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INFORMAÇÕES LITERAIS E INFERÊNCIAS POSSÍVEIS; PONTO DE VISTA DO AUTOR; SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES; RELAÇÕES ENTRE IDÉIAS E RECURSOS DE COESÃO; FIGURAS DE ESTILO.
Interpretar um texto não é simplesmente saber o que se passa na cabeça do autor quando ele escreve seu texto. É, antes, inferir. Se eu disser: ―Levei minha filha caçula ao parque.‖, pode-se inferir que tenho mais de uma filha. Ou seja, inferir é retirar informações implícitas e explícitas do texto. E será com essas informações que o candidato irá resolver as questões de interpretação na prova.
Há de se tomar cuidado, entretanto, com o que chamamos de ―conhecimento de mundo‖, que nada mais é do que aquilo que todos carregamos conosco, fruto do que aprendemos na escola, com os amigos, vendo televisão, enfim, vivendo. Isso porque muitas vezes uma questão leva o candidato a responder não o que está no texto, mas exatamente aquilo em que ele acredita.
Vamos a um exemplo. É mundialmente reconhecida a qualidade do champanhe francês. Imaginemos, então, que em um texto o autor trate do assunto ―bebidas finas‖ e escreva que na região de Champagne, na França, é produzido um champanhe muito conhecido. Mais tarde, em uma questão, a banca pergunta qual foi a abordagem do texto em relação ao tema e coloca, em uma das alternativas, que o autor afirma que o melhor champanhe vendido no mundo é o da região de Champagne, na França. Se você for um candidato afoito, vai marcar essa alternativa como correta, certo?, sem parar para pensar que o autor não havia feito tal afirmação e que, na verdade, o que ele assegurou foi que há um champanhe que é muito conhecido e que é produzido na França. O fato de possivelmente ser o melhor do mundo é uma informação que você adquiriu em jornais, revistas etc. Entendeu a diferença? Propositadamente, a banca utiliza trechos inteiros idênticos ao texto só para confundir o candidato, e ao final, coloca uma afirmação falsa. Cuidado com isso! Contudo, não basta retirar informações de um texto para responder corretamente as questões. É necessário saber de onde tirá-las.
Para tanto, temos que ter conhecimento da estrutura textual e por quais processos se passa um texto até seu formato final de dissertação, narração ou descrição.
Como o tipo mais cobrado em provas de concurso é a dissertação, vamos entender como ela se estrutura e em que ela se baseia.
Quando dissertamos, diz-se que estamos argumentando. Mas argumentando o quê? A respeito de quê? Para formular os argumentos, antes necessitamos de uma tese, algo que vamos afirmar e defender, a respeito de um determinado assunto. Então, por exemplo, se o assunto é ―Aquecimento global‖ é imperativo apresentar uma tese baseada nele. Pode-se escrever ―O aquecimento global tem sido motivo de preocupação por parte dos cientistas‖, ou ―A população deve preocupar-se com o superaquecimento do planeta‖ etc. O importante é que na tese esteja claro aquilo que deverá ser sustentado por meio de argumentos. O próximo passo é estabelecer quais argumentos poderão ser utilizados para tornar a afirmação feita na tese cada vez mais sólida. Apresentados os argumentos, basta concluir a dissertação. Tudo o que aqui foi exposto é apenas ilustrativo para que se tenha ideia de como um texto é estruturado e, a partir daí, estudar o texto apresentado e procurar no lugar certo a resposta para cada questão. Vejamos: Normalmente, a tese é explicitada na primeira frase do primeiro parágrafo, coincidindo com o que chamamos de ―tópico frasal‖, aquela sentença que usamos para chamar a atenção em um texto e apresentá-lo de forma clara. Mas ela pode aparecer também na última frase do primeiro parágrafo. Disso decorre que sempre que precisar encontrar a tese do texto para responder a questões sobre o que o autor pensa, por exemplo, deve-se procurá-la no primeiro parágrafo. Todavia, se a banca quiser saber em que o autor se fundamentou para fazer tal afirmação, basta procurar a resposta nos parágrafos em que forem apresentados os argumentos. Por exemplo, na última prova do MPU, cargo Analista Processual, da banca Fundação Carlos
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Chagas, foi perguntado aos candidatos o que revelava a argumentação do autor. Dentre as alternativas apresentadas, bastava saber qual era fundamentalmente um argumento utilizado pelo autor e o que ele demonstrava. É, portanto, muito importante conhecer a estrutura de um texto para saber trabalhá-lo de forma a fazer com que ele seja um aliado na conquista de um cargo público.
I) Para interpretar bem
Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. Importante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os itens abaixo.
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção, tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é ―ler por ler‖, para se livrar.
2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção dedicada a isso.)
3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso.
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar responder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um todo, e isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois tente resolver as questões propostas.
5) As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai acostumar-se a agir dessa forma. Então - acredite nisso - alcançará seu objetivo.
6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma determinada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas.
EXERCÍCIOS
Responda as questões de 1 a 10 de acordo com o texto abaixo:
O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada.
Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição.
Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.
Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas.
Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens de Gulliver", depois clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano não figurava entre os prediletos do padre Cabral.
Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão. Jorge Amado 1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:
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a)façam uma descrição sobre o mar; b)descrevam os mares encapelados de Camões; c)reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;. d)façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados; e)retirem de Camões inspiração para descrever o mar. 2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo: a)conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver"; b)assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses; c)amor por Charles Dickens; d)mar descrito por Mark Twain; e)saber já feito, já explorado por célebre autor. 3. Apenas o narrador foi diferente, porque: a)lia Camões; b)se baseou na própria vivência; c)conhecia os ficcionistas ingleses e franceses; d)tinha conhecimento das obras de Mark Twain; e)sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral. 4. O narrador confessa que no internato lhe faltava: a)a leitura de Os Lusíadas; b)o episódio do Adamastor; c)liberdade e sonho; d)vocação autêntica de escritor; e)respeitável personalidade. 5. Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas só foi um elogiado, porque revelava: a)liberdade; b)sonho; c)imparcialidade; d)originalidade; e)resignação. 6. Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior, o narrador adquiriu um direito que lhe agradou muito: a)ler livros da estante de Padre Cabral; b)rever as praias do Pontal; c)ler sonetos camonianos; d)conhecer mares nunca dantes navegados; e)conhecer a cela de Padre Cabral. 7. Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu caminho: a)os colegas do internato; b)a cela do Padre Cabral; c)a prisão do internato; d)o mar de Ilhéus; e)as praias do Pontal.
8. Conclui-se, da leitura do texto, que: a)o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram; b)o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus; c)o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clássicos portugueses; d)a competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência de ser bom atleta ou bom em matemática; e)graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colégio dos jesuítas. 9. O primeiro dever... foi uma descrição... Contudo nesse texto predomina a: a)narração; b)dissertação; c)descrição; d)linguagem poética; e)linguagem epistolar. 10. Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no: a)presente do indicativo; b)pretérito imperfeito do indicativo; c)pretérito perfeito do indicativo; d)pretérito mais que perfeito do indicativo; e)futuro do indicativo. Releia a primeira estrofe e responda as questões de 11 a 13 Cheguei, Chegaste, Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada. E a alma de sonhos povoada eu tinha. 11. À ordem alterada, que o autor elabora no texto, em busca da eufonia e ritmo, dá-se o nome de: a)antítese; b)metáfora; c)hipérbato; d)pleonasmo; e)assíndeto. 12. E a alma de sonhos povoada eu tinha. Na ordem direta fica: a)E a alma povoada de sonhos eu tinha. b)E povoada de sonhos a alma eu tinha. c)E eu tinha povoada de sonhos a alma. d)E eu tinha a alma povoada de sonhos. e)E eu tinha a alma de sonhos povoados. 13. Predominam na primeira estrofe as orações: a)substantivas; b)adverbiais; c)coordenadas; d)adjetivas; e)subjetivas.
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Releia a segunda estrofe para responder as questões de 14 a 17: E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha 14.O objetivo preso (presa) refere-se a: a)estrada; b)vida; c)minha mão; d)tua mão; e)vista. GABARITO 01. A 02. E 03. B 04. C 05. D 06. A 07. C 08. D 09. A 10. C 11. C 12. D 13. C 14. D
TIPOS DE TEXTOS
O modo de se estabelecer a interação entre texto e leitor é o que vai determinar o tipo de texto. Isso significa que o tipo é caracterizado pela natureza linguística de sua construção teórica, ou seja, por seus tempos verbais, aspectos lexicais e sintáticos, relações entre seus elementos. Os principais tipos textuais são:
descritivos, dissertativo, narrativo, argumentativo, expositivo, injuntivo.
Os gêneros de textos
Se o tipo é organizado pelos seus elementos formais, o gênero é caracterizado pelo estilo do texto, pela sua função sociocomunicativa, ou seja, para o fim a que se destina. Surgem, pois, vários gêneros (orais e/ou escritos):
bula de remédios, bilhete, narrativas, artigos de opinião, crônicas, romances, receitas, classificados, reportagens jornalísticas, carta pessoal, carta comercial, catálogos, lista telefônica, telefonema, email, cardápio, chat, manual de instruções, resenha, outdoor, plano de aula, aula virtual, resumo, charge, boletim de ocorrência, edital de concurso, relatório, piada, conversação comum, conferência, sermão, romance, biografia, horóscopo, reunião, etc.
Tipos e gêneros podem conviver num mesmo texto, mas normalmente um predomina. Textos dissertativos argumentativos podem trazer cenas descritivas, e vice-versa. Assim sendo, um texto, por exemplo, do gênero carta, pode ser do tipo narrativo, argumentativo, etc. Um romance pode trazer trechos descritivos, embora seja predominantemente narrativo. Numa bula de remédio estão presentes três tipos: descritivo, dissertativo e injuntivo. Na fábula, o narrativo e argumentativo. Concluímos que, um mesmo tipo de texto pode ocorrer em vários gêneros.
O cão e o osso
O cão e o osso
Um dia, um cão ia atravessando uma ponte, carregando um osso na boca. Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e se perdeu para sempre.
Moral: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. (disponível em: www.dominiopublico.gov.br/.../DetalheObraDownload.do?select...acesso:21/08/11)
Trabalhando conhecimentos
1. Gênero: fábula.
2. Sobre o autor da fábula – Esopo: escritor grego, viveu no século V a.C., considerado o maior escritor de fábulas da Grécia. A Grécia é um país europeu, próximo à Asia – sua capital: Atenas.
3. Principais características das fábulas: - textos com linguagem simples; - geralmente curtos, estilo narrativo e bem humorados; - mensagem do texto direcionada ao comportamento humano; - no final trazem uma nota chamando atenção para a moral da história. - os personagens que representam animais nas fábulas agem como se fossem humanos. Ver
TIPOLOGIA TEXTUAL NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO
NARRAÇÃO: Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento. DESCRIÇÃO: Retrato através de palavras. Tempo estático. DISSERTAÇÃO: Desenvolvimento de idéias. Temporais/Atemporais.
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Texto
Em um cinema, um fugitivo corre desabaladamente por uma floresta fechada, fazendo ziguezagues. Aqui tropeça em uma raiz e cai, ali se desvia de um espinheiro, lá transpõe um paredão de pedras ciclópicas, em seguida atravessa uma correnteza a fortes braçadas, mais adiante pula um regato e agora passa, em carreira vertiginosa, por pequena aldeia, onde pessoas se encontram em atividades rotineiras. Neste momento, o operador pára as máquinas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o fugitivo), com ambos os pés no ar, as pernas abertas em larguíssima passada como quem corre, um menino com um cachorro nos braços estendidos, o rosto contorcido pelo pranto, como quem oferece o animalzinho a uma senhora de olhar severo que aponta uma flecha para algum ponto fora do enquadramento da tela; um rapaz troncudo puxa, por uma corda, uma égua que se faz acompanhar de um potrinho tão inseguro quanto desajeitado; um pajé velho, acocorado perto de uma choça, tira baforadas de um longo e primitivo cachimbo; uma velha gorda e suja dorme em uma já bastante desfiada rede de embira fina, pendurada entre uma árvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma cabana recém construída, limpa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas... Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte: Narrar é contar uma história. A Narração é uma seqüência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a existência de um personagem ou actante que a prática em determinado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de que um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço e tempo em desenvolvimento. Os outros dois componentes da narrativa são: narrador e enredo ou trama. Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a seqüência das ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de um instante. A descrição pode ser estática ou dinâmica. A descrição estática não envolve ação. Exemplos: "Uma velha gorda e suja." "Árvore seca de galhos grossos e retorcidos."
A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir do momento em que o operador pára as máquinas projetoras, todas as ações que se vêem na tela estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão compondo uma descrição dinâmica. Descrição porque todas as ações acontecem ao mesmo tempo, dinâmica porque inclui ações. Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idéias, de juízos, de pensamentos. Exemplos: "As circunstâncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..." "Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente de seu condicionamento passado." Linguagem Verbal
Existem várias formas de comunicação. Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita, dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas idéias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. ela está presente em textos em propagandas;
Em reportagens (jornais, revistas, etc.); Em obras literárias e científicas; Na comunicação entre as pessoas; Em discursos (Presidente da República,
representantes de classe, candidatos a cargos públicos, etc.);
E em várias outras situações. Linguagem não Verbal
Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza do código "língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar. Na figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a idéia de atenção,
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de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se é permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se é proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante.
Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodificadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da palavra? O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver ausência da palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores).
Pressuposição É o conteúdo que fica à margem da discussão, é o conteúdo implícito. Assim, a frase "Pedro parou de fumar" veicula a pressuposição de que Pedro fumava antes; "Pedro passou a trabalhar à noite" contém a pressuposição de que antes ele trabalhava de dia, mas contém também a pressuposição de que ele não trabalhava antes, dependendo da ênfase colocada em passar a ou em à noite. Vale lembrar que, nestes exemplos, a pressuposição é marcada lingüisticamente pela presença dos verbos parar de, passar a. Existem também pressuposições que não apresentam marca lingüística; estes tipos de pressuposição denominam-se inferências. Inferências São informações normais que não precisam ser explicitadas no momento da produção do texto; são também chamadas de subentendidos. O exemplo seguinte ajuda a entender esta noção: "Maria foi ao cinema, assistiu ao filme sobre dinossauros e voltou para casa." Lendo esta frase, o ouvinte/leitor recupera os conhecimentos relativos ao ato de ir ao cinema: no cinema existem cadeiras, tela, bilheteria; há uma pessoa que vende bilhetes, outra que os recolhe na entrada; a sala fica escura durante a projeção, etc. Enfim, isto não precisa ser dito explicitamente. Se assim não fosse, que extensão teriam nossos textos para fornecer, sempre que necessário, todas estas informações?
Daí a importância das inferências na interação verbal. Se quiséssemos dizer que Maria não conseguiu ver o filme até o final, isto teria que ser explicitado, porque, normalmente, a pessoa vê o filme inteiro. Implicatura É um sentido derivado, que atribuímos a um enunciado depois de constatar que seu sentido literal é irrelevante para a situação. Se perguntamos: "Qual é a função de Pedro no jornal?" e ouvimos "Pedro é o filho do chefe", podemos depreender dessa resposta que Pedro não tem função nenhuma que Pedro não faz nada ou que Pedro não precisa fazer nada. Nem as implicaturas nem as pressuposições fazem parte do conteúdo explicitado. A diferença entre elas está no fato de que, com respeito às pressuposições, a estrutura lingüística nos oferece os elementos que permitem depreendê- las; já com as implicaturas isto não acontece -- o suporte lingüístico é menos óbvio e, portanto, elas dependem principalmente do conhecimento da situação, compartilhado pelo falante e pelo ouvinte. As pressuposições fazem parte do sentido literal das frases, enquanto as implicaturas são estranhas a ele. Ponto De Vista Do Autor Modos de narrar - na obra Para entender o texto: leitura e redação, de Platão & Fiorin, o autor afirma que as frases ou os enunciados que lemos ou ouvimos chegam até nós como uma forma pronta e acabada, mas é evidente que esses enunciados não sugiram do nada: eles foram produzidos por alguém. Dessa forma, qualquer enunciado – aquilo que foi dito ou escrito – pressupõe alguém que o tenha produzido. Com base nesses dados: a) aquilo que foi escrito ou dito por alguém chamaremos enunciado; b) o produtor de enunciado, responsável pela organização do texto, chamaremos narrador. O narrador não se confunde com o autor do texto ou com o escritor, tanto é verdade, que o narrador pode ser um personagem, aparecendo nos próprios enunciados. O autor é uma pessoa de carne e osso; o narrador faz parte do texto, é quem relata a partir de seu ponto de vista. Pode até mesmo ocorrer que autor e narrador tenham visão de mundo e ideologia completamente opostas entre si. O narrador não revela necessariamente as ideias, preferências e os pontos de vista do autor.
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Há dois modos básicos de narrar: ou o narrador introduz-se no discurso, produzindo-o, então em primeira pessoa, ou ausenta-se dele, criando um discurso em terceira pessoa. Narrar em terceira pessoa ou em primeira pessoa são os dois pontos de vista fundamentais do narrador. O narrador em terceira pessoa pode assumir duas posições diante do que narra: 1) Ele conhece tudo, até os pensamentos e sentimentos dos personagens. Comenta, analisa e critica tudo. É como se pairasse acima dos acontecimentos e tudo visse. É chamado narrador onisciente (que sabe tudo). 2) O narrador também conhece os fatos, mas não invade o interior dos personagens para comentar seu comportamento, intenções e sentimentos. Essa posição cria um efeito de sentido de objetividade ou de neutralidade. É como se a história se narrasse sozinha. O narrador pode ser chamado observador. O narrador em primeira pessoa está presente na narrativa. Pode ser o personagem principal ou um personagem secundário: 1) Quando é personagem principal, ele não tem acesso aos sentimentos, pensamentos e intenções dos outros personagens, mas pode relatar suas percepções, seus sentimentos e pensamentos. É a forma ideal de explorar o interior de um personagem. É o que ocorre em O Ateneu, de Raul Pompeia. 2) Quando o narrador é um personagem secundário, observa de dentro os acontecimentos. Viveu os fatos relatados, conta o que viu ou ouviu e até mesmo se serve de cartas ou documentos que obteve. Não consegue saber o que se passa na cabeça dos outros. Pode apenas inferir, lançar hipóteses e pode ou não comentar os acontecimentos. O modo de narrar em primeira pessoa cria um efeito de subjetividade maior que o modo em terceira pessoa. Este produz um efeito de sentido de objetividade, pois o narrador não está envolvido com os acontecimentos.O narrador pode projetar uma imagem do leitor dentro da obra e dialogar com esse ―leitor‖, prevendo suas reações. Esse leitor instalado no texto não se confunde com o leitor real.
RELAÇÃO ENTRE IDEIAS E RECURSOS DE COESÃO COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob orientação da Professora-Doutora Ana Cristina Macário Lopes, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre determinados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e, simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessariamente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala de aula.
Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplicação na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no referido seminário. Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui apresentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cumprido honestamente o seu papel. Coesão e Coerência Textual OS MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS O texto não é simplesmente um conjunto de palavras; pois se o fosse, bastaria agrupá-las de qualquer forma e teríamos um: "O ontem lanche menino comeu" Veja que neste caso não há um texto, há somente um grupo de palavras dispostas em uma ordem qualquer. Mesmo que colocássemos estas palavras em uma ordem gramatical correta: sujeito-verbo-complemento, precisaríamos ainda organizar o nível semântico do texto, deixando-o inteligível. "O lanche comeu o menino ontem" O nível sintático está perfeito:
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sujeito = o lanche verbo = comeu complementos = o menino ontem Mas o nível semântico apresenta problemas, pois não é possível que o lanche coma o menino, pelo menos neste contexto. Caso a frase estivesse empregada num sentido figurado e em outro contexto, isto seria possível. Pedrinho saiu da lanchonete todo lambuzado de maionese, mostarda e catchup, o lanche era enorme, parecia que "o lanche tinha comido o menino". A coesão e a coerência garantem ao texto uma unidade de significados encadeados. A COESÃO Há, na língua, muitos recursos que garantem o mecanismo de coesão: * por referência: Os pronomes, advérbios e os artigos são os elementos de coesão que proporcionam a unidade do texto. "O Presidente foi a Portugal em visita. Em Portugal o presidente recebeu várias homenagens." Esse texto repetitivo torna-se desagradável e sem coesão. Observe a atuação do advérbio e do pronome no processo de e elaboração do texto. "O Presidente foi a Portugal. Lá, ele foi homenageado." Veja que o texto ganhou agilidade e estilo. Os termos ―Lá‖ e ―ele‖ referem-se a Portugal e Presidente, foram usados a fim de tornar o texto coeso. * por elipse: Quando se omite um termo a fim de evitar sua repetição. "O Presidente foi a Portugal. Lá, foi homenageado." Veja que neste caso omitiu-se a palavra ―Presidente‖, pois é subentendida no contexto. * lexical: Quando são usadas palavras ou expressões sinônimas de algum termo subseqüente: "O Presidente foi a Portugal. Na Terra de Camões foi homenageado por intelectuais e escritores." Veja que ―Portugal‖ foi substituída por ―Terra de Camões‖ para evitar repetição e dar um efeito mais significativo ao texto, pois há uma ligação semântica entre ―Terra de Camões‖ e intelectuais
e escritores. * por substituição: É usada para abreviar sentenças inteiras, substituindo-as por uma expressão com significado equivalente. "O presidente viajou para Portugal nesta semana e o ministro dos Esportes o fez também." A expressão ―o fez também‖ retoma a sentença ―viajou para Portugal‖. * por oposição: Empregam-se alguns termos com valor de oposição (mas, contudo, todavia, porém, entretanto, contudo) para tornar o texto compreensível. "Estávamos todos aqui no momento do crime, porém não vimos o assassino." * por concessão ou contradição: São eles: embora, ainda que, se bem que, apesar de, conquanto, mesmo que. "Embora estivéssemos aqui no momento do crime, não vimos o assassino." * por causa: São eles: porque, pois, como, já que, visto que, uma vez que. "Estávamos todos aqui no momento do crime e não vimos o assassino uma vez que nossa visão fora encoberta por uma névoa muito forte." * por condição: São eles: caso, se, a menos que, contanto que. "Caso estivéssemos aqui no momento do crime, provavelmente teríamos visto o assassino." * por finalidade: São eles: para que, para, a fim de, com o objetivo de, com a finalidade de, com intenção de. "Estamos aqui a fim de assistir ao concerto da orquestra municipal." A COERÊNCIA É muito confusa a distinção entre coesão e coerência, aqui entenderemos como coerência a ligação das partes do texto com o seu todo. Ao elaborar o texto, temos que criar condições para que haja uma unidade de coerência, dando ao texto mais fidelidade. “Estava andando sozinho na rua, ouvi passos atrás de mim, assustado nem olhei, saí correndo, era um homem alto, estranho, tinha em suas mãos uma arma...” Se o narrador não olhou, como soube descrever a personagem?
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A falta de coerência se dá normalmente: Na inverossimilhança, falta de concatenação e argumentação falsa. Observe outra situação: “Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de lixo, cheguei mais perto para ver o que acontecia...” Ocorre neste trecho uma incoerência pois se era realmente um saco de lixo, com certeza não iria acontecer coisa alguma. Outro tipo de incoerência: Ao tentar elaborar uma história de suspense, o narrador escolhe um título que já leva o leitor a concluir o final da história. Um milhão de dólares “Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de lixo, ao me aproximar percebi que era um pacote...” O que será que havia dentro do pacote? Veja como o narrador acabou com a história na escolha infeliz do título. A incoerência está presente, também, em textos dissertativos que apresentam defeitos de argumentação. Em muitas redações observamos afirmações falsas e inconsistentes. Observe: “No fundo nenhuma escola está realmente preocupada com a qualidade de ensino.” “Estava assistindo ao debate na televisão dos candidatos ao governo de São Paulo, eles mais se acusavam moralmente do que mostravam suas propostas de governo, em um certo momento do debate dois candidatos quase partem para a agressão física. Dessa forma, isso nos leva a concluir que o homem não consegue conciliar idéias opostas é por isso que o mundo vive em guerras freqüentemente.” Note que nos dois primeiros exemplos as informações são amplas demais e sem nenhum fundamento. Já no terceiro, a conclusão apresentada não tem ligação nenhuma com o exemplo argumentado. Esses exemplos caracterizam a falta de coerência do texto. Finalizando: tanto os mecanismos de coesão como os de coerência devem ser empregados com cuidado, pois a unidade do texto depende praticamente da aplicação correta desses mecanismos.
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2.1 Ortografia: emprego das letras, 2.2
divisão silábica, 2.3 acentuação gráfica, 2.4
encontros vocálicos e consonantais, 2.5
dígrafos; 2.6 classes de palavras:
substantivos, adjetivos, artigos, numerais,
pronomes, verbos, advérbios, preposições,
conjunções, interjeições: conceituações,
classificações, flexões, emprego, locuções.
2.7 Sintaxe: estrutura da oração, estrutura do
período, 2.8 concordância (verbal e nominal);
2.9 regência (verbal e nominal); 2.10 crase,
2.11 colocação de pronomes; 2.12
pontuação.
REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DE LETRAS 1. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /Z/ a) Dependendo da sílaba inicial da palavra, pode ser representado pelas letras z, x, s: Sílaba inicial a > usa-se z - azar, azia, azedo, azorrague, azêmola ... Exceções: Ásia, asa, asilo, asinino. Sílaba inicial e > usa-se x - exame, exemplo, exímio, êxodo, exumar ... Exceções: esôfago, esotérico, (há também exotérico) Sílaba inicial i > usa-se s - isento, isolado, Isabel, Isaura, Isidoro ... Silaba inicial o > usa-se s - hosana, Osório, Osíris, Oséias... Exceção: ozônio Sílaba inicial u > usa-se s - usar, usina, usura, usufruto ... b) No segmento final da palavra (sílaba ou sufixo), pode ser representado pelas letras z e s: 1) letra z - se o fonema /z/ não vier entre vogais: az, oz - (adj. oxítonos) audaz, loquaz, veloz, atroz ... iz, uz - (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz, mastruz ...
Exceções: anis, abatis, obus. ez, eza - (subst. abstratos) maciez, embriaguez, avareza ... 2) letra s - se o fonema /z/ vier entre vogais: asa - casa, brasa ... ase - frase, crase ... aso - vaso, caso ... Exceções: gaze, prazo. ês(a) - camponês, marquesa ... ese - tese, catequese ... esia - maresia, burguesia ... eso - ileso, obeso, indefeso ... isa - poetisa, pesquisa ... Exceções: baliza, coriza, ojeriza. ise - valise, análise, hemoptise ... Exceção: deslize. iso – aviso, liso, riso, siso ... Exceções: guizo, granizo. oso(a) - gostoso, jeitoso, meloso ... Exceção: gozo. ose – hipnose, sacarose, apoteose ... uso(a) - fuso, musa, medusa ... Exceção: cafuzo(a). c) Verbos: Terminação izar - derivados de nomes sem "s" na última sílaba:
utilizar, avalizar, dinamizar, centralizar ... - cognatos (derivados com mesmo radical) com sufixo "ismo":
(batismo) batizar - (catecismo) catequizar ...
Terminação isar - derivados de nomes com "s" na última sílaba:
avisar, analisar, pesquisar, alisar, bisar ...
Verbos pôr e querer - com "s" em todas as flexões:
pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, quisera ...
d) Nas derivações sufixais: letra z - se não houver "s‖ na última sílaba da palavra primitiva:
marzinho, canzarrão, balázio, bambuzal, pobrezinho ...
letra s - se houver "s" na última sílaba da palavra primitiva:
japonesinho, braseiro, parafusinho, camiseiro, extasiado...
e) Depois de ditongos: letra s - lousa, coisa, aplauso, clausura, maisena, Creusa ... 2. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /X/ Emprego da letra X a) depois das sílabas iniciais: me - mexerico, mexicano, mexer ...
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Exceção: mecha Ia – laxante ... li – lixa ... lu – lixo ... gra – graxa ... bru – bruxa ... en - enxame, enxoval, enxurrada ... Exceção: enchova. Observação: Quando en for prefixo, prevalece a grafia da palavra primitiva:
encharcar, enchapelar, encher, enxadrista...
b) depois de ditongos:
caixa, ameixa, frouxo, queixo ... Exceção: recauchutar. 3. OUTROS CASOS DE ORTOGRAFIA 1. Letra g Palavras terminadas em: ágio - presságio égio – privilégio ígio – vestígio ógio – relógio úgio – refúgio agem – viagem ege – herege igem – vertigem oge – paragoge ugem – penugem Exceções: pajem, lajem, lambujem. 2. Letra c (ç) a) nos sufixos:
barcaça, viração, cansaço, bonança, roliço.
b) depois de ditongos: louça, foice, beiço, afeição.
c) cognatas com "t": exceto > exceção - isento > isenção.
d) derivações do verbo "ter": deter > detenção, obter > obtenção.
3. Letra s / ss Nas derivações, a partir das terminações verbais: Ender pretender > pretensão; ascender > ascensão. Ergir imergir > imersão; submergir > submersão. Erter inverter > inversão; perverter > perversão. Pelir repelir > repulsa; compelir > compulsão. correr discorrer > discurso; percorrer > percurso. ceder ceder > cessão; conceder > concessão. gredir agredir > agressão; regredir > regresso. primir exprimir > expressão;
comprimir > compressa. tir permitir > permissão; discutir > discussão. EXERCíCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS Falso / verdadeiro Todas as palavras estão corretas: 1. ( ) ananás, loquaz, vorás, lilaz; 2. ( ) freguês, pequenez, duquesa, rijeza; 3. ( ) encapusado, cuscus, pirezinho, atroz; 4. ( ) azia, asilado, azinhavre, azedo; 5. ( ) guiso, aviso. riso, graniso; 6. ( ) extaziar, gase, ojeriza, deslisar; 7. ( ) valize, deslize, varize, garnizé; 8. ( ) batizar, catequizar, balizar, bisar; 9. ( ) papisa, balásio, ginásio, episcopisa; 10. ( ) maisena, deslizar, revezar, pequinês; 11. ( ) azoto, ozônio, atrasado, esotérico; 12. ( ) Izabel, Neuza, Souza, Isidoro; 13. ( ) passoca, ajiota, cafuso, enchurrada; 14. ( ) albatroz, permição, interceção, puz; 15. ( ) logista, gerimum, gibóia, pajem; 16. ( ) retrós, algoz, atroz, ilhós; 17. ( ) pretencioso, êxodo, baliza, aziago; 18. ( ) embaixatriz, sacerdotisa, coriza, az; 19. ( ) enxarcado, enxotar, enxova, enxido; 20. ( ) discussão, aversão, ajeitar, gorjear; 21. ( ) sarjeta, pajem, monje, argila; 22. ( ) tigela, rijeza, rabugento, gesto; 23. ( ) ascenção, obscessão, massiço, sucinto; 24. ( ) pixe, flexa, xispa, xucro; 25. ( ) cachumba, esguixo, lagarticha, toxa. Múltipla escolha 26. Assinale a opção onde há erro no emprego do dígrafo sc: a) aquiescer; d) florescer; b) suscinto; e) intumescer. c) consciência; 27. Assinale o vocábulo cuja lacuna não deve ser preenchida com "i": a) pr___vilégio; d) cum___eira; b) corr___mão; e) cas___mira. c) d___senteria; 28. Assinale a série em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) sarjeta - babaçu - praxe - repousar; b) caramanchão - mixto - caos - biquíni; c) ultrage - discução - mochila - flexa; d) enxerto - represa - sossobrar - barbárie; e) acesso - assessoria - ascenção - silvícola. 29. Aponte a opção de grafia incorreta. a) usina - buzina; b) ombridade - ombro; c) úmido - humilde; d) erva - herbívoro; e) néscio - cônscio.
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30. Aponte a alternativa com incorreção. a) Há necessidade de fiscalizar bem as provas. b) A obsessão é prejudicial ao discernimento. c) A pessoa obscecada nada enxerga. d) Exceto Paulo, todos participaram da organização. e) Súbito um rebuliço: a confusão era total. GABARITO 1.F 7.F 13.F 19.F 25.F 2.V 8.V 14.F 20.V 26.B 3.F 9.F 15.F 21.F 27.D 4.V 10.V 16.V 22.V 28.A 5.F 11.V 17.F 23.F 29.B 6.F 12.F 18.V 24.F 30.C
A NOVA ORTOGRAFIA .
O que muda
O Novo Acordo Ortográfico foi elaborado
para uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, ou seja, os que têm o português como língua oficial. Ele entrou em vigor em janeiro de 2009. Os brasileiros terão quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia anterior como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, a grafia correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo. As mudanças são poucas em relação ao número de palavras que a língua portuguesa tem, porém são significativas e importantes. Basicamente o que nos atinge mais fortemente no dia a dia é o uso dos acentos e do hífen. Neste site você encontra as novas regras, o que muda e como devemos escrever a partir de janeiro de 2009. 1. ENTENDA O CASO: A língua portuguesa tem dois sistemas ortográficos: o português (adotado também pelos países africanos e pelo Timor) e o brasileiro.
Essa duplicidade decorre do fracasso do Acordo unificador assinado em 1945: Portugal adotou, mas o Brasil voltou ao Acordo de 1943.
As diferenças não são substanciais e não
impedem a compreensão dos textos escritos
numa ou noutra ortografia. No entanto, considera-se que a dupla ortografia dificulta a difusão internacional da língua (por exemplo, os testes de proficiência têm de ser duplicados), além de aumentar os custos editoriais, na medida em que o mesmo livro, para circular em todos os territórios da lusofonia, precisa normalmente ter duas impressões diferentes. O Dicionário Houaiss, por exemplo, foi editado em duas versões ortográficas para poder circular também em Portugal e nos outros países lusófonos. Podemos facilmente imaginar quanto custou essa ―brincadeira‖. Essa situação estapafúrdia motivou um novo esforço de unificação que se consolidou no Acordo Ortográfico assinado em Lisboa em 1990 por todos os países lusófonos. Na ocasião, estipulou-se a data de 1o de janeiro de 1994 para a entrada em vigor da ortografia unificada, depois de o Acordo ser ratificado pelos parlamentos de todos os países.
