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    LIES AOS MEUS ALUNOS (Vol. 2)[Clique na palavra NDICE]

    HOMILTICA E TEOLOGIA PASTORALC. H. SPRGEON

    P!LICA"#ES E$ANGLICAS SELECIONADAS

    T%&ul' 'ri(inal) Le*&ure+ T' M, S&u-en&+Tra-u/' -' 'ri(inal p'r) O-a,r Olive&&i

    Pri0eira E-i/' e0 P'r&u(u1+2345

    Contracapa:

    Para muitos ministros do evangelho, mesmo ainda hoje, CharlesHaddon Spurgeon foi um dos maiores pregadores de todos os tempos.

    Por que esta avaliao? Se quisermos compreender melhor seu grandesucesso, ento nada melhor que ler esta segunda parte de Li6e+ a'+Meu+ Alun'+ prele!es dadas nas se"tas#feiras $ tarde $queles queestudavam em sua %scola &'(licas )*he Pastors+ College.

    - presente volume contm tre/e cap'tulos da o(ra Le*&ure+ T' M,S&u-en&+, talve/ a mais conhecida de todas as pu(lica!es do 0pr'ncipedos pregadores0. 1ue 2eus a(enoe estas 03i!es0 como o fe/ quando

    originalmente elas foram proferidas a orao dos que as pu(licam nal'ngua portuguesa.

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    NDICE

    1. A Auto-vigilncia do Ministro..............................................3

    2. O Chamado para o Ministrio...........................................25

    3. Orao articular do r!gador.........................................53

    ". Orao !m #$lico...........................................................%&

    5. O Cont!#do do '!rmo....................................................&3

    %. A (scolha do )!*to.........................................................1+&

    ,. A Art! d! (spiritualiar...................................................132

    . A /o..............................................................................15+

    &. At!no...........................................................................1,5

    1+. A Capacidad! d! 0alar d! mproviso.............................1&"

    11. As Cris!s d! !snimo do Ministro...............................21"

    12. A Conv!rsao Comum do Ministro...............................231

    13. Aos O$r!iros Mal (uipados..........................................2""

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    A ATO7$IGIL8NCIA DO MINISTRO"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina" 1 Tim. 4:16.

    *odo tra(alhador sa(e que deve manter as suas ferramentas em (omestado, pois, 0se estiver em(otado o ferro, e no se afiar o corte, ento sedevem p8r mais foras0. Se a en"9 do operrio perder o corte, ele sa(eque ter que despender mais energia, ou ento o seu tra(alho ser malfeito. 4iguel ;ngelo, o eleito das (etas artes, entendia to (em aimport

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    desordenados. %sta uma verdade prtica para nossa orientao. 1uandoo Senhor fa/ e"ce!es, estas apenas confirmam a regra.

    %m corto sentido, somos as nossas pr9prias ferramentas, e,portanto, precisamos manter#nos em ordem. Se quero pregar oevangelho, s9 posso usar a minha pr9pria vo/B da', devo aprimorar asminhas virtudes vocais. S9 posso pensar com o meu cre(ro, e sentircom o meu coraoB portanto, devo educar as mnhas faculdadesintelectuais e emocionais. S9 posso chorar e agoni/ar pelas almas com aminha pr9pria nature/a renovadaB portanto, devo manter vigilantementea ternura que havia em Cristo Desus. Ser#me# vo suprir minha

    (i(lioteca, ou organi/ar sociedades, ou fa/er planos, se eu negligenciar ocultivo de mim mesmoB pois livros, agEncias e sistemas s9 remotamenteso instrumentos da minha santa vocao.

    4eu esp'rito, alma e corpo so os meus mecanismos mais $ mopara o servio sagradoB as minhas faculdades espirituais e a minha vidainterior so o meu machado de com(ate, as minhas armas de guerra.4cChe>ne, escrevendo a um colega de ministrio que estava no e"terior

    com vistas a aperfeioar os seus conhecimentos do idioma alemo,empregou linguagem idEntica $ nossa. %screveu ele:

    4'!i u! voc s! aplicar6 arduam!nt! ao al!mo7 mas no s! !su!ad! cultivar o hom!m int!rior 8 u!ro di!r7 o corao. 9uo dilig!nt!m!nt! oo:icial da cavalaria cons!rva limpo ! a:iado o s!u sa$r!; ualu!r mancha!l! a r!mov! com o maior !sm!ro.

    p!r:!io do instrum!nto. !us a$!noa no tanto a tal!ntos7 como >s!m!lhana com ?!sus. O ministro santo t!m@v!l arma na mo d! !us4.%star o arauto do evangelho espiritualmente fora de ordem em sua

    pessoa , tanto para ele como para o seu tra(alho, uma calamidade dasmais graves. Contudo, irmos, com que facilidade se produ/ esse mal, ecom que vigil

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    (ruscamente porque um parafusinho de nada de um dos motores seque(rara sendo que toda a locomotiva comp!e#se virtualmente de doismotores. 1uando partimos de novo, fomos o(rigados a arrastar#noslentamente apenas com uma (iela de pisto funcionando, em ve/ deduas. Somente se perdera um pequeno parafuso. Se ele tivesse ficado emordem, o trem teria prosseguido velo/mente em seu caminho de ferro,mas a ausEncia de uma diminuta pea de ferro desarrumou tudo.

    Conta#se que nas ferrovias dos %stados Gnidos um trem parou porcausa de insetos que penetraram nas cai"as de gra"a dos ei"os docom(oio. 5 analogia perfeita. Gma pessoa em todos os demais aspectos

    ha(ilitada para ser til pode, por algum defeito diminuto, sere"tremamente prejudicada, ou at tornar#se intil por completo. Gmresultado desses em e"tremo ruinoso, uma ve/ que est associado aoevangelho que, no sentido supremo, adequado a produ/ir os maioresresultados. = terr'vel quando um ungIento perde a sua eficcia devido aotrapalho que o aplica. *odos vocEs sa(em dos efeitos nocivos

    produ/idos muitas ve/es na gua quando passa por canos ruinsB assim

    tam(m o pr9prio evangelho, passando atravs de homensespiritualmente doentios, pode ser aviltado a ponto de se tornar nocivoaos ouvintes. = de temer que a doutrina calvinista se torne um ensinomuito danoso quando e"posta por homens de vida 'mpia, e apregoadacomo se fosse um manto para a licenciosidade. - arminianismo, poroutro lado, com a sua ampla e"tenso do oferecimento de miseric9rdia,

    poder causar o mais srio dano $s almas, se o tom descuidado do

    pregador levar os ouvinte a acreditarem que so capa/es de arrepender#sequando (em quiserem. Com isso, pois, a mensagem do evangelho noimplica em nenhuma urgEncia. 5lm disso, quando o pregador po(rede graa, qualquer (enef'cio permanente que poderia resultar do seuministrio em geral ser fraco e completamente desproporcional ao quese poderia esperar.

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    4uita semeadura seguir#se# de escassa colheita. - interesse pelostalentos ser inapreciavelmente pequeno. %m duas ou trEs (atalhas emque fomos derrotados na recente guerra americana, di/#se que oresultado deveu#se $ m qualidade da p9lvora entregue por certos

    pseudo#fornecedores contratados pelo e"rcito, de modo que oscanhoneios no produ/iram efeito. Pode acontecer o mesmo conosco.Podemos errar o alvo, perder a nossa finalidade, o nosso o(jetivo, edesperdiar o tempo, por no possuirmos dentro de n9s a verdadeirafora vital ou por no a possuirmos na medida em que, compativelmente,levaria 2eus a a(enoar#nos. Cuidem para no serem pseudo#pregadores.

    Um dos nossos primeiros cuidados deve ser que nos mesmossejamos homens salvos.

    1ue um mestre do evangelho seja antes um participante dele verdade simples, mas ao mesmo tempo uma regra da mais pondervelimport

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    qualidade, pois e"iste grande possi(ilidade de estarmos enganados so(rese somos ou no convertidos.

    Creiam#me, no (rincadeira infantil 0fa/er cada ve/ mais firme avossa vocao e eleio0. - mundo est repleto de limita!es, e estapinhado de alcoviteiros do amor#pr9prio carnal, que cercam o ministrocomo a(utres em volta de uma carcaa. @ossos cora!es so enganosos,de sorte que a verdade no est na superf'cie, mas tem que ser arrancadado poo mais profundo. 2evemos sondar#nos a n9s mesmos com vidointeresse e de modo completo, para no suceder que, tendo de algumaforma pregado a outros, no venhamos a ficar reprovados.

    1ue corsa horr'vel, ser pregador do evangelho e, todavia, no estarconvertidoF Cada qual sussurre consigo mesmo no 'ntimo de sua alma:01ue coisa terr'vel seria para mim, se eu ignorasse o poder da verdadeque me estou preparando para proclamarF0 - ministrio e"ercido por uminconverso envolve rela!es das mais antinaturais. Gm pastor destitu'doda graa semelhante a um cego eleito professor de 9tica, que fa/filosofia so(re a lu/ e a viso, comentando e distinguindo para outros os

    (elos som(reados e as delicadas com(ina!es das cores prismticas,enquanto ele mesmo est a(solutamente em trevasF = um mudo elevado$ ctedra de msicaB um surdo a falar so(re sinfonias e harmoniasF Gmatoupeira pretendendo criar filhotes de guiasB um molusco eleito

    presidente de anjosF5 esse tipo de relao poder#se#iam aplicar as metforas mais

    a(surdas e grotescas, se o assunto no fosse to solene. = uma tremenda

    posio para um homem ocupar, pois ao fa/E#lo est se comprometendocom uma o(ra para a qual est inteiramente, completamente, totalmentedesqualificado, mas de cujas responsa(ilidades sua falta de ha(ilitaono o resguarda, porque ele as assumiu voluntariamente. Sejam quaisforem os seus dons naturais, sejam quais forem os seus poderes mentais,estar completamente fora do preo para a o(ra espiritual se no tivervida espiritual. % ser seu dever interromper o of'cio ministerial

    M

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    enquanto no rece(er esta qualificao, que a primeira e a mais (sicade todas.

    - ministrio e"ercido por inconversos pode ser igualmente terr'velnoutro sentido. Se o homem no for realmente comissionado, que infeliz esta posio para eleF 1ue poder achar na e"periEncia das pessoas so(o seu cuidado pastoral que o possa confortar? Como haver de sentir#sequando escutar o clamor dos arrependidos, ou quando ouvir as suasdvidas repassadas de ansiedade e os seus graves temores? Nicarespantado ao pensar que as suas palavras deveriam se adequadas $quelanecessidade agudaF 5 palavra de um homem no convertido pode ser

    a(enoada para a converso de almas, desde que o Senhor, em(orarepudie ao homem, continue honrando a Sua verdade. Como h de ficar

    perple"o o homem, quando consultado so(re dificuldades de cristosamadurecidosF @o caminho da e"periEncia, pelo qual so condu/idos osseus ouvintes regeneradas, ele mesmo s9 poder sentir#se um completofracasso. Como poder captar as alegrias dos que esto em seus eleitosde morte, ou participar da comunho fervorosa dos crentes $ mesa do

    Senhor?%m muitos casos de jovens empregados numa profisso que no

    podem agIentar, correm eles a engajar#se na marinha, preferindo isso aseguir uma ocupao penosa. 4as, para onde fugir aquele que treinou

    para dedicar#se a vida toda a esta santa vocao, e, contudo, completamente alheio ao poder da vida piedosa? Como poderdiariamente e"ortar que os homens venham a Cristo, enquanto ele

    mesmo estranho ao Seu amor que - levou $ morte sacrificial? Osenhores, seguramente isto s9 pode ser uma escravido perptua. *alhomem certamente odiar a simples viso de um plpito, tanto quantoum escravo das gals odeia o remo.

    % quo imprestvelh de ser um homem dessesF Ca(e#lhe guiarviajores ao longo de uma estrada que ele nunca percorreu, navegar poruma costa da qual no conhece nenhuma das (ali/as orientadorasF =

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    chamado para instruir a outros, sendo ele mesmo um tolo. 1ue que elepode ser, seno uma nuvem sem chuva, uma rvore que s9 tem folhas?Como quando uma caravana no deserto, com todos sedentos e quasemorrendo assados ao sol, chega $ to desejada fonte e horror doshorroresF encontra#a sem uma gota d+gua, assim, quando almassedentas de 2eus chegam a um ministrio carente da graa, ficam prestesa perecer porque no acham ali a gua da vida. = melhor a(olir os

    plpitos do que enchE#los de homens que no tEm conhecimentoe"perimental daquilo que ensinam.

