LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

18
AGENTES ANTIMICROBIANOS NO CONTROLE DA PLACA SUPRAGENGIVAL LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM

Transcript of LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Page 1: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

AGENTES ANTIMICROBIANOS NO CONTROLE DA PLACA

SUPRAGENGIVAL

LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO

RAFAEL CUNHA GAMA

CRISTIANO DE MATOS COSTA

CHARLINTON

JOAQUIM

Page 2: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

RESUMO

Nos últimos anos, agentes químicos, como os enxaguantes bucais, vêm sendo utilizados visando a promoção da saúde bucal. Esta pesquisa teve por objetivo verificar a difusão do uso dos enxaguantes bucais no meio odontológico, avaliando vários aspectos, dentre eles, a relação entre agentes antimicrobianos e o controle da placa supragengival.

A maioria dos cirurgiões-dentistas indicam esses medicamentos em casos especiais, mas prescreve inadequadamente, pois grande parte utiliza informações veiculadas por laboratórios (AU).

Page 3: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

INTRODUÇÃO

Segundo Moreira et al. (2001), enxaguatórios bucais e outros veículos podem auxiliar no controle da formação da placa bacteriana supragengival e na prevenção de doenças periodontais. O controle da placa microbiana é um fator de grande importância para manter a saúde bucal. Além disso, os autores afirmam que os agentes antimicrobianos ajudam para o controle da placa e que deve-se fazer um estudo aprofundado quando se há necessidade de usar um agente anti-microbiano.

Page 4: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

- A placa bacteriana é uma massa densa não calcificada, constituído por microorganismos envolvidos em uma matriz rica em polissacarídeos extracelulares bacterianos e glicoproteínas salivares, firmemente aderidas aos dentes, cálculos e outras superfícies da cavidade bucal. Na maioria das vezes a placa se desenvolve sobre a película adquirida, que reveste toda a cavidade bucal (LASCALA,; 1997 apud GEBRAN & GEBERT; 2002).

O principal meio de prevenção das doenças gengivoperiodontais e dentárias é o controle da placa bacteriana, podendo ter uma eficácia maior com a utilização de agentes antimicrobianos. Sem essa prevenção a higiene bucal não pode ser alcançada com sucesso.

Page 5: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Placa bacteriana

Page 6: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

REVISÃO DE LITERATURA

Segundo Cummins (1992, p.71), “Um agente anti-placa para o uso rotineiro deve possuir as seguintes propriedades: atividade biológica consistente inerente ao seu modo específico de ação, boa substantividade, baixa toxicidade e baixa permeabilidade. Cada uma tem um papel de determinar a dose, a freqüência de uso e a liberação do agente”.

A classe de agentes antiplaca são: as moléculas orgânicas catiônicas, compostos metálicos, compostos fenólicos não carregados, agentes da superfície ativa. Suas subclasses são as bisbiguanidas, plantas alcalóides e amônio quaternário. Exemplos: Clorexidina, Saguinarina, Fluoreto de Estanho, Óleos essenciais, Delmopinol,Fluoreto de Estanho/ Amino fluoreto, entre outros.(MOREIRA et al, 2001).

Page 7: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Fatores gerais que controlam a liberação de um agente antiplaca na cavidade oral:

Solubilidade: “Um agente antiplaca deve ser solubilizado em seu veículo para que uma rápida liberação ocorra no ambiente oral, particulamente quando o tempo de aplicação é curto.”(CUMMINS et al. 1992)

pH e composto iônico: interações iônicas entre os agentes e os sítios receptores são cruciais na sua retenção. Como o pH do veículo de liberação determina o estado de ionização tanto do agente quanto dos sítios receptores expostos ao veículo, o pH é de extrema importância para a maximização de suas interações.( CUMMINS et al (1992); apud MOREIRA et al (2001).

Estabilidade: uma falha química ou modificação do agente pode ocorrer durante o armazenamento, particularmente a elevadas temperaturas. A modificação de um agente pode ocorrer também na cavidade oral devido à ação metabólica da saliva ou por enzimas bacterianas. Estas situações resultam na inativação do agente e perda da eficácia clinica. (CUMMINS et al (1992); apud MOREIRA et al (2001).