Contudo, por várias razões, o processo
de ratificação não se deu conforme o esperado (só o Brasil e Cabo Verde o realizaram) e o Acordo não pôde entrar em vigor.
Diante dessa situação, os países
lusófonos, numa reunião conjunta em 2004, concordaram que bastaria a manifestação ratificadora de três dos oito países para que o Acordo passasse a vigorar. Em novembro de 2006, São Tomé e Príncipe ratificou o Acordo. Desse modo, ele, em princípio, está vigorando e deveríamos colocá-lo em uso. 2. AS MUDANÇAS
As mudanças, para nós brasileiros, são poucas. Alcançam a acentuação de algumas palavras e operam algumas simplificações nas regras de uso do hífen.
2.1. Acentuação A) FICA ABOLIDO O TREMA: palavras como lingüiça, cinqüenta, seqüestro passam a ser grafadas linguiça, cinquenta, sequestro; B) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DO PRIMEIRO ‗O‘ EM PALAVRAS TERMINADAS EM ‗OO‘: palavras como vôo, enjôo, abençôo passam a ser grafadas voo, enjoo, abençoo; C) DESAPARECE OACENTO CIRCUNFLEXO DAS FORMAS VERBAIS DA TERCEIRA PESSOA DO PLURAL TERMINADAS EM –EEM: palavras como lêem, dêem, crêem, vêem passam a ser grafadas leem, deem, creem, veem;
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D) DEIXAM DE SER ACENTUADOS OS DITONGOS ABERTOS ÉI E ÓI DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS: palavras como idéia, assembléia, heróico, paranóico passam a ser grafadas ideia, assembleia, heroico, paranoico; MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS NO HORIZONTE OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
A mídia costuma apresentar o Acordo como uma unificação da língua. Há, nessa maneira de abordar o assunto, um grave equívoco.
O Acordo não mexe na língua (nem poderia, já que a língua não é passível de ser alterada por leis, decretos e acordos) – ele apenas unifica a ortografia.
Algumas pessoas – por absoluta
incompreensão do sentido do Acordo e talvez induzidas por textos imprecisos da imprensa – chegaram a afirmar que a abolição do trema (prevista pelo Acordo) implicaria a mudança da pronúncia das palavras (não diríamos mais o u de lingüiça, por exemplo). Isso não passa de um grosseiro equívoco: o Acordo só altera a forma de grafar algumas palavras. A língua continua a mesma.
E) FICA ABOLIDO, NAS PALAVRAS PAROXÍTONAS, O ACENTO AGUDO NO I E NO U TÔNICOS QUANDO PRECEDIDOS DE DITONGO : palavras como feiúra, baiúca passam a ser grafadas feiura, baiuca; F) FICA ABOLIDO, NAS FORMAS VERBAIS RIZOTÔNICAS (QUE TÊM O ACENTO TÔNICO NA RAIZ), O ACENTO AGUDO DO U TÔNICO PRECEDIDO DE G OU Q E SEGUIDO DE E OU I.
Essa regra alcança algumas poucas formas de verbos como averiguar, apaziguar, arg(ü/u)ir: averigúe, apazigúe e argúem passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem; G) DEIXA DE EXISTIR O ACENTO AGUDO OU CIRCUNFLEXO USADO PARA DISTINGUIR PALAVRAS PAROXÍTONAS QUE, TENDO RESPECTIVAMENTE VOGAL TÔNICA ABERTA OU FECHADA, SÃO HOMÓGRAFAS DE PALAVRAS ÁTONAS. ASSIM, DEIXAMDE SE DISTINGUIR PELO ACENTO GRÁFICO: —para (á), flexão do verbo parar, e para, preposição; —pela(s) (é), substantivo e flexão do verbo pelar, e pela(s), combinação da preposição per e o artigo a(s); —polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s);
—pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo, e pelo(s) combinação da preposição per e o artigo o(s); —pera (ê), substantivo (fruta), pera (é), substantivo arcaico (pedra) e pera preposição arcaica. 2.2 O caso do hífen
O hífen é, tradicionalmente, um sinal gráfico mal sistematizado na ortografia da língua portuguesa. O texto do Acordo tentou organizar as regras, de modo a tornar seu uso mais racional e simples: a) manteve sem alteração as disposições anteriores sobre o uso do hífen nas palavras e expressões compostas. Determinou apenas que se grafe de forma aglutinada certos compostos nos quais se perdeu a noção de composição (mandachuva e paraquedas, por exemplo).
Para saber quais perderão o hífen, teremos de esperar a publicação do novo Vocabulário Ortográfico pela Academia das Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras. É que o texto do Acordo prevê a aglutinação, dá alguns exemplos e termina o enunciado com um etc. – o que, infelizmente, deixa em aberto a questão;
b) no caso de palavras formadas por prefixação, houve as seguintes alterações: ● só se emprega o hífen quando o segundo elemento começa por h Ex.: pré-história, super-homem, pan-helenismo, semi-hospitalar EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras formadas com os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial (desumano, inábil, inumano). ● e quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento Ex.: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-onda, infra-axilar EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual em relação ao prefixo co-, que em geral se aglutina com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o (coordenação, cooperação, coobrigação) Com isso, ficou abolido o uso do hífen: ● quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas Ex.: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom. EXCEÇÃO: manteve-se o hífen quando os prefixos terminam com r, ou seja, hiper-, inter- e super- Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. ● quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente Ex.: extraescolar, aeroespacial, autoestrada,
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autoaprendizagem, antiaéreo, agroindustrial, hidroelétrica OBSERVAÇÃO Permanecem inalteradas as demais regras do uso do hífen. 2.3. O caso das letras k, w, y
Embora continuem de uso restrito, elas ficam agora incluídas no nosso alfabeto, que passa, então, a ter 26 letras. Importante deixar claro que essa medida nada altera do que está estabelecido. Apenas fixa a seqüência dessas letras para efeitos da listagem alfabética de qualquer natureza. Adotou-se a convenção internacional: o k vem depois do j, o w depois do v e o y depois do x. 2.4. O caso das letras maiúsculas
Se compararmos o disposto no Acordo com o que está definido no atual Formulário Ortográfico brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no uso obrigatório das letras maiúsculas. Elas ficaram restritas a nomes próprios de pessoas (João, Maria, Dom Quixote), lugares (Curitiba, Rio de Janeiro), instituições (Instituto Nacional da Seguridade Social, Ministério da Educação) e seres mitológicos (Netuno, Zeus), a nomes de festas (Natal, Páscoa, Ramadão), na designação dos pontos cardeais quando se referem a grandes regiões (Nordeste, Oriente), nas siglas (FAO, ONU), nas iniciais de abreviaturas (Sr., Gen. V. Exª) e nos títulos de periódicos (Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo).
Ficou facultativo usar a letra maiúscula nos nomes que designam os domínios do saber (matemática ou Matemática), nos títulos (Cardeal/cardeal Seabra, Doutor/ doutor Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas categorizações de logradouros públicos (Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja do Bonfim) e edifícios (Edifício/edifício Cruzeiro).
2.5. Uma curiosa (e infeliz) determinação
Alegando que o sujeito de uma sentença não pode ser preposicionado, há uma certa tradição gramatical que proíbe, na escrita, a contração da preposição com o artigo ou com o pronome em sentenças como:
Não é fácil de explicar o fato de os professores ganharem tão pouco. É tempo de ele sair. Nem todos os gramáticos subscrevem tal proibição.
Evanildo Bechara, por exemplo, argumenta, em sua Moderna gramática portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2000, p. 536-7), que ambas as construções são corretas e cita o uso da contração em vários escritores clássicos da língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo Ortográfico que adota aquela proibição.
Assim, cometeremos, a partir da vigência do Acordo, erro gráfico se fizermos a contração. Parece que alguns filólogos não conseguem mesmo viver sem cultivar alguma picuinha... 2.6. Apreciação geral
O Acordo é, em geral, positivo. Em primeiro lugar, porque unifica a ortografia do português, mesmo mantendo algumas duplicidades. Por outro lado, simplifica as regras de acentuação, limpando o Formulário Ortográfico de regras irrelevantes e que alcançam um número muito pequeno de palavras. A simplificação das regras do hífen é também positiva: torna um pouco mais racional o uso deste sinal gráfico.
CONHEÇA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES A IMPLEMENTAR PELA REFORMA ORTOGRÁFICA:
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Sílaba é a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz. Divisão silábica A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a divisão silábica na escrita. Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal. Regras práticas: Não se separam ditongos e tritongos. Exemplos: mau, averiguei. Separam-se as letras que representam os hiatos. Exemplos: sa-í-da, vo-o... Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc. Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to... Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente. Exemplo: car-ta. Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à palavra, obedecem às regras gerais. Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-vô, tran-sa-tlân-ti-co... Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso ocorrer em início de palavra, a consoante será anexa à sílaba seguinte. Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-tê-nio, psi-có-lo-go, gno-mo...
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Emprego da acentuação gráfica
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Tipo de palavra ou
sílaba
Quando acentuar
Exemplo (como eram)
Observações (como
ficaram)
Proparo xítonas
sempre
simpática, lúcido, sólido,
cômodo
Continua tudo igual ao que era antes da nova ortografia. Observe: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil) académico, fenómeno (Portugal).
Paroxítonas
Se terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM,
UNS, US, PS, Ã,
ÃS, ÃO, ÃOS;
ditongo oral,
seguido ou não de
S
fácil, táxi, tênis, hífen,
próton, álbum(ns)
, vírus, caráter, látex,
bíceps, ímã, órfãs,
bênção, órfãos, cárie,
árduos, pólen, éden.
Continua tudo igual.
Observe: 1) Terminadas emENS não levam acento: hifens, polens. 2) Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sêmen, fémur (Portugal). 3) Não ponha acento nos prefixo paroxítonos que terminam em R nem nos que terminam emI: inter-helênico, super-homem, anti-herói, semi-internato
Oxítonas Se
terminadavatapá, igarapé,
Continua tudo igual.
s em: A, AS, E, ES, O,
OS, EM, ENS
avô, avós, refém,
parabéns
Observe: 1. terminadas em I,IS, U, US não levam acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê(Brasil); bebé, puré(Portugal).
Monossílabos tônicos
(são oxítonas também)
terminados em A, AS, E,
ES, O,OS
vá, pás, pé, mês, pó, pôs
Continua tudo igual. Atente para os acentos nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc.
Í e Ú em palavras
oxítonas e paroxítonas
Í e Ú levam
acento se estiveremsozinhos na sílaba
(hiato)
saída, saúde,
miúdo, aí, Araújo, Esaú,
Luís, Itaú, baús, Piauí
1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís. 2. Não se acentuam ie u se depois vier ‗nh‗: rainha, tainha, moinho. 3. Esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e unão serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 4. Mas, se, nasoxítonas,
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mesmo com ditongo, o i e uestiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú.
Ditongos abertos em
palavras paroxítonas
EI, OI, idéia,
colméia, bóia
Esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R.
Ditongos abertos em
palavras oxítonas
ÉIS, ÉU(S), ÓI(S)
papéis, herói, heróis, troféu,
céu, mói (moer)
Continua tudo igual(mas, cuidado: somente para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas).
Verbos arguir e
redarguir (agora sem
trema)
arguir e redarguir usavam acento
agudo em algumas pessoas
do indicativo,
do subjuntivo
e do imperativ
o afirmativo
.
Esta regra desapareceu. Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue.
Verbos terminados
em guar, quar e quir
aguar enxaguar, averiguar, apaziguar
Esta regra sofreu alteração. Observe:.
, delinquir, obliquar usavam acento
agudo em algumas pessoas
do indicativo,
do subjuntivo
e do imperativ
o afirmativo
Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eleságuam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue).
ôo, ee vôo, zôo,
enjôo, vêem
Esta regra desapareceu. Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo.
Verbos ter e vir
na terceira pessoa
do plural do
presente do
indicativo
eles têm, eles vêm
Continua tudo igual. Ele vem aqui; eles vêm aqui. Eles têm sede; ela tem sede.
Derivados de ter e vir
(obter, manter, intervir)
na terceira pessoa
do singular
leva acento agudo;
na terceira pessoa
do plural do
ele obtém, detém,
mantém; eles
obtêm, detêm, mantêm
Continua tudo igual.
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presente levam
circunflexo
Acento diferencial
Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: PODER (diferença entre passado e presente. Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; TER e VIR e seus compostos (ver acima). Observe: 1) Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada.
Trema (O trema não é acento gráfico.) Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano.
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FONÉTICA
Em sentido mais elementar, a Fonética é o
estudo dos sons ou dos fonemas,
entendendo-se por fonemas os sons
emitidos pela voz humana, os quais
caracterizam a oposição entre os vocábulos.
Ex.: em pato e bato é o som inicial das
consoantes p- e ti-que opõe entre si as
duas palavras.
Tal som recebe a denominação de
FONEMA.
Quando proferimos a palavra aflito, por
exemplo, emitimos três sílabas e seis
fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa
silaba pode haver um ou mais fonemas.
No sistema fonética do português do Brasil
há, aproximadamente, 33 fonemas.
É importante não confundir letra com
fonema. Fonema é som, letra é o sinal
gráfico que
representa o som.
Vejamos alguns exemplos:
Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a /
nh / ã
Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t/a/k/s/i
Corre – letras: 5: fonemas: 4
Hora – letras: 4: fonemas: 3
Aquela – letras: 6: fonemas: 5
Guerra – letras: 6: fonemas: 4
Fixo – letras: 4: fonemas: 5
Hoje – 4 letras e 3 fonemas
Cango – 5 letras e 4 fonemas
Tempo – 5 letras e 4 fonemas
Campo – 5 letras e 4 fonemas
Chuva — 5 letras e 4 fonemas
LETRA - é a representação gráfica, a
representação escrita, de um determinado
som.
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
VOGAIS
a, e, i, o, u
SEMIVOGAIS
Só há duas semivogais: í e u, quando se
incorporam à vogal numa mesma sílaba da
palavra, formando um ditongo ou tritongo.
Exs.: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai.
CONSOANTES
b, c, d, f, g, h, j, I, m, n, p, q, r, s, t, v,
x, z
ENCONTROS VOCÁLICOS
A seqüência de duas ou três vogais em uma
palavra, damos o nome de encontro
vocálico.
Ex.: cooperativa
Três são os encontros vocálicos: ditongo,
tritongo, hiato
DITONGO
É a combinação de uma vogal + uma
semivogal ou vice-versa.
Dividem-se em:
- orais: pai, fui
- nasais: mãe, bem, pão
- decrescentes: (vogal + semivogal) - meu,
riu, dói
- crescentes: (semivogal + vogal) - pátria,
vácuo
TRITONGO (semivogal + vogal +
semivogal)
Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-
guão, quão, iguais, minguam
HIATO
É o encontro de duas vogais que se
pronunciam separadamente, em duas
diferentes emissões de voz.
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-
a, ci-ú-me, poei-ra, cru-el, ju-í-zo
SÍLABA
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou
grupo de fonemas pronunciados numa só
emissão de
voz.
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo
classifica-se em:
Monossílabo - possui uma só
sílaba: pá, mel, fé, sol.
Dissílabo - possui duas sílabas: ca-
sa, me-sa, pom-bo.
Trissílabo - possui três sílabas:
Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
Polissílabo - possui mais de três
sílabas: es-co-la-rida-de, hos-pi-ta-
li-da-de.
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TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma sílaba,
sempre existe uma sílaba que se pronuncia
com mais
força do que as outras: é a sílaba tônica.
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em
ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá.
Considerando-se a posição da sílaba tônica,
classificam-se as palavras em:
Oxítonas - quando a tônica é a
última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do-
mi-nó.
Paroxítonas - quando a tônica é a
penúltima sílaba: már-tir, ca-rá-ter,
a-má-vel, qua-dro.
Proparoxítonas - quando a tônica
é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do,
cá-li-ce, sô-f re-go, pês-sego,
lágrima.
ENCONTROS CONSONANTAIS
É a sequência de dois ou mais fonemas
consonãnticos num vocábulo.
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc.
DÍGRAFOS
São duas letras que representam um só
fonema, sendo uma grafia composta para
um som simples.
Há os seguintes dígrafos:
1) Os terminados em h, representados
pelos grupos ch, Ih, nh.
Exs.: chave, malha, ninho.
2) Os constituídos de letras dobradas,
representados pelos grupos rr e ss.
Exs. : carro, pássaro.
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs.
Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto,
exsurgir.
4) As vogais nasais em que a nasalidade é
indicada por m ou n, encerrando a sílaba
em uma palavra.
Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-
to.
NOTAÇÕES LÉXICAS
São certos sinais gráficos que se juntam às
letras, geralmente para lhes dar um valor
fonético especial e permitir a correta
pronúncia das palavras.
São os seguintes:
1) o acento agudo - indica vogal tônica
aberta: pé, avó, lágrimas;
2) o acento circunflexo – indica vogal
tônica fechada: avô, mês, âncora;
3) o acento grave - sinal indicador de
crase: ir à cidade;
4) o til - indica vogal nasal: lã, ímã;
5) o cedilha - dá ao c o som de ss: moça,
laço, açude;
6) o trema - indica que o u soa: lingüeta,
freqüente, tranqüilo;
7) o apóstrofo – indica supressão de
vogal: mãe-d'água, pau-d'alho;
8) o hífen – une palavras, prefixos, etc.:
arcos-írirs, peço-lhe, ex-aluno.
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substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções, interjeições: conceituações, classificações, flexões, emprego, locuções.
FLEXÕES DO SUBSTANTIVO
O substantivo admite as flexões de gênero,
número e grau.
GÊNERO
São masculinos: o cachorro, o tomate, o guaraná.
São femininos: a gata, a alface, a omoplata, a
dinamite.
FORMAÇÃO DO GÊNERO
Substantivos biformes:
cantor - cantora
Substantivos comuns de dois gêneros
São aqueles substantivos que mantêm uma só
forma para os dois gêneros e diferenciam-se
(feminino x masculino) através da colocação do
artigo:
o estudante - a estudante
Substantivos sobrecomuns
Aplicam-se a pessoa de ambos os sexos, não
mudando nem mesmo o artigo.
o cônjuge, a vítima, a criança, o algoz, a
sentinela, etc.
Substantivos epicenos
São certos nomes de animais. Usa-se macho ou
fêmea para distinguir o sexo.
cobra macho - cobra fêmea
NÚMERO
Singular: carro, porta, capacete, mola, barata
Plural: carros, portas, capacetes, molas, baratas
PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:
1. PLURALIZAM-SE OS DOIS ELEMENTOS:
Substantivo + substantivo (S+S)
couve-flor - couves-flores
Substantivo + adjetivo (S+A)
cachorro-quente - cachorros-quentes
Adjetivo + substantivo (A+S)
curta-metragem – curtas-metragens
Numeral + substantivo (N+S)
meia-lua - meias-luas
2. VARIA APENAS O SEGUNDO ELEMENTO:
Nos compostos com as formas grã, grão, bel
grão-duque - grão-duques; grã-cruz - grã-
cruzes;
bel-prazer - bel-prazeres.
Elemento invariável + palavra variável
sempre-viva - as sempre-vivas
Verbo + substantivo (V+S)
guarda-chuva - guarda-chuvas
Palavras repetidas
quero-quero - quero-queros
tico-tico - tico-ticos
Elementos unidos sem hífen
os pontapés, as autopeças
3. VARIA APENAS O PRIMEIRO
Substantivo + de + substantivo
pé-de-moleque - pés-de-moleque
Quando o segundo elemento limita ou
determina o primeiro
navio-escola - os navios-escola
4. FICAM OS DOIS ELEMENTOS INVARIÁVEIS
Verbo + advérbio
o bota-fora - os bota-fora
Só verbos não-repetidos
os leva-e-traz
5. Não variam os compostos da palavra sem +
substantivo, quando denominam unidade:
sem-terra, sem-teto, sem-trabalho.
6. Há substantivos compostos que têm o
segundo elemento sempre no plural, mesmo
que a palavra seja utilizada no singular:
guarda-costas, lustra-móveis, pára-raios.
Exercícios
1. Forme o plural dos compostos abaixo:
A) zunzum ____________________________
B) guarda-civil _________________________
C) beija-flor ____________________________
D) salário-família _______________________
E) quinta-feira __________________________
F) estrela-do-mar ________________________
G) vice-governador _______________________
2. O plural de couve-flor, pão-de-ló e amor-
perfeito é:
A) couve-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos
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B) couves-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos
C) couves-flor, pão-de-lós, amor-perfeitos
D) couves-flores, pães-de-lós, amor-perfeitos
E) couves-flores, pão-de-lós, amores-perfeitos
GRAU
Aumentativo: fogo/ fogaréu; garrafa/garrafão
Diminutivo: rio/riacho, casa/casebre.
a) Em geral, os diminutivos e aumentativos,
juntamente com a idéia de grandeza ou
pequenez, podem exprimir deformidade,
desprezo ou troça. Dizemos, por isso, que podem
assumir sentido pejorativo ou depreciativo.
Ex.: gentalha, narigão, gentinha, povinho,
coisinha.
b) a idéia de pequenez se associa facilmente à de
carinho que transparece nas formas diminutivas
abaixo: ex:.paizinho, queridinha, bonitinha,
mãezinha, filhinho, etc.
Exercícios
3. Reescreva os enunciados abaixo, passando os
termos destacados para o plural. Faça as
adaptações que julgar necessárias:
―Devia ser bom o tempo em que existia mula-
sem-cabeça e lobisomem em lugares como
aquele‖.
________________________________________
________________________________________
4.
Na propaganda apresentada, o texto verbal que
sintetiza corretamente as ideias presentes
estritamente na imagem é que o cigarro é um(a)
(A) vício que leva as pessoas à morte.
(B) instrumento de prazer e desgosto, ao mesmo
tempo.
(C) arma, e por meio dela você está se matando.
(D) forma de sociabilização das pessoas, mas
mata.
(E) marca do desequilíbrio das pessoas, antes de
tudo.
PRÁTICA DE TEXTO
MINISTÉRIO DA DEFESA/2009
Audácia, prudência, temperança
Uma sociedade é sustentável quando
consegue articular a cidadania ativa com boas
leis e instituições sólidas. São os cidadãos
mobilizados que fundam e refundam
continuamente a sociedade e a fazem funcionar
dentro de padrões éticos.
O presente momento da política brasileira e a
situação atual do mundo estigmatizado por várias
crises nos convidam a considerar três virtudes
urgentes: a audácia, a prudência e a temperança.
A audácia é exigida dos tomadores de
decisões face à situação social brasileira que,
vista a partir das grandes maiorias, é
desalentadora. Muito se tem feito no atual
Governo, mas é pouco face à chaga histórica que
extenua os pobres. Nunca se fez uma revolução
na educação e na saúde, alavancas
imprescindíveis para transformações estruturais.
Um povo ignorante e doente jamais dará um
salto para frente.
Algo semelhante ocorre com a política
mundial face à escassez de água potável e ao
aquecimento global do planeta. Audácia é aquela
coragem de tomar decisões e pôr em prática
iniciativas que respondem efetivamente aos
problemas em questão. O que vemos,
especialmente no âmbito do G-8, do FMI, do BM
e da OMC diante dos problemas referidos, são
medidas tímidas que mal protelam catástrofes
anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade
macroeconômica inibe a audácia que os
problemas sociais exigem. Dever-se-ia ir tão
longe na audácia que
um passo além seria insensatez. Só assim evitar-
se-ia que as crises, nacional e mundial, se
transformassem em drama coletivo de grandes
proporções.
A segunda virtude é a prudência. Ela
equilibra a audácia. A prudência é aquela
capacidade de escolher o caminho que melhor
soluciona os problemas e mais pessoas favorece.
Por isso a prudência é a arte de congregar mais e
mais agentes e de mobilizar mais vontades
coletivas para garantir um objetivo bom para o
maior número possível de cidadãos.
Como em todas as virtudes, tanto a audácia
quanto a prudência podem conhecer excessos. O
excesso de audácia é a insensatez. A pessoa vai
tão longe que acaba se isolando dos outros
ficando sozinha como um Dom Quixote. O
excesso da prudência é o imobilismo. A pessoa é
tão prudente que acaba morrendo de ajuizada.
Engessa procedimentos ou chega tarde demais
na compreensão e solução das questões.
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Há uma virtude que é o meio termo entre a
audácia e a prudência: a temperança. Em
condições normais significa a justa medida, o
ótimo relativo, o equilíbrio entre o mais e o
menos. Ela é a lógica do universo que assegura o
equilíbrio entre a desordem originária do big bang
(caos) e a ordem produzida pela expansão/
evolução (cosmos). Mas em situações de alto
caos social como é o nosso caso, a temperança
assume a forma de sabedoria política. A
sabedoria implica levar tão longe a audácia até
aquele ponto para além do qual não se poderá ir
sem provocar uma grande instabilidade.
O efeito é uma solução sábia que resolve as
questões das pessoas mais injustiçadas, quer
dizer, traz-lhes sabor à existência (donde vem
sabedoria). Ninguém expressou melhor esse
equilíbrio sutil entre audácia corajosa e prudência
sábia que Dom Pedro Casaldáliga ao escrever:
―Saber esperar, sabendo ao mesmo tempo forçar
as horas daquela urgência que não permite
esperar‖. BOFF, Leonardo. Disponível em:
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boff/
1. Na alusão à ―...política mundial face à escassez
de água potável e ao aquecimento global do
planeta, o autor
(A) demonstra maior incidência dos problemas
ambientais no aspecto regional do que no
universal.
(B) sinaliza para uma oposição entre a política
ambiental mundial e a nacional.
(C) adverte para a necessidade de tratarmos de
problemas de nível mais elevado.
(D) estabelece uma analogia entre questões
regionais e questões universais.
(E) dissocia a escassez de água potável no país
do aquecimento global do planeta.
2. ―Como em todas as virtudes, tanto a audácia
quanto a prudência podem conhecer excessos.‖
Reescrevendo-se a passagem acima, o sentido
fica mantido em:
(A) A audácia e a prudência propiciam tantos
excessos que desconhecem as outras virtudes.
(B) A prudência pode conhecer tanto os excessos
da audácia como os de todas as virtudes.
(C) Dessa forma, é com a audácia que se
conhecem os
excessos de todas as virtudes.
(D) Assim como a audácia, a prudência pode
conhecer
excessos, como em todas as virtudes.
(E) Como em todas as virtudes, os excessos da
prudência podem conhecer os excessos da
audácia.
3. No 6o parágrafo o autor
(A) resume, na segunda oração, sua opinião
acerca do tema.
(B) fundamenta seu ponto de vista numa série de
comparações.
(C) quebra a lógica do texto, acrescentando
exemplos de heroísmo.
(D) condiciona a solução para os problemas a
procedimentos engessados.
(E) constrói uma argumentação para o seu ponto
de vista através da ideia de consequência.
4. ―Em condições normais significa a justa
medida, o ótimo relativo,‖ (�. 48-49)
A expressão destacada é explicada como
(A) colocar em prática todas as virtudes de forma
extremada.
(B) adotar medidas radicais quanto à educação,
mesmo com a instabilidade.
(C) usar, racional e moderadamente, as virtudes,
evitando o caos.
(D) priorizar o desenvolvimento tecnológico em
detrimento da educação.
(E) tomar medidas drásticas com vistas ao
sucesso da
macroeconomia.
5. Para o autor, a sabedoria
(A) é privilégio das maiorias ilustradas.
(B) emerge sempre do caos social instalado.
(C) resulta de ponderações lúcidas e éticas.
(D) provém de uma revolução na educação.
(E) ignora o protesto das pessoas mais
injustiçadas.
6. Medidas prudentes são aquelas que todos
aprovam.
A forma verbal INADEQUADA quanto ao padrão
culto para substituir o termo destacado acima é
(A) requerem. (B) pedem. (C) concordam.
(D) almejam. (E) aceitam.
7. Na passagem ―são medidas tímidas que mal
protelam catástrofes anunciadas.‖ (L. 25-26), o
uso do adjetivo destacado demonstra uma
(A) linguagem figurada.
(B) exacerbação de sentido.
(C) impropriedade gramatical.
(D) união de conceitos opostos.
(E) incoerência com o restante da frase.
Adjetivo
Adjetivo é a palavra variável em gênero, número
e grau que indica as qualidades ou
propriedades de todos os seres, funcionando
como modificador de substantivos.
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O adjetivo exerce sempre a função sintática de
adjunto adnominal ou de predicativo (do sujeito
ou do objeto).
LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução adjetiva é a expressão formada de
preposição mais substantivo (ou advérbio) com
valor de um adjetivo.
Amor de mãe – materno
Paixões sem freio – desenfreadas
As patas de trás – traseiras
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
GÊNERO
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
UNIFORME : uma única forma para os gêneros
masculino e feminino.
Homem eficiente – mulher eficiente
Garoto sorridente – garota sorridente
Homem simples – mulher simples
BIFORME: duas formas, uma para o masculino
outra para o feminino.
Rapaz bonito – moça bonita
Homem simpático – mulher simpática
Garoto estudioso – garota estudiosa
NÚMERO
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras
da flexão numérica dos substantivos. Devemos,
no entanto, observar o seguinte:
Adjetivos simples:
Cru – crus Feroz – ferozes Amável - amáveis
Para a flexão de número dos adjetivos
compostos, seguem-se as seguintes regras:
1) Nos adjetivos compostos (adjetivo +
adjetivo), só o último elemento se pluraliza:.
Singular Plural
luso-brasileiro luso-brasileiros
poético-musical poético-musicais
anglo-saxônico anglo-saxônicos
postal-telegráfico postal-telegráficos
Um menino surdo-mudo viu dois meninos surdos-
mudos.
Os adjetivos azul-marinho, azul-celeste são
invariáveis.
2) adjetivos compostos designativos de cores:
a) só varia o 2º elemento, quando constituídos de
adjetivos:
blusa amarelo-clara blusas amarelo-claras
fita verde-amarela fitas verde-amarelas
b) nenhum elemento varia quando um deles for
substantivo:
fita violeta-escuro fitas violeta-
escuro
tonalidade azul-piscina tonalidades azul-piscina
olho verde-garrafa olhos verde-garrafa
OBS: Também permanecerão invariáveis os
substantivos simples quando empregados em
função adjetiva.
Luvas pérola (=cor de pérola)
Meias gelo (=cor de gelo)
Calças cinza (=cor da cinza)
c) não há variação nenhuma quando ocorre a
preposição “de” ou as locuções “cor de, da cor
de, de cor:
olhos de verde-mar
olhos cor de safira
tecidos de cor azul
Exercícios
1. Reescreva as frases abaixo trocando o
substantivo sublinhado pelo que está entre
parênteses e alterando, se necessário, o adjetivo
composto.
A) O homem decide o plano econômico-
financeiro da empresa. (estratégia)
________________________________________
________________________________________
B) Na fazenda, Zefa criava um cavalo castanho-
claro. (duas éguas)
________________________________________
________________________________________
2. Selecione a alternativa que completa as
lacunas da frase apresentada:
Os acidentados foram encaminhados a diferentes
clínicas _____________.
A) médicas-cirúrgicas D) médicos-cirúrgicos
B) médica-cirúrgicas E) médica-cirúrgicos
C) médico-cirúrgicas
3. As palavras em destaque em ―... que, apesar
do olhar profissional crítico, analítico,‖ são
classificadas,
respectivamente, como:
(A) substantivo e adjetivo. (D) verbo
e adjetivo.
(B) substantivo e substantivo. (E) verbo e
substantivo.
(C) adjetivo e substantivo.
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4. Na narrativa a seguir, observe os termos
destacados e depois assinale a alternativa
correta em relação à sua flexão de número.
A) ―Parte do destacamento foi designada, de
última hora, para fazer a segurança de algumas
manifestação-relâmpagos na cidade.‖
B) ―Antes de iniciar uma das manifestações,
mulheres vestindo blusas vinho se concentraram
diante do palanque. E começaram a protestar.
Mostravam uma faixa onde se lia: ‗Fora às
medidas sócio-econômico-culturais do
administrador Ataliba‘.‖
C) ―E gritavam. As pessoas se aglomeravam em
torno delas. A desordem tomou conta da praça.
Soldados, vestindo fardas verde-abacates,
começaram a agir.‖
D) ―No meio da confusão, estavam alguns surdos-
mudo que procuravam entender o que estava
acontecendo. Eles acenavam bandeirolas azuis-
piscina.‖
E) ‖Para completar o quadro, as mulheres
distribuíram fitas amarelas-ouro onde se podiam
ver pequenas charges sobre o administrador.‖
5. O adjetivo (entre parênteses) NÃO
corresponde à locução adjetiva (destacada) em
(A) ―Nos meses do verão,‖ (hibernais)
(B) ―...afastado do bulício da cidade,‖ (urbano)
(C) ―Às primeiras horas da tarde,‖ (vespertinas)
(D) ―...grandes tachas de cobre...‖ (cúpreas)
(E) ―o grande pilão de madeira,‖ (lígneo)
PRÁTICA DE TEXTO
MINISTÉRIO DA DEFESA/2009
Os atropelos da pressa
Há um frenesi de velocidade no ar e muita
gente já está ficando sufocada com esse novo
tipo de poluição. Ser cada vez mais rápido se
tornou uma obsessão quase que neurótica na
sociedade consumista atual. É o nosso
computador que tem de ser mais veloz e,
portanto, mais potente. É o celular que tem de ser
trocado por ofertas mais tentadoras. Plantas que
começam a produzir frutos em questão de
semanas. Milhares de hectares de florestas são
desmatados em apenas alguns dias pelos
correntões dos tratores de esteira. Eficiência hoje
é mais produção no menor tempo possível, para
mais consumo e mais lucro. Até o nosso
presidente, diante dessa crise financeira atual,
está-nos aconselhando a consumir mais, já que
isso significa mais emprego.