    5hF o pastor no reenerado vem a ser terrivelmente nocivo

    tam(m, pois, de todas as causas produtoras de infidelidade, os ministroscarentes de vida piedosa devem ser classificados entre as primeiras. 3ioutro dia que nenhum aspecto do mal j apresentou to e"traordinrio

    poder de destruio como o ministro no convertido de uma par9quiaque contava com um 9rgo car'ssimo, um coro composto de cantores'mpios, e mem(ros de uma igreja aristocrtica. 5 opinio do escritor eraque no poderia haver maior instrumento de condenao do que isso,

    fora do inferno. 5s pessoas vo para o seu local de culto, sentam#secomodamente e se acham crists, quando o tempo todo, tudo aquilo emque a sua religio consiste resume#se em ouvir um orador, sentir c9cegasnos ouvidos, feitas pela msica, e talve/ ter os olhos divertidos poratitudes graciosas e maneiras elegantes, sendo o conjunto todo nadamelhor do que o que ouvem e vEem na 9pera talve/ no to (om,quanto $ (ele/a esttica, e nem um tomo mais espiritual. 4ilhares se

    congratulam, e at (endi/em a 2eus por serem Seus devotos adoradoresquando, ao mesmo tempo, vivem numa condio de no regenerados,sem Cristo, tendo a forma da piedade mas negando o poder dela. 1uemdirige um sistema que no visa a nada mais elevado que o formalismo, muito mais servo do dia(o do que ministro de 2eus.

    Gm pregador meramente formal j nocivo enquanto preserva oseu equil'(rio e"terno, mas como no possui o equil'(rio da piedade que

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    poderia preserv#lo, mais cedo ou mais tarde quase certo que cometerum erro em seu carter moral, e em que posio fica ele neste casoFComo 2eus (lasfemadoF % como o evangelho sofre a(usosF

    = terr'vel considerar que morte espera tal homem! qual ser asua condi#o posteriorF - profeta retrata o re' da &a(il8nia descendo aoinferno, e todos os reis e pr'ncipes que ele tinha destru'do, e cujascapitais tinha assolado, erguendo#se dos seus lugares no inferno esaudando o tirano ca'do com o cortante sarcasmo: 0*u tam(m adoecestecomo n9s, e foste semelhante a n9s0 )s. R:R. % vocEs no podemimaginar um homem que foi ministro, mas que viveu sem Cristo no

    corao, indo para o inferno, e todos os esp'ritos em priso quecostumavam ouvi#lo, e todos os 'mpios da sua igreja, levantando#se e lhedi/endo em tom amargo: 0*u tam(m te fi/este como n9s? 4dico, note curaste a ti mesmo? *u, que te proclamavas ser (rilhante lu/, lanadonas trevas para sempre?0 5hF se algum tem que se perder, que no sejadesse jeitoF Perder#se $ som(ra de um plpito terr'vel, mas quanto maisterr'vel perecer havendo ocupado o plpitoF

    @o tratado de Dohn &un>an intitulado 0Suspiros do nferno0 )Sighsfrom Hell h uma tem'vel passagem que muit'ssimas ve/es ressoa emmeus t'mpanos:

    49uantas almas :oram d!stru@das por causa da ignorncia d! clrigosc!gos r!gao u! no !ra m!lhor para as suas almas do u! v!n!no d!rato para o corpo. = d! t!m!r u! muitos d!l!s t!nham u! r!spond!r porcidad!s int!iras. AhB amigo7 digo-t!7 tu u! t! incum$ist! d! pr!gar ao povo7pod! s!r u! no consigas s!u!r :alar auilo d! u! t! incum$ist!. o t!

    do!r6 v!r toda a tua igr!Da ir atr6s d! voc para o in:!rno 8 ! a clamarE 4stod!v!mos agrad!c!r-t!. )iv!st! m!do d! :alar-nos dos nossos p!cados7 parau! acaso no continu6ss!mos m!t!ndo comida su:ici!nt! na tua $oca. F!nt! vil ! maldito7 u! no t! cont!ntast!7 guia c!go como :ost!7 !m cair tum!smo no :osso7 mas tam$m nos arrastast! contigo para o m!smo lugarB4

    Tichard &a"ter, em sua o(ra,$eformed %astor, em meio a muitasoutras coisas profundas, escreve como se segue:

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    4)!nham cuidado consigo m!smos7 para u! no !st!Dam vaiosdau!la graa salvadora d! !us u! o:!r!c!m a outros7 ! no s!Dam!stranhos >u!la o$ra !:ica !:!tuada por au!l! !vang!lho u! pr!gam; !

    para no acont!c!r u!7 !nuanto proclamam ao mundo a n!c!ssidad! d!um 'alvador7 os s!us prGprios coraH!s O n!glig!nci!mI7 ! lh!s :alt!int!r!ss! por (l! ! por '!us $!n!:@cios salv@:icos. )!nham cuidado consigom!smos7 para u! voc no p!r!am !nuanto chamam a at!no d!outros a u! s! cuid!m para no p!r!c!r!m7 ! para u! vocs no morramd! :om! !nuanto pr!pararam alim!nto para !l!s. (m$ora haDa umaprom!ssa aos u! a muitos conv!rt!ram > Dustia7 prom!ssa d! u!r!:ulgiro como as !str!las Jn. 12E3K7 :!ita com a suposio d! u! !l!s

    m!smos :oram guiados prim!iro a !la. rom!ssas d!ss! tipo so :!itascoeteris paribus, et suppositis supponendisJcom a unio dos iguais ! comas suposiH!s u! s! d!v!m :a!rK. 'ua prGpria sinc!ridad! na : constitu@ acondio da sua glGria consid!rada simpl!sm!nt!7 !m$ora os s!us grand!sla$or!s minist!riais s!Dam uma condio da prom!ssa d! maior glGria a !l!s.

    4Muitos u! adv!rtiram a outros a :im d! u! no Iv!nham para !st!lugar d! torm!ntoI7 !l!s prGprios s! pr!cipitaram para l6. Muito pr!gador u!c!m v!!s conclamou os s!us ouvint!s a !mpr!gar!m o m6*imo cuidado !diligncia para !scapar!m ao in:!rno7 l6 !st6. od! alguma p!ssoa rao6v!l

    imaginar u! !us salvaria hom!ns por o:!r!c!r!m a salvao a outros7!nuanto !l!s m!smos a r!cusaram7 ! por di!r!m a outros as v!rdad!su! !l!s m!smos n!glig!nciaram ! das uais a$usaram Muito al:aiat! u!con:!cciona custosos traD!s para outros7 v!st!-s! d! andraDos; ! muitocoinh!iro mal lam$! os d!dos7 ap!sar d! t!r pr!parado para outros ospratos mais caros.

    4Acr!dit!m7 irmos7 !us nunca salvou ningum por s!r pr!gador7 n!mpor t!r sido pr!gador capa; mas poru! :oi um hom!m Dusti:icado7

    santi:icado !7 cons!L!nt!m!nt!7 :i!l no s!rvio do s!u M!str! ! '!nhor.ortanto7 t!nham cuidado consigo m!smos prim!iro7 para u! s!Dam auilou! procuram p!rsuadir outros a s!r!m7 cr!iam nauilo !m u! procuramdiariam!nt! p!rsuadir outros a cr!r!m7 ! t!nham acolhido no s!u prGpriocorao au!l! Cristo ! au!l! (sp@rito 'anto u! o:!r!c!m a outros.Au!l! u! lh!s ord!nou u! am!m o prG*imo como a si m!smos7 ord!nouimplicitam!nt! u! s! am!m a si prGprios ! no d!struam n!m a si m!smosn!m aos outros4.

    RR

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    4eus irmos, permitam que estas pesadas considera!es produ/amo devido efeito em vocEs. Certamente no h necessidade de acrescentarnada mais. 2ei"em#me, porm, rogar#lhes que se e"aminem a simesmos, e assim faam (om uso daquilo que lhes foi dirigido.

    %sta(elecido o primeiro ponto da verdadeira religio,seue&se emimport'ncia para o ministro( em seundo luar( que a sua piedade sejaviorosa.

    - ministro no deve se contentar em estar no mesmo n'vel dossoldados rasos das fileiras cristsB tem que ser um crente amadurecido eadiantado, pois o ministrio de Cristo tem sido com acerto denominado

    0Sua escolha mais seleta, o eleito da Sua eleio, uma igreja e"tra'da daSua igreja0. Se o ministro fosse chamado para uma posio comum e

    para um tra(alho comum, talve/ a graa comum pudesse satisfa/E#lo,apesar de que mesmo ento seria uma satisfao indolente. Sendo,

    porm, eleito para tra(alhos e"traordinrios, e chamado para um lugarem que h perigos fora do comum, ele deve aspirar avidamente a possedaquela fora superior que nica e adequada ao seu oficio. - pulso da

    sua religiosidade vital deve (ater forte e com regularidadeB os olhos dasua f devem ser (rilhantesB os ps da sua resoluo devm ser firmesB asmos da sua atividade devem ser geisB todo o seu ser interior deve estarno mais alto grau de sanidade.

    2i/em que os eg'pcios escolhiam os seus sacerdotes dentre os seusfil9sofos mais doutos, e depois os tinham em to alta estima que dentreeles escolhiam os seus reis. %"igimos que os ministros de 2eus sejam a

    nata de todos os que formam nos e"rcitos de Cristo. Homens tais que,se a nao quisesse reis, no poderia fa/er melhor do que elev#los aotrono. -s nossos homens de pequeno poder mental, muito t'midos,carnais e de personalidade mal equili(rada no prestam como candidatosao plpito. H alguns tra(alhos que jamais devemos confiar a invlidosou deformados. Gm homem pode no ser qualificado para trepar emaltos edif'cios. Seu cre(ro pode ser fraco demais, e o tra(alho em

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    lugares altos pode coloc#lo em grande perigo. Naa#se tudo para mantE#lo no cho e para achar#lhe uma ocupao em que um cre(ro estvelseja menos importante.

    H irmos que tEm anlogas deficiEncias espirituais. @o podem serchamados para um servio proeminente e elevado porque tEm ca(eafraca. Se lhes fosse permitido o(ter um pouco de sucesso, ficariaminto"icados com a vaidade v'cio comum entre os ministros, e, de todasas coisas, a que menos lhes convm, e a que com maior certe/a lhesassegura a queda. Se como nao f8ssemos chamados a defender asnossas casas e os nossos lares, no enviar'amos nossos meninos e

    meninas com espadas e armas de fogo a enfrentar o inimigo, tampouco aigreja pode enviar todo novio ver(oso ou /elote sem e"periEncia a

    (atalhar pela f. - temor do Senhor h de ensinar sa(edoria ao jovem,ou, do contrrio, ser#lhe# vedado o pastorado. 5 graa de 2eus h deamadurecer o seu esp'rito, ou seria melhor que esperasse at ser#lhe dado

    poder do alto.- mais elevado carter moral deve ser mantido com a m"ima

    diligEncia. 4uitos que so 9timos mem(ros de igreja no soqualificados para e"ercer of'cio na igreja. *enho opini!es r'gidas quantoa cristos que ca'ram em pecado grosseiro. Tego/ijo#me de que possamter se convertido de verdade, e que, com uma mistura de esperana ecautela, sejam rece(idos $ comunho da igreja. 4as questiono, equestiono com seriedade, se um homem que pecou escandalosamentedeve ser logo restaurado ao plpito.

    Como o(serva Dohn 5ngell Dames:49uando um pr!go!iro da Dustia s! d!tm no caminho dos p!cador!s7nunca d!v!r6 tornar a a$rir os l6$ios na grand! congr!gao7 !nuanto os!u arr!p!ndim!nto no :or to notGrio como o s!u p!cado4.

