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Cor

Fast Fashion – A doença do século

Guia

Frida Kahlo – Figurinista de si mesma

O que te inspira?

Cores

Perfil: Daniel Amaral

Estante: Jô Souza

Colaboradores

Há quem condene o fast fashion (surgido na

Europa), e há quem o glorifique pelo mesmo

motivo. Hoje marcas como C&A, Riachuelo,

Renner, Marisa, Forever 21, Top Shop, Top Man,

Cotton On, Gap e Zara são as responsáveis por

difundir esse segmento de moda no país. Moda

rápida, moda democrática, em sua maioria de

qualidade duvidável. Mas em sua totalidade, é o

caminho para o acesso à informação de moda, de

forma certeira.

Conhecido por possuir uma política de produção

rápida, o fast fashion surge para oferecer o que o

consumidor dita, e não mais única e exclusivamente

a criação de um estilista, que antes isolado do

mundo acabava por ditar tendência. Característica

crucial desse modelo de negócio é o constante

abastecimento das araras com novas opções de

peças quinzenalmente, e por que não dizer

semanalmente?

Na moda tradicional, a marca apresenta uma

coleção, mas nem tudo que está na passarela será

realmente produzido. A brand irá aguardar para ver

Fast Fashion

o que irá emplacar. O cliente vai escolher produtos

dentro da coleção. No fast fashion a coleção vai ser

feita a partir do produto. Só é fabricado aquilo que

vende.

Guiado pelo desejo do consumidor em total sintonia

com os chamados coolhunters (caçadores de

tendências), o fast fashion define o que vai para as

araras baseado na soma desses dois canais de

informações. O leitor de código de barras passou a

gerenciar uma massa de informações responsáveis

por tabular a vontade de um nicho. E, os caçadores

de tendências possuem a missão de descobrir o que

ainda nem virou moda. Trocando em miúdos, a

junção do desejo do consumidor + as tendências

indicadas pelos coolhunters, ditam a Moda.

Fast, slow, cara, barata, a Moda é uma só. O fashion

é produzido e consumido, agora, mais do nunca por

todos. O fast fashion veio democratizar e humanizar

a informação de moda. A desconstrução do

mercado de moda com o fast fashion possibilitou

fazer a moda um fator de inclusão e não mais

elitista como fora um dia. Grandes estilistas se

renderam, rendem e irão se render a esse mercado

de varejo que leva o design de ponta cada vez mais

para perto da grande massa.

Se o fast fashion é um vírus que infectou a

indústria fashion, que seja em prol de um mercado

com infinitas possibilidades de moda!

Juliane Morais Istchuk

GUIA

Estude Moda Quando o interesse vai além das vitrines

Gostar de moda e não ter o dom para desenhar uma linha reta não é motivo para desespero. Existem várias

instituições que dão suporte para aqueles que gostam de outras áreas relacionadas à moda. Seja um curso curto ou

uma pós-graduação, estar antenada com o que está acontecendo e conhecer o que serve de base para os dias de hoje é

sempre uma boa escolha. Instigue sua curiosidade e busque novos caminhos! Aline Batista

GUIA

Escola São Paulo

Curso: HISTÓRIA DA ARTE, MODERNIDADE E AS RELAÇÕES COM A MODA

Objetivo: Localizar e relacionar características entre a

História da Moda e a História da Arte, fazendo uma análise

crítica e inter-relacional de ambas em uma exposição

cronológica. E aprofundar nos períodos Modernos.

Centro Universitário Belas Artes

Curso livre: PENSAMENTO VISUAL – EDITORIAL DE MODA

Objetivo: Desenvolver nos alunos a capacidade para

analisar, criticar e executar projetos que envolvam o

processo profissional da produção de moda para vários

meios de comunicação. Abordar de maneira teórica e

conceitual as etapas que integram o desenvolvimento

numa produção de imagem de moda: criação,

planejamento e execução.

IED – Istituto Europeo di Design

Curso - Pós-Graduação: FASHION MARKETING AND COMMUNICATION

Objetivo: O curso em Fashion Marketing and

Communication do IED São Paulo, é uma Pós Graduação

Lato Sensu, que oferece aos estudantes, uma formação em

gestão de marketing e comunicação para os negócios de

moda. Mostra as áreas e tendências do mercado, trabalha

o planejamento dos recursos disponíveis e apresenta as

práticas eficientes de administração.

Investimento: R$ 320 + 3 parcelas de R$ 320

Período: 21 de julho a 1 de agosto (2ª a 6ª)

Horário: 19h30 às 22h

Endereço: Prédio 1 – Rua Augusta, 2239 - São Paulo - SP

Tel.: (11) 3060-3636 | http://www.escolasaopaulo.org

Investimento: R$680,00 – à vista, com desconto de 10% ou em 2 vezes sem desconto

Período: de 22 a 30 de julho de 2014 (2ª a 6ª)

Horário: das 14h às 18h

Endereço: Rua Dr. Álvaro Alvim, 90, Vila Mariana - São Paulo - SP

Tel.: (11) 5576 7300| http://www.belasartes.br

Investimento: Não divulgado

Para mais informações sobre o curso e processo de seleção de alunos do IED, preencha o formulário no site e agende uma entrevista.