Sabemos que os sentimentos não podem
conviver
com o efêmero, nem com o fugidio. As nossas
amizades, valores, crenças e os prazeres da alma
são construídos de modo necessariamente lento.
Por outro lado é sabido que todos nós gostamos
de consumir, mas esse consumismo desbragado
liberou, de modo tão exagerado, as amarras do
desejo, esse sujeito ansioso, eternamente
insatisfeito, que só se fala em busca, desapego e
troca-troca interminável.
Essas coisas passam longe do amor que é
encontro, cuidado e merecimento. É certo que
desejo e amor são partes constitutivas do
humano, mas só o equilíbrio, que é a sábia
opção do meio termo, poderia tornar a vida mais
dignificante.
O mundo da pressa desgasta nossos valores
maiores e dilacera o paciente e delicado tecido
amoroso, que é feito com muita persistência,
alegria, renúncia e doações. O mundo dos afetos
não passa pela regulagem dos megabits, nem
pelas trocas periódicas, ele é sabiamente
vagaroso no seu desenvolver. Ele se sustenta
nos pilares das coisas que não mudam assim tão
facilmente. Estas coisas são os valores que nós
perenizamos através das memórias e que
comemoramos com o prazer da alma.
É em homenagem a eles que fazemos as festas e
algumas são muito especiais. A festa natalina, por
exemplo, significa o nascimento da esperança em
Jesus e o Ano Novo exprime a morte do velho e o
nascimento de um novo tempo. Um tempo que se
perpetua, porque não destrói, não muda e nem
mata.
Portanto, fujamos dessa pressa incentivadora
maior da ansiedade que penaliza a nossa
capacidade de contemplar, de observar e de
degustar com prazer o sabor do instante. Não
podemos esquecer que um pouco de vagareza
em nossas atitudes é um sinal positivo de que
estamos tendo mais sabedoria, paz e serenidade
em nosso bem viver. E assim, pronunciaremos
mais raramente essa neurótica sentença: não
tenho tempo! TRANCOSO, Alfeu, JB Ecológico,
dez. 2008.
1. A leitura do primeiro parágrafo deixa evidente
que o autor quis expressar que
(A) para a economia brasileira, mais velocidade
em diversos setores beneficia a sociedade.
(B) o aspecto positivo da necessidade da pressa
está na produção de alimentos.
(C) a neurose constitui a principal consequência
do desejo de consumo.
(D) a saturação do ar ocasiona a sensação de
sufocamento sofrida por muita gente.
(E) a tendência à rapidez, na sociedade,
aproxima-se de uma patologia social.
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2. No segundo parágrafo, o autor
(A) enumera situações ilustrativas de uma vida
movida pela pressa.
(B) questiona a perenidade de alguns valores
sociais, apontando semelhanças entre eles.
(C) estrutura seus argumentos a partir de uma
oposição de ideias.
(D) revela a inconsistência do espírito
ultraconservador das instituições sociais.
(E) conclui sua argumentação, estabelecendo,
para isso, uma série de comparações.
3. De acordo com o texto, o desapego
relacionado ao
consumismo significa
(A) oposição ao que não é descartável.
(B) valorização do que é permanente.
(C) consciência da perenidade dos valores.
(D) busca dos prazeres da alma.
(E) preocupação com os bens espirituais.
4. ―Sabemos que os sentimentos não podem
conviver com o efêmero,‖ (l. 16-17).
O termo em destaque é substituível, sem
alteração de
sentido da frase, por
(A) imutável. (B) transitório. (C) eterno.
(D) eficiente. (E) eficaz.
5.Segundo o autor, a construção dos sentimentos
se dá através de
(A) ansiedade constante.
(B) entrega generosa.
(C) movimentos repentinos.
(D) alterações extremadas.
(E) mudanças bruscas.
6. A temática tratada no texto pode ser traduzida
pelo(a)
(A) descompasso entre a ansiedade de viver
intensamente e a construção gradativa de uma
vida interior.
(B) equilíbrio entre a necessidade de recalcar os
sentimentos e a vontade de viver mais
intensamente.
(C) crise existencial decorrente do imobilismo das
instituições sociais do mundo moderno.
(D) apologia ao consumismo como forma de
compensar frustrações diárias.
(E) perenização de valores humanos, causada
pela crise econômica mundial.
7. Assinale a opção que NÃO corresponde ao
texto.
O frenesi da velocidade é comparado a um novo
tipo de poluição porque
(A) envolve as pessoas na ânsia do ter.
(B) impede o enraizamento dos sentimentos.
(C) contribui para encontros que sinalizam para
ações altruístas.
(D) seduz os cidadãos para a obtenção contínua
de mais novidades.
(E) impele o homem a afastar-se de ações
prudentes e
equilibradas.
8. A leitura do último parágrafo conduz à
conclusão inequívoca de que
(A) toda ansiedade é proveniente da pressa.
(B) viver bem é ser vagaroso.
(C) cada momento presente penaliza a
contemplação.
(D) reclamar não ter tempo revela sabedoria.
(E) agir velozmente cerceia nossa visão do
momento.
9. O autor se expressa através de uma linguagem
figurada na seguinte passagem:
(A) ―É o nosso computador que tem de ser mais
veloz e, portanto, mais potente.‖ (l. 5-6)
(B) ―Plantas que começam a produzir frutos em
questão de semanas.‖ (l. 8-9)
(C) ―É certo que desejo e amor são partes
constitutivas do humano,‖ (l. 26-27)
(D) ―A festa natalina, por exemplo, significa o
nascimento da esperança em Jesus ...‖ (l. 41-43)
(E) ―... que penaliza a nossa capacidade de
contemplar, de observar e de degustar com
prazer o sabor do instante.‖ (l. 47-49)
10. Em ―E assim, pronunciaremos mais
raramente essa neurótica sentença: não tenho
tempo!‖ (l. 52-54), a forma verbal destacada se
refere a uma ação
(A) hipotética.
(B) passada e inconclusa.
(C) passada e habitual.
(D) futura e cotidiana.
(E) futura em relação ao passado.
Pronome
PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais variam de acordo com
as funções que exercem nas orações, dividindo-
se em pronomes do caso reto e do caso oblíquo.
NÚMERO PESSO
A
CASO RETO
SINGULA
R
1ª EU
2ª TU
3ª ELE / ELA
1ª NÓS
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PLURAL 2ª VÓS
3ª ELES / ELAS
NÚMERO PESSO
A
OBLÍQUO
ÁTONO
Sem
preposiçã
o
OBLÍQUO
TÔNICO
Com
preposição
SINGULA
R
1ª me mim
2ª te Ti
3ª o, a, lhe,
se
si,ele
PLURAL
1ª nos nós
2ª vos vós
3ª os, as,
lhes, se
si, eles
1. Associados a verbos terminados em -r, -s ou -
z, os pronomes oblíquos o, a, os, as assumem as
formas lo, la, los, las.
Ex: prender + o = prendê-lo
ajudemos + a = ajudemo-la
fez + o = fê-lo
2. Associados a verbos terminados em
ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), os
pronomes oblíquos o, a, os, as assume a
seguinte forma:
Ex: trazem + o = trazem-no
dão + os = dão-nos
3. Na função de complemento, usam-se os
pronomes oblíquos e não os pronomes retos.
Avisei-o do fato.
Faltaram-lhe modos.
4. Os pronomes pessoais do caso reto devem ser
empregados na função sintática de sujeito.
Considera-se errado o seu emprego como
complemento.
Chamei ele . (errado) / Chamei-o . (certo)
Eu comprei a casa. (certo)
As formas retas eu e tu só podem funcionar
como sujeito. Considera-se errado o seu emprego
como complemento.
Nunca houve problemas entre eu e tu. (errado)
Nunca houve problemas entre mim e ti. (certo)
Obs 1: Quando precedidas de preposição, não se
usam as formas retas eu e tu.
Ninguém sairá sem eu. (errado)
Ninguém sairá sem mim. (certo)
Obs 2: Poderão ser empregadas as formas retas
eu e tu mesmo precedidas por preposição
quando essas formas funcionarem como sujeito
de um verbo no infinitivo.
Isso é para eu ler.
Deram os biscoitos para tu comeres.
5. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando
precedidos de preposição, passam a funcionar
como oblíquos. Somente nesse caso, considera-
se correto seu emprego como complemento.
Assiste a ele julgar o fato.
Informaram a nós os danos causados.
PRONOMES DE TRATAMENTO
Também chamados de formas de tratamento,
fazem parte de uma categoria dos pronomes
pessoais. São eles:
Pronome Abreviatur
a
Emprego
Vossa Alteza V. A. Príncipes e
duques
Vossa
Eminência
V. Emª. Cardeais
Vossa
Excelência
V. Exª. Altas autoridades
em geral e bispos
Vossa
Magnificência
V. Magª. Reitores de
universidades
Vossa
Reverendíssim
a
V. Rev Sacerdotes
Vossa
Santidade
V. S. Papa
Vossa Senhoria V. Sª. Funcionários
graduados
Vossa
Majestade
V.M. Reis, imperadores
1. Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se
usam com as formas verbais e os pronomes
possessivos de 3ª pessoa.
Ex: ―Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a
sua expedição‖.
2. Esses pronomes devem vir precedidos de
vossa, quando nos dirigimos à pessoa
representada pelo pronome, e, por sua, quando
falamos dessa pessoa.
Outros: você, vocês (no trato familiar), o Senhor
(Sr.) e a Senhora (Sra.) (no tratamento de
respeito).
PRONOMES POSSESSIVOS
São aqueles que indicam posse com relação às
três pessoas do discurso. Exercem,
sintaticamente, a função de adjuntos
adnominais.
NÚMERO PESSOA Pronomes
Possessivos
SINGULAR
1ª meu, minha, meus,
minhas
2ª teu, tua, teus, tuas
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3ª seu, sua, seus, suas
PLURAL
1ª nosso, nossa, nossos,
nossas
2ª vosso, vossa, vossos,
vossas
3ª seu, sua, seus, suas,
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Indicam o lugar ou a posição dos seres com
relação às três pessoas do discurso. Exercem,
assim como os possessivos, a função de
adjunto adnominal.
Pronomes Demonstrativos
1ª pessoa Este, esta, estes, estas, isto
2ª pessoa Esse, essa, esses, essas, isso
3ª pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas,
aquilo
São também pronomes demonstrativos : o
(quando equivale a aquele, aquela, aquilo),
mesmo, próprio (como pronomes de reforço - ex:
Ele mesmo tomou o lugar), tal (=este, esse, isso,
etc) - ex: Não havia razão para tal
procedimento)
PRONOMES INDEFINIDOS
Referem-se à 3ª pessoa do discurso, designando-
a de forma vaga, imprecisa, indeterminada.
São pronomes indefinidos:
Algo, qualquer, alguém, ninguém, outrem, quem,
algum, nenhum, todo e toda (desacompanhados
de artigo), certo (antes de nomes).
Exemplos:
Qualquer coisa que fizer será bom.
Acreditam em tudo que fulano diz ou sicrano
escreve.
Vocês estão certos (adjetivo) / Não gosto de
certas coisas.
PRONOMES RELATIVOS
Representam nomes já mencionados, com os
quais estão relacionadas. Geralmente retomam
um termo antecedente da oração, projetando-o
numa outra oração. São eles: que (= o qual, a
qual, os quais, as quais), quem, qual, quais, cujo,
cuja, cujos, cujas, onde, quanto, quanta, quantos,
quantas.
Pagamos as contas. As contas estavam
atrasadas.
Pagamos as contas que estavam atrasadas.
1. O pronome relativo quem é empregado com
referência a pessoas e sempre vem precedido de
preposição.
Ex: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo
devemos.
2. Quanto deve ter por antecedente um
pronome
indefinido: (tudo) quanto, (o) quanto, (todos)
quantos, (todas) quantas.
Ex: Disse tudo o quanto desejava.
3. Os pronomes cujo, cuja sempre indicam
posse e podem ser desdobrados em um
complemento que também indica posse.
Exemplos: "Devemos socorrer João, cuja casa se
incendiou" (a casa de João se incendiou) ou "A
mala, cuja chave foi perdida" (a chave da mala foi
perdida).
> Por indicar posse, esse pronome,
sintaticamente, exercerá a função de adjunto
adnominal, da mesma forma que os pronomes
possessivos.
> Cujo/cuja(s) admite(m) - e exige(m) - antes de
si preposição quando o verbo que seguir este
pronome assim o exigir. Assim, são consideradas
erradas as formas
O homem cuja casa estivemos.
Nosso chefe, cujas ordens obedecemos,
e corretas as seguintes:
O homem em cuja casa estivemos.
Nosso chefe, a cujas ordens obedecemos.
> Somente quando o verbo posposto ao cujo não
exigir preposição é que o relativo cujo deixará de
vir antecedido de preposição.
"O homem, cujo filho conheço..."
"O papel, cujas dobras cortei..."
> Jamais devemos colocar artigo depois do
relativo cujo. Desta forma, são erradas as
construções:
O homem cujo o braço foi cortado e cuja a
cabeça será decepada encontra-se num ambiente
cujo o ar é desagradável.
4. Onde é usado para indicar lugar e
significa em que, no qual e é usado com verbos
que não dão idéia de movimento.
Ex:Este é o lugar onde vivo.
Exerce, sintaticamente, a função de adjunto
adverbial
PRONOMES INTERROGATIVOS
Aparecem em frases interrogativas. Como os
pronomes indefinidos, referem-se de modo
impreciso à 3ª pessoa do discurso.
Ex: Quantos vêm?
Quem é você?
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Exercícios
01. Coloque P para pronome pessoal e D para
demonstrativo:
( ) Esta casa é a que você sonhou comprar?
( ) Joaquina ainda não a conhece?
( ) Não quero conhecê-la.
( ) O que queres agora é impossível.
( ) Eu os conheço muito bem.
( ) Viram-no vocês?
( ) Os que fugirem morrerão.
02. Anexe corretamente os pronomes oblíquos
aos verbos:
Chamar + o __________________________
Conhecer + o _________________________
Levem + o __________________________
Indispõe + a __________________________
Convidam + o_________________________
Seguimos + o_________________________
Vimos + as___________________________
Fez + os_____________________________
03. Anteponha às frases as letras R ou I,
conforme o pronome for relativo ou interrogativo:
( ) As aulas a que assisti foram proveitosas.
( ) Que incógnitos veios de ouro exploram?
( ) Você o chamou para quê?
( ) Cada experiência por que passamos é
favor de vida.
04. Observe o QUE nas frases abaixo e coloque
(R) para pronome relativo, (I) para conjunção
integrante.
QUE => O QUAL, A QUAL (s) ---- Pronome
relativo
QUE => ISSO ------- Conjunção integrante.
( ) Deus, que é bom, perdoa.
( ) João comprou o feijão que pedi a ele.
( ) Lembrei que João não comprou o feijão.
( ) O professor exigia que todos estivessem
em dia com os estudos.
( ) Os animais que põem ovos são ovíparos.
( ) Pedra que rola não cria limo.
( ) A mulher que trabalha é respeitada e temida
pelos homens.
05. As frases abaixo são freqüentes na língua
coloquial e familiar. Reescreva-as de acordo com
o padrão culto da língua.
A) O espião viu ela ontem pela manhã.
________________________________________
B) Eu encontrei ele no Estádio do Maracanã.
________________________________________
C) O rapaz deixou alguns produtos para mim vê.
________________________________________
D) Está tudo certo entre eu e você.
________________________________________
E) Eu trouxe ele aqui pra dá uma força pros
garotos.
________________________________________
06. Assinale a série de pronomes que completa
adequadamente as lacunas do seguinte
período:
"Os desentendimentos existentes entre ______ e
______ advêm de uma insegurança que a vida
estabeleceu para ________ traçar um caminho
que vai de _______ a _______."
A) mim - ti - eu - mim - ti
B) mim - ti - mim - mim - tu
C) eu - ti - mim - mim – tu
D) eu - tu - eu - mim - tu
E) eu - ti - eu - mim - ti
07. O QUE não é pronome relativo na opção:
A) Não há mulher que não adore o amor.
B) Não há porteira de curral que não se ria para
ele, com risadinha asmática de velha
regateira.
C) "- Me espere em casa, que eu ainda vou dar
uma espiada na novilha."
D) "- Tenho uma corrente de prata lá em casa
que brilha mais que a luz das estrelas."
E) "Quem seria aquele sujeito que estava de pé,
encostado no balcão, todo importante?"
08. Atente para os fragmentos do compositor
Gonzaguinha:
“A dama de lilás me (1) machucando o coração.”
“Primeiro você me (2) azucrina”
“Me (3) entorta a cabeça
E me (4) deixa na boca
Um gosto amargo de fel..”
O pronome ME está empregado com valor
possessivo nos casos:
A) 1 e 2 B) 2 e 3 C) 3 e 4 D) 1, 3 e
4
E) 2, 3 e 4
09. Na passagem ―Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto com comovida atenção.‖, o pronome oblíquo lhe exerce função sintática idêntica ao termo destacado em (A) ―Olívia se aproximou de Eugênio...‖ (B) ―A enfermeira juntava os ferros.‖ (C) ―A respiração voltava lentamente,‖ (D) ―Vencera! Salvara a vida de uma criança!‖
(E) ―Sentia-se leve e aéreo.‖
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10. Assinale a afirmativa em que a palavra ―onde‖
está usada corretamente.
(A) Trabalhamos com o conceito de serviços onde
o fator ambiental é preponderante.
(B) Durante a discussão dos técnicos foi
levantado um novo argumento onde o diretor não
gostou.
(C) Nas áreas próximas às reservas, onde estão
instaladas famílias, haverá grandes
investimentos.
(D) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como
decisivo, onde ocorrerá uma grande devastação.
(E) As propostas onde se encontram as soluções
mais
econômicas para a melhoria do ambiente serão
aprovadas.
11. Os pronomes relativos destacados substituem
a palavra ou expressão que se encontra ao final
de cada opção, EXCETO em
(A) ―Está aí uma coisa que eu não sabia...‖ –
coisa
(B) ―Chefe de um país ou de um exército que
preside...‖ – exército
(C) ―E sempre desconfiei que ‗esdrúxulo‘ foi
inventada por um antigo dicionarista que sentia
falta de uma palavra...‖ – antigo dicionarista
(D) ―...sentia falta de uma palavra que
descrevesse coisas,‖ – uma palavra
(E) ―figuras históricas que nunca foram –‖ -
figuras
históricas
12. Considere as afirmações a seguir sobre o
emprego dos pronomes
nas frases.
I – ―O vento da noite cortava-lhes o lombo,‖ (l. 30)
– Pronome pessoal com sentido possessivo.
II – ―Os pescadores de largo curso olhavam para
eles com certo desprezo.‖ (l. 15-16) – Pronome
indefinido
atenuando o sentido do substantivo desprezo.
III – ―era como se todo o mundo se aproximasse
para aconchegá-los.‖ (l. 40-41) – Pronome
indefinido todo equivalendo a qualquer.
É(São) verdadeira(s), APENAS, a(s)
afirmação(ões)
(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e II
(E) II e III
PRÁTICA DE TEXTO
(TJ-RO/ 2009)
ÍNDIO QUER INTERNET
A nova tacada do Google é usar a tecnologia
para dar visibilidade a ações sociais e
ambientais.(...)
Em meados de junho, a nova-iorquina
Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil pela
primeira vez. Numa pequena sala em Cacoal,
cidade de 77 mil habitantes em Rondônia, a 500
quilômetros da capital, Porto Velho, ensinou
índios suruís a dar seus primeiros
passos na Internet por meio de buscas no
Google. Alguns digitavam ―povos indígenas‖ e
―Amazônia‖, mas
a maioria estava mais interessada em
―Ronaldinho‖ e ―futebol‖. Rebecca conta que, num
determinado momento daquela aula informal,
pediu a um dos índios para entrar num site e
avançar pelos links. Depois da demonstração,
orientou como voltar à página inicial de busca. O
aprendiz então começou a navegar sozinho, com
cliques frenéticos. ―Diante dos meus olhos, ele
começava a entender os hiperlinks‖, diz ela.
―Foi fascinante‖.
Rebecca é cientista da computação e gerente
do Google. Veio ao Brasil para lançar o Google
Earth Solidário, uma parceria da empresa com
ONGs para dar visibilidade a questões
socioambientais por meio de imagens de
satélite.(...)
O embrião do Solidário, porém, nasceu fora
da empresa, quando Rebecca era apenas uma
usuária do programa. Em 2005, ela trabalhava em
uma empresa de bioinformática e vivia em Santa
Cruz, na Califórnia, numa casa suprida de energia
solar, que ajuda a abastecer parte da vizinhança.
Quando recebeu um comunicado informando que
Santa Cruz era alvo de um plano de exploração
de madeira aprovado pelo governo federal, a
cientista usou o Google Earth para entender a
questão. Pelas imagens, viu que a extração
afetaria rios, seria feita a poucos metros de
escolas, teria a produção escoada por caminhões
em estradas frágeis e por helicópteros que
transitariam durante todo o dia. Decidida a
impedir isso, reuniu dados no programa e
mostrou a um político e ao jornal local. O plano
acabou revisto e vetado.
Algum tempo depois, Rebecca sugeriu ao
Google melhorias do Google Earth. Foi
contratada. Após dezoito meses, em junho de
2007, o Solidário foi lançado. Em meio a isso,
Rebecca recebeu um aviso curioso: um chefe
indígena brasileiro queria fazer uma parceria.
Chefe Almir, de 32 anos, é um índio
incomum. Biólogo - o primeiro da tribo a ir à
faculdade -, tem celular e três contas de e-mail.
Como coordenador da associação que representa
os quatro clãs suruís, ele queria se integrar ao
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resto do Brasil e criar novas formas de sustento,
sem deixar sua cultura de lado.
Sua preocupação era impedir que seu povo
quase desaparecesse, como acontecera após o
primeiro contato com o homem branco em 1969.
Vinte anos depois, a população havia caído de 5
mil para 250, por causa de epidemias de gripe e
sarampo. De lá para cá, esse número aumentou.
Hoje, são 1,25 mil índios.(...) ―O futuro está na
tecnologia, e precisamos dela se realmente
queremos um diálogo com o mundo.‖ diz Almir.
Época Negócios, ago. 2008. (adaptado)
Glossário:
Google - programa de busca de informações
gerais na
Internet.
Google Earth - programa do Google que transmite
imagens dos lugares da Terra, feitas por satélite.
1. No subtítulo, a expressão nova tacada está
usada com o mesmo sentido do texto em:
(A) O jogador de sinuca deu uma nova tacada
genial.
(B) O seringueiro deu uma nova tacada para a
extração do látex.
(C) A nova tacada do chefe Almir foi procurar a
Rebecca.
(D) Com uma nova tacada, o abatedor liquidou
com o boi.
(E) Nenhuma nova tacada alcançará o bicho, que
já vai longe.
2. Rebecca exclamou: ―Foi fascinante.‖ (L. 16)
porque (A) é muito interessante para todo mundo
navegar na Internet.
(B) causou estranheza o modo como o índio
passou a usar o teclado freneticamente.
(C) não esperava que um índio fosse capaz de
aprender tão depressa.
(D) o índio demonstrou rapidez de aprendizagem
e interesse pela navegação na Internet.
(E) os índios preferiram buscar informações sobre
o futebol às relativas a eles mesmos.
3. O aspecto comum entre os objetivos da atitude
de Rebecca em 2005 e a sua atual atividade
profissional é o fato de ambas
(A) contribuírem para a preservação do meio
ambiente.
(B) proporcionarem a ela fama na imprensa.
(C) permitirem-lhe ganhar dinheiro.
(D) revelarem sua preocupação com novas
tecnologias.
(E) mostrarem seu interesse em trabalhar para o
Google.
4. Assinale a opção que NÃO completa
adequadamente a sentença, de acordo com o
texto.
Chefe Almir...
(A) usa correio eletrônico e telefone celular.
(B) teve contato com o homem branco em 1969.
(C) foi o primeiro suruí a cursar uma faculdade.
(D) procura a integração de seu povo com o resto
do país.
(E) coordena uma associação que congrega os
clãs dos suruís.
05. Indique a opção em que as expressões NÃO
se relacionam com o tema da Internet, de acordo
com o texto.
(A) ―...avançar pelos links.‖ (L. 11)
(B) ―...página inicial de busca.‖ (L. 12-13)
(C) ―...imagens de satélite.‖ (L. 21)
(D) ―...casa suprida de energia solar,‖ (L. 26)
(E) ―...contas de e-mail.‖ (L. 46)
Advérbio
É a palavra que modifica o sentido do verbo,
do
adjetivo e do próprio advérbio.
Ex: O navio chegou cedo.
verbo advérbio
A menina é muito linda.
advérbio adjetivo
Nós acordamos muito cedo.
advérbio advérbio
CLASSIFICAÇÃO
AFIRMAÇÃO: sim, certamente, realmente;
DÚVIDA: talvez, acaso, possivelmente;
INTENSIDADE: pouco, muito, bastante;
LUGAR: perto, longe, acima, aqui, lá;
MODO: mal, rapidamente;
NEGAÇÃO: jamais, não;
TEMPO: agora, sempre, hoje, etc.
LOCUÇÃO ADVERBIAL:
É todo conjunto constituído por duas ou mais
palavras e que funciona como advérbio.
Às dez horas voltarei.
Maria estava à vontade no sofá.
Exercícios
01. Destaque e classifique os advérbios ou
locuções adverbiais nas frases abaixo:
A) João agiu com franqueza.
B) Éramos bastante complicados.
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C) Aqui é o seu lugar.
D) Antigamente as pessoas se respeitavam
mais.
_______________________________________
E) João penetrou no recinto às pressas.
_______________________________________
02. Classifique as palavras destacadas nas
frases seguintes:
A) O homem estava meio nervoso.
B) Passou meio dia na fila do banco.
C) Faça isso direito !
D) Aquele bonito carro é caro.
03. A opção em que há um advérbio exprimindo
circunstância de tempo é:
A) Possivelmente viajarei para São Paulo.
B) Maria tinha aproximadamente quinze anos.
C) Os fatos aconteceram concomitantemente.
D) Os resultados chegaram
demasiadamente atrasados.
E) A menina ficou muito feliz.
05. Assinale a alternativa em que a locução
destacada tem valor de adjetivo:
A) Comprei móveis e objetos diversos que
comecei a utilizar com receio.
B) Azevedo Gondim compôs sobre ela dois
artigos.
C) Pediu-me com voz baixa cinqüenta mil réis.
D) Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as
serras.
E) Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem
escrúpulos não se apoderassem do que
era delas. 06. Assinale a opção em que o termo destacado NÃO pertence à mesma classe gramatical dos destacados nas demais opções. (A) ―são queimadas anualmente pouco antes de começar a estação chuvosa.‖ (B) ―Assistimos , com espanto, à surpreendente visão da torrente de fogo...‖ (C) ―...ondulando poderosamente sobre a planície sem fim.‖ (D) ―Infelizmente (...), ávidos da carne do tatu galinha, não ponderam...‖
(E) ―o solo em geral está parcialmente
esgotado...‖
PRÁTICA DE TEXTO
Porque é importante saber ouvir
A eficiência na comunicação pode ser
alcançada com alguns cuidados, mas muita gente
se preocupa com determinados aspectos, como
desinibição e expressão verbal, ignorando pontos
imprescindíveis para o êxito pretendido.
A fluência verbal e o autodomínio são
essenciais, mas todo o esforço do comunicador
pode ser inútil se lhe faltarem alguns elementos
ligados à atenção, à capacidade de acompanhar
o comportamento do interlocutor e, notadamente,
o prosaico ato de saber ouvir.
A lição vem de Sócrates: ―Temos de
aprender a perguntar e a ouvir‖.
A maioria das pessoas não tem paciência: ou
interrompem a pessoa que fala ou simplesmente
passam a ignorá-la. E assim agem movidas por
preconceitos em função de estereótipos.
É importante frisar que a capacidade de
concentração de uma pessoa, em média, é de 30
segundos.
Daí o formato predominante do comercial no
rádio e na televisão. É natural, então, que exista
grande empecilho ao diálogo, que pressupõe
disposição de efetiva troca de idéias e opiniões.
O ato de ouvir exige, portanto, além de
humildade, treinamento. Se, depois de 30
segundos, a tendência é pensar em outro
assunto, a capacidade de ouvir exige do
interlocutor especial atenção, além de todo o
cuidado para que não ocorram associações de
idéias.
A dificuldade é tão acentuada que há os que
não conseguem sequer ouvir a primeira frase do
parceiro e vão logo atalhando com a expressão
―já sei o que você vai dizer‖. O mínimo que se
deve fazer, com gestos de quem efetivamente
acompanha o que está sendo dito, é aguardar o
que o outro tem a dizer.
É fundamental que exista ativa situação de
audição, isto é, que os dois se empenhem em
ouvir bem, de forma que um entenda
perfeitamente a posição do outro. Essa situação
reclama atenção, respeito, consideração e recusa
qualquer forma de hierarquia na conversação.
Em regra, um dos obstáculos à eficiência na
comunicação é a tendência a avaliar ou prejulgar
o que o parceiro está dizendo. Quando alguém
conversa com um subordinado, há uma tendência
no superior a criticar o que está ouvindo,
precipitadamente, com evidente desprezo pelo
princípio de igualdade que deve haver na relação
interpessoal.
Na verdade, três são os requisitos
indispensáveis à comunicação eficiente: saber
ouvir, saber conviver e saber avaliar.
Saber conviver envolve, principalmente, a
capacidade de atuar em grupo coletivamente.
Quem não consegue conviver bem com colegas
ou superiores nunca poderá ser um bom
comunicador. Poderá até ser um bom orador. A
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comunicação só se completa com o retorno,
quando o estímulo provoca a resposta.
E o saber avaliar compreende, basicamente,
a autocrítica. Esta é que dá à pessoa a dimensão
exata do contexto, evitando erros insanáveis e
abreviando o caminho do sucesso.
NETO, Fernandes. Treinamento &
Desenvolvimento. jan.96. p.34.
1. A humildade, no texto, está relacionada,
semanticamente, ao(à)
(A) poder de convencimento do comunicador.
(B) autoconfiança do comunicador.
(C) clareza das idéias apresentadas ao
interlocutor.
(D) capacidade de atenção do interlocutor.
(E) procedência das perguntas feitas ao
interlocutor.
2. Segundo o texto, a interferência indevida
durante o diálogo deve-se ao(à)
(A) tempo previsto para cada fala.
(B) impaciência do comunicador.
(C) falta de atenção do interlocutor.
(D) clareza da pergunta feita pelo comunicador.
(E) dificuldade de entendimento da pergunta pelo
interlocutor.
3. No texto, ―estereótipos‖ (l. 17) equivale,
semanticamente, a uma imagem
(A) fluida e instável.
(B) fixa e inalterável.
(C) nítida, mas inconstante.
(D) pré-fixada, mas inconsistente.
(E) incomum, mas insignificante.
4. Com base nas idéias do texto, ser bom orador
não implica ser bom comunicador porque a
oratória e a comunicação caracterizam-se,
respectivamente, pelas capacidades de
(A) eloqüência e interação.
(B) interação e autodomínio.
(C) interação e atenção.
(D) autocrítica e eloqüência.
(E) verbalização e eloqüência.
5. A questão do preconceito na comunicação é
enfocada no quarto parágrafo. Que outro
parágrafo, em sua argumentação,
faz alusão a esse mesmo problema?
(A) Segundo (B) Quinto
(C) Sétimo (D) Nono
(E) Décimo
6. Como pode ser completado, de forma lógica e
gramatical, o trecho abaixo, relativo às idéias
apresentadas no texto?
Saber ouvir é um dos requisitos fundamentais ao
sucesso da comunicação. No entanto,
(A) saber conviver envolve capacidade de atuar
em grupo coletivamente.
(B) o mínimo que se deve fazer é aguardar o que
o outro tem a dizer.
(C) a capacidade de convivência é essencial ao
comunicador.
(D) a capacidade de avaliar compreende
basicamente a autocrítica.
(E) a comunicação só se completa com o retorno,
quando o estímulo provoca a resposta.
7. Em ―Essa situação reclama atenção, respeito,
consideração...‖ (l. 38-39), o verbo destacado
NÃO pode ser substituído,
sem alteração de sentido, por
(A) requer. (B) reivindica.
(C) pleiteia. (D) demanda.
(E) questiona.
8. O elemento destacado que NÃO retoma
semanticamente o referente transcrito a seguir é:
(A) ―...se lhe faltarem alguns elementos...‖ (l. 7-8):
comunicador.
(B) ―...ou simplesmente passam a ignorá-la.‖ (l.
15-16): pessoa.
(C) ―que pressupõe...‖ (l. 22): empecilho.
(D) ―...que deve haver na relação interpessoal.‖ (l.
46-47): princípio de igualdade.
(E) ―Esta é que dá a pessoa à dimensão exata do
contexto,‖ (l. 58-59): autocrítica.
9. Em ―...que há os que não conseguem sequer
ouvir a primeira frase do parceiro...‖ (l. 29-30), o
conectivo destacado introduz, no enunciado em
que se insere, uma idéia de
(A) conclusão. (B) explicação.
(C) conseqüência. (D) concessão.
(E) causa.
10. Reescrevendo a oração ―Esta é que dá à
pessoa a dimensão exata do contexto,‖ (l. 58-
59), de modo que o termo destacado passe a
funcionar como sujeito, o sentido NÃO se altera
em:
(A) Por esta é que é dada à pessoa a dimensão
exata do contexto.
(B) Por esta é que a pessoa dá a dimensão exata
do contexto.
(C) A dimensão exata do contexto é dada a esta
pela pessoa.
(D) A dimensão exata do contexto é que esta dá à
pessoa.
(E) A pessoa é que dá a esta a dimensão exata
do contexto.
