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Madalena Pires da Fonseca
GEOGMFEA DA EUROPA
PROGRAMA, CONTE~DOS E METODOS DE UMA - DISCIPLINA DA LICENCIATURA EM GEOGRAFIA E DA LICENCIATURA EM ESTUDOS EUROPEUS, DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO
PORTO
Relatório apresentado ao concurso para Professor Associado do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto
Porto Novembro de 2004
' O Oriente não é apenas u m lugar adjacente a Europa; é também a região onde se
encontram as maiores, rnais ricas e antigas colónias europeias, é a fonte das
civilizações e línguas europeias, o adversário cultural e uma das imagens rnais
profundas e recorrentes do Outro. Por outro lado, o Oriente ajudou a definir a
Europa (ou o Ocidente) como contraposição a sua imagem, como ideia,
personalidade e experiência contrárias a sua. O Oriente é uma parte integrante da
civilização e cultura materiais da Europa. O orientalismo exprime e representa,
cultural e ideologicamente, essa parte, como u m modo de discurso apoiado em
instituições, vocabulário, erudição, imagens, doutrinas e até burocracias e estilos
coloniais."
Edward Said (2004) Orientalisrno. Lisboa: Livros Cotovia.
Programa de Geografia da Europa
f NDICE
3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
3.1. Europa: um continente, uma ideia, uma utopia?
3.2. Globalização: âncoras locais de processos globais
3.3. Europa e União Europeia
4. GEOGRAFIA DA EUROPA
4.1. Objectivos
4.2. O Programa para 2004/2005
4.3. Bibliografia Geral
4.4. Conteúdos
4.4.1. Aulas Teóricas 4.4.2. Aulas Práticas
4.5. Métodos
4.5.1. Métodos de Ensino 4.5.1.1.Abordagem Global
4.5.1.2. Aulas Teóricas
4.5.1.3. Aulas Práticas 4.5.1.4. Excursões
4.5.2. Métodos de Avaliação 4.5.2.1. Avaliação da Aprendizagem
4.5.2.1.1. Normas Gerais
4.5.2.1.2. Aulas Teóricas
4.5.2.1.3. Aulas Práticas
4.5.2.1.4. Excursões 4.5.2.2. Avaliação do Ensino
5. PERSPECTIVAS PARA 2005/2006
7. BIBLIOGRAFIA
8. ANEXOS
8.1. Aulas/Conferências Erasmus/Sócrates 8.2. Guião das Excursões 2003/2004
8.3. Testes e Exames
8.4. Excertos de Trabalhos Práticos
A cadeira' de Geografia da Europa foi introduzida nas Licenciaturas de Geografia e
de Estudos Europeus da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na
reestruturação dos respectivos Curricula, no ano de 2001, tendo funcionado, pela
primeira vez, no segundo semestre do ano lectivo de 2002/2003.
Ao nível do enquadramento teórico, a cadeira de Geografia da Europa estrutura-se
em função de várias abordagens diferentes: não deixando de ser também uma
Geografia da Europa no figurino de Humbolt ou Ritter, nem se podendo confundir
com uma Geografia da União Europeia, é ainda uma Geografia a Vidal de Ia Blache
na sua componente regional - por exemplo quando se fala da(s) agricultura(s)
europeia(s) - é uma Geografia Pós-moderna, quando se discute o conceito de
Europa, u m continente, uma ideia, u m conceito ou se analisa a forma como a
ciência é europeia e eurocêntrica, e é, finalmente, uma Geografia da era da
globalização e da compreensão dos processos locais em contextos globais, não
apenas na sua dimensão económica mas também, na social e cultural. A definição
do programa de base teve em conta esta inscrição teórica diversificada, como
elemento importante da compreensão da história da própria Europa, da Geografia
Moderna (europeia) e especificamente da União Europeia.
A componente teórica da cadeira assenta fundamentalmente em dois pilares ou
conjuntos de preocupações: u m primeiro, associado a questão do próprio conceito
de Europa e u m segundo, organizado a partir de diversas abordagens teóricas em
torno da globalização e da inserção e papel da Europa na divisão internacional do
trabalho e em redes globais, nomeadamente nas cadeias globais de valor.
Apesar de não ser uma Geografia da União Europeia, mas uma Geografia da
Europa, a cadeira tem objectivos específicos face ao futuro profissional dos
estudantes a que se destina. Por essa razão, para além do enquadramento teórico
no âmbito das teorias específicas da Geografia, há ainda uma componente teórica
de Integração e Desenvolvimento Regional que estrutura uma componente prática
de grande importância. Os trabalhos práticos, desenvolvidos regra geral num
sistema de avaliação contínua, incidem sobre os desequilíbrios regionais na UE, à
' Utilizarei a designação "cadeira" em vez de "disciplina", uma vez que é a usada habitualmente na Universidade. Este conceito de "cadeira" não corresponde aqui ao de "Cátedra", no sentido de um lugar na estrutura orgânica ocupado por um Professor Catedrático embora, operacionalmente implique um tipo de trabalho semelhante. Por essas duas razões, acho que, apesar de se poder questionar a adequabilidade do termo "cadeira" ele é preferível ao de "disciplina", multo mais alargado.
Programa de Geografia da Europa
escala das NUTE I1 e I11 e utilizam as estatísticas disponibilizadas pelas agências
nacionais e pelo Eurostat.
A estrutura do programa é fundamentalmente 'horizontal", por temas, da
agricultura, aos serviços e a rede urbana europeia e, em cada tema, há uma
componente regional. Para cada um dos temas, foram seleccionados pontos fortes
e/ou casos de estudo, os quais vão variando de ano para ano e concentram o
essencial da discussão, não se desenvolvendo um estudo enciclopédico, tema a
tema.
O ponto forte da metodologia da Geografia da Europa consiste em centrar o ensino
nos alunos. Não é o professor que está a ensinar, são os alunos que estão a
aprender. E a aprender a aprender! As aulas teóricas da cadeira de Geografia da
Europa têm uma duração de duas horas e têm lugar uma vez por semana. São
aulas fundamentalmente expositivas. Procura-se, porém explorar as virtualidades
do método, através de vários meios, não permitindo que a passividade se instale
nos estudantes. Nas aulas práticas, por turnos de alunos, com a duração de duas
horas por semana, são realizados trabalhos práticos de introdução a investigação,
procurando na medida do possível, simular situações possíveis de se virem a
verificar na realidade, isto é, os estudantes realizam trabalhos idênticos aos que um
dia lhe serão solicitados por clientes de diversos tipos, desde instituições
comunitárias a organismos centrais ou regionais no país, câmaras municipais ou
consultores privados. Nas aulas práticas há uma participação activa e reflexiva dos
estudantes. As excursões têm uma grande importância na cadeira de Geografia da
Europa e permitem a realização de algum trabalho de campo em termos de
observação, mais ou menos participativa e de alguma prática de preparação da
futura actividade profissional.
A avaliação recai sobre a aprendizagem e sobre o ensino. Ao nível da aprendizagem
e dos resultados, aplicam-se as normas de avaliação em vigor na FLUP. A avaliação
é feita separadamente para as aulas teóricas (avaliação por exame) e para as aulas
práticas (avaliação contínua). Quanto ao ensino, a cadeira de Geografia da Europa
ainda nunca foi alvo de uma avaliação quer do Departamento, quer da Faculdade.
Tem havido apenas alguma autoavaliação interna da cadeira, através da
observação dos resultados e do desempenho dos estudantes e das suas críticas e
comentários, feed-back ao processo de aplicação do programa. Globalmente a
avaliação tem sido muito positiva.
Programa de Geografia da Europa
A cadeira de Geografia da Europa foi introduzida nas Licenciaturas de Geografia e
de Estudos Europeus da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na
reestruturação dos respectivos Curricula, no ano de 2001, tendo funcionado, pela
primeira vez, no segundo semestre do ano lectivo de 200212003,
Trata-se assim de uma cadeira nova, cujo programa geral foi aplicado duas vezes,
estando programada a terceira aplicação para o próximo semestre lectivo.
A definição inicial do programa geral e as alterações anuais posteriores foram da
exclusiva responsabilidade de Madalena Pires da Fonseca, Professora Auxiliar da
Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
0s programas aplicados e a aplicar no próximo semestre, têm registado algumas
alterações, com a definição de pontos fortes específicos, cada ano. No primeiro ano
de aplicação, de forma experimental, a cadeira assumiu um carácter mais
generalista; no ano de 200312004, o tema da cadeira foi ' 'Nova Europa'e 'Velha
Europa': novas e velhas fronteiras, novas e velhas periferias"; no próximo
semestre, no corrente ano lectivo de 200412005, a cadeira terá como tema 'A@)
Geografia(s) da nova Europa: coesão e convergência, crescimento e
desenvolvimento". Para o ano de 200512006, prevê-se o reforço da componente de
comunicação intercultural da cadeira - como a Europa vê "os outros" e é vista
"pelos outros" e, consequentemente, dos temas relacionados com a globalização e
a inserção da Europa no contexto global, assim como da política europeia de ajuda
ao desenvolvimento e a área da cooperação com os países ACP (África, Caraíbas e
Pacífico) em geral.
"Why Europe?" pergunta McDonald (1997 p. 5). E explica, o continente menos
identificável, deficitáriq em produtos alimentares e matérias-primas para a indústria
e no entanto com a ambição de ser o motor da economia mundial e o árbitro da
ordem política internacional (McDonald: 1997 p, 6). E a vitalidade e a criatividade
da população da Europa que o torna o continente da mudança e lhe permitiu a
partir de 1989, depois da queda do Muro de Berlim e a consequente destruição da
velha ordem, construir algo de novo, ser o mais excitante dos continentes (sic),
remata, numa visão bem europeia e eurocêntrica da Geografia da Europa
(McDonald: 1997 p. 51).
Programa de Geografia da Europa
Terry G. Jordan, americano, na sua Geografia da Europa - The European Culture
Area. A Systematic Geography - dá-nos uma visão da Europa a partir de fora,
assente naquilo que considera os seus pontos fortes: uma população educada,
saudável, bem alimentada, vivendo em prosperidade, urbana, bem servida de
transportes e com sistemas políticos estáveis (Jordan: 1988). Poder-nos-á parecer
pouco científica a Geografia da Europa de Jordan, uma visão "composta" da nossa
Europa. Mas é essa visão, a da prosperidade e paz que atrai os fluxos maciços de
imigrantes e coloca desafios difíceis a política interna e externa da União Europeia.
Quer como cidadãos, quer enquanto estudantes, deveremos estar preparados para
compreender e participar nos grandes debates da actualidade europeia e também a
cadeira de Geografia da Europa poderá oferecer um espaço para isso.
Programa de Geografia da Europa
O conhecimento territorial já não é um exclusivo do ensino avançado da Geografia
(Le Heron: 1995); há tantos conhecimentos territoriais quantas alternativas de
compreensão da actividade humana. 0 s conhecimentos territoriais abrangem a
localização dos actores e das acções, nos seus contextos geográficos e históricos,
assim como o conhecimento das relações entre territórios e os conhecimentos
enraizados neles, isto é, a compreensão das realidades institucionais. Ora, no
actual quadro da globalização, é cada vez mais complexa a compreensão dos
contextos institucionais em rápida mudança e essa não é mais uma tarefa exclusiva
da Geografia. Antes pelo contrário, tornou-se um tema prioritário de outras ciências
sociais e quase uma necessidade generalizada do cidadão comum, daí decorrendo
uma certa democratização (banalização) do tal conhecimento territorial e, por
consequência, da própria disciplina da Geografia. Tal não significa porém que,
simultaneamente, se não tenham aberto novas oportunidades ao geógrafo,
valorizando-se as suas competências em várias esferas da vida económica, social e
política (Hamnett: 2003; Kourliouros: 2003; Thrift: 2002) como antecipava, em
1995, o Editorial de um dos números do Journal o f Geography jn Higher Education
com o título: "Territorial knowledges: par t o f being an educated person in the
future!" (Le Heron: 1995).
A cadeira de Geografia da Europa integra os Curricula das Licenciaturas em
Geografia e em Estudos Europeus da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
É uma cadeira de formação de base, obrigatória - curricular - semestral,
programada para o segundo semestre do segundo ano de ambas as licenciaturas.
Tendo em conta a articulação interna dos Curricula das duas licenciaturas e os
objectivos gerais das mesmas, assim como as competências profissionais que se
pretendem desenvolver nos respectivos estudantes, optei por uma abordagem
flexível, adaptável a diferentes tipos de estudantes e com uma combinação entre a
teoria, empirismo e políticas que permitisse manter acesa a discussão em torno de
questões fundamentais, sem prejudicar a aprendizagem de técnicas e
procedimentos mais pragmáticos e práticos, quer para a realização de investigaçgo
empírica, quer para o acompanhamento de políticas. Foi ainda uma preocupação de
fundo, evitar que a cadeira se convertesse numa Geografia da União Europeia, risco
cada vez maior, a medida que se aproximava e se veio a concretizar o recente
alargamento a Leste.
Programa de Geografia da Europa
Não querendo que a Geografia da Europa assumisse um carácter enciclopédico,
nem se convertesse numa versão para o século XXI da Europa de Karl Ritter, ou
uma perspectiva modernizada da geografia regional de Vidal de Ia Blache, a cadeira
não podia deixar de ser também um "Atlas" da Europa. A estrutura do programa é
fundamentalmente "horizontal", por temas, da agricultura, aos serviços e a rede
urbana europeia e, em cada tema, há uma componente regional incontornável, é
certo. Procurei no entanto definir, em cada domínio, pontos fortes ou casos de
estudo, os quais vão variando de ano para ano, concentrando-me mais na
discussão desses pontos fortes, que num estudo enciclopédico do tema. Esses
pontos fortes integram uma componente teórica, estruturante do programa da
cadeira, a qual assenta fundamentalmente em dois conjuntos de preocupações: um
primeiro, associado à questão do próprio conceito de Europa, com que aliás o
Programa da cadeira se inicia e um segundo, organizado a partir de diversas
abordagens teóricas em torno da globalização e da inserção e papel da Europa
na divisão internacional do trabalho e em redes globais, nomeadamente nas
cadeias globais de valor.
A definição do tema da cadeira para o presente ano teve presente, antes de mais,
as consequências do recente alargamento europeu a Leste e a discussão em torno
da "Agenda (Estratégia) de Lisboa" (Comissão Europeia: 2000). 0s principais
objectivos políticos ali traçados foram os seguintes:
- Instituir uma economia integradora, dinâmica e baseada no conhecimento;
- Assegurar um crescimento económico acelerado e sustentado;
- Restabelecer o pleno emprego enquanto objectivo fundamental da política
económica e social e reduzir o desemprego para os níveis já atingidos pelos
países com melhores resultados nesta matéria;
- Modernizar os nossos sistemas de segurança social.
Nessa conformidade, a UE deveria prosseguir a reforma económica a fim de
preparar a economia do conhecimento e reforçar o modelo social europeu,
investindo nas pessoas.
A Agenda de Lisboa definiu metas para os objectivos traçados, quantificando muitas
delas. Desde o início do ano 2004, porém, que se tem vindo sistematicamente a
insistir na revisão das metas da Agenda de Lisboa, consideradas irrealistas e
inviáveis e isso não só por causa do alargamento. Ainda que o alargamento a Leste
se possa traduzir num retardar do crescimento económico da Europa, a verdade é
que é a manutenção do modelo social europeu e o efeito de políticas de subvenção
Programa de Geografia da Europa
sectoriais, com a eventual manutenção artificial de sectores de baixo valor
acrescentado, tanto na agricultura como na indústria, têm vindo a ser apontadas
como as principais causas para um deficiente desempenho da economia europeia,
sobretudo quando confrontada com o desempenho dos Estados Unidos ou de outras
economias emergentes, nomeadamente a China e a Índia (Delangue: 2004).
É neste contexto que é importante enquadrar o estudo não só da base económica
da Europa, nos seus diversos sectores e desempenho global, mas também, e com
maior relevância para a cadeira, no comportamento das regiões e na coesão
territorial da Europa. A confrontação entre objectivos de crescimento e de
desenvolvimento, ou convergência e coesão, constituem os pilares do estudo da
política regional da União Europeia, na parte final do programa da cadeira.
Aí se inscreve por exemplo a discussão em torno do chamado Relatório Sapir
(Sapir: 2003) e se analisam alguns trabalhos de confrontação entre o desempenho
da UE face aos EUA (Delanghe: 2004; Europe a t the Margins: EU Regional Policy.
Peripherality and Rurality RSA: 2004 comunicações editadas na internet em:
www.regional-studies-asçoc.ac.uI</events/presentationsO4).
3.1. Europa: um continente, u m a ideia, urna utopia?
A investigação mais recente de Derek Gregory tem-se centrado, de forma muito
intensiva, em torno da relação entre a produção de espaço e a produção de
conhecimento, tendo como referência a expansão europeia a partir do século XV e
o desenvolvimento da ciência desde os finais do século XVIII (Gregory: 2000). Em
1997, na Hettner Lecture in Human Geography, partindo essencialmente do
0r;entalisrno de Edward Said e de The Order o f Things de Michel Foulcault, Derek
Gregory propôs-se confrontar o triângulo "Poder, Conhecimento e Geografia" (do
0r;entalisrno de Edward Said) com u m outro, 'Geografia, Ciência Europeia e
Eurocentrismo", procurando demonstrar que, para além do carácter europeu da
Geografia Moderna e das formas de territorialidade ou espacialidade que lhe andam
associadas, ela é eurocêntrica. Basicamente, Derek Gregory tem-se preocupado em
compreender de que forma a Geografia Moderna foi construída a partir da produção
de conhecimento no âmbito do imaginário expansionista e colonizador da Europa,
desde o final do século XVIII (Gregory: 2000 p. 297).