    1ue os que foram tosquiados pelos filhos de 5mom esperem emDeric9 at que as suas (ar(as cresam. 4uitas ve/es isso tem sido usadocomo um insulto a jovens im(er(es, a quem evidentemente no se

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    aplicaB uma metfora (em precisa referente a homens sem honra e semcarter, seja qual for a sua idade. 3astimvelF 5 (ar(a da reputao umave/ raspada, dificilmente cresce de novo. 5 imoralidade praticadaa(ertamente, na maioria dos casos, por mais profundo que seja oarrependimento, um sinal fatal de que as graas ministeriais nuncaestiveram no carter desse homem. 5 mulher de Csar deve estar fora dequalquer suspeita, e preciso que no corram fetos (oatos so(re ainconsistEncia ministerial do passado, se no, ser d(il a esperana deuma valiosa prestao de servio. @a igreja esses que ca'ram devem serrece(idos como penitentes, e no ministrio podero ser rece(idos se

    2eus os colocar l. 4inha dvida no so(re isso, mas se 2eusrealmente os colocou l. % minha convico que devemos ser muitolentos em ajudar a voltarem para o plpito homens que, tendo sido

    provados uma ve/, mostraram possuir pouqu'ssima graa para agIentar oteste crucial da vida ministerial.

    Para alguns servios no escolhemos ningum seno os fortes. %quando 2eus nos chama para o la(or ministerial, devemos esforar#nos

    para o(ter graa para que sejamos fortalecidos com vistas a ha(ilitar#nospara a nossa posio, e no sejamos simples novatos arrastados pelastenta!es de Satans, para preju'/o da igreja e para a nossa pr9pria ru'na.*emos que manter#nos equipados com toda a armadura de 2eus, prontos

    para corajosas proe/as no esperadas de outros. Para n9s, a a(negao, arenncia, a paciEncia, a perseverana, a resignao, tEm que ser virtudes

    postas em prtica todo dia, e quem suficiente para estas coisas? *emos

    necessidade de viver (em perto de 2eus, se queremos ser aprovados emnossa vocao.Tecordem#se, como ministros, de que toda a sua vida,

    especialmente toda a sua vida pastoral, ser afetada pelo vigor da suapiedade. Se o seu /elo se amortecer, vocEs no oraro (em no plpito,oraro pior no seio da fam'lia, e pior ainda a s9s, no ga(inete pastoral.1uando a sua alma se empo(rece, os seus ouvintes, sem que sai(am

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    como e por que, acharo que as suas ora!es em p(lico tEm poucosa(or para eles. Sentiro a sua aride/ possivelmente antes de vocEs a

    perce(erem. %m seguida, os seus discursos denunciaro o seu decl'nio.Podero pronunciar palavras to (em escolhidas e sentenas to (emcoordenadas como antes, mas haver percept'vel perda de poderespiritual.

    Podero sacudir#se como noutros tempos, e"atamente comoaconteceu com Sanso, mas vero que a sua grande fora ter#se#retirado. %m sua comunho diria com os da sua igreja, no sedemoraro a notar a crescente decadEncia dos seus dons e graas. -lhos

    perspica/es vero antes de vocEs os ca(elos grisalhos aqui e ali. &astaque um homem seja atacado de uma enfermidade do corao para quetodos os males o envolvam o est8mago, os pulm!es, as entranhas, osmsculos e os nervos padecero todos. 5ssim, (asta que um homemfique com o corao enfraquecido nas coisas espirituais para que (emdepressa a sua vida toda sinta a influEncia de(ilitante.

    5lm disso, como resultado da sua decadEncia, cada um dos seus

    ouvintes sofrer em maior ou menor grau. -s vigorosos dentre elessuperaro a tendEncia depressiva, mas os mais fracos sero gravemente

    prejudicados. 5contece conosco e com os nossos ouvintes o queacontece com. os rel9gios de uso pessoal e com os rel9gios p(licos. Seo nosso rel9gio no estiver certo, muito pouca gente, alm de n9smesmos, sofrer com o engano, mas se o do edif'cio dos Horse Kuards,de 3ondres, ou o do -(servat9rio de KreenUich, estiver errado, a metade

    de 3ondres ficar desorientada. 5ssim com o ministro. %le o rel9gio dacomunidade. 4uitos conferem a sua hora com ele e, se ele for incorreto,todos andaro erradamente, uns mais outros menos, e em grande medidaele ter que responder por todos os pecados que ocasiona. @o podemosagIentar sequer pensar nisso, meus irmos. @o deve nos darconfortadora considerao nem por um momento, e, contudo, temos quedar#lhe ateno para proteger#nos contra esse mal.

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    2evemos lem(rar#nos tam(m de que precisamos ter piedadedeveras vigorosa porque o perio que enfrentamos ) muito maior do queo que os outros enfrentam. 2e modo geral, nenhuma posio toassaltada pelas tenta!es como o ministrio da Palavra. 5 despeito daidia popular de que a nossa vocao um refgio a(rigado da tentao,a verdade que os perigos que nos cercam so mais numerosos e maisinsidiosos dos que cercam os cristos em geral. 5 nossa posio pode serum terreno vantajoso quanto $ altura, mas essa altura perigosa, e paramuitos o ministrio revelou#se uma rocha tarpeiana.V

    Se me perguntarem quais so essas tenta!es, talve/ no dE tempo

    para particulari/#las, mas entre elas h as mais grosseiras e as maisrefinadas. 5s mais grosseiras so tenta!es como a do desregramento $mesa, a da adulao dos que possuem supera(und

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    vestimenta comprida que se enrosca nos ps do corredor e o impede decorrer. 5cautelem#se, caros irmos, contra isso e contra todas as outrassedu!es que assediam a sua carreiraB e, se vocEs tEm agido assim atagora, continuem vigilantes at ltima hora da vida.

    5ssinalamos apenas um dos perigos, mas, na verdade, so umalegio. - grande inimigo das almas esmera#se em no dei"ar pedra semrevirar no af de arruinar o pregador.

    4Cuid!m-s!47 di a*t!r7 4poru! o t!ntador :ar6 a sua prim!ira ! maismorda inv!stida contra vocs. '! vocs :or!m os l@d!r!s contra !l!7 !l! noos poupar6 n!m um pouco alm da m!dida da r!strio u! !us lh! impH!.

    (l! sust!nta contra vocs o m6*imo da sua maldad! poru! !sto!mp!nhados !m causar-lh! o maior dano. Assim como od!ia a Cristo maisu! a ualu!r d! nGs7 poru! (l! o 4comandant!-!m-ch!:!4 ! o 4capitoda nossa salvao47 ! :a muito mais u! o mundo int!iro contra o r!ino dastr!vas7 assim pH! mais at!no nos l@d!r!s su$ordinados a Cristo u! aossoldados rasos7 por s!m!lhant! motivo7 guardadas as d!vidas proporH!s.(l! sa$! muito $!m a d!rrota u! pod!r6 impor aos r!stant!s7 s! os l@d!r!sca@r!m > vista d!l!s. or longo t!mpo !l! t!m usado !sta :orma d! p!l!Dar74n!m com p!u!nos7 n!m com grand!s47 r!lativam!nt! :alando mas dirig!-

    s! !sp!cialm!nt! aos grand!s7 con:orm! !st6 !scritoE I0!rir!i o pastor7 ! asov!lhas do r!$anho s! disp!rsaroI. ( por !st! m!io t!m cons!guido talsuc!sso7 u! continuar6 a us6-lo !nuanto pud!r.

    4)!nham cuidado7 pois7 irmos7 poruanto o inimigo os :ita com umolhar !sp!cial. /ocs so:r!ro as suas insinuaH!s mais sutis7 solicitaH!sinc!ssant!s ! assaltos viol!ntos. or mais s6$ios ! instru@dos u! s!Dam7cuid!m-s!7 para u! !l! no lh!s so$r!puD! o !ng!nho. O dia$o maisdouto u! vocs7 ! cont!ndor mais !sp!rto; pod! trans:igurar-s! !m 4anDo d!

    lu4 para !nganar. (l! dominar6 vocs ! l!var-vos-6 por ond! uis!r ant!su! s! d!m conta; $ancar6 ilusionista com vocs7 s!m s!r p!rc!$ido7 ! voslograr67 :a!ndo-vos p!rd!r a : ou a inocncia7 ! vocs n!m sa$!ro u! ap!rd!ram; p!lo contr6rio7 :ar6 com u! cr!iam u! !la s! multiplicou oucr!sc!u7 uando na v!rdad! :oi p!rdida. /ocs no !n*!rgaro n!m a varan!m o anol7 ! muito m!nos o p!scador sutil7 !nuanto !l! o:!r!c! a suaisca. ( as suas iscas s!ro to ad!uadas ao t!mp!ram!nto ! > disposiod! vocs7 u! t!r6 c!rt!a d! colh!r vantag!m no vosso @ntimo7 :a!ndo

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    com u! os vossos princ@pios ! inclinaH!s vos traiam; ! s!mpr! u! vosarruinar7 :ar6 d! vocs instrum!ntos da vossa prGpria ru@na. Oh7 u! vitGria!l! :ica r!m!morando7 s! cons!gu! tornar um ministro ocioso ! in:i!l; s!

    pod! :a!r um ministro cair na t!ntao da co$ia ou d! um !scndaloB (l!s! u:anar6 contra a igr!Da. ! dir6E I(st!s so os t!us santos pr!gador!s; vsual a virtud! d!l!s7 ! para ond! !la os l!var6I.

    4(l! s! u:anar6 contra o prGprio '!nhor ?!sus Cristo7 ! dir6E I'o !st!sos t!us camp!H!sB osso :a!r com u! os )!us principais s!rvos )!d!sonr!m; posso tornar in:iis os mordomos da )ua casaI. '! !l! insultoutanto a !us $as!ado numa :alsa susp!ita7 !

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    D ouvimos todos a historia do homem que pregava to (em e viviato mal que, quando estava no plpito, toda gente di/ia que ele no deviasair mais de l, e quando estava fora dele, todos declaravam que ele nodevia voltar a ocup#lo. 1ue o Senhor nos livre da imitao de tal Danes.1ue nunca sejamos sacerdotes de 2eus junto ao altar e filhos de &elialfora das portas do ta(ernculo. 5o contrrio, como di/ @a/ian/eno so(re&as'lio, 0trovejemos em nossa doutrina e relampagueemos em nossaconversao0. @o confiamos nas pessoas de duas caras e ningum darcrdito $queles cujos testemunhos ver(ais e prticos so contradit9rios.Segundo o provr(io, as a!es falam mais alto do que as palavras, assim

    uma vida m efetivamente a(ata a vo/ do mais eloqIente ministrio.5final de cantas, a nossa mais vera/ o(ra de edificao deve serreali/ada com as nossas mosB o nosso carter tem que ser mais

    persuasivo do que o nosso falar.5qui vos advirto no somente so(re pecados de comisso, mas

    tam(m so(re pecados de omisso. 4uitos pregadores esquecem#se deservir a 2eus quando esto fora do plpito, sendo incoerentes em seu

    modo de viver. 2iletos irmos, detestem pensar em ser ministros tiporel9gio, no vivendo pela graa presente no seu 'ntimo, mas agindo pelacorda dada por influEncias passageirasB homens que somente soministros quando tEm que ser, quando so pressionados pelas horas deministrao, mas dei"am de ser ministros quando descem a escada do

    plpito. -s verdadeiros ministros so ministros sempre. 4uitospregadores so como aqueles (rinquedos de areia que compramos para

    as nossas crianasB viramos a cai"a de (oca para (ai"o, e o pequenoacro(ata volve#se e revolve#se at esvair#se a areia toda, e ento elepende im9vel. 5ssim h alguns que perseveram nas ministra!es daverdade enquanto h alguma necessidade oficial do seu tra(alho, mas,depois disso, sem pagamento, no h orao: se no h salrio, no hsermo.