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GABARITOS DOS EXERCÍCIOS
SUBSTANTIVO
01. a) zumzuns; b) guardas-civis; c) beija-flores; d)salários-família / salários-famílias; e) quintas-feiras; f) estrelas-do-mar; g) vice-governadores. 02.B 03. ―Deviam ser bons os tempos em que existiam mulas-sem-cabeça e lobisomens em lugares como aquele.‖ 04.C PRÁTICA DE TEXTO: 01.D 02.D 03.E 04.C 5.C 6.C 7.A
ADJETIVO
01. a) O homem decide a estratégia econômico-financeira; b) Na fazenda, Zefa criava duas éguas-castanho-claras. 02.C 03.A 04.B 05.A PRÁTICA DE TEXTO: 01.E 02.C 03.A 04.B 05.B 06.A 07.C 08.E 09.E 10.D
VERBO
01.a) passava; b)chega; c) vir; d) odieis – incendieis – destruais – fazei – ajudai – contribuí; e) Dá – sigas. 02.E 03.B 04.C 05.a) vir – escapem; b) Reflete – mintas; c) tussa. 06. a) volta; b) prepara; c) preocupe; d) façais; e) fique 07.B 08.B 09.C 10.B 11.A 12.D 13.B 14.D 15.C 16.E 17.B PRÁTICA DE TEXTO: 01.E 02.A 03.A 04.B 05.D 06.C 07.C
PRONOME
01. D P P D P P D 02. -- 03. R I I R 04. R R C C R R R 05.a) O espião a viu...; b) Eu o encontrarei...; c) ...para eu ver; d) ...entre mim e você; e) eu o trouxe aqui para dar uma força para os garotos. 06.A 07.C 08.D 09.D 10.C 11.C 12.D PRÁTICA DE TEXTO: 01.C 02.D 03.A 04.B 05.D
ADVÉRBIO
01.-- 02.--- 03.C 04.E 05.B PRÁTICA DE TEXTO: 01.D 02.B 03.B 04.A 05.D 06.E 07.E 08.C 09.C 10.A
EMPREGO DE PREPOSIÇÕES E
CONJUNÇÕES
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula.
Exemplos:
1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.
amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição
de: preposição
2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio.
esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição
com: preposição
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Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência.
Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.
Exemplos:
1. A hora das refeições é sagrada.
hora das refeições: elementos ligados por preposição
de + as = das: preposição
hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições"
refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da"
2. Alguém passou por aqui.
passou por aqui: elementos ligados por preposição
por: preposição
passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui"
aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por"
As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde.
Por exemplo:
de + o = do por + a = pela em + um = num
As preposições podem introduzir:
a) Complementos Verbais
Por exemplo:
Eu obedeço "aos meus pais".
b) Complementos Nominais
Por exemplo:
Continuo obediente "aos meus pais".
c) Locuções Adjetivas
Por exemplo:
É uma pessoa "de valor".
d) Locuções Adverbiais
Por exemplo:
Tive de agir "com cautela".
e) Orações Reduzidas
Por exemplo:
"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.
Classificação das Preposições
As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas preposições essenciais. São elas:
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás
Observações:
1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação de atrás, depois.
Por exemplo:
Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após.
2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos.
Por exemplo:
Dês que começaste a me visitar, sinto-me melhor.
3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por trás, para trás, para trás de.Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado:
Trás mim virá quem bom me fará.
4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra.
Por exemplo:
Bianca, alcance aqueles livros pra mim.
5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão.
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Por exemplo:
Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo.
Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais:
Saiba que:
como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme),durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por).
As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais:
Por exemplo:
Não vá sem mim à escola.
As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos pronomes:
Por exemplo:
Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate.
Locução Prepositiva
É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.
Principais locuções prepositivas:
abaixo de acima de acerca de
a fim de além de a par de
apesar de antes de depois de
ao invés de diante de em fase de
em vez de graças a junto a
junto com junto de à custa de
defronte de através de em via de
de encontro a em frente de em frente a
sob pena de a respeito de ao encontro de
Combinação e Contração da Preposição
Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser por:
Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas.
Por exemplo: preposição a + artigo masculino o = ao preposição a + artigo masculino os = aos
Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica ao unir-se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes. Veja:
do dos da das
num nuns numa numas
disto disso daquilo
naquele naqueles naquela naquelas
Observe outros exemplos:
em + a = na em + aquilo = naquilo
de + aquela = daquela de + onde = donde
Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição per com os artigos definidos.
Por exemplo:
per + o = pelo
Encontros Especiais
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a, as ou com o "a" inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave.
Por exemplo:
a + a = à
Exemplos:
às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo
Principais Relações estabelecidas pelas Preposições
Autoria - Esta música é de Roberto Carlos.
Lugar - Estou em casa.
Tempo -Eu viajei durante as férias.
Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio.
Causa - Estou tremendo de frio
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Assunto - Não gosto de falar sobre política.
Fim ou finalidade - Eu vim para ficar
Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.
Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.
Meio - Voltarei a andar a cavalo.
Matéria - Devolva-me meu anel de prata.
Posse - Este é o carro de João.
Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.
Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho.
Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300, 00.
Origem - Você descende de família humilde.
Especialidade - João formou-se em Medicina.
Destino ou direção - Olhe para frente!
Distinção entre Preposição, Pronome Pessoal Oblíquo e Artigo
Preposição: ao ligar dois termos, estabelecendo entre eles relação de dependência, o "a" permanece invariável, exercendo função de preposição.
Por exemplo:
Fui a Brasília.
Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substantivo na frase.
Por exemplo:
Eu levei Júlia a Brasília. Eu a levei a Brasília.
Artigo: ao anteceder um substantivo, determinando-o.
Por exemplo:
A professora foi a Brasília.
Preposições, leitura e produção de textos
A referência constante às preposições quando se estuda a Língua Portuguesa demonstra a importância que elas possuem na construção de frases e textos eficientes. As relações que
as preposições estabelecem entre as apartes do discurso são tão diversificadas quanto imprescindíveis; seja em textos narrataivos, descritivos ou dissertativos, noções como tempo, lugar, causa, assunto, finalidade e outras costumam participar da construção da coerência textual e da obtenção dos efeitos de sentido discursivos.
CONJUNÇÃO
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.
Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
segurou a boneca
a menina mostrou
viu as amiguinhas
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou
3ª oração: quando viu as amiguinhas.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Observe:
Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está ligando termos de uma mesma oração.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma
mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
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As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativase subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.
Conjunções Coordenativas
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só...como também, bem como, não só...mas ainda .
Por exemplo:
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas:mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Por exemplo:
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez.
Por exemplo:
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
Por exemplo:
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto.
Por exemplo:
Não demore, que o filme já vai começar.
Saiba que:
a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas".
Por exemplo:
Carlos fala, e não faz. O bom educador não proíbe, antes orienta. Sou muito bom; agora, bobo não sou. Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.
b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".
Por exemplo:
Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Por exemplo:
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.
d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence.
Por exemplo:
Não tenha receio, pois eu a protegerei.
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Conjunções Subordinativas
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:
1. Integrantes
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se.
Por exemplo:
Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)
2. Adverbiais
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
Por exemplo:
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso.
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.
Por exemplo:
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
Por exemplo:
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente.
d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas:conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
Por exemplo:
O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor.
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.
Por exemplo:
Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais), quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc.
Por exemplo:
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Quanto mais reclamava menos atenção recebia.
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que.
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc.
LINGUA PORTUGUESA
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Por exemplo:
A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que(combinado com menos ou mais), etc.
Por exemplo:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é preguiçoso tal como o irmão.
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.
Por exemplo:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. A dor era tanta que a moça desmaiou.
Locução Conjuntiva
Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas locuções geralmente terminam em "que". Observe os exemplos:
visto que desde que ainda que por mais que à medida que à proporção que logo que a fim de que
Atenção:
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto. Assim, a conjunção que pode ser:
1. Aditiva ( = e) Por exemplo:
Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai.
2. Explicativa Por exemplo:
Apressemo-nos, que chove.
3. Integrante Por exemplo:
Diga-lhe que não irei.
4. Consecutiva Por exemplo:
Onde estavas, que não te vi?
5. Comparativa Por exemplo:
Ficou vermelho que nem brasa. 6. Concessiva Por exemplo:
Beba, um pouco que seja.
7. Temporal Por exemplo:
Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
8. Final Por exemplo:
Vendo o amigo à janela, fez sinal que descesse.
9. Causal Por exemplo:
"Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (V.Coaraci)
Conjunções, leitura e produção de textos
O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode chamar de " a arquitetura textual", isto é, o conjunto das relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado. Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de circunstâncias fundamentais à condução
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da história, como as noções de tempo, finalidade, causa consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentações construídas por meio de contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e concessivas.
CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS VERBAIS
Verbo
É a palavra que, por si só, indica um fato (ação,
estado, fenômeno) e situa-o no tempo. É o termo,
na maioria dos casos, essencial do enunciado.
MODOS DO VERBO
a) Modo Indicativo: expressa atitudes de certeza.
As crianças brincam no parque.
b) Modo Subjuntivo: expressa atitudes de dúvida,
hipótese.
Se você não fosse embora, nós nos
entenderíamos.
c) Modo Imperativo: indica ordem, súplica, etc.
Preste atenção, menino!
TEMPOS DOS VERBOS
São três os tempos fundamentais do verbo:
presente, pretérito e futuro.
Presente: enuncia o fato como realizado agora,
no momento em que se fala.
Eu posso passar no Vestibular.
Pretérito: indica fotos que já aconteceram.
Divide-se em Pretérito Imperfeito, Pretérito
Perfeito, Pretérito-mais-que-perfeito.
Futuro: exprime o fato como posterior a
determinado momento. Divide-se em Futuro do
Presente e Futuro do Pretérito:
CONJUGAÇÃO VERBAL
Os verbos estão distribuídos em três grupos,
chamados conjugações:
1ª conjugação: terminados em –AR.
2ª conjugação: terminados em –ER.
3ª conjugação: terminados em –IR.
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
O imperativo não possui a 1ª do singular nem as
3as
pessoas.
IMPERATIVO AFIRMATIVO
No imperativo afirmativo, a 2ª pessoa do singular
(tu) e a 2ª pessoa do plural (vós) derivam do
presente do indicativo sem o ―S‖ final. As demais
pessoas derivam do presente do subjuntivo.
Presente do
Indicativo
Imperativo Afirmativo
Eu canto ---------------
Tu canta s Canta tu
Ele canta Cante você
Nós cantamos Cantemos nós
Vós cantai s Cantai vós
Eles cantam Cantem vocês
Presente do Subjuntivo
Que eu cante, que tu cantes, que ele cante
Que nós cantemos, que vós canteis, que eles
cantem
IMPERATIVO NEGATIVO
Já no imperativo negativo, suas pessoas se
equivalem às correspondentes do presente do
subjuntivo.
Presente do
Subjuntivo
Imperativo Negativo
Que eu cante ---------------
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem vocês
Exercícios
01. Complete as frases com as formas verbais
solicitadas entre parênteses:
A) Ele não __ __________ (passar, pretérito
imperfeito do indicativo) por aqui com freqüência.
B) Você sempre _________ (chegar, presente do
indicativo) às oito horas?
C) Só ficará feliz quando me ________ (ver,
futuro do subjuntivo) amanhã.
D) Não _________ (odiar, 2ª pessoa plural,
imperativo), não ____________ (incendiar, 2ª
pessoa plural, imperativo), não ___________
(destruir, 2ª pessoa plural, imperativo),
___________ (fazer, 2ª pessoa plural, imperativo)
o bem, ___________ (ajudar, 2ª pessoa plural,
imperativo) o próximo, ______________
(contribuir, 2ª pessoa plural, imperativo) para o
desenvolvimento econômico do país e para a paz
social.
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E) _______(dar, 2ª pessoa singular, imperativo)
atenção às palavras do mestre e não
___________ (seguir, 2ª pessoa singular,
imperativo) os conselhos errados dos que
aderiram à subversão.
02. ―Para você VIR à cidade , é preciso VIRAR à
direita ao VER a Ponte da Amizade.”
Frase transformada:
Para tu ____ à cidade, é preciso que ______ à
direita quando ______ a Ponte da Amizade.
A) vir – vire - ver
B) vires – vires – veres
C) venhas – vires – vejas
D) vir – virá – ver
E) vires – vires – vires
03. Considere as orações:
“Não faça pré-julgamento dos fatos. Analise-
os.”
Em que alternativa seus verbos estão
corretamente flexionados na 2ª pessoa do
singular?
A) Não faz pré-julgamento dos fatos. Analise-os.
B) Não faças pré-julgamento dos fatos. Analisa-
os.
C) Não fazes pré-julgamento dos fatos. Analisa-
os.
D) Não façais pré-julgamento dos fatos. Analisai-
os.
E) Não façam pré-julgamento dos fatos.
Analisem-nos.
04.
— ―Dodói, vai-te embora!
―Deixa o meu filhinho,
―Dorme... dorme... meu...‖
Essa estrofe do poema é construída como um
diálogo
imaginário, com o uso da segunda pessoa do
singular - tu.
Empregando-se a terceira pessoa (você), como
devem
ficar os verbos adotados na estrofe?
(A) vás / deixes / durmas (B) vais /
deixas / dormes
(C) vá / deixe / durma (D) ide / deixai / dormi
(E) vão / deixem / durmam
05. Complete as frases, empregando as formas
verbais solicitadas:
A) Quando eu _______(ver, futuro do
subjuntivo), tudo farei para que eles
não_____________(escapar).
B) ___________(refletir, imperativo) bem,
não_________(mentir, imperativo), assim
nós sempre acreditaremos em ti.
C) Tomando este xarope, espero que você não
_________(tossir, pres. subjuntivo) mais.
06. Através da palavra destacada, determine
em que pessoa gramatical está cada uma das
frases abaixo. Em seguida, preencha a lacuna
com uma das formas de imperativo que estão
entre parênteses:
A) _______ para a casa de teus pais. (volte –
volta)
B) _______o futuro e serás feliz. (prepara –
prepare)
C) Você será chamado, não se
_______.(preocupa– preocupes – preocupe)
D) Não ________ a tolice de estudar tanto as
vossas lições. (fazei – façai – façais)
E) Tudo que lhe dizem é verdade, por isso
________ aqui. (fica – fique – fiques) 07. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a frase ―Mude sua embalagem‖.
A palavra ―embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a palavra (A) vida. (B) corpo. (C) jeito. (D) história. (E) postura.
VERBOS IMPESSOAIS
IMPESSOAIS são aqueles verbos
conjugados apenas na 3ª pessoa do
singular, que não apresentam sujeito.
Geralmente indicam fenômenos da natureza.
São também impessoais os verbos haver, no
sentido de existir, e o verbo fazer no sentido de
tempo decorrido. Aparecem normalmente:
a) Nas orações existenciais com o verbo haver.
Havia milhares de pessoas no recinto. b) Nas orações que exprimem fenômenos naturais:
Ventou muito durante o dia.
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c) Nas orações onde o verbo fazer indica tempo
decorrido:
Faz dias que não os vejo.
TRANSITIVIDADE
A classificação de um verbo como intransitivo ou
transitivo depende da oração ou do contexto em
que ele surge.
Ele lê mal. (verbo intransitivo)
Ele lê jornais. (verbo transitivo)
VERBO INTRANSITIVO
Quando o verbo não exige um elemento sobre o
qual recaia a ação, chama-se intransitivo.
O rapaz caiu de mal jeito no chão.
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Necessita de um complemento verbal (objeto
direto) sem preposição.
O menino imaginou coisas interessantes.
VTD OD
VERBO TRANSITIVO INDIRETO
São verbos que necessitam de complemento
iniciado por preposição (objeto indireto) para
completar o seu sentido.
Ela gosta DE feijão.
VTI OI
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
São todos os verbos que apresentam dois
complementos: um deles sem preposição (OD)
e outro com preposição (OI).
Ele deu um presente A você.
VTDI OD
OI
Joana prefere as festas AO estudo.
VTDI OD
OI
VOZES VERBAIS
Vozes do verbo são as formas que estes
assumem para indicar a relação de atividade,
passividade ou, simultaneamente, ambas as
coisas. São três: ativa, passiva e reflexiva.
ATIVA
O sujeito é agente, isto é, exerce a ação
expressa pelo verbo. Observe:
O presidente acabou com aquela nação.
PASSIVA
O sujeito é paciente, ou seja, sofre ou recebe a
ação pelo verbo.
Aquela nação foi destruída pelo mau presidente.
A voz passiva pode apresentar-se de duas
formas: analítica e sintética.
ANALÍTICA: formada pelo verbo auxiliar
SER seguido do particípio do verbo principal.
As meninas foram beneficiadas no concurso.
Os barcos serão consertados pelos pescadores.
SINTÉTICA: o verbo principal apresenta-se
conjugado na 3ª pessoa, acompanhado do
pronome apassivador SE.
Consertam-se barcos de pescadores.
Ainda não se consertou o carro de corrida.
REFLEXIVA
O sujeito é, ao mesmo tempo, agente e
paciente: pratica e sofre a ação expressa pelo
verbo.
O homem feriu-se com a faca.
Os amigos cumprimentaram-se na rua.
Exercícios
08. Transpondo-se para a voz passiva a frase
Esses meios desrespeitam a consciência e a
liberdade da pessoa moral, a forma verbal
resultante será
(A) serão desrespeitadas.
(B)) são desrespeitadas.
(C) desrespeita-se.
(D) são desrespeitados.
(E) é desrespeitada.
09. Transpondo-se para a voz passiva a
frase O jornal e os jornalistas devem sempre
preservar sua independência, o segmento
sublinhado ficará
(A) sempre deverá ser preservada.
(B) devem sempre ser preservados.
(C) deve sempre ser preservada.
(D) sempre se deverá preservar.
(E) sempre se devem preservar.
10. A construção que admite transposição para a
voz passiva é:
(A) São inúmeras as conseqüências dessa
idolatria.
(B) As leis do mercado favorecem esse culto da
juventude.
(C) A juventude deixou de ser uma fase da vida.
(D) Resulta disso tudo uma espécie de código
comportamental.
(E) Cresce a olhos vistos a oferta de produtos
associados à juventude.
11. Pensam em novas formas de suprimento de
energia ... O verbo que exige o mesmo tipo de
complemento que o grifado acima está na frase:
(A) Durante milênios convivemos com a
convicção...
(B) Há outros ângulos do problema ...
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(C) ... que entopem as caixas de recepção de
mensagens no mundo ...
(D) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais
...
(E) ... se haverá um limite para a internet ...
12. Quem acompanhou a trajetória do Programa
Nacional do Álcool ... O verbo que exige o mesmo
tipo de complemento que o do grifado acima está
na frase:
(A) ... ninguém apostava no seu êxito imediato ...
(B) ... com que ele não contava em experiências
anteriores do uso do álcool ...
(C) ... sabe de seus altos e baixos.
(D) ... provocaram a queda das vendas desses
veículos
(E) ... que se tornaram residuais.
13. O presente do indicativo, marcante na
construção do poema, é um tempo verbal que
pode ser empregado com valores diversos.
Qual a explicação correta para o emprego do
presente do indicativo nos versos ―...o operário /
que esmerila seu dia de aço / e carvão / nas
oficinas escuras‖?
(A) Atualização do passado histórico.
(B) Demonstração de ação habitual.
(C) Expressão de ação simultânea.
(D) Indicação de um futuro próximo.
(E) Marcação de ação momentânea.
14. "É provável que haja uma correlação
significativa entre o número de navios no
porto e a ocorrência de ataques - O verbo que
se apresenta no mesmo tempo e no modo da
forma verbal grifada acima está na frase:
(A) Tubarões atacam surfistas e banhistas nas
praias.
(B) Não se registraram casos de ataque antes da
década de 90.
(C) Duas espécies de tubarões comportam-se de
maneira mais agressiva.
(D) É importante que os surfistas se mantenham
dentro desses limites.
(E) Os ataques aos banhistas nas praias
começam na década de 90.
15. A forma verbal corretamente conjugada está
em
(A) Escreve nesta folha o que você achou da
proposta.
(B) É indispensável que todos os interessados
fazem a sua parte.
(C) Todas as pessoas que vêem a Amazônia
ficam deslumbradas.
(D) Quando a Fundação propor um programa de
preservação, a população aplaudirá.
(E) Espero que as pessoas se precavenham
contra a destruição da floresta.
16. Assinale a opção em que os verbos estão
flexionados corretamente, de acordo com a
norma culta da língua.
(A) Vou ficar bastante feliz se você se dispor a
aceitar o convite.
(B) Quando ele compor a comissão, talvez já seja
tarde
demais.
(C) Só vou à reunião de estudos se ele primeiro
vir à minha casa.
(D) Quer que eu digito o texto de português para
você?
(E) Quando eu vir o secretário, peço a ele para
entrar em contato.
17. Na frase Investimentos na integração por
meio dos rios vai tirar municípios amazonenses
do isolamento, a expressão verbal vai tirar pode
ser adequadamente substituída, sem alteração de
sentido, por:
(A) tiraria. (B) tirará.
(C) tira. (D) teria tirado.
(E) poderá tirar.
PRÁTICA DE TEXTO
OPERADOR(A) JÚNIOR/SUAPE-2009
Prata do lixo
O valor da latinha de alumínio para a
sociedade
Reciclagem é um bom negócio. Um negócio
sustentável. Assim é a reciclagem da lata de
alumínio. Ela possui as vantagens de ser
economicamente viável, ambientalmente correta
e socialmente responsável. Por onde passa, a
latinha de alumínio é reaproveitada e vira
dinheiro. Por ser completa e infinitamente
reciclável, uma só latinha recuperada pode ser
revertida em outra idêntica. ―Ao reciclar uma lata,
evita-se a extração da bauxita (matéria-prima do
alumínio) da natureza e se economiza muita
energia no processo de produção‖, salienta o
gerente de política ambiental da Secretaria de
Ciência Tecnologia e Meio Ambiente de
Pernambuco (Sectma).
Os números são impactantes. Um quilo de
alumínio reciclado equivale a cinco quilos do
minério, que não é renovável. Para produzir uma
tonelada de latas são necessários 750 kWh,
enquanto a mesma quantidade produzida com
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alumínio primário gasta 17.600 kWh. Ou seja, a
reciclagem da latinha também proporciona uma
economia de 95% de energia elétrica. Isso seria
suficiente, por exemplo, para manter ligado um
aparelho de TV durante três horas ou uma
lâmpada de 100 watts por 20 horas. [...]
Considerando o ciclo de vida das
embalagens, a lata de alumínio para bebidas é
uma das que levam menos tempo para ser
reciclada e voltar para as prateleiras dos
supermercados. Em média, são apenas 30 dias.
Até chegar à indústria, no entanto, a latinha passa
por várias mãos. Nas ruas e lixões ou nos
condomínios e bares, ela é disputada por
catadores [...].
O material é juntado em poucos quilos e
vendido nas associações que comercializam o
metal ou para deposeiros. ―Os deposeiros
vendem as latinhas para comerciantes de
alumínio, também chamados de atravessadores,
em um volume maior, que ultrapassa os 100 kg‖,
explica um dos coordenadores do Movimento
Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis
do Norte/Nordeste.
1. Pela leitura do texto, pode-se inferir que o título
(Prata do lixo) NÃO diz respeito ao fato de a(o)
(A) palavra prata poder representar dinheiro.
(B) lata ser reaproveitada, mesmo depois de
descartada no lixo.
(C) alumínio ser prateado.
(D) nome prata se referir a material nobre.
(E) material de que são feitas as latas de lixo ser
prateado.
2. Conforme o primeiro parágrafo do texto, a
latinha de
alumínio NÃO pode ser
(A) acusada de causar poluição.
(B) considerada lucrativa.
(C) transformada em outra, idêntica a ela.
(D) reciclada mais de uma vez.
(E) totalmente reaproveitada.
3. A afirmativa ―Os números são impactantes.‖ (L.
14) é feita porque o(a)
(A) gasto de energia é muito menor para refazer
uma lata do que para fazer uma lata
completamente nova.
(B) tempo de reciclagem de uma tonelada de
latas equivale ao gasto de uma lâmpada de 100
watts.
(C) produção de latas a partir de minério é mais
vantajosa do que sua produção com material
reciclável.
(D) produção de latas proporciona economia de
energia elétrica gasta pelas televisões.
(E) energia gasta pela indústria das latas de
alumínio é
sempre muito grande.
4. Observe as palavras à esquerda, retiradas do
texto, e verifique se elas se referem à palavra ou
às expressões à sua direita, apresentadas a
seguir.
I – ―Assim‖ (L. 2) – um negócio sustentável
II – ―minério‖ (L. 15) – alumínio
III – ―Isso‖ (L. 21) – 750 kWh
IV – ―ela‖ (L. 30) – a latinha
Estão corretas APENAS as referências
(A) I e II. (B) I e IV. (C) II e III.
(D) II e IV. (E) III e IV.
5. De acordo com o contexto em que está usada,
a palavra ―salienta‖ (L. 11) significa
(A) enaltece. (B) retifica. (C) diz. (D) destaca. (E)
descreve.
6. O verbo virar foi usado da mesma maneira que
em ―...vira dinheiro.‖ (L. 6) em
(A) O pintor tropeça e vira a lata de tinta.
(B) O mar, que estava de ressaca, virou o barco.
(C) O petróleo, depois de devidamente
processado, vira gasolina.
(D) O mecânico, quando faz uma boa revisão,
vira o carro do avesso.
(E) Os policiais viraram todo o carro à procura de
novas pistas.
7. Indique a única frase em que o verbo está
flexionado
corretamente.
(A) 95% das televisões está diariamente em uso
no país.
(B) Para o consumo industrial,17.578 watts não
representa nada.
(C) Considera-se que até mesmo 1% de
economia de água é bom para a Terra.
(D) A imprensa noticia que menos de 10% dos
cidadãos se preocupa com o meio ambiente. (E) Milhares de árvores da Floresta Amazônica é abatida mensalmente.
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ESTRUTURA DA ORAÇÃO, ESTRUTURA DO PERÍODO,
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO E PREDICATIVO
Sujeito: é o termo que exprime o ser a respeito
do qual se declara ou se indaga alguma coisa.
Predicado: é aquilo que se declara a respeito do
sujeito. Em sua formação é obrigatória a
presença de um verbo ou locução verbal.
TIPOS DE SUJEITO
Os sujeitos podem ser determinados ou
indeterminados. Há ainda orações que não têm
sujeito.
SUJEITO SIMPLES
Apresenta apenas um núcleo.
João comeu uma fruta.
SUJEITO COMPOSTO
Apresenta mais de um núcleo.
O menino e o pai são unidos.
Obs: Nem sempre há necessidade de explicitar o
sujeito de uma oração, seja porque já figura numa
oração contígua, seja porque a desinência do
verbo claramente o indica. Diz-se, então, que o
sujeito está elíptico, ou oculto por elipse.
Estou sozinho. Saímos com Ana.
SUJEITO INDETERMINADO
Ocorre quando não se quer ou não se pode
identificar a quem claramente o predicado da
oração se refere. Há duas maneiras de se
identificar o sujeito de uma oração:
A) o verbo é colocado na 3ª pessoa do plural,
sem referência a nenhum termo identificado
anteriormente, nem aos pronomes ―eles‖ ou
―elas‖.
Telefonaram para você hoje de manhã..
B) o verbo surge acompanhado do pronome
―se‖, que atua como índice de indeterminação do
sujeito. Essa construção ocorre com verbos que
não apresentam complemento direto - VERBOS
INTRANSITIVOS, TRANSITIVOS INDIRETOS E
DE LIGAÇÃO . O verbo obrigatoriamente fica na
terceira pessoa do singular.
Vive-se melhor nas cidades pequenas.
Precisa-se de professores competentes.
Tratava-se de questões delicadas.
Em nossa terra não se vive senão de política.
SUJEITO INEXISTENTE
Ocorre com verbos impessoais. São eles:
A) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Anoiteceu calmamente ontem.
Obs: Quando usados de forma figurada, esses
verbos podem ter sujeito determinado:
Trovejei raiva para todos os lados.
B) Os verbos estar, fazer, haver e ser nas frases
em que se relacionam com a expressão de
tempo ou fenômeno natural:
Está cedo.
Já é tarde.
Faz meses que não o vimos.
O verbo ser , em alguns casos, concorda na 3ª
pessoa do plural, fato que não altera a sua
impessoalidade.
São duas horas.
Daqui até em casa são sete quilômetros.
C) O verbo haver, quando exprime existência ou
acontecimento:
Há boas notícias para você.
Deve ter havido muitos episódios naquela
viagem.
O verbo HAVER (no sentido de existir) e outros
impessoais transmitem a impessoalidade aos
verbos que, com eles, formam locução verbal.
Não possuem sujeito, então, as orações abaixo:
Deve haver um problema.
Vai chover à tarde.
Pode fazer cinco anos que não chove.
Há de haver fatos.
Mantêm-se sempre na 3ª pessoa do singular.
Muitas outras construções há que ocorrem sem
sujeito possível.
Aqui não está bom. Vai para 4 anos que ele
viajou.
Onde lhe dói? Passa das seis horas.
TIPOS DE PREDICADO
Os predicados podem ter como núcleo um verbo
ou um nome. Há também predicados que têm um
verbo e um nome como núcleos ao mesmo
tempo.
PREDICADO VERBAL: o núcleo é sempre um
verbo.
Os estudantes participaram das manifestações.
Nada mais podia ser feito naquela situação.
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PREDICADO NOMINAL: o núcleo é um nome
ligado ao sujeito por um verbo de ligação. O
núcleo do predicado nominal é o predicativo do
sujeito.
A vida é frágil.
Nós permanecemos quietos.
PREDICADO VERBO-NOMINAL: os núcleos são
dois: um verbo e um nome predicativo que pode
referir-se ao sujeito ou a um complemento verbal.
Os excursionistas voltaram exaustos.
Consideramos inaceitável a proposta.
Casos de predicado verbo-nominal:
Verbo intransitivo + predicativo do sujeito:
Ela viajou insatisfeita.
Verbo transitivo direto + predicativo do sujeito:
Ela comprou um carro endividada.
Verbo transitivo indireto + predicativo do sujeito:
Mônica assistia a tudo impaciente.
Verbo transitivo direto + predicativo do objeto:
Ela considerou o carro bonito.
PREDICATIVO
Termo que, através de um verbo de ligação,
relaciona-se ao sujeito ou ao objeto da oração
atribuindo-lhes uma qualidade, uma característica
ou um estado.
A viagem foi monótona.
Alguns participantes permaneciam calmos.
O medo torna covardes os homens.
O professor conversou com o nervoso aluno.
QUANTO À ANÁLISE DO PREDICATIVO:
a) Às vezes, o verbo de ligação pode estar
oculto na oração.
Os atletas terminaram a corrida (e estavam)
exaustos.
b) Quando se tratar de predicativo do objeto,
note que nem sempre a estrutura da oração
mostra claramente o verbo de ligação.
A vitória deixou famoso o piloto.
Exercícios
1. Há uma inversão na ordem natural dos termos
da oração em:
A) ―Fecha os olhos...‖
B) ―Escuta a água nos vidros...‖
C) ―Não anuncia nada.‖
D) ―Renascerão as cidades submersas?‖.‖
E) ‖Os homens submersos voltarão?‖
2. Até ontem, já ....... duas mil pessoas
desabrigadas em todo o estado, e muitas mais
....... se ........as chuvas torrenciais.
A) existiam - haverá - continuar
B) existiam - haverão - continuarem
C) existia - haverá - continuar
D) existia - haverão - continuarem
E) existiam - haverá - continuarem
3. Explique a diferença que existe entre o
emprego do verbo haver nas orações "Havia
muitas estrelas" e "Haviam contado muitas
estrelas".
Observando essa diferença, empregue o verbo
haver nas orações abaixo, mantendo o mesmo
tempo em que foram construídas as orações
indicadas no item ―a‖:
I - Quando pequenos, ..................................
participado de muitos jogos.
II - No lugar onde construíram aquele conjunto
residencial, ..........................apenas casas
comerciais.
4. Assinale a alternativa correta em relação à
classificação dos predicados das orações abaixo:
I - Todos nós consideramos a sua atitude
infantil.
II - A multidão caminhava pela estrada poeirenta.
III - A criançada continua emocionada.
A) I - predicado verbal, II - predicado nominal, III -
predicado verbo-nominal
B) I - predicado nominal, II - predicado verbal, III -
predicado verbo-nominal
C) I - predicado verbo-nominal, II - predicado
verbal, III - predicado nominal
D) I - predicado verbo-nominal, II - predicado
nominal, III - predicado verbal
E) I - predicado nominal, II - predicado verbal, III -
predicado nominal
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Os termos integrantes da oração são os
complementos verbais (objeto direto e indireto), o
complemento nominal e o agente da passiva.
COMPLEMENTOS VERBAIS
Há dois tipos de complementos verbais: o objeto
direto e o objeto indireto.
OBJETO DIRETO
É o termo da oração que, sem a presença de
preposição, relaciona-se a um verbo transitivo
direto, complementando-lhe o sentido e servindo
de receptor do processo verbal.
Características:
1) O objeto direto não apresenta preposição.
Muitos torcedores vaiaram o goleiro.
2) A oração que tem objeto direto admite a
passagem para a voz passiva analítica.
Todos discutiram o acordo. (voz ativa)
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O acordo foi discutido por todos. (voz passiva
analítica)
3) Os pronomes O, A, OS, AS atuam como
objetos diretos, ou seja, complementos de
verbos transitivos diretos.
Comuniquei minhas conclusões aos colegas
presentes.
Comuniquei- as aos colegas presentes
(objeto direto)
Avisei os presentes.
Avisei- os .
(objeto direto)
OBJETO INDIRETO
É o termo da oração que, por intermédio de
preposição, relaciona-se a um verbo transitivo
indireto, complementando-lhe o sentido e
servindo de receptor do processo verbal.
Características:
1) O objeto indireto sempre é iniciado por
preposição.
Algumas pessoas desconfiaram da situação.
Elas precisam de você.
2) Os pronomes lHE, lHES atuam, geralmente
como objetos indiretos.
Comuniquei-lhes minhas conclusões.
