora contamos com
novos recursos. Trouxemos Hannah Montana e iCarly,
ainda que como personagens, mas dentro dessa pro-
posta. Quando começamos a pensar em quem seria
nossa próxima personalidade, queríamos trazer alguém
justamente com o perfil do Justin Bieber, conhecido no
mundo todo e com essa ca-
pacidade de unir jovens de
diversos estilos de vida
por meio de sua músi-
ca”, relembra Marici.
Com a estreia do filme
Justin Bieber:“Never Say
Never”, estrelado pelo pró-
prio cantor sobre sua vida,
a febre deve aumentar.
O longa-metragem terá até
uma versão em 3D.
Diante de uma demanda
crescente, a Foroni desen-
volveu o Concurso Cultural
I Love Justin, em seu portal
Clube Foroni, até o dia 20
de abril. O objetivo é movimentar ainda mais a blogosfera e
as redes sociais com posts sobre o cantor.
Esta ação tem como prêmios: um disco de platina, dez
fan packs (incluído CDs autografados) e quarenta cadernos.
Além dos cinquenta premiados, os primeiros 5 mil participan-
tes ganham uma música do astro pop para download gratui-
to. Para concorrer, os interessados devem produzir uma foto
e uma declaração de amor ao cantor. Os ganhadores serão
selecionados por votação, na internet. O regulamento está
disponível no www.clubeforoni.com.br.
“Para 2011 fizemos a linha de cadernos, com quatro
opções de capas, em tamanho universitário, nas opções
espiral ou costurado. Para 2012, já estamos prevendo
uma linha com mais opções, incluindo agendas”, anteci-
pa a empresária.
Justin Bieber: mais de 800 mil cadernos vendidos
Marici Foroni
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LICENSING BRASIL56
Em dEstaquE
O Fórum Licensing Brasil 2011 já tem data marcada
O Fórum Licensing Brasil, criado há 3 anos, tor-
nou-se o encontro oficial para os profissionais
interessados em ampliar seu conhecimento
teórico e prático sobre o funcionamento do mercado de
licenciamento de marcas. Por se tratar de um negócio
recente no Brasil, porém relevante para os setores dedi-
cados aos produtos de consumo, o evento oferece infor-
mações básicas sobre o tema, dados de mercado, cases,
entre outros assuntos peculiares ao licensing.
A edição 2011 será realizada dia 10 de maio no
Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo. Debaten-
do o tema estarão profissionais renomados em seus
segmentos de atuação. É uma oportunidade exclusi-
va para encontrar os principais players do negócio no
País. O local tem espaço para receber 120 pessoas, e
os inscritos serão recepcionados com um café da ma-
nhã de boas-vindas.
Formato
O fórum será composto por temas que serão abor-
dados por executivos de diferentes plataformas de
mercado e que atuam fortemente com o assunto em
pauta. Em uma análise conjunta, apresentarão suas
experiências de mercado.
Conheça alguns dos temas de 2011:
• Atual cenário do negócio de licenciamento
no Brasil.
• Números do mercado e perspectivas.
• Licenciador x licenciado: o papel de cada platafor-
ma na gestão do produto.
• Modelo industrial preparado para trabalhar com
licenciamento.
• Contrato de licenciamento: o que deve constar
para garantir a segurança do investimento.
• O real diferencial competitivo ao tornar-se um
licenciado.
• Como atrair o olhar do consumidor para seu pro-
duto no ponto de venda (PDV).
• De que maneira o licenciamento transformou o
varejo no Brasil.
• Os segmentos de produto que se destacam no
trabalho com licenciamento.
• A importância das ações no PDV de produtos li-
cenciados.
• Atual contexto do licenciamento de marca própria
• Como escolher o mix de distribuição diante de
tanta oferta.
• Brinquedo e papelaria: segmentos que ditam ten-
dências.
Confira, em breve, na página do evento
www.forumlicensingbrasil.com.br
quem são os palestrantes da 3ª edição.
INSCREVA-SE!
3º FóRum LICENSINg BRASILData: 10 de maio de 2011
Local: Centro Brasileiro BritânicoRua Ferreira de Araújo, 741
Pinheiros, São Paulo/SPHorário: das 8h ao meio-dia
Investimento: R$ 200,00 (individual)mais informações:
www.forumlicensingbrasil.com.br(11) 5092-5588
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LICENSING BRASIL58
comportamento
embora a TV ainda seja o meio pre-
ferido de oito em cada dez jovens
brasileiros para se atualizar sobre
o que acontece no mundo, além do mais
confiável, o gap existente entre a preferên-
cia por esse veículo e pela internet se estreita
cada vez mais, principalmente entre os adoles-
centes das classes A e B.