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    = horr'vel ser ministro incoerente. 2e nosso Senhor se di/ que foisemelhante a 4oiss por esta ra/o, por que foi 0profeta poderoso emo(ras e palavras0. - homem de 2eus deve imitar nisto o seu 4estre eSenhor. 2eve ser poderoso tanto na palavra da sua doutrina como nosseus atos e"emplares, e mais poderoso, se poss'vel, no segundo caso. =notvel que a nica hist9ria da igreja que temos esta: 05tos dos5p9stolos0. - %sp'rito Santo no preservou todos os seus serm!es. %rammuito (ons, melhores do que jamais pregaremos, mas, apesar disso, o%sp'rito Santo Se interessou mais pelos 0atos0 dos ap9stolos. @o temoslivros de atas com o registro das resolu!es dos apostoles. 1uando temos

    nossas reuni!es eclesisticas, registramos as nossas atas e resolu!es,mas o %sp'rito Santo fa/ constar mais os 0atos0. -s nossos atos devemser tais que meream registro, pois registrados sero. 2evemos vivercomo estando so( o mais direto olhar de 2eus, e como na lu/ do grandedia da revelao de todas as coisas.

    @o ministro, a santidade ao mesmo tempo a sua principalnecessidade e o seu mais e"celente ornamento. 5 simples e"celEncia

    moral no (astaB preciso haver virtude mais elevada. *em que haver umcarter consistente, mas este precisa ser ungido com o 9leo santo daconsagrao, ou, do contrrio, estar faltando aquilo que nos impregnado melhor aroma para 2eus e para os seres humanos. - velho DohnStoughton, em seu tratado intitulado The %reacher,s -init and -ut)52ignidade e o 2ever do Pregador, insiste na santidade do ministro comdeclara!es contundentes. 0Se G/ deve morrer por tocar na arca de

    -eus, e isso para segur#la por estar prestes a cairB se devem morrer oshomens de &ete#Semesporque olharam para dentro delaB se os pr9priosanimais so ameaados somente por apro"imar#se do monte santo ento, que espcie de pessoas devem ser os que so aceitos para falarcom 2eus familiarmente, para 0estar de p diante dele0, como o fa/em osanjos, e 0contemplar continuamente a sua face0? 0Para levar a arca emseus om(ros0B 0para levar o seu nome perante os gentios0B numa palavra

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    para ser Seus em(ai"adores? 05 santidade convm $ *ua casa, Senhor0.% no seria rid'culo imaginar que os vasos devem ser santos, as vestesdevem ser santas, tudo deve ser santo, mas somente aquele so(re cujasvestimentas precisa estar escrito 0santidade ao Senhor0 pode dei"ar deser santo? @o seria rid'culo que as campainhas dos cavalos devem terem si uma inscrio de santidade )Wac. R:7B e as campainhas dossantos, isto , as campainhas de 5ro, fiquem sem santificar#se?

    @o, eles devem ser 0l

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    semelhantes a vocE, se vocE for semelhante a 2eus. 4as quando vocEfica parado $ porta da virtude, apenas para manter fora o pecado, nointrodu/ir ningum no aprisco de Cristo, e"ceto aqueles impelidos pelotemor. "/d majorem -ei loriam", 0Na/er o que mais glorifique a 2eus0,esta a linha pela qual vocE deve andar. Portanto, no ir alm daquiloque todos os homens fa/em por o(rigao, servilismo, no atingindo aafeio de filhos. 4uito menos podero ser pa's espirituais os que nochegam a igualar#se aos filhos de 2eus. Pois um farol o(scuro,conquanto haja fraca lu/ por um lado, mal iluminar a um, e muitomenos condu/ir uma multido, nem atrair muitos seguidores com o

    (rilho da sua chama0.-utro te9logo episcopal igualmente admirvel disse com acerto e

    com energia:4A !str!la u! guiou os magos a Cristo7 ! a coluna d! :ogo u!

    conduiu os :ilhos d! sra!l a Cana7 no $rilharam ap!nas7 mas :oramadiant! d!l!s JMt. 2E&; N*. 13E21K. A vo d! ?acG :ar6 pouca coisa $oa7 s! asmos :or!m d! (sa#. a l!i7 ningum u! tiv!ss! alguma mancha pod!riao:!r!c!r as o$laH!s ao '!nhor J

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    confiana em todos os pregadores, e di/ia: 0%les cuidam dos ricos, masno cuidam de n9s, os po(res0.

    Por muitos anos aquele homem no se firmou em nenhum local deculto, at que um dia caiu no %"eter Hall e durante anos foi meu ouvinte,at que a ProvidEncia o removeu. @o foi tarefa pequena fa/E#lo crer quetodo ministro podia ser sincero e amar imparcialmente ricos e po(res.*ratemos de evitar esse mal, dando cuidadosa ateno $ nossa palavra

    pessoal. 2evemos lem(rar#nos de que somos muito o(servados.2ificilmente os homens tEm o descaramento de transgredir a le' $ plenavista dos seus semelhantesB todavia, n9s vivemos e nos movemos nessa

    pu(licidade. 4ilhares de olhos de guias nos vigiam. Procedamos demodo que nunca precisemos ter preocupao so(re se todo o cu, terra einferno alongam a lista de espectadores. 5 nossa posio p(lica grande ganho, caso sejamos ha(ilitados a mostrar os frutos do %sp'ritoSanto em nossas vidas. *enham cuidado, irmos, para no suceder que

    joguem fora a vantagem.4eus caros irmos, quando lhes di/emos que cuidem (em da sua

    vida, queremos di/er que sejam cuidadosos at com as minudEncias doseu carter. %vitem as pequenas d'vidas, a impontualidade, fa/erme"ericos, dar apelidos, contendas minsculas, e todos aqueles pequenosmales que enchem de moscas o ungIento. 5s auto#indulgEncias que tEmre(ai"ado a reputao de muitos, no podemos tolerar. 5s familiaridadesque tEm lanado suspeita so(re outros, temos que evitar castamente. 2agrosseria que tem tornado alguns odiosos, e das futilidades que tornaram

    muitos despre/'veis, temos que nos descartar. @o podemos permitir#noscorrer grandes riscos por causa de pequenas coisas. *enhamos o cuidadode condu/ir#nos de acordo com a regra: 0@o dando n9s esc

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    que a melhor atitude seria pisar numa regra de etiqueta, sentir#me#iagratificado ao fa/E#lo. @oB somos homens, no escravosB e no devemosrenunciar $ nossa li(erdade varonil para sermos lacaios dos que fingemgentile/a ou alardeiam polide/. %ntretanto, irmos, de tudo que seapro"ima da grosseria que cheira a pecado temos que fugir comofugir'amos de uma v'(ora. Para n9s as regras de Chesterfield sorid'culasB no, porm, o e"emplo de Cristo. %le nunca foi grosseiro,

    (ai"o, descortEs ou indelicado.4esmo em vossas recrea!es, lem(rem#se de que so ministros.

    1uando esto fora da mira, ainda continuam sendo oficiais do e"rcito

    de Cristo, e, como tais, no se re(ai"em. 4as, se devemos o(servar comcautela as coisas m'nimas, quanto cuidado devemos ter nas grandesquest!es da moralidade, da honestidade e da integridadeF @estas

    preciso que o ministro no falhe. Sua vida particular deve estar sempreem harmonia com o seu ministrio, ou, do contrrio, o seu dia se porcom ele, e quanto mais cedo se afastar, melhor, pois a sua permanEncianesse of'cio servir somente para desonrar a causa de 2eus e ocasionar a

    ru'na de si mesmo,

    O CHAMADO PARA O MINISTRIO

    *odo cristo capa/ de disseminar o evangelho tem direito de fa/E#

    lo. 5inda mais, no s9 tem direito, mas seu dever fa/E#lo enquantoviver )5p. 77:RM. 5 propagao do evangelho foi entregue, no a unspoucos, mas a todos os disc'pulos do Senhor Desus Cristo. Segundo amedida da graa a ele confiada pelo %sp'rito Santo, cada disc'pulo tem ao(rigao de ministrar em seu tempo e gerao, $ igreja e entre osincrdulos. @a verdade, esta questo vai alm dos var!es, incluindotodos os elementos do outro se"o. Sejam os crentes homens ou mulheres,

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    quando capacitados pela graa divina, esto todos o(rigados a esforar#se ao m"imo para divulgar o conhecimento do Senhor Desus Cristo.

    *odavia, o nosso servio no assume necessariamente a formaparticular da pregao. Seguramente, em alguns casos preciso que no,como por e"emplo no caso das mulheres, cujo ensino p(lico e"pressamente proi(ido: R *m. 7:R7B R Co. R:A. 4as, se temoscapacidade para pregar, mister e"ercit#la. Contudo, nesta preleo nome refiro a prdicas ocasionais, nem a quaisquer outras formas deministrio comuns a todos os santos, mas ao tra(alho e of'cio doepiscopado, em que se incluem o ensino e o governo da igreja, e"igindo

    a dedicao da vida inteira do homem $ o(ra espiritual, e que ele sesepare de todas as carreiras seculares )7 *m. 7:. *ra(alho e oficio queautori/am o o(reiro a contar totalmente com a igreja de 2eus para osuprimento das suas necessidades temporais, visto que ele d todo o seutempo, energia e esforos para o (em daqueles que esto so( a suadireo )R Co. Q:RRB R *m. J:R.

    5 um homem assim Pedro se dirige com estas palavras: 05pascentai

    o re(anho de 2eus, que est entre v9s, tendo cuidado dele0 )R Ped. J:7.-ra, nem todos de uma igreja podem superintender ou governarB algunstEm que ser dirigidos ou governados. % cremos que o %sp'rito Santodesigna na igreja de 2eus alguns para agirem como superintendentes, eoutros para se su(meterem $ vigil

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    Se no o fi/er, mas se se lanar $s pressas ao cargo sagrado, o Senhordir dele e de outros semelhantes: 0%u no os enviei, nem lhes deiordemB e no trou"eram proveito nenhum a este povo di/ o Senhor0 )Dr.7A:A7.

    Consultando o 6elho *estamento, vocEs vero os mensageiros de2eus, da velha dispensao, reivindicando comissionamento da parte deDeov. sa'as conta#nos que um dos serafins tocou os seus l(ios comuma (rasa viva tirada do altar, e que a vo/ do Senhor lhe disse: 05 quemenviarei, e quem h de ir por n9s?0 )sa. L:. %nto disse o profeta:0%is#me aqui, envia#me a mim0. @o se apressou antes de ter sido

    visitado dessa maneira to especial pelo Senhor, e de ser por %lequalificado para a sua misso. 0Como pregaro, se no foremenviados?0, so palavras que ainda no tinham sido enunciadas, mas oseu solene significado era (em compreendido.

    Deremias narra em detalhe a sua vocao no primeiro cap'tulo doseu livro:

    4Assim v!io a mim a palavra do '!nhor7 di!ndoE Ant!s u! t!

    :ormass! no v!ntr! t! conh!ci7 ! ant!s u! sa@ss!s da madr!7 t! santi:iu!i;>s naH!s t! d!i por pro:!ta. (nto diss! !uE Ah '!nhor ?!ov6B (is u! nos!i :alar; poru! sou uma criana. Mas o '!nhor m! diss!E o digasE !usou uma criana; poru! aond! u!r u! !u t! !nviar7 ir6s; ! tudo uanto t!mandar dir6s. o t!mas diant! d!l!s7 poru! !u sou contigo para t! livrar7di o '!nhor. ( !st!nd!u o '!nhor a sua mo7 ! tocou-m! na $oca; ! diss!-m! o '!nhorE (is u! ponho as minhas palavras na tua $oca. Olha7 ponho-t!n!st! dia so$r! as naH!s7 ! so$r! os r!inos7 para arrancar!s7 ! parad!rri$ar!s7 ! para d!stru@r!s7 ! para arruinar!s; ! tam$m para !di:icar!s !

    para plantar!s4 J?r. 1E"-1+K.2iferindo em sua forma e"terna, mas com o mesmo prop9sito, foi a

    comisso de %/equiel. = como se segue, em suas palavras:4( diss!-m!E 0ilho do hom!m7 pH!-t! !m p7 ! :alar!i contigo. (nto

    !ntrou !m mim o (sp@rito7 uando :alava comigo7 ! m! pPs !m p7 ! ouvi ou! m! :alava. ( diss!-m!E 0ilho do hom!m7 !u t! !nvio aos :ilhos d! sra!l7>s naH!s r!$!ld!s u! s! r!$!laram contra mim7 at !st! m!smo dia4 J(.