Endereço: Rua Maranhão, 617, Higienópolis - São Paulo - SP

Tel.: (11) 3660.8000 | http://www.iedbrasil.com.br

GUIA

FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado

Curso – Núcleo de Cultura e beleza: COOLHUNTING

Objetivo: Desenvolvimento do senso crítico e capacidade

de observação por meio da interpretação de sinais

emergentes que visam o entendimento das tendências,

tendo como apoio o método Coolhunting.

SENAC

Curso livre: MARKETING E COMUNICAÇÃO DE MODA

Objetivo: Capacitar o profissional a desenvolver visão

estratégica de comunicação em negócios de moda,

gerenciando de forma integrada diferentes ferramentas de

comunicação, com o intuito de fortalecer a identidade e o

posicionamento da marca para gerar vantagem

competitiva no mercado.

ENMODA (Curso Online)

Curso de extensão: HISTÓRIA E REPERTÓRIO DE MODA

Objetivo: Ajuda você a formar um extenso e profundo repertório de moda, aprender os nomes de todos os tipos de tecidos,

modelagens de roupas, bolsas, calçados, joias e outros acessórios. É possível também saber como as pessoas se vestiram

através dos tempos, enfocando tudo o que influenciou comportamentos e hábitos. Um curso dinâmico com video aulas, filmes

para análise de figurino e indumentária, fóruns de pesquisa e debate, textos, links e atividades.

Investimento: Público externo: 3 parcelas de R$ 290,00 / Comunidade faapiana: 3 parcelas de R$ 261,00

Forma de Pagamento Parcelado: Cheque pré ou cartão de crédito

Período: de 2 de setembro a 8 de outubro de 2014 (3ª a 4ª)

Horário: das 19h às 21h30

Endereço: Rua Alagoas, 903 - Higienópolis - São Paulo - SP

Tel.: (11) 3662-7034 | http://www.faap.br

Investimento: R$ 1.237,00 – Condições de pagamento: em até 3 parcelas de R$ 412,33 através do boleto bancário ou em até 6 parcelas de R$ 206,17 através de cartões de crédito.

Período: de 5 de agosto a 11 de setembro de 2014 (3ª a 5ª)

Horário: das 19h30 às 23h

Endereço: Rua Faustolo, 1,347, Lapa - São Paulo - SP

Tel.: (11) 2185-9800| http://www.sp.senac.br

Investimento: 5x de R$ 150,00 no cartão de crédito ou R$ 750,00 à vista no boleto bancário ou débito on-line

Período: 2 meses de duração – Início Imediato

Carga horária: 32 horas. | https://www.enmoda.com.br

Frida Kahlo Figurinista de si mesma

Por Natália Bezerra Zerbato e Maya Marx Estarque

Frida Kahlo, a pintora mexicana mais famosa da

arte contemporânea, ficou conhecida por seus

quadros que contrastavam suas dores físicas e

psicológicas com a variedade de tons presente na

cultura do México. Porém, a pintura não foi a única

forma que Frida achou para se expressar. Suas

vestes, pertencentes a várias regiões, foram

representadas em seus autorretratos relacionando a

sua linguagem pictórica com a sua biografia.

Em uma época em que as mulheres

buscavam mostrar seu desejo de independência

através do uso de roupas masculinas,

principalmente as artistas, Frida se julgou muito

mexicana para usar roupas cosmopolitas, por mais

que o tenha feito.

As grandes mudanças no guarda-roupa de

Frida começaram com seu casamento, quando optou

por um vestido de uma criada indígena ao invés do

vestido branco tradicional. Depois de casada, usou

roupas de origem europeia, asiática, mexicana e

guatemalteca, mas o traje mais usado por ela, e

consequentemente mais vezes representado em suas

obras, foi o traje usado pelas mulheres da região de

Tehuantepec, no sul do México.

Durante sua vida, Frida não se expressou

somente através da linguagem pictórica, mas

também criando um personagem para si mesma,

como uma figurinista de sua própria persona. Os

motivos que a levaram a escolher cada tipo de roupa

em cada ocasião – e em cada quadro – mostram que

ela tinha total consciência do poder de sua imagem.

Entender os motivos que levaram Frida a

usar cada roupa que usou é um dos caminhos para

interpretar de forma objetiva a maioria de seus

autorretratos. Suas escolhas estavam diretamente

ligadas a sua situação sentimental e psicológica,

tornando possível a rápida identificação do tema

central desses quadros a partir da roupa retratada.