Nas classes mais altas – em que se tem in-
ternet em casa – as horas na rede já se equipa-
ram ao tempo gasto vendo TV (10 horas, em
média, por semana) e a mídia on-line é consi-
derada por esse grupo da população como “a
mais informativa” (43%) ou “imprescindível”
(50%). Sites de relacionamento, como Orkut,
Facebook e MySpace, nessa ordem, são os
mais acessados para a busca de informações.
E mesmo sendo uma preferência em ascen-
são, apenas 16% declaram que a internet é
a mídia mais confiável.
Mesmo perdendo espaço para a internet, a TV ainda reina absoluta como fonte de informação para a faixa etária de 12 a 19 anos
TV é o meio preferido dos joVens para informação, reVela esTudo
Essa é uma das conclusões do TRU Brasil
2010, estudo anual realizado pela TNS Re-
search International junto a 1,5 mil jovens
de 12 a 19 anos, das classes A, B, C e D,
em nove regiões metropolitanas brasileiras e
principais cidades do interior de São Paulo.
A pesquisa oferece uma radiografia do com-
portamento de adolescentes e jovens em re-
lação a diferentes áreas de suas vidas. Entre
outros indicadores, o levantamento consta-
tou que os jovens gastam mais tempo vendo
TV, aproximadamente 11 horas por semana,
do que acessando a internet – cerca de 7 ho-
ras – e, geralmente, fazem as duas coisas ao
mesmo tempo.
Segundo Jorge Kodja, diretor da TNS Re-
search International e responsável pela pes-
quisa, “essa é uma decorrência da falta de
conectividade na maioria dos lares em ques-
tão, mas também uma prova de que a busca
Comportamento.indd 58 03/03/11 12:11
Mar/Abr 2008
Ho
ras
por
sem
an
a
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12 a
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ind
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sete
Ho
ras
na in
tern
et.
por informação na TV continua tão universal como sua presença
nos lares brasileiros”. O estudo detectou também que a Rede Glo-
bo concentra 80% da preferência dos adolescentes, independen-
temente da classe social ou da região do Brasil, seguida do SBT
(44%), da Rede Record (30%) e da MTV (8%). Novelas têm a
predileção de 47% deles, e os telejornais, 23%.
O dado surpreendente é que, em meio a tanta modernida-
de, o rádio aparece no estudo como uma das opções preferidas
de 22% dos adolescentes pesquisados – número que supera
a mídia impressa, gastando, nessa atividade, aproximadamen-
te, 8 horas por semana. “O rádio está presente no dia a dia
dos jovens brasileiros de diferentes maneiras, nos carros, nos
trens, nos ônibus e nos celulares, levando-os a ter acesso à
informação de outra forma”, explica Kodja. Em contrapartida,
ele destaca que, desde 2008, quando foi realizada a primeira
versão do estudo, o rádio vem perdendo espaço para a TV e
a internet, até mesmo entre os jovens da classe D, principal
reduto de admiradores desse veículo de comunicação.
A investigação registrou, ainda, que os jovens declaram
ler cada vez menos jornais e revistas impressas. “Essa é uma
tendência inevitável porque, ao oferecer conteúdo similar
de forma rápida e gratuita, a internet passa a ser um gran-
de diferencial para essa faixa etária, principalmente entre
a população das classes mais baixas”, conclui Kodja.
Comportamento.indd 59 03/03/11 12:12
agente
60
aRecord Entretenimento foi criada para
atender a um mercado que busca soluções
inteligentes para licenciamento, promo-
ções, gerenciamento de marcas em diferentes mídias
no Brasil e no exterior: “Hoje, a empresa atua no
desenvolvimento de produções e coprodu-
ções a fim de promover novos negócios
de multiplataformas”, explica o dire-
tor Paulo Calil.
O primeiro parceiro foi a General
Brands com a marca “Mutantes” di-
recionada ao público infantil, segun-
do Calil. Outras marcas de relevância
foram “Bela, a Feia”, que contou tam-
bém com grandes parceiros como Estrela,
Gulliver, Editora Panini, General Brands e War-
ner Music, o reality show A Fazenda e o domi-
nical Dr. Pet. “São marcas que vieram conso-
lidar a chegada da Record Entretenimento no
mercado de licenciamento”, analisa.