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    2E1.3K. 4!pois m! diss!E 0ilho do hom!m7 com! o u! achar!s; com! !st!rolo7 ! vai7 :ala > casa d! sra!l. (nto a$ri a minha $oca7 ! m! d!u a com!ro rolo. ( diss!-m!E 0ilho do hom!m7 d6 d! com!r ao t!u v!ntr!7 ! !nch! as

    tuas !ntranhas d!st! rolo u! !u t! dou. (nto o comi7 ! !ra na minha $ocadoc! como o m!l. ( diss!-m!E 0ilho do hom!m7 vai7 !ntra na casa d! sra!l7! di!-lh!s as minhas palavras4 J(. 3E1-"K.

    5 vocao de 2aniel para profeti/ar, conquanto no registrada, fartamente atestada pelas vis!es a ele outorgadas, e pelo grand'ssimofavor que desfrutava da parte do Senhor, quer nas suas medita!essolitrias, quer nos atos p(licos.

    @o h necessidade de passar em revista todos os outros profetas,pois todos se arrogavam falar com a autoridade do 0assim di/ o Senhor0.@a presente dispensao, o sacerd9cio comum a todos os santos. 4as,profeti/ar, ou fa/er aquilo que se lhe assemelha, a sa(er, ser movido pelo%sp'rito Santo para entregar#se totalmente $ proclamao do evangelho,, na verdade, dom e vocao de apenas um nmero relativamente

    pequeno. % certamente estes precisam estar to seguros da veracidade dasua posio como os profetas estavam da sua. % mais, como podem

    justificar o seu ministrio, seno por um chamamento semelhante?*ampouco ningum imagine que essas voca!es so simples iluso,

    e que em nossa poca ningum separado para a peculiar o(ra de ensinoe direo da igreja, pois os pr9prios nomes dados no @ovo *estamentoaos ministros implicam em uma prvia vocao para a sua o(ra. 2i/ oap9stolo: 02e sorte que somos em*ai+adoresda parte de Cristo, como se2eus por n9s rogasse0. @o fato, porm, que a pr9pria alma do oficio

    de em(ai"ador repousa na nomeao feita pelo governo representado?Gm em(ai"ador no enviado seria o(jeto de riso. Homens que ousamdeclarar#se em(ai"adores de Cristo precisam compreender mais

    profundamente que o Senhor lhes 0entregou0 a palavra da reconciliao)7 Co. J:R#RQ. Se se disser que isto se restringiu aos ap9stolos,respondo que a ep'stola foi escrita, no s9 em nome de Paulo, mastam(m de *im9teo, e da' inclu' outros ministrios alm do apostolado.

    7

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    @a primeira ep'stola aos Cor'ntios lemos: 01ue os homens nos )nosaquisignificando Paulo e S9stenes, R Co. R:R considerem como ministros deCristo, e despenseirosdos mistrios de 2eus0 )R Co. :R. Certamente odespenseiro deve considerar o seu oficio como da parte do Senhor. @o

    pode ser despenseiro simplesmente porque o decide ser, ou porque outroso consideram tal. Se a n9s mesmos nos elegEssemos despenseiros do4arquEs de Xestminster e comessemos a tratar da propriedadedaquele no(re, imediatamente o erro ser#nos#ia lanado em rosto damaneira mais convincente. = evidente que precisa haver autori/aoantes de algum poder tornar#se leg'timo (ispo, 0despenseiro da casa de

    2eus0 )*t. R:M.- t'tulo apocal'ptico de anjo )5p. 7:R significa mensageiroB e

    como os homens ho de ser arautos de Cristo, seno por Sua eleio eordenao? Se a referEncia da palavra anjo ao ministro for contestada,gostar'amos, que fosse demonstrado que ela se relaciona com qualqueroutra pessoa. 5 quem da igreja o %sp'rito escreveria como representantedela, seno a algum que ocupava posio anlogo $ do oficial

    presidente? *ito rece(eu a incum(Encia de dar prova ca(al do seuministrioB havia certamente algo que provar. H quem seja 0vaso parahonra, santificado e id8neo para uso do Senhor, e preparado para toda a

    (oa o(ra0 )7 *m. 7:7R. @o se deve recusar ao Senhor a escolha dosvasos que usaB %le sempre dir de certos homens o que disse de Saulo de*arso: 0%ste para mim um vaso escolhido, para levar o meu nomediante dos gentios, e dos reis e dos filhos de srael0 )5t. Q:RJ.

    1uando o nosso Senhor su(iu $s alturas deu dons aos homens, e digno de nota que estes dons foram homens separados para o(rasdiversas. 0% ele mesmo deu uns para ap9stolos, e outros para profetas, eoutros para evangelistas, e outros para pastores e doutores0 )%f. :RRBdisso fica evidente que certos indiv'duos so, como resultado daascenso do Senhor, dados $s igrejas como pastoresB dados por 2eus, e,conseqIentemente, no se elevam a si mesmos a essa posio. rmos,

    7Q

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    espero em que um dia possam falar do 0re(anho so(re que o %sp'ritoSanto0 os constituiu (ispos )5t. 7:7, e oro no sentido de que cada umde vocEs possa di/er com o ap9stolo dos gentios, que o seu ministriono da parte dos homens, nem por homem algum, mas o rece(eu doSenhor )Kl. l :R. -"al se cumpra em vocEs aquela antiga promessa: 0%vos darei pastores segundo o meu corao0 )Dr. A:RJ. 0% levantarei so(reelas pastores que as apascentem0 )Dr. 7A: 1ue o Senhor mesmo cumpraem suas pessoas a Sua declarao: 0O DerusalmF so(re os teus muros

    pus guardas, que todo o dia e toda a noite de cont'nuo se no calaro0.-"al vocEs possam apartar o precioso do vil e assim ser como a (oca de

    2eus )Dr. RJ:RQ. -"al o Senhor manifeste por intermdio de vocEs oaroma do conhecimento de Desus em todo lugar, e os faa 0o (om cheirode Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem0 )7 Co. 7:RJ. *endoum inaprecivel tesouro em vasos de (arro, que a e"celEncia do poderdivino pouse so(re vocEs, e assim, glorifiquem a 2eus e tam(m selivrem do sangue de todos os homens. Como o Senhor Desus su(iu aomonte e chamou os que quis, e depois os mandou a pregar )4c. A:RA,

    assim tam(m que %le vos escolha a vocEs chamando#vos para cima,para a comunho com %le, e vos envie como Seus servos escolhidos para(Eno da igreja e do mundo.

    omo pode o jovem sa*er se ) vocacionado ou no2 = umaindagao pondervel, e desejo trat#la mui solenemente. -h, a divinaorientao para fa/E#loF - fato de que centenas perderam o rumo etropearam num plpito, est patenteado tristemente nos ministrios

    infrut'feros e nas igrejas decadentes que nos cercam. %rrar na vocao terr'vel calamidade para o homem, e, para a igreja so(re a qual ele seimp!e, seu erro envolve aflio das mais dolorosas. Seria um curioso e

    penoso tema para refle"o a freqIEncia com que homens dotados dera/o enganam#se quanto $ finalidade da sua e"istEncia e miram coisasque nunca deveriam ter (uscado, - escritor que redigiu os seguintes

    A

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    versos por certo estava com os olhos postos em muitos plpitosocupados indevidamente:

    Mostrai G s6$ios7 s! pod!is7!ntr! animais d! toda !spci!! condio7 tamanho ! class!7d!sd! !l!:ant!s a mosuitos7um s!r u! tanto !rr! nos planos7! tantas v!!s7 como o hom!m.Cada animal u!r o $!m prGprio

    8 $usca pra!r7 rao7 r!pouso7u! a natur!a indica ! mostra7

    s!m nunca !rrar na !scolha :!ita.'G o hom!m :alha7 !m$ora t!nha rao acima dos d!mais.

    !sc!i a !*!mplos ! provaiEO $oi Damais t!nta voar7no d!i*a os pastos na campinan!m com os p!i*!s sonda as 6guas.os animais7 sG o hom!m ag! oposto > sua natur!a.

    1uando penso no preju'/o, que por pouco no infinito, que poderesultar do erro quanto $ nossa vocao para o pastorado cristo,domina#me o temor de que algum de n9s tenha sido negligente no e"amede suas credenciais. Preferiria que vivEssemos em dvida e nose"aminssemos muit'ssimas ve/es, do que tornarmos empecilhos noministrio. @o faltam numerosos mtodos pelos quais o homem pode

    testar sua vocao para o ministrio, se ardorosamente o quiser fa/er. =#lhe imperativo que no entre no ministrio enquanto no fi/er profundasondagem e prova de si pr9prio quanto a este ponto. %stando seguro dasua salvao pessoal, deve investigar quanto $ questo su(seqIente dasua vocao para o of'cioB a primeira #lhe vital como cristo, e asegunda lhe igualmente vital como pastor. Ser pastor sem vocao

    AR

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    como ser mem(ro professo e (ati/ado sem converso. @os dois casos hum nome, e nada mais.

    R. - primeiro sinal da vocao celeste um desejo intenso ea*sorvente de realizar a o*ra. Para se constatar um verdadeirochamamento para o ministrio preciso que haja uma irresist'vel,insopitvel, ardente e violenta sede de contar aos outros o que 2eus fe/

    por nossas almas. 1ue tal se eu apelidar isso de uma espcie de ternura,como a que os pssaros tEm pela criao dos seus filhotes quando chegaa estao pr9priaB quando a ave me est disposta a morrer, antes dea(andonar o ninho.

    5lgum que conheceu 5lleine intimamente disse que ele tinhainfinita e insacivel avide/ pela converso de almas0. 1uando p8de ter

    participao societria na universidade em que estava, preferiu umacapelania, porque 0o inspirava uma impaciEncia por ocupar#sediretamente na o(ra ministerial0. 0@o entre no ministrio se puder

    passar sem ele0, foi o conselho profundamente s(io de um te9logo aalgum que procurou a sua opinio. Se algum neste recinto puder ficar

    satisfeito sendo redator de jornal, merceeiro, fa/endeiro, mdico,advogado, senador ou re', em nome do cu e da terra, siga o seucaminho. @o homem em quem ha(ita o %sp'rito de 2eus em Sua

    plenitude, pois o homem assim revestido da plenitude de 2eus ficariainteiramente enfadado com qualquer carreira que no aquela pela qual o

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    formas de a(negao que lhe so pr9prias, e prestaremos pouco servioaqueles aos quais ministramos. Nalo de formas de a(negao, e digo

    (em, pois o tra(alho do verdadeiro pastor est repleto delas, e, se noamar a sua vocao, logo sucum(ir ou desistir da luta, ou prosseguirdescontente, so( o peso de uma monotonia to fastidiosa como a de umcavalo cego girando um moinho.

    4a :ora do amor h6 consolaou! torna suport6v!l uma coisau! a ualu!r outro romp! o corao.4

    Cingidos desse amor, vocEs sero intrpidosB despidos desse cinto

    mais que mgico da vocao irresist'vel, consumir#se#o na desventura.%ste desejo deve resultar de refle+o. @o deve ser um impulsorepentino desajudado por uma ponderao ansiosa. 2eve ser o resultadodo nosso corao em seus melhores momentos, o o(jeto de nossasreverentes aspira!es, o assunto de nossas mais ferventes ora!es. 2evecontinuar conosco quando tentadoras ofertas de rique/a e comodidadeentrarem em conflito com ele, e deve permanecer como uma resoluo

    serena e (em pensada depois de tudo ter sido avaliado em suaspropor!es certas, e o preo muito (em calculado.1uando morava com meu av8 no campo, na meninice, vi um grupo

    de caadores, com seus casacos vermelhos, cavalgando pelos camposatrs de uma raposa. Noi uma del'cia para mimF 4eu pequeno coraoe"citou#seB senti#me disposto a seguir os ces de caa, saltando (arreirase cru/ando valas. Sempre tive gosto natural por essa espcie deatividade, e, na minha inf

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    evanglico. - fasc'nio e"ercido pelo of'cio de pregador muito grandepara as mentes fracas, ra/o por que energicamente advirto a todos osjovens a no confundirem fantasia com inspirao, e preferEncia infantilcom vocao do %sp'rito Santo.