Os quadros mais emblemáticos de Frida no que diz

respeito a escolha de suas roupas talvez sejam “Meu

Vestido Pendurado Ali” (Figura 1) e “Autorretrato

de cabelos cortados” (Figura 2).

Depois de casar-se, para agradar seu marido – o

muralista Diego Rivera – ou para assumir uma nova

personalidade, Frida foi aos poucos adaptando seu

guarda-roupa para usar as vestes características da

região de Tehuantepec, no sul do México. As

tehuanas, como são chamas as mulheres de lá, são

muito conhecidas na cultura popular mexicana. A

sociedade é matriarcal onde as mulheres controlam

o comércio e os homens, em sua maioria, trabalham

no campo. Enquanto os homens usam trajes

simples, as mulheres escolhem as melhores sedas e

as melhores bordadeiras – ou bordadeiros – para

decorar seus vestidos. A imagem da tehuana é

conhecida por sua imponência e beleza,

características que fizeram vários artistas e viajantes

– inclusive Diego Rivera – a visitar a região.

O que torna “Meu Vestido Pendurado

Ali” (Figura 1) emblemático é que

Frida fez um autorretrato sem ao

menos estar presente nele. Ela

sempre será conhecida por sua

imagem utilizando a roupa de

tehuana, por mais que nunca tenha

visitado a região. O quadro foi feito

em uma viagem aos Estados Unidos.

Sentindo falta de sua pátria, o único

vestígio de mexicanidad naquele

ambiente industrial era seu vestido

pendurado.

Figura 1

Meu vestido pendurado ali. KAHLO, 1933.

Além disso, mesmo sem ter consciência do que aconteceria futuramente, o vestido tehuano sempre traria a

imagem de Frida: imponente por onde passava com seus trajes coloridos que inspiraram personalidades como

Schiaparelli a criar um Robe Madame Rivera.

“Autorretrato de cabelos cortados” (Figura 2), com

a artista vestindo uma roupa masculina, quer

mostrar não só a independência de Frida, por estar

sem marido (a pintora se separou de Diego em

1939) e ao mesmo tempo na década mais próspera

de sua carreira, como também mostra sua falta de

vaidade depois de tal acontecimento. Em cima do

quadro, aliás, aparece uma citação que diz “Olha, se

te quis foi pelo cabelo, agora que está careca, já não

te quero.”, se remetendo ao fato de não ser mais

querida por seu marido.

Figura 2 Autorretrato de

cabelos cortados. KAHLO,

1940.

A escolha pelo traje que apareceria em cada autorretrato, com ou sem a Frida nele, não era aleatória. Assim

como a escolha pela roupa que usaria em cada ocasião tampouco. Frida Kahlo sabia do poder da sua imagem e,

principalmente, da sua roupa, e isso foi essencial para a criação de suas obras cheias de significado.

As duas Fridas. KAHLO, 1939

O que te inspira? Use este espaço para criar

CORES

Perfil

Em um bate papo exclusivo para a LILEmag, Daniel Amaral, editor online da revista TOP

Magazine*, nos fala sobre seu trabalho e sua visão sobre os caminhos dos veículos de

comunicação que falam sobre moda.

Como é o dia dia da redação da TOP magazine?

A redação funciona a todo vapor, apesar da

periodicidade da revista impressa, o site não para. E

ninguém da equipe também fica parado, sempre temos

um evento para ir, uma novidade para subir no site ou

nas nossas redes sociais.

Há diferença entre pauta para revista e pauta

para o site?

Sim, acaba tendo. Primeiro porque a revista impressa,

que é dirigida pela Melissa Lenz, minha mestra, é

mensal e o site é dinâmico, rola no dia a dia. A revista

tem o target do luxo, do público triple A, sabe? O site

também tem o mesmo target, mas com uma linguagem

mais contemporânea, mais humanizada. E têm mais

assuntos, colunas exclusivas como o TOP Gourmet,

que sobe toda segunda-feira, o TOP Story, que sobe as

sextas, além de colunistas como a escritora Stella

Florence e agora também o Fernando Calmon.

Você acha que com o tempo as edições

impressas deixarão de existir?

Não, porque sempre vai haver quem não resista ao

toque do papel. Vai diminuir o fluxo, como já

diminuiu, mas não vai deixar de existir. Ao menos, sou

otimista nesse ponto.

Qual a importância das redes sociais para

veículos que falam sobre moda?