Programa de Geografia da Europa
Derek Gregory reequaciona um conjunto de abordagens anteriores para construir a
sua hipótese. Entre outros, baseia-se em David Stoddart, Agnes Heller, Walter
Benjamin, Christopher Miller para além da referência recorrente a Edward Said
(Gregory: 1998). Centrando-se no final do século XVIII, e século XIX, Gregory
demonstra como a Europa é uma construção do século XIX, não estando criada
antes do século XVIII, uma identidade europeia específica. Em grande medida, essa
construção decorreu precisamente das viagens dos Europeus fora da Europa e dos
seus relatos, onde acaba por enraizar a Geografia Moderna. Mais, só no final do
século V e ao longo do século XVI a ideia de Europa assumiu uma forma coerente e
se deu a "descoberta da Europa", como Gregory refere, citando lohn Hale
(Gregory: 1998 p. 73). A Geografia Moderna, experimental, com uma componente
empírica, científica, nasceu no final do século XIX, não só a partir da Europa mas
centrada na Europa: eurocêntrica. Quatro eixos fundamentais (Gregory chama-lhes
os geo-grafos) estruturam a Geografia Moderna, europeia e eurocêntrica,
contribuindo para a formação de uma modernidade intrinsecamente colonial:
"absolutizar" o tempo e o espaço (1); "exibir" o Mundo (2); "normalizar" o objecto
de estudo (3) e "abstrair" da cultura e natureza (4) (Gregory: 1994; 1998; 2000).
Ainda que o próprio Gregory admita que esta hipótese dos 4 geo-grafos possa não
ser generalizável a Europa inteira, nem se esgote aqui a cultura europeia e a tenha
construido a partir do exemplo da Inglaterra e do colonialismo britânico, pareceu-
me um bom ponto de partida para a discussão e reflexão em torno da identidade
europeia, na introdução ao programa da Geografia da Europa, particularmente
oportuna no momento actual, de grande curiosidade sobre o Islão.
O projecto da modernidade colonial demonstra Derek Gregory, dependeu do
"espaço abstracto" ou seja, no final do século XVIII e no século XIX, a Europa
converteu-se num ponto fixo, na referência, absolutizando assim o tempo e o
espaço. "A Europa é o f im absoluto da História, como a Ásia é o principio. ... Por
trás ou para lá da Europa, é também, antes da Europa" (Gregory: 1998 p. 76). Foi
também a partir do meio do século XIX que se começaram a generalizar as
exposições universais - exibição do Mundo - que são a expressão máxima de certas
características das formas do conhecimento europeias: 'converter as coisas em
objectos para serem vistos, transformar o Mundo num quadro e arranjá-lo perante
uma audiência como um objecto para ser visto, experimentado e investigado"
(Gregory: 1998 p. 81). A normalização do objecto de estudo correspondeu a
produção, por parte do colonialismo, dos seus próprios espaços de exclusão
(metrópole em oposição a colónia e centro em oposição a periferia, por exemplo).
Programa de Geografia da Europa
Finalmente, o último dos geo-grafos de Derek Gregory corresponde a abstracção da
natureza e cultura e que, na sua expressão limite, se traduz no pressuposto
automático de tomar a zona temperada, como a zona normal e do homem europeu,
como o homem moderno e normal, pela sua própria natureza!
0 s geo-grafos produziram assim um espaço abstracto, num processo eurocêntrico
que viria a marcar o desenvolvimento da geografia moderna, europeia. A Europa
converteu-se no "Ocidente" que por sinal se tem vindo a converter, mais
recentemente, no Norte.
"The West is n o t in the West. I t is a project, n o t a place!" (Glissant citado em
Gregory: 1998 p. 90)
Algumas das teses e dos argumentos de Derek Gregory sobre a produção de
formações espaciais a partir dos tipos de relatos de viagens dos europeus, desde
finais do século XVIII e no século XIX, servem de ponto de partida para a cadeira
de Geografia da Europa, lançando a discussão sobre o conceito de Europa, a ideia
de Europa. O Orientalismo de Edward Said e especificamente o seu conceito de
geografia imaginária é analisado em paralelo com as propostas de Derek Gregory,
até porque ele próprio tem sido profundamente influenciado pelas ideias de Said,-
A opção de abordar a Europa a partir de fora, decorreu também, de duas outras
preocupações, evitar que a cadeira de Geografia da Europa se convertesse numa
Geografia da União Europeia, ainda que mantendo a discussão em torno do modelo
cultural europeu no âmbito da integração e, por outro lado, tentar incorporar na
cadeira uma componente de comunicação intercultural importante no quadro actual
da globalização.
Fala-se de comunicação intercultural quando indivíduos, grupos ou organizações de
diferentes culturas se encontram em interacção (Moosmueller: 2001 p. 154). A
componente de comunicação intercultural constitui um ponto forte da cadeira de
Geografia da Europa, a dois níveis: ao nível interno da cadeira, no seguimento do
que expus anteriormente e ao nível prático, pelo facto de existirem estudantes do
programa de mobilidade Erasmus/SÓcrates, quer dos países da UE dos 15 (Itália e
Espanha), quer dos países do alargamento (Hungria e Polónia) e estudantes de fora
da Europa (Cabo Verde).
Programa de Geografia da Europa
Como ponto de partida e caso de estudo inicial, para enquadrar a discussão em
torno do conceito de Europa, das formas de comunicação intercultural europeias e
das visões do Outro, de fora da Europa, irei usar no presente ano lectivo, o
processo de adesão da Turquia a União Europeia, da mesma forma que usei, no ano
anterior, o processo de alargamento a Leste.
A maior parte dos estudantes matriculados na Licenciatura em Geografia da FLUP é
natural e reside na Área Metropolitana do Porto e concelhos limítrofes. Em anos
anteriores, verificava-se uma maior diversidade nas regiões de origem dos
estudantes. Verifica-se aliás, uma tendência para os estudantes preferirem estudar
próximo de casa dos pais, não estando muito motivados para sair, para irem para
outra Universidade portuguesa ou estrangeira e nem sequer esgotam os lugares
para mobilidade de alunos colocados ao seu dispor, no âmbito do programa
Erasmus/SÓcrates. Esta falta de mobilidade e conhecimento de outras regiões é um
grande estrangulamento a toda a aprendizagem no ensino superior e, faz-se sentir
de forma particularmente negativa, numa cadeira como a Geografia da Europa. Os
estudantes não conhecem a Europa e, pior, não manifestam particular interesse em
a conhecer e viajar pelos seus países. A valorização da componente teórica acima
exposta, muito centrada numa visão crítica, de fora, da identidade da Europa, visa
também criar algumas interrogações, despertar curiosidade e abalar algum
imobilismo nos estudantes.
3.2. Globalização: âncoras locais de processos globais
Ao nível dos temas, a cadeira de Geografia da Europa incide, de forma mais
intensiva, nas áreas da Geografia Económica e da Geografia Política. Trata-se de
uma opção resultante da articulação interna do programa da cadeira com os
programas das restantes cadeiras dos curricula, quer da Licenciatura em Geografia,
quer da Licenciatura em Estudos Europeus. Não se pode deixar de ter sempre
presente que, a cadeira tem de responder aos objectivos de duas licenciaturas
diferentes e os estudantes inscritos trazem preparações anteriores diferentes. O
programa tem assim de assumir um carácter de compromisso entre as duas
Licenciaturas, sem prejuízo de responder aos objectivos de uma Geografia da
Europa actual, científica e especializada.
Este segundo pilar do enquadramento teórico da cadeira, diz assim respeito
basicamente a inserção da Europa na divisão internacional do trabalho e
Programa de Geografia da Europa
corresponde a um conjunto de contribuições diversas no âmbito das teorias sobre
globalização e, especificamente, sobre a estruturação e governança das chamadas
cadeias globais de valor. E nesse contexto que é estudada a base económica da
Europa, nos seus diversos domínios de actividade, ou a estruturação da rede
urbana europeia e sua inserção na rede de cidades globais e são estudados temas a
escala regional e local, enquanto âncoras locais de processos globais.
As contribuições teóricas mais significativas, seleccionadas para estruturar esta
segunda componente teórica incluem, no que diz respeito as abordagens da divisão
internacional do trabalho e do pós-fordismo, as teses de Doreen Massey, Derek
Gregory, Ann Markusen, outros geógrafos de correntes neo-marxistas dos anos
oitenta e noventa, assim como alguns regulacionistas (da Teoria da Regulação)
(Bathelt: 1992, 1994; Gregory: 1982, 1985, 1990; Harvey: 1984; Markusen:
1999; Massey: 1990; Piore, Çabel: 1989; Çchamp: 2000). É nos capítulos do
programa referentes a indústria e aos serviços na Europa, enquadrados no estudo
da base económica europeia, que se recorre aos modelos teóricos das abordagens
da divisão internacional do trabalho. 0s casos de estudo escolhidos por exemplo,
no âmbito da indústria na Europa - têxtil, química e do automóvel - são estudados
numa perspectiva de globalização, sem deixar de contemplar os arranjos e
deslocalizações no interior da própria Europa, de alguns segmentos das respectivas
fileiras (Bathelt: 1995, 1997, 2000; Schamp: 1995; Schmitz: 2004).
O caso da indústria do automóvel especificamente, e também porque já incluiu no
passado a realização de uma excursão exclusivamente vocacionada para unidades
industriais de componentes e uma grande unidade de montagem (Peugeot-Citroen
em Vigo, Espanha), constitui um dos melhores casos de estudo para
simultaneamente recorrer a abordagem da divisão internacional do trabalho e dos
novos modelos de análise das Cadeias Globais de Valor (Gereffi: 2003; Schamp:
2000, 2004; UNIDO: 2003).
3.3. Europa e União Europeia
Inevitavelmente a cadeira de Geografia da Europa aproxima-se cada vez mais de
uma Geografia da União Europeia e, em termos pragmáticos, é importante dar uma
preparação (quase formação profissional) aos estudantes para se poderem vir a
ocupar de trabalhos sobre ou em instituições da União Europeia. Nesse sentido,
embora de forma muito sintética, são tratados no programa, alguns aspectos
Programa de Geografia da Europa
teóricos sobre integração e desenvolvimento regional, com o objectivo de apoiar os
trabalhos práticos que os estudantes desenvolvem nas aulas práticas, os quais
incidem sobre os desequilíbrios regionais na União Europeia.
Não constituindo uma verdadeira componente teórica, até porque na Licenciatura
em Geografia essas matérias são tratadas em cadeiras de planeamento e nos
Estudos Europeus existe uma cadeira específica sobre integração europeia, não
deixa de ser necessária uma breve abordagem a questão, para introduzir o estudo
da Política Regional na UE. É importante ter em conta que toda a teoria da
integração regional que serviu de base a constituição da UE não contemplou
inicialmente a dimensão espacial; com a evolução e os sucessivos alargamentos foi
crescendo o papel da Política Regional da UE. A questão que se pode colocar é a de
saber até que ponto a introdução da dimensão espacial alterou a teoria tradicional
da integração e que consequências tem, para o processo de integração, a política
regional (Woessmann: 1999).
Uma cadeira de Geografia da Europa não podia afinal deixar de tratar as variáveis
mais relevantes da actualidade da UE, nomeadamente os esforços desenvolvidos
para se manter enquanto motor importante da economia global e tornar-se de
forma mais eficiente um árbitro da ordem política mundial, como ficou reforçado n a
Agenda de Lisboa de 2000. Por isso se dá grande importância no programa, a
Política Regional da UE e a actual discussão em torno das estratégias para o futuro,
de onde aliás decorreu o título da cadeira para o ano actual. Como já referido, a
escolha do tema prende-se com a questão das grandes opções estratégicas para a
união Europeia a médio prazo: como pode a economia europeia (e tem de) crescer,
sem abandonar o modelo social europeu? Como podem manter-se os objectivos da
Agenda de Lisboa ou terão necessariamente de ser revistos? Estas questões por
seu turno prendem-se directamente com a inserção da Europa na Divisão
Internacional do Trabalho, na actualidade.
Programa de Geografia da Europa
4. GEOGRAFIA DA EUROPA
4.1. Objectivos
Tendo em conta o carácter interdepartamental da cadeira de Geografia da Europa,
inserida nas Licenciaturas em Geografia e em Estudos Europeus, a cadeira de
Geografia da Europa visa u m conjunto de objectivos de diversos tipos, ou seja,
ao nível dos conhecimentos, ao nível da aquisição de competências e
desenvolvimento de capacidades e ao nível das atitudes.
0 s estudantes que concluírem com êxito a cadeira deverão assim,
- conhecer os limites e as grandes unidades naturais - climáticas, do relevo e
da vegetação natural - da Europa;
- conhecer os grandes marcos da História Política da Europa até a actualidade;
- saber desenvolver uma caracterização socioeconómica da Europa, na
actualidade e conhecer as disparidades regionais que nela existem,
nomeadamente no que diz respeito a
população europeia, envelhecimento e migrações;
agricultura europeia e Política Agrícola Comum da UE;
indústria europeia, deslocalização industrial e redes globais de valar;
= serviços na Europa e a economia do conhecimento;
= urbanização, cidades e rede urbana europeia, situação actual e
tendências futuras, incluindo o caso das cidades globais europeias;
acessibilidade no interior da Europa, redes de transporte e
comunicações;
= ambiente e sustentabilidade.
- caracterizar a inserção da Europa na Divisão Internacional do Trabalho desde
a Revolução Industrial aos nossos dias;
- conhecer a Política Regional Europeia nas suas diferentes componentes,
evolução histórica desde a assinatura do Tratado de Roma e tendências para o
futuro, com particular incidência no conhecimento de
Fundos Estruturais (seus objectivos e aplicação);
Programas Comunitários;
= Processos de preparação e aprovação dos Quadros Comunitários de
Apoio;
= Objectivos e aplicação das Iniciativas Comunitárias.
Programa de Geografia da Europa
- discutir o futuro da União Europeia alargada, ao nível da coesão económica,
social e territorial;
- saber desenvolver estudos de caracterização socioeconómica das regiões
europeias ao nível das NUTE 111, trabalhando com indicadores e rotinizando a
pesquisa e recolha de dados nas diferentes fontes estatísticas nacionais e
Eurostat;
- ter competências mínimas para o desempenho de tarefas em organizações
comunitárias ao nível do trabalho com indicadores de avaliação de impactos
socioeconómicos de projectos comunitários.
Programa de Geografia da Europa
4.2. O Programa para 2004/2005
PROGRAMA
A(s) Geografia(s) da nova Europa: coesão e convergência; crescimento e
desenvolvimento
Aulas Teóricas:
la Aula:
1. A EUROPA: um continente, uma cultura, um conceito e uma utopia?
1.1. Breve retrato da geografia física da Europa
1.1.1. As grandes unidades naturais da Europa
1.1.2. O clima da Europa
1.1.3. O relevo da Europa
1.1.4. Os rios da Europa
1.1.5. A vegetação natural da Europa
1.2. Síntese da História da Europa (O mapa da Europa nos grandes marcos. da
História)
1.2.1. A Europa da Antiguidade
1.2.2. As Invasões Bárbaras: Início da História da Europa?
1.2.3. A Europa na Idade Média
1.2.4. O Mundo nas vésperas da expansão europeia
1.2.5. A economia europeia e a agricultura europeia antes da revolução industrial
1.2.6. A Europa política nas vésperas da revolução industrial
1.2.7. A revolução industrial e a globalização
1.2.8. As Guerras Mundiais
1.2.9. O projecto inicial de integração europeia: contexto e objectivos
2a e 3a Aulas:
1.3. A população da Europa a part i r da segunda metade do séc. XX
1.3.1. O envelhecimento
1.3.1.1. O envelhecimento global e por regiões
1.3.1.2. A regeneração demográfica do Norte
1.3.1.3. O envelhecimento do Sul
Programa de Geografia da Europa
1.3.1.4. O choque demográfico nos países de Leste
1.3.2. As migrações
1.3.2.1. Migrações do pós-guerra
1.3.2.2. Migrações regionais e crescimento urbano
1.3.2.3. Migrações internas actuais
1.3.2.4. Migrações de e para a Europa; políticas demográficas
1.3.3. Os imigrantes dos países do Leste da Europa na Área Metropolitana do Porto
(caso de estudo)
4 a e 5a Aulas:
1.4. A base económica da Europa
1.4.1. A(s) agricultura(s) da Europa
1.4.2. A Política Agrícola Comum
1.4.2.1. 0s grandes objectivos e directrizes dos primeiros períodos
1.4.2.2. A Reforma da PAC de 1992 (os limites da intensificação)
1.4.2.2.1. O exemplo da BSE
1.4.2.2.2. O exemplo da produção de tomate em Portugal depois da adesão
1.4.2.2.3. O exemplo da agricultura biológica na Áustria depois da adesão
1.4.2.3. A actual reforma da PAC: o agricultor empresário
1.4.3. A Iniciativa Comunitária LEADER + 1.4.4. A(s) agricultura(s) dos países do alargamento
6 a e 7a Aula:
1.4.5. A indústria europeia: A Europa no quadro da Globaiização
1.4.5.1. As antigas regiões industriais
1.4.5.2. A Europa do pós-fordismo e os novos distritos industriais: alterações
estruturais e padrões de localização
1.4.5.3. A indústria química na Alemanha
1.4.5.4. A indústria têxtil em Portugal
1.4.5.5. A indústria do automóvel na Península Ibérica. Portugal e Espanha
8 a Aula:
1.4.6. 0s serviços na Europa
1.4.6.1. Conceito e classificação de 'Serviços"
1.4.6.2. O peso dos Serviços na economia europeia
Pro.qrama de Geografia da Europa
1.4.7. A divisão espacial do trabalho no interior da Europa
1.4.8. O investimento directo estrangeiro da Europa
ga e 10a Aulas :
1.5. A rede urbana europeia
1.5.1. Síntese do processo histórico de urbanização na Europa (Manuel Castells e a
Questão Urbana)
1.5.2. A evolução da urbanização na Europa na segunda metade do Século XX
(Klaus Kunzmann)
1.5.3. O sistema urbano europeu actual: níveis e funções
1.5.3. 1. Caso de estudo I: Frankfurt/Main, cidade global.