    @otem (em, o desejo de que falei deve ser totalmentedesinteressado. Se um homem perce(er, depois do mais severo e"ame desi pr9prio, qualquer outro motivo que a gl9ria de 2eus e o (em das almasem sua (usca do episcopado, melhor ser que se afaste dele de uma ve/,

    pois o Senhor a(orrece a entrada de compradores e vendedores em Seutemplo. 5 introduo de qualquer coisa que cheire a mercenrio, mesmo

    no menor grau, ser como um inseto no ungIento, estragando#o de todo.%sse desejo deve ser tal quepermane#a conosco, uma pai"o que

    agIente o teste da provao, um anelo 0do qual nos seja completamenteimposs'vel fugir, ainda que o tentemosB desejo, na verdade, que se tornacada ve/ mais intenso conforme os anos passem, at tornar#se um anseio,uma anelante aspirao, uma consumidora fome de proclamar a Palavra.%sse desejo intenso uma coisa to no(re e to (ela que, toda ve/ que o

    perce(o inflamar#se no peito de algum jovem, sempre me contenho, nome apressando a desanim#lo, mesmo que tenha dvidas quanto $ suacapacidade. *alve/ seja necessrio, por ra/!es que lhes sero dadas maisadiante, sufocar as chamas, mas isto deve ser feito com relut

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    outras qualidades necessrias ao oficio de instrutor p3*lico. Para provarsua vocao o homem precisa test#la com E"ito. @o pretendo que na

    primeira ve/ que um homem se levantar para falar, pregue to (em comoTo(ert Hall em seus ltimos tempos. Se a sua pregao no for pior doque o grande homem fe/ no in'cio da sua careira, no deve sercondenado.

    6ocEs sa(em que To(ert Hall fracassou completamente trEs ve/es, eclamava: 0Se isto no me humilhar, nada mais me humilhar0. 5lgunsdos mais no(res oradores no foram dos mais fluentes nos seus primeirostempos. 4esmo C'cero no in'cio padecia de vo/ fraca e dificuldade de

    elocuo. Contudo, ningum deve considerar#se chamado para pregarenquanto no provar que pode falar em p(lico. Claro que 2eus nocriou o hipop9tamo para voar, e se o leviat tivesse forte desejo de su(iraos ares com a calandra, evidentemente seria uma inspirao insensata,visto que no dotado de asas. Se um homem for vocacionado para

    pregar, ser dotado de capacidade em algum grau para falar, capacidadeque ele cultivar e desenvolver. Se o dom de elocuo no e"istir no

    in'cio em alguma medida, no provvel que venha a desenvolver#se.-uvi falar de um cavalheiro que tinha o mais intenso desejo de

    pregar, e tanto insistiu com o seu pastor que, depois de mltiplas recusas,conseguiu licena para pregar um sermo de prova. %ssa oportunidadefoi o fim da sua importunao, pois, depois de anunciar o te"to, viu#se

    privado de todas as idias menos uma, que ele transmitiu sentidamente, eem seguida desceu da tri(una: 04eus irmos0, disse ele, 0se algum de

    vocEs pensa que fcil pregar, aconselho#o a vir at aqui para perdertoda a vaidade.05 prova a que su(metem as suas capacidades revelar a sua

    deficiEncia, se vocEs no tiverem a aptido necessria. @o conheonada melhor. 2evemos dar#nos a n9s pr9prios uma (oa prova nestaquesto, ou no poderemos sa(er com certe/a se 2eus nos chamou ounoB e durante a prova, devemos perguntar#nos a n9s mesmos muitas

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    ve/es se, de modo geral, podemos alimentar a esperana de edificaroutros com os nossos discursos.

    Contudo, devemos fa/er mais do que su(meter isso $ nossaconsciEncia e ao nosso julgamento, pois somos ju'/es ineptos. Certaclasse de irmos tem grande facilidade para desco(rir que tem sidomaravilhosa e divinamente au"iliada em suas declama!es. %u invejariaa gloriosa li(erdade e a confiana pr9pria desses irmos, se houvessealgum fundamento para isso. Pois, lastimavelmente, com muitafreqIEncia tenho que deplorar e lamentar minha falta de sucesso e meusfiascos como orador. @o devemos confiar muito em nossa pr9pria

    opinio, mas se pode aprender muito de pessoas judiciosas e de 'ndoleespiritual. 2e modo nenhum isto uma le' que deva o(rigar a todas as

    pessoas, mas ainda assim um (om e antigo costume em muitas dasnossas igrejas rurais, o jovem que aspira ao ministrio pregar perante aigreja. 2ificilmente um ensaio agradvel ao jovem aspirante, e, emmuitos casos, mal chega a ser um e"erc'cio edificante para o povoBtodavia, pode dar provas de que um recurso disciplinar dos mais

    salutares, e poupa a e"posio p(lica da ignor

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    orthampton7 :icando aos cuidados do Q!v. ?ohn QSland7 ond! passou c!rcad! um ano ! m!io7 ! alcanou grand! progr!sso !m latim ! gr!go. (moutu$ro d! 1,,7 :oi para a Acad!mia d! ristol7 so$ os cuidados do Q!v.

    (vans; !7 !m 13 d! agosto d! 1,+7 :oi comissionado ao ministrio por !staigr!Da7 !stando !l! com d!!ss!is anos ! trs m!s!s d! idad!. A man!irap!la ual a igr!Da ch!gou a :icar satis:!ita com a capacidad! d!l! para agrand! o$ra :oi por t!r !l! pr!gado7 uando lh! tocou a v!7 nas r!uniH!s d!con:!rncias7 so$r! v6rias porH!s da (scritura; nas uais7 ! na orao7havia participado por uas! uatro anos ant!s; !7 uando !m casa7 t!ndopr!gado a p!dido dos irmos muitas v!!s nas manhs do dia do s!nhor7para grand! satis:ao d!l!s. ortanto7 !l!s p!diram calorosam!nt! !

    unnim!s u! !l! :oss! sol!n!m!nt! s!parado para o s!rvio dacomunidad!. Com !:!ito7 no dia acima r!:!rido7 !l! :oi !*aminado por s!upai p!rant! a igr!Da uanto > sua inclinao7 s!us motivos ! s!us :ins !mvista7 com r!:!rncia ao ministrio7 s!ndo-lh! mostrado igualm!nt! o d!s!Dod! u! !l! :i!ss! uma d!clarao dos s!us s!ntim!ntos r!ligiosos. )!ndo-s! :!ito tudo7 para int!ira satis:ao da igr!Da7 consagraram-no7 pois7l!vantando as mos dir!itas ! com orao sol!n!. !pois o s!u pai :!-lh!um discurso $as!ado !m 2 )m. 2E1E 4)u7 pois m!u :ilho7 :orti:ica-t! na graau! h6 !m Cristo ?!sus4. '!ndo-lh! assim con:iada a o$ra minist!rial7

    pr!gou d! tard! so$r! 2 )s. 1E,.. 49u! o '!nhor o a$!no! ! lh! conc!dagrand! suc!ssoBB4

    Considervel import

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    D notei e o meu amigo Togers o(servou a mesma coisa quevocEs, cavalheiros, estudantes, como corpo estudantil, no julgamento quefa/em uns dos outros raramente erram, se que erram alguma ve/.Taramente houve um caso, tomada a instituio de modo glo(al, em quea opinio geral da escola toda so(re um irmo foi errada. -s homens noso to incapa/es de formar opinio uns dos outros, como $s ve/es se

    pensa. Teunindo#se como o fa/em em classe, nas reuni!es de orao, nasconversas e nas vrias atividades religiosas, vocEs se avaliam uns aosoutrosB e o prudente no se apressar a despre/ar o veredicto da casa.

    %ste ponto no estar completo se eu no acrescentar que a simples

    capacidade para edificar e a aptido para ensinar no (astam. Sonecessrios outros talentos para completar a personalidade do pastor.Critrio sadio e s9lida e"periEncia devem instru'#loB maneiras gentis equalidades amveis devem govern#loB firme/a e coragem devem sermanifestasB e no devem faltar ternura e simpatia. -s donsadministrativos para governar (em so condi!es to necessrias comoos dons instrutivos para ensinar (em. 6ocEs devem ser aptos para dirigir,

    devem estar preparados para agIentar, e devem ser capa/es deperseverar. 1uanto $ graa, vocEs devem estar ca(ea e om(ros acima dorestante do povo, capa/es de ser seu pai e seu conselheiro. 3eiamcuidadosamente as qualifica!es do (ispo, registradas em R *m. A:7#M e*t. R:L#Q. Se esses dons e graas no estiverem em vocEs, e coma(und

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    pode ocorrer que um homem tenha uma vida inteira de provao, se sesentir chamado para tanto, mas a mim me parece que quando algum forseparado para o ministrio, seu comissionamento estar sem selosenquanto almas no forem ganhas por sua instrumentalidade para oconhecimento de Desus. Como o(reiro, deve continuar tra(alhando, quertenha sucesso ou no, mas como ministro, no pode ter certe/a da suavocao enquanto no houver resultados patentes.

    Como o meu corao pulou de alegria quando ouvi as novas daprimeira converso que se deu por meu intermdioF @unca pude ficarsatisfeito com o templo cheio, e com as (ondosas e"press!es dos

    amigosB ansiava por ouvir de cora!es que(rantados, de lgrimascorrendo dos olhos dos penitentes. 4uito me rego/ijei, como algum queacha grande presa, devido a uma po(re mulher de operrio terconfessado que sentira a culpa do seu pecado e encontrara o Salvadorcom a minha dissertao de domingo $ tarde.

    *enho agora na retina a ca(ana em que ela moravaB creiam#me,sempre me parece pitoresca. 3em(ro#me (em da sua recepo na igreja,

    da sua morte e da sua partida para o lar celestial. %la foi o primeiro selodo meu ministrio, e, posso garantir#lhes, selo na verdade muito

    precioso. 4e nenhuma jamais ficou mais cheia de felicidade com onascimento do seu primogEnito. @a ocasio eu poderia ter entoado oc

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    eles, e todavia eles profeti/aram. 4as se estivessem no meu conselho,ento fariam ouvir as minhas palavras ao meu povo, e os fariam voltardo seu mau caminho, e da maldade das suas a!es0 )Dr. 7A:7R#77. Paramim uma maravilha ver como h homens que continuam tranqIilos ao(ra da pregao ano ap9s ano, sem convers!es. @o tEm eles entranhasde compai"o pelos outros? @o tEm senso de responsa(ilidade por simesmos? -usam eles, por uma falsa representao da so(erania divina,lanar a culpa so(re o seu Senhor? -u acreditam eles que Paulo planta,5polo rega, e 2eus no d o crescimento? nteis so os seus talentos, asua filosofia, a sua ret9rica, e at a sua ortodo"ia, sem os sinais que

    devem seguir#se.Como so enviados de 2eus os que no tra/em homens a 2eus?

    Profetas cujas palavras so va/ias de poder, semeadores cujas sementesfenecem todas, pescadores que no pescam pei"es, soldados que noferem so homens de 2eus, estes? Certamente melhor seria tra(alharcomo li"eiro ou limpador de chamin, do que ficar no ministrio comouma rvore completamente estril. 5 ocupao mais simples confere

    algum (eneficio $ humanidade, mas o infeli/ que ocupa um plpito enunca glorifica o seu 2eus com convers!es, um va/io, uma n9doa, umafeira, uma injria. @o vale o sal que come, muito menos o po. % seescreve aos jornais para quei"ar#se da pequene/ do seu salrio, suaconsciEncia, se que tem alguma, (em poderia replicar: 0% o que vocEganha, no merece0. *empos de seca podem ocorrerB sim, e anos deescasse/ podem consumir os prvios anos de produtividade. 4as ainda

    haver fruto em geral e fruto para a gl9ria de 2eus. @esse meio tempo, aesterilidade transit9ria encher a alma de indi/'vel angstia.rmos, se o Senhor no lhes de /elo pelas almas, agarrem#se $

    pedra de (ater sola, ou $ colher de pedreiro, mas evitem o plpito com amesma resoluo com que valori/am a sua pa/ de corao e a suasalvao futura.

