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NOVA EDIO

O REI DAS APOSTILAS www.oreidasapostilas.com.br

PORTUGUS

LNGUA PORTUGUESACOMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTOS LEITURA E COMPREENSO DE TEXTOS INTRODUO: Interpretar significa comentar, explicar algo. Podemos dizer que interpretar um texto dar a ele um valor simblico, uma explicao. Por exemplo, um fato ocorre em uma via pblica, vrias pessoas so testemunhas desse fato, contudo, cada pessoa dar a ele um valor, uma prioridade distinta, pois cada um traz uma histria pessoal e ser essa histria que permear as anlises, os smbolos de cada interpretao. Ento... como interpretar textos em prova, se cada pessoa possui seu modo especfico de ver os fatos? A resposta no simples. No obstante, o valor subjetivo do texto possui uma estrutura interna bsica e independente de quem o ler. Essa estrutura textual garante uma interpretao primordial que trabalha o texto e que o v como um objeto a ser analisado em seu interior, objetivamente. Para efeito didtico, vamos dizer que h basicamente trs tipos de estruturas de texto, que iro se mesclar, conforme o estilo, inteno, etc., do autor. Vamos cham-las de MACROESTRUTURAS: NARRAO, DESCRIO e DISSERTAO, que iro se organizar a partir de elementos caractersticos de cada uma. A seguir, iremos estudar as MACRO-ESTRUTURAS e seus elementos caractersticos. IDENTIFICAO DO ASSUNTO A partir da leitura do ttulo do texto e da articulao dessa informao com outras como por exemplo, autoria, fonte e caractersticas do gnero, importante solicitar aos alunos que haja informaes prvias do que o leitor ir encontrar no texto. Por exemplo: Considerando que o ttulo do texto A Princesa e as Ervilhas, que tipo de assunto voc acha que o texto abordar? Voc acha que ser uma histria, uma notcia, um poema...? Sabendo que quem o escreveu foi o mesmo autor de Chapeuzinho Vermelho, voc mantm suas respostas anteriores ou as modifica? Por qu? E sabendo que ela foi publicada em um livro cujo ttulo Um Tesouro de Contos de Fadas, que hipteses levantadas at agora voc mantm? 5

Durante a leitura, preciso que sejam explicitadas as pistas e os procedimentos utilizados pelos diferentes leitores (os alunos) que possibilitaram determinadas compreenses. Para tanto, importante que sejam feitas questes ao longo da leitura para propiciar inferncias e antecipaes, assim como a verificao das mesmas a partir de pistas lingsticas. Por exemplo: Voc acha que a Chapeuzinho Vermelho ir seguir o caminho da floresta ou o caminho do rio? Por qu? Voc acha que o lobo ir conseguir realizar o seu intento? Por qu? Por que esse fato - o da proibio da utilizao das rocas em todo o reino (em A Bela Adormecida) - foi mencionado agora, logo no comeo da histria? Ser que o prncipe ir encontrar a princesa? Por qu? O que faz voc pensar assim? No que se refere ao produto do processo de leitura e compreenso do texto, as questes devem estimular os alunos a realizarem inferncias e reconstruo de informaes de trechos do texto e no apenas a localizao de informaes. Por exemplo: Quais fadas estiveram no zado/nascimento da Bela Adormecida? bati-

De que animal o caador retirou o corao para enganar a rainha (em Branca de Neve)? Inferncia: que sentido faz descobrir que a princesa identifica um gro de ervilha colocado embaixo dos colches (em A Princesa e a Ervilha)? Reconstruo de informaes: por que o lobo conseguiu chegar casa da vov antes de Chapeuzinho? Esses tipos de questes e estratgias de leitura podem levar compreenso efetiva do texto. ESTRUTURAO DE TEXTOS MACRO-ESTRUTURAS a) NARRAO: Identificamos um texto narrativo quando ele se prope a contar algo, seja real ou fictcio. Qualquer histria, qualquer assunto contado ser uma narrao. Podemos exemplificar o texto narrativo como o conto, romance, novela. b) DESCRIO: Identificamos um texto descritivo quando ele caracteriza, detalha, fotografa um objeto, uma

NOVA EDIO pessoa, um sentimento, etc. Geralmente, a descrio acompanha a Narrao e a Dissertao. c) DISSERTAO: Identificamos um texto dissertativo quando ele prope uma idia, quando defende uma opinio, quando traz argumentos sobre algum tipo de tese. Podemos exemplificar o texto dissertativo como o ensaio, crnica, crtica. NARRAO Noite na Taverna lvares de Azevedo (...) Godofredo Walsh era um desses velhos sublimes, em cujas cabeas as cs semelham o diadema prateado do gnio. Velho j, casara em segundas npcias com uma beleza de vinte anos. Era pintor: diziam uns que este casamento fora um amor artstico por aquela beleza romana, como que feita ao molde das belezas antigas - outros criamno compaixo pela pobre moa que vivia de servir de modelo. O fato que ele a queria como filha como Laura, a filha nica de seu primeiro casamento - Laura, corada como uma rosa, e loira como um anjo. Eu era nesse tempo moo era aprendiz de pintura em case de Godofredo. Eu era lindo ento! Que trinta anos l vo! Que ainda os cabelos e as faces me no haviam desbotado como nesses longos quarenta e dois anos de vida! Eu era aquele tipo de mancebo ainda puro do ressumbrar infantil, pensativo e melanclico como o Rafael se retratou no quadro da galeria Barberini. Eu tinha quase a idade da mulher do mestre. Nauza tinha vinte - e eu tinha dezoito anos. Amei-a, mas meu amor era puro como meus sonhos de dezoito anos. Nauza tambm me amava: era um sentir to puro! Era uma emoo solitria e perfumosa como as primaveras cheias de flores e de brisas que nos embalavam aos cus da Itlia... (...) Dissemos que narrar contar, relatar fatos. Nesse relato ocorre com a presena de determinados elementos, que podero aparecer ou no na ordem abaixo exposta: 1) O NARRADOR aquele que nos conta o fato, a histria. O narrador pode contar a histria a partir de suas posies, que chamamos de PONTO DE VISTA. 2) O FATO, A AO, O ENREDO Define o que aconteceu, o que ocorreu; Trata-se de um conjunto de fatos em as aes e se encadeiam, que as personagens se envolvem num determinado tempo e lugar. Ento, num texto, precisamos identificar o que est ocorrendo e em que as personagens se envolvem para definirmos seu enredo. 3) AS PERSONAGENS 6

PORTUGUS A caracterizao das personagens est relacionada expectativa que o autor tem de seu tema, ou seja, conforme a inteno do autor, ele ir criar personagens que reiteram ou no sua inteno. Personagens podem ser pessoas, animais, objetos, sentimentos, etc. As personagens PRINCIPAIS atuam no encaminhamento do enredo central da histria. Quando as personagens so boas, chamamos de PROTAGONISTAS; quando agem na esfera do mal, ANTAGONISTAS. Num texto, devemos identificar quais ou qual a personagem principal, a seguir caracteriz-la como antagonista ou protagonista e em alguns casos, identificar as duas coisas. As personagens secundrias atuam num segundo plano, podem ser apenas mencionadas ou aparecerem apenas num determinado instante do texto, sempre atuam no intuito de reforar as personagens principais. Personagens SECUNDRIAS tambm podem ser objetos, foras da natureza, etc. 4) O COMO SE DEU O ENREDO modo pelo qual as personagens alcanaram os objetivos. nesse ponto que devemos ter bastante ateno, porque ser nesse momento que o autor dar as pistas, far o suspense, apresentar libis. Podemos dizer que esse o meio do texto, pois da sairo as definies das personagens, as pistas para o leitor. 5) O ESPAO FSICO, O LOCAL Pode ser descrito em detalhes, ou simplesmente ser mencionado com algumas caractersticas. H casos em que o espao da ao dentro das personagens: o corpo fsico ou as emoes. O espao fsico tambm pode ser omitido em funo de um clima pretendido, seja mistrio, suspense, drama, etc. 6) O TEMPO DA AO, QUANDO OCORREU O FATO DO TEXTO Pode ser tratado de duas formas: cronologicamente ou psicologicamente. No tempo cronolgico, h indicao de quando ocorrem as aes do texto, isto , atravs de datas, horrios, dias, indicaes climticas, estaes do ano, enfim, tudo que fizer referncia ao tempo que passa / passou / passar uma marcao do tempo cronolgico. No tempo psicolgico, o narrador (aquele que nos conta o fato) no organiza as aes dentro de uma seqncia temporal. Isto significa que ele, o narrador, pode relembrar os fatos sem orden-los na ordem do acontecimento, pois no h interesse em precisar o tempo correto da histria, e a ao seguir o registro dos fatos sem a preocupao de uma ordem temporal. 7) O PORQU DOS FATOS, O MOTIVO DAS AES Podemos dizer que nesse momento do texto o leitor ter parte do texto compreendido, isto porque ser o momento da explanao do porqu das atitudes

NOVA EDIO das personagens e a, ento, compreende-se suas opes ou pelo bem ou pelo mal. Por exemplo, o antagonista tornou-se ruim devido a uma carncia na infncia, ou um trauma, etc. Alguns textos no trazem esse porqu devidamente explanado, vai depender exclusivamente da inteno do autor, de seu estilo caracterstico. DESCRIO Iracema, a virgem dos lbios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da grana e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati no era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hlito perfumado. Mais rpida que a ema selvagem, a morena virgem corria o serto e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nao tabajara, o p grcil e nu, mal roando alisava apenas a verde pelcia que vestia a terra com as primeiras guas. (Iracema Jos de Alencar)

PORTUGUS entrever o retrato psicolgico da mesma, caracterizando suas idiossincrasias. Basta lembrar Quincas Borba, em Memrias Pstumas de Brs Cubas, de Machado de Assis. Quanto descrio tcnica, aqui sim, h grande preocupao com a exatido dos detalhes e preciso vocabular. uma descrio objetiva. O autor descreve o ser tal qual ele se apresenta na realidade. H predomnio da denotao. Qualquer manual de instrues de aparelhos ou mecanismos uma descrio tcnica. Poderamos tambm citar outros exemplos, como: descrio de um mineral, descrio anatmica de um corpo, etc. 3) CARACTERIZAO FORMAL Com relao ao aspecto formal da descrio, devem-se evitar os verbos e, se isso no for possvel, que se usem ento as formas nominais, o presente e o pretrito imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferncia aos verbos que indiquem estado ou fenmeno. Todavia, deve predominar o emprego dos adjetivos e advrbios, que conferem colorido ao texto. 4) ESQUEMA DA DESCRIO Real? O que se descreve? Imaginrio? Objetivamente? Como se descreve? Subjetivamente? 5) EXEMPLO DE TEXTO DESCRITIVO (autor consagrado) A Casa Materna Vincius de Moraes H, desde a entrada, um sentimento de tempo na casa materna. As grades do porto tm uma velha ferrugem e o trinco se oculta num lugar que s a mo filial conhece. O jardim pequeno parece mais verde e mido que os demais, com suas palmas, tinhores e samambaias que a mo filial, fiel a um gesto de infncia, desfolha ao longo da haste. sempre quieta a casa materna, mesmo aos domingos, quando as mos filiais se pousam sobre a mesa farta do almoo, repetindo uma antiga imagem. H um tradicional silncio em suas salas e um dorido repouso em suas poltronas. O assoalho encerado, sobre o qual ainda escorrega o fantasma da cachorrinha preta, guarda as mesmas manchas e o mesmo taco solto de outras primaveras. As coisas vivem como em prece, nos mesmos lugares onde as situaram as mos maternas quando eram 7