Calil ainda explica de que maneira a área
de licenciamento interage com os demais
setores da Rede Record: “Buscamos traba-
lhar em sinergia com as áreas de merchandi-
sing, marketing, comercial, internet, programação e
assessoria de imprensa, a fim de realizar ações integra-
das na divulgação dos produtos licenciados de nossos
parceiros”. Para fazer parte do portfólio da companhia,
aspectos como qualidade visual, público-alvo, poten-
cial futuro e multiplataformas são pontos analisados na
marca, segundo o diretor: “Estamos sempre buscando
marcas que trazem essas características”.
Atualmente a companhia trabalha com propriedades
voltadas ao público em geral: “Dentre as marcas que
fazem parte da grade de programação da Record
destacam-se as que já têm produtos licenciados como:
A Fazenda, Legendários, O Melhor do Brasil, Hoje Em Dia
e Dr. Pet”. A Record Entretenimento ainda representa ar-
tistas como o apresentador Rodrigo Faro, as cantoras Aline
Barros e Kelly Key, a dupla sertaneja “Chitãozinho
e Xororó” e a apresentadora e personal trai-
ner Solange Frasão e propriedades in-
ternacionais como: Harry e o Balde de
Dinossauros, Poppy Cat, O Urso Ru-
ppert, Guess With Jess, Secret Win-
gs, Scarlet & Crimson, Funny Face,
Fido Dido, Bella Zadore e Heathcliff.
Segundo Calil, oportunidade e
visibilidade são os fatores que des-
pertam o interesse no licenciamento das
marcas da Record Entretenimento: “Temos
um pacote 360º e oferecemos exposição dos
produtos licenciados. Acreditamos que essa
fórmula faz toda diferença no resultado”,
revela. Para o diretor, as marcas televisivas
exigem criatividade: “O licenciamento
puro e simples nem sempre é suficiente
para o êxito de uma marca. Para o suces-
so de uma marca, seja ela televisiva ou não,
é importante
inves tir em ações estra-
tégicas de divulgação e
merchandising. É impor-
tante que esse parceiro
tenha distribuições no va-
rejo em âmbito nacio nal,
afinal estamos falando de
TV aberta”, analisa.
Outra peculiarida-
de da marca televisiva
Paulo Calil, diretor-executivo da Record Entretenimento.
Promovendo novos negócios de multiplataformas
Agente.indd 60 03/03/11 12:14
Nov/Dez 2010
destacada por Calil é o fato de não ser
clássica, mas sim pontual: “Por isso
é vital existir uma sincronia
para que o produto li-
cenciado esteja no va-
rejo no momento que
a marca está atingindo
o telespectador. Em
virtude disso, temos um
cronograma muito afinado
para o licenciamento das marcas
que estão na grade sazonal da emissora (caso
dos reallity shows) e grade fixa”.
De acordo com
o diretor, o mer-
cado nacional de
licenciamento é pul-
sante: “A própria mídia
está cada vez mais seg-
mentada e busca-se por meio
de marcas atingirem um perfil público
que também muda de opinião rapidamente.
Nosso País é um grande campo de oportuni-
dade para licenciamento de marcas, sejam nos
segmentos mais tradicionais como nos conser-
vadores, mas temos de amadurecer e fugir do mo-
delo tradicional” analisa. Para Calil, ações ligadas a
novas tecnologias, entretenimento e promoções são
alguns novos caminhos para dar mais vida ao licencia-
mento: “É preciso analisar estrategicamente que tipo
de ação é mais adequada a cada marca”.
Solicitamos ao diretor dicas para fabricantes e vare-
jistas que trabalham com licenciamento. Segundo ele,
é importante estarem cientes que o licenciamento de
marca só terá sucesso se houver uma boa adequação
do produto à marca, seguidos por um desenvolvimen-
to de produto inovador e criativo. O diretor ressalta
também que o treinamento de equipe de vendas para
conscientização sobre o projeto da marca é importan-
te para o incremento de vendas, além de sinalização e
boa exposição do produto no ponto de venda, plano
de comunicação da marca incluindo diferentes mídias
e desenvolver ações cooperadas de divulgação e pro-
moção em parceria com outros licenciados da mesma
propriedade. “Deve-se pensar em estratégias novas e
criativas. Sair um pouco do convencional”, finaliza.
