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CLIPPING 17 de outubro de 2019 Dia Internacional da Erradicação da Pobreza Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares

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CLIPPING 17 de outubro de 2019

Dia Internacional da Erradicação da Pobreza

Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Lei que proíbe canudos de plástico é regulamentada; comércio de Campinas busca adaptação ................ 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5

Donos de imóveis no Barão de Mauá, área contaminada, reclamam de termos do documento ................. 5

Agentes poluentes ......................................................................................................................... 7

Poli Júnior transforma resíduos poluentes em 'produto responsável' ..................................................... 8

Sema apresenta estratégias para dar mais eficiência ao licenciamento ambiental .................................. 9

Novo portal de SP agiliza abertura, alteração e baixa de empresas .................................................... 11

Governo de SP entrega 89 veículos para PM Ambiental .................................................................... 12

Ribeirão discute setor sucroenergético nesta sexta .......................................................................... 14

Hospitais públicos de São Paulo serão abastecidos por energia solar .................................................. 15

Fumaça densa prejudica moradores do Campanário; empresa nega toxidade ...................................... 16

CBA organiza simulação de emergência na barragem de Alumínio (SP) .............................................. 18

Empresa reformula produtos, os transformando em ambientalmente responsável ............................... 19

Capital sedia debates do XI Encontro Paulista de Biodiversidade ........................................................ 21

Proibição de canudo de plástico no estado de SP começa em 4 meses ................................................ 23

Lei que proíbe canudos plásticos no estado de São Paulo é regulamentada ......................................... 24

A partir de hoje, bares e restaurantes não podem usar canudos de plástico no estado de SP ................ 25

Comércios paulistas podem ser multados em até R$ 5,3 mil por canudos de plástico ........................... 26

Decreto de lei proíbe comercialização de canudos plásticos no estado de SP ....................................... 27

Regulamentada a lei que proibe canudos de plástico em todo o estado de São Paulo ........................... 28

Estado proíbe uso de canudos de plástico ....................................................................................... 29

Governo de SP regulamenta lei que proíbe canudos plásticos no Estado ............................................. 30

Governo de SP regulamenta uso de canudos plásticos ...................................................................... 31

Gestores discutem projeto de Trem Intercidades ............................................................................. 32

Butantan recebe autorização para funcionar como jardim zoológico ................................................... 33

Regulamentada lei que proíbe canudos plásticos no Estado ............................................................... 34

São Paulo regulamenta lei que proíbe canudos plásticos no Estado .................................................... 35

Secretário de Estado encerra Semana de Engenharias ..................................................................... 36

Canudinhos comça ser extintos ..................................................................................................... 37

Meio ambiente agradece! Governo de SP proíbe canudos plásticos no Estado ...................................... 38

Mancha escura aparece na orla da praia em Guarujá ....................................................................... 39

Aterro sanitário de Rio Claro recebe maior nota de qualidade desse sua implantação ........................... 40

Conselho de Desenvolvimento da RMC analisará propostas para o bem-estar animal ........................... 41

Comissão aprova PL que impede novas cavas ................................................................................. 42

Córrego e ponte improvisada causam preocupação em Francisco Morato/SP ....................................... 43

Moradores de Suzano convivem com obra há sete anos ................................................................... 44

Tubulação da Sabesp rompe em Santo André ................................................................................. 45

Obras causam transtorno no Jabaquara ......................................................................................... 47

Participe do Bora SP / vazamento de água ...................................................................................... 48

Obras de esgoto no Jardim Gaivotas seguem em ritmo acelerado ...................................................... 49

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Grupo de Comunicação

Canudo pode gerar multa de até R$ 5,3 mil .................................................................................... 50

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 51

Saiba como proceder em casos de acidentes com animais peçonhentos ............................................. 51

Pirarucu desenvolveu 'armadura excepcional' para escapar de piranhas ............................................. 53

Pesquisadores de universidades americanas fizeram testes de resistência com as escamas do gigante

peixe amazônico e descobriram: elas estão entre os materiais flexíveis mais resistentes da natureza. ... 53

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 56

Painel: Implosão do PSL faz siglas de médio e grande porte não cobiçarem Bolsonaro, seus aliados e filhos ................................................................................................................................................. 56

Nosso velho Estado e a ilusão do controle ...................................................................................... 58

Sem marca social para 2022, Doria lança ação em reduto pobre de SP .............................................. 60

Aumento de capital prepara Eletrobras para privatização, diz presidente da estatal ............................. 62

Governo propõe contratação de termelétricas em 2020 com dois leilões em março .............................. 63

Substância do ipê-roxo é testada em novo remédio contra câncer de próstata .................................... 64

STF deve barrar tentativa do PSL de aprovar PEC de prisão em 2ª instância ....................................... 66

Em cinco anos, doenças por falta de saneamento custam R$ 1 bi ao SUS ........................................... 68

ESTADÃO ................................................................................................................................... 72

Opinião: Apenas o básico ............................................................................................................. 72

Dez empresas, entre elas Eletrobrás, assumem metas de biodiversidade............................................ 74

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 75

Inação sobre clima vai elevar pobreza e acirrar nacionalismo ............................................................ 75

Petroleiras miram termelétricas a gás ............................................................................................ 80

Tarifa de carbono da UE traz risco ao comércio ............................................................................... 83

Renova confirma recuperação judicial ............................................................................................ 85

Capitalização da Eletrobras prepara sua privatização ....................................................................... 86

“Os gestores insistem em ignorar o impacto social nos negócios” ...................................................... 88

Dividir as decisões ameniza a solidão no poder ............................................................................... 90

Crédito suplementar para pagar por cessão onerosa é de R$ 34,6 bi .................................................. 92

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ENTREVISTAS Veículo: EPTV Campinas

Data: 16/10/2019

Lei que proíbe canudos de plástico é regulamentada; comércio de

Campinas busca adaptação

https://globoplay.globo.com/v/8008734/

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 17/10/2019

Donos de imóveis no Barão de Mauá, área contaminada, reclamam de termos do documento

ALINE MELO

O que parecia ser a solução para um problema

que se arrasta há anos, o acordo de

refinanciamento junto à Caixa dos

apartamentos do Condomínio Barão de Mauá,

construído em área contaminada no Parque

São Vicente, em Mauá, tem se mostrado

decepcionante para alguns dos mutuários.

Grupo de 70 compradores dos apartamentos

tenta equalizar a situação desde 2005

mediante ação civil no MPF (Ministério Público

Federal), já que pararam de pagar as parcelas

do financiamento imobiliário após explosão na

bomba subterrânea da caixa-d'água do

condomínio, que em 2000 matou uma pessoa

e revelou que a área é contaminada por mais

de 40 substâncias químicas tóxicas, inclusive

gases explosivos.

Para o corretor de imóveis Lindomar Alvins, 50

anos, proprietário de imóvel no Barão de Mauá

e representante da ação junto ao MPF, os

termos do acordo com a Caixa não são

favoráveis aos mutuários. 'Quem pagar toda a

dívida não vai poder vender o apartamento,

porque a obra foi embargada antes da

conclusão.

A Justiça impediu que sejam feitas

transferências dos imóveis, então, é pagar por

algo que não vai ser nosso na prática',

reclamou. O corretor mora, atualmente, no

Rio de Janeiro. 'A obra não foi concluída, não

fizeram várias coisas que estavam previstas,

como playground, e isso vai continuar assim',

completou. O metalúrgico aposentado Edson

San Jose, 53, relatou que ainda não assinou o

documento formalizando o acordo, mas

acredita que não terá como cumprir as

condições que foram impostas. O proprietário

mora, atualmente, em Santo André. 'Não

realizo os pagamentos desde 2005, mas vendi

o apartamento com um contrato de gaveta em

2010. Minha dívida era de R$ 12 mil e agora

me cobram R$ 73 mil', explicou. 'À vista, esse

valor cai para R$ 33 mil, mas não posso usar

o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço).

Tenho até 27 de novembro para assinar.' O

motorista Claudineu Marcius Zanateli, 46,

mora no condomínio. Segundo ele, da forma

como o acordo foi apresentado os mutuários

se sentem sem saída. Zanateli afirmou que

também não poderá usar o FGTS e, com isso,

terá de refinanciar o carro e solicitar

empréstimo para quitar a dívida. 'Não faz

sentido eu ter dinheiro parado no mesmo

banco para qual devo e não poder utilizar',

reclamou. A dívida do motorista, que era de

R$ 15 mil, em 2005, passou para R$ 111 mil.

Se pagar até 27 de novembro, cai para R$ 40

mil à vista.

O MPF anunciou em outubro do ano passado

que os contratos poderiam ser refinanciados.

Ficou agendado para 21 de novembro

audiência de conciliação entre as partes. No

entanto, em janeiro deste ano, o Diário

mostrou que o encontro serviu apenas para

identificar quem poderia se beneficiar dos

acordos. O mutirão de conciliação com os

mutuários inadimplentes do Barão de Mauá foi

finalizado em 3 de outubro, com mais de 30%

de acordos firmados. Segundo a Caixa, o

restante dos mutuários solicitou prazos à

Justiça a fim de obter documentação faltante

e/ou capitalizarem-se para conseguir aderir à

proposta. Na avaliação da instituição bancária,

a ação foi bem acolhida e os resultados,

positivos.

Quase 20 anos após a explosão que matou

uma pessoa, durante manutenção da bomba

da caixa-d'água no Condomínio Barão de

Mauá, no Parque São Vicente, em Mauá, o

processo de descontaminação da área ainda

não foi concluído. Em agosto de 2001, a

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de

São Paulo) emitiu parecer que apontava a

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presença de 44 substâncias químicas tóxicas,

inclusive gases explosivos. No local, foram

construídas 54 torres do conjunto

habitacional. A descontaminação do terreno foi

determinada pela Justiça de São Paulo.

Segundo a Cetesb, praticamente todas as

medidas de intervenção previstas no plano

aprovado pela companhia foram implantadas e

estão sendo operadas, exceto em área onde

foi necessária a realização de investigações

adicionais, resultando na necessidade de que

novas medidas sejam implementadas

adicionalmente àquelas propostas. De acordo

com a companhia, os resultados da operação

dos sistemas de remediação são claros, como,

por exemplo, a expressiva diminuição da

pluma de metano. 'Além da ação sobre esse

gás (motivador do acidente em abril de 2000,

quando ocorreu a explosão em um poço de

inspeção, vitimando um trabalhador), os

resíduos foram removidos de todas as áreas

conforme foi planejado e foi concluído o

capeamento das áreas em que a espessura de

solo foi considerada insuficiente.' O relatório,

que era aguardado para junho deste ano,

ainda está sendo analisado pela Cetesb. AM

PROBLEMA. Área está contaminada com 44

substâncias tóxicas

Descontaminação do terreno ainda não foi

finalizada

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32518644&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário de Mogi

Data: 17/10/2019

Agentes poluentes

'O exemplo mogiano serve para mostrar a

gravidade de casos de Minas e do litoral

nordestino'

No momento em que cientistas, ambientalistas

e outros especialistas buscam esclarecer o

mistério do óleo trazido pelo oceano,

responsável por poluir as praias de vários

estados do Nordeste brasileiro, uma notícia

publicada na edição de ontem deste jornal

demonstra até quando podem durar os efeitos

de uma poluição desse tipo.

Reportagem de autoria de Natan Lira revelou

que passados oito anos do acidente que

provocou um dos maiores derramamentos de

combustível em área habitada de Mogi das

Cruzes, o local ainda sofre com os efeitos do

acúmulo de gasolina no subsolo, em que

pesem as trocas de solo, multas e outras

ações da Cetesb para exigir a remediação -

termo técnico utilizado para designar

recuperação ou despoluição do local.

Tudo começou em 2011, quando uma

máquina a serviço da Prefeitura de Mogi das

Cruzes atingiu um duto da Transpetro, que se

rompeu, fazendo com que 180 mil litros de

gasolina se espalhassem pelas proximidades

da Estrada do Ramal, na Volta Fria. Estudos

realizados à época mostraram que tal

quantidade de combustível vazada teria

potencial para contaminar uma área

equivalente a 5 mil m², o que permite que

este seja considerado um dos maiores (senão

o maior) acidentes ambientais da história do

município.

Mais de uma dezena de famílias tiveram de

abandonar suas casas, às pressas, sob risco

de explosão, tal a quantidade de combustível

que se espalhou por entre a vegetação,

contaminando toda aquela região.

Ao longo desses oito anos, o que foi feito para

recuperar as condições ambientais daquela

região parece ter sido insuficiente, já que

muitas famílias que retornaram às suas

antigas propriedades ainda são obrigadas a

conviver com o odor forte da gasolina, sempre

que a temperatura ambiente sobe alguns

graus acima do normal.

O episódio ocorrido na cidade dá bem uma

mostra dos efeitos que a poluição por

combustíveis pode causar ao meio ambiente.

O exemplo mogiano serve para demonstrar a

gravidade de casos ocorridos em Minas Gerais

e nas praias do litoral de alguns estados

nordestinos. E se há dificuldade de eliminação

plena desses resíduos numa localidade a

pouco mais de 50 quilômetros da mais

importante capital do País, em que se

conhecia o agente responsável pela poluição, o

que dizer do que poderá ocorrer com as

regiões mais distantes, onde a fiscalização é

rara e existem dificuldades até para se apurar

quem foi o causador do desastre ecológico?

Só mesmo um governo muito rígido com as

questões ambientais poderia dar alguma

esperança de solução definitiva para tais

problemas. Mas preocupação com a área

ambiental é algo que administração atual

ainda está por demonstrar.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32522206&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Comércio MG

Data: 17/10/2019

Poli Júnior transforma resíduos

poluentes em 'produto responsável'

A Poli Júnior, empresa júnior da melhor escola

de engenharia do País - a USP, recebeu um

grande desafio de um de seus clientes, o de

encontrar uma finalidade para um óleo

misterioso, gerado em pirólises realizadas em

processos internos de uma companhia atuante

da área ambiental, que oferece serviços de

gestão de resíduos. Os sócios da organização

eram assolados pela curiosidade que causava

o produto e, por isso, já haviam feito testes

com especialistas em pirólise do mercado

sênior, mas nenhuma solução havia sido

encontrada.

Quando a solicitação chegou até a Poli Júnior,

as únicas informações que a equipe tinha era

que as pirólises - uma de raspas de pneu e

outra de plástico ABS - aconteciam

internamente para gerar energia para o

funcionamento da própria fábrica, já que a

queima do lixo em condições anaeróbicas

produzia três compostos, e dois deles já

tinham destino comercial na empresa. O

carvão gerado era vendido para caldeiras, o

gás de síntese, era utilizado para produção de

energia e redução dos custos de operação, e

um líquido viscoso rico em hidrocarbonetos,

sem utilização conhecida até então.

A equipe realizou mais de 27 testes

laboratoriais, em menos de 20 semanas, e

descobriu que os dois óleos gerados

funcionam extremamente bem como solvente

de polímeros e resinas, e para o ramo

comercial do cliente, essa era uma solução

lucrativa. Considerando ainda que foram

produzidos a base de lixo, em um País que

gerou cerca de 255 mil toneladas de resíduos

por dia, em 2018, sendo o quarto maior índice

em todo mundo, segundo o Panorama dos

Resíduos Sólidos no Brasil, feito pela

Associação Brasileira de Empresas de Limpeza

Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Os testes também mostraram que esses óleos

eram altamente poluentes, com o descarte no

meio ambiente proibido pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb), por conta de graves

desdobramentos possíveis na natureza. Mas a

solução encontrada pela Poli Júnior

transformou a destinação dos produtos. Com

alto valor agregado para a empresa, os óleos

se tornaram sustentável, à medida que é

fabricado a partir de borracha, material não

biodegradável e matéria prima dos 17 milhões

de pneus descartados por ano no Brasil,

segundo a Recicloteca, Centro de Informações

sobre Reciclagem e Meio Ambiente. Isso, além

do uso de plástico ABS que a cada quilo

produzido pelas indústrias são emitidos cerca

1,5 a 27 toneladas de compostos orgânicos

voláteis (COVs), nome dado pela United States

Environmental Programme a poluentes

altamente tóxicos.

O mistério não terminou por aí, já que o

cliente propôs um novo desafio para a

empresa júnior, o de encontrar um meio de

comercializar aqueles óleos viscosos e mal

cheirosos. O objetivo era transformá-los em

produtos mais agradáveis aos compradores

sem perder o alto poder de solvência

identificado previamente. Frente a esse novo

desafio, os membros da Poli Júnior foram

novamente para o laboratório e realizaram

mais 115 testes, em menos de 18 semanas,

instaurando um novo recorde para a equipe.

Mais uma vez, a solução foi alcançada, o odor

do óleo foi melhorado e sua aparência tratada

sem perder o seu efeito solvente. A

descoberta apresentou uma alternativa à

produção de solventes orgânicos, que

geralmente são provenientes da extração e

refino de petróleo, atividade com sério

impacto ambiental por todo o mundo. Além

disso, ficou evidente o potencial de criar uma

destinação rentável para cerca de 20 mil

toneladas diárias de lixo produzidos na cidade

de São Paulo, que hoje são simplesmente

depositadas em aterros, gerando prejuízos

anuais de R$ 420 milhões com tratamentos de

saúde e recuperação do meio ambiente,

segundo a Abrelpe. (Da Redação).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32516453&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha Max

Veículo2: Só Notícias

Veículo3: Cenário MT

Veículo4: JBNews

Veícullo5: MT digital

Veículo6: Urgente News

Data: 16/10/2019

Sema apresenta estratégias para dar mais eficiência ao licenciamento ambiental

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente

(Sema) apresentou em São Paulo as

estratégias do Governo de Mato Grosso para

aumentar a eficiência do licenciamento

ambiental para o setor energético. A palestra

foi feita pela secretária de Meio Ambiente e

vice-presidente da Associação Brasileira de

Entidades Estaduais de Meio Ambiente

(Abema), Mauren Lazzaretti, durante a

abertura do Lase 2019 - Licenciamento e

Gestão Socioambiental no Setor Elétrico.

“O licenciamento digital será um marco na

gestão ambiental do Estado. A tecnologia irá

reduzir em, pelo menos, 20% o tempo de

resposta ao empreendedor, eliminando a

tramitação burocrática do processo físico. O

sistema também permitirá mais transparência

das informações e visão geoespacial do

Estado”, destacou Mauren Lazzaretti.

A previsão é de que o sistema, que permitirá a

integração entre as diversas ferramentas

utilizadas atualmente na Sema, esteja

implementado em 2020.

A redução no tempo de resposta ao

empreendedor é uma das principais metas da

atual gestão da Sema. Desde o início de 2019,

a Pasta, por meio da revisão de fluxos e

processos, reduziu em 52% o tempo médio de

análise dos processos de licenciamento, ou

seja, 230 dias para análise dos processos a

média caiu para 111 dias, abaixo do limite

legal de seis meses.

Também estavam presentes na abertura do

Lase 2019, o presidente da Centrais Elétricas

Brasileiras S.A (Eletrobras), Wilson Ferreira

Júnior; secretário de Estado de Meio Ambiente

e Desenvolvimento Sustentável de Minas

Gerais e presidente da Associação Brasileira

de Entidades Estaduais de Meio Ambiente

(Abema), Germano Vieira; a secretária de

Estado da Secretaria do Ambiente e

Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Ana Lúcia

Santoro e a diretora-presidente da

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb), Patrícia Faga Iglecias

Lemos.

Lase 2019

Há dez anos, o Lase reúne governos e

empresas do setor de geração e transmissão

de energia para discutir temas da gestão

socioambiental dos empreendimentos. Os

debates e palestras apresentam as

experiências dos empreendedores, aspectos

regulatórios e técnicos da pauta ambiental e

social dos projetos do setor elétrico.

“Esta é uma oportunidade para debatermos

temas relevantes na agenda ambiental como a

Lei Geral do Licenciamento, as autorizações

ambientais para o setor energético, além de

discussões relevantes sobre alternativa de

fontes de energia e planejamento estratégico

para garantir a matriz energética do País”,

finaliza a gestora do órgão ambiental mato-

grossense.

A conferência reúne mais de 60 palestrantes

de diversos setores ligados ao setor elétrico e

segue até 17 de outubro. O evento é realizado

no Rooftop 5 & Centro de Convenções no

bariro Pinheiros, em São Paulo.

https://www.folhamax.com/cidades/sema-

apresenta-estrategias-para-dar-mais-

eficiencia-ao-licenciamento-ambiental/230680

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http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32508641&e=577

https://www.cenariomt.com.br/2019/10/16/se

ma-apresenta-estrategias-para-dar-mais-

eficiencia-ao-licenciamento-ambiental/

http://www.jbnews.com.br/detalhesnot.php?id

=17069

https://www.matogrossodigital.com.br/meio-

ambiente/sema-apresenta-estrategias-para-

dar-mais-eficiencia-ao-licenciamento-

ambiental

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32511632&e=577

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Veículo: Fusões e Aquisições

Veículo2: TI Inside

Data: 16/10/2019

Novo portal de SP agiliza abertura, alteração e baixa de empresas

Ruy Moura

A Junta Comercial de São Paulo (Jucesp),

vinculada à Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, lançou o portal Integrador

Estadual, que permitirá ao empreendedor

realizar em um único ambiente as principais

interações para seu negócio, desde a

viabilidade locacional e registro mercantil até a

legalização de funcionamento e exercício de

atividades econômicas.

Desenvolvido pela Prodesp, em parceria com a

empresa G&P, a plataforma ficou mais

moderna e funcional para facilitar o acesso aos

serviços disponíveis para abertura, alteração e

baixa de empresas. É por meio dele que é

feita a troca de informações com os órgãos e

entidades federais, estaduais e municipais que

são responsáveis pelo processo de registro e

legalização de todas as empresas do Estado de

São Paulo.

"A grande vantagem é que o site promove a

integração entre os sistemas de diversos

órgãos do Governo e traz mais agilidade e

simplificação na tramitação de processos e na

transparência pública", afirma Ernesto

Mascellani Neto, Superintendente da Prodesp.

Com o Integrador Estadual todo o processo

será feito em um único portal, on-line, de

maneira simples e prática, não sendo mais

necessários inúmeros comparecimentos

presenciais às Prefeituras, Receita Federal,

Corpo de Bombeiros, CETESB, entre outros

órgãos.