Todos lhe obedecem.
Contei-lhe o segredo.
OBS: Os pronomes me, te, se, nos e vos podem
atuar como objetos diretos ou indiretos, de acordo
com a transitividade verbal.
Elegeram-me representante da classe.
(O.D)
Mostraram-me um mundo inusitado.
(=Mostraram a mim)
(O.I)
Isto te pertence. (=Isto pertence a ti)
(O. I)
Ele nos chama. (=Ele chama por nós)
(O.D)
COMPLEMENTO NOMINAL
Característica:
1) Relaciona-se ao nome que ele completa
sempre através de uma preposição.
Faça uma cuidadosa leitura do texto.
Há um amigo descontente com nossa atitude.
Tenho confiança em Deus.
O complemento nominal não se relaciona
diretamente com o verbo da oração, e sim com
um nome que pode desempenhar as mais
diversas funções.
A preservação da biodiversidade é necessária
às gerações futuras.
- núcleo do sujeito: preservação
- complemento nominal: da biodiversidade
- núcleo do predicativo do sujeito: necessária
- complemento nominal: às futuras gerações.
O pronome oblíquo LHE pode atuar como
complemento nominal:
Tenho-lhe uma justificada admiração.
(Tenho uma justificada admiração por você)
Exercícios
05. Nos períodos abaixo, dê a função sintática
dos pronomes oblíquos destacados:
A) Nós o elogiamos.
________________________________________
B) Eu lhe agradeci bastante.
________________________________________
C) João me persegue todos os dias.
________________________________________
D) Confie em mim.
________________________________________
E) Joana olhou-se no espelho.
________________________________________
06. Sublinhe os complementos nominais:
A) O homem tinha medo das trovoadas.
B) Ninguém está contente com a sua sorte.
C) A moça tem muita disposição para a
matemática.
D) Há silêncio relativamente àquela denúncia.
E) O telefone tornou-se indispensável ao
homem moderno.
AGENTE DA PASSIVA
Característica:
É o elemento que pratica a ação verbal quando
a frase está na voz passiva. Em geral, o agente
da passiva apresenta a preposição pelo e mais
raramente a preposição de.
O armazém foi destruído por um incêndio.
AS VOZES VERBAIS
Há três vozes verbais: a voz ativa, a passiva e a
reflexiva. Na voz ativa, o sujeito é, normalmente,
o agente do processo verbal. Na voz passiva, o
sujeito é o paciente do processo verbal. Na
reflexiva, o sujeito age sobre si mesmo, sendo ao
mesmo tempo agente e paciente do processo
verbal.
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Ao lado dessa forma de voz passiva analítica
(formada com um verbo auxiliar), está a passiva
sintética.
A voz passiva sintética (ou pronominal ou
reflexiva) não é acompanhada do
complemento de agente, como acontece na
construção passiva com auxiliar + particípio. Ela
tem como ponto de partida uma oração na voz
ativa cujo sujeito está indeterminado. Para formá-
la, utiliza-se o pronome se , que recebe o nome
de pronome apassivador ou partícula
apassivadora.
O verbo na voz passiva sintética concorda em
número e pessoa com o sujeito da oração:
Vendeu-se aquela casa. / Venderam-se aquelas
casas.
Divulgou-se o resultado. / Divulgaram-se os
resultados.
Frases como:
“A adolescente recebeu uma agressão” / “O
homem recebeu um tapa” , apresentam-se na voz
ativa. Apenas os verbos transmitem idéia de
passividade. Lembre-se de que a voz passiva
aparece ou na forma sintética (VTD+se;
VTDI+se) ou na analítica (verbo auxiliar +
particípio do verbo principal)
Não confunda o predicado nominal com o
predicado verbal na voz passiva:
a. A casa está destruída. (Predicado nominal – o
verbo exprime estado e é de ligação. Logo,
destruída é um predicativo do sujeito).
b. A casa foi destruída. (Predicado verbal – o
verbo exprime ação, fato ocorrido a casa, além de
caracterizar a voz passiva analítica).
TERMOS ACESSÓRIOS E O VOCATIVO
ADJUNTO ADVERBIAL
O adjunto adverbial é representado por um
advérbio, uma locução adverbial ou uma
expressão adverbial.
Algumas circunstâncias expressas pelos adjuntos
adverbiais:
. AFIRMAÇÃO: Sim, efetivamente estive lá.
. DÚVIDA: Talvez a vida melhore.
. FIM, FINALIDADE: Prepararam-se para o
exame.
. MEIO: Viajei de trem.
. COMPANHIA: Foi acampar com alguns
amigos.
. INSTRUMENTO: Os astronautas agarraram o
satélite com as próprias mãos.
. INTENSIDADE: Tem sido uma crise bastante
prolongada.
. LUGAR: Vou à praia. Estou no meu quarto.
. MODO: Agiu com determinação. Receberam-
nos afetuosamente.
. NEGAÇÃO: Não se fazem certas coisas.
. TEMPO: A repartição funciona das 8h às 11h.
Partiram em janeiro.
ADJUNTO ADNOMINAL (PLANA)
É o termo que caracteriza um substantivo sem a
intermediação de um verbo. É representado por
PRONOMES ADJETIVOS, LOCUÇÃO
ADJETIVAS ADJETIVOS, NUMERAIS e
ARTIGOS,.
Peguei seu óculos, mas não o perdi.
Ela possui uma língua de víbora.
O homem sofre com a dor de fígado.
PRONOMES ÁTONOS COMO ADJUNTOS
ADNOMINAIS
Os pronomes átonos podem funcionar na frase
com o valor de possessivos. Em tal caso são
analisados como adjuntos adnominais dos
substantivos a que se referem.
Levaram-me o dinheiro. (meu dinheiro)
Não lhe conheço os defeitos. (seus defeitos)
Corrigiu-nos os erros. (nossos erros)
A bebida anulou-me a razão. (minha razão)
A mulher acariciou-lhe a face. (a face dele)
Ninguém lhe ouvia as rezas. (as rezas dele).
APOSTO
A função do aposto é explicar, esclarecer,
identificar de maneira mais exata ou resumir um
nome da oração ao qual ele se refere.
O aposto é empregado principalmente para:
A. Explicar um termo anterior
Petrópolis, cidade carioca, é muito bonita.
B. Enumerar um termo anterior.
Um outro país está fora da Copa do Mundo de
Futebol: a Argentina.
C. Resumir um termo anterior
Primos, tios, padrinhos, todos compareceram.
D. Especificar um termo anterior
O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo.
VOCATIVO
Vocativo é o termo da oração usado para
chamar, pelo nome, apelido, característica, o ser
com quem se fala. Na escrita, o vocativo aparece
sempre isolado por vírgulas.
Amigo, venha visitar-me no próximo domingo.
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Senhor presidente, pedimos que se
comporte de forma condizente com a
importância de seu cargo.
DIFERENÇAS ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL
E COMPLEMENTO NOMINAL
ADJUNTO ADNOMINAL
Somente se refere a SUBSTANTIVOS (concretos
e abstratos);
É o agente da ação expressa pelo nome;
Pode indicar posse ou possuidor.
COMPLEMENTO NOMINAL
Somente se refere a SUBSTANTIVOS
ABSTRATOS, ADJETIVOS e a
ADVÉRBIOS.
É o paciente da ação expressa pelo nome.
NUNCA indica posse ou possuidor.
Exercícios
07. Classifique as locuções abaixo sublinhadas
em adjunto adnominal (AA) ou em complemento
nominal (CN), colocando entre parênteses a sua
resposta:
( ) A ofensa do torcedor irritou o juiz.
( ) As ondas do mar atingirão a costa.
( ) A invasão da floresta ocorreu em abril último.
( ) A casa de João desapareceu do mapa.
( ) Eu estava a favor, contrariamente a todos.
( ) A terra dos indígenas foi demarcada.
( ) Voltei ao banco, que estava cheio de
policiais.
( ) A apresentação dos documentos é
necessária.
( ) O conserto da rua foi aprovado pelo
prefeito.
( ) Ela agiu contrariamente à vontade do grupo.
( ) A intervenção do cantor foi inesperada.
( ) A moça perdeu a carteira de identidade.
( ) A confiança nos irmãos ajudou-o a sair do
buraco.
( ) A confiança dos irmãos ajudou-o a sair do
buraco.
( ) Um oficial de justiça veio procurá-lo.
( ) Aquele homem era o rei da mentira.
( ) Encontraram vários pacotes de dinheiro.
Exercícios
08. Na passagem "Serve-se comida natural",
quanto à voz do verbo e à função da palavra
SE, temos, respectivamente:
A) voz reflexiva e pronome reflexivo.
B) voz ativa e índice de indeterminação do
sujeito.
C) voz reflexiva e pronome apassivador.
D) voz ativa e pronome reflexivo
E) voz passiva e pronome apassivador.
09. Assinale a frase que não está na voz
passiva.
A) O atleta foi estrondosamente aclamado.
B) Serve-se comida natural.
C) Fizeram-se apenas os reparos mais
urgentes.
D) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.
E) Entreolharam-se agressivamente os dois
competidores.
10. ―Só assim evitar-se-ia que as crises,
nacional e mundial, se transformassem em
drama coletivo de grandes proporções.‖ As
vírgulas, no segmento acima, ocorrem porque
separam (A) aposto. (D) vocativo. (B) oração coordenada. (E) sujeitos.
(C) complementos.
11. A função sintática (entre parênteses)
corresponde à palavra ou expressão destacada,
EXCETO em
(A) ―...morava na Rua da União, Bairro da Boa
Vista.‖ (aposto)
(B) ―a casa de meu avô era a última...‖
(predicativo)
(C) ―na funda ribanceira, corria o rio,‖ (sujeito)
(D) ―marcando com toquinhos de pau o
progresso das
águas...‖ (objeto direto)
(E) ―que entrava a esmagar o milho verde
cozido...‖ (adjunto adverbial de modo)
12. O termo da oração em destaque está
identificado de acordo com a sintaxe em
(A) ―Cantavam tristes,‖ – adjunto adverbial de
modo
(B) ―De manhã, chegavam ao mercado do
peixe...‖ –
adjunto adverbial de lugar
(C) ―Viam-se cercados pelos fregueses.‖ –
objeto
indireto
(D) ―Vinham cozinheiras, homens de
importância da
terra,‖ – núcleos do sujeito composto
(E) ―Pareciam quietos, de noite bem dormida,‖ –
objeto direto
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Sintaxe do Período
Antes de se iniciar esse assunto, vale ressaltar
que período é uma frase organizada em uma ou
mais orações e terá tantas orações quanto for o
número de verbos ou locuções verbais.
Período Simples : é aquele formado por
apenas uma oração.
Período Composto: é aquele formado por duas
ou mais orações.
CLASSIFICAÇÃO
As relações que se estabelecem entre as
orações do período composto são de três tipos:
Subordinação: relação que liga uma oração
principal a uma ou mais de uma oração
subordinada.
Coordenação: relação entre orações
independentes, do mesmo valor.
Coordenação e Subordinação: relação entre
orações subordinadas e coordenadas entre si.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
As orações subordinadas podem ser:
SUBSTANTIVAS: exercem função de
substantivo.
Ele admitiu que foi derrotado
(a) (b)
(a) Oração principal
(b) Oração subordinada – desempenha a função
de objeto direto da oração anterior.
ADJETIVAS : exercem função de adjetivo.
A mulher que trabalha é independente.
(a) (b)
(a)
Oração principal
Oração subordinada (= adjunto adnominal)
ADVERBIAIS : exercem função de advérbio.
Viajamos quando podemos.
(a) (b)
(a) Oração principal
(b) Oração subordinada (= adjunto adverbial)
ORAÇÕES SUBORDINADAS
SUBSTANTIVAS
Apresentam o valor de um substantivo e,
sintaticamente, a função de sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal,
predicativo do sujeito e aposto. Elas podem
apresentar-se em forma desenvolvida ou
reduzida de infinitivo.
Para mais fácil reconhecimento da função
sintática de uma oração substantiva, podemos
substituí-la pelo pronome demonstrativo ISTO: a
função que couber ao pronome indicará a
função exercida pela oração.
CLASSIFICAÇÃO
SUBJETIVAS
Toda vez que a oração principal apresentar os
casos abaixo, a oração subordinada substantiva
será subjetiva:
1. Verbo de ligação + predicativo;
2. Verbo unipessoal (constar, parecer,
convir, interessar, etc.);
3. Verbo na voz passiva.
É conveniente que você regresse.
No relatório consta que ele faltou.
Foi divulgado que você retornaria.
OBJETIVAS DIRETAS
A oração desempenha função de objeto direto.
A prefeitura exigiu que tudo fosse pago.
Veja se ele está bem de saúde.
OBJETIVAS INDIRETAS
A oração desempenha função de objeto indireto.
Seus amigos confiam em que você vença.
Aconselha-o a que trabalhe mais.
COMPLETIVAS NOMINAIS
Possuem a função de complemento nominal de
um substantivo ou adjetivo da oração principal.
Estava ansioso por que voltasses.
Sou favorável a que o prendam.
PREDICATIVAS
Exercem função de predicativo do sujeito da
oração principal.
Nossa preocupação era que chovesse.
O fato é que eles não trabalham.
APOSITIVAS
Servem de aposto.
Só desejo uma coisa: que sejam felizes.
_______________________________________
Exercícios
01.Classifique as orações subordinadas
substantivas de acordo com o seguinte código:
S – subjetiva
OD – objetiva direta
_____ O rei berrou que estava cheio dos
sermões da rainha.
_____Convém que você fuja imediatamente.
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_____Conta-se que naquela torre habita uma
bruxa.
_____Contam que naquela torre habita uma
bruxa.
_____É provável que ele chegue ainda hoje.
_____Parece que eles chegaram à cidade.
_____Ela afirmou categoricamente que o
episódio não era verdadeiro.
_____Comenta-se que poucos foram
reprovados.
02. Anteponha aos períodos OI quando houver
oração substantiva objetiva indireta e CN se
ocorrer completiva nominal.
_____Tenho a certeza de que um amigo irá
ajudá-la muito.
_____Joana agarrava-se loucamente à
esperança de que Dedé haveria de voltar.
_____Eles agora se convenceram de que o
estudo é indispensável.
03. Assinale a alternativa cuja oração é
predicativa:
A) É claro que eles não virão.
B) Acontece que ela sumiu.
C) Sabe-se que a notícia não é verdadeira.
D) Parece que tudo mudou.
E) O certo foi que tudo morreu.
04. Assinale o único item em que a oração
sublinhada não exerce a mesma função.
A) Ignora-se como se deu o acontecimento.
B) Argumenta-se que o país não tem tecnologia
competitiva.
C) Já se percebia que o tempo estava nublado.
D) Esqueça-se de que ainda há problemas.
E) Sabia-se que seria impossível a vitória da
seleção do Chile.
05. Em ―É possível que comunicasses sobre
política‖, a segunda oração é:
A) subordinada substantiva objetiva direta.
B) subordinada substantiva predicativa.
C) subordinada substantiva apositiva.
D) subordinada substantiva subjetiva.
E) principal.
06. Classifique a oração subordinada nessa
passagem de Drummond: ―Meu pai dizia que os
amigos são para as ocasiões‖.
A) subordinada substantiva objetiva indireta
B) subordinada substantiva objetiva direta
C) subordinada substantiva completiva nominal
D) subordinada substantiva predicativa
E) subordinada substantiva conclusiva.
07. Na frase: ―Suponho que nunca teria visto
um homem‖, a subordinada é:
A) substantiva predicativa
B) substantiva completiva nominal
C) substantiva objetiva direta
D) substantiva subjetiva
E) substantiva apositiva
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Apresentam o valor de um adjetivo, pois quase
sempre modificam um termo antecedente a elas.
Funcionam, sintaticamente, como adjunto
adnominal e, às vezes, como se fossem um
aposto explicativo.
CLASSIFICAÇÃO
EXPLICATIVAS
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o
termo antecedente, atribuindo-lhe uma
qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-
lhe uma informação. Na escrita, a adjetiva
explicativa é sempre isolada por vírgulas.
Deus, que é bom, perdoa sempre.
A casa, cujo dono viajou, foi vendida.
RESTRITIVAS
Não aparece isolada por vírgulas e serve para
restringir o sentido de seu antecedente.
O homem que trabalha é útil à sociedade.
Pedra que rola não cria limo.
Exercícios
08. Ponha as orações adjetivas entre colchetes
e escreva E para explicativas e R para
restritivas:
_____A mãe, que era surda, estava na sala com
ela.
_____Ela reparou nas roupas curiosas que as
crianças usavam.
_____Ele próprio desculpou a irritação com que
lhe falei.
_____É preciso gozarmos a vida, que é breve.
_____Tem nas faces o branco das areias com
que lhe falei.
_____Esse professor de que falo era um homem
magro e triste.
_____Onde está a vela do veleiro que o mar
engoliu?
_____ Era a máquina mais complicada que ele
conhecia.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
As orações subordinadas adverbiais exercem a
função de adjunto adverbial em relação à oração
principal de que dependem. Normalmente, são
introduzidas pelas seguintes conjunções e
locuções conjuntivas:
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CONJUNÇÕES:
CAUSAIS: porque, visto que, já que, como, etc.
CONCESSIVAS: embora, conquanto, ainda que,
mesmo que, posto que, por mais que, por
menos que, se bem que, nem que, etc.
CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto
que, a menos que, etc.
COMPARATIVAS: tal como, como, quanto
(mais...) do que, (menos...) do que, (tanto)
quanto, etc.
CONFORMATIVAS: como, conforme, segundo,
consoante.
CONSECUTIVAS: que (precedido de tal, tão,
tanto, tamanho), de sorte que, de maneira que,
de modo que, sem que, etc.
FINAIS: a fim de que, para que, que (=para
que).
PROPORCIONAIS: à proporção que, ao passo
que, à medida que, quanto mais, etc.
TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que,
assim que, depois que, até que, mal (= logo
que), etc.
As orações subordinadas adverbiais classificam-
se de acordo com a circunstância que
exprimem, e essas circunstâncias recebem os
mesmos nomes das conjunções e locuções
conjuntivas subordinativas acima
esquematizadas.
São elas:
CAUSAL
Indica o motivo determinante da realização ou
não-realização do que se declara na oração
principal:
As ruas foram alagadas porque o rio
transbordou.
Como não se planejou a obra, os trabalhos
falharam.
CONCESSIVA
Expressa um fato que poderia opor-se à
realização de outro fato principal, mas que não
influenciará no cumprimento deste.
Josefa vestia-se bem, embora fosse pobre.
Beba, nem que seja um pouco.
CONDICIONAL
Apresenta a circunstância de que depende a
realização do fato principal. Tais orações devem
expressar:
Um fato de realização impossível:
Se eu tivesse dinheiro, comprar-lhe-ia uma
casa.
Um fato cuja realização é possível,
provável ou desejável.
Se você não vier, ficaremos tristes.
Desejo, esperança, pesar:
Se a gente for mais humano, o mundo será
melhor.
Se a gente não envelhecesse...
COMPARATIVA
Contém fato ou ser comparado a fato ou ser
mencionado na oração principal. A conjunção
mais empregada é como; além dela, utilizam-se
com muita freqüência as estruturas tão...como,
mais (do) que, menos (do) que.
Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo
vento.
Sua disposição é tão mole como uma papa.
Obs: É freqüente, nas orações comparativas, a
omissão de verbo que já apareceu na oração
principal:
Ninguém o conhece melhor do que eu (o
conheço).
CONFORMATIVA
Esse tipo de oração traduz a conformidade de
um pensamento com o pensamento contido na
oração principal.
As coisas não são como dizem.
Fiz o bolo como ensina a receita.
Como se costuma fazer nesses casos, o pai
levou a filha à igreja.
CONSECUTIVA
A oração consecutiva exprime o resultado de
uma ação intensificada na oração principal. Em
seu tipo mais característico apresenta-se
encabeçada pela conjunção "que" precedida
das partículas de intensidade tão, tal, tanto,
tamanho - algumas vezes subentendidas.
Minha mão tremia tanto que mal podia escrever.
Ontem estive doente, de sorte que não saí.
FINAL
Indica a finalidade daquilo que se declarou na
oração principal.
Afastou-se depressa para que não o víssemos.
Forçaram a porta para conseguir sair.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
PROPORCIONAL
Denota aumento ou diminuição que se faz
paralelamente, no mesmo sentido ou em sentido
contrário, a outro aumento ou diminuição.
À medida que se vive, mais se aprende.
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À proporção que subíamos, o ar ia ficando
rarefeito.
TEMPORAL
Traz à cena um acontecimento ocorrido antes
de outro, depois de outro, ou ao mesmo tempo
que outro.
Venha somente quando quiser.
Desde que o mundo existe, sempre houve
guerras.
Não devemos falar enquanto comemos.
Exercícios
09. Analise a sentença:
―Quem repete o verbete falso é porque copiou,
por mais que o disfarce.‖
A idéia concessiva de por mais que só NÃO se
mantém se essa expressão for substituída por
(A) embora.
(B) conquanto.
(C) contanto que.
(D) mesmo que.
(E) ainda que .
10. ―As emoções são tão inerentes ao ser que,
segundo alguns estudiosos, estão inscritas no
nosso patrimônio genético.‖
A segunda oração do período destacado, em
relação à primeira, expressa, sintaticamente,
(A) causa. (B) tempo. (C)
explicação.
(D) conseqüência. (E) concessão.
11. A circunstância indicada pelo trecho
destacado não está adequada em:
A) Como se vê, a pesquisa do Dr. Zisman é
muito importante. (conformação)
B) Os bebês são considerados pigmeus, desde
que não apresentem três quilos de peso.
(condição)
C) Os bebês são tão pequenos, que são
considerados pigmeus. (conseqüência)
D) Caso eu saiba a causa do seu choro, eu lhe
darei atenção. (causa)
E) Ainda que sejamos um país subdesenvolvido,
não podemos aceitar que nasçam tantas
crianças subnutridas. (concessão)
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
No período composto por coordenação as
orações não têm função sintática. Na
coordenação, ligam-se orações com o mesmo
valor.
Conforme a natureza das relações que as ligam,
as orações independentes coordenadas
classificam-se da mesma forma pela qual se
classificam as conjunções coordenativas:
ADITIVAS: e, nem, mas também, etc.
ADVERSATIVAS: mas, porém, todavia,
contudo, entretanto, ao passo que, não
obstante, etc.
ALTERNATIVAS: ou, ou....ou, ora...ora, já...já,
quer....quer, etc.
CONCLUSIVAS: logo, portanto, por isso, pois
(após o verbo), etc.
EXPLICATIVAS: que , porque, porquanto, pois
(antes do verbo), etc.
As orações coordenadas podem apresentar-se
com conjunção (sindéticas) ou sem conjunção
(assindéticas). As coordenadas sindéticas
podem ser:
ADITIVAS: exprimem soma de idéias.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
Parou e pensou.
ADVERSATIVAS: revelam oposição, ressalva,
contraste de idéias.
Muito já foi prometido, mas pouco foi feito.
A cidade não é bonita, contudo agrada.
ALTERNATIVAS: revelam idéias que se
alternam ou se excluem.
Ou você corre ou abandona a corrida.
CONCLUSIVAS: revelam a conclusão de um
raciocínio.
As árvores balançam, logo está ventando.
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.
EXPLICATIVAS: revelam uma justificativa para
ordem ou hipótese contidas na oração anterior.
Não dirija bêbado, pois pode se matar.
Não o perturbe, que ela precisa trabalhar.
Exercícios
12. Numere as frases de acordo com o valor das conjunções coordenativas:
( 1 ) adição
( 2 ) contraste
( 3 ) alternância, alternativa
( 4 ) conclusão
( 5 ) explicação, motivo
( ) Fui à escola, no entanto, não prestei atenção nas explicações.
( ) Ora como fastfood, ora me alimento bem.
( ) Apressa-te, que o tempo é pouco.
( ) Não fui à escola nem joguei bola.
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( ) Aquele medicamento é tarja preta, logo, deve ser vendido somente com receita.
13. No trecho: ―Um romance, pois, pode
começar como o autor quiser‖, a palavra
destacada:
A) tem sentido explicativo e pode ser substituída
por porque
B) tem sentido adversativo e pode ser
substituída por mas
C) tem sentido conclusivo e pode ser substituída
por portanto
D) tem sentido explicativo e pode ser substituída
por mas também
E) tem sentido conclusivo e pode ser substituída
por todavia
14. ―Porém aquele que fala, mal ou bem, sempre
fala de si mesmo.‖
Por qual conector a conjunção destacada acima
pode ser substituída sem que haja alteração de
sentido?
(A) Logo. (B) Pois. (C)
Entretanto.
(D) Porquanto. (E) Quando.
15. Qual palavra pode substituir a destacada em
―Portanto, para aumentar a nossa
sabedoria,‖sem que haja alteração de sentido,
quanto à argumentação original?
(A) Porquanto. (B) Contudo. (C) Entretanto.
(D) Assim. (E) Conquanto.
PRÁTICA DE TEXTO
INEP 2008
Leia o texto a seguir, para responder às
questões de nos 1 a 10.
Infância e sabedoria
Hoje vi uma senhora caminhando na rua. Ia
com seu passo vagaroso, um pouquinho curvada,
os cabelos brancos como que coroando a cabeça
pequena.
Diminuí o ritmo de meus passos para poder
observá-la um pouco mais por trás, aquela figura
frágil, e que contrastava com a ―modernidade‖ e a
agitação de tudo à volta.
À medida que ia ultrapassando aquela
senhora, tomando cuidado para manter distância
suficiente para
observá-la, fui ficando cada vez mais encantado.
Seu semblante era absolutamente sereno. O
olhar firme no horizonte e o princípio de sorriso
nos lábios me instigaram ainda mais, a ponto de
eu indelicadamente permanecer olhando.
Percebendo meu interesse, ela se voltou para
mim e me fitou com seus olhos claros e
profundos. Então sorriu de verdade, um sorriso
luminoso, contagiante.
Sem saber o que fazer, disse ―bom dia‖, no
que fui prontamente correspondido pela senhora,
que imediatamente voltou a mirar seu caminho e
a segui-lo, firme e já não tão forte assim, mas
com a segurança de quem sabe de onde veio e
para onde vai, com toda a experiência dos anos a
apoiá-la.
Fiquei a imaginar a vida daquela mulher,
todas as suas lutas e experiências passadas,
tudo o que tinha vivenciado para chegar ali,
passando dos 80 anos, segura e confiante, rumo
ao caminho que se lhe abria à
frente.
Foi então que, meio sem saber por qual
razão, me lembrei das crianças. Ou melhor, da
importância e da necessidade de ser criança. Daí
a recordar o texto denominado ―Tudo o que eu
precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖,
do escritor Robert Fulghum, foi um instante. Não
conheço mais nada desse autor, apenas o texto
do qual me lembrei. Mas é um texto que me
enternece porque boa parte do que
verdadeiramente importa na vida está ali, nos
anos mais tenros de nossas vidas. Sempre
esteve; a gente é que não percebe.
Eis o texto. Vale a pena lê-lo:
―A maior parte do que eu realmente precisava
saber sobre viver e o que fazer e como ser, eu
aprendi no jardim da infância. Na verdade, a
sabedoria não está lá no alto morro da faculdade,
mas sim bem ali, na caixa de areia da escolinha.
As coisas que aprendi foram estas: reparta
as coisas, jogue limpo, não bata nos outros,
ponha as coisas de volta onde as encontrou,
limpe a bagunça que você fez, não pegue coisas
que não são suas, diga que você sente muito
quando machucou alguém, lave as mãos antes
de comer, puxe a descarga, biscoitos e leite
quentinho fazem bem.
Viva uma vida equilibrada: aprenda um
pouco, pense um pouco, desenhe e pinte e cante
e dance e brinque e trabalhe um pouco todos os
dias.
Tire um cochilo todas as tardes. Quando
você sair por aí, preste atenção no trânsito e
caminhe, de mãos dadas, junto com os outros.
Observe os milagres acontecerem ao seu
redor. Lembre-se do feijãozinho no algodão
molhado, no copinho plástico. As raízes crescem
para baixo e ninguém sabe como ou por quê, mas
todos somos assim.
Peixinhos dourados e porquinhos da Índia e
ratinhos brancos e mesmo o feijãozinho do
copinho plástico —todos morrem. Nós também. E
lembre-se do livro do Joãozinho e Maria e da
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primeira palavra que você aprendeu, sem
perceber.
A maior palavra de todas: OLHE !!!!! Tudo o
que você precisa mesmo saber está aí, em algum
lugar. As regras básicas do convívio humano, o
amor, os princípios de higiene; ecologia, política e
saúde. Pense como o mundo seria melhor se
todos, todo mundo, na hora do lanche tomasse
um copo de leite com biscoitos e depois pegasse
o seu cobertorzinho e tirasse uma soneca.
Ou se tivéssemos uma regra básica, na
nossa nação e em todas as nações, de pôr as
coisas de volta nos lugares onde as encontramos
e de limpar a nossa própria bagunça.
E será sempre verdade, não importa quantos
anos você tenha, se você sair por aí, pelo mundo
afora, o melhor mesmo é poder dar as mãos aos
outros, e caminhar sempre juntos.‖ CAVERSAN,
LUIZ. Disponível em: www.folha.uol.com.br
Acesso em 23 jan.2008.
1. A relação que o narrador estabelece entre a
senhora e o texto ―Tudo o que eu precisava saber
eu aprendi no jardim da infância‖ deve-se à(s)
(A) sua longevidade.
(B) postura que demonstra ter diante da vida.
(C) fragilidade que apresenta, decorrente da
idade.
(D) dificuldade de locomover-se num mundo já
tão conturbado.
(E) lutas travadas e aos sofrimentos passados em
sua vida.
2. O parágrafo do texto narrativo cuja reflexão
despertou, no narrador, a lembrança do texto
―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi no
jardim da infância‖ é o
(A) 1º (B) 2º (C) 4º (D) 5º
(E) 6º
3. Considerando o texto ―Tudo o que eu
precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖,
transcrito pelo autor a partir da linha 40, qual a
relação parágrafo − enfoque do tema que está
INCORRETA?
(A) 3º − a moderação nas atividades da vida
(B) 4º − a formação integral do ser humano
(C) 5º − o alicerce na vida dos seres humanos
(D) 6º − o inevitável na vida
(E) 8º − a universalização dos hábitos
4. Em relação ao décimo parágrafo (segundo do
texto ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi
no jardim da infância‖), a ação que NÃO
corresponde a um sentimento necessário à
formação do ser humano apresenta-se em
(A) ―reparta as coisas‖ − solidariedade
(B) ―jogue limpo‖ − sinceridade
(C) ―não bata nos outros‖ − respeito
(D) ―não pegue coisas que não são suas‖ −
honestidade
(E) ―lave as mãos antes de comer‖ − higiene
5. No texto, ―OLHE!!!!!‖ (l. 67), pelo modo como foi
grafado, equivale, semanticamente, a
(A) distraia-se
(B) vislumbre
(C) deleite-se
(D) aprecie
(E) absorva
6. ―OLHE!!!!!‖ (l. 67), no texto, é ―A maior palavra
de todas‖ porque
(A) assegura uma vida tranqüila.
(B) evita uma abordagem desagradável.
(C) facilita a capacidade de locomoção.
(D) possibilita aquisição de conhecimentos.
(E) previne contra os perigos.
7. NÃO apresentam entre si uma relação de
sentido as seguintes expressões retiradas do
texto ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi
no jardim da infância‖:
(A) ―jardim da infância‖ (l. 42) − ―caixa de areia da
escolinha‖ (l. 43-44)
(B) ―a sabedoria‖ (l. 42) − ―alto morro da
faculdade‖ (l. 43)
(C) ―vida equilibrada‖ (l. 52) − ―o feijãozinho do
copinho plástico‖ (l. 63-64)
(D) ―As raízes crescem para baixo‖ (l. 60) − ―todos
somos assim‖ (l.61)
(E) ―sair por aí‖ (l. 79) − ―caminhar sempre juntos‖
(l. 80-81)
8. Quanto à tipologia textual, qual trecho
destacado corresponde à classificação a ele
atribuída?
(A) ―Ia com seu passo vagaroso, um pouquinho
curvada, os cabelos brancos como que coroando
a cabeça pequena.‖ (l. 1-3) – narrativo
(B) ―O olhar firme no horizonte e o princípio de
sorriso nos lábios me instigaram ainda mais, a
ponto de eu indelicadamente permanecer
olhando.‖ (l. 11-14) – dissertativo
(C) ―Percebendo meu interesse, ela se voltou
para mim e me fitou com seus olhos claros e
profundos.‖ (l. 15-16) – narrativo
(D) ―Sem saber o que fazer, disse ―bom dia‖, no
que fui prontamente correspondido pela senhora,‖
(l. 18-19) –
dissertativo
(E) ―Fiquei a imaginar a vida daquela mulher,
todas as suas lutas e experiências passadas,
tudo o que tinha vivenciado para chegar ali,
passando dos 80 anos, segura e confiante, rumo
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ao caminho que se lhe abria à frente.‖ (l. 24-28) –
narrativo
9. Reescrevendo-se o período ―À medida que ia
ultrapassando aquela senhora, tomando cuidado
para manter distância suficiente para observá-la,
fui ficando cada vez mais encantado.‖ (l. 8-10), o
sentido original mantém-se em
(A) Meu encantamento crescia progressivamente
à proporção que ia ultrapassando aquela
senhora, ao mesmo tempo que tomava cuidado
para manter-me afastado o suficiente para
observá-la.
(B) Fiquei mais encantado quando, ao ultrapassar
aquela senhora, tomando cuidado para manter a
distância necessária, pude observá-la.
(C) À medida que ultrapassava aquela senhora,
meu encantamento aumentava, pois podia
observá-la devido a tomar cuidado para manter a
distância necessária.
(D) Tomava cuidado para manter a distância
necessária para observar aquela senhora, o que
aumentava progressivamente meu encantamento,
à medida que a ultrapassava.