1) CONCEITUAO A descrio, ao contrrio da narrativa, no supe ao. uma estrutura pictrica, os aspectos sensoriais predominam. Toda tcnica descritiva implica uma contemplao e uma apreenso de algo objetivo ou subjetivo, o redator, ao descrever, precisa possuir um certo grau de sensibilidade. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma descrio focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade. 2) TIPOS A descrio, conforme o objetivo que se prope, pode ser literria ou tcnica. Na primeira, no deve haver preocupao quanto exatido da imagem descrita, porque a finalidade transmitir a impresso sensorial que a coisa vista causa no autor. Isso no implica preocupao com detalhes. O que importa que o conjunto, ao deixar sobressair os traos principais, seja enfatizado. importante a seleo desses traos, para que o trabalho mais precioso no d a impresso de uma fotografia, mas, sim, seja a imagem do objeto (como o autor v e sente esse objeto). Na descrio literria, predomina o aspecto subjetivo. O autor transfigura o ser de acordo com suas vivncias psicossensoriais. Aqui predomina a conotao. Com relao descrio de tipos, pode-se descrev-los fsica ou psicologicamente. A primeira ser uma descrio em que predomina a objetividade; na segunda, porm, predominar a subjetividade. s vezes, o autor, atravs da caricatura intencional dos traos fsicos da personagem, deixa

NOVA EDIO moas e lisas. Rostos irmos se olham dos portaretratos, a se amarem e compreenderem mudamente. O piano fechado, com uma longa tira de flanela sobre as teclas, repete ainda passadas valsas, de quando as mos maternas careciam sonhar. A casa materna o espelho de outras, em pequenas coisas que o olhar filial admira ao tempo em que tudo era belo: o licoreiro magro, a bandeja triste, o absurdo bibel. E tem um corredor escuta de cujo teto noite pende uma luz morta, com negras aberturas para quartos cheios de sombras. Na estante, lei, inclusive, seu gnero literrio. Com ele, aprendi a cantar e a viver: John Winston Lennon. DISSERTAO O Donjuanismo na poesia de Florbela Espanca O donjuanismo pode ser visto por ngulos distintos. O primeiro se caracteriza atravs da conquista pela conquista, pela satisfao dos instintos, em que o Outro no possui valor algum, sendo considerado apenas como um corpo sem alma, uma forma de chegar ao prazer. Don Juan, em El Burlador de Sevilla (2002), de Tirso de Molina, diz que um homem sem nome (MOLINA, 167), ou seja, um homem, um sexo, que seduz e engana o Outro com promessa de amor eterno e unio. A promessa de casamento , para ele, uma forma de iludir a sua vtima, que ser apenas um meio de saciar seu desejo de infinito, revigorando sua energia para uma nova conquista e, ao mesmo tempo, reforando a auto-estima do Narciso que o habita. Por outro lado, o donjuanismo pode representar uma marca de humanidade quando o que acontece a procura pelo amor, sentimento demasiado profundo que ningum sabe explicar... algo supremo que se desperta no interior do ser humano, sem hora para chegar, nem data para partir. Simplesmente entra e invade o corao dos seres sem avisar O donjuanismo de Florbela Espanca sinnimo de busca com o propsito de encontro, embora isto no ocorra durante a sua vida Talvez seja a alma, a alma doente / Dalgum que quis amar e nunca amou! (Alma perdida, 1919) . A Bela poetisa, em versos, expressou que deseja amar, amar perdidamente. Este, Aquele, o Outro e toda a gente refletem a sua busca interminvel. No foi possvel com Este, mas talvez ser com Aquele e Bela percorre os caminhos com a esperana de encontrar o Prince Charmant, uma caracterstica comum aos seres humanos. Assim somos, buscamos a felicidade ao lado deste e, se no encontramos, partimos acreditando que iremos encontr-la ao lado daquele. Seramos todos Don Juans ao desejarmos o Outro? Considerando que a busca 8

PORTUGUS uma marca de humanidade, podemos dizer que somos apenas humanos ao desej-lo. Patrcia Arago Professora de Lngua Portuguesa Um texto dissertativo no nos conta uma histria, no nos descreve um lugar; um texto dissertativo apresenta-nos uma idia a ser defendida, argumentada atravs de exemplos, estatsticas, etc. O texto dissertativo formado de trs partes: Introduo, Desenvolvimento e Concluso. INTRODUO

Dever apresentar o assunto chave do texto. Normalmente, vem expresso em um pargrafo, mas pode acontecer de possuir mais de um. - DESENVOLVIMENTO a parte mais importante da dissertao. Ser nela que o autor apresentar os exemplos, as justificativas, o aspecto positivo e negativo do assunto em questo. CONCLUSO

Aqui o leitor ter acesso opinio formalizada do autor; formalizada porque a mesma j foi sendo desenvolvida no corpo de todo o texto at chegar concluso. OBSERVE O SEGUINTE ESQUEMA: Qual o tema? Qual o INTRODUO problema? Exemplos Estatsticas Fatos Concretos Aspectos positivos e negativos DESENVOLVIMENTO Argumentaes Comparaes Pessoas envolvidas na mesma idia H soluo? CONCLUSO Qual a soluo? Com esse esquema, a identificao das partes para a anlise ser bem mais fcil. s vezes, o texto no possuir todos esses elementos, mas haver sempre a presena de alguns mais significativos. UM CERTO CAPITO RODRIGO (rico Verssimo) Toda a gente tinha achado estranha camaneira como o Capito Rodrigo Cambar entrara na vida de Santa f. Um dia, chegou a cavalo, vindo ningum sabia de onde, com chapu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabea de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavio que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar l pelo meio da casa dos trinta, montava um alazo e vestia calas de riscado, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dlm militar azul, com gola vermelha e botes de metal. Tinha um violo a tiracolo; sua espada rebrilhava ao sol daquela tarde

NOVA EDIO de outubro de 1828 e o leno encarnado que trazia no pescoo esvoaava no ar como uma bandeira. Apeou na frente da venda do Nicolau, amarrou o alazo no tronco dum cinamomo e entrou arrastando as esporas, batendo na coxa com o rebenque e foi logo gritando com ar de velho conhecido: Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha, nos grandes dou de talho! Havia por ali uns dois ou trs homens que o miraram de soslaio, sem dizer palavra. Mas dum canto da sala ergueu-se um moo moreno, que puxou a faca, olhou para Rodrigo e exclamou: Pois d! Os outros homens afastaram-se como para deixar a arena livre, e Nicolau, atrs do balco, comeou a gritar: Aqui dentro, no! L fora! L fora! Rodrigo, porm, sorria imvel, de pernas abertas, rebenque pendente do pulso, mos na cintura, olhando para o outro com um ar que era, ao mesmo tempo, de desafio e simpatia. Incomodou-se, amigo? perguntou, jovial, examinando o rapaz de alto a baixo. No sou de briga, agentar desaforo. Ooi, bicho bom! mas no costumo

PORTUGUS Nesse tipo de interpretao, devemos escolher a alternativa cuja idia est de acordo com o texto, eliminando as que contenham dados contrrios, alheios ou exagerados em relao ao texto. Parece muito difcil generalizar entre ns o uso do cheque. Brasileiro gosta mesmo de receber aquele Santos Dumont de chapu e ar anglico, deslumbrado de tantos zeros em sua clula de dez mil ou um melanclico Floriano, a garantir, atrs do bigode monglico, a autenticidade de seus cem cruzeiros. Negcio de ver o fregus rabiscar uma ordem dirigida a um banco no apetece a ningum.O talo pode ser furtado. O signatrio pode no ser o prprio nem residir onde alega. A conta bancria pode estar glida. A assinatura pode no conferir com os registros do banco. Enfim, uma poro de possibilidades indesejveis se antepem entre o papelucho e a ambiciosa "moeda corrente nacional". Questo: Segundo o texto,brasileiro no gosta de receber cheque, porque: a) normalmente o cheque no tem fundo. b) o dinheiro vale mais do que o cheque. c) somente o dinheiro em "moeda corrente nacional" inspira confiana. d) o talo de cheques normalmente falso. e) em geral, a assinatura do cheque no confere com o registro bancrio. Resposta: C; porque a nica que est de acordo com o texto. c) Texto cuja interpretao baseada em sntese: Nesse tipo de texto, o trabalho consiste em reduzirlo a uma idia (a idia bsica). Devemos, para tanto, escolher a opo que encerra essa idia: O Japo, elevado condio de terceira potncia mundial, conserva ainda muito de sua milenar cultura, embora haja o influxo de outras civilizaes, especialmente a norte-americana. Questo: Segundo o texto: a) A cultura japonesa sofre a interferncia de outras civilizaes. b) Como terceira potncia mundial, o Japo ainda tradicional. c) O tradicionalismo japons uma realidade, embora seja uma grande potncia. d) A elevao do Japo condio de terceira potncia mundial no alterou sua cultura. e) Como terceira potncia mundial, o Japo conserva suas tradies, mesmo sofrendo influncia de outras culturas. Resposta: E, porque esta que respeita a ntegra do texto. ORIENTAO: Com a finalidade de auxiliar o raciocnio de quem deve responder a questes de compreenso de textos, observe o seguinte: 9

Os olhos de Rodrigo tinham uma expresso cmica. Essa sai ou no sai? - perguntou algum do lado de fora, vendo que Rodrigo no desembainhava a adaga. O recm-chegado voltou a cabea e respondeu calmo: No sei. Estou cansado de pelejar. No quero puxar arma pelo menos um ms. Voltou-se para o homem moreno e, num tom srio e conciliador, disse: - guarde a arma, amigo. O outro, entretanto, continuou de cenho fechado e faca em punho. Era um tipo inditico, de grossas sobrancelhas negras e zigomas salientes. Vamos, companheiro insistiu Rodrigo. Um homem no briga debalde. Eu no quis ofender ningum. Foi s um jeito de falar. Depois de alguma relutncia, o outro guardou a arma, meio desajeitado, e Rodrigo estendeu-lhe a mo, dizendo: Aperte os ossos. TEMA CENTRAL E ORGANIZAO TEXTUAL: RELAO ENTRE IDIAS E PARGRAFOS PRINCIPAIS E SECUNDRIAS: -

NOVA EDIO 1) Atenha-se exclusivamente ao texto. 2) Proceda atravs de eliminao de hipteses. 3) Compare o sentido das palavras: s vezes, uma palavra decide a melhor alternativa. 4) Tente encontrar o tpico frasal, ou seja, a frase que melhor sintetiza o texto. Para tanto, guarde as palavras: 1) INVERSO: as informaes alternativas contradizem o texto. 2) FALTA: quando informaes essenciais. na contidas nas

PORTUGUS empreender a leitura. exemplo: um sinal de interrogao face aos pontos obscuros do pargrafo; outro exemplo: um retngulo para colocar em destaque para as palavras chave. 4. reconstruir o texto a partir das palavras sublinhadas em cada pargrafo alm da pintura analtica serve de base para a elaborao do resumo ou sntese do livro convm lembrar, que o resumo no uma reduo de idias apreendidas nos pargrafos mas fundamentalmente a sntese das idias do pensamento do autor.

alternativa

faltam

Exerccios resolvidos:

3) EXCESSO: quando na alternativa se encontram informaes estranhas ao texto. O BICHO Manuel Bandeira 1. Vi ontem um bicho 2. na imundcie do ptio 3. catando comida entre os detritos. 4. Quando achava alguma, 5. no examinava nem cheirava: 6. engolia com voracidade. 7. O bicho no era um co, 8. no era um gato, 9. no era um rato. 10. O bicho, meu Deus!, era um homem. IDIA CENTRAL E INTENO COMUNICATIVA 1- de que fala o texto? 2- como est problematizado? 3- qual o fio condutor da explanao? 4- que tipo de raciocnio ele segue na argumentao? Todavia, necessrio lembrar que a idia central defendida pelo autor s pode tomar corpo associada a outras que so chamadas de secundrias em relao primeira. Mas como trabalha esta fase de leitura? A partir de unidades bem determinadas (pargrafos), tendo sempre frente o tema problema que a, o fio condutor de todo texto. neste trabalho de anlise o texto subdividido refazendo toda a linha de raciocnio do autor. para deixar as claras a idia central no texto fundamental a tcnica de sublinhar. DICAS 1. nunca sublinhar na primeira leitura. 2. s sublinhar as idias principais e os pormenores significativos 3. elaborar um cdigo a fim de restabelecer os sinais que identifiquem o seu modo pessoal de 10 Interpretao Textual e Gramtica (PUC 2003): Um Beb na Universidade 01 Depois do beb de proveta, os cientistas conseguiro, 02 um dia, abreviar o tempo de gestao para trinta dias? Por 03 mais incmoda que _____ ser a gravidez, as mes, em geral, 04 conformam-se com este indispensvel prazo biolgico, e no 05 h notcias _____ tentado, de alguma forma, apressar o ciclo 06 de desenvolvimento do embrio. O mesmo fazem os 07 agricultores: esperam, pacientemente, que a semente 08 germine e a planta cresa com seu prprio ritmo (o agricultor, 09 necessariamente, tem que aprender a ter pacincia, 10 esperana e previso). Quando o crescimento biolgico 11 perde seu ritmo natural, transforma-se em cncer, 12 deformando o projeto contido no cdigo gentico. 13 Com o ser humano, de maneira estranha, logo que a 14 criana nasce, inicia-se violenta presso para que supere 15 rapidamente suas etapas de crescimento. 16 Quem trabalha com crianas pequenas, em escolas 17 maternais e em jardins de infncia, conhece a corrida ao 18 pau-de-sebo. Enquanto a criana no aprendeu a ler, os 19 pais toleram que a escola experimente os mais diversos 20 mtodos e que siga as teorias mais modernas. Mas quando 21 chega a idade tradicional de alfabetizao, os pais perguntam 22 se tudo aquilo no apenas brincadeira e diverso. 23 que a alfabetizao o primeiro know-how contabilizvel, 24 isto , com valor econmico, numa sociedade

NOVA EDIO competitiva. 25 Da para a frente, o problema fazer a criana entrar na 26 corrida curricular, transpor rapidamente o primeiro grau, 27 entrar no segundo grau e, finalmente, o mais cedo possvel, 28 enfrentar o vestibular.Transposta essa barreira, cessa a angstia: 29 o garoto est equipado para a luta pela vida. Ningum 30 pergunta se se obedeceu aos ritmos de amadurecimento, se 31 a escola realmente deu oportunidade estruturao mental, 32 se a criana foi feliz durante esse perodo de crescimento. 33 A entrada na quinta srie, por exemplo, exige o amadurecimento 34 das estruturas lgico-abstratas, sem o que toda 35 aprendizagem se transforma em mera justaposio, que logo 36 eliminada por falta de estruturas de assimilao. O ingresso 37 na universidade s deveria ser feito depois de, digamos, 38 21 anos, quando o jovem tivesse plena maturidade para manipular 39 a complexidade dos processos cientficos. O resultado 40 uma chusma de doutorezinhos imaturos e semiIetrados, 41 sem o mnimo poder de reflexo, com a cabea cheia 42 de coisas decoradas. Mas os pais esto felizes de Ihes terem 43 fornecido o diploma, espcie de tacape com que enfrentaro 44 os adversrios na luta por um lugar ao sol. O 45 resultado semelhante ao que se obtm amadurecendo frutas 46 fora, por processos artificiais... E para onde vo todos 47 nessa corrida? Perde-se o sentido de viver a vida em troca 48 de subir rpido no pau-de-sebo. Lauro de Oliveira Lima. Temas piagetanos. Rio: Ao Livro Tcnico,1984 (adaptado) 01. As palavras que completam corretamente as lacunas do texto so: A) possa / de que tenham B) pudesse / que tenham C) poderia / que tivessem D) pode / de que tenha-se E) pode / que tenham Comentrio: a questo envolve conjugao verbal e emprego de preposies. A alternativa correta a letra A. 02. Todas as afirmativas esto corretas, com EXCEO DE A) O ttulo do texto uma hiprbole, empregada como estratgia para despertar a curiosidade do leitor. 11

PORTUGUS B) A interrogao (linhas 01 e 02) assinala previamente ao leitor o carter opinativo do texto, levando o a refletir sobre o tema. C) O autor do texto argumenta por analogia, que um raciocnio a partir da comparao, da semelhana: o que vale para x provavelmente valer para y, visto que so semelhantes. D) Na apresentao de seus pontos de vista, o autor mostra-se imparcial e comedido, embora o assunto que discute seja polmico. E) O autor, na introduo e desenvolvimento do texto, conduz o leitor a concordar com a idia que defende em seu final: a universidade um processo de reflexo s acessvel a pessoas maduras. Comentrio: A alternativa correta a letra D porque faz uma afirmao contrria idia do texto, isto , defendendo seu ponto de vista, o autor no parcial. Trata-se de uma questo de leitura e de identificao da inteno do autor. 03. A IDIA CENTRAL do texto : A) A instruo obtida no ensino um capital altamente rentvel com que os indivduos disputam um lugar ao sol. B) A vida moderna caracteriza-se pela competividade entre os indivduos, embora ningum saiba explicar para onde todos vo nesta corrida. C) Os seres humanos tentam retardar a infncia e acelerar a velhice, mas no conseguiro alterar o tempo determinado pelo desenvolvimento biolgico. D) A angstia dos pais a responsvel pela presso a que as crianas so submetidas, o que gera a infelicidade dos jovens. E) H um tempo prprio para cada etapa de desenvolvimento dos seres: violar esse ritmo implica distrbios. Comentrio: A resposta correta a letra E, que sintetiza a idia desenvolvida pelo autor, ou seja, a de que h um preo para a violao das etapas de desenvolvimento dos seres. uma questo de interpretao textual. 04. Entre o primeiro e segundo pargrafos do texto, existe uma articulao sinttica de A) oposio. B) adio. C) conseqncia. D) explicao. E) alternncia. Comentrio: uma questo de coeso textual. A resposta est na letra A, pois o segundo pargrafo oposto ao que foi apresentada no primeiro. 05. INSTRUO: Para responder questo 5, numerar os parnteses relacionando as circunstncias da direita s oraes da esquerda, de acordo com o papel que estas desempenham na estrutura em que se encontram no texto.

NOVA EDIO ( ) Por mais (...) ser a gravidez (linhas 02 e 03) ( ) o garoto est equipado para a luta pela vida. (linha 29) ( ) logo que a criana nasce (linhas 13 e 14) ( ) Transposta essa barreira (linha 28) 1. tempo 2. concluso 3. explicao 4. condio 5. oposio

PORTUGUS Comentrio: A resposta correta a D. Trata-se de uma questo de vocabulrio, que envolve uso denotativo e figurado. INSTRUO - Responder s questes 8 a 14 conforme a orientao e o cdigo seguintes: * 8 e 9 com base no texto 2 * 10, 11 e 12 com base no texto 3 * 13 com base apenas no cdigo * 14 com base no texto 4 Cdigo: A) apenas a I est correta. B) apenas a I e a II esto corretas. C) apenas a I e a III esto corretas. D) apenas a II e a III esto corretas. E) a I, a II e a III esto corretas. (...) chegada a hora de se contestar o imprio das cruzinhas, responsveis pela perda de muitas propostas pedaggicas. No sistema de cruzinhas, o aluno no faz uso de seu raciocnio, apenas opta por uma das respostas, nascidas de outro crebro (o do professor) e, assim, no elabora os conceitos, frutos de seu prprio aprendizado. No se diga, por isso, que os cursinhos so a causa da dor de cabea __________ passa o ensino: apenas lhe fornece a aspirina. (...) Por tudo isso, nos parece menos importante preocupar-se com os cursinhos e muito mais apoiar as iniciativas para salvar o ensino de primeiro e segundo graus, nos quais residem as mazelas que tanto __________ preocupando a sociedade brasileira. Milton Menegotto, professor Biocincias da PUCRS. 08. I. A primeira lacuna do texto deve ser completada com por que. II. A palavra mazelas significa doenas; aflies. III. A segunda lacuna do texto deve ser completada com vm. Comentrio: todas afirmaes esto corretas, portanto a resposta E. uma questo de grafia dos porqus, vocabulrio e concordncia verbal. 09. I. Pode-se inferir do texto que o imprio das cruzinhas baliza a forma de ensino nas escolas. II. O autor do texto toma partido dos cursinhos. III. Segundo o autor, o ensino nos cursinhos muito melhor que o ensino nas escolas. Comentrio: A alternativa correta a letra B. uma questo de interpretao e inferncia. A terceira afirmao contradiz a idia central esboada no primeiro pargrafo. 01 Quando o listo divulgado, chega ao clmax um 02 processo que tem mil implicaes. H luta, h 12 da Faculdade de

A numerao correta dos parnteses, de cima para baixo, : A) 5 3 1 1 B) 5 2 4 4 C) 3 3 2 1 D) 4 3 5 3 E) 3 1 1 2 Comentrio: A resposta correta encontra-se na letra A. As idias expressas pelas oraes indicam oposio, explicao e tempo. 06. Em relao a mudanas no texto, correto afirmar que possvel A) substituir a forma verbal fazem (linha 06) por tem feito sem alterar o sentido e a correo da frase. B) colocar acento indicativo de crase em a idade (linha 21), com conseqente alterao no sentido da frase. C) deslocar rapidamente (linha 15) para depois de inicia-se (linha 14), sem alterao no sentido da frase. D) subtrair a palavra digamos (linha 37) sem alterar o sentido da frase. E) substituir a palavra onde (linha 46) por aonde sem prejuzo para a correo da frase. Comentrio: A resposta certa a alternativa B e trata-se de uma questo de crase, envolvendo, tambm, conhecimento de sintaxe. Sem acento indicativo de crase, a expresso a idade tem funo de sujeito; com acento, contudo, a mesma um adjunto adverbial. 07. A afirmativa INCORRETA A) O sentido denotativo de pau-de-sebo (linha 18) : pau comprido e untado com sebo, tendo no topo prmios para quem consiga alcan-los. B) A palavra pau-de-sebo est empregada, na linha 48, em sentido figurado. C) A palavra know-how (linha 23) anglicismo incorporado ao vocabulrio portugus, e significa conhecimento. um do

Zero Hora, janeiro de 1995 (fragmento de texto)

D) A palavra chusma (linha 40) significa reduzido nmero. E) A expresso luta por um lugar ao sol (linha 44) um lugar-comum, que reala a competividade das pessoas.

NOVA EDIO esperana, 03 h choro e pode at haver ranger de dentes, para 04 satisfao dos ortodontistas (que por sua vez tambm 05 tiveram de passar pelo transe do listo). E a vem a cena: 06 os olhos percorrem numa rapidez vertiginosa a seqncia 07 dos nomes, procurando identificar aquelas letras com 08 as quais nos familiarizamos desde a infncia; nesse 09 momento, nada mais somos do que isso, do que um 10 nome. 11 Que est ou no est. Se est, alegria, e a alegria 12 se basta por si mesma. Se no est, contudo, h de 13 incio um choque, uma dolorosa surpresa. Que no instante 14 seguinte d _______, 15 lamentaes, amargura. 16 (...) lugar mas, _______ explicaes, _______

PORTUGUS 10. As palavras que completam corretamente as lacunas do texto, na ordem em que se encontram, so I. s / as / a II. a / a / III. s / s / Comentrio: A alternativa encontra-se na letra D. Trata-se de uma questo de crase. As duas primeiras lacunas podem ser completadas de duas formas: s explicaes e s lamentaes ou a explicaes e a lamentaes, sem uso de artigo. 11. I. A palavra transe (linha 05) significa momento crtico, situao angustiosa. II. A repetio do verbo haver (linhas 02 e 03) e do verbo exigir (linhas 28 a 31) deveria ter sido evitada, pois se trata de um vcio de linguagem que empobrece o texto. III. A expresso a gente caracterstica da lngua falada. (linha 34)

sobretudo,

17 Mas o vestibular no o juzo final. O vestibular no 18 nem mesmo a vida, embora desempenhe nela um 19 papel muito importante. O vestibular avalia conhecimentos, 20 que representam um dos componentes da profisso, 21 mas no o nico. Falta o resto. 22 O resto cabe numa listinha. Ser feliz. Gostar dos outros. 23 Ter amigos. Ser solidrio. Ser justo. claro que 24 esta listinha no est afixada em lugar algum. Cada um 25 tem de descobri-la por si mesmo. Mais: cada um tem de 26 colocar seu nome nela. No a mesma coisa que entrar 27 na lista ou no listo. um processo que demora 28 tempo. Exige no s conhecimento, mas autoconhecimento. 29 Exige que saibamos responder s nossas questes 30 interiores, que no so apenas de mltipla escolha, 31 mas so de muito difcil escolha. Exige um gabarito, 32 que no nos fornecido pelo rdio aps a prova, mas 33 tem de ser descoberto por ns. 34 Mas vale a pena. Quando a gente est dentro, est 35 dentro. Moacyr Scliar Zero Hora, janeiro,1995 (fragmento de texto) 13