As redes sociais estão engolindo sites e revistas, assim

como as blogueiras tomaram o lugar das editoras de

moda de importantes revistas do segmento. Por

exemplo, note no Instagram das editoras de moda que

elas começaram a humanizar mais a redação, a mostrar

mais o dia a dia delas, não só com looks, mas com

objetos e artigos particulares como um restaurante

favorito, um chocolate que é a nova sensação. Coisas

que, muitas vezes, não sairão nas revistas. As

blogueiras, que fazem isso muito bem (algumas vezes,

exageradamente) se tornaram famosas por conta disso,

de mostrarem mais o lado real da vida, mesmo quando

ostentam uma bolsa que 98% de suas seguidoras não

podem comprar.

Para quem está começando e tem vontade de

trabalhar com moda, você acha que criar um

blog é uma boa opção?

Olha, eu comecei com um blog, mas desisti quando

virou 'modinha'. Foi um grande erro, porque eu quis

me intelectualizar e acabei me perdendo no tempo. Por

preguiça não investi nisso e hoje até me arrependo.

Porque no blog, que se chamava "The Satis/fashion",

eu podia falar o que pensava, podia falar mal de uma

coleção, de um lançamento. Era meu ponto de vista.

Hoje, como editor de um site de um veículo que vem

crescendo gradativamente, seguro um pouco as

palavras. Primeiro, porque amadureci. E o

amadurecimento me levou a entender que calar às

vezes é falar mal. Não sou formador de opinião, sou eu

falando comigo mesmo, com alguns leitores que

podem ou não se identificar. Agora respondendo à sua

pergunta, acredito que já massificaram tanto os blogs,

Lala Rudge, Camila Coutinho e Thassia Naves já

dominaram tanto o meio que quem vier agora não as

tira do pedestal em que suas leitoras as colocaram.

Já entrevistei Lala e Camila e ambas foram muito

solícitas, educadas, gentis. E, sendo bem franco,

merecem o posto que tem! O povo fala mal porque é

despeitado, se incomoda com quem ganha dinheiro

fácil. Mas eu me pergunto: será que é tão fácil assim

expor a vida? É um desafio ser blogueira hoje em dia,

ainda mais de moda, quando o look do dia é mais

importante que a informação!

* A TOP Magazine faz parte da Editora Todas

as Culturas, que também detém a revista TOP

Destinos.

Estante

Pedimos para a Professora e Coordenadora da pós-graduação em Comunicação

e Cultura de Moda do Centro Universitário Belas Artes, Jô Souza, nos

indicar alguns livros para a nossa estante. Confira as duas preciosidades

que toda amante de moda precisa ler.

Nesta obra, o autor analisa a história dos costumes,

concentrando-se nas mudanças das regras sociais e no

modo como o indivíduo as percebia, modificando

comportamento e sentimentos. Norbert Elias buscou

informações em livros de etiquetas e boas maneiras, desde

o século XIII até os tempos contemporâneos, para mostrar

que os hábitos parecem se colocar em um determinado

estágio de uma evolução. Ele procura provar que desde a

Idade Média, em que o controle das pulsões era bastante

reduzido, até os dias contemporâneos, as classes dirigentes

foram lentamente modeladas pela vida social, e a

espontaneidade deu lugar à regra e à repressão na vida

privada.

Autor: Norbert Elias

Média de preço: R$59,90

A escolha das roupas transmite uma mensagem sobre quem

somos? De Coco Chanel a Rei Kawakubo, de Dior ao estilo

das ruas, o fio condutor desse livro é o princípio

fundamental da moda – a busca pelo novo. A moda

permeia diversos níveis da nossa existência, mas foi pouco

estudada pelos filósofos. Até agora. Com uma prosa ágil e

irônica, o autor reúne referências que vão da música pop e

da arte contemporânea a pensadores como Kant, Adorno,

Barthes, Benjamin e Giddens. Concentrando-se no

vestuário, faz um apanhado histórico e analisa a relação da

moda com o corpo, a linguagem, a arte e o consumo.

Assim, resume o que a filosofia e a sociologia têm a dizer

sobre o assunto – e acrescenta muito à discussão. Inclui:

apêndice especial à edição brasileira: texto da palestra no

seminário Pense Moda, em São Paulo, 2009, em que o

autor discute o tratamento dado à moda pela imprensa, em

geral muito pouco crítico.

Autor: Lars Svendsen

Média de preço: R$39,90

Colaboradores

Andreia Meneguete – Professora do curso de Jornalismo Feminino da FAAP

Juliane Morais Istchuk – Jornalista e amiga

Maya Marx Estarque - Professora da Faculdade SENAI CETIQT

Natália Bezerra Zerbato - Tecnóloga em Produção de Vestuário pela Faculdade SENAI

CETIQT e Aluna de Bacharelado em Artes - Habilitação Figurino e Indumentária na

Faculdade SENAI CETIQT

Daniel Amaral – Editor online da revista TOP Magazine

Jô Souza - Professora e Coordenadora da pós-graduação em Comunicação e Cultura de Moda

do Centro Universitário Belas Artes

O meu muito obrigada a todos que colaboram com essa edição