1.5.3.2. Lisboa no contexto das capitais periféricas da UE
1.5.4. 0 s grandes projectos e os novos conceitos de política e planeamento urbano
na Europa (Caso de estudo: Neoliberal urbanization in Europe: large-scale
urban development projects and new urban policy. Projecto do 5O programa
Quadro C&T, dirigido por Frank Moulaert, referido na bibliografia.
Seleccionar-se-ão 3 projectos, eventualmente Adlershof em Berlin, Exp098
em Lisboa e ??? em Wien Áustria???)
I l a Aula:
1.6. As acessibilidades, os transportes e as telecomunicações
1.6.1. As redes de transporte na Europa
1.6.2. A acessibilidade a diferentes escalas: local, regional, nacional e
transnacional
1.6.3. Fluxos de pessoas, mercadorias e informação na Europa
1.6.4. Integração, acessibilidade e desenvolvimento socioeconómico: o corredor
rodoviário Paris - Praga e o novo mapa da acessibilidade na EU.
12a Aula:
1.7. Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
1.7.1. O "EDEC" (ESDP)
1.7.2. A Reciclagem na Europa: boas práticas e casos de estudo
Programa de Geografia da Europa
1 3 a Aula:
2. A P O L ~ C A REGIONAL NA UNIÃO EUROPEIA
2.1. As Regiões da Europa
2.1.1. Mosaicos regionais na Europa
2.1.2. Os desequilíbrios regionais ao longo da história da EU
2.1.3. Coesão económica, social e territorial da U.E.
1 4 a Aula:
2.2. Os objectivos da Política Regional da EU
2.2.1. 0 s Fundos Estruturais (FEOGA, FSE, FEDER, Fundo de Coesão e IFOP)
2.2.2. A Reforma dos Fundos
2.2.3. As Iniciativas Comunitárias (Leader, Urban, Interreg e Equal)
1 5 a Aula:
2.3. O futuro da Política Regional da União Europeia
2.3.1. O relatório de André Sapir
2.3.2. Crescimento ou desenvolvimento?
2.3.3. O futuro QCA para Portugal (2007-2013))
2.3.3.1. Caso de Estudo: A Região de Lisboa e Vale do Tejo
1 6 a Aula:
3. Encerramento e síntese. Debate e discussão de um tema seleccionado
anteriormente pelos estudantes
Aulas Práticas
O Programa das Aulas Práticas consiste na realização de Trabalhos Práticos sobre
regiões europeias, ao nível das NUTE I1 e 111.
0 s trabalhos são individuais, a cada trabalho corresponde um relatório escrito, da
responsabilidade do respectivo aluno, ainda que as aulas se desenrolem de forma
colectiva e se incentive (e seja da maior utilidade) a troca de informação e dados
entre o grupo.
Programa de Geografia da Europa
Cada aluno selecciona o seu tema e área, tendo necessariamente de incluir regiões
dos novos Estados Membros. Poderá seleccionar regiões para comparação, da EU
dos 15 e eventualmente contemplar regiões da Roménia, Ucrânia e Turquia se
assim o desejar e houver estatísticas disponíveis para o fazer.
O ponto forte dos trabalhos é a comparação entre regiões, mas deverá ser
inicialmente definido um tema e formulada uma questão de fundo, a colocar ao
trabalho, como por exemplo a comparação entre regiões de países diferentes em
áreas transfronteiriças, com o objectivo de avaliar o impacto do desaparecimento
da fronteira política no desenvolvimento das áreas em questão.
A metodologia a aplicar é relativamente rígida e uniforme, consistindo no trabalho
com indicadores socioeconómicos.
A base de dados que vai sendo construída ao longo do semestre, consiste, regra
geral numa folha de cálculo em Excel, sendo que as linhas são os indicadores e
variáveis e as colunas as unidades territoriais em análise, desde as NUTE I as NUTE
111.
Programa de Geografia da Europa
4.3. Bibliografia Geral2
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Este ponto refere-se à Bibliografia da Cadeira, tal como é distribuida aos alunos e disponibilizada na internet. No final do presente relatório, apresenta-se a bibliografia es~ecífica do relatório.
Programa de Geografia da Europa
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Programa de Geografia da Europa
4.4. Conteúdos
4.4.1. Aulas Teóricas
No ponto 4.2. foi apresentado o Programa da cadeira de Geografia da Europa, de
forma desenvolvida, tal como se encontra disponível na internet, no site da FLUP, a
que os estudantes podem aceder.
De seguida, serão desenvolvidos os conteúdos dos vários pontos do programa.
1. A EUROPA: um continente, uma cultura, um conceito e uma utopia?
A primeira aula teórica consiste basicamente, numa apresentação e introdução ao
Programa de Geografia da Europa. É lançada a questão do próprio conceito de
Europa e do carácter europeu e eurocêntrico da ciência moderna e
especificamente da Geografia. Procura-se desde logo, a introdução de uma visão
intercultural da geografia da Europa. Após uma breve caracterização da
geografia física da Europa, com a identificação das principais zonas climáticas,
tipos de relevo e vegetação, é feita uma também breve resenha histórica de
carácter geoestratégico, com particular incidência no período depois da I1 Guerra
Mundial. Trata-se essencialmente de uma revisão dos grandes marcos da História
da Europa, para uma mais fácil compreensão posterior, das grandes assimetrias
regionais europeias a diversos níveis.
A introdução com o quadro natural é pertinente, por exemplo, para se compreender
mais adiante, a própria Política Agrícola Comum, conhecendo a diversidade da
agricultura europeia, da mesma forma que, a resenha histórica ajuda a entender a
importância do modelo cultural europeu, ao nível do desenvolvimento urbano.
2. A população da Europa a part i r da segunda metade do séc. XX
O primeiro tema da Geografia da Europa propriamente dito, é o da Populaçãu
Europeia. Foram seleccionados dois pontos fortes e dois casos de estudo. Como
pontes fortes do estudo sobre a população da Europa, são abordados o
envelhecimento da população europeia (1) e as migrações (2). 0 s casos de
estudo seleccionados no ano anterior e que se irão repetir este ano, são, o
chamado choque demográfico da Alemanha de Leste e os Imigrantes do
Leste da Europa na ~ r e a Metropolitana do Porto.
Programa de Geografia da Europa
O envelhecimento da população europeia é um dos temas dominantes da
actualidade o qual por sua vez se vê, muitas vezes, analisado em conjunto com o
problema das migrações, não só internas dentro da própria Europa como externas,
sobretudo de entrada na Europa a partir do Sul, de África e da América do Sul.
O envelhecimento da população europeia manifestou-se inicialmente de forma mais
acentuada no Norte da Europa onde as taxas de natalidade começaram a baixar
desde o final dos anos sessenta; com os fluxos migratórios do sul da Europa para o
Norte, esse envelhecimento foi atingindo naturalmente os países de origem e
atingindo o sul da Europa. Hoje em dia, algumas regiões de Portugal, Espanha,
França e Itália registam as situações mais críticas do envelhecimento populacional.
Depois da queda do Muro de Berlin e do fim dos regimes socialistas nos países de
Leste, também as migrações com origem nesses países e destino nos países da
União Europeia provocaram alterações dernográficas profundas nas regiões
europeias: o envelhecimento acentuado e brusco em muitas regiões dos países de
Leste e algum rejuvenescimento nas áreas de destino. O mapa do envelhecimento
da população europeia é muito irregular e manifesta acima de tudo duas
tendências: aumenta de Norte para Sul e de Oeste para- Leste mas, as áreas
metropolitanas constituem os redutos mais resistentes a esse envelhecimento. Na
costa mediterrânica, verificam-se algumas "ilhas" de dinamismo demográfico nas
áreas porta de entrada (ilegais) de imigrantes do Norte de África, nem sempre
correspondentes aos principais centros urbanos.
Quanto as migrações, elas sempre constituíram uma constante na população
europeia. Serão analisadas essencialmente as migrações actuais, onde se salientam
em termos quantitativos os fluxos dos países de Leste em direcção aos países da
União Europeia e os fluxos de países exteriores, do terceiro mundo, em direcção à
Europa.
Será abordada a questão das políticas demográficas na Europa e as discussões em
torno da imigração europeia e da forma que os vários países estão a gerir o tema.
Um dos maiores problemas que se coloca actualmente à Europa em geral, e
especificamente à UE, é a necessidade de definir uma política dernográfica. Aliás,
debaixo desta designação, pretende-se na maior parte dos casos, referir uma
política de imigração, mais ainda, a falta dela. A UE tem essencialmente
procurado fechar as suas fronteiras, impedindo a entrada e fixação de imigrantes
de países terceiros (Silberman:2004). Ora, esta Falta de "portas de entrada" na UE
Programa de Geografia da Europa
pode ser difícil de manter por muito mais tempo e vem suscitando críticas de
dentro e de fora da UE. E um tema importante a ser incluído no ponto das
migrações, tanto mais que é importante levar os estudantes a reflectir sobre as
questões da cidadania na UE. A UE não tem apenas uma vertente económica.
Como caso de estudo, será analisado em pormenor, o envelhecimento da
população na Alemanha de Leste pelo facto de haver estatísticas disponíveis
desde a queda do Muro de Berlin, directamente comparáveis com as estatísticas da
ex-República Federal Alemã e se tratar de uma espécie de laboratório de análise
prospectiva da evolução demográfica no Leste em geral (Schmied: 2000). Será
ainda estudado o caso dos imigrantes dos países de Leste na Área
Metropolitana do Porto pelo facto de existir um estudo recente, com uma base
empírica muito extensa e tratada com grande profundidade (Costa: 2003).
3. A base económica da Europa
No âmbito do estudo da Base Económica da Europa, serão analisados os sectores
da Agricultura, da Indústria e dos Serviços.
No estudo da aolricultura europeia foram seleccionados como pontos fortes, a
Política Agrícola Comum (I), sua filosofia, evolução histórica, reformas e
avaliação actual, esta última desenvolvida a partir de casos de estudo e o Programa
Comunitário Leader (2), como exemplo de uma política de desenvolvimento para
as áreas rurais, não assente na agricultura, tendo em conta que vastas áreas rurais
europeias são hoje cada vez menos agrícolas.
A abordagem a agricultura europeia é feita na perspectiva da produção de
alimentos. Nesse sentido, procurar-se-á compreender de que forma as alterações
nos hábitos alimentares dos europeus tiveram efeitos a montante, sobre a
produção de alimentos e determinaram as políticas agrárias. No âmbito da Política
Agrícola Comum (PAC), começar-se-á por estudar o processo pelo qual se passou
de uma situação de carência, a uma situação de abundância, na Europa, a partir da
Segunda Guerra e até onde se fizeram sentir os efeitos da intensificação que se foi
acentuando a partir dos anos 50 do século passado. Em relação aos limites da
intensificação, é importante analisar os novos conceitos de sustentabilidade e o
significado da agricultura biológica, em confrontação com a situação crítica a que a
intensificação conduziu, com a produção de excedentes e a degradação dos solos
agrícolas, levadas ao extremo. Serão analisadas as diferentes agriculturas
Programa de Geografia da Europa
europeias, no sentido em que há sistemas diversificados e a definição da PAC tem
procurado acompanhar (nem sempre com eficiência) essa diversidade e evoluído no
sentido de uma cada vez maior sustentabilidade não só económica (que sempre foi
suposta ter) como social e cultural. Há na opinião pública e muitas vezes, nos
estudantes, antes de se debruçarem sobre estas questões, u m conjunto de lugares
comuns e clichés sobre os efeitos positivos e negativos da PAC, em particular sobre
áreas rurais periferizadas em Portugal. A discussão em torno da evolução da PAC
vai no sentido de um estudo profundo e objectivo, para além desses lugares
comuns. Dai a escolha de alguns dos casos de estudo, como por exemplo a cultura
d o tomate e m Portugal e a agricultura biológica na Áustria, antes e depois da
adesão dos dois países a UE.
A reforma da PAC de 1992 tem particular importância e significado político para
Portugal, uma vez que foi ratificada durante a Presidência Portuguesa da UE e foi
acompanhada pelo então Ministro português da Agricultura (Cunha:1996).
Finalmente, será feita uma breve avaliação do alargamento a Leste sobre a
agricultura da UE, assim como o impacto da PAC sobre a agricultura dos novos
Estados Membros, procurando identificar as áreas e produtos mais competitivos e
onde se poderão vir a registar mais vantagens, assim como as áreas mais
penalizadas, isto é uma identificação das regiões que ganham e que perdem com o
alargamento, no que diz respeito a PAC.
O chamado alargamento a Leste, induz, a primeira vista, num erro. O de uma
generalização excessiva. O alargamento a Leste foi um alargamento a Norte, a
Leste e a Sul, isto é, os países do alargamento apresentam uma grande diversidade
de situações, nomeadamente no que diz respeito a agricultura, por vários motivos e
também por se estenderem por diferentes regiões naturais da Europa, partilhando
das características de diferentes países e regiões da antiga UE dos 15. Assim, é
diferente a concorrência potencial que a agricultura da Polónia poderá vir a fazer a
agricultura do Norte da Alemanha e França (o conhecido lobby franco-alemão,
acusado de dominar a PAC), da concorrência que a Hungria ou a Eslovenia venham
a fazer as agriculturas do sul da Europa, por exemplo na produção de vinho. Quer
as potencialidades naturais, quer as estruturas agrárias e respectiva produtividade
e eficiência são determinantes na variedade de situações que se podem identificar
nas regiões agrícolas dos países do alargamento.
Programa de Geografia da Europa
No estudo da indústria euroveia é feita uma abordagem no quadro da
globalização, procurando fazer uma breve evolução histórica do que tem sido a
inserção da Europa na Divisão Internacional do Trabalho desde a Revolução
Industrial, assim como a configuração que as suas áreas industriais têm assumido,
ao longo do tempo, com maior incidência a parlir do Pós-fordismo e da
deslocafizaçáo maciça de alguns segmentos ou da totalidade das cadeias
produtivas, para áreas fora da Europa.
É muito importante que os estudantes adquiram uma visão realista e objectiva da
indústria europeia, não só a nível das unidades produtivas que existem,
localizações, emprego, volume de vendas, produtos produzidos e exportações como
do peso relativo da indústria transformadora na base económica da Europa e das
respectivas regiões, assim como das razões de ser da situação actual. A
deslocalização de segmentos ou da totalidade de cadeias produtivas no interior da
Europa, de umas regiões para outras, ou da Europa para o exterior, foram
conduzidas por processos globais e levaram a uma nova divisão internacional do
trabalho. De que forma essa deslocalização foi acompanhada de u m upgrading
tecnológico e a Europa conseguiu fixar uma cada vez maior parte da mais valia
produzida, tem de ser avaliado com profundidade. É realmente importante saber
até que ponto a Europa e as suas empresas industriais têm sido eficientes no
controle das Cadeias Globais de Valor, controlando a comercialização dos produtos
a escala global e não perdendo o controle sobre as cadeias produtivas.
Um dos pontos fortes no estudo da indústria europeia é a sensibilização dos
estudantes para o facto da Europa "ainda ser muito industrial" e isso não poder ser
"rotulado" negativamente. A indústria europeia é mais do que o somatório das
fábricas que laboram no seu território e mesmo ao nível da produção, mantêm-se
hoje aqui as unidades industriais correspondentes aos segmentos ou produtos e nas
regiões onde é possível, não só sobreviver como ser competitivo. As razões de ser
dessa sobrevivência são várias e deverão ser analisadas. As excursões e visitas a
Zonas Industriais e a diversas fábricas3 com perfis diferentes têm sido, nos anos
anteriores, de grande utilidade para a compreensão das tendências da Europa no
domínio industrial.
Nos anos anteriores, as excursões de outra cadeira - Geografia das Actividades Económicas - foram abertas aos estudantes de Geografia da Europa, por questões de flexibilidade. Assim, houve de facto um reforço na componente "indústria" no trabalho de campo de Geografia da Europa.
Programa de Geografia da Europa
0s casos de estudo seleccionados para o presente ano são a indústria química na
Alemanha, a indústria têxtil em Portugal e a indústria do automóvel na Península
Ibérica.