Comentrio: outra questo de vocabulrio e de construes paralelas. A resposta certa a C. A afirmao II est errada porque a repetio dos verbos haver e exigir um recurso utilizado para reforar a argumentao do texto. 12. As sugestes corretas de reescrita para partes do texto so: I. nesse momento, nada mais somos do que isto, do que um nome. Que est ou no est. (linhas 08 a 11) - nesse momento, nada mais somos do que isto: um nome, que est ou no est. II. O resto cabe numa listinha. Ser feliz. Gostar dos outros. Ter amigos. Ser solidrio. Ser justo. (linhas 22 e 23) - O resto cabe numa listinha: ser feliz, gostar dos outros, ter amigos, ser solidrio, ser justo. III. claro que esta listinha no est afixada em lugar algum. Cada um tem de descobri-la por si mesmo. (linhas 23 a 25) - claro, que esta listinha no est afixada em lugar algum; cada um tem de descobri-la por si mesmo. Comentrio: A resposta certa a B. A questo sobre pontuao. A terceira alternativa est incorreta porque a vrgula aps claro separa a orao subjetiva introduzida pelo que de seu predicado. 13. Comparando-se a frase (a) At jovens universitrios abandonam o Brasil, muitas vezes submetendo-se a trabalho braal em cidades como Nova Iorque, Roma, Tquio, Londres, etc. Folha de So Paulo, 20/07/91. com a frase (b) Jovens universitrios abandonam o Brasil muitas vezes submetendo-se a trabalho braal em cidades como Nova Iorque, Roma, Tquio, Londres, etc.

NOVA EDIO correto afirmar que I. a supresso da vrgula aps Brasil torna a frase (b) ambgua. II. a frase (a) evidencia que a desesperana no Brasil realmente abrangente: inclui setores da elite da sociedade. III. a supresso da palavra at, presente na frase (a), altera o sentido da frase (b). Comentrio: A reposta correta a E, pois todas as afirmativas esto corretas. A questo envolve interpretao textual, ambigidade e uso de nexos. A suspenso da vrgula torna a frase ambgua, isto , no deixa claro a que verbo se refere a expresso muitas vezes. 14. A redao est de acordo com a norma culta escrita em: A) Prezado vestibulando: preciso estar ciente que lhe espera uma dura batalha e que para sair vencedor depender exclusivamente de seu esforo. S bem vindo! B) Prezado vestibulando, preciso estar ciente de que o espera uma dura batalha e de que a vitria depender exclusivamente de seu esforo. Seja bem-vindo! C) Prezado vestibulando! preciso estar ciente que o espera uma dura batalha. Para sair vencedor, depender exclusivamente de teu esforo. S bem vindo! D) Prezado vestibulando: preciso estar ciente de que te espera uma dura batalha e de que a vitria, depender exclusivamente de seu esforo. Seja bem vindo! E) Prezado vestibulando! preciso estar ciente de que te espera uma dura batalha e que a vitria depender exclusivamente de teu esforo. Seja bem-vindo! Comentrio: A alternativa correta a B e a questo envolve Regncia e Imperativo. As outras apresentam os seguintes erros gramaticais: Regncia Verbal quem ciente ciente de algo. Pronome Oblquo lhe representante do objeto indireto: o verbo esperar transitivo direto, portanto o objeto deveria ser o direto, isto , o. Imperativo Hfen - Bem-vindo. INFORMAES LITERAIS E INFERNCIAS Nem sempre quando se utiliza a linguagem, o entendimento entre os interlocutores bastante simples. Ao contrrio, na maioria das vezes em que um enunciado proferido, seu sentido literal e o sentido que ele adquire no contexto no coincidem. Dessa forma, se uma me deseja que sua filha saia da frente da TV porque est atrapalha a viso daquela, pode expressar sua vontade com a frase 14

PORTUGUS Saia da frente da TV ou, simplesmente dizer, em outras palavras (indiretamente), Voc no de vidro... Assim sendo, o uso de aluses, insinuaes, ironias, ambigidades, dentre outras, so recursos comuns na linguagem cotidiana. Freqentemente, o conflito entre o que o usurio quis dizer e o contedo dito literalmente fruto de uma inteno deliberada. No entanto, h casos nos quais ocorre um deslize, por parte do usurio, decorrente de uma atitude no-intencional. Observao: O contedo de significao contextual de palavras e expresses est inserido na apostila na parte dos processos sintticos. COERNCIA E COESO TEXTUAL Para definirmos de maneira especfica, podemos dizer que a coeso uma forma de recuperar, em uma sentena B, um termo presente na sentena A. Mas coeso no somente um processo de olhar constantemente para trs. tambm o de olhar para adiante. Um termo pode esclarecer-se na frase seguinte. Se minha frase inicial for Pedro tinha um grande sonho, estou criando um movimento para adiante. S vamos saber do que se trata na prxima frase: ele queria ser veterinrio. O importante cada enunciado estabelecer relaes estreitas com os outros, a fim de tornar slida a estrutura do texto. Clareza a transmisso compreensvel de uma mensagem. H falta de clareza nas frases seguintes: - Os visitantes no podem falar com os prisioneiros at que eles tenham sido cuidadosamente revistados. O exemplo acima ambguo, porque o pronome pessoal eles tanto pode referir-se a visitantes, quanto a prisioneiros. Forma adequada: - Os visitantes no podem falar com os prisioneiros at que aqueles tenham sido cuidadosamente revistados. Conciso o emprego do mnimo de palavras, expresses ou frases, para obter o mximo de comunicao. Falta conciso s seguintes frases: - Um vendaval catastrfico destruiu a cidade. Para que dizer um vendaval catastrfico, vendaval j traz implcita a idia de catstrofe? se

- Os grevistas refutaram o aumento proposto pelo governo. Enquanto o lder da situao fazia na Cmara os prolegmenos de novos ndices, os trabalhadores faziam do lado de fora o maior au, achando que o governo no estava com nada. So variados os textos para interpretao. A fim de podermos trabalhar dentro dos limites necessrios

NOVA EDIO aos objetivos que nos propusermos, enumerar trs tipos de textos a interpretar. Textos que antnimos): utilizam sinnimos vamos (ou

PORTUGUS redao, tem de envolver-se profundamente com os textos produzidos por seus alunos, devendo perceber claramente que o autor de um texto comea a escrever sem muita maturidade na escrita, mas, com o tempo, melhora na produo e aperfeioa seu estilo de composio. Redao um espao para o aluno demonstrar sua competncia de produo literria, colocando em seu texto sua opinio, seu ponto de vista, suas idias e concluses a respeito de um tema ou assunto apresentado como desafio , pois, a partir da escrita do aluno, pode-se conhec-lo melhor, perceber suas dvidas, seus anseios, suas necessidades, sua viso de mundo, seus objetivos.... No texto redacional predomina a linguagem escrita que exige grande esforo do pensamento na escolha das palavras, idias e colocao destas nas frases, oraes e perodos at que seja formado um texto que seja lido, entendido e compreendido por um leitor, para isso o texto deve revestir-se de emoo , a fim de que o leitor tenha prazer de ler e goste daquilo que est lendo. Ajuda muito fazer leituras de textos, promover debates e seminrios sobre temas sociais, psicolgicos, culturais, etc... antes de produzirmos um novo texto. A leitura e o debate ajudam muito na obteno de informaes que facilitaro o desenvolvimento do senso crtico do autor/produtor. Na tcnica de produo de um texto redacional tem papel fundamental a leitura e a interpretao de texto sobre temas variados. nessa atividade de leitura que se assimilam os mecanismos gramaticais bsicos, os recursos expressivos corretos que a lngua nos oferece, formando e ampliando o vocabulrio e tomando-se conscincia das variaes semnticas das palavras em suas diferentes implicaes (= sentido denotativo x sentido conotativo de palavras e expresses de nossa lngua). Bom leitor aquele que l fazendo observaes, analisando e aprofundando-se nas idias apresentadas pelo autor do texto, compreendendo e construindo mentalmente sua sntese ou seu resumo. SIGNIFICADO DE PALAVRAS E EXPRESSES NOS CONTEXTOS O estudo da significao das palavras de uma lngua denominado semntica. Toda saudade Toda saudade a presena da ausncia de algum, de algum lugar, de algo enfim. Sbito o no toma forma de sim como se a escurido se pusesse a luzir. Da prpria ausncia de luz o claro se produz, o sol na solido. Toda saudade um capuz transparente que veda e ao mesmo tempo traz a viso 15

muito comum aparecerem questes envolvendo o conhecimento de sinnimos e, s vezes, de antnimos. Vejamos um exemplo: No h crime onde no houve aquiescncia. Indicar, entre as alternativas, a que poderia substituir a palavra grifada, sem alterao do sentido da frase: a) arrependimento b) conhecimento c) consentimento d) inteno e) premeditao Resposta: C LEMBRETE: possibilidade restrito ao definido pelo importante observar que h de uma palavra adquirir um sentido contexto. Neste caso, no sentido texto, temos o significado atual.

Por exemplo: Todos haveremos de morrer um dia. Morrer = finar-se, falecer, dizer adeus ao mundo, acabar, terminar, etc. J no texto: Ele morre de amores pela filha do vizinho, o significado de morrer adquire o sentido de gostar muito de. Vejamos num texto: Amara caminha para o piano. Seus dedos magros batem de leve nas teclas. Duas notas tmidas e desamparadas: mi, sol... Mas a mo tomba desanimada. O olhar morto passeia em torno, v as imagens familiares: a cama desfeita, os livros da noite, empilhados sobre o mrmore da cabeceira... A palavra morto, em "O olhar morto passeia..., significa: a) falecido b) matado c) perdido d) finado e) acabado A resposta a letra C. PONTO DE VISTA DO AUTOR Sobre o ponto de vista do autor temos ainda: No h escrita sem leitura, sem reflexo, sem a adoo de um ponto de vista, sem um desejo por parte de quem escreve, de manifestarse a respeito de um determinado tema ou assunto. A pessoa que corrige, l e analisa uma

NOVA EDIO do que no se pode ver porque se deixou pra trs mas que se guardou no corao. (GIL, Gilberto. In: O eterno Deus Mudana. LP WEA 670.8059. 1989. Faixa 5, lado 2.) A Semntica envolve os seguintes aspectos: Famlia de idias Antonmia Sinonmia Paronmia Homonmia Polissemia

PORTUGUS A palavra independente para definir orao coordenada est baseada somente na estrutura sinttica. As oraes coordenadas possuem dependncia semntica, portanto h uma autonomia sinttica, mas no semntica. Enquanto isso, as oraes subordinadas dependem sinttica e semanticamente de uma orao principal. Oraes Coordenadas Aditivas: Ela estuda e trabalha. Ele estuda, e ela trabalha. Oraes Coordenadas Conclusivas: Ela estudou muito para o vestibular, portanto conseguiu a aprovao. Ele estudou muito para o concurso; conseguiu, portanto, a aprovao. Oraes Coordenadas Adversativas: Ela estudou muito, no entanto no conseguiu a aprovao. Ele estudou muito; no conseguiu, no entanto, a aprovao. Oraes Coordenadas Explicativas: Choveu, porque a calada est molhada. Obs: se a frase estiver no imperativo, explicativa - Feche a janela porque faz frio.