Todas as informações sobre o Integrador

Estadual e as etapas do registro empresarial

estão disponíveis no site da Junta Comercial

do Estado de São Paulo (Jucesp)... Leia mais

em tiinside 16/10/2019.

https://fusoesaquisicoes.blogspot.com/2019/1

0/novo-portal-de-sp-agiliza-abertura.html

https://tiinside.com.br/tiinside/16/10/2019/no

vo-portal-de-sp-agiliza-abertura-alteracao-e-

baixa-de-empresas/?noticiario=TI

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Veículo: Magazine Agrofest

Data: 16/10/2019

Governo de SP entrega 89 veículos

para PM Ambiental

Governador também assinou contrato para a

compra de 40 mil pistolas e anunciou a

aquisição de mais 10 mil armas

O Governador João Doria entregou, no dia 14

de outubro, 89 viaturas à Polícia Militar

Ambiental do Estado de São Paulo. Os veículos

fazem parte de um pacote de 152, os outros

63 serão entregues até novembro. A aquisição

foi realizada pela Secretaria de Infraestrutura

e Meio Ambiente (Sima), com um

investimento total de R$ 16,8 milhões, para

reforçar a frota da PM Ambiental e,

consequentemente, sua atuação na

fiscalização às infrações contra o meio

ambiente em todo o território estadual.

“Com estes veículos, nós estamos ampliando a

fiscalização ambiental para evitar

desmatamentos, extrações ilegais e monitorar

focos de incêndio e de conservação. São Paulo

tem desmatamento zero. A cobertura vegetal

foi ampliada nestes últimos dois anos e assim

continuará como política pública”, disse Doria.

Do total dos veículos, 100 são do modelo Fiat

Palio e 52 tipo pick-up, modelo Toyota Hilux.

As novas viaturas serão destinadas aos quatro

Batalhões de Policiamento Ambiental

existentes no Estado.

Assinatura de contrato para compra de

pistolas

O Governador João Doria também assinou

contrato para compra de 40 mil pistolas

semiautomáticas de calibre .40 e anunciou

que outras 10 mil armas serão adquiridas.

Para a compra das 40 mil pistolas, foram

investidos R$ 35,6 milhões. Cada uma delas

foi adquirida pelo valor unitário de R$ 891,86,

o que representou uma economia total de

cerca de R$ 53 milhões aos cofres públicos. A

aquisição foi realizada por meio de processo

licitatório e teve como vencedora a empresa

austríaca Glock.

“A nossa vantagem foi que, com o valor

correspondente para aquisição de 40 mil

armas, estamos comprando 50 mil. São 40 mil

que já foram incorporadas e mais 10 mil,

mantida a mesma condição de preço por

arma. Essas são as armas que a polícia

americana utiliza. São as melhores pistolas do

mundo”, afirmou o Governador.

A aquisição faz parte de um pacote de

investimento de R$ 108,9 milhões que inclui a

compra de 1 mil fuzis calibre 7,62, 300 fuzis

calibre 5,56, dois fuzis de alta precisão, dez

metralhadoras leve e 1 mil armas de

incapacitação neuromuscular, além de 500

escudos e 5,5 mil coletes balísticos. As armas

foram testadas em setembro de 2019.

As pistolas serão entregues em cinco lotes

diferentes, com 8 mil armas em cada um

deles. O primeiro deverá ser entregue em até

90 dias da assinatura do contrato e o último

até o final do primeiro semestre do próximo

ano.

O processo licitatório para a compra das

armas seguiu a norma internacional

AC/225/D14 da Organização do Tratado

Atlântico (Otan) para armas leves, que incluiu

testes de tiro, precisão e força da puxada de

gatilho e queda, por exemplo.

Operação Corta-Fogo

A Operação Corta-Fogo 2019 registrou até o

dia 10 de outubro uma redução de 41% no

número de ocorrências de incêndios florestais

em Unidades de Conservação e de 37% de

área queimada em comparação ao ano

anterior. Em 2018, foram registradas 125

ocorrências em áreas de proteção integral ou

de uso sustentável que consumiram 3.460

hectares de vegetação, enquanto neste ano

foram registradas 74 ocorrências que afetaram

2.167 hectares.

O Governo do Estado promove um conjunto de

ações para reduzir incêndios florestais durante

o inverno. A ação é coordenada pela SIMA e

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Grupo de Comunicação

conta com a parceria do Corpo de Bombeiros,

da Coordenadoria Estadual de Proteção e

Defesa Civil (CEPDEC), da Polícia Militar

Ambiental, da Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo (CETESB), da Fundação Florestal

e o Instituto Florestal. Gestores, monitores e

voluntários no entorno de áreas verdes são

capacitados para atuar em prevenção,

controle, monitoramento e combate ao fogo.

Também há parcerias com empreendedores de

usinas de álcool e açúcar e por meio dos

Planos de Auxílio Mútuo. Neste ano, 267

municípios aderiram à Operação Corta-Fogo.

https://magazineagrofest.com.br/2019/10/16/

governo-de-sp-entrega-89-veiculos-para-pm-

ambiental/

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Mococa 24horas

Data: 17/10/2019

Ribeirão discute setor

sucroenergético nesta sexta

O avanço do setor sucroenergético é rápido,

assim deve ser também a normatização

ambiental do setor. Antônio Luiz Lima

Queiroz, dirigente da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo, a

Cetesb, fala que o desafio atual é aprimorar

as regulamentações para o uso da vinhaça, da

torta do filtro do processamento do etanol e

da cinza da caldeira no cultivo na cana-de-

açúcar.

Os desafios da regulamentação estarão na

pauta do 1º Fórum de Meio Ambiente que a

Associação de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia de Ribeirão Preto promoverá nesta

sexta-feira, dia 18, a partir das 8h00.

Autoridades, profissionais, empresários,

produtores e pesquisadores pautarão o tema

'O setor sucroenergético e os desafios do

planeta'.

O setor sucroenergético responde por 2% do

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Significa que mais de R$ 40 bilhões são

movimentados em negócios que envolvem a

cana, do campo à industrialização. Para

Queiroz, que vai compor a mesa de debates

do Fórum, o desafio é otimizar a utilização do

subproduto, colaborando para os resultados

ambientais e financeiros.

Serviço - A Associação de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto fica

na R. Almirante Gago Coutinho, 333, Jd. São

Luiz, Ribeirão Preto. Ingresso solidário: 2

quilos de alimentos não perecíveis.

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Adaptada.

Permitida a reprodução apenas se citadas a

fonte e autoria: www.mococa24horas.com.br

https://mococa24horas.com.br/noticias/det/5

176/ribeirao-discute-setor-sucroenergetico-

nesta-sexta

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Solar

Data: 16/10/2019

Hospitais públicos de São Paulo serão abastecidos por energia solar

A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA)

e a CPFL Energia buscam alternativas para a

implantação de sistemas fotovoltaicos e

eficiência energética em hospitais públicos e

filantrópicos ao longo de três anos.

O processo está na fase de avaliação do

montante de recursos necessários e quais

unidades serão atendidas. A previsão é fechar

o termo ainda neste ano e iniciar o processo

em 2020. O objetivo é diminuir os gastos com

energia em prédios públicos e aumentar a

eficiência energética.

Segundo o subsecretário da SIMA, Glaucio

Attorre, para viabilizar o projeto, serão

utilizados recursos do programa de eficiência

energética da Aneel que não foram utilizados

pelas distribuidoras em anos anteriores.

A SIMA também vai participar neste ano da

chamada pública de projetos de eficiência

energética da Enel, com propostas de

implantar sistemas fotovoltaicos nos prédios

da Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Secretaria de Desenvolvimento

Econômico e Parque da Juventude.

De acordo com Attorre, a secretaria também

trabalha para tornar mais célere o processo de

obtenção de licenças ambientais para

empreendimentos fotovoltaicos.

'Atuamos em conjunto com a Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(CETESB), responsável pelo licenciamento

para empreendimentos fotovoltaicos para

tornar mais célebre o processo de obtenção de

licenças', disse.

Attorre também destacou que a secretaria

vem atuando em parceria com a Solatio para

viabilizar a aprovação do projeto da

companhia que consiste na instalação de um

complexo fotovoltaico de 600 MW, dividido em

nove lotes, no município de Castilho. A

expectativa é que a aprovação ocorra até o

fim deste ano.

No total, São Paulo conta com 220 MW de

usinas solares de grande porte. Em geração

distribuída solar, o estado possui 19 mil

unidades consumidoras e um total de 153 MW,

de acordo com dados da Aneel.

https://www.portalsolar.com.br/blog-

solar/energia-solar/hospitais-publicos-de-sao-

paulo-serao-abastecidos-por-energia-

solar.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 17/10/2019

Fumaça densa prejudica moradores do Campanário; empresa nega

toxidade George Garcia

Os moradores das ruas Gema e Jacuí, no

Jardim Campanário, em Diadema, estão sendo

prejudicados com uma fumaça densa que

invade as casas, inclusive à noite. A fumaça

viria das chaminés da empresa Resinpó,

indústria química, que por sua vez alega que o

resíduo não é tóxico e se trata apenas de

vapor. A Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) informou que a

empresa tem autorização para funcionar.

Morador da rua Jacuí, Rafael Moraes, de 46

anos, e que morou toda sua vida no bairro

conta que há cerca de dois anos a empresa de

instalou na rua Gema e tem causado

problemas na vizinhança. “Eles alegam que é

vapor, mas a fumaça é densa, pesada e afeta

mais os moradores de baixo, na minha casa

ficamos com as janelas fechadas praticamente

o dia todo, mas neste calor não tem quem

aguente, eles expelem essa fumaça até de

madrugada e a gente já acorda com o nariz

ruim e a garganta seca”, relata o morador.

Já na casa de Rafael de Lima Crivelaro, de 29

anos, e que mora há sete na rua Jacuí, o

problema é mais grave. Ele relata problemas

de saúde com o filho de 5 anos de idade. “Meu

filho tem bronquite e minha vida está um caos

por causa disso, pois ele vive com crises,

ultimamente tem sido mais constante. Em

casa a fuligem se acumula sobre os móveis e

a empresa diz que é só vapor de água, nossa

rua chega a ficar cinza”, conta.

O órgão fiscalizador, a Cetesb, diz que a

empresa está em situação regular. “Essa

empresa encontra-se instalada no local desde

2003 e desenvolve atividade de reciclagem de

plásticos e carpetes de veículos. Após registrar

reclamações, em 2017, a CETESB efetivou

atendimento comunitário, mas em nenhuma

vistoria constatou emissão de odores. No

entanto, a empresa foi autuada, em 2017 e

2018, por falta de Licença de Operação. Em

abril de 2019, a empresa solicitou e obteve a

renovação da licença ambiental para

funcionar. Quanto à sua localização, conforme

a Certidão de Uso de Solo que autorizou a

instalação, a Prefeitura considerou compatível

a atividade da empresa com o entorno. Desde

fevereiro, a agência ambiental não recebe

reclamação contra a empresa. A comunidade

pode e deve encaminhar suas queixas

diretamente à Agência Ambiental do ABC II,

pelo tel. 4123-4555, para que essa possa

tomar as ações cabíveis”, informou o órgão

em nota.

A Resinpó informa que trabalha com a

transformação (moagem, micronização e

extrusão) de resinas termoplásticas

conhecidas como polietileno, polipropileno e

EVA. Em nota, a empresa relata que a fumaça

é vapor de água. “Trata-se exclusivamente de

vapor da água proveniente do processo de

secagem de resina termoplásticas. Não temos

operações químicas em nossas instalações,

apenas processos físicos, como moagem,

secagem e fusão de resinas termoplásticas,

portanto não a emissão de substâncias

tóxicas”, informa. A indústria informou ainda

que adota mecanismos como filtros em suas

chaminés para evitar emissão de partículas. “A

empresa adota tais mecanismos, ainda em

janeiro de 2.019 instalamos mais uma

chaminé mais alta e fizemos uma modificação

nas instalações para mitigar a emissão de

vapor da água”.

A empresa diz que está avaliando mudanças

no processo de produção para reduzir as

emissões. “Estamos avaliando e cotando a

instalação de equipamento para eliminar

completamente a emissão do vapor da água,

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Grupo de Comunicação

esta em fase de aprovação de orçamentos,

visto que a modificação anterior não eliminou

100% da emissão, apenas reduziu

significativamente”.

Sobre as autuações feitas pela Cetesb a

Resinpó se defende relatando burocracia na

fase de licenciamento. “As autuações se

deram pelo atraso na renovação da licença em

função de uma documentação necessária do

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis) que não se

aplica ao local da instalação e ao tipo de

operação. O desentrave desta burocracia

gerou a demora na renovação da licença, e

portanto a atuação. Resolvido este entrave,

todas as licenças foram renovadas sem

problemas”, justificou.

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/273

9400/fumaca-densa-prejudica-moradores-do-

campanario-empresa-nega-toxidade/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Revista Alumínio

Data: 16/10/2019

CBA organiza simulação de emergência

na barragem de Alumínio (SP)

Nesta quarta-feira (16/10), 1.187 pessoas

participaram do primeiro simulado de

emergência da Barragem do Palmital, em

Alumínio (SP). A ação, que teve caráter

educativo, foi realizada pela Companhia

Brasileira de Alumínio (CBA), em parceria com

a Defesa Civil municipal e estadual, e contou

com apoio das polícias Militar e Rodoviária,

Corpo de Bombeiros e Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb), além da concessionária da rodovia

Raposo Tavares.

O treinamento, das 10 às 11 horas, foi

realizado para a população presente na zona

de autossalvamento (ZAS) - área que seria

afetada em caso hipotético de rompimento da

barragem - a fim de capacitar os participantes

sobre como proceder em situação real de

emergência. A participação da população é

voluntária, mas importante para que todos

saibam como agir.

Para a efetivação dos trabalhos, foram

definidos 24 pontos de encontro, devidamente

sinalizados e equipados com infraestrutura

para receber a comunidade. Nos locais, foi

realizada pesquisa para avaliar a qualidade da

dinâmica. A estrutura de segurança contou

com efetivo ampliado da Polícia Militar da

região. O exercício incluiu também,

preventivamente, ambulâncias e equipes

médicas, para possibilitar rápida atuação nos

pontos de encontro.

Durante o simulado foram analisados aspectos

com relação à identificação das rotas de fuga e

condições do percurso. Também foi verificado

se o direcionamento dos alto-falantes e

potência das sirenes do sistema de notificação

de massa foram ouvidos pela população em

diferentes locais.

Na avaliação de Leandro Faria, gerente de

Sustentabilidade da CBA, o simulado ocorreu

como planejado e foi importante para medir a

eficácia dos treinamentos e das comunicações

realizadas. 'Quero agradecer à parceria da

Defesa Civil em todo esse processo e

especialmente à população que se engajou

voluntariamente. Sem eles, não seria possível

identificar as oportunidades de melhoria',

destaca.

O simulado faz parte das iniciativas do Plano

de atendimento emergencial (PAE) da

Barragem do Palmital, conforme prevê a

legislação. Novos treinamentos serão

realizados anualmente com a população.

Barragem do Palmital

A barragem do Palmital foi construída sob o

método de alteamento à jusante, com uso de

materiais da mais alta resistência, como

rocha, e outros específicos para filtros e

drenagens, assegurando sua estabilidade e

integridade. Segundo a CBA, a estrutura

possui sistema de gestão de segurança

robusto que contempla rotinas dos

monitoramentos diárias, quinzenais e

semestrais, bem como auditorias externas

conduzidas por uma empresa independente,

especializada em geotecnia. A barragem

também recebe fiscalizações periódicas de

órgãos públicos responsáveis e possui todos os

laudos técnicos exigidos por lei. Além de todos

os rigorosos monitoramentos e manutenções

preventivas realizadas constantemente, a

empresa investe em pesquisa e

desenvolvimento para assegurar a solidez e

confiabilidade da estrutura.

https://revistaaluminio.com.br/cba-organiza-

simulacao-de-emergencia-na-barragem-de-

aluminio-sp/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Revista Amazônia

Data: 16/10/2019

Empresa reformula produtos, os

transformando em ambientalmente responsável

O produto consegue dar destinação correta

para toneladas de lixos gerados diariamente

no país

A Poli Júnior, empresa júnior da melhor escola

de engenharia do país - a USP, recebeu um

grande desafio de um de seus clientes, o de

encontrar uma finalidade para um óleo

misterioso, gerado em pirólises realizadas em

processos internos de uma companhia atuante

da área ambiental, que oferece serviços de

gestão de resíduos.

Os sócios da organização eram assolados pela

curiosidade que causava o produto e, por isso,

já haviam feito testes com especialistas em

pirólise do mercado sênior, mas nenhuma

solução havia sido encontrada.

Quando a solicitação chegou até a Poli Júnior,

as únicas informações que a equipe tinha era

que as pirólises - uma de raspas de pneu e

outra de plástico ABS aconteciam

internamente para gerar energia para o

funcionamento da própria fábrica, já que a

queima do lixo em condições anaeróbicas

produzia três compostos, e dois deles já

tinham destino comercial na empresa.

O carvão gerado era vendido para caldeiras, o

gás de síntese, era utilizado para produção de

energia e redução dos custos de operação, e

um líquido viscoso rico em hidrocarbonetos,

sem utilização conhecida até então.

A equipe realizou mais de 27 testes

laboratoriais, em menos de 20 semanas, e

descobriu que os dois óleos gerados

funcionam extremamente bem como solvente

de polímeros e resinas, e para o ramo

comercial do cliente, essa era uma solução

lucrativa.

Considerando ainda que foram produzidos a

base de lixo, em um país que gerou cerca de

255 mil toneladas de resíduos por dia, em

2018, sendo o quarto maior índice em todo

mundo, segundo o Panorama dos Resíduos

Sólidos no Brasil, feito pela Associação

Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais (Abrelpe).

Os testes também mostraram que esses óleos

eram altamente poluentes, com o descarte no

meio ambiente proibido pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(CETESB), por conta de graves

desdobramentos possíveis na natureza. Mas a

solução encontrada pela Poli Júnior

transformou a destinação dos produtos.

Com alto valor agregado para a empresa, os

óleos se tornaram sustentável, à medida que é

fabricado a partir de borracha, material não

biodegradável e matéria prima dos 17 milhões

de pneus descartados por ano no Brasil,

segundo a Recicloteca, Centro de Informações

sobre Reciclagem e Meio Ambiente.

Isso, além do uso de plástico ABS que a cada

quilo produzido pelas indústrias são emitidos

cerca 1,5 a 27 toneladas de compostos

orgânicos voláteis (COVs) , nome dado pela

United States Environmental Programme a

poluentes altamente tóxicos.

O mistério não terminou por aí, já que o

cliente propôs um novo desafio para a

empresa júnior, o de encontrar um meio de

comercializar aqueles óleos viscosos e mal

cheirosos. O objetivo era transformá-los em

produtos mais agradáveis aos compradores

sem perder o alto poder de solvência

identificado previamente.

Frente a esse novo desafio, os membros da

Poli Júnior foram novamente para o

laboratório e realizaram mais 115 testes, em

menos de 18 semanas, instaurando um novo

recorde para a equipe.

Mais uma vez, a solução foi alcançada, o odor

do óleo foi melhorado e sua aparência tratada

sem perder o seu efeito solvente. A

descoberta apresentou uma alternativa à

produção de solventes orgânicos, que

geralmente são provenientes da extração e

refino de petróleo, atividade com sério

impacto ambiental por todo o mundo.

Além disso, ficou evidente o potencial de criar

uma destinação rentável para cerca de 20 mil

toneladas diárias de lixo produzidos na cidade

de São Paulo, que hoje são simplesmente

depositadas em aterros, gerando prejuízos

anuais de R$ 420 milhões com tratamentos de

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Grupo de Comunicação

saúde e recuperação do meio ambiente,

segundo a Abrelpe.

http://revistaamazonia.com.br/empresa-

reformula-produtos-os-transformando-em-

ambientalmente-responsavel/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Urgente News

Data: 16/10/2019

Capital sedia debates do XI Encontro

Paulista de Biodiversidade –

Por meio da Coordenadoria de Fiscalização

e Biodiversidade (CFB), a Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado

(SIMA) promoveu, entre 9 e 10 de outubro, o

Xl Encontro Paulista de Biodiversidade (EPBio).

O evento ocorreu em auditório da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb),

na capital paulista.

Os temas centrais da edição deste ano

abordaram 'Pagamentos por Serviços

Ambientais - dez anos de experiências e

perspectivas para o futuro' e 'Coexistência

Humano-Fauna: histórico, conceitos e ações'.

No encerramento do evento, foi aprovada

pelos participantes uma moção com

orientações para a Política Nacional de

Pagamento por Serviços Ambientais, que está

em discussão no Congresso Federal.

'Não existe momento mais apropriado do que

este, quando estão discutindo o Pagamento

por Serviços Ambientais no Congresso Federal.

Que este encontro leve as propostas para

sermos proativos com contribuições para essa

nova lei nacional', salientou o secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado,

Marcos Penido.

Legislação

Em São Paulo, o Pagamento por Serviços

Ambientais (PSA) foi instituído pela Lei

Estadual n° 13.798/2009 e regulamentada por

decreto no ano seguinte, que estabeleceu

diretrizes, requisitos, teto de valores e

orientações gerais.

'São Paulo já tem experiência. O PSA é um

trabalho que transforma a floresta em ativos.

Temos muito para contribuir com a Lei

Federal', enfatizou o subsecretário de Meio

Ambiente da SIMA, Eduardo Trani.

Com a proposta de reunir acadêmicos,

sociedade civil e Governo, o EPBio buscou

promover debates sobre as questões mais

relevantes a respeito da biodiversidade e

constituir um fórum para a proposição de

novas estratégias políticas de conservação e

recuperação da biodiversidade no Estado.

'Consideramos serviço ambiental as atividades

ecossistêmicas percebidas fora do local onde

são gerados, ou seja, que representam

externalidades positivas para a proteção da

água, clima e conservação da biodiversidade,

tanto em ecossistemas naturais quanto em

sistemas produtivos manejados de forma

sustentável', afirmou a coordenadora do

Programa Nascentes e do Componente 2 (SP)

do Conexão Mata Atlântica, Helena

Carrascosa.

Ações

Em execução desde o ano passado, o Projeto

Conexão Mata Atlântica - Recuperação e

Proteção dos Serviços Relacionados ao Clima e

à Biodiversidade no Corredor Sudeste da Mata

Atlântica tem ações nos Estados de São Paulo,

Rio de Janeiro e Minas Gerais.

'O mais importante é o legado que o programa

deixará para as futuras gerações', disse a

técnica da Secretaria de Políticas para

Formação e Ações Estratégicas, Coordenação-

Geral de Biomas do Ministério da Ciência,

Tecnologia, Inovações e Comunicações, Suiá

Kafure da Rocha.

'O Conexão é um projeto que representa uma

grande virada de paradigma. Existem

produtores que trabalham para preservar. Isso

é muito importante para a sustentabilidade

sociocultural e da biodiversidade', explicou o

diretor-executivo da Fundação Florestal,

Rodrigo Levkovicz.

'É muito importante receber atores de outros

Estados para trocar ideias e ver como

podemos evoluir no tema, além de trocar

experiências sobre os caminhos do Pagamento

de Serviços Ambientais para a coexistência

harmônica da fauna e o homem', avaliou o

coordenador de Fiscalização e Biodiversidade

da SIMA, Sergio Marçon.