A progressiva deslocalização da indústria para fora da Europa, foi acompanhada por
uma expansão dos servicos, cada vez mais diversificados e complexos e com um
cada vez maior peso na economia europeia. O sector dos serviços não se pode
reduzir mais as tipologias tradicionalmente utilizadas (serviços as empresas e
serviços colectivos, sociais e pessoais). São necessárias designações mais precisas
que permitam distinguir as diversas actividades ligadas aos serviços e a sua
importância relativa na centralidade de regiões e centros urbanos. A chamada
economia do conhecimento (pilar da Agenda de Lisboa) por exemplo, pretende
identificar como forças principais do funcionamento da economia, o conhecimento e
a inovação e daí o crescente interesse pelo estudo de determinado tipo de serviços,
correspondentes a actividades intensivas em conhecimento (knowledge intensive
business service firms) as quais, tanto podem ser encontradas no ramo da indústria
como dos serviços, tal como são tradicionalmente (e nas estatísticas) classificados
(Schamp; Rentmeister; Lo: 2004). Neste sentido, o estudo dos serviços na
Europa vai para além da sua identificação e caracterização simples. Visa
compreender as novas geometrias do espaço europeu ao nível da divisão
espacial do trabalho e, das regiões ganhadoras face as regiões perdedoras,
designações que se tornaram tão populares, por tão facilmente compreensíveis,
com a literatura do pós-fordismo (Benko: 1994).
E importante ainda que, os alunos, no final do estudo dos serviços, percebam bem
não só a divisão espacial do trabalho, no interior da Europa como, o papel da
Europa no Mundo, ao nível da gestão das redes globais de valor.
Como complemento ao estudo da base económica da Europa será feita uma análise
do investimento directo estrangeiro da Europa e da Europa no estrangeiro,
para um período de tempo de cerca de 50 anos, com o objectivo de compreender a
evolução da economia europeia, debaixo da globalização crescente e os impactos
internos daí resultantes.
4. A rede urbana europeia
Para o estudo da Rede Urbana Europeia optei por uma introdução geral, uma
espécie de revisão dos grandes marcos da urbanização europeia e isto com
Programa de Geografia da Europa
base no modelo de Manuel Castells em La Question Urbaine (1981). Trata-se de
uma obra e um modelo de referência na geografia urbana, com uma base teórica
inovadora, na época e que se mantém válida nos dias de hoje. E uma obra dos
anos setenta que naturalmente precisa de um complemento, ao nível da evolução
histórica da urbanização europeia. 0s estudos de Klaus Kunzmann vão
precisamente ao encontro dessa actualização, j á que desenvolvem uma
sistematização da história da rede urbana europeia na segunda metade do
século XX (Kunzrnann: 1998).
O sistema urbano europeu actual será estudado segundo os seus níveis e
funções, na perspectiva de metodologias diferentes, nomeadamente no quadro
das chamadas cidades globais (Taylor: 2000; Sassen: 1991; Esser, Schamp:
2001). Seleccionei o caso de estudo de Frankfurt am Main, na Alemanha por duas
razões. Primeiro, não é uma capital de um país, nem sequer de um Estado Federal!
Em segundo lugar, a sua centralidade depende de várias funções com destaque
para a finança e bancos e serviços avançados a indústria, nomeadamente no campo
do desenvolvimento do produto, na indústria automóvel. Não se trata portanto de
uma cidade que participa na rede de cidades globais por razões administrativas ou
apenas por causa de serviços avançados. É uma metrópole de serviços e funções de
topo e com uma fortíssima base industrial (Schamp; Rentmeister; Lo: 2004, Esser,
Schamp: 2001).
Um segundo ponto forte integra o capítulo da rede urbana europeia, ainda que não
directamente ligado a rede urbana mas as respectivas cidades individualmente.
Trata-se do estudo de alguns assim designados Megaprojectos, para algumas das
cidades europeias, que se foram convertendo, sobretudo a partir de meados dos
anos noventa, numa espécie de urbanismo mainstream. (Neoliberal urbanization in
Europe: large-scale urban development projects and new urban policy . Projecto do
50 programa Quadro C&T, dirigido por Frank Moulaert, referido na bibliografia.)
Este ano seleccionei, no conjunto de Megaprojectos analisados, os casos de
Adlershof em Berlin, Alemanha, Donau City em Viena, na Áustria e EXPO 98 e:n
Lisboa.
S. As acessibilidades, os transportes e as telecomunicações
A acessibilidade na Europa tem sido um dos pilares de toda a política de integração.
A União Europeia começou por ser um espaço de livre circulação económica. As
Programa de Geografia da Europa
infra-estruturas de transportes e comunicações foram, por esse motivo e têm
continuado a ser uma das prioridades da EU e um dos domínios para onde se tem
canalizado grande parte dos recursos financeiros comunitários. Em matéria de
política regional, as infra-estruturas de transporte ainda continuam a corresponder
as primeiras intervenções, por exemplo nos processos de alargamento.
Através de uma política voluntarista de extraordinários investimentos e
intervenções neste domínio, a acessibilidade no interior da Europa alterou-se e
continua a alterar-se profundamente. Os grandes corredores de transportes rápidos
aproximaram regiões distantes e criaram novas periferias, o transporte rodoviário
registou um crescimento extraordinário, a rede de caminho de ferro poderá vir a
alterar-se profundamente a curto prazo, recuperando parte da sua importância,
assim como outras iniciativas, tais como as chamadas auto estradas do mar, estão
a ser discutidas e poderão vir a provocar novas alterações no mapa da
acessibilidade europeia.
A acessibilidade alterou-se profundamente a várias escalas, a escala local, regional,
nacional e transnacional. O presente ponto do programa visa, para além do estudo
das condições de acessibilidade no interior da, Europa, uma avaliação
crítica dos mode1os que estão subjacenles às várias políticas de transpoee
implementadas pela EU. Mais uma vez será retomada a questão das regiões
ganhadoras, sendo que, com o recente alargamento se irá modificar
substancialmente o mapa da acessibilidade da EU e se irá alterar a configuração da
periferia da Europa.
Para melhor discutir esta problemática, seleccionei como caso de estudo, para o
corrente ano, uma simulação da avaliação do impacto da futura auto-estrada Paris-
Praga, sobre o mapa global da acessibilidade na EU, tomando como situação de
partida os estudos de VICKERMANN, SPIEKERMANN e WEGENER (1999) e alguns
dos relatórios de resultados do Projecto ESPON (ESPON: 2003). O ESPON - European Spatial Planning ObSe~atiOn Network - foi lançado, em 1999, no
seguimento da aprovação do ESDP - European Spatial Development Perspective - (EDEC em português), na conferência de Potsdam da Comissão Europeia, é
coordenado a partir do Luxemburgo, envolve diversas equipas de investigadores e
técnicos em projectos parcelares específicos e é financiado pelo INTERREG 111.
Pro.qrama de Geografia da Europa
6. Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Em matéria de ambiente e sustentabilidade, está apenas programada uma sessão
teórica com um carácter mais informativo que propriamente de discussão teórica.
Trata-se de um tema de grande complexidade que necessitaria de muitas horas
lectivas, para ser convenientemente abordado. De qualquer forma, decidi
apresentá-lo, com a informação mais importante e o estudo de alguns pontos mais
relevantes, para que os estudantes possam organizar um dossier, com os
elementos mínimos necessários a um estudo posterior mais aprofundado ou a uma
utilização no âmbito de um projecto ou trabalho prático, eventualmente já na vida
profissional.
Com efeito, é importante que os alunos tenham uma noção do que é (ou não é) a
política de ambiente e ordenamento do território, a escala da EU. A apresentação
do ESDP - European Spatial Development Perspective Towards Balanced and
Sustainable Development o f the Territory of the European Union (EDEC em
português: Esquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário) será feita sob a
forma de divulgação, com especial incidência nas áreas transfronteiriças, uma vez
que se trata de um dos pontos mais desenvolvidos e que tem repercussões ao nível
da Política Regional da EU, na Iniciativa Comunitária Interreg. Dado que não se
pode dizer que haja uma política europeia de ordenamento do território, é
importante que os alunos compreendam que, nessa matéria, e a essa escala, não é
possível senão traçar objectivos gerais e metas nem sempre quantificáveis,
cabendo aos Estados Membros a definição de uma política própria.
Como caso de estudo, seleccionei uma análise da reciclagem na Europa, onde
serão estudados alguns casos de sucesso de algumas regiões ou países.
7. A Política Regional da União Europeia
Este tem sido, nos anos anteriores, um dos pontos de maior agrado dos
estudantes, senão o mais apreciado! É um tema que interessa aos estudantes como
cidadãos e por isso manifestam grande curiosidade e empenho num conhecimento
profundo dos objectivos, mecanismos de aplicação e efeitos da Política Regional da
UE.
A abordagem é feita segundo uma metodologia que tenta fazer o paralelismo
entre os alargamentos sucessivos da UE e a evolução dos desequilíbrios
Programa de Geografia da Europa
regionais internos, ao nível do desenvolvimento socioeconómico das regiões.
Inicialmente, não existia uma Política Regional na então Comunidade Económica
Europeia. 0 s países fundadores apresentavam uma certa homogeneidade. A única
excepção era a região do Sul da Itália (Mezzogiorno), para a qual foram criados
programas específicos de apoio ao desenvolvimento. Só a partir dos alargamentos,
se começaram a verificar assimetrias regionais no interior da UE que obrigaram a
uma intervenção sistematizada e a progressiva estruturação de uma verdadeira
Política Regional. A própria cronologia na criação dos Fundos Estruturais põe em
evidência esta realidade. Com efeito, inicialmente, a Política Agrícola Comum (PAC)
era a essência da UE e o FEOGA - Único Fundo - quase esgotava o orçamento
comunitário. Pode considerar-se que, em certa medida, a Política Regional existente
na época estava integrada na PAC. Só com a posterior criação do Fundo Social
Europeu (FSE) e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) se foi
estruturando uma Política Regional enquanto tal. A criação mais recentemente, do
Fundo de Coesão revela, por seu turno, a necessidade de dar um apoio específico a
regiões problemáticas, para além do quadro global da Política Regional da UE. Hoje
e após o recente alargamento, a Política Regional da UE vê-se confrontada com
desafios cada vez mais complexos e a avaliação dos resultados da sua aplicação no
passado, tem colocado sérias interrogações sobre o qpe ela deverá ser no futuro.
Também esta situação complexa e de difícil resolução põe em evidência u m
acentuar e diversificar das assimetrias regionais na UE.
A compreensão da evolução das assimetrias regionais na UE e dos modelos
definidos para as atenuar através da aplicação de uma Política Regional constituem
assim a introdução ao tema. Esta introdução é concluída com a análise dos
objectivos da Política Regional ao longo do tempo (Objectivos 1, 2, 3, 5b) ,
etc.)
Seguidamente é feito um estudo pormenorizado dos Fundos Estruturais, seus
objectivos, procedimentos para a sua aplicação assim como sucessivas
reformas, com particular incidência na Reforma de 1988189 e a definição de
Quadros Comunitários d e Apoio.
São estudadas ainda, com particular atenção, as Iniciativas Comunitárias. Nas
excursões dos anos anteriores têm sido visitados projectos de diversas Iniciativas
Comunitárias, nomeadamente do Leader, até porque esse Programa é estudado no
ponto da base económica da Europa, no que se refere a agricultura.
Programa de Geografia da Europa
O estudo da Política Regional da UE termina com uma análise crítica das actuais
propostas para o próximo período de aplicação, a partir de 2006/7. Não existe
ainda um consenso sobre o modelo de intervenção que irá estruturar essa Política
Regional. 0 s dilemas do crescimento económico versus desenvolvimento,
continuam a fazer-se sentir e as dificuldades orçamentais com que a UE se debate,
põem grandes restrições a manutenção do modelo de intervenção do passado.
Mais, há um grupo de críticos da Política Regional que vêm tomando posições
extremas, considerando que os resultados até agora conseguidos são
insignificantes. Harvey Armstrong, da Universidade de Sheffield, em Inglaterra,
afirmava recentemente que os Fundos Estruturais não estão a ser eficientes, que
deveriam estar a dar mais resultados ao nível da convergência na UE que, enfim, os
Fundos tinham de se explicar e dizer porque é que não funcionam (Armstrong:
2004). As alternativas para o futuro, podem de forma muito reducionista, colocar-
se entre um "alguma coisa para todos" ou uma concentração em prioridades, o
mesmo é dizer, optar por modelos que privilegiam a distribuição e a equidade ou
enveredar por uma política de concentração, com o objectivo prioritário do
crescimento económico, mesmo que correndo o risco de criar novas clivagens
regionais e novas geometrias no mapa das regiões ganhadoras e perdedoras. Este
dilema é afinal o retrato da competitividade regional que se faz sentir ao nível
global e que na Europa Comunitária se procura regular através de uma política
comum, integrada.
Para exemplificar parte dos assuntos tratados no tema da Política Regional na UE,
serão considerados os casos de estudo do III Quadro Comunitário para
Portugal e a Região de Lisboa e Vale do Tejo (NUTE 11). Esta última constitui a
única Região de Portugal que se encontra num processo de fasing-out, para deixar
de ser uma Região Objectivo 1.
4.4.2. Aulas Práticas
O programa das aulas práticas consiste basicamente na aprendizagem de
metodologias de investigação científica, aí se incluindo a definição de um plano de
trabalho e sua execução. Nesse sentido, os estudantes vão percorrendo as
diferentes fases do trabalho, desde o enquadramento teórico, a formulação de
questões, as quais a investigação deve responder, a definição do plano
propriamente dito, assente numa metodologia até a sua realização, com
levantamento do material empírico, respectivo tratamento e análise e apresentação
Programa de Geografia da Europa
dos resultados. Ao desenvolver um enquadramento teórico, os estudantes são
confrontados com a questão de saber até onde a disciplina chegou, e quais os
instrumentos que melhor se adaptam à solução do problema em estudo,
estabelecendo assim a ponte entre as aulas teóricas e as aulas práticas.
O tipo de trabalho empírico desenvolvido nas aulas práticas de Geografia da Europa
é relativamente homogéneo, como j á foi referido, pelo que, apenas a selecção das
áreas em estudo, em função das questões formuladas, deverá ser seleccionada de
forma livre pelos estudantes. 0s indicadores a trabalhar vão sendo definidos pelo
grupo, havendo apenas variações entre os turnos.
Basicamente, os estudantes cumprem uma série de procedimentos que Ihes
permite familiarizarem-se com a recolha de informação (fontes de informação e
técnicas de análise), com as revistas científicas especializadas, com as estatísticas,
diversos materiais carlográficos (cartas, atlas, fotografias aéreas, etc.) com as
formas de organizar a informação e construir as suas bases de dados, com as
formas de apresentação dos resultados (slides, acetatos, apresentações em power
point) e com aspectos ligados a redacção do relatório (estruturação de um plano
para o relatório, citações e lista .bibliográfica das obras referidas).
No ano anterior, 2003/2004, os indicadores tratados, cobriram os seguintes
domínios:
População
o Evolução da População
o Densidade demográfica
O NatalidadeIMortalidade
o Saldo Migratório
O Estrutura Etária (envelhecimento)
e Emprego
O População activa
O Desemprego
O População Activa segundo o sector/ramo de actividade
O População Activa segundo as profissões
Base Económica
O Pontos fortes da base económica das Nute 111 em estudo
O Empresas/ Trabalhadores/ Volume de Vendas/ Investimentos
O Exportações/Importações
Qualidade de Vida (Ambiente, etc.)
Programa de Geografia da Europa
4.5. Métodos
Os Métodos para a aplicação do programa de Geografia da Europa consistem num
conjunto estruturado de princípios pedagógicos com vista a atingir os objectivos
definidos inicialmente. É a estratégia ou o caminho que se procura percorrer ao
longo do semestre para que no final, os estudantes sejam capazes de cumprir esses
objectivos.
O ponto forte da metodologia da Geografia da Europa consiste em centrar o
ensino nos alunos. Não é o professor que está a ensinar, são os alunos que
devem adquirir os métodos e instrumentos de apropriacao do saber, ou seja,
devem aprender a aprender. Esta orientação, ou reorientação, quando os métodos
tradicionais estão muito arreigados, é interiorizada desde o início do semestre e vai
sendo desenvolvida progressivamente.
Com o aumento do número de estudantes e a redução de professores e assistentes,
a par das dificuldades financeiras gerais das universidades, foi-se massificando e
despersonaiizando o ensino universitário. Se a democratização do ensino
universitário é positiva, socialmente desejável e deve constituir uma prioridade
política, a verdade é que as infra-estruturas físicas e imateriais não estão
preparadas para um desempenho eficiente (Fonseca: 2004). É muito difícil hoje em
dia manter um acompanhamento aos estudantes suficientemente próximo e
individualizado como seria desejável. Os estudantes também têm hoje em dia
estilos de vida e definem as suas estratégias pessoais de forma diferente do que
faziam há vinte anos. Assiste-se assim a uma diversificação muito grande nos
comportamentos quer de professores, quer de estudantes que, em termos médios,
poderá corresponder a um afastamento entre os dois e a uma degradação das
condições de ensino nas universidades. Essas clivagens vão contribuindo para que
os resultados e o desempenho dos estudantes seja, hoje em dia, muito mais
diversificado que antigamente, há 15 ou 20 anos. A par disso, cada vez se geram
mais mecanismos de competitividade em que cada um tem de se esforçar por
melhorar o seu desempenho, debaixo de condições desfavoráveis, nem sempre se
criando redes de cooperação e intercâmbio de ideias que seriam de grande utilidade
e potencial inovador.
