Livro CAPES. Interdisciplinaridade - A Importância Do Sujeito - Prof. Patrick - RODADA 2 (1)

7/26/2019 Livro CAPES. Interdisciplinaridade - A Importncia Do Sujeito - Prof. Patrick - RODADA 2 (1)

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A PRTICA DA INTERDISCIPLINARIDADE

NA PESQUISA E NO ENSINO DE PS-

GRADUAO

EDITORES

ARLINDO PHILIPPI JR

VALDIR FERNANDES

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Importncia do sujeito e da subjetividadena epistemologia e na avaliao

da interdisciplinaridade

Pr. Dr. Patrick PAUL

A interdependncia do objeto e do sujeito afirmada em numerosas correntes atuais de

pensamento. Qualificada de teoria ativa do conhecimento por Raymond Boudon (19!"# parece

ter sido $ume %uem prop&s esse termo. 'ierre Bourdieu (199" afirma i)ualmente %ue os

objetos n*o s*o objetivos na medida em %ue eles s*o dependentes das caracter+sticas sociais e

pessoais dos indiv+duos %ue os observam. ,umerosas correntes filos-ficas# j na poca de /ant

e de $e)el# contestam a e0istncia de um mundo e de uma realidade puramente e0teriores ao

sujeito. om esta observa2*o# n*o se trata de oferecer uma lista e0austiva das correntes

filos-ficas# das cincias humanas# mdicas# ou mesmode certas correntes da f+sica (a %u3ntica#

por e0emplo" %ue valori4amumaaborda)em)eralmente%ualificadade fenomenol-)ica. 5as uma

coisa certa. 6e as cincias positivistas# muito vinculadas 7s evidncias concretas# materiais#

s*o suficientes para e0plicar certos fatos# outros tipos de dados devem ser compreendidos a

partir do sentido %ue os indiv+duos lhes d*o no conte0to de seu 8projeto de mundo ('ourtois#

:esmet# 199". 5as# uma ve4 %ue o comportamento humano de nature4a comple0a# din3mica

e mutvel# essa introdu2*o do sujeitoconcorremuito mais para a desordem do %ue para a ordem

na cincia %ue# conse%uentemente# pode perder seuestatuto de credibilidade. ;s estudos

cient+ficos clssicos# 7 procura da causalidade e da reprodutibilidade# interessam


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certos campos do conhecimento cient+fico.A fenomenolo)ia#1a hermenutica e as aborda)ens

interpretativas# como al)umas metodolo)ias antropol-)icas (observa2*o participante# saber

tcito# autoforma2*o# metodolo)ia cru4ada dos saberes..." s*o representativas# antes do tempo

atual# desta mudan2a interdisciplinar. =ais aborda)ens s*o# portanto# de al)uma forma ou

interdisciplinares outransdisciplinares# pois se referem 7 comple0idade das rela2>es entre os

diferentes saberes acadmicos (interdisciplinaridade" ou entre saberes acadmicos e n*o

acadmicos (transdisciplinaridade"?.A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade fornecem

hoje uma oportunidade para criar a li)a2*o entre diferentes aborda)ens )ra2as a uma constru2*o

epistemol-)ica inte)rativa coerente. Ao contrrio do paradi)ma cient+fico clssico# %ue valori4a

o reducionismo# a interdisciplinaridade tornou


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inte)rar novos indicadores %ue# para alm dos campos cient+ficos# di4em respeito aos sujeitos e

7s suas rela2>es.

A interdisciplinaridade

A emer)ncia da interdisciplinaridade como nova corrente de pensamento na cincia pode ser

vista como uma das respostas poss+veis 7 comple0idade nas ltimas dcadas do sculo @@.

Cssareivindica2*o est associada a numerosas e0i)ncias. Dma delas aparece %uando uma dada

disciplina utili4a tecnolo)ias emprestadas de outras disciplinas (/ourilsEy# ?FF?". :e modo

)eral# a necessidade de desenvolver novos setores# na interface das disciplinas# afeta a maioria

dos departamentos cient+ficos. ;utra e0i)ncia corresponde aosimperativos de ordem prtica# 7

tentativa de responder aosdesafios encontrados frente 7 demanda de resolu2*o de problemas

naturais# mdicos# educativos esociais# todos de nature4a comple0a. 'oisas clausuras

disciplinares %ue constroem o nosso saber separam os conhecimentose tornam dif+cil a

coopera2*o entre eles. :o mesmo modo# elasseparamre)ularmenteos saberes formais e os

saberes e0perienciais e tcitos.

'or fim# evidencia


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convida


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a separa2*o entre as cincias denominadas LdurasO e as cincias %ue tm um objetivo mais

humanista.'ois e0istem LobjetosO %ue# sem dificuldade maior# podem se redu4ir a um nico

n+vel de realidade# o material#sendo# por isso# maisLobjetivosO. ;utros# mais comple0os ou

obedecendoa outras leis# dificilmentepermitem a redu2*o. Afinal# se fcil circunscrever os

Lobjetos O# inversamente# redu4ir oestatuto do sujeito e suas representa2>es n*o simplesP a

pessoa humanae o seu saberdificilmente podem se resumir a um simples objeto disciplinar.

'odees cient+ficas# a emer)ncia da

interdisciplinaridade e# mais recentemente# da transdisciplinaridade n*o dei0am %ual%uer dvida

%uanto ao seu interesse cient+fico e social (6ommerman# ?F1?"# um de seus reais problemas #

indubitavelmente# o de sua avalia2*o# %ue sempre corresponde mais ou menos aos modelos

disciplinares# uma ve4 %ue o %ue se avalia habitualmente o objeto cient+fico e n*o as pessoas

%ue participam da intera2*oentre as disciplinas. A avalia2*o interdisciplinar n*o corresponde a

um simples dia)n-stico %ue resultaria no aprimoramento das rela2>es entre as disciplinas. =rataes. A comple0idade do relacionamento entre

7Entendemos por " n#$el de realidade % um n#$el fenomenol/gico que determinado

por um con.unto de leis que cooperam para a sua de8ni!o sem se contradi6er-

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disciplinas e profissionais ou pes%uisadores acarreta uma dificuldade de coordena2*o das

a2>es#tendo conse%uncias em sua %ualidade e nos resultados. Cm sua refle0*o sobre o

conhecimento interdisciplinar# eor)es usdorf (19!" j assinalava os riscos decorrentes da

fra)menta2*o dos conhecimentos# %ue condu4 7 impossibilidade das comunica2>es e da

compreens*o entre as disciplinas. Sean 'ia)et (19H"# na mesma poca# adianta %ue nada nos

obri)a a fracionar as disciplinas e %ue# justamente ao contrrio# tudo nos impele a nos

empenharna procura de suas intera2>es.

;utro ponto de refle0*o di4 respeito 7 comple0idade do pensamento %ue se constroi em torno da

anlise. Cla consiste em separar as coisas a fim de identific


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visitada e trabalhada no campo cient+fico. 5orin (199F" chama de comple0o o %ue sobrepuja a

confus*o# o embara2o e a dificuldade de pensar a partir de um pensamento or)ani4ador# isto #

%ue separa e reli)a. Barel (199" especifica %ue h# na comple0idade# um pensamento %ue

coloca em tens*o polos contrriosT tens*o esta %ue # ao mesmo tempo# de conivncia e de

conflito# en)ajada num processo permanente de produ2*oIdestrui2*o e de nature4a

simultaneamente cont+nua e descont+nua# anal-)ica e di)ital# e0terior e interior# imanente e

transcendente. astoriadis (199H" v na comple0idade um entrela2amento de n+veis hierr%uicos

irremediavelmente irredut+veis um ao outro. ,icolescu (199!"# enfim# torna mais precisa essa

aborda)em apresentando os termos 8n+veis de realidade# 8comple0idade e 8terceiro inclu+do#

conceitos provenientes de seus trabalhos em f+sica %u3ntica. Cle su)ere# com esses termos#

diferentes n+veis fenomenol-)icos# comple0os e abertos para um real velado e para sempre

inapreens+vel. $# tambm# outras aborda)ens da comple0idade em obras de pes%uisadores

vinculados ao 6anta Me Nnstitute (/auffman# elles# a comple0idade. A

nossa aborda)em da comple0idade parte de uma corrente epistemol-)ica %ue

poderiamoschamar de 8francesa# na %ual se incluem autores como 5orin# ,icolescu# Atlan# Ve

5oi)ne# etc..

6e h uma antinomia relativa entre os pensamentos anal+tico# anal-)ico ou comple0o#em nossa

aborda)em essa oposi2*o deve ser resolvida na interdisciplinaridade. ; %ue e0i)e aprofundar os

n+veis l-)icos e epistemol-)icos %ue sustentam a pes%uisa ou a a2*o se)undo um objetivo

cooperativo e n*o e0cludente.

A interdisciplinaridade# %uanto ao sujeito# responde i)ualmente# no sentido entendido por

usdorf (19!"# a uma e0i)ncia humanista e inte)rativa. 5as# para alm das reconhecidas

inten2>es humanistas# preciso ver tambm um in+cio de revolu2*o paradi)mticaP a

inteli)ncia da interdisciplinaridade# proveniente de uma epistemolo)ia da complementaridade#

oposta a todas as epistemolo)ias da separa2*o disciplinar. :e passa)em# uma refernciafinal

?


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parece ter sido perdida em al)uns procedimentos interdisciplinares# o fato de %ue ocentro

adotado nessa investi)a2*o deveria continuar a ser# como di4 Walade (1999"# a forma humana

en%uanton- de si)nifica2*o.:e fato# oestatuto do sujeito n*o habitualmenteposto %uest*o e a

L dessubjetiva2*oO com pretens*oobjetiva empreendida pelas disciplinas continua dominante na

maioria das aborda)ens interdisciplinares. ,as mar)ens# no entanto# o reconhecimento do

sujeito pode ad%uirir um verdadeiroestatuto# embora a comple0idade %ue testemunha seja

fre%uentemente restrita# por inte)rar uma somente mais uma dimens*o (a biopsicol-)ica# por

e0emplo"# ao invs de uma vis*o mais ampliada e )lobal.9A ruptura epistemol-)ica%ue a

interdisciplinaridade pode oferecer n*o ser plenamente consumada a n*o sersob a condi2*o de

restituir 7 pessoa humanatoda a ri%ue4a de sua comple0idade. 5as introdu4ir a comple0idade

si)nifica reconhecer a capacidade do pensamento humano para separar e reunir. K# portanto#

justamente o sujeito %ue possibilita atravessar e inte)rar as disciplinas. Assim sendo# a

interdisciplinaridadetestemunha uma nova epistemolo)ia da participa2*o e da rela2*o %ue

deveclarificar a intera2*oentre objetividade e subjetividade# ou ainda# entre consciente e

inconsciente.

Csse novo olhar resulta# em nossa aborda)em# de uma mudan2a de paradi)ma.

Um novo paradigmacient%&ico '

ra2as ao reconhecimento da subjetividade na cincia# a mudan2a epistemol-)ica em

constru2*orestitui7s pes%uisas %ualitativas# emparticular# umestatuto %ue n*o era reconhecido

at ent*o. ;s fundamentos fenomenol-)icos# interacionistas e dialticos v*o suscitar

procedimentos %ue consideram de modo mais amplo a comple0idade das situa2>es e suas

contradi2>es ('ourtois# :esmet# 199". ,-s j desenvolvemos# em outras obras# al)umas

refle0>es epistemol-)icas a%ui presentes ('aul# ?FFHT ?F1H".

; interesseessencial da interdisciplinaridade duplo.

?Esse aspecto sugere interfaces, por e+emplo, entre " inter % e " trans %-

om nossa epistemologia em n#$eis de realidade, que inclui tr@s n#$eis

fenomenol/gicos e um n#$el de transcend@ncia-


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'or um lado# a interdisciplinaridade permanece disciplinar. ,esse sentido# %ue o mais

reconhecido# ela torna poss+vel a defini2*o de novas fronteiras disciplinares# mais abertas em

rela2*o 7s %ueos saberes atuais prop>em. ,a medida em %ue toda disciplina# no campo

cient+fico# caracteri4aedebru2ares. C uma ve4 %ue o objeto mesmo das disciplinas # epistemol-)ica e

metodolo)icamente# constru+do de modo claro no centro de cada uma delas# # ent*o#

principalmente em sua periferia# nas 4onas nebulosas %ue a interdisciplinaridade nos convida a

reconhecer e encontrar penetrar os espa2os


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A primeira desenvolve


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os sujeitos# os temas e as situa2>es. ,*o por%ue uma coisa funciona tecnicamente em um n+vel

%ue ela tambm funcionar numa ordem superior contidanuma realidade mais )lobal# por

e0emplo. 6ommerman (?F1?" %ualifica essa interdisciplinaridade vertical de LamplaO# na

medida em %ue ela possui a capacidade de associar diferentes dimens>es (mundo das ima)ens#

mundo das representa2>ese dos conceitos# mundo das coisas e das percep2>es sens+veis".

Um esclarecimentosobre a epistemologia cient%&ica

A refle0*o epistemol-)ica %ue se se)ue foi desenvolvida# com al)umas diferen2as# por ocasi*o

de nossa apresenta2*o no painel do encontro supracitado# or)ani4ado pela A'C6# em Bras+lia

(?F1?"# bem como num livro publicado recentemente ('aul# ?F1H".

;s elementos %ue constroem essa aborda)em valem tanto para a interdisciplinaridade %uanto

para a transdisciplinaridade. C0istem# certamente# diferen2as entre essas duas aborda)ens# tanto

em termos dos campos convocados (a transdisciplinaridade abre


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comp>em os postulados iniciais de todo processo co)nitivo. A cada um desses postulados

corresponde um princ+pio metodol-)ico %ue a sua aplica2*oP %ual mtodo eu utili4o para

observar e para analisar

A constru2*o da cincia clssica baseia


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6ua teoria postula# ent*o#%ue a totalidade do saber poderia tender 7 sua recomposi2*o por meio

da soma dos saberes disciplinares.Cste j processo oferecido pela pluridisciplinaridade. 5as#

concretamente# esse processon*o claramente definido no mtodocient+ficoP a %uest*o do

encerramento das disciplinas mais claramente definida do %ue essa das rela2>es entre as

disciplinas# %ue se abre mais para a incerte4a associada com as intera2>es. C ele i)ualmente

dif+cil de p&r em prticaP n*o basta# com efeito# somar os conhecimentos disciplinares para

recompor a universalidade do saber. 'or%ue# como vimos# as fronteiras %ue separam os objetos

disciplinares continuam sendo 4onas nebulosas e as intera2>es%ue nelas se descobrem n*o s*o

inte)radas pela teoria reducionista. A metodolo)ia das li)a2>es interdisciplinares n*o fa4 parte#

portanto# dos fundamentos da teoria cient+fica.,*o surpreendente#ent*o# ver sur)ir na hist-ria

das cincias# desde o final do sculo @N@# no interior mesmo das correntes disciplinares# as

Lcontracorrentes O %ue visam 7 compreens*o das rela2>es# como testemunham# cada uma 7 sua

maneira#a multidisciplinaridade# a pluridisciplinaridade# a interdisciplinaridade e a

transdisciplinaridade (6ommerman# ?F1?".

(umo a uma mudanade paradigma'

:uas %uest>es emer)em# como constatamos# %uando se trata de pensar sobre a recomposi2*o

das rela2>es entre as disciplinas. Dma delas diri)ees entre as disciplinas en%uanto tais pertence principalmente 7

pluridisciplinaridade ou a uma interdisciplinaridade LfracaO# a introdu2*o do sujeito na cincia

cabe bem mais 7 interdisciplinaridade L forte O e 7 transdisciplinaridade. ,os dois casos# o

estatuto do sujeito se modifica em rela2*o ao paradi)ma cient+fico clssico. :e fato# como

apresentamos na introdu2*o# cada ve4 mais os pes%uisadores# particularmente nas cincias

humanas# est*o convencidos de %ue os fatos observados s*o dependentes das observa2>es# mas

tambm das concep2>es# teorias e hip-teses %ue sustentam a pes%uisa.;s fatos n*o seriam#

portantosen*o o resultado do posicionamento do pes%uisador. C mesmo %ue sua observa2*o seja

cient+fica# ela sempre o produto de seus sentidos e de sua representa2*o do mundo. A partir da+#

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a aceita2*o da relatividade da observa2*o e da interpreta2*o dos fatos torna poss+vel o

pluralismo epistemol-)ico e# conse%uentemente# uma aborda)em mais rica da realidade

('ourtois# :esmet# 199".

As novas aborda)ens %ualificadas de pluri# inter e transdisciplinaridade baseiames entre disciplinas# num alar)amento da hip-tese

ontol-)ica e da hip-tese determinista# abrindo


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sempre tm a mesma convic2*o frente aos modelos metaf+sicosassociados a um dado

paradi)ma. Dm distanciamento maior pode provocar# ent*o# uma mudan2a de paradi)ma.

ada paradi)ma oferece uma das possibilidades de conhecimento# mas tambm se op>e a outro

conhecimento diferente# criando obstculos para o sur)imento de novas solu2>es mais

ade%uadas.

;s trabalhos de /uhn foram certamente criticados. ,*o entraremos nessa discuss*o. Arefle0*o

paradi)mtica# em todo caso# pode se reali4ar le)itimamente no %ue di4 respeito 7

interdisciplinaridade por sua rela2*o com a subjetividade.

om rela2*o 7 %uest*o do sujeito# devemos principalmente %uestionar# nesse debate# o estatuto

da ontolo)ia cient+fica. ; ser no mundo# parafraseando $eide))er1?# pode ser definido por uma

nica posi2*o# a de um L objeto O :e fato# se o real independente dos observadores# a

identifica2*o do sujeito com o objeto tende a fa4er desaparecer (idealmente" %ual%uer forma de

subjetividadeP a ontolo)ia desenvolvees. Cssas li)a2>espodem incluir# em al)uns casos# os saberes

das culturas# o saber e0periencial# tcito# emp+rico e tudo o %ue constitui o conhecimento

informal envolvendo o sujeito e a subjetividade# com um ponto de vista contradit-rioem 7

objetividade cient+fica# %ue objetivi4a o sujeito (redu2*o".

12 A no!o de "ser no mundo% foi desen$ol$ida pelo 8l/sofo alem!o artin Beidegger

no tratado CSer e Tempo)Sein und Zeit de 1


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Afinal# essa mudan2a envolvea necessidade de juntar continuidade e ruptura# o %ue pede o

desenvolvimentode um pensamento comple0o e parado0al# de tipo sistmico# para inte)rar e

ultrapassar a epistemolo)ia clssica. ,o sentido em %ue na interdisciplinaridade e na

transdisciplinaridade o real inapreens+vel se situa entre e alm das disciplinas e das pessoas#

toda transforma2*o e0terior social# por e0emplo# tem repercu2>es sobre o autoconhecimento do

sujeito e# por outro lado# toda transforma2*o interior tem implica2>es ecol-)icas# pol+ticas#

educativas sobre o mundo e0terior. Nsso nos apro0ima das perspectivas de trabalhos como os de

Cd)ar 5orin e Boaventura 6ou4a 6antos# %ue defendem uma mudan2a paradi)mtica por ra4>es

inclusive pol+ticas e societais.

Uma nova concepo do sujeito e da ontologia

A metodolo)ia cient+fica redu4 o mundo e o sujeito a objetos disciplinares. ; n*o reducionismo

n*o disciplinar. ,o entanto#deve haver o cru4amento entre reducionismo e n*o reducionismo.

Csse processo promove uma abertura 7s novas perspectivas epistemol-)icas e dialticas# mais

)lobais e mais )erais ('aul# ?F1?".

,o novo mtodo cient+fico# a inte)ra2*o do sujeito mais ampla e mais )lobal# n*o se limitando

ao seu estatuto de objeto. A hip-tese fenomenol-)ica# ao incluir o posicionamento ontol-)ico da

cincia como uma das suas possibilidades# desemboca ent*o num pluralismo ontol-)ico#

onto)entico e antropoformador('aul# ?F1H". ,esse sentido# a hip-tese fenomenol-)ica em %ue

se apoiam a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade inscreve


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de %ual%uer fenomenolo)ia# o real seja inapreens+vel# postulando um Lburaco ne)ro do

conhecimentoO final.

Csses diferentes n+veis fenomenol-)icos %ue sur)em com a pro)ress*o da abertura em rela2*o

ao sujeito postulam uma ontolo)ia em diferentes n+veis de subjetividade interli)ados a

diferentes n+veis de realidade# o conjunto desenvolvendo o conceito de antropoforma2*o ('aul#

?F1H"P ecoforma2*o (o modo pelo %ualnossa rela2*o com o mundo nos forma"T heteroforma2*o

(o modo pelo %ual nossa rela2*o dual com os outros nos forma"T autoforma2*o (o modo pelo

%ual nossa rela2*o conosco mesmos nos forma"T ontoforma2*o (nossa rela2*o formativa com o

sa)rado# o 6er"# o conjunto estando radicado em um real1H

inapreens+vel em si. K o processo

antropoformador%ue recomp>e# no final# a totalidade das possibilidades perceptivas e

co)nitivas. Cle renova a %uest*o da ontolo)ia inte)ral# %ue se desenvolve com a pro)ress*o da

inte)ra2*o dos diferentes n+veis de realidade humana em li)a2*o com a constru2*o identitria

('aul# ?F1H".

ada n+vel de realidade# por ser diferente de outro# su)ere leis %ue lhe s*oparticulares# mas %ue

diferem de um n+vel de realidade para o outro. Cssas leis# %ue sustentam uma fenomenolo)ia

espec+ficaa cada n+vel# manifestam uma espacialidade# uma temporalidade e rela2>es intra e

interssistmicas %ue lhes s*o peculiares. K no campo das rela2>es interssistmicas entre n+veis

diferentes de realidade %ue se pode apresentar melhor a problemtica da comple0idade1G.

,a medida em %ue se inscreve umainterdependncia do objeto e do sujeito (import3ncia das

intera2>es e retroa2>es" e uma abertura para diferentes n+veis fenomenol-)icos dependentes dos

observadores# a comple0idade o resultado da tecedura entre diferentes n+veis de realidade do

objeto e diferentes n+veis de percep2*o do sujeito. ,o final do processo# o todo superior#

)ra2as 7s intera2>es# 7 soma das partesP os saberes disciplinares n*o se perdem# mas se somam 7

ri%ue4a das intera2>es# com o sur)imento de novas perspectivas (capacidade criativa e

13Designando o que n!o quali8c$el nem quanti8c$el, ou se.a, que continua

descon*ecido- A rela!o entre ontoforma!o e real recompe as ligaes, por

e+emplo, entre teologia positi$a e negati$a )ou cataftica e apoftica-

14Fem&rando que " comple+us % signi8ca " tecer .unto%-

1?


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inte)rativa dos sujeitos". A l-)ica entrecru4ada de elucida2*o


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n+veis de percep2*o %ue testemunham as rela2>es entre objeto e sujeito ('aul# ?F1H".Csses

n+veis s*o fre%uentemente denominados Ln+veis de realidadeO. ada n+vel de percep2*o

corresponde a um tipo de l-)ica particular. 6e)uees e intera2>es %ue se situam n*o somente entre as

disciplinas (postura fraca"# mas tambm entre n+veis diferentes de realidade do sujeito (postura

forte". Cssa aborda)em# alm das rupturas e das pontes# sup>e tambm considerar os circuitos

recursivos# os imbricamentos# as resson3ncias poss+veis entre os n+veis. K# enfim# a introdu2*o

de um Lburaco ne)roOacolhendo o L real O %ue oferece ao sistema a sua imprevisibilidade e a

sua abertura# permitindo todas as possibilidades transformadoras e criadoras.

Csses n+veis devem ser entendidos como estando inscritos nas rela2>es# mais ou menos fortes ou

fracas# entre o objeto e o sujeito ('aul# ?FFH". Cssas intera2>es podem se referir 7s rela2>es

intersubjetivas ou intrassubjetivas. =ratar


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L virtude pr-pria O. 'aralelamente# essa afirma2*o sup>e por sua ve4# en%uanto pluralidade

ori)inal# %ue cada um atue L de acordo com sua pr-pria fase O. A evolu2*o da pessoa sup>e#

nesse sentido# crises co)nitivas# rupturas e inte)ra2>es %ue s*o oportunidades de efetuar

passarelas entre diferentes pontos de vista e possibilidades de mudan2a do olhar. Cssas

transforma2>es perceptivas e co)nitivas# como processo de onto)nese# constroem passo a

passo o percurso transformador.

Alguns elementos de re&le"o re&erentes + avaliao de projetos e de programas

interdisciplinares

Dma das principais %uest>es# nas or)ani4a2>es oficiais# de saber como avaliar os projetos

interdisciplinares ou transdisciplinares#uma ve4 %ue os sistemas de avalia2*o baseiames tambm poderiam ser efetuadas por vrios

)rupos de e0aminadores separados# tendo cada um competncias diferentes.'ode


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< avaliar os caminhos nos %uais eles podem )erar conflitoT

< inte)rar os saberesT

< en)ajar a 8ne)ocia2*o dos papis (no trabalho em e%uipe..."T

< produ4ir uma compreens*o interdisciplinar do problemaP criar ou descobrir o conceito# a teoria

ou a hip-tese %ue seu fundamento comum.

; conjunto su)ere refletir# anteriormente 7 pes%uisa# sobre os critrios e %ualidades esperadas

capa4es de se tornarem indicadores positivos ou ne)ativos da valida2*o (5ain)ain# :ufour#

?FF?".

Csse processo metodol-)ico essencialmente uma ajuda para a rela2*o entre as disciplinas ou

entre as reas disciplinares.

A observao epistemol)gica

A mudan2a de postura intelectual sup>e validar o percurso do pes%uisador e da pes%uisa

propondo avaliar seu contedo epistemol-)ico e metodol-)ico. Kimportante# emparticular# n*o

priori4ar as metodolo)ias baseadas unicamente nas aborda)ens hipotticoe#

invariavelmente#a necessidade de articular parado0almente os conhecimentos provenientes do

reducionismo dos objetos disciplinares com a comple0idade e )lobalidade (mais ou menos

implicada" do sujeito atuante.5as# nesse caso# fre%uente encontrar tens>es ou conflitos entre

pontos de vista (epistemol-)icos# disciplinares# l-)icos# subjetivos" diferentes. C0istem tambm

tens>es entre teorias e conceitos %ue remetema interpreta2>es contradit-rias %uemuitas ve4es#

dependemdo L n+vel de realidade O no %ual cada um# sem %ue o saiba# se situa. Cssas tens>es#

%ue n*o devem ser eliminadas# s*o si)nificativas e criadoras de solu2>es e de sentido. A

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interdisciplinaridade de tipo L trans O# em particular# como vimos# desloca os critrios de

le)itima2*o dos conhecimentos 7 partir da objetividade direcionando


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utili4a2*o de uma metodolo)ia %ue inte)ra as contradi2>es (trian)ula2*o#

metodolo)ia dialtica# da tecela)em..." T

0 evitam as simplifica2>es precipitadas de modo a respeitar mais a comple0idade e

o indeterminismo# %ue se associam a uma L objetividade fraca O# retomando um

termo do f+sico Bernard :XCspa)nat.

A !uesto geral do sujeito

Dm recente estudo transversal# reali4ado por 6ommerman (?F1?"# confirma a import3ncia de se

considerar o sujeito na interdisciplinaridade. 'araele# uma L forma2*o maisampla da pessoa O ou

o L desenvolvimento devalores e atitudes O espec+ficas s*o apostas importantes. :e fato# o

desenvolvimento %uase %ue e0clusivo datecnolo)ia e o aumento pro)ressivo do dom+nio da

nature4a# levando 7 sua destrui2*o# n*o favorecem de modo al)um o desenvolvimento de

valores humanos e naturais. A forma2*o disciplinar por sua ve4# em nossa hip-tese# mantm a

fra)menta2*o da percep2*o humana e distancia o sujeito de si mesmo. A educa2*o das pessoas

deveria# portanto# valori4ar cada ve4 mais o desenvolvimento de valores e atitudes sociais de

cunho humanista ea abertura para outros pontos de vista# favorecendo a pluralidade co)nitiva#

socialecultural.Dma das ri%ue4as da interdisciplinaridade# a ser tambmentendidacomo um

indicador# a maneira pela %ual o projeto desenvolve novos caminhos rumo 7 humani4a2*o.K

relevantemanter aberto o debate sobre os humanismos e seus usos ideol-)icos.

A multirreferencialidade# um pensamento cr+tico# um olhar )lobal e aberto capa4 de se

apro0imar da comple0idade# uma aborda)em mais ampla da pessoa e o autoes subjetivas fa4em parte das e0pectativas interdisciplinares. Dma

aborda)em participativa e aberta em rela2*oaos saberes n*o acadmicos# e0perienciais e tcitos

pode tambm ser esperada em termos dXavalia2*o (6ommerman# ?F1?". Cnfim# a capacidade de

desenvolver uma refle0*o metaco)nitiva abran)endo a e0plica2*o dos procedimentos# o

jul)amento sobre as produ2>es e a re)ula2*o dos processos mentais dos atores s*o tambm

su)eridos como e0pectativa associada 7 interdisicplinaridade (5ain)ain# :ufour# ?FF?".

A !uesto do sujeito$ a abordagem individuali,ada

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A constru2*o de uma situa2*o de aprendi4a)em ou de pes%uisa e0i)e %ue os saberes em %uest*o

sejam primeiramente analisados e coordenados. 5as i)ualmente importante reconhecer o

funcionamento de cada um dos sujeitos envolvidos no procedimento interdisciplinar. K somente

depois de efetuar esse trabalho %ue ser poss+vel ajustar os objetivos e ne)ociar as perspectivas.