(E) Enquanto ultrapassava aquela senhora, fui
ficando mais encantado por tomar cuidado para
manter a distância necessária para observá-la.
10. No texto, ―Percebendo meu interesse, ela se
voltou para mim e me fitou com seus olhos claros
e profundos.‖ (l. 15-16), a oração reduzida
expressa a idéia de
(A) tempo (B) condição (C) finalidade
(D) concessão (E) conseqüência
GABARITOS DOS EXERCÍCIOS:
SINTAXE DA ORAÇÃO
01.D 02.E 03.-- 04.C 05. OD / OI/ OD / OI / OD 06.-- 07. AA / AA / CN / AA / CN / AA / CN / CN / CN / CN / AA / AA / CN / AA / AA / AA / AA 08.E 09.E 10.A 11.E 12.E
SINTAXE DO PERÍODO
01. OD / S / S / OD / S / S / OD / S 02. CN / OI / OI 03.E 04.D 05.D 06.B 07.C 08. E / R / R / E / R / R / R R 09.C
10.D 11.D 12. (2 – 3 – 5 – 1 – 4 ) 13.C 14.C 15.B PRÁTICA DE TEXTO: 01.B 02.E 03.B 04.E 05.E 06.D 07.C 08.C 09.A 10.A
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Concordância Verbal
REGRAS BÁSICAS
01. O verbo e o sujeito de uma oração mantêm
entre si uma relação mútua chamada de
concordância verbal. De acordo com essa
relação, verbo e sujeito concordam em número
e pessoa.
Reconheço os próprios erros.
Pessoas razoáveis reconhecem os próprios
erros.
O sujeito composto equivale a um sujeito no
plural:
Pai e filho conversaram longamente.
Pais e filhos devem conversar freqüentemente.
_______________________________________
02. Nos sujeitos compostos pessoas gramaticais
diferentes, o verbo concorda com a pessoa de
menor número no plural.
Nossos amigos, tu e eu (nós) formaremos um
belo time.
Tu e teus (vós) colegas formareis um belo
time.
_______________________________________
03. Se o verbo estiver anteposto ao sujeito
composto, pode concordar no plural com a
totalidade do sujeito ou com o núcleo do sujeito
mais próximo.
Bastaram determinação e capacidade.
Bastou determinação e capacidade.
Quando há reciprocidade, a concordância
deve ser feita no plural.
Agrediram-se o deputado e o senador.
(agrediram-se um ao outro)
Ofenderam-se o jogador e o técnico.
(ofenderam-se um ao outro)
_______________________________________
04. O sujeito, sendo composto e anteposto ao
verbo, leva geralmente este para o plural.
A moça e o rapaz cumpriram seus deveres.
Se os núcleos do sujeito composto são
sinônimos ou quase sinônimos ou estabelecem
uma gradação, o verbo pode concordar no
singular.
O desalento e a tristeza minou-lhe as forças.
Um aceno, um gesto, um estímulo faria muito
por ele.
CONCORDÂNCIAS QUE MERECEM
DESTAQUE
O VERBO PODE CONCORDAR NO PLURAL E
SINGULAR
A) PORÇÃO DE, A METADE DE, A
MAIORIA DE, A MAIOR PARTE DE
A maioria dos alunos participou/participaram da
festa.
Nesses casos, o uso da forma singular do
verbo enfatiza a unidade do conjunto; já a forma
plural destaca os elementos que formam esse
conjunto.
B) UM DOS QUE, UMA DAS QUE
O Amazonas é um dos rios que cortam a floresta.
A ministra é uma das que defende tal postura.
O verbo usado no singular se aplica somente ao
ser que se fala, ou quando se deseja destacar o
indivíduo do grupo.
Este é um dos alunos que mais se destacou.
C) NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR
“OU”
Se a conjunção ―ou” indicar exclusão, ou
retificação, o verbo concordará com o núcleo do
sujeito mais próximo.
Milão ou Berlim sediará a próxima Olimpíada.
O ladrão ou os ladrões conseguiram fugir.
Se a idéia por ele expressa se referir a todos os
núcleos do sujeito, o verbo irá para o plural.
Um sorriso ou uma lágrima o tirariam daquela
incerteza.
Só Deus ou Nossa Senhora podem ajudá-lo
nesse seu desespero.
D) UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO
O sujeito sendo uma dessas expressões, o
verbo concordará, de preferência, no plural.
Um e outro gostavam de cerveja.
Nem uma nem outra casa foram visitadas.
E) NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR
“NEM”
O verbo concordará, de preferência, no plural.
Nem o jogador nem o técnico podem salvar o
time.
Nem a mãe nem o pai salvaram a vida do filho.
F) SUJEITOS CORRELACIONADOS
O verbo concorda, de preferência, no plural.
Não só a seca mas também o descaso assolam
o Nordeste.
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Tanto o pai quanto o filho costumavam passar
por ali.
G) NÚCLEOS DO SUJEITO LIGADO POR
“COM”
O mais freqüente é usar o verbo no plural.
Emprega-se, mais raramente, o verbo no
singular quando o segundo sujeito é posto em
plano tão inferior, que se degrada à simples
condição de adjunto adverbial de companhia.
João com Maria comeram feijão.
João com os amigos comeu feijão.
Adjunto adverbial
FORMAS “FECHADAS” DE CONCORDÂNCIA
VERBAL
A) CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE, PERTO
DE
Quando o sujeito é formado por expressão que
indica quantidade aproximada seguida de
numeral e substantivo, o verbo concorda com
o substantivo.
Cerca de vinte corpos foram resgatados dos
escombros.
Perto de quinhentas pessoas compareceram à
cerimônia.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas
últimas Olimpíadas.
Mais de sete pessoas fugiram.
OBS: Quando a expressão MAIS DE UM se
associar a verbos que exprimem reciprocidade
ou for repetida, o plural é obrigatório.
Mais de um parlamentar se ofenderam na
tumultuada
sessão de ontem.
Mais de um casal, mais de uma família, já
perderam qualquer esperança num futuro
melhor.
B) QUAIS, QUANTOS, ALGUNS, MUITOS,
POUCOS, VÁRIOS + DE NÓS, DE VÓS,
DENTRE NÓS, DENTRE VÓS
O verbo fica na 3ª pessoa do plural, ou
concorda com o pronome nós ou vós.
Quais de nós sabiam/sabíamos disso tudo?
Alguns de vós temiam/temíeis novas relações.
Se o sujeito interrogativo ou o indefinido
estiver no singular, o verbo ficará na 3a
pessoa do singular.
Qual de nós sabia de tudo. / Algum de vós fez
isso.
Algum de vós fez isso? / Qual de vós duvida do
fato?
C) SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS NO PLURAL
Quando o sujeito é formado por nomes que só
têm plural, se não houver artigo antes do
nome, o verbo fica no singular.
Flores não recebe mais acento.
Pelotas é um bom local para se viver.
Memórias póstumas de Brás Cubas renovou a
estética do romance.
Quando se trata de título de obras, admite-se o
plural ou o singular.
Se houver artigo antes do nome, o verbo vai
para o plural.
Os Estados Unidos impuseram uma ordem
mundial.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
D) PRONOME RELATIVO “QUE / QUEM”
COMO SUJEITOS
Quando o sujeito for o pronome relativo QUE, o
verbo concordará com o antecedente do que.
Fui eu que fiz tudo isso.
Quando o sujeito é o pronome relativo QUEM,
pode-se utilizar o verbo na 3a pessoa do
singular ou concordá-lo com o sujeito do
verbo “ser”.
Fui eu quem fiz isso. Somos nós quem
pagamos.
E) CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS
Quando o sujeito for indicação de uma
porcentagem seguida termo preposicionado, a
tendência é fazer a concordância com esse
termo que especifica a referência numérica.
1% dos investimentos devem/deve destinar-se à
educação.
85% dos entrevistados declararam impostos.
99% da população brasileira assistiu/assistiram à
Copa do Mundo.
Se a porcentagem for particulariza, o verbo
concordará com ela:
Os 99% da população assistiram à Copa do
Mundo.
Aqueles 45% de eleitores estão indecisos.
F) NÚMEROS FRACIONÁRIOS
Quando o sujeito é um número fracionário, a
tendência é concordar o verbo com o numerador.
1/5 da prova de matemática foi anulada.
singular singular
singular
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2/5 das questões de matemática foram
anulada.
plural plural
plural
2/5 da população votou / votaram
plural singular singular ou
plural
1/5 dos jovens votou / votaram
singular plural singular ou
plural
G) PRONOMES DE TRATAMENTO COMO
SUJEITO
O verbo fica na 3a pessoa.
Vossas Excelências desejam algo?
H) SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO /
NADA / NINGUÉM
O verbo concorda no singular.
Carros, viadutos, pontes, tudo foi destruído.
I) UM OU OUTRO
O verbo concorda no singular com o sujeito
um ou outro.
Um ou outro caso será resolvido.
Uma ou outra candidata saiu-se bem.
J) NÚCLEOS DO SUJEITO SÃO INFINITIVOS
O verbo concordará no plural se os infinitivos
forem determinados pelo artigo ou exprimirem
idéias opostas; caso contrário, tanto é lícito o
singular como o plural.
O comer e o beber são fundamentais à vida.
Rir e chorar fazem / faz parte da vida.
L) SUJEITO COLETIVO
O verbo concorda no singular .
A multidão gritava. (regra geral)
Coletivo + termo preposicionado no plural
A multidão de pessoas gritava / gritavam.
CONCORDÂNCIA DE ALGUNS VERBOS E
ESTRUTURAS VERBAIS
ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS
COM A PARTICIPAÇÃO DO PRONOME
“SE”:
Dentre as várias funções que esse pronome
exerce, há duas de particular importância para a
concordância verbal:
A) Quando atua como índice de
indeterminação do sujeito, o ―se” acompanha
verbos intransitivos, transitivos indiretos e de
ligação, que devem obrigatoriamente estar na 3a
pessoa do singular.
Aos domingos, ia-se sempre à praça.
Precisa-se de pedreiros.
Era-se feliz.
B) Quando atua como pronome apassivador,
o ―se‖ acompanha verbos transitivos diretos e
transitivos diretos e indiretos na formação da voz
passiva sintética. Nesse caso , o verbo concorda
com o sujeito da oração.
Construi-se uma nova praça no bairro.
Construíram-se novas praças no bairro.
O VERBO “HAVER’
Quando indica existência ou acontecimento, é
impessoal, devendo permanecer sempre na 3a
pessoa do singular.
Ainda há pontos obscuros nessa versão.
Deve ter havido pontos obscuros naquela
versão.
HAVER / FAZER / CHOVER
São impessoais quando indicam tempo
decorrido. Nesse caso, devem permanecer na 3a
pessoa do singular.
Há anos que não o vejo.
Faz anos que não o vejo.
Choveu durante vários dias.
Trovejou durante horas.
HAJA VISTA
A expressão haja vista admite 03 construções.
Formas invariáveis:
Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo)
Haja vista aos livros desse autor. (=olhe-se para)
Forma Variável:
Hajam vista os livros desse autor. (vejam-se,
tenham vista)
BATER, SOAR, DAR
Referindo-se às horas, os três verbos acima
concordam regularmente com o sujeito.
Nisto, deu três horas o relógio da botica.
Bateram quatro da manhã em três torres a um
tempo.
Deu uma hora e meia.
Soaram dez horas nos relógios das igrejas.
PARECER
Em construções com o verbo parecer seguido de
infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o
infinitivo que o acompanha.
As paredes pareciam estremecer.
As paredes parecia estremecerem.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL
1 - Um adjetivo + um substantivo ou vice-versa
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo: velha casa casa velha velhos barcos barcos velhos
2 – Um adjetivo + substantivos (dois ou mais com gêneros e números diferentes ou não)
O adjetivo concorda, em geral, com o substantivo mais próximo: Escolheste mau lugar e hora. Escolheste má hora e lugar Tinha invulgar inteligência e dinamismo.
Observação: Se os substantivos são de pessoas ou
parentesco, o adjetivo vai para o plural.
Chegaram os simpáticos sogro e sogra. Chegaram os simpáticos sogra e sogro Vimos as belas Simone e Luísa.
3 - Substantivos + um adjetivo
O adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo ou ir para o plural, com predominância do masculino:
Professores e professoras gaúchas. Professores e professoras gaúchos. Ela tem uma filha e um filho loiro. Ela tem uma filha e um filho loiros. Tinha muitos vestidos e jóias caras. Tinha muitos vestidos e jóias caros. É uma mulher de rosto e corpo belíssimo. É uma mulher de rosto e corpo belíssimos.
Observação:
A concordância do adjetivo com o substantivo mais próximo é obrigatória, se o adjetivo se referir apenas a este.
Deu-me beijo e abraço apertado. O ancião e a jovem sedutora formaram um par estranho.
4 - Um substantivo + adjetivos São possíveis três construções: 1ª construção
As literaturas brasileira e portuguesa ... Estudo as línguas inglesa e francesa. Os dedos polegar, indicador e médio ...
2ª construção
A literatura brasileira e a portuguesa ... Estudo a língua inglesa e a francesa. O dedo polegar, o indicador e o médio ...
3ª construção
A literatura brasileira e portuguesa ... Estudo a língua inglesa e francesa. O dedo polegar, indicador e médio ...
5 - Concordância do adjetivo em função de
predicativo
Observe:
As ruas eram modernas. A lua ficou triste. A menina estava enferma. Mamãe continua bondosa. Seus olhos e sua boca eram tentadores Sua boca e seus olhos eram tentadores. Eram tentadores seus olhos e sua boca Eram tentadores sua boca e seus olhos. Era tentadora sua boca e seus olhos. O clima e a água eram ótimos. O sol e a lua são poéticos. O vale e o monte ficaram escuros. O rio e o vale estavam solitários. A noite e a lua eram frias.
O predicativo do sujeito, quanto ao número,
acompanha a concordância do verbo. Observação: Quando o sujeito for um substantivo feminino
empregado em sentido indeterminado, vago, o adjetivo fica invariável.
Pinga não é bom para o corpo. (mas "Esta pinga não é boa...")
É proibido entrada. (mas "É proibida a entrada.")
É necessário muita coragem. (mas "É necessária uma coragem ímpar.")
6 - Casos particulares a) O problema nos nomes de cores
automóvel gelo olhos azuis blusas rosa unhas vermelhas sapatos areia vestidos amarelos raios amarelo-ouro olhos verde-escuros blusas verde-musgo camisas rubro-negras
Se o nome de cor é ou contém substantivo,
fica invariável. Se for um adjetivo simples ou composto, concorda normalmente, nunca se esquecendo de que, nos adjetivos compostos, só varia o último. A única exceção é azul-marinho (gravatas azul-marinho).
b) Mulher diz: "muito obrigada", "eu mesma",
"eu própria". c) Só, sós
Eles estão sós. (= sozinhos adjetivo) Eles só conversaram. (= somente advérbio)
d) Quite (= livre, desobrigado)
Estou quite. Estamos quites. Sócio quite. Sócios quites.
e) Meio Como adjetivo (acompanhando substantivo),
varia: meia maçã meio-dia e meia (hora) meia-noite.
Como advérbio, fica invariável:
Ela estava meio tonta. f) Anexo, incluso a apenso São adjetivos; devem variar:
As folhas anexas contêm os exercícios. g)Menos
É palavra invariável.
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h) O substantivo e os numerais - cardinais Concordam com número, quando este estiver
expresso ou implícito:
Folha n.º dois. Página dois. Casa duzentos.
Mas:
Duas folhas. Duas páginas. Duzentas casas.
- Ordinais Obedecem às regras que se inferem dos
exemplos: Cometeu as infrações segunda e terceira. Subiu aos andares primeiro e segundo. Cometeu a segunda e terceira infração. Cometeu a segunda e terceira infrações. Subiu ao primeiro e segundo andar. Subiu ao primeiro e segundo andares.
i) Particípio
O particípio, que às vezes é verbo e outras vezes é adjetivo, concorda com o termo a que se refere: As casas foram construídas com recursos do Estado. As mulheres amadas são mais felizes. Feitas as pazes, foram comemorar. Dadas as circunstâncias, foi necessário retroceder. Encerrada, depois de longos debates, a reunião, todas as pessoas presentes foram convidadas para o coquetel.
Observação: Com os verbos ter e haver, forma os
tempos compostos, caso em que não varia As flores tinham desabrochado. Se elas não houvessem causado problemas, seriam convidadas.
j) Melhor e mais bem Antes de particípio, deve-se usar mais bem, jamais melhor:
Estas obras estão mais bem acabadas. Os atletas mais bem treinados vencerão.
l) Expressões de tratamento Para efeito de concordância, as expressões de
tratamento V. Ex.ª, V. Ex.as
, V. S.ª, V. S.as
etc. comportam-se como se fossem você (singular) ou vocês (plural): Se V. Ex.
as (vocês) estivessem em seu juízo
perfeito, compreenderiam que nada lhes devemos, porque os elegemos para que cumpram com suas obrigações.
Observação: Há que se respeitar o sexo da pessoa:
V. Ex.a é muito generoso. (homem)
V. Ex.a é muito generosa. (mulher)
Exercícios
01. Complete as frases seguintes com a forma
apropriada do verbo entre parênteses:
A).................... várias coisas inesperadas na
tarde de ontem. (acontecer)
B) .................... alguns poucos amigos fiéis no
fim de semana. (ficar)
C) .................... alguns doces. (sobrar)
D) Ainda .................... bons motivos para
ficarmos juntos. (deve existir)
E) Ainda .................... surpresas nesse
campeonato. (pode ocorrer)
02. Passe para o plural os termos destacados
em cada uma das frases seguintes e faça as
mudanças em cada caso:
A) Anunciou-se a reforma administrativa.
_______________________________________
B) Amanhã se fará o último exame.
_______________________________________
C) Trata-se de questão polêmica.
_______________________________________
D) Ele prefere não opinar quando se fala em
eleição.
_______________________________________
E) Obteve-se o computador mais veloz.
_______________________________________
03. A concordância verbal segue a norma culta da
língua em:
(A) Restava-lhe poucos minutos para a leitura.
(B) Já era onze horas quando o avião deixou a
cidade.
(C) Haviam observações técnicas anotadas no
livro.
(D) Atravessara o saguão alguns turistas e a
escritora.
(E) Fazia três anos que não viajava a trabalho.
04. De acordo com a norma culta da língua, qual
a única frase correta, quanto à concordância?
(A) Gol, pênalti, chute, tudo foi importado da
Inglaterra.
(B) A importação de palavras, às vezes, são
necessárias.
(C) Bastante pessoas gostam de usar vocábulos
importados.
(D) Existe na língua expressões estrangeiras
desnecessárias.
(E) Por toda a parte há cartazes com expressões
e vocábulos estrangeiro.
05. Assinale a sentença em que a concordância
verbal está correta, de acordo com a norma culta
da língua.
(A) Aconteceu muitos fatos importantes no último
fim de semana.
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(B) Existe desportistas que usam roupas bem
coloridas.
(C) A maioria das crianças gosta de brincar de
corrida.
(D) Até pouco tempo, não haviam muitas
pesquisas sobre o modo de correr dos animais.
(E) O tempo bom e a temperatura amena da
manhã convida a uma corrida ao ar livre.
06. Há ERRO de concordância em:
(A) Pensou-se que faltava algumas pessoas
importantes à reunião.
(B) Anexas ao relatório vão as duas vias deste
documento.
(C) Podia haver várias divergências no recinto.
(D) Mais de um orador falou sobre desafios.
(E) Faz anos que ele comparece ao debate.
07. Entre os que observavam os acontecimentos
__________ muitos gritos.
De acordo com a norma culta da língua, a forma
verbal que deve ser usada para preencher a
lacuna acima é
(A) aconteceu. (B) houve.
(C) houveram. (D) ouviu-se.
(E) percebeu-se.
08. Quanto à concordância verbal, a frase
inteiramente correta é:
(A) Atribuíam-se às águas da Fonte da Juventude
o poder de rejuvenescimento de quem delas se
servisse.
(B) Quanto mais tende a ganhar expansão os
limites da juventude, mais tendem os homens a
subestimar a experiência dos mais velhos.
(C) Preconceitos contra os velhos sempre
houveram, sobretudo a partir da excessiva
valorização dos atributos da juventude.
(D) Não se condenem os moços por essa idolatria
que, embora os favoreça, não nasce como
iniciativa deles.
(E) Destacam-se entre as conseqüências dessa
idolatria a exclusão dos velhos, injustamente
vistos como improdutivos.
09. A concordância, verbal ou nominal, está
correta na frase:
(A) Algumas comunidades indígenas, orientadas
por ambientalistas, sobrevivem com a exploração
de recursos que a floresta lhe oferecem.
(B) A geração de impostos podem contribuir
para melhorar as condições de vida em locais
mais afastados, onde vivem população carente.
(C) As condições do frágil equilíbrio ecológico
amazônico exige uma atividade econômica que
aumentem os rendimentos das famílias, sem
destruição da natureza.
(D) Os inúmeros conflitos de interesses na
Amazônia torna muito difícil as tentativas de
organização socioeconômica da região.
(E) Existem muitos casos de exploração, em
toda a região amazônica, em que se
desrespeitam os limites do que a natureza é
capaz de repor.
10. Indique a opção em que a concordância do
verbo em destaque está ERRADA.
(A) Vários índios, que usaram a Internet,
aprenderam felizes.
(B) Rebecca pediu a um dos índios para
entrarem na
Internet.
(C) Nem todos os índios ficaram felizes com as
inovações.
(D) Cada um dos índios chamados pelo chefe foi
à aula de computação.
(E) Quase todos os povos da floresta têm
vontade de aprender novidades.
11. A concordância verbal está ERRADA em
(A) Nos últimos 50 anos, ocorreram fatos que
aumentaram o nosso índice de felicidade.
(B) Há 50 anos que os índices de felicidade vêm
aumentando gradativamente.
(C) Aconteceu vários fatores que proporcionaram
o aumento da felicidade.
(D) Nos últimos 50 anos, acentuaram-se as
possibilidades de maior felicidade.
(E) Daqui a mais 50 anos, é possível que a
maioria das pessoas encontre a felicidade.
12.―Segundo Darwin, existiriam seis emoções...‖.
Substituindo-se a forma verbal destacada acima
por outra ou por uma locução verbal, a
concordância verbal estará correta, segundo a
norma culta, caso se use
(A) haveria.
(B) haveriam.
(C) deveria existir.
(D) poderiam haver.
(E) haveria de existir.
13. O verbo está flexionado adequadamente em:
(A) Chegou, hoje pela manhã, novos produtos
orgânicos.
(B) Haverá muitos dias de sol durante este
outono.
(C) Existe muitos produtos saudáveis à venda.
(D) O pão e o bombom também pode ser
produtos verdes.
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(E) Pode os meninos ouvirem as músicas?
14. As sentenças abaixo foram retiradas de
documentos oficiais. Em qual delas a
concordância está de acordo com a norma culta?
(A) A exposição de motivos ficou meia
prejudicada pela
ausência de justificativas.
(B) Dado as recomendações da Comissão de
Ética, as
licitações serão revistas.
(C) É necessário ainda muitos estudos para que o
projeto
se viabilize.
(D) Segue anexo as cópias dos documentos
requisitados pela gerência.
(E) Solicito me que sejam enviadas as
publicações o mais recentes possível.
15. Em qual das frases abaixo a concordância
verbal está realizada de acordo com a norma
culta?
(A) 1.386 milhões de km2 é ocupado pelo volume
da água no planeta.
(B) Apresenta boa qualidade para consumo 2,5%
das águas do planeta.
(C) Haverá rios e cachoeiras suficientes para o
fornecimento de água doce.
(D) A água e o ar compõe os elementos
fundamentais para a vida.
(E) A preocupação com o meio ambiente e novas
medidas previne a destruição.
16. Na passagem ―A maioria dos profissionais já
viveu uma sensação de impasse na carreira.‖ (l.
1-2), a concordância verbal está de acordo com a
norma culta. Assinale a opção cuja concordância
verbal está, segundo essa mesma norma, correta.
(A) Sempre houveram impasses na sua vida
profissional.
(B) A reparação dos erros cometidos são
possíveis.
(C) Soou oito horas no relógio da sala.
(D) Investiga-se, nesse momento, as falhas
ocorridas.
(E) Faz alguns meses que iniciamos o trabalho.
PRÁTICA DE TEXTO
INEP 2007
TEXTO I
MANDE SEU FUNCIONÁRIO PARA O MAR
Tudo que o aventureiro americano Yvon
Chouinard faz contraria dez entre dez livros de
negócios. Dono de fábrica de roupas e artigos
esportivos, ele pergunta a seus clientes, numa
etiqueta estampada em cada roupa:você
realmente precisa disto? Alpinista de renome,
surfista e ativista ecológico, ele se levanta de sua
mesa e incita os 350 funcionários da sede da
empresa, na cidade de Ventura, na Califórnia, a
deixar seus postos e pegar suas pranchas de
surfe tão logo as ondas sobem. Aos 67 anos de
idade, ele vai junto. Resultado: a empresa, que
faturou US$ 270 milhões em 2006, foi
considerada pela revista Fortune a mais cool do
mundo, em uma reportagem de capa.
Isso não quer dizer que seus funcionários
sejam preguiçosos, apesar do ambiente maneiro.
A equipe é motivada e gabaritada, como o
perfeccionismo do dono
exige. Para cada vaga que abre, a companhia
recebe cerca de 900 currículos - como o do jovem
Scott Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs
no bolso e passagens por outras empresas,
implorou para ser aceito como estoquista de uma
das lojas (ganhou o posto). Robinson justificou:
―Queria trabalhar numa companhia conduzida por
valores‖. Que valores são esses? ―Negócios
podem ser lucrativos sem perder a alma‖, diz
Chouinard.
Essa alma está no parque de Yosemite,
onde, nos anos 60, Chouinard se reunia com a
elite do alpinismo para escalar paredões de
granito. Foi quando começou
a fabricar pinos de escalada de alumínio,
reutilizáveis, uma novidade. Vendia-os a US$
1,50. Em 1972, nascia
a empresa, com o objetivo de criar roupas para
esportes mais duráveis e de pouco impacto ao
meio ambiente. A filosofia do alpinismo - não
importa só aonde você chega, mas como você
chega - foi adotada nos negócios. O lucro não
seria uma meta, mas a conseqüência do trabalho
bem-feito. A empresa foi pioneira no uso de
algodão orgânico (depois adotado por outras
marcas), fabricou jaquetas com garrafas plásticas
usadas e passou a utilizar poliéster reciclado.
Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos,
desenvolve pranchas de surfe sem materiais
tóxicos que diz serem mais leves e resistentes
que as atuais. Chouinard, que se define como um
antiempresário, virou tema de estudo em escolas
de negócios. Quando dá palestras em Stanford
ou Harvard, não sobra lugar.
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Nem de pé. Revista Época Negócios. jun. 2007.
(Adaptado)
1. ―Tudo que o aventureiro americano Yvon
Chouinard faz contraria dez entre dez livros de
negócios.‖ (l. 1-2) porque
(A) ele se dedica a atividades esportivas.
(B) seu estilo de vida é incompatível com a
profissão.
(C) seus conceitos sobre padrões de consulta são
inconsistentes.
(D) sua filosofia profissional foge aos cânones
empresariais preconizados.
(E) estimula seus funcionários a serem
irreverentes e inconseqüentes.
2. Na passagem ―Isso não quer dizer que seus
funcionários sejam preguiçosos, apesar do
ambiente maneiro.‖ (l. 14), o vocábulo destacado
faz referência semântica a
(A) ―livros de negócio‖ (l. 2).
(B) ―clientes‖ (l. 4).
(C) ―pranchas de surfe‖ (l. 9).
(D) ―revista Fortune‖. (l. 12)
(E) ―cool.‖ (l. 12)
3. A grande competição que ocorre para
preenchimento de uma vaga nessa empresa
deve-se à(s)
(A) possibilidade de atuar sem tanta exigência
profissional.
(B) escassez do mercado de trabalho.
(C) valorização integral do profissional pela
empresa.
(D) disponibilidade de tempo para praticar
atividades físicas.
(E) vantagens lucrativas que a empresa oferece.
4. Em ― ‗Negócios podem ser lucrativos sem
perder a alma‘ ‖ (l. 24-25), o sentido da
expressão destacada é (A) sem considerar a
racionalidade.
(B) sem relevar o aspecto criativo.
(C) sem avaliar os prejuízos.
(D) sem valorizar a objetividade.
(E) sem suprimir os conceitos.
5. Segundo as idéias apresentadas no 3o
parágrafo, a importância da atividade física em
relação à atividade profissional nessa empresa é
servir para
(A) inspirar a criação de novos produtos.
(B) verificar a(s) falha(s) apresentada(s) por um
produto criado.
(C) minimizar as tensões diárias do profissional.
(D) contrabalançar as atividades físicas com as
profissionais.
(E) comprovar a validade dos produtos já criados.
6. Na linha argumentativa do texto, o penúltimo
período, em relação ao primeiro período,
caracteriza-se como sendo um(a)
(A) contraste.
(B) conseqüência.
(C) finalidade.
(D) causa.
(E) comparação.
7. A filosofia do alpinismo transposta para os
negócios da empresa concebe o lucro obtido e a
qualidade do trabalho como sendo o(a)
(A) primeiro a finalidade da segunda.
(B) primeiro a causa da segunda.
(C) primeiro prioritário em relação à segunda.
(D) segunda prioritária em relação ao primeiro.
(E) segunda uma conseqüência do primeiro.
8. Assinale a opção cuja classe gramatical do que
difere da dos demais.
(A) ―que faturou US$ 270 milhões em 2006,‖ (l.
11)
(B) ―...que seus funcionários sejam preguiçosos,
apesar
do ambiente maneiro.‖ (l. 14-15)
(C) ―...que abre,‖ (l. 17)
(D) ―que, com dois MBAs no bolso e passagens
por outras empresas, implorou...‖ (l. 19-20)
(E) ―que se define como um antiempresário,‖ (l.
43-44)
9. Segundo a norma culta, há ERRO de
concordância na opção
(A) A revista custa caro.
(B) Os funcionários estão meio descrentes.
(C) As equipes devem estar sempre alerta.
(D) Às faturas estão anexo as listas de preço.
(E) Todos chegaram ao continente salvo ele.
10. ―Isso não quer dizer que seus funcionários
sejam preguiçosos,‖ (l. 14-15) Assinale a opção
em que o verbo está flexionado no mesmo tempo
e modo que o destacado na passagem acima.
(A) Estejam atentos na hora da reunião.
(B) Os ventos sopram em direção ao mar.
(C) Gostaria de que ele fosse mais educado.
(D) Se reouver os documentos perdidos, ficarei
aliviado.
(E) Espero que você cumpra o horário do
trabalho.
TEXTO II
Da arte de aceitar
Ele não aceitava a moça. Ela foi, foi, conversou,
conversou, rodou, rodou, artimanhou, manhou,
arte e manha, miou, afinal rendeu. Criança de
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emoções superficiais, rápidas, espontâneas e
passageiras, ele cedeu. Aceitou-a.
Fiquei pensando em algo tão definido pelos
psicólogos e literatos, porém inesgotável e eterno
como o tema humano: a necessidade de ser
aceito.
Ser aceito não é receber a concordância. É
receber até a discordância, mas dentro de um
princípio indefinível e fluídico de acolhimento
prévio e gratuito do que se é como pessoa.
Ser aceito é realizar a plenitude dos sentidos do
verbo latino Accipio, que deu origem à palavra
portuguesa. Accipio quer dizer: tomar para si;
receber, acolher; perceber; ouvir, ouvir dizer;
saber; compreender; interpretar; sofrer;
experimentar; aprovar; aceitar; estar satisfeito
com. Tem vários sentidos, tal e qual essa
aceitação misteriosa e empática que alguns nos
concedem.
Ser aceito é ser percebido antes de ser
entendido. É ser acolhido antes de ser querido. É
ser recebido antes de ser conhecido. É ser
experimentado antes da experiência. É, pois, um
estado de compreensão prévia, que abre caminho
para uma posterior concordância ou discordância,
sem perda do afeto natural por nossa maneira de
ser.
Ser aceito implica mecanismos mais sutis e de
maior alcance do que os que derivam da
razão.Implica intuição; compreensão milagrosa
porque antecipatória; conhecimento efetivo e
afetivo do universo interior; compreensão pela
fraqueza; cuidado com as cicatrizes
e nervos expostos, tolerância com delírio, tolices,
medos, desordens, vesícula preguiçosa, medo do
dentista ou disritmia.
Ser aceito é ser feliz. Raro, pois. Quer fazer
alguém feliz? Aceite-a em profundidade. E depois
discorde à vontade. Ela aceitará. Artur da Távola
11. O Texto II estrutura-se a partir de uma
situação
(A) hipotética ou real.
(B) defendida pela psicologia.
(C) estudada pela literatura.
(D) rejeitada pelo ser humano.
(E) explorada socialmente.
12. No Texto II, as repetições, os jogos de
palavras caracterizam a luta para a conquista, a
aceitação. Nessa luta, NÃO há, por parte da
moça,
(A) persistência. (B) empenho.
(C) paciência. (D) estratégia.
(E) relutância.
13. O parágrafo que apresenta os sentidos
originais do termo correspondente ao tema do
Texto II é o
(A) 2º (B) 3º (C) 4º (D) 5º (E) 6º
14. O emprego dos dois pontos no 2º parágrafo
justifica-se por anteceder um(a)
(A) esclarecimento. (B) enumeração.
(C) conceituação. (D) definição.
(E) exemplificação.
15. ―É, pois, um estado de compreensão prévia,‖
(l. 24).
Assinale a opção em que o vocábulo destacado
tem o mesmo valor semântico que o do
destacado na passagem acima.
(A) Ele é tão irreverente que chega a ser mal
educado.
(B) Como disse a verdade, não foi punido.
(C) Você foi injusto com seu amigo; deve,
portanto, desculpar-se com ele.
(D) Não veio à reunião, pois estava acamado.