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    . Contudo, preciso ir um passo alm disso tudo em nossapesquisa. 5 vontade do Senhor referente aos pastores conhecidamediante o piedoso julgamento da Sua greja. = necessrio, como provada sua vocao, que a sua prea#o seja aceitvel ao povo de -eus.2eus normalmente a(re as portas da elocuo para aqueles que %lechama para falarem em Seu nome. 5 impaciEncia foraria a a(ertura da

    porta, ou a porta a(ai"o, mas a f espera no Senhor, e na ocasio devidaela rece(e o prEmio da oportunidade. 1uando esta chega, vem o nosso

    julgamento. 3evantando#nos para pregar, o nosso esp'rito ser julgadopela assem(lia e, se formos condenados, ou se, como regra geral, a

    igreja no for edificada, no se pode contestar a concluso de que nofomos enviados por 2eus.

    -s sinais e marcas do verdadeiro (ispo esto registrados na Palavrapara orientao da igrejaB e se ao seguir essa orientao os irmos novirem em n9s as qualidades requeridas, e no nos elegerem para o of'cio,ficar (astante claro que por melhor que possamos evangeli/ar, o of'ciode pastor no para n9s.

    @em todas as igrejas so s(ias, e nem todas julgam no poder do%sp'rito Santo, mas muitas julgam segundo a carne. 5pesar disso, estariamais pronto para aceitar a opinio de um grupo do povo do Senhor doque a minha pr9pria opinio so(re um assunto to pessoal como o dosmeus dons e graas.

    2e qualquer forma, quer valori/em o veredicto da igreja quer no,uma coisa certa: nenhum de vocEs pode ser pastor sem o amoroso

    consentimento do re(anho. Portanto, este lhes servir de indicadorprtico, seno correto. Se o seu chamamento da parte do Senhor for real,vocEs no ficaro quietos por muito tempo. *o certo como o homemquer a sua hora, a hora quer o seu homem. 5 greja de 2eus est semprecom urgente necessidade de ministros vigorosos. Para ela, um homem sempre mais precioso do que o ouro de -fir. -ficiais formais passamfome e necessidade, mas os ungidos do Senhor nunca tero por que ficar

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    sem um cargo pastoral, pois e"istem ouvidos aguados que osconhecero, s9 de ouvi#los, e h cora!es prontos para dar#lhes (oasvindas ao lugar que lhes for destinado. 4antenham#se em forma para oseu tra(alho, e nunca ficaro fora dele. @o corram por todo lado,

    pedindo para pregar aqui e ali. Preocupem#se mais com a sua capacidadedo que com a sua oportunidade, e sejam mais /elosos quanto a andarcom 2eus do que com qualquer outra corsa. 5s ovelhas conhecero o

    pastor enviado por 2eus, o porteiro do aprisco a(rir a porta para ele, e ore(anho conhecer a sua vo/.

    @a poca em que transmiti esta preleo pela primeira ve/, no

    tinha lido a admirvel carta que Dohn @eUton escreveu a um amigo so(reeste assunto. Corresponde to de perto aos meus pensamentos que, como risco de ser julgado imitador, o que certamente no sou no presentecaso, vou ler a carta para vocEs.

    0- seu caso lem(ra o meu pr9prioB os meus primeiros desejos comvistas ao ministrio foram acompanhados de grandes incerte/as edificuldades, e a perple"idade da minha mente piorou com os vrios e

    antag8nicos julgamentos dos meus amigos. - conselho que tenho paraoferecer#lhe resultado de e"periEncia e e"ames penosos, e, por estara/o, talve/ no lhe seja inaceitvel. Togo a 2eus que, por Sua graa,torne#o til.

    40iu!i muito t!mpo angustiado7 como voc !st67 so$r! a u! !ra ouno !ra uma v!rdad!ira vocao para o ministrio. Agora m! par!c! ponto:6cil d! r!solv!r7 mas7 talv! no o s!Da para voc7 at u! o s!nhor lho

    !sclar!a !m s!u caso particular. O t!mpo no d6 para !u di!r tudo u!pod!ria di!r-lh!. (m r!sumo7 cr!io u! a u!sto inclui principalm!nt! trscoisasE

    41. m ard!nt! ! int!nso d!s!Do d! !mpr!gar-s! n!st! s!rvio.(nt!ndo u! o hom!m u! uma v! :oi movido p!lo (sp@rito d! !us para!st! tra$alho7 ir6 pr!:!ri-lo7 s! lh! :or ac!ss@v!l7 a t!souros !m ouro ! prata.Assim u!7 !m$ora >s v!!s intimidado p!lo s!nso da importncia ! das

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    di:iculdad!s do tra$alho7 comparadas com a sua grand! insu:icinciap!ssoal Jpois d! pr!sumir-s! u! um chamam!nto d!sta natur!a7 s!r!alm!nt! provm d! !us7 s!r6 acompanhado d! humildad! ! d! auto-

    humilhaoK7 !l! no pod!r6 a$andon6-lo. A:irmo u! uma $oa r!gra indagar7 n!st! ponto7 s! o d!s!Do d! pr!gar o mais :!rv!nt! nos c!ntrosvitais da !strutura do nosso s!r7 ! uando !stamos mais prostrados no pGp!rant! o '!nhor. '! assim7 $om sinal. Mas s!7 como >s v!!s s! d67 ap!ssoa !st6 muito ansiosa por s!r um pr!gador para outros7 !m$ora no!*ista !m sua prGpria alma uma :om! ! uma s!d! da graa d! !us7 !nto7 d! t!m!r u! o s!u !lo promana d! um principio !go@stico7 ! no do(sp@rito d! !us.

    2. Alm d!ss! apai*onado d!s!Do ! prontido para pr!gar7 pr!cisou!7 no d!vido t!mpo7 apar!a alguma comp!t!nt! aptido uanto a dons7conh!cim!nto ! !locuo. '!guram!nt!7 s! o '!nhor !nvia algum para!nsinar outros7 supri-lo-6 dos m!ios n!c!ss6rios. Cr!io u! muitos u! s!:i!ram pr!gador!s7 o :i!ram com $oa int!no; todavia7 :oram ant!s d!r!c!$!r ou ultrapassaram a vocao d!l!s ao agir!m assim. A principaldi:!r!na !ntr! um ministro ! um cristo s!m vocao !sp!cial7 par!c!consistir nau!l!s dons minist!riais comunicados >u!l!7 no para o s!uprGprio int!r!ss!7 mas para a !di:icao d! outros. Mas digo u! !st!s dons

    d!v!m apar!c!r no d!vido t!mpo. o s! d!v! !sp!rar u! surDaminstantan!am!nt!7 mas d! :orma gradual7 no uso prGprio dos m!ros. 'on!c!ss6rios para d!s!mp!nhar o ministrio7 mas no so n!c!ss6rios comor!uisitos u! ass!gur!m os nossos d!s!Dos uanto a !l!. o s!u caso7voc Dov!m ! dispH! d! t!mpo. a@7 p!nso u! no pr!cisa p!rtur$ar-s!u!r!ndo sa$!r s! D6 t!m !ss!s dons. '! o s!u d!s!Do :irm! ! s! uis!r7$asta !sp!rar no '!nhor por !l!s7 por m!io da orao ! da diligncia7 poisvoc ainda no pr!cisa d!l!s.

    43. O u! :inalm!nt! !vid!ncia um chamam!nto g!nu@no umacorr!spond!nt! a$!rtura na providncia7 m!diant! uma sri! gradativa d!circunstncias u! apontam para os m!ios7 a ocasio7 o lugar d! !ntrar d!:ato no tra$alho. ( at u! ch!gu! !ss! ponto d! coincidncia7 no !sp!r!!star s!mpr! livr! d! h!sitao !m sua m!nt!. !sta part! do assunto7 aprincipal caut!la consist! !m no s!r apr!ssado !m agarrar os prim!irosind@cios u! apar!c!m. '! :or da vontad! do '!nhor introdui-lo no '!uministrio7 (l! D6 d!signou o s!u lugar ! o s!u s!rvio7 ! !m$ora no o sai$a

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    no pr!s!nt!7 sa$-lo-6 no d!vido t!mpo. '! voc tiv!ss! tal!ntos d! anDo7no pod!ria :a!r muita corsa $oa com !l!s !nuanto no ch!gass! a horad! !us ! (l! no o l!vass! >s p!ssoas u! d!t!rminou a a$!noar por s!u

    int!rmdio. = muito di:@cil r!stringir-nos aos limit!s da prudncia n!st! ponto7uando o nosso !lo ardoroso. O s!ntir o amor d! Cristo !m nossoscoraH!s ! a t!rna compai*o p!los po$r!s p!cador!s prop!nd!m para:a!r-nos irromp!r c!do d!mais; mas u!m cr no s! pr!cipita. 0iu!i cincoanos so$ !sta compulso. Us v!!s achava u! d!via pr!gar7 m!smo u!:oss! nas ruas. ava ouvidos a tudo u! m! par!cia plaus@v!l7 ! a muitascoisas u! no o !ram. Mas o '!nhor7 mis!ricordiosam!nt!7 ! como u!ins!nsiv!lm!nt!7 co$ria d! !spinhos o m!u caminho. a contr6rio7 s! !u

    :oss! d!i*ado !ntr!gu! ao m!u prGprio !sp@rito7 !u t!ria m! colocado :ora dapossi$ilidad! d! s!r introduido numa !s:!ra d! s!rvio prov!itoso como!sta7 > ual aprouv! a !us guiar-m! no '!u t!mpo c!rto ! $om. ( agoraposso v!r claram!nt! u!7 na poca u! u!ria sair a campo p!la prim!irav! 8 !m$ora a minha int!no :oss! $oa7 acr!dito 8 !u m! sup!r!stim!i7pois no possu@a au!l! disc!rnim!nto ! !*p!rincia !spiritual indisp!ns6v!lpara to grand! s!rvio4.

    - que foi dito acima seria suficiente, mas o mesmo assunto estardiante de vocEs, se eu lhes der em pormenores um pouco da minhae"periEncia pessoal no trato com aspirantes ao ministrio.Constantemente me ca(e cumprir o dever que cou(e aos ju'/es deCromUell. *enho que formar minha opinio so(re se aconselhvelajudar certos homens em suas tentativas para tornar#se pastores. = umdever da maior responsa(ilidade, dever que requer cuidado nada comum.= claro que no me meto a julgar se um homem vai entrar no ministrio

    ou no, mas o meu e"ame visa simplesmente a responder a questo seesta instituio o ajudar ou o dei"ar entregue aos seus pr9priosrecursos. 5lguns dos nossos caridosos amigos nos acusam de termos0uma f(rica de clrigos0 aqui, mas a acusao no contm um pingo deverdade. Damais tentamos fa/er um ministro, e se o tentssemosfracassar'amos. @o rece(emos ningum nesta escola seno os que j se

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    declaram ministros. %stariam mais perto da verdade se me chamassemmatador de clrigos, pois (om nmero de principiantes rece(eram demim o seu despacho finalB e sinto a mais completa pa/ de consciEnciaquando reflito no que tenho feito neste sentido.