Enquanto as condições internas da universidade apresentam estes
estrangulamentos, a articulação com o exterior também não e favorável. A
universidade vive muito fechada sobre si mesma e não desenvolve parcerias e
Programa de Geografia da Europa
cooperações com o exterior que poderiam vir a traduzir-se em vantagens para os
estudantes, quer ao nível de desenvolvimento de projectos de investigação, quer
para a realização de estágios, apoios diversos a actividades científicas e escolares,
etc. O mercado de trabalho por seu turno, no exterior, apresenta-se problemático
para os recém licenciados e assusta-os, desde já.
Por todo um conjunto de razões, há portanto, um ambiente de alguma pressão e
concorrência, dentro da universidade que leva o estudante a comportar-se de
forma mais individualista, retirando-lhe aspectos positivos que tradicionalmente
caracterizavam a vida universitária, sobretudo ao nível da liberdade e cooperação.
Sem chegar a extremos de diletância, faz falta alguma "perda de tempo" ao longo
do percurso universitário, aos estudantes, para desenvolverem discussões e alguns
desvios da rota traçada inicialmente, com a frequência de cadeiras de opção novas,
participação em projectos de investigação e outras actividades exteriores ao
cumprimento do calendário curricular exclusivamente.
4.5.1. Métodos de Ensino
4.5.1.1 .Abordagem global
Dentro das condições antes descritas, relativamente desfavoráveis, procurei criar
algum espaço de liberdade individual, para que cada aluno possa tirar partido da
cadeira de Geografia da Europa de forma personalizada e não reduza a sua
aprendizagem a um, mais ou menos curto e imediato, estudo para o exame. Que o
aluno consiga um espaço para criar, inovar, ter visões, idealizar soluções para os
problemas, é uma constante preocupação, ainda mais tendo em conta que grande
parte dos nossos estudantes poderão vir a trabalhar em planeamento. Essa
preocupação esteve presente nos métodos utilizados nas aulas teóricas, práticas e
nas excursões, com maior incidência nas duas últimas, obviamente.
A preocupação prioritária é a de conseguir que o aluno defina a sua própria agenda,
com autonomia, independência e responsabilidade, tendo gosto no trabalho e
ambição. E importante valorizar níveis elevados de auto-estima nos estudantes (por
vezes quase parecendo arrogância), com vista a tornarem-se profissionais
empenhados, exigentes e eficientes.
Programa de Geografia da Europa
4.5.1.2. AuIJS Teóricas
As aulas teóricas da cadeira de Geografia da Europa têm uma duração de duas
horas e têm lugar uma vez por semana. São aulas fundamentalmente (diria,
inexoravelmente), expositivas. Continuam a ser aulas muito centradas no professor
ainda que cada vez estejam a ser introduzidas mais técnicas reflexivas que
permitam alguma participação activa dos estudantes.
O carácter expositivo das aulas teóricas não pode porém, ser sempre rotulado
negativamente. A exposição é o método ideal para apresentar temas a grupos
grandes (no ano anterior, o número de alunos inscritos na cadeira era de 140).
Tem havido no entanto a preocupação de combater a passividade dos alunos e tirar
partido das virtualidades do método expositivo, através de diferentes meios:
- colocação de problemas para resolver;
- recurso a meios audiovisuais diversos;
- possibilidade de algum brainstorming nalgumas sessões ou em partes delas;
- aprendizagem de técnicas de "tirar apontamentos", escrevendo pouco, por
tópicos, como orientação do estudo e não produzindo "sebentas" particulares.
Para além de um conjunto de procedimentos dentro da própria sala da aula, o
método adoptado nas aulas teóricas pressupõe um comportamento complementar
dos estudantes assente numa grande liberdade na selecção da bibliografia a
consultar. A liberdade de estudar da forma que melhor se adapta a sua
personalidade e gostos pessoais, tem constituído uma forma de motivação
eficiente. Não são distribuídos textos de apoio organizados, por exemplo com
selecção de bibliografia, para serem reproduzidos e vendidos aos estudantes. E
referida a bibliografia de apoio a cada aula e sugerida bibliografia complementar.
Para além disso, é feita uma grande sensibilização aos alunos, incentivando-os a
recorrerem as bases de dados electrónicas disponibilizadas pela Biblioteca da FLUP
a que os estudantes podem recorrer mesmo de casa, uma vez que Ihes são
facultadas as passwords.
Como resultado desta liberdade de pesquisa bibliográfica, a maior parte dos
estudantes organiza o seu próprio dossier de textos, fotocópias de livros, artigos de
revistas, material editado on-line, etc., tendo-se verificado um sistema de
cooperação e entreajuda muito positivo.
Programa de Geografia da Europa
Sempre que um artigo ou livro não exista na Biblioteca, nem esteja disponível na
internet, eu o possua e a sua consulta for de grande importância, emprestá-lo-ei
directamente aos estudantes.
4.5.1.3. Aulas Práticas
As aulas práticas da cadeira de Geografia da Europa funcionam por turnos de
grupos de cerca de 20 alunos cada, têm uma duração de 2 horas e cada aluno
deverá participar numa aula por semana, sendo que há limites de faltas para o
regime de avaliação contínua.
Nas aulas práticas são realizadas simulações de trabalhos de investigação,
procurando na medida do possível, criar situações possíveis de se virem a verificar
na realidade, isto é os estudantes realizam trabalhos idênticos aos que um dia lhe
serão solicitados por clientes de diversos tipos, desde instituições comunitárias a
organismos centrais ou regionais no país, câmaras municipais ou consultores
privados. 0 s estudantes aprendem a fazer!
Nas aulas práticas há o recurso a métodos activos, quer com demonstração - fazendo exercícios exemplificativos e tratando dados perante os estudantes - quer
pelo sistema interrogativo. Ao contrário das aulas teóricas, os métodos são
centrados nos alunos, envolvem o grupo todo do turno prático e permitem uma
participação activa e reflexiva.
O método de trabalho desenrola-se da seguinte forma: em cada aula definem-se
um conjunto de indicadores para caracterizar um tema ou um domínio de
actividade. Quando há acesso a internet na sala de aula, faz-se de imediato uma
pesquisa para saber se existe ou não informação estatística disponível ao nível das
NUTE I 1 ou 111, para as regiões seleccionadas, para as datas definidas, no sentido
de possibilitar o cálculo dos indicadores. Se assim não for, os alunos têm uma
semana para irem seleccionando e adaptando os indicadores as estatísticas
disponíveis para as suas regiões de estudo. Na aula seguinte, os estudantes
apresentam os resultados e respectivas conclusões da análise dos indicadores. Os
indicadores são organizados, regra geral, em bases de dados (em folhas de cálculo
Excel), com as variáveis e indicadores em linhas e as áreas (NUTE I, 11, 111) em
colunas.
Programa de Geografia da Europa
Para cada tema ou domínio, há sempre um espaço de pelo menos uma aula,
reservado a leitura, critica e correcção de um relatório escrito. Este ponto é da
maior importância para que os estudantes aprendam a "escrever em Geografia",
isto é, para que aprendam a redigir um relatório, evitando que se limitem a
entregar os textos no final do semestre, para serem avaliados e classificados, sem
obterem qualquer feedback, ou seja uma correcção. Há sempre voluntários para
lerem os seus relatórios, porque é extremamente gratificante para o estudante
apresentar o seu trabalho e submetê-lo a crítica do grupo, professor e colegas, sem
ser debaixo da pressão da avaliação. O método aplicado permite ainda que haja
constantemente, uma verificação dos dados, uma vez que em termos de médias
para a UE, para as NUTE I e 11, eles se repetem várias vezes e os estudantes
podem i r confrontando as respectivas bases de dados.
4.5.1.4. Excursões
O trabalho de campo continua a constituir uma parte fundamental dos primeiros
anos da formação básica das licenciaturas em Geografia em todos os países da
Europa. Há várias formas de levar a cabo o trabalho de campo, de acordo com os
objectivos do mesmo, o número-e características dos estudantes a que se destina
e, naturalmente, os domínios da Geografia em que se inscrevem.
0 s objectivos do trabalho de campo são diversificados, desde o desenvolvimento de
competências de observação, ao encorajamento dos estudantes para se
responsabilizarem pela sua própria aprendizagem.
Basicamente, o trabalho de campo na Geografia da Europa destina-se a
observação, mais ou menos participativa e ao desenvolvimento de alguma prática
de preparação da futura actividade profissional.
Dada a falta de recursos, são feitas excursões de um dia e uma excursão de dois
dias. Não é possível fazer estágios de campo com os recursos existentes e o
número de alunos matriculados.
A preparação da viagem é um ponto fundamental para maximizar os resultados.
Para cada excursão, existem dois coordenadores, dois estudantes que se
encarregam de definir o plano definitivo da viagem com o docente, ajudar nos
contactos com as entidades e instituições que vão receber a excursão e outros
aspectos da logística, distribuir os pontos do plano pelos colegas, definir prazos e
Programa de Geografia da Europa
formas normalizadas para os colegas prepararem as suas contribuições parcelares
para o relatório, organizar, rever e colaborar na edição do relatório.
Durante a viagem, cada um dos estudantes, responsável por um ponto do plano,
faz uma breve exposição aos colegas, do que já preparou anteriormente e recolhe
os elementos da própria viagem para refazer o seu primeiro texto. As contribuições
parcelares serão então revistas pelos coordenadores para ser editado o relatório.
As excursões do ano anterior incluíram a visita a instituições diversas que estavam
a aplicar programas com apoio comunitário, com o objectivo de sensibilizar os
estudantes para a Política Regional da UE em geral e alguns programas em
particular. Foi feita uma excursão com o objectivo de analisar a rede de ligações na
região transfronteiriça Minho-Galicia, com especial incidência na indústria
automóvel, uma vez que existem várias unidades fabris de componentes de ambos
os lados da fronteira e uma grande unidade de montagem, em Vigo, da Peugeot-
Citroen a qual também foi visitada.
No presente ano, a excursão transfronteiriça coincidirá com a excursão "grande" de
3 dias e efectuar-se-á às Regiões NUTE I1 Centro (Beira Interior Sul) Alentejo (Alto
Alentejo) e Extremadura (Badajoz e Cáceres). Terão lugar ainda outras excursões
de um dia, em coordenação com a cadeira de Geografia das Actividades
Económicas.
Programa de Geografia da Europa
4.5.2. Métodos de Avaliação
A avaliação recai sobre a aprendizagem e sobre o ensino. Avaliam-se inicialmente
as necessidades, através de um diagnóstico a partir dos resultados das cadeiras
anteriores e da evolução da aplicação do curriculum da Licenciatura, com vista a
definição dos objectivos da cadeira. Avaliam-se os comportamentos dos alunos e os
resultados da aplicação do programa ao longo do semestre, com o objectivo de ir
apreciando o que se faz, para poder mudar ou continuar com a metodologia
planeada e finalmente avaliam-se os resultados quer da aprendizagem, quer do
ensino.
4.5.2.1. Avaliação da Aprendizagem
Na avaliação da aprendizagem da cadeira de Geografia da Europa são aplicadas as
normas em vigor na FLUP, definidas no Conselho Pedagógico.
4.5.2.1.1. Normas Gerais
No caso da cadeira de Geografia da Europa foi aplicada uma avaliação separada
para as aulas teóricas e para as aulas práticas. Prevê-se que também no presente
ano os estudantes aceitem a proposta de manter essa prática, caso contrário será
necessário proceder a rearranjos, ainda que necessariamente dentro das normas
em vigor.
4.5.2.1.2. Aulas Teóricas
A avaliação da aprendizagem da matéria leccionada nas aulas teóricas consiste na
realização de um exame escrito, cuja cotação é de 12 valores.
Nas aplicações anteriores da cadeira, o exame escrito foi realizado com consulta.
Cada estudante individualmente poderá trazer para a prova, a bibliografia que
entender, não sendo permitida a troca de material ou qualquer outro contacto enke
os estudantes durante a realização da mesma.
Esta prática visa retirar algum mal-estar - stress - aos estudantes, valorizando as
suas pesquisas pessoais e a organização individual dos respectivos dossiers
bibliográficos. Tem havido uma boa receptividade ao regime e tenho intenção de o
propor de novo, no presente ano.
Programa de ~eografia da Europa
A realização dos exames neste regime - com consulta - obriga a um tipo de ensino
e a um tipo de aprendizagem muito específico, flexível e de grande liberdade. O
estudante terá de cumprir uma série de formalidades, conhecer um conjunto básico
de conceitos, correntes de pensamento e abordagens, assim como questões
empíricas e estudos de caso mas, tem uma grande margem de manobra para
definir o seu próprio estudo, seleccionar a sua bibliografia, ser crítico e desafiar
ortodoxias e apresentar os seus próprios casos de estudo. É uma prática que
desenvolve e incentiva a imaginação, a inovação e uma competitividade positiva.
Basicamente o tipo de questões colocadas obriga directa ou indirectamente à
solução de um problema e não apenas a exposição de informação. Esta é aliás a
forma dominante que assumem as aulas teóricas, a aprendizagem da solução de
problemas a partir do saber explícito disponível, com o objectivo de reforçar as
competências ao nível do saber tácito.
A semelhança do ensaiado no ano anterior, na cadeira de Geografia das Actividades
Económicas, será proposta este ano a substituição de uma pergunta do exame
teórico por um texto preparado em casa pelos alunos, original e com as respectivas
fontes e referências bibliográficas. Trata-se de uma prática muito apreciada pelos
estudantes porque Ihes permite desenvolver um tema de preferência pessoal, no
âmbito de um dos pontos do programa a definir, previamente.
Estas e outras práticas pretendem criar mecanismos de reforço nos estudantes,
apelando ao seu potencial inovador e criativo, quebrando a tendência
normalizadora e massificadora que o ensino universitário actualmente tem vindo a
assumir com cada vez maior intensidade.
De um modo geral, verifica-se uma grande adesão a este e outro tipo de propostas
por parte dos estudantes os quais se revelam particularmente orgulhosos e com
elevada auto-estima ao apresentarem trabalhos da sua exclusiva responsabilidade.
4.5.2.1.3. Aulas Práticas
A avaliação nas aulas práticas é feita segundo o regime de avaliação contínua, tal
como está descrito nas normas em vigor, definidas pelo Conselho Pedagógico da
FLUP e incide sobre o relatório final escrito, individual e sobre a presença e
participação nas aulas.
Programa de Geografia da Europa
A cotação máxima para as aulas práticas é de 8 (oito) valores o que, com os 12
valores das aulas teóricas, soma 20 valores correspondentes ao total da cadeira.
0 s alunos que não tenham cumprido a avaliação contínua poderão realizar um
exame final de substituição.
4.5.2.1.4. Excursões
A participação nas Excursões é avaliada em conjunto com as aulas práticas e incide
sobre a presença e participação nas mesmas, desenvolvimento de tarefas de apoio
a sua realização e participação na redacção do relatório final.
4.5.2.2. A Avaliação do Ensino
Até ao momento, não houve nenhuma avaliação sistemática da cadeira
desenvolvida pelo Departamento ou pela Faculdade. Foi feita apenas uma avaliação
interna, não sistematizada, a partir da auto-avaliação e da opinião dos estudantes.
As alterações introduzidas no programa e no funcionamento das aulas e avaliação
da aprendizagem resultaram aliás dessa avaliação interna da cadeira e de algum
feedback dos estudantes.
Discute-se actualmente de forma recorrente o conceito de excelência no ensino
universitário (Fonseca: 2004). A excelência é um conceito multidimensional e tem
de assentar em diversos critérios. As universidades e o próprio Governo Central
preocupam-se cada vez mais com as questões da avaliação da qualidade das
universidades e têm desenvolvido instrumentos cada vez mais complexos e eficazes
para levar a cabo essa avaiiação. As conclusões das diversas avaliações têm
constituído um importante elemento de reflexão para a preparação das cadeiras e
sua aplicação. O programa comunitário Erasmus/SÓcrates tem por exemplo,
permitido uma confrontação muito positiva entre diversos métodos de ensino de
diferentes universidades dos países da UE.
No âmbito da cadeira de Geografia da Europa têm sido intensificados os contratos
de mobilidade de docentes ao abrigo do Programa SÓcrates/Erasmus. Para além
das aulas leccionadas por colegas estrangeiros, foi feito no último semestre, um
pequeno Seminário, com o Apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional do Norte (CCRDN), com a participação do professor estrangeiro que se
encontrava no Porto ao abrigo do Programa Sócrates. 0 s estudantes puderam
Programa de Geografia da Europa
participar nessa iniciativa, no exterior da Universidade, que contou com convidados
de diversas instituições ligadas a investigação e aplicação de políticas de
desenvolvimento regional (Programas e Convites em Anexo).
Em relação a Geografia da Europa pude concluir, pela aplicação do programa base
nos dois anos lectivos anteriores que, os estudantes apreciam a cadeira de forma
geral. Os estudantes da Licenciatura em Estudos Europeus mostraram uma
extraordinária receptividade e curiosidade a abordagens a partir da Geografia,
colaborando de forma activa em todas as actividades, nomeadamente na
elaboração dos trabalhos práticos e na participação nas excursões.
Globalmente, o método aplicado levou a uma variedade muito diversificada de
comportamentos por parte dos estudantes. Um grupo restrito foi excepcionalmente
participativo e obteve resultados muito bons, nomeadamente ao nível das
classificações. Globalmente os resultados foram aceitáveis, com taxas de aprovação
de 62,71% e 69,63% respectivamente em 2002/2003 e 2003/2004 (para o número
de alunos aprovados em relação aos alunos inscritos na cadeira).