(E) Fiquei atento porque você será chamado a
seguir.
16. O substantivo abstrato derivado do verbo
apresentado NÃO é grafado com o mesmo
fonema consonantal dos demais em
(A) perceber – percep___ão.
(B) conceder – conce____ão.
(C) satisfazer – satisfa___ ão.
(D) interpretar – interpreta___ão.
(E) aprovar – aprova___ão.
17. As palavras que se acentuam pela mesma
regra de ―prévia‖ e ―até‖, respectivamente, são
(A) raízes e só.
(B) inútil e baú.
(C) infindáveis e você.
(D) idéia e sofá.
(E) hífen e saída.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL
1 - Um adjetivo + um substantivo ou vice-versa
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo: velha casa casa velha velhos barcos barcos velhos
2 – Um adjetivo + substantivos (dois ou mais com gêneros e números diferentes ou não)
O adjetivo concorda, em geral, com o substantivo mais próximo: Escolheste mau lugar e hora. Escolheste má hora e lugar Tinha invulgar inteligência e dinamismo.
Observação: Se os substantivos são de pessoas ou
parentesco, o adjetivo vai para o plural.
Chegaram os simpáticos sogro e sogra. Chegaram os simpáticos sogra e sogro Vimos as belas Simone e Luísa.
3 - Substantivos + um adjetivo
O adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo ou ir para o plural, com predominância do masculino:
Professores e professoras gaúchas. Professores e professoras gaúchos. Ela tem uma filha e um filho loiro. Ela tem uma filha e um filho loiros. Tinha muitos vestidos e jóias caras. Tinha muitos vestidos e jóias caros. É uma mulher de rosto e corpo belíssimo. É uma mulher de rosto e corpo belíssimos.
Observação:
A concordância do adjetivo com o substantivo mais próximo é obrigatória, se o adjetivo se referir apenas a este.
Deu-me beijo e abraço apertado. O ancião e a jovem sedutora formaram um par estranho.
4 - Um substantivo + adjetivos São possíveis três construções: 1ª construção
As literaturas brasileira e portuguesa ... Estudo as línguas inglesa e francesa. Os dedos polegar, indicador e médio ...
2ª construção
A literatura brasileira e a portuguesa ... Estudo a língua inglesa e a francesa. O dedo polegar, o indicador e o médio ...
3ª construção
A literatura brasileira e portuguesa ... Estudo a língua inglesa e francesa. O dedo polegar, indicador e médio ...
5 - Concordância do adjetivo em função de
predicativo
Observe:
As ruas eram modernas. A lua ficou triste. A menina estava enferma. Mamãe continua bondosa. Seus olhos e sua boca eram tentadores Sua boca e seus olhos eram tentadores. Eram tentadores seus olhos e sua boca Eram tentadores sua boca e seus olhos. Era tentadora sua boca e seus olhos. O clima e a água eram ótimos. O sol e a lua são poéticos. O vale e o monte ficaram escuros. O rio e o vale estavam solitários. A noite e a lua eram frias.
O predicativo do sujeito, quanto ao número,
acompanha a concordância do verbo. Observação: Quando o sujeito for um substantivo feminino
empregado em sentido indeterminado, vago, o adjetivo fica invariável.
Pinga não é bom para o corpo. (mas "Esta pinga não é boa...")
É proibido entrada. (mas "É proibida a entrada.")
É necessário muita coragem. (mas "É necessária uma coragem ímpar.")
6 - Casos particulares a) O problema nos nomes de cores
automóvel gelo olhos azuis blusas rosa unhas vermelhas sapatos areia vestidos amarelos raios amarelo-ouro olhos verde-escuros blusas verde-musgo camisas rubro-negras
Se o nome de cor é ou contém substantivo,
fica invariável. Se for um adjetivo simples ou composto, concorda normalmente, nunca se esquecendo de que, nos adjetivos compostos, só varia o último. A única exceção é azul-marinho (gravatas azul-marinho).
b) Mulher diz: "muito obrigada", "eu mesma",
"eu própria". c) Só, sós
Eles estão sós. (= sozinhos adjetivo) Eles só conversaram. (= somente advérbio)
d) Quite (= livre, desobrigado)
Estou quite. Estamos quites. Sócio quite. Sócios quites.
e) Meio Como adjetivo (acompanhando substantivo),
varia: meia maçã meio-dia e meia (hora) meia-noite.
Como advérbio, fica invariável:
Ela estava meio tonta. f) Anexo, incluso a apenso São adjetivos; devem variar:
As folhas anexas contêm os exercícios. g)Menos
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É palavra invariável. h) O substantivo e os numerais - cardinais Concordam com número, quando este estiver
expresso ou implícito:
Folha n.º dois. Página dois. Casa duzentos.
Mas:
Duas folhas. Duas páginas. Duzentas casas.
- Ordinais Obedecem às regras que se inferem dos
exemplos: Cometeu as infrações segunda e terceira. Subiu aos andares primeiro e segundo. Cometeu a segunda e terceira infração. Cometeu a segunda e terceira infrações. Subiu ao primeiro e segundo andar. Subiu ao primeiro e segundo andares.
j) Particípio
O particípio, que às vezes é verbo e outras vezes é adjetivo, concorda com o termo a que se refere: As casas foram construídas com recursos do Estado. As mulheres amadas são mais felizes. Feitas as pazes, foram comemorar. Dadas as circunstâncias, foi necessário retroceder. Encerrada, depois de longos debates, a reunião, todas as pessoas presentes foram convidadas para o coquetel.
Observação: Com os verbos ter e haver, forma os
tempos compostos, caso em que não varia As flores tinham desabrochado. Se elas não houvessem causado problemas, seriam convidadas.
k) Melhor e mais bem Antes de particípio, deve-se usar mais bem, jamais melhor:
Estas obras estão mais bem acabadas. Os atletas mais bem treinados vencerão.
m) Expressões de tratamento Para efeito de concordância, as expressões de
tratamento V. Ex.ª, V. Ex.as
, V. S.ª, V. S.as
etc. comportam-se como se fossem você (singular) ou vocês (plural): Se V. Ex.
as (vocês) estivessem em seu juízo
perfeito, compreenderiam que nada lhes devemos, porque os elegemos para que cumpram com suas obrigações.
Observação: Há que se respeitar o sexo da pessoa:
V. Ex.a é muito generoso. (homem)
V. Ex.a é muito generosa. (mulher)
TESTES
1) O plural correto de OLHO VERDE- -MAR é: a) olho verde-mar b) olhos verde-mares c) olhos verdes-mar d) olhos verdes-mares
e) olhos verde-mar 2) O substantivo cujo plural apresenta mudança de pronúncia da vogal tônica é: a) bolso b) olho c) esposo d) gosto e) globo
3 Comprou uma casa e um carro ................ ; isso tornava ................. as nossas desconfianças de que ela estivesse ................. inclinada a pedir auxílio financeiro. a) novos improvável meio b) novo improvável meia c) novos improváveis meio d) novo improvável meio e) novo improváveis meia 4) Deixou ..............., desde logo, os prêmios a que faria jus o vencedor: dois ............ . a) estabelecidos carros azuis-claros b) estabelecidos carros azul-claro c) estabelecido carros azul-claros d) estabelecidos carros azul-claros e) estabelecido carros azuis-claros
5) Queremos bem ............... nossa opinião e
nossos argumentos, deixando ............. , sem possibilidade de outras interpretações, as palavras que ................ expressam. a) clara escritas os b) claro escrito o c) claros escrito as d) claros escritas as e) clara escrito os
6) Os acidentados foram encaminhados a
diferentes clínicas .......... . a) médicas-cirúrgicas b) médica-cirúrgicas c) médico-cirúrgicas d) médicos-cirúrgicos e) médica-cirúrgicos
7) Ela ....... reconhecia que era......
atrapalhada nos exames; era por isso que nunca aparecia entre as três ........ colocadas.
a) mesmo meia melhores b) mesmo meia mais bem c) mesma meia melhores d) mesmo meio melhor e) mesma meio mais bem
8) Mais tarde, ................ as mudanças e os
arranjos que se ............., poderemos prosseguir.
a) providenciado fizer necessário b) providenciados fizer necessários c) providenciadas fizer necessário d) providenciados fizerem necessário e) providenciadas fizerem necessários
9) Desejo reafirmar a V. Ex.ª que todos os
................ que .............. foram encaminhados dependem exclusivamente de ................ veredicto. a) abaixos-assinados lhe seu b) abaixos-assinados vos vosso c) abaixo-assinados lhe seu d) abaixo-assinados vos vosso e) abaixo-assinados lhe vosso
10) Dirigindo-me a V. Ex.ª, tomo a liberdade de pedir-..............., Sr. Ministro, ................
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interferência nos canais de televisão, no sentido de coibir certos abusos de linguagem. Tomando as providências cabíveis, V. Ex.ª será .............. de nossos mais veementes aplausos. a) lhe sua merecedor b) lhe sua merecedora c) vos vossa merecedor d) vos vossa merecedora e) lhe vossa merecedor
RESPOSTAS 1- E 2- B 3- C 4- D 5- A 6- C 7- E 8- E
9- C 10- A
Regência Verbal
Principais verbos:
ABRAÇAR
Transitivo Direto - Apertar nos braços.
O pai abraçou o filho querido.
Transitivo Indireto - Abraçar-se (pronominal):
rege preposição A, COM, EM.
O pai abraçou-se com/ao filho.
AGRADAR
Transitivo Indireto - Satisfazer. Rege a
preposição A; admite LHE(s).
A estréia do filme agradou ao público.
Transitivo Direto - Fazer agrado (alguém agrada
alguém, sendo o sujeito nome de pessoa).
João agradava a esposa.
ASPIRAR
Transitivo Direto - inalar, tragar, sorver.
A menina aspirou o aroma da flor.
Transitivo Indireto - desejar, almejar. Rege a
preposição A; rejeita LHE(s).
Os jovens aspiram a grandes conquistas.
ASSISTIR
Transitivo Indireto - ver, presenciar, estar
presente. Rege a preposição A, rejeita LHE(s).
Assistiu ao filme calada.
Assistiu a ele (o filme) calada.
Transitivo Indireto - Caber, pertencer. Rege a
preposição A; aceita LHE(s)
Não lhe assiste o direito de intervir.
Transitivo Direto - auxiliar, ajudar, confortar.
O médico assiste o doente.
Intransitivo - Morar. Rege a preposição EM
Há quanto tempo assistimos em Recife?
CHAMAR
Transitivo Direto - Convocar, convidar.
Chamei você para a festa.
Transitivo Indireto - Invocar: rege a preposição
POR
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Chamo por Nossa Senhora sempre .
CHEGAR
Não se diz, na língua culta, "chegar em". Assim
não é culto falar: "Cheguei em casa ontem.." Diz-
se: "Chegamos a casa ontem."
Quando você chegou ao Brasil?
CUSTAR
Intransitivo - ter valor de.
A casa custou trinta mil reais.
Transitivo Indireto - demorar, ser difícil, custoso.
Só se emprega na 3ª pessoa do singular e tem
como sujeito uma oração reduzida de infinitivo,
precedida ou não da preposição A.
Custa-me (a) aceitar que retornou ao vício.
Transitivo Direto e Indireto - acarretar trabalhos,
causar incômodos, sofrimentos, prejuízos.
O trabalho custou-me várias horas de sono.
Portanto, são erradas as formas:
Nós custávamos a entrar na sala.
Custei a encontrar uma saída.
ESQUECER / LEMBRAR
Transitivo Direto - quando não são pronominais,
ou seja, quando não estiverem acompanhados
dos pronomes oblíquos. (me, te, se, etc.)
Transitivo Indireto - quando usados como
verbos pronominais.
Esqueci tudo (TD) / Esqueci-me de tudo.(TI)
Não esqueça seus amigos. (TD) / Não se
esqueça dos seus amigos.(TI)
Esses dois verbos podem também apresentar
uma outra construção, em que a coisa
esquecida/lembrada funciona como sujeito.
Lembrou-me aquele compromisso.
Nesse exemplo, o sentido do verbo é de "ocorrer,
vir à mente" , o sujeito é "aquele compromisso" e
"me" funciona como objeto indireto.
Esqueceu-me aquele compromisso.
Nesse exemplo, o sentido do verbo é de "fugir da
memória". O sujeito é "aquele compromisso" e o
me funciona como objeto indireto.
IMPLICAR
Transitivo Direto – trazer como conseqüência,
acarretar.
Um contrato implica aceitação de cláusulas.
Transitivo Indireto – promover rixas, mostrar má
disposição para com alguém.
A menina implicou com a outra.
NAMORAR
Transitivo Direto - Cortejar
Quem você quer namorar?
OBEDECER / DESOBEDECER
Transitivos Indiretos - regem a preposição A.
Os filhos obedecem aos pais.
A filha obedece-lhes em tudo.
Embora transitivos indiretos , esses verbos
aceitam a voz passiva.
A lei foi obedecida por todos.
PAGAR / PERDOAR
Transitivos Diretos e Indiretos - pedem objeto
direto da coisa que se paga ou se perdoa, e
objeto indireto da pessoa a quem sem paga ou
se perdoa.
Deus perdoe nossos pecados (coisa).
O homem perdoava aos seus devedores
(pessoa).
Dava-lhe dinheiro para pagar ao mestre (pessoa).
PREFERIR
Transitivo Direto e Indireto - Não aceita reforço,
rege preposição A .
"Quem prefere, prefere alguma coisa a outra", e
não prefere uma coisa "do que a outra".
Devem ser evitados os pleonasmos "preferir
mais", "preferir antes", "preferir muito mais",
"preferir mil vezes do que"...
PRECISAR
Transitivo Direto - determinar com exatidão.
Ele não soube precisar a quantia perdida.
Transitivo Indireto - necessitar.
O país precisa de guerreiros.
PROCEDER
Intransitivo - comportar-se, ter fundamento,
originar-se, provir.
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A caravana procedia (originava-se) do sertão .
A moça procedeu (comportou-se) corretamente.
O depoimento do réu procedia (teve fundamento).
Transitivo Indireto - dar início, realizar. Rege
preposição A .
O professor procedeu (realizou) à leitura do texto.
QUERER
Transitivo Direto – Desejar.
Eu quero o biscoito recheado.
Transitivo Indireto – ter afeto: rege a preposição
A.
Os filhos querem aos pais.
Do filho que muito lhe quer.
VISAR
Transitivo Direto - apontar, mirar, rubricar.
O atirador visou o alvo.
O banco visou o cheque.
Transitivo Indireto - pretender, almejar. Rege
preposição A e rejeita LHE(s).
A ação visava ao restabelecimento da paz
Não vise apenas ao progresso material.
Ele visava a alcançar o título.
________________________________________
Exercícios
01. Está correto o emprego da expressão
sublinhada na frase:
(A) Os exercícios com que o autor se refere são
aqueles praticados sem muito controle.
(B) As substâncias na qual a privação acarreta
depressão são a dopamina e a endorfina.
(C)) Quando o tempo de que dispomos é
insuficiente para a ginástica, cresce a nossa
ansiedade.
(D) É um círculo vicioso, de cujo alguns não
conseguem escapar.
(E) As condições adversas em cujas muita gente
faz ginástica ressaltam essa dependência.
02. Todas as religiões têm rituais, e os fiéis que
seguem esses rituais beneficiam-se não
propriamente das práticas que constituem os
rituais, mas da meditação implicada nesses
rituais.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima
substituindo-se os segmentos sublinhados,
respectivamente, por:
(A) lhes seguem - lhes constituem - neles
implicada
(B) os seguem - os constituem - neles implicada
(C) os seguem - os constituem - lhes implicada
(D) os seguem - lhes constituem - implicada nos
mesmos
(E) seguem-nos - constituem-nos - a eles
implicada
03. É mais do que suficiente o vocabulário _____
dispomos.
O termo _______ o autor se refere é surfar.
Tendo em vista a regência verbal, completam-se
corretamente as frases com:
(A) de que - a que.
(B) com que - de que.
(C) que - de que.
(D) a que - que.
(E) a que - com que.
04. O conhecimento ___________ se referia o
profissional, se faz presente nas pessoas
___________ valores não são materiais.
Assinale a opção que, segundo o registro culto e
formal da língua, preenche as lacunas acima.
(A) que – que (B) que – cujos os
(C) a que – cujos (D) o qual – de
cujos
(E) o qual – para quem
05. Indique a opção em que a expressão em
destaque pode ser substituída por ―lhe‖, assim
como em ―...uma parte do mérito lhe cabe,‖
(A) O economista chamou o colega de benfeitor
da natureza.
(B) A Fundação convidou o professor para o
cargo de diretor.
(C) O projeto pertence ao renomado cientista.
(D) O governo criou recentemente o Bolsa-
Floresta.
(E) A diretora gosta muito de sua assistente.
06. Observe as frases a seguir.
O êxito ______ confiamos depende de esforço e
dedicação.
Os modelos de ídolos ______ todos aspiramos
deveriam ser constituídos de valores éticos.
A opção que preenche, respectivamente, as
lacunas das frases acima, de acordo com a
norma culta, é:
(A) para que / de que.
(B) de que / a que.
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(C) em que / com que.
(D) em que/ a que.
(E) a que / em que.
07. Analise as frases.
– Desejavam saber o preço __________
venderiam o
camarão.
– Com cenário iluminado, a pesca na lagoa foi a
mais
bonita __________ assistiu.
– O barco __________ estavam os que se
dirigiam ao
porto passava distante dos pescadores.
Tendo em vista a regência verbal, as frases
acima se
completam com
(A) de que / em que / com que
(B) de que / em que / do qual
(C) pelo qual / a que / em que
(D) pelo qual / que / de que
(E) com o qual / com que / em que
08. Assinale a opção cuja regência do verbo
apresentado é a mesma do verbo destacado na
passagem ―Ser aceito implica mecanismos mais
sutis e de maior alcance...‖
(A) Lembrar-se.
(B) Obedecer.
(C) Visar (no sentido de almejar).
(D) Respeitar.
(E) Chegar.
09. Assinale a alternativa cuja seqüência completa corretamente as frases abaixo:
A lei ____ se referiu jà foi revogada.
Os problemas ____se lembraram eram muito grandes.
O cargo _____aspiras é muito importante.
O filme _____gostou foi premiado.
O jogo _______ assistimos foi movimentado.
A) que - que - que - que - que
B) a que -de que-que-que - a que
C) que - de que - que - de que - que
D) a que - de que - a que - de que- a que
E) a que - que - que - que - a que
10. As liberdades _____ se refere o autor dizem respeito a direitos _____ se ocupa a nossa Constituição.
Preenchem de modo correto as lacunas da frase acima, na ordem dada, as expressões:
(A) a que - de que (D) à que - em que
(B) de que - com que (E) em que - aos quais
(C) a cujas - de cujos
11. Assinale a opção cuja lacuna não pode ser preenchida pela preposição entre parênteses:
A) uma companheira desta, _____ cuja figura os
mais velhos se comoviam. (com)
B) uma companheira desta, _____ cuja figura já nos referimos anteriormente. (a)
C) uma companheira desta, _____ cuja figura havia um ar de grande dama decadente. (em)
D) uma companheira desta, _____cuja figura andara todo o regimento apaixonado. (por)
E) uma companheira desta, _____ cuja figura as crianças se assustavam. (de)
PRÁTICA DE TEXTO
TCE/RO
É preciso voltar a gostar do Brasil
Muitos motivos se somaram, ao longo da
nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar,
mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já
independentes, continuamos a ser um animal
muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão
européia, concebida desde o início para servir ao
mercado mundial, organizada em torno de um
escravismo prolongado e tardio, única monarquia
em um continente republicano, assentada em
uma extensa base territorial situada nos trópicos,
com um povo em processo de formação, sem um
passado profundo onde pudesse ancorar sua
identidade. Que futuro estaria reservado para
uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas
para compreender esse enigma e constituir uma
teoria do Brasil foram, em larga medida,
infrutíferas. Não sabíamos fazer outra coisa
senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto o
Brasil se olhou no espelho europeu só pôde
construir uma imagem negativa e pessimista de si
mesmo, ao constatar sua óbvia condição não-
européia.
Houve muitos esforços meritórios para
superar esse impasse. Porém, só na década de
1930, depois de mais de cem anos de vida
independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada.
Devemos ao conservador Gilberto Freyre, em
1934, com Casa-grande & Senzala, uma
revolucionária releitura do Brasil, visto a partir do
complexo do açúcar e à luz da moderna
antropologia cultural, disciplina que então apenas
engatinhava. (...) Freyre revirou tudo de ponta-
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cabeça, realizando um tremendo resgate do papel
civilizatório de negros e índios dentro da
formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra
do Estado ou das demais instituições formais,
todas aqui muito fracas. Foi obra da família
patriarcal, em torno da qual se constituiu um
modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar
investigativo do antropólogo: comidas, lendas,
roupas, cores, odores, festas, canções,
arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da
experiência brasileira) não se encontrava na
política nem na economia, muito menos nos feitos
dos grandes homens. Encontrava-se na cultura,
obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois
anos depois, com Raízes do Brasil, um instigante
ensaio – ―clássico de nascença‖, nas palavras de
Antônio Cândido – que tentava compreender
como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e ―americana‖ do século 20.
Ao contrário do pernambucano Gilberto Freyre, o
paulista Sérgio Buarque não sentia nostalgia pelo
Brasil agrário que estava se desfazendo, mas
tampouco acreditava na eficácia das vias
autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto.
Observa o tempo secular da história. Considera a
modernização um processo. Também busca a
singularidade do processo brasileiro, mas com
olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que ―a nossa revolução‖ está em
marcha, com a dissolução do complexo ibérico de
base rural e a emergência de um novo ator
decisivo, as massas urbanas. Crescentemente
numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de
favores, mas de direitos. No lugar da comunidade
doméstica, patriarcal e privada, seríamos enfim
levados a fundar a comunidade política, de modo
a transformar, ao nosso modo, o homem cordial
em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos
de partida muito valiosos, mesmo que tenham
descrito um país que, em parte, deixou de existir.
O Brasil de Gilberto Freyre girava em torno da
família extensa da casa-grande, um espaço
integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de
uma urbanização que prometia associar-se a
modernidade e cidadania.
BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos. Ano
X, no 111. jun. 2006. (adaptado)
1. Segundo o texto, o ―...tremendo resgate do
papel civilizatório de negros e índios dentro da
formação social brasileira.‖ (l. 29-30) refere-se:
(A) à influência das culturas indígena e negra na
civilização ibérica.
(B) à influência destas etnias na constituição da
cultura
brasileira.
(C) às interferências ibéricas na formação destas
etnias.
(D) às dificuldades que estes povos criaram para
a formação social brasileira.
(E) ao massacre sofrido por estes povos no
processo colonizador.
2. O autor enaltece as teorias de Freyre e
Buarque ―mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir.‖ (l. 69-70).
Segundo o texto, o país, em parte, deixou de
existir em virtude de:
(A) diferentes colonizações na sua história.
(B) erros na decifração do enigma brasileiro.
(C) inevitáveis mudanças ao longo da história.
(D) equívocos na construção da cultura.
(E) dificuldades encontradas pelos antropólogos.
3. Para Sérgio Buarque, ―as massas urbanas‖ (l.
61) representam o(a):
(A) sinal de liberdade dos senhores locais.
(B) empecilho à decifração do enigma brasileiro.
(C) resultado da colonização de raízes ibéricas.
(D) produto de transformações feitas pela ―nossa
revolução‖.
(E) demonstração do autoritarismo em voga na
década de 30.
4. O termo destacado em ―...um espaço
integrador dentro da monumental
desigualdade;‖ (l. 71-72) faz contraponto com
o(a):
(A) processo autoritário de modernização.
(B) contraste econômico entre o campo e a
cidade.
(C) comunidade doméstica patriarcal.
(D) estratificação social da casa-grande.
(E) construção da cidadania decorrente da
urbanização.
5. O fragmento ―somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias.‖ (l. 56-58) sinaliza uma oposição.
Assinale a opção em que os termos demonstram,
respectivamente, esta oposição.
(A) Independente / insubmissa.
(B) Colonial / singular.
(C) Única / igualitária.
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(D) Livre / original.
(E) Peculiar / específica.
6. A compreensão do Brasil foi retardada pela
existência de:
(A) uma família patriarcal que se opôs ao trabalho
civilizatório das instituições formais.
(B) uma sociedade que continuou mercantilista
até a independência.
(C) um enigma que só pôde ser decifrado com os
ideais republicanos.
(D) muitos dados que enredaram a nossa cultura.
(E) aspectos que levaram à formação de uma
identidade nacional contraditória.
7. É CONTRÁRIA ao texto a seguinte afirmação:
(A) Sérgio Buarque não considera a passagem
para a
modernidade um processo lesivo aos interesses
nacionais.
(B) Gilberto Freyre e Sérgio Buarque
compartilham o sentimento pelo ocaso da
sociedade agrária.
(C) Gilberto Freyre, conservador, faz uma
releitura do Brasil que não se restringe ao
elemento europeu.
(D) O dualismo vivência rural e vivência urbana é
cotejado por Sérgio Buarque em sua obra.
(E) O ponto de contato entre o pensamento dos
dois autores consiste na investigação do que há
de específico na brasilidade.
8. O aspecto enigmático da sociedade brasileira
consiste:
(A) em se desvendar a razão de não se gostar
muito do Brasil.
(B) na fragilidade do olhar investigativo dos
estudiosos.
(C) na ineficácia dos esforços de se entender o
Brasil em decorrência de sua situação geográfica.
(D) na incapacidade brasileira de copiar os
saberes europeus.
(E) nas contradições existentes mesmo em
etapas diferentes de sua constituição política.
9. Em ―seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao
nosso modo, o homem cordial em cidadão.‖ (l.
65-67), as partes destacadas podem ser
substituídas, sem alteração de sentido, por:
(A) de maneira que pudéssemos – do nosso jeito.
(B) com o fim de – como se fosse nosso.
(C) na forma de – da nossa sociedade.
(D) tendo como objetivo – para nosso lucro.
(E) sem fins de – do mesmo jeito.
10. Assinale a opção em que o conjunto
destacado NÃO atribui ao texto a idéia de
FINALIDADE.
(A) ―Muitos motivos se somaram, (...) para
dificultar a tarefa de decifrar, (...) o enigma
...‖(l.1-3)
(B) ―concebida desde o início para servir ao
mercado mundial,‖ (l.5-6)
(C) ―(...) as tentativas feitas para compreender
esse enigma (...) foram, (...) infrutíferas.‖ (l.13-15)
(D) ―Houve muitos esforços meritórios para
superar esse impasse.‖ (l. 20-21)
(E) ―experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana ...‖ (l. 47-48)
11. Na construção de uma das opções abaixo foi
empregada uma forma verbal que segue o
mesmo tipo de uso do verbo haver em ―Houve
muitos esforços meritórios para superar esse
impasse.‖ (l. 20-21). Indique-a.
(A) O antropólogo já havia observado a atitude
dos grupos sociais.
(B) Na época da publicação choveram elogios
aos livros.
(C) Faz muito tempo da publicação de livros como
estes.
(D) No futuro, todos hão de reconhecer o seu
valor.
(E) Não se fazem mais brasileiros como
antigamente.
12. Assinale a opção em que há uso
INADEQUADO da regência verbal, segundo a
norma culta da língua.
(A) É interessante a obra de Freyre com a qual a
de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral.
(B) É necessário ler estes livros nos quais nos
vemos caracterizados.
(C) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm
grande admiração, é filho de Sérgio Buarque.
(D) É tão bom escritor que não vejo alguém de
quem ele possa se comparar.
(E) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas
leis as pessoas traçam suas vidas.
13. Em qual das palavras apresentadas a seguir
as lacunas NÃO podem ser preenchidas com os
mesmos sinais gráficos destacados no vocábulo
expansão?
(A) E __clu __ão. (D) E __ pan __ ivo.
(B) E __po __ição. (E) E __ cur __ão.
(C) E __ terili __ação.
14. A ausência do sinal gráfico de acentuação
cria outro sentido para a palavra:
(A) trânsito. (B) características.
(C) inevitável. (D) infrutíferas.
(E) anônimas.
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GABARITO DOS EXERCÍCIOS
CONCORDÂNCIA VERBAL
01. a) Aconteceram; b) Ficaram; c) Sobraram; d) devem existir; e) podem ocorrer. 02. a) Anunciaram-se; b) se farão; c) Trata-se; d) se fala; e) Obtiveram-se 03.E 04.A 05.C 06.A 07.B 08.D 09.E 10.B 11.C 12.A 13.C 14.E 15.C 16.E PRÁTICA DE TEXTO: 01.D 02.E 03.C 04.E 05.A 06.B 07.D 08.B 09.D 10.E 11.A 12.E 13.C 14.A 15.C 16.B 17.C
REGÊNCIA VERBAL
01.C 02.B 03.A 04.C 05.C 06.D 07.C 08.D 09.D 10.A 11.E PRÁTICA DE TEXTO: 01.B 02.C 03.D 04.E 05.B 06.D 07.B 08.E 09.A 10.E 11.C 12.D 13.C 14.A
EMPREGO INDICATIVO DA CRASE Do grego krâsis (mistura, fusão). Em gramática normativa, significa a contração ou fusão de duas vogais em uma só ( aa > à ). Esse fenômeno é indicado pelo acento grave. A crase vai ocorrer quando houver a fusão da preposição “a” com: 1. o artigo feminino ―a‖ ou ―as‖; Refiro-me a a concorrência. prep. + art. Refiro-me à concorrência. crase 2. o pronome demonstrativo "a" ou "as"; Perdoarei a as que quiserem. prep. + pron. demonstrativo Perdoarei às que quiserem. crase crase 3. os pronomes demonstrativos "aquilo", "aquele" e flexões. Assistirei a aquele filme. prep. + pron. demonstrativo Assistirei àquele filme. crase CASOS EM QUE PODE OCORRER CRASE 1. Antes de palavras femininas, claras ou subentendidas. Dirijam-se à secretaria. Usava bigodes à Salvador Dali. (à moda de) Método prático: Substituir a palavra feminina por masculina e observar a conseqüência (a > ao = à). O orador aspirava a(?) fama. O orador aspirava ao sucesso. O orador aspirava à fama. Os críticos elogiaram as(?) poesias. Os críticos elogiaram os poemas. Os críticos elogiaram as poesias. 2. Antes dos pronomes relativos que, a qual e as quais Dirigiu-se à que estava ao seu lado. As pessoas às quais aludimos moram no Sul. Método prático: Substituir o antecedente por palavra masculina e observar a conseqüência (a > ao > à). Esta caneta é igual a(?) que perdi. Este livro é igual ao que perdi. Esta caneta é igual à que perdi. Vi a peça (?) que te referes. Vi o filme a que te referes. Vi a peça a que te referes. A glória a(?) qual aspirei, era efêmera. O êxito ao qual aspirei, era efêmero. A glória à qual aspirei...
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3. Com os pronomes demonstrativos aquilo, aquele (e flexões) Não chegarás àquele patamar. Sempre visou àquilo mesmo. Método prático: Substituir os pronomes, respectivamente, por "isto" ou "este", observando a presença ou não da preposição. aquilo > isto = aquilo aquele > este = aquele aquilo > a isto = àquilo aquele > a este = àquele O povo não obedecia aquelas (?) leis. O povo não obedecia a estas leis. O povo não obedecia àquelas leis. Ninguém aceitou aquilo (?). Ninguém aceitou isto. Ninguém aceitou aquilo. 4. Crase antes de nomes de lugares Só haverá crase com nomes determinados pelo artigo a. Quando formos à Bahia. (determinado por artigo) Quando formos a Belém. (não é determinado por artigo) Método prático para saber se há artigo. "Versinho da Tia Júlia". Se estou na ou volto da, pode haver crase no a; Se estou em ou volto de, crase pra quê." Os turistas dirigiam-se a (?) Califórnia. prep. a + art. a (Estou na Califórnia) Os turistas dirigiam-se à Califórnia. Observação: Nomes de lugares determinados por adjetivos, locuções adjetivas e alguns pronomes, sempre serão determinados por artigo. Ainda voltarei à Roma eterna. CASOS PARTICULARES 1. Com a palavra "casa" a) Significando lar (nossa própria casa). Aparece sozinha, isto é, sem adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, não há crase porque não há artigo. Ao chegarmos a casa, já era noite alta. b) Indicando ser a casa de outrem ou estabelecimento comercial, aparece acompanhada de adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, pode haver crase: há artigo, mas depende de preposição. Falta pouco para chegarmos à casa dos noivos. (chegar a) Todos querem comprar a casa própria. (comprar - v.t.d.) 2. Com a palavra "terra" a) Significando terra firme (o oposto de mar, água, bordo), aparece sem adjetivos, pronomes ou
locuções. Nesse caso, não há crase porque não há artigo. Os turistas foram a terra comprar flores. b) Significando lugar (cidade, estado, país), aparece com adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, pode haver crase: há artigo, mas depende de preposição. Os marujos retornaram à terra dos piratas. (retornar a) Gostaria de conhecer a terra de meus antepassados. (conhecer - v.t.d.) 3. Com a palavra "distância" A única locução adverbial formada com palavra feminina em que não ocorre crase é "a distância"; entretanto, se estiver determinada, teremos locução prepositiva, acentuada: "à distância de". O povo ficou a distância do congresso. O povo ficou à distância de cem metros do incêndio. 4. Crase Facultativa a) Antes de nomes personativos femininos Os diretores dirigiram elogios a (à) Maria Helena. Se fosse um nome personativo masculino: Os diretores dirigiram elogios a (ao) Paulo Miguel. Como se vê o uso do artigo é facultativo. Observação: Vindo o nome determinado como de pessoa amiga, parente, a crase não mais será facultativa, porque nesse caso o uso do artigo se fará mister. Os diretores dirigiram elogios à Maria Helena, minha irmã.
b) Antes de pronomes possessivos adjetivos (no singular) Antes de tudo viso a (à) minha salvação. Se fosse um pronome masculino: "Antes de tudo viso a (ao) meu bem-estar.", também o uso do artigo é facultativo. Observação: Em se tratando de pronome substantivo (e havendo a preposição) a crase será de rigor. Viso a (à) minha salvação e não à tua. c) Depois da preposição "até" Esta alameda vai até a (à).fazenda do meu pai. Se houvesse um nome masculino: "Esta alameda vai até o (ao) sítio do meu pai.", pode-se inferir que é facultativa a combinação das preposições até e a para ressaltar a idéia de limite ou exclusão. 5. Crase nas locuções formadas com palavras femininas Acentua-se o a das locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas, formadas com palavras femininas. a) Locuções adverbiais À primeira vista, o trabalho pareceu-nos bem simples. Sempre estudei à noite e nem por isso fiquei obscuro.