A coordenadora do Conexão Mata Atlântica de

São Paulo, Luiza Saito, destacou a

oportunidade de compartilhar e discutir as

ações e os resultados do projeto Conexão

Mata Atlântica com os parceiros sobre o futuro

dos instrumentos econômicos para a

conservação e a convivência humano-fauna.

Fonte: Governo de SP

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agora SP

Data: 17/10/2019

Proibição de canudo de plástico no

estado de SP começa em 4 meses

Lei foi regulamentada ontem pelo governo

Doria e passa a valer em fevereiro do ano que

vem

Alana Ambrosio

O governador João Doria (PSDB)

regulamentou nesta quarta-feira (16) a lei que

proíbe o fornecimento de canudos de plástico

em estabelecimentos comerciais no Estado de

São Paulo.

A legislação, que foi sancionada em 13 de

julho, passa a valer em 120 dias.

Com a regulamentação, o Procon será

responsável pela fiscalização. Quem

descumprir, a partir de fevereiro de 2020,

será multado entre R$ 530,60 e R$ 5.306, no

caso de reincidências.

Com a lei, fica proibida a distribuição de

canudos de plásticos em estabelecimentos

comerciais como hotéis, bares, restaurantes,

padarias, clubes, entre outros. A orientação é

utilizar canudinhos confeccionados em papel

reciclado, material comestível ou

biodegradável.

A lei não proíbe a fabricação de canudos

plástico no estado, apenas a distribuição nos

locais apontados.

Metade do valor arrecadado com possíveis

multas será destinado ao Fecop (Fundo

Estadual de Prevenção e Controle da Poluição)

e a outra parte ao Procon para aplicação em

programas de educação, prevenção e

fiscalização relacionados ao consumo

sustentável.

O Procon ainda não disse qual será a

periodicidade das fiscalizações nem quantos

funcionários estarão envolvidos nas

averiguações.

O presidente da Abrasel (Associação Brasileira

de Bares e Restaurantes), Percival Maricato,

comemorou o prazo dado para a adaptação. "É

necessário ter esse período para que os

comércios consigam gastar o estoque que já

foi comprado e negociar a substituição do

produto com outros fornecedores", afirma.

Lei semelhante já foi sancionada na capital

paulista em junho deste ano, mas ainda não

foi regulamentada, portanto a fiscalização não

está em vigor.

https://agora.folha.uol.com.br/sao-

paulo/2019/10/proibicao-de-canudo-de-

plastico-no-estado-de-sp-comeca-em-4-

meses.shtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Veículo2: Diário do Litoral

Data: 16/10/2019

Lei que proíbe canudos plásticos no estado de São Paulo é regulamentada

Fiscalização ficará a cargo do Procon e multa

pode ultrapassar R$ 5 mil

O governador de São Paulo, João Doria

(PSDB), assinou, nesta terça-feira (15), o

decreto que regulamenta a Lei 17.110/2019,

que proíbe o fornecimento de canudos

confeccionados em material plástico no

estado. Estiveram presentes na cerimônia o

secretário de Estado de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido e o presidente da

Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor

(Procon), Fernando Capez.

O decreto foi publicado, nesta quarta-feira

(16), no Diário Oficial do Estado e prevê o

Procon como órgão responsável pela

fiscalização e autuação dos estabelecimentos

comerciais. As multas podem variar de R$

530,60 a R$ 5.306,00 no caso de

reincidências.

“O objetivo desta lei não visa meramente a

punição, mas sim sensibilizar as pessoas

acerca da responsabilidade de cada um no

cuidado com o meio ambiente”, disse Marcos

Penido.

A lei veda a distribuição de canudos de

plásticos em estabelecimentos comerciais

como hotéis, bares, restaurantes, padarias,

clubes, entre outros além de orientar para a

utilização desse objeto confeccionado em

papel reciclado, material comestível ou

biodegradável.

Na primeira autuação, a multa será de 20

Unidades Fiscais do Estado do São Paulo

(UFESPs), R$ 530,60; a cada reincidência o

valor será dobrado podendo alcançar 200

UFESPs (R$ 5.306,00).

Com o valor arrecadado das multas, 50% será

destinado ao Fundo Estadual de Prevenção e

Controle da Poluição (FECOP) e a outra

metade ao Procon para aplicação em

programas de educação, prevenção e

fiscalização relacionados ao consumo

sustentável.

“A preocupação das normas regulamentares,

que devem ser cumpridas e cuja observância o

Procon vai fiscalizar, são no sentido de

preservar o meio ambiente, uma vez que

estes canudos plásticos estão provocando

enormes danos a fauna marinha, estimulando

a colocação de lixo nas praias, nos

estabelecimentos, lixos que não são capazes

de serem absorvidos organicamente, lixos

inorgânicos”, comentou Fernando Capez.

Caberá à Secretaria de Infraestrutura e

Meio Ambiente (SIMA) em parceria com o

Procon implementar programas de educação

ambiental para orientar consumidores e

fornecedores.

https://www.atribuna.com.br/cidades/lei-que-

pro%C3%ADbe-canudos-pl%C3%A1sticos-no-

estado-de-s%C3%A3o-paulo-%C3%A9-

regulamentada-1.71605

http://cloud.boxnet.com.br/y4asj8am

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25

Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 16/10/2019

A partir de hoje, bares e restaurantes

não podem usar canudos de plástico no estado de SP

Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto

Akatu, fala sobre a proibição. Ele avalia que a

população está sensibilizada em relação ao

tema porque foram amplamente difundidas

imagens de maus-tratos a animais.

DURAÇÃO: 00:16:25

https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio

/278255/partir-de-hoje-bares-e-restaurantes-

nao-podem-usar.htm

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26

Grupo de Comunicação

Veículo: Metro Jornal

Data: 16/10/2019

Comércios paulistas podem ser

multados em até R$ 5,3 mil por canudos de plástico

O governo do estado de São Paulo

regulamentou na terça-feira (15) a lei que

proibiu o fornecimento de canudos de plástico

em estabelecimentos comerciais. O decreto,

publicado no Diário Oficial desta quarta (16), é

assinado pelo governador João Doria (PSDB),

o secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido, e o presidente do

Procon-SP, Fernando Capez.

Com a regulamentação, o comércio que for

flagrado fornecendo o material para seus

clientes será multado em R$ 530,60 – o

equivalente em 20 UFESPs (Unidades Fiscais

do Estado de São Paulo). Para cada

reincidência, o valor será dobrado, podendo

chegar a R$ 5,3 mil, igual a 200 UFESPs.

Metade do dinheiro arrecadado com as multas

será destinado ao FECOP (Fundo Estadual de

Prevenção e Controle da Poluição). Já a outra

metade ficará com o Procon-SP para

programas de “educação, prevenção e

fiscalização relacionados ao consumo

sustentável”.

As multas poderão ser aplicadas a partir de

120 dias da publicação do decreto – ou seja,

no dia 13 de fevereiro de 2020. A lei que

proibiu o fornecimento de canudos de plástico

no Estado de São Paulo foi sancionada no dia

12 de julho deste ano.

https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/1

0/16/comercios-paulistas-podem-ser-

multados-em-ate-r-53-mil-por-canudos-de-

plastico.html

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27

Grupo de Comunicação

Veículo: TV TEM Marília

Data: 16/10/2019

Decreto de lei proíbe comercialização

de canudos plásticos no estado de SP

https://globoplay.globo.com/v/8007571/

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28

Grupo de Comunicação

Veículo: TV Globo – Bom dia SP

Data: 16/10/2019

Regulamentada a lei que proibe

canudos de plástico em todo o estado de São Paulo

https://globoplay.globo.com/v/8006410/

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Fronteira

Data: 16/10/2019

Estado proíbe uso de canudos de

plástico

https://globoplay.globo.com/v/8007512/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Taubaté

Veículo2: Acontece Botucatu

Veículo3: Jornal de Barretos

Veículo4: Guarulhos Hoje

Veículo5: Jornal Estação

Veículo6: Gazeta de Limeira

Veículo7: O Dia

Veículo8: Gazeta SP

Veículo9: O Liberal Regional

Veículo10: Extra.net

Veículo11: Tribuna Ourinhense

Veículo12: Tribuna do Norte

Data: 17/10/2019

Governo de SP regulamenta lei que

proíbe canudos plásticos no Estado

Fiscalização ficará a cargo do Procon;

penalidades podem chegar a multas que

ultrapassam R$ 5 mil

O Governador João Doria, o secretário de

Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido e o presidente da Fundação de

Proteção e Defesa do Consumidor (Procon),

Fernando Capez, assinaram na terça-feira, dia

15 o decreto que regulamenta a Lei n°17.110,

de 12 de julho, que proíbe o fornecimento de

canudos confeccionados em material plástico

no Estado de São Paulo.

O decreto foi publicado na quarta-feira, dia 16

no Diário Oficial do Estado e prevê o Procon

como órgão responsável pela fiscalização e

autuação dos estabelecimentos comerciais. As

multas podem variar de R$ 530,60 a R$

5.306,00 no caso de reincidências.

“O objetivo desta lei não visa meramente a

punição, mas sim sensibilizar as pessoas

acerca da responsabilidade de cada um no

cuidado com o meio ambiente”, comenta o

secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido.

“A preocupação das normas regulamentares,

que devem ser cumpridas e cuja observância o

PROCON vai fiscalizar, são no sentido de

preservar o meio ambiente, uma vez que

estes canudos plásticos estão provocando

enormes danos a fauna marinha, estimulando

a colocação de lixo nas praias, nos

estabelecimentos, lixos que não são capazes

de serem absorvidos organicamente, lixos

inorgânicos”, explica o presidente do órgão,

Fernando Capez.

A lei veda a distribuição de canudos de

plásticos em estabelecimentos comerciais

como hotéis, bares, restaurantes, padarias,

clubes, entre outros além de orientar para a

utilização desse objeto confeccionado em

papel reciclado, material comestível ou

biodegradável.

Na primeira autuação, a multa será de 20

Unidades Fiscais do Estado do São Paulo

(UFESPs), R$ 530,60; a cada reincidência o

valor será dobrado podendo alcançar 200

UFESPs (R$ 5.306,00).

Com o valor arrecadado das multas, 50% será

destinado ao Fundo Estadual de Prevenção e

Controle da Poluição (FECOP) e a outra

metade ao Procon para aplicação em

programas de educação, prevenção e

fiscalização relacionados ao consumo

sustentável.

Caberá à Secretaria de Infraestrutura e

Meio Ambiente (SIMA) em parceria com o

Procon implementar programas de educação

ambiental para orientar consumidores e

fornecedores.

https://www.diariodetaubateregiao.com.br/dt/

governo-de-sp-regulamenta-lei-que-proibe-

canudos-plasticos-no-estado/

http://cloud.boxnet.com.br/yy8zem24

http://cloud.boxnet.com.br/y6qysgf9

http://cloud.boxnet.com.br/y4cnbb7y

http://cloud.boxnet.com.br/y3e5lkqc

http://cloud.boxnet.com.br/yywuy28r

http://cloud.boxnet.com.br/yxaumf3l

http://cloud.boxnet.com.br/yxnbx47o

http://cloud.boxnet.com.br/y6lf9nrx

http://cloud.boxnet.com.br/yyqjq5yn

http://cloud.boxnet.com.br/y4nehfp3

http://cloud.boxnet.com.br/y5nrtcy4

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Grupo de Comunicação

Veículo: Tribuna Piracicabana

Data: 17/10/2019

Governo de SP regulamenta uso de canudos plásticos

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32511099&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Itatiba

Data: 17/10/2019

Gestores discutem projeto de Trem

Intercidades

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32516282&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Dia

Data: 17/10/2019

Butantan recebe autorização para funcionar como jardim zoológico

http://cloud.boxnet.com.br/yysx7f99

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Piracicaba

Data: 17/10/2019

Regulamentada lei que proíbe canudos plásticos no Estado

http://cloud.boxnet.com.br/y55o2oy8

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Litoral

Data: 17/10/2019

São Paulo regulamenta lei que proíbe

canudos plásticos no Estado

Decreto assinado pelo governador João Doria

proíbe o fornecimento de canudos

confeccionados em material plástico no Estado

de São Paulo e prevê o Procon como órgão

responsável pela fiscalização e autuação dos

estabelecimentos comerciais. As multas

podem variar de R$ 530,60 a R$ 5.306,00 no

caso de reincidências. cidades/bi

LEGISLAÇÃO. Decreto assinado por

governador regulamenta a lei n9 17.110

São Paulo proíbe uso de canudos de plástico

^ O governador Joào Doria, o secretário de

Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido e o presidente da Fundação de

Proteção e Defesa do Consumidor (Procon),

Fernando Capez, assinaram nesta terça-feira

(15) o decreto que regulamenta a Lei n°i7.no,

de 12 de julho, que proíbe o fornecimento de

canudos confeccionados em material plástico

no Estado de São Paulo.

O decreto foi publicado nesta quarta-feira (16)

no Diário Oficial do Estado e prevê o Procon

como órgão responsável pela fiscalização e

autuação dos estabelecimentos comerciais. As

multas podem variar de R$ 530,60 a R$

5.306,00 no caso de reincidências.

"O objetivo desta lei não visa meramente a

punição, mas sim sensibilizar as pessoas

acerca da responsabilidade de cada um no

cuidado com o meio ambiente", comenta o

secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido.

"A preocupação das normas regulamentares,

que devem ser cumpridas e cuja observância o

Procon vai fiscalizar, são no sentido de

preservar o meio ambiente, uma vez que

estes canudos plásticos estão provocando

enormes danos a fauna marinha, estimulando

a colocação de lixo nas praias, nos

estabelecimentos, lixos que não são capazes

de serem absorvidos organicamente, lixos

inorgânicos", explica o presidente do órgão,

Fernando Capez.

A lei veda a distribuição de canudos de

plásticos em estabelecimentos comerciais

como hotéis, bares, restaurantes, padarias,

clubes,

Em Santos, a proibição de canudos de plástico

está em vigor, por lei municipal, desde abril

entre outros além de orientar para a utilização

desse objeto confeccionado em papel

reciclado, material comestível ou

biodegradável.

Na primeira autuação, a multa será de 20

Unidades Fiscais do Estado do São Paulo

(UFESPs), R$ 530,60; a cada reincidência o

valor será dobrado podendo alcançar 200

UFESPs (R$ 5.306,00).

Com o valor arrecadado das multas, 50% será

destinado ao Fundo Estadual de Prevenção e

Controle da Poluição (FECOP) e a outra

metade ao Procon para aplicação em

programas de educação, prevenção e

fiscalização relacionados ao consumo

sustentável.

Caberá à Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (SIMA) em parceria com o

Procon implementar programas de educação

ambiental para orientar consumidores e

fornecedores.

SANTOS.

A proibição de canudos de plástico em bares,

restaurantes, hotéis e pensões está em vigor

desde abril em Santos.

A legislação municipal visa a redução do

descarte de produtos plásticos, cujo processo

de decomposição natural pode levar até

quatro séculos.

A multa para estabelecimentos que

desrespeitarem a nova regra vai variar de R$

500 a R$ 1.000. Para canudos feitos de

materiais alternativos, como papel ou metal,

continua valendo a obrigação da embalagem

em papel. (DL)

Decreto foi publicado no Diário Oficial e prevê

o Procon como órgão responsável pela

fiscalização e autuação dos estabelecimentos

comerciais

http://cloud.boxnet.com.br/y6xdntm8

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Piracicaba

Data: 17/10/2019

Secretário de Estado encerra Semana de Engenharias

http://cloud.boxnet.com.br/yy57b2et

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Cidade

Data: 17/10/2019

Canudinhos comça ser extintos

http://cloud.boxnet.com.br/y4asj8am

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Grupo de Comunicação

Veículo: Revista Pais e Filhos

Data: 16/10/2019

Meio ambiente agradece! Governo de

SP proíbe canudos plásticos no Estado

Penalidades podem chegar a multas que

ultrapassam R$ 5 mil

Ingrid Campiteli

Notícias boas para nosso meio ambiente! O

Governador João Doria, o o secretário de

Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido e o presidente da Fundação de

Proteção e Defesa do Consumidor (Procon),

Fernando Capez, assinaram na última terça-

feira, 15 de outubro, o decreto que proíbe o

fornecimento de canudos confeccionados em

material plástico no Estado de São Paulo.

O decreto foi publicado nesta quarta-feira, 16

de outubro, no Diário Oficial do Estado e prevê

o Procon como órgão responsável pela

fiscalização e atuação dos estabelecimentos

comerciais. Em caso de reincidências, haverá

multas de R$ 530, 60 a R$ 5.306,00.

“O objetivo desta lei não visa meramente a

punição, mas sim sensibilizar as pessoas

acerca da responsabilidade de cada um no

cuidado com o meio ambiente”, comentou o

secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido.

“A preocupação das normas regulamentares,

que devem ser cumpridas e cuja observância o

PROCON vai fiscalizar, são no sentido de

preservar o meio ambiente, uma vez que

estes canudos plásticos estão provocando

enormes danos a fauna marinha, estimulando

a colocação de lixo nas praias, nos

estabelecimentos, lixos que não são capazes

de serem absorvidos organicamente, lixos

inorgânicos”, explicou o presidente do órgão,

Fernando Capez.

A lei veda a distribuição de canudos de

plásticos em estabelecimentos comerciais

como hotéis, bares, restaurantes, padarias,

clubes, entre outros além de orientar para a

utilização desse objeto confeccionado em

papel reciclado, material comestível ou

biodegradável.

Na primeira autuação, a multa será de 20

Unidades Fiscais do Estado do São Paulo

(UFESPs), R$ 530,60; a cada reincidência o

valor será dobrado podendo alcançar 200

UFESPs (R$ 5.306,00).

Com o valor arrecadado das multas, 50% será

destinado ao Fundo Estadual de Prevenção e

Controle da Poluição (FECOP) e a outra

metade ao Procon para aplicação em

programas de educação, prevenção e

fiscalização relacionados ao consumo

sustentável.

https://paisefilhos.uol.com.br/familia/meio-

ambiente-agradece-governo-de-sp-proibe-

canudos-plasticos-no-estado/

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39

Grupo de Comunicação

Veículo: SP Record

Data: 16/10/2019

Mancha escura aparece na orla da

praia em Guarujá

http://cloud.boxnet.com.br/yywm5llv

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Rio Claro

Data: 16/10/2019

Aterro sanitário de Rio Claro recebe

maior nota de qualidade desse sua implantação

http://cloud.boxnet.com.br/y4fzmog2

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Grupo de Comunicação

Veículo: Joranl de Itatiba

Data: 17/10/2019

Conselho de Desenvolvimento da RMC analisará propostas para o bem-estar animal

A reunião do Conselho de Desenvolvimento da

Região Metropolitana de Campinas (RMC)

ocorreuna última terça-feira, dia 15, em Nova

Odessa, no salão de eventos da Associação de

Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Compareceram integrantes dos 20 municípios

que integram a RMC.

Na ocasião, a Câmara Temática de Bem-Estar

Animal apresentou a proposta do prefeito

Benjamim Bill Vieira de Souza, que prevê a

elaboração de um convênio entre o órgão e

uma instituição para desenvolver um censo de

amostrai regionalda população de animais

domésticos (cães e gatos).

Ainda, durante o encontro, foi entregue ao

conselho uma cartade intenção para dar início

ao projeto de castração, com o intuito de que

os municípios da região ofereçam ou

aumentem a oferta de serviços de

esterilização em toda a RMC.

ANALISE DO CONSELHO Ambososprojetos,

juntamente com os custos, foram

encaminhados para análise do Conselho da

RMC. Caso sejam aprovados, serão destinados

recursos do orçamento para a execução dos

mesmos. Bill explicou que o maior problema

atualmente é não ter conhecimento de

quantos animais estão sob os cuidados dos

municípios e quanto de recurso é destinado

por cada prefeitura, “por isso, é importante

fazer o censo animal”, completou o prefeito de

Nova Odessa.

HOSPITAL REGIONAL DE ORTOPEDIA Na

ocasião, os prefeitos também assistiram à

apresentação do sub secretário de Assuntos

Metropolitanos, da Secretaria de

Desenvolvimento Regional, Marcos

Campagnone, que falou sobre “Aspectos da

Governança na Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos”, com a participação do assessor da

Secretaria de Inffaestrutura e Meio Ambiente e

Gestor do Comitê de Integração de Resíduos

Sólidos, Ivan de Oliveira, edaGerente da

Cetesb, da área de Controle de Licenciamento,

Adriana Guimarães Alves.

Outro ponto destacado foi o Projeto “Hospital

Regional de Ortopedia”, do dr. José Carlos

Affonso Ferreira. A iniciativa consiste na

implantação de um novo Hospital Ortopédico

em Campinas, comcapacidade para atender a

todas as cidades da região metropolitana.

Para o prefeito de Morungaba, Marquinho de

Oliveira, que esteve presente nareunião,

ademanda para atendimentos ortopédicos é

grande na região e tem sido um problema

para diversas cidades da RMC. “Temos lutado

muito por um Hospital Regional com esta

especialidade, que poderá atender

muitospacientes,principalmente os que vêm de

municípios menores”, ressaltou Marquinho.

http://cloud.boxnet.com.br/y3qu6vgl

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Litoral

Data: 17/10/2019

Comissão aprova PL que impede novas cavas

A cava do Largo de Casqueiro, com 400

metros de diâmetro e 25 metros de

profundidade, está quase cheia de sedimentos

APROVADO. Projeto da deputada Rosana Valle

impede a construção de novas cavas

subaquáticas em todo o Brasil

Foi aprovado ontem (16), na Comissão de

Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

do Congresso Nacional, o Projeto de Lei

3285/2019 que impede a construção de novas

cavas subaquáticas em todos os estuários,

mangues, rios, lagos, mares e portos do

Brasil. O PL também determina um prazo de

cinco anos para a desativação e extinção das

cavas já existentes. A proposta agora será

enviada para a Comissão de Constituição e

Justiça (CCJ). Se aprovada, automaticamente

se torna lei, após sanção do presidente Jair

Bolsonaro.

O PL é de autoria da deputada federal Rosana

Valle (PSB/SP). "Queremos evitar tragédias

ambientais. No caso da Baixada Santista seria

um Se passar pela Comissão de Constituição e

Justiça, as cavas serão proibidas em todos os

estuários, mangues, rios, lagos, mares e

portos do Brasil acidente irremediável para a

vida marinha e catastrófico para a saúde das

pessoas e para a economia da região", afirma,

lembrando que existe uma cava na Baixada,

localizada no manguezal do Largo do

Casqueiro, em Cuba tão. Ela tem 400 metros

de diâmetro e 25 metros de profundidade.

Está quase cheia de sedimentos tóxicos

retirados pela dragagem do canal de acesso

que dá acesso a portos privados próximos.