Programa de Geografia da Europa
5. PERSPECTIVAS PARA 2005/2006
Para o próximo ano lectivo, gostaria de reformular substancialmente a cadeira
tendo em conta dois factores. Por um lado, a cadeira deve ter um carácter dinâmico
e não manter um programa inalterado ao longo dos anos. Deve suscitar a
curiosidade dos estudantes que, uma vez implementado o sistema de Bologna,
poderão escolher de forma mais flexível o momento de a frequentarem ou de se
submeterem aos exames para obterem a aprovação. Assim, oferecendo temáticas
diferentes em cada ano, irei de encontro a preferências diversificadas dos
estudantes, muitas vezes relacionadas com as suas expectativas em termos
profissionais. Um segundo factor que me leva a mudar o programa é a existência
de duas novas cadeiras de opção com um perfil generalista que poderão traduzir-se
em redundâncias para com o actual programa da cadeira de Geografia da Europa e
elas são: Organização do Espaço Europeu e Geografia dos Grandes Espaços
Mundiais.
Nessa conformidade, a cadeira da Geografia da Europa seguirá uma estratégia de
conversão numa cadeira de Geografia da União Europeia, exactamente aquilo que
inicialmente e noutro contexto, não deveria ser. Agora, face ao novo
enquadramento, parece-me oportuno que o seja, tanto mais que a UE se confronta
com os novos alargamentos e se assiste a um intenso debate em torno das relações
com a Rússia e a Ásia.
Programa de Geografia da Europa
A cadeira de Geografia da Europa tem constituído mais do que um espaço de
aprendizagem, um espaço de discussão e debate em torno de temas da ordem do
dia, particularmente significativos para nós, enquanto europeus.
A Europa vê-se actualmente confrontada com as mais diversas pressões, quer
internas, quer externas. Com dificuldades orçamentais graves, espera-se que
continue a manter o seu modelo social, assente em princípios de humanismo e
subsidiariedade, com custos demasiado elevados, espera-se que continue a
assegurar os níveis de bem-estar e prosperidade a todos, espera-se, por outro lado
que não enjeite as suas responsabilidades ao nível estratégico e desempenhe um
papel activo na paz no Mundo. Espera-se muito da Europa, criticam-se as suas
indefinições, a ordem internacional obriga-a a repensar as suas relações com os
EUA num momento crítico e há quem considere que & Europa falta uma visão
estratégica (Delpech:2004).
Portugal ocupa uma posição periférica quer em termos físicos, quer ao nível do
desenvolvimento socioeconómico, no quadro europeu. Apesar das nossas
fragilidades temos de participar nos debates importantes da actualidade. A Europa
somos nós e não uma entidade exterior. E importante que os nossos jovens
estudantes universitários se sintam motivados para ajudar a enfrentar os desafios e
assumir as responsabilidades do futuro da modernização de Portugal, que se
empenhem num necessário upgrading económico, social e cultural. E para
começar, que a cadeira de Geografia da Europa os leve a conhecerem melhor a
Europa.
Programa de Geografia da Europa
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Programa de Geografia da Europa
8. ANEXOS 8.1. Aulas/Conferências Erasrnuç/SÓcrates
-
Programa de Geografia da Europa
Programa de Geografia da Europa
Licenciatura em Geografia Licenciatuiri em Estudos Europeus
GEOGRAFIA DAS ACTIVIDADES ECON~MICASJ
G E O G W I A DA EUROPA
18 de Março de 2004 8h30m
Anfiteatro I
Inriwation Mllielis as the Basls of Reaonal Development in Borderlands? New Local aaid
Reglona! Gonieepts of Developmeaat in the Bavariari- Bohemlani Border Region
Pro$ L>t: Drs. h.c. Jorg MAIER Lehrstuhl WirtschaFtsgeographie
und Regionalplanung Universidade de Bayreuth - Alemanha
Jorg Maier e Professor Catedrático da Universidade de Bayreuth na Baviera, Alemanha, onde ocupa a Cátedra de Gwgrafia Económica e Planeamento (Lehrstuhl Wirtschaftsgwgraphie und Regionalplanung). A sua vastíssima obra publicada inclui livros, artigos em revistas científicas e conferências na área da Geografia Económica, do Planeamento, da Política e do DesenvolWnento Regional. É consultor do Governo da Baviera, em Munique, para a área do Planeamento e Política Regional, acompanhando e avaliando projectos e programas e desenvolvendo estudos, entre outras actividades. É também consultor do Landrat de Oberfranken e da cidade de Bayreuth. Participa em gmpos e redes de trabalho com vános países da Europa. Antes e depois da queda do Muro de B e r h e da reunificaçâo da Alemanha manteve uma activa uoperaçáo u m Universidades e outras Instituições nos ex-países de Leste, com particular relevo para a Polónia, Rússia Hungna e República Checa. Recentemente trabalhou intensivamente sobre os efeitos do alargamento europeu a leste e respectivos impactos nas áreas transfronteuiças, nomeadamente no âmbito dos programas Interreg e Leade*.
Programa de Geografia da Europa
cOhll~SÃ0 DE COORDENAC.&O E DE~ENVOLWENTO REGIONAL DO MORTE D O , ~ V ~ O R I O E A ~ ~ ~ ~ FACULDADE DE LETRAS
DAUNNERSD8OE O0 FURTO
Conferência
""Novos Conceitos de Desenvolvimento Regional em Zonas Rurais"
Experiências e Reflexões como uma Forma de Aprendizagem Prof. Doutor J6rg Maier
AudR6rio da CCDR-N 1 18 Março 2004 (Rua Rainha D. Estefãnia, 251 - Porto)
versará sob;e teiáticas de gestão local e 15h00 - Início da Conferência
regional, benchmarking e estratégias de best- practices nas áreas de montanha.
16h00 - Pausa-café serão a~resentados casos e experiências
16h30 - Debate
17h30 - Encerramento
realizados na Alemanha, Áustria e Suíça e uma proposta de abordagem às learning regions.
30rq Maier é Professor Catedrático da Universidade de Bayreuth na Baviera, Alemanha, onde ocupa a Cátedra de Geografia Económica e Planeamento. A sua vastíssima obra publicada inclui livros, artigos em revistas científicas e conferências na área da Geografia Económica, do Planeamento, da Política e do Desenvolvimento Regional. É consultor do Governo da Baviera, em Munique, para a área do Planeamento e Política Regional, do Landrat de Oberfranken e da cidade de Bayreuth. Participa em grupos e redes de trabalho com vários países da Europa. Antes e depois da queda do Muro de Berlim manteve uma acciva çooporação com Universidadex e outras InscituiCòes de paises de Lesce, com particular relevo Dara ù Polónia. Rússia. Hunarla c Reoi~blica .......... - .....-.... - ........-.......... - ..........
i Organimpo:
i Entidade: i COMissí\O DE COOíLDENAÇ&O E i DERNVOLMNIWO REG- DO NORIE
i Nome:
i Cargo:
i Morada:
i CP.
i Telef:
i... .......................................................................................................................................................................... :
Prazo limite oara inscrição:
16 de Março 2004
Enviar, por íavor. para:
Rua Rainha D. Estefânia, 251 i 4150-304 PORTO e Telf. geral 226 086 300 * Fax geral 226 086 301 a
WWW.CCr-".Dt . e-mai1: [email protected] -
Programa de Geografia da Europa
Licenciatura em Geografia Licenciatura em Estudos Europeus
CONVITE
GEOGRAFIA DA EUROPA
14 de Fevereiro de 2003 14h30m
Anfiteatro 1
Departamento de Geografia Universidade de Bayreuth - Alemanha
German reunificatiom and its demographic impact
The reunion of (he Federal Republic of Germany and the German Republic of German in 1 0has hadi &\dmhikc impact on popniation smctnre and mobility, pariiculariy in the so- x e d "New Laender". Birtli rates dropped shortly after the wall -e down,.at a rale unknown in peace times anywhere in the world, later divarce mtes went up, mobilitg.i&as increased and the young adnits bave lefi their home areas en masse looking for a better life in the "Oíd Laender". The 'Wew Laender" are smggling hãrd to fight these developments, but so fãr with iimited success. The paper will depict the ditferent demographic trends, the reasons for them as well as theu socio-economic and spatial consequences. It will also ask for possible solutions to the problem caused by demographic change.
Programa de Geografia da Europa
Programa de Geografia da Europa
8.2. Guião das Excursões 2003/2004
Programa de Geografia da Europa
Programa de Geografia da Europa
FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
LICENCIATURA EM ESTUDOS EUROPEUS
GEOGRAFIA DA EUROPA 1
GEOGRAFIA DAS ACTIVIDADES ECONQMICAS
Prof. Dra. Madalena Pires da Fonseca
Cada estudante do Curso de Geografia deverá participar em duas das seguintes excursões, a sua
escolha, podendo eventualmente substituir uma delas por uma excursão de outra disciplina do
Curso, dentro da área da G. Humana, numa situação de incompatibilidades de horário ou outras.
Os estudantes de Estudos Europeus deverão participar numa excursão, a sua escolha, podendo
participar noutras se houver vagas. Alunos de outras licenciaturas poderão participar nas
excursões se houver vagas.
Cada excursão terá dois relatares, responsáveis pela organização da viagem e edição da relatório
final, os quais têm a seu cargo as seguintes tarefas:
- Inscrições (Na inscrição cada estudante deverá indicar o número da excursão, qual a sua
1" excursão se for outra e pagar o preço respectivo)
- Definição do plano do relatório
- Distribuição dos pontos do relatório pelos colegas
- Acompanhamento e controle do processo de execução do Relatório
- Redacção da Introdução e da Síntese e Conclusão da Relatório
- Cada ponto do relatório não deverá ter mais do que duas páginas de texto, para além de
quadros, gráficos e mapas
O preço a pagar por cada estudante para a sua primeira excursão é de 10 Euros (Dez Euros) e de
5 Euros (5 Euros) para a segunda e eventuais seguintes. Na excursão a Serra da Estrela todos
terão de pagar 10 Euros, seja ou não a sua primeira excursão, por causa da dormida.
Programa de Geografia da Europa
I" EXCURSÁO: Inovação em indústrias 66arltigas* e 1'novas'9. Políticas locais de
diriamizacão económica
Dia 24 de Março de 2004 (um dia)
Visita a Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre em ílhavo e à Zona Industrial de Vagos - Cerbran, Prirev e Porcelanas Costa Verde. Competências e políticas locais de desenvolvimento económico (Câmara de Vagos) e Associações Empresariais locais CNEVA).
Partida do Porto, em frente a Faculdade - 7:30 Chegada à Faculdade cerca das 17:30
30 Estudantes
Relatoresl Organização: 1 : Sónia Ferreira 2: Alexandre Martins
Temas 1. Conceitos Teóricos
a. Fordismol Pós-fordismo : Leonor Santos b. Divisão do Trabalho (técnica, social e espacial/intemacional): Lídia
Silva e Natércia Martins c. Distritos Industriais: Ana Santos d. Meios Locais de Inovação: Naterça Borges Soares
2. A indústria das porcelanas na EU : Nuno Mota, Sandra Rodrigues, Rui Silva, Paula Fernandes
3. A indústria das porcelanas em Portugal: Sandra Figueiredo, Fernanda Neves
4. A indústria das porcelanas nos países do alargamento (por exemplo na Boémia República Checa): Nuno Azevedo e Helena Iria
5. A "Vista Alegre": Carla Vasconcelos
6. A Zona Industrial de Vagos e o NEVA - Núcleo Empresarial de Vagos (Projecto Rede Net do Programa Operacional Regional do Centro do QCA 111). Políticas Locais de diamização económica: competências das autarquias locais (2-3 pessoas): Ana Catarina, Regina Cruz, Ana Menezes
7. A "PRIREV": Mónica Moreira Santos
8. A "Costa Verde": Carlos Sá Santos
9. A Cerbran:
Programa de Geografia da Europa
~"ExcuRSÁO: A politica repional da União Europeia para as áreas rrcrais
Dia 29 de Março de 2004 (um dia):
Viagem pelo Vale do Lima com visita a diversos projectos de vários programas e recepção na Associação de Municípios (VALIMA) e na Câmara de Viana, no âmbito da política do ambiente
Porto (7:30) - Ponte de Lima - Ponte da Barca - Lindoso - Soajo - Peneda - Arcos de Valdevez - Ponte de Lima - Porto (19:30) 50 Estudantes
Relatoresl Organização: 1 : Serafim Silva 2: Joana Santos
Temas:
1. O Programa de Iniciativa Comunitária LEADER / O Programa Leader em Portugal / O Leader do Vale do Lima1 ADRIL (3 pessoas) Serafim Silva, António Moreira, Andreia Pereira
2. Políticas de Desenvolvimento Regional para a Montanha na Europa a. Suiça - Carla Amaral b. Portugal - Marina Moreira c. Espanha - Dulce Longo
3. Indústria e investimento directo estrangeiro em áreas rurais Ricardo Cavaleiro, Clara Santos, Victor Figueiredo
4. Desenvolvimento Sustentável: conceitos Raquel Sousa 5. Políticas de Ambiente ao nível local na Europa
a. Alemanha - Mónica Ribeiro b. Portugal - Vera Familiar, Manuel Teixeira, Pernanda Nogueira
6. VALIMA José Marques, José Plácido, Carla Moreira 7. Adere Soajo
Vera Painço
Programa de Geografia da Europa
3" EXCURSÃO: Clrlsters reeionais transfronteiricos: a irzdiístria do automóvel
Dia 26 de Abril (um dia): Inicialmente programada de forma a incluir a visita a várias unidades fabris de componentes para automóveis, a excursão incluirá apenas a visita a uma fábrica em Vila Nova de Cerveira - Antolín Lusitania - e a PSA Peugeut-Citroen em Vigo, em virtude das respectivas visitas esgotarem o tempo disponível. De qualquer forma trata-se de dois exemplos representativos para se poder fazer urna avaliação da dimensão, características e enraizamento regional do cluster automóvel transfronteiriço entre o Norte de Portugal e a Galiza.
Porto (7:30) -Vila Nova de Cerveira -Valença - Tuy - Vigo - Porto (20:OO) 40 Estudantes
Relatoresl Organização: 1 : Sara SEQUEIRA - Curso de Estudos Europeus 2:Mónica CARVALHO - Curso de Geografia
Temas
1. Conceitos a. Inovação: Juliana QUEIRÓS b. Fordismol Pós-fordismo: Luís SOUSA c. Clusters: Maria CARVALHO
2. A indústria do automóvel na Europa (Evolução histórica da organização da fileira):
Sandra MOREIRA/ Telmo CUNHA 3. A Indústria Automóvel na Península Ibérica:
Gonçalo LEMOS/ Jorge MONTEIRO 4. As indústrias de componentes de automóvel na Europa e em Portugal:
Dora SANTOS 5. Clusters na indústria automóvel:
Débora MAIA 6. Clusters transfronteiriços:
José SANTOS 7. O Programa de Iniciativa Comunitária Interreg
(3 pessoas): Nicole TRIGOISílvia MOUTINHO/ Cátia OLIVEIRA 8. Fábrica Lusitania - Gmpo Antolin
9. PSA Peugeot Citroen de Vigo
Programa de Geografia da Europa
~"ExcuRTÃO: O Turismo na Serra da Estrela
Dias 10 e1 1 de Maio (dois dias):
A excursão tem como objectivo o contacto com diversas instituições e a visita a projectos de natureza também diversificada, no sentido de conhecer as estratégias de desenvolvimento regional da Região Centro de Portugal, com particular incidência na dinamização das actividades económicas e do turismo.
Porto (8:OO) - Figueira da Foz - Coimbra - Covilhã (via IP5- Guarda- A23) - Jantar e dormida na Pousada da Juventude das Penhas da Saúde - Serra da Estrela - Torre - Covilhã - Porto (16:30)
50 Estudantes
Relatoresl Organização: 1 : Isabel Oliveira 2: Isabel Cristina Silva 3: Welder Araújo
Temas:
1. Caracterização da Base Económica da Região Centro (4 pessoas)
2. Turismo e sustentabilidade nas áreas de Montanha' O Turismo nas Áreas de Montanha da Europai Turismo e sustentabilidade nas áreas de turismo de inverno face as alterações climáticas
3. O Turismo na Região Centro
4. O Turismo na Serra da Estrela
5. Figueira da Foz - MontemorITentúgal -Vale do Baixo Mondego
6. Coimbra
7. O Programa Operacional da Região do Centro do QCAII
8. O Parkurbis
9. A indústria têxtil da lã na Europa e em Portugal/ As áreas de industrialização antiga na Europa e em Poretugall As Zonas Industriais da Covilhã
10. Chances e riscos para as áreas periféricas com o desenvolvimento das Telecomunicações
Programa de Geografia da Europa
8.3. Testes e Exames
Programa de Geografia da Europa
- 6 I Oliem afim! o u e devemos a ~ 0 5 t a r n O d e s e n v o l v i e no5 .< -~ ~
INljdutos mc<li ;er r i in ico~ (vinlio. u e i t r , Guiose l egume< t e m r z à o !Sai ( lco;~ de a i i r i e deirnrlerqiie P~riti~aldeveficarporai.
aireiia miacão mm esta r d o m . Raiando-se de uma inieialiva que visava
oiessionarn CamWonosentidodos nossos ~ t e C e B e ~ , n ã o e r ~ d e e ~ t r a n h a r q ~ ~ ~ ~ S h i d o (der~sto.cont-aiadodepertopeloeamisEaTi0 Fischler)nàonosofereewenadadebandela. Mumaespariçiies habiNaisdaCarnisrà0:fu- gira renbeinirndenepoch&rsobrequotu (sejam deprodufão ou de direitosa premios); e dispanibiüzarre a molverospmblemaspor vW dorefarsododesenvolvimentonird. Foi
~ ~ ~ m . d e r e s * . ~ P U ~ U U ~ ~ U ,unteror C<.ici ni na n l u r m n d ~ IB.2Cde ln>9 Ertedeuai. se 1; no c ~ n i o do vigario e não foi rap:,z de I.e,!a cliir , I U ~ I I C I ~ I O I de qicorilr 120 imçorrniiier para P 0 n ~ c a 1 como a i do leite E do mun. crido aumento rubrlõnciat dar vrrbar parr o d~s~nvol\tnieii lo a r a 1 .:>I esc Iiojc <luc a
N ~ O &@e veia m h d o a preto a hmnm. e muito menor o complexo e hetemgèneo munQadaagrieuihira.Daique tenhamosque nos bateremfodiciushntespmmelhorara sinia@o dos nossas ngriciculiom face 3 PAC: m d o desenvolvimento mrul e nu dus quotas depmdu@oedepiémioii,enquuntoffituexis- b m . E issoque seespera do nosso ministro da Abricultura nas difices negociaçóei desta semana,aquem todorospartuyesesdeverso d w j ~ b o a s o r t e . i Eunoor~urniio,iol>SB. nrunin rrnr A R u a n i l ~ o ~ P,\C
FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Liccnciaturd cm Geografia 2' Ano - 2' Seinestre
20021200347-15
Geografia da Europa ProC D n . Mudaleoa Pire. da F a m
Exame Pratico (para os estudantes que não fizeram avaliação continua)
1. Seleccione 3 regiões de paises europeus (Nut 11 ou Ui) e faca a resoectiva . . caracterização da população e do emprego, recorrendo aos quadros anexos, earaidos de trabalhos práticos das aulas e do anexo estatistico do 2'Relatório de Coesão da Comissão Europeia
2. Defina uma metodologia para a caracterização da base económica das mesmas reçiões, apontando os indicadores a incluir assim como as respectivas fontes.
FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE W WRTO
Liacnciaiuni cm h W a / Limcialm em Estudos Eumpew
2" Ano - ZD Swnmm 2W212W3
Geografia da Europa Pmf. Dra. M a u m Pircr da Fonreca
1. A(s) Agriculiuro(s) Eumpeia(s)
Grande oarte das critiuis aue sistematicamente sáo feitas à Politica Awícola Comum (F'AC) &correm do facto de haver gandes contrastes entre a apicultura dos paises do Norte (basicamente a Alemanha e a Franca) e os do Sul, em particular as regiões da . . bacia dò Mediterrâneo.
I . I . Aponte os principais contrastes entre as duas situaçães mostrando em que medida a PAC está melhor adaotada à arricultura da Alemanha e da - França.
1.2. Em aue medida a actual reforma da PAC poderá vir a torná-la mais equitativa e a apoiar de forma igual os agricultores europeus de todos os paises?
2 I De que forma se estrutura a rede urbana europeia na actualidade (que niveis urbanos se identificam mais claramente c que funções caracterizam cada um deles)?
2.2. De que forma os Mega-projectos para certas cidades (por exemplo a Expo98 em Lisboa) representam uma nova tendência na política urbana euiopeia? ( Refira-se à questão em geral mas utilize u m o u mais casos como exemplos para alguns aspectos mais importantes)
3. A Politica Regional da U n a Ez~mpeia
3.1. Indique os Fundos Estrutwais actualmente existentes e os objectivos dos mesmos para o periodo 200012006.
3.2. Indiaue as iniciativas Comunitárias em aolicacáo no mesmo oeriodo. . . 3.3. Seleccione uma das iniciativas Comunitárias e refira exemplos de
resultados positivos ou boas oráiicas que se tenham veri6cado na sua aplicação
FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
GEOGRAFIA DA EUROPA 200312004
Pmf. Dn . Madalcna Pircr da F O m
1. Populacão da Europa (4 valores)
Caracterize a população europeia na actualidade, apontando os grandes wntrastes regionais.
tendo em conta os seguintes parâmetros:
1.1. Evolução natural, natalidade e mortalidade
1.2. Migrações.
2. Base Económica da Europa: n agricultura europeia (4 valores)
O alargamento da União Europeia a Leste é muitas vezes encarado pela população em geral e
mesmo pelos responsiveis politicos, como uma ameaça. Na dominio da agricultura e tendo
presentes (I) os grandes contrastes regionais da agricultura da União por um lado e (2) a
Politica Agricola Comum, por outro, tende avaliar se a alargamento a Leste pode ser de facto
uma ameaça, identificando
os dominios,
actividades e
. países em que isso poderá ser verdade.
3. A Politica Regional da Uniáo Europeia (4 valores)
3.1. Faça uma breve resenha da evoluçáo da Politica Regional na União Europeia-desde a
criação desta aos nossos dias, referindo o aparecimento dos respectivos instrumentos
financeiros. sua vocação e reformas na sua aplicação.
3.2. Aponte para Portugal, os instrumentos de apoio c o m u ~ t h i 0 em aplicação
actualmente.
FACULDADE DE LETRAS DA UNíVERSIDADE DO PORTO
GEOGRAFIA DA EUROPA 200312004
Pmf. Dn. Madatuia Pim da Fo-
1. Envelhecimento da Populaçáo Enropeia
1.1 Caracterize globalmente o envelhecimento da população da UE a partir de alguns indicadores mais significativos
1.2 Avalie o impacto do último alargamento sobre o envelhecimento da população da UE
1.3 Seleccione algumas regiões de diferentes paises, quer da UE dos 15, quer da UE dos 25 para mostrar as variaçães regionais do envelhecimento
2. Base económica e Desemprego
2.1 Existe alguma relaeo entre as taxas de desemprego das diferentes regiões da UE e a respectiva estrutura da população activa por sectores?
2.2 Em que medida se pode generalizar que são as regiões dos paises do alargamento aquelas em que se verificam maiores problemas de desemprego?
Programa de Geografia da Europa
8.4. Excertos de Trabalhos Práticos
-~
programa de Geografia da Europa
Capíhilo 2 - Fonnulaqão do plano de Lrabalho: Ponto de partida; Levantamento da hipótese
O ponto de partida deste eshido tem base empirica, se assim o podermos chamar,
principalmente, num artigo da revista Visão no 539 (va. mexo) sobre o alargamento da
Uni& Ewopeia de 15 para 25 membros, em 2004. O derido artigo aapreseta quadroç
dos pises do alargameado e incide principalmente na competitividade &es face a
Porlu@. A s s i afirma que a competitividade da Esloviquii face a Portugal é ''forle
(assente em qualificação pmfwional, incentivos, saiários baixos e Iou~IlizlFio).
Concorrente impottnnte para maquinaria e equipamentos".
Já no que se refere a Lituânia a competitividade apesenm--seá reduzida,
"excepto para investimentos oriundos dos paises nórdicos, orientados para abastecer o
mercado r u w ou com elevada imponaçâo de trabalho".
Surge desta forma o interesse de abordagem destes dois paises e respectivas
NUT's iii (no âmbito do trabalho prático de Oeograii da Eumpa), I w a r i t a n ~ a
hipjtese se essas seso aiimwikx con'espondentes realidade e co-mente as
seguintes questóes: Como se "enwnham" estes p a i s , Pomignl e a UE no que se refere
a: populaçuo, emprego, base económica e qualidade de vida? Peh nnáli destes pontos
enwnbam-se evidentes vantageos competitivas Iàce a Portugal? Em que aspectos?
AcrexenIam-se ainda as seguintes questóes: Os pises ditos de k t e são marcados por
"piores indicadores" no que se refere à população e emprego e "melhores" nos
indicadores sociais, como a saúde e educação? São estes idtimos ameaçadom para
Portugal? E o problema da segurança do alargmenio? Coloca-se?
Formnlaçiio do plano de trabalho:
Ponto de partida; Levantamento da hipOtese
E seu a s o y y A Y d I ap =a sz sop m e u a [OOZ uia %8'g1 ap wa som t.1 a O so
aqua aluap!sai o@epdod ep osad o 'SI sop m eN .%91 @awod uia a %['SI eoqs!~
a p u w EN '%s161 W ~ u l eu a LI ebuasaidai snntl!A m3 -%6'81 ap e!nbe~olq
eu a o@e~ndod ep %6'P1 nuasaidai Qsnqsge~a ma VI-O sop suga ~q v 'souy~pnuioa saioleh s a w p ol!nui a!mp as ogu leâwod woquia M o ~ n g e anh op o,p
s!eui ol!nm IOP um nuasaide eoqn7 a p w v -enrmi>!g a s n ~ u i ! ~ uia as-meayuan
sapep!suap sexw spui se 'opnisa uia -@a1 ar d o m a atuauruye[ay
' w q e q I I I ap =a @uopepdod apeprsuap e a saiw!qeq
00s a I!" ZM ' w q i ! ~ zsv IOOZ UWJ!S= 'SZ sop @doma ? otuenb
' P - LI I ap ~euo!ae~ndod apep!=ap e opuas '(OOSPOO~LE) ww!w 00s a L!" v 'wqI!ui SLE ap w 1 0 0 ~ "a $1 sop d o m 3 eu aluap!saI ogepdod v
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E3uaiaJF e m @nuod ma opuas7uamsu! n apuo s , d op e.wm e anb op @oopepdod
apep!map io!w moa w u m (N s , m saggai se -01 anb soui!nlauo3
Z=WIY ZI I ap leuo!aelndod apep!=ap wd o opus '(LI 1 9 ~ ~ 0 1 )
saiuepqeq LI I a l!ui 9s: '%~ql!m 01 m m oue ouisaui ou enquoa le3nuod
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zucuqeq P'ES ap puo!aepdod apep~suap eum a
sa~m!qeq Z L ~ a I!W ESP 'wq~!ui E e v g 'arasu! as oeear eisa apuo s,pi ' e p g q e anb
o ~ u n b u a 'ww ~ = L S ap 1euo!3=1ndod apep!=ap w n a ( ~ 9 0 0 ~ 8 ) sa$uol!w w a ~!ui
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601 ap ~rmo!aelndod apepwap mun a (ssV~LES) 91w!w ssv a t!w ~ L E 'sagql!m
s ap o j e p d o d eum moa 'oue ouisaui ou 'ennuoa embyolsa ep ea!lq?dai
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a wqs!l eied 1 a ~tâRliod ud 7 a e!um!1 wed 9 iolaas op op!nâas 3 o (lrSwod a
oral op alei\ a wqq? -nl!* sao* se sepol eied o s son!lquarardaJ q m saiopas
E so maiam! as anb ma s q e d soe aluawcn!ielai enelqieia a oral op alei\ a c o q q
ma louadns a oxy m!dw ap wq oehuuoj v .yd'6s embenolsa e a ~ ~ ' 9 9 nomos
woz ap b .I ou *!-rilr~ 'oxy m!dw ap mq o@ewoj ep %9'9p emos owuiered
a i su @wod :sas. soe qmb '(%V'VZ) ongwuasadar sym o auampii! a 2 ~ol3as
O apuo 'IWZ ap ow OU ( y d ~ ) e"els.wa tua openala sym epuy a ropn alsa '(%~'LE)
0 ~ l E l ~ a 9 i d a i qSui O )1 JOW3S O OpllaS 'OXg 14!d!32 ap 4 N q &ZUUOJ ep %6'~8
uroluasaidai 6661 ma oral op alei\ a e o q q ma d e 9 saIox3as sop o u o w o s O
'IOOZ ma ynb?nolq 7 Iouaju! a 6661 ma p â n ~ ~ o d e ~ouadns lolen :moiaas salsa
eied o n ~ l q d w ap w q o @ m o j ap %Z'EE eneluasaide 'WOZ ap ò .I ou 'e?eril!7
v '%ZZ enepgeia a 'x,",~ :molaas saisau [WZ ma rarouadns oimiu s u o p nolua9ide
embpoyq v %C9 oCa~ op a@A a eoqsq a 0x8 p!dw ap mq o@euuoj ua
oluamgsanm op 4gç'n (6661 wa) @wod ma m u a r a ~ d a l J e 3 saJoi3as s o
'IOOZ ma e m b o l s a
? leuuaaiad oluad 1 ma Jouaju! a 6661 ma ~câwod E iouadns oanod 10feh :1401 oxg
lolidw ap w q LF3mJoj ma oiuam!isanu! op %L'Z nolunr POOZ ap b .I ou e!upv!l
v 'IWZ ma '.iWo~q e d y d ' ~ a '6661 ma 7eâ"uod d %S'Z : s u p s v ssaiolen
m a u m d e maiasu! as anb ma swed so k y o d %['i enelsgeia a a a v rarows
sou moi 0x8 @>!h ua oliramwn? op %I nouuoj ora^ op apA a eoqs .~
'soma ap saoq!!~ ~ 9 s a l!m 988 'oeq[!m I 'oue
oursam ou ' s m e a soma ap saoin!m 6zg a r!m O ~ L 'oeq~!m I ap 'IOOZ ma 'oxy m!dw
ap epuq @euuoj e m ar.* $1 w p d o m a e m u o 3 a l s a ~ 'soma ap wq!m IZL
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~ E V *ueril!l v 'sema ap wi!" z9b a I!" 62 ltâRliod a soma ap WIW zz9 a I!"
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.oo)sanb ma sepnonma seo saiores saluaiaj!p sop ~aupad ru ! e Iapuama as ioqlam
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s w p w s a u i p tmmasxh op api\ a e q s g a @wod anb w. (madura
s w 3 ~ a d p 's~!~?!l!qom! sapep$yae) 3 iol3as o epu!e s o m
'szm c =d %6 a s ~ m e eied %18 '~ mua
m CP =OPA w -%E~'P ainbanol~~ a %li's lentiod '%sv'~ 0-1 OP al=A a Coqn? :opnw ma sapSa mp olln +em lolen o 's@m!unmoaa1ai a n i a 9 e u m e 'sa)lodsw$
sop JOWS op ionq e sepuan ap amlon op %s1'6 IWZ ma muasade e ! w v ~mbenol5-a
e d ydo'[ a e q u g ep so!+au ap aumlon o d (oxyq syiu l o p ) y&'o
:@SiWod d %SL'I :=pua". ap aumlon op %89'1 'oral op alei\ a q s q :(%6z =
S Z ~ a %c'$ = s13n) rn e louap! a o@mwJ a oiuauierole op lw ou '(equ!rf
EU) s o ! ~ ap auinlon/mpuan ap auinlon oe m b 'oqlqax c o!aymoa O
%6'1z 'szm a %~P'OZ '(ZOOZ ma) SI^ e moa o p d a r m opncnb amaumpEamou ' o p w a w p w @ a i sep sepuan ap aarnlon
10-ar o q d e (%SS'IS) =e[sgwa a (%91Lw) emWolsa eu e m p m v '(so!ao% ap aumlm op) e!-n>q e %ss'6z ' @ u ~ o d d %~O'SZ a o J a ~
op arei\ a w q s q -I %z8'61 ap !OJ 6661 ma emvpu! EU w ~ n ap amloA O
.mpuan ap aumlon op
%L'£ S m a %S'Z 51313 :ZOOZ ma m ep s a i O p A sop &o1 as-urwoaua opwa ma
9ned a saotãai wl -%s9'1 ap !o3 (q@ ?em JOF) ~!WAOI% a %VZ'O ap !oj
E.¶wWS 'ZOOZ ui3 %LS'O ap !q 1OOz ma saiores sawu so!@au ap aumlon o
m? EN m o d 4 %ES'O a (6661 W %IL'O ap o j a a v m o r e s soe sen!waJ
oral op alei\ a w q s q ma sapepa!m seo w u a n ap amnloh op suaâqrraJrad s\r
.soma ap = q ~ n u 1z9 a I.P LOL 'saoqrim 9 wlsgera
ma a sarna ap LVL a I.P 091 %ql!m EZ ap !oj IOOZ " B ! ! ? eu a
A9 mudanpa do alargamento
Introdução
O presente estudo incide sobre uma caracterização sócio-económica de um conjunto de regiões da Europa. O referido conjunto abrange a região Centro em Portugal, a Bourgogne em França e Lubelskie na Polónia. Dentro deste conjunto de regiões em estudo, é feita uma distinção entre países da UE 15 e da UE 25. Esta caracterização baseia-se nas estatísticas europeias.
A região Centro em Portugal
A Região da Bourgogne em França
O resultado do último recenseamento da população feita em Portugal, demonstra que tem uma população de 10 335 559, ou seja, detém 2.7% da população europeia. Enquanto que a região Centro de Portugal tem 1 791 781 habitantes, correspondendo a 17.3% da população portuguesa. A estes números corresponde uma densidade média de 112 hebIkm2 no território português e de 75 habIkm2 na região Centro.
Em França, o recenseamento da população de 1999 demonstra que detêm 59 625 919 habitantes, correspondendo a 15.7% da população europeia. A região da Bourgogne, detêm 1 810 407 habitantes, ou seja, concentra-se somente 2.7% da população francesa. A astes números corresponde uma densidade média de 94 habIkm2, mas a Bourgogne apresenta somente uma densidade média de 51 habIkm2.
Na Polónia, o recenseamento da população de 2002, indicou que detinha 38 218 531 habitantes, ou seja 10 % d a população europeia. E Lubelskie, uma região deste pais detinha 2 227 574 habitantes, assim correspondendo a 5.8% da populaçáo polaca. A astes números corresponde uma densidade média de 122 habIkm2 no território polaco, e Lubelskie uma densidade média de 89 habIkm2.