    = sempre uma tarefa dif'cil para mim, desanimar um jovem eesperanoso irmo que solicita matr'cula nesta escola. 4eu coraosempre se inclina para o lado mais (ondoso, mas o dever para com asigrejas impele#me a julgar com severa discriminao. 2epois de ouvir ocandidato, ap9s ler as recomenda!es que tra/, e de avaliar as suasrespostas $s perguntas feitas, quando me conveno de que o Senhor no

    o chamou, sinto#me o(rigado a di/er#lhe isso. 5lguns casos tipificam osdemais. Dovens irmos h que desejam com ardor entrar no ministrio,mas dolorosamente patente que o seu motivo principal o am(iciosodesejo de lu/ir entre os homens. 2e um ponto de vista comum, esteshomens devem ser recomendados por sua aspirao, mas, ento, o

    plpito jamais deve ser a escada pela qual a am(io su(a. Se taishomens entrassem no e"rcitoB no ficariam satisfeitos enquanto no

    chegassem ao mais elevado grau, pois esto determinados a forarcaminho para o alto tudo muito louvvel e pr9prio at a'B mas elesa(raaram a idia de que, se entrassem no ministrio seriamgrandemente distinguidos. Sentiram irromper os re(entos do gEnio, e seconsideraram maiores do que as pessoas comuns. 2a', olharam para oministrio, vendo#o como uma plataforma onde poderiam e"i(ir as suas

    pretensas ha(ilidades. Sempre que isto vis'vel, sinto#me o(rigado a

    dei"ar o aspirante 0to gang his ain gate0, como di/em os escocesesB ouseja, sair por onde entrou, certo de que gente com esse esp'rito sempre dem nada, se entra no servio do Senhor. 6emos que no temos nada doque nos gloriar, e se tivssemos, o pior lugar para ostent#lo seria o

    plpitoB pa's todo dia somos levados a sentir a nossa insignific

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    5 homens que desde a converso tEm dei"ado transparecer grandefraque/a mental, que so prontamente levados a a(raar doutrinasestranhas, ou a meter#se em m companhia e cair em pecado grosseiro,nunca posso encontrar em meu corao nada para encoraj#los aentrarem no ministrio, seja qual for a maneira como professam a sua f.Se se arrependerem realmente, que fiquem nas ltimas fileiras.nconstantes como a gua, jamais vencero.

    5ssim tam(m os que no suportam dure/a, porque pertencem $ordem dos enluvados de pelica, mando#os para qualquer outra parte.1ueremos soldados. no janotasB tra(alhadores /elosos, no vadios

    gentis. 5 homens que nada fi/eram at o dia do seu pedido de matriculana escola, di/emos que tratem de o(ter as suas esporas, antes de serem

    pu(licamente armados cavaleiros. -s que tEm fervorosa pai"o pelasalmas no ficam $ espera at que rece(am treinamentoB servemimediatamente ao seu Senhor.

    Chamam#me a ateno alguns (ons homens famosos por suaenorme veemEncia e /elo, e por uma notvel ausEncia de cre(ro. rmos

    capa/es de falar sem parar so(re coisa nenhuma capa/es de sapatear na&'(lia e de espanc#la, sem e"trair dela nada. Welosos, terrivelmente/elosos, e"ageraram#se em montanhas de tra(alhos da mais penosaespcieB mas nada resulta disso tudo, nem sequer o ridiculus mus)rid'culo rato. %"istem por a' /elotes que no so capa/es de conce(erou transmitir cinco pensamentos consecutivos, cuja capacidade eme"tremo estreita e cuja presuno e"tremamente larga. %stes podem

    martelar, vociferar, (ramar, arre(atar#se, enfurecer#se, mas o (arulhotodo sai da cavidade oca do tam(or. %ntendo que esses irmos tero amesma atuao com instruo ou sem ela, ra/o por que geralmentedeclino os seus pedidos de matr'cula.

    -utra classe demasiadamente numerosa de homens procura oplpito sem sa(er por quE. ncapa/es de ensinar, no conseguiroaprender, todavia, de (om grado sero ministros. Como o homem que

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    dormiu no Parnaso e depois disso sempre se imaginava poeta, elestiveram atrevimento suficiente para jogar uma ve/ um sermo por cimade um audit9rio, e agora no querem fa/er mais nada, seno pregar.Nicam to ansiosos para p8r de lado o traje operrio, que faro uma cisona igreja da qual so mem(ros para reali/ar o seu intento. - (alcocomercial porm desagradvel, a almofada do plpito co(iada.%sto cansados dos pratos e dos pesos da (alanaB sentem#se compelidosa e"perimentar a (alana do santurio. Homens assim, como enfurecidasondas do mar, geralmente fa/em espumar a sua pr9pria vergonha, e nosalegramos quando lhes di/emos adeus.

    5s fraque/as f'sicas levantam uma questo acerca da vocao dealguns e"celentes homens. %u no julgaria, como %ustenes, os homens

    por suas fei!es, mas a sua compleio f'sica no pequeno critrio.5quele t9ra" estreito no indica um homem formado para falar em

    p(lico. 6ocEs podem achar rid'culo, mas ainda estou (em certo de quequando um homem tem peito encolhido, sem dist

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    Tece(eu#se h pouco tempo o pedido de admisso de um jovem quetinha uma espcie de movimento girat9rio de seu ma"ilar, movimento dotipo mais penoso para quem o vE. Seu pastor o recomendou como um

    jovem muito santo, que fora instrumento para levar alguns a Cristo, ee"pressou a esperana de que eu o rece(eria, mas no pude ver aconveniEncia disso. %u no poderia olhar para ele, sem rir, enquanto ele

    pregasse, ainda que tivesse por prEmio todo o ouro de *rsis, e, com todaa pro(a(ilidade, dentre de/ dos seus ouvinte, nove seriam mais sens'veisdo que eu. Gm homem com l'ngua grande que enchia toda a cavidade

    (ucal e causava confuso, outro sem dentes, outro que gaguejava, outro

    que no conseguia pronunciar todo o alfa(eto a todos, pesarosamente,tive de rejeitar (aseando#me no fato de que 2eus no lhes dera aquelesmeios f'sicos que, nos termos do livro de orao da igreja anglicana, so0geralmente necessrios0.

    %ncontrei um irmo eu disse um? %ncontrei de/, vinte, cemirmos que alegavam estar seguros, completamente seguros de queforam chamados para o ministrio estavam completamente certos disso

    porque tinham falhado em tudo mais. %is aqui uma espcie de hist9riamodelo:

    0Sr. Spurgeon0, colocaram#me num escrit9rio de advocacia, masnunca pude agIentar a clausura, e no me sentia $ vontade estudandodireitoB evidentemente a ProvidEncia o(struiu o meu caminho, pois perdio emprego0. 01ue que vocE fe/ ento?0 0-ra, senhor, fui indu/ido aa(rir uma mercearia.0 0% vocE prosperou?0 0&em, senhor, no creio que

    eu jamais pretendesse o comrcio, e 2eus pareceu#me vedar inteiramenteo caminho ali, pois fracassei e me vi em grandes dificuldades. 2esdeessa ocasio, tive uma pequena agencia de seguros de vida, e tenteiorgani/ar uma escola, alm de vender ch. 4as o meu caminho estfechado, e algo dentro de mim leva#me a achar que devo ser ministro.0

    %m geral a minha resposta : 0=, entendo. 6ocE fracassou em tudomais, e da' acha que o Senhor o dotou especialmente para o Seu servioB

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    mas receio que vocE se esqueceu de que o ministrio precisa dosmelhores homens, e no dos que no conseguem fa/er nenhuma outracoisa0. - homem que teria sucesso como pregador, provavelmente sesairia (em como merceeiro, advogado ou qualquer outra profisso. Gmministro realmente de valor seria 9timo em qualquer outra ocupao.2ificilmente haver alguma coisa imposs'vel para o homem que mantmunida uma igreja durante anos, e que capa/ de edific#la atravs decentenas de domingos consecutivos. *em que possuir algumasha(ilidades, e de modo nenhum pode ser um tolo ou um imprestvel.Desus Cristo merece os melhores homens para pregarem a Sua cru/, e

    no os ca(eas ocas e os desvalidos.Gm jovem cavalheiro com cuja presena fui honrado uma ve/,

    dei"ou#me na mente a fotografia do seu e"traordinrio ser. - seu rostomesmo parecia o frontisp'cio de um volume completo so(re presun#oetapea#o. 4andou#me um recado ao ga(inete pastoral um domingo demanh di/endo#me que queria ver#me imediatamente. Sua audcia o fe/entrar. 1uando se viu diante de mim, disse: 0Sr.Spurgeon, quero entrar

    em sua escola, e gastaria de entrar imediatamente0. 0&em, senhor0, disseeu, 0receio que no temos lugar no momento, mas o seu caso serconsiderado.0 04as o meu caso deveras notvel, Sr. SpurgeonB

    provavelmente o senhor nunca rece(eu um pedido de admissosemelhante ao meu.0 04uito (em, veremos issoB o secretrio lhe dar oformulrio de inscrio, e o senhor poder ver#me amanh.0

    @a segunda#feira veio ele, tra/endo as quest!es respondidas da

    maneira mais e"traordinria. 1uanto a livros, alegou ter lido toda aliteratura antiga e moderna e, depois de dar uma lista imensa,acrescentou: 0sto apenas uma seleoB li e"tensamente em todas asreas0. 1uanto $s suas prega!es, ele poderia conseguir as mais altasrecomenda!es, mas nem o julgou necessrio, pois uma entrevista

    pessoal me convenceria logo de sua capacidade. Sua surpresa foi grandequando eu lhe disse: 04eu amigo, sou o(rigado a di/er que no posso

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    admiti#lo0. 0Por que no, Sr. Spurgeon?0 0Nalarei com franque/a. -senhor to tremendamente inteligente que no posso insult#lorece(endo#o em nossa escola, onde no temos mais que homens comunsBo diretor, os professores e os estudantes, somos todos homens dereali/a!es modestas, e o senhor teria que ser muito condescendente,estando entre n9s.0

    %le me olhou severamente e disse com dignidade: 0- senhor querdi/er que, porque eu possuo gEnio incomum, e engendrei em mim umagigantesca mente, raramente vista igual, #me recusada admisso na suaescola?0 0Sim0, respondi to calmamente como pude, considerando#se o

    opressivo temor que o seu gEnio inspirava, 0e"atamente por essa ra/o.00%nto o senhor devia permitir#me um e"ame dos meus talentos como

    pregador. %scolha o te"to que quiser, ou sugira o assunto que lhe agradar,e, aqui mesmo nesta sala, discorrerei ou pregarei so(re ele, sem tomartempo para refle"o, e o senhor ficar surpreso.0 0@o, o(rigado. Prefirono ter o dissa(or de ouvi#lo.0 02issa(or, senhor?F Karanto que lhe seriao maior pra/er poss'vel.0 %u disse que podia ser, mas me achava indigno

    do privilgio, e assim lhe disse adeus. - cavalheiro era#me desconhecidona ocasio, mas daquele tempo em diante tem figurado na delegacia de

    pol'cia como muito inteligente, em parte.-casionalmente rece(emos solicita!es de matr'cula que talve/ os

    dei"assem admirados, pois provm de homens por certo (astantefluentes, e que respondem muito (em a todas as perguntas, e"cetoaquelas que se referem $s suas opini!es doutrinrias, para as quais

    o(temos repetidamente esta resposta: 0- Sr. Nulano de *al est dispostoa acatar as doutrinas da escola, sejam quais forem0F %m todos essescasos, no discutimos nem um momentoB dada a negativainstantaneamente. 4enciono o fato porque ilustra a nossa convico deque no so chamados para o ministrio homens que no tEmconhecimento nem crena definida. 1uando pessoas jovens di/em queainda no tEm opinio teol9gica formada, devem voltar para a %scola

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    2ominical at que a tenham. -ra, um homem entrar na escolaprocurando dar a impresso de que mantm a mente a(erta para qualquerforma da verdade, e de que eminentemente receptivo, mas no temfirmadas em sua mente coisas como, se 2eus fa/ eleio com (ase nagraa, ou se %le ama o Seu povo at o fim, parece#me uma perfeitamonstruosidade. 0@o ne9fito0, di/ o ap9stolo. %ntretanto, o homem queno firmou posio so(re pontos como estes , confessada eegregiamente, um 0ne9fito0, e deve ser relegado $ classe de catecmenosat aprender as primeiras verdades do evangelho.

    2epois de tudo, cavalheiros, teremos que comprovar a nossa

    vocao mediante a prova prtica do nosso ministrio na vida ativaposterior, e ser para n9s uma coisa lamentvel iniciar o curso sem odevido e"ame, pois, em fa/endo assim, poder acontecer que tenhamosque a(andon#lo com desonra. 2e modo geral, a e"periEncia o nossomelhor teste, e se 2eus nos sustenta ano ap9s ano, e nos d Sua (Eno,no precisamos su(meter a nossa vocao a nenhuma outra prova. 5snossas aptid!es morais e espirituais, sero provadas pelo la(or do nosso

    ministrio, e este o mais fidedigno de todos os testes. 5lgum me faloude um plano adotado por 4attheU XilZs para o e"ame de um jovem quequeria ser missionrioB a orientao se no os pormenores do teste rec