Famlia de idias: so palavras que possuem uma relao de sinonmia, apresentando um mesmo significado. Ex.: casa, lar, moradia. Sinonmia: ocorre quando duas ou mais palavras tm o mesmo sentido, ou sentidos semelhantes. Ex.: chato desagradvel. Antonmia: ocorre quando duas ou mais palavras possuem significados opostos. Ex.: belo feio. Homonmia: so palavras que possuem significados diferentes, mas tm a mesma estrutura fonolgica. Ex.: O gosto de chocolate. // Eu gosto de chocolate; cela, sela; sesso, cesso, seo. Paronmia: ocorre quando duas ou mais palavras tm significados diferentes, mas so parecidas ao serem pronunciadas. Ex.: cavaleiro // cavalheiro; cumprimento // comprimento. Polissemia: trata-se do fato de que as palavras podem ter vrios significados. Ex.: Ele visa a um alto posto h anos. // Ela deixou o carro estacionado ao lado do posto. // Irei ao cinema, posto que (embora) possa chover. SUBSTITUIO DE PALAVRAS E DE EXPRESSES NO TEXTO Chegam a se constituir em substituio de palavras, em inverso na ordem de frases. Naturalmente o objetivo das substituies o de melhorar o texto, o que se efetiva com a busca de uma palavra que capte melhor o sentido da palavra, com a eliminao de artigos que tornem o texto metricamente mais cerrado, e assim por diante. SINTAXE RELAES DE COORDENAO E SUBORDINAO Perodo composto por COORDENAO: o perodo composto por duas ou mais oraes independentes entre si, que podem ser assindticas ou sindticas, isto , ligadas por um conectivo. So classificadas de acordo com a conjuno que as introduzem.

Oraes Coordenadas Alternativas: Ora a criana chorava, ora sorria. Ora... ora... / Ou... ou... (partcula expletiva ou de realce). Exerccios: 1. (MAGISTRIO/DF) Apenas um dos perodos abaixo composto por coordenao. Assinaleo. a) Minha terra tem palmeira onde canta o sabi. (A. Gonalves Dias) b) J se v quem, muito vai do saber aparente ao saber real. (Rui Barbosa) c) A morte para qualquer momento, no se pode estar de pijama. (Guimares Rosa) d) Carmlia bailava sombra de rvores que refulgiam ao sol. (Cyro dos Anjos) e) Todos os pais aconselham, se bem que nem todos possam jurar pelo valor de seus conselhos. (Rui Barbosa) 2. (TCU) Aponte a alternativa em que ocorra orao coordenada sindtica conclusiva. a) Todos estavam presentes. porm ningum prestou ateno. b) Saiu cedo, no entanto no chegou na hora combinada. c) Estes exerccios so mais fceis. portanto resolva-os agora. d) V embora; que logo comear a chover. c) No s compareceram, mas tambm ajudaram. 3. (AMAN) Por definio, orao coordenada que seja desprovida de conectivo denominada assindtica. Observando os perodos seguintes: I - No caa um galho, no balanava uma folha. 16

NOVA EDIO II - O filho chegou, a filha saiu, mas a me nem notou. III - O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a prova. Acabara o exame. Nota-se que existe coordenao assindtica em: a) I apenas. a) II apenas. b) III apenas. a) I, II e III. b) em nenhum deles. 4. (FlSCAL-MG) Por definio, orao coordenada que se prende anterior por conectivo denominada sindtica e classificada pelo nome da conjuno que a encabea. Assinale a alternativa em que aparece uma coordenada sindtica explicativa, conforme a definio: a) A casaca dele estava remendada, mas estava limpa. b) Ambos se amavam, contudo no se falavam. c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o cho ou lavando as vidraas. d) Chora, que lgrimas lavam a dor. e) O time ora atacava, ora defendia e no placar aparecia o resultado favorvel. 5. (TST) Em relao ao trecho: Durante o enterro, abraou-se ao caixo, aflita; levaramna para dentro, correto afirmar: a) h uma orao subordinada adverbial. b) a primeira orao coordenada assindtica. c) uma das oraes reduzida de infinitivo. d) trata-se de um perodo composto por coordenao e subordinao. e) h apenas uma orao coordenada sindtica. Gabarito 1C 2C 3D 4D 5B

PORTUGUS importante lembrar que o significado da orao explicativa no o mesmo da restritiva. Por exemplo: em Os rapazes, que so altos, saram, significa que TODOS os rapazes so altos. Por outro lado, em Os rapazes que so altos saram apenas os rapazes altos saram. Oraes Subordinadas Substantivas: exercem funo substantiva (sujeito, OD, OI, CN, predicativo, aposto) e so introduzidas pelas conjunes integrantes que e se. Podem ser: Oraes Subordinadas Substantivas Subjetivas funcionam como sujeito da orao principal. Ex.: Parece que voc feliz. (Que que parece? que voc feliz - sujeito) Oraes Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas exercem a funo de objeto direto (OD) da orao principal. Ex.: Quero que voc seja feliz. (O que EU quero? que voc seja feliz - OD) Oraes Subordinadas Substantivas Objetivas Indiretas desempenham o papel de objeto indireto (OI) da orao principal. Ex.: Lembre-se de que voc feliz. Oraes Subordinadas Substantivas Completivas Nominais. Ex.: Tenho a certeza de que voc ser feliz.

A orao completiva nominal pede complemento assim como a objetiva indireta. No entanto, a primeira completa um nome (vontade de, certeza de, favorvel a, desejo de, necessidade de) que pode ser um substantivo abstrato, um advrbio ou um adjetivo, enquanto a segunda o complemento do verbo (necessito de, assisto a, etc.). Oraes Subordinadas Substantivas Predicativas geralmente apresentam um verbo de ligao (VL) que indica estado e caracteriza o sujeito (orao principal). Ex.: Minha vontade que voc seja feliz. (sujeito simples: minha vontade; verbo ser = VL) Todo VL possui predicativo do sujeito, mas nem todo o predicativo pede VL. Oraes Subordinadas Substantivas Apositivas apresentam um aposto. Ex.: Quero somente isto: que voc seja feliz. (sujeito oculto: eu; objeto direto: somente isto)

Perodo composto por SUBORDINAO: apresenta oraes dependentes entre si. A orao regente chamada principal e no apresenta conectivo; orao regida a subordinada e apresenta conectivo. Obs.: O perodo que tem oraes coordenadas e subordinadas chama-se perodo misto. Oraes Subordinadas Adjetivas: equivalem a um adjetivo, cuja funo de adjunto adnominal do termo que elas modificam. So iniciadas por pronome relativo. Podem ser: Oraes Subordinadas Adjetivas Explicativas - explicam o termo anterior, amplo e genrico. Estas oraes vm sempre entre vrgulas. Ex.: Braslia, que capital do Brasil, foi fundada em 1960. Oraes Subordinadas Adjetivas Restritivas - restringem o sentido do termo que elas modificam. Ex.: O livro que eu li velho. 17

Exerccios comentados:

1. Classifique as oraes subordinadas substantivas de acordo com o exemplo: a) Convm que fiques alegre. 1. Localizar o verbo.

NOVA EDIO 2. Localizar o sujeito. O que convm? Que fiques alegre (sujeito). 3. Classificar a orao: orao subordinada substantiva subjetiva. b) Espero que fiques alegre. 1. .................................................................. 2. ........................................................................ 3. ........................................................................ c) Necessito de que fiques alegre. 1. ........................................................................ 2. ........................................................................ 3. ........................................................................ d) Tenho necessidade de que fiques alegre. 1. ........................................................................ 2. ........................................................................ 3. ........................................................................ ............................................ e) Desejo apenas isto: que fiques alegre. 1. ........................................................................ 2. ........................................................................ 3. ........................................................................ f) Meu desejo que fiques alegre. 1. ........................................................................ 2. ........................................................................ 3. ........................................................................ Respostas: a) Convm que fiques alegre. 1. Localizar o verbo. 2. Localizar o sujeito. O que convm? Que fiques alegre (sujeito orao principal). 3. Classificar a orao: orao subordinada substantiva subjetiva, pois exerce a funo de sujeito da orao principal. b) Espero que fiques alegre. 1. Verbo = esperar. 2. Sujeito. Quem espera? Sujeito oculto EU. 18

PORTUGUS 3. Classificar a orao: orao subordinada substantiva objetiva direta, pois desempenha a funo de OD da orao principal = O que eu espero? Que fiques alegre (OD). c) Necessito de que fiques alegre. 1. Verbo = necessitar. 2. Sujeito: Quem necessita? Sujeito oculto EU. 3. Classificar a orao: orao subordinada substantiva objetiva indireta, pois desempenha a funo de OI da orao principal = DE que eu necessito? De que fiques alegre (OI). d) Tenho necessidade de que fiques alegre. 1.Verbo = ter. 2.Sujeito: Quem que tem? Sujeito oculto EU. 3. Classificar a orao: orao subordinada substantiva completiva nominal, pois h um nome (NECESSIDADE substantivo abstrato) antecedendo a preposio DE. 4. * Cuidado para no confundir objeto indireto com complemento nominal e) Desejo apenas isto: que fiques alegre. 1. Verbo = desejar. 3. Sujeito: Quem que deseja? Sujeito oculto Eu. - O que? Apenas isto objeto direto. 2. Classificar a orao: orao subordinada substantiva apositiva porque desempenha a funo de aposto. f) Meu desejo que fiques alegre. 1. Verbo = ser verbo de ligao (VL) 2. Sujeito: O que ? Sujeito simples: meu desejo 3. Classificar a orao: orao subordinada substantiva predicativa porque desempenha a funo predicativo do sujeito. Oraes Subordinadas Substantivas Adverbiais: funcionam como adjunto adverbial da orao principal. Podem ser: pea. Causais - identificam a causa do que se declara na orao principal. Ex.: Irei ao teatro porque gosto do autor da

Ateno: A orao causal parecida com a explicativa, mas no igual. Uma forma de identific-la substituir porque por como na inverso da frase - Irei ao teatro porque gosto do autor da pea = Como gosto do autor da pea, irei ao teatro. Comparativas - representam o segundo termo de uma comparao. Ex.: A vida vai se apagando como a chama de uma vela. Concessivas demonstram um fato contrrio ao da orao principal. Ex.: Mesmo que chova, iremos praia.

NOVA EDIO Condicionais - exprimem uma condio para que ocorra o que est sendo expresso na orao principal. Ex.: O resultado ser satisfatrio se voc ficar atento. Conformativas - exprimem a conformidade de um pensamento com o outro. Ex.: Cada um colhe conforme semeia. Concessivas

PORTUGUS embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, conquanto, apesar de que Condicionais se, caso, sem que, se no, a no ser que, contanto que Conformativas Conforme, consoante, como, segundo Consecutivas de modo que, de maneira que, to...que, tal...que, tamanho...que, tanto...que Finais para que, a fim de que, de modo que, de maneira que Proporcionais proporo que, medida que, ao passo que Temporais quando, enquanto, assim que, logo que, sempre que, depois que, desde que Integrantes que, se (quando introduzem oraes subordinadas substantivas) Observaes importantes: POIS Conclusivo: posposto ao verbo, isolado por vrgulas. Ex.: Estudei muito para o vestibular, consegui, pois (portanto) a aprovao. Explicativo: anteposto ao verbo quando a orao for imperativa (ordem) ou houver alguma hiptese. Ex: No acredito em voc, pois j mentiu muitas vezes. Causal: anteposto ao verbo, completando uma orao que tem sentido de conseqncia. Ex.: Choveu, pois a calada est molhada. COMO Causal Ex.: Como gosto de danar, sairei noite com meus amigos. Comparativo Ex: Ele inteligente como uma porta. Conformativo: une duas oraes com verbos distintos. Pode ser substitudo por conforme. Ex.: Ele fez o trabalho como o professor pediu. Exerccios: 1. (MACK-SP) Assinale a alternativa em que a palavra como assume valor de conjuno subordinativa conformativa. a) Como ele mesmo afirmou, viveu sempre tropeando nos embrulhos da vida. b) Como no tivesse condies necessrias para competir, participou, com muita insegurana, das atividades esportivas. c) As frustraes caminham rpidas como as tempestades das matas devastadoras. d) Indaguei-te apreensiva como papai tinha assumido aquela contnua postura de contemplao. 19

Consecutivas - indicam a conseqncia do que se fala na orao principal. Ex.: A liberdade to querida, que todos a desejam. Proporcionais exprimem um fato simultneo ao da orao principal. Ex.: medida que estudas, mais aprendes.

Finais - indicam a finalidade do que se afirma na orao principal. Ex.: Sa rapidamente a fim de que ele entrasse. Temporais - exprimem o tempo em que ocorre o fato expresso na orao principal. Ex.: Quando a gente conhece algum, conhece-lhe o rosto e no o corao.

Oraes reduzidas: apresentam o verbo em uma das formas nominais (infinitivo, gerndio, particpio).

-

a)

oraes reduzidas de gerndio sero adverbiais. Ex.: Estando cansados, dormiram.

geralmente -

oraes reduzidas de particpio - sero sempre adverbiais ou adjetivas. Ex.: Preocupada com o temporal, esqueci o pacote na loja.

b)

-

c)

oraes reduzidas de infinitivo - sero sempre adverbiais ou substantivas. Ex.: Ao sair, feche a porta.

-

Conjunes Coordenativas Aditivas e, nem, no s, mas tambm, no somente Adversativas mas, porm, todavia, contudo, entretanto, no obstante Alternativas ou...ou, ora...ora, j...j, quer...quer, seja...seja Conclusivas logo, pois (posposto ao verbo), por tanto, por isso, por conseguinte, assim Explicativas porque, pois (anteposto ao verbo), que Conjunes Subordinativas porque, que, visto que, j que, uma vez que, pois, porque, porquanto, como Comparativas como, mais... (do) que, menos... (do) que, to... como, tanto... quanto, assim como, como se Causais

NOVA EDIO e) Como as leis eram taxativas naquele vilarejo, todos os moradores tentavam um meio de obedincia s normas. 2. (GDF-SEA-IDR) Nas frases abaixo, cada espao pontilhado corresponde a uma conjuno retirada. 1. Porm j cinco sis eram passados..............dali nos partramos... 2. ..........estivesse doente, faltei escola. 3. ..........haja maus nem, por isso devemos descrer dos bons. 4. Pedro ser aprovado...........estude. 5. ..........chova eu sairei de casa. As conjunes retiradas so, respectivamente: a) quando, ainda que, sempre que, desde que, como. b) que, como, embora. desde que, ainda que. c) como, que, porque, ainda que, desde que. d) que, ainda que, embora, como, logo que. e) que, quando, embora, desde que, j que. 3. (MACK-SP) Embora todas as conjunes sejam aditivas, uma das oraes abaixo apresenta idia adversativa. a) No achou os documentos nem as fotocpias. b) Queria estar atento palestra e o sono chegou. c) No s aprecio a medicina como tambm a odontologia. d) Escutei o ru e lhe dei razo. e) No s escutei o ru, mas tambm lhe dei razo. 4. (CORREGEDORIA-TJ-BA) Sabendo que a orao subordinada substantiva apositiva exerce a funo de aposto e que este um termo de natureza substantiva que se refere a um outro, tambm de natureza substantiva, marque a alternativa que apresenta uma orao apositiva. a) Disse-me: v embora. b) Cometeu dois erros, alis, trs. c) Havia apenas um meio de ajud-la: contar-lhe a verdade, d) Como Sofia falasse das bonitas rosas que possua, Rubio pediu para ir v-las: era doido por flores. e) No preciso de ajuda: sei arrumar-me sozinho. 5. (TRT-AM) Todas as oraes destacadas nos itens abaixo so reduzidas. Assinale a opo cuja orao destacada se classifica como subordinada reduzida do particpio adverbial condicional: a) Feita a partilha, o Leo tomou a palavra. b) Armado com tais provas, at que eu o enfrentaria. c) A tropa, acampada s margens do Iguau, foi surpreendida. d) Ernestina estava certa de ser amiga. e) Transposto o rio, seguimos viagem. 6. (FGV -RJ) Assinale a alternativa que corresponde classificao da orao destacada: O orador encareceu a necessidade de sermos amantes da paz. a) objetiva indireta 20 b) c) d) d) subjetiva completiva nominal apositiva adverbial final.

PORTUGUS

7. (TCE.MG) Assinale a opo em que haja uma orao completiva nominal: a) Certamente no suspeita de que um desconhecido o v. b) Ningum desconfiou de que o plano pudesse fracassar. c) Chego concluso de que o contrato s beneficiou os ingleses. d) Ningum duvidou de que a propaganda mentiu. e) Karl Marx acreditava em que a barbrie era a ausncia do socialismo. 8. (TRF-SP) Em todos os perodos abaixo, h oraes reduzidas. Aponte, dentre elas, a subordinada adverbial final. a) O menino fingia ouvir seus conselhos. b) Pressentindo o mau tempo, no viajamos. c) Estuda para passar no concurso. d) Perdeu o trem por estar atrasado e) Encontrou um peregrino rezando fervoroso. 9. (NCE- UFRJ) Podem acusar-me: estou com a conscincia tranqila. Os dois-pontos (:) do perodo poderiam ser substitudos por vrgula, exp1icitando-se o nexo entre as duas oraes pela conjuno: a) portanto b) e c) como d) pois e) embora 10. (TRT -ES) No seguinte perodo: Choveu durante a noite, porque as ruas esto molhadas, a orao destacada : a) subordinada adverbial consecutiva; b) coordenada sindtica explicativa; c) subordinada adverbial causal; d) coordenada sindtica conclusiva; e) subordinada adverbial concessiva. 11. (EMESCAM-ES) Assinale a alternativa que expressa a idia correta da segunda orao, considerando a conjuno que a introduz. A torcida incentivou os jogadores; esses, contudo, no conseguiram vencer. a) proporo d) oposio b) concluso e) concesso c) explicao 12. (POLCIA CIVIL-PE) Na frase: Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser me, a orao destacada : a) subordinada substantiva objetiva indireta d) coordenada sindtica conclusiva b) subordinada substantiva completiva nominal e) coordenada sindtica explicativa c) subordinada substantiva predicativa 13. (ASSEMBLIA-MG) Em todas as alternativas h uma orao subordinada substantiva subjetiva, exceto em:

NOVA EDIO a) Urge que tomemos uma atitude d) preciso que voc nos apoie b) Parece que o tempo voa e) Importa apenas que sejamos felizes. c) O ideal seria que todos participassem 14. (CEF) Em: O moo ficou to emocionado que chorou, a orao subordinada uma adverbial a) comparativa d) causal b) proporcional e) temporal c) consecutiva 15. Aponte a alternativa em que ocorra orao coordenada sindtica adversativa. a) Ou voc resolve o exerccio, ou fica sem nota. b) Ele no resolveu o exerccio, logo ficou sem nota. c) Resolva o exerccio, porque voc ficar sem nota. d) Ele preferia ficar sem nota a resolver o exerccio. e) Ele ficou sem nota, mas no resolveu o exerccio. 16. (TFC) A nica alternativa correta a respeito do perodo: Imagina que para agradar-lhes preciso ter qualidades acima do vulgar que ele: a) apresenta quatro oraes; b) apresenta trs oraes; c) apresenta duas oraes; d) composto por coordenao e subordinao; e) composto por oraes que se caracterizam por no possuir sujeito determinado. 17. (CESESP-PE) Chamando de: I - o perodo composto por coordenao sindtica; II - o perodo composto por coordenao assindtica. Assinalar a alternativa correta: a) Colhemos frutos, jogamos bola. (I) b) Bem depressa chegou o trem; despedimo-nos sem demora. (I) c) Os dois anos de servio acabaram em 1855, o escravo ficou livre, mas continuou o ofcio. (I) d) Dormi tarde, mas acordei cedo. (II) e) Fui bem em Fsica, mas no acertei nada de Qumica. (II) 18. No chores que a vida luta.; Segue o teu ritmo, no contraries a tua ndole.; Os alicerces cederam: a casa ruiu, pois. As oraes apresentadas so coordenadas: a) sindtica conclusiva / sindtica negativa / sindtica explicativa. b) assindtica / sindtica aditiva / sindtica explicativa. c) sindtica explicativa / assindtica / sindtica conclusiva. d) sindtica aditiva / assindtica / sindtica conclusiva. a) assindtica / sindtica adversativa / sindtica conclusiva. 19. (ESEx) Na orao Que saibam, no creio: mas desconfiam, o trecho destacado uma orao: 21 a) coordenada sindtica adversativa; b) coordenada sindtica explicativa; c) coordenada sindtica conclusiva; d) coordenada sindtica aditiva; e) coordenada assindtica adversativa.

PORTUGUS

20. (MAGISTRIO-MG) Assinale a alternativa que contm uma coordenativa conclusiva: a) Srgio foi bom filho; logo ser bom pai. b) Os meninos ora brigavam, ora brincavam. c) Jaime trabalha depressa, contudo produz pouco. d) Os ces mordem, no por maldade, mas por precisarem viver. e) Ado comeu a ma, e nossos dentes at hoje doem. Gabarito 01A 02B 03B 04C 05B 06B 07C 08C 09D 10B 11D 12B 12C 14C 15E 16A 17C 18C 19A 20A REGNCIA VERBAL 1. VERBOS QUE MUDAM DE SIGNIFICADO AO MUDAR DE REGNCIA: OBJETO INDIRETO VTI (pede preposio)

OBJETO VERBO DIRETO VTD TRANSITIVO DIRETO (VTD) OU TRANSITIVO INDIRETO (VTI) AGRADAR * Mimar, fazer carinho. Ex.: A noiva agrada o namorado.

ASPIRAR

ASSISTIR

ATENDER

* Satisfazer, ser agradvel. Ex.: O professor no Agradou aos alunos. * Sugar, sorver. * Almejar, desejar, Ex.: A servente pretender. aspirou o p do Ex.: carpete. * Cheirar. Ex.: A Aspiramos a um bom menina aspirou emprego. o ar do campo. * Ver, olhar, * Dar presenciar. assistncia, Ex.: Os tomar conta. torcedores Ex.: O mdico assistiram assistiu o ao jogo. doente. / O governo assistiu * Morar, residir. Ex.: os flagelados. Caio assiste em Braslia. * Caber, pertencer. Ex.: Isto no lhe assiste. * Atender a * Atender coisas, fatos pessoas. Ex.: O e pessoas. balconista Ex.: Atenda atendeu o

NOVA EDIO fregus. * Deferir, aceitar. Ex.: O professor atendeu o pedido do aluno. CUSTAR * Acarretar. Ex.: A preparao paro o concurso custa aos alunos muita dedicao. / O remorso custou lgrimas aos perdedores. * Ter necessidade. Ex.: Preciso mais tempo para estudar. *Marcar com preciso. Ex.: O relojoeiro precisou o defeito do relgio. *Desejar para si. Ex.: Quero uma mulher que saiba lavar e cozinhar. ao telefone. /A ambulncia atendeu ao acidente.

PORTUGUS

VERBOS QUE REPELEM O LHE E ACEITAM A ELE, A ELA. Aspirar (desejar, almejar, pretender) Assistir (ver, olhar, presenciar) Visar (desejar, almejar, pretender)

* Ser custoso, difcil. Ex.: Custou-me entender a questo.

VERBOS COM UM SENTIDO E MAIS DE UMA REGNCIA VERBO TRANSITIVO DIRETO (VTD) OU TRANSITIVO INDIRETO (VTI) ABRAAR OBJETO DIRETO VTD OBJETO INDIRETO VTI (pede preposio)

PRECISAR

* Ter necessidade. Ex.: Preciso de mais tempo para estudar.

QUERER

VISAR

IMPLICAR

DEPARAR

PAGAR/PERDOAR

* Gostar, estimar. Ex.: Adoro o Mallmann e lhe quero muito. * Almejar, * Por o visto. pretender. Ex.: O gerente Ex.: Visas a visou o cheque. um bom * Apontar uma emprego? arma. Sim, viso a ele. * Envolver. Ex.: * Ter implicncia. Implicaram o Ex.: rapaz no crime. * Acarretar. Ex.: Implicou com o Sua atitude marido o dia implica todo. demisso. * Encontrar. Ex.: * Encontrar com Olhando sua prova, deparei 3 algum. Ex.: Estava no erros. bar e deparei com o Marcelo. * Apresentarse. Ex.: Hoje, durante a aula, deparou-se ao professor. * Quando se * Quando se refere a coisas. refere a Ex.: Pagar um pessoas. 22

AGUARDAR AJUDAR ESQUECER, LEMBRAR, ADMIRAR, RECORDAR

* Mateus abraou-se na amiga. * Mrcio abraou-se ao amigo. * Mallmann abraou-se com a amiga. * Aguardamos * Aguardamos o colega. pelo colega. * Paulo o ajudou. * Esqueci o guarda-chuva. / Lembrei que ele viria mais tarde. * Paulo lhe ajudou. * Esquecer-se, lembrar-se, recordar-se, admirar-se. Ex.: Esqueci-me do guarda-chuva. / Lembrei-me de que ele viria mais tarde. * Eu me encontrei com Marcelo. * Henrique renunciou ao cargo. * Kamir no satisfez s exigncias.

* Mallmann abraou a amiga.

ENCONTRAR RENUNCIAR SATISFAZER

* Encontrei Marcelo ontem. * Leonardo renunciou o cargo. * Kamir no satisfez as exigncias.

1.

VERBOS CUJA REGNCIA MAIS SE ERRA. OBJETO INDIRETO VTI (pede preposio) No se usa a preposio com.

OBJETO VERBO DIRETO TRANSITIVO VTD DIRETO (VTD) OU TRANSITIVO INDIRETO (VTI) NAMORAR * Marcelo namora Patrcia h

NOVA EDIO um ano e meio. OBEDECER E DESOBEDECER PREFERIR * Preposio A. Ex.: O filho desobedeceu ao pai. * Preposio A. Prefiro dana do ventre dana de salo. * Preposio A no sentido de dar resposta. Ex.: Responda s questes abaixo. * Ficar responsvel. Ex.: Respondeu pelos erros. * Preposio A. Ex.: Chegar a casa para comer. / Aonde queres chegar? aluso a amante de anlogo a ansioso de, para, por apto a, para atento a, em averso a, para, por vido de, por benfico a capaz de, para certo de compatvel com compreensvel a comum a, de constante em contemporneo a, de contrrio a curioso de, para, por desatento a Preposies utilizadas nos verbos transitivos indiretos: A POR DESDE SOB Ateno! Verbos com regncias diferentes em uma mesma frase so estruturados da seguinte forma: CORRETO: Li o livro e gostei dele. ERRADO: Li e gostei do livro. REGNCIA NOMINAL Assim como os verbos, alguns nomes (adjetivos e substantivos) necessitam de um complemento nominal (CN). Em outras palavras, o CN representa para o nome aquilo que o objeto indireto representa para o verbo, complementando vocbulos que no possuem sentido sozinhos. Vejamos alguns exemplos: acessvel a acostumado a, com adaptado a, para afvel com, para com aflito com, em, para, por agradvel a alheio a, de alienado a, de 23 ANTE PELO EM SOBRE APS PELA ENTRE AT COM SEM PARA CONTRA PERANTE descontente com desejoso de desfavorvel a devoto a, de diferente de difcil de digno de entendido em equivalente a erudito em escasso de essencial para estranho a fcil de favorvel a fiel a firme em generoso com grato a hbil em habituado a horror a hostil a idntico a impossvel de imprprio para imune a

PORTUGUS

RESPONDER

* Para dar a resposta. Ex.: Respondeu que estava satisfeito.

CHEGAR

NOVA EDIO incompatvel com inconseqente com indeciso em independente de, em indiferente a indigno de inerente a insacivel de leal a liberal com medo a, de natural de necessrio a negligente em nocivo a ojeriza a, por paralelo a parco em, de passvel de perito em permissivo a CRASE CRASE Crase no acento, mas, sim, a fuso entre a preposio a com o artigo definido a ou, ainda, com o a inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aquilo, etc. REGRA GERAL: a crase ocorre quando o termo anterior exigi a preposio a e o termo posterior admite o artigo a ou as. 10h) amigos. 4. Na indicao de horas. Ela saiu s 10h.

PORTUGUS 3. Nas locues conjuntivas adverbiais e prepositivas Ex.: medida que passa tempo a o dinheiro acaba. Os estudantes vivem merc de alguns professores sem tica. Gosto muito de sair noite com meus

Ela sair s 10h. (Porm: Ela sara a Das 8h s 10h. (Porm De 8h a 10h)

Obs.: se ao trocarmos o nmero de horas pela palavra meio-dia, teremos a expresso ao meiodia, ento ocorrer crase. Ex.: Mateus retornou s oito horas. = Mateus retornou ao meio-dia. EMPREGO FACULTATIVO

1. Diante de nomes prprios femininos. Ex.: Estou me referindo Mriam./ Estou me referindo a Mriam 2. Diante de pronomes possessivos femininos. Ex.: Mrcio vai sua apresentao./ Mrcio vai a sua apresentao. 3. Aps a preposio at. Ex.: Vou at esquina./ Vou at a esquina. CASOS EM QUE NO OCORRE

1. Diante de palavras masculinas. Ex.: Estou a servio. 2. Diante de verbos. Ex.: Mallmann est apto a participar do concurso. 3. Diante de nome de cidade no utiliza o artigo. Ex.: Alan vai todos os anos a Garopaba. Dicas: Use o verbo VOLTAR para verificar se o nome da cidade aceita artigo. Se houver contrao de preposio e artigo, haver crase. Ex.: Voltei da Argentina./ Fui Argentina. Voltei de Florianpolis./ Fui a Florianpolis. Ateno: caso o nome da cidade esteja determinado, a crase ser obrigatria. Ex.: Fui bela Garopaba.

Ex.: Vou a a escola dar aula amanh = Vou escola dar aula amanh. Importante: para nos certificarmos da ocorrncia da crase, podemos substituir o termo feminino por um masculino; se a contrao ao for necessria, a crase tambm ser. Ex.: Vou ao colgio dar aula amanh. = Vou escola dar aula amanh. Obedeceu a aquele chefe. = Obedeceu quele chefe. EMPREGO OBRIGATRIO 1. Nos casos em que a regra geral for aplicada. Ex.: Referiu-se matria. 2. Nas expresses moda de, maneira de, ainda que estejam implcitas. Ex.: Farei para o almoo pizza paulista. 24

4. Em expresses formadas por palavras repetidas (cara a cara, frente a frente, gota a gota, etc.). Ex.: Preciso falar com Marcelo frente a frente.

NOVA EDIO 5. Quando o a estiver no singular diante de uma palavra no plural. Ex.: Leonardo no resiste a mulheres encantadoras. 6. Diante do artigo indefinido uma. Ex.: Aquilo me fez chegar a uma concluso: ele no fiel, nem nunca foi. 7. Diante da palavra terra, quando esta significar terra firme, tomada em oposio a mar ou ar. Ex.: Os astronautas no puderam voltar a terra. 8. Diante da palavra casa (no sentido de lar, moradia) quando esta no estiver determinada por adjunto adnominal. Ex.: Vou a casa dormir. Dicas: Se a palavra casa estiver determinada por um adjunto adnominal, haver crase. Ex.: Vou casa de meu pai dormir. 9. Diante de pronomes que no admitem artigo: relativos, indefinidos, pessoais, tratamento e demonstrativos. Ex.: Disse a ele que no o amo mais. / Solicito a V.S que comparea amanh. 10. Diante da palavra distncia quando no estiver determinada. Ex.: Curso a distncia. / Falei para ele: fique a distncia de mim. (Porm: Fique distncia de 2m do parque) Exerccio - Complete as frases com crase se for necessrio. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Os amigos foram a praia, as pressas, as 8 horas. A colega Giovana, durante a reunio, os diretores fizeram aluso. Obedeo as regras tradicionais. Referiram-se a Roma. Referiram-se a Roma de Csar. Viram as meninas a distncia. Pedi a ele que ficasse a distncia de dois metros de mim. Cheguei a casa ontem. Cheguei a casa de meus tios para visit-los. 19. Fui a Salvador no ano passado. 20. Irei a Portugal assim que puder. 21. Dei os livros a sua amiga.

PORTUGUS

22. Entreguei os relatrios a suas colegas. 23. Chegaremos at a esquina. 24. Comuniquei as mudanas a Paula. 25. A enfermeira assistiu a enferma com dedicao. Respostas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Os amigos foram praia, s pressas, s 8 horas. colega Giovana, durante a reunio, os diretores fizeram aluso. Obedeo s regras tradicionais. Referiram-se a Roma. Referiram-se Roma de Csar. Viram as meninas a distncia.

7. Pedi a ele que ficasse distncia de dois metros de mim. 8. 9. Cheguei a casa ontem. Cheguei casa de meus tios para visit-los.

10. Vou esquina. 11. A menina a quem ofereceram rosas no est mais namorando. 12. Viso quele cargo h anos. 13. Prefiro isto quilo. 14. Vende-se sapatos a partir de R$30. 15. Fiz referncias a algumas propostas oportunas. 16. s 18 horas, tenho um encontro. 17. Elas saram do trabalho s 20 horas. 18. Fui Bahia nas ltimas frias. 19. Fui a Salvador no ano passado. 20. Irei a Portugal assim que puder. 21. Dei os livros sua amiga (facultativa). 22. Entreguei os relatrios a suas colegas. 23. Chegaremos at esquina (facultativa). 24. Comuniquei as mudanas Paula (facultativa). 25. A enfermeira assistiu a enferma com dedicao.

10. Vou a esquina. 11. A menina a quem ofereceram rosas no est mais namorando. 12. Viso aquele cargo h anos. 13. Prefiro isto aquilo. 14. Vende-se sapatos a partir de R$30. 15. Fiz referncias a algumas propostas oportunas. 16. As 18 horas, tenho um encontro. 17. Elas saram do trabalho as 20 horas. 18. Fui a Bahia nas ltimas frias. 25 CONCORDNCIA VERBAL SUJEITO SIMPLES O verbo concorda com o sujeito. Ex.: O rapaz saiu. O cantar faz bem! Paula saiu com o pai. SUJEITO COMPOSTO O verbo pode concordar com um elemento do sujeito ou com ambos. Ex.: Saiu/saram o rapaz e a moa. O andar e o cantar faz/fazem bem.

NOVA EDIO Paula com o pai saiu/saram. UM E OUTRO / NENHUM NEM OUTRO Nesses casos, o verbo pode ficar na 3 pessoal do singular ou do plural. Ex.: Um e outro rapaz saiu/saram. Nenhuma nem outra moa saiu/saram UM OU OUTRO O verbo fica na 3 pessoa do singular quando as idias so contrrias e na 3 pessoa do plural quando necessariamente se deve escolher um dos elementos do sujeito Ex.: So Paulo ou Grmio ser campeo. Caf ou chocolate me agradam. OU / E Quando a idia for de uma coisa OU outra, o verbo ficar na 3 pessoa do singular, mas quando se tratar de uma coisa E outra, ficar na 3 pessoa do plural. Ex.: Um olhar, (ou) um toque, (ou) um carinho basta. Um olhar, (e) um toque, (e) um carinho bastam. MAIS DE UM O verbo permanece na 3 pessoa do singular, embora a idia seja de plural. Ex.: Mais de um aluno passou. Porm - Menos de dois alunos passaram. O verbo fica na 3 p. do plural. UM DOS... QUE A concordncia verbal pode ser feita com a expresso ou com o ncleo do sujeito. Ex.: Um dos alunos que saiu/saram. Fui eu um dos alunos que saiu/saram. Porm Um dos alunos saiu. QUE / QUEM No primeiro caso, o verbo concorda com o sujeito apenas, mas no segundo, o verbo pode concordar com o pronome quem ou com o sujeito. Ex.: Eu que comprei. Eu quem comprei. ou Eu quem comprou. Ns que compramos. Ns quem compramos. ou Ns quem comprou. COLETIVOS Se estiver especificado, o verbo pode concordar com o coletivo ou com o elemento que o especifica. Ex.: Um bando de aves saiu/saram. Meu molho de chaves foi/foram perdido/as. PALAVRAS NO PLURAL Em alguns casos, o verbo estar na 3 pessoa do plural, em outros na 3 pessoa do singular: Canoas pequena. O lpis tem duas cores. Os Alpes so distantes. 26

PORTUGUS Meus culos esto na gaveta. Minhas costas esto doendo. Os Lusadas /so de Cames. HAJA VISTA Indicando causa permanece invarivel. Ex.: Ela no saiu haja vista (porque) seu carro estava quebrado. FALTAR O verbo concorda com o sujeito. Ex.: Faltam as pastas. Falta encontrar as pastas. PARECER Em uma locuo verbal, poder alternar com o verbo principal, ficando na 3 pessoa do plural ou do singular. Ex.: Elas parecem gostar do carro. Elas parece gostarem do carro. Quando desempenhar a funo de verbo intransitivo, ficar na 3 pessoa do singular. Ex.: Parece que ela gosta do carro. APOSTO RESUMITIVO O verbo concorda com o aposto resumitivo e no com o sujeito. Ex.: Leo, Henrique e Marcelo, ningum (aposto) voltou. VERBOS IMPESSOAIS Os verbos impessoais permanecem na 3 pessoa do singular. Ex.: Faz duas horas. Deve fazer duas horas. H rvores. REGRA DO NDICE DE INDETERMINAO DO SUJEITO Quando o verbo intransitivo direto acompanhado pela partcula SE, permanece na 3 pessoa do singular, ainda que o objeto indireto (OI) esteja no plural. Neste caso no h sujeito. Ex.: Precisa-se do livro (OI). Precisa-se dos livros (OI). PARTCULA APASSIVADORA O verbo concorda com o sujeito. Ex.: Comprou-se o livro (sujeito). Compraram-se os livros (sujeito). USO DA PARTCULA SE 1. Conjuno A partcula SE pode desempenhar a funo de conjuno. Exemplo: Eu no sei se ele j voltou.

NOVA EDIO 2. Expletiva / de realce Da mesma maneira, pode ter a funo expletiva, ou seja, se for retirado da orao no altera o sentido. Exemplo: Eles foram-se embora. Ou Eles foram embora. 3. Pronome reflexivo A partcula SE ser um pronome reflexivo no seguinte caso: Lucas cortou-se. Em outras palavras, Lucas cortou a si mesmo Lucas cortou o Lucas. Desempenhar, nesse caso, a funo de objeto direto. Lucas cortou-se. Sujeito: Lucas / Verbo: cortar (algo) / Objeto Direto: se. 4. Pronome recproco Ex.: Os namorados deram-se as mos. SE, neste caso, desempenha a funo de objeto indireto. Os namorados deram-se as mos. Sujeito: Os namorados / Verbo: dar (algo a algum) / Objeto Indireto: se. 5. Sujeito do infinitivo Na estrutura deixar, ver, ouvir, sentir, mandar, fazer + SE + verbo no infinitivo a partcula SE obrigatoriamente sujeito. Ex.: Marta deixou-se estar triste. ser Exerccio comentado:

PORTUGUS

1. Classifique a partcula SE como apassivadora (PA) ou como ndice de indeterminao do sujeito. a) Comeu-se o bolo. .................................................................. b) Gosta-se do bolo. .................................................................. c) Vive-se em Gramado. ..................................................................

d) Comprou-se a blusa. .................................................................. e) Procura-se por emprego. .................................................................. f) Ama-se a cidade. .................................................................. g) Bebeu-se o vinho. .................................................................. Respostas: a) Comeu-se o bolo. Partcula apassivadora. Sujeito: o bolo / Verbo: comer (VTD) O verbo transitivo direto. A orao pode ser invertida: O bolo foi comido. b) Gosta-se do bolo. ndice de indeterminao. Verbo: gostar (VTI) / OI: do bolo. O verbo transitivo indireto. No h sujeito. c) Vive-se em Gramado. ndice de indeterminao. Verbo: viver (VTI) / OI: em Gramado. O verbo transitivo indireto. No h sujeito. d) Comprou-se a blusa. Partcula apassivadora. Sujeito: a blusa / Verbo: comprar (VTD) O verbo transitivo direto. A orao pode ser invertida: A blusa foi comprada. e) Procura-se por emprego. ndice de indeterminao. Verbo: procurar (VTI) / OI: por emprego. O verbo transitivo indireto. No h sujeito. f) Ama-se a cidade. Partcula apassivadora. Sujeito: a cidade / Verbo: amar (VTD) O verbo transitivo direto. A orao pode ser invertida: A cidade amada. 27

6. Partcula apassivadora (PA) pronome apassivador (DIFERENTE de ndice de indeterminao do sujeito) Neste caso, temos verbo transitivo direto (VTD) ou verbo transitivo direto e indireto (VTDI) mais a partcula SE. Ex.: Jogam-se bzios. Sujeito: bzios / Verbo: jogar (VTD) / PA: se. A orao pode ser invertida: Bzios so jogados. Vendem-se casas. Sujeito: Casas / Verbo: vender (VTD) / PA: se. Casas so vendidas. 7. ndice de indeterminao do sujeito Neste caso, temos verbo intransitivo (VI), verbo transitivo indireto (VTI) e verbo de ligao (VL) mais a partcula SE. Ex.: Caiu-se na rua. Verbo: cair (VI) / Ind. de indet.: se / Ajdunto Adverbial: na rua. NO pode ser invertida e no h sujeito. Precisa-se do livro. Verbo: precisar / Ind. de indet.: se / OI: do livro. Precisa-se dos livros. Verbo: precisar / Ind. de indet.: se / OI: dos livros.

NOVA EDIO g) Bebeu-se o vinho. Partcula apassivadora. Sujeito: o vinho / Verbo: beber (VTD) O verbo transitivo direto. A orao pode ser invertida: O vinho foi bebido. Exerccios: 1. (CESGRANRIO-RJ) Assinale a opo cuja lacuna no pode ser preenchida pela preposio entre parnteses. a) uma companheira desta, ........ cuja figura os mais velhos se comoviam (com) b) uma companheira desta, ........ cuja figura j nos referimos anteriormente (a) c) uma companheira desta, ......... cuja figura havia um ar de grande dama decadente (em) d) uma companheira desta, ......... cuja figura andara todo o regimento apaixonado (por) e) uma companheira desta, ......... cuja figura as crianas se assustavam (de) 2. (F1NEST -SP) Se voc vai sair agora, nunca saber se dissemos a verdade a eles e qual foi sua reao ao se verem diante daquela descoberta. No texto acima, a partcula se , respectivamente: a) conjuno condicional, conjuno condicional, partcula apassivadora. b) conjuno integrante, partcula expletiva, partcula apassivadora. c) conjuno integrante, pronome reflexivo, pronome reflexivo. d) conjuno condicional, conjuno integrante, pronome reflexivo. e) conjuno condicional, conjuno integrante, partcula apassivadora. 3. (TCE-AL) Aponte a alternativa em que a partcula SE ndice de indeterminao do sujeito. a) Resolver-se-o os exerccios. b) No se reprovaro estes alunos. c) Trabalha-se com afinco naquela empresa. d) Vendem-se relgios. e) Plastificam-se documentos. 4. (Professor-MO) Assinale a opo em que o sujeito est indeterminado. a) Na placa liam-se os dizeres: cobrem-se botes. b) Acontecem coisas estranhas por aqui. c) No se deve nadar em alto mar. d) Emprega-se auxiliar de mecnico. e) Decorreram alguns instantes de silncio. 5. (FISCAL-PE) Aponte a alternativa em que a palavra se partcula apassivadora. a) Vive-se bem no campo. b) Revogar-se- este dispositivo. c) Obedeceu-se ao pedido do diretor. d) Estuda-se muito naquela escola. e) Come-se muito no inverno. 6. (UnB-CESPE) No se sabe se verdade ou no. Os dois se que aparecem no texto so, conforme a sua colocao: 28

PORTUGUS a) partcula apassivadora e pronome reflexivo. b) partcula apassivadora e conjuno integrante c) partcula integrante do verbo e conjuno condicional d) ndice de indeterminao do sujeito e partcula de realce e) partcula integrante do verbo e conjuno integrante 7. (UnB-CESPE) ...se em troca nem ao menos se garante a chance de viver... A palavra se no perodo , respectivamente: a) conjuno condicional e conjuno integrante b) pronome apassivador e conjuno integrante c) pronome reflexivo e pronome reflexivo d) conjuno integrante e pronome reflexivo e) conjuno condicional e pronome apassivador. Gabarito 01E 05B 02D 06B 03C 07E 04C

CONCORDNCIA NOMINAL Para evitar ambigidade e erros gramaticais na lngua portuguesa, importante prestar ateno em algumas situaes de concordncia nominal. A regra geral que adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam, em gnero e nmero, com os substantivos a que se referem. Vejamos alguns casos a seguir: BOM / BOA - PROIBIDO / PROBIBIDA NECESSRIA/NECESSRIO - NOMES PRPRIOS FEMININOS Cerveja bom. proibido entrada. necessrio aprovao. Patrcia bonito. (Subentende-se o nome Patrcia bonito) Porm, quando houver artigo feminino determinando o substantivo, a concordncia fica da seguinte forma: A cerveja boa. proibida a entrada. A aprovao necessria. A Patrcia bonita. TODO / TODO O TODA / TODA A Quando no h artigo antes da palavra todo(a), significa qualquer; se houver artigo posposto, significa inteiro(a). Todo (qualquer) ser humano deve ser respeitado. Todo o mundo (o mundo inteiro) deve combater a desigualdade social. QUITE Concorda com o verbo: Estou quite. => Estamos quites. ALERTA No admite plural.

NOVA EDIO Ela est alerta. => Eles esto alerta. apenas

PORTUGUS c) Quais de vocs sero os primeiros a responder aos questionrios? d) Deram onze horas e os candidatos ainda no estavam na fila. 2. (BOMBEIRO-GDF-SEA-IDR) A concordncia verbal est incorreta em: a) A gente do campo mais solidria, mais confiante e, muitas vezes, mais social que a dos centros urbanos. b) O festival de cinema e o curso de m&1ca em que os participantes inscrevero seus trabalhos comearo amanh. c) Jovens recm-chegados, com muito entusiasmo, tambm aplaudia a destreza, a coragem e a perseverana dos bombeiros. d) Tu e teu amigo estareis seguros aqui, mesmo durante a imploso dos edifcios interditados. 3. (BOMBElRO-GDF-SEA-IDR) A concordncia nominal est incorreta em: a) Anexadas, remeto-lhe a procurao e a listagem dos outros documentos. b) Agradveis. passeio e compras - desejaramlhes os guias tursticos, ao terminar a excurso. c) As jovens estagirias caminhavam rpida e decididamente em direo ao incndio. d) Elas prprias conseguiram salvar as crianas da grande e repentina enchente. 4. (BOMBEIRO-GDF-SEA-IDR) Assinale o item cujos adjetivos preenchem, respectivamente, as lacunas da frase abaixo, de modo correto. Mesmo estando..........com a tesouraria do clube, era ............ a entrada dos associados que no apresentassem o comprovante de pagamento. a) quites / proibida b) quite / proibido c) quites / proibido d) quite / proibida 5. (AUXILIAR- TRE-RJ) A nica frase em que h erro de concordncia nominal na palavra grifada : a) Essas consultas no ficam baratas. b) Ficaram decepcionados a juza, o padre e o ru. c) As crianas no devem ficar descalas. d) A discrdia, por qualquer motivos sempre um mal. c) Anexas seguem as informaes solicitadas. 6. (AUXILIAR-TRE-RJ) A alternativa que apresenta erro quanto concordncia verbal : a) Eram dois irmos bem parecidos. b) S eles podem fazer tais excees. c) So dificuldades a serem vencidas. d)