Essas 3 regiões (Centro, Bourgogne e Lubelskie), detêm uma densidade populacional inferior aos dos seus países respectivos e muito inferior comparando com a EU 15 (117 hablkm2) e com a EU 25 (1 14 habIkm2).
A União Europeia dos 15 tinha em 2001, cerca de 380 milhões de habitantes. Considerando a actual União Europeia dos 25, então a população total seria pare o ano de 2001 de 454 milhões de habitantas.
É também importante referir que nestas 3 regiões a população feminina é superior ao da masculina.
No que conceme a estrutura etária dos 65 e mais anos, no ano 2000 (Gráfico I), a região Centro (19.6%) e a região da Bourgogne (18,9%) apresentam uma população muito envelhecido, enquanto que Lubelskie detém 13,6%, inferior a essas regiões e ao da EU 15 (16.3%) e da EU 25 (15,7%). No que concama a faixa etária dos jovens, a região Centro (14,9%) e a Bourgogne (17,7%) têm uma percentagem inferior ao de Lubelskie (19,8%). Esta região polaca esta também acima da média da EU 15 (16,8%) e da EU 25 (17,1%).
v -
li) EMPREGO
Segundo o resultado feito em 2002, a população empregada em Portugal é aproximadamente de 5 milhões e na sua região estudada de 1 milhão, ou seja, apresentam uma taxa de emprego de 68,2% para Portugal e de 73.6% para a região Centro. .
O ultimo recenseamento da população de 1999 feito em França, 23 milhões de individuos trabalham e na reoião da Bouraoane awresenta 625 mil trabalhadores Relativamente a sua taxa de emprego de-200i, a França detém 62.9% e a Bourgogne com 65 %.
A Pol6nia possui, em 2001, 14 milhões trabalhadores e Lubelskie 950 mil. E em 2002 tem uma taxa de emprego de 51,5% e Lubelskie de 56.1%.
São as regiões do centro é da Bourgogne que detem uma taxa de emprego superior ao da União Europeia dos 15 (64,270) e dos 25 (62,870). Lubelskie encontra-se no fundo da tabela com 56,1%.
Nestas 3 regiões, os homens empregados estio em maioria do que as mulheres. Mas é na reoião Centro que as mulheres empregadas encontram-se em maior número com umataxa de 67,3%, uma taxa superior & regiões estudadas e a União Europeia. Lubelskie é a região com menos empregadas femin nas, tendo uma taxa de 51,6%. também inferior ao da UE 15 e 25.
A Taxa de Actividade, ou seja a quantidade da população empregada mais a quantidade da população desempregada, indica que Lubelskie detém a taxa de 56,4%, superior ao Centro de 57,9% e a Bourgogne de 53%. Em relação a UE 15 e UE 25, estas 3 regiões têm uma taxa superior, visto que UE 15 tem 47.1% e a UE 25 49%. Também os homens predominam as mulheres na taxa de actividade nestas 3 regiões.
Agora ao comparar a taxa de desemprego em 2002, e a região Centro que detém uma percentagem inferior, somente 3 % da sua população se encontra desempregada, enquanto que na Bourgogne a taxa é de 6,9%. Estas duas regiões apresentam uma taxa de desemprego inferior ao da média europeia dos 15 (7,8%) e dos 25 (9%). Ao contrário, Lubelskie encara uma taxa muito alta de 16,6%.
As mulheres nestas 3 regiões se encontram em percentagem superior do que os homens no desemprego. É o s jovens se encontram numa situação mais difícil, sobretudo em Lubelskie onde 378% dos jovens estão desempregados. Excepto na região Centro, onde a situação é menos alarmante porque somente 11,2% dos jovens se encontram no desemprego. Entre estas duas taxas, se situam a UE 15 com 15,2%, a Bourgogne com 16,7% e a UE 25 com 18,1%.
I Taxa de Desemprego no Grupo de Regiões em Estudo e na UE
Um facto importante que se verifica neste estudo é que com a entrada de novos paises na União Europeia, a taxa de desemprego vai subir de 7,8% para 9%. Ou seja, com o novo alargamento, a União Europeia vai-se encontrar com problemas de desemprego, sobretudo a percentagem dos jovens que vai subir de 15,2% para 18,1%.
Segundo um estudo estatística feita em 2002, uma grande parte da população da região Centro e de Lubelskie trabalham no sector agricola, tendo o Centro 27% e Lubelskie 39%, enquanto que a Bourgogne somente 6% da sua população trabalham neste sector.
No sector Industrial, a população que trabalha neste sector é superior na região Centro tendo 30,8%. do que na Bourgogne com 28,6% e Lubelskie muito menos visto que tem somente 18,1%. Lubelskie apresenta uma mão de obra que trabalha mais na agricultura do que na indústria.
Na Bourgogne, 65.4% da sua população trabalha no sector terciario, superior ao da região Centro que apresenta 42,3% e de Lubelskie 42,5%. No gráfico 4 pode- se aperceber melhor as divergências entre estas regiões.
Com o novo alargamento, a União Europeia vai ganhar ligeiramente mais população a trabalhar no sector agrícola e uma pequena subida também no sector industrial.
Populspão Empregada poiSeclor de Actividade no Grupo de Regiões em Estudo e na UE
70
60
50
40
30 !4 IndIstris
20
10
o UE15 UEZS Cenlio Bourgogne Lubelskie
A base económica da região Centro em Portugal é dominada pelo comércio com 37.1% das empresas, seguida da construção &m 18.7% e da indústria com 13,9%. Na região da Bourgogne em França verifica-se uma maior percentagem no comércio com 28,870 das empresas seguida das actividades imobiliárias com 15,170 e da construção com 14%. Ou seja. a região Centro e a Bourgogne são ambas detentores de uma maior concentração das empresas comerciais.
A base económica em Portugal assente-se pelo comércio com 38,3%, depois á a indústria com 13% e a construção com 12,9% das empresas. Em França são as actividades imobiliárias que estão em maioria com 24.2% das empresas, depois assente-se no comércio com 21,8% e na educação, saúde e acção social com 12,4%. Relativamente a base económica da Polónia. ela é dominada pelo comércio com 50,4% das empresas, depois da indústria com 17.1% e da construção com 15,8% das empresas. Somente a França não concentra em primeiro lugar o comercio na percentagem das empresas.
Os ramos de actividade com maior percentagem de postos de trabalho na região Centro são a indústria com 38.9%, o comércio com 23,8% e a construção com 14,8%. Na região da Bourooane a maior Dercentaaem de empregados .- ~ ~ " concentra-se na indústria com 24,7%, na educaçã'o, saúdee acção saciar com 19,7% e no comercio com 16%.
Comparanda agora os paises, Portugal detém a sua maior força de trabalho na indústria com 30,4%, no comércio com 24,6% e na construção com 12,5%. A França também concentra a siia forca de trabalho maioritariamente na indústria com 27%, -. depois no comércio com 19,6% e nas actividades imobiliárias com 15,1%. Verifica- se que na Polónia a maior percentagem de postos de trabalho encontra-se na agricultura com 39,2%, na indústria com 32% e no comércio com 14%. A União Europeia dos 15 concentra a maior força de trabalho na educação, saúde e acção social com 25,270, na indústria com 21.9% e no comercio com 164%.
No que conceme o volume de vendas. os montantes em percentagem mais ~ ~
importantes registado para a região Centro são a indústria com 41%, ocomércio com 39.2% e a construção com 8,7%.
Para Portugal, as actividades de onde provém a percentagem mais significativa de vendas é o comércio com 42,3%, a indústria com 27,5%e a construção com 8,2%. Para a França é também o comércio onde concentra-se a maior percentagem de vendas com 36.3% depois é a indústria com 31,1% e as actividades imobiliárias com 14,7%. Relativamente a Polónia, o volume de vendas assente-se no comércio com 46,270, na indústria com 39,8% e na construção com 7,1%.
0 s investimentos são um factor chave oermitindo manter e ameliorar a . - ~ ~ . ~ ~ ~ ~ . - , competitividade das empresas, assim a Formação Bruto de Capital Fixo na região Centro domina na indústria com 34.6%. nas actividades imobiliários com 25.6% e na educação, saúde e acção social com 73%. Em Portugal os investimentos concentram-se nas actividades imobiliários com 37,3%, na indústria com 19.4% e nos transportes com 11,5%. Em França, os investimentos concentram-se em primeiro lugar na indústria com 33,1%, depois nas actividades imobiiiárias com 17,5% e no comercio com 15%. Na Polónia, a Formação Bruto de Capital Fixo
b I I I j t I
Introdução I j I Os países b I I
Este trabalho intitulado de "Estudo comparado entre as regiões da Grande I República Checa b I P Lisboa portugal) e Hlavnl m8sto Praha (República Checa)" surgiu no âmbito do tema I b
Com a entrada na União Europeia a República Checa, que formava com a 'Wova Europa e Velha Europa: novas e velhas fronteiras, novas e velhas penfenas", da I
I I Eslováquia, a antisa Checoslováquia, "abre as suas ultimas portas ao ocidente, após 1 disciplina da Geografia da Europa, do segundo ano do curso de Geografia, leccionada I quatro décadas de ocupação soviética. A primeira tentativa de liberaliza, ou amaciar o b pela Doutora Madalena da Fonseca. I I I
comunismo, nos anos 60 - no que ficou conhecido por Primavera de Praga- foi I Foi-nos proposto analisar indicadores seleccionados, relativos a uma região de I bruscamente esmsgada pelos tanques de Moscovo, em 1968. Em 1989, uma revolução I um pais do alargamento da União Europeia, e a outra região, a nossa escolha, para I I I de veludo terminou o que havia começado mais de vinte anos antes, e quatro anos mais ) estabelecer uma comparação, com o finalidade de avaliar as assimehias entre as regiões I tarde separou-se pacificamente da Eslováquia." (Visão, 2004, p.82). b e os Estados Membros da União Eurapeia. I b
Deste modo, as regiões de análise são a Grande Lisboa (Portugal) e Hlavni I 1 I b mesto Praha (República Checa). Escolhi Portugal para a minha análise, porque não foi I I
um dos primeiros países a entrar para a União Europeia, como também não foi um dos I b I b últimos. Por isso, apresenta um nível de desenvolvimento com algumas especificidades I b
e com alguns pontos semelhantes aos países que entraram na União Europeia a 1 de I b I I Maio de 2004. Por outro lado, o meu estudo reside também na análise de um país da I b "Nova Europa" e para isso, escolhi a República Checa. Esta escolha, deve-se ao facto de I b I D ter praticamente a mesma população do que Portugal e por ter uma competitividade face I b I a Pomigal "muito forte, assente em qualificação profissional, incentivos a diminuir, b I I densidade, tecido industrial, salários inferiores, localização e lingua" (Rita Montez, I b 2003, pp. 114-120). Relativamente a escolha das NUTS iII , Grande Lisboa e Hlavni I b I b mesto Praha, deve-se ao facto de serem as NUTS m, onde estão as capitais dos seus I
b países e também, pela curiosidade de saber at6 que ponto estas duas cidades têm b b I h recursos idènticos. I
1 ) A metodologia consiste no desenvolvimento e analise de certos indicadores, I
1 b I Situada na Europa Central, a República Checa tem fronteiras com a Eslováquia D dishibuidos por quatro pontos essenciais: população, emprego, base económica e
I ! b (265km), a Polónia (762km), a Alemanha (810km) e a Áushia (466km). É um pais sem qualidade de vida. I
b I acesso ao mar, distando 326km do Báltico e 322km do Adnatico. O ponto mais elevado b Deste modo, fico na expectativa que o estudo venha a corresponder aos
I b
e o monte SneZka (1602111) e o ponto menos elevado do território situa-se nas objectivos propostos, já que ao longo da sua execução tive sempre em conta esses t
) I proximidades de Hiensko, onde o no Labe sai do território checo (117m). A linha b aspectos.
I b I b 4 I 5 b I ) I b I b I
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Ponto 2 -Emprego (ver quadro 2)
No ano de 2001, a taxa de actividade em Hiavni mésto Praha era de 54,99% e na
Grande Lisboa de 54,08%. Estes valores são superiores a média dos seus paises tanto na
RepUblica Checa, com uma taxa de 50,43%, como em Portugal, com 48,19%. NO
contexto da UE, (UE 15 com 48.12% e LJE 25 com 48.57%). as NUTS I e NUTS ILI em
análise, apresentam taxas de actividade superiores a média da UE, registando Portugal a
taxa mais baixa. A taxa de actividade dos Homens e superior às dos Mulheres tanto nos
paises, como nas NüTS m. Quanto à taxa de emprego, ou seja, o numero total de
empregados pela população total, esta 6 de 50,24% na Grande Lisboa, 52,8% em Iilavni
m&to Praha, 44.91% em Portugal e de 46,34% naRepública Checa. Na UE dos 15 é de
44.73% e na üE dos 25 de 30,49%. Deste modo, ambos os paises têm taxas ~~periores á
da mkdia da UE, verificando-se que a taxa de emprego na UE dos 25 6 muito baixa,
comparada com a UE dos 15. Destaca-se, a Grande Lisboa e Hiavni mesto Praha com as
taxas mais elevadas, o que se pode justificar, por serem cidades com concenúação de
emprego. (ver gáfico 3) Comparando ambos os sexos, verifica-se que as taxas de
emprego dos Homens são superiores ás das Mulheres, tanto nas NUTS I como nas
Gráfico 3
Taxa de Emprego, de Actividade e Desemprego, em 2001.
%
EITaxa de Actividade
Do total de população empregada, constata-se que na Grande Lisboa, 0.75%
trabalha na agricultura, 22,47% na indúsüia e 76,77% nos serviços. Quanto a Hlavni
mssto Praha, esta emprega 0,58% na agnculhua, 16.68% na indústria e 82,74% nos
serviços. Em Portugal, encontram-se empregados no sector primáno 12.7% da
população, no sector secundário 34% e no sector terciário 53,20%. Na República Checa
estão empregues 4,8% da população no sector primário, 40.10% no sector secundano e
55,20% no sector terciário. No contexto da üE, Pomigal apresenta uma taxa de
emprego no sector primáno muito superior 6 média verificada tanto na UE dos 15 -
4,2%, como na UE dos 25 - 8.75%. Relativamente ao sector secundário. ambos os
paises têm mais população empregue neste sector, comparativamente à média da UE
dos 15 com 25,5 % e a da UE dos 25 com 28,96%. No sector terciário, destacam-se
ambas as NUTS iU, com valores elevados de população empregada neste sector,
comparativamente à UE dos 15 (70.3%) e i UE dos 25 (62,28%). (ver @fico 4)
Gráfico 4
População empregada, por sectores de actividade, em 2001.
90 80
70 60 50 OSector Seoundsno 40 30 20 I0
O
UELS UEZS Pomignl República Grande Hlnvni Checa Lisban rnerto
Praho
OME. E-ULXIII ~ - r u ~ m t o h l & ~ o p u l a p a o c ~ n b i u ~ ~ o , m . 2 ~ 1 c h t m . i , ~ - n / m d & ~ n ~ ~ i i o i ~ ~ ~
A taxa desemprego, isto e, o total de população empregada pelo total de
população, em 2001, era de 3.83% na Grande Lisboa, e de 2.04% em Hlavni mEsto
Praha. As NüTS I (Portugal e a República Checa) apresentam taxas de desemprego de
3,28% e 5,04% respectivamente. Comparando com a UE, os paises e as NUTS
UNIVERSIDADE DO PORTO - FACULDADE DE LETRAS
ANO LECTIVO: 2003/2004 DISCIPUNA: GEOGRAFIA DA EUROPA
TRABALHO: CARA~TERIZACAO SCCIAL E ECON~MICA DE GORISKA
Goriska localiza-se na costa ocidental de Eslovénia e faz fronteira com Itália. Esta região foi sempre uma encruzilhada de culturas e nacões. E caracterizada pelas suas belas paisagens e montanhas onde o esqui e o convívio com e natureza reinam. Goriska é famosa também pelas suas vinhas e consaquante producão vinicola. A sua cidade mais importante é Nova Gorica que é considerada a Las Vegas eslovena.
'i. Populacão
Indicadores I Unidade / Data I UE 1 5 / UE 2 5 1 Eslovénia' I ~oriska.1
Goriska tem uma área de 2 325 Km2, o que representa cerca de 12% do território esloveno. A sua densidade populacional é baixa em relacão a da Eslovénia e ainda mais baixa se compararmos com a da EU 15 e de EU 25. Em termos populacionais. Goriska aglomera 6% da populacão eslovena. A populacão jovem [0/14) é ligeiramente menor em Goriska em relação a Eslovénia. a UE 15 e UE 25. Mas, a populacão adulta [I 5/65] já se assemelha a percentagem eslovena mas difere cerca da 2% da percentagem europeia3. Pelo contrário. a populacão idosa [+ 651 de Goriska destoa cerca 2 % da percentagem eslovena e aproxima-se mais da percentagem de UE 15 e UE 25. A idade média é maior em Goriska - um ano em relacão a da eslovena e dois em relacão a europeia. A taxa de crescimento natural de Goriska é a mais baixa das variáveis em analise - assemelha-se mais a da Eslovénia e afasta-se bastante da taxa da UE 1 5 e da UE 25. No caso da taxa de natalidade de
AEslouénis é N ü i I e Nüi 11. a Goriska B Nüi 111. 'O adiec6vo "eumpeis" referese 6 Europa CornunitBris.