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Lista 2 - Cálculo
17 de maio de 2019
1. Se f e g são funções cujos grá�cos estão representados abaixo, sejam u(x) = f(x)g(x),
h(x) = f(g(x)) e k(x) = g(f(x)).
Encontre as seguintes derivadas:
(a) u′(1)
Solução:
Observe que u′(x) = f ′(x)g(x)+f(x)g′(x). Assim, para calcular u′(1), precisamos
saber f(1), f ′(1), g(1), g′(1).
Entre −1 e 2, f é uma reta f(x) = ax+ b que passa por (−1, 5) e (2, 0). Podemos
encontrar a e b resolvendo o sistemaa(−1) + b = f(−1)
a2 + b = f(2)
⇒
−a + b = 5
2a + b = 0.
1
Então a = −5/3 e b = 10/3. Assim, se −1 < x < 2,
f(x) = −5
3x +
10
3.
Logo, f(1) = 53e f ′(1) = −5
3.
Para x entre 0 e 2, g é uma reta que passa pelos pontos (0, 0) e (2, 4). Então
podemos descobrir a fórmula de g de forma semelhante. Neste caso, g(x) = 2.
Assim, g(1) = 2 e g′(1) = 2. Portanto,
u′(1) = f ′(1)g(1) + f ′(1)g(1)
= −5
3· 2 +
5
3· 2 = 0.
(b) h′(1)
Solução:
Pela regra da cadeia,
h′(x) = [f(g(x))]′ = f ′(g(x))g′(x)
h′(1) = f ′(g(1))g′(1).
Pelo item anterior, g(1) = 2. f não é derivável no ponto 2, como podemos ver no
grá�co. Logo não podemos calcular h′(1).
(c) k′(1)
Solução:
Pela regra da cadeia,
k′(1) = [g ◦ f ]′ (1) = g′(f(1))f ′(1).
Pelo item (a), f(1) = 5/3. Como 0 < 53< 2, g′(5/3) = 2. Assim,
k′(1) = 2f ′(1) = 2
(−5
3
)= −10
3.
2
2. Uma empresa precisa fabricar uma caixa de papelão retangular aberta, de base qua-
drada, com volume de 2 metros cúbicos. Sabendo que o fabricante pretende usar o
mínimo de material necessário qual deve ser o comprimento do lado da base da caixa?
Quantos metros quadrados de papelão são necessários?
Sugestão: Expresse a área da superfície da caixa como uma função do comprimento
do lado da base.
Solução: Se l é o lado da base da caixa e h, a altura, então o volume da caixa é
l2h = 2m3.
material usado: como a caixa é aberta, precisamos calcular a área de 5 lados:
(a) a base quadrada de área l2,
(b) quatro lados de área hl.
Então a quantidade de material usado é
A = 4hl + l2.
O volume da caixa é 2, então podemos escrever h em função de l (o que queremos
encontrar). Então
h =2
l, e A(l) = 4 · 2
l2l + l2 =
8
l+ l2.
Agora vamos encontrar os pontos onde A′ se anula,
A′(l) = − 8
l2+ 2l = 0
⇒ 2l =8
l2⇒ 2l3 = 8⇒ l3 = 4⇒ l =
3√
4.
Ainda precisamos calcular A′′ nesse ponto para veri�car se 3√
4 é um ponto de mínimo
local.
A′′(l) = −8 · 2ll4
+ 2 = −16
l3+ 2.
3
A′′(3√
4) = −16
4+ 2 = −4 + 2 = −2 < 0.
Então 3√
4 é o ponto de mínimo local. Assim, esse deve ser o lado da base da caixa.
Além disso, a quantidade necessária de papelão é de
A(3√
4) =83√
4+ (
3√
4)2
3. Esboce um grá�co que represente a primeira derivada da função representada pelo
seguinte grá�co:
Solução:
Pelo grá�co da função, que vamos chamar de f , podemos concluir algumas coisas:
• A função é ímpar (f(−x) = −f(x)). Então sua derivda também é ímpar, pois
[f(−x)]′ = f ′(−x)(−x)′ = −f ′(x).
• 0 é ponto de in�exão.
• f é crescente entre 0 e aproximadamente 1.5.
• f é decrescente entre 1.5 e 2.
• f é crescente entre 2 e 3.
4
• Próximo de 3, f é decrescente.
Com essas informações, podemos fazer um esboço do grá�co da f ′.
4. Escreva a equação da reta que tangencia a função polinomial f(x) = x4−3x3+2x2−4x
no ponto x = 2.
Solução:
A reta tangente a um ponto (x0, f(x0)) é escrita como
y = f(x0) + f ′(x0)(x− x0).
Então vamos primeiro calcular f ′(x):
f ′(x0) = 4x3 − 9x2 + 4x− 4.