Em Cubatão, a Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb) licenciou

mais duas cavas que ainda não foram

ativadas. A construção da cava inviabilizou

qualquer outro tipo de atividade no local,

como lazer e pesca artesanal. Preocupados

com o risco de um acidente ambiental no

estuário de Santos, ambientalistas e o

Ministério Público contestam a instalação das

cavas. A empresa responsável pela construção

e manutenção da cava e a Cetesb dizem que

não há perigo e que atendem normas

internacionais de segurança.

SEPETIBA.

A outra cava em operação no Brasil fica no

porto de Sepetiba, no Rio de laneiro (RI). As

cavas são, basicamente, aterros sanitários no

fundo do mar. Elas abrigam resíduos sólidos

tóxicos, retirados de áreas contaminadas por

poluentes e metais pesados nocivos à saúde.

A empresa responsável pela implantação e

manutenção da cava e a Cetesb dizem que

não há perigo e que atendem normas

internacionais de segurança.

O relator do projeto e presidente da Comissão

de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados,

deputado Rodrigo Agostinho (PSB), explica

que essa é uma técnica de disposição de

resíduos que não é mais utilizada no mundo.

"Não dá pra transformar o mar em uma área

de deposição. Fizemos alguns ajustes, criando

prazos para que as já existentes sejam

extintas".

Nos Estados Unidos, as cavas são proibidas na

maioria dos estados. Os estados americanos

que permitem as cavas só aceitam baixas

concentrações de poluentes, na faixa de

200.000 milímetros cúbicos. A cava de

Cubatão abriga poluentes tóxicos na faixa de

2.400.000 milímetros cúbicos.

CÂMARA DE SANTOS.

Em Santos, o vereador Chico Nogueira (PT)

apresentou um projeto de lei proibindo a

construção de cavas no Estuário Santista. O

objetivo, segundo o parlamentar, é garantir a

segurança de novas gerações, mas "para

surpresa nossa, o prefeito Paulo Alexandre

Barbosa (PSDB) vetou a proposta e, neste

sentido, vamos mobilizara população para

pressionar a derrubada do veto, pois cava é

cova", publicou em seus perfis nas redes

sociais. (Carlos Ratton)

http://cloud.boxnet.com.br/y42nempb

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43

Grupo de Comunicação

Veículo: TV Bandeirantes

Data: 17/10/2019

Córrego e ponte improvisada causam preocupação em Francisco Morato/SP

http://cloud.boxnet.com.br/yxa5s68c

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Metropolitana

Data: 16/10/2019

Moradores de Suzano convivem com

obra há sete anos

http://cloud.boxnet.com.br/y4uvmgvv

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 16/10/2019

Tubulação da Sabesp rompe em Santo André

Fernando Scerveninas

Em Santo André, moradores da rua Rui

Barbosa, na Vila Gilda, estão preocupados com

o rompimento de uma tubulação da Sabesp,

ocorrido nesta terça-feira (15/10). De acordo

com munícipes, a rede permaneceu com

vazamento de água das 6h às 20h, quando

solicitaram à empresa que fechasse o registro

para evitar o desperdício.

Síndico de condomínio na rua, Sidnei Rocha

informou que a água chegou a entrar no

subsolo do prédio. “Vazou muita água.

Reclamamos do rompimento para a Sabesp,

vieram e não fizeram nada. Tivemos de ligar

novamente e solicitar o fechamento”, explica.

Agora outro problema é a falta de água na

rua.

Procurada, a Sabesp informa, por meio de

nota, que equipe foi ao local para fazer o

reparo e que o serviço deve ser concluído

nesta quarta-feira (16/10).

http://cloud.boxnet.com.br/y3ejzo3k

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agora SP

Data: 17/10/2019

Cliente quer redução das contas de água

http://cloud.boxnet.com.br/y6frw588

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Globo

Data: 17/10/2019

Obras causam transtorno no

Jabaquara

http://cloud.boxnet.com.br/yxnaml6j

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Bandeirantes

Data: 17/10/2019

Participe do Bora SP / vazamento de água

http://cloud.boxnet.com.br/y4ls7ddf

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Morada

Data: 17/10/2019

Obras de esgoto no Jardim Gaivotas seguem em ritmo acelerado

http://cloud.boxnet.com.br/yyz3qn5p

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Grupo de Comunicação

Veículo: Destak

Data: 17/10/2019

Canudo pode gerar multa de até R$ 5,3 mil

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32517566&e=577

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Portal Governo SP

Data: 16/10/2019

Saiba como proceder em casos de

acidentes com animais peçonhentos

Secretaria da Saúde orienta o que fazer em

casos de urgência e como manter o ambiente

protegido de escorpiões

A Secretaria de Estado da Saúde reforça a

orientação à população para que em casos de

acidentes por animais peçonhentos, procure o

serviço de saúde mais próximo para que possa

receber o tratamento o mais rápido possível.

Além disso, outras medidas podem auxiliar

como higienizar o local com água e sabão e

aplicar de compressa morna.

Por fim, se possível, tente capturar o animal e

levá-lo ao serviço de saúde. O procedimento,

porém, deve ser feito com segurança e só

feito se não demandar muito tempo, já que a

prioridade é o atendimento médico urgente.

Mas atenção: essas medidas são

recomendadas para adolescentes e adultos.

Para as crianças de até 10 anos, a orientação

é levá-las imediatamente para o serviço de

saúde.

ACIDENTE COM ESCORPIÃO

O que fazer:

– Limpe o local com água e sabão;

– Aplique compressa morna no local;

– Procure o serviço de saúde mais próximo

para que possa receber o tratamento o mais

rápido possível;

O que não fazer:

– Não faça torniquete ou garrote, também não

fure, corte, nem queime ou esprema o local da

picada;

– Não aplique qualquer tipo de substância

sobre o local da picada (álcool, querosene,

fumo, ervas, pó de café, terra), nem faça

curativos que fechem o local, pois isso pode

favorecer a ocorrência de infecções;

– Não beba bebida alcoólica ou qualquer outra

substância com intuito de tirar a dor, pois

além de não agir contra o veneno, ainda

poderá causar complicações no quadro clínico;

– Não coloque gelo ou água fria no local da

picada, pois acentua a dor.

O Instituto Butantan, vinculado à Secretaria

de Estado da Saúde e que desenvolve

pesquisas com animais peçonhentos, também

reforça que o mais importante é procurar

socorro médico.

O uso de pomadas no local não é

recomendado, pois pode alterar a cor da pele,

além de não impedir a penetração do veneno.

Assim como nos acidentes ofídicos, deve-se

lembrar que torniquete, incisão e sucção no

local da picada são prejudiciais.

Como prevenir acidentes por escorpião

– Mantenha jardins e quintais limpos; evite

acumular entulhos, folhas secas, lixo

doméstico e materiais de construção nas

proximidades de casa;

– Evite folhagens densas (plantas

ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras

e outras) junto a paredes e muros das casas;

mantenha a grama aparada;

– Limpe periodicamente os terrenos baldios

vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois

metros junto às casas;

– Chacoalhe as roupas e sapatos antes de

usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se

esconder neles e picam ao serem comprimidos

contra o corpo;

– Não coloque as mãos em buracos, sob

pedras e troncos podres. Usar calçados e luvas

de raspas de couro para atividades em que

seja preciso colocar a mão e pisar em buracos,

entulhos e pedras;

– Vede as soleiras das portas e janelas quando

começar a escurecer. O escorpião apresenta

hábito noturno, e dessa forma é possível

evitar que ele entre em casa;

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Grupo de Comunicação

– Use telas em ralos do chão, pias ou tanques;

– Vede frestas e buracos em paredes,

assoalhos e vãos entre o forro e as paredes.

Procure consertar rodapés despregados,

coloque saquinhos de areia nas portas e telas

nas janelas;

– Afaste as camas e berços das paredes;

– Evite que roupas de cama e mosquiteiros

encostem ao chão;

– Não pendure roupas nas paredes;

– Acondicione lixo domiciliar em sacos

plásticos ou outros recipientes que possam ser

mantidos fechados, para evitar baratas,

moscas ou outros insetos que servem de

alimento para os escorpiões;

– Preserve os inimigos naturais de escorpiões

e aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja,

joão-bobo), lagartos, lagartixas e sapos.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/sala-de-

imprensa/agencia-sp-noticias/saiba-como-

proceder-em-casos-de-acidentes-com-

animais-peconhentos/

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Veículo: G1 Natureza

Data: 17/10/2019

Pirarucu desenvolveu 'armadura

excepcional' para escapar de piranhas

Pesquisadores de universidades

americanas fizeram testes de resistência

com as escamas do gigante peixe

amazônico e descobriram: elas estão

entre os materiais flexíveis mais

resistentes da natureza.

Por BBC

Pirarucu é peixe exclusivo da Bacia Amazônica

— Foto: Terra da Gente

Nas águas da Amazônia, a batalha entre o

pirarucu e a piranha é cheia de superlativos:

de um lado, está um dos maiores peixes de

água doce e com algumas das escamas mais

resistentes do mundo natural; do outro, um

peixe carnívoro com uma das mordidas mais

poderosas entre os animais.

Onívoro, nativo da Amazônia e com

comprimento que pode chegar a 3 metros, o

pirarucu (Arapaima gigas) é quem precisa

escapar das piranhas (pertencentes à

subfamília Serrasalminae). Estas têm dentes

em formatos triangulares que agem como uma

guilhotina e são um dos principais predadores

nos lagos sazonais, onde outros peixes ficam

"presos" com a variação do nível da água.

Mas, no processo evolutivo, o pirarucu armou-

se, quase literalmente, com escamas

altamente resistentes e flexíveis diante do

impacto externo - de uma mordida, por

exemplo.

Pesquisadores de universidades americanas,

da Califórnia San Diego (UCSD) e Califórnia

Berkeley, publicaram nesta quarta-feira um

artigo no periódico Matter detalhando o

funcionamento desta "armadura" - em suas

palavras, as escamas deste gigante da

Amazônia estão entre "os mais resistentes

materiais biológicos flexíveis da natureza".

Eles, da área da engenharia de materiais, vêm

pesquisando este escudo do pirarucu há

alguns anos, objeto de estudo que inclusive já

gerou outras publicações antes. Mas, desta

vez, os autores do trabalho na Matter revelam

os resultados de testes de resistência

observados a nível microscópico nas escamas

do pirarucu.

No Brasil, pesquisadores também vêm

destrinchando as propriedades do pirarucu,

como sua pele rica em colágeno com potencial

comercial (leia mais abaixo).

Já na publicação da Matter, os autores

destacam que a compreensão de como

funciona o "escudo" do pirarucu pode levar, no

futuro, à sua imitação em itens como coletes à

prova de balas.

Duas camadas poderosas de proteção

Para que as escamas dos peixes deem

proteção contra os predadores sem

comprometer a mobilidade, elas precisam ser

leves, flexíveis e resistentes - "e as escamas

do pirarucu são um excelente exemplo disso",

dizem os autores.

As escamas do gigante amazônico são

formadas por duas camadas: a mais externa,

altamente mineralizada e dura; a mais

interna, composta sobretudo por fibrilas de

colágeno e maleável. Nesta camada, as fibrilas

de colágeno estão colocadas em um padrão

chamado Bouligand, uma estrutura parecida

com um compensado amplamente observada

na natureza.

O colágeno é uma proteína produzida

naturalmente por animais e funciona como

uma "cola" que junta os elementos do nosso

corpo, por isso é um dos componentes mais

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importantes do tecido conjuntivo. Sua

presença pode ser sentida nas cartilagens do

nariz e das orelhas, onde podemos perceber

que trata-se de um material ao mesmo tempo

maleável e firme.

A resistência, a força e as propriedades

mecânicas das escamas do pirarucu já são

conhecidas, dizem os autores da publicação,

mas até então, acrescentam, era pouco

compreendida sua "tenacidade à fratura" - a

habilidade de um material resistir antes de

quebrar ou ter algum tipo de deformação sob

impacto.

Piranhas são conhecidas por suas mordidas

fortes e dentes afiados — Foto:

Reprodução/TV TEM

Assim, os cientistas colocaram amostras de

escamas do pirarucu em placas, as perfuraram

em laboratório e capturaram imagens

microscópicas do processo. Também fizeram

testes de diversas maneiras, variando por

exemplo a posição da lâmina cortante em

relação às escamas.

Eles observaram que, sob pressão, a camada

mais externa, mineralizada e dura, vai

rachando e depois se fragmentando; isso

protege a camada seguinte, a mais repleta de

colágeno. Quando chega-se a essa etapa, as

fibrilas de colágeno têm mecanismos

dinâmicos de deformação, como se fosse uma

dança para desviar e amortecer o impacto -

elas esticam, rodam, separam-se...

"A observação deste comportamento

sugere que a escama do pirarucu pode

suportar altas cargas e deformações

significativas sem falhas catastróficas",

diz o artigo, que classifica ainda as

escamas do peixe como tendo uma

"resistência excepcional".

Os pesquisadores também mediram a

tenacidade à fratura em kJ/m2 e a espessura

das escamas - no pirarucu, muito maior do

que de outras espécies de peixes.

Inspiração em colar artesanal

Mas como os pesquisadores atuando nos EUA

chegaram ao pirarucu? Entre os autores, um

deles nasceu no Brasil, Marc Andre Meyers,

hoje professor na UCSD. Além dele, assinam o

artigo Wen Yang, Haocheng Quan e Robert O.

Ritchie.

"Marc já viajou algumas vezes para a

Amazônia e já até escreveu um livro sobre

suas expedições para lá. Ele trouxe de volta

(para os EUA) algumas escamas,

originalmente na forma de um colar

artesanal", explicou Wen Yang, líder do artigo,

à BBC News Brasil por e-mail.

Na publicação, há ainda o agradecimento a um

outro professor brasileiro atuante nos EUA,

Sergio Neves Monteiro, por "obter as escamas

do pirarucu". A pesquisa teve apoio do

Laboratório de Pesquisas da Força Aérea

americana.

"Os resultados (dos testes) podem nos

orientar a produzir materiais

bioinspirados, normalmente nos campos

de engenharia e biomédica", acrescenta

Yang.

Por exemplo, coletes à prova de bala

normalmente replicam uma combinação de

materiais flexíveis e plásticos duros, mas são

ligados por um terceiro material colante -

enquanto as escamas do pirarucu são

agregadas a nível atômico, "crescendo juntas".

"Uma janela pode parecer forte e sólida, mas

se algo tentasse perfurá-la, o vidro quebraria",

explicou Ritchie em um comunicado à

imprensa. "Quando a natureza liga um

material duro a um material macio, ela o faz

em gradativamente, impedindo esse efeito de

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ruptura (direta). E, neste caso (do pirarucu), a

estrutura de ligação é o colágeno

mineralizado".

Pesquisas com o pirarucu no Brasil

As propriedades do pirarucu também são alvo

de exploração científica nas universidades

brasileiras.

Apresentada em maio de 2018, a dissertação

de mestrado de Klaramelia Carpio por

exemplo focou no colágeno presente na pele

do peixe - mas não incluindo a parte da

escama, o que está sendo contemplado agora

na sua pesquisa de doutorado, também pela

Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

"O colágeno nunca havia sido extraído do

pirarucu antes. Trata-se de uma molécula

termosensível, ou seja, é preciso cuidado para

manter sua estrutura química com mudanças

de temperatura. A temperatura de

desnaturação (ponto em que moléculas

biológicas perdem suas funções por mudanças

no meio) que encontrei foi de 38ºC, o que

significa que é ótimo, porque a indústria

procura colágenos que não precisem de

temperaturas tão baixas. O pirarucu é um

peixe tropical", destacou Carpio, que é

peruana, em entrevista à BBC News Brasil por

telefone.

"Minha finalidade foi aproveitar um produto da

Amazônia, que é consumido mas tem

subprodutos descartados (a pele), muitas

vezes poluindo os rios. É uma riqueza que

pode ser melhor aproveitada e gerar uma

bioeconomia para todas as partes envolvidas",

defende a pesquisadora, acrescentando que a

sustentabilidade pode ser garantida em parte

com o respeito às regras de pesca vigentes

por normas oficiais, como períodos delimitados

de captura e tamanho mínimo dos animais.

Enquanto o colágeno da tilápia já vem sendo

usado na produção de curativos para

queimaduras, Carpio acredita que um dia a

proteína do pirarucu poderá ter melhor

aplicação na indústria alimentícia, na produção

de embalagens por exemplo.

No doutorado, a peruana está estudando não

só o colágeno do pirarucu mas também outras

biomoléculas deste peixe.

Outra dissertação de mestrado da UFAM,

apresentada este ano por Karyane Meazza,

encontrou nos resíduos do pirarucu, incluindo

o colágeno, uma fonte promissora para a

produção de biomateriais à base de fosfato de

cálcio.

O pirarucu é uma espécie comercial - por

passar por um processo de salga, é conhecido

como "bacalhau da Amazônia" - e vem

sofrendo os impactos da pesca em escala. Na

Lista Vermelha da União Internacional para a

Conservação da Natureza e dos Recursos

Naturais (IUCN, na sigla em inglês), porém,

não há uma classificação para seu grau de

risco, por haver "dados insuficientes" sobre a

espécie.

Além da alimentação, está em ascensão

também o uso do couro do pirarucu na moda -

o que vem gerando preocupação entre

ativistas da conservação ambiental.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1

0/17/pirarucu-desenvolveu-armadura-

excepcional-para-escapar-de-piranhas.ghtml

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Data: 15/10/2019

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FOLHA DE S. PAULO Painel: Implosão do PSL faz siglas de médio

e grande porte não cobiçarem Bolsonaro,

seus aliados e filhos

Problema tem família grande

Ao implodir o PSL, Jair Bolsonaro praticamente

sepultou as chances de migrar para uma legenda

de grande ou médio porte. Dirigentes de partidos

de centro-direita dizem ser “muito difícil”

encontrar espaço para o presidente, seus filhos e

cerca de 15 deputados, já que as direções

nacionais e estaduais estão 100% estruturadas.

Aliados do Planalto não se acanharam. Dizem

que Bolsonaro está quase convencido a ir para

uma agremiação pequena, “porque ele é maior

do que qualquer sigla”.

Caminho das pedras

A bolsa de apostas do caminho a ser seguido por

Bolsonaro é liderada pelo Patriotas e pelo Partido

da Mulher Brasileira, que mudaria de nome e

estatuto.

De paus e pedras

De tão fratricida, a briga no PSL virou piada nos

corredores do Congresso. Um presidente de

partido diz que acolher Bolsonaro é contratar o

título de “Bivar do amanhã”, em referência a

Luciano Bivar, o presidente do PSL acossado pelo

Planalto.

Sem trégua

Aliados de Bolsonaro estudam apresentar

acusações de mau uso dos recursos partidários

ao Ministério Público Federal se o PSL seguir

resistindo em auditar suas contas de 2014 a

2018. A tese é a de que é possível sugerir a

abertura de uma ação civil pública para

investigar suspeitas de irregularidades.

Livro de cabeceira

O grupo do presidente diz que esse entendimento

foi defendido em obra publicada pelo procurador-

geral, Augusto Aras. Intitulada “Fidelidade

Partidária Efetividade e Aplicabilidade”, ela abre

margem à interpretação de que qualquer

malversação de dinheiro público pode dar início a

uma ação de improbidade administrativa.

Fins e meios

A ação seria o caminho mais efetivo para pedir o

bloqueio do uso e do repasse de fundo partidário

ao PSL.

Leite derramado

O clima é tão pesado no partido que Bivar já não

esconde de ninguém hoje que quer Bolsonaro

fora de suas fileiras. Nesta terça (15), deputados

disseram que ele chegou a cogitar expulsar o

presidente.

Moda que pega

Não é só o PSL que está em guerra. O prefeito de

Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB),

excluiu o vice, Gustavo Paim (PP), do grupo de

WhatsApp do primeiro escalão. Paim criticou a

administração do tucano, que viu nisso um gesto

de traição e deslealdade. A aposta é a de que o

vice quer ser candidato no ano que vem.

Sem reprise

Mensagem publicada pelo general Villas Bôas em

suas redes às vésperas de o STF retomar

julgamento sobre prisão em segunda instância

atiçou ânimos na corte. Ministros dizem que,

desta vez, a chance de a pressão surtir efeito

contrário é grande.

Ato de redenção

No texto, Villas Bôas cita risco de convulsão

social. O general publicou mensagem mais

incisiva no ano passado, às vésperas do

julgamento de um habeas corpus do ex-

presidente Lula. Na ocasião, o voto de Rosa

Weber foi creditado à esse gesto dele.

Olhai além

Paulo Guedes (Economia) começou a detalhar os

próximos passos de seu plano em reuniões com

grupos de parlamentares. Nesta quarta (16),

além de detalhar a ideia de criação do Conselho

Fiscal, explicou pontos do pacto federativo e da

reforma administrativa.

Você manda

Guedes afirmou que quer que os presidentes da

Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado,

Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidam sem

interferência do governo por onde cada proposta

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Data: 15/10/2019

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vai começar a tramitar. Assim, espera evitar

entraves e disputas por protagonismo.

Copo meio cheio

Embora o FMI tenha revisado para baixo a

projeção de crescimento para 2020, Guedes,

segundo relatos, se atem à previsão de que,

neste ano, a expectativa melhorou para 0,9%.

Ele avalia que a agenda de reformas já dá

resultado. Parlamentares ouviram com ceticismo.

Visitas à Folha

Bruno Caetano, secretário de Educação da cidade

de São Paulo, visitou a Folha nesta quarta (16).

Estava acompanhado de Patrícia Lopes,

assessora de comunicação da pasta.

Fernanda Barroso, diretora-geral da Kroll, visitou

a Folha nesta quarta. Estava acompanhada de

Ian Cook, diretor da empresa, e de Guilherme

Barros e Guilherme Brendler, da GBR

Comunicação.

TIROTEIO

É sinal de que o crescimento deve ser agenda

prioritária. A desigualdade subiu na recessão por

causa do desemprego

De Carlos Góes, economista e fundador do

Mercado Popular, sobre o aprofundamento da

desigualdade medido em pesquisa do IBGE

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/17/i

mplosao-do-psl-faz-siglas-de-medio-e-grande-

porte-nao-cobicarem-bolsonaro-seus-aliados-e-

filhos/

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Data: 15/10/2019

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Nosso velho Estado e a ilusão do controle

O Brasil falhou na prestação de serviços e a

conta é paga pelos mais pobres

Semana passada escrevi defendendo a ideia de

que o Brasil deveria avançar na direção de uma

reforma do Estado, e não apenas em um ajuste

nas carreiras do setor público (que é obviamente

importante).

Na visão que apresentei, o governo precisa

assumir sua função de inteligência e garantias de

direitos, delegando a gestão da prestação dos

serviços, sob contratos, para quem sabe fazer

melhor, seja na sociedade ou no mercado.

O tema incomoda e muita gente me perguntou

se havia evidências na direção do meu

argumento. Elas existem, mesmo considerando o

óbvio: evidências não podem provar, em

definitivo, uma tese em um terreno complexo

como a gestão pública. Mas elas podem sinalizar

um caminho.