Page 8: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Sanguinarina

“A sanguinarina é um alcalóide obtido da extração alcoólica do pó da raiz da Sanguinaria canadensis e pode ser encontrada na forma de soluções para bochechos e dentifrícios.” (MOREIRA et al,2001)

Segundo Wennstron e Lindhe (1985) apud Moreira et al (2001) mostraram que bochechos com sanguinarina diminuem a formação da placa e retardam o desenvolvimento. Em uma pesquisa feita comesse componente, levou uma redução de placa e gengivite se comparado a um grupo que não usou a sanguinarina, mesmo os dois grupos realizando a limpeza com escovação e fio dental. (HARPER et al, 1990)

Page 9: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

METODOLOGIA

Foi realizado um estudo clínico com o objetivo de avaliar o efeito de enxaguantes bucais, como coadjuvantes da escovaçäo dentária habitual, na reduçäo da placa bacteriana e da gengivite moderada. Foram utilizados os produtos Cepacol Flúor 1:2 (Cloreto de Cetilpiridínio a 0,5 por cento) e Colgate Plax (Triclosan a 0,03 por cento/Gantrez a 0,15 por cento), comparados à escovaçäo habitual como controle. Participaram deste estudo 69 crianças de baixo nível sócio-econômico, do sexo masculino, na faixa etária de 7 a 12 anos, semi-internas na Fundaçäo de Amparo ao Menor (FAM) - Recife - PE - Brasil, das quais 66 concluiram o período experimental de 3 semanas (15 dias úteis). as crianças foram divididas em três grupos homogêneos de acordo com os valores iniciais dos índices Gengival e de Placa (LÖE41, 1967), sendo dois experimentais e um controle. As substancias foram empregadas, sob supervisäo, em dois bochechos diários, com 10 ml, por 1 minuto, pela manhã e à tarde, após a escovação normal com um creme dental fluoretado por 1 mnuto (Sepacol Flúor); ou antes da escovaçäo (Colgate Plax). O grupo controle apenas escovou seus dentes por 1 minuto com o mesmo creme dental. A avaliaçäo final dos índices Gengival e de Placa foi realizada no primeiro dia útil após o término da face experimental. (MACHADO, 1994)

Page 10: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Fluoreto de Estanho

O componente Fluoreto de Estanho mostrou efeito antiplaca, mas não apresentou estabilidade e apresentou manchamento dental. Por sua instabilidade em soluções aquosas é problematico para o uso como bochechos que comparando com a clorexidina, á redução da placa é menor. (CHIKTE,et al (1991);OWENS, et al (1997) apud MOREIRA et al (2001).

Page 11: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Óleos essenciais

Segundo Hancock (1994), “Os Óleos essenciais são compostos fenolipos que agem inespecificamente sobre as bactérias. Por tanto não causaram o desequilíbrio da microbiota nem a proliferação de microorganismos oportunistas”.

Monkidi et al(1987) apud Moreira (2001) realizaram um estudo com um modelo de gengivite experimental e demonstraram que o uso de Listerine duas vezes por dia por 30 segundos é menos eficiente em relação á placa supragengival se usa-lo 4 vezes por dia por 30 segundos. Porém, não ficou claro se o efeito da duração do bochecho atua na antiplaca e antigengivite.

Page 12: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Delmopinol

“Hidroclorido Delmopinol é um composto de baixo peso molecular com superfície ativa. Estudos pré-químicos e estudos sobre a eficácia, tolerância e farmacocinética em humanas demonstraram a segurança deste composto.” (ABBOTT,1994)

O delmopinol apresenta um efeito antimicrobiano de 5 a 125 vezes menor comparando á clorexidina em relação às espécies orais e não orais. Mas ele reduz a viscosidade do glucano extra celular e a coesão dentro da placa facilitando a remoção macânica. (SIMONSSON, et al. 1991; RUNDEGREN, et al. 1992).

- Os autores concluíram que esta substância pode ser usada seguramente para bochechos sem causar manchas extrínsecas nos dentes. O único efeito local conservado foi a sensação de anestesia da língua, algumas vezes envolvendo outras partes da mucosa oral. (MOREIRA, et al.p.106, 2001)

Page 13: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Clorexidina

“O Digluconato de clorexidina é bactericida e bacteriostático, dependendo de sua concentração tendo efeito anti-microbiano de amplo aspecto sob os microorganismos patogênicos” (SOUZA,2007).