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b) Locuções prepositivas Quem vive à espera de facilidades, encontra falsidades. Triunfaremos à custa de nossos méritos. c) Locuções conjuntivas O flagelo aumentava à medida que as chuvas continuavam. A proporção que subíamos, o ar tornava-se mais leve. Observações: 1. Segundo alguns dos principais autores, às vezes, o acento grave no "a" (à) representa a pura preposição que rege substantivo feminino, formando locução adverbial. Se tal procedimento não fosse adotado; teríamos, então, muitas frases ambíguas. O rapaz cheirava a bebida. (aspirava o cheiro da bebida) O rapaz cheirava à bebida. (exalava o cheiro da bebida) 2. Em relação à crase nas locuções adverbiais, há certa divergência entre alguns gramáticos; porém há consenso nos casos em que possa haver ambigüidade: Fique a vontade na sala. Sujeito ou a. adv. modo? EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS
Assinale como Falso (F) ou Verdadeiro (V): 1. ( ) A assistência às aulas é indispensável. 2. ( ) Esta novela nem se compara a que assistimos. 3. ( ) Obedecerei àquilo que me for determinado 4. ( ) O professor foi a Taguatinga comprar pinga. 5. ( ) Chegou a casa e logo se jogou na cama. 6. ( ) Os turistas foram à terra comprar flores. 7. ( ) Via-se, a distância de cem metros, uma luz. 8. ( ) Diga a Adriana que a estamos esperando. 9. ( ) Ela fez alusões a sua classe e não a minha. 10. ( ) O conselheiro jamais perdoou a Dona Margarida. 11. ( ) Esta alameda vai até à chácara de meu pai. 12. ( ) Os meninos cheiravam a cola. 13. ( ) Eles andavam à toa, sempre à procura de dinheiro, vivendo e comendo à medida que podiam. Múltipla escolha 14. Assinale a alternativa em que o acento indicativo da crase é obrigatório nas duas ocorrências. a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. As leis estão subordinadas a Lei-Mãe.
b) Obedecer aqueles princípios é necessário. É direito que assiste a autora rever a emenda. c) Alguns parlamentares anuíram a proposta de emenda. Agiram contra a lei. d) Estamos sujeitos a muitas leis. São contrários a lei. e) O Presidente atendeu a reivindicação do ministro. Procurou-se assistir as populações atingidas pela seca. 15. Não sei ________ quem devo dirigir-me: se ______ funcionária desta seção, ou _____ da seção de protocolo. a) a-a-a; c) a-à-à; e) à-à-à. b) a-à-a; d) à-a-à; 16. Assinale a alternativa em que a crase está indicada corretamente. a) Não se esqueça de chegar à casa cedo. b) Prefiro isto aquilo, já que ao se fazer o bem não se olha à quem. c) Já que pagaste àquelas dívidas, à que situação aspiras? d) Chegaram até à região marcada e daí avançaram até à praia. e) É um perigo andar a pé, sozinho, a uma hora da madrugada. 17. Daqui _____ vinte quilômetros, o viajante encontrará, logo _____ entrada do grande bosque, uma estátua que _____ séculos foi erigida em homenagem deusa da mata. a) a-à-há-à; d) a-à-à-à; b) há -a-à-a; e) há -a-há-a. c) à-há-à-à; 18. O progresso chegou inesperadamente _____ subúrbio. Daqui ________ poucos anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que, _______ tão pouco tempo, marcavam a paisagem familiar. a) aquele - a - a; d) àquele - a - há; b) àquele - à - há; e) aquele - à - há. c) àquele - à - à; 19. O fenômeno _______ que aludi é visível _______ noite e olho nu. a) a-a-a; c) a-à-a; e) à-à-a. b) a-à-à; d) a-à-à; 20. Já estavam _______ poucos metros da clareira _________ qual foram ter por um atalho aberto _______ facão. a) à-à-a; c) a-a-à; e) à-à-à. b) a-à-a; d) à-a-à; 21. Assinale a opção incorreta no que se refere ao emprego do acento grave indicativo de crase.
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a) Há cinco anos vivendo em São Paulo, um cidadão inglês foi constrangido a abandonar a tradicional pontualidade britânica. Para ir à casa de seus alunos, ele enfrenta horas de trânsito congestionado. b) Assustado com os efeitos do trânsito sobre os índices de poluição, o secretário estadual de Meio Ambiente pregou a necessidade de restringir à circulação de carros na capital paulista. c) Em Salvador, a terceira cidade mais populosa do País, a prefeitura recorreu à parceria com a iniciativa privada para alargar as avenidas mais importantes. d) O motorista entregou a documentação a uma das funcionárias do Departamento e ficou à espera do resultado, a fim de que pudesse resolver o seu problema a curto prazo. e) Quanto àquele problema de falta de verbas para o Departamento, o diretor resolveu dirigir-se diretamente a Sua Excelência, de modo a deixar os funcionários mais tranqüilos. 22. "Hoje deve haver menos gente por lá, conjeturou; ótimo, porque assim trabalho à vontade." Assinale a alternativa em que também deve ocorrer o acento grave indicador da crase. a) O dia 28 de outubro é consagrado a todas as pessoas que trabalham no serviço público. b) O ponto era facultativo somente a funcionárias do ING. c) João Brandão foi a tarde ao ING. d) Ele galgava a parede quando o vigia o encontrou. 23. Assinale a frase em que o acento indicador da crase foi usado incorretamente. a) A obsessão à qual sacrificou a juventude não o persegue mais. b) Sentavam-se nas pedras do caminho à espera da comitiva do peão. c) Na imaginação, porém, ele voltava àquele mundo de sonho e fantasia. d) Depois de refletir, dirigi-me, decididamente, à casa de meu amigo. e) Tenho certeza de que os documentos não fazem referência à nada do que dizes. 24. Assinale o emprego incorreto de "a" e "à". a) "Os detritos cósmicos viajam a mais de 3.200 km por hora, 2,6 vezes a velocidade do som. b) A essa velocidade, uma esfera de metal do tamanho de uma unha que se chocar contra um objeto maior ... c) ... libera energia equivalente a explosão de uma granada. O futuro desses objetos é um dia precipitarem-se sobre a Terra. d) Os menores devem desintegrar-se. Os maiores podem chegar à superfície quase intactos.
e) Na prática, isso já vem ocorrendo em escala menor: em algumas de suas missões, também o ônibus espacial já retornou à Terra com avarias provocadas por colisões em órbita." (VEJA, 22/3/95 - adaptado) 25. Indique a letra em que os termos preenchem corretamente, pela ordem, as lacunas do trecho dado. "Assustada _____ família com os versos em que o via sempre ocupado, foi reclamar ao grande mestre que não o via estudar em casa, ao que lhe foi respondido que _____ sua assiduidade e aplicação _____ aulas nada deixavam _____ desejar. Era o que bastava e daí por diante continuou tranqüilo a ler e fazer versos..." (Francisco Venâncio Filho) a) à-a-as-à; d) à-a-as-à; b) a-à-às-a; e) à-à-às-a. c) a-a-às-a; GABARITO: 1. V 6. F 11. V 16. D 21. B 2. F 7. F 12. V 17. A 22. C 3. V 8. V 13. V 18. D 23. E 4. V 9. F 14. B 19. C 24. C 5. V 10. V 15. C 20. B 25. C
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Pontuação
EMPREGO DA VÍRGULA
01. Para separar os termos da mesma função,
assindéticos:
"Vim, vi, venci."
Havendo a conjunção "e" entre os dois últimos
termos, suprime-se a vírgula:
"A mulher dança, pula e se diverte ao som da
banda."
02. Para isolar o vocativo:
"João, onde está o feijão?"
"E agora, José?
03. Para isolar o aposto explicativo:
"FHC, ex-presidente, manteve o hábito de viajar
muito."
04. Para assinalar a inversão dos adjuntos
adverbiais:
"Por impulso instantâneo, todo a equipe
comemorou."
Diante de todos os convidados, o casal disse
sim."
Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas
um simples advérbio, pode-se dispensar a
vírgula, ainda que venha deslocado:
"Hoje, completamos mais um ano de vida".
"Hoje completamos mais um ano de vida".
05. Para marcar a elipse do verbo:
"João e Maria comeram feijão; Mário, somente
arroz.
06. Nas datas:
"Recife, 23 de novembro de 2000."
"Rio de Janeiro, 01 de janeiro de 2001"
Observe um detalhe: nomes de meses são,
invariavelmente, grafados em letra minúscula.
07. Nas construções onde o complemento
verbal, por vir anteposto, é repetido por um
pronome enfático (objeto direto / indireto
pleonástico):
"A mim, ninguém me engana."
"Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço."
08. Para isolar certas palavras ou expressões
explicativas, corretivas, continuativas,
conclusivas, tais como “por exemplo, além
disso, isto é, aliás, então, etc‖.
09. Para separar as orações coordenadas
assindéticas:
"No dia do listão haverá feijão, haverá muito
feijão, haverá um dilúvio de feijão para a
comemoração."
10. Para separar as orações coordenadas
ligadas pela conjunção "e", quando os
sujeitos forem diferentes:
"Veio a noite da feijoada, e João não havia se
preparado."
11. Para separar as orações coordenadas
ligadas pelas conjunções mas, senão, nem,
que, pois, porque, ou pelas alternativas:
ou...ou; ora...ora; quer...quer, etc.
"O adolescente é muito rico, mas não vive feliz."
"Ou o conhece, ou não".
12. Para isolar as conjunções adversativas
porém, todavia, contudo, no entanto; e as
conjunções conclusivas logo, pois, portanto.
"Ao sair do lugar, contudo, teve umas sombras de
dúvida."
"Nada diminuía, portanto, as probabilidades do
perigo diante da situação."
13. Para separar as orações adverbiais
(iniciadas pelas conjunções subordinativas-
não integrantes), principalmente quando
antepostas à principal:
"Como estudou direito para o vestibular, passou
para o curso de Direito."
Quando você vier, eu sairei de casa.
14. Para separar os adjetivos e as orações
adjetivas de sentido explicativo:
"O jardim, que está florido, será protegido durante
a chuva."
"As mulheres, endividadas, procuraram a ajuda
do gerente bancário."
EMPREGO DO PONTO E VÍRGULA
01. Para separar orações independentes que
têm certa extensão, sobretudo se tais orações
possuem partes já divididas por vírgula:
"Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se;
outros folgavam, descuidavam-se, não pensavam
no futuro."
02. Para separar as partes principais de uma
frase cujas partes subalternas têm de ser
separadas por vírgulas:
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"Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes são
cidades de Pernambuco; Petrópolis, Teresópolis,
Friburgo, do Rio de Janeiro.
03. Para separar os diversos itens de uma lei,
de um decreto, etc.
"Art.12. Os cargos públicos são providos por:
I - Nomeação; V - Readmissão;
II - Promoção; VI - Reversão;
III - Transferência; VII - Aproveitamento."
IV - Reintegração;
EMPREGO DO PONTO FINAL
01. No período simples:
A família representa tudo na vida de uma pessoa.
02. No período composto :
João comeu feijão, e Maria bebeu suco.
03. Nas abreviaturas:
d.C – depois de Cristo
V.A – Vossa Alteza
EMPREGO DOS DOIS PONTOS
01. Para anunciar a fala do personagem:
O militar ordenou:
- Todos para a flexão!
02. Para anunciar uma enumeração:
Alguns homens preferem as seguintes opções de
vida: lazer, dinheiro, uma boa mulher, futebol,
feijão e muita saúde para viver intensamente.
03. Para anunciar um esclarecimento:
Escute bem isto: quem vive feliz sexualmente,
relaciona-se bem na sociedade.
04. Para anunciar uma citação:
"Aristóteles dizia a seus discípulos: Meus amigos,
não há amigos"
PONTO DE INTERROGAÇÃO
É o sinal que se coloca no fim de uma oração
para indicar uma pergunta direta:
Quem quer feijão?
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Emprega-se depois das interjeições ou depois de
orações que designam espanto, admiração:
"Quantos gols! Esse time é muito bom!
RETICÊNCIAS
Indicam interrupção ou suspensão do
pensamento ou, ainda, hesitação ...
"Quem conta um conto..."
"Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam
os homens menos satisfeitos..."
PARÊNTESES
Servem os parênteses para separar palavras ou
frases explanatórias, intercaladas no período:
"Estava Mário em sua casa (nenhum prazer
sentia fora dela), quando ouviu baterem..."
TRAVESSÃO
É um traço de certa extensão, maior do que o
hífen, que indica a mudança de interlocutor:
Quem é?
- Sou eu.
O travessão substitui comumente os
parênteses, as vírgulas e os dois pontos:
"O fato narrado - segundo disse o delegado -
estava repleto de incoerências."
"Se não fosse eu - amigo daquela mulher - a
história teria um final infeliz."
"Prestem atenção - Ninguém deve sair."
ASPAS
Usam-se as aspas:
A) No princípio e no fim das citações, para
distingui-las da parte restante do discurso:
Um sábio disse:
"Agir na paixão é embarcar durante a
tempestade."
B) Para distinguir palavras e expressões
estranhas ao nosso vocabulário (expressões
estrangeiras, neologismos, gírias, etc.):
João vive num verdadeiro "trash".
C) Para dar ênfase a palavras ou expressões:
A palavra "sexo" está presente 24h na mente
masculina.
Exercícios
01. Assinale a alternativa corretamente pontuada:
A) Hoje, em dia, através do avanço da medicina,
muitas doenças têm cura.
B) Hoje em dia através do avanço da medicina,
muitas doenças, têm cura.
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C) Hoje em dia, através do avanço da medicina,
muitas doenças têm cura.
D) Hoje em dia, através do avanço da medicina
muitas doenças têm cura.
E) Hoje em dia através do avanço, da medicina,
muitas doenças têm cura.
02. Indique o período cuja pontuação está
inteiramente correta.
A) Há muito, vêm caindo os salários dos
professores das universidades públicas, estes
desanimados fazem greve ou, as trocam pelas
instituições privadas.
B) Há muito vêm caindo os salários, dos
professores das universidades públicas: estes
desanimados, fazem greve ou as trocam, pelas
instituições privadas.
C) Há muito, vêm caindo, os salários dos
professores das universidades públicas; estes
desanimados fazem greve, ou as trocam pelas
instituições privadas.
D) Há muito vêm caindo os salários dos
professores das universidades públicas; estes,
desanimados, fazem greve ou as trocam pelas
instituições privadas.
E) Há muito vêm caindo, os salários dos
professores, das universidades públicas; estes,
desanimados, fazem greve, ou: as trocam pelas
instituições privadas.
03. É preciso suprimir a vírgula da seguinte
frase:
(A) Ainda que não haja consenso, muitos
acreditam que a prática da meditação traz efeitos
altamente positivos.
(B) Normalmente, os rituais religiosos acabam
induzindo os crentes à prática da meditação.
(C) Não importa qual seja a crença, todas as
práticas religiosas estimulam a meditação.
(D) Todo aquele que se entrega à prática da
meditação,acaba atingindo um patamar de maior
serenidade espiritual.
(E) Segundo já se observou, as práticas religiosas
estimulam o bom convívio entre as pessoas.
04. Está inteiramente correta a pontuação da
frase:
(A) A adolescência hoje, não apenas começa
mais cedo, como também ameaça não terminar
nunca indo até a velhice.
(B) O mercado que tem leis tão oportunistas
quanto implacáveis, sabe como alimentar essa
idolatria, e tirar dela todo o proveito.
(C) Deve-se destacar entre as conseqüências
geradas por tal idolatria, o fato de que, a
experiência dos mais velhos já não goza de
prestígio.
(D) Atualmente, aqueles que, por qualquer razão,
não se dediquem ao culto da eterna juventude
acabam sendo estigmatizados.
(E) Julga o autor do texto que, o natural medo de
envelhecer, de adoecer e o morrer esteja na raiz
mesma, desse culto obsessivo do ―ser jovem‖.
05. Assinale a opção cuja frase apresenta ERRO
de pontuação.
(A) Acumulam-se, no decorrer da vida,
experiências diversas.
(B) Logo depois, quando conseguiu o equilíbrio
necessário, atingiu o seu propósito de vida.
(C) O conhecimento, contudo, não é suficiente
para alcançarmos a sabedoria.
(D) O sábio analisa o mundo a sua volta, e eu, a
vida que me cerca.
(E) As análises psicológica, psicanalítica e
terapêutica, não condizem com a da maioria das
pessoas.
06. ―Em meados de junho, a nova-iorquina
Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil pela
primeira vez.‖
As opções abaixo reestruturam a sentença acima,
mantendo o mesmo sentido e pontuação
adequada, EXCETO uma. Assinale-a.
(A) Em meados de junho, pela primeira vez, a
nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve
no Brasil.
(B) Esteve no Brasil pela primeira vez, em
meados de junho, a nova-iorquina Rebecca
Moore, 52 anos.
(C) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos,
esteve, pela primeira vez, em meados de junho,
no Brasil.
(D) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos,
esteve no Brasil em meados de junho, pela
primeira vez.
(E) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos pela
primeira vez, esteve no Brasil em meados de
junho.
07. ―Atualmente a equipe da Fundação está
dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma
das comunidades,‖ O sinal de dois pontos da
sentença acima só pode ser substituído por:
(A) , aliás,
(B) , a saber,
(C) , inclusive,
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(D) , ou melhor,
(E) , por exemplo,
08. De acordo com as regras de pontuação,
assinale o enunciado que está pontuado
corretamente.
(A) Os níveis de violência, nos grandes centros
urbanos suscitam reações.
(B) O combate à violência é necessário pois, cada
vez há mais vítimas desse fenômeno.
(C) É possível mobilizar, pois, diferentes setores
no combate à violência.
(D) É possível por conseguinte, mobilizar
diferentes setores no combate à violência.
(E) Há, a presença da violência em todas as
classes sociais e faixas etárias.
09. Em que sentença a vírgula está
INCORRETAMENTE colocada, segundo a norma
culta?
(A) Muitas empresas garantem ajudar o meio
ambiente, mas não fazem isso.
(B) Para o consumidor descobrir empresas
responsáveis, os especialistas indicam um
caminho.
(C) Basta buscar, informações na internet antes
de comprar um produto.
(D) Com a internet, está cada vez mais fácil
pesquisar sobre as empresas.
(E) Na falta de um computador, é bom telefonar
para o
serviço de atendimento ao consumidor.
10. Qual dos textos sobre os efeitos da corte
portuguesa no Brasil apresenta pontuação
correta?
(A) A colônia de repente viu abrirem-se suas
portas, que haviam ficado fechadas durante
trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da
metrópole. O contato com o mundo exterior
despertou a colônia entorpecida; introduziram-se:
mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como
conseqüência, os brasileiros acharam que seu
destino, era maior e mais importante.
(B) A colônia de repente viu: abrirem-se suas
portas, que haviam ficado fechadas durante
trezentos anos; assim, ficou fora do controle da
metrópole. O contato com o mundo exterior
despertou a colônia entorpecida; introduziram-se
mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como
conseqüência, os brasileiros acharam que seu
destino era maior e mais importante.
(C) A colônia de repente viu abrirem-se suas
portas que haviam ficado fechadas durante
trezentos anos, assim, ficou fora do controle da
metrópole. O contato com o mundo exterior
despertou a colônia entorpecida: introduziram-se
mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como
conseqüência, os brasileiros acharam, que seu
destino era maior e mais importante.
(D) A colônia de repente viu abrirem-se suas
portas, que haviam ficado fechadas durante
trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da
metrópole. O contato com o mundo exterior
despertou a colônia entorpecida: introduziram-se
mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como
conseqüência, os brasileiros acharam que seu
destino era maior e mais importante.
(E) A colônia de repente viu abrirem-se suas
portas que haviam ficado fechadas durante
trezentos anos, assim, ficou fora do controle da
metrópole. O contato com o mundo exterior
despertou a colônia entorpecida – introduziram-se
mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como
conseqüência: os brasileiros acharam que seu
destino era maior e mais importante.
11. A retirada da vírgula só NÃO modifica o
sentido de uma das sentenças abaixo. Qual?
(A) O jornal entrevistou cientistas, políticos e
agricultores.
(B) Os profetas recebem apelidos pitorescos, de
acordo com o método de observação.
(C) Ontem conhecemos aquele profeta da chuva,
que
nasceu em Quixadá.
(D) Erasmo, diz se vai chover no próximo mês.
(E) Existem profetas dos animais, das águas e
das estrelas.
12. Qual o trecho cuja pontuação está correta?
(A) Os monitores mais antigos contêm várias
substâncias, como chumbo, bório e fósforo que
podem provocar doenças.
(B) Os monitores mais antigos contêm várias
substâncias; como: chumbo, bório e fósforo, que
podem provocar doenças.
(C) Os monitores mais antigos contêm várias
substâncias (como chumbo, bório e fósforo) que
podem provocar doenças.
(D) Os monitores mais antigos contêm várias
substâncias, como chumbo, bório e fósforo; que
podem provocar doenças.
(E) Os monitores mais antigos, contêm várias
substâncias – como chumbo, bório e fósforo –
que podem provocar doenças.
13. Considere os seguintes casos:
I. Os homens, que ignoram os direitos da mulher,
passarão a acatá-los.
Os homens que ignoram os direitos da mulher
passarão a acatá-los.
II. Somente, agora o Código Civil brasileiro
incorporou as mudanças ocorridas.
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Somente agora o Código Civil brasileiro
incorporou as mudanças ocorridas.
III. O valor de um código, estabelecido por
convenção, deve ser comprovado na prática.
O valor de um código estabelecido por convenção
deve ser comprovado na prática.
A alteração na pontuação provoca alteração
de sentido em
(A) I, somente. (D) II e III, somente.
(B) I e II, somente. (E)) I, II e III.
(C) I e III, somente.
14. Atente para as seguintes frases:
I. A preocupação do autor é com os jornalistas,
cuja liberdade de expressão se encontra
ameaçada. –
II. Os jornalistas, que costumam cuidar de seus
próprios interesses, não preservam sua indepen-
dência.
III. O direito à livre informação é dos jornalistas e,
também, da sociedade como um todo.
A supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido
APENAS do que está em
(A) I. (B) Ie II. (C) II. (D) II e III.
(E) III.
PRÁTICA DE TEXTO
Texto I
O Cerco Total aos Fumantes O estado de São
Paulo aprova a lei antifumo mais restritiva do
país. É um grande passo para tentar apagar o
cigarro da vida moderna.
A vida de quem fuma só piora no Brasil e no
mundo. Mas agora, em São Paulo, fumar virou
um inferno. Daqui para a frente, será proibido
acender cigarros, cachimbos e charutos em
qualquer ambiente coletivo fechado em todo o
estado. Isso significa que: 1) restaurantes não
poderão mais ter alas para fumantes; 2) bares
terão de aposentar seus cinzeiros; 3) hotéis
passarão a fiscalizar seus hóspedes; e 4)
empresas serão obrigadas a fechar as
acinzentadas salinhas conhecidas como
fumódromos. Quem quiser dar suas tragadas só
poderá fazê-lo em casa, no carro ou ao ar livre. A
lei é tão rigorosa que mesmo ambientes com teto
alto e sem paredes, como marquises, serão
vetados ao tabaco. Os empresários que não se
adequarem à lei em noventa dias poderão ser
multados em até 3,2 milhões de reais. É para
deixar qualquer um sem fôlego. (...) No Palácio
dos Bandeirantes quem quer fumar um cigarro
precisa andar 500 metros, cruzar o portão e sair
para a rua. ―Quando chove é pior, porque a gente
precisa usar o guarda-chuva para chegar lá‖,
conta um funcionário da Casa Civil do governo.
―Ficou tão difícil fumar que até decidi parar‖, diz
ele. (...)
Quem considera a lei exagerada deve saber que
São Paulo apenas se alinha a uma tendência
mundial. Em Londres, desde 2007 não se pode
fumar em espaços fechados, como pubs, cafés,
restaurantes e escritórios. Lá, também foram
extintos os fumódromos. Em Nova York, já é
proibido fumar em lugares fechados, desde 2003.
No estado americano da Califórnia, a lei é ainda
mais dura. Há mais de um ano é vetado fumar
dentro dos carros se um dos passageiros tiver
menos de 18 anos. Na cidade de Belmont,
também na Califórnia, a restrição chega aos
lares. Não se podem acender cigarros em
apartamentos que dividam chão, teto ou parede
com outros. Os fumantes americanos têm outro
problema com que se preocupar: eles pagam, em
média, 25% a mais pelo plano de saúde, já que o
cigarro está associado a um sem-número de
doenças. O caso mais radical é o do Butão,
pequeno país espremido entre a Índia e a China,
que simplesmente baniu a venda de tabaco em
2004. A brasa do tabagismo está-se apagando
mundo afora. E a maioria não fumante não quer
deixar que ela seja reavivada.
BRASIL, Sandra. Revista Veja, 15 abr. 2009.
(Adaptado)
1. Na segunda frase do Texto I, (�. 2-3) o autor
emprega uma imagem coloquial e impactante que
tem como objetivo
(A) atrair a atenção do leitor ao apresentar, logo
no princípio, uma opinião defendida na matéria.
(B) contrastar de maneira jocosa o teor científico
da matéria e a leveza do veículo utilizado.
(C) ironizar a postura adotada em São Paulo
acerca do fumo.
(D) apresentar o argumento dos países
estrangeiros para, em seguida, contrapô-lo.
(E) revelar opiniões divergentes sobre o assunto
proibição do fumo no Brasil.
2. O Texto I é uma matéria jornalística.
Entretanto, emprega na sua estrutura construções
que revelam um teor expressivo por meio do uso
de figuras de linguagem, trocadilhos e
ambiguidades. A passagem que NÃO serve de
exemplo para essa afirmação é
(A) ―Mas agora, em São Paulo, fumar virou um
inferno.‖
(l. 2-3)
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(B) ―bares terão de aposentar seus cinzeiros;‖ (l.
7)
(C) ―É para deixar qualquer um sem fôlego.‖ (l.
16-17)
(D) ―Em Nova York, já é proibido fumar em
lugares fechados, desde 2003.‖ (l. 29-30)
(E) ―A brasa do tabagismo está-se apagando
mundo afora.‖ (l. 43)
3. Na passagem ―Os empresários que não se
adequarem à lei em noventa dias poderão ser
multados em até 3,2 milhões de reais.‖ (l. 14-16),
o termo que apresenta a mesma classe
gramatical que em
(A) ―A lei é tão rigorosa que mesmo ambientes
com teto alto e sem paredes,‖ (l. 12-13)
(B) ― ‗Ficou tão difícil fumar que até decidi parar‘,‖
(l. 22-23)
(C) ―Quem considera a lei exagerada deve saber
que São Paulo apenas se alinha a uma tendência
mundial.‖
(l. 24-25)
(D) ―Os fumantes americanos têm outro problema
com que se preocupar:‖ (l. 36-37)
(E) ―E a maioria não fumante não quer deixar que
ela seja reavivada.‖ (l. 44-45)
Texto II
A charge é um gênero textual que apresenta um
caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza
um fato específico, em geral de caráter político e
que é do
conhecimento público.
4. No plano linguístico, o humor da charge
(A) tem como foco a imagem antagônica entre a
palavra riqueza e a figura do homem maltrapilho.
(B) baseia-se no jogo polissêmico da palavra
economia, ora empregada como ciência, ora
como conter gastos.
(C) baseia-se na linguagem não verbal, que
apresenta um homem subnutrido como um
exemplo de brasileiro.
(D) está centrado na ironia com que é tratada a
produção de riquezas no Brasil.
(E) reside na ideia de um morador de rua saber
falar tão bem sobre assuntos como política,
saúde e economia.
5. A primeira frase do personagem pode ser lida
como uma hipótese formulada a partir da fala que
faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por
um conectivo, pode-se perceber a relação
estabelecida entre as duas orações.
O conectivo que deve ser usado para unir essas
duas orações, mantendo o sentido, é
(A) embora. (B) entretanto. (C) logo.
(D) se. (E) pois.
Texto III
Olívia se aproximou de Eugênio e com um lenço
enxugou-lhe o suor da testa. Estava terminada a
traqueostomia. A enfermeira juntava os ferros.
Ruído de metais tinindo, de mesas se arrastando.
Eugênio tirou as luvas e foi tomar o pulso do
pequeno paciente. A criança como que
ressuscitava. A respiração voltava lentamente, a
princípio superficial, depois mais funda e visível.
O rosto perdia aos poucos a rigidez cianótica.
Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto
com comovida atenção.
Vencera! Salvara a vida de uma criança! A vida é
boa! – pensava Eugênio. Ele tinha salvo uma
criança. Começou a cantarolar baixinho uma
canção antiga que julgava esquecida. Sorvia com
delícia o refresco impregnado do cheiro da
gasolina queimada. Sentia-se leve e aéreo. Era
como se dentro dele as nuvens de tempestade se
tivessem despejado em chuva e sua alma agora
estivesse límpida, fresca e estrelada como a
noite.
– Por que será – perguntou ele a Olívia – por que
será que às vezes de repente a gente tem a
impressão de que acabou de nascer... ou de que
o mundo ainda está fresquinho, recém-saído das
mãos de quem o fez?
VERÍSSIMO, Érico. Olhai os lírios do campo.
Rio de Janeiro: Globo, 1987. (Fragmento)
6. Para descrever a sensação do personagem em
salvar a criança, no 4o parágrafo, o narrador
emprega algumas estratégias como o uso de
adjetivos, comparações, além de imagens
poéticas.
Qual dos substantivos a seguir expressa tal
sensação do personagem?
(A) Cansaço
(B) Angústia
(C) Certeza
(D) Empáfia
(E) Alívio
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7. Sinais de pontuação ajudam a revelar a
expressividade de um texto. A exclamação
presente no terceiro parágrafo (l.12) do Texto III é
empregada, sobretudo, para revelar
(A) assombro.
(B) indignação.
(C) surpresa.
(D) tensão.
(E) admiração.
8. A Gramática da Língua Portuguesa prevê que
o emprego do acento grave para indicar a
ocorrência de crase pode ser facultativo em
alguns casos.
Em qual das passagens transcritas do texto há a
ocorrência da crase, e o emprego do acento
grave é facultativo?
(A) ―Estava terminada a traqueostomia.‖
(B) ―A respiração voltava lentamente, a princípio
superficial, depois mais funda e visível.‖
(C) ―Começou a cantarolar baixinho uma canção
antiga
que julgava esquecida.‖
(D) ―– Por que será – perguntou ele a Olívia –‖
(E) ―...a gente tem a impressão de que acabou de
nascer...‖
GABARITOS DOS EXERCÍCIOS
PONTUAÇÃO
01.C 02D 03.D 04.D 05.E 06.E 07.B 08.C 09.C 10.D 11.B 12.C 13C 14.B PRÁTICA DE TEXTO: 01.A 02.D 03.D 04.B 05.E 06.E 07.E 08.D3
Sobre os pronomes:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem
função de sujeito na frase. O pronome pessoal é
do caso oblíquo quando desempenha função de
complemento. Vamos entender, primeiramente,
como o pronome pessoal surge na frase e que
função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me
ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se
deviaajudá-lo.
Na primeira oração os pronomes pessoais ―eu‖ e
―ele‖ exercem função de sujeito, logo, são
pertencentes ao caso reto. Já na segunda oração,
observamos o pronome ―lhe‖ exercendo função
de complemento, e consequentemente é do caso
oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do
discurso, o pronome oblíquo ―lhe‖, da segunda
oração, aponta para a segunda pessoa do
singular (tu/você): Maria não sabia se devia
ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o
emprego do pronome oblíquo "lhe" é justificado
antes do verbo intransitivo "ajudar" porque o
pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
entre locução verbal, caso o verbo principal (no
caso "ajudar ") estiver no infinitivo ou gerúndio.
Exemplo: Eu desejo lhe perguntar algo.
Eu estou perguntando-lhe algo.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser
átonos ou tônicos: os primeiros não são
precedidos de preposição, diferentemente dos
segundos que são sempre precedidos de
preposição.
Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o
que eu estava fazendo.
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Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
mim o que eu estava fazendo.
Colocação pronominal
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir
Bellezi, a colocação pronominal é a posição que
os pronomes pessoais oblíquos átonos
ocupam na frase em relação ao verbo a que se
referem.
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os,
a, as, lhe, lhes, nos e vos.
O pronome oblíquo átono pode assumir três
posições na oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo
Próclise
A próclise é aplicada antes do verbo quando
temos:
• Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama.
Não se trata de nenhuma novidade.
• Advérbios:
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não
veio.
• Pronomes relativos:
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos
que me falaram.
• Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de
despedida.
• Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
• Preposição seguida de gerúndio:
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o
site mais indicado à pesquisa escolar.
• Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer critérios,
conforme lhe avisaram.
Ênclise
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma
culta não aceita orações iniciadas com pronomes
oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando:
• O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Amem-se uns aos outros.
Sigam-me e não terão derrotas.
• O verbo iniciar a oração:
Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio.
• O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da
preposição "a":
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
• O verbo estiver no gerúndio:
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de
despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face.
• Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-
me no mesmo instante.
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Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças
armadas.
Mesóclise
A mesóclise acontece quando o verbo está
flexionado no futuro do presente ou no futuro do
pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã.
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável.