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N T A B I L I D A D E
m a a b o r d a g e m d i r e t a e a t a l i z a d a
I T O R A
tersaberes
R o s e n e i N o v o c h a d l o d a C o s t a | M a r c e i G l i n M e l h e m
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N T A B I L I D A D E
A V 4 N Ç A D A
m a a b o r d a g e m d i r e t a e a t a l i z a d a
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Rosenei Novochadlo da Costa
Marcel Gulin Molhem
Contabilidade
avançada:
uma abordagem
direta e atualizada
F I T 0 R A
intersaberes
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E D I T R A
intersaberes
v. Vicente Madudo, 3IV 11*an.iur
entra. OF.P £0420-010. Crririha . PR . Rra<-1
ivuc: (41 >2103 73C*
www.odi or ntr rcaberr co n . or
cditaragtadirnrai nrennberrf.cocn.hr
Conicllio cditoria' Dr. Ivo Jose Borh (prcsidcnrc)
Dr". lena Godov
•
Dr. Nelson Luis Dias
Dr. L'li' Gregor Bara now
Kiiiim chcii Lindsay Azambuja
ditor-a»tistc«tc Ar iad ne Nunes Wenger
ditui dc arte Raphael Bcrnadclli
iVcp.rra ao dc original» A rth ur T crtu liano
Cap» Stcfany Conduta Wrublcvski
Piwicrn grsfti-n Raphael Rernadelli
Iconognfia Da nielle ScholtZ
1‘ cdnjSo 2012.
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t'ciroo dtp&iio kpal.
t i l l I U A I O I I L U M
D»U. l.iu'.i.uMim» IV C.u l.ijH «.
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dc concd to i
Neiihuiru parte dcstu publku^au podcri
icr repmdurid* por qutlq ucr mein
forma sem ptfvia *uroriza<to da
Editor* IntcrSabcn*.
A vjol&cio dor dir citos tuto r u s c enm e
cwbdecido n*i.ei o*9.010/IWe
}Mimdo pclu ai l. 1154 di> C( kiuro Penal.
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Ca na, Rosrnc. Novocfctdk i
CoiK ibiti .Mr :tvici{4(la' unu ibncili(iyin «firm»« r h u l n d i .llvro
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Apresentação *7
Como aproveitar ao máximo este livro • 13
Formas de organização de sociedades
anónimase limitadas* 17
1.1 Sociedade limitad a • 20
1.2 Sociedade anônima • 22
Governança corporativa *47
3.1 Conceito c princípios do governança corporativa • 49
nvestimentos, lucros, ágio e deságio
nas empresas • 55
4.1 Conceito de inve stimento*57
4.2 Ágio e deságio na aquisição de investimento s• 61
4.3 Amortização do ágio • 63
4.4 Reflexos tribu tários do ágio e do deságio • 63
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4.5 Avaliação de investimentos • 64
4.6 ratamento dos lucros nào realizados
intercompanhias • 65
4.7 Variação percen tual em participações societárias • 66
4.8 Reavaliação de coligadas e controladas • 67
4.9 Rendimentos de participações societárias • 67
Juros sobre patrimônio líquido
(remuneração do capital próprio) • 73
5.1 Conceito e objetivo da remuneração
do capital próprio • 76
5.2 O ponto de vista tributário na remuneração
de capital próp rio • 77
5.3 Capitalização dos juros *79
5.4 Regime de reconhecimento das receitas
e despesas dos juros • 83
5.5 Os posicionamentos da Secretaria da Receita l-edcml
e da CVM • 84
5.6 F.mpresas tributa das pelo lucro real
ou presum ido »86
Consolidação das demonstrações contábeis • 89
6.1 Conceito • 91
6.2 Procedim entos »93
6.3 Controlad as excluídas • %
6.4 Balancetese livro-raz ão• 97
6.5 Consolidação com participação de minoritários • 99
6.6 Caso prático de consolidação • 99
Para concluir... • 109
Lista de siglas* 111
Referencias • 113
Anexo* 117
Sobre os autores • 135
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a prim eira crise energética nos anos 1970, o mundo capitalis
ta - cm especial, o Brasil - vem sofrendo impactos que geram incertezas
no ambiente empresarial. Contudo, sempre houve a expectativa de um
equilíbrio econômico que daria início a uma nova forma de profissiona
lização das empresas.
Segundo a lese marxista da concentração de capital, a contabilidade de
ve ser interpretada como um grupo de ferramentas contábeis que, visando
à transparência, demonstram o poder que controla a operacionalidade dos
grupos econômicos por meio dos instrum entos empresariais.
Tais ferramentas prestam-se também á consolidação dos controles e dos
valores contábeis destes em um gru po d e demonstrações - com técnicas
como as da avaliação de investimentos pelo método da equivalência patr i
monial, da consolidação das dem onstrações financeiras e da combinação
de negócios.
A contabilidade avançada objetiva possibilitar a realização de proce
dimentos técnicos (de acordo com as devidas normas para avaliação e
mensuração das contas patrimoniais) que tenham em vista não apenas
entidades específicas, mas o ambiente econômico como um todo. ste li
vro se destina, portanto, a profissionais da área contábil, administradores,
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advogados, economistas, engenheiros e demais profissionais que tenham
interesse na profissionalização financeira do grupo no qual estão inseridos.
Atualmente o Brasil encontra-se em um momento de transição para a
adoção de normas internacionais de contabilidade
(International Financial
Reporting Standards
- IFRS), que, aos poucos, estão sendo emitidas em pronun
ciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. A consonância
com a normatização internacional permite à contabilidade fugir do âmbi
to das regras inspiradas no direito romano - como o Código Tributário, o
Código Civil e o Regulamento do Imposto de Renda. Tais regras obrigavam
o contador a realizar lançamentos compulsoriamente, relegando a contabi
lidade a uma situação em que o formalismo se sobrepunha â sua essência.
Nas normas internacionais isso já foi alterado, e à contabilidade foi dado um
formato em que a essência se sobrepòe à forma, de acordo com a tradição do
direito consuetudinário.
Neste livro veremos alguns conceitos novos, tais como as técnicas de
avaliação de ativos e de mensuração de passivos. A contabilidade, por
não ser uma ciência exata, mas, sim, uma ciência social aplicada, tem se
caracterizado por possuir a lgun s critérios subjetivos - mesmo em casos
nos quais o objetivo é apenas mensurar o saldo do caixa, o número de
ações ou quotas do capital social e a data da demonstração contábil. A
novidade adv inda com as normas internacionais é a busca de reduzir ao
máximo o subjetivismo por meio de notas explicativas, que apontam, com
maior transparência e clareza, os fenómenos ocorridos nas organizações
(
discbsure
).
Nesse processo de evolução econômica, as empresas controladoras,
gerenciadas por seus fundadores ou sucessores, costumam transforma r-
-se em
holdings,
geridas por talentos profissionais altamente preparados.
Os sócios capitalistas, em regra, transferem seu poder de gestão ao cria
rem conselhos deliberativos, conselhos familiares e/ou conselhos fiscais,
que devem reportar-se aos proprietários. Tais conselhos auxiliam o presi
dente
( hief Lxecutive Qfficer-
C O), por exemplo, ao realizarem auditorias
independentes e atividades de controladoria e de contabilidade gerencial,
que minimizam os riscos e monitoram o que ocorre na empresa. Desde
as primeiras
holdings,
essas possibilidades já existiam; antes mesmo de se
conceituar governança corporativa, já havia esses "controles". Segundo
Rasmussen (1991), entre os criadores desses modelos houve alguns
destaques.
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Thomas Robert Malthus, assistido pelo economista James Mill e seu
filho John Stuart Mill, foi o arquiteto de um imenso conglomerado eco
nômico da iniciativa privada, a ast índia Trading Company, em 1604, a
primeira
lioldhtg
do Ocidente.
No Japão, o conde Mitsui Bussan Kaisha abandonou os seus privilé
gios de samurai, em 1623, para se tornar comerciante. A
holding
do grupo
Mitsui foi, até 1945, a maior
holding
do mundo. Com a derrota japonesa
na Segunda Guerra Mundial, o grupo foi desmantelado e separado em
função de uma lei antitruste dos stados Unidos. ntre as empresas origi
nadas, algum as são conhecidas até hoje, como a Mitsubishi, a Sumitomo
e a Yasuda.
Nos stados Unidos, o modelo econômico da
holding
foi introduzido no
século XVIII, duran te a conquista do oeste americano. No período houve a
formação dos
trusts
das ferrovias, que providenciariam a estrutura logísti
ca necessária ao transporte de produtos para os centros de processamento
alimentício de Chicago e Detroit.
Na Alemanha nazista, o ditador Adolf I litler ordenou ao ministro do
armam ento que consolidasse os grandes gru pos m etalúrgicos e químicos
em empresas
holdings
, para formar o maior parque indu strial bélico que a
histórica econômica já viu.
Portanto, o processo de consolidação de agentes econômicos por meio
da união de em presa s- que investiam umas nas outras - leva às questões
da
busin ss fnmiiy
e da governança corporativa nos tempos atuais. Certos
valores, tais como a transparência, devem ser fomentados nelas, a fim de
que a consolidação seja bem-sucedida.
Ao comentarmos sobre o interesse pela transparência na governança
corporativa - para além das finanças corporativas, já preparadas pelo con
tador para a auditoria ou para os acionistas no dia da assembleia geral
podemos ver a importância de dados como os dos relatórios contábeis que
utilizam conceitos gerenciais, como os relatórios emitidos pela controla-
doria e também pela contabilidade gerencial. Da mesma forma, importa
observar os acontecimentos financeiros, como o gerenciamento do caixa,
que procuram consolidar um grupo econômico e seu resultado por seg
mentos; ao notar-se que os valores podem gerar riscos, são monitoradas
antecipadamente as informações - em especial, quando elas denotam
ameaça de descontinuidade.
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Não há como consolidar as demonstrações contábeis sem que haja aber
tura, gerencial e da controladoria. Q uando os sócios são leigos e querem
estar a par dos acontecimentos, uma das obrigações do contador consiste
em auxiliá-los na interpretação destes. Além da elaboração dos números,
é bem claro que a contabilidade visa atender a todos os usuários, pois,
quanto maior for o número de agentes na empresa a receber dados na
linguagem apropriada ao seu departamento, menores serão as chances de
insucesso empresarial e maior será o nível de de talhes da disclosu .
O crescimento econômico e a profissionalização das sociedades, tanto das
limitadas quanto das anônimas, tornam urgente a atualização dos contado
res e dos conceitos tradicionais brasileiros. stes, em que ainda há excessiva
ênfase às regras fiscais, deverão deixar de se ater ao fisco e passarão a bus
car alternativas que os preparem para as novas demandas que atenderão.
Os congressos, simpósios, treinamentos e atividades complementares da
área deverão também ser voltados a ensinar como apresen tar os demonstra
tivos contábeis em obediência às normas internacionais.
Como estamos em processo de uniformização dos conceitos da con
tabilidade, destacam-se a abordagem e a interpretação já definidas
internacionalmente. Segundo l.age e Weffort, citados por F.rnst & Young e
Fipecafi (2009, p. 1),
m busca de maior harmonização, optou-se por focar em demonstrações finan
ceiras que são preparadas com o propósito de fornecer informações úteis na
tomada de decisões econômicas, que envolvem, por exemplo:
• Decidir quando comprar, manter ou vender um investimento em ações;
• Avaliar a administração quanto à responsabilidade que lhe lenha sido con
ferida, qualidade de seu desempenho e prestação de constas;
• Avaliar a capacidade da entidade de pagar os empregados e proporcionar-
-Ihes outros benefícios;
• Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros empres
tados à entidade;
• Determinar políticas tributárias;
• Determinar a distribuição de lucros e dividendos;
• Preparar e usar estatísticas da renda nacional; ou
• Regulamentar as atividades das entidades.
ste trabalho tem, portanto, o objetivo geral de servir de apoio aos conta
dores, investidores e demais agentes ligados às finanças, para que tenham
uma ampla visão da contabilidade avançada. Não objetiva meramente a
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preparação desses profissionais, mas busca também apontar a importância e
a utilidade da matéria - em especial, do conceito de governança corporativa.
Na redação desta obra, buscamos levar em consideração tanto os
conceitos e as técnicas conhecidas anteriormente quanto as normas inter
nacionais de contabilidade. Nos exemplos, tabelas e exercícios expostos
no decorrer da obra, o ativo e o passivo são denominados já com suas
classificações atuais, como circulant e não circulant .
estrutura escolhida para apresentação deste livro principia nos con
ceitos básicos, evolui por etapas até, finalmente, chegar ao processo de
consolidação, em obediência à segu inte ordem:
• primeira mente, esta apresentação procura demonstrar a realidade
atual, os objetivos da obra, bem como a contextuaiização do tema, a
abordagem e a distribuição dos conteúdos;
• no Capítulo 1, buscamos apontar o modelo gerencial e estrutu ral nas
empresas de sociedade limitadas, diferenciando-as das empresas de
sociedade anônima;
• no Capítulo 2, observamos os diferentes movimentos societários que
existem e as diferentes formas de desagregação e composição de so
ciedades, conforme a Lei das S/ ;
• no Capítulo 3, apresen tamos o tema da governança corporativa e
procuramos dem onstrar a transparência, a equidade e a responsabi
lidade necessárias aos gestores;
• no Capítulo 4, descrevemos os investimentos com base num a socie
dade anónima, suas vantagens e os modelos definidos em normas
para seu controle fiscal e societário;
• no Capítulo 5, discorremos a respeito dos juros sobre o capital pró
prio e demonstramos como deve ser realizada a aplicabilidade da
remuneração aos acionistas;
• no Capítulo 6, por fim, apontamos o modo pelo qual se dá a consoli
dação das demonstrações contábeis.
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Este livro traz alg ns rec rsos q e visam
enriq ecer o se aprendizado, facilitar a
compreensão dos conteúdos e tornar a leit ra
mais dinâmica. São ferramentas projetados de
acordo com a nat reza dos temas q e vamos
examinar. Veja a seg ir com o esses rec rsos se
encontram distrib ídos no decorrer desta obra.
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fica conhecendo os conteúdos q e
serão nele abordados.
Você também é informado a
respeito das competências q e irá
desenvolver e dos conhecimentos
q e irá adq irir com o est do do
capit lo.
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onteúdos do capitulo:
• Sociedade l imitada;
• Sociedade anônima.
Após o estudo deste capitulo, você será
p i
de:
• verificar as partic laridades de cada tipo de sociedade empresaria;
• analisar a diferença básica entre ma empresa de sociedade limitada
e ma sociedade anónima;
• apontar as disposições das sociedades empresárias após
a Lei n ° 11.638/2010.
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1 ^ c o m e ç a mos nossos estudo s corn a descrição da s d uas principais
espécies de sociedades empresárias existentes no Brasil e de .suas res
pectivas regras para fins de continu idade e para a responsabilidade dos
sócios, além de outro s aspectos existentes.
Segundo Weygandt, Kieso e Kimmel (2005), uma sociedade capital é
criada por lei e sua existência depende dos regulamentos dos estados em
que a empresa é constituída. e modo semelhante, uma sociedade de ca
pital está sujeita aos mesmos deveres e responsabilidades de uma pessoa,
como, os de obedecer às leis e de pagar impostos.
As sociedades de capital podem ser classificadas de várias maneiras.
uas formas comuns de fazê-lo são pelos seus fins e pelo direito de pro
priedade. A classificação pelo direito de propriedade, por exemplo, pode
dis ting uir as sociedades entre as de capital aberto e as de capital fechado.
Uma sociedade de capital aberto costuma possuir milhares de acionistas
(sha hold s), além de ter suas ações frequentemente negociadas nas bol
sas de valores do Brasil e do exterior. Já uma sociedade de capital fechado,
em geral, tem apenas alguns acionistas e não oferta suas ações para venda
pública.
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Destacaremos a seguir, como dito anteriormente, duas classificações
de sociedades: as limitadas e as anônimas. O capítulo foi baseado em
normas existentes, em especial no que prescreve o Código Civil, e nele
buscamos descrever os argumentos de forma narrativa, a fim de resum ir e
dem ons trar as fontes legais que tratam do assunto da constituição de uma
sociedade limitada.
1.1 Sociedade limitada
De acordo com o art. 1.052 da Lei
nç
10.406/2002 (Brasil, 2002), geral men
te chamada de
ódigo ivil
, "a responsabilidade de cada sócio é restrita
ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela inte-
gralização do capital social", que deve ser dividido em quotas iguais ou
desiguais, cabendo uma certa qu antidade a cada sócio, segundo o art. 1.055
da m esma lei. Os sócios, em hipótese alguma, podem dist ribu ir entre si os
lucros das reservas estatutárias e os das reservas de lucro enquanto a em
presa possuir prejuízos acumulados.
Na conjuntura atual, a grande maioria das empresas de sociedade li
mitada está se profissionalizando para que tenham continuidade e sejam
repassadas para os herdeiros de seus gestores e fundadores. Para tanto,
têm utilizado muitas das práticas das sociedades anônim as. Algum as não
têm opção: aquelas cujo faturamento é superior a R$ 240.000,00 anuais ou
cujo patrimônio líquido supera R$ 300.000,00 estão realmente obrigadas a
seguir as regras impostas pela Lei nü 6.404/1976 (Brasil, 1976), com suas res
pectivas atualizações nas 1eis n° 10.303/2001 (Brasil, 2001b), n° 11.638/2007
(Brasil, 2007) e nu 11.941/2009 (Brasil, 2009).
O próprio Código Civil dispõe sobre as sociedades limitadas e prevê, a
pa rtir de seu art. 1.060, que a empresa pode ser administrada por terceiros,
de maneira semelhante a uma sociedade anônima. Todavia, para que isso
ocorra, “A designação de administradores não sócios dependerá de aprova
ção da unanim idade dos sócios, enquanto o capital não estiver integral izado,
e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização", segundo o art. 1.061
da mesma lei. sses adm inistradores, em sua posse, devem assinar o livro
de atas da administração e, ao término de cada exercício, o inventário do ba
lanço patrimonial e do balanço de resultado econômico deve ser elaborado,
documento conhecido como
demonstração do resultado do exercício.
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Além da nomeação do administrador, há a possibilidade de criação
de um conselho fiscal, constituído por três ou mais membros, além de
seus respectivos suplentes. F.stes podem ser sócios ou não, devem resi
dir no país e são eleitos em assembleia anual. Os sócios minoritários que
representem um quinto do capital social possuem o direito de eleger, se
paradamente, um membro do conselho fiscal, bem como o seu suplente.
A remuneração reservada a eles terá seu montante definido a critério da
assembleia que os elegeu.
e acordo com o art. 1.069 da lei citada, algum as das prerrogativas do
conselho fiscal são:
I I
I - examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papéis da sociedade e
0 estado da caixa e da carteira, devendo, os administradores ou liquidanles
prestar-lhes as informações solicitadas;
II lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resu ltado dos exames
referidos no inciso I deste artigo;
III - exarar no mesmo livro e apresentar à assembleia anual dos sócios parecer
sobre os negócios e as operações sociais do exercício em que servirem, toman
do por base o balanço patrimonial e o de resultado econômico;
IV -denunciar os erros, fraudes, ou crimes que descobrirem, sugerindo provi
dências úteis à sociedade;
V - convocar a assembleia dos sócios se a diretoria retardar por mais de trinta
dias a sua convocação anual, ou sempre que ocorram motivos graves e urgen
tes; [...]
No art. 1.070, parágrafo único, dispõe-se que "O conselho fiscal poderá
escolher para assisti-lo no exame dos livros, dos balanços e das contas,
contabilista legalmente habilitado, mediante remuneração aprovada pela
assembleia dos sócios".
ro r fim, dentre os assuntos listados em lei ou em contrato que devem
ser debatidos e acordados pelos sócios, o Código Civil elenca alguns no
art. 1.071;
( ]
1- a aprovação das contas da administração;
II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
III - a destituição dos administradores;
IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;
V - a modificação do contrato social;
VI - a incorporação, fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do esta
do dc liquidação;
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TT- ü nomeação e destituirão dos liquidantes e o julgamento das suas contas;
Vil! - o pedido dc concordata.
Percebemos, portanto, que as matérias estão expressamente listadas na
legislação de suporte, na qual também há uma clara delimitação das atri
buições societárias, o que ocasiona um a maior facilidade do estudo do tema.
1. A legislação abre alguma possibilidade de as sociedades limitadas en
contrarem algum as regras semelhantes às das sociedades anônimas?
Resp s a:
Sim, e podemos exemplificar o fato com o que está d isposto no a r t 1.060
da Lei n” 10.406/2002. À empresa pode ser administrada por terceiros,
semelhantemente a uma sociedade anônima, e, para que isso ocorra, a
nomeação de tais adm inistradores deverá ser aprovada unanim emente
pelos sócios, quando ainda não houver integralização total do capi
tal, ou dependerá do voto de dois terços deles, após a integralização
completa.
2. Qual é a função do conselho fiscal?
Resp s a:
as atividades dispostas em contrato social e em lei, destacam-se as
definidas nos art. 1.069 e 1.070 do Código Civil, entre as quais podem os
citar: examinar trimestralmente os livros da sociedade, lavrar as atas
respectivas, denunciar erros, fraudes e crimes que descobrirem.
1.2 Sociedade anônima
Percebemos que, segundo a Lei n° 6.404/1976 (também conhecida como L
d s SiA), a sociedade anônim a é obrigada a ter, em seu estatuto, a divisão
do capital em ações e a limitação da responsabilidade de seus sócios/acio-
nistas ao preço de emissão das ações que subscreverem ou adquirirem. Há
uma série de requisitos a serem cumpridos para que se dê efetivamente
a constituição de uma sociedade anônima e que estão de acordo com os
itens que serão apontados adiante.
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1.2.1 C on stituiç ão por sub scriçã o pública
Quando da criação de sociedades anônimas com recursos públicos, há
uma série de diretrizes que a regem, também dispostas na Lei das S/A,
como podemos perceber ao lermos o arl. 82 da lei citada:
Art. 82. A constituição dp companhia por subscrição pública depende do prévio
registro da emissão na Comissão de Valores Mobiliários [CVM], e a subscrição
somente poderá ser cíeluada com a intermediação de instituição financeira.
§ 1° O pedido de registro de emissão obedecerá às normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários e será instruído com:
a) o estudo de viabilidade econômica e financeira do empreendimento;
b) o projeto do estatuto social;
c) o prospecto, organizado e assinado pelos fundadores e pela instituição finan
ceira intermediária.
§ 2° A Comissão de Valores Mobiliários poderá condicionar o registro a modi
ficações no estatuto ou no prospecto e denegá-lo por inviabilidade, temeridade
do empreendimento, ou inidoneidade dos fundadores.
o artigo em questão, cremos ser importante ressaltar o disposto no
parágrafo 2Ü embora haja requis itos legais a serem observados, a CVM
mantém sua autonomia quanto à análise dos documentos.
1.2.2 Pro jeto de esta tu to co nform e a Lei n" 6.404/1976
Para que o projeto de estatuto de uma sociedade que almeja obter subs
crição pública seja aprovado, ele deve conter alguns requisitos mínimos,
listados nos a ris. 83 e 84 da Lei n° 6.404/76.
O primeiro deles discorre justa mente sobre a necessidade de satisfação
dos requ isitos geral mente exigidos nos contratos das demais sociedades
mercantis - em especial daqueles especifica mente necessários às compa
nhias e acerca da obrigatoriedade de haver normas que direcionem a
função da empresa.
0 segund o lista o que mais não pode faltar nesse projeto de estatuto:
Art. 84. O prospecto deverá mencionar, com precisão e clareza, as bases da
companhia c os motivos que justifiquem a expectativa de bom êxito do em
preendimento, e em especial:
1 - o valor do capital social a ser subscrito, Omodo de sua realização e a existên
cia ou não de autorização para aumento futuro;
II - a parte do capital a ser formada com bens, a discriminação desses bens e os
valores a eles atribuídos pelos fundadores;
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- o número, as espécies t*classes de ações em que se dividirá o capital; o
valor nominal das ações, c o preço da emissão das ações;
V - a importância da entrada a ser realizada no ato da subscrição;
V - as obrigações assumidas pelos fundadores, os contratos assinados no inte
resse da futura companhia e as quantias jã despendidas e por despender;
V - as vantagens particulares, a que terão direito os fundadores ou terceiros, c
o dispositivo do projeto do estatuto que as regula;
V a autorização governamental para constituir-se a companhia, se necessária;
V - as datas de início e término da subscrição e as instituições autorizadas a
receber as entradas;
X - a solução prevista para o caso de excesso de subscrição;
X - o prazo dentro do qual deverá realizar-se a assembleia de constituição da
companhia, ou a preliminar para avaliação dos bens, se for o caso;
XT- o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos fundadores,
ou, se pessoa jurídica, a firma ou denominação, nacionalidade e sede, bem co
mo o número e espécie de ações que cada um houver subscrito;
X - a instituição financeira intermediária do lançamento, em cujo poder fi
carão depositados os originais do prospecto e do projeto de estatuto, com os
documentos a que fizerem menção, para exame de qualquer interessado.
Percebemos, assim, a especial atenção dedicada pela legislação aos
casos em que a sociedade não se subscreve inteiramente por capitais pri
vados, a fim de que se impossibilite a criação de regras que prejudiquem
o interesse público.
1.2.3 Re spo nsab ilidade do acionista controlad or
Outro tema importante a ser tratado enquanto discorremos sobre socie
dades anônimas e apresentamos algumas de suas características é o da
resposta do acionista controlador pelos danos que causar, ao praticar atos
com abuso de poder. Segundo o art. 117 da Lei n- 6.404/1976,
(
§ F São modalidades de exercício abusivo de poder:
a) orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao inte
resse nacional, ou levá-la a favorecer outra sociedade, brasileira ou estrangeira,
em prejuízo da participação dos acionistas minoritários nos lucros ou no acer
vo da companhia, ou da economia nacional;
b) promover a liquidação de companhia próspera, ou a transformação, incorpo
ração, fusão ou cisão da companhia, com o fim de obter, para si ou para outrem,
vantagem indevida, em prejuízo dos demais acionistas, dos que trabalham na
empresa ou dos investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;
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c) promover alterarão estatutária, emissão de valores mobiliários ou adoção de
políticas ou decisões que não tenham por fim o interesse da companhia e visem
a causar prejuízo a acionistas minoritários, aos que trabalham na empresa ou
aos investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;
d) eleger administrador ou fiscal que sabe inapto, moral ou tecnicamente;
e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar ato ilegal, ou,
descumprindo seus deveres definidos nesta Lei e no estatuto, promover, contra
o interesse da companhia, sua ratificação pela assembleia-geral;
í) contratar com a companhia, diretamente ou através de outrem, ou de socieda
de na qual tenha interesse, em condições de favorecimento ou não equitativas;
g) aprovar ou fa/.er aprovar contas irregulares de administradores, por favo
recimento pessoal, ou deixai de apurar denúncia que saiba ou devesse saber
procedente, ou que justifique fundada suspeita de irregularidade.
Vale ressaltar que tais regras não visam proteger apenas os demais
sócios, não administradores, mas também os credores, os terceiros inte
ressados e a função social da sociedade.
1. A CVM tem algum poder de interferência na elaboração do estatuto?
Resp s a:
Sim, pois, segundo o art. 82, parágrafo 2°, da Lei n° 6.404/1976, o re
gistro do estatuto perante a CVM pode ser condicionado por esta a
modificações e até mesmo denegado, caso seja considerado inviável ou
de empreendimento temerário, ou se seus fundadores forem julgados
inidôneos.
2. Cite dois modos pelos quais o acionista controlador pode exercer o abu
so de poder.
Resp s a:
Ko art. 117, parágrafo Io da Lei nu 6.404/1976, há um rol de ações que
caracterizam o abuso de poder. ntre suas alíneas há a previsão de
que a eleição de administrador ou fiscal sabidamente inapto (moral
ou tecnicamente) seria uma dessas formas. Outra delas se daria com
a aprovação (ou indução a ela) de contas irregulares de adm inistrado
res, por favorecimento pessoal, ou a omissão quanto a denúncias que
o controlador saiba (ou devesse saber) procedentes ou que justifiquem
suspeitas claras de irregularidade.
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3. pedido de registro de emissão pública da CVM deverá ser instruído
com quais documentos?
Resp s a:
Segundo o a r t S2, parágrafo 2-, da Lei n-' 6.404/1976, são necessários: a
comprovação, por um estudo, de que o empreendim ento é econômica e
financeiramente viável; o projeto do estatuto social; e o prospecto, de
vidamente organizado e assinado pelos fundadores e pela instituição
financeira que intermediará a negociação.
Pesquise!
1. Quais são as etapas para pôr a empresa à disposição do mercado de
capitais na Bovespa?
2. Qual é a diferença entre
shar hold rs
c
stockhohlrr
s?
3. Qual é a função do conselho administrativo?
4. Qual é a função do conselho fiscal?
5. Quem deve escolher o F de um a companhia em que predom ina o
conceito de
shar hold rs?
Síntese
Neste capítulo foi possível verificar algumas práticas contábeis a serem
adotadas pelas empresas de grande porte, sendo elas sociedades limitadas
ou anônimas, assim como os requisitos exigidos pela legislação aplicável.
Analisamos também como deve ser elaborado o estatuto de uma empresa
de sociedade anônima.
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C n teúd s d capítul :
• Dissol ção de sociedades;
• Liq idação de sociedades;
• Extinção de sociedades;
• Incorporação de sociedades;
• Cisão de sociedades;
• F são de sociedades.
Após estud deste capitul , v cê será capaz de:
• entender o conceito de extinção de sociedades;
• analisar o processo de f são, incorporação e cisão de sociedades
pelo ponto de vista da contabilidade.
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C ' fim de analisarm os a provável necessidade de avaliação, e de
um a eventual preparação, por parte das empresas que tem se enquad ra
do nos critérios principais da governança corporativa, pesquisam os, nos
relatórios estatísticos disponíveis no si da Junta Comercial do stado
do Paraná, a quantidad e de empresas de sociedade anônima - criadas e
extintas - por ser esse o tipo de sociedade que costuma apresentar m aior
diversidade de dados. As estatísticas que obtivemos foram transcritas no
Gráfico 2.1.
Nele é possível verificar a quantidade de empresas que, no futuro, prova
velmente estarão interessadas em realizar seus demonstrativos contábeis de
acordo com as normas internacionais. Muitas das empresas registradas nos
exercícios de 2007 a 2010 já estão se adaptando à governança corporativa e
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Gráfico 2.1 - Sociedades anônim as registradas na Junta Comercial
do Paraná
2007 2008 2009 2010
Aberturas Exti ções
F t e : Jucepar, 2011.
se preparando para a oferta pública de aquisição de ações na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM). Também procuram se enquadrar no novo mer
cado, nos níveis 1e 2 da governança corporativa, para poderem lançar suas
ações no mercado mobiliário. Parte dessa tendência pode estar diretamente
ligada ao crescimento da economia brasileira em função da desvalorização
da moeda estrangeira (o que influenciou muitos investidores a entrarem em
nosso mercado).
Para entendermos melhor algumas das formas de desagregação c
composição de tais sociedades, este capítulo abordará os principais movi
mentos societários.
2.1 Desagregação de sociedades
Um dos pressupostos da contabilidade principal, segundo a estrutura
conceituai básica da matéria, consiste na continuidade. sse pressuposto
preceitua o entendimento de que as empresas terão continuidade plena e
de que os adm inistradores conseguirão mantê-las assim.
2.1.1 Dissoluç ão de s ocie dad es
Às vezes, contudo, a continuidade é rompida. M uitas empresas brasileiras
foram vend idas ou simplesmente sofreram desconti nu idade, por diversos
fatores. Podemos apresentar um exemplo dessa situação ao citar a antiga
Cofap, cujos sócios foram obrigados a se desfazer da empresa - em função
de divergências familiares - e a vender a empresa para o Grupo Magneti
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Marelli, ocasião que propiciou o investimento cio empreendedor A braham
Kasinsky em um novo mercado: o das motocicletas, com a marca Kasinki.
Há diversas causas para a dissolução de sociedades. Por exemplo:
• intrigas familiares (conforme citado);
• inobservância ao meio ambiente;
• corrupção;
• investimentos no país, por empresas estrangeiras, cujo retorno não
íoi suficiente para gerar continuidade.
Para a regulamentação da dissolução de sociedades, há dispositivos le
gais tanto na Lei ri* 6.404/1976 (Brasil, 1976) - tam bém conhecida como
Le d s SiA - qu anto na Lei nM10.406/2002 (Brasil, 2002) - que constitui o
Código Civil. Se as obrigações acessórias forem atendidas e não houver
dívidas com os órgãos públicos, é possível realizar o encerramento das
sociedades, dissolvendo-as completa mente.
2.1.2 Liqu idação de socieda des
A liquidação de sociedades se diferencia das dissoluções por consistir em
um período no qual os empresários, após determinarem o encerramento
da empresa, atuam para que tudo se encaminhe de acordo com a lei. ntre
os deveres dos liquidantes, os principais consistem na realização do ativo,
na liquidação do passivo e na distribuição para os sócios do patrimônio
líquido remanescente. Durante a fase de liquidação, a personalidade ju
rídica da sociedade subsiste, equiparada à de uma empresa individual, e
suas obrigações fiscais e acessórias não devem ser interrompidas, conforme
disposto no Regulamento do Imposto de Renda - Decreto ríJ 3.000/1999 -
em seu art. 237 (Brasil, 1999).
2.1.3 xtinção do sociedades
Inúmeras razões podem levar ao processo de extinção de sociedades.
ntre as mais conhecidas estão a falta de retorno do investimento e a baixa
expectativa de autossustentabilidade a curto ou a longo prazo - muitas
vezes, os sócios precisam realizar empréstimos ou aplicar maiores investi
mentos para a mera continuidade do negócio.
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1lá diversas ferramentas contábeis que podem auxiliar o gestor a dar
viabilidade ao negócio. Desde que a contabilidade da empresa esteja em
dia e as informações gerais da empresa incluam todo o seu patrimônio,
podem ser feitos estudos de:
• viabilidade;
• qualidade do produto;
• sistemas da qualidade; e
• mão de obra qualificada.
São todos itens primordiais para o auxílio do gestor, antes que ocorra
a extinção da sociedade. Os responsáveis pela empresa devem verificar a
situação fiscal desta perante os órgãos competentes (federais, estaduais e
municipais) e, além disso, resolver a situação do passivo conhecido e dos
passivos ocultos, como no caso de ações trabalhistas e ambientais.
No aspecto societário, todos os sócios ou acionistas devem estar de
acordo com o procedimento da extinção da sociedade. Afinal, uma das
premissas mais importantes de tais associações é a da continuidade - ou
seja, a contabilidade sempre deve estar preparada para atender às necessi
dades da empresa e para demonstrar a realidade financeira desta, tudo
com o objetivo de que ela perdure. m situações de extinção, é impor
tante que seja realizada uma auditoria regida pelo procedimento da
du
dillig c ,
isto é, uma auditoria especial com o fim de avaliar e mensurar
even tuais riscos da descontinu idade da empresa.
2.2 Composição de sociedades
Nem sempre a continuidade é afetada pela desintegração societária. 1lá
certos movimentos societários, como os que serão apresentados a seguir,
que permitem que as empresas mantenham seus objetivos e fins, ainda
que em outros contextos.
Podemos perceber que a tecnologia e os recursos estrangeiros trazidos
ao Brasil têm gerado uma maior facilidade para a combinação de negócios
diferentes na mesma sociedade, o que pode levar a um barateamento da
produção e, ao mesmo tempo, a um conflito com os demais produtos na
cionais, que não tiveram acesso a tais recursos e tecnologia. Por vezes, no
entanto, ta is alternativas societárias vêm ao encontro dos interesses nacio
nais, para que não haja monopólios: um exemplo claro disso transparece
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na criação da Labra - Indústria Brasileira de Lápis Ltda. - única con
corrente da Faber Castell.
Outro exemplo dessas outras formas de compor uma sociedade es
tá na criação da Ambev, que se iniciou com a conjunção de esforços da
Cervejaria Brahma e da Companhia Antarctica e hoje é uma das maiores
fabricantes de cervejas do mundo. É uma interessante opção também para
empresas falidas ou em situação financeira delicada que se unem a outras,
formando novas em presas, como no exemplo da Sadia e da Perdigão, que
criaram a Brasil Foods S.A.
2.2.1 Cisão de soc ieda des
A expressão
cisão d soci dad s
caracteriza o ato de cindir, separar ou di
vidir parte de uma empresa quando há uma oportunidade para a qual é
indispensável a divisão do patrimônio - seja em função da separação de
sócios, seja por causa de urna exigibilidade do Conselho Administrativo
de Defesa conômica (Cade).
Há também algum as empresas que realizam suas cisões em função da
queda significativa de determ inada operação em função da concorrência.
Lm exemplo disso é a Motorola, que, em seu planejamento, separou a di
visão de celulares da divisão de decodificadores para TV.
Uma cisão pode ser:
• parcial - q uan do a empresa objeto da cisão não é extinta; ou
• total - quand o há a extinção da empresa objeto da cisão.
Figura 2.1 - xemplo de cisão parcial
A-> A+ B
A
B
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Ao realizar uma cisão em um a sociedade anónima, deve-se obedecer às
regras dispostas na Lei rí- 6.404/1976:
Ari. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já exis
tentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu
patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
T Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver parcela
do patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obrigações
relacionados no ato da cisão; no caso dc cisão com extinção, as sociedades que
absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, na
proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos direitos e obrigações não
relacionados.
§ 2VNa cisão com versão de parcela do patrimônioem sociedade nova, a operação
será deliberada pela assembleia-geral da companhia a vista de justificação que
incluirá as informações de que tratam os números do artigo 224; a assembleia,
se a aprovar, nomeará os peritos que avaliarão a parcela do patrimônio a scr
transferida, e funcionará como assembleia de constituição da nova companhia.
§ A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já existente
obedecerá às disposições sobre incorporação (artigo 227).
§ 4° fetivada a cisão com extinção da companhia cindida, caberá aos admi
nistradores das sociedades que tiverem absorvido parcelas do seu patrimônio
promover o arquivamento c publicação dos atos da operação; na cisão com
versão parcial do patrimônio, esse dever caberá aos administradores da com
panhia cindida e da que absorver parcela do seu patrimônio.
§ 5° As ações intogralizadas com parcelas dc patrimônio da companhia cindi
da serão atribuídas a seus titulares, em substituição às extintas, na proporção
das que possuíam; a atribuição em proporção diferente requer aprovação de
todos os titulares, inclusive das ações sem direito a voto. (Redação dada pela
Lei rí’ 9.457, de 5.5.1997).
Na Figura 2.2 há um exemplo de comunicação aos acionistas, como fato
relevante, a respeito da cisão parcial e desproporcional da Downstream
Participações Ltda.:
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Figura 2.2 - xemplo de cisão parcial da Dow nstream Participações
Ltda.
Divulgação e Resultados
Fato Relevante - Cisão Parcial e desproporcional da Downstream
P TRÓL O BRASIL IRO S.A. - P TROBRAS
Companhia Aberta
FATO R L VANT
Cisão Parcial e desproporcional da Downstream
Rio de Janeiro, 02 de agosto de 2005 - P TRÓL O BRASIL IRO S/A -
P TROBRAS, IBovespa: P TR3/P TR4, NYS : PBR/PBRA, Latibex: XPBR/
XPBRAJ, uma companhia brasileira de energia com atuação internacional,
comunica que o Conselho de Administração, aprovou as condições da opera
ção de Cisão Parcial e Desproporcional da Downstream Participações Ltda.
("Downstream") e a Incorporação da Parcela Cindida pela P TROBRAS,
e autorizou a convocação de Assembleia Geral xtraordinária (AG ) dos
Acionistas para deliberar sobre o assunto no dia 30/08/2005.
A cisão parcial e desproporcional da Downstream, sociedade limitada
detida unicamente pela Tetrobras e pela Petrobras International Braspetro
B.V. ("PIB BV"), visa a segregar do seu patrimônio 100% (cem por cento)
menos uma quota do investimento que a Downstream detém na 5283
Participações Ltda. que será incorporada pela Petrobras.
Com exceção da Parcela Cindida, que será vertida na Petrobras, todos os
demais elementos ativos e passivos, direitos e obrigações da Downstream
permanecerão no patrimônio desta.
A Petrobras assumirá somente os direitos e obrigações relativos à Parcela
Cindida, em solidariedade com a Downstream, para todos os fins e efeitos
do parágrafo único do artigo 233 da Lei nQ6.404/76.
A referida operação de cisão seguida da incorporação não acarretará
qualquer alteração no capital social da Petrobras e não incorrerá em qual
quer repercussão relevante para o acionista da Companhia e tem como
objetivo reorganizar os ativos de forma que a participação na "5283" ati
vo relacionado à área internacional, seja segregado dos demais ativos da
"Downstream", ligados ãs atividades nacionais da área de Abastecimento.
F t e :
P etrob ras, 2011a.
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Quadro 2.1 - Balanço patrimonial de Beta
Ativo circulante RS 800.000,00
aixa RS 100.000,00
lientes R$ 200.000,00
Estoque RS 500.000,00
Ativo não circulante R$ 300.000,00
Imobilizado R$ 300.000,00
Total do ativo R$ 1.100.000,00
Passivo circulante R$ 100.000,00
Fornecedores R$ 100.000,00
Passivo não circulante R$ 1.000.000,00
apital social R$ 1.000.000,00
Total do passivo
RS 1.000.000,00
Quadro 2.2 - Balanço patrimonial após a cisão
Beta ( riginal) Alfa
Beta
(pós-cisá )
Ativo circulante R$ 800.000,00 R$ 200.000,00 R$ 600.000,00
aixa RS 100.000,00 RS 25.000,00 R$ 75.000,00
lientes R$ 200.000,00 R$ 50.000,00 R$ 150.000,00
Estoque R$ 500.000,00 R$ 125.000,00
RS 375.000.00
Ativo não circulante R$ 300.000,00 R$ 75.000,00 RS 225.000,00
Imobilizado
R$ 300.000,00 R$ 75.000,00 RS 225.000,00
Total do ativo
R$ 1.100.000,00 R$ 275.000,00 R$ 825.000.00
Passivo circulante R$ 100.000,00 RS 25.000,00 R$ 75.000,00
Fornecedores R$ 100.000,00 R$ 25.000,00 R$ 75.000,00
Passivo não circulante R$ 1.000.000,00 R$ 250.000,00 R$ 750.000,00
apital social R$ 1.000.000,00 R$ 250.000,00 RS 750.000,00
Total do passivo R$ 1.100.000,00 R$ 275.000,00 RS 825.000,00
xaminemos um caso de cisão societária.
Exemplo:
Á empresa Beta Ltda. é composta pelos sócios sr. Paulo (com 50% das
quotas), sr. Hélio (com 25% das quotas) e sr. Coelho (com 25% das quotas).
O sr. Hélio deseja se retirar da sociedade e criar uma empresa denom inada
Alf
Pr cediment s:
1° Levantar as demonstrações da sociedade a ser cindida (Beta Ltda.),
apurando-se, assim, a situação real do estabelecimento.
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2Ç
ncerrar os livros da sociedade em cisão, baixando-se todos e
transferindo a totalidade dos valores ativos e passivos para as empresas
sucessoras. Caso a cisão seja parcial, proceder apenas à baixa e transferên
cia de parte dos valores ativos e passivos à empresa sucessora.
3o Proceder ao aumento do capital da sociedade que recebe por cisão o
patrimônio (ou parle dele) da(s) empresa(s) cindida(s).
Resolução:
A resolução para o exemplo proposto se dá com os dados transcritos
no Quadro 2.1. Já no Quadro 2.2, podemos comparar a contabilidade Beta
antes e depois da cisão em duas empresas.
Observamos no Quadro 2.2 que a empresa Beta, ao ser cindida, gera
a descontinuidade de uma parte da empresa, à qual denominamos
Alf
Podemos observar que o patrimônio de Beta também é separado após a
cisão.
Na prática, para realizarm os esse tipo de trabalho, é necessário, além de
uma análise vertical da contabilidade (que já conhecemos), também veri
ficá-la na horizontal, a par tir do centro de custos, dos lucros ou de ou tro
método que separe as contas patrimoniais em grupos distintos.
2.2.2 Fusão de sociedades
No processo de fusão, duas ou mais sociedades se unem para formar uma
nova companhia. Com a ascensão do Brasil na economia mundial, m uitas
empresas estão ado tando essa estratégia para competir no mercado inter
nacional. Há exemplos famosos de algumas empresas que realizaram o
procedimento, como o da Antarctica e da Brahma, que formaram a Ambev.
Figura 2.3 - xemplo de fusão
A
8->C
A B C
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Na Lei 3 6.404/1976, em seu art. 228, define-se o que é a fusão de
sociedades:
Art. 228. A fusão c a operação peia qual se unem duas ou mais sociedades para
formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
§ 1° A assembleia-geral de cada companhia, se aprovar o protocolo de fusão,
deverá nomear os peritos que avaliarão os patrimônios líquidos das demais
sociedades.
§ 2y Apresentados os laudos, os administradores convocarão os sócios ou
acionistas das sociedades para uma assembleia-geral, que deles tomará conhe
cimento e resolverá sobre a constituição definitiva da nova sociedade, vedado
aos sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio líquido da
sociedade de que fazem parte.
§ 3° Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros administradores
promover o arquivamento e a publicação dos atos da fusão.
Exemplo:
A empresa A une seu patrimônio ao da empresa B semelhantemente
ao que está representado no Qu adro 2.3. Surge, então, uma nova empresa,
que consiste na fusão en tre A e B.
Quadro 2.3 - Balanço patrimonial após a fusão
Empresa A Empresa B Fusã A eB
Ativo circulante RS 190.000.00 R$ 180.000,00 R$ 370.000,00
aixa RS 50.000,00 RS 10.000,00 RS 60.000,00
lientes
RS 60.000.00 R$ 60.000,00 RS 120.000,00
Estoque RS 80.000.00 R$ 110.000,00 RS 190.000,00
Ativo não circulante RS 100.000.00 R$ 40.000,00 R$ 140.000,00
Imobilizado RS 100.000.00 R$ 40.000,00 RS 140.000,00
Total do ativo R$ 290.000.00 RS 220.000,00
R$ 510.000,00
Passivo circulante RS 40.000.00 R$ 60.000,00
R$ 100.000,00
fornecedores
RS 40.000.00 R$ 60.000,00
R$ 100.000,00
Passivo não circulante
R$ 250.000,00 RS 160.000,00
H$ 410.000.00
apital social RS 250.000.00 RS 160.000,00
R$ 410.000,00
Total do passivo RS 290.000.00 RS 220.000,00 RS 510.000.00
2.2.3 ncorporação de sociedades
Finalmente, começamos a tratar do processo de incorporação dc socieda
des, que auxilia os gestores de planejamentos estratégicos na medida em
que estes "compram" seus fornecedores, para obter matéria-prima mais
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barata e, ao mesmo tempo, auferir novas opções de clientes para fazer
negócios.
A contabilidade, aliada às incorporações, p odeopo rtun izar uma redução
de custos, necessária a certas empresas. Se houver um planejamento estraté
gico do departamento administrativo, pode-se obter certo ganho percentual
nos lucros simplesmente com a união das despesas administrativas das em
presas que sofrem incorporação. Isso porque, se tais custos costumam ser
iguais a 5% de suas receitas ou pouco abaixo disso, há uma redução signi
ficativa (para 2,5%) quando da união das expensas administrativas. Dentro
de um mercado competitivo, o preço de venda não corresponde ao custo
adicionado à margem de lucro, pois é dado pelo mercado, ambiente em que
a competição com os concorrentes gera uma redução de custos, e pelas des
pesas administrativas e financeiras. Com o crescimento da economia, as
empresas muitas vezes optam, no processo de incorporação, por utilizar a
mesma equipe administrativa da incorporadora.
Com a incorporação de sociedades, além da redução de custos, tam
bém surgem novas oportunidades para o departamento comercial, pois,
junta mente com a incorporada, vem a sua clientela, que já conhece sua
reputação
(goodivill).
Além disso, as incorporadas podem auxiliar quando
faltar capital de giro à incorporadora.
Figura 2.4 - xemplo de incorporação
a
+
b
-
•
•
■ *
A 8
Podemos definir incorporação como a operação em que uma empresa -
a incorporada - é totalmente absorvida por outra empresa - a incorpo
radora que sucede à primeira em todos os seus direitos e obrigações,
em atendimento à legislação fiscal e societária. Conquanto a incorpo
rada deixe de existir, a personalidade jurídica da incorporadora não se
altera, conforme pudemos visualizar na Figura 2.4, em que A represen
ta a incorporada, também denominada de
r sponsáv l
ou
mpr sa mã .
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A legislação pertinente ao assunto consta no art. 227 da Lei das S/A e no
art. 1.116 do Código Civil.
Para essa operação, há os seguintes procedimentos:
a) a operação deve ser aprovada pela incorporada e pela incorporadora
(quanto ao crescimento do capital a ser subscrito e realizado pela in
corporadora) por meio de reun ião dos sócios ou assembleia geral dos
acionistas (para as sociedades anônimas);
b) os peritos devem ser nomeados pela incorporadora;
c) os laudos de avaliação devem ser aprovados pela incorporadora, cujos
diretores deverão promover o arquivam ento e publicação dos atos de
incorporação, após os sócios ou acionistas da incorporada também
declararem extinta a pessoa jurídica e aprovarem aqueles laudos.
O procedimento de incorporação de sociedades se inicia por meio de
uma negociação, em que valores e formas de pagamento são propostos -
ou seja, as par tes estabelecem as condições para a realização das vendas.
Surge daí o protocolo de intenções1 apresentado em assembleia geral
ordinária.
Por esse motivo existem empresas especializadas em realizar o
valuatio . Tais empresas devem ser imparciais (pois seu objetivo é avaliar
sociedades empresárias segundo alguns critérios) e ter autonomia para
construção de laudos, detalhando cada etapa da avaliação.
Alguns laudos encontram-se disponíveis no sit da CVV1
(<http://www.cvm.gov.br>). Para acessar, clique no item "R GISTRO D
OF RTAS PÚBLICAS" e, na sequência, em "OPA" (OF RTA PÚBLICA D
AQUISIÇÃO D AÇÕ S).
Figura 2.5 - Instruções
htrpy/www.cv .gov. r/
i
REGISTRO DE OFERTAS PÚBLI AS
i
OPA
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Para aqueles que nunca viram ou realizaram um laudo de avaliação de
empresas, estes podem ser obtidos segu ndo as intruçoes da Figura 2.5, que
aponta todas as etapas. Dentro desse
sit ,
podemos encontrar os laudos de
inúmeras empresas que se encontram em processo de oferta pública de
aquisição.
Com o valor da empresa em mãos, a incorporadora inicia o processo de
aquisição e, concomitantemente, a contabilização de ambas as empresas -
atividade de competência do departam ento jurídico e do contábil, respec
tivamente. Por isso, há casos em que o processo de aquisição dura anos,
mas, no dia em que as negociações acabam, o negócio já é fechado, com
todos os registros devidamente contabilizados pela incorporadora.
Figura 2.6 - xemplos de incorporações recentes
Grupo Pão de Açúcar
compra
Casas Bahia.
Petrobras
compra
parte do
Grupo Ipiranga.
Banco do Brasil
compra
BKSC (Banco do
stado de Santa
Catarina).
2.2.3.1 Procedimentos contábeis a serem realizados
Na data da incorporação, ambas as empresas devem realizar os lançam en
tos em seus livros contábeis. Porém, o balanço a ser incorporado pode ser
contábil ou segundo o valor estabelecido no laudo de avaliação.
Lm ambas as empresas deve ser criada um a conta chamada de
Ajust dc
Incorporação,
que consiste numa conta analítica que pode co nstarem qual
quer parte do balanço, desde que não na d estinada ao patrimônio líquido.
Sua função é receber todos os saldos do balanço da incorporada e da in
corporadora e, na sequência, alocar todos os valores contábeis da empresa
incorporada. Seu caráter transitório se liga à sua função de realizar os lan
çamentos do fechamento do balanço, pois todos os débitos devem nela ser
creditados e todos os créditos nela devem ser debitados.
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Quando o total do ativo for igual ao total do passivo, o valor contábil
será zerado. Somente na incorporação de empresas em que a incorporado-
ra possuir 100% do valor total será mantido o saldo do patrimônio líquido
da incorporada, pois, no momento do lançamento das contas na empresa
incorporadora, este valor será adicionado à conta dos investimentos na
incorporada.
2.2.3.2 Incorporada
No Quadro 2.4 é dem onstrado o saldo final de uma empresa (que denimi-
naremos
Alfa)
que foi incorporada, cujos lançamentos foram escriturados
dentro da conta denominada Ajust d Incorporação, de forma a zerar total
mente as contas do ativo e do passivo. Ou seja:
• as contas do balanço credoras são debitadas na conta "Ajuste de
Incorporação" e;
• as contas do balanço devedoras são debitadas na conta "Ajuste de
incorporação".*
Quadro 2.4 - Contabilização de Alia
Saldo anterior
Débito rédito Saldo final
Ativo circulante R$ 200.000,00 RS 200.000,00
Ativo não circulante R$1.500.000,00
Demais contas R$ 300.000,00 R$ 300.000,00
Investimento
Imobilizado
R$ 1.200.000,00
R$ 1.200.000,00
-
Total do ativo R$ 1.700.000,00
•
-
Passivo circulante R$ 300.000,00 R$ 300.000,00
-
Passivo não circulante R$ 1.400.000,00
Demais contas R$ 1.100.000,00 R$ 1.100.000.00
Patrimônio líquido R$ 300.000,00
-
apital social R$ 200.000,00
R$ 200.000.00
•
Reserva de lucros R$ 100.000,00 R$ 100.000.00
Total do passivo R$ 1.700.000,00
-
onta de Ajuste
de I ncorporação
R$ 1.700.000,00 R$ 1.700.000,00
-
*
importante lembrarmos que, se o saldo dessa conta for devedor
quando a responsabilidade total já for da incorporadora e de seu patri
mônio líquido, a contrapartida deve ser depositada na conta "Ajuste de
Incorporação". A partir desse momento a outra empresa passa a pertencer
à incorporadora.
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2.2.33 ncorporadora - aquisição por aumento de capital
A empresa incorporadora (que denominaremos
B a)
deverá absorver
todos os saldos das contas de Alfa, a empresa incorporada. No exemplo
exposto no Quadro 2.5, demonstra-se a incorporação de uma empresa, na
qual não ocorreu ágio nem deságio; houve simplesmente uma incorpora
ção, com o aumento do capital social.
Na hora de realizar os lançamentos conforme o plano de contas, deve
mos proceder da seguinte maneira:
• debitar as contas do balanço credoras (analíticas) na conta "Ajuste de
ncorporação”; e
• creditar as contas do balanço devedoras (analíticas) na conta "Ajuste
de ncorporação".
Quadro 2.o - Beta incorpora Alia, com mero aumento de capital social
Saldo anterior
Débito rédito Saldo final
Ativo circulante R$ 800.000,00 R$ 200.000,00 R$ 1.000.000,00
Ativo
náo circulante
R$ 1.500.000,00
R$ 3.000.000,00
Demais contas R$ 1.100.000,00 R$ 300.000,00 R$ 1.400.000.00
Investimento R$ 300.000,00 R$ 300.000,00
Imobilizado R$ 100.000,00 R$ 1.200.000,00 R$ 1.300.000,00
Total do ativo
R$ 2.300.000.00
R$ 4.000.000,00
Passivo
circulante
R$ 800.000,00 R$ 300.000,00 R$ 1.100.000,00
Passivo
não circulante
R$ 1.500.000,00
R$ 2.900.000,00
Demais contas R$ 300.000,00 R$ 1.100.000,00 R$ 1.400.000,00
Patrimônio
liquido
R$ 1.200.000,00 R$ 1.500.000,00
apital social
R$ 800.000,00
RS 300.000,00 R$ 1.100.000.00
Reserva
decapitai
-
Reservas
de lucros
R$ 400.000.00
R$ 400.000,00
Total do passivo R$ 2.300.000,00 R$ 1.700.000,00 R$ 1.700.000,00 R$ 4.000.000,00
onta de Ajuste
de Incorporação
R$ 1.700.000,00 R$ 1.700.000,00
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2.2.3.4 Incorporadora adquire 100% do investimento
Caso a incorporada (Alfa) já seja subsidiária integral da incorporadora
(Beta), por esta já possuir 100% das quotas ou ações da empresa que está
sendo adquirida, há a situação em que o patrimônio líquido de Alfa será
igual ao valor que Beta nela investiu.
Nesse caso, todas as contas do ativo são zeradas. Ou seja, naquelas
em que o saldo for devedor, todos os lançamentos sào creditados nas
respectivas contas e debitados na conta "Ajuste de Incorporação"; já nas
contas credoras, como depreciação, esses lançamentos devem ser debita
dos na conta credora e creditados na mesma conta "Ajuste de Incorporação".
e modo semelhante se opera nas contas do passivo.
Nas contas do patrimônio líquido, não se deve realizar nenhum ajuste,
devendo o saldo deste ficar em aberto.
Quadro 2.6 - Contabilização quando Alfa já é subsidiária de Beta
Saldo anterior Débito rédito Saldo final
Ativo circulante
R$ 800.000,00 R$ 200.000,00 R$ 1.000.000,00
Ativo
não circulante
R$ 1.500.000,00 R$ 2.700.000,00
Demais contas R$ 1.100.000,00 R$ 300.000,00 R$ 1.400.000,00
Investimento R$ 300.000,00 RS 300.000,00
Imobilizado R$ 100.000,00 R$ 1.200.000,00 R$ 1.300.000,00
Total do ativo R$ 2.300.000,00
R$ 3.700.000,00
Passivo
circulante
R$ 800.000,00 R$ 300.000,00 R$ 1.100.000,00
Passivo
não circulante
R$ 1.500.000,00 R$ 2.600.000,00
Demais contas R$ 300.000,00 R$ 1.100.000,00 R$ 1.400.000,00
Patrimônio
líquido
R$ 1.200.000,00 R$ 1.200.000,00
apital social R$ 800.000.00 R$ 800.000,00
Reserva
de capital
Reserva de lucro R$ 400.000,00 R$ 400.000,00
Total do passivo R$ 2.300.000,00 R$ 3.700.000,00
onta de Ajuste
de Incorporação
R$ 300.000,00
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Se a empresa já é totalmente proprietária da outra, é obvio que o valor
do patrimônio líquido é igual ao valor do investimento. Basta formalizar
os estatutos e as alterações contratuais, pois o procedimento contábil já
/
está correto. importante lembrar que, para ocorrer o método de equiva-
lência patrimonial, é necessário que tudo esteja totalmente contabilizado
em harmonia com a incorporadora.
1. O que é incorporação?
Resp st :
Incorporação consiste na aquisição total de uma pessoa jurídica por
outra.
2. O que é fusão?
Resp s a:
Fusão consiste na situação em que duas pessoas jurídicas se unem e
constituem outra, nova.
3. Quan do ocorre um a cisão?
Resp st :
Ocorre quan do uma pessoa jurídica se divide em um a ou mais socieda-
des, com a possibilidade de que uma destas mantenha a personalidade
jurídica anterior.
4. O que éfair valu ?
Resp st :
L o valor realizável de um ativo e de um passivo. Sendo o valor contábil
de um terreno de R$ 1.000.000,00 e o seu valor de venda, ou valor de
mercado, de R$ 2.000.000,00, o
fair valu
do terreno é de R$ 2.000.000,00.
5. O que acontece com a conta de investimento no ativo não circulante
quando este é incorporado?
Resp s a:
A conta deve ser eliminada e as respectivas contas da empresa a serem
incorporadas devem ser distribuídas nas contas patrimoniais.
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Pesquise!
1. Q uais foram as vantagens da união da Sadia e da Perdigão, formando a
Brasil Foods S.A.?
2. Cile duas em presas que realizaram o processo de fusão no exercício de
2010
3. Qual é o valor da empresa Vivo Participações S.A. (informação disp on í-
vel no si da CVM)?
Síntese
Neste capítulo foi possível identificar algum as das justificativas para que
se opere um a fusão, cisão ou incorporação, assim como os métodos pelos
quais elas são realizadas. ambém apresentam os as técnicas de partidas
dobradas (que consistem naquelas contas em qu e há o zeramento do ba-
lanço) e o modelo a ser utilizado contabilmente em cada situação.
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onteúdos do capítulo:
• onceito e princípios básicos de governança corporativa.
Após o estudo deste capítulo, vocè será capaz de:
• entender os conceitos básicos da governança corporativa;
• compreender a importância desse sistema;
• citar os seus princípios norteadores.
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Cantes de discorrermos de maneira mais aprofundada sobre o
tema da governança corporativa, precisamos apresentar uma defini
ção, um conceito para ela. Afinal, o que significa a expressão
gov r a ça
corporativa? Qu al conceito utilizaremos?
3.1 Conceito e princípios de governança corporativa
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC (2009),
o conceito de governança corporativa e sua operacionalidade devem se
guir as segu intes premissas:
Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,
monitoradas c incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprie
tários, Conselho de Administração, iretoria e órgãos de controle. As boas
práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações
objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e aperfeiçoar o
valor da organização, facilitando seu acesso aos recursos e contribuindo para
sua longevidade.
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A prática da governança corporativa tem ocorrido de maneira voluntária
nas empresas, porém a sua utilização costuma abrir portas para a pro
fissionalização empresarial e oferecer maior segurança aos investidores.
Segundo Garcia (2005, p. 3), "A governança corporativa das companhias
tem sido objeto de vários estudos nacionais e internacionais e é ampla
mente reconhecida como um fator essencial para o acesso das empresas
ao mercado de capitais".
Ao procurar definir os princípios que visam compor os diversos in
teresses afetados pelas leis, regras e regulamentos internos que regem
as companhias, sua conceituação apresenta grande abrangência. Pode
incluir apen as os interesses dos acionistas da sociedade ou, de maneira
mais ampla, outros além destes, como os dos empregados, os dos con
sumidores, os dos membros da comunidade em que a companhia está
inserida, entre outros.
O estudo da governança corporativa vai tratar do conjunto de instru
mentos de natureza pública e privada - tais como leis, normas expedidas
por órgãos reguladores e regulamentos internos das companhias e de
práticas comerciais - que organizam e comandam a relação entre os con
troladores e administradores de uma empresa, de um lado, e aqueles que
nela investem recursos, de outro, por meio da compra de valores mobiliá
rios po r ela emitidos, como os acionistas minoritários e debenturistas.
A discussão sobre governança corporativa surgiu para superar aquilo
que
é
chamado de
conflito d agência dos g stor s,
resultado da separação
entre a propriedade e a gestão nas companhias. F.sse conflito de interesses
pode assum ir características distintas em função da estrutura de proprie
dade d e cada empresa.
ndependentemente da questão terminológica, a governança corpora
tiva é entendida como a regulamentação da estrutura administrativa da
sociedade anônima, por meio (T) do estabelecimento dos direitos e deveres
dos vários acionistas e ( ) da dinâmica e organização dos poderes.
O desenvolvimento da governança corporativa cria um novo modelo
para as empresas, conhecido como
novo m rcado.
Segundo Gomes (2007, p.
62-63):
O Novo Mercado foi instituído pela Uovespa com o objetivo de fortalecer o
mercado de capitais nacional e atender aos anseios dos investidores por maior
transparência de informações com relação aos atos praticados pelos controla
dores e administradores da companhia.
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Inspirado em parte nu N u r Markt Alemão, criado em 1997, o Novo Mercado
c um segmento da Bovcspa, com regras de listagem diferenciadas, destinado
à negociação de açòes emitidas por empresas que se comprometem, volun
tariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa e
di$cb$ur
adicionais e de vanguarda em relação ao que é exigido pela legislação. Trata-se
de fatores determinantes para avaliação do grau dc proteção do investidor c
que por isso influenciam sua percepção de risco e o custo de capital das empre
sas. O Novo Mercado pretende conferir maior credibilidade aos investimentos
realizados em Bolsa, pois reúne ações de companhias que, em princípio, ofere
cem um nível de risco inferior ao das demais.
Ao lado das listadas no Novo Mercado, as companhias podem ser distinguidas
como de Nível 1ou Nível 2, dependendo do grau de compromisso assumido em
relação às práticas de boa governança. São os chamados "Níveis iferenciados
de Governança Corporativa" da Bovespa, criados com a finalidade de incen
tivar e preparar grada ti va mente as companhias a aderirem ao Novo Mercado,
e que proporcionam maior destaque aos esforços da empresa na melhoria da
relação com investidores, elevando o potencial de valorização dos seus ativos.
A entrada de uma empresa no Novo Mercado significa a adesão a um conjunto
de regras societárias, genericamente chamadas de "boas práticas de governan
ça corporativa", mais rígidas do que as presentes na legislação brasileira. Cssas
regras, consolidadas no Regulamento de I.istagem, ampliam os direitos dos
acionistas, melhoram a qualidade das informações usualmente prestadas pe
las companhias e, ao determinar a resolução dos conflitos por meio de uma
Câmara de Arbitragem, oferecem aos investidores maior segurança jurídica
quanto à obediência aos compromissos firmados, como uma alternativa mais
ágil e especializada. Não há restrições quanto ao porte ou setor de atuação
da empresa. Qualquer empresa que programe as boas práticas de Governança
Corporativa fixadas no Regulamento de Listagem pode ter suas ações negocia
das nesse segmento.
A principal inovação do Novo Mercado, em relação a legislação, é a exigência
de que o capital social da companhia seja composto somente por ações ordiná
rias. Porém, esta não é a única.
Conformo apontado por Gomes, a criação do novo mercado, caracte
rizado por seu vínculo com o princípio da transparência, revela-se uma
interessante contribuição para o fortalecimento do mercado de capitais e
para a proteção dos interesses dos investidores.
ando continuidade ao tema abordado ao citarmos a transparência que
rege o novo mercado, apresentaremos este e outros princípios da gover
nança corporativa.
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c
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p
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1. O que é governança corporativa?
Resp st :
*
F, o sistema pelo qual as sociedades são dirig idas e monitoradas, en
volvendo relacionamentos entre acionistas ou quotistas, o conselho de
administração, o conselho fiscal, a diretoria e a auditoria independente,
com o objetivo de aum entar o valor da sociedade.
2. Para que serve a governança corporativa?
Resp st :
A governança corporativa tem como objetivo a profissionalização das
empresas para que estas tenham condições de serem administradas
com o objetivo de criação de valor para corporação.
3. O que são os níveis diferenciados de governança corporativa da
Bovespa?
Resp st :
São listas destinadas à negociação de ações de empresas que se distin
guem pelo grau maior ou menor de comprometimento (voluntário) com
a adoção de práticas de governança corporativa e nível de transparência
adicionais cm relação ao que é exigido pela legislação.
3.1.1 Os princípios básicos de governança corporativa
Há alguns princípios básicos que norteiam o bom exercício da governança
corporativa. Semelhantemente ao conceito desta, uma lista de tais princí
pios também foi estabelecido pelo BGC (2009), em que constam:
Transpa renda
Mais do que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as partes
interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas
impostas por disposições de leis ou regulamentos. A adequada transparência
resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da
empresa com terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho econômico fi
nanceiro, contemplando também os demais fatores (inclusive os intangíveis)
que norteiam a ação gerencial e que conduzem a criação de valor.
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quidade
Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes inte
ressadas
(stak hald rs).
Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer
pretexto, são total mente inaceitáveis.
Prestação de Cortas (i
accountability
)
Os agentes de governança2devem prestar contas de sua atuação, assumindo
integral mente as consequências de seus atos e omissões.
Responsabilidade Corporati va
Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações,
visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e am
biental na definição dos negócios e operações.
m sum a, são estes os princípios básicos da governança corporativa:
transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade cor
porativa. São eles que embasam os objetivos visados pela criação dessa
ferramenta de administração.
1. Cite três empresas que estão no novo mercado da Bovespa:
Resp st :
Marisa Lojas S.Á., ITRT Participações em Petróleo S.Á. e Tereos
Internacional S.A.
2. Quais são os princípios da governança corporativa?
Resp st :
Transparência, equidade, prestação de contas
{accountafrilihj)
e respon-
sabi lid ade corpc>ra ti va .
Pesquise!
1. O que é
holding
e
joint v nturt
'?
2. Ao se utilizar o conceito de governança corporativa dentro das orga
nizações, há uma maior profissionalização das empresas, sendo elas
sociedades limitadas ou anônim as. Desenvolva um organogram a a fim
de aplicar os conceitos da governança corporativa em uma empresa fa
miliar, na qual os netos serão membros do conselho deliberativo de um
ramo de atividade qualquer.
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3. A empresa Casas Bahia foi comprada pelo G rupo Pão de Açúcar.
escreva como foi realizada a transferência da organização e de sua
contabilidade para a empresa adquirente.
Síntese
Neste capítulo tratamos de práticas de algumas empresas que se inserem
no que conceituamos com a expressão
gov rnança corporativa
. Analisamos
sua conceituação oficial disposta pelo IBGC, instituto que também listou
os princípios básicos a serem seguidos para a boa governança corporativa,
e alcançamos a percepção da importância da transparência e da organi-
zação nesse processo, que visa aum entar o valor das empresas e lhes dar
maior longevidade.
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onteúdos do capítulo:
• onceito de investimento;
• Agio e deságio na aquisição de investimentos;
• Amortização de ágio;
• Reflexos tributários do ágio c do deságio;
• Avaliação de investimentos;
. Tratamento dos lucros não realizados intercompanhias;
• Variação percentual em participações societárias;
• Reavaliação de coligadas e controladas;
Rendimentos de participações societárias.
Após o estudo deste capítulo, vocè será capaz de:
diferenciar os investimentos existentes;
• calcular o investimento pelo método de equivalência pai rimonial;
• entender os conceitos de ágio e deságio;
• realizar a distribuição do lucro.
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4.1 Conceito de investimento
Investimentos consistem em aplicar recursos disponíveis de qualquer
origem, financeira ou não, nas contas do ativo. les têm uma caracterís
tica preeminente, que consiste na expectativa de benefícios futuros: ou
seja, o investidor não aplicará seus recursos em um investimento que não
lhe traga um retorno positivo no futuro (juros e/ou lucros). É importan
te notar que bens e direitos (assim como quaisquer outros itens do ativo
que possam dar retorno para os acionistas) também podem ser aplicados.
Atualmente, podem os dizer que os investimentos também podem ser feitos
com recursos mera mente sob a posse ou de propriedade do investidor -
que pode aplicar, assim, recursos de terceiros que tenham sido nele (ou em
sua empresa) investidos.
Há dois tipos de investimento. O primeiro, conhecido como inv stim nto
t mporário, é aquele que a empresa não tem interesse de manter dentro de
sua atividade corporativa. É uma questão momentânea, como no caso do
excesso de caixa em determinado período. m tais situações, o primeiro
passo é verificar a duração da aplicação: se for um curto período de tempo,
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cie deverá ser tratado como investimento no ativo circulante - desde que
se realize até o ciclo operacional de 365 dias.
Já o segundo modelo de investimento tem como característica a parti
cipação societária, como controladora ou coligada. m ambos os modelos,
há uma dependência do planejamento estratégico do administrador.
A utilização do segundo modelo que apresentamos pode ensejar a pro
fissionalização das empresas.
Analisemos os cenários propostos abaixo, nos quais os objetivos dos
investimentos estão diretamente ligados ao conceito do planejamento
estratégico.
j enário n° 1:
A empresa Alta não consegue vender seus prod utos para a empresa j
• Gama. Já a empresa Beta, que costuma vender diretamente para Gama, i
• tem interesse em vender uma parte de seu capital. Alfa, então, compra :
: esta parte de Beta e passa a vender seus produ tos para Gama, por meio j
i da coligada Beta. j
: enário n° 2:
• Muitas das empresas familiares
(busin ss fnnnti s)
que têm entrado •
: em processo de profissionalização foram criadas na década de 1960 :
: e, hoje, seus proprietários estão se desligando da empresa e passan-i
• do o controle para filhos e netos. Porém, nem sempre os descendentes ;
• apresen tam o perfil necessário para a administração da empresa. Por
\
: exemplo: uma indústria metalúrgica cujos herdeiros são um filho que :
: cursa medicina e outro que está fora do Brasil e não tem interesse pela j
: empresa de seus pais. Assim começam os problemas.
\
Sugere-se, portanto, a criação de um a
holding,
cujo conselho delibe-;
: rativo é formado pelos detentores das ações ou quotas, que se reúnem :
i anualmente ou semestral mente para colher os frutos da empresa cons- j
: truída pelos seus pais e avós - dividendos, distribuição de lucros e j
: outros. No caso, recomenda-se que no conselho deliberativo haja ape- •
: nas pessoas jurídicas. Ou seja, cada sócio possuirá uma empresa, única :
j e exclusivamente para participar do conselho deliberativo.
Desse modo, não haverá problemas com divórcios e casamentos dos j
: sócios, po r exemplo.
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Grandes corporações de sucesso têm realizado essa prática há inúme
ras décadas, ampliando seu leque horizontal, que seriam as coligadas, e
vertical, as controladas. Com o planejamento estratégico, tais empresas
persistirão por um longo tempo, ao contrário de empresas efêmeras, co
mo as deixadas sob a administração de terceiros inaptos para a gestão
financeira, que as levam a processos de recuperação judicial ou à pró
pria falência.
Alguns termos que serão trabalhados a seguir estão descritos no CPC
18 (CPC, 2009b) - pronunciamento técnico do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis -, correlacionado às AS 28 (International Accounting Standards -
Normas nternacionais de Contabilidade):
oligada é uma entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de
sociedade tal como uma parceria, sobre a qual o investidor tem influência
significativa e que não se configura como controlada ou participação em em
preendimento sob controle conjunto
(joint venture).
Demonstrações consolidadas
são demonstrações contábeis de um conjunto dc
entidades (grupo econômico) apresentadas como se fossem as de uma única
entidade econômica.
ontrole v o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da enti
dade dc forma a obter benefícios dc suas atividades.
Método de equivalência patrimonial é
o método de contabilização por meio do qual
o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajusta
do pelo reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas alterações
dos ativos líquidos da investida. O resultado do período do investidor deve
incluir u parte que lhe cabe nos resultados gerados pela investida.
ontrole conjunto 6 o compartilhamento do controle, contrai uai mente estabele
cido, sobre uma atividade económica que existe somente quando as decisões
estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigirem o consen
timento unânime das partes que compartilham o controle (os empreendedores).
Demonstrações separadas são aquelas apresentadas por uma controladora, um
investidor em coligada ou um empreendedor em uma entidade controlada etn
conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor do
interesse direto no patrimônio (dircct equili/ inleresl) das investidas, em vez de
nos resultados divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos das in
vestidas. Não se confundem tom as demonstrações contábeis individuais.
Influência significativa é o poder de participar nas decisões financeiras e operacio
nais da investida, sem controlar de forma individual ou conjunta essas políticas.
ontrolada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de socie
dade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio
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de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de mo
do permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a
maioria dos administradores.
Figura 4.1 - strutura societária resumida do Grupo Gerdau
rdau
Ameristeel
Coip.
Gerda
Aménca
latina
Participações
S.A.
Gerda
Açominas
S.A.
Gerda
Aços
Lonqos
S.A.
Gerda
Aços
speciais
S A
Gerda
Comprcial çosVillares
de ços S. .
S.A.
(50,0%)
Gallatin
140.0%) (99.6%l
indústrias
Nationales
C. por A.
5ipar
Aceros S.A.
•86.7%) ! 100.0%)
Empresa
Siderúrgica
dei Pprú
S.A.A.
Gerda
1aisa S.A
(96,5%) (100,0%)
D acro S.A
Gerda Aza
S.A
(100.0%) (100.0%)
Siderúrgica
Z liana.
C.A
Siderúrgica
T ltiUán
S.A deCV
(99.0%)
Ma esteei
160,0%)
Corpo radon
5'denor.S A.
ú,8%)
Kalyanl
Gerda
Step Ltd.
(1000% )
Sidenor
ind strial.
S.A.
Os percentuais de participação
acionária se referem ao capital total.
(49,0%)
Corsa
Controladora
S.A deCV
ß0.0%)
Corporation
Cen oamericana
Del Acero, S.A
Fo\ : Gerd.iu, 2009.
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Para uma melhor compreensão do assunto, seria interessante a análise
da composição dos investimentos de uma empresa nacional que já prati
que as normas internacionais de contabilidade e tenha investimentos no
Brasil e no exterior, como no caso da Gerdau, em seu relatório anual de
2009. Na Figura 4.1 está dem onstrada a partic ipação dos investimentos no
Grupo Gerdau até a data de 31/12/2009.
Com base na figura citada, podemos perceber a intrincada rede de
investimentos que há no grupo. A seguir, analisamos u ma questão impor
tante do ponto de vista estratégico para as empresas que mantêm e que
têm a intenção de cruzarem investimentos: a do ágio e deságio na aquisi
ção desses investimentos.
4.2 Agio e deságio na aquisição de investimentos
Um dos pontos mais relevantes no processo de aquisição do investimento
é o da forma de contabilização do ágio ou do deságio na aquisição dos
investimentos.
Ao se interpretar financeiramente a aquisição de um investimento, há
certa polêmica entre as perspectivas de muitos contabilistas sobre o ágio.
Para uns, ele é o fundo de comércio, outros o cham am de
goodwill,
de
l m-
po d amortização,
de
t st d r cup rabilidad
ou dão outras denominações.
Nesta obra, conceituaremos o valor do ágio ou deságio simplesmente co
mo a diferença entre valor líquido contábil e o montante negociado na
transação.
Quando uma empresa tem um patrimônio líquido cujo valor justo
seja de R$ 1.000,00 e ele for comprado por outra empresa pelo valor de
RS 1.100,00, significa que a empresa teve um ágio de K$ 100,00. Se a opera
ção ocorrer diferentemente e o mesmo patrimônio líquido for comprado
po r R$ S00,00, então haverá um deságio de RS 200,00. fcste valor do deságio
deve ser automaticamente reconhecido como um a receita da dem onstra
ção do resultado do exercício, pois o deságio é um g anho para o investidor
e uma perda para a empresa investida.
Segundo o CPC 15 (CPC, 2009a), correlacionado com a FRS 3
(Int rnational financial R por!ing Slandards - outro nome dados às Normas
nternacionais de Contabilidade), deve-se segregar o valor do investimen
to representado pelo percentual adquirido do capital social da investida
aplicado sobre o patrimônio líquido determ inado a valor justo da entidade
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adquirida; e "o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill),
representado pela diferença positiva entre o valor pago [...] e o montante
líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida''.
Segundo o CPC 12 (CPC, 20USa), o
Valor justo
( f a i r v i ih t )
- é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um
passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e inde
pendentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação
da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Como exemplo, supon hamos que uma empresa foi adquirida totalmen
te e seus valores foram reavaliados pelo valor justo, gerando os resultados
transcritos no quadro a seguir.
Quadro 4.1 - Papel de trabalho de aquisição total de um investimento
Empresa Naci nal
S/A
Val r c ntábil Val r just Realizaçã
Estoque R$ 10.000,00 R$ 8.000,00 1ano
Imóveis R$ 30.000,00 R$40.000,00 20 anos
Veículos R$ 8.000,00 R$ 5.000,00 5 anos
(-) Fornecedores (R$ 12.000.00} (R$ 8.000.00) 1ano
{} ontas a pagar (R$ 10.000.00} (R$ 10.000.00) 1ano
Total do patrimônio líquido R$ 26.000,00 R$ 35.000,00
Valor de aquisição R$ 100.000,00 R$ 100.000,00
Valor do investimento R$ 35.000,00
Valor do g o o d w i l l R$ 65.000,00
Podemos perceber que poucas são as vezes em que o valor contábil
coincide com o valor justo atribuído às partes da empresa adquirida. Por
exemplo, enquanto o estoque e os veículos tiveram um valor contábil que
superou o valor justo, ocorreu o contrário com os imóveis.
No Quadro 4.2 é analisada a contabilização dos dados expostos ante
riormente no Quadro 4.1:
Qu adro 4.2 - Contabilização
Débito - investimento
R$ 35.000.00 PL valor justo
não circulante
Débito g o o c h v i l l
R$ 65.000.00 (R$ 100.000,00 R$ 35.000,00)
rédito - banco R$ 100.000,00
seguir, discorrerem os um pouco sobre o tema da amortização de ágio.
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4.3 Amortização do ágio
Com relação à amortização do ágio, este pode ser classificado no grupo
dos ativos não circulantes. Sua baixa neste grupo gera bastante polêmi
ca, pois a utilização de termos de fundo de comercio, como
gpodwiü
é
de natureza bastante genérica e abstrata. Melhor seria se a baixa fosse
realizada no grupo de despesas ou receitas, mais especificamente no sub
grupo "Outras Receitas e Despesas Operacionais", logo abaixo da conta
"Resultado Financeiro no G rupo de Perdas c Ganhos".
A baixa de bens, direitos e obrigações a valor justo será autom aticamen
te realizada conforme as datas de realização eliquidaçã o de cada um deles,
estabelecidas de acordo com a depreciação dos bens adquiridos, a venda
dos estoques e o pagamento das obrigações. Não se pod e esquecer, porém,
que o
goodivill
deve ser anualmente submetido a um teste dc rccuperabili-
dade, conforme previsto no CPC 01 (CPC, 2010).
4.4 Reflexos tributários do ágio e do deságio
O deságio, antes das novas regras contábeis, era registrado como uma con
ta credora do ativo - ou seja, ficava dentro do gru po do ativo permanente.
Portanto, no Regulamento do Imposto de Renda, o Decreto
f
3.000/1999
(Brasil, 1999), em seu arl. 386, dispõe que se:
(-]
IV - deverá amortizar o valor do deságio cujo fundamento seja o que trata o
inciso II do $ 2° do artigo anterior, nos balanços correspondentes à apuração
do lucro real, levantados durante OS cinco anos-calendário subsequentes à in
corporação, fusão ou cisão, à razão de um sessenta avos, no mínimo, para cada
mês do período de apuração.
Com o advento da Lei n° 11.941/2009 (Brasil, 2009), todas as empresas
foram sujeitas ao Regime Tributário de Transição (RTT) e o reconhecim en
to do deságio passou a ser considerado como uma receita no grupo de
resultado, no qual não possui efeitos fiscais para a controladora. O art. 16
dessa lei determ ina que as alterações dos m étodos contábeis no resultado
da empresa não trarão impactos tributários às empresas sujeitas ao RTT
até que surjam, nos próximos exercícios, norm as do xecutivo alterando
o aspecto tributário.
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O valor do ágio
(goodwi )
agora submetido anualmente ao teste de re-
cuperabilidade, gerará ganho ou perda no grupo de resultados. Se gerar
ganho, o valor será tributado normalmente, pois será uma receita no gru
po de resultados; se gerar perda, porém, o valor será adicionado ao lucro
para fins de tributação.
4.5 Avaliação de investimentos
xistem dois métodos para avaliação dos investimentos em empresas de
uni mesmo grupo. O prim eiro deles consiste no método do custo e o outro,
no método de equivalência patrimonial.
4.5.1 M étodo do cu sto
No método de custo, os investimentos temporários (de caráter geralmen
te especulativo) são avaliados, sua contabilização é registrada pelos seus
valores de aquisição e a empresa define se eles têm caráter não circulante
ou circulante. O registro é creditado na conta de banco e o débito é feito na
conta dos investimentos. A atualização ocorrerá pelo regime de caixa - ou
seja, no momento em que um investimento gera dividendos, ele entrará
automaticamente no grup o de disponibilidade.
Consideram-se nesse grupo, por exemplo:
• a poupança;
• as aplicações de liquidez imediata;
• os certificados de depósitos bancários (CDB);
• a compra de ações;
• a compra de títulos;
• a compra de debêntures.
A seguir, apresentamos o método utilizado para os investimentos mais
relevantes e duradouros, mas igualm ente mais complexos e difíceis de se
rem aplicados: o da equivalência pa trimonial.
4.5.2 M étodo de equivalência patrim onial
Segundo Neves e Viceconti (2007), o método de equivalência patrimonial
é a alteração do valor contábil das participações societárias de caráter p er
manente, classificadas como ativos não circulantes, conforme o aumento
ou diminuição do patrimônio líquido (PT.) da investida. Deve ser aplicado
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nas condições prescritas no art. 248 da Lei n* 6.404/1976 (Brasil, 1976), cujo
capu
teve o enunciado alterado pela Lei nc 11.941/2009:
Ari. 24«. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coliga
das ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equiva
lência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determi
nado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado,
com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou ate 60 (sessenta) dias,
no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio
liquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de ne
gócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou
por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o
valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de
participação no capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o numero II, e
o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como
resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;
b) se corresponder, compruvadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1*Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste ar
tigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos
da companhia contra as coligadas e controladas.
§ 2- A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elabo
rar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.
4.6 Tratamento dos lucros não realizados
intercompanhias
entro de um grupo de empresas, sejam estas coligadas, controladas ou
empresas com participação na empresa mãe
(holdi g)
ou controladora, po
dem ocorrer vendas de produtos ou serviços de uma para outra. Quando
tais vendas acontecem, seus valores devem ser eliminados para que se
realize o método da equivalência patrimonial.
Segundo o art. 9o parágrafo Io da Instrução 247/1996 (CVM, 1996b) da
Comissão de Valores Mobiliários, para fins de avaliação dos investimentos
pelo método da equivalência patrimonial,
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[...] serão considerados lucros não realizados aqueles decorrentes de negócios
com a investidora ou com outras coligadas c controladas, quando:
a. O lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e corres
pondido por inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no
balanço patrimonial da investidora; ou
b. O lucro estiver incluído no resultado dc uma coligada e controlada c corres
pondido por inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no
balanço patrimonial de outras coligadas e controladas.
Zanelle (2009) discorre sobre o assu nto quando afirma o seguinte:
Ocorre que o lucro obtido pela investidora provoca aumento do seu Patrimônio
Líquido. Dessa forma, quando a investidora aplicar o percentual dc participa
ção no capital da investida sobre o Patrimônio Líquido, o valor atualizado do
investimento sofrerá a influência do referido lucro.
Para que esse lucro decorrente dc transações entre investida e investidora
possa ser considerado acréscimo do PL [patrimônio liquidoj da investida, para
fins da aplicação do M P [método da equivalência patrimonial], é necessário
que seja realizado.
A realização ocorrerá no momenlo da venda do g rupo do esloque para
terceiros. Na situação da venda do grupo do ativo permanente, a realiza
ção se dará pela sua baixa, mediante depreciação, amortização ou teste de
r ec upe rabi lidade.
4.7 Variação percentual em participações societárias
Du rante o processo de consolidação da em presa e a realização do método
da equivalência patrimonial, podem ocorrer as seguintes situações:
• aumento do capital social da investida pela investidora; ou
• aumento do capital social da investidora por terceiros ou demais
acionistas.
Quando ocorrer alguma das situações acima, a conta de investimentos
no ativo perm anente sofrerá alterações, que podem aum entar ou reduzir
seu valor. Quando houver aumento, o valor deverá ser debitado do ativo
e creditado eomo ágio no grupo de resultados, sendo este eliminado para
fins de tributação. Na situação inversa, em que houver deságio, o valor
será creditado na conta de investimentos no ativo e seu débito constará na
conta de despesas do grupo de resultados - também eliminado p ara fins
de tributação.
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4.8 Reavaliação de coligadas e controladas
Uma mudaça legislativa impossibilitou que os bens das empresas sejam
reavaliados espontaneamente. O CPC 13 (CPC, 2008b) esclarece que:
38. A Lei n®11.638/07 eliminou a possibilidade de reavaliação espontânea de
bens. Assim, os saldos existentes nas reservas de reavaliação constituídas an
tes da vigência dessa Lei, inclusive as reavaliações reflexas de controladas e
coligadas, devem:
(a) sei mantidos até sua efetiva realização; ou
(b) scr estornado ate o término do exercício social de 2008.
39. Ao optar pelo item 38(a), o valor do ativo imobilizado reavaliado existente
no início do exercício social passa a ser considerado como o novo valor de custo
para fins dc mensuração futura e determinação do valor recuperável. A reserva
de reavaliação, no patrimônio líquido, continuará sendo realizada para a conta
de lucros ou prejuízos acumulados, na mesma base que vinha sendo efetuada
antes da promulgação da Lei
rí*.
11.638/07.
40. Ao optar pelo item 38(b), o estorno retroagirá à
data dc tra sição
(...J estabe
lecida pela entidade quando da adoção inicial da Lei n° 11.638/07. O mesmo
tratamento deve ser dado com referência à reversão dos impostos e contri
buições diferidos, que foram registrados por ocasião da contabilização de
reavaliação.
41. Além de suas reavaliações, as entidades devem observar a necessidade de
uniformidade de tratamento entre a investidora e suas controladas e coligadas.
A investidora deve determinar às suas controladas e recomendar às suas coliga
das a adoção da mesma alternativa. Caso a coligada adote alternativa diferente
daquela recomendada pela investidora, esta deve ajustar as demonstrações
contábeis da investida quando da adoção do método de equivalência patrimo
nial, a fim de manter a uniformidade de procedimentos.
Portanto, se no processo de transição houver saldos de reavaliações es
pontâneas, eles devem ser incorporados no custo até sua plena realização,
ou seja, até sua venda ou a baixa do bem. A reserva de realização no grupo
do passivo não circulante, por sua vez, deve constar na conta de reserva
de lucros. sse critério também deve ser adotado pela suas coligadas e
controladas.
4.9 Rendimentos de participações societárias
Para o cálculo dos dividendos e a aplicação da equivalência patrimonial, de
ve-se trabalhar antes com a descrição dos percentua is da distribuição dos
dividendos pela empresa. Deve-se ter em mente que a divisão do mo ntan
te se dará de acordo com o que eslá d isposto no eslat uto social ou o que foi
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acordado em assembleias gerais ou extraordinárias. Independentemente
de quaisquer outros dispositivos, 5% do lucro deve continuar na empresa,
como reserva legal, desde que não ultrapasse 20% do capital social - caso
isso ocorra, é necessário que ele passe a constar na conta deste.
Além da reserva legal, o estatuto pode prever outras reservas estatutá
rias para fins de capitalização, como a reserva de lucros a realizar, para as
situações em que o lucro seja obtido, mas só seja revertido à empresa no
exercício seguinte - como na indústr ia de fabricação de navios, aviões e
no ramo da cons trução civil, por exemplo. possível também estabelecer
uma reserva de contingências, para eventuais multas ou imprevistos que
ocorram.
Caso o estatuto ou as assembleias gerais eex traord inárias sejam omissos
com relação ao percentual dos dividendos, a Lei n° 6.4U4/1976 prevê que o
dividendo m ínimo obrigatório seja calculado pela metade do lucro líquido
ajustado, ao qual se chega de maneira sem elhante à que exemplificamos
no Q uadro 4.3.
Qu adro 4.3 - xemplo de cálculo do dividendo mínimo obrigatório
onta Saldo
Lucro R$ 800.000,00
() Reserva legal 5% <R$ 40.000,00)
O Reserva de lucros a realizar
<R$ 20.000,00)
() Reserva de contingências <R$ 30.000,00)
Lucro liquido ajustado R$ 710.000,00
Metade do lucro liquido ajustado R$ 355.000,00
Dividendo obrigatório
R$ 355.000,00
Suponhamos que uma empresa tenha os seguintes valores:
• Capital social no exercício de 31-12-X1: R$ 1.000.000,00.
• Reserva legal de 31-12-X1: R$ 50.000,00.
• Reserva estatu tária (10%) de 31-12-X1: R$ 100.000,00.
• Reserva para contingências (10%) de 31-12-X1: R$ 100.000,00.
• Reserva de lucros a realiza r (15%) de 31-12-X1: RS 150.000,00.
No estatuto não existe previsão para a distribuição de lucros; o lucro foi
de RS 800.000,00; a reserva de lucros a realizar, de 15%; e a reserva de con
tingências, de 20%. Com base nessas informações, o patrim ônio líquido será
apresentado na demonstração das mutações do patrimônio líquido, confor
me o Q uadro 4.4.
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Podem os verificar, no Q uadro 4.4, que todo o lucro obteve destinação. Já
no Quadro 4.5 demonstramos o processo de contabilização no momento
da ocorrência do m étodo da equivalência patrimonial.
Quadro 4.5 - xemplo de aplicação de equivalência patrimonial
Patrimônio líquido da investida Alfa
ontas 31 12X1 31 12X2
apital RS 100.000,00 RS 100.000,00
Reservas R$ 180.000,00 R$ 180.000,00
Reserva de lucros R$ 70.000,00
Totais R$ 280.000,00 R$ 350.000,00
Participação da investidora Beta
Data
31 12-X1 31-12-X2
Patrimônio líquido R$ 280.000,00 R$ 350.000,00
Participação da Beta na investida Alfa 60% 60%
Valor da participação de Beta R$ 168.000,00 RS 210.000,00
Observe que a empresa Beta tem uma participação acionária na em
presa Alfa de 60%, e o lucro do exercício de 31-12-X2 foi de K$ 70.000,00.
No Quadro 4.6, apontam os como devem ser contabilizados os dividendos
na empresa Alfa.
Qu adro 4.6 - Contabilização dos dividendos a distribuir em Alfa
onta
Débito rédito
Reserva de lucros (50% do lucro) RS 35.000,00
Dividendos a distribuir (passivo
circulante)
R$ 35.000,00
Observe-se que na empresa Alfa: o valor do dividendo mínimo obri
gatório corresponde a 50% do lucro de 31-12-X2; foi debitado à reserva de
lucros o montante de 50%; e a contrapartida foi para o passivo circulante.
Como a empresa Beta detém somente 60% da empresa Alfa, o valor dos
dividendos corresponde a 60% de R$ 35.000,00, o que totaliza RS 21.000,00.
A contabilização em Beta é explicitada no Quadro 4.7.
Qu adro 4.7-C ontabilizaçã o dos dividendos a distribuir em Beta
onta Débito
rédito
Reserva de lucros
RS 21.000,00
Dividendos a distribuir (passivo
circulante)
RS 21.000,00
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1. Qual é a diferença entre o método da equivalência pa trimonial e o mé-
todo do custo?
R spos a:
No método do custo, o ganho do investimento deve ser realizado no
momento em que ocorre seu recebimento financeiro, diretamente na
conta de resultado e no grupo disponível. Já no método de equivalência
patrimonial, o ganho do investimento deve ser realizado conforme o
regime de competência.
2. Segundo as regras do CPC, quand o a equivalência patrimonial deve ser
realizada?
R spos a:
Na data da publicação da demonstração contábil.
3. Qual é o percentual da reserva legal?
Resp s a:
d e 5% do lucro líquido.
4. m qual conta deve ser regis trado o prejuízo do exercício?
Resp s a:
Logo abaixo das reservas do grupo do patrimônio líquido.
5. Como deve ser calculado o valor do dividendo quando este se encontra
omisso no estatuto?
Resp s a:
O valor é de 50% do lucro líquido ajustado.
Pesquise!
1. Quando se deve realizar a compra parcial ou total de uma empresa para
fins de investimento no longo prazo?
2. Verifique em trés empresas qual foi o percentual do lucro destinado
para os dividendos e em qual tipo de assembleia a decisão foi tomada?
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3. reserva de contingência serve para quê?
4. Quando se deve criar a reserva de lucros a realizar?
Síntese
Neste capítulo foi possível verificamos o processo de avaliação e mensu-
ração do resultado dos investimentos realizados, assim como observamos
o controle fiscal para o procedimento. pontamos, também, os méto
dos exigidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e os processos
de contabilização da distribuição do lucro e de divisão entre diversas
destinações.
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onteúdos do capítulo:
• onceito e objetivo da remuneração de capital próprio;
• 0 ponto de vista tributário na remuneração de capital próprio;
• apitalização dos juros;
• Regime de reconhecimento das receitas e despesas dos juros;
• Os posicionamentos da Secretaria da Receita Federal e da
omissão de Valores Mobiliários;
• Empresas tributadas pelo lucro real ou presumido.
Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:
• calcular os juros sobre o capital próprio;
• utilizá-los para fins de economia tributária;
• verificar os posicionamentos da Receita Tederal e da omissão
de Valores Mobiliários em relação a eles;
• realizar a distribuição do lucro.
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odem os classificar o balanço patrimonia l em dois grupos: o ativo
e o passivo. Ambos podem ser subdivididos em circu lantes e não cir
culantes, e o passivo pode se subdivid ir ainda em exigível ou não exigível.
Na essência da remuneração com ônus de financiamento, está a ideia
de que o capital próprio deve ser remunerado. sse capital próprio é cons
tituído pelos valores que os sócios desembolsaram - em espécie ou em
equipamentos, terrenos e outros bens para subscrição do capital social
- no momento da criação da empresa. Nesta seção analisaremos o procedi
mento de operação nessas funções. A alternativa dos juros sobre o capital
próprio tem como objetivo um aumento dos dividendos, de acordo com o
que afirmam Futema, Basso e Kayo (2009):
Uma constatação relevante é que a distribuição de lucros (dividendos e juros
sobre capital próprio somados) no Brasil ainda é muito baixa comparada com
a americana, não obstante a existência da obrigatoriedade de distribuição de
lucros c a vantagem fiscal dos juros sobre o capital próprio, porem, é digno
de registro o aumento desse índice em comparação com os resultados encontra
dos por Silva e Brito (2004) para o período de 1995 a 2001 de 0,11. Uma possível
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explicação para esse aumento da distribuição de lucros poderia ser a crescente
titi li/.ação dos juros sobre o capital próprio, especiabuente, a partir de 1997, além
das exigências maiores dos investidores em relação à governança corporativa.
ntre essas exigências destacam-se os direitos dos acionistas minoritários, o
direito ao tyç
along
nas operações de venda de controle e o cumprimento da dis
tribuição de lucros na forma de dividendos c/oii juros sobre o capital próprio.
Portanto, conforme descrito nos estatutos ou nas assembleias gerais
ou extraordinárias, a utilização cia remuneração dos juros sobre capital
próprio é uma das estratégias legais para o aumento da remuneração dos
sócios e acionistas.
5.1 Conceito e objetivo da remuneração
do capital próprio
Como o ativo
é
totalmente financiado pelo passivo, algumas contas não
têm ônus financeiro, como os salários, os tributos e as contas a pagar.
Nesses exemplos, caso a empresa não tenha qu alquer dos itens acima em
atraso, os itens simplesmente são provisionados pa ra fins de pagamentos
no mês seguinte. Porém, no Brasil há algumas situações que geram con fu
são, com juros embutidos, nada explícitos.
Por exemplo: compra-se matéria-prima a prazo, com pagamento em
60 dias no valor de RS 500.000,00; se o pagamento fosse à vista, seu valor
seria de RS 450.000,00. Ou seja, o fornecedor embutiu os juros no preço
de venda. ste ônus financeiro sobre as contas cio patrim ônio líquido, que
agora devemos sepa rar individualmente do grupo passivo não circulante,
é
conhecido como
r mun raçõ s do capital próprio.
I iá vantagens e regras
para a aplicabilidade desses juros que serão d etalhad as mais adiante.
Para a obtenção desse capital, faz-se necessário um planejamento tribu
tário. Com ele, buscamos as melhores alternativas cie economia financeira,
%
para que os tributos sejam os menos onerosos possíveis. As vezes, são tes
tadas várias alternativas de certas teses tributarias e algumas delas não
correspondem à menor onerosidade, como se esperava, levando o contri
buinte a arcar com o ônus, muitas vezes acumulado com juros e multas de
atraso.
Já a rem uneração do capital próprio, desde que atenda aos preceitos le
gais, gera uma economia tributária sem riscos e com vantagens econômicas.
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ssas vantagens podem ser utilizadas para os fins da operação da empre
sa ou como uma fonte de recebimento de dividendos. Ilá uma tributação
quando gerados os juros do capital próprio, mas ela é muito m enor do que
a dos dividendos calculados após o lucro ajustado.
5.2 O ponto de vista tributário na remuneração
de capital próprio
Para um melhor estudo do tema da remuneração de capital próprio, preci
samos analisá-lo sob um ponto de vista tributário e compreendê-lo como
intrinsecamente ligado a certos tributos e taxas.
5.2.1 Taxa de Juros de Longo Prazo
A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) foi insti tuída pela Lei n- 9.365/1996
(Brasil, 19%a) para ser utilizada como índice na aplicabilidade da rem une
ração do capital próprio. Na Lei n- 10.183/2001 (Brasil, 2001a), há a previsão
de que a TJT.P tem período de vigência de um trimestre-calendário e é
calculada pela meta de inflação baseada nas metas anuais fixadas pelo
Conselho Monetário Nacional e pelo prêm io de risco.
Segundo o Banco Nacional do Desenvolvimento - BND S (2011), tais
taxas de 2010 foram de 6% por trimestre; já no exercício de 2009, no terceiro
e quarto trimestres, foram de 6% e, no período entre julho de 2007 e junho
de 2009, de 6,25%.
5.2.2 Limite de dedutibilidade
A legislação tributária, porém, estabeleceu alguns critérios para a dedu-
tibilidade da remuneração do capital próprio. O montante a ser pago aos
acionistas se limita ao maior dos seguintes valores:
• 50% do lucro líquido do período-base, computado antes das dedu
ções dos juros sobre o capital próprio; ou
• 50% da reserva de lucros - a conta de lucros acumulados, após a Lei
° 11.638/2Ü07 (Brasil, 2007), obrigatoriamente deve ter seu saldo ze-
rado, ou seja, lodo lucro deve ser destinado à reserva de lucros, aos
dividendos a pagar, à reserva de capital etc.
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5
3 Alteração do patrimônio líquido durante o período-base
As eventuais alterações que ocorram durante o período-base devem levar
cm consideração a essência da remuneração do capital próprio. Se ela for
realizada simplesmente com a finalidade de ganhos tributários - caso em
que a forma está prevalecendo sobre a essência - recomenda-se prudência
e cuidado com a fiscalização.
Se, no entanto, as alterações ocorreram de fato, elas entrarão como base de
cálculo no momento em que forem calculados os juros sobre capital próprio.
Após calculados devidamente, o acionista será remunerado normalmente.
5.2.4 conomia tributária com a remuneração do capital próprio
A contabilização dos juros sobre o capital próprio como despesa financeira
obviamente reduz o lucro da empresa que esteja em busca de lucros reais,
ou seja, aumenta o grupo de despesas. Por esse motivo e pela faculdade
que há na Lei iVJ 9.249/1995 (Brasil, 1995), relacionada à aplicação dessa
modalidade, é que existe o elemento contábil da compa rabi lida de. Se em
determinado exercício a empresa utilizou a prática da rem uneração do ca
pital próprio, mas, no exercício seguinte, não a utilizou, é necessária uma
adaptação da análise do balanço, pois haverá uma discrepância entre o
resultado econômico de um exercício e do outro. sse problema não existe
quando se pressupõe a continuidade. m qualqu er economia tributária
que permita uma sobra de caixa para aplicação na operação da empresa,
uma forma menos onerosa de investimento, a utilização dos juros sobre
capital próprio é uma excelente ferramenta de minimização do ônus tri
butário. í lá um estudo, realizado por Malaquias et al. (2007), em que este
comentou sobre os juros sobre o capital próprio.
Com a aprovação da Lei ng 9.249 no ano de 1995, surge a possibilidade
de deduzir os juros pagos ou creditados aos acionistas da base de cálcu
lo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). A dedução, se analisada
exclusiva mente pelo ponto de vista da empresa pagadora, proporcionará
economia tributária. No entanto, se a análise for estend ida aos acionistas
recebedores, nem sempre há uma economia, pois há um pagam ento maior
de impostos.
Tendo em vista que essa lei não restringe a contabilização dos juros
sobre capital próprio a determinados setores da economia, este trabalho
pode ser estendido para a análise de empresas de outros setores, bem co
mo para o estudo do caso das empresas individuais. Considerando que a
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tributação dos juros sobre capital próprio recebidos por pessoa física se
limita ao mposto de Renda Retido na Fonte ( RRF), com um a alíquota de
15%, recomenda-se a realização de pesquisas em empresas tributad as com
base no lucro real e cujo controle acionário esteja concentrado nas mãos de
pessoas físicas.
Com essa sugestão, verificamos se a contabilização dos juros sobre
capital próprio implica economia tributária, ao analisarmos o conjunto
composto pela fonte pagadora e a recebedora (Malaquias et al„ 2007).
5.2.5 Tributação da remuneração do capital próprio
Pelo fato de os juros sobre o capital próprio participarem do grupo de
despesas financeiras, eles reduzem o resultado do exercício e a empre
sa economiza: 15% para fins de mposto de Renda; 10% do adicional do
mposto de Renda, se o lucro for superior a RS 240.000,00 ao ano; e 9% de
Contribuição Social. O valor registrado como despesa gera economia, pois
se a sua destinação for à pessoa física do sócio, ele terá somente 15% de
retenção na fonte.
Quando o valor não for entregue ao acionista como dividendos, ficará
em uma conta de reserva de lucros e de capital e, ao ser realizado o capital
social, 15% do valor passará ao passivo circulante.
Portanto, a pessoa jurídica poderá aproveitar-se das despesas financei
ras de ambas as formas, ao reduzir o lucro e, consequentemente, ao se
beneficiar dessa remuneração. A pessoa física, por sua vez, também obterá
um ganho com a retenção na fonte, que fica no passivo circulante.
5.3 Capitalização dos juros
Quando a Lei n° 9.249/1995 permitiu que o valor dos juros sobre capital
próprio fosse integralizado no capital social ou fizesse parte da reserva
de capital, garantiu a sua dedutibilidade para fins do lucro - desde que a
pessoa jurídica assumisse o pagamento do imposto direto na fonte e que
este, quando fosse integralizado, deveria ir diretam ente ao capital social
pelo seu valor líquido.
No entanto, a Lei n- 9.430/19% (Brasil, 1996b) revogou esse dispositivo.
Portanto, a despesa financeira que tiver como destinação o capital social -
e não o passivo exigível - será indedutível para fins do cálculo do mposto
de Renda e da Contribuição Social na modalidade do lucro real.
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Antes de analisar cálculo em um cenário prático, devemos rever os
conceitos e critérios expostos nas normas internacionais. essa forma
podem os conferir que, no cenário a ser aplicado, o valor da reserva de rea
valiação já foi estornad a e a conta de lucros acumulados já integra o gru po
de reserva de lucros.
Antes de as no rmas internacionais serem instituídas, havia a obrigação
de excluir a reserva de reavaliação da base de cálculo, além de existir uma
reserva de lucros e uma conta denom inada
luc os acumulados.
No exemplo, o cálculo dos juros sobre capital próprio que será aplicado
já está ajustado segundo o que está disposto na Lei n° 11.638/2007, que
promoveu a atualização de diversos atos legais, com relação ás contas
contábeis.
Podemos, agora, passar ao exercício:
1. A empresa Misteriosa S.A. tomou a decisão, em assembleia extraor
dinária, de que, no exercício seguinte, os acionistas seriam remunerados
com os juros sobre capital próprio, além dos dividendos que recebiam
anteriormente. Para descobrirmos a melhor forma de cumprir a decisão,
considerarem os os dados apresentados a seguir. No dia 31/12/2009, o pa tri
mônio líquido poderia ser expresso conforme o quadro a seguir.
Quadro 5.1 - Patrimônio líquido
apital social RS 600.000,00
Reservas
apital RS 300.000,00
Reserva de lucros
RS 280.000,00
Total do patrimônio líquido R$ 1.180.000,00
Para a resolução do presente exercício, precisamos estabelecer algum as
premissas: a sociedade possui dois sócios, José e Paulo, e cada um deles
possui 50% das quotas; o Imposto de Renda e a Contribuição têm alíquo
tas de 25% e de 9%, respectiva mente, e totalizam 34%; o valor do lucro,
antes da dedução dos juros sobre capital próprio como despesa financeira,
é de R$ 160.000,00; o patrimônio líquido se manteve inalterado durante o
exercício de 2009; a TJLP para este período foi de 10%.
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Após o conhecimento das premissas, já podemos fazer os cálculos que
nos levarão a escolher qual seria a melhor forma de dar cumprimento à
decisão tomada em assembleia extraordinária:
• Patrimônio líquido: R$ 1.18Ü.UÜU,UU * 10% = R$ 118.UUU,UU. Ou seja, a
remuneração do capital próprio será de R$ 118.000,00.
• 50% do lucro líquido do período-base, antes da dedução dos juros
que compõem a remuneração de capital próprio: R$ 160.000,00 * 50%
= R$ 80.000,00.
• 50% da reserva de lucros: R$ 280.000,00 * 50% = R$ 140.000,00.
Preste atenção, pois há duas situações a serem observadas: na situação
(a) o valor dos juros sobre capital próprio é menor do que R$ 80.000,00,
enquanto na (b) o valor de R$ 140.000,00 é maior do que R$ 118.000,00.
Portanto, o contribuinte tem duas opções. A primeira limita a dedutibi-
lidade até um máximo de R$ 80.000,00, enquanto, na segunda, ela é total,
por R$ 140.000,00 ser maior do que RS 118.000,00.
Resposta:
A alternativa (b) gerará menos ônus tributário. Para tanto, o contador
deverá realizar os seguintes lançamentos:
Quadro 5.2 - Contabilização dos juros sobre capital próprio
nta Débit rédit
Despesa financeira
RS 118.000,00
Juros sobre capital próprio a pagar
R$ 100.300.00
mposto de Renda retido na fonte
—
R$ 17.700.00
Na Figura 5.1 há um exemplo de como a distribuição dos lucros deve
ser redigida e divulgada aos acionistas. No caso desse exemplo, tais juros
deveriam ser calculados de acordo com a JLP, mas, como a assembleia
ocorreu sem que se discutisse a questão, a distribuição de lucros não foi
realizada dentro do mês de competência. ambém vale ressaltar que, uma
vez que o valor se refere a vários períodos, os juros foram calculados a
par tir da taxa Selic.
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Figura 5.1 - Modelo de divulgação sobre a distribuição de juros sobre
capital próprio
Divulgação e Resultados
Fato Relevante - Distribuição de Juros Sobre Capital Próprio
ETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - ETROBRAS
Companhia aberta
FATO RELEVANTE
Distribuição de Juros Sobre Capital róprio
Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2005 - P TRÓL O BR ASIL IRO S/A -
P TROBRAS, [Bovespa: P TR3/P TR4, NYS : PBR/PBRA, Latibex: XPBR/
XPBRAl, uma companhia brasileira de energia com atuação internacional,
comunica aos senhores acionistas e ao mercado em geral que, consoante
disposições estatutárias, seu Conselho de Administração, reunido nesta
data, aprovou a distribuição de remuneração aos acionistas, sob a forma de
juros sobre o capital próprio, conforme previsto no artigo 9" da Lei 9.249/95
e Decretos nB2.673/98 e 3.381/00.
O valor a ser distribuído, no montante de RS 2.193 milhões, correspon
dente a um valor bruto de R$ 0,50 por ação ordinária e preferencial, está
sendo provisionado nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de
2005 e deverá ser desembolsado até 31 de março de 2006, com base na
posição acionária de 30 de dezembro de 2005. Nos termos dos decretos
n- 2673/98 e 3.381/00, serão aplicadas as variações da taxa S LIC, sobre o
valor dos juros sobre capital próprio, desde 31 de dezembro de 2005 até
a data do efetivo pagamento. A partir de 02 de janeiro de 2006 as ações
serão negociadas ex-juros sobre capital próprio. sses juros sobre o capital
próprio deverão ser descontados da remuneração que vier a ser distribuída
no encerramento do exercício social de 2005, e estão sujeitos à incidência
de 15% (quinze por cento) de imposto de renda na fonte, exceto para os
acionistas que declararem ser imunes ou isentos.
O valor bruto de R$ 0,50 de juros sobre capital próprio por ação ordiná
ria e preferencial corresponde a RS 2,00 por ação antes do desdobramento
ocorrido em setembro de 2UU5.
on
rs: Petrobras, 201 lb.
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Ainda que o exemplo possua algumas peculiaridades que o diferen
ciem do que seria um modelo mais geral de divulgação da distribuição
de lucros aos acionistas, acred itamos que ele apresente as características
necessárias a um documento desse tipo.
5.4 Regime de reconhecimento das receitas
e despesas dos juros
importan te perceber que o capital próprio, assim como os demais itens
mensuráveis do passivo, também tem ônus financeiros. Semelhantemente,
ele também deve contribuir para o crescimento da empresa, afinal esta é
uma das razões para que tenha havido a subscrição do capital social por
seus proprietários quando da constituição da sociedade.
Portanto surge a dúvida se o capital de terceiros é oneroso ou tem juros
embutidos, porque os proprietários não teriam o direito de utilizá-lo. Se
todos os dias os juros seguem algum critério de correção, o capital próprio
também tem o direito legal a realizá-lo desde que cumpra os quesitos an
teriormente destacados.
Para reconhecer os juros surgidos diariamente, o contador deve es
tar atento às características qualitativas da contabilidade. Se elas forem
atendidas, a essência de tais juros sobre capital próprio prevalecerá e a
contabilidade deverá, obrigatoriamente, reconhecer o valor no resultado
do exercício. I lá diversas normas escritas - algumas legais e outras de
instituição de cla sse-que determinam a transferência dos juros do capital
próprio para o passivo não circulante.
Um grande exemplo que devemos seguir é o do
Weighted Averagc ost of
apital
(YVACC) - ou custo médio ponderado de capital (CMPC) essencial
para certas análises de investimentos ou de outras questões financeiras e
que também obedece ao pressuposto da competência.
Kesse sentido, o reconhecimento das despesas financeiras deve consis
tir em pressuposto da competência, para que as informações desse grupo
representem a realidade das obrigações da empresa - em especial, as
contingências que apresentam riscos à continuidade, tais como: as ações
trabalhistas e tributárias; os fornecedores e demais contas a pagar; os di
videndos, a distribuição de lucros e os juros sobre capital próprio a serem
pagos aos sócios; e os tributos em atraso.
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a
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m
>
Na contabilização da receita financeira, a
disclosur
deve seguir as mes
mas regras no grupo da despesa financeira, com a diferença de que os
valores líquidos devem ser computados nas contas de investimentos e apli
cações, e de que os tributos retidos já contabilizados devem constar como
tributos a recuperar.
5.5 Os posicionamentos da Secretaria da Receita Federal
e da CVM
Hm busca do posicionamento da Secretaria da Receita Federal sobre o
assunto, alguns questionamentos frequentes foram encontrados, associa
dos a respostas devidamente fundamentadas. A seguir há o exemplo de
dois dos questionamentos, disponíve is na seção de "Perguntas e Respostas"
relativas à declaração de informações econômico-fiscais da pessoa jurídica
do
sit
da Receita Federal1(2011).
454 Quais as condições para que a pessoa jurídica possa dedu/ir, na apura- j
ção do lucro real, os juros pagos ou creditados a titulo de remuneração do ■
capital próprio? :
A pessoa jurídica poderá deduzir na determinação do lucro real, observado j
o regime de competência, os juros pagos ou creditados individualizadamen-:
te a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, |
calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados á variação
pro :
rata
dia da Taxa de Juros de ,ongo Prazo - TJ P ( .ei nü9.249, de 1995, art. 9 ; :
R R/1999, art. 347; e N SRF n:>93, de
1997,
art.
29).
j
O montante dos juros remuneralórios do capital passível de dedução co- j
mo despesa operacional limita-se ao maior dos seguintes valores (R R/1999,:
art. 347, § P): j
a. cinquenta por cento do lucro líquido do período de apuração a que corres-:
ponder o pagamento ou crédito dos juros, após a dedução da contribuição •
social sobre o lucro líquido e antes da provisão para o imposto de renda e da :
dedução dos referidos juros; ou j
b. cinquenta por cento dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros :
de períodos anteriores (as reservas de lucros somente foram incluídas para •
efeito do limite da dedutibilidade dos juros a partir de
T/01/1997,
pela Lei :
nu9.430, de 1996,
art.
78).
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NOTAS:
1. No cálculo da remuneração sobre o patrimônio líquido não será conside
rado o valor da reserva de reavaliação dc bens e direitos da pessoa jurídica
(Lei n° 9.249, de 1995, art. 97 § 8"; e Lei n" 9.959, de 2.000, art. 4o);
2. O valor dos juros pagos ou creditados poderá ser imputado ao valor dos
dividendos obrigatórios a que têm direito os acionistas, na forma do art. 202
da Lei n ' 6.404, de 1976 (Lei das S/A), sem prejuízo da incidência do imposto
de renda na fonte (Lei n- 9.249, de 1995. art. 9Ü §?'; RTR/1999, art. 547, §§ 2" e
3”; e N SRF n° 11, de 1996, art. 30).
3. A Taxa de luros de Longo Prazo (TJLP) íoi instituída pela Lei n° 9.365,
de 1996.
455 Como se dá a tributação dos juros sobre o capital próprios pagos ou
creditados aos beneficiários pessoas jurídicas ou físicas?
Os juros sobre o capital social estão sujeitos à incidência do imposto de ren
da na fonte, à alíquota de 157o, na data do pagamento ou crédito, os quais
terão o seguinte tratamento no beneficiário (R R/1999, art. 347):
a. no caso de pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, o valor
dos juros deverá ser considerado como receita financeira e o imposto retido
pela fonte pagadora será considerado como antecipação do devido no en
cerramento do período de apuração ou, ainda, poderá ser compensado com
aquele que houver retido, por ocasião do pagamento ou credito dc juros a
título de remuneração do capital próprio, ao seu titular, sócios ou acionistas;
b. em se tratando de pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou
lucro arbitrado, a partir de 171/1997, os juros recebidos integram a base de
cálculo do imposto de renda e o valor do imposto retido na fonte será consi
derado antecipação do devido no período de apuração (Lei n° 9.430, de 1996,
art. 51). No ano-calendário de 1996 a tributação era considerada definitiva;
o valor dos juros não integrava a base de cálculo e somente era computado
para efeito de determinação do adicional do imposto (Lei n" 9.249, de 1995,
art. 97 § 37 inciso 11 e § 4°);
c. no caso de pessoas jurídicas não tributadas com base no lucro real, lu
cro presumido ou arbitrado, inclusive isentas, e de pessoas físicas, os juros
são considerados como rendimento de tributação definitiva, ou seja, os res
pectivos valores não serão incluídos nas declarações de rendimentos nem
o imposto de renda que for retido na fonte poderá ser objeto de qualquer
compensação.
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NOTAS: :
1. No caso de pessoa jurídica imune não há incidência do imposto de renda •
sobre o valor dos juros pagos ou creditados (IN SKF n‘>12, de 1999, art. 3°);
\
2. Aos juros e outros encargos pagos ou creditados pela pessoa jurídica a :
seus sócios ou acionistas, calculados sobre os juros remuneratórios do capi-1
tal próprio e sobre os lucros c dividendos por ela distribuídos, aplicam-sc as :
normas referentes aos rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa,
\
inclusive quanto ao informe a ser fornecido pela pessoa jurídica (IN SRF :
n° 12, de 1999, art. Ia). j
F n t e:
Keccita Federal, 2011.
Por meio dessas respostas podemos compreender o posicionamento da
Secretaria da Receita Federal com relação ao assunto. Passemos, agora, a
analisar a respectiva posição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A CVM, na Deliberação n° 207, de 13 de dezembro de 1996 (CVM, 1996a),
dispõe que os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas a título
de remuneração do capital próprio devem ser registrados diretamente na
conta dos lucros e prejuízos acumulados, dentro do g rup o do patrimônio
líquido.
Alguns passos dessa norm a a serem seguidos consistem em: reconhecer
os valores dos juros sobre capital próprio a serem pagos junto com a conta
de dividendos; esles já devem estar líquidos e seu montante retido deve
ficar a pagar ou na conta de obrigação no passivo; e nas notas explicativas
devem es tar claros os critérios para determinação desses juros, as políticas
adotadas para sua distribuição em relação aos tributos (quando aplicados)
e seus efeitos sobre os dividendos obrigatórios.
5.6 mpresas tributadas pelo lucro real ou presumido
Nas empresas que optaram pelo lucro real, anual ou trimestral, ele deve
ser tratado como dedutível para fins de Imposto de Renda. Ou seja, há
um a economia na tributação e benefícios aos acionistas, os quais recebem
a remuneração dos dividendos e também o juros sobre o capital próprio,
que gera um resultado positivo em relação ã economia tributária.
Já as empresas que optaram pelo lucro presumido, de acordo com o
Decreto n- 3.000/1999 (Brasil, 1999), também chamado de
R gulam nto do
Imposto d R nda
(RIR), terão os valores contabilizados como despesa fi
nanceira e isso não interferirá no resultado da empresa. Portanto, os juros
sobre o capital próprio não são aplicados nessa modalidade.
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1. Quais sào as vantagens para os acionistas na utilização da prática de
juro s sobre capital próprio?
Resp s a:
À principal vantagem está na economia tributária para o acionista ou
sócio quotista.
2. Qual é a base de cálculo para os juros sobre capital próprio?
Resp s a:
ü valor do capital próprio.
3. Qual índice deve ser utilizado para fins de cálculo dos juros sobre ca
pital próprio?
Resp s a:
ü da axa de Juros a Longo Prazo - JLP.
4. Se no exercício eu tiver prejuízo, posso utilizar a prática de juros sobre
o capital próprio?
Resp s a:
Não, a legislação não permite que os juros sobre capital próprio sejam
lançados na demonstração do resultado do exercício quando houver
prejuízo.
5. À CVM solicita que os juros sobre capital pró prio sejam lançados em
qual conta?
Resp s a:
Na regra definida pela legislação fiscal, a contabilização deveria ser lan
çada como despesa financeira; já a CVM solicita que a contabilização
se dê na conta de lucros e prejuízos acumulados, que foi alterada pela
Lei n- 11.638/2007. Portanto, sua contrap artid a se dará como redução na
destinaçào do lucro no gru po de reservas do patrimônio líquido.
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Pesquise!
1. Verifique no
si
da Bovespa pelo menos três empresas que utiliza
ram os juros sobre capital próprio e, em cada uma delas, qual o tipo de
assembleia que aprovou a utilização da prática.
2. Segundo as regras do Banco Central, é possível que uma empresa es
trangeira receba o valor dos juros sobre o capital próprio no exterior
como remuneração do capital investido no Brasil, em uma de suas filiais?
3. par te do balanço relativa ao passivo se subdivide em duas outras par
les: uma delas inclui o capital de terceiros (fornecedores, instituições
bancárias etc.) e outra, o capital próprio (montante investido pelos só
cios e lucros da empresa). Qual a diferença essencial entre elas?
Síntese
Neste capitulo foi possível verificarmos o procedimento para cálculo e
contabilização dos juros sobre o capital próprio e as regras que regem o
assunto - tanto as da legislação fiscal quanto as da Comissão de Valores
Mobiliários. presentamos, também, as vantagens de redução do ônus tri
butário referente à utilização dessa prática contábil.
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Conteúdos do capit lo:
• onceito;
• Procedimentos;
• ontroladas excluídas;
. Balancetes e livros-razão;
• Consolidação com participação de minoritários;
• Caso prático de consolidação.
Após estud deste capítul , v cè será capaz de:
• entender os conceitos de consolidação das demonstrações contábeis;
compreender técnicas de tal consolidação;
• determinar quais são as exclusões da consolidação entre partes relacionadas.
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6.1 Conceito
Segundo Ferez Junior e Oliveira (2005), alguns conglomerados cresce
ram significativamente nas ultimas décadas e é possível constatar que há
muitos deles - constituídos por diversas empresas, atuantes em setores
variados - tanto no Brasil quanto no resto do mundo. O fenômeno tem
ocorrido principalmente por meio de processos de aquisição parcial ou
total do controle societário de empresas já constituídas ou por meio das
chamadas
joint-v ntur s -
sociedades controladas em conjunto por diver
sos investidores.
Segundo o CPC 36 (CPC, 2009f) - pronunciamento técnico do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis -, correlacionado às AS 27
(Int rnational
Accountin# Standards
- N ormas nternacionais de Contabilidade), que
trata das demonstrações financeiras consolidadas, entende-se que ''liste
Pronunciamento deve ser aplicado na elaboração e apresentação de de
monstrações contábeis consolidadas de um g rup o econômico de entidades
sob o controle de controladora".
txistem algumas críticas na elaboração das demonstrações consolida
das. Segundo Schmidt, Santos e 1ernandes (2010, p. 171),
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nlo obstante as demonstrações financeiras consolidadas proporcionem maio
res benefícios aos usuários da informação, elas também possuem limitações.
Neste sentido, devem-se (sic) buscar alternativas congruentes que possam ate
nuar esses conflitos, visando atender da melhor maneira possível a todos os
usuários da Contabilidade. Por hora, a melhor alternativa talvez seja a apresen
tação conjunta das demonstrações individuais e consolidadas das entidades.
Segundo o CPC 36 (Rl), os termos abaixo (além dos citados anterior
mente, no Capítulo 3 - mais especifica mente na Seção 3.1, denominada
onceito de investimento)
serão utilizados nas técnicas de consolidação das
demonstrações contábeis:
Grupo econômico ê
a controladora e todas as suas controladas.
Participação lie
não controlador é a parte do patrimônio líquido da controlada não
atribuível, direta ou indiretamente, ã controladora.
ontroladora
é uma entidade que tem uma ou mais controladas.
5. A controladora ou suas controladas podem ser um investidor em coligada ou
um empreendedor em entidade controlada em conjunto
(joint oenturc).
Nesse
case», as demonstrações contábeis consolidadas devem ser elaboradas e apresen
tadas em conformidade com esta Norma e com NDC I 19.37 - Investimento em
Coligada e em Controlada c a NBC T 19.38 - Investimento em mpreendimento
Controlado em Conjunto
(Joint Venture).
Machado, Ostwald e Relvas, citados por rnst & Young e Fipecafi (2009,
p. 219), apresentam um resumo das normas internacionais ligadas à con
solidação das demonstrações contábeis.
A IAS 27 - Consolidated and Separated Financial Statements (IAS 27 -
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas), a IAS 28 Investments
in Associates (Investimentos cm Coligadas) c a IAS 31 - ínterests in Joint
Ventures (IAS 31 - Interesses em mpreendimentos em Conjunto) definem
(a) "Controle" como o poder de gerir as políticas operacionais e financeiras
de forma a obter benefícios de suas atividades; (b) "controle conjunto" como
o controle compartilhado estabelecido em contrato numa atividade econômi
ca, e existe apenas quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais
relacionadas com a atividade exigirem e operacionais relacionadas com a ati
vidade exigirem consenso unânime das partes que partilham o controle; e (c)
"influência significativa" como o poder de participar das decisões sobre polí
ticas financeiras e operacionais de uma atividade econômica, sem, contudo
exercer "controle" sobre tais políticas.
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Portanto, a consolidação das demonstrações contábeis consiste em uma
técnica cujo objetivo é dem onstrar a união do patrimônio de um grup o de
entidades, tornando suas informações em um único demonstrativo. O re
sultado, porém, pode ser considerado subjetivo. ntão, recomenda-se que,
na evidenciaçào nas notas explicativas, busque-se a máxima redução do
subjetivismo, além da maior clareza e transparência possível (disclosu ).
6.2 Procedimentos
Segundo o CPC 36 (Rl), os procedimentos de consolidação devem a tender
aos requisitos a seguir dispostos nesse pronunciamento.
18. Na elaboração de demonstrações contábeis consolidadas, uma entidade :
controladora combina suas demonstrações contábeis com as de suas contro- •
ladas, linha a linha, ou seja, somando os saldos dc itens de mesma natureza: :
ativos, passivos, receitas e despesas. Para que as demonstrações contábeis |
consolidadas apresentem informações sobre o grupo econômico como uma j
única entidade econômica, os seguintes procedimentos devem ser adotados: ;
(a) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e :
a parte dessa controladora no patrimônio líquido das controladas devem j
ser eliminados, (veja o Pronunciamento Técnico CPC 15 - Combinação de :
Negócios, o qual descreve o tratamento do ágio pago por expectativa de j
rentabilidade futura \goodwiU] resultante); :
(b) identificar a participação dos não controladores no resultado das con- •
troladas consolidadas para o período de apresentação das demonstrações :
contábeis; e •
(c) identificar a participação dos não controladores nos ativos líquidos das :
controladas consolidadas, separadamente da parte pertencente à controla- j
dora. A participação dos não controladores nos ativos líquidos é composta: :
(i) do montante da participação dos não controladores na data da com- •
binação inicial, calculada em conformidade com o Pronunciamento :
Técnico CrC 15 - Combinação de Negócios; e j
(ii) da participação dos não controladores nas variações patrimoniais das :
controladas consolidadas desde a data da combinação.
19. Quando existirem potenciais direitos de voto, a parte atribuível
à
con-:
troladora nos resultados e demais variações do patrimônio líquido da j
controlada é determinada com base na sua atual participação e não deve :
refletir o possível exercício ou conversão dos potenciais direitos de voto.
20. Os saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades :
do grupo econômico), devem ser totalmente eliminados. •
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21. Os saldos de balanços e transações intragrupo, incluindo receitas, despe
sas e dividendos são totalmente eliminados. Os resultados decorrentes das
transações intragrupo que estiverem reconhecidos nos ativos, tais como um
estoque ou um ativo imobilizado, devem ser totalmente eliminados. As per
das intragrupo podem indicar uma redução no valor recuperável dos ativos
correspondentes que precisa ser reconhecida nas demonstrações contábeis
consolidadas. Os impostos e contribuições decorrentes das diferenças tem
porárias pela eliminação de lucros ou prejuí/os nas transações intragrupo
devem ser reconhecidos no ativo ou passivo como tributos diferidos.
22. As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas uti
lizadas na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas devem ser
de mesma data. Quando a data de encerramento da controladora for dife
rente da data de uma controlada, esta última deve elaborar, para fins de
consolidação, uma demonstração financeira adicional na mesma data das
demonstrações da controladora, a menos que isso seja impraticável.
23. Quando, de acordo com o item 22, as demonstrações contábeis de uma
controlada, utilizadas para fins de consolidação, forem de uma data diferen
te da data de encerramento das demonstrações da controladora, devem ser
feitos os ajustes necessários em razão dos efeitos de eventos ou transações
relevantes que ocorrerem entre aquela data e a data das demonstrações con
tábeis da controladora. ndependente disso, a defasagem máxima entre as
datas de encerramento das demonstrações da controlada e da controladora
de até dois meses. A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações
contábeis e alguma diferença entre as respectivas datas de encerramento
deve ser igual de um período para outro.
24. As demonstrações contábeis consolidadas devem ser elaboradas utili
zando políticas contábeis uniformes para transações e outros eventos iguais,
em circunstâncias similares.
25. Se uma entidade do grupo econômico utiliza políticas contábeis dife
rentes daquelas adotadas nas demonstrações contábeis consolidadas para
transações e eventos de mesma natureza, em circunstâncias semelhantes,
são necessários ajustes para adequar as demonstrações contábeis dessa enti
dade quando da elaboração das demonstrações contábeis consolidadas.
26. As receitas e as despesas da controlada são incluídas nas demonstrações
contábeis consolidadas a partir da data de aquisição, tal como definido no
rronunciamento Técnico CFC 15 - Combinação de Negócios. As receitas
e as despesas da controlada devem estar baseadas nos valores dos «ativos
c passivos reconhecidos na posição consolidada da controladora na data
da aquisição. For exemplo, despesas de depreciação, reconhecidas na de
monstração consolidada do resultado do período, devem estar baseadas nos
valores justos dos ativos depreciáveis reconhecidos na posição consolidada
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da data da aquisição. As receitas e despesas de uma controlada são incluídas
nas demonstrações contábeis consolidadas até a data em que a controladora
perder o controle sobre essa controlada.
27. A participação dos não controladores deve ser apresentada na demons
tração consolidada da posição financeira (balanço patrimonial) dentro do
patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos proprietá
rios da controladora.
28. O lucro ou prejuízo do período e cada componente dos outros
resultados abrangentes (reconhecidos diretamente no patrimônio líquido -
ver Pronunciamento Técnico CPC 26 - Apresentação das Demonstrações
Contábeis) são atribuídos aos proprietários da controladora e à participa
ção dos não controladores. O resultado abrangente total é atribuído aos
proprietários da controladora e à participação dos não controladores, inde-
pendentemente desses resultados tornarem negativa a participação dos não
controladores.
29. Se uma controlada tem em circulação ações preferenciais cumulativas
classificadas como um componente do patrimônio liquido, as quais estão
em poder de não controladores, a controladora calcula a sua parte no lucro
ou prejuízo do período após a redução deste pelos dividendos pertinentes a
essas ações, independenlemente de os dividendos estarem declarados.
30. As mudanças na participação relativa da controladora sobre uma con
trolada que não resultem cm perda de controle devem ser contabilizadas
como transações de capital (ou seja, transações com sócios, na qualidade de
proprietários).
31. Km tais circunstâncias, o valor contábil da participação da controladora e
o valor contábil da participação dos não controladores devem ser ajustados
para refletir as mudanças nas participações relativas das partes na contro
lada. Alguma diferença entre o montante pelo qual a participação dos não
controladores íoi ajustada e o valor justo da quantia recebida ou paga deve
ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido atribuível aos proprie
tários da controladora.
Na prática, ao realizarmos o processo de consolidação, devemos obser
var os segu intes passos:
• Criar um plano de contas padrão (de preferencia o utilizado pela
Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
• Colocar todos os balancetes analíticos de cada empresa em uma colu
na exclusiva para cada uma.
• Verificar se ocorreram preços de transferência entre elas.
• liminar os saldos a receber e a pagar de cada uma das empresas.
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• Procurar ativos e passivos em pod er de cada um a das empresas a
serem consolidadas.
• Verificar a participação societária de cada unia das empresas do
grupo.
• Após realização das etapas anteriores, rea liza ra consolidação das de
monstrações financeiras.
6.3 Controladas excluídas
De acordo com as novas práticas contábeis, foram realizadas algumas
alterações em relação às controladas excluídas da consolidação. À Lei
n" 11.941/2009 (brasil, 2009) - que alterou a redação dos arts. 243 e 247 da
Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Brasil, 1976) - estabelece que:
Art. 243. [...]
§ 1° São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa.
§ 4" Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou
exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacio
nal da investida, sem controlá-la.
/
§ 5" Hpresumida influência significativa quando a investidora for titular de
20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.
(NR)
Art. 247. As notas explicativas dos investimentos a que se refere o art. 248 desta
Lei devem conter informações precisas sobre as sociedades coligadas e contro
ladas e suas relações com a companhia, [...)
Portanto, as coligadas e controladas nas quais não houver influência
significativa dos investidores na tomad a de decisões - quanto à política
financeira ou operacional da investida - podem ser consideradas contro
ladas excluídas. Lntende-se
influ ncia significativa
como os casos em que
um titular de investimento que abranja 20% ou mais do capital votante
não controle a sociedade. As evidenciações de todas as investidas devem
constarem notas explicativas.
Segundo rnst & Young e Fipecafi (2009),
a Norma Brasileira determinava, antes da lei n° 11.638/07 [lei que alterara a Lei
das S/A anteriormente ã Lei 11.941/20091, que, para ser avaliado pelo método
da equivalência patrimonial, o investimento deveria, nesta ordem, ser rele
vante e ser considerado uma coligada (ou equiparada à coligada), bem como
7/25/2019 LIVRO Contabilidade Avançada.pdf
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a investidora ter influência na administrarão ou porcentagem de participação,
direta ou indireta, igual ou superior a 20% do capital da investida.
6.4 Balancetes e livro-razão
Na sequência, apresentamos um roteiro para servir de base para o pro
cesso de consolidação.
O contador deve ter em suas mãos todos os balancetes das empresas
que participarão do processo de consolidação de maneira analítica. Todos
os dados sobre os clientes - contas bancárias, empréstimos, estoques, in
vestimentos, capital imobilizado, fornecedores, contas a pagar, dividendos
a pagar - devem revelar os eventos e transações que ocorreram entre as
empresas do grupo, de forma transparente e organizada.
Uma planilha eletrônica, que não precisa ser necessariamente a do
Microsoft xcel®, pode ser sua ferramenta de consolidação. O primeiro
passo é criar uma pasta (matriz) na qual serão listadas as empresas
hori
zontalmente e, vertical mente, as contas contábeis do ativo e do passivo, o
que consistirá na demonstração do resultado do exercício. Quanto mais
analítica a planilha ficar, melhor será de trabalhar com ela.
As regras para a consolidação devem seguir os procedimentos citados
por l Hajj (1999, p. 132):
• eliminação do valor contábil do investimento da controladora em cada .subsi
diária e a parcela possuída pela controladora no patrimônio líquido de cada
controlada;
• eliminação dos saldos e das transações entre companhias, incluindo as vendas,
despesas e dividendos;
• eliminação dos lucros não realizados resultantes de transações entre compa
nhias, os quais estão incluídos no valor contábil dos ativos, tais como estoques
e ativo imobilizado;
• eliminação dos prejuízos não realizados resultantes de transações entre com
panhias, os quais foram deduzidos, para se obter o valor contábil dos ativos,
salvo se o custo não puder ser recuperado;
• reconhecimento do efeito tributário decorrente das diferenças intertemporais
que surgem na eliminação dos lucros ou prejuízos não realizados de acordo
com o AS 12
(Account hig for hicom Tax s);
• identificação e ajuste da participação minoritária no lucro líquido das subsidiá
rias consolidadas contra o lucro da controladora com o objetivo de se obter o
lucro líquido atribuível aos proprietários da controladora;
7/25/2019 LIVRO Contabilidade Avançada.pdf
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• as controladas compradas no período terão seus resultados considerados nas
Demonstrações Consolidadas após a data de aquisição. m relação às subsidiá-
rias vendidas, o resultado da vendas será computado até a data da transferencia
do controle;
• segregação da participação minoritária no patrimônio líquido das subsidiárias
consolidadas, sendo apresentados no Balanço Consolidado separadamente do
passivo e do patrimônio líquido da controladora;
• saldo da participação minoritária evidenciando nas Demonstrações
Consolidadas é constituído por duas parcelas: 1) importância reconhecida na
data da compra; e 2) participações nas mutações do patrimônio liquido desde
a data da aquisição;
• a data efetiva para elaboração das Demonstrações Contábeis Consolidadas de-
veria coincidir com a data da controladora e de suas subsidiárias. Quando as
datas das Demonstrações Contábeis são diferentes a subsidiária deve preparar,
para fins de consolidação, demonstrações contábeis da mesma data do grupo.
ntretanto, quando for impraticável, poderão ser utilizadas Demonstrações
Contábeis de outras datas, desde que a diferença não exceda a três meses. F
fundamental que sejam efetuados ajustes decorrentes de transações ou eventos
significativos, enlre a controladora e a(s) subskliária(s) ou entre as subsidiárias,
ocorridos nesse período de defasagem. A convenção da consistência impõe que
a extensão do período coberto pelas demonstrações e qualquer diferença nas
datas das demonstrações sejam a mesma de período a período; e
• práticas contábeis uniformes na elaboração das Demonstrações Consolidadas
para transação e eventos semelhantes em circunstâncias equivalentes. Porém,
se a uniformidade não for praticável esse fato deve ser divulgado de for-
ma conjunta com a quantificação dos valores dos itens das Demonstrações
Consolidadas que sofreram aplicadas práticas diferentes.
No processo de consolidação, não devemos simplesmente somar ou di-
minuir os valores que há nas contas das empresas, mas, sim, buscar o
resultado econômico do grupo.
A
essência deve ser sobreposta à forma;
os passos da consolidação são subjetivos e devem ser apreciados em cada
empresa particularmente. odemos buscar, a fim de facilitar o processo,
balanços similares disponíveis na Bovespa ou na internet.
Devemos, contudo, utilizar os demonstrativos de empresas que se en-
quadram no que está prescrito nas norm as internacionais de contabilidade.
Não precisamos sequer nos restringir aos modelos brasileiros: podemos
utilizar também os balanços de Portugal, França, Itália e outro s países que
já adotam as práticas das normas internacionais há m ais tempo.
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6.5 C ns lidaçã c m participaçã de min ritári s
O processo de separação da participação minoritária envolve os valores
que pertencem a esse grupo de acionistas, que detém ações ou quotas que
não dão o direito de que participe dos assuntos relacionados ao controle
da empresa. ara calcular o percentual da minoria, deve-se comparar a
quantia que eles investiram com o montante total da integral ização do
capital social.
Exemplo:
Quadro 6.1 -Investim entos e capital social
Participação
minoritária
ontroladora
90%
Minoritária
10 %
Total
Patrimônio
líquido
R$ 277.920,00 R$ 30.880,00 R$ 308.800,00
apital social R$ 59.400,00 R$ 6.600,00
R$ 66.000,00
Reserva de
lucros
R$ 218.520,00 R$ 24.280,00 R$ 242.800.00
Observe que a participação minoritária fica em um grupo separado dos
demais, para que no momento da divulgação estes não sejam tidos como
capital próprio da empresa, mas, sim, como capital próprio de terceiros
minoritários.
6.6 Cas prátic dc c ns lidaçã
O exemplo que se desdobrará demonstra as práticas mais utilizadas no
processo de consolidação de uma empresa mercantil.
Quadro 6.2 - Vendas da controladora para a controlada B
Eliminações "A" - contas a receber e vendas
inter omp ny
Débito rédito Saldo
ontroladora A
ontas a receber
ontrolada B
-
ontrolada B
Fornecedores
ontrolada B
(R$40.000,00)
ontroladora A
Vendas ontrolada B
-
ontrolada B usto ontrolada B (R$ 40.000,00)
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Seguindos os passos apresentados anteriormente, percebemos que, no
momento da consolidação, os dados das contas a receber de um a em pre
sa do mesmo grup o devem ser eliminados juntam ente com os das contas
a pagar de outra empresa.
Podemos exemplificar essa linha de raciocínio com o caso de um dono
de uma empresa que compra insumos de outra empresa de sua proprieda
de. Ou seja, quem vendeu gerou receita e quem comprou gerou custo, mas,
como ambas são empresas do mesmo proprietário, o impacto econômico
será quase inexistente.
Quadro 6.3 - Vendas da controladora para a controlada C
Eliminações "B" - ontas a receber e vendas inter omp ny
Débito rédito Saldo
ontroladora A
ontas a receber
ontrolada
RS 50.000,00
ontrolada
Fornecedores
ontrolada
(R$ 50.000,00)
ontroladora A
Vendas ontrolada R$ 50.000.00
ontrolada usto ontrolada (RS 50.000,00)
Observamos que, no caso de vendas entre empresas do mesmo grupo,
além de eliminarmos os saldos de ambas empresas, precisamos também
eliminar, no grupo da demonstração de resultado, a receita decorrente
de um a venda - na empresa fornecedora - e o seu custo - na empresa
adquirinte.
Quadro 6.4 - liminação do investimento da participação em B
Eliminações " " - Eliminação investimento em B
Débito rédito Saldo
ontroladora A Investimento na ontrolada B R$ 30.000,00
ontrolada B
apital social
ontrolada B
(R$ 30.000,00)
\ a conta de investimento estão dispostos os valores da participação
acionária das coligadas ou controladas; devemos subtrair o percentual de
corrente desse investimento no momento da consolidação.
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Eliminações "D" - Eliminação investimento em
Quadro 6.5 - liminação do investimento da participação em C
Débito rédito
ontroladora A
Investimento na
ontrolada
R$ 40.000,00
ontrolada
apital social
ontrolada
(R$ 40.000,00)
Os valores existentes nas contas de investimento em controladas devem
ser subtraídos da conta de capital social da investida.
Quadro 6.6 - mpréstimo da controladora para a controlada B, com
juros de RS 30.000,00
Eliminações "E" - Empréstimos + juros
—
Débito rédito
ontroladora A
Empréstimo
controlada B
R$ 40.000,00
ontrolada
Empréstimo
controladora
(R$ 40.000,00)
ontroladora A Receita financeira R$ 30.000,00
ontrolada Despesa financeira (RS 30.000,00)
Todas as transações entre as empresas do mesmo grupo devem ser
subtraídas no momento da consolidação, inclusive as contas patrimoniais,
como podemos observar no quadro acima.
Quad ro 6.7 - mpréstimo da controlada B para a controlada C, sem
juros
Eliminações "F" - Empréstimo ontrolada B para ontrolada
Débito rédito
ontrolada B
Empréstimo
ontrolada
R$ 20.000,00
ontrolada
Empréstimo
ontrolada B
(R$ 20.000,0)
mpréstimos entre empresas do mesmo grupo também devem ser eli
minados na consolidação.
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Quadro 6.8 - Papéis de trabalho da consolidação - contas do ativo
Controladora A Controlada B Controlada C Eliminação d Saldo
consolidadoébito Crédito
ATIVO
CIRCULANTE
RS 228.800.00 RS 90.000,00
RS 96.000,00 RS 270.800.00
Disponív l R$ 13.800,00 RS 50.000,00 RS 46.000,00 RS 109.800.00
Contas a
r c b r
t rc iros
R$ 75.000,00 RS 30.000,00 RS 30.000,00 RS 135.000.00
Contas a
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Controlada B
RS 40.000,00 RS 40.000.00
Contas a
r c b r
Controlada C
RS 50.000,00 RS 50.000,00
-
Empréstimo
Controlada li
RS 40.000,00 RS 40.000.00
-
Empréstimo
Controlada C
RS 20.000,00 RS 20.000,00
-
Estoqu s R$ 10.000,00 R$ 16.000,00
RS 26.000.00
NAO
CIRCULANTE
RS RO.000,00 RS 80.000,00 RS 38.000,00 RS 178.000.00
Inv stim nto
na
C ontrolada li
RS 30.000,00 RS 30.000,00
-
Inv stim nto
na
Controlada C
RS 40 000,00 RS 40.000.00
Imobilizado R$ 10.000,00 RS 80.000,00 R$ 38.000,00 RS 128.000,00
TOTAL DO
ATIVO
RS 308.800,00 R$ 176.000,00 R$ 134.000,00 R$ 398.800.00
bservam os no Quadro 6.8 como devem ser montados os papéis de
trabalho no processo de consolidação nas contas do ativo
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Quadr 6.9 - Papéis de trabalh da c ns lidaçã - c ntas d passiv
Controladora
A
Controlada
B
Controlada
C
Eliminação d Saldo
consolidado
Débito Crédito
PASSIVO
CIRCULANTE
RS 50.000.00 RS 100.000.00 PS 90.000,00 RS 90.000,00
Forn c dor s
t rc iros
RS 30.000,00
RS 40.000,00 RS 70.000.00
Forn c dor s
Controlada B
RS 40.000,00 RS 40.000,00
Forn c dor s
Controlada C
-
RS 50.000.00 RS 50.000,00
-
Contas a
pagar
RS 20.000.00 R$ 20.000,00
Empréstimo
Controladora
R$ 40000,00
R $40.000,00
-
Empréstimo
Controlada B
RS 20.000,00
RS 20.000,00
NÁO
CIRCULANTE
RS 258.800,00 RS 76 000.00 RS 44.000,00 RS 308 800.00
Participação
minoritários
(K W
RS 30.880,00
Patrimônio
liquido (90%)
RS 258.800 00 RS 76 000.00 n$ 44.000.00 RS 277920,00
Capitai social R$ 66.000,00
RS 30 OOO.OO
RS 40-000,00 RS 66.000,00
Capital social
Controladora
RS 66.000.00
RS 66.000.00
Capital social
Controlada B
RS 30000,00
H$ 30.000,00
-
Capital social
Controlada C
RS 40.000,00
RS 40.000,00
-
R s rva d
lucros
RS 192.800.00 RS 46.000.00 RS 4.000.00 RS 242.800.00
TOTAL 00
PASSIVO
RS 308.800.00 RS 176.000,00 RS 134.000,00 RS 398 800,00
ercebemos no Quadro 6.9 como os papéis de trabalho no processo de
consolidação nas contas do passivo devem ser montados.
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Finalmente, no Q uadro 6.10, observamos como devem ser montados os
papéis de trabalho no processo de consolidação nas contas da demonstra
ção de resultado abrangente.
Quad ro 6.11 - Balanço patrimonial consolidado
AÍIVO
ontroladora onsolidado
IR ULANTE
R$ 228.800,00 R$ 270.800,00
Disponível R$ 13.800,00
R$ 109.800,00
ontas a receber terceiros R$ 75.000,00 R$ 135.000,00
ontas a receber ontrolada B R$ 40.000,00
-
ontas a receber ontrolada R$ 50.000,00
-
Empréstimo controlada B R$ 40.000,00
•
Estoques R$ 10.000,00 R$ 26.000,00
NÀO IR ULANTE R$ 80.000,00 RS 128.000,00
Investimento na ontrolada B R$ 30.000,00
-
Investimento na ontrolada R$ 40.000,00
-
Imobilizado R$ 10.000,00 RS 128.000,00
TOTAL DO ATIVO R$ 308.800,00 R$ 398.800,00
PASSIVO
IR ULANTE
R$ 50.000,00 RS 90.000,00
Fornecedores terceiros R$ 30.000,00 RS 70.000,00
ontas a pagar R$ 20.000,00 R$ 20.000,00
NÀO IR ULANTE R$ 258.800,00 RS 308.800,00
Participação minoritários (10%)
•
RS 30.880,00
Patrimônio líquido (90%) R$ 258.800,00 R$ 277.920,00
apital social R$ 66.000,00
RS 66.000,00
Reserva de lucros R$ 192.800,00 RS 242.800,00
TOTAL DO PASSIVO R$ 308.800,00 R$ 398.800,00
Após os ajustes da consolidação, o balanço patrim onial consolidado de
ve ficar como no Quadro 6.11.
Quadro 6.12 - emonstração de resultado abrangente
ontroladora Saldo consolidado
RE EITA BRUTA
R$660.000,00
R$ 920.000,00
Vendas terceiros R$ 570.000,00 RS 920.000,00
Vendas ontrolada B RS 40.000,00
—
Vendas ontrolada R$ 50.000,00
—
(-) DEDUÇÕES DA RE EITA (R$ 99.000,00) (RS 151.500,00)
RE EITA LÍQUIDA RS 561.000,00 RS 768.500,00
(-) USTO MER ADORI A VENDI DA (R$ 220.000,00) (R$ 292.000,00)
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ontroladora
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Saldo consolidado
usto terceiros (RS 220.000,00) (RS 292.000,00)
LU RO BRUTO R$ 341.000.00 RS 476.500,00
DESPESA ADMINISTRATIVA
(R$ 50.000,00) (RS 65.000,00)
DESPESA OMER IAL (RS 60.000,00) (RS 95.000,00)
RESULTADO FINAN EIRO R$ 10.000.00 (RS 13.000,00)
Receita financeira R$ 30.000,00 R$ 10.000,00
Despesa financeira (RS 20.000,00) (RS 2 3.000,00)
LU RO ANTES IR RS 241.000,00 R$ 303.500,00
IR/ 5 (R$ 48.200,00) (R$60.700,00)
LU RO LÍQUIDO R$ 192.800,00 R$ 242.800,00
, finalmente, no Quadro 6.12 apontamos como deve ficar a demonstra
ção de resultado abrangente, após realizados todos os ajustes.
1. O que é consolidação?
Resp st :
Trata-se de uma técnica contábil de evidenciaçào de urn grupo, seja es
te composto por controladas, seja por coligadas, em que uma empresa,
denominada mã investiu, fcsta agrupa todas aquelas em uma única
demonstração contábil.
2. Como devo realizar o lançamento quando houver valores a receber de
uma controladora e um valor a pagar de uma empresa controlada, am
bas do mesmo gru po econômico?
Resp st :
O valor a ser contabilizado deve ser creditado na conta do ativo da con
troladora e debitado no valor do passivo da controlada, assim como
ambos os lançamentos devem ser realizados nos papéis de trabalho.
3. Qual é o risco da análise de um a demonstração consolidada?
Resposta:
O risco se encontra principalmente na união das demonstrações con
tábeis, o que talvez aponte para uma empresa em situação de falência
dentro do grupo: no processo de consolidação, uma empresa lucrati
va pode ter realizado uma cobertura fictícia da empresa em processo
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falimentar. m função desse risco, todas as empresas a serem con
solidadas devem demonstrar seus resultados nas notas explicativas
(dischsiir ).
4. Quando um investimento deve partic ipar do balanço consolidado?
Resp s a:
Quando a controladora tiver mais de 20% das ações ou quotas com po
der de decisão.
5. Como deve ser o lançamento no grupo de resultados quando uma
empresa controladora efetuar vendas para uma controlada no mesmo
exercício?
Resp s a:
Nos papéis de trabalho, deve-se debitar na conta de receita com vendas
e creditado da conta de custo de mercadoria vendida.
Pesquise!
1. Como deve ser o controle mensal de urna controladora?
2. Cite dois riscos na hora de verificação de uma consolidação?
3. Analise três balanços consolidados na Bovespa de empresas que se en
contram no novo mercado.
Síntese
Neste capitulo aplicamos todo os assuntos explicados nos capítulos ante
riores, assim como demonstram os o objetivo da consolidação, apontamos
as técnicas convencionais a serem u tilizadas e conjeturamos sobre quando
e como se deve utilizar a consolidação das dem onstrações contábeis e os
resultados das permutações
iiit rcompa y.
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No presente trabalho focamos a utilização de ferramentas e técnicas apli
cáveis de acordo com as novas normas internacionais de contabilidade.
Buscamos, também, demonstrar certas práticas usuais da contabilidade
avançada, para os leitores que desejem aprofundar-se na essência do co
nhecimento contábil - diferentemente de outros trabalhos, nos quais o
enfoque costuma ser dado à forma legal. O Brasil ainda apresenta uma
carência de obras que expliquem de maneira mais prática a utilidade e a
tecnicidade necessárias para que os profissionais assumam a contabilida
de das organizações.
A contabilidade avançada tende a ser um tema futuramente presente
não só na pós-graduação, mas também na graduação, para que os alunos
que saiam desta já tenham conhecimentos suficientes para assumir uma
empresa de grande porte. A legislação do setor público já começou a ser
adaptada às normas internacionais: os municípios, por exemplo, têm um
prazo para se adequarem que vai até 2013. O mercado privado também
deve seguir o mesmo ritme».
Além do foco especialmente dado às normas internacionais, buscamos
apresentar nesta obra certas técnicas existentes no ramo, como a dos juros
sobre capital próprio. ambém apontamos para a crescente abrangência
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das grandes organizações - que criam
holdings
e
joint v nlurcs
para agir in-
ternado nalm ente e que, na prática, funcionam como parcerias e /ou como
uma espécie de delegação de poderes, com responsabilidade e prestação
de contas ao gestor.
m nossa busca de denotar o que seria a essência da contabilidade,
muitas vezes nos utilizamos de afirmações consideradas polêmicas em
um país onde boa parte do estudo da contabilidade está restrito a nor
mas, definidas de acordo com aspectos fiscais ou agentes reguladores.
ntendemos que o profissional de contabilidade que entender a essência
dessa ciência a terá como uma ferramenta de trabalho que pode auxiliar
os gestores, o conselho fiscal, o conselho administrativo e o conselho de
liberativo de sua empresa a apresentarem uma posição econômica mais
próxima da realidade.
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COIV1ITÊ DE RONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
RONUNCIAMENTO TÉCNICO C C 18
Investimento em Coligada e em Controlada
Correlação às Normas nternacionais de Con tabilidade - AS 28
í dice Item
ALCANCE 1
DEFINIÇÕES 2-12
Influência significativa 6 - 1 0
Métod o de equivalência patrimonial 11- 12
APUC AÇAO DO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 13 - 34
Perdas por redução ao valor recuperável 31 -3 4
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEPARADAS 35 - 36
DIVUL AÇÃO 37 - 40
O Guia de Implementação deste Pronunciamento Técnico encontra-se no
Pronunciamento Técnico P 36 - Demonstrações onsolidadas
7/25/2019 LIVRO Contabilidade Avançada.pdf
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lc nce
1. ste Pronunciamento deve ser aplicado na contabilização dos investi
mentos em coligadas e em controladas. Contudo, ele não se aplica aos
investimentos em coligadas e em controladas mantidos por:
(a) organizações de capital de risco; e
(b) fundos mútuos, trustes, entidades fiduciárias e entidades similares,
incluindo fundos de seguro vinculados a investimentos;
os quais, no reconhecimento inicial, tenham sido (i) designados (classi
ficados) como mensurados ao valor justo por meio do resultado; ou
(ii) classificados como instrumentos financeiros mantidos para nego
ciação de acordo com os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC
38 - Instrum entos Financeiros: Reconhecimento e Mensu ração. Tais
investimentos devem ser mensurados ao valor justo de acordo com os
requisitos do citado Pronunciamento, com as mudanças no valor justo
sendo reconhecidas no resultado do período em que ocorrerem. Nesses
casos, a entidad e deve cum prir as exigências de divulgação do item 37
(f) do presente Pronunciamento.
Definições
2. O s termos a seguir são utilizados no presente Pronunciamento com os
seguintes significados:
•
oligada
é uma entidade, incluindo aquela não constituída sob a for
ma de sociedade tal como uma parceria, sobre a qual o investidor
tem influência significativa e que não se configura como controla
da ou participação em empreendimento sob controle conjunto
(joint
venture).
•
Demonstrações consolidadas
são demonstrações contábeis de um con
junto de entidades (grupo econômico) apresentadas como se fossem
as de uma única entidade econômica.
•
ontrole é
o poder de governar as políticas financeiras e operacionais
da entidade de forma a obter benefícios de suas atividades.
•
Método de equivalência patrimonial ó
o método de contabilização por
meio do qual o investimento é inicial mente reconhecido pelo custo
e posteriormente ajustado polo reconhecimento da participação atri
buída ao investidor nas alterações dos ativos líquidos da investida.
7/25/2019 LIVRO Contabilidade Avançada.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/livro-contabilidade-avancadapdf 119/138
O resultado do período do investidor deve incluir a parte que lhe
cabe nos resultados gerados pela investida.
•
ontrole conjunto
é o compartilhamento do controle, contratualmen
te estabelecido, sobre um a atividade económica que existe somente
quand o as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas
à atividade exigirem o consentimento unânime das partes que com
partilham o controle (os empreendedores).
•
Demonstrações separadas
são aquelas apresentadas por uma contro
ladora, um investidor em coligada ou um empreendedor em uma
entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são
contabilizados com base no valor do interesse direto no patrimônio
(direct equity interest)
das investidas, em vez de nos resultados divulg a
dos e nos valores contábeis dos ativos líquidos das investidas. Não se
confundem com as demonstrações contábeis individuais. (Consultar
Pronunciamento Técnico CPC 35 - Demonstrações Separadas.)
•
Influencia significativa
é o poder de partic ipar nas decisões financeiras
e operacionais da investida, sem controlar de forma individual ou
conjunta essas políticas.
•
ontrolada
é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma
de sociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, direta
mente ou por meio de ou tras controladas, é titu lar de d i reitos de sócio
que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deli
berações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
3. As demonstrações contábeis em que o m étodo de equivalência patrimo
nial é aplicado não são demonstrações contábeis separadas e também
não são demonstrações contábeis separad as aquelas da entidade que não
tenha controladas, coligadas ou participações em entidades controladas
em conjunto. A essas demonstrações se dá o nome de demonstrações
contábeis individuais. As disposições sobre investimento em controla
da deste Pronunciamento se referem exclusivamente ao investimento
contido nessas demonstrações individuais.
4. ( liminado).
5. ( liminado).
7/25/2019 LIVRO Contabilidade Avançada.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/livro-contabilidade-avancadapdf 120/138
nfluência significativa
6. Sc o investidor mantém d ireta ou indire ta mente (por exemplo, por meio
dc controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida,
presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa
scr claramente dem onstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor
detém, d ireta ou indireta mente (por meio de controladas, por exemplo),
menos dc vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se
que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência
possa scr claramente demonstrada. A propriedade substancial ou ma
joritária da investida por outro investidor não necessariamente impede
que o investidor minoritário tenha influência significativa.
7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evi
denciada po r um ou mais das seguintes formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da
investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de dire tores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.
8. A entidade pode ter em seu poder direitos de subscrição, warra s de
compras de ações, opções de compra de ações, instrum entos de dívida
ou patrimoniais conversíveis em ações ordinárias ou outros instru
mentos semelhantes com potencial de, se executados ou convertidos,
conferir à entidade poder de voto adicional ou reduzir o poder de voto
de outra parte sobre as políticas financeiras e operacionais da investida
(isto é, potenciais direitos de voto). A existência e a efetivação dos poten
ciais direitos de voto pron tamente exercíveis ou conversíveis, incluindo
os potenciais direitos de voto detidos por outras entidades, são conside
radas na avaliação de a entidade possuir ou não influência significativa
ou controle. Os potenciais direitos de voto não são exercíveis ou conver
síveis quando, por exemplo, não podem ser exercidos ou convertidos até
uma data futura ou até a ocorrência de evento futuro.
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9. Ao avaliar se os potenciais direitos de voto contribuem para a influên
cia significativa ou para o controle, a entidade deve reexaminar
todos os fatos e circunstâncias (inclusive os termos do exercício dos
potenciais direitos de voto e quaisquer outros ajustes contratuais
considerados individualm ente ou em conjunto) que possam afetar os
direitos potenciais, exceto pela intenção da administração e a capaci
dade financeira em exercê-los ou convertê-los.
10. A entidade perde a influência significativa sobre a investida quan
do ela perde o poder de participar nas decisões sobre as políticas
financeiras e operacionais daquela investida. A perda da influência
significativa pode ocorrer com ou sem uma mudança no nível de
participação acionária absoluta ou relativa. Isso pode ocorrer, por
exemplo, quando uma coligada torna-se sujeita ao controle de gover
no, tribunal, órgão administrador ou entidade reguladora. Isso pode
ocorrer também como resultado de acordo contratual.
10A. Aplicam-se à perda de controle de uma controlada todas as disposi
ções cabíveis contidas nos itens 32 a 37 do Pronunciamento Técnico
CPC 36 - emonstrações Consolidadas.
Método de equivalência patrimo nial
11. Pelo método de equivalência patrim onial, um investimento em
coligada e em controlada (neste caso, no balanço individual) é inicial-
mente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será aumentado
ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor
nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a
aquisição. A parte do investidor no lucro ou prejuízo do período da
investida é reconhecida no lucro ou prejuízo do período do investi
dor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil
do investimento. Ajustes no valor contábil do investimento também
são necessários pelo reconhecimento da participação proporcional
do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros re
sultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente em seu
patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da
reavaliação de ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e
das diferenças de conversão em moeda estrangeira, quando aplicável.
A par te do investidor nessas mudanças é reconhecida de forma reflexa,
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ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio
líquido do investidor (ver o Pronunciamento Técnico CPC 26 -
Apresentação das emonstrações Contábeis), e não no seu resultado.
12. Na existência de potencia is direitos de voto, a participação do in
vestidor nos lucros ou prejuízos da investida e nas mudanças no
patrimônio da investida é determinada com base nas participações
no controle acionário atual, e não reflete o possível exercício ou con
versão dos potenciais direitos de voto.
Aplicação do método de equivalência patrimonial
13. O investimento em coligada e em controlada (neste caso, no balanço
individual) deve ser contabilizado pelo método de equivalência pa tri
monial, exceto quando, e se permitido legalmente:
(a) o investim ento for classificado como mantido para venda, de acor
do com os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo
Não Circu lante Mantido para Venda e Operação escontinuada;
(b) for aplicável a exceção contida no item 10 do Pronunciam ento
Técnico CPC 36 - emonstrações Consolidadas ao perm itir que
a controladora que também tenha participação em en tidade con
trolada conjunta mente não apresente demonstrações contábeis
consolidadas; ou
(c) todas as condições a seguir forem aplicáveis, respeitada a legisla
ção vigente:
(i) o investidor é ele próprio uma controlada (integral ou parcial)
de outra entidade, a qual, em conjunto com os demais acio
nistas ou sócios, incluindo aqueles sem direito a voto, foram
consultados e não fizeram objeção quanto à não aplicação do
método de equivalência patrimonial pelo investidor;
(ii) os instrumentos de dívida ou patrimoniais do investidor
não são negociados em mercado aberto (bolsas de valores
domésticas ou estrangeiras ou mercado de balcão - mercado
descentralizado de títulos não listados em bolsa de valores
ou cujas negociações ocorrem diretam ente entre as partes, in
cluindo mercados locais e regionais);
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(iii) o investidor não registrou e não está em processo de regis
tro de suas demonstrações contábeis na Comissão de Valores
Mobiliários ou outro órgão regulador, visando à emissão de
qualquer tipo ou classe de instrumento no mercado aberto; e
(iv) a controladora final (ou intermediária) do investidor disp oni
biliza ao público suas dem onstrações contábeis consolidadas
em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos do CPC -
Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
14. Os investimentos descritos no item 13(a) devem ser contabilizados em
conform idade com os requisitos do Pronunciam ento Técnico CPC 31 -
Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada;
15. Quando o investimento em coligada e em controlada, previamente
classificado como mantido para venda, não mais atender os critérios
necessários para essa classificação, ele deve ser contabilizado pelo
método de equivalência patrimonial desde a data em que tiver sido
inicialmente classificado como mantido para venda. As demonstra
ções contábeis do investidor, correspondentes aos períodos desde a
classificação do investimento em coligada e em controlada como man
tido para venda devem ser adequadam ente ajustadas.
16. ( liminado).
17. O reconhecimento de receita com base no recebimento de divid en
dos (e outras distribuições de lucro) pode não ser uma mensuração
adequada do resultado obtido por investidor sobre o investimento na
coligada ou na controlada uma vez que essas distribuições podem
ter pequena relação com o desem penho da investida. m razão de o
investidor ter influência significativa sobre a coligada, ele tem uma
participação no desempenho da coligada e consequentemente, no
retorno sobre seu investimento. O investidor contabiliza essa parti
cipação peia ampliação do alcance dc suas dem onstrações contábeis
para incluir sua parte nos resu ltados gerados por essa coligada. Como
consequência, a aplicação do método de equivalência patrimonial
proporciona informações mais úteis acerca dos ativos líquidos c dos
lucros ou prejuízos do investidor, ü mesmo se aplica ao investimento
cm controlada no caso de um balanço individual.
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18. O investidor deve suspen der o uso do método de equivalência
patrimonial a partir da data em que deixar de ter influência signi
ficativa sobre a coligada e deixar de ter controle sobre a até então
controlada (exceto, no balanço individual, se a investida passar de
controlada para coligada), a partir desse momento, contabilizar o
investimento como instrumento financeiro de acordo com os requi
sitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração. Se a coligada passar a ser sua contro
lada ou então um empreendimento sob controle conjunto tal como
definido pelo Pronunciamento Técnico CPC 19 - Investimento em
mpreendimento Controlado em Conjunto
(foint V nturé),
permane
ce o uso da equivalência patrimonial nas demonstrações individuais.
Quando da perda de influência e do controle, o investidor deve
mensurar ao valor justo qualquer investimento remanescente que
mantenha na ex-coligada ou ex-controlada. O investidor deve reco
nhecer no resultado do período qualquer diferença entre:
(a) o valor justo do investimento remanescente, se houver, e qualquer
montante proveniente da alienação parcial de sua participação na
coligada e na controlada; e
(b) o valor contábil do investimento na data em que foi perdida a in
fluência significativa ou foi perdido o controle.
19. Na data em que a investida deixa de ser uma coligada ou controlada
e passa o investimento a ser contabilizado como instrumento finan
ceiro, de acordo com os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC
3 8 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, o va
lor justo desse investimento será considerado no seu reconhecimento
inicial como ativo financeiro.
19A. Se o investidor perde a influência significativa sobre a coligada, ou
se perde o controle sobre a controlada (sem que passe para a catego
ria de coligada), ele deve contabilizar todos os valores reconhecidos
de forma reflexa em seu patrimônio líquido provenientes de resulta
dos diretamenle reconhecidos no patrimônio líquido da coligada e
da controlada (outros resultados abrangentes), nas mesmas bases que
seriam requeridas se a investida tivesse alienado os ativos e passi
vos que lhes deram origem. Portanto, tal como um ganho ou perda
reconhecido pela investida diretamente em seu patrimônio líquido
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(outros resultados abrangentes) seria reclassificado para o resultado
do período pela alienação dos ativos ou passivos correspondentes
quando o investidor perde a influência significativa sobre essa coli
gada ou o controle sobre a controlada sem que passe a ser coligada, o
investidor reclassifica o respectivo ganho ou perda de seu patrimônio
liquido para o resultado do período (como ajuste de redassificação).
Por exemplo, se a coligada possui ativos financeiros disponíveis para
venda e o investidor perde a influência significativa sobre a coligada,
o investidor reclassifica para o resultado do período os ganhos e per
das reconhecidos de forma reflexa previamente em seu patrimônio
líquido como outros resultados abrangentes. Se a participação rela
tiva do investidor na coligada ou na controlada é reduzida, porém o
investimento continua sendo uma coligada ou controlada, os ganhos
e as perdas previamente reconhecidos de forma reflexa no patrimônio
líquido do investidor como outros resultados abrangentes devem ser
reclassificados para o resultado do período de forma proporcional.
20. Muitos dos procedimentos para a aplicação do método de equivalência
patrimonial são similares aos procedimentos de consolidação, descri
tos no Pronu ncia mento Técnico CPC 36 - emonst rações Consol idadas.
Além disso, os conceitos que fundamentam os procedimentos utiliza
dos para contabilizar a aquisição de controlada são também adotados
para contabilizar a aquisição de investimento em coligada.
21. A participação de um grupo económico em uma coligada é dada pela
soma das participações mantidas pela controladora e suas controla
das naquela coligada. As participações mantidas por ou tras coligadas
ou empreendimentos sob controle conjunto do grupo são ignora
das para essa finalidade. Quando a coligada tiver investimentos em
controladas, coligadas ou participações em empreendimentos sob
controle conjunto
(joint v ntur s),
os resultados e os ativos líquidos
considerados para aplicação do método de equivalência patrimonial
são aqueles reconhecidos nas demonstrações contábeis da coligada
(incluindo a parte que lhe cabe nos resultados e ativos líquidos de
suas coligadas e empreendimentos sob controle conjunto), após reali
zar os ajustes necessários para uniformizar as políticas contábeis (ver
itens 2fi e 27). Aplica-se o mesmo à figura da controlada no caso das
demonstrações contábeis individuais.
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22. Os resultados decorrentes de transações ascendentes (
upstr am
) e
descendentes
(dow str am)
entre o investidor (incluindo suas contro
ladas consolidadas) e a coligada são reconhecidos nas demonstrações
contábeis do investidor somente na extensão da participação de ou
tros investidores sobre essa coligada que sejam p artes independentes
do grupo econômico a que pertence a investidora. As transações
ascendentes são, por exemplo, vendas de ativos da coligada para o
investidor. As transações descendentes são, por exemplo, vendas de
ativos do investidor para a coligada. A par te do investidor nos lucros
e prejuízos resultantes dessas transações deve ser eliminada.
22A. Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) e
descendentes (downstream) entre a controladora e a controlada não
são reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais da ven
dedora enquanto os ativos transacionados estiverem no balanço da
adquirente pertencente ao g rupo econômico. C) mesmo ocorre com
transações entre as controladas do mesmo grupo econômico. Devem
ser observadas nessas situações o disposto na Interpretação Técnica
1CPC 09 - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações
Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de
quivalência Patrimonial.
23. O investimento em coligada e em controlada é contabilizado pelo mé
todo de equivalência patrim onial a partir da da ta em que ela se torna
sua coligada ou controlada. Na aquisição do investimento, quaisquer
diferenças entre o custo do investimento e a parte do investidor no
valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da investida
devem ser contabilizadas como segue:
(a) o ágio fundam entado em rentabilidade futura
(goodwill)
relativo
a uma coligada ou controlada (neste caso, no balanço individual
da controladora) deve ser incluído no valor contábil do investi
mento e sua amortização não é permitida;
(b) qualquer excedente da parte do investidor no valor justo líquido
dos ativos e passivos identificáveis da investida sobre o custo do
investimento deve ser incluído como receita na determinação da
parle do investidor nos resultados da investida no período em
que o investimento for adquirido.
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Ajustes apropriados devem ser efetuados após a aquisição, nos resulta
dos da investida, por parte do investidor, para considerar, por exemplo,
a depreciação de ativos com base nos respectivos valores justos da data
da aquisição. a mesma forma, retificações na pa rte do investidor nos
resultados da investida devem ser feitos, após a aquisição, por conta
de perdas reconhecidas pela investida em decorrência da redução do
valor desses ativos ao seu valor recuperável (
impairm t),
tais como, por
exemplo, para o ágio fundamentado em rentabilidade futura
(goodwill)
ou para o ativo imobilizado. evem ser observadas as disposições da
Interpretação Técnica CPC 09.
24. Utiliza-se a dem onstração contábil mais recente da coligada e da con
trolada para aplicar o método de equivalência patrimonial. Quando
o término do exercício social do investidor for diferente daquele
da investida, esta elabora, para utilização por parte do investidor,
demonstrações contábeis na mesma data das demonstrações do in
vestidor, a menos que isso seja impraticável.
25. e acordo com o disposto no item 24, quando as demonstrações contá
beis da investida utilizadas para aplicação do método de equivalência
patrimonial forem de data diferente daquelas do investidor, ajustes
pertinentes devem ser feitos em decorrência dos efeitos de eventos e
transações relevantes que ocorrerem entre aquela data e a data das
demonstrações contábeis do investidor. Independentemente disso, a
defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstra
ções da investida e do investidor não deve ser superior a dois meses.
A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações contábeis e
alguma diferença entre as respectivas datas de encerramento deve ser
igual de um período para outro.
26. As demonstrações contábeis do investidor devem ser elaboradas uti
lizando políticas contábeis uniformes para eventos e transações de
mesma natureza em circunstâncias semelhantes.
27. Se a investida utiliza políticas contábeis diferentes daquelas em pre
gadas pelo investidor em eventos e transações de mesma natureza
em circunstâncias semelhantes, são necessários ajustes para adequar
as demonstrações contábeis da investida âs políticas contábeis do
investidor quando da utilização destas para aplicação do método de
equivalência patrimonial.
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laiivo em circulação que estiverem em pod er de outras partes que não
o investidor, as quais são classificadas como parte integrante do pa
trimônio líquido, o investidor deve calcular sua parte nos resultados
do período da investida após ajustá-lo pela dedução dos dividendos
pertinentes a essas ações, independentemente de eles terem sido de
clarados ou não.
29. Quando a parte do investidor nos prejuízos do período da coligada
se igualar ou exceder o saldo contábil de sua participação na coliga
da, o investidor suspende o reconhecimento de sua parte em perdas
futuras. A participação na coligada é o valor contábil do investimen
to nessa coligada, avaliado pelo método de equivalência patrimonial,
juntam ente com alguma participação de longo prazo que, em essência,
constitui parte do investimento líquido total do investidor na coliga
da. Por exemplo, um componente cuja liquidação não está planejada
ou nem é provável que ocorra no futuro previsível é, em essência,
um a extensão do investimento da entidade naquela coligada. ais
componentes podem incluir ações preferenciais, bem como recebíveis
ou empréstimos de longo prazo, porém não incluem componentes
corno recebíveis ou exigíveis de natureza comercial ou algum rece
bí vel de longo prazo para os quais existam garantias adequadas, tais
como empréstimos garantidos. O prejuízo reconhecido pelo método
de equivalência patrimonial que exceda o investimento em ações or
diná rias do investidor deve ser aplicado aos demais componentes que
constituem a participação do investidor na coligada em ordem inver
sa de sua antigu idade (isto é prioridade na liquidação).
30. Após reduzir a zero o saldo contábil da participação do investidor, per
das adicionais são consideradas, e um passivo é reconhecido somente
na extensão em que o investidor tenh a incorrido em obrigações legais
ou construtivas (não formalizadas) de fazer pagam entos po r conta da
coligada. Se a coligada subsequentemente apura r lucros, o investidor
retoma o reconhecimento de sua parte nesses lucros somente após o
ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar
à sua parte nas perdas não reconhecidas.
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30A. O disposto nos itens 29 e 30 não se aplica a investimento em contro
lada no balanço individual da controladora, devendo ser observada
a prática contábil que produzir o mesmo resultado líquido e o mes
mo patrimônio líquido para a controladora que são obtidos a partir
das demonstrações contábeis consolidadas do grupo econômico para
atendimento ao requerido q uanto aos atributos de relevância, repre
sentação adequada, primazia da essência sobre a forma e outros
conforme o Pronunciam ento Conceituai Básico strutura Conceituai
para a laboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis e o
Pronunciam ento Técnico CPC 26 - Apresentação das Demonstrações
Contábeis.
Perdas por redução ao valor recuperável (
im p a i r m t )
31. Após a aplicação do método de equivalência patrimonial, incluin
do o reconhecimento dos prejuízos da coligada em conformidade
com o disposto no item 29, o investidor deve aplicar os requisitos
do Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrum entos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração para determinar a necessidade de re
conhecer alguma perda adicional por redução ao valor recuperável
do investimento líquido total desse investidor na coligada.
32. O investidor, em decorrência de sua participação na coligada, também
deve aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 -
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para deter
minar a existência de alguma perda adicional por redução ao valor
recuperável
(impairm t)
em itens que não fazem parte do investimen
to líquido nessa coligada e o valor dessa perda.
32A. No caso do balanço individual da controladora, o reconhecimento de
perdas por redução ao valor recuperável
(impai t)
com relação ao
investimento em controlada deve ser feito com observância do dis
posto no item 30A.
33. m função de o ágio fundam entado em rentabilidade futura
(goodwill),
integrar o valor contábil do investimento na coligada (não é
reconhecido separadamente), ele não é testado separadamente em re
lação ao seu valor recuperável. m vez disso, o valor contábil total do
investimento é qu e é testado como um único ativo, em conformidade
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com o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao
Valor Recuperável de Ativos, pela comparação de seu valor contábil
com seu valor recuperável (valor de venda líquido dos custos para
vender ou valor em uso, dos dois o maior), sempre que os requisi
tos do Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração indicarem que o investimento possa
estar afetado, ou seja, que indicarem alguma perda por redução ao
seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável
reconhecida nessas circunstâncias não é alocada para algum ativo
que constitui parte do valor contábil do investimento na coligada,
incluindo o ágio fundamentado em rentabilidade futura (
goockv
).
Consequentemente, a reversão dessas perdas é reconhecida de acor
do com o Pronunciamento Técnico CPC 01, na medida do aumento
subsequente no valor recuperável do investimento. Na determinação
do valor em uso do investimento, a entidade deve estimar:
(a) sua parte no valor presente dos fluxos de caixa fu turos que se es
pera sejam gerados pela coligada, inclu indo os fluxos de caixa das
operações da coligada e o valor residual esperado com a alienação
do investimento; ou
(b) o valor presente dos fluxos de caixa futu ros esperados em função
do recebimento de dividendos provenientes do investimento e o
valor residual esperado com a alienação do investimento.
Sob premissas adequadas, os métodos acima devem gerar o mesmo
resultado.
34. O valor recuperável de investimento em coligada é determinado para
rada coligada, a menos que a coligada não gere entradas de caixa de
forma independente de outros ativos da entidade.
34A. O ágio fundamentado em rentabilidade futura
{goodw )
também
integra o valor contábil do investimento na controlada (nãoé reconhe
cido separadamente) na apresentação das demonstrações contábeis
individuais da controladora. Vias, nesse caso, esse ágio, no balan
ço individual da controladora, deve receber o mesmo tratamento
contábil que é dado a ele nas demonstrações consolidadas. evem
ser observados os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 36 -
emonstrações Consolidadas e da Interpretação Técnica CPC 09 -
emonstrações Contábeis Individuais, emonstrações Separadas,
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Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de quivalência
Patrimonial.
Demonstrações contábeis separadas
35. O investimento em coligada e em controlada deve ser contabilizado
nas demonstrações contábeis separadas do investidor em conformi
dade com o disposto nos itens 38 a 43 do Pronunciamento Técnico
CPC 35 - Demonstrações Separadas.
36- ste Pronunciamento náo exige que as entidades elaborem demons
trações contábeis separadas para divulgação ao público.
Divulgação
37 As seguintes divulgações devem ser feitas:
(a) o valor justo dos investimentos em coligadas e controladas para os
quais existam cotações de preço divulgadas;
(b) informações financeiras resumidas das coligadas e controladas,
incluindo os valores totais de ativos, passivos, receitas e do lucro
ou prejuízo do período;
(c) as razões pelas quais foi desprezada a premissa de não existência
de influência significativa, se o investidor tem, direta ou indireta
mente por meio de suas controladas, menos de vinte por cento do
poder de voto da investida (incluindo o poder de voto potencial),
mas conclui que possui influência significativa;
(d) as razões pelas quais foi desprezada a prem issa da existência de
influência significativa, se o investidor tem, direta ou indireta
mente por meio de suas controladas, vinte por cento ou mais do
poder de voto da investida (incluindo o po der de voto potencial),
mas conclui que não possui influência significativa;
(e) a data de encerramento do exercício social refletido nas dem ons
trações contábeis da coligada e da controlada utilizadas para
aplicação do método de equivalência patrimonial, sempre que
essa data ou período divergirem das do investidor e as razões pe
lo uso de data ou período diferente;
(f) a natu reza e a extensão de quaisq uer restrições significativas
(por exemplo, em consequência de contratos de empréstimos ou
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exigências legais ou regulamentares) sobre a capacidade de a co
ligada ou controlada tran sferir fundos para o investidor na forma
de dividendos ou pagamento de empréstimos ou adiantamentos;
(g) a parle não reconhecida nos prejuízos da coligada, tanto para o
período quanto acumulado, caso o investidor tenha suspendi
do o reconhecimento de sua parle nos prejuízos da coligada ou
controlada;
(h) o fato de a participação na coligada e na controlada não estar
contabilizada pelo método de equivalência patrimonial, em
conformidade com as exceções especificadas no item 13 deste
Pronunciamento;
(i) informações financeiras resumidas das coligadas e controladas
cujos investimentos não foram contabilizados pelo método de
equivalência patrimonial, individualmente ou em grupo, incluin
do os valores do ativo total, do passivo total, das receitas e do
lucro ou prejuízo do período; e
(j) a excepcionalíssima situação que possa fazer com que o lu
cro líquido e/ou o patrimônio líquido do balanço individual da
controladora não sejam os respectivos valores de seu balanço
consolidado, quando este é elaborado conforme as normas inter
nacionais de contábil idade, como é o caso de algu ma determ i nação
ou permissão legal para o balanço individual que não se aplique
à demonstração consolidada (como é o caso do ativo diferido
conforme item 20 do Pronunciamento Técnico CPC 13 - Adoção
nicial da Lei nu 11.638/07 e da Medida Provisória n°449/08).
38. Os investimentos em coligadas e em controladas contabilizados pe
lo método de equivalência patrimonial devem ser classificados como
ativos não circulantes, no subgrupo nvestimentos. A parte do inves
tidor nos resultados do período dessas coligadas e controladas (nestas,
no caso das demonstrações individuais) e o valor contábil desses
investimentos devem ser evidenciados separadamente. A parte do in
vestidor nas eventuais operações descontinuadas de tais coligadas e
controladas também deve ser divulgada separadamente.
39. A parte do investidor nas alterações dos outros resultados abrangentes
contabilizados pela coligada e pela controlada deve ser reconhecida
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pelo investidor também como outros resultados abrangentes direta
mente no patrim ônio líquido.
40. m conform idade com os requisitos de divulgação do Pronunciamento
Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingen tes e Ativos
Contingentes, o investidor deve evid encia r
(a) sua parte nos passivos contingentes da coligada, compartilhados
conjuntam ente com outros investidores;
(b) os passivos contingentes que surgiram em razão de o investidor
ser solidariamente responsável por todos os, ou parte dos, passi
vos da coligada; e
(c) no balanço individual da controladora, o total dos passivos con
tingentes das controladas.
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Rosenei Novoch adlo da Costa é contador (2001) e especialista em Contábil idade
Gerencial e Auditoria (2003) pela FA Business School, e mestre em
Ciências Contábeis e Controladoria pela Fundação Universidade Regional
de Blumenau - Furb (2007). Foi primeiro colocado no 2o xame de
Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade. x-coordenador do
Curso de Ciências Contábeis da FA Business School, atu a como professor
de Finanças Corporativas, Contabilidade Internacional e Contabilidade
Avançada.
Marcei
Gulin
Melhe
possui graduação em Direito
(magna cum lande)
pe
la Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e mestrado em
Direito Tributário Internacional, com Certificado de Honra ao Mérito por
Desem penho xcepcional em Direito Tributário Internacional
(Master of
Laios hi International Tax - ertificate of Meril for Outetanding Performance
in International Tax),
pela Universidade de Michigan Law School (USA).
Pela FA Business School (PR), possui graduação em conomia j
muna
cum lande)
e em Contabilidade
(summa cum lande).
Atua como professor
de Legislação Tributária, Contabilidade Tributária e Auditoria, além de
ser sócio do Melhem & Associados - Advogados e Consultores Jurídicos
(PR e SC).
7/25/2019 LIVRO Contabilidade Avançada.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/livro-contabilidade-avancadapdf 136/138
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contabilidadeé a ciência qu studa controla o
patrimônio. Ela s rv como instrumento básico
para a tomada de decisões nos s tor s
nvolvidos com a vida financ ira d uma
mpr sa.
Com o intuito d ajudar o l itor a nt nd r a
importância de controlar e interpretar
financeiramente um
empreendimento, st livro aborda
asp ctos impr scindív is para a
g stão d n gócios, xaminando
t mas r lacionados às
m todologias d contabilidad
avançada, como;
Avaliação d inv stim ntos
p lo método d quivalência
patrimonial;