Serviço:
Record Entretenimento
Tel. (11) 2184-5363
Site: www.recordentretenimento.com.br
LicEnciadoS REcoRd EnTRETEnimEnTo Gulliver – Toyster – Panini – Golden Age – Bracannes Keterly – Alphafestas – Boneleska – Ecológica – Estrela General Bands – Tudo Sim – Flash Star – Warner Music Iah Cosmetics – Centauro – Bless Work
marcas da grade de programação da RecordA Fazenda - público em geral Dr. Pet - público em geral Hoje Em Dia - público em geral Legendários - juvenil O Melhor do Brasil - público em geral artistasAline Barros Chitãozinho e Xororó Kelly Key Rodrigo Faro Solange Frasão Propriedades internacionaisPré-escolar: Harry e o Balde de Dinossauros, Poppy Cat, O Urso Ruppert e Guess With Jess; Infantil: Secret Wings Tween e teen: Scarlet & Crimson e Funny Face Teen e adulto: Fido Dido, Bella Zadore e Heathcliff
PRoPRiEdadES - REcoRd EnTRETEnimEnTo
61
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LICENSING BRASIL62
Nov Mar
Mai
Jun
Set
AvAnt-Premièrem
aio
Lanterninha neLes...Personagens invadem os cinemas e fazem a cabeça da garotada
Rioagente: redibra
(11) 3383-1616.
HoP, Rebelde sem Páscoaagente: exim Licensing
(11) 3885-9275.
Stretch armstrongagente (somente
para promoções):
exim Licensing
(11) 3885-9275.
Piratas do Caribe Navegando em Águas misteriosas – PoC 4agente: the Walt Disney
Company – Jun Moreira e
Fabiana Fujihara
(11) 5504-9411 – (11) 5504-9537.
Velozes e Furiosos Vagente: exim Licensing
(11) 3885-9275.
Battleship agente (somente
para promoções):
exim Licensing
(11) 3885-9275.
Carros 2agente: the Walt Disney Company – Jun Moreira e
Fabiana Fujihara
(11) 5504-9411 – (11) 5504-9537. Kung Fu Panda iiagente: exim Licensing
(11) 3885-9275.
Winnie the Poohagente: the Walt Disney Company
– Jun Moreira e Fabiana Fujihara
(11) 5504-9411 – (11) 5504-9537.
os Smurfs – 3Dagente: itC – (11) 5031-3411.
aB
Ril
JuN
Ho
JulH
o
ag
oSto
premier2.indd 62 03/03/11 12:18
63
Mar
Jun Jul
Ago
Set OutMar/Abr 2011
ou
tub
ro
dezem
br
o
no
vem
bro
Lanterninha neLes...Personagens invadem os cinemas e fazem a cabeça da garotada
Kung Fu Panda IIagente: exim Licensing
(11) 3885-9275.
Gigantes de Açoagente: Pro enter
(11) 3511-6655.
Saga Crepúsculo “Amanhecer”agente: Pro enter
(11) 3511-6655.
tin tinagente: exim Licening
(11) 3885-9275.restart – o Filmeagente: angelotti Licensing
(11) 2589-6061
www.luizangelotti.com
operação Presente (Arthur Christmas)agente: itC
(11) 5031-3411.
em 2012...MuppetsAgente: The Walt Disney Company – Jun Moreira e Fabiana Fujihara (11) 5504-9411/9537.
The CroodsMarço 2012.Agente: Exim Licensing (11) 3885-9275.
Homens de Preto 3 (Men in Black 3)Maio de 2012.Agente: ITC (11) 5031-3411.
Madagascar IIIJunho de 2012.Agente: Exim Licensing (11) 3885-9275.
A Era do Gelo 4Julho de 2012.Agente: Redibra (11) 3383-1616. Hotel Transylvania – 3D
Outubro de 2012.Agente: ITC (11) 5031-3411.
Asterix entre os Bretões2012 (Verão Europeu)Agente: ITC (11) 5031-3411.
Piratas (Pirates)Abril de 2012.Agente: ITC (11) 5031-3411.
premier2.indd 63 03/03/11 12:19
LICENSING BRASIL64
marketing
LICENSING BRASIL
Há um bom tempo acompanho o que as em-
presas têm feito para administrar a saúde
de suas marcas. Impossível negar o quanto
a consciência do valor que elas têm profissionalizou
muito os processos usados nessa administração. Mes-
mo assim, ninguém poderia, honestamente, dizer
que não tem visto casos de arrepiar. Seja a “junioriza-
ção” de equipes, o imediatismo de decisões, a falta
de visão estratégica sólida, as pressões por resultados
rápidos, ou tudo isso junto conspiram contra a saúde
das marcas.