; %ue podemos compreender a respeito do outro a partir de nossas pr-prias representa2>es ;

%ue podemos propor %ue seja claro# compreens+vel# realista# individuali4ado no conte0to da

pes%uisa# da a2*o ou da forma2*o A ideia de poder identificar as representa2>es e avaliar as

possibilidades inte)rativas de cada pessoa. Csse conhecimento necessrio para orientar a busca

de fontes de informa2*o %ue permitir*o responder 7s %uest>es formuladas# analis


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em li)a2*o com os instrumentos disciplinares# e os dados espec+ficos a cada um dos campos

abordados# pois cada um deles possui suas pr-prias particularidades. A presen2a de uma

lin)ua)em comum ou do desejo de seu desenvolvimento pode fa4er parte da avalia2*o de um

projeto interdisciplinar.

A intersubjetividade sup>e %ue o outro n*o se situa necessariamente no mesmo n+vel perceptivo

ou no mesmo tipo de l-)ica da nossa pr-pria percep2*o ou compreens*o do real. K importante#

ent*o# reconhecer e respeitar essas diferentes posturas para# idealmente# favorecer as pontes

entre elas.

'ode


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caso de insucesso# mais fceis de avaliar. onse%uentemente# um procedimento interdisciplinar

n*o pode ser definido antecipadamente e imposto. Cle deve ser visto como uma co


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0 saber favorecer uma mudan2a de referncias entre as pessoas mediante a

utili4a2*o de l-)icas diferentes.

A aborda)em interdisciplinar se constroi no hori4onte dessas intera2>es# %ue tendem para a sua

inte)ra2*o rec+proca.

A !uesto do sujeito$ rela-es intrassubjetivas

A melhor descoberta de si mesmo# dos outros e do mundo tambm representa um dos

indicadores interdisciplinares pertinentes a ser inte)rado na avalia2*o# bemcomo o

%uestionamento sobre a capacidade de transforma2*o e de abertura das pessoas participantes.

,esse sentido# desde o in+cio do projeto# preciso definir %uais ser*o os indicadores mais

pertinentes %ue poder*o informar sobre a situa2*o da constru2*o do saber# sobre o modo e a

%ualidade da sua aplica2*o e sobre o reconhecimento da dimens*o n*o verbal impl+cita na

comunica2*o verbal. Cm outros termos# devees %ue articulam o

consciente e o inconsciente. A avalia2*o deve# por e0emplo# inte)rar as dificuldades e as

resistncias pessoais %ue p>em em dvida o sentido# a praticabilidade e os ajustamentos.

lobalmente# seria o caso de distin)uir# como na Cduca2*o =eraputica# a avalia2*o das

competncias pessoais de ordem intelectual (co)nitivas"# de ordem )estual e tcnica (campo

sens-rio


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Minalmente# na medida em %ue a interdisciplinaridade#em nossa perspectiva#possuium objetivo

humanista# toda avalia2*o do bemes s*o )eradoras de conflitos inconscientes e de doen2as# em

li)a2*o com a valori4a2*o apenas do objeto (a profiss*o" e com o n*o reconhecimento do sujeito

e da sua realidade subjetiva.

Para concluir# devemos lembrar %ue as refle0>es desenvolvidas em dire2*o a uma nova rela2*o

epistemol-)ica entre o objeto e o sujeito est*o necessariamente# como todo procedimento

cient+fico# em debate. 5as os desafios associados 7 necessidade de uma mudan2a de paradi)ma

()eradora de uma nova constru2*o social" s*o enormes neste momento particular da hist-ria

humana. A responsabilidade por essas mudan2as cabe# parcialmente# aos intelectuais e#

conse%uentemente# ao mundo do ensino e das universidades# %ue podem insuflar novos valores.

Csperamos %ue esse desafio seja aceito.

(/(012IA3$

De AL4A(15A6 Augusta 78ere,a6 L A sade pblica como campo de investi)a2*o

interdisciplinar e a %uest*o metodol-)ica O# in Sade eSociedade# HI?# Maculdade de 6ade

'blica da D6'# 6*o 'aulo# 199G# pp. ??


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APPL6 ;arl:


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L 9

Vondres# 199G# pp. ?


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PIA576 ean6 L VXpistmolo)ie des relations interdisciplinaires O# in 9ulletin #ni

information# n H1# Dniversit de en[ve# 19H#pp. GIconferncia na

Dniversidade do C0tremo 6ul atarinense (Dnesc" Brasil# ?FFF

P

Livro CAPES. Interdisciplinaridade - A Importância Do Sujeito - Prof. Patrick - RODADA 2 (1)

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