Talvez o mais consistente experimento de

contratualização feito no Brasil seja o dos

hospitais geridos por organizações sociais no

estado de São Paulo.

Estudos feitos pelo Banco Mundial mostram uma

clara superioridade do modelo, tanto nos

indicadores de qualidade como de custo. É o

mesmo que aponta a Secretaria de Estado da

Saúde: hospitais sob gestão das OSs conseguem

ser até 52% mais produtivos e custam 32%

menos do que os da administração direta.

Na área prisional, chama a atenção a experiência

de gestão público-privada de prisões no Paraná,

no início dos anos 2000. Estudo publicado pelos

professores Sandro Cabral e Sérgio Lazzarini

demonstrou a superioridade do modelo não

apenas no tocante à racionalidade de custos, mas

também aos aspectos de segurança, saúde e

ressocialização dos apenados.

No terreno da infraestrutura, há uma crescente

percepção que o setor privado, sob boa

regulação, é mais eficiente na gestão direta de

serviços. Segundo ranking elaborado pela CNT,

as 20 melhores estradas brasileiras são todas

concessões gerenciadas pelo setor privado.

A grande maioria está em São Paulo, e alguém

poderia sugerir que se trata de uma questão

política, visto que o estado anda sob o comando

tucano há mais de duas décadas. Não é. O

Governo da Bahia, sob a gestão do PT, tem a

experiência da concessão do metrô de Salvador,

e está longe de ser o único exemplo.

Arriscaria dizer que a mais ousada e bem-

sucedida experiência de parceria público-privada

brasileira veio da esquerda, do governo Lula, e

foi na educação: o ProUni, que já formou perto

de meio milhão de jovens brasileiros de baixa

renda, a baixo custo e sem burocracia, na última

década e meia.

É evidente que dados precisam ser analisados

com a devida reserva. Modelos de parceria com o

setor privado funcionam se houver bons

contratos e acompanhamento.

O que se pode dizer, com razoável dose de

certeza, é que o Estado brasileiro falhou,

estruturalmente, na prestação de serviços, e a

conta está sendo paga pelos mais pobres.

Criamos regras institucionais que amarraram o

setor público e o tornaram presa fácil dos

políticos e corporações.

Esta é, no fundo, a grande evidência empírica.

Estamos sentados sobre uma montanha de

dados, mostrando o óbvio.

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Data: 15/10/2019

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Agora mesmo, no debate sobre o saneamento

básico, nos damos conta que perto de 100

milhões de brasileiros não dispõem de esgoto

tratado. Quase metade de um país em que 94%

do saneamento é tocado pelo setor público.

Gostamos de procrastinar, fazer de conta que

não enxergamos nada, mas a realidade está aí,

batendo na nossa cara.

Alguns fantasmas precisam ser afastados desse

debate. O primeiro é que, ao contratualizar a

prestação de serviços, o Estado “perde o

controle” ou abre mão de suas responsabilidades.

Ao contrário: o Estado retoma o controle.

Converso com prefeitos, Brasil afora, e o que

escuto é: temos apenas a ilusão de controlar

alguma coisa em nosso sistema de educação. Em

regra, não avaliamos resultados, e se avaliamos

não temos instrumentos para corrigir rumos e

fazer o que precisa ser feito. Ter controle é

exatamente o oposto do que existe hoje: é poder

fixar meta, cobrar e descontratar, se for

necessário.

Outro mito é a ideia de que parcerias com o setor

privado só servem para estradas, portos e áreas

de infraestrutura. Isso não passa de um vezo

elitista. Nos irritamos quando um aeroporto

funciona mal e queremos que os Correios sejam

como a Amazon, mas parecemos não dar bola

quando a escola pública produz péssimos

resultados. Afinal de contas, não é lá que

estudam os filhos de quem decide essas coisas,

certo?

O desafio é vencer a inércia e o pensamento

corporativo, algo não propriamente simples,

diga-se de passagem, neste país que se

acostumou a conviver com o absurdo.

Fernando Schüler

Professor do Insper e curador do projeto

Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da

Fundação Iberê Camargo.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernando

-schuler/2019/10/nosso-velho-estado-e-a-ilusao-

do-controle.shtml

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Data: 15/10/2019

60

Grupo de Comunicação

Sem marca social para 2022, Doria lança

ação em reduto pobre de SP

Programa quer melhorar indicadores do Vale do

Ribeira, região onde Bolsonaro cresceu

Igor Gielow

SÃO PAULO

O governador João Doria (PSDB-SP) lança nesta

quinta (17) aquele que pretende ser seu principal

programa social, o Vale do Futuro.

Se bem sucedida, a ação terá uma função maior

em 2022: embasar o discurso do tucano de

combate à pobreza, em especial no Nordeste,

caso ele seja mesmo candidato a presidente da

República.

O vale em questão é o do Ribeira, a região mais

pobre de São Paulo, no sudeste do estado.

Coincidentemente, é a área onde cresceu o

presidente Jair Bolsonaro (PSL), presumível rival

de Doria daqui a três anos e envolvido em

polêmicas constantes com o tucano.

O governador descarta a ideia de conveniência

política do projeto, que prevê R$ 2 bilhões de

investimentos na região até 2022, metade disso

oriunda do setor público.

“O Vale do Futuro é um resgate histórico de

uma dívida com o Vale do Ribeira, para garantir o

desenvolvimento econômico e social da região

durante os próximos 20 anos”, disse o tucano.

Hoje, o Ribeira tem um Índice de

Desenvolvimento Humano, o indicador das

Nações Unidas sobre qualidade de vida, de nível

médio. Já o resto do estado é considerado de alto

nível. “As pessoas morrem dez anos antes por lá,

isso tem de mudar”, afirmou o secretário Marco

Vinholi (Desenvolvimento Regional).

O objetivo declarado do Vale do Futuro é trazer a

região para o patamar médio do estado em 2022

e a desenvolver plenamente até 2030.

Além da questão de gestão pública, há a leitura

política. Pesquisas qualitativas à disposição do

PSDB mostram, desde a montagem da

fracassada campanha de Geraldo Alckmin à

Presidência em 2018, que o tucanato que domina

o Governo de São Paulo desde 1995 não possui

uma marca social forte.

O programa Bom Prato, de restaurantes

populares, costuma ser vendido como a grande

vitrine tucana no setor. Não é visto, por

estrategistas eleitorais, como algo à altura das

pretensões do partido.

Entre outros fatores, essa deficiência do cartão

de visitas eleitoral paulista contribuiu para

insucesso crônico do PSDB no Nordeste em

pleitos presidenciais desde 2002.

Na mão inversa, o antigo rival PT capitaliza o

caráter social de suas políticas e é quase

imbatível na populosa região —onde venceu

mesmo durante a onda Bolsonaro, em 2018.

Até aqui, a área de segurança tem sido o

principal alvo de promoção por parte do governo

paulista. Com números positivos colhidos até

aqui e boa avaliação atestada em pesquisas

internas, ela estrelou recentemente uma

campanha de TV de R$ 12,7 milhões.

Enquanto o projeto social pode mirar

eleitoralmente um reduto petista, a área de

segurança pública fala ao eleitorado conservador

de Bolsonaro, do governador fluminense Wilson

Witzel (PSC) e do próprio Doria, todos

presidenciáveis hoje.

Vinholi também contemporiza tal caráter. “O

Vale do Futuro é um projeto do estado, não de

um só governo”, disse ele, que também preside a

seção paulista do PSDB.

O programa prevê dez ações, sete delas sobre

emprego e renda e as restantes, sobre qualidade

de vida.

No Ribeira, a evasão escolar e a migração de

jovens são constantes. Segundo o governo, o

acesso à pré-escola é pior lá do que na média

paulista em 59% das cidades. Para tanto, uma

velha invenção tucana que ganhou fama nos

governos do PT foi repaginada.

Será o Prospera, piloto específico para

estudantes do último ano do ensino fundamental

e todos os três do médio nos moldes do antigo

Bolsa Escola.

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Data: 15/10/2019

61

Grupo de Comunicação

Ganhando cerca de R$ 1.000 por ano no período,

o aluno será bonificado com R$ 1.200 se tiver

boas notas no Enem. Mas ele perde a bolsa se

não for aprovado na classe regular e não atestar

frequência.

O universo de atingidos é restrito a 4.000 jovens,

e os valores parecem baixos. Mas se uma família

recebe a média paulista do Bolsa Família, R$

176, pode ter um reforço de quase 50% na ajuda

mensal.

Além disso, aludindo a uma crítica ao programa

federal, o piloto de Doria prevê a identificação de

vocações e o foco na qualificação técnica de

alunos ao fim do ensino médio.

Vinholi afirma que as restrições fiscais do estado

serão contornadas por remanejamentos e por

financiamentos externos junto ao CAF, o banco

latino-americano de desenvolvimento.

O programa também cita, aqui de forma bastante

otimista a esta altura, a entrada de R$ 3,3

bilhões em concessões na região —o aeroporto

de Registro, capital regional, é uma das primeiras

da lista.

A área social do governo paulista perdeu, neste

ano, 13% de seu orçamento de R$ 833 milhões.

A culpa, diz o governo, foi o rombo deixado pela

gestão de Márcio França (PSB), que era vice de

Alckmin e foi derrotado na eleição por Doria.

Imediatamente, o Vale do Futuro colocará R$ 75

milhões em financiamento para empreendedores

por meio do Banco do Povo Paulista, segundo a

secretária Patricia Ellen (Desenvolvimento

Econômico). O Sebrae firmou convênio, em valor

a ser definido por decreto, para abrir cursos e

oficinas locais.

O governo estima 2.000 empregos diretos a

serem abertos, e conta com a instalação de uma

unidade do Boticário na região. “Conversamos

com os prefeitos e mapeamos as oportunidades.

Teremos foco em projetos de turismo, é uma

região com cidades históricas e biodiversidade. É

muito carente de desenvolvimento econômico”,

afirmou Ellen.

Na via contrária da imagem associada a

Bolsonaro, há uma preocupação em demonstrar

atenção ao ambiente —a região concentra 21%

da mata atlântica remanescente no Brasil e tem

100 km de litoral.

Além de ecoturismo, o programa prevê premiar

as prefeituras que mais preservarem, destinando

fatias maiores dos 25% de distribuição

discricionária do ICMS, principal imposto

estadual. O nome fantasia disso é ICMS

Ecológico.

Gargalos na infraestrutura viária serão atacados

também, com o Departamento de Estradas de

Rodagem prometendo R$ 200 milhões em 12

obras no curto prazo.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/s

em-marca-social-para-2022-doria-lanca-acao-

em-reduto-pobre-de-sp.shtml

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Data: 15/10/2019

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Grupo de Comunicação

Aumento de capital prepara Eletrobras para

privatização, diz presidente da estatal

Proposta do governo prevê a injeção de até R$

10 bilhões na companhia

Nicola Pamplona

RIO DE JANEIRO

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira

Junior, afirmou nesta quarta-feira (16) que a

proposta de aumento de capital aprovada pelo

governo na terça-feira (15) limpa o balanço da

empresa e deixa a estatal pronta para a

privatização.

A proposta do governo prevê a injeção de até R$

10 bilhões na companhia. Deste total, R$ 4

bilhões virão da União, que controla a estatal,

por meio da conversão de Adiantamentos para

Futuro Aumento de Capital (Afacs) concedidos

em 2016 em novas ações. O restante virá de

acionistas privados.

"Esse é um movimento que prepara de forma

definitiva a Eletrobras para o processo de

privatização que já foi anunciado pelo governo",

disse Ferreira Junior, em teleconferência com

analistas. Discutida desde o governo Michel

Temer, a privatização da Eletrobras é também

uma das prioridades do governo Jair Bolsonaro.

Segundo o presidente da companhia, o aumento

de capital limpa o balanço e melhora a

capacidade de investimento da companhia. Para

convencer os acionistas, a empresa acena com

pagamento de dividendos, tanto em ações

quanto em dinheiro.

"[A operação] pode nos estimular a fazer uma

avaliação da possibilidade de reversão dos

dividendos detidos", disse aos analistas o

executivo. Ao anunciar o lucro de R$ 13,3 bilhões

em 2018, a estatal reteve o pagamento de R$

2,3 bilhões, alegando não ter dinheiro em caixa

para distribuir o mínimo estabelecido em lei.

O modelo anunciado pelo governo prevê que

outra parcela de dividendos, equivalente a R$ 1,2

bilhão, possa ser usada pelos acionistas em troca

de ações na operação. Segundo Ferreira Junior,

essa possibilidade livra a Eletrobras de ter que

desembolsar o valor devido aos acionistas.

As novas ações da estatal serão vendidas a R$

35,72, no caso das ordinárias (com direito a

voto) e R$ 37,50, as preferenciais. De acordo

com a empresa, os valores referem-se à média

ponderada do fechamento dos 30 dias anteriores

a 7 de outubro, com deságio de 15%.

A União tem 40,99% das ações da estatal e não

terá sua participação diluída no processo. Pelo

contrário: se todos os minoritários aderirem, a

fatia do governo subirá para 42,59%. Caso

apenas 20% dos minoritários se disponham a

comprar novas ações, o governo ficara com

44.93%.

A diluição deve ocorrer no processo de

privatização, em discussão com o Congresso. A

ideia, neste caso, é vender novas ações apenas

para sócios privados, reduzindo a fatia estatal a

uma posição minoritária. Na teleconferência,

Ferreira Junior defendeu que há apoio político

para a privatização.

Ele afirmou ainda que a entrada de novos

recursos já no processo de aumento de capital

pode ajudar a Eletrobras a fazer novos

investimentos. "Essa operação feita pode gerar

um recurso de caixa importante para a

companhia num momento em que ela vem em

processo de reestruturação", disse.

Na apresentação, ele destacou que a empresa

vem reduzindo seus custos e cortando pessoal.

Na semana passada, a empresa lançou novo

plano de demissão consensual, com a meta de

atingir 1.681 funcionários. O plano tem custo

estimado de R$ 548 milhões com benefícios e

economia esperada em R$ 510 milhões por ano.

O aumento de capital será levado à votação dos

acionistas em assembleia no dia 14 de novembro

e a expectativa da empresa é concluir a operação

até dezembro.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/aumento-de-capital-prepara-eletrobras-para-

privatizacao-diz-presidente-da-estatal.shtml

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Data: 15/10/2019

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Grupo de Comunicação

Governo propõe contratação de termelétricas em 2020 com dois leilões

em março

Objetivo é possibilitar a substituição de usinas a

diesel antigas, cujos contratos vencerão nos

próximos anos

SÃO PAULO | REUTERS

O Ministério de Minas e Energia decidiu mudar

proposta de realização em 2020 de leilão para

contratar termelétricas, passando agora a prever

duas licitações com esse fim, ambas em 31 de

março de 2020.

Um dos leilões será no formato conhecido como

A-4, para entrega dos empreendimentos a partir

de 2024, enquanto o outro será um A-5, com

prazo de cinco anos para a implementação dos

projetos, segundo diretrizes publicadas pela

pasta no Diário Oficial da União desta quarta-

feira (16).

A proposta do governo para as licitações, que

serão realizadas "sequencialmente", tem como

objetivo possibilitar a substituição de usinas a

diesel antigas, cujos contratos vencerão nos

próximos anos, por unidades mais eficientes e

menos poluentes a gás natural e carvão.

A concorrência oferecerá contratos para a venda

da energia por 15 anos para os

empreendimentos vencedores.

Poderão participar da disputa tanto usinas

existentes, que poderão investir em "retrofit"

para aumentar a eficiência e na troca de

combustível por opções de menor emissão,

quanto novos projetos de gás e carvão.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a

iniciativa está alinhada ao programa Novo

Mercado de Gás, do governo federal, que vista

aumentar a competição no setor de gás e reduzir

custos do insumo.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/governo-propoe-contratacao-de-termeletricas-

em-2020-com-dois-leiloes-em-marco.shtml

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Data: 15/10/2019

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Grupo de Comunicação

Substância do ipê-roxo é testada em novo

remédio contra câncer de próstata

Estudo foi finalista do prêmio Octavio Frias de

Oliveira, do Icesp, na categoria inovação

tecnológica em oncologia

Marcel Rizzo

FORTALEZA

O ipê-roxo, árvore comum na mata atlântica

brasileira, está no centro de pesquisas que

investigam um novo tratamento para o câncer de

próstata.

O projeto, feito em parceria entre pesquisadores

da UFC (Universidade Federal do Ceará) e da

UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais),

criou uma substância análoga à beta-lapachona,

encontrada nas árvores com menor toxicidade.

A pesquisa foi finalista na categoria inovação

tecnológica em oncologia da edição 2019 do

prêmio Octavio Frias de Oliveira, uma iniciativa

do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São

Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com

o Grupo Folha. A patente foi registrada nos EUA

com ajuda da Universidade do Texas.

Segundo uma das autoras da pesquisa, Cláudia

do Ó Pessoa, da UFC, os medicamentos hoje no

mercado enfrentam dois problemas: a resistência

que as células tumorais desenvolvem ao longo do

tratamento e os efeitos colaterais, que muitas

vezes impedem a pessoa de continuar recebendo

a terapia.

A pesquisadora Cláudia do Ó Pessoa (a última à

direita) e equipe da Universidade Federal do

Ceará - Jarbas Oliveira

As pesquisas com plantas da biodiversidade

brasileira visam encontrar soluções para esses

dois problemas.

A toxicidade da beta-lapachona e,

consequentemente, os efeitos colaterais que ela

pode causar foram dribladas com a associação do

selênio, que ajudou a poupar as células normais

e atingir apenas as células tumorais. Os testes

foram feitos in vitro e ainda precisam ser

validados em animais.

"Existia uma dificuldade em encontrar molécula

com esse perfil, e nós conseguimos superá-la",

afirmou Pessoa, que é doutora em farmacologia

pela UFC, universidade que tem tradição no

estudo de substâncias naturais.

Ipê-roxo em São Paulo; substância da árvore é

testada em novo medicamento contra câncer –

Folhapress

Na UFMG a pesquisa foi liderada por Eufrânio

Nunes Silva Júnior. Também participam Eduardo

Henrique Guimarães Cruz, da Universidade

Federal de Santa Catarina, e David A. Boothman

e Molly Silvers, da Universidade do Texas.

Para o professor da Faculdade de Medicina da

USP Roger Chammas, que faz parte do comitê do

prêmio Octavio Frias de Oliveira, a linha de

pesquisa demonstra como a ciência brasileira

pode trabalhar para melhorar as substâncias

encontradas naturalmente no país.

"O Brasil tem uma biodiversidade como poucos

países. Temos que progressivamente ir

desenvolvendo novos análogos que possam um

dia chegar na indústria farmacêutica", disse

Chammas.

No mundo, 60% das drogas utilizadas no

tratamento de câncer vêm de produtos naturais.

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Data: 15/10/2019

65

Grupo de Comunicação

Nenhuma delas tem origem na biodiversidade

brasileira, que representa cerca de 20% da

biodiversidade mundial, segundo o Ministério do

Meio Ambiente.

Por outro lado, 90% dos remédios

quimioterápicos usados no Brasil são importados.

"É um custo muito alto para o tratamento no

SUS. O país precisa estabelecer um consórcio de

desenvolvimento de drogas anticâncer para

determinados tumores porque ainda somos

meros importadores de medicamentos", diz

Pessoa.

Ela defende que uma rede de colaboradores de

estudos multidisciplinares, com químicos,

farmacologistas, geneticistas, toxicologistas e

biotecnologistas, entre outros profissionais, é a

melhor opção para que o Brasil entre no mapa da

produção de drogas antitumorais.

A pesquisa sobre o ipê-roxo é apenas uma das

desenvolvidas por Pessoa e seus colegas nos

laboratórios da UFC. Desde 2000 já foram

estudadas cerca de 50 espécies de plantas de

biomas como caatinga, cerrado e mata atlântica,

com potencial analisado de mais de 10 mil

moléculas.

Outra árvore, o jacarandá-do-litoral

(Platymiscium floribundum), encontrada

principalmente no Ceará e na Bahia, tem sido

investigada pelo mesmo grupo de pesquisadores

para outra doença, a síndrome mielodisplásica

(SMD). Ela atinge a medula, principalmente de

pessoas acima de 60 anos de idade ou expostas

a agrotóxicos. O avanço da doença levar à

leucemia mieloide aguda.

"A ciência mostra que a identificação de novas

moléculas para doenças raras pode vir de fontes

naturais, por isso é preocupante quando vemos

incêndios como os recentes na Amazônia. Não

podemos dizer quanto vale uma árvore, não

podemos medir isso", diz Pessoa.

Ela destaca uma planta do pacífico dos EUA, a

Taxus brevifolia, a partir da qual foi produzido

um importante medicamento contra o câncer de

mama, o Taxol. Antes da pesquisa, nos anos

1960, a árvore era queimada para ser utilizada

como carvão.

Para a pesquisadora, o exemplo mostra como é

estratégico o patrimônio genético da

biodiversidade. "Esse imenso patrimônio tem

valor imensurável para diversas atividades, e é

no desenvolvimento de novos medicamentos que

está reside a sua maior potencialidade", afirma

Pessoa.

https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/10/

substancia-do-ipe-roxo-e-testada-em-novo-

remedio-contra-cancer-de-prostata.shtml

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Data: 15/10/2019

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Grupo de Comunicação

STF deve barrar tentativa do PSL de aprovar

PEC de prisão em 2ª instância

De acordo com ministros, artigo só poderia ser

modificado por nova Constituinte

A tentativa de deputados do PSL de aprovarem

emenda para mudar a Constituição e permitir a

prisão de um réu depois de condenação em

segunda instância deve ser barrada no STF

(Supremo Tribunal Federal) caso a corte adote

novo entendimento e não permita mais detenção

nesta etapa do processo.

COMO PEDRA

De acordo com ministros do STF, o artigo que diz

que uma pessoa só pode ser considerada culpada

depois que todos os recursos de seu caso forem

julgados é cláusula pétrea da Carta —e só

poderia ser modificado por uma nova

Constituinte.

CEP

A Secretaria Especial da Cultura pode ser

transferida do Ministério da Cidadania para o

Ministério da Educação. O martelo só será batido

depois da aprovação da reforma da Previdência,

quando Jair Bolsonaro deve promover uma

reforma ministerial.

LENTO

De acordo com interlocutor frequente do

presidente, o ministro Osmar Terra, da

Cidadania, a quem a Secretaria Especial da

Cultura é subordinada, não estaria avançando a

contento na área.

LÂMPADA

Terra, por essa análise, estaria sendo triturado

pelo próprio entorno dele na cultura e não estaria

dando ao assunto a luz que ele merece.

ESQUECE ISSO

A cerimônia na Assembleia Legislativa de São

Paulo (Alesp) que daria a Bolsonaro o Colar de

Honra ao Mérito Legislativo do Estado, na sexta

(18), foi cancelada.

