linhas de fuga...linhas de fuga no processo artístico com a tecnologia digital Eny Maria Moraes...

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linhas de fuga linhas de fuga no proces s o artí s tico com a no proces s o artí s tico com a tecnologia digital tecnologia digital E ny Maria Mor aes S chuch Mar garete Axt L iane Margarida R ockenbach T arouco UFRG S PGIE

Transcript of linhas de fuga...linhas de fuga no processo artístico com a tecnologia digital Eny Maria Moraes...

linhas de fugalinhas de fugano processo artís tico com a no processo artís tico com a tecnologia digitaltecnologia digital

E ny Maria Moraes S chuchMargarete AxtL iane Margarida R ockenbachT arouco

UFRGS

PGIE

universos híbridos

Hibridação é o processo de formação decorpos a partir de elementos denatureza diversa, seja formal, abstratae/ou técnica.

A hibridação não se resume àheterogeneidade dos corpos no planode compos ição da arte, vis to que ela é aformação de condições para o estarentre, para a composição de um corpohíbrido.

Em face da própria estruturainterdisciplinar, o processo dehibridação impõe uma visão não linearque favorece diferentes enfoques darealidade, abrindo um campo propíciopara a criação, para a geração de linhasde fuga.

Os agenciamentos envolvem tanto aslinhas de fuga quanto a recognição darealidade (dualidades class ificatórias).

tecnologia digital

A tecnologia digital nos apresenta umnovo espaço que desconhece umaexis tência fís ica análoga aosreferenciais concretos do dia-a-dia,ampliando as poss ibilidades de relações.

Como, em função de que, e porquêutilizamos a tecnologia de quedispomos?

arte: produção de hibridações

Há como que uma opacidade, umsentimento de des locamento que ins is tee pers is te nas produções artís ticasfrente ao seu fruidor.

E s ta opacidade pode ser pensada comoa especificidade da arte que força apensar.

fluxo de relações

Partindo da filosofia de Deleuze,podemos dizer que o pensamento estácircunscrito a três grandes fluxos deoperacionalização: a filosofia, a ciênciae a arte.

Para pensar os agenciamentos de salade aula, agrupamos estas formas depensamento em plano de compos ição(arte) e plano teórico (filosofia e ciência).

O plano de compos ição trabalha,justamente, no inters tício entre oscorpos propondo a produção de sentidodiante do acontecimento que é umaobra artís tica.

A arte provoca novas opiniões ao abrirfis suras no senso comum (recognição).

A arte compõe sensações:

“[...] vasto plano de compos ição, nãopré-concebido abstratamente, mas quese constrói à medida que a obra avança,abrindo, mis turando, desfazendo erefazendo compostos cada vez maisilimitados [...] DELEUZE E GUAT T ARI,1997, 243)”.

O universo que a arte contemporâneacom seus entrecruzamentos econtradições parciais oferece à dúvida,à incerteza e à irresolução favorece aaproximação com a telemática, já que atecnologia digital também poss ibilitaexplorações espaço-temporais em que oinesperado, e até mesmo o inus itado,configuram a plasticidade da obra quesempre poderá ser retomada propondonovas virtualidades.

cartografia: um corpo linguagem

A cartografia é uma estratégiarizomática de produção doconhecimento, em que osacontecimentos são enfocados paracapturar as linhas de fuga nas relações,e, também, gerar linhas de fuga naprodução de sentido.

A hibridação dos processos criativos deuma disciplina dos alunos da graduaçãoem Artes Plásticas da Univers idadeFederal do R io Grande do S ul foi oponto de partida para a investida sobrea questão:

a hibridação dos processos criativoscom a tecnologia digital pode constituirlinhas de fuga nos próprios processoscriativos?

hibridar: a questão em sala de aula

Hibridar:

•modos de ver,•modos de fazer e refazer,•construtos ,•idéias,•produções de sentidos,•tecnologias, ...

Os Novos Caminhos da Rotina, intervenção de Angélica Gross , Clés ioda Conceição e Rosana Bones. 1998/1

Aconchego, intervenção de Fernanda Branchelli e Luiz MarceloS traliotto. 1998/2

Página de abertura do ambiente Construções Múltiplas .URL: http://www.ufrgs .br/dimensaon/lab3d/construcoes

Exploração de programa gráfico 2D fazendo referência ao trabalho plásticoque seria apresentado posteriormente em sala de aula. 1999/I

S eqüência de algumas etapas de trabalho com programa gráfico 2D, em dupla,disponível no ambiente Construções Múltiplas . 1999/2

“A poss ibilidade de participar do processo detrabalho foi o que me deteve [...]. O processodo artis ta quase nunca é conquis tado. A obra,mesmo que “aberta” já chega acabada ouproposta. A sobrepos ição de imagens edecompos ição das mesmas forma um jogo,ainda que pequeno, observador/obra/processo.”Denise Carazza, 1999/2.

Exploração gráfica em programa 2D em que algumas etapasintermediárias do processo criativo foram arquivadas para novasexperimentações.

Intervenção (sem título) realizada por S imone Corrêa e Maria PatriciaF rancisco. 1999/1.

Detalhe da Intervenção (sem título) de Denise Carazza, IolandaVieira e Laura Lautert. 1999/2.

Cheio de Nada, trabalho realizado em sala de aula.Disponível em http://www.ufrgs .br/dimensaon/lab3d/2001-1

Página de abertura do s ite criado pela turma de 2001/I.

um olhar, muitos fluxos

A hibridação do plano de compos içãodos alunos em sala de aula, e destecom o plano teórico, foi umpotencializador da afecção/percepção, eda ação/produção no qual a tecnologiadigital pode manifestar algumasatualizações/virtualizações no processoartís tico com a telemática.

Neste etapa da pesquisa, acreditamosque muitos fluxos podem atuarpos itivamente na hibridação da arte com atelemática:

•busca de condições fís icas adequadaspara as hibridações da arte com atecnologia digital;•incentivo nas produções colaborativasentre áreas do conhecimento;•ênfase em atividades coletivas naexploração dos recursos telemáticosem sala de aula.