Por isso, reuni uma coleção de casos em que o
sucateamento de marcas continua acontecendo.
Aliás, é muito fácil sucatear marcas. Difícil é o inverso.
Como se fosse um insólito receituário, aí vão sete
dicas que, juntas ou separadas, apressam o sucatea-
mento. Todas são pecados capitais que continuam
abalando o prestígio de uma marca e contribuindo
para sua desvalorização precoce. Elas são o fruto das
experiências reunidas nesses últimos anos por mim e
por aqueles com quem trabalho. Aí vão elas:
1 – Seu filho é quem convive com as redes so-
ciais. Acredite nisso. Não crie o hábito de ver o que
estão dizendo, ou melhor, cochichando sobre sua
marca. Deixe isso apenas nas mãos dos estagiários,
eles são bons nisso. E tem mais: o que se diz sobre
Por
Jaim
e Tr
oian
o
É bem fácil sucatear marcas
sua empresa, seus produtos, sua marca nas redes so-
ciais vem de gente que não tem mais o que fazer a
não ser falar mal da vida alheia.
2 – Para quem está em São Paulo, continue olhan-
do o mercado a partir das torres da Faria Lima e Vila
Olímpia. Afinal, o que tem de errado em manter
essa visão distante e asséptica dos consumidores
e dos locais onde eles se acotovelam para fazer
compras e para andar de ônibus? Evite visitar lojas
e supermercados, a não ser que você tenha algo
para comprar. Sem esse motivo concreto, é pura
perda de tempo. Usar o Metrô ou os trens da
CPTM não é coisa para profissionais de negócios.
Afinal, temos na tela do computador, bem à nos-
sa frente, tudo sobre o mundo, os consumidores
e o mercado, muito mais depressa e sem riscos
de trombadinhas, assaltos e, pior, de desodoran-
tes vencidos.
3 – Aceite que propaganda é carta fora do baralho.
Pois é, já se foi o tempo em que ela tinha alguma
utilidade! Hoje, é perfeitamente possível viver sem
ela e substituí-la por todas as outras modernas e fan-
tásticas ferramentas digitais de comunicação. Já se
foi o tempo em que propaganda era a alma do ne-
gócio. Por que investir num estilo de mídia que quase
ninguém mais vê?
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Mar/Abr 2011 65Mar/Abr 2011
4 – Multiplique os produtos de sua marca por 100.
Talvez não cheguem a 100, mas você pode estendê-
la para dezenas de novos territórios, sem fazer muita
força. É a chamada extensão de marca em cadeia: um
instrumento que ajuda a pulverizar o poder da marca
e inflar a vaidade dos seus dirigentes. Quem sabe pro-
dutos à base de lactobacilos vivos possam virar ótimos
shampoos? Quem sabe marcas de prestígio em açúcar
possam vender barrinhas de cereal? Quem sabe licen-
ciamento possa obedecer, principalmente, à vaidade
corporativa do dono da marca e não à perspectiva dos
consumidores?
5 – Trate a marca como um tapume. Um tapu-
me como esses na frente de obras. Eles têm a função
de ocultar o que se passa lá dentro. Afinal, marca é
algo que interessa mesmo da porta da rua para fora.
Apenas em sua arena competitiva, no confronto com
seus adversários. Esqueça que a comunidade interna,
os colaboradores, têm algum papel relevante na cons-
trução e disseminação do prestígio da marca. Mostre
sempre o que sua marca tem, o que ela faz e suas no-
vidades em primeiro lugar para o mercado. Seus cola-
boradores vão acabar vendo de qualquer jeito mesmo.
Por que eles deveriam ser os primeiros a ver?
6 – Considere que o consumidor brasileiro não
tem nada de alemão nem de dinamarquês. Por essa
razão, não dê muita bola para compromissos de na-
tureza social, ética e ambiental. Cá entre nós, quem
está preocupado, de verdade, com a Mata Atlântica,
com o mico leão dourado, com a educação e com a
saúde no país? Isso não é coisa para um profissional
de negócios se preocupar. Deixe que a turma da res-
ponsabilidade social e sustentabilidade, as ONGs cui-
dem dessas perfumarias.
7 – Varra sempre com vassoura nova. Essa é uma
boa razão para substituir constantemente os fornecedo-
res de comunicação. Trabalhando por job, fazendo con-
corrências frequentemente, você tem sempre uma nova
vassoura para varrer. E vassoura nova, além de varrer
mais, sempre acha que a anterior deixou sujeira. Por isso,
mude constantemente de agência. Se as relações entre
as pessoas já não são tão estáveis como no passado por
que as de prestação de serviço deveriam ser?
Perdoem-me por tanta ironia! Quem quiser mais
algumas dicas, encontrará em meu livro: As marcas no
Divã (Editora Globo).
Jaime Troiano é presidente do Grupo Troiano
de Branding. [email protected]
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Design – estúDio n’ovo
LICENSING BRASIL
entre em uma loja e tente escolher os produtos
apenas pelo que eles oferecem e não pelo que a
embalagem apresenta.
Difícil, não é?
Pois este é o mercado de hoje: um número imenso de
produtos semelhantes, com as mesmas características, fun-
ções, qualidade e, em sua maioria, com o mesmo preço.
E aí, já escolheu qual vai comprar?
Esse fator pode frustrar o consumidor e dificultar a
venda. Por isso, o design de embalagem pode se tornar
determinante na venda de um produto.
Hoje, o fator decisivo na compra de uma mercadoria,
quando comparamos as diversas opções nas gôndolas, é
seu valor percebido por meio da embalagem apresenta-
da e seu conteúdo. Ou seja, a qualidade das informações
tanto visuais quanto descritivas do produto.
A diferenciação desse artigo no ponto de venda pode
ser trabalhada com o emprego do design especializado
e, principalmente, com o investimento nos processos de
construção de marca.
Afinal, quais características visuais permitem que se co-
loquem os produtos de uma empresa na linha dos itens de
desejo e não apenas entre os artigos com diferencial de pre-
ço? Com certeza, aqueles suportados por um bom design!
Veja, a seguir, algumas dicas para o desenvolvimento
visual de produtos.
Design consciente
Conhecer o mercado de atuação e nele buscar as ca-
racterísticas e peculiaridades da aceitação e das necessi-
dades desse público.
Ser criativo na produção das artes e desenvolver um
visual diferenciado sem comprometer a marca, de forma
a tornar a embalagem uma peça única e diferente dos
demais produtos da mesma marca ou linha.
Por exemplo, criar uma identidade de grupo nas
embalagens de diferentes artigos de uma mesma linha,
como é feito com as marcas licenciadas.
Regras básicas de design
Deve-se compreender e saber utilizar algumas regrinhas,
como: a aplicação das informações legais determinadas pe-
los diversos órgãos regulamentadores; o tamanho da fonte
dos textos para facilitar a leitura; respeitar a proporção dos
elementos e algumas características do consumidor.
O tamanho dos selos tem sua aplicação determinada
pelos órgãos reguladores, basta seguir os padrões. Ou-
tro exemplo paradigmático são as cores, taxadas como
masculinas ou femininas, ou até mesmo as proibidas por
não terem aceitação – como já foi o caso do verde no
mercado de brinquedos.
Profissional x Prazo
A premissa para um bom desenvolvimento de pro-
jeto é compreender que existe um tempo ideal para a
execução de cada etapa.
Isso se aplica a todas as áreas do segmento, sendo mui-
to importante saber escolher um bom profissional ao criar
uma embalagem, tendo o cuidado de não se encantar so-
mente pelo preço e pelo prazo de uma proposta.
Sem se esquecer de todas as outras etapas, tais como:
processo de fabricação, precificação do produto, criação
da peça de arte propriamente dita e aprovação do projeto,
de acordo com as necessidades da empresa e das pessoas
envolvidas. É importante lembrar que a embalagem deve
ser desenvolvida para seu produto/público específico: não
adianta usar o mesmo estilo gráfico de um perfume para
uma embalagem de alimento.
Algumas marcas apresentam suas embalagens, e não
só os produtos, como verdadeiras peças de arte e de de-
sejo de consumo, que encantam o consumidor, induzin-
do à decisão de compra.
É essa sinergia que deve ser almejada no desenvolvi-
mento de um projeto de embalagem.
Gustavo Pettinato Lucio é diretor da agência Estú-
dio n’Ovo.
Embalagem como produto
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ANUNCIOS.indt 1 3/3/11 1:26 PM
ANUNCIOS.indt 2 31/8/2010 10:47:46