LEMBRE DISSO

A homenagem foi proposta pelo deputado Gil

Diniz (PSL), braço direito de Bolsonaro que na

terça (15) foi acusado de cobrar que seus

assessores lhe repassassem parte de seus

salários —a chamada “rachadinha”.

NO AR

A assessoria de Diniz afirma que o cancelamento

foi feito na semana passada —e não tem relação

com a acusação. A citação ao evento, porém,

segue no site da agenda da Alesp.

NO AR 2

Segundo a equipe do deputado, o motivo foi que

Bolsonaro não teria agenda para comparecer à

solenidade na assembleia paulista.

DÓ, RÉ, MI

A cantora e compositora Clarissa Bruns lança o

seu quarto trabalho autoral, o EP “A Praça do

Relógio”, em dois shows em Curitiba; as

apresentações ocorrem no Teatro Paiol nos dias 8

e 9 de novembro.

AVAL

O TJ-MG autorizou que um paciente epiléptico

plante Cannabis para o uso medicinal em casa do

composto canabidiol. É a primeira vez que o

tribunal decide nesta direção.

PEÇA

Os advogados Henrique Torres e Leonardo

Campos Lima afirmam que o cliente teve a

importação do canabidiol custeada pelo Estado

apenas uma vez e, “no desespero”, deu início ao

plantio.

FICHA LIMPA

Na decisão, o desembargador Dirceu Walace

Baroni pondera “o fato de o paciente não

ostentar qualquer tipo de passagem policial, sem

olvidar seu estado clínico”.

DE FORA

Além disso, o autor da ação já tem autorização

para importar a substância. Não faria sentido

permitir que ele trouxesse de fora algo que pode

plantar no quintal de casa.

PORTAS ABERTAS

Os artistas Guto Lacaz e José Roberto Aguilar

estiveram na inauguração da galeria Thomas

Baccaro Art Gallery, em São Paulo, na terça (15).

O fotógrafo e galerista Thomas Baccaro

compareceu.

HISTÓRIA

A noite de autógrafos de lançamento do livro “A

Imperatriz da Lava Jato”, da doleira Nelma

Kodama, terá distribuição de biscoitos

comestíveis com formato de tornozeleira

eletrônica e uma cela de cadeia cenográfica para

quem quiser fazer selfies atrás das grades. O

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Grupo de Comunicação

evento ocorre na terça (22), na Livraria Cultura

do Conjunto Nacional.

DE VIDA

Nelma foi a primeira pessoa presa na Operação

Lava Jato, em 2014. Ela passou para um regime

aberto diferenciado em 2016, quando começou a

usar a tornozeleira eletrônica. Neste ano, a

doleira obteve autorização para retirar o

dispositivo.

RANKING

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ficou em primeiro

lugar entre deputados de SP no Índice de

Popularidade Digital elaborado pela Quaest,

empresa de pesquisa de dados que acompanha o

alcance de políticos e personalidades nas redes

digitais.

QUERIDO PAI

O filho de Bolsonaro ficou à frente da deputada

Joice Hasselmann (PSL-SP) em setembro —

campeã, ela passou para o segundo lugar no mês

passado. Os posts que alavancaram a subida de

Eduardo no índice estão relacionados à cirurgia

de seu pai para corrigir uma hérnia.

CONTROLE

“Carandiru”, “O Beijo da Mulher Aranha” e “O Rei

da Noite” estão entre os sete filmes do diretor

Hector Babenco que serão disponibilizados no

canal de streaming Petra Belas Artes à La Carte a

partir do dia 31 deste mês. Além deles, dez

títulos do cineasta Zé do Caixão também irão

integrar o cardápio da plataforma.

OLHOS ATENTOS

A designer Elisa Stecca e o editor Paulo Tadeu

foram ao jantar beneficente em tributo à artista

Tarsila do Amaral no restaurante Marakuthai, em

SP, na terça (15). A chef Renata Vanzetto passou

por lá.

CURTO-CIRCUITO

O Women in Antitrust e o grupo Women Inside

Trade organizam o seminário “Interfaces entre

Concorrência e Comércio” no IASP. Nesta quinta

(17), a partir das 8h.

O livro “Commune 15 Anos” é lançado nesta

quinta (17), às 20h, no Teatro Commune.

Zeina Latif, Valdir Simão e Luana Tavares

assumem nesta quinta (17) como integrantes do

conselho fiscal do Vetor Brasil.

O jornalista Rafael Gregorio lança o livro

“Pronomes Pessoais”. Nesta quinta (17), às 19h,

na livraria Patuscada.

com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e

VICTORIA AZEVEDO

Mônica Bergamo

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/stf-deve-barrar-tentativa-do-psl-

de-aprovar-pec-de-prisao-em-2a-instancia.shtml

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68

Grupo de Comunicação

Em cinco anos, doenças por falta de

saneamento custam R$ 1 bi ao SUS

Para pesquisadores, gasto com ocorrências

ligadas ao contato com água contaminada é

subestimado

Conjunto habitacional Tauari, em Ananindeua,

sofre constantes alagamentos após chover,

quando canais de esgoto invadem as casas

Pedro Ladeira/Folhapress

Natália Cancian

Pedro Ladeira

ANANINDEUA (PA)

A pergunta que Áurea Sarmento, enfermeira em

uma unidade básica de saúde de Ananindeua

(PA), mais ouve de seus pacientes é: “Será que é

verme?”

Com menos de 1% de atendimento por rede de

esgoto e só 30% da população com acesso à

água tratada, a cidade na região metropolitana

de Belém sofre com doenças facilmente

evitáveis, o que faz com que a suspeita dos

pacientes acabe confirmada com frequência em

exames. A situação não raramente se repete em

outros lugares do Brasil.

Invisíveis em grande parte das estatísticas,

doenças ligadas ao saneamento inadequado

ainda são um dos principais pontos de

sobrecarga do SUS. Juntas, levam o sistema a

gastar ao menos R$ 217 milhões por ano em

internações e procedimentos ambulatoriais.

Só nos últimos cinco anos, foram mais de R$ 1

bilhão despendidos por esse motivo.

Os dados são de levantamento feito pelo

Ministério da Saúde a pedido da Folha, o qual

engloba registros de ao menos 27 doenças em

que problemas no saneamento aparecem como

fator importante para sua transmissão ou

manutenção no país.

Entram na lista diarreias e doenças causadas

pela ingestão de água e alimentos contaminados,

como amebíase, esquistossomose e hepatite A,

ou ligadas às condições do local, como a dengue.

“São doenças evitáveis, negligenciadas e

relacionadas às condições de vida que envolvem

o saneamento” diz André Monteiro Costa, da

Fiocruz de Pernambuco, que integrou grupo que

elaborou nova classificação dessas doenças para

a Funasa em 2010.

“As diarreias estão muito relacionadas à higiene

e ao acesso à água, enquanto doenças

transmitidas por insetos às condições de

moradia, abastecimento de água e pobreza.”

Para ele, o valor é subestimado. Representantes

do Ministério da Saúde também admitem que o

gasto real tende a ser muito maior, já que nem

todas essas doenças são de notificação

obrigatória, e volume expressivo dos

atendimentos é concentrado em unidades básicas

de saúde, sem que haja registros dos dados.

Os números já indicam parte do impacto: só em

2018, foram ao menos 487 mil internações por

esse motivo, ou mais de 1.300 por dia, e 533 mil

procedimentos ambulatoriais.

Para Leandro Giatti, da Faculdade de Saúde

Pública da USP, a baixa notificação de algumas

doenças, em especial diarreia, escamoteia a

situação de parte expressiva da população que

tem o problema.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) aponta

que 94% dos casos de diarreia no mundo

ocorrem devido à falta de acesso à água de

qualidade e ao saneamento precário. Hoje, a

diarreia é a segunda causa de morte em crianças

menores de cinco anos no mundo.

A mesma organização estima que, a cada US$ 1

investido em saneamento, US$ 4,3 são

economizados em saúde. Dados de estudos

recentes reforçam essa associação.

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SANEAMENTO X DOENÇAS

Pesquisa da Associação Brasileira de Engenharia

Sanitária em 1.868 municípios aponta que

quanto maior o acesso da cidade ao saneamento,

menor a incidência de internações por diarreia,

infecções intestinais e outras doenças.

“É muito claro: onde há bons indicadores de

saneamento, há menos doenças. Um exemplo é

Franca, em São Paulo. Lá, a incidência de

internações é de dez casos. Já em Ananindeua, é

de 18 vezes mais”, diz o presidente da

associação, Roberval Tavares de Souza.

A situação afeta a rotina de postos de saúde.

Perto da unidade onde Áurea trabalha, boa parte

da população ainda retira água de poços

precários. Na tentativa de minimizar os danos, a

equipe orienta sobre o consumo de água segura

e o uso de hipoclorito de sódio para a desinfecção

da água.

Mas o problema vai além.

“Nas visitas domiciliares, é doloroso entrar e ver

a ausência de condições. Muitos também não têm

acesso à boa alimentação”, diz Sarmento, que vê

reflexos nos exames.

“Ainda aparecem muitos casos de diarreia e

verminoses.” Entre elas, uma das mais

frequentes é a giardíase, infecção no intestino

delgado que ocorre quando a pessoa ingere

cistos de um protozoário em alimentos

contaminados por fezes e água sem tratamento.

Outro desafio é ampliar o acesso à informação.

“Tem pessoas que bebem água da bica e dizem

que é mineral. Mas quando peço exame de fezes,

têm uma quantidade de verminoses absurda”,

conta a enfermeira Laurilene Pinto, que trabalha

em uma unidade de saúde na periferia de Belém.

Nem sempre a relação com a falta de

saneamento é percebida pela população.

“Minha filha começou a passar mal e a ter dor de

barriga. Também emagreceu muito. Foi aí que no

exame deu que era princípio de ‘barriga d’água’”,

relata a dona de casa Samara Santos, 29, que

vive com a filha de 13 anos no bairro Terra

Firme, em Belém.

A “barriga d’água” é a esquistossomose, doença

transmitida por caramujos que liberam larvas na

água, comum em áreas com baixo saneamento e

incidência de enchentes.

Ela diz ter relacionado o quadro à situação do

local onde vive ao receber a visita de agentes de

saúde preocupados com o resultado do exame.

“Perguntaram se ela andava muito descalça e

brincava aí na frente”, conta, apontando para

uma área com água acumulada a poucos metros

do esgoto. “Hoje, minha filha sabe que foi aí que

ela pegou.”

Para Monteiro, da Fiocruz, é preciso fazer um

alerta: se hoje doenças relacionadas ao

saneamento inadequado já geram impacto, há

risco da situação se agravar.

“Não vemos nada sendo feito que transforme as

condições ambientais e urbanas no saneamento

e, com isso, faça ter redução de agravos e

internações”, afirma.

“Vemos o oposto: a vulnerabilidade social está

maior, com aumento do desemprego. É um

quadro preocupante que pode se agravar com a

introdução de novas doenças transmitidas por

insetos.”

Ele cita como exemplo a febre do oropouche, que

já circula no Brasil, mas ainda está restrita a

algumas regiões.

Foi o mesmo que ocorreu nos últimos anos com

chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito

Aedes aegypti.

Segundo Luciano Pamplona, da Universidade

Federal do Ceará, embora ligada a vários outros

fatores, essas doenças tendem a registrar mais

casos em áreas de saneamento inadequado

devido ao acúmulo de água, fator que favorece a

reprodução dos mosquitos transmissores.

Assim, se a oferta de água não for suficiente em

determinada região (fazendo com que mais

pessoas a mantenham em vasos e baldes), ou se

houver lixo sem coleta (o que leva ao acúmulo de

água), há mais chances de proliferação do vetor.

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“A oferta de água deve ser não só em quantidade

suficiente, mas também estar onde as pessoas

precisam. Um exemplo é que no mesmo ano em

que faltou água em São Paulo, 2015, a cidade

teve uma epidemia de dengue.”

A ausência de saneamento gera ainda impactos

indiretos à saúde. Entre eles, Giatti, da USP, cita

a desnutrição e a maior suscetibilidade a outras

doenças.

Outro exemplo é a chamada enteropatia

ambiental, que surge quando pessoas que vivem

em ambientes causadores de sucessivas

infecções do trato digestivo têm mudanças

fisiológicas que afetam a absorção de nutrientes.

Para Giatti, o cenário de exclusão faz com que

haja poucos estudos sobre o tema. “É uma

situação negligenciada, pouco estudada, e

relegada a grupos de pobres, excluídos e

marginalizados.”

Situação semelhante ocorre para a relação entre

doenças e saneamento. Embora comprovada, há

poucos estudos novos que apontem a dimensão

do problema e seu impacto também em outras

áreas, como o afastamento no trabalho e a

consequente perda de produtividade e renda.

“É como se fosse um problema científico

resolvido”, diz Giatti. “Fica por isso mesmo.”

Doenças relacionadas ao saneamento

inadequado

O que é

Doenças cuja forma de transmissão, controle e

prevenção é relacionada ao ambiente e à

ausência ou insuficiência de serviços de

saneamento básico, como acesso à rede de água

e esgoto

487.726

foi o total de internações por essas doenças em

2018

533.884

foi o total de procedimentos ambulatoriais em

hospitais

R$ 216,8 mi/ano

é a média de gastos no SUS com internações por

essas doenças nos últimos anos. Valor deve ser

maior, pois não considera atendimentos em

unidades básicas de saúde, que respondem pela

maioria

R$ 192,5 milhões

foi o total de gastos no SUS em 2018*

* Valor gasto com internações teve queda em

comparação a últimos anos —o que especialistas

atribuem não à melhora no saneamento, mas ao

aumento da oferta de equipes de atenção básica

no SUS, o que ajuda a evitar agravamento dos

casos

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https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/10/em-cinco-anos-doencas-por-falta-de-saneamento-

custam-r-1-bi-ao-sus.shtml

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ESTADÃO Opinião: Apenas o básico

Se o Brasil não promover um choque de

produtividade no saneamento básico, seguirá

reputado como um bolsão de injustiça social e

miséria

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Sejam lá quais forem as conquistas e

expectativas dos brasileiros em relação ao

crescimento econômico do País, se o Brasil não

promover um choque de produtividade no

saneamento básico, seguirá reputado como um

bolsão de injustiça social e miséria. Afinal,

quaisquer avanços em índices de qualidade de

vida são irrisórios quando parte expressiva da

população permanece alijada do básico para a

subsistência: água limpa e esgoto.

Com 35 milhões de brasileiros sem acesso à água

tratada, 100 milhões sem coleta de esgoto e 4,4

milhões sem qualquer forma de esgoto, apenas

12% da população é servida por um sistema de

saneamento irrepreensível. Com justiça, o País

ocupa a 102.ª posição no ranking de saneamento

da Organização Mundial da Saúde.

Em seminário promovido pela Federação das

Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo

Estado sobre a Despoluição dos rios, verificou-se

um consenso entre os especialistas de que com

os atuais modelos de regulamentação e

financiamento o Brasil levará décadas para

atingir a universalização do saneamento que,

segundo o Plano Nacional de Saneamento,

deveria ser conquistada em 2033.

Em 2015, o Tribunal de Contas da União verificou

que a União aplicava muito em saneamento, sem

melhora correspondente nos índices. Tem se

buscado fazer o que se fez em outras áreas: abrir

o mercado à iniciativa privada, vinculando-a a

metas de desempenho pelas quais o poder

público possa fiscalizar a implementação das

melhorias. Como disse o diretor de Infraestrutura

da Fiesp, Frederico Turolla, “o conjunto de

incentivos que no mundo inteiro se usa para

promover boa gestão é planejamento,

concorrência e regulação”. Com base em duas

medidas provisórias já caducadas, tramitam na

Câmara dos Deputados dois projetos de lei – um

do Senado, outro do Executivo – propondo novo

marco regulatório do saneamento básico. Em

linhas gerais, ambos propõem três pilares.

Primeiro, uma entidade reguladora nacional,

papel que caberá à Agência Nacional de Águas

(ANA). Entre instituições estaduais,

intermunicipais e municipais, o País dispõe de 67

agências reguladoras – ainda assim, um em cada

três municípios não tem qualquer tipo de

regulação. Sendo o saneamento uma

responsabilidade dos municípios e Estados, a

ANA não substituirá estas agências nem

regulamentará diretamente as empresas de

saneamento, seja determinando tarifas ou

fiscalizando as finanças e a prestação do serviço.

Mas, em conjunto com as agências subnacionais,

definirá normas de referência, de modo a

garantir segurança jurídica e um espaço de

competição para o setor.

Em segundo lugar, o novo marco também poria

fim aos contratos de programa, pelos quais as

estatais prestam serviços sem licitação nem

concorrência e frequentemente sem fiscalização.

De acordo com a nova regulamentação, quando

acabar o contrato existente – ou mesmo antes,

caso este não esteja atingindo níveis mínimos de

desempenho –, será obrigatória a licitação a fim

de selecionar o melhor serviço a ser prestado. Os

contratos deverão ainda prever metas de

expansão de infraestrutura, redução de perdas

de água tratada, qualidade dos serviços e

aproveitamento das águas de chuva, entre outros

critérios de desempenho.

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Por fim, os relatores dos projetos que estão no

Congresso tiveram o cuidado de estabelecer uma

salvaguarda para as cidades mais carentes,

prevendo a prestação regionalizada a blocos de

municípios definidos pelos Estados ou, na

omissão destes, pela União, reunindo os

municípios rentáveis e os não rentáveis, a fim de

obter ganhos de escala e garantir a viabilidade

técnica e financeira da cobertura sanitária.

É um velho adágio no meio político que “cano

enterrado não dá voto”. Cabe à sociedade

pressionar a atual legislatura, invertendo a lógica

desse refrão não só velho, mas carcomido e

perverso: político que não mostrar empenho

redobrado em pôr fim à tragédia humanitária da

falta de saneamento deveria ter sua ambição à

vida pública morta e enterrada.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,apenas-o-basico,70003052653

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Dez empresas, entre elas Eletrobrás,

assumem metas de biodiversidade

Coluna do Broadcast

O Conselho Empresarial Brasileiro para o

Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) obteve a

adesão de 10 empresas associadas para o

Compromisso Empresarial Brasileiro para a

Biodiversidade, que define nove metas para

serem cumpridas até 2030 com foco em

prevenção, mitigação, compensação e geração e

compartilhamento de informações. O documento

será lançado no dia 29, em evento do Programa

das Nações Unidas para o Meio Ambiente, no Rio

de Janeiro, que reunirá especialistas em

biodiversidade do mundo inteiro com o objetivo

de estabelecer métricas para a biodiversidade e

ajudar a construir um acordo global para COP-15,

na China, em 2020.

Antenadas. Com a adesão, Anglo American,

Boticário, BRK, Eletrobrás, Equinor, Furnas,

Natura, Shell, Suzano e Votorantim Cimentos

inserem a conservação da biodiversidade nas

suas estratégias de negócios e se comprometem,

por exemplo, a mensurar seu impacto e

dependência dos serviços ambientais. Fazem

parte das metas ainda prevenir, mitigar,

recuperar e compensar impactos à biodiversidade

ao longo do ciclo de vida dos empreendimentos.

Cada empresa signatária deve fechar

compromisso com, no mínimo, três das 9 metas.

O CEBDS divulgará então os resultados das ações

realizadas, com acompanhamento regular anual.

Contato: [email protected]

Siga a @colunadobroadcast no Twitter

https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-

do-broad/dez-empresas-entre-elas-eletrobras-

assumem-metas-de-biodiversidade/

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VALOR ECONÔMICO Inação sobre clima vai elevar pobreza e

acirrar nacionalismo

“Não agir em relação à mudança do clima irá

fazer com que mais gente migre para a pobreza

e crie mais da insatisfação que hoje está na raiz

do nacionalismo.” A análise entre os impactos da

mudança do clima e o fortalecimento de

movimentos nacionalistas no mundo é do

holandês Paul Polman, a voz empresarial mais

importante nos fóruns de sustentabilidade e nas

negociações ambientais conduzidas nas Nações

Unidas.

Polman, 63, preside há um ano a Câmara

Internacional do Comércio, tida como a maior

organização empresarial mundial, com mais de

seis milhões de empresas em 130 países e é

vice-presidente do Pacto Global da ONU. Diz não

entender como a mudança do clima pode ser

vista como questão ideológica próxima à

esquerda. “Mudança do clima é um tema de

desenvolvimento, de respeito e dignidade porque

faz com que pessoas pobres sofram mais.”

Durante uma década Polman presidiu a Unilever

e a tornou uma líder global em sustentabilidade.

Desde que saiu, em novembro, empenhou-se em

uma cruzada para atrair lideranças empresariais

a agir na mudança do clima. “Nós, seres

humanos, causamos mais danos a este planeta

nos últimos 30 ou 40 anos do que em cinco

bilhões de anos de existência”, disse em

entrevista ao Valor, durante a Cúpula de Ação

Climática da ONU, em Nova York. Ele acaba de

criar a Imagine, fundação e empresa de

consultoria para combater a desigualdade e a

mudança do clima.

Polman diz que diante da emergência climática,

governos locais e empresas tomaram a dianteira

em ações e metas. “Vivemos hoje uma situação

em que, em muitos lugares, governos estão

atrasados em relação ao setor privado.” Quanto

ao desmatamento, avisa: “Cada vez mais

empresas dizem todos os dias: ‘Não podemos

mais comprar e vender produtos que tenham

sido produzidos a partir de desmatamento’.

Consumidores não querem mais comprá-los.”

O economista - que já quis ser padre e médico -

celebra o fato de “no mercado financeiro o

movimento de descarbonização estar escalando”.

Uma de suas preocupações, agora, é com a

abrangência do conceito de “transição justa”,

difundido nos países ricos que rumam para uma

economia mais limpa e têm que lidar com o

desemprego de setores relacionados a

combustíveis fósseis. “Temos que cuidar dos

mineiros e demonstrar respeito pelo trabalho que

fizeram durante toda a sua vida, providenciando

energia às pessoas”, diz.

Polman, que esteve na direção da Procter &

Gamble e da Nestlé e hoje preside o conselho do

B Team, organização que reúne lideranças

empresariais globais com preocupações sociais e

ambientais, diz que empresas que internalizam o

custo do carbono em seus produtos são melhor

geridas e dão mais resultados. A seguir, trechos

da entrevista que deu na sede da ONU:

Valor: Há um esforço maior das empresas na

proteção do clima?

Paul Polman: Estamos chegando perto de um

ponto de virada. Já está acontecendo com a

sociedade civil, o que também influencia os

negócios. Há muito mais gente indo às ruas e,

em muitos casos, são os seus funcionários. Há

poucos dias a Amazon anunciou que será uma

empresa carbono neutro em 2040, dez anos

antes da meta global de 2050, o que é bastante

bom. Se não tivessem feito isso poderiam ver

funcionários se demitindo ou de pessoas parando

de comprar seus produtos.