Os enxaguatorios bucais contendo clorexidina tem sido reconhecidos na literatura como os “mais efetivos” meios para controle da placa, gengivite e doenças periodontais. (Loe, 1976)

Estudos comprovaram que os efeitos da escovação com géis à base de clorexidina houve significativa redução de placa e inflamação gengival, porém em outros foi encontrado apenas redução de placa.

Petersson et al. (1992) apud. Moreira et al. (2001) avaliou o efeito antimicrobiano do verniz Cervitec e, se palitos e fio dentais impregnados com esse verniz, apresentaram efeito antimicrobiano após um ano de armazenagem.

“Estudos mostraram que varias pastas dentarias contendo clorexidina a 0,5% exibiram melhor inibição de placa e melhores propriedades antibacterianas que o placebo, entretanto, foram consideravelmente menos efetivas que enxaguatorios contendo clorexidina de 0,2%.”(ADDY & JENKINS. 1994;1990).

Page 14: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Ainamu & Etemadzadeh (1986) apud Moreira et al. (2001) avaliaram efeito antiplaca da clorexidina incluída em chicletes com ou sem o agente oxidante peróxido de hidrogênio. O agente oxidante foi incorporado com o objetivo de reduzir os efeitos colaterais de manchamento. Eles concluíram que a clorexidina permaneceu ativa e foi liberada com sucesso do cicletes com ou sem agente oxidantes e que teve um excelente efeito inibitório sobre o crescimento da placa bacteriana. O tempo de observação de 4 dias foi suficiente para detectar o efeito de manchamento.

Page 15: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

Alguns enxaguantes bucais

Page 16: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

RESULTADOS

A análise estatística dos resultados demonstrou que, comparando-se os valores iniciais e finais dos índices Gengival e de Placa em cada grupo, houve uma redução significativa da placa bacteriana e da gengivite moderada. entretanto, cotejando-se a média de redução dos índices Gengival e de Placa entre três grupos, não houve uma diferença estatisticamente significante (nível de significância de 5 por cento), concluindo-se que os efeitos observados na reduçäo da placa bacteriana e gengivite moderada foram decorrentes da ação mecânica da escovação bucal (AU). (MACHADO, 1994)

Page 17: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

CONCLUSÃO

O controle de placa é um dos pontos principais na prática odontológica e o uso de substâncias químicas para redução e eliminação da mesma não deve substituir o controle mecânico pelo paciente e pelo profissional, reconhecidamente o meio mais eficiente para a prevenção do aparecimento das patologias gengivoperiodontais. Segundo esta linha de raciocínio, o profissional deve sempre ter a preocupação com a motivação do paciente, para o uso dos meios mecânicos, tornando-o um cooperador consciente.

Quando o paciente não possuir condições de executar este controle mecânico de placa (invalidez temporária ou permanente, falta de coordenação motora, etc) e o profissional julgar conveniente a utilização do recursoquímico auxiliar, deve-se sempre levar em conta alguns fatores que podem influenciar na escolha da substância química, tais como: grau de higiene do paciente, seus efeitos colaterais, sua eficácia, alterações ao nível de microbiota bucal, custo e aceitação pelo paciente.

Os agentes químicos de maior eficácia no controle de placa, via de regra, são os que possuem maior quantidade de reações adversas e são geralmente encontrados em soluções para bochechos (clorexidina). E as substâncias com menos efetividade no controle de placa e com menor quantidade de reações adversas como o triclosan associado ao citrato de zinco, gantrez ou pirofosfato, preferencialmente são associados a dentifrícios fluoretados.

Tendo em vista tais considerações, fica claro que somente através de um rigoroso controle de placa bacteriana por meio da escovação dentária e utilização do fio dental é que conseguiremos uma boa prevenção das doenças gengivoperiodontais e da cárie.

Page 18: LUCAS AUGUSTO PEREIRA SOUTO RAFAEL CUNHA GAMA CRISTIANO DE MATOS COSTA CHARLINTON JOAQUIM.

FIM!