Agora vamos encontrar f ′(2) e f(2).
f ′(2) = 4 · 23 − 9 · 22 + 4 · 2− 4
= 4 · 8− 9 · 4 + 8− 4
= 32− 36 + 8− 4
= 0,
f(2) = 24 − 3 · 23 + 2 · 22 − 4 · 2
= 16− 3 · 8 + 2 · 4− 4 · 2
5
= 16− 24 + 8− 8
= −8
Logo, a reta tangente é y = −8.
5. Em cada uma das funções seguintes, dê a expressão da derivada e determine o domínio
e o conjunto de pontos do domínio em que a função é derivável.
Estamos supondo que todas as funções neste exercício assumem apenas valores reais.
(a) f(x) = x3 +√x− 1
x
Solução:
f está de�nida apenas para x > 0, pois√x não está de�nida se x ≤ 0 e 1/x não
pode ser calculado se x = 0. Logo, o domínio de f é (0,∞).
f ′(x) = 3x2 +1
2√x− 1
x2.
f ′ está de�nida apenas para x > 0. Logo, f é derivável em (0,∞).
(b) f(x) =1
x2 + 1
Solução:
f está de�nida para todo x ∈ R, pois x2 + 1 não se anula para nenhum x real.
Então o domínio de f é R.
f ′(x) = − (x2 + 1)′
(x2 + 1)2=
−2x
(x2 + 1)2.
f ′ está de�nida para todo x, então f é derivável em R.
(c) f(x) = x1/3(1 + 3x)5
Solução:
f está de�nida para todo x ∈ R, ou seja, seu domínio é f .
f ′(x) =1
3x
13−1(1 + 3x)5 + x
13 5(1 + 3x)43
6
=1
3x23
(1 + 3x)5 + 15x13 (1 + 3x)4.
f ′ está de�nida para todo x 6= 0. Logo, f é derivável em R \ {0}.
(d) f(x) =x− 2
x4 − 1.
Solução:
f não está de�nida quando x4 − 1 = 0. Fazendo y = x2,
y2 − 1 = 0⇒ y2 = 1⇒ y = ±1
Como x é real, x2 = 1, logo, x = ±1.
Então o domínio da f é R \ {−1, 1}. Agora vamos calcular f ′:
f ′(x) =x4 − 1− (x− 2)4x3
(x4 − 1)2
=x4 − 1− 4x4 + 8x3
(x4 − 1)2
=−3x4 + 8x3 − 1
(x4 − 1)2.
f ′ está de�nida em todos os pontos x com x4 − 1 6= 0. Então f é derivável em
todos o pontos do domínio de f , ou seja, f é derivável em R \ {−1, 1}.
(e) g(x) =3x√1 + x
Solução:
g está de�nida em todos os pontos onde 1 + x > 0, ou seja, x > −1. Logo, o
domínio de g é (−1,∞).
g′(x) =3√
1 + x− 3x 12√1+x
(√
1 + x)2
=3√
1 + x
(√
1 + x)2− 3x
2(√
1 + x)3
=3√
1 + x− 3x
2(1 + x)3/2
Podemos calcular g′ sempre que 1 + x > 0, logo g é derivável em (−1,∞).
7
(f) g(x) = x√x2 + 4x + 5
Solução:
g está de�nida em todos os pontos onde
x2 + 4x + 5 > 0.
Porém a equação x2 + 4x + 5 = 0 não possui zeros reais. Além disso, a função
quadrática tem concavidade para cima. Então ela só assume valores positivos,
como mostra o esboço abaixo
x
y
Então o domínio de g é R.
g′(x) =
√x2 + 4x + 5− x 2x+4
2√x2+4x+5
(√x2 + 4x + 5)2
=1√
x2 + 4x + 5− x2 + 2x
(x2 + 4x + 5)3/2.
g′ está de�nida para todo x ∈ R, pois x2+4x+5 não se anula. Logo, g é derivável.
(g) f(x) =x
3√x2 + 1
Solução:
f(x) = x(x2 + 1)−13 .
O domínio de f é R, pois a raiz cúbica está de�nida para todo x ∈ R e x2 + 1 não
se anula para x real. Então,
f ′(x) = (x2 + 1)−13 − x
3(x2 + 1)−
13−1
8
= (x2 + 1)−13 − x
3(x2 + 1)−
43 .
f ′ está de�nida para todo x, pois x2 + 1 não se anula. Logo, f é derivável.
(h) f(x) = |7x + 12|
Solução:
O domínio de f é R. Note que 7x + 12 ≥ 0 se, somente se, x ≥ −12/7. Então,
pela de�nição de módulo,
f(x) =
7x + 12, se x ≥ −12/7
−7x− 12, caso contrário.
Assim, se x > −12/7, f ′(x) = 7. Se x < −12/7, f ′(x) = −7.
Então f é derivável para x 6= −12/7. No entanto, f não é derivável se x = −12/7,
pois a derivada não é contínua nesse ponto.
6. Sabendo que a derivada da função ex é a própria função ex, use as regras da derivação
ensinadas até agora para calcular as derivadas das seguintes funções:
(a) f(x) = 2x.
Solução:
Vamos tentar escrever a função como algo parecido com ex. Pela propriedade do
logaritmo,
Se ln 2 = loge 2 = c, então ec = 2.
Podemos substituir c por ln 2, assim 2 = eln 2 e
f(x) = 2x = (eln 2)x = e(ln 2)x.
Agora podemos calcular f ′ usando a regra da cadeia,
f ′(x) = (ln 2)e(ln 2)x = (ln 2)2x.
9
(b) f(x) = ln x
Solução:
Observe que a função f : (0,∞)→ R, x 7→ lnx é a inversa da função
g :R→ (0,∞)
g(x) = ex.
Além disso, g′ = g. Então (g ◦ f)(x) = x. Aplicando a regra da cadeia,
(g ◦ f)′(x) = x′
⇒g′(f(x))f ′(x) = 1
⇒f ′(x) =1
g′(f(x))=
1
g(f(x))=
1
(g ◦ f)(x)=
1
x.
(c) g(x) = 2x2
Solução:
Observe que g pode ser escrita como a composição de duas funções:
g(x) = f1 ◦ f2(x), onde f1(x) = ex e f2(x) = x2.
Pela regra da cadeia,
g′(x) = f ′1(f2(x))f ′2(x) = (ln 2)2f2(x)f ′2(x) = (ln 2)2x2
(2x) = (2 ln)x2x2
.
(d) g(x) = log2 x
Solução:
Pela propriedade do logaritmo,
log2 x =loge x
loge 2=
lnx
ln 2=
1
ln 2lnx.
Então,
g′(x) =1
ln 2
1
x.
10
7. Determine as coordenadas do ponto da parábola y = 1 − x2 mais próximo da reta da
equação x + 3y − 9 = 0. (a distância de um ponto (x0; y0) à reta ax + by + c = 0 é
|ax0 + by0 + c|/√a2 + b2. Dica: minimize a distância ao quadrado e lembre-se que o
ponto (x0; y0) deve pertencer à parábola.)
Solução:
Dado um ponto (x; y) da parábola, o quadrado da distância entre o ponto e a reta é
f(x) =|x + 3y − 9|2
12 + 32=
(x + 3y − 9)2
10.
Como y = 1− x2, podemos substituir na equção de f ,
f(x) =(x + 3− 3x2 − 9)2
10=
(−3x2 + x− 6)2
10.
Podemos calcular f ′ usando a regra da cadeia,
f ′(x) =2
10(−3x2 + x− 6)(−6x + 1).
Agora vamos calcular os pontos críticos de f . Neste caso, são os pontos onde −3x2 +
x− 6 = 0 ou −6x + 1.
−3x2 + x− 6 = 0 não se anula para valores de x reais, pois
∆ = 1− 4(−3)(−6) = 1− 72 = −71 < 0.
−6x + 1 = 0 se x = 1/6. Então 1/6 é o ponto que minimiza f . Assim,
y = 1−(
1
6
)2
= 1− 1
36=
35
36.
Portanto o ponto da parábola mais próximo da reta é (16; 3536
).
8. A circunferência de raio 5 centrada na origem é o conjunto dos pontos que distam 5
do ponto (0, 0). Seja C essa circunferência. Veri�que que (4,−3) a C e encontre a
equação da reta que tangencia C no ponto (4,−3).
Solução:
11
Os pontos da circunferência C satisfazem a equação x2+y2 = 25. Para x = 4 e y = −3,
temos
42 + (−3)2 = 16 + 9 = 25.
Logo, (4,−3) pertence à circunferência. Observe que os pontos x, y tais que x2+y2 = 25
e y ≤ 0 podem ser escritos como o grá�co de uma função. De fato,
y2 = 25− x2 e y ≤ 0
⇒y = ±√
25− x2 e y ≤ 0
⇒y = −√
25− x2.
Agora podemos encontrar a reta tangente ao ponto da circunferência da mesma forma
que encontramos a reta tangente a um ponto (x0, f(x0)) do grá�co de uma função f ,
ou seja,
y = f(x0) + f ′(x0)(x− x0).
Então, se f(x) = −√
25− x2,
f ′(x) = − (−2x)
2√
25− x2=
x√25− x
.
Então f(−3) = 4 e
f ′(−3) =−3√
25− 9=−3√
16= −3
4.
Logo, a reta tangente é
y = 4− 3
4(x + 3) = −3
4x + 4− 9
4= −3
4x +
7
4
12