Valor: Como o senhor analisa as forças

econômicas neste processo?

Polman: Estão se tornando muito mais atraentes.

Nos últimos cinco anos, o custo da energia solar

caiu 65%. Hoje, na maioria dos países, energia

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solar é mais barata que carvão. Quarenta dos

bancos mais importantes do mundo não estão

mais financiando investimentos no setor de

carvão. É um mix de pressão dos consumidores,

tecnologia e de mais empresas começarem a ver

neste processo enormes oportunidades

econômicas.

Valor: De que tipo?

Polman: Todos entendem os enormes riscos

associados à mudança do clima e à poluição do

ar. Mas há também enormes oportunidades.

Quando a The New Climate Economy [comissão

global de chefes de governo, ministros de

finanças e empresários que estuda economia e

clima] publicou o relatório “Better growth better

climate”, vemos oportunidades de US$ 26

trilhões e de 56 milhões de empregos. Ali

analisamos diferentes áreas entre os grandes

setores que emitem carbono.

Valor: O que observaram?

Polman: No caso da produção de alimentos e uso

da terra, que representam 30% dos problemas

climáticos, vemos oportunidades de mais de US$

10 trilhões. Adaptar cidades e torná-las mais

resilientes significa oportunidades de negócios de

US$ 20 trilhões.

Valor: Como entende o conceito de “transição

justa”?

Polman: Com o desenvolvimento rápido da

tecnologia, novos trabalhos estão surgindo. O

setor de energia verde cria sete vezes mais

empregos do que o de combustíveis fósseis e

recebe cada vez mais investimentos. Mas

também é verdade que alguns setores da

indústria mudam rápido, veja o caso das minas

de carvão. Nos Estados Unidos não se abrem

mais minas de carvão porque outras opções já

são mais baratas. Temos que cuidar dos mineiros

e demonstrar respeito pelo trabalho que fizeram

durante toda a sua vida, providenciando energia

às pessoas.

Valor: Como isso deve ser feito?

Polman: É preciso ter fundos para fornecer

treinamento, reeducação e opções para estas

pessoas. Muitos países já assinaram

compromissos para garantir uma transição justa

para a economia verde. A comunidade

empresarial está se envolvendo nisso.

“Atualmente o setor de energia limpa cria sete

vezes mais empregos do que o de combustíveis

fósseis”

Valor: Fizeram algo prático?

Polman: Criamos esta enorme coalizão chamada

“Business for Inclusive Growth” [comissão de

grandes empresas apoiada pela OCDE] e que

tenta não deixar ninguém para trás. Isso significa

pagar impostos, lutar contra a corrupção e pagar

salários justos. E quando ocorrem estes

momentos de transição, garantir que as pessoas

serão treinadas novamente em alguma outra

coisa.

Valor: Até agora, o mundo se desenvolveu às

custas de florestas. Como vê o desafio que se

coloca para o Brasil, Congo e Indonésia que

possuem grandes ativos florestais e não são

países desenvolvidos?

Polman: O fato que muitos países tenham

cortado suas florestas é lamentável, mas ocorreu

em um tempo em que não se tinha o problema

da mudança do clima ou não se tinha consciência

dele. Mas agora nós sabemos. Se o Brasil fizer a

mesma coisa, logo não haverá vida para as

pessoas no Brasil. Há muitas evidências de que é

possível melhorar a vida no Brasil e proteger a

Amazônia.

Valor: O que tem em mente?

Polman: A terra que foi aberta pode ser mais

produtiva, e isso é verdade para a pecuária e

soja, que não precisam mais ser forças do

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desmatamento. Assim pode-se aumentar o

padrão de vida e tornar o país mais competitivo.

Há outra razão pela qual o desmatamento da

Amazônia não funciona.

Valor: Qual?

Polman: Cada vez mais empresas dizem: “Não

podemos mais comprar e vender produtos que

tenham sido produzidos a partir de

desmatamento”. Consumidores não querem mais

comprá-los. E há ainda uma terceira razão. Sei

que as pessoas têm este sentimento de possuir a

floresta no Brasil, o que entendo. Mas muitos

têm dito que as florestas têm uma função que vai

muito além do Brasil e que é preciso desenvolver

mecanismos que recompensem o Brasil por ela.

Valor: Há esforços neste rumo?

Polman: Esquemas de proteção estão surgindo,

dando valor às florestas. Nosso capital natural

global é estimado em algo em torno a US$ 28

trilhões. No Brasil existem empresas, como a

Natura, que estão dando valor aos recursos

naturais. O resto do mundo deveria ter

participação em ajudar o Brasil, Papua Nova

Guiné o Congo, países que têm florestas

ameaçadas.

Valor: Talvez o mundo tenha que enfrentar uma

recessão. Neste caso haveria dinheiro para

clima?

Polman: Empresas gerenciadas com mais

responsabilidade ambiental e social têm maior

rentabilidade, dão melhores resultados.

Empresas que internalizam preço do carbono ou

expõem o risco em suas cadeias de valor são

melhor geridas. A Unilever migrou totalmente

para energias renováveis em cinco continentes.

Tivemos retorno de 300% aos acionistas em um

período de 10 anos.

Valor: Estes investimentos protegem na

recessão?

Polman: Pode haver o risco de a economia global

ir mais devagar. Há ainda mais razão para sair

da recessão fazendo mais investimentos na

economia verde e mais rápidos, para ter

crescimento. Fizemos um estudo na Indonésia

que mostra que o país se beneficia desde o

primeiro ano de investimentos com melhor

crescimento da economia. Podemos ter uma

recessão no mundo vindo ou não, isso é

especulação, mas uma coisa é certa: há muito

dinheiro no mundo. E metade deste dinheiro vem

com taxa de juro negativa ou zero.

Valor: Como canalizá-lo para a economia verde?

Polman: No caso de uma recessão, a melhor

opção para formuladores de políticas é aumentar

gastos rumo à economia verde que promete

futuro melhor, mais saudável, e um futuro para

as gerações que virão. Não há dúvida que

cidades que investirão para se tornar verdes,

sem poluição do ar, com edifícios

energeticamente eficientes e transporte público

inteligente serão mais saudáveis e competitivas.

Vemos isso começando.

A transição rumo à economia verde faria do

Brasil um líder e tiraria muito mais gente da

pobreza”

Valor: Há o risco de empresas tentarem extrair

agora o máximo de petróleo antes que seus

ativos percam valor por conta dos esforços

globais de conter o aquecimento?

Polman: No mercado financeiro o movimento de

descarbonização está escalando. Pelo menos 40

dos maiores bancos do mundo começam a

descarbonizar suas carteiras. Estimativas

apontam para US$ 2 trilhões a US$ 3 trilhões de

“stranded assets” [ativos podres] de

combustíveis fósseis. O escândalo do Lehman

Brothers, em 2007, foi de US$ 250 bilhões. Ou

seja: temos que achar um jeito de ajudar estas

empresas a lidar com seus ativos; Mas elas não

deveriam produzir mais carbono.

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Valor: Por que não?

Polman: O aquecimento global está chegando

perto de um espiral negativa que se

retroalimenta. O permafrost [o solo

permanentemente congelado do Ártico] está

derretendo. O metano que pode sair dali é 20 a

25 vezes mais potente que o CO2. Estamos

chegando perto de um ponto que não poderemos

suportar, não podemos aguentar descobrir mais

fontes de CO2. Muitos no setor de combustíveis

fósseis argumentam que muita gente precisa de

mais energia.

Valor: E não é verdade?

Polman: Com o processo de urbanização, com

mais gente se mudando para as cidades e o

custo de energia verde caindo especialmente em

mercados emergentes, está provado que temos

muitas opções de produzir energia e que não

precisamos de combustíveis fósseis. Estamos

falando aqui sobre o futuro da humanidade.

Valor: Com muitas espécies já desaparecendo.

Polman: Espécies estão desaparecendo a uma

taxa 100% a 1.000% superior aos padrões

históricos normais. Exatamente agora, um milhão

de espécies está ameaçada de extinção. Nós,

seres humanos, causamos mais danos a este

planeta nos últimos 30 ou 40 anos do que em

cinco bilhões de anos de existência. Então, se

coletivamente não encontramos um jeito melhor,

mais rentável e frutífero com melhor crescimento

econômico, seremos enormemente

irresponsáveis com as gerações futuras.

Valor: A comunidade empresarial pode avançar

na agenda se os governos federais não o

fizerem?

Polman: É o que vemos hoje. Há muita atividade

dos governos locais e também no Brasil. Vivemos

hoje uma situação em que, em muitos lugares,

governos estão atrasados em relação ao setor

privado. Há compromissos sérios feitos no Reino

Unido, na França, em países nórdicos, em

Portugal, mas é verdade que governos estão se

mexendo mais devagar do que os cidadãos e o

setor privado estão pedindo. Temos que ajudar

estes governos a se conscientizarem de como

fazer esta transição. Não é um tema apenas dos

ministros do meio ambiente. Exige os ministros

do transporte, da agricultura, da energia e um

plano integrado. É tarefa difícil diante das

pressões políticas, mas os países que estão neste

caminho estão se beneficiando.

Valor: Movimentos nacionalistas entendem que

esta é uma agenda ideológica e ligada à

esquerda.

Polman: Não sou alguém visto como de esquerda

ou de direita no espectro político. Não vejo como

a mudança do clima possa ser uma questão da

esquerda ou da direita. É um tema de

desenvolvimento, de respeito e dignidade.

Porque faz com que pessoas pobres sofram mais.

Há um argumento importante: não agir em

relação à mudança do clima irá fazer com que

mais gente migre para a pobreza e crie mais da

insatisfação que hoje está na raiz do

nacionalismo.

Valor: É um círculo que se retroalimenta?

Polman: O nacionalismo joga com isso e explora

este processo. Se se quer sair da tensão que

existe agora e deste cenário político difícil, a

melhor coisa é implementar uma agenda pautada

pelos Objetivos de desenvolvimento sustentável

[ODS], sendo que o objetivo 13, da ação

climática, é certamente o mais importante. Em

todo lugar que olhamos, com nenhuma exceção,

vemos cenários onde é melhor começar a

impulsionar a economia verde do que seguir na

trajetória de sempre. Não há dúvida sobre isso. E

é preciso não se enganar se os outros fazem

mais barulho. Eles não refletem mais a realidade.

Valor: E no caso do Brasil?

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Polman: Para o Brasil a oportunidade econômica

é enorme. Com o país fazendo esta transição e

sendo um líder, criaria uma economia muito

competitiva e tiraria muito mais gente da

pobreza do que em qualquer outra opção.

Valor: A questão dos plásticos é solucionável?

Polman: Sim, é solucionável. Temos que reduzir,

reusar, reciclar. O principal é começar a reduzir

rápido o volume de plásticos que usamos ou logo

teremos mais plásticos nos oceanos do que

peixes. É barato produzir plástico. Mas se

plásticos tiverem um custo maior e incluírem as

externalidades da mesma forma que se quer

colocar preço ao carbono, veremos um

desenvolvimento maior de indústrias da

reciclagem. Há muitos lugares que implantam o

sistema mais adequado e onde a economia se

torna mais competitiva porque não se joga fora

todos estes recursos, salva-se o meio ambiente e

melhora-se a qualidade de vida das pessoas.

Fazer as coisas como sempre não é mais uma

opção.

A jornalista viajou à Semana do Clima de Nova

York a convite do Instituto Clima e Sociedade

https://valor.globo.com/mundo/noticia/2019/10/

17/inacao-sobre-clima-vai-elevar-pobreza-e-

acirrar-nacionalismo.ghtml

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Grupo de Comunicação

Petroleiras miram termelétricas a gás

O setor elétrico entrou de vez no radar das

grandes petroleiras, ávidas por encontrar uma

maneira de monetizar suas reservas de gás

natural no país. Embaladas pelo processo de

abertura do mercado brasileiro de gás, empresas

como Shell, Equinor e Petrobras sinalizam para

investimentos em termelétricas próprias, como

forma de absorver os volumes que elas

produzirão no pré-sal, nos próximos anos. A BP,

que atua na importação de gás natural liquefeito

(GNL), também quer se estabelecer como agente

do setor de energia no país. Nesse sentido, o

leilão A-6 de amanhã, na Câmara de

Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em

São Paulo, que contratará projetos de geração de

energia para entrega daqui a seis anos, desponta

como uma oportunidade de negócios para as

petroleiras.

Shell e GNA (que tem a BP como sócio), por

exemplo, têm projetos inscritos para a licitação.

A disputa, contudo, promete ser acirrada. O Valor

apurou com fontes do governo e do mercado

que, devido à baixa demanda das distribuidoras

de energia, apenas uma ou duas usinas devem

ser contratadas no leilão, dentre os 26 projetos

de termelétricas a gás habilitados. Ou seja, é

muito investidor para pouca demanda por

projetos.

GNA (BP/ Siemens / Prumo Logística), Shell e a

Golar, donas dos três maiores projetos privados

de geração em construção no país, atualmente,

estão em busca de novos contratos, na tentativa

de ampliar seus respectivos complexos

termelétricos. Grandes geradoras de energia,

com expertise na área de gás, como a Engie e a

Eneva, também estão no páreo.

A Shell participará da licitação com um projeto de

expansão da termelétrica Marlim Azul (565

megawatts), em Macaé (RJ), onde a

multinacional possui uma fatia de 29,9%, em

sociedade com o Pátria Investimentos (50,1%) e

a Mitsubishi (20%). A usina, prevista para 2023,

foi um primeiro passo dado pela companhia para

monetizar sua parcela de gás no pré-sal.

Sócia da Petrobras nos campos Lula e Sapinhoá,

a Shell é a segunda maior produtora do Brasil,

com volumes de 15 milhões de metros cúbicos

diários (m3 /dia) - o equivalente a 11% de todo

o volume produzido no país. Hoje, esses recursos

são vendidos para a estatal, mas a petroleira

brasileira se comprometeu junto ao Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a

não renovar seus contratos para compra de gás

de terceiros. A medida abre oportunidades para

que empresas como a Shell se consolidem como

fornecedoras. Para a expansão de Marlim Azul,

por exemplo, a ideia é abastecer a usina com

parte do gás que a Petrobras deixará de comprar

da multinacional nos próximos anos.

Ao menos outras duas grandes petroleiras

tentam replicar a estratégia da Shell, de

monetizar suas produções por meio da geração

de energia. Na semana passada, a norueguesa

Equinor e a Petrobras, sócias na descoberta de

gás de Pão de Açúcar, na Bacia de Campos,

assinaram um memorando de entendimentos

para desenvolvimento conjunto de negócios de

gás, incluindo projetos termelétricos.

A brasileira busca oportunidades no setor de

energia, não só como geradora, mas também

como fornecedora de gás para usinas de

terceiros. “Olhamos sim [o leilão A-6]”, afirmou a

diretora de refino e gás da companhia, Anelise

Lara, em agosto. A empresa não confirma se

participará ou não da licitação de amanhã.

Questionada sobre o assunto, a Petrobras

respondeu que vem avaliando os leilões de

energia “através de projetos e parcerias

estruturadas, buscando maximizar o valor do seu

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portfólio de gás”, mas que não comenta

oportunidades específicas.

BP, uma das sócias da Gás Natural Açu (GNA),

também busca no leilão A-6 um mercado para

seu produto importado. A companhia será a

supridora das duas usinas em construção pela

GNA no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ),

num total de 3 mil MW. A geradora inscreveu

mais dois projetos, num total de 2,2 mil MW,

para o A-6.

Terceira maior produtora de gás do Brasil, atrás

apenas da Petrobras e da Shell, a Eneva é outro

exemplo de produtora que vem buscando

oportunidades de expansão de seus negócios no

setor de energia. Maior geradora termelétrica

privada do país, a companhia possui 1,4 mil MW

instalados em usinas a gás, no Complexo

Parnaíba, no Maranhão, e outros 500 MW em

construção, no Maranhão e em Roraima. A

empresa, no entanto, segue ativa na exploração

de gás terrestre e inscreveu, para o leilão de

amanhã, um projeto de 270 MW no Parnaíba.

Com custos de produção baixos, em relação ao

pré-sal e GNL, a Eneva desponta como uma das

favoritas para a licitação desta semana.

“O setor elétrico, sem dúvida, pode ser uma

âncora para produzir demanda para o setor de

gás, mas o volume a ser absorvido vai depender

da declaração das distribuidoras no leilão, que

segue uma lógica econômica”, afirma o

presidente da consultoria PSR e ex-presidente da

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz

Augusto Barroso.

A consultoria Thymos Energia estima que a

demanda do leilão será de 500 a 600 megawatts

(MW) médios. Segundo ela, o volume esperado é

inferior aos dos leilões realizados em anos

anteriores. “A demanda modesta se deve, em

parte, a incerteza sobre a retomada econômica.

Ainda assim, há distribuidoras que precisam

adequar o portfólio, que tiveram aumento na

demanda ou que possuem contratos próximos do

vencimento e precisam recontratar

fornecedores”, diz o gerente na Thymos Energia,

Sami Grynwald, em nota.

O leilão de amanhã será disputado também por

grandes empresas do setor de GNL. A Golar,

sócia da Ebrasil na Celse, responsável pela

construção da usina Porto de Sergipe (1,5 mil

MW), em Barra dos Coqueiros (SE), vai participar

com três projetos, no Sergipe e Pará, todos em

sociedade com parceiros distintos, num total de

2,4 mil MW. Um deles é a expansão da térmica

sergipana. A francesa Engie também pretende

participar do leilão com um projeto de 600 MW, a

GNL, em Santa Catarina.

Além de térmicas a gás, o leilão contratará

energia de outras fontes. Entre os 71 mil MW

habilitados, a maior parte é de projetos de

energia solar (24,7 mil MW), seguida de eólicas

(22,5 mil MW).

“É um privilégio termos um ambiente com

tamanha competição e diversificação de fontes.

Isso reflete o amadurecimento da indústria e a

atração de investidores de diversos tipos. São

empresas que não vieram para cá [Brasil] para

participar de um leilão apenas”, afirma o

presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio

Sales.

O momento de abertura do mercado movimenta

não só a iniciativa privada, mas também dos

Estados. O governo do Rio de Janeiro, por

exemplo, está implementando um novo marco

regulatório para o mercado livre de gás natural,

com regras mais atrativas a novas termelétricas,

e anunciou recentemente a intenção de

implementar um diferimento de alíquota de ICMS

sobre o gás consumido pelas usinas no Estado.

Não à toa, um terço de toda a capacidade de

geração térmica a gás habilitada no leilão A-6

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está no Rio, que concentra ainda boa parte da

infraestrutura de escoamento e processamento

do gás do pré-sal. O Estado do Sergipe também

criou um marco legal na mesma direção.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/17/petroleiras-miram-termeletricas-a-

gas.ghtml

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Tarifa de carbono da UE traz risco ao

comércio

A Comissão Europeia quer forçar outros países a

cumprirem com as suas normas climáticas, sob o

risco de serem punidas com um imposto sobre

seus produtos nas fronteiras da União Europeia

(UE), em uma iniciativa que mostra como o apoio

do bloco ao livre comércio está esbarrando em

sua agenda ambiental.

A proposta para a chamada taxa de carbono na

fronteira mostra como a UE está tentando

estimular as políticas ambientais ao mesmo

tempo em que adota uma postura mais firme

para proteger seus interesses comerciais das

ameaças competitivas representadas pelos EUA e

pela China.

Ursula von der Leyen, a nova presidente da

Comissão Europeia, diz que a medida permitirá

às empresas da UE competir com suas

congêneres internacionais em pé de igualdade,

enquanto o bloco tenta cumprir suas metas de

combate às mudanças climáticas.

Mas os planos de Von der Leyen poderão

provocar uma reação se forem apresentados

como uma medida protecionista do maior bloco

comercial do mundo, que se apresenta como um

defensor convicto dos mercados abertos.

Autoridades da UE estão tentando elaborar uma

taxa de carbono na fronteira para evitar choques

com as normas da Organização Mundial do

Comércio (OMC), enquanto diplomatas alertam

que isso poderá provocar disputas com grandes

parceiros comerciais ou dentro do próprio bloco.

“Acredito que o livre comércio é muito

importante para o crescimento. É por isso que

não deveríamos criar novos obstáculos ao livre

comércio”, disse em setembro ao “Financial

Times” Antii Rinne, o premiê da Finlândia, que

detém a presidência rotativa da UE.

Um diplomata da UE prevê que a medida poderá

ter implicações amplas e imprevisíveis. “Ninguém

pode medir as consequências no comércio

internacional Estamos abertos para discutir isso,

mas isso não acontecerá logo.”

As taxas de carbono na fronteira têm origem

numa lógica simples e políticas inflexíveis. Elas

não seriam necessárias se todos os países

aumentassem o preço do carbono e tentassem

cortar as emissões dos gases responsáveis pelo

efeito estufa na mesma medida. Mas quando

uma única área o faz sozinha com altas taxas

domésticas pelas emissões de carbono -

conforme a UE pretende fazer com metas de

emissões duras para as próximas décadas -, há

um grande incentivo para os consumidores

domésticos evitarem o imposto, comprando

produtos importados mais baratos de países que

não impuseram taxa de carbono.

De uma forma radical, esse “vazamento de

carbono” destruiria negócios na área da

imposição da taxa de carbono, ao mesmo tempo

em que faria nada para reduzir as emissões

globais - uma política nem um pouco vencedora.

Um imposto de fronteira - que ainda precisa ser

proposto formalmente pela UE e está a alguns

anos de ser introduzido - é desenhado para

conter esse risco.

Michael Mehling, vice-diretor do Centro de

Pesquisas de Energia e Políticas Ambientais do

Massachusetts Institute of Technology (MIT), diz

que taxas de carbono na fronteira estão se

tornando necessárias num mundo em que alguns

países querem “descarbonizar” e outros se

recusam a fazer isso.

“Com as taxas de carbono na fronteira temos

uma maneira de lidar com países que dizem que

‘políticas domésticas significam que vamos

ignorar a ciência climática’”, afirma.

Luis Garicano, membro do Parlamento Europeu e

vice-presidente do Renew Europe Group, prevê

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que os Estados-membros vão se unir sob a

iniciativa. “A negociação do programa de trabalho

da comissão entre os quatro principais grupos

políticos durante o terceiro trimestre sugere um

apoio amplo para que a UE adote uma taxa de

carbono na fronteira”, diz. “Acho que a lógica

econômica e ambiental é convincente e, se

pudermos resolver os problemas práticos, isso

acontecerá na UE.”

A iniciativa seria parte de um esforço maior em

políticas verdes da parte de Ursula von der

Leyen, que incluem a reforma do sistema de

negociação de emissões da UE e uma

reformulação da diretiva de impostos sobre

energia do bloco, que é vista como fora de

sintonia com as metas climáticas da UE.

Mas há obstáculos práticos significativos à

implementação da taxa de carbono na fronteira,

dentro e fora da UE, e não há uma orientação

estabelecida sobre isso na Organização Mundial

do Comércio (OMC).

Especialistas em comércio e políticas ambientais

acreditam que haverá maneiras de torná-las

compatíveis com as regras da OMC, desde que

não sejam uma forma de discriminação comercial

arbitrária entre os países nem uma barreira

comercial disfarçada.

O mais simples seria um tributo doméstico na UE

sobre certos produtos pesados em carbono, como

aço, cimento e alumínio, que poderia ser aplicado

às importações.

Mas imposto é uma competência nacional na UE

e cada país precisaria concordar. Pascal Canfin,

presidente da Comissão de Meio Ambiente do

Parlamento Europeu, diz que um imposto não

teria a aprovação de todos os membros da UE.

https://valor.globo.com/mundo/noticia/2019/10/

17/tarifa-de-carbono-da-ue-traz-risco-ao-

comercio.ghtml

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Renova confirma recuperação judicial

Um dia após a conclusão da venda da totalidade

da participação da Light na Renova Energia, e a

consequente saída da elétrica fluminense do

bloco de controle da empresa, a geradora

renovável apresentou na madrugada de ontem

pedido de recuperação judicial. A companhia

declarou dívidas da ordem de R$ 3,1 bilhões.

Desse total, segundo a Renova, R$ 11,7 milhões

são dívidas trabalhistas, R$ 834 milhões

correspondem a débitos “intercompany” e

“expressivos R$ 980 milhões” a débitos com seus

atuais acionistas.

Na petição do pedido de proteção judicial contra

execução de dívidas, a Renova Energia creditou a

crise financeira à não conclusão do parque eólico

de Alto Sertão III, no interior da Bahia. “Ocorre

que, por diversas dificuldades de caixa

enfrentadas pelo grupo Renova, e mesmo diante

de sucessivos aportes e adiantamentos dos

contratos de energia realizados por acionistas,

ainda não foi possível concluir o projeto, que se

encontra paralisado desde 2016, especialmente

porque os recursos originalmente destinados à

finalização do projeto acabaram sendo

consumidos em grande maioria pelos juros e

amortizações das dívidas”, alegou a empresa no

documento.

Em consequência do atraso no projeto, a Renova

foi obrigada a cumprir suas obrigações de

fornecimento de energia por meio da compra no

mercado spot (à vista). “Tal necessidade de

compra tem contribuído definitivamente para o

endividamento do grupo, ressaltando-se que,

apenas em 2018, a despesa com tal compra de

energia somou R$ 815 milhões”.

A geradora tentou vender o projeto, com 85%

concluído, à AES Tietê. As negociações, porém,

foram encerradas na última semana. “Tal fato,

aliado à incapacidade do grupo de suportar

custos e condições da prorrogação do vencimento

do contrato de financiamento do empréstimo de

curto prazo com o BNDES para o projeto Alto

Sertão III, deixou o grupo Renova sem

alternativa que não se socorrer do pedido de

recuperação judicial”.

A Renova indica como saída para a crise

financeira as participações do grupo em dois

projetos de pequenas centrais hidrelétricas

(PCHs). O primeiro, via Brasil PCH, dona de 13

usinas, já distribuiu R$ 86 milhões de dividendos

à companhia neste ano. O outro, denominado

Energética Serra da Prata, formado por três

PCHs, gera em média R$ 20 milhões em

dividendos por ano.

A Renova ressalta ainda a capacidade de geração

de resultado de até R$ 200 milhões por ano de

Alto Sertão III, quando concluído, além da

própria possibilidade de venda do ativo. “O grupo

recentemente já obteve propostas de compra do

parque por até R$ 1,35 bilhão”, acrescentou a

companhia.

Como esperado, o mercado reagiu mal ao pedido

de recuperação judicial. As units - papéis mais

líquidos da empresa - recuaram 20,68% no

pregão de ontem da B3, cotados R$ 11,74.

Conforme o Valor informou na segunda-feira,

com o fim das negociações com a AES Tietê por

Alto Sertão III e o agravamento da situação da

Renova, a Light iniciou conversas com os sócios-

fundadores da empresa para venda de sua

participação na geradora. O negócio, firmado

pelo valor simbólico de R$ 1, foi concluído na

terça-feira.

Com o negócio, o bloco de controle passou a ter

a seguinte composição: CG I Fundo de

Investimento em Participações Multiestratégia,

dos sócios-fundadores, (36,23%) e Cemig

(36,23%).

Segundo uma fonte, porém, a transação pode

gerar um questionamento à Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) sobre a atuação da Light no

caso. Isso porque, de acordo com ela, a elétrica

fluminense já tinha conhecimento de que a

Renova entraria com pedido de recuperação

judicial. Até o momento, não há informação de

queixa protocolada na autarquia.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/17/renova-confirma-recuperacao-judicial.ghtml

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Capitalização da Eletrobras prepara sua

privatização

A proposta de um aumento de capital de até R$

10 bilhões com subscrição privada, aprovada

nesta semana pelo conselho de administração da

Eletrobras, tem como objetivo preparar a

companhia para o processo de privatização,

segundo o presidente da estatal, Wilson Ferreira

Júnior. De acordo com ele, a iniciativa vai limpar

o balanço e reforçar o caixa da elétrica, podendo

gerar um benefício de até R$ 5,9 bilhões para a

empresa. O executivo também destacou que o

governo já sinalizou que enviará ainda neste mês

ao Congresso o projeto de lei de privatização da

companhia.

“Em função de todas as discussões que vínhamos

tendo com o governo e já também com a

Câmara, esse [aumento de capital] é um

movimento que prepara de forma definitiva a

Eletrobras para o processo de privatização que já

foi anunciado pelo governo, em particular pelo

nosso secretário Salim [Mattar, secretário

especial de Desestatização e Desinvestimento do

Ministério da Economia], mas também por todas

as manifestações públicas do nosso ministro de

Minas e Energia [Bento Albuquerque]”, afirmou o

executivo, em teleconferência com analistas e

investimentos para explicar a proposta de

aumento de capital,

“Quero dizer do meu testemunho, como

presidente da companhia, acompanhando o

ministro Bento Albuquerque em todas as

instâncias de negociação, com o ministro [da

Economia] Paulo Guedes, com o presidente da

República [Jair Bolsonaro], com o presidente [da

Câmara] Rodrigo Maia, da decisão tomada do

envio desse projeto de lei [de privatização da

Eletrobras] até o fim deste mês”, completou

Ferreira.

As declarações do executivo impulsionaram o

valor das ações da Eletrobras, que fecharam o

pregão de ontem da B3 com altas de 4,33% (ON)

e de 4,01 (PN), negociadas a R$ 36,37 e R$

37,90, respectivamente.

A valorização das ações, aliás, é fundamental

para o sucesso do aumento de capital proposto

pela companhia. Isso porque, a proposta do

conselho da Eletrobras - preço da oferta de R$

35,72 (ON) e R$ 37,50 (PN) - inclui um deságio

da ordem de 15% no preço das ações, sobre um

preço de referência de R$ 46,06 (ON) e R$ 45,27

(PN). Esse preço foi estabelecido com base no

que vinha sendo praticado até duas semanas

atrás, antes das ações recuarem no mercado por

causa, segundo Ferreira, da publicação de

notícias que questionavam a continuidade do

plano de privatização.

“Não tenho dúvida que a companhia, com base

apenas nesse acréscimo de receita [de novos

projetos que entraram em operação] e na sua

redução de despesa, tenha todos os elementos

para justificar esses valores que ela vinha

praticando já há algum tempo”, disse.

Ferreira rebateu comentários de que o aumento

de capital, que prevê a integralização dos

adiantamentos pra futuro aumento de capital

(Afacs) feitos pelo governo no passado, no valor

de R$ 4 bilhões, seja uma operação para

viabilizar o pagamento de dividendos retidos para

a União, contribuindo para as contas do governo.

“Não há pressão do governo para a

capitalização”.

O executivo acrescentou que a operação,

inclusive, pode evitar desembolso de dividendos

declarados do exercício de 2018, mediante a

oportunidade de utilização desses créditos pelos

minoritários na capitalização.

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De acordo com estimativas da Eletrobras, a

depender do grau de adesão de minoritários, a

operação poderá gerar um benefício à companhia

de R$ 2,2 bilhões a R$ 5,9 bilhões. Em termos de

caixa, a operação poderá permitir a entrada de

novos recursos entre R$ 1,9 bilhão e R$ 5,1

bilhões. Os cenários também incluem uma saída

de caixa evitado, por meio de dividendos

capitalizados pelos minoritários, de R$ 322

milhões a R$ 801 milhões.

Questionado sobre qual será a posição do BNDES

sobre a operação, Ferreira disse não ter interação

com o banco nesse sentido.

“Entendemos que o BNDES, como qualquer

investidor, ou exerce ou pode comercializar seus

direitos nessa operação”, disse o executivo,

durante a teleconferência. O banco de fomento

possui 18,72% do capital da Eletrobras.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/17/capitalizacao-da-eletrobras-prepara-sua-

privatizacao.ghtml

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“Os gestores insistem em ignorar o impacto

social nos negócios”

O mundo dos negócios vive hoje dois grandes

desafios para a liderança. O tecnológico, no qual

todos prestam atenção, e o social que é muito

mais urgente está sendo ignorado. “Precisamos

olhar para o efeito na sociedade de todas as

mudanças sociais que estamos vivendo, como a

desigualdade, o aumento do populismo e da

inquietação. Os líderes de negócios têm que

pensar em como estão criando valor para as

empresas, mas também para a sociedade e para

o meio ambiente”.

Este tem sido o discurso de Ilian Mihov, reitor da

Insead, escola de negócios francesa, criada há 60

anos, que possui o terceiro melhor MBA do

mundo, atrás apenas de Harvard e Stanford,

segundo o último ranking do jornal “Financial

Times”. Há três anos, Mihov faz sua própria

cruzada viajando por vários países para falar

sobre negócios e sociedade. Ele esteve no Brasil

esta semana para encontrar ex-alunos e

executivos para debater questões que considera

essenciais para a conscientização da futura

geração de dirigentes. “Talvez não seja possível

mudar o jeito de pensar de quem está no

comando das empresas hoje, mas

definitivamente estamos trabalhando para mudar

os próximos”, disse em entrevista ao Valor.

Búlgaro, 53 anos, PhD em economia e há seis

anos no comando da escola, reeleito para um

segundo mandato, Mihov foi o primeiro reitor a

escolher como morada Cingapura, onde a Insead

montou um campus em 2000 - a escola possui

mais dois campi, um na França e outro em Abu

Dhabi. O convívio com os asiáticos, reconhecidos

pela excelência no ensino, segundo ele, tem

rendido muitas ideias para a escola e deveria

servir de exemplo para o mundo. “O governo de

lá está olhando para as habilidades do futuro e

capacitando os trabalhadores. E as empresas

também estão fazendo a sua parte”, afirma.

Mihov diz que no passado as questões de

impacto social eram delegadas pelo

empresariado para os governos, mas que hoje é

preciso agir de outro modo. “Diante da

transformação digital, os líderes empresariais

têm muita responsabilidade em pensar,

acompanhar e antecipar coisas que nunca

aconteceram. Não é fácil prever o efeito dessas

novas tecnologias em sua força de trabalho, mas

é preciso capacitar os funcionários. Se alguns

trabalhos vão ser automatizados, temos que

pensar o que vamos fazer com esses

trabalhadores.” Ele lembra que, embora seja

mais fácil deixar um funcionário ir embora, é

preciso estar ciente de que em alguns casos a

empresa poderá ter que chamá-lo de volta. “Por

isso, temos que pensar em reciclagem”.

A maneira como a nova geração encara a

liderança, para ele, é muito diferente e joga luz

sobre as discussões mais voltadas para a ética e

o propósito nos negócios. “Antes, os professores

ensinavam os nossos alunos a ganhar mais

dinheiro e era isso que eles queriam. Hoje, eles

querem saber o que vão ganhar além do salário

quando procuram um emprego, se terão orgulho

de trabalhar em uma empresa e quando topam

um alto salário em uma companhia com algo que

não concordam, aceitam a proposta com a ideia

de que poderão mudar alguma coisa estando lá

dentro”.

Para ele, o que faz ser tão difícil mudar o modo

de pensar dos líderes que estão nas empresas

hoje são as regras de comportamento criadas no

passado pelas quais ainda somos guiados.

“Agimos pensando no que é aceitável e normal.

Leva um longo tempo para que as mudanças

sejam incorporadas”, diz. Ele lembra que na

década de 60, as mulheres sequer eram

admitidas em escolas como Yale ou Princeton.

“Na Insead, tivemos a primeira aluna apenas em

1967. Não ter mulheres nas escolas de negócios

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hoje soa ridículo, mas eram normas daquele

tempo”, diz.

Ele diz que quando hoje vê crianças protestando

pela defesa do clima e do meio ambiente,

imagina que uma futura geração de líderes daqui

a 20 ou 30 anos vai pensar de forma muito

diferente. “Eles vão se perguntar: como vocês

deixavam acontecer essas coisas naquele

tempo?”. Mihov acha que é preciso agir

preventivamente na formação desses novos

gestores porque eles vão ajudar a construir um

mundo que ainda está se transformando.

A Insead, segundo ele, está tentando fazer a sua

parte. Há dois anos, incluiu no currículo do MBA

três cursos obrigatórios em negócios e sociedade.

“Ainda ensinamos finanças, economia e as

matérias tradicionais, mas depois que eles

aprendem as ferramentas de estratégia

colocamos o foco no impacto social das

organizações incluindo atividades com metas de

desenvolvimento sustentável. Dessa forma,

aumentamos a conscientização deles sobre os

problemas atuais”, conta. O reitor diz que

também está olhando para o lado tecnológico,

com cursos de ciências de dados e introduzindo

análises de dados em várias disciplinas nos

cursos de mestrado e ensino executivo.

No ano passado, ele conta que 500 alunos

participaram de um desafio no qual tinham que

planejar o crescimento autossustentável de uma

rede de clínicas de saúde de Joanesburgo, na

África do Sul. “A demanda por assistência médica

lá atinge 15 milhões de pessoas”, diz. No fim da

competição, 20 estudantes viajaram para a

cidade para ensinar enfermeiros e gestores como

implementar o seu plano de ação. “Queremos

que os alunos estejam conscientes sobre os

problemas sociais, mas assimilem isso de forma

prática”.

O fato de a Insead ser uma escola bastante

internacional, com alunos de mais de 100 países

- com a regra de que cada classe pode ter no

máximo 10% dos alunos de uma mesma

nacionalidade - ajuda a desenvolver um

pensamento global. Os brasileiros já

representaram 5% do total de alunos na escola.

Os mais de 15O professores também são de 40

países diferentes. No curso de MBA, que forma

mil alunos por ano, 760 realizam metade do

curso na França e a outra em Cingapura, além de

fazerem imersões em outros países, como China,

Israel e Brasil e no Vale do Silício (EUA).

O reitor diz que se fala muito hoje sobre os

revezes da globalização, mas isso não

corresponde aos fatos. “Olhando para a história

do mundo, sabemos que ele está muito mais

globalizado hoje”, afirma. Os seus estudantes

que vêm de diferentes países, segundo Mihov,

sabem que vão trabalhar com pessoas de outras

nacionalidades. “Estar em um ambiente diverso

vai ser inestimável no futuro. Na minha opinião,

a diversidade é a fonte da criatividade”, diz.

Mihov admite que pode ser muito mais difícil

gerenciar uma equipe com diferentes origens e

experiências, mas que os jovens já aprendem

que funciona assim. “Depois que você aprende a

lidar com essas diferenças é capaz de produzir

resultados superiores”.

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2019/10

/17/os-gestores-insistem-em-ignorar-o-impacto-

social-nos-negocios.ghtml

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Data: 15/10/2019

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Grupo de Comunicação

Dividir as decisões ameniza a solidão no

poder

Por Vicky Bloch

O poder e a solidão é um tema que começou a

ser estudado por filósofos, sociólogos, psicólogos

e estudiosos do comportamento humano. O

assunto está presente no cinema e na literatura,

como no livro “O outono do patriarca”, escrito em

1975 pelo Nobel da Literatura Gabriel García

Márquez, obra que ele define como um “poema

sobre a solidão do poder”.

“Sempre acreditei que o poder absoluto é a

realização mais alta e mais complexa do ser

humano e que, por isso, resume ao mesmo

tempo toda a sua grandeza e toda a sua

miséria”, escreveu o escritor colombiano,

inspirado nos ditadores latino-americanos e na

reflexão sobre a solidão e a amargura resultantes

de um ilusório poder total.

O impacto desse isolamento também é

observado em ambientes corporativos, nos quais

CEOs exerceram seu poder de comando e

controle, tomando decisões e ordenando a

execução.

Por não existir nesse cenário a tomada de

decisão colegiada e a divisão de poder, criou-se a

figura do executivo super-herói. A eles foi

atribuído um poder quase mágico. CEOs se

tornaram celebridades, recebendo prêmios que

os enalteciam como protagonistas inatingíveis do

sucesso.

Mas basta olhar para esta última década e ver o

quanto uma nova realidade vem derrubando

paradigmas, tirando salvadores da pátria do

pedestal e desconstruindo mitos.

A síndrome da solidão no topo acontece

geralmente quando o profissional é cobrado para

ser esse super-herói que não pode errar,

consultar e que precisa ter sempre as respostas

corretas. Executivos que ainda se sentem

afetados por tal sentimento precisam parar e

fazer uma autorreflexão. Será que eles ainda

estão liderando como no passado de forma

controladora e pouco colaborativa? Esse é o

modelo que devemos buscar?

Considerando que o mundo hoje é dominado pela

interconectividade, pela economia colaborativa,

pela disrupção e por mudanças rápidas, por

quanto tempo resistirão as organizações que

ainda entendem a hierarquia como valor? Como

os executivos que não cresceram na era da

internet serão capazes de rever sua forma de

liderar, dando espaço para a escuta e

colaboração?

As novas demandas da sociedade e o futuro do

trabalho se mostram opostas à visão do

isolamento no poder. Tais mudanças não

significam, obviamente, que existirá menos

pressão por resultados e inovações, mas uma

estrutura em que caberão as decisões colegiadas.

Já está comprovado que esse formato

colaborativo gera mais debates, provocações,

ideias e, assim, melhores resultados.

Há pouco tempo, ouvi um conselheiro criticar um

presidente de conselho que palestrava em um

evento porque, durante sua apresentação, esse

chairman se dizia assustado com o mundo em

que a organização que liderava se inseria. Dizia

que tantas opções e mudanças o deixavam

pensante. O conselheiro da plateia defendia que

um chairman não podia se mostrar confuso. Mas,

veja bem, neste momento quem não está?

Além de envolver mais seus pares e

subordinados no processo de tomada de decisão,

faço aqui algumas recomendações para

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Data: 15/10/2019

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Grupo de Comunicação

executivos que desejam amenizar esse

sentimento de solidão: insira-se em um grupo de

referência que tenha como prática trocar

experiências; tenha um network de pessoas que

admira e que possam te ouvir; se não o pratica,

aprenda o que é trabalhar em colegiado; busque

a ajuda de um coach profissional cuja função é

ouvi-lo e questioná-lo; converse com jovens e

frequente ambientes de inovação; participe de

grupos que proporcionem a experiência de um

coaching reverso.

Com tudo isso, quero dizer: permita-se ser

provocado e não seja arrogante por ser mais

velho e ter mais experiência. Abra sua cabeça e

vá descobrir que os jovens têm muito a ensinar.

Não pense que essas atitudes lhe tirarão o

reconhecimento ou o poder. A honestidade e

abertura para o novo serão capazes de trazer

uma infinidade de aprendizados e transformá-lo

efetivamente em uma gestor respeitado por suas

atitudes, e não apenas por seu poder e

autoridade.

Vicky Bloch é professora da FGV, do MBA de

recursos humanos da FIA e fundadora da Vicky

Bloch Associados

https://valor.globo.com/carreira/coluna/dividir-

as-decisoes-ameniza-a-solidao-no-poder.ghtml

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Data: 15/10/2019

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Grupo de Comunicação

Crédito suplementar para pagar por cessão

onerosa é de R$ 34,6 bi

Expectativa do governo é de que os ministros do

TCU aprovarão a revisão do contrato, mesmo que

seja com ressalvas

Projeto de lei (PLN 45/2019) encaminhado na

noite de terça-feira pelo governo ao Congresso

Nacional solicita a abertura de crédito especial no

Orçamento no valor de R$ 34,6 bilhões para a

União pagar à Petrobras a compensação prevista

na revisão do contrato de cessão onerosa,

firmado em 2010.

Na exposição de motivos do projeto, o ministro

da Economia, Paulo Guedes, informa que os R$

34,6 bilhões para o pagamento à Petrobras serão

originários do excesso de arrecadação dos

Recursos de Concessões e Permissões, tendo sido

considerados no cálculo do referido resultado,

constante do Relatório de Avaliação de Receitas e

Despesas de outubro, elaborado de forma

extemporânea.

O valor a ser pago à Petrobras é quase um R$ 1

bilhão superior ao valor inicialmente estimado, de

R$ 33,7 bilhões. A razão da diferença, segundos

técnicos do Ministério da Economia ouvidos pelo

Valor, é que o valor da compensação foi definido

em dólar e transformado em reais de acordo com

a cotação da moeda americana que estava em

vigência no momento em que cada um dos

campos da cessão onerosa foram declarados

comercialmente viáveis. Isto ocorreu entre

dezembro de 2014 e dezembro de 2015. A partir

deste momento, os valores passaram a ser

corrigidos monetariamente pela Selic (a taxa

básica de juros da economia).

O governo tinha até o dia 15 deste mês para

encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de

lei de crédito especial para incluir, no Orçamento

de 2019, a despesa com o pagamento da

compensação à Petrobras. O prazo limite está

fixado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Por essa razão, o governo divulgou o relatório

extemporâneo de avaliação de receitas e

despesas, em que incluiu parte dos recursos que

serão obtidos com o megaleilão do excedente da

cessão onerosa. Se não tivesse receita suficiente

em sua programação financeira deste ano, o

governo não poderia ter encaminhado o projeto

de lei propondo a criação de uma nova despesa

no Orçamento.

Os recursos do leilão foram incluídos na

programação mesmo com o Tribunal de Contas

da União ainda não tendo julgado a revisão do

contrato da cessão onerosa firmada entre a

Petrobras e a União. A empresa estatal do

petróleo já manifestou preferência pelos campos

de Búzios e de Itapu, mas avisou que só

participará do leilão se a União pagar a

compensação que lhe deve. A expectativa do

governo é a de que os ministros do TCU

aprovarão a revisão do contrato, mesmo que seja

com ressalvas.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/1

7/credito-suplementar-para-pagar-por-cessao-

onerosa-e-de-r-346-